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Livro eBook Paz

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Livro eBook Paz

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  • Uma publicao da Igreja Batista da Lagoinha

    1 Edio: maro/2011

    Transcrico e Reviso:

    Nicibel Silva

    Copidesque:

    Adriana Santos

    Capa e Diagramao:

    Junio Amaro

  • 5Introduo

    Onde est a paz prometida? Voc pode se per-guntar. verdade que vivemos num mundo cheio de guerras, violncia, misria... Mas se meditarmos na Palavra de Deus, veremos que tudo o que nos traz a paz foi providenciado por Jesus. O amor, o perdo, a tolerncia, a compaixo, a bondade, a pacincia, a verdade... Quando escolhemos viver segundo os ensi-namentos de Cristo, a paz consequncia. No mundo no a encontraremos, mas podemos promov-la s pessoas, ao mundo que geme por paz: [...] se possvel, quando depender de vs, tende paz com todos os ho-mens [...] (Romanos 12.18.)

  • 6Se fizermos um apanhado geral na Bblia, vere-mos que a palavra felicidade aparece poucas vezes. J o sinnimo dela, dentro do vocabulrio de Deus, a palavra paz, vista inmeras vezes. Paz e felicida-de aos olhos do Pai so sinnimas. No livro de N-meros, captulo 6, versos 24 a 26, h uma promessa de Deus que remete felicidade, mesmo sem citar, literalmente, essa palavra. O Senhor te abenoe e te guarde; o Senhor faa resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericrdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te d a paz. Pode-se dizer que no contexto bblico, dentro da palavra paz, encontramos muitas outras bnos como, misericrdia, cuidado, tudo que o seu corao precisa. Nesta mensagem vere-mos sobre a paz de Jesus Cristo, a paz que excede todo entendimento, e a paz que o mundo oferece. Qual a paz que nos preenche plenamente, a paz do mundo ou a paz de Jesus Cristo? Qual a diferena entre paz do mundo e a paz de Cristo? Leia esse mensagem e descubra a verdadeira paz.

  • 7deIxo-vos a paz

    Quando Jesus Cristo nasceu, os anjos canta-ram uma mensagem dizendo: Glria a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens, a quem ele quer bem. (Lucas 2.14.) Paz em todas as reas, fsica, emocional, financeira, familiar. Na sua estrutura essa palavra pode at ser pequena, mas ela com-porta os desejos mais valiosos do corao huma-no. Em Joo 14, verso 27, temos o relato da despe-dida de Jesus aos seus discpulos, momento em que o Mestre lhes deixou, tambm, uma herana:

  • 8Ele disse: Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; no vo-la dou como a d o mundo. No se turbe o vosso corao, nem se atemorize. Note que Jesus disse que a paz que Ele deixou no a mesma que o mundo oferece. Logo, podemos concluir que a paz de Jesus diferente, distinta daquela que o mundo ou as coisas que nele h oferecem. Mas voc pode perguntar: Como a paz do mun-do? Qual a diferena entre a paz de Jesus e a do mundo? O mundo oferece um sentimento de paz. Sentimento este que advindo de uma situ-ao, geralmente, apenas quando tudo vai bem. Quando se est empregado, quando se ganha uma promoo, quando se conquista algo muito desejado. Enfim, a paz do mundo surge apenas quando os sonhos e desejos so realizados. Essa paz efmera, circunstancial. uma paz condi-cional, ela est presente somente nos bons mo-mentos, na alegria, nas realizaes do homem. E quando as coisas no acontecem de acordo com a vontade da pessoa, quando no so favorveis, contrrias aos anseios do corao, o sentimento de paz bate asas, voa, vai embora, porque ele s se mantm se tudo estiver bem. Muito bem.

  • 9Quando os sonhos e desejos so frustrados, con-trariados, surge, ento, a perturbao, a tristeza, o desnimo, a depresso, a murmurao.

