37

Livro Amor de colegial

Embed Size (px)

DESCRIPTION

O livro trata-se da vida de Jaqueline, que entra numa nova escola para começar o primeiro ano do colegial, junto com suas duas melhores amigas Camila e Valeria . Lá ela encontra quem nemos queria , um vizinho de infancia, Gustavo e apos muitas reviravoltas ela realmente encontra o seu verdadeiro amor.

Citation preview

Page 1: Livro Amor de colegial
Page 2: Livro Amor de colegial

Prólogo ................................................................................................................................................. 3

Gustavo .............................................................................................................................................. 10

Jaqueline............................................................................................................................................. 11

Um mês depois ................................................................................................................................... 15

Anderson ............................................................................................................................................ 16

Jaqueline............................................................................................................................................. 18

Lucas .................................................................................................................................................. 19

Anderson ............................................................................................................................................ 20

Jaqueline............................................................................................................................................. 21

Gustavo .............................................................................................................................................. 23

Jaqueline............................................................................................................................................. 24

Lucas .................................................................................................................................................. 25

Valeria ................................................................................................................................................ 26

Jaqueline............................................................................................................................................. 27

Lucas .................................................................................................................................................. 33

Jaqueline............................................................................................................................................. 34

Page 3: Livro Amor de colegial

AMOR DE COLEGIAL

Prólogo Jaqueline

Acordei bem cedinho, as 06h00min. Segunda-feira, primeiro dia de aula, escola nova, estudar de

manhã, conhecer os gatinhos e graças a Deus continuar com a Camila e a Valéria. Levantei e fui direto para

o banheiro, tomei um banho, fiz minha higiene pessoal. Sai e vesti a camisa de uniforme, junto com minha

calça jeans coladinha e meu all star preto. Fiz minha maquiagem leve e deixei o cabelo solto, arrumei as

coisas e deixei em cima da cama, desci para tomar café, e claro, como sempre minha mãe não estava em

casa, já deveria ter saído para o trabalho. Tomei o café rápido, subi e escovei os dentes, peguei as coisas em

cima da cama e sai. Marquei de passar na casa da Camis pois ela iria junto comigo pra escola, coloquei os

fones de ouvido e fui no meu mundo da lua, cheguei na casa da Camis e mandei uma mensagem avisando

que estava ali na frente e logo ela saiu. Fomos conversando sobre as ferias no caminho e logo já estávamos

na porta da escola quando escutamos:

Valeria: JAQUE! CAMIS! ESPEREM AI SUAS LINDAS. - olhei pra trás e nem preciso dizer que era a Valéria

correndo e gritando na nossa direção que nem uma maluca, me fazendo pagar mico como sempre.

Fiquei parada olhando com cara de vou te matar, até que ela nos alcançou, entramos na escola e

começamos a olhar disfarçadamente a nova escola enquanto cochichávamos sobre os gatinhos. A

estabanada da Vaah derrubou um dos meus cadernos no chão e eu me agachei pra pegar, quando eu me

levantei, nem acreditei em quem eu vi ali parado, na minha frente, apenas alguns metros de distância.

Cutuquei a Camis e ela olhou na mesma direção que eu.

Camis e Jaque: Vaah aquele ali não é o... - falamos juntas cutucando a Valéria disfarçadamente. O que foi

em vão.

Valeria: GUSTAVO! - ela deu um berro no mesmo momento em que olhou na direção dele. Não preciso

nem dizer né, que parte das pessoas que estavam perto olharam pra ela, inclusive ele. Eu e a Camis tentou

disfarçar e se viramos de costas pra ela e começamos a "conversar". Em vão, outra vez, ele se aproximou e a

primeira pessoa que ele resolveu falar foi com quem, dou um real pra quem adivinhar.

Gustavo: Jaqueline? É você mesmo? A garotinha dos bolos de lama? - ele riu e eu forcei um riso. Enquanto

as meninas se afastavam, não sei por que, mas elas sempre querem me juntar com qualquer menino que eu

trombo por ai.

Jaqueline: É sou eu sim. E você é o Gustavo, o vizinho chato que gostava de me irritar. - eu forcei um sorriso

e ele riu.

Gustavo: Você está perfeitamente LINDA! Se eu conhecesse você agora e não antes, com certeza eu não iria

te irritar. - não preciso nem dizer que minhas bochechas coraram e ele soltou um riso alto -

Gustavo: Que foi Jaque está com vergonha pimentinha? - nem preciso dizer também que queria matar ele.

Jaqueline: HAHA! Eu vou indo porque a aula começa daqui três minutos e eu ainda nem achei minha sala. -

Page 4: Livro Amor de colegial

falei me virando e sendo puxada pelo braço outra vez

Gustavo: Ei pimentinha, qual sua sala? - ele disse sem mesmo esperar eu responder pegando o papel da

minha mão. - Ah, eu sei onde é mesma sala que eu, vamos eu te levo! - mal terminou a frase e me puxou

corredor a fora pelo braço.

Nem preciso dizer que chegamos juntos com a professora, e por sorte a Camis ficou na minha sala,

e a Vaah infelizmente não. Mas como dizem melhor um pássaro na mão, do que dois voando. O Guto me

soltou, graças a Deus, e se sentou em um lugar qualquer. Eu claro, sentei do lado da Camis, a professora

começou a falar toda aquela baboseira de primeiro dia e assim foi toda aula dela. Na segunda aula já

começou tudo normal os textos e atividades e eu claro, prestei a atenção, as primeiras aulas passaram

rápido e logo chegou o horário do intervalo, onde encontramos a Camis.

Camila: E ai amiga conta TUDO! - a Camis saiu me puxando em direção ao pátio.

Jaqueline: TUDO! É que ele é o mesmo tonto de sempre. - falei rindo da cara de boba que ela fez. É a mais

pura verdade - fui interrompida pela Vaah, claro.

Valeria: CONTA,CONTA, CONTA, CONTA! - ela falava euforicamente, chamando atenção de algumas pessoas

que estavam a volta.

Jaqueline: Não tem o que contar Vaah, ele é só o.. - falava calma e de novo fui interrompida dessa vez pela

Camis.

Valeria: Mesmo tonto de sempre e blábláblá! - ela acabou completando o que eu ia dizer com a cara de

sínica dela, e eu acabei rindo, quando escuto uma voz que logo reconheci.

Gustavo: Jaque posso falar com você dois segundos. - olhei pra trás e lá estava o meu pesadelo, Guto!

Jaqueline: Diz Guto, diz! - falei em um tom de nem ai.

Gustavo: A sós. - eu revirei os olhos e as meninas saíram.

Jaqueline: Fala-me Guto, meu tempo é precioso. - olhei pra ele com uma cara de tedio.

Gustavo: Jaque eu preciso que você me ajude a conquistar uma menina, você precisa me ajudar, por favor,

por favor, por favor! - ele estava quase implorando de joelhos.

Jaqueline: ok! Tudo bem, eu te ajudo. Mas não vai contar pra ninguém, passa na minha casa depois, me

levantei e sai andando.

Gustavo: JAQUE! - revirei os olhos e respirei fundo.

Jaqueline: Que foi Guto? - o encarei.

Gustavo: Onde você mora? - ele riu.

Jaqueline: Passo pra você na sala. Tchauzinho.

Page 5: Livro Amor de colegial

Virei às costas e fui pra cantina, comprei um pão de queijo, uma coca e um pacote de halls preto, e

fui pra junto das meninas, elas me encheram de perguntas sobre o Guto e eu disse que era sobre as

matérias. Passei o resto do intervalo ouvindo as meninas tagarelar e olhando alguns gatinhos por lá, logo o

sinal bateu e eu e a Camis fomos pra nossa sala, e a Vaah pra dela. Anotei o endereço e entreguei pro Guto,

logo em seguida o professor chegou. Começou com as explicações e eu a prestar atenção. As aulas

passaram meio devagar, e prestar atenção na aula não foi tão fácil, não sei por que, passei parte das aulas

olhando o Guto, e pensando baboseiras. Juntei meu material e me despedi da Camis, pedi pra ela dar tchau

pra Jaque por mim e sai rápido de lá pra casa, afinal, hoje eu teria que cuidar da filha da vizinha até as

14h30minhrs, e as 14h45minhrs eu teria que ajudar o Sr.chatisse do Gustavo. Cheguei em casa e como

sempre minha mãe não veio almoçar, já eram 12:55hrs, esquentei a comida e almocei, assim que acabei de

almoçar a Marta chegou junto com a Clara.

Marta: Então aqui tem umas coisinhas dela - ela disse me entregando uma mochila um pouco maior do que

a normal, eu claro, estranhei. - e você poderia cuidar dela até amanhã? É que tenho que viajar de última

hora. - claro eu deveria imaginar.

Jaqueline: Claro dono Marta. Até amanhã. - peguei a Clara no colo e fechei a porta. Coloquei-a no sofá e

liguei a tevê no Discovery kids. - Fica aqui ok meu anjo, que a tia Jaque vai lavar louça ok ? - ela apenas

balançou a cabeça positivamente e eu fui pra cozinha.

Liguei o som e comecei a lavar a louça, assim que terminei enxuguei e guardei. Passei pela sala e

Clara havia dormido, desliguei a tevê e subi pro quarto, ajeitei as coisas por lá e fui trocar de roupa,

coloquei um short branco e uma blusinha azul, fiz um cook no cabelo, escovei os dentes e fiquei me

olhando no espelho. Estava em outro mundo quando despertei da lua com o barulho dos trabalhadores da

obra da esquina, peguei o notebook e desci, sentei no sofá e fiquei mexendo até umas 14:43hrs, nem

entrei no msn, desliguei o notebook e me deitei. Uns cinco minutos depois a campainha tocou e eu fui

atender, e claro, era o Guto!

