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RECUPERANDO NASCENTES com árvores e aves

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RECUPERANDO NASCENTES

com árvores e aves

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RECUPERANDO NASCENTES COM ÁRVORES E AVESAno 2011

Texto:Maristela Benites e Simone Mamede

Desenhos:Simone Mamede

Revisão:Mônica Pilz Borba

Fotos:André de Oliveira (asa-branca, rolinha-roxa, maria-é-dia, pitiguari, saí-

beija-flor)

Simone Mamede (curicaca, fogo-apagou, urutau, martim-pescador-verde, udu-de-coroa-azul, anu-preto, araçari, tucanuçu, joão-de-barro,

graveteiro, sabiá-do-campo, sabiá-laranjeira, bem-te-vi, tesourinha, noivinha-branca, maria-branca, verão, siriri-cavaleiro, cambacica,

sanhaço, vivi, canário-da-terra, pássaro-preto)

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O Cerrado brasileiro

O Cerrado é uma das regiões mais naturais mais ricas e lindas do nosso planeta. É o segundo maior bioma do Brasil em extensão territorial, ficando atrás apenas da Amazônia. Também é o segundo bioma mais ameaçado que temos depois da Mata Atlântica. Como não se encantar com as árvores tortas do Cerrado? Na verdade há todo tipo de planta, desde as mais minúsculas até as grandes árvores. Não dá para imaginar a vida sem o Cerrado.

Você já parou para olhá-lo hoje?

Por que berço das águas

É na região do Cerrado brasileiro que estão localizadas nascentes dos maiores e mais importantes rios brasileiros e da América do Sul, como os rios Paraná, Paraguai, Parnaíba, Amazonas, Tocantins e São Francisco. É do Cerrado, portanto, que nascem as águas que vão banhar o Brasil inteiro. Quanta importância! Já imaginou que triste seria a vida sem água e sem o Cerrado?

Cerrado berço das águas

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O que são nascentes?

São locais muito especiais onde realmente nasce a água que vai abastecer rios, córregos, regatos, ribeiros, ribeirões e outros cursos naturais de água corrente. Esses nascedouros podem ser olhos d'água, covais (ou varjões), minas, fontes ou cabeceiras. O Cerrado brasileiro, onde está localizado o município de Campo Grande, é conhecido como a região mais rica em nascentes do Brasil. Por isso é chamado Cerrado: berço das águas!

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Qual a importância das nascentes?

As nascentes podem ser distribuídas isoladamente, por exemplo, uma mina d'água, ou podem se unir em várias pequenas nascentes em terreno rebaixado, onde, juntas, são responsáveis pelo encharcamento do solo, formando as chamadas áreas de nascente. Por isso esses locais são conhecidos por brejos, charcos ou varjões. É o resultado da água reservada em lençol freático que a partir da infiltração da água de chuva fica abastecido e aflora na superfície.

Mas para manter a capacidade natural de verter água, as nascentes precisam da proteção dada por um tipo especial de vegetação que as rodeia. Essa vegetação pode ser constituída de capim nativo, e outras plantas herbáceas, arbustos, matas ou florestas. O papel dessa vegetação ciliar que contorna as nascentes é manter o solo sempre sombreado, macio e adubado, do contrário, um solo exposto, sem cobertura vegetal e endurecido (impermeável) não permite que a água infiltre e jorre em um eterno ciclo natural de “vai-e-vem”.

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Como recuperar uma nascente?

De acordo com lei federal (Código Florestal – Lei 4.771/65) as nascentes são áreas que dependem de proteção especial já que representam fonte de água, portanto fonte de vida! Nascentes com margens danificadas (degradadas) têm sua água igualmente prejudicada, assim como o solo, as plantas a elas associadas e os animais que as utilizam e delas dependem. Por isso, áreas degradadas em torno de nascentes devem ser recuperadas a fim de manter a vida e a qualidade ambiental desse local, não apenas para fazer cumprir a legislação. As áreas que contornam nascentes, rios e outros cursos d'água são chamadas Áreas de Preservação Permanente (APP).

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Há várias formas de recuperar uma área degradada em torno de nascentes, ou seja, de recompor a vegetação da margem e que foi perdida. Algumas dessas técnicas podem ser através de: plantio direto de mudas de espécies vegetais nativas, transposição de solo com presença de sementes, isolamento da área para recuperação espontânea, utilização de processos naturais influenciados pela fauna, por exemplo, instalação de poleiros artificiais para aves.