    Completamente diferente do sentimento de paz mundano a paz de Jesus Cristo. Ela opera em todos os tempos, tanto os bons quanto os maus. Quando h abundncia ou escassez, emprego ou desemprego, sade ou enfermidade, a paz perma-nece em todos os estados. Mas isso s possvel quele que recebe o Jesus da paz. Se voc o tem, a paz dele alcanar o seu corao, e nada nem nin-gum poder tir-la de voc. Jesus no nos outor-gou um sentimento de paz, mas Ele nos deu a sua paz, deixo-vos a paz, a minha paz vos dou.

    Pelo fato de muitos no terem essa compreen-so, nos momentos de aflio, de dor, tribulao, a pessoa culpa a Deus pelo o que se est vivencian-do. Deus no culpado por nenhuma tragdia, tambm no deseja a infelicidade de ningum, ao contrrio, Ele bom, muito bom, e tem o melhor para cada um de seus filhos. Ns fazemos escolhas que podem nos trazer sofrimento, mas Deus no. Querido, Ele sempre faz a escolha certa e deseja que seus filhos experimentem da paz que excede todo

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    entendimento, mesmo que tudo no esteja dando certo, a paz pode existir. No precisamos viver pre-ocupados, pois nossa vida est nas melhores mos. Podemos descansar nos braos do Pai, pois pela f de que Ele est cuidando de tudo que precisamos, possvel ter paz e descansar em meio tempestade. Jesus certa feita estava atravessando com os disc-pulos o mar da Galileia. De repente veio uma tem-pestade, o vento soprava com fria, o barco em que estavam era lanado de um lado para o outro, um cenrio de medo, de desespero para alguns, mas no para Jesus, porque ele dormia tranquilamente.

    Ento, entrando ele no barco, seus discpulos o se-guiram. E eis que sobreveio no mar uma grande tem-pestade, de sorte que o barco era varrido pelas ondas. Entretanto, Jesus dormia. Mas os discpulos vieram acord-lo, clamando: Senhor, salva-nos! Perecemos! Perguntou-lhes, ento, Jesus: Por que sois tmidos, ho-mens de pequena f? E, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande bonana. E maravilha-ram-se os homens, dizendo: Quem este que at os ventos e o mar lhe obedecem? (Mateus 8.23-27.)

    Note que os discpulos tinham um sentimen-to de paz. Quando a tempestade surgiu, eles fica-

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    ram apavorados, sem saber o que fazer, mas Jesus dormia profundamente, tanto que os discpulos tiveram que acord-lo. Quem o acordou no foi a tempestade, no foi o barulho do vento, mas os dis-cpulos. A paz que emana de Cristo nos faz dormir tranquilamente, conforme escrito no Salmo 4, verso 8: Em paz me deito e logo pego no sono, porque, SE-NHOR, s tu me fazes repousar seguro.

    Diante da atitude desesperada dos discpulos, Jesus lhes disse: Homens de pequena f. Jesus esta-va presente, e junto de Jesus no temos que temer a nada.

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    a paz que excede todo

    entendImento

    Muitos foram os dias em que atravessei tempes-tades, e o que no me fez desistir foi a paz de Cristo. Quando o Senhor levou o meu irmo mais velho, senti muita dor. Eu estava na Rede Super, e de re-pente chegou a minha filha mais velha, Ana Paula, o meu genro, Gustavo, e o meu neto, Isaque, para me darem a notcia do falecimento. O meu corao ficou apertado, recordei dos nossos momentos jun-tos, percebi que tinha ido para a glria algum to

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    importante para mim; no foi fcil, no so fceis esses momentos, mas apesar do meu sofrimento, havia uma paz, uma paz to doce, a paz do Senhor. Por mais que tente, sei que jamais conseguirei expli-car essa paz, pois ela excede todo o entendimento (Filipenses 4.70). Essa paz, que no um sentimen-to, se expressa por um sentimento, contudo, no permite que o desespero tome conta da nossa vida.