Jaque: Entra e sobe pro quarto. - falei fazendo sinal de silêncio pela Clara dormindo no sofá.

Guto: Tudo bem. - ele disse baixo e subiu as escadas devagar, e eu subi atrás dele.

Jaque: ok! Que tipo de ajuda você quer? - disse me sentando na cama e olhando pra ele.

Guto: Não sei, quero saber como conquistar uma garota. Do que vocês gostam e tal. - ele falou enquanto

mexia as mãos e eu ri, essa mania de mexer as mãos em quanto fala ele tinha desde pequeno, e parece que

não mudou nada, soltei um riso baixo e ele me fitou.

Jaque: Esta bem! Sei lá, se declare, seja romântico e use a criatividade.

Guto: Posso treinar com você?

Jaque: Vai em frente. - eu me levantei e fiquei de frente pra ele.

Guto: Sabe... - ele se ajoelhou e pegou na minha mão, que bonitinho pensei - faz algum tempo que eu te

conheço, e têm algumas coisas que mudaram dentro de mim, meu coração dispara sempre que eu estou

perto de você, e sua presença me faz tão bem, seus cabelos são tão lindos, seu rosto de bebê e seu cheiro

me entorpece como uma droga. E eu queria saber se você aceitar ser minha, minha vida, minha paixão,

minha droga. Aceita namorar comigo? - ele olhou no fundo dos meus olhos e eu suspirei, eu realmente me

Page 6: Livro Amor de colegial

surpreendi, eu não conhecia essa parte romântica do Guto.

Jaque: P-E-R-F-E-I-T-O! - disse quase soletrando e ri baixo, me joguei na cama e comecei a rir. Guto: Esta rindo do que? - ele me fitou sem entender nada.

Jaque: Guto esta apaixonado, Guto esta apaixonado... - eu comecei a repetir isso sem parar enquanto

soltava risos altos.

Guto: A Não Jaqueline, para. - ele me fitava e eu continuava - Você vai ver quem vai rir agora!

Ele subiu em cima de mim me prendendo e começou a me encher de cocegas e eu a rir sem parar,

eu implorava pra parar mas ele não parava, só ria. Por fim eu o derrubei no chão e cai por cima dele, o que

foi um pouco tenso porque nossos rostos acabaram ficando próximos demais e nossos olhares haviam

totalmente se encontrados. Nós dois parecíamos um imã, nem eu, nem ele se mexia e ficamos ali,

automaticamente fomos se aproximando mais, mais, estávamos quase com os lábios colados até que eu

ouvi um barulho na escada e me levantei rapidamente indo pro corredor, pra fugir da situação.

Camis: Cheguei. - chegou? Como assim chegou? Eu olhei pra ela sem entender nada. - ai menina, sai do

mundo da lua, eu falei na aula que iria vir aqui à tarde pra gente curtir e conversar. - ela disse passando por

mim e pronta pra entrar no quarto.

Jaque: NÃO! - a puxei pelo braço e desci escada a fora. - vamos comer brigadeiro. - inventei qualquer

desculpa e fomos pra cozinha. Fizemos o brigadeiro e fomos pra sala, por sorte a Clara ainda estava

dormindo, ficamos fofocando sobre tudo até umas 18h55minhrs. Resolvemos ir comer o brigadeiro, alguns

minutos depois a Camis resolveu ir e a Clara acordou, e juntamente com o despertar da Clara, minha mãe

chegou. Eu fui ajudar minha mãe a dar banho na Clara e comida, depois minha mãe ficou de fazê-la dormir.

Subi direto pro banheiro, tomei um banho e vesti meu pijama que eu deixava sempre no banheiro. Fui pro

quarto e ajeitei as coisas pra dormir, e fui atrás do meu ursinho de pelúcia debaixo da cama. Soltei um grito

ao ver o Guto dormindo ali, DROGA, eu tinha esquecido totalmente dele.

Mãe da Jaque: EI JAQUE! Está tudo bem ai em cima? - ouvi a voz da minha mãe juntamente com passos na

escada.

Jaque: TA SIM MÃE! Só pensei que fosse, uma barata! - eu olhei pra debaixo da cama e o Guto havia

acordado, e me olhava totalmente sem entender nada.

Mãe da Jaque: Qualquer coisa me chama hein! - a ouvi entrando no quarto dela, ufa.

Jaque: Pode deixar dona Sônia. - falei enquanto ajudava o Guto a sair de baixo da cama.

Guto: Jaque eu preciso ir embora. - falou indo até a porta do quarto.

Jaque: EI! Esta louco? - entrei na sua frente bloqueando a passagem.

Guto: Jaque eu tenho casa, eu tenho uma mãe, e um pai bem osso duro de roer. Não posso ficar eu sei que

você deseja minha presença aqui com você, mas não dá. - ele falou enquanto tentava abrir a porta e eu

revirei os olhos.

Jaque: Idiota! Não é nada disso, minha mãe ainda está acordada, quando ela for dormir você vai embora, se

Page 7: Livro Amor de colegial

ela for dormir cedo hoje né. Qualquer coisa você liga pra o seus pais e avisa que está na casa de um amigo,

simples. - falava enquanto trancava a porta e escondia a chave em algum lugar do guarda-roupa. Ele

finalmente ficou calado e eu ajeitei as coisas pra ele dormir, coloquei minhas coisas no chão, apaguei a luz e

deitei. Ele ficou parado me olhando com cara de ué e eu a mesma coisa.

Guto: Vai ficar no chão menina? - ele falou e se sentou ao meu lado - nem morta, vai deitar ali em cima,

junto comigo. Eu não mordo. - ele riu.

Jaque: Não precisa estou bem aqui no chão, agora vai lá deitar, e antes liga pra os seus pais - falei

entregando meu celular - minha mãe não vai dormir tão cedo hoje. - pisquei e ri.

Ele pegou o celular e ligou, até que foi fácil, pois não durou nem cinco minutos a ligação, ele deixou o

celular em cima da cômoda, ele se levantou e me pegou no colo, mas que merda ele o que estava fazendo?

Ele me colocou m cima da cama e se deitou do meu lado.

Guto: Falei que você ia deitar comigo. - ele piscou e riu.

Jaque: Ai como você é chato Guto. - falei rindo.

Ficamos conversando até tarde sobre como tinham sido as coisas depois que nos afastamos, e logo

adormecemos. Acordei na manhã seguinte com o despertador maldito, desliguei, mas o Guto? Bem, nem

abriu s olhos, eu fiquei observando ele enquanto dormia, ele estava tão lindo. Eu levei meu polegar até o

seu rosto e o acariciei bem suavemente, pra ele não acordar, em vão, pois ele se mexeu, e eu claro, fingi que

estava dormindo. E quando abri os olhos vi aqueles lindos olhos verdes me olhando.

Guto: Pronto pra ir pra mais um dia na selva? - ele riu.

Jaque: Não, você vai e diz que eu estava doente, e ai eu fico em casa dormindo. - falei rindo.

Guto: Nada disso, a gente falta e amanhã diz que ficou febre ou dor de cabeça. E fazemos algo pra nós dois,

lembrarmos os velhos tempos. Topas? - ele falou se sentando, é até que não era má ideia.

Jaque: Claro que topo. - eu me sentei do seu lado e ele ficou pensativo.

Jaque: No que esta pensando? - falei enquanto o olhava.

Guto: Nada, nada. - ele disse se levantando - Eu vou em casa me trocar, aproveitar que os meus pais não

estão em casa e já já eu passo aqui. - ele foi até a porta.

Peguei a chave no guarda-roupa e entreguei, ele desceu e eu desci atrás, minha mãe já havia ido

trabalhar e a Clara já havia ido embora. Despedimo-nos e ele foi pra casa dele. Subi e tomei um banho, sai e

fiquei procurando uma roupa, coloquei uma blusa xadrez preta e branca, uma calça preta e uma botinha

preta, e por cima da blusa um casaco xadrez azul e preto. Fiz uma maquiagem de leve e deixei o cabelo

solto. Logo o Guto chegou e a gente saiu andando sem rumo, nossa ele estava lindo. E eu já estava cansada

de andar sem saber pra onde ia.

Jaque: Então vamos pra onde? - falei olhando o chão.

Guto: Shopping. - ele riu.

Jaque: Andando? - eu o olhei assustada.

Guto: Não boba, de ônibus. - suspirei.

Page 8: Livro Amor de colegial

Jaque: Ata, pensei que ia me fazer andar até lá. - falei rindo.

Guto: Jamais, madame. - ele riu e eu o fitei.

Chegamos ao ponto de ônibus e ficamos conversando idiotices e rindo, logo o ônibus chegou.

Sentamos no fundão e ficamos batendo papo. Tinha um casal no banco da frente, eram tão fofinho, e claro,

nunca ia acontecer isso comigo, pensei e suspirei. O Guto ficou em silêncio e eu resolvi nem prolongar o

assunto, o caminho inteiro eu fui olhando pela janela e bastante pensativa. Chegamos ao shopping e fomos

andar, andamos bastante, até que ficamos cansados, compramos duas latinhas de coca e fomos sentar. No

banco perto da gente, o casal que estava na nossa frente no ônibus estava ali, super abraçadinhos no Love,

logo pensei como eles tem sorte

Jaque: Eu nunca vou ficar assim com alguém. - falei olhando a cena, pra ajudar começou a tocar You and

Me - Lifehouse, ótimo.