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Aves que ajudam na recuperação de áreas degradadas

As aves que voam, embora apresentem essa capacidade, não estão em voo todo o tempo. Por isso é comum as observarmos pousadas seja para alimentação, descanso, em busca de abrigo ou em momentos relacionados à reprodução. Na cidade, elas se empoleiram em fios de alta tensão, galhos de árvores secas, copa de árvores ou em outros locais que permitam a parada. Nos momentos de pouso, como resultado das atividades diárias, as aves costumam também eliminar suas fezes e aí está o segredo das “aves jardineiras” ou “aves plantadoras”! Ao eliminar as fezes, as aves eliminam também as sementes que foram ingeridas na alimentação. Aquelas que não forem danificadas no momento de engolir ou no processo de digestão serão eliminadas e, se cairem em solo favorável poderão germinar e dar origem a novas plantas que vão recompor o local.

Provavelmente nem todas as aves que ocuparão os poleiros contribuirão na recuperação da área, visto que nem todas consomem frutos e descartam a semente inteira e sem danos, mas é certo que todas elas darão um colorido a mais na paisagem e aumentarão a biodiversidade local.

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Nascente do córrego Imbirussu

A área que contempla a nascente localizada no clube de campo está sendo recuperada por três processos:

1. Isolamento (proteção da área e recuperação espontânea)

2. Plantio direto de espécies nativas

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3. Técnica de poleiros de Aves

Fases de regeneração da vegetação através do poleiro de aves.

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Reconhecendo as Aves

Para caracterizar as aves basta lembrar que possuem penas e que grande parte delas possui habilidade para o voo. Possuir penas é propriedade exclusiva das aves. As características morfológicas desse grupo nos permitem o entendimento e compreensão do modo de vida que levam no ambiente. Exemplo: tipo de alimento, local onde vivem, dentre outras informações que podemos conferir ao observar com um pouco mais de atenção a alguns detalhes, lançando mão, é claro, de boa dose de curiosidade.

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Você já parou para observar algumas características que as aves apresentam e que estão relacionadas ao seu modo de vida? Acompanhe:

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Quanto às pernas e patas:

- Patos, marrecas e biguás: apresentam patas que lembram verdadeiras nadadeiras que facilitam a locomoção dentro d'água. Isto acontece porque possuem membrana entre os dedos;

- Garças: apresentam pernas alongadas que as permitem andar em terrenos alagadiços;.

- Jaçanãs: apresentam dedos alongados que lhes permitem caminha r sob re p lan tas aquáticas que formam tapetes sobre a água;- Gaviões e corujas: apresentam d e d o s f o r t e s , g a r r a s desenvolvidas e afiadas que lhes permitem capturar e segurar f i rmemente suas presas.

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Apesar de toda essa diversidade de modos de vida, fato é que todas as espécies são aves, mas nem todas são pássaros ou passarinhos!

Além da beleza singular, as aves rea l i zam serv i ços amb ien ta is importantes na natureza. Há aquelas que fazem a limpeza do ambiente, como é o caso dos urubus que se a l i m e n t a m d e m a t é r i a e m decomposição (ex.: carcaças de animais mortos). Várias espécies se alimentam de insetos ajudando a controlar as populações desses animais. Existem aquelas que contribuem no aumento da diversidade e reposição de espécies vegetais, que se dá por meio da dispersão de sementes (“aves plantadoras”). Por fim tem-se as que se apresentam, ainda, como poderosas aliadas no processo de reprodução de várias plantas, através da polinização de suas flores.

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Como se vê, as funções exercidas pelas aves são extremamente benéficas e importantes para a manutenção da saúde ambiental e do seu equilíbrio dinâmico.

Infelizmente, a destruição de hábitats, representada por desmatamentos e queimadas, por exemplo, está diminuindo as populações de várias espécies animais, dentre eles, as aves. Além de provocar a morte, diminuem a oferta de abrigos e alimento, os quais também resultam em mortalidade. É necessária a conscientização e responsabilidade de atitudes que podem prejudicar o ambiente e os seres que nele habitam com conseqüências igualmente desastrosas aos seres humanos.

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Como observar as Aves?