    A morte do Hlio, meu irmo, no foi motivo para que eu questionasse a Deus, ela foi motivo de gratido por tudo que o Senhor fez por meio da vida dele. Dois anos antes de ele falecer, uma cirurgia foi realizada. Porm, popularmente falando, o mdico apenas abriu parte do corpo e depois fechou. Isso porque uma interveno divina aconteceu. Um tu-mor maligno havia sido diagnosticado, logo seria preciso oper-lo. Entretanto, os mdicos ficaram surpresos com o que viram, ou melhor, no viram, o tumor havia desaparecido. Ns sabemos que ele foi arrancado pelas mos do Mdico dos mdicos, o melhor e maior cirurgio de todos. Meu irmo tam-bm pde testemunhar os desejos que o Senhor o permitiu realizar, e um deles foi a construo de sua casa, do jeito que ele queria. J o seu maior sonho,

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    de ver os filhos se rendendo ao Senhor, tambm foi realizado. Aps o dia da cirurgia, Hlio viveu ain-da melhor, saudvel, e contemplando os feitos do Senhor em sua vida. Choramos pela morte dele, as lgrimas so inevitveis, ficamos entristecidos, mas em nenhum momento o desespero tomou conta de ns. Algumas pessoas que foram ao velrio e no eram convertidas, foram surpreendidas pela paz que dominava aquele local. Olhavam para a esposa do Hlio, para os filhos, para os irmos, e percebiam que naquele lugar havia algo diferente. A paz de Je-sus nos d a convico, a certeza que a morte no uma perda. Podemos dizer como Paulo: [...] sei em quem tenho crido e estou certo de que ele poderoso para guardar o meu depsito at aquele Dia. (2 Ti-mteo 1.12.)

    H um hino que diz: Se paz a mais doce me deres gozar, se dor a mais forte sofrer; Oh, seja o que for, tu me fazes saber, que feliz com Jesus hei de estar. Essa paz dom de Deus, um presente do Senhor, uma bno dele a ns, conforme descrito no Sal-mo 29, versculo 11: O Senhor d fora ao seu povo, o Senhor abenoa com paz ao seu povo. Mesmo que voc no tenha as coisas que o mundo valori-

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    za, algo tangvel, se voc tiver a paz do Senhor ter tudo, ela a bno principal. A paz que Jesus nos deixou, no uma paz circunstancial, mas uma paz que est alm das circunstncias, das situaes, das perdas, dos bens materiais. Sem ela todos os tesou-ros do mundo tornam-se nada. Ela no se compra nem se vende, somente Deus pode nos conced-la. Ele disse que abenoaria o povo dele com a paz, en-to todo aquele que parte do seu povo a ter. No permita que ningum tente tir-la de voc.

    Veja o que Salmo 119, verso 165, nos ensina acerca da bno que Deus no deixou: Grande paz tm os que amam a tua lei; para eles no h tropeo. (Salmo 119.165.) Mas os mansos herdaro a terra e se deleitaro na abundncia de paz. (Salmo 37.11.) Provrbios captulo 3, verso 17 diz: Os seus cami-nhos so caminhos deliciosos, e todas as suas veredas, paz. Deus inspirou homens e mulheres para nos transmitir aquilo que Ele deseja nos ensinar, e sobre a paz encontramos algumas palavras que traduzem um pouco daquilo que ela representa, como nesse texto de Provrbios, a palavra delcia. to lindo o jeito de Deus nos ensinar. Veja bem, delcia significa prazer, aquilo que enche a nossa boca de riso. Al-

