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de Flor e Luna Jairo “Lambari” Fernandes Livro de cifras Edição e distribuição exclusiva: www.jairolambarifernandes.com.br Todos os direitos reservados © 2011 Jairo “Lambari” Fernandes – e-mail: [email protected]

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de Flor e Luna

Jairo “Lambari” Fernandes

Livro de cifras

Edição e distribuição exclusiva: www.jairolambarifernandes.com.br

Todos os direitos reservados – © 2011 Jairo “Lambari” Fernandes – e-mail: [email protected]

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Edição e distribuição exclusiva: www.jairolambarifernandes.com.br Todos os direitos reservados – © 2011 Jairo “Lambari” Fernandes – e-mail: [email protected]

INDICE:

Beirando o Rio.................................................................................................................03

Embaixo dos Bastos.........................................................................................................05

Estrela Perdida.................................................................................................................07

Morena.............................................................................................................................08

Naco de Luz.....................................................................................................................10

Nas Asas da Solidão........................................................................................................12

Natureza, Vida e Canto....................................................................................................14

No Rastro da Gadaria......................................................................................................16

Pra Carregar a Querência.................................................................................................18

Rancho Tapera.................................................................................................................20

Romance de Flor e Luna..................................................................................................22

Um Sonho para Viver......................................................................................................24

NOTA DO AUTOR:

Este livro de cifras contém as músicas que compõem o cd “de Flor e Luna” e foi desenvolvido

juntamente com o autor das músicas, o cantor e compositor Jairo “Lambari” Fernandes. Tem como objetivo

apenas a ilustração de sua obra de uma forma simples e que siga fielmente a construção original da obra,

assim como servir de apoio para músicos e fãs que tenham interesse por esta grandiosa obra da música

regional do Rio Grande do Sul.

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www.jairolambarifernandes.com.br - Beirando o Rio

BEIRANDO O RIO L.: e M.: Jairo Lambari Fernandes E / % / F#m / % / A / % / E / B7 / E / % / F#m / % / A / B7 / E / % / %

E Meus olhos teimam em beber distâncias A F#m Na busca antiga de varar caminhos B7 Onde as porteiras não limitam sonhos A B7 Nem são cativos os que são sozinhos E Meus olhos teimam em beber estrelas A F#m No breu celeste onde a lua navega B7 E a arrogância de um rastro cadente A B7 Que até parece cair nas macegas A 60 – 63 – 52 – 55 / 62 – 63 – 54 Que até parece cair nas macegas Em Quem sabe os meus olhos querem mais D Do que minh’alma pode conceber C Me basta um rancho só, beirando o rio B7 E E o amor de um bem querer E / % / F#m / % / A / % / E / B7 / E / % / F#m / % / A / B7 / E / % / % E Pelos remansos vou deixar esperas A F#m Por sobre as águas, deslizando a proa B7 Cevando sonhos no bater dos remos A B7 Rompendo auroras dentro da canoa

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www.jairolambarifernandes.com.br - Beirando o Rio

E Vou navegar por entre calmarias A F#m Quando a canoa singrar outras águas B7 De um mar distante que ainda não conheço A B7 Deixando o rancho, os sonhos e as mágoas A 60 – 63 – 52 – 55 / 62 – 63 – 54 Deixando o rancho, os sonhos e as mágoas Em Quem sabe os meus olhos querem mais D Do que minh’alma pode conceber C Me basta um rancho só, beirando o rio B7 E 60 – 63 – 52 – 55 / 62 – 63 – 54 E o amor de um bem querer Em Quem sabe os meus olhos querem mais D Do que minh’alma pode conceber C Me basta um rancho só, beirando o rio B7 E E o amor de um bem querer E / F#m / % / A / B7 / E.

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www.jairolambarifernandes.com.br - Embaixo dos Bastos

EMBAIXO DOS BASTOS L.: Jairo Fernandes "Lambari" e José Carlos Batista de Deus M.: Jairo Fernandes "Lambari" Bm / A / Bm / A / - / A / % / E7 / A. E7. D7. / C#7 / D / A / B7 E7 / A

A E7 A B7 Até parece um retrato tirado em dia de festa

E7 D Chapéu clareando na testa cada vez que me enforquilho

C#m Num dos crioulos que encilho pra me tornar soberano

Bm E7 A B7 Frente ao destino cigano que passa de pai pra filho

E7 D Feito uma estrela cadente que alumbra algum descampado

A Meu baio de cacho atado atira o freio por graça

A E7/G# F#m E7 D Honrando o garbo da raça que a própria história carrega

E7 A D E pisa sobre as macegas igual se andasse na praça

E7 D Honrando o garbo da raça que a própria história carrega

E7 A E pisa sobre as macegas igual se andasse na praça E7 / A.

