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Livro - Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas - MS - 2010

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PROTOCOLOS CLNICOS E DIRETRIZES TERAPUTICASVolume ISrie A. Normas e Manuais TcnicosBraslia - DF2010MINISTRIO DA SADESecretaria de Ateno Sade2010. MINISTRIO DA SADE. permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.SRIE A. NORMAS E MANUAIS TCNICOSTIRAGEM: 2a EDIO - 15.000 EXEMPLARESJOS GOMES TEMPOROMinistro de Estado da SadeALBERTO BELTRAMESecretrio de Ateno Sade/Ministrio da SadeElaborao, distribuio e informaes:MINISTRIO DA SADESECRETARIA DE ATENO SADEDEPARTAMENTO DE ATENO ESPECIALIZADAEsplanada dos Ministrios, Bloco G, 9 andarCEP:70058-900Braslia - DFTel.: (61) 3315.2626Fax: (61) 3226.3674e-mail: [email protected] Page: www.saude.gov.br/sasHOSPITAL ALEMO OSWALDO CRUZUnidade de Sustentabilidade SocialR. Javari, 182, B. MoocaSo Paulo - SPTel.: (11) 2081.6400e-mail: [email protected] Page: www.hospitalalemao.org.brEDITORESPAULO DORNELLES PICONMARIA INEZ PORDEUS GADELHAALBERTO BELTRAMEEQUIPE DA COORDENAO EXECUTIVABRBARA CORRA KRUGINDARA CARMANIM SACCILOTTOISABEL CRISTINA ANASTCIO MACEDO KARINE MEDEIROS AMARALLILIANA RODRIGUES DO AMARALMRCIA GALDINO DA SILVAMAURO MEDEIROS BORGESSANDRA MARIA SCHMAEDECKEVANESSA DE FARIA SANTOS KUSSLERGRFICA EDITORA PALLOTTIEstrada Ivo Afonso Dias, 297. B.Fazenda So BorjaCEP: 93032-550 So Leopoldo - RSTel.: (51) 3081.0801CNPJ: 95.602.942/0016-32www.grafcapallotti.com.brNormalizao: Scibooks/ScientifcReviso: Offcium-Assessoria, Seleo e Habilitao Ltda.Produo Eletrnica: Kromak Images Projeto Grfco: Vanessa FickDiagramao: Jurandir Martins Ao longo de quase 22 anos de existncia, o Sistema nico de Sade (SUS) se consolidou como a principal poltica pblica do Brasil, promovendo incluso social e buscando de forma contnua fortalecer seus pilares bsicos de acesso universal e igualitrio e ateno integral sade. nico acesso aos servios de sade para 160 milhes de brasileiros (cerca de 80% da populao), o SUS vem desenvolvendo mecanismos para aprimorar sua gesto e ampliar sua abrangncia. Somente em 2009, para se ter ideia, foram realizados 3 bilhes de atendimentos ambulatoriais, 380 milhes de consultas mdicas,280milcirurgiascardacase10milhesdeprocedimentosderadioterapiaedequimioterapia. Alm disso, outros avanos importantes merecem destaque: temos um dos maiores programas pblicos de transplantesdergosdomundo,ganhamosreconhecimentointernacionalpelosucessodenossas campanhasdevacinaoemmassaesomosonicopasemdesenvolvimentoagarantir,gratuitamente, tratamento integral a portadores de HIV. PelacomplexidadeedimensocontinentaldoBrasil,oSUSenfrentadesafosimportantes. O envelhecimento populacional e a mudana do perfl epidemiolgico reforam a necessidade de constantes avaliaes, correes e inovaes para o aprimoramento do Sistema. Damesmaforma,oadventodenovastecnologiaseapresso,muitasvezesacrtica,porsua incorporaoexigemquetenhamos,noBrasil,umcomplexoindustrialdasadeforte,menosdependente tecnologicamentedomercadoexterno.medidaqueampliamosnossacapacidadeprodutiva,conquista-mosmaiorautonomiaparadefnirprioridadesnaproduo,semprevisandoaumaofertaassistencialde melhor qualidade. E com este objetivo que investimos, nos ltimos sete anos, mais de 6 bilhes de reais em infraestrutura, pesquisa e tecnologia no setor da sade. Incorporamos vacinas e medicamentos, incentivamos a transferncia de tecnologia para a produo