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Tecnologia de Tecnologia de Agroquímicos Agroquímicos Corretivos, fertilizantes Corretivos, fertilizantes mistos e granulados mistos e granulados

Livro de Normas

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Tecnologia de Tecnologia de

AgroquímicosAgroquímicosAgroquímicosAgroquímicos

Corretivos, fertilizantes Corretivos, fertilizantes mistos e granuladosmistos e granulados

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• Corretivos da acidez dos solos são produtos capazes de neutralizar (diminuir ou eliminar) a acidez dos solos e ainda repor nutrientes vegetais ao solo, principalmente cálcio e magnésio.

CorretivosCorretivos

ao solo, principalmente cálcio e magnésio.

• Os corretivos de alcalinidade são produtos que promovem a redução da alcalinidade do solo

• Corretivos de “sodicidade” são os produtos que promovem a redução da saturação de sódio.

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• Os produtos considerados corretivos da acidez dos solos são os que contêm como constituinte neutralizante carbonatos, óxidos, hidróxidos ou silicatos de cálcio e/ou de

CorretivosCorretivos

hidróxidos ou silicatos de cálcio e/ou de magnésio.

• Os corretivos de acidez são de natureza física sólida, na forma de pó.

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• Grande parte dos solos brasileiros são ácidos, com baixas concentrações de cálcio e magnésio, com níveis elevados de alumínio trocável e baixa disponibilidade de fósforo,

CorretivosCorretivos

trocável e baixa disponibilidade de fósforo, prejudicando a absorção dos nutrientes pelas plantas e aumentando os custos da fertilização.

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• A acidez de um solo é devida à presença de H+

livres, gerados por componentes ácidos presentes no solo (ácidos orgânicos, fertilizantes nitrogenados, etc.).

CorretivosCorretivos

• A neutralização da acidez consiste em neutralizar os H+, o que é feito pelo ânion OH-. por isso, os corretivos de acidez devem ter componentes básicos para gerar OH-, promovendo a neutralização.

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• A incorporação de calcário no solo é chamada calagem.

• Além de corrigir a acidez do solo, fornece cálcio (CaO) e magnésio (MgO), neutraliza o efeito fitotóxico do alumínio e do manganês e

CorretivosCorretivos

fitotóxico do alumínio e do manganês e potencializa o efeito dos fertilizantes.

• A calagem é considerada como uma das práticas que mais contribui para o aumento da eficiência dos adubos e conseqüentemente, da produtividade e da rentabilidade.

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• Das características dos corretivos de acidez dos solos relacionados com a qualidade, duas são consideradas as mais importantes: – a granulometria e– o teor de neutralizantes.

CorretivosCorretivos

– o teor de neutralizantes.

• Essas características determinam o Poder Relativo de Neutralização Total do corretivo (PRNT), que é resultado do teor de compostos químicos presentes no calcário que agem na neutralização da acidez (PN - poder de neutralização) e do grau de finura na moagem (RE - Reatividade).

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• A legislação atual determina que os corretivos da acidez do solo devem possuir como características mínimas passar 100% em peneira de 2 mm (ABNT n° 10); 70% em

CorretivosCorretivos

peneira de 2 mm (ABNT n° 10); 70% em peneira de 0,84 mm (ABNT n° 20) e 50% na peneira de 2mm (ABNT n° 10).

• O teor de umidade máximo admitido para corretivos de acidez é de 10%.

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• O calcário é o corretivo natural mais abundante e mais utilizado no Brasil, obtido pela moagem da rocha calcária.

• Seus constituintes são carbonato de cálcio CaCO3e carbonato de magnésio MgCO .

CorretivosCorretivos

3e carbonato de magnésio MgCO3.

• Em função dos teores de Mg os calcários são classificados em:– calcítico (< 6% de MgO),

– magnesiano (6 a 12% de MgO)

– dolomítico (> 12% de MgO).

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• Cal virgem agrícola é obtida industrialmente pela calcinação ou queima completa do calcário, seus constituintes são o óxido de cálcio (CaO) e o óxido de magnésio (MgO).

CorretivosCorretivos

• Cal hidratada agrícola ou cal extinta é obtida industrialmente pela hidratação da cal virgem, seus constituintes são o hidróxido de cálcio Ca(OH)2 e o hidróxido de magnésio Mg(OH)2.