F#m Bm Quando trago uma rosilha serena embaixo dos bastos

E7 A Remendo os caminhos gastos me boleando desse altar

E7 D ‘Hay yerba’ para matear um galpão pras guitarreadas

E7 A Um verso nas madrugadas e um grilo pra me escutar

E7 D ‘Hay yerba’ para matear um galpão pras guitarreadas

E7 A / A. Um verso nas madrugadas e um grilo pra me escutar E7 / A7 / D / C#7 / F#7 / B7 / E7 / A

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www.jairolambarifernandes.com.br - Embaixo dos Bastos

A E7 A B7 Se meus bastos não têm velas pra navegar nos varzedos E7 D Sei que me basta o segredo de apertar cincha e bocal

C#m E me agrandar no recal de um mouro que a ‘três ontonte’

Bm E7 A B7 Cismou ser mais que o horizonte bebendo a estrada real

E7 D Um gateado flor de estampa pra pontear uma tropa bruta

A Ou sair em reculuta sem ter pressa de ‘volver’

A E7/G# F#m E7 D Quem faz a vida escorrer da cadência de um bom pingo E7 A D Traz um olhar de domingo pra cada sol que nascer

A D Quem faz a vida escorrer da cadência de um bom pingo

E7 A Traz um olhar de domingo pra cada sol que nascer E7 / A.

F#m Bm Quando trago uma rosilha serena embaixo dos bastos

E7 A Remendo os caminhos gastos me boleando desse altar

E7 D ‘Hay yerba’ para matear um galpão pras guitarreadas

E7 A Um verso nas madrugadas e um grilo pra me escutar

E7 D ‘Hay yerba’ para matear um galpão pras guitarreadas

E7 A / A. Um verso nas madrugadas e um grilo pra me escutar

E7 D Hay yerba para matear um galpão pras guitarreadas

E7 A Um verso nas madrugadas e um grilo pra me escutar

E7 D Hay yerba para matear um galpão pras guitarreadas

E7. A / A. Um verso nas madrugadas e um grilo pra me escutar Bm / A / Bm / A.

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www.jairolambarifernandes.com.br - Estrela Perdida

ESTRELA PERDIDA

L.: Miguel Cimirro e Alex Cabral - M.: Zulmar Benitez

Aadd9 / % / % / % / E7 / % / F#m / % / E7 / % / D / % / E7 / % / F#m / E7 / Aadd9 / % /

Aadd9 F#m A serenata da lua vem prateando nos varzedos

Aadd9 Bm pro campo guardar segredo das lágrimas de sereno D Aadd9 a noite, corpo moreno tez que brilha ao clarão Bm nem um vento leve e quente me acalanta o coração Dm Aadd9 E7 nem um vento leve e quente me acalanta o coração Aadd9 F#m Arrebenta minha alma quietude de solidão Aadd9 Bm em frescas manhãs de calma o mate puxa lembranças D Aadd9 sem saídas, nem andanças só caseriando a pensar Bm mastigando esperanças num talvez do seu voltar Dm Aadd9 E7 mastigando esperanças num talvez do seu voltar Aadd9 D Aadd9 E7/G# D G. D De contar tantas estrelas algumas nos olhos guardei Bm D E7 se lágrimas não brotaram por dentro decerto chorei D C#m Bm E7 Aadd9 Chorei..... Aadd9 / % / D / % / Aadd9 / % / Bm /E7 / Aadd9 / % / % / Aadd9 F#m Esperar é meu destino soltando mágoas ao léu Aadd9 Bm vou sempre buscar no céu tão rara silhueta crua D Aadd9 se és minha estrela nua escondida no luzeiro Bm vais brotar pelo sender em cada quarto de lua Dm Aadd9 E7 vais brotar pelo sender em cada quarto de lua REFRÃO / Aadd9 / % [7]

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www.jairolambarifernandes.com.br – Morena