deremdiosapartirdeparceriascomosetorprivado,iniciamosaconstruodefbricaspblicase reativamos laboratrios pblicos para a produo de medicamentos. As pginas destes Protocolos Clnicos e Diretrizes Teraputicas so tambm resultado do esforo do Ministrio da Sade no sentido de aprimorar o sistema e qualifcar a ateno aos usurios do SUS. Este o primeiro volume de outros que viro, e aborda os 33 protocolos publicados entre janeiro de 2009 e maio de 2010 pela Secretaria de Ateno Sade (SAS), que contou tambm com importante atuao daSecretariadeCinciaeTecnologiaeInsumosEstratgicos(SCTIE),daComissodeIncorporaode Tecnologias(CITEC)edoHospitalAlemoOswaldoCruz,estenombitodosProjetosparao Desenvolvimento Institucional do SUS. Temosorgulhoemapresentaresteprimeirovolumepopulaousurios,profssionaisda sade, gestores do SUS, agentes pblicos e privados da assistncia sade e do direito. A atualizao dos protocolosclnicosedasdiretrizesteraputicasagarantiaaopacientedequeeleternoSUSum tratamento seguro, com cuidados assistenciais e condutas diagnsticas e teraputicas defnidas a partir de critrios tcnicos e cientfcos de efccia e efetividade. 22 de Julho de 2010.ApresentaoJos Gomes TemporoMinistro da Sade Umaadequadaassistnciafarmacuticaparteessencialdaassistnciasade,eoacessoa medicamentos,emmuitoscasos,fundamentalparaoprocessodeatenointegralsade. Agarantia do acesso a medicamentos, especialmente queles recm-lanados, ditos inovadores, no entanto, tem sido tema frequente de debates e at mesmo de tenses entre usurios e gestores do SUS, muitas vezes media-das pelo Judicirio. Asociedadetemassistidoesperanosa,ouatmesmoassombrada,aumaverdadeiraavalanche deinovaestecnolgicasnocampodasade.Hmenosdedezanos,cercademetadedosrecursos diagnsticos e teraputicos hoje existentes no estavam disponveis. A acelerao das inovaes tem mar-cado de forma indelvel a medicina neste incio de sculo. A escalada do conhecimento e a velocidade com que este se transforma em produtos inovadores, ou pretensamente inovadores,atendem, de um lado, ao legtimo anseio de mdicos, pacientes e gestores de sistemas de sade em poder dispor e oferecer mais e melhores recursos teraputicos. De outro lado, so instrumentosnadisputaentreconglomeradosfarmacuticoseprodutoresdeequipamentosemcolocar-se adiante uns dos outros e, com isso, garantir mercados e dividendos a seus acionistas, pois da inovao de-pendem o lucro e a sobrevivncia dessas empresas. Emfacedesteimperativoempresarialedaansiedadegeneralizadadasociedadeporsolues teraputicas, a cada ano so lanados medicamentos e outros produtos, cujo processo de desenvolvimento e avaliao, muitas vezes, deixa a desejar, seja pela grande assimetria entre benefcios e custos ou simples-mente pela sua segurana, nem sempre bem estabelecida. Assim, se o acesso a medicamentos, especifcamente, questo central da ateno sade, pre-ciso que se discuta e se defna sua abrangncia. Deve ser ele ilimitado, mesmo que envolva medicamentos experimentais, sem registro no Brasil e sem sufciente comprovao cientfca de efccia e efetividade, ou deve ser tecnicamente parametrizado? Diante deste quadro, a inovao tecnolgica e, especialmente, sua incorporao prtica assisten-cial e aos sistemas de sade, no podem se curvar a presses corporativas, industriais ou mercantis, e sim ser subordinadas aos interesses da sade pblica, da sociedade, das pessoas. Deve-se evitar que um objeto de pesquisa, uma hiptese ou um resultado interino sejam antecipados como conhecimento