Siga o som das Aves!

As aves são animais naturalmente barulhentos, mas este tipo de ruído por elas produzido é melodioso e muito agradável aos nossos ouvidos. Se você não tem o hábito de prestar atenção à presença das aves, basta segui-las pelo som e descobrirá um mundo encantado cheio de cores, formas, tamanhos e diferentes sons. Mas preste atenção nos horários em que podem ser encontradas com maior facilidade! Geralmente são vistas nos primeiros horários da manhã e no final da tarde, momentos em que estão mais ativas executando suas tarefas diárias, por exemplo, em busca de alimento.

Se você se identificar com a atividade de observação de aves chegará um momento que conseguirá detectá-las naturalmente mesmo as menores, mais escondidas e silenciosas.

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Para ter boas chances de observar as aves em seu modo natural de vida você precisará seguir alguns passos:

- buscar pelas aves cedo da manhã e no final da tarde;

- manter o silêncio é fundamental. Infelizmente a nossa presença pode representar perigo e espantá-las;

- ser paciente e não fazer movimentos rápidos com braços, pernas e corpo de forma geral;

- usar roupas de cores neutras. A maioria das aves enxerga muito bem cores, algumas melhores até que os humanos! Cores muito fortes que contrastam com o ambiente podem representar ameaça;

- ter um binóculo, instrumento que permite a aproximação e ampliação da imagem da ave sem a aproximação exagerada da nossa presença;

- procurar observar e diferenciar formas, cores da plumagem, tamanho, percebendo e comparando, inclusive, o tamanho de suas estruturas, como: bico, asas, cauda, patas etc.

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A contribuição das aves no processo de recuperação do entorno da nascente do córrego Imbirussu, Clube de Campo do HSBC, Campo Grande-MS

A instalação dos poleiros tem como objetivo contribuir na recuperação da área de entorno da nascen te do có r rego Imb i russu , loca l i zada na Associação Brasil (AB), Clube de Campo do HSBC, área urbana de Campo Grande-MS.

A estratégia de utilização dos poleiros artificiais pode acelerar o processo de regeneração natural da área degradada que contorna a nascente. As aves que pousam ali trazem sementes que irão criar oportunidades para estabelecimento de novas plantas que são próprias daquela região.

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Os poleiros artificiais têm o propósito de imitar galhos secos de árvores. As aves os utilizam para repouso ou alimentação, e ao pousarem eliminam nas fezes as sementes que foram consumidas, ou as “cospem” após ingerirem as polpas dos frutos. Após esse processo, as sementes depositadas no solo (base dos poleiros) podem germinar e se estabelecer definitivamente no local.

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Onde estamos e o que estamos fazendo?

O clube de campo está localizado na região noroeste de Campo Grande, onde encontra a bacia hidrográfica do Imbirussu. Esta bacia é composta pelos córregos José Pereira, Serradinho e Imbirussu, os quais abrangem os bairros urbanos Panamá, Popular, Nova Campo Grande, Núcleo Industrial e parte dos bairros José Abrão, Nasser, Santo Amaro, Santo Antônio, Sobrinho, Taveirópolis, São Conrado e Caiobá.

Uma das nascentes do córrego Imbirussu, está localizada na área do clube e se encontra em processo de degradação, devido à intensa e antiga pressão humana sobre essa área. Desta forma, em 2010 iniciou-se uma ação dos voluntários e familiares do HSBC juntamente com o Instituto 5 Elementos para plantio de espécies vegetais e instalação de poleiros de aves, visando contribuir no processo de regeneração das espécies da flora local.

Assim as mudas são colocadas em cavidades no solo, distantes 2m entre si e dispostas em linhas paralelas com 3m de distância. Os poleiros foram colocados de forma intercalada entre as mudas.

Desenho esquemático sobre a disposição das mudas e dos poleiros de aves.

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Os poleiros secos foram confeccionados com bambus e apresentam ramificações terminais onde as aves podem pousar. Encontram-se instalados a cada 10m entre as mudas plantadas na área de entorno da nascente do Córrego Imbirussu, AB - Clube de Campo do HSBC, Campo Grande-MS.

Resultados:

- Recuperação de área degradada;

- Complementação e aceleração do processo de recuperação da área antropizada;

- Contribuição no aumento da biodiversidade local;

- Incentivo à formação de grupo de observadores de aves;

- Contribuição para formação de uma consciência conservacionista da comunidade.