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    guns se enganam pensando que viver para Deus algo tedioso, chato, sem graa. Mas viver para Ele a escolha mais acertada que algum pode fazer. Justo e verdadeiro so os caminhos do Senhor. Eles so limpos, sem empecilhos, so de paz e no de mal. O versculo tambm nos fala de veredas, ela se difere de caminho. [...] e todas as suas veredas, paz. A vereda surge muitas vezes abruptamente e somos levados por ela. Ela, muitas vezes, no feita de asfalto, tambm no uma calada, ela pode ser comparada a um atalho, uma espcie de caminho que aparece de repente. Esta quando do Senhor nos conduz paz. Alguns textos bblicos nos forne-cem a ideia do que significa a vereda do justo, da-quele que teme ao Senhor: Mas a vereda dos justos como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais at ser dia perfeito. (Provrbios 4.18.) Na vereda da justia, est a vida, e no caminho da sua carreira no h morte. (Provrbios 12.28.) Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus. (Isaas 40.3.) Assim diz o Senhor, o que outrora preparou um caminho no mar e nas guas impetuosas, uma vereda. (Isaas 43.16.)

    Muitos de nossos irmos da Bblia tambm de-

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    monstraram por meio de seus relacionamentos familiares, o quanto andavam por caminhos deli-ciosos. Jos do Egito honrou o pai e perdoou os ir-mos. O Senhor o conduziu por uma vereda de paz, por isso no o vemos amaldioando, blasfemando contra Deus ou contra sua famlia. Vejamos o texto de Gnesis captulo 45, versos 1 a 15, em que Jos se revela aos seus irmos, engrandecendo a Deus por tudo o que fizera no Egito por meio dele. E hon-ra seus irmos e toda a sua famlia ao convid-los para fazer parte das maravilhas que o Senhor fizera em sua vida e no Egito.

    Ento, Jos, no se podendo conter diante de to-dos os que estavam com ele, bradou: Fazei sair a todos da minha presena! E ningum ficou com ele, quan-do Jos se deu a conhecer a seus irmos. E levantou a voz em choro, de maneira que os egpcios o ouviam e tambm a casa de Fara. E disse a seus irmos: Eu sou Jos; vive ainda meu Pai? E seus irmos no lhe pude-ram responder, porque ficaram atemorizados perante ele. Disse Jos a seus irmos: Agora, chegai-vos a mim. E chegaram-se. Ento, disse: Eu sou Jos, vosso irmo, a quem vendestes para o Egito. Agora, pois, no vos entristeais, nem vos irriteis contra vs mesmos por

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    me haverdes vendido para aqui; porque, para conser-vao da vida, Deus me enviou adiante de vs. Porque j houve dois anos de fome na terra, e ainda restam cinco anos em que no haver lavoura nem colheita. Deus me enviou adiante de vs, para conservar vossa sucesso na terra e para vos preservar a vida por um grande livramento. Assim, no fostes vs que me en-viastes para c, e sim Deus, que me ps por pai de Fa-ra, e senhor de toda a sua casa, e como governador em toda a terra do Egito. Apressai-vos, subi a meu pai e dizei-lhe: Assim manda dizer teu filho Jos: Deus me ps por senhor em toda terra do Egito; desce a mim, no te demores. Habitars na terra de Gsen e esta-rs perto de mim, tu, teus filhos, os filhos de teus filhos, os teus rebanhos, o teu gado e tudo quanto tens. A te sustentarei, porque ainda haver cinco anos de fome; para que no te empobreas, tu e tua casa e tudo o que tens. Eis que vedes por vs mesmos, e meu irmo Benjamim v tambm, que sou eu mesmo quem vos fala. Anunciai a meu pai toda a minha glria no Egito e tudo o que tendes visto; apressai-vos e fazei descer meu pai para aqui. E, lanando-se ao pescoo de Ben-jamim, seu irmo, chorou; e, abraado com ele, cho-rou tambm Benjamim. Jos beijou a todos os seus ir-

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    mos e chorou sobre eles; depois, seus irmos falaram com ele. (Gnesis 45.1-15.)