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• O calcário calcinado, é obtido industrialmente pela calcinação parcial do calcário. Seus constituintes são (CaCO3) e (MgCO3) não decompostos do calcário, (CaO) e (MgO) e também Ca(OH)2 e Mg(OH)2

resultantes da hidratação dos óxidos pela umidade

CorretivosCorretivos

resultantes da hidratação dos óxidos pela umidade do ar; é um produto de características e propriedades intermediárias entre o calcário e a cal virgem.

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• A escória básica de siderurgia é um subproduto da indústria do ferro e do aço. Seus constituintes são, o silicato de cálcio (CaSiO3) e o silicato de magnésio (MgSiO3).

CorretivosCorretivos

• O Carbonato de cálcio (CaCO3) é obtido pela moagem de margas (depósitos terrestres de carbonato de cálcio), corais e sambaquis (depósitos marinhos de carbonato de cálcio), tendo ação neutralizante semelhante à do carbonato de cálcio dos calcários.

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• O gesso agrícola é também denominado fosfogesso. Nas indústrias de fertilizantes, durante o processo de fabricação de superfosfatos, simples e triplo, e fosfatos de amônio, MAP e DAP, usam como matéria-prima a rocha fosfática, geralmente a fluorapatita,

CorretivosCorretivos

prima a rocha fosfática, geralmente a fluorapatita, esta, ao ser atacada com ácido sulfúrico, na presença de água, forma como subprodutos sulfato de cálcio, ácido fosfórico e ácido fluorídrico.

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CorretivosCorretivos

Composição dos principais calcários usados em calagem

Material CaO (%) MgO (%)

Calcíticos 40 – 45 < 6

Magnesianos 31 – 39 6 – 12

Dolomíticos 25 - 30 > 12

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CalcáriosCalcários

• São carbonatos de cálcio e magnésio.

• Origem:

– acumulação de organismos inferiores (principalmente

Corretivos Cálcicos, Corretivos Cálcicos, MagnesianosMagnesianos e e CalcoCalco--MagnesianosMagnesianos

– acumulação de organismos inferiores (principalmente marinhos)

– e na precipitação do carbonato de cálcio dissolvido em rios, mares e fontes de água mineralizadas;

• encontra-se distribuído abundantemente na crosta terrestre.

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CalcáriosCalcários

• Apresenta-se sob a forma de calcita e aragonita(diferente estrutura cristalina):

– Calcita: constituinte das rochas calcárias

Corretivos Cálcicos, Corretivos Cálcicos, MagnesianosMagnesianos e e CalcoCalco--MagnesianosMagnesianos

– Calcita: constituinte das rochas calcárias

– Aragonita: das massas calcárias recentes de conchas, corais, etc.

• A presença de magnésio é proveniente dos organismos que originaram a rocha ou da dolomitização posterior por influência de soluções magnesianas de origem marinha ou magmática.

Page 17: Livro de Normas

CalcáriosCalcários

• As vezes contém quantidade de argila, constituindo as “margas” (uso cimenteiras).

• Produção/processamento:

Corretivos Cálcicos, Corretivos Cálcicos, MagnesianosMagnesianos e e CalcoCalco--MagnesianosMagnesianos

• Produção/processamento:– Perfuração, detonação – fragmentação

– Remoção da camada de terra que recobre a jazida

– Britagem

– Moagem – moinho de martelos

– Peneiramento

– Retorno de resíduo

– Armazenamento.

Page 18: Livro de Normas

Conchas moídasConchas moídas

• Apresentam 90 a 95% de carbonato de cálcio –pouco utilizados: proteção dos sambaquis.

Óxido de cálcio / cal virgemÓxido de cálcio / cal virgem

Corretivos Cálcicos, Corretivos Cálcicos, MagnesianosMagnesianos e e CalcoCalco--MagnesianosMagnesianos

Óxido de cálcio / cal virgemÓxido de cálcio / cal virgem

• Obtida por aquecimento do CaCO3:calor

CaCO3 ------� CaO + CO2

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Hidróxido de cálcio/ cal hidratada ou extintaHidróxido de cálcio/ cal hidratada ou extinta

CaO + H2O � Ca(OH)2 (exotérmica)

Dolomita AtivadaDolomita Ativada

Corretivos Cálcicos, Corretivos Cálcicos, MagnesianosMagnesianos e e CalcoCalco--MagnesianosMagnesianos

Dolomita AtivadaDolomita Ativada– Calcinação controlada de CaCO3.MgCO3 à 500oC

– Obtém-se CaCO3 e MgO, pois o carbonato não se decompõe à esta temperatura.