MORENA

L.: e M.: Jairo "Lambari" Fernandes / Anderson Fernandes

Em / G / D7 / Em / G / D7 / Em / %

Em C / C Bm / Am Permita morena, que eu sonhe contigo,

D7 Em Num rancho onde abrigo meus dias de frio

C / C Bm / Am Permita morena, que eu veja teus olhos,

D7 Em Buscando os meus olhos nas águas do rio C / C Bm / Am D7 Permita morena, que eu pegue a guitarra,

G E solte as amarras da minha ilusão C / C Bm / Am D7 E cante num verso meus ternos segredos,

G D7 Vestidos de medo, amor e paixão

Am Permita morena, que eu ceve outro mate,

D7 G Pra dor que me bate nesta solidão

D7 Am Permita morena, que chame teu nome,

D7 Bm Matando a fome do meu coração Bm7

(b5) E7 Am Se acaso morena teus olhos luzeiros,

D7 Bm Tiver paradeiro em outro olhar Bm7

(b5) E7 Am Perdoa morena meus olhos tristonhos,

D7 C Perdoa os meus sonhos se contigo eu sonhar Em / G / D7 / Em / G / D7 / Em / %

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www.jairolambarifernandes.com.br – Morena

Em C / C Bm / Am Perdoa morena, se trouxe comigo,

D7 Em Teu lindo sorriso na graça do olhar Em C / C Bm / Am Perdoa morena, se tenho saudade,

D7 Em Me falta coragem pra te procurar C / C Bm / Am D7 Não chores morena se à noite sinuela,

G Povoar de estrelas teu meigo sonhar C / C Bm / Am D7 E quando enxergares a estrela cadente, D7 G Émeu sonho insistente a te cortejar

Am Permita morena, que eu ceve outro mate,

D7 G Pra dor que me bate nesta solidão

D7 Am Permita morena, que chame teu nome,

D7 Bm Matando a fome do meu coração Bm7

(b5) E7 Am Se acaso morena teus olhos luzeiros,

D7 Bm Tiver paradeiro em outro olhar Bm7

(b5) E7 Am Perdoa morena meus olhos tristonhos,

D7 C Perdoa os meus sonhos se contigo eu sonhar D7 B7 Em / % Sonhar ....

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www.jairolambarifernandes.com.br – Naco de luz

NACO DE LUZ

L.: Jairo "Lambari" Fernandes – M.: Frutuoso Araújo / Jairo "Lambari" Fernandes

A / % / C#m / % / F#m / D / A / E7 / A A7 / D / A / E7 / A / %

E7 A Venho assobiando no lombo desta rosilha

A7 D Vem que é uma gata quase nem pisa no pasto

C#m Bm De cacho atado e o poncho moldando o basto

E7 A Nesta crioula que deixei pra minha encilha

A G#m7(b5) F#m E7 De cacho atado e o poncho moldando o basto

A Nesta crioula que deixei pra minha encilha

E7 A

E nas distâncias despachando um trote lindo A7 D Com a liberdade abanando franja e crina C#m Bm É quase um sonho pra quem vai rever a china

B7 E7 Das tardes grandes pelas folgas de domingo D A É quase um sonho pra quem vai rever a china

E7 A Das tardes grandes pelas folgas de domingo A. G#m7(b5). F#m. / E7

F#m C#m (Num rancho pobre surge uma flor na janela

F#m C#m Razão dos sonhos que alimentam meu viver D E7 Trigueira linda, naco de luz, bem-querer

D D#0 E7 Meu coração já fez morada pra ela) ( )

A / C#m / % / F#m / D / A / E7 / A A7 / D / A / E7 / A / %

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www.jairolambarifernandes.com.br – Naco de luz

E7 A É muito pouco, quase nada a dividir

A7 D Léguas de apego, povoadas de amor e vida

C#m Bm Velar teus sonhos nas madrugadas compridas

E7 A Beijar teus lábios nas auroras que hão de vir

A G#m7(b5) F#m E7 Velar teus sonhos nas madrugadas compridas

A Beijar teus lábios nas auroras que hão de vir

E7 A Vejo os teus olhos no remanso das aguadas

A7 D Sinto o teu cheiro na florada do varzedo C#m Bm Quem sabe um dia hás de sorver meus segredos B7 E7 Na luz de um catre bordado de madrugadas D A Quem sabe um dia hás de sorver meus segredos E7 A Na luz de um catre bordado de madrugadas

A. G#m7(b5). F#m. / E7 ( ) ( ) A / % / %

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www.jairolambarifernandes.com.br - Nas Asas da Solidão