Guto: Para de bobagem viu pequena, claro que vai. - que lindo ele me chamou de pequena, pensei e Jaque

para com isso.

Jaque: Nada haver, quem vai me

querer? - ri baixo.

Guto: Nada haver isso que você disse,

quem é que não vai te querer? Uma

menina incrível, divertida e linda que

nem você, só um louco pra não te

querer mesmo. - ele sorriu enquanto

me olhava.

Jaque: É? Então onde foi parar essa

pessoa? - falei enquanto olhava o casal.

Guto: Calma pequena, calma, um dia a

vida sorri pra você, quando você menos esperar. - eu sorri e ele beijou minha testa.

Realmente o Guto havia mudado, estava fofo, lindo, perfeito, mas preciso parar com isso, antes que eu me

apaixone.

Terminamos de tomar a coca e por fim levantamos, assim que levantei eu me virei pra olhar pra ele,

o que eu não deveria ter feito, pois ficamos próximos demais. Ele olhou no fundo dos meus olhos, o que

quase me tirou o ar, ele foi se aproximando e eu fitei seus lábios rosados e lindos. Ele colocou uma mecha

do meu cabelo pra trás e em questão de segundos já estávamos em um beijo cheio de vontade e desejo o

que me tirou o fôlego por alguns segundos. Fomos parando o beijo calmamente e ficamos nos olhando. Eu

rapidamente me afastei e encarei o chão.

Jaque: Isso não deveria ter acontecido, acho melhor irmos. - falei ainda olhando o chão.

Ele apenas concordou e logo saímos do shopping, pegamos o ônibus, e assim como na vinda, eu fui

pensativa e olhando pela janela. O clima entre a gente estava tenso e minha cabeça estava a mil. Quando

me dei por conta já estávamos no mesmo ponto em que pegamos o ônibus, se despedimos e cada um

Page 9: Livro Amor de colegial

pegou a direção da sua casa. Fui andando devagar e com os pensamentos longes, passei pela frente da

padaria e olhei o relógio, já eram 12h58minhrs. Provavelmente a Camis já deveria ter saído da escola. Então

eu tomei rumo a casa dela e em poucos minutos já estava lá. Chamei, chamei e não havia ninguém. Sentei-

me na calçada e fiquei pensando, havia resolvido esperar ela chegar.

Page 10: Livro Amor de colegial

AMOR DE COLEGIAL

2

Gustavo

Eu estava totalmente arrependido, fiquei me perguntando o porquê de eu ter feito aquilo. Eu não podia, vai que ela se apaixona por mim, vai acabar estragando tudo. Eu preciso conquistar a garota que eu sempre quis, mas a Jaque, poderia ser uma pedra, não que eu não quisesse a amizade dela, é claro que eu queria, ela é super legal e divertida, mas eu ia ter que me afastar, para o bem dela, e o meu também. Depois de muito andar e pensar eu cheguei em casa e resolvi que eu iria dormir até o outro dia, e foi exatamente o que eu fiz. No outro dia eu acordei disposto que seria hoje o grande dia de conquistar a garota dos meus

sonhos. Vesti a blusa de uniforme, uma calça jeans comum e o all star branco. Dei uma leve ajeitada e

bagunçada no cabelo, peguei o material e sai rapidinho pra escola. Chegando lá eu pedi pra menina do

rádio avisar pra todos irem para o ginásio, assim ela o fez. Quando todos estavam lá, eu a chamei minha

doce e maluca Valéria. Ela subiu e eu comecei a me declarar. Como nunca, eu olhava nos olhos dela, eu

estava sendo sincero, era ela quem eu queria.

Page 11: Livro Amor de colegial

AMOR DE COLEGIAL

3

Jaqueline

Depois de muito tempo esperando nada dela chegar, fui pra casa e deitei um pouco, hoje a dona

Marta não traria a Clara pra casa. Acabei cochilando e acordei lá pras 18h30minhrs. Arrumei minha mochila

e deixei um bilhete na geladeira pra minha mãe, resolvi ir dormir na casa da Camis. Mandei um torpedo pra

ela e ela concordou. Então eu fui rápido pra lá e assim que cheguei já fui contando tudo. Ela disse que era

possível eu ser apaixonada por ele desde pequena, e só estar descobrindo esses sentimentos agora. Mas

não isso não é verdade. Ficamos conversando por um bom tempo, e logo resolvemos ir dormir. No outro dia

acordamos com o despertador e nos arrumamos, eu coloquei a blusa de uniforme, um shortinhos preto

jeans não muito curto, e meu all star azul, deixei o cabelo solto e fiz uma maquiagem leve. A Camis colocou

a blusa de uniforme também, e colocou uma calça jeans rosa coladinha e um all star preto, deixou o cabelo

solto e fez uma maquiagem um pouco mais pesada.

Tomamos o café da manhã e a mãe da Camis levou a gente pra escola, quando chegamos lá

estranhamos porque estava todo mundo no ginásio. Eu e a Camis nada bobas fomos pra lá. E eu me

arrependi de ter entrado naquela escola quando vi aquela cena, o Guto estava se declarando para A Menina

que ele pediu os conselhos na

frente da escola, e como se não

bastasse era uma das minhas

melhores amigas, a Valéria. Meu

coração apertou e me deu uma

enorme vontade de chorar

quando eu vi o beijo que eles

haviam iniciado. Eu senti uma

lágrima escorrer e antes que

alguém percebesse que eu ia

começar a chorar eu corri dali

para o lugar mais longe possível.

Eu cheguei a um canto bem

escondido da escola e me sentei,

senti meu rosto ser molhado

totalmente pelas lágrimas. Droga,

ou era bobagem minha, ou talvez

a Camis estivesse certa. Eu fique chorando ali, no meu cantinho quietinha, eu observava o chão, mas logo

percebi que não estava sozinha quando olhei pra frente e vi que um garoto me observava.

Eu respirei fundo e segurei o choro. Ele se aproximou e se sentou do meu lado.

Lucas: Posso saber por que uma garota linda como você está chorando? - ele disse enquanto enxugava as

Page 12: Livro Amor de colegial

lágrimas que haviam descido dos meus olhos.

Jaque: Não é nada, deixa pra lá. - forcei um sorriso e ele sorriu - Qual seu nome?

Lucas: Lucas, meu nome é Lucas. E o seu? - ele ajeitou as mechas que estavam caídas sobre meu rosto e

sorriu.

Jaque: Jaqueline. Mas como me chamam Jaque. - sorri.

Lucas: Então garota, vamos parar de sofrimento, pois a vida é muito curta pra tanto sofrimento. - ele se

levantou e estendeu a mão pra me ajudar. Eu me levantei com a ajuda dele e sorri, sinceramente, por fim

eu abri um sorriso sincero pra ele.

Jaque: É você tem razão. Você estuda aqui faz tempo, em que ano do colegial você está? - ele começou a

andar e eu o acompanhar.

Lucas: É eu estudo aqui desde o primeiro ano do colegial. Estou no terceiro. E você? É nova né? Nunca te vi

por aqui. - andávamos em pequenos passos.

Jaque: É sim, eu entrei esse ano, estou no primeiro ainda. - sorri, ele ia começar falar algo, mas o sinal bateu

e acabou o interrompendo antes mesmo de começar - Eu tenho que ir, a gente se vê por ai.- eu corri o mais

de pressa pra chegar na sala a tempo, afinal eu estava do outro lado da escola, bem longe da minha sala.

Por sorte eu cheguei a tempo, me sentei e a Camis resolveu ficar em silêncio. As aulas estavam passando

devagar, e eu, com a cabeça bem distante.

Eu tentava prestar o máximo de atenção na aula, o que era quase impossível, porque meus olhos

automaticamente olhavam pro Guto. Por fim chegou a hora do intervalo, eu resolvi ficar sozinha, então

passei na cantina, peguei uma latinha de coca e umas besteiras e fui pro cantinho do outro lado da escola, o

mesmo de mais cedo. Sentei-me e fiquei tranquila enquanto observava os pássaros, nem sinal de ninguém

por ali. Estava sozinha, em um ar pra pensar e por tudo no lugar. Eu queria que o tempo passa-se rápido pra

eu ir embora pra minha casa, pro meu cantinho, meu lugarzinho. Mas é difícil isso acontecer, parecia até

que passava mais devagar ainda. Mas a paz que eu pensei que fosse ter foi totalmente em vão, pois

adivinha quem passou por ali, claro, o casal do ano, Guto e Valéria, passaram abraçadinhos, bonitinhos e

ignoraram totalmente a minha presença. Fechei os olhos e respirei fundo, como ele pode ter feito isso, um

dia me beija e no outro está namorando minha melhor amiga, é, ele não mudou tanto. Quando abri os

olhos adivinha quem eu vejo, Lucas sorri involuntariamente e ele sorriu também.

Lucas: Você por aqui mocinha, e dessa vez você não está chorando olha, um bom progresso. - ele riu.

Jaque: É parece que aqui é bem mais calmo, do que pra lá. E como você diz, a vida é muito curta pra tanto

sofrimento. - eu sorri e ele se sentou do meu lado.

Lucas: Mas então está gostando da escola? - falou enquanto me olhava.

Jaque: aqui é bem diferente. - terminei a coca e coloquei a latinha no chão ao meu lado.