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Mapa do Clube de Campo de Campo GrandeÁrea de recuperação da nascente em destaque

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Acompanhe agora as aves que você pode observar na área da Associação Brasil, Clube de Campo do HSBC, Campo Grande-MS.

Contribuição na reposição vegetal

Muito baixa ou nulaMédia contribuiçãoAlta contribuição

Nome popular: CURICACA

Família Threskiornithidae

Nome científico: Theristicus caudatus

Alimentação: Invertebrados como caramujos, lesmas, insetos e pequenos vertebrados

Contribuição na regeneração vegetal:

Nome popular: ASA-BRANCA

Família: Columbidae

Nome científico: Patagioenas picazuro

Alimentação: Sementes

Contribuição na regeneração vegetal:

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Nome popular: FOGO-APAGOU

Família: Columbidae

Nome científico: Columbina squammata

Alimentação: Sementes

Contribuição na regeneração vegetal:

Nome popular: ROLINHA CALDO-DE-FEIJÃO, ROLINHA-ROXA

Família: Columbidae

Nome científico: Columbina talpacoti

Alimentação: Sementes

Contribuição na regeneração vegetal:

Nome popular: ANU-PRETO

Família: Cuculidae

Nome científico: Crotophaga ani

Alimentação: Invertebrados como insetos, aranhas

Contribuição na regeneração vegetal:

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Nome popular: URUTAU, MÃE-DA-LUA

Família: Nyctibiidae

Nome científico: Nyctibius griseus

Alimentação: Insetos

Contribuição na regeneração vegetal:

Nome popular: mARTIM-PESCADOR-VERDE

Família: Alcedinidae

Nome científico: Chloroceryle amazona

Alimentação: Peixes

Contribuição na regeneração vegetal:

Nome popular: UDU-DE-COROA-AZUL, JURUVA

Família: Momotidae

Nome científico: Momotus momota

Alimentação: Frutos, pequenos vertebrados e invertebrados como insetos, aranhas

Contribuição na regeneração vegetal:

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Nome popular: ARAÇARI-CASTANHO

Família: Ramphastidae

Nome científico: Pteroglossus castanotis

Alimentação: Frutos

Contribuição na regeneração vegetal:

Nome popular: TUCANUÇU

Família: Ramphastidae

Nome científico: Ramphastos toco

Alimentação: Frutos, ovos de outras aves e às vezes filhotes

Contribuição na regeneração vegetal:

Nome popular: JOÃO-DE-BARRO

Família: Furnaridae

Nome científico: Furnarius rufus

Alimentação: Invertebrados e outros invertebrados como minhocas

Contribuição na regeneração vegetal:

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Nome popular: GRAVETEIRO

Família: Furnaridae

Nome científico: Phacellodomus ruber

Alimentação: Insetos

Contribuição na regeneração vegetal:

Nome popular: MARIA-É-DIA

Família: Tyrannidae

Nome científico: Elaenia flavogaster

Alimentação: Frutos e insetos

Contribuição na regeneração vegetal:

Nome popular: VERÃO

Família: Tyrannidae

Nome científico: Pyrocephalus rubinus

Alimentação: Insetos

Contribuição na regeneração vegetal:

♂ ♀

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Nome popular: NOIVINHA-BRANCA

Família: Tyrannidae

Nome científico: Xolmis velatus

Alimentação: Insetos

Contribuição na regeneração vegetal:

Nome popular: MARIA-BRANCA

Família: Tyrannidae

Nome científico: Xolmis cinereus

Alimentação: Insetos

Contribuição na regeneração vegetal:

Nome popular: SIRIRI-CAVALEIRO

Família: Tyrannidae

Nome científico: Machetornis rixosus

Alimentação: Insetos

Contribuição na regeneração vegetal:

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Nome popular: BEM-TE-VI

Família: Tyrannidae

Nome científico: Pitangus sulphuratus

Alimentação: Frutos, pequenos vertebrados e invertebrados como insetos, aranhas, etc

Contribuição na regeneração vegetal:

Nome popular: TESOURINHA

Família: Tyrannidae

Nome científico: Tyrannus savana

Alimentação: Insetos

Contribuição na regeneração vegetal:

Nome popular: SABIÁ-DO-CAMPO

Família: Mimidae

Nome científico: Mimus saturninus

Alimentação: Frutos, pequenos vertebrados e invertebrados como insetos, aranhas e outros

Contribuição na regeneração vegetal:

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Nome popular: SABIÁ-LARANJEIRA

Família: Turdidae

Nome científico: Turdus rufiventris

Alimentação: Frutos e invertebrados como minhocas

Contribuição na regeneração vegetal:

Nome popular: PITIGUARI

Família: Vireonidae

Nome científico: Cyclarhis gujanensis

Alimentação: Insetos e outros invertebrados

Contribuição na regeneração vegetal:

Nome popular: CAMBACICA

Família: Coerebidae

Nome científico: Coereba flaveola

Alimentação: Néctar e pequenos insetos

Contribuição na regeneração vegetal:

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Nome popular: SAÍ-BEIJA-FLOR

Família: Thraupidae

Nome científico: Cyanerpes cyaneus

Alimentação: Frutos

Contribuição na regeneração vegetal:

Nome popular: VIVI OU FIM-FIM

Família: Thraupidae

Nome científico: Euphonia chlorotica

Alimentação: Frutos

Contribuição na regeneração vegetal:

Nome popular: SAÍ-ANDORINHA

Família: Thraupidae

Nome científico: Tersina viridis

Alimentação: Frutos

Contribuição na regeneração vegetal:

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Nome popular: SANHAÇO-CINZA

Família: Thraupidae

Nome científico: Thraupis sayaca

Alimentação: Frutos

Contribuição na regeneração vegetal:

Nome popular: CANÁRIO-DA-TERRA

Família: Emberizidae

Nome científico: Sicalis flaveola

Alimentação: Sementes

Contribuição na regeneração vegetal:

Nome popular: PÁSSARO-PRETO

Família: Emberizidae

Nome científico: Gnorimopsar chopi

Alimentação: Frutos e invertebrados

Contribuição na regeneração vegetal:

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Parecendo Manancial

Rastros sob substratos antigosDias assim, dias a mais...Sob folhas e pedaços de galhosSons de pássarosQue cantam pela manhãLá vão eles em bando...Em vida...Em dias...Em noites...Em árvores...Em muros...Em flores...Lá vão eles sob a cor do cerradoSob som, sob nuvens, sob ameaçasLá vão eles sob escalas em setasDeixando rastros...Deixando melodia...Deixando vida...Deixando o dia...Deixando para retomar, Para retornar Talvez em um novo amanhãEm uma nova esperança,Esperança de dias comunsCom coisas naturaisNão só para algunsParecendo encanto Parecendo tantoLá vão eles...Parecendo manancial.

Simone Mamede

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O menino que ganhou um rio

Minha mãe me deu um rio.Era dia de meu aniversário e ela não sabia o que me presentear.Fazia tempo que os mascates não passavam naquele lugar esquecido.Se o mascate passasse a minha mãe compraria rapaduraOu bolachinhas para me dar.Mas como não passara o mascate, minha mãe me deu um rio.Era o mesmo que passava atrás de casa.Eu estimei o presente mais do que fosse uma rapadura do mascate.Meu irmão ficou magoado porque ele gostava do rio igual aos outros.A mãe prometeu que no aniversário do meu irmãoEla iria dar uma árvore para ele.Uma que fosse coberta de pássaros.Eu bem ouvi a promessa que a mãe fizera ao meu irmãoE achei legal.Os pássaros ficavam durante o dia nas margens do meu rioE de noite eles iriam dormir na árvore do meu irmão.Meu irmão me provocava assim: a minha árvore deu flores lindas em setembro.E o seu rio não dá flores!Eu respondia que a árvore dele não dava piraputanga.Era verdade, mas o que nos unia demais eram os banhos nus no rio entre pássaros.Nesse ponto nossa vida era um afago!

(Poema de Manoel de Barros. BARROS, M. Memórias inventadas para crianças; iluminuras de

Martha Barros. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2010).

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jogo dos 7 erros

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Para Colorir:

Tiziu (Volatinia jacarina)

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Tiziu!

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Pica-pau-do-campo (Colaptes campestris)

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Suindara (Tyto alba)

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Udu-de-coroa-azul (Momotus momota)

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Realização

parceria