NAS ASAS DA SOLIDÃO L.: e M.: Jairo Lambari Fernandes Am7 / Am7/G / F7M / E7 / Am7 / Am7/G / F7M / E7 Am7 Bm7(b5) Morreu uma lágrima na baeta do poncho E7 Am7 Dos olhos de quem eu jurei que queria Bm7(b5) Morrer por inteiro na silhueta morena E7 Am7 Num beijo templado de luz e calmaria Am7 Am7/G F7M E7 O cheiro da pele me trouxe floradas Am7 Am7/G F7M E7 A paz das aguadas nos olhos morenos Dm7 G7 Cadd9 Molhou de sereno tua face menina F7M Bm7(b5) E7 Am7 E dormiu nos meus braços no rancho pequeno Em7(b5) A7 Dm7 F#7. G7 E nas madrugadas fui o teu senhor

Cadd9 Escravo do amor, peão em teus braços F7M Bm7(b5) Geada e mormaço na luz da paixão E7 Am7 E o meu coração que falta um pedaço Em7(b5) A7 Dm7 F#7. G7 E quando a saudade se faz bem maior Cadd9 E a solidão vem dar oh de casa F7M Bm7(b5) Me abrigo nas asas do meu poncho azul E7 Am7 E as dores do sul vêm queimar em brasas Am7 / Am7/G / F7M / E7 / Am7 / Am7/G / F7M / E7

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Am7 Bm7(b5) Me resta a esperança de sermos um só E7 Am7 Na paz do lugar que foi tua morada Bm7(b5) Amantes, parceiros, confidente das penas E7 Am7 Pra sermos num catre parte das madrugadas Am7 Am7/G F7M E7 E se não vieres, vou morrer assim Am7 Am7/G F7M E7 E um pouco de mim há de ficar na estrada Dm7 G7 Cadd9 Pra ser tua aguada, o teu pão de cada dia F7M Bm7(b5) E7 Am7 E, nas invernias, teu anjo da guarda Em7(b5) A7 Dm7 F#7. G7 E nas madrugadas fui o teu senhor

Cadd9 Escravo do amor, peão em teus braços F7M Bm7(b5) Geada e mormaço na luz da paixão E7 Am7 E o meu coração que falta um pedaço Em7(b5) A7 Dm7 F#7. G7 E quando a saudade se faz bem maior Cadd9 E a solidão vem dar oh de casa F7M Bm7(b5) Me abrigo nas asas do meu poncho azul E7 Am7 Am7 / Am7/G / F7M / E7 E as dores do sul vêm queimar em brasas

Am7 / Am7/G / F7M / E7 Queimar em brasas Am7/ Am7/G /Am7. Queimar em brasas

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www.jairolambariferandes.com.br – Natureza, Vida e Canto

NATUREZA, VIDA E CANTO L.: Eron Rodrigues – M.: Jairo “Lambari” Fernandes A. / A. / A / C#m / Bm / E7 / A / C#m / Bm / E7 / % / A / %

D E7 Neste tranquito que a lo largo sou estrada

D E7 Levo os meus sonhos nesta ânsia de andar F#m E7 Pelos caminhos que escolhi e me mantenho D E7 Porque eu venho de um santo e bom lugar

D E7 Venho do campo, dos açudes e lonjuras D E7 Das águas puras, dos arroios e vertentes F#m E7 Onde o cavalo, o guarda-fogo e as enxadas D E7 Fazem quarteadas relicárias de sua gente

D D#0 Onde a vergonha tem morada e faz mais forte

A E7/G# F#m Há de bom porte amizade entre os senhores

D D#0 Onde o romance da tardinha dá mais sorte

F#0 E7 E é suporte pra quem vive seus amores

D E7

Nas casas grandes com sacadas nas varandas D E7

Dançam cirandas as folhagens e as crianças F#m E7 E os meus dias têm mais vida e anoitecem D E7 Quando uma prece faz mais viva as esperanças

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www.jairolambariferandes.com.br – Natureza, Vida e Canto

D E7 O amanhecer traz o perfume e o vigor D E7 Para o labor que planta o pão e serve a mesa F#m E7 Onde se vê que o supremo criador D E7 Fez seu amor e deu o nome natureza D E7 O amanhecer traz o perfume e o vigor D E7 Para o labor que planta o pão e serve a mesa F#m E7 Onde se vê que o supremo criador D E7 Fez seu amor e deu o nome natureza A / C#m / Bm / E7 / A / C#m / Bm / E7 / % / A