Lucas: Gosta de dançar? - ele observou o Guto e a Vaah do outro lado. - lindo casal. - eu revirei os olhos e

disfarcei a raiva.

Jaque: Adoro dançar. - sorri - É, formam mesmo um lindo casal. - forcei outro sorriso.

Page 13: Livro Amor de colegial

Lucas: Então vem. - ele disse se

levantando e estendendo a mão pra

mim.

Jaque: Vem pra onde? - eu o olhei com

cara de quem não estava entendendo.

Lucas: Dançar. - eu ri alto o que fez com

que o Guto e a Vaah olhassem na nossa

direção, mas eu nem me importei.

Jaque: Nem morta que eu vou dançar

aqui. - falei olhando pra ele - Nem

música tem está doido. - soltei um riso

baixo.

Lucas: Para, vem ser feliz - ele riu - a

gente inventa a nossa.

Ele me puxou e fez com que eu ficasse de pé na sua frente. O jeito era dançar né, então ficamos nas

posições e ele começou, dançávamos iguais aqueles casais de filme. Todo mundo que passava olhava pra

gente, e então eu comecei a rir alto, e o Guto começou a olhar sem parar, eu nem liguei, continuamos

dançando e rindo sem se importar com ninguém. Estávamos totalmente desligados do mundo até que o

sinal bateu maldito sinal. Se despedirmos rapidamente e eu corri pra sala, e por sorte de novo, cheguei na

hora certa. Até que o tempo passou rápido e por fim chegou a hora de ir embora. A Camis disse que ia fica

mais um pouco pra estudar na biblioteca, e eu resolvi ir embora.

Fui andando calmamente pelo caminho e resolvi dar umas voltas antes de ir pra casa. Andei por uns

trinta minutos e parei em uma lanchonete que tinha pelo caminho pra comer algo, a tevê estava ligada

enquanto comia eu prestava atenção. Logo o plantão urgente avisou que haviam estourado uma bomba nos

alicerces da escola, da minha escola. No mesmo momento eu pensei na Camis e sai correndo em direção à

escola, ela desmoronava de pouquinho em pouquinho. E os bombeiros não me deixavam entrar de jeito

nenhum. Eu passei por um dos que acabou ficando distraído e corri o mais rápido pra biblioteca, e lá estava

ela, minha Camis em pé no meio de tudo sem entender nada. Quando eu ia entrar começou a cair

chuviscos de eletricidade das

lâmpadas, ela não conseguia

se mexer e eu comecei a

chorar desesperadamente.

Seu nariz já sangrava e ela

podia morrer a qualquer

momento. Eu comecei a

gritar e pedir socorro, mas

parecia que ninguém ouvia.

Logo o Lucas

apareceu por trás de mim me

puxando pra fora e eu

relutava querendo entrar na

biblioteca. Eu gritava e

chorava, um dos bombeiros

Page 14: Livro Amor de colegial

passou pela gente, mas quando ele entrou já era tarde demais. Uma lâmpada caiu sobre a cabeça da minha

bebê ela caiu pra trás em um impulso de choque. E eu gritei o mais alto que pude. O bombeiro se

aproximou dela e fez sinal de que ela estava morta, eu comecei a chorar desesperadamente e o Lucas me

tirou dali de dentro o mais rápido possível. Quando sai de lá a Vaah veio correndo até mim e eu lhe disse ela

começou chorar e nós duas nos abraçamos e ficamos ali, chorando, como se não houvesse mais sentido de

se viver. Minha Camis, minha bebê, agora estava morta.

Depois de algum tempo abraçadas resolvemos nos sentar, os pais da Camis havia chego, e ficamos

de contar pra eles, foi mais difícil do que parecia que fosse ser. Liguei pra minha mãe e avisei que iria dormir

na casa da Vaah hoje, chegamos e fomos direto dormir, não estava clima nenhum pra conversa, no dia

seguinte seria o Funeral. Na manhã seguinte nós acordamos tomamos café e fomos nos arrumar para o

funeral, me arrumei meio por cima com um vestidinho preto, prendi o cabelo e coloquei um brinco

qualquer, a Vaah fez o mesmo e logo a mãe dela nos chamou e nós fomos. Chegando lá foi toda aquela

cerimonia de funerais e eu tentei ser forte e passar força para os pais dela, e juntamente comigo a Vaah,

assim que ela foi enterrada eu entrei pra onde ficava água e café, era tipo uma salinha e estava vazia, me

encostei-me à parede e respirei fundo tentando não chorar, e logo alguém apareceu e bateu na porta,

vamos dizer, era o Guto, a pessoa que eu menos queria ver agora. Eu apenas o olhei e sorri tentando

disfarçar e ele se aproximou de mim e me envolveu em abraço que acabou me confortando e eu desabei,

soltei todas as lágrimas que precisava, e ele apenas ficou ali abraçado a mim, mexendo nos meu cabelos,

sem se quer dizer uma palavra, e ficamos por ali um bom tempo.

Page 15: Livro Amor de colegial

Um mês depois

Um mês havia se passado depois que eu perdi minha linda bebê, tudo estava péssimo, e sem vida,

eu tinha vontade de sumir pra um lugar bem longe, de tudo e de todos eu só lembrava os nossos momentos

juntas, eu queria ela de volta. Eu e o Lucas

estávamos super próximos e bem amigos, o

Guto e a Vaah, ainda estavam juntos, e eu,

bem eu estava tentando sobreviver, mas

confesso que tinha uma imensa e louca

vontade de tirar minha própria vida, bem

durante esse tempo eu conheci um garoto do

segundo ano, o Annderson, ele e o Lucas

estavam me dando um ótimo apoio, me

ajudando a continuar vivendo. Hoje era

sábado e então não haveria aula, não viria

ninguém em casa, e minha mãe acabou indo

viajar juntamente com a Marta e a Clara,

então estava totalmente livre em casa, para

fazer o que quisesse o que quisesse mesmo.

No momento eu sentei na sala pra ver tevê e

ver se eu passava rapidamente o tempo, mas

eu senti uma falta imensa da Camis

aparecendo de surpresa na minha casa e me

assustando, senti falta das bobeiras e dos conselhos e me deu uma vontade imensa de me matar, quem

sabe estar junto com ela, perto dela, abraçada a ela.

Eu fui até o banheiro e quebrei uma gilete e peguei a lâmina, fui até a sala e escrevi um bilhete pra

minha mãe, dizendo pra ela não ficar preocupada, pois eu estaria com meu anjo agora, minha Camis, me

protegendo de todo mal. Coloquei a lâmina sobre o pulso e senti as lágrimas descerem sobre meu rosto,

respirei fundo, no mesmo momento que iria cortar eu ouvi a voz do Annderson na porta, mas que DROGA!

O que ele está fazendo aqui.

Jaque: Vai embora Annd. Eu estou tentando dormir. - tentei disfarçar a voz do choro.

Annd: Tentando dormir enquanto chora? - mas infelizmente ele já me conhece bem e percebeu - Abre essa

porta

Jaqueline. - ele falou batendo mais forte na porta.

Jaque: Não Annd, VAI EMBORA! E eu vou sentir sua falta onde eu estiver. - falei já sem querer disfarçar o

choro.

Annd: Jaqueline, o que você, vai fazer? JAQUELINE ABRE AQUI AGORA. - ele falava batendo mais forte ainda

na porta.

Page 16: Livro Amor de colegial

AMOR DE COLEGIAL

4

Anderson

Eu estava sem o que fazer e resolvi ir até a casa

da Jaque, cheguei lá e ela não queria me deixar entrar, e

sua voz era de choro, já estava ficando preocupado,

quando ela disse vou sentir sua falta, como assim vou

sentir sua falta? Eu batia na porta, mas ela não

respondia, só chorava. Então eu resolvi arrombar, lá

estava ela sentada no chão com a lâmina sobre o pulso.

Annd: NÃO! NÃO faz isso Jaque, por favor. - eu disse me

aproximando devagar.

Jaque: Eu vou estar com ela. - sua voz saiu falha e fraca

em meio a soluços e lágrimas.

Eu apenas me aproximei mais rápido e joguei a lâmina no chão e a abracei forte, acariciando seus

cabelos, e apenas disse que tudo

ficaria bem. Ela chorava feito uma

criança que queria um brinquedo,

mas ela só queria sua melhor amiga

de volta, ver ela assim me deixava

totalmente pra baixo, ela era tão linda

sorrindo e vê-la chorando me fazia

mal. Era como se eu tomasse as dores

dela pra mim. Ficamos ali por vários

minutos e logo se sentamos ela então

se acalmou e deitou a cabeça sobre o

meu colo, e eu fiquei apenas lhe

fazendo cafuné, sem dizer uma

palavra, eu sabia como ela se sentia, e

com certeza não estava com vontade de conversar. Logo ela adormeceu e eu subi com ela no colo e a

coloquei na cama, eu resolvi ficar ali pra evitar que algo se acontece depois que ela acorda-se, então eu

desci e fiquei deitado no sofá vendo tevê, mas logo adormeci também.

Page 17: Livro Amor de colegial

Algum tempo depois eu acordei com uns barulhos de panela vindo da cozinha, fui até lá e é claro,

era a Jaque fuçando por todo canto. Antes de eu perguntar qualquer coisa a campainha tocou e eu fui

atender. Era o Lucas, eu e ele nunca se demos bem, mas queríamos evitar o máximo de brigas perto da

Jaque nessa fase dela tão delicada.

Lucas: Está fazendo o que aqui cara? Cadê

a Jaque? - ele falou entrando.