– Pode conter: CaCO3 ( 66%), MgO (20%), SiO2 (11%), Fe2O3 (0,9%), Al2O3 (0,7%)

Page 20: Livro de Normas

Escória da Indústria de ferro e açoEscória da Indústria de ferro e aço

• A sílica do minério reagem com cálcio do calcário no alto forno produzindo um silicato de cálcio com impurezas.

Corretivos Cálcicos, Corretivos Cálcicos, MagnesianosMagnesianos e e CalcoCalco--MagnesianosMagnesianos

impurezas.

• O material fundido é resfriado, seco e moído.

• Usado como corretivo de solo, etc.

Page 21: Livro de Normas

• O enxofre nativo encontra-se nas regiões vulcânicas e nas rochas sedimentares.

• Mais de 80% do S produzido destina-se a fabricação de ácido sulfúrico.

Adubos e Corretivos com EnxofreAdubos e Corretivos com Enxofre

de ácido sulfúrico.

• O enxofre vulcânico é obtido colhendo-se os materiais sulfurosos e aquecendo-se na ausência de ar -> volatiliza e sublima dentro das câmaras.

Page 22: Livro de Normas

• Por meio da combustão da pirita (FeS2), com redução do anidrido sulfuroso, A redução pode ser feita com carvão vegetal, coque ou monóxido de carbono.

Adubos e Corretivos com EnxofreAdubos e Corretivos com Enxofre

• O enxofre pode ser obtido a partir de petróleos sulfurosos que contém 6 – 8% de enxofre.

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MATÉRIAS-PRIMAS

AMÔNIA ENXOFRE ROCHAFOSFÁTICA

GÁS NATURALPETRÓLEO

RESÍDUOS PESADOSNAFTA

ROCHA POTÁSSICAROCHA FOSFÁTICA“IN SITU”

ENXOFRE NATURALPIRITAS

PRODUTOS INTERMEDIÁRIOS

ÁCIDONÍTRICO

ÁCIDOFOSFÓRICO

ÁCIDOSULFÚRICO

SUPERFOSFATOSIMPLES

SUPERFOSFATOTRIPLO

NITRATO DEAMÔNIO TERMOFOSFATO

GRANULAÇÃO E MISTURA DE FORMULAÇÃO NPK

DISTRIBUIÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO

FERTILIZANTES BÁSICOS

SULFATO DEAMÔNIOURÉIA

NITROCÁLCIO

DAP

MAP

CLORETODE

POTÁSSIO

ROCHAPARCIALMENTE

ACIDULADA

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Adubo Mistos e GranuladosAdubo Mistos e Granulados

Formulações NPKFormulações NPK

• Função: diferentes nutrientes em um único produto

• Fórmula• Fórmula

– no grão

– ou na mistura

Page 25: Livro de Normas

Unidade de GranulaçãoUnidade de Granulação

• Sistema de dosagem de matérias sólidas– Esteiras com balança contínua

• Granulador• SecadorSecador• Resfriador• Seleção por peneiras• Moinho para grossos• Empoador – recobrimento dos grãos (óleo

mineral e Caulim)

Page 26: Livro de Normas

Unidade de GranulaçãoUnidade de Granulação

• Sistema de dosagem de matérias sólidas• Granulador com ou sem reator tipo “pipe”

para produção de lama (NH3 + H3PO4)• Secador• Resfriador• Resfriador• Seleção por peneiras• Moinho para grossos• Empoador – recobrimento dos grãos (óleo

mineral e Caulim)

Page 27: Livro de Normas

GranulaçãoGranulação

Produção de adubos Produção de adubos granuladosgranulados

• Matérias primas sólidas: KCl, SAM, NIP, NAM, SSP, TSP, uréia, repasse (reciclo)

• Matérias primas líquidas: água, vapor, amônia, ácido • Matérias primas líquidas: água, vapor, amônia, ácido sulfúrico, ácido fosfórico

• Importante para a granulação: fase líquida e temperatura.