D E7 Nas casas grandes com sacadas nas varandas

D E7 Dançam cirandas as folhagens e as crianças F#m E7 E os meus dias têm mais vida e anoitecem D E7 Quando uma prece faz mais viva as esperanças D E7 O amanhecer traz o perfume e o vigor D E7 Para o labor que planta o pão e serve a mesa F#m E7 Onde se vê que o supremo criador D E7 Fez seu amor e deu o nome natureza D E7 O amanhecer traz o perfume e o vigor D E7 Para o labor que planta o pão e serve a mesa F#m E7 Onde se vê que o supremo criador D E7 Fez seu amor e deu o nome natureza A / C#m / Bm / A / % / A.

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www.jairolambarifernandes.com.br – No rastro da gadaria

NO RASTRO DA GADARIA

L.: e M.: Jairo “Lambari” Fernandes

E / % / % / % / F#m / % / % / % / G#m / % / F#m / % / B7 / % / E / E.

E Já faz três dias que culatreio esta tropa

F#m Que vem mermando, quase chegando ao destino

A G#m F#m Canso cavalos no rastro da gadaria

B7 E Nas alegrias poucas de um campesino

Bm E7 A

Só mais uns dias e a tropeada se termina B7 E Minguada é a plata para os que rondam madrugadas

Bm E7 A Empurrando bois, nos encontros dos cavalos B7 E / E. De longe os galos prenunciam alvoradas

E De vez em quando um sapucay chamando a ponta

F#m E um índio touro abre o peito e atropela

G#m F#m Um cusco baio se revolta e garroneia

B7 E O boi coiceia e, dando volta, se entrevera

E

Tranqueia o gado farejando um aguaceiro F#m

Que vem se armando lá prás banda oriental G#m F#m

Abrem-se ponchos na culatra e lá na ponta B7 E

E o vento afronta mareteando o pastiçal E / % / % / % / F#m / % / % / % / G#m / % / F#m / % / B7 / % / E / E.

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E Troveja longe e o raio plancha na terra

F#m E a manga d´água já branqueia o corredor

A G#m F#m Encharca o poncho e a alma de quem tropeia

B7 E Se o tempo enfeia pros lados do chovedor

Bm E7 A

Não vejo a hora de findar esta jornada B7 E

E voltar pro rancho que ergui no meu lugar Bm E7 A Já imagino a minha linda na janela

B7 E / E. Sonhei com ela e pra ela vou voltar De vez em quando um sapucay chamando a ponta

F#m E um índio touro abre o peito e atropela

G#m F#m Um cusco baio se revolta e garroneia

B7 E O boi coiceia e, dando volta, se entrevera

E

Tranqueia o gado farejando um aguaceiro F#m

Que vem se armando lá prás banda oriental G#m F#m

Abrem-se ponchos na culatra e lá na ponta B7 E

E o vento afronta mareteando o pastiçal A G#m F#m B7 E E7 E o vento afronta mareteando o pastiçal A G#m F#m B7 E E o vento afronta mareteando o pastiçal

E / B7 / % / E.

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www.jairolambarifernandes.com.br - Pra Carregar a Querência

PRA CARREGAR A QUERÊNCIA L.: Jairo Lambari Fernandes e José Carlos Batista de Deus M.: Jairo Lambari Fernandes A. B7. / E7 / % / A / % / E7 / % / A / % / E7 / % / A / % / E7 / % / A A. B7. E7 A Trago na alma a perícia para fazer meus cavalos A. E7/G#. F#m. E7 A Conheço o vento que sopra e a hora buena pra um pealo D A Pede benção e se estira e, de vereda, embuçalo A. E7/G#. F#m. E7 A Já me vejo com uma linda na anca do meu cavalo A. E7/G#. F#m. E7 A Já me vejo com uma linda na anca do meu cavalo A. B7. / E7 / % / A / % / E7 / % / A A. B7. E7 A Foi Don Antônio Trindade que me entregou um tostado A. E7/G#. F#m. E7 A Florão de potro oriental de sangue 'muy' afamado D A Domado se fez cavalo batizado temporal A. E7/G#. F#m. E7 A Um flete com toda a estampa pra um basto general A. E7/G#. F#m. E7 A Um flete com toda a estampa pra um basto general A. B7. / E7 / % / A / % / E7 / % / A A. B7. E7 A Mouros, rosilhos, gateados quantos pêlos, quantas marcas A. E7/G#. F#m. E7 A Que sentei garras domando neste destino monarca D A Fiz cavalos pras estâncias de trompar e cruzar por cima A. E7/G#. F#m. E7 A De laçar boi campo afora e doce pro andar da china A. E7/G#. F#m. E7 A De laçar boi campo afora e doce pro andar da china A. B7. / E7 / % / A / % / E7 / % / A