Annd: Ei cara que isso, pensa que vai

entrando assim. - eu falei fechando a

porta.

Jaque: Quem está ai? - ela gritou da

cozinha.

Lucas: Sou eu minha docinho. - eu olhei

pra ele com uma cara de super como você

é idiota. Docinho? Quem esse cara está

pensando que ele é?!

Jaque: Lucas meu anjo da guarda. - ela

apareceu da cozinha toda suja de brigadeiro e pulou em cima dele o abraçando.

Lucas: O que ele faz aqui? - ele disse colocando ela de volta no chão e apontando pra mim.

Annd: Sua DOCINHO tentou se matar. Se não fosse por mim, ela estaria MORTA! - falei dando ênfase em

docinho e morta.

Lucas: Mas o importante é que ela já está bem, eu fico aqui com ela, pode ir embora.

Annd: Nem morto, eu vou ficar aqui cuidando dela, até a mãe dela voltar, daqui três semanas. - eu pisquei

pra ele.

Lucas: É então somos DOIS. - ele deu ênfase no dois e eu revirei os olhos por impulso.

Jaque: Só vocês mesmo, meus anjinhos da guarda. - ela sorriu e eu sorri involuntariamente.

Lucas: Você é linda mesmo quando está triste. - ele disse piscando pra ela

Jaque: Obrigada anjinho. - ela disse abrindo outro sorriso, e ele olhou pra ela com uma cara meio safada, o

que me deixou ainda mais irritado.

Eu pedi uma toalha e ela me disse o lugar do guarda-roupa onde ficava então eu subi e peguei e fui

tomar um banho, pedi pra minha irmã trazer umas roupas pra mim e assim ela fez e a Jaque veio na porta

me avisar, que ela havia deixado por lá enquanto eu tomava banho.

Page 18: Livro Amor de colegial

AMOR DE COLEGIAL

5

Jaqueline

Depois que acordei resolvi fazer brigadeiro, mas

acho que fiz muito barulho, pois logo o Annd acordou e

o Lucas apareceu aqui em casa, fiquei super feliz, pois

meus dois anjinhos da guarda estavam ali comigo.

Então o Annd foi tomar banho e eu fiquei sozinha com

o Lucas ali na sala, e o garoto estava bem atentadinho.

Ele chegou bem pertinho de mim e começou beijar o

meu pescoço e foi subindo e beijou o canto da minha

boca suavemente, e logo já havíamos iniciado um beijo

lento, suave e hipnotizador. Estávamos em perfeita

sincronia, até que ele parou o beijo selando meus lábios

bem devagar. Ficamos se olhando por alguns poucos

minutos.

Então eu senti meu corpo desejar aqueles

lábios outra vez, e então eu o beijei, o beijo intenso,

cheio de desejo e paixão, e por impulso eu o

empurrei no sofá e continuamos o beijo.

Naquele momento eu não posso mentir, o

quanto eu o desejava, ele despertava um lado

totalmente diferente em mim, um lado que eu

estava conhecendo agora quando ouvimos um

barulho vindo de cima ele parou bem devagar e

se levantou. Eu me levantei em seguida e sorri,

e logo o Annd desceu e eu e o Lucas estávamos

lá, olhando um pra cara do outro, parecendo

dois criminosos.

Jaque: Empresta o celular Annd? Minha mãe

levou o meu. - eu falei me virando pra ele.

Annd: Claro. - ele disse me entregando o celular.

Eu subi e o Lucas e ele ficaram se olhando, mas logo o Lucas apareceu, eu liguei pra Vaah e pedi pra

ela aparecer aqui amanhã. A gente não se falava a tempos, fazia umas duas semanas e meia, a gente

acabou se afastando um pouco, mas nada que destruísse a amizade. Eu resolvi tomar banho e pedi pro

Lucas levar o celular pro Annd, antes dele ir ele deu um selinho suave em mim, mordiscando meu lábio

inferior, ai meu Deus, um dia esse garoto me leva a loucura, ele desceu e eu fui tomar banho.

Page 19: Livro Amor de colegial

AMOR DE COLEGIAL

6

Lucas

Eu desci me sentindo vencedor, ela ia ser minha, ou melhor, já era minha, eu passei pela sala e o

Annderson estava parado lá me olhando com uma cara de raiva, eu lhe entreguei o celular passando bem

pertinho dele.

Lucas: Ela é minha. - falei

em alto e bom som.

Ele nem me deu

resposta, continuou

parado lá, e sua cara de

raiva só pirou e eu ri

sarcasticamente, o

Annderson sempre foi do

tipo que ganha todas, mas

agora, a garota é minha, só

minha, e nada que ele

faça, vai tirar ela de mim,

nem ele nem ninguém.

Page 20: Livro Amor de colegial

AMOR DE COLEGIAL

7

Anderson

Como assim ela era dele?! Nem por cima do meu cadáver ela era dele, não importa o que tinha

acontecido enquanto eu fui tomar banho, importa que agora era minha vez de agir. Eu subi e fiquei

esperando na escada e logo ela saiu do banho, entrou no quarto e

quando saiu estava toda linda com o pijaminha dela. Eu fui me

aproximando, me aproximando e ela me olhando com uma cara

de espanto e eu a encostei na parede com tudo e fiz sinal de

silêncio e olhei no mais fundo dos olhos dela. Ela tentou fugir,

mas logo eu passei segurança em meu olhar e ela se acalmou, ela

era linda, eu estava me aproximando, e então ela virou o rosto e

meus lábios encostaram-se a sua bochecha, e eu beijei

suavemente a mesma. Ela olhava para escada, e tentava fugir

toda vez que eu tentava a beijar, mas dava pra ver em seus olhos

o quanto ela queria esse beijo tanto quanto eu.

Quando eu finalmente estava quase a beijando, acabei

ouvindo um barulho lá em baixo e a deixei escapar. Ela desceu as

escadas rapidamente e eu ouvi outra voz feminina. Olhei no relógio e já era 23h55min, então resolvi dormir,

fui pro quarto de hospedes e me deitei na cama que havia ali e acabei dormindo.

Page 21: Livro Amor de colegial

AMOR DE COLEGIAL

8

Jaqueline

Depois que eu sai do banho fui até o quarto vesti meu pijama e fui surpreendida pelo Annd na

escada, ele me encostou na parede e tentou por várias vezes seguidas me beijar, e eu resisti a todas, eu até

queria, vamos falar sério, quem não ia querer, mas eu não

conseguia, por alguma razão desconhecida, graças a Deus ele se

distraiu com um barulho vindo lá de baixo e eu aproveitei pra

escapar. Quando cheguei lá em baixo adivinha quem estava aqui,

a Vaah, e ela trouxe o Guto.

Vaah: Ai amiga, não

deu pra esperar até

amanhã, precisava te

ver, ah e eu trouxe o

Guto, tudo bem por

você né? - ela disse

me abraçando.

Jaque: Tanto faz. -

falei rindo e a

abraçando, e ele fez uma cara péssima.

Vaah: Eu vou ficar aqui por uns tempos, eu e o Guto, tudo bem

pra você? - ela falou me soltando.

Jaque: Claro, mas falando nisso, tem mais gente por aqui. - eu

ri.

Vaah: Amiga, amiga, quem está aqui? - ela falou fazendo uma

carinha e o Guto se sentou, parecia irritado.

Jaque: O Annd e o Lucas. - falei rindo. - Sozinha eu não fico amiga. - ela riu.

Vaah: Ok me deixa organizar. Eu e o Guto ficamos no quarto da sua mãe, que tem uma cama de casal, um

dos meninos, no minúsculo quarto de hospedes, e outro com você no seu quarto. - ela piscou. - Pode ser?

Jaque: Claro!

Vaah: Tudo bem, então eu vou subir.

Ela puxou o Guto e os dois subiram, o Guto estava com uma cara nada ótima, e o motivo? Bem eu não sei.

Então eu me sentei no sofá e fiquei vendo tevê, e logo o Lucas apareceu.

Lucas: Com tanta gente aqui, eu vou ficar aonde? - ele riu.

Page 22: Livro Amor de colegial

Jaque: No meu quarto. - eu sorri e pisquei.

Ele apenas sorriu e subiu, acho que ia dormir, fiquei na paz por alguns minutos, mas logo o Guto desceu e

se sentou do meu lado.

Page 23: Livro Amor de colegial

AMOR DE COLEGIAL

9

Gustavo

Eu estava na casa da Vaah até que a Jaque ligou e chamou-a pra ir lá amanhã, mas como essa garota

é teimosa, resolveu ir hoje mesmo. Quando a gente chegou lá ela e a Jaque se abraçaram, nossa parecia

que fazia séculos que elas não se viam. Quando a Vaah falou da minha presença, ela disse tanto faz como

assim tanto faz? Eu a ajudo, abraço ela, consolo ela, e quando eu venho ver ela, ela diz tanto faz, confesso

que isso me irritou. Mas o que me deixou mais irritado, foi quando ela disse que o Lucas e o Annderson

estavam com ela, eu não sei por que, mas parecia que o ciúme estava tomando conta de mim. A Vaah

resolveu que iriamos ficar no quarto da mãe dela, então subimos e ela resolveu dormir, e eu resolvi descer,

e ela estava lá no sofá, então eu me sentei

do seu lado.

Guto: E como você esta? - eu falei olhando a

TV.

Jaque: Sobrevivendo e você? - ela suspirou.

Guto: Eu estou indo. - eu a olhei.

Jaque: Bem eu vou dormir, até amanhã Guto.

- ela beijou minha bochecha e sorriu.