• Utiliza-se bastante amônia e ácido fosfórico.

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GranulaçãoGranulação

Mecanismos de Mecanismos de granulaçãogranulação

• Ação plástica

• Cimentação de partículas – através de solução saturada dos componentes e cristalizada durante a saturada dos componentes e cristalizada durante a secagem

• Recobrimento em camadas sucessivas concêntricas ao redor do núcleo: casca de cebola

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GranulaçãoGranulação

EquipamentosEquipamentos

• Tambor rotativo: é o melhor reator – facilita recuperação de gases produzidos na reação. Cimentação de partículas. Brasil

• Prato granulador: Só possibilita injeção de água e vapor. Melhor granulação: grãos mais esféricos e uniformes. Recobrimento em camadas.

• Pug-mill: usado para lamas muito viscosas. Pode ser utilizado antes do granulador de pratos – melhor mistura matérias primas e fase líquida. Ação Plástica

Page 30: Livro de Normas

Granulador TamborGranulador Tambor

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Granulador PratosGranulador Pratos

Page 32: Livro de Normas

Granulador Granulador PugPug MillMill

Page 33: Livro de Normas

GranulaçãoGranulação

Processos de Processos de granulaçãogranulação• Granulação água-vapor:

– Quantidade de água necessária dado pelos sólidos.

– Usado principalmente para granular TSP, SSP e fórmulas tipo 4-14-8, 10-10-10. tipo 4-14-8, 10-10-10.

– Para TSP = 10 – 13% umidade, outros aprox. 8%

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GranulaçãoGranulação

Processos de Processos de granulaçãogranulação• Granulação química:

– Reação química entre sólidos e líquidos. Neutralização do NH3 + H3PO4 => MAP + calor

– Ocorre reação com outras matérias primas. – Ocorre reação com outras matérias primas.

– A reação vai fornecer o calor necessário para a granulação.

• Granulação por fusão:

– grãos formados por solidificação de sais fundidos com pouca ou nenhuma quantidade de água.

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Unidade de GranulaçãoUnidade de Granulação

• Sistema de dosagem de matérias sólidas• Granulador• Secador• Resfriador• Resfriador• Seleção por peneiras• Moinho para grossos• Empoador – recobrimento dos grãos (óleo

mineral e Caulim)

Page 38: Livro de Normas

SecadorSecador

• A temperatura de secagem varia de acordo com o produto (350 – 700oC : medido na capela)

• Gás de secagem em co-corrente.

• Para os gases -> ciclonagem e depois lavagem -> • Para os gases -> ciclonagem e depois lavagem -> recuperação de material (reciclo)

• Os grânulos saem do granulador com umidade entre 8 e 15% (depende da formulação e das matérias primas) e vão pra o secador.

Page 39: Livro de Normas

SecadorSecador

Caso problemas de secagemCaso problemas de secagem

• No produto elaborado:

– empedramento, devido a falta de dureza -> grãos desmancham facilmente.desmancham facilmente.

• Na planta de produção:

– entupimento das peneiras,

– empastamento nos moinhos (britadores)

– maiores incrustações

• A umidade do produto final deve ficar entre 2 a 4%

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Unidade de GranulaçãoUnidade de Granulação

• Sistema de dosagem de matérias sólidas• Granulador• Secador• Resfriador• Resfriador• Seleção por peneiras• Moinho para grossos• Empoador – recobrimento dos grãos (óleo

mineral e Caulim)

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Page 44: Livro de Normas

Características de QualidadeCaracterísticas de Qualidade

FísicaFísica

• Estado físico

• Granulometria: tamanho (segregação), forma

• Consistência/dureza: quebra no armazenamento• Consistência/dureza: quebra no armazenamento

• Fluidez: ângulo de repouso, capacidade de escoamento

• Densidade (fertilizantes líquidos)

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Características de QualidadeCaracterísticas de Qualidade

Concentração dos Concentração dos nutrientesnutrientes

• Alta

• Baixa

FísicoFísico--QuímicaQuímicaFísicoFísico--QuímicaQuímica

• Solubilidade

• Higroscopicidade

• Empedramento

• Índice salino