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www.jairolambarifernandes.com.br - Pra Carregar a Querência

A. B7. E7 A Que lida bruta, parceiro que eu não troco por nada A. E7/G#. F#m. E7 A 'Carco' no que vim pro mundo pra lidar com a cavalhada D A O vício domina o índio que tem coragem e paciência A. E7/G#. F#m. E7 A Espalhei meus bem-domados pra carregar a querência A. E7/G#. F#m. E7 A Espalhei meus bem-domados pra carregar a querência A. B7. / E7 / % / A / % / E7 / % / A A. B7. E7 A Que lida bruta, parceiro que eu não troco por nada A. E7/G#. F#m. E7 A 'Carco'no que vim pro mundo pra lidar com a cavalhada D A O vício domina o índio que tem coragem e paciência A. E7/G#. F#m. E7 A Espalhei meus bem-domados pra carregar a querência A. E7/G#. F#m. E7 A Espalhei meus bem-domados pra carregar a querência

A / E7 / % / A. / - / A.

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www.jairolambarifernandes.com.br - Rancho Tapera

RANCHO TAPERA L.: e M.: Jairo Lambari Fernandes Dm / % ./ - / Gm / C7 / F F/E / Dm / Em(b5)/ Bb A7 / Dm7/9/ Dm. Gm C7 Busquei pra sinuelo um sonho carancho F F/E Dm Que rondou meu rancho pelas invernias Em7(b5) A7 E as tardes vazias trocaram de rumo Bb Gm A7 Num mate lobuno na sala vazia Gm C7 Eu vejo e pressinto teus olhos luzeiros F F/E Dm Um par de candeeiros no breu da saudade Em7(b5) A7 E a louca ansiedade de tê-la comigo Bb Gm A7 Meu sonho de abrigo na flor da idade Gm C7 Um sol renegado se avança pro mundo F F/E Dm Solito me afundo num gole do amargo Em7(b5) A7 E estes campos largos te esperam silentes Bb Gm A7 Num mate que é quente, no apego que trago Gm C7 Meu rancho tapera com sede de vida F F/E Dm Curando as feridas das longas esperas Em7(b5) A7 Retinas que buscam ao longo da estrada Bb Gm A7 A tua chegada, minha primavera Gm / C7 / F F/E / Dm /Em(b5)/ Bb A7 / Dm7/9/ Dm.

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www.jairolambarifernandes.com.br - Rancho Tapera

Gm C7 Quem sabe algum dia te veja chegando F F/E Dm Num flete escarceando, na tarde que parte Em7(b5) A7 Remonto meu mate pra cantar milongas Bb Gm A7 E o mate se alonga no calor do catre Gm C7 Se acaso o destino não me der esta sorte F F/E Dm Buscarei o meu norte na razão da estrada Em7(b5) A7 Não quero morada, nem várzeas pra lida Bb Gm A7 Serei só partida pro mundo e mais nada. Gm C7 Um sol renegado se avança pro mundo F F/E Dm Solito me afundo num gole do amargo Em7(b5) A7 E estes campos largos te esperam silentes Bb Gm A7 Num mate que é quente, no apego que trago Gm C7 Meu rancho tapera com sede de vida F F/E Dm Curando as feridas das longas esperas Em7(b5) A7 Retinas que buscam ao longo da estrada Bb Gm A7 A tua chegada, minha primavera Gm / C7 / F F/E / Dm /Em(b5)/ Bb A7 / Dm / %.