Ela tinha um olhar e um sorriso lindo, nem

parecia estar abalada. Logo ela subiu e eu

me deitei, fiquei vendo tevê, mas acabei

adormecendo por ali mesmo.

Page 24: Livro Amor de colegial

AMOR DE COLEGIAL

10

Jaqueline

Eu e o Guto trocamos algumas palavras, mas logo eu resolvi subir, beijei sua bochecha suavemente

e subi. Quando cheguei ao quarto o Lucas

estava deitado na cama lendo, então eu

fechei a porta me deitei ao seu lado e

começamos a falar sobre o Guto, até que

ficamos em silêncio, ele parecia

concentrado na leitura, então pedi pra que

ele me beijasse, então ele passou a sua

mão pelo meu rosto colocando meu cabelo

pra trás e aproximou meu rosto pertinho

do seu e seguiu como se fosse me beijar,

quando ia acontecer o beijo ele me jogou

pro seu lado novamente na cama e voltou

a ler como se nada tivesse acontecido, eu

fiquei olhando pra ele sem acreditar

naquela reação.

Page 25: Livro Amor de colegial

AMOR DE COLEGIAL

11

Lucas

Eu estava deitado, lendo, até que a Jaque apareceu e veio se deitar então ela começou a falar do

Guto, e isso estava

começando a me

irritar, então eu parei

de responder e fingi

ler, até que ela pediu

pra que eu a beijasse,

eu coloquei as mãos

sobre seu rosto

impulsionando seu

cabelo pra trás e a

puxei deixando quase

nossos lábios colados,

como se fosse a beijar

e então eu a joguei

sobre a cama, não vou

negar, eu queria ter

beijado ela, mas estava irritado demais pra isso. Então ela ficou por alguns instantes me olhando com uma

cara péssima, mas logo se deitou e acabou adormecendo rápido, eu fechei o livro e fiquei ali pensando, até

que ela começou a se mexer e acabou deitada com a cabeça sobre o meu peito, ela era linda dormindo,

parecia um anjo.

Eu fiquei observando minha doce Jaqueline e acariciando seus cabelos, até que o sono bateu, eu

desliguei o abajur e continuei alisando os leves cabelos dela, até que eu acabei adormecendo ali, junto com

ela, bem grudadinho.

Page 26: Livro Amor de colegial

AMOR DE COLEGIAL

12

Valeria

De manhã eu acordei e adivinha quem estava sentado na poltrona ao meu lado com uma cara super

confusa, Guto.

Vaah: Que foi Guto? - eu o olhei confusa.

Guto: Precisamos conversar! - ele me olhou com uma cara péssima.

Então se sentamos na cama e ele ficou me olhando com uma falta de coragem com o que ia dizer no fundo

eu sabia, eu sentia que era o fim de um relacionamento que mal havia começado. Ficamos ali por longos

minutos e nada.

Vaah: Fala Guto - eu falei ficando apreensiva, mas ele se

mantinha em silêncio. E eu estava com uma cara

péssima.

Guto: Preciso terminar com você porque eu gosto da

Jaque. - ele disse sem pausas e eu fiquei chocada sem

dizer nada. - me desculpa. - ele abaixou a cabeça.

Vaah: No fundo eu sempre soube disso Guto, mas tudo

bem, eu fico feliz em saber que você foi sincero, invés

de me iludir. Eu me levantei dali e fui correndo pro

quarto da Jaque, entrei gritando em todo tom, toda

poderosa como sempre, e me joguei na cama, nem se

quer vi quem estava ou não ali. Então eu vi o Lucas

saindo e ela me olhando com uma cara de eu te mato,

essa cara dela me fez rir muito, então eu comecei a

contar e contei tudo, ela ficou chocada e começou a

pular, no fundo eu estava feliz por eles, desejava só a felicidade, não queria ser a estraga prazeres. Então eu

a mandei falar com ele e desci. Guto estava na cozinha, peguei o café então e fui pra sala, e lá fiquei.

Page 27: Livro Amor de colegial

AMOR DE COLEGIAL

13

Jaqueline

Bem, depois de a Vaah interromper meu momento ou ela tinha que trazer uma boa noticia ou eu

matava ela, M-A-T-A-V-A. E a notícia, claro que foi boa, foi ótima, melhor impossível, ela e o Guto

terminaram por mim, tipo eu não sou um monstro ok, eu fiquei mal por ela, mas ela não estava nem ai,

então pra que sofrer por ela, se nem ela está ligando. Ela me mandou ir falar com ele, e foi o que eu fiz, eu

meio me ajeitei e desci as escadas, encontrei o Guto pensativo na cozinha.

Jaque: A Vaah contou o que houve... - fiquei olhando pra ele esperando alguma reação.

Guto: Eu sei que você não sente o mesmo por mim Jaque, mas... - ele se levantou e veio vindo até mim. -

poderíamos tentar, se você quiser se não eu vo.. - eu o interrompi colocando os dedos em seus lábios e me

aproximando. E logo havíamos começado a nos beijar, ele terminou o beijo e me selou calmamente, e então

se abraçamos um abraço inexplicável, e ficamos ali, um do outro, estou tão feliz.

Logo se soltamos e sorrimos um pro outro.

Guto: Namora comigo Jaque, seja minha, me deixa compensar todos os erros? - ele disse alisando meu

rosto.

Jaque: Claro meu amor, claro. - ele me selou e me pegou pela mão e me puxou pra área.

Guto: Sou seu namorado, mas ainda sou muito mal. - ele disse me pegando no colo e me jogando na

piscina.

Jaque: AI GUTO VAI A MERDA. - falei rindo. -

me ajuda a sair. - estendi a mão e ele a pegou.

- mordeu a isca baby. Eu o puxei junto e

ficamos feito duas crianças brincando na

água, mas quando terminamos o beijo logo

eu vi o Lucas parado na porta de saída pra

fora, com uma cara nada boa, então ele

observou mais um pouco, sorriu um sorriso

mega forçado. Ele virou as costas e saiu

andando, e eu voltei a foliar com o meu Guto.

Depois de muito foliar com o Guto na piscina

decidi subir pra tomar banho.

Lucas: Então é isso? - ele disse aparecendo

por trás me fazendo levar um susto.

Jaque: LUCAS! Vai assustar a Joana. - ri debochando. - Isso o que? - franzi o cenho confusa.

Page 28: Livro Amor de colegial

Lucas: Pensei que estava havendo algo entre a gente Jaqueline, você é muito, muito, muito va...

Jaque: Muito oque? Hein? - perguntei incrédula. - Vamos Lucas! Fale - disse

Lucas: Desculpa Jaque, eu só..

Jaque: Você só nada, agora dá licença que eu vou pro banho.

Subi e tomei um banho demorado, me deitei e fiquei pensando, no Guto, no Lucas, no Annd, em como me

ajudavam. Falando nisso, onde será que foi parar o Annd.

Jaque: ANNDERSON? - dei um berro e insisti, mas resposta de ninguém surgiu então eu me acalmei. Ótimo,

devo estar sozinha. Fiquei me embolando em pensamentos e logo acabei adormecendo.

Lá pro entardecer eu acordei com meu celular tocando.

Jaque: Oi mãe. - bocejei enquanto falava.

Sônia: Oi meu amor, liguei pra avisar que eu estou indo embora hoje. - ela parecia animada.

Jaque: Sério? Hoje? - Merda, o que eu vou fazer com os meninos? - Que bom, e você já está vindo ou, vai

sair dai ainda? - tentei parecer animada.

Sônia: Na verdade estou quase chegando, estou a vinte minutos de casa.

Jaque: O QUE? - droga, droga, droga. - Que bom. Eu espero então.

Mal esperei ela responder e já desliguei, desci escada baixo correndo, e não tinha ninguém em casa,

droga, subi e ajeitei tudo correndo e escondi as coisas dos meninos e da Vaah no meu quarto. Resolvi

mandar um sms pra Vaah:

Minha mãe está chegando Valéria.

Tragam filmes e sushi e improvisem.

Beijos, Jaque;*

Sentei no sofá e fiquei vendo tevê, e logo minha mãe chegou.

Sônia: Meu amor, que saudades. - ela veio se sentando e me abraçando.

Jaque: Também estava mãe. - sorri fraco.

Sônia: Bem vai se arrumar rapidinho que a gente vai ir ali à

confeitaria comprar uns docinhos. - ela disse saindo direto pro

carro.

Corri pra me trocar, vesti um short e uma blusinha larga

caída no ombro e coloquei meu all star preto, desci e estávamos

no caminho conversando super animadas. Descemos na

confeitaria e compramos todo tipo de doce que você imaginar.

Na volta virmos conversando sobre o Guto e o namoro, e

comendo vários docinhos. Ela ficou animada ao saber do namoro,

Page 29: Livro Amor de colegial

estávamos falando sobre tudo, então ela se distraiu pra pegar um docinho de chocolate e acabou perdendo

o controle, o que a fez bater em um poste e capotar o carro. Eu estava sentindo dores em tudo, mas o lado

que ela havia batido o carro foi o dela, e eu sai com

dificuldade de debaixo do carro e puxei ela pra fora,

enquanto todos chamavam a ambulância eu tentava

manter minha mãe comigo.

Sônia: ee-e-u, e-e-u, am-o... vo-c--ê. - ela falou

fechando os olhos como se se entregasse a morte.

Jaque: NÃO, MÃE, POR FAVOR. - eu gritava e chorava,

abraçada a ela.