cientfco defni-tivo e extrapole-se como uma conduta mdica estabelecida antes das verifcaes e validaes necessrias. Escolhasprecisamserfeitas.Governos,sociedade,indivduos,assimcomoasfamliasfrequentemente se deparam com a necessidade de fazer escolhas. E essas escolhas no so apangio de pases pobres ou emergentes. Pases desenvolvidos tambm o fazem. Sistemas de sade, especialmente os de cobertura universal como o nosso, devem ser ainda mais criteriosos nas suas escolhas. Aincorporaodenovastecnologias,insumos,equipamentosemedicamentosenvolve,almde aspectos econmicos e oramentrios, aspectos morais e ticos, adequada alocao de recursos pblicos e critrios tcnicos que no dispensam a evidncia cientfca de sua validade, nem a determinao de seu custo/benefcio e de seu custo/utilidade. Assim,fazerasescolhascorretasodesafoqueseimpeaosatoresnocampodasade, sejam eles governo, pagadores privados, profssionais de sade e consumidores. O desafo proceder ao escrutnio sistemtico das inovaes com vistas a identifcar aquelas que aportem benefcios reais, para ento incorpor-las.ApresentaoAlberto BeltrameSecretrio de Ateno SadeProtocolos Clnicos e Diretrizes Teraputicas O Ministrio da Sade, ao reafrmar seus compromissos de fazer de seu cotidiano uma luta perma-nenteparamelhorarascondiesdesadedenossagente,deaumentaraeseserviosdesade,de ampliar o acesso e a ateno sade com justia e equidade e de promover a adequada alocao dos re-cursos pblicos, tem sido responsvel em suas escolhas e criterioso quanto s suas incorporaes. De forma clara e transparente, com base em frmes critrios tcnicos e em evidncias cientfcas, as incorporaes tm benefciado sempre as alternativas diagnsticas e teraputicas reconhecidamente seguras e efetivas, cujos benefcios e custos guardem o melhor equilbrio possvel e no prejudiquem a justia e a igualdade de acesso a elas. Aincorporaodeumanovatecnologiaprecisaseguir-sedeumaadequadautilizaonaprtica assistencial, de forma a gerar os melhores impactos esperados sobre a sade da populao. A elaborao e a publicao dos Protocolos Clnicos e Diretrizes Teraputicas (PCDTs) tm papel essencial nesse processo. AopublicaresteprimeirovolumedosProtocolosClnicoseDiretrizesTeraputicas,oMinis-triodaSadecumpreumrelevantepapelnaorganizaoequalifcaodaatenosadee doprprioSUSbemcomonamelhoriadesuagesto.Difunde-se,destamaneira,emlargaes-cala,informaotcnicadequalidadebaseadanamelhorevidnciacientfcaexistente.Observan-doticaetecnicamenteaprescriomdica,osPCDTstmoobjetivodeestabeleceroscritriosde diagnsticodedoenas,oalgoritmodetratamentocomosmedicamentoseasdosesadequadas,os mecanismos para o monitoramento clnico quanto efetividade do tratamento e a superviso de possveis efeitos adversos, alm de criar mecanismos para a garantia da prescrio segura e efcaz. Almdenortearemumaassistnciamdicaefarmacuticaefetivaedequalidade,osPCDTs auxiliam os gestores de sade nas trs esferas de governo, como instrumento de apoio na disponibilizao de procedimentos e na tomada de deciso quanto aquisio e dispensao de medicamentos tanto no mbito daatenoprimriacomonodaatenoespecializada,cumprindoumpapelfundamentalnosprocessos de gerenciamento dos programas de assistncia farmacutica, na educao em sade, para profssionais e pacientes, e, ainda, nos aspectos legais envolvidos no acesso a medicamentos e na assistncia como um todo. Neste primeiro volume esto reunidos 33 PCDTs, todos tratando de temas relevantes para a populao brasileira e para a gesto do SUS. So revises/atualizaes de Protocolos j existentes ou inteiramente no-vos, publicados previamente em consulta pblica e posteriormente consolidados em portarias da Secretaria de AtenoSade.MuitosoutrosPCDTsestosendoelaboradosouatualizadose,passandopelomesmo processodeconsultapblicaeconsolidao,deveroserreunidosnumsegundovolume,atambmse publicar em breve. Assim o trabalho de elaborao e publicao de PCDTs um processo dinmico e per-manente de reviso, complementao, atualizao tcnico-cientfca e executiva e de considerao de novas demandas e realidades. TodoesteprocessodeatualizaoeelaboraodosPCDTsfoidesenvolvidoemparceriacomo Hospital Alemo Oswaldo Cruz (HAOC), que presta suporte gerencial e fnanceiro ao desenvolvimento deste trabalho e integra os Projetos de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS dos chamados Hospitais de Excelncia. AquiregistrooagradecimentoaoHAOCeatodosaquelesque,devidamentenominadosouno nestevolume,especialistasdosgruposelaboradores,integrantesdaequipedacoordenaotcnicae membros do grupo tcnico de verifcao, contriburam e continuam a contribuir para tornar este trabalho uma realidade.21 de Julho de 2010.IntroduoHOSPITAL ALEMO OSWALDO CRUZO Hospital Alemo Oswaldo Cruz, desde sua fundao, em 1897, sustenta a vocao para cuidar das pessoas, sempre aliando acolhimento, preciso e excelncia assistencial. A base desse cuidado o atendi-mento integral cadeia da sade, que engloba educao, preveno, diagnstico, tratamento e reabilitao, com foco nas reas circulatrias, digestivas, osteomusculares, oncolgicas e ateno ao idoso.Aatuaodeseucompetentecorpoclnicoedeumadasequipesassistenciaismais bem treinadas contribui para que o Hospital seja reconhecido como uma das melhores instituies de sade do Brasil. No mbito mundial, o reconhecimento chancelado pela certifcao internacional da Joint Commission International (JCI).A trajetria da Instituio orientada pelo trip da sustentabilidade obteno de resultados fnan-ceiros somados a benefcios sociais e ambientais. Com esse direcionamento, o Hospital, ao zelar pela quali-dade da assistncia e reduo dos desperdcios, alcana efcincia do seu modelo de gesto e garante que os ganhos econmicos coexistam com aes para promover o desenvolvimento da sociedade. SUSTENTABILIDADE SOCIALEm 2008, ao lado de outras cinco entidades privadas, o Hospital Alemo Oswaldo Cruz foi habilitado pelo Ministrio da Sade como Hospital de Excelncia. Criado esse vnculo formal com o poder pblico, em novembro de 2008, foi assinado o Termo de Ajuste para Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema nico de Sade (SUS), na condio de Entidade Benefcente de Assistncia Social. A instituio comprome-teu-se com 12 projetos ligados a gesto, pesquisa, capacitao e tecnologia, ampliando os benefcios ofereci-dos populao brasileira. Para atender aos programas, foi constituda a Superintendncia de Sustentabilidade Social, respon-svelporcoordenarecolocaremprticaosprojetosquecontribuemparaaqualidadedevidaesadeda populao,buscandoosmaiselevadospadresdeatendimentoetecnologia.Umaunidadefoiinaugurada no bairro da Mooca, em So Paulo, para, alm de abrigar a execuo dos projetos Programa Integrado de Combate ao Cncer Mamrio e Centro de Oncologia Colorretal, centralizar a coordenao e superviso das aes. AoparticipardosProjetosde ApoioaoDesenvolvimentoInstitucionaldoSUS,oHospital Alemo Oswaldo Cruz contribui com suporte gerencial, tcnico e fnanceiro. Com transparncia e rastreabilidade dos recursos utilizados, a instituio coloca disposio do setor pblico o que tem de melhor, colaborando para a consolidao das melhores prticas do modelo de atuao das Entidades Benefcentes de Assistncia Social em prol do desenvolvimento do Sistema nico de Sade do Pas.Inserido no objetivo maior, o projeto de Criao do Ncleo de Coordenao e Elaborao dos Pro-tocolos Clnicos e Diretrizes Teraputicas para Medicamentos de Alto Custo busca o impacto direto na quali-dade dos servios de sade oferecidos populao por meio da otimizao de todo o processo de escolha de medicamentos, entrega e acompanhamento posterior, o que acarreta um atendimento integral e sem des-perdcios de recursos.Hospital Alemo Oswaldo CruzProtocolos Clnicos e Diretrizes TeraputicasO Hospital Alemo Oswaldo Cruz atua em parceria com o Ministrio da Sade com a coordenao da equipe tcnica, formada por profssionais do setor altamente qualifcados e engajados nas premissas do projeto de promoo do uso racional e seguro de medicamentos. O projeto de Protocolos Clnicos e Diretrizes Teraputicas articula-se, ainda, com outros dois, igualmente apoiados pela instituio: Desenvolvimento de Sistema Informatizado para Gerenciamento e Implementao de PCDT e Criao de Servios Especializa-dos nos Estados para Implementao de Protocolos Clnicos.Nesta edio do livro, o Hospital Alemo Oswaldo Cruz reconhece a importncia do relacionamento com o Ministrio da Sade, com agradecimento particular Secretaria de Ateno Sade e Secretaria de Cincia e Tecnologia e Insumos Estratgicos (SCTIE), cujo comprometimento foi fundamental para o sucesso e andamento do projeto dos PCDTs. Por fm, a instituio acredita que, com o apoio aos projetos acordados com o Ministrio da Sade, sua contribuio torna-se mais efetiva para o desenvolvimento do Sistema nico de Sade.H numerosas evidncias na literatura cientfca de que os chamados Clinical Practice Guidelines so efetivos em melhorar os processos e a estrutura dos cuidados em sade. A elaborao e a publicao de Protocolos Clnicos e Diretrizes Teraputicas (PCDTs) para as doen-as e condies tratadas com os medicamentos hoje integrantes do Componente Especializado da Assistn-cia Farmacutica (CEAF) consolidam o processo de criao de polticas pblicas baseadas em evidncias cientfcas.Vrios outros PCDTs encontram-se em diferentes estgios de elaborao e publicao, todos com foco na qualifcao dos processos diagnsticos e teraputicos. A relevncia dos temas protocolados est defnida pela prpria doena ou pela condio a ser tratada e, tambm, pela incluso do(s) medicamento(s) no CEAF. Trata-se de situaes clnicas prioritrias para a sade pblica que, por sua prevalncia, complexidade ou alto impacto fnanceiro, impem ao Ministrio da Sade a necessidade de protocolar e estabelecer diretrizes tcnico-cientfcas e gerenciais. AdinmicadeelaboraodosPCDTsadotadanestaediofoiparcialmentealteradaemrelao aoprocessoanterior.Foramaperfeioadososmtodosdeelaboraoedealcancedeconsensointerno, mantendo-se a forma de obteno de consenso externo, por meio de chamada em consulta pblica nacional, com a publicao dos PCDTs no Dirio Ofcial da Unio. IstoporqueaelaboraodenormaseGuidelinestambmevoluiumuitonaltimadcada, conformesepodeobservarnaliteraturacientfcasobreotema. Atendendoarecomendaesinternacio-nais(TheAGREECollaboration.AppraisalofGuidelinesforResearch&Evaluation(AGREE)Instrument.www.agreecollaboration.org), foram desenvolvidas estratgias que solidifcaram novos processos relaciona-dos com a validade