    Ao meditarmos na histria desse homem, vemos o quanto ele sofreu. Parecia que apenas colecionava perdas e decepes em sua vida. Aos olhos humanos tudo parecia errado na vida de Jos. Digamos que ele tinha todos os motivos para chutar o balde. Mas Jos era dominado pela paz do Senhor (confira em Gnesis 37). Paz que no sentimento e nem tampouco quali-ficada por aquilo que os olhos podem determinar, mas pela certeza de que os seus caminhos so caminhos deliciosos, e todas as suas veredas, paz. Os caminhos de Deus so diferentes. Em Isaas, captulo 26, verscu-lo 3, est escrito: Tu, SENHOR, conservars em perfeita paz aquele cujo propsito firme; porque ele confia em ti. Perfeito significa, tambm, aquilo que acabado, rematado, completo, sem defeito, magistral, primoro-so. Deus conserva em perfeita paz queles que nele confiam. J aqueles que no tm uma f firme, tm a imperfeita f que o mundo oferece, que necessita de alimentos, precisa ser insuflada diariamente, s ficam de p com o lcool, as drogas, o sexo, com as coisas materiais que o dinheiro pode comprar. Esta paz in-sacivel.

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    H uma orao que est registrada em Isaas 26, versculo 12 que diz: SENHOR, concede-nos a paz, porque todas as nossas obras tu as fazes por ns. Infelizmente, s vezes nos deixamos ser levados pela aparncia. E esta quando no boa, tentamos arrum-la de alguma forma. O que quero dizer com isso? Quando enfrentamos os dias maus, oramos, dizemos que iremos descansar em Deus, mas na verdade sofremos demasiadamente, esquecemos que todas as nossas obras Ele as faz por ns. Os li-vros de autoajuda so muito vendidos pelo mundo afora, e muitos tambm so os pastores, pregado-res que se tornam autoajuda na vida de muitas pes-soas. Reconhecemos e precisamos de autoajuda, mas da que vem do ALTO, no da que os homens ou coisas oferecem, isso engano. Tudo aquilo que fazemos, tudo que precisamos, as nossas obras, Ele as faz por ns. O nosso trabalho descansar no tra-balho de Deus. No Salmo 127, versculo 2, est escri-to: Intil vos ser levantar de madrugada, repousar tarde, comer o po que penosamente granjeaste; aos seus amados ele o d enquanto dormem. A Nova Tra-duo na Linguagem de hoje mais enftica: No adianta trabalhar demais para ganhar o po, levan-

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    tando cedo e deitando tarde, pois Deus quem d sustento aos que ela ama, mesmo quando esto dor-mindo. Esse Salmo nos ensina a depender de Deus, que sem Ele tudo em vo, que todas as obras das mos do homem sem a dependncia no Senhor so inteis.

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    a paz que nos faz descansar

    Podemos tomar as guas de um rio como um bom exemplo acerca da paz. Em alguns momen-tos, as guas calmas de um rio tomam velocidade e se tornam cachoeira. As mesmas guas se trans-formam em duas fontes distintas. Em Isaas 48, ver-so 18, diz: Ah! Se tivesses dado ouvidos aos meus mandamentos! Ento, seria a tua paz como um rio, e a tua justia, como as ondas do mar. (Isaas 48.18.) Alguns tm a imagem do rio apenas de uma forma. No imaginam que as guas dele podem se trans-

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    formar em cachoeira, que elas ganham correnteza ou simplesmente permanecem calmas. s vezes ele permanece largo, outras, estreito. Pode, tambm, receber afluentes, mas independente do seu esta-do, ele rio, isso fato. E assim a paz de Cristo. Ela independe de circunstncias, de estado. Ela per-manece! Daniel, ao ser lanado na cova dos lees, descansou na soberania de Deus. Ele deitou e logo pegou no sono porque o SENHOR o fez repousar se-guro. Ele dormiu em paz mesmo cercado por lees ferozes (Daniel 6).