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ROMANCE DE FLOR E LUNA L.: Gujo Teixeira - M.: Jairo “Lambari” Fernandes Emadd 9 Quando um dia, Rosaflor chegou no rancho

Am7 Pequeno mundo num fundão de corredor D7 Enxergou um pingo baio encilhado

Gadd9 Bb9 E um gaúcho com um gateado no fiador

Am7 D7 Mariano Luna, domador, seguia os ventos Gadd9 C6

9 Trazendo mansos pra cambiar pelas estradas

Am7 B7 E Rosaflor, filha mais moça do seu Nico

Cadd9 Bb9 Lavava roupa junto às pedras da aguada Am7 D7 Rosaflor, num riso manso e buenas noite

Gadd9 C69

Entrou no rancho com seus olhos de querer Am7 B7

Mariano Luna com suas pilchas já puídas Cadd9 Bb9

Disse a moça, um outro buenas, sem dizer... Eadd9

Sem dizer

Aadd9 G#m7 (Mariano Luna, que tinha lua nos olhos

Aadd9 Eadd9 Entregou esse clarão aos olhos dela

Aadd9 G#m7 E apagou a luz extrema que continha

F#m7 B7 Da outra lua que apontava na janela

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F#m7 G#m7 A lavadeira pouco sabia das luas

Aadd9 Eadd9 E ainda menos dos olhares que elas têm

Aadd9 G#m7 E descobriu, então, nos olhos do andante

F#m7 B7 Que de amores nem as flores sabem bem

Aadd9 Eadd9 Que de amores nem as flores sabem bem ) Aadd9 / G#m7 / F#m7 / B7 / Aadd9 / G#m7 / F#m7 / Eadd9 / B7 / Em add9 / % Emadd 9

O domador que só sabias desses campos Am7 Sabia pouco do azul que vem das flores D7 Mas descobriu depois de léguas de estradas

Gadd9 Bb9 Que há muito tempo não cuidava seus amores Am7 D7 De flor e luna se enfeitou o rancho tosco Gadd9 Cadd9 Pequeno mundo num fundão de corredor Am7 B7 Que, sem saber, ficou mais claro e mais silente Cadd9 Bb9 Depois que lua debruçou-se sobre a flor Am7 D7 Ficou a estrada sem ninguém pra ir embora Gadd9 Cadd9 E risos largos diferentes do normal Am7 B7 Um baio manso pastando pelo potreiro Cadd9 Bb9 E bombachas limpas pendurada no varal no varal ... Eadd9 No varal ( ) Aadd9 / G#m7 / F#m7 / B7 / Eadd9 / % / E add9.

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UM SONHO PARA VIVER L.: e M.: Jairo Lambari Fernandes E / % / F#m/ % / G#m / F#m / E / B7 / E / E. E F#m Quando encilho meu mouro busco a volta e alço a perna G#m A A alma xucra governa ao se abugrar e andar

B7 Talvez buscando um lugar para erguer rancho e galpão A A. E/G#. F#m. B7 Um amor pro coração e alguns potros pra domar

E F#m Quem tem alma de andejo traz a querência nos bastos G#m A Carrega estrivos gastos de chegadas e partidas B7 Cevando as dores da vida, que tordilharam melenas A A. E/G#. F#m. B7 “Redomoniando” as penas nas madrugadas compridas A G#m Por certo quem traz saudades, invernada nos pessuelos

C#7 F#m A solidão de sinuelo e um poncho tronpando geadas

B7 Bm E7 Conhece a dor da estrada que vem roseteando o pêlo A G#m Um mouro sacode a crina parecendo entender C#7 F#m Que a falta de um bem querer é a razão da estrada B7 E Pra quem só tem madrugadas, e um sonho para viver E / F#m / % / G#m / F#m / E / B7 / E / E.

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E F#m Quem sabe alguma linda se agrade deste paisano G#m A E tenha sonhos e planos e um amor pra me entregar B7 Um brilho terno no olhar e um cheiro de flor do campo A A. E/G#. F#m. B7 Um catre cheio de encantos e um mate pra me esperar E F#m Se Deus quiser, ergo um rancho no fundo de um corredor G#m A Para abrigar este amor destas garoas do agosto B7 Matear mirando este rosto na mansidão da morada A A. E/G#. F#m. B7 Deixando as léguas de estrada pra ser feliz neste posto. A G#m Por certo quem traz saudades, invernada nos pessuelos

C#7 F#m A solidão de sinuelo e um poncho tronpando geadas

B7 Bm E7 Conhece a dor da estrada que vem roseteando o pêlo A G#m Um mouro sacode a crina parecendo entender C#7 F#m Que a falta de um bem querer é a razão da estrada B7 E Pra quem só tem madrugadas, e um sonho para viver F#m B7 E Pra quem só tem madrugadas, e um sonho para viver

E / % / E.

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