A ambulância chegou e eu estava ali inconsolável, gritando sem acreditar que aquilo era verdade,

que eu havia perdido minha mãe, minha querida mãe. MAS QUE DROGA DE VIDA, primeiro a melhor amiga,

agora a mãe, quem deveria morrer sou eu. Começaram a me arrastar pra longe, enquanto eu lutava pra

voltar, logo eu vi o corpo de minha mãe sendo coberto e retirado do lugar.

Eu me sentei na calçada, à ficha ainda não tinha caído, não era possível acreditar que a minha mãe

estaria morta, morta, morta, ah minha mãezinha. Lágrimas

desciam pelo meu rosto sem parar, era impossível controlar,

era mais forte do que eu. O local estava rodeado de gente,

até que eu vi o Annd e fui

correndo até ele, com o

rosto totalmente molhado.

Jaque: Minha mãezinha

Annd, minha mãe, minha

joia rara morreu, ah. -

chorava como nunca.

Annd: Shiiiu vai ficar tudo

bem, vou cuidar de você. -

seu tom de voz estava totalmente calmo, enquanto ele me acolhia em

seus braços.

Fiquei lendo umas revistas e logo a Vaah chegou ali na delegacia, eu corri até ela e ela me abraçou,

eu queria chorar, mas estava cansada de tantas lágrimas, por mais que fosse minha mãe, eu fechei os olhos

e respirei funda acolhida nos braços da Vaah, e segurei todas as lágrimas.

Page 30: Livro Amor de colegial

Ela me soltou e eu pedi que ela fosse ver como

estavam às coisas lá com meu pai e Annd, assim que

ela saiu Guto e Lucas entraram, e Guto já foi logo me

abraçando. Depois que ele me soltou eu fiquei

olhando pro Lucas, e ele nem resolveu me abraçar,

então eu o abracei, ele meio que correspondeu e não

correspondeu meu abraço. Eu entendo o fato dele

estar bravo, não devia ter feito o que fiz, mas, ele era

meu amigo, e eu gostava demais dele, não podia

perder sua amizade. Soltei-o depois de algum tempo

e fui me sentar e voltei a olhar algumas revistas.

Depois de tudo resolvido meu pai levou todos nós para

comer algo, eu só tomei um café para conseguir ficar a

noite acordada, dali passamos cada um em sua casa e se

trocamos para o velório que iria começar 23:45hrs. Logo

meu pai passou pra pegar todos e logo chegamos, e

ficamos ali no velório recebendo algumas pessoas que

vieram. Depois de uma longa noite de velório e depois do

enterro, meu pai deixou todos em suas casas exceto a

Vaah, que resolvei ir para minha casa comigo, assim que

chegamos tomamos um banho e ajeitamos as coisas, meu

pai resolveu que iria dormir no sofá mesmo, então eu e a

Vaah subimos e capotamos. No outro dia de manhã a Vaah

me acordou com uma bandeja de café deliciosa, eu comi

algumas coisas e ela desceu pra lavar o que tinha sujado, e

eu peguei um caderno que tinha em cima da escrivaninha

e comecei escrever.

Logo ouvi a campainha e minutos depois vi a Vaah

chegando com o Lucas, fiquei surpresa, não esperava que fosse ele, então ele se sentou ao meu lado e eu

me acolhi em seus braços e eu fiquei ali tentando segurar o choro. O que foi em vão, pois logo algumas

lágrimas começaram descer, e o Lucas continuou ali comigo, acariciando meus cabelos, e a Vaah sumiu, não

tinha nem sinal. Limpei as lágrimas e me levantei pra ir ver onde meu pai estava, e ele não estava em casa, e

por sinal a Vaah também tinha dado o fora, depois de andar pelo andar debaixo todo eu subi, quando

estava no corredor de cima ouvi um barulho e me virei e dei de cara com o Lucas, claro que eu me assustei,

mas não tanto a ponto de gritar. Então ficamos se olhando, até ele resolver falar:

Lucas: Jaque, eu preciso fazer uma coisa... - deu um passo e ficou mais próximo de mim.

Jaque: O que? - ele olhava meus lábios e eu seus olhos.

Ele não respondeu somente se aproximou e colocou suas mãos entre meu rosto e nuca ia iniciar um beijos

mais virei o rosto e foi apenas um selinho. Depois disso ficamos apenas se olhando e ouvimos um barulho

na porta.

Page 31: Livro Amor de colegial

Descemos e nos deparamos com a Vaah, eu sorri e ela retribuiu.

Vaah: Está tudo certo já. - ela deu um quase sorriso como se não estivesse de acordo com o certo, ele

continuou sério sem reação alguma, e eu fiquei olhando sem entender absolutamente nada. - O Annd vai

passar aqui pra pegar umas coisas que ele deixou e depois.

Ela deu novamente aquele quase sorriso e saiu deixando a porta de casa aberta. Eu fiquei olhando como se

quisesse uma explicação e ele somente sorriu, eu virei as costas e subi pro quarto, peguei o notebook e

fiquei chegando as minhas redes sociais e ouvindo algumas músicas.

Depois de um tempo a campainha tocou e era o Annd ele pegou as coisas dele, deu um beijo na minha mão

e foi embora, logo o Lucas apareceu na minha frente todo lindo.

Lucas: Me dá um beijo ? - sua voz era calma e sedutora.

Jaque: L-u--u-ucas, nã-o-o dá, eu, e-u, namo--oro. - tentei parecer firme, mas o jeito que ele me olhava, era

impossível resistir, ele me olhou e eu virei às costas pronta pra sair andando, então ele me puxou de volta e

colocou minha mão em seu coração.

Lucas: Você sente Jaque? Essas batidas todas são por você. - ele me puxou mais forte me fazendo ficar de

costas pra ele e colou meu corpo no

dele e sussurrou baixo no meu

ouvido - eu te amo Jaque te amo

muito.

Depois ele me virou de frente pra ele

e olhou nos meus olhos e ao se

encontrarem e foi impossível não

ceder, logo se iniciou um beijo calmo.

Depois de um tempo fomos deitar e

encostei a cabeça sobre seu peito,

nos cobrimos com o lençol e ele ficou

mexendo no meu cabelo, eu vou

confessar, não senti que fiz errado

traindo o Guto com o Lucas, e eu

realmente não sei o porquê disso.

No outro dia de manhã recebi um telefonema do Guto:

Guto: Bom dia meu amor, tudo bem?

Jaque: É, bom dia. Tudo e você?

Guto: estou ótimo, liguei pra avisar que as aulas voltam semana que vem.

Jaque: Que desgraça.

Guto: Encontra-me às dezenove horas naquela lanchonete do shopping.

Jaque: Tá beijos.

Page 32: Livro Amor de colegial

Voltei a dormir e mais ou menos umas seis horas o celular despertou.

Jaque: Ei Lucas acorda. - Sacudia o Lucas de um lado pro outro. - ACOOOOOORDA.

Lucas: Jaque me deixa dormir. - ele disse com voz de sono e fazendo bico.

Jaque: Não, levanta já já tenho que encontrar o Guto. - ele se sentou na mesma hora.

Lucas: Vai contar? - ele me olhava nos olhos.

Jaque: Será que é o melhor? - abaixei a cabeça.

Lucas: Claro que sim, Jaque, eu quero ficar com você, só pra mim, sem dividir pra ninguém. - ele falou

enquanto passava a mão sobre meu queixo com intenção de levantar meu rosto e eu apenas o olhei

calmamente.

Depois disso Lucas foi embora eu me arrumei, estava linda peguei minhas coisas e fui encontrar o Guto.

No caminho fui pensando em como dizer,

é isso mesmo estava decidida em terminar

tudo com o Guto. Quando cheguei lá ele

já havia chegado, veio logo me dar um

beijo e eu só abaixei a cabeça, o que fez

ele beijar minha testa. Se sentamos,

comemos algo e ficamos um bom tempo

conversando.

Guto: Jaque você está estranha, parece

que quer dizer algo, vamos diga. - ele

olhou no fundo dos meus olhos, como se

implorasse pra que eu dissesse o que

precisava dizer.

Jaque: A Gente precisa terminar Guto. -

ele abaixou a cabeça, e balançou a mesma como se tivesse em desaprovação do que havia dito.

Guto: Por que Jaque? Por quê? - ele me olhou e

eu podia ver em seus olhos a vontade de chorar.

Jaque: Eu descobri que meus sentimentos por

você são de amizade, de uma amizade forte. E

não de namorado Guto, você me entende? - eu

não iria contar sobre o que aconteceu entre o

Lucas e eu, não queria magoa-lo mais. Ele se

levantou e olhou pra frente como se segurasse

lágrimas, me abraçou se virou e foi embora. E eu

fiquei ali, olhando ele partir, me doeu fazer isso

com ele, mas eu amava o Lucas de verdade, não

dava pra enganar ninguém, negar o sentimento,

era mentir pra mim, me enganar.

Page 33: Livro Amor de colegial

AMOR DE COLEGIAL

14

Lucas

Depois da noite ótima que tive com a Jaque, ela me pediu pra ir embora, pois tinha que se

encontrar com o Gustavo, e eu esperávamos mesmo que ela terminasse com ele. Antes de descer peguei

minha blusa, e fui, quando estava chegando à porta o pai dela estava lá.

Pai da Jaque: Ei mocinho. - ele me disse em um tom de desafio.

Lucas: Oi Senhor... ? - eu me virei e o encarei.

Pai da Jaque: Caio. - ele disse superior.

Lucas: A sim, claro, Sr.Caio, o que deseja ? - eu disse em tom de pouco caso.