    Ento, o rei ordenou que trouxessem a Daniel e o lanassem na cova dos lees. Disse o rei a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuamente serves, que te livre. Foi trazida uma pedra e posta sobre a boca da cova; selou-a o rei com o seu prprio anel e com o dos seus grandes, para que nada se mudasse a respeito de Da-niel. Ento, o rei se dirigiu para o seu palcio, passou a noite em jejum e no deixou trazer sua presena ins-trumentos de msica; e fugiu dele o sono. Pela manh, ao romper do dia, levantou-se o rei e foi com pressa cova dos lees. Chegando-se ele cova, chamou por Daniel com voz triste; disse o rei Daniel: Daniel, servo do Deus vivo! Dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem

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    tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos lees? Ento, Daniel falou ao rei: rei, vive eterna-mente! O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca aos lees, para que no me fizessem dano, porque foi achada em mim inocncia diante dele; tambm con-tra ti, rei, no cometi delito algum. (Daniel 6.16-22.)

    Tambm temos o relato do livramento que o Se-nhor concedeu aos seus trs amigos, Sadraque, Me-saque e Abede-Nego (Daniel 3). Eles escolheram os caminhos de Deus, por isso no temeram o mal que o rei Nabucodonosor prometeu lhes fazer. Estes trs foram lanados vivos numa fornalha de fogo ardente e passearam nela como se estivessem num jardim. Imagine ser jogado num local fechado, com fogo por todos os lados... Passear num ambiente as-sim tranquilamente somente com a paz do Senhor.

    [...] E quem o deus que pode vs livrar das mi-nhas mos? Responderam Sadraque, Mesaque e Abede-Nego ao rei: Nabucodonosor, quanto a isto no necessitamos de te responder. Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livra-nos, ele nos livrar da forna-lha de fogo ardente e das tuas mos, rei. Se no, fica sabendo, rei, que no serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste. Ento,

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    Nabucodonosor se encheu de fria e, transtornado o aspecto do seu rosto contra Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, ordenou que se acendesse a fornalha sete vezes mais do que se acostumava. Ordenou aos homens mais poderosos que estavam no seu exrcito que atassem a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego e os lanassem na fornalha de fogo ardente. Ento, estes homens foram atados com os seus mantos, suas tni-cas e chapus e suas outras roupas e foram lanados na fornalha sobremaneira acesa. Porque a palavra do rei era urgente e a fornalha estava sobremaneira acesa, as chamas do fogo mataram os homens que lanaram de cima para dentro a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Estes trs homens, Sadraque, Mesa-que e Abede-Nego, caram atados dentro da forna-lha sobremaneira acesa. Ento, o rei Nabucodonosor se espantou, e se levantou depressa, e disse aos seus conselheiros: No lanamos ns trs homens atados dentro do fogo? verdade, rei. Tornou ele e disse: Eu, porm, vejo quatro homens soltos, que andam passe-ando dentro do fogo, sem nenhum dano; e o aspecto do quarto semelhante a um filho dos deuses. Ento, se chegou Nabucodonosor porta da fornalha so-bremaneira acesa, falou e disse: Sadraque, Mesaque

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    e Abede-Nego, servos do Deus Altssimo, sai e vinde! Ento, Sadraque, Mesaque e Abede-nego saram do meio do fogo. (Daniel 3.15-26.)

    Daniel e seus amigos sabiam a quem verdadei-ramente serviam, por isso passaram por momentos to difceis em paz. Agora, note que tanto o rei Da-rio quanto Nabucodonosor, apesar de todo o poder que tinham, no tinham o principal, a paz de Deus. Ento o rei se dirigiu para o seu palcio, passou a noi-te em jejum e no deixou trazer sua presena instru-mentos de msica; e fugiu dele o sono. Pela manh, ao romper do dia, levantou-se o rei e foi com pressa cova dos lees [...] Ento, o rei Nabucodonosor se espantou, e se levantou depressa. (Grifo meu). Esses reis desconheciam a verdade descrita em 2 Tessalo-nicenses, captulo 3, verso 16: Ora, o Senhor da paz, ele mesmo, vos d continuamente a paz em todas as circunstncias. O Senhor seja com todos ns.

    Ns no conseguimos entender isso, a mente natural no entende. O homem que no conver-tido a Cristo no tem essa compreenso. No com-preende o que diz Filipenses, captulo 4, versos 6 a 7: No andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porm, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas

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    peties, pela orao e pela splica, com aes de graas. E a paz de Deus, que excede todo o entendi-mento, guardar o vosso corao e a vossa mente em Cristo Jesus. O texto inicia com uma ordenana, diz para no andarmos ansiosos. A ansiedade em de-masia provoca doenas, separaes, brigas. Ela faz com que comeamos o hoje com preocupaes do amanh. E quantas pessoas esto sofrendo por con-ta disso!

    Se vivermos as preocupaes do amanh no experimentaremos a paz de Cristo. Jesus Cristo diz em Mateus captulo 6, verso 25 a 34:

    Por isso, vos digo: no andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. No a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? Observai as aves do cu: no semeiam, no colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vos-so Pai celeste as sustenta. Porventura, no valeis vs muito mais do que as aves? Qual de vs, por ansioso que esteja, pode acrescentar um cvado ao curso da sua vida? E por que andais ansiosos quanto ao ves-turio? Considerai como crescem os lrios do campo: eles no trabalham, nem fiam. Eu, contudo, vos afir-

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    mo que nem Salomo, em toda a sua glria, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanh lanada no forno, quanto mais a vs outros, homens de pequena f? Portanto, no vos inquieteis, dizendo: Que comere-mos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justia, e todas estas coisas vos sero acrescenta-das. Portanto, no vos inquieteis com o dia de ama-nh, pois o amanh trar os seus cuidados; basta ao dia o seu prprio mal.

    Temos que ouvir o que o Mestre no diz. Porm, para experimentar a paz dele na sua plenitude so-mente por meio da f. Em Romanos, captulo 15, verso 13, fala acerca dessa verdade: E o Deus da es-perana vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que sejais ricos de esperana no poder do Esprito Santo.

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    palavra fInal

    Amado leitor, voc precisa viver a paz que Deus lhe concedeu exatamente quando as circunstncias estiverem fazendo careta para voc. J, um exem-plo de f e perseverana, disse em meio s trag-dias que o assolaram (parafraseando): Ainda que eu morra, nele eu confiarei. (J 13.15.) Voc no pode ser guiado por um sentimento de paz, voc pode viver completamente em paz diante do bem ou do mau. Jesus deixou para mim e para voc a paz que Ele conquistou no atravs de coisas corruptveis ou prazeres passageiros, Ele a conquistou na cruz do Calvrio: Mas ele foi traspassado pelas nossas

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    transgresses e modo pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. (Isaas 53.5.)

    Voc precisa reconhecer o quanto necessita de paz. As lutas, as tribulaes, as desiluses, os fra-cassos, as enfermidades e tantas situaes que tra-zem dor e angstia esto no mundo, logo ningum est imune delas, mas s conseguiremos enfrentar cada uma com a paz de Cristo. Sem ela imposs-vel enfrentar os problemas de cada dia. No tente fazer aquilo que est fora do seu alcance, voc no vai mudar seu marido, no vai mudar sua esposa, voc no vai conseguir mudar as pessoas, s Deus quem pode mud-las. Saiba que existem tantos ladres querendo roubar a sua paz. Uma das coisas que me irritam o horrio. Gosto de ser pontual com meus compromissos. Tenho um cuidado mui-to grande com o horrio, fao de tudo para nunca chegar atrasado. Muitas vezes, principalmente no domingo, na hora de sair para a igreja, um dos meus filhos ou a Renata, minha esposa, ficavam para trs. Eu controlava o tempo olhando sempre no relgio, cuidava dessa situao porque sabia que o ladro da paz estava ali. Satans astuto, ele sabe tudo o

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    que nos irrita, que pode tirar a nossa paz. Aquela situao de atraso me irritava. E satans sabia disso. Portanto, se no vigiarmos, querido, a paz vai em-bora. Ns temos que ficar atentos porque ele o la-dro, ele quer roubar a nossa paz. Quem sabe para voc, o que rouba a sua paz so tantas outras coisas, mas hoje, Deus est trazendo essa mensagem at voc para que possa saber que a paz de Jesus no s um sentimento, a prpria vida dele em voc.

    Em Tiago 3, verso 18 est escrito: Ora, em paz que se semeia o fruto da justia, para os que promo-vem a paz. Temos semeado, com f, a Palavra de Deus no seu corao para que voc caminhe em paz.

    Voc no insensvel, no uma mquina, voc tem sentimentos, tem emoes. Jesus demonstrou seus sentimentos. Ele chorou, sentiu-se sozinho, fi-cou irado e indignado, e nos ensinou: Irai-vos e no pequeis. (Efsios 4.26) Mas como no pecar? Aquele que vive a paz do Senhor no peca. Guarde isso no seu corao, no se esquea das palavras de Jesus: No mundo tereis aflies, mas tende bom nimo, eu venci o mundo. (Joo 16.33.) esta paz que Ele dei-xou.

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    Senhor, nesta hora temos semeado com f a tua Palavra na certeza que o Senhor pode faz-la flores-cer para o louvor da glria, do teu prprio nome. O Senhor conhece a vida de cada filho teu, tu conheces o corao de cada leitor desta mensagem, e eu invoco sobre ele a tua graa e o teu favor para que ele jamais possa desprezar a paz do Senhor; no o sentimento de paz que o mundo d, mas a paz que excede todo en-tendimento. Pai, que essa paz possa domin-lo e que ele possa viver, dia aps dia, lanando sobre o Senhor toda a ansiedade, tendo a convico de que Senhor tem cuidado dele, em nome de Jesus. Amm!

    Deus abenoe!

    Mrcio Valado

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    Jesus te ama e quer

    voc!

    1 PASSO: Deus o ama e tem um plano ma-ravilhoso para sua vida. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unig-nito, para que todo o que nele cr no perea, mas tenha a vida eterna. (Jo 3.16.)

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    2 PASSO: O Homem pecador e est separado de Deus. Pois todos pecaram e ca-recem da glria de Deus. (Rm 3.23b.)

    3 PASSO: Jesus a resposta de Deus, para o conflito do homem. Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ningum vem ao Pai seno por mim. (Jo 14.6.)

    4 PASSO: preciso receber a Jesus em nosso corao. Mas, a todos quantos o rece-beram, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crem no seu nome. (Jo 1.12a.) Se, com tua boca, confessares Je-sus como Senhor e, em teu corao, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, ser sal-vo. Porque com o corao se cr para justia e com a boca se confessa a respeito da salva-o. (Rm 10.9-10.)

    5 PASSO: Voc gostaria de receber a Cristo em seu corao? Faa essa orao

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    de deciso em voz alta: Senhor Jesus eu pre-ciso de Ti, confesso-te o meu pecado de estar longe dos teus caminhos. Abro a porta do meu corao e te recebo como meu nico Salvador e Senhor. Te agradeo porque me aceita assim como eu sou e perdoa o meu pecado. Eu desejo estar sempre dentro dos teus planos para mi-nha vida, amm.

    6 PASSO: Procure uma igreja evang-lica prxima sua casa.

    Ns estamos reunidos na Igreja Batista da Lagoinha, rua Manoel Macedo, 360, bairro So Cristvo, Belo Horizonte, MG.

    Nossa igreja est pronta para lhe acom-panhar neste momento to importante da sua vida.

    Nossos principais cultos so realizados aos domingos, nos horrios de 10h, 15h e 18h horas.

    Ficaremos felizes com sua visita!

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    Uma publicao da Igreja Batista da Lagoinha

    Gerncia de Comunicao

    Rua Manoel Macedo, 360 - So Cristvo

    CEP: 31110-440 - Belo Horizonte - MG

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