Caio: Cuidado aonde você se mete, eu sei que você é mais velho que a Jaque, e eu não quero ela com você.

Toma cuidado garoto. - ele disse sério e ameaçador.

Lucas: Ah, claro, o pai que vai embora agora volta querendo mandar na vida da filha, quem devia tomar

cuidado é você, pois se fizer algo contra a Jaque eu acabo com você. - dei um sorriso irônico e ele ficou me

olhando com um olhar desafiante.

Ele ia começar falar algo, então eu me virei e apenas fui embora, cheguei em casa e fui ajudar minha mãe

com algumas coisas, enquanto torcia pra Jaque dispensar aquele animal.

Page 34: Livro Amor de colegial

AMOR DE COLEGIAL

15

Jaqueline

Cheguei em casa e estava toda escura, quando entrei no quarto me deparei com uma menina loira

dormindo, fiquei curiosa em saber quem era, mas nem me incomodei muito, apesar de ela estar na minha

cama. Então eu desci e deitei no sofá, acabei dormindo por ali mesmo. No outro dia de manhã eu acordei e

resolvi que iria pegar o dia só meu pra ficar em casa e comer besteiras, então fiz brigadeiro e muitos tipos

de doces, peguei todas as balas da dispensa e coisas e tal. Liguei o filme mais triste que havia na prateleira e

me deitei embaixo do edredom com todas aquelas coisas em cima de mim e na mesinha da sala, boba eu

que achei que pudesse ter um dia tranquilo, simplesmente ouvi um grito e corri pra ver o que era, quando

cheguei lá em cima não acreditei no que vi.

xXx: Quebrei minha unha, UNF, que droga. - ela me olhou e fez uma cara de descaso.

Jaque: Serio mesmo? Deu aquele grito por isso? É brincadeira né? Por que você ta mexendo no meu guarda

roupa? Bem feito por ter quebrado a unha, se ferrou, ninguém manda ficar mexendo nas coisas dos outros.

- revirei os olhos e a encarei.

xXx: Ei calma tá? Desculpa, eu não queria causar más

impressões, é que eu sou assim mesmo, eu e minha

unha somos como corpo e alma. Enfim, meu nome é

Katy, e o seu? - ela sorriu e eu acabei soltando um

sorriso.

Jaque: Jaque. Você é... ? - eu acabei soltando um riso

e me sentei ao lado dela.

Katy: Sou a filha da namorada do seu pai, e desculpa

por ter ocupado sua cama, é que eu deitei pra passar

a dor de cabeça e acabei apagando. - ela riu, aquela

impressão de idiota sobre ela sumiu da minha

cabeça, ela até parece ser uma pessoa legal.

Jaque: Sem problemas, seja bem vinda. - sorri e logo

ela se levantou.

Katy: Bom eu vou tomar um banho, e já já a gente

conversa mais, ok?

Jaque: Ok. - sorri e ela foi pro banheiro.

Eu me levantei e fui arrumar umas caixas que ela tinha derrubado quando quebrou a unha, ajeitei a cama, e

deixei tudo arrumadinho, peguei o notebook e desci correndo, me sentei no sofá.

Escutei barulho de carro e resolvi desligar o Notebook, com certeza era meu pai e a Jena.

Page 35: Livro Amor de colegial

Meu pai e a Jena entraram pela porta e eu coloquei o notebook no chão, meu pai deu um selinho na Jena e

ela subiu, e enfim ele se sentou no outro sofá e me encarou.

Jaque: Que foi pai? - eu o encarei com curiosidade.

Caio: Jaque, não sei se você sabe, mas eu não moro aqui nessa cidade, e como você é menor de idade, e eu

sou seu único responsável, você

vai ter que ir embora comigo.

- seu rosto parecia que estava

matando um pobre animalzinho,

de tão mal que estava.

Jaque: Quando vamos? Onde

moras? - eu tentei não parecer

triste, passei tempos longe do

meu pai e não queria estragar

tudo.

Caio: Quando suas aulas

acabarem, antes do natal vamos

embora. Nova Iorque. - ele meio

que forçou um sorriso e subiu.

Droga, eu não acredito nisso,

como eu vou ir embora daqui? Minha melhor amiga está aqui, o menino que eu amo está aqui, que droga,

será que nada pode dar certo pra mim, pelo menos uma vez na minha vida? É eu acho que não. As lágrimas

no meu rosto começaram a descer sem parar, sair Nova Jersey pra mim ia ser muito difícil. Como eu iria

abandonar tudo e todos que amo pra trás? Ah, que droga, eu não acredito, não conseguia conter as minhas

lágrimas, e logo ouvi um barulho na escada e limpei logo as lágrimas, provavelmente eu estava vermelha,

pois quando choro fico assim.

Katy: Você estava chorando? - ela me olhou como se tivesse vendo o animalzinho que meu pai matou.

Jaque: Eu não. - tentei rir, mas as lágrimas queriam descer ainda mais.

Katy: Desabafa. - ela se sentou do meu lado e me abraçou, então eu comecei a contar tudo, e as lágrimas

desciam sem parar. - Não fica assim não, eu sei que não é fácil, mas você vai se adaptar, você e seu amor

podem se encontrar nos finais de semana, e com sua amiga também, eu vou te ajudar, fica tranquila. - ela

sorriu e me fez sorrir também.

Ficamos ali, vendo uns filmes de comédia romântica e conversando, depois de algumas horas a campainha

tocou.

Fui à porta correndo e quando abri era o Lucas, ele entrou e já foi me abraçando.

Jaque: Oi meu amor. - o abracei mais forte ainda.

Page 36: Livro Amor de colegial

Katy: Quem é? - ela ficou olhando sem entender nada.

Jaque: Meu namorado. - eu sorri e ele fez cara de surpresa e logo sorriu.

Lucas: Vamos dá uma volta por ai, minha NAMORADA? - ele deu ênfase no namorada e eu acabei rindo.

Jaque: Claro, meu NAMORADO. - falei imitando a voz dele. - só espera eu me trocar. - corri lá pra cima, e

comecei a mexer loucamente atrás de uma roupa, peguei uma blusinha minha azul marinho e um shorts

jeans, coloquei um casaquinho preto com manga branca por cima da blusa e uma bolsa verde água,

coloquei uma botinha minha, ajeitei o cabelo, fiz minha higiene pessoal e passei uma maquiagem rápida e

desci correndo. - Vamos, vamos. - sorri e ele abriu a porta e saímos, e eu nem tinha sinal da Katy, foi devorar

a cozinha de certo.

Depois de andarmos um pouco Lucas entrou na minha frente fazendo com que eu parasse de andar, e ele

ficou me olhando por um bom tempo.

Jaque: Que foi? - quebrei o silêncio.

Lucas: Jaque, eu queria dizer que eu estou muito feliz de estar aqui contigo, e de ter certeza que vou estar

contigo pra sempre, então, eu queria te pedir uma coisa, e eu queria saber se você me ama mesmo. - ele

olhava em meus olhos em cada palavra que dizia.

Jaque: É claro que eu te amo, e te amo muito mesmo, se não te amasse não teria largado o Guto por ti. -

soltei o sorriso mais lindo do

mundo.

Lucas: Eu quero passar o resto

da minha vida ao teu lado, eu

quero ser aquele que vai te

proteger e cuidar de você

sempre que você precisar, eu

quero ser o teu calor nos dias

frios, e teu frio dos dias quentes,

eu quero te abraçar quando

você estiver triste, e tirar

sorrisos teus, eu quero ser a tua

alegria, e tua felicidade, e teu

amor, e quero que você seja a

princesa dos meus dias, e quero

que você seja aquela que

quando eu vou acordar vou

enxergar do meu lado. Eu quero

ser teu namorado e quero que

tu sejas minha namorada.

Namora comigo Jaqueline? - ele se ajoelhou e tirou uma caixinha do bolso enquanto olhava nos meus

olhos, ele estendeu a caixinha e abriu, e dentro tinham duas lindas alianças.

Jaque: Sim, eu aceito, e aceito e aceito. - parecia uma boba falando, então ele se levantou e colocou uma

das alianças no meu dedo e eu coloquei a outra no dele.

Page 37: Livro Amor de colegial

Então ele me beijou, podia sentir a sincronia do beijo, e ele apertava minha cintura bem de leve, o que me

fazia arrepiar. Ele era como meu vicio perfeito, quando ele parou o beijo, ficamos alguns minutos ali com os

olhos fechados, estávamos perto de uma lanchonete, e estava tocando algumas músicas, e logo começou a

tocar uma música lenta. Então começamos a dançar bem devagar ali na rua mesmo, sem se importar com

quem passava.

Então depois de alguns meses eu, meu pai, a Katy, e a namorada do meu pai fomos morar na casa

dele, mais a cada dia que eu passava longe do meu amor mais eu me apaixonava loucamente por ele,

lembrando a cada dia os milhões de motivos que me fizeram ama-lo tanto.

Inicio da ligação:

Lucas: Oi minha pequena

Jaque: Oi meu amor

Lucas: só estou te ligando pra dizer que te

amo, e que estou com muitas saudades.

Jaque: Também meu amor, quando você

vem me ver?

Lucas: Espero que você esteja livre hoje,

pois eu quero sair com você agora.

No mesmo momento Jaque se virou e viu

Lucas atrás dela sorrindo.

Lucas: Eu não vou te abandonar meu

amor

Jaque: Eu te amo muito

Lucas: Para sempre.

Jaque: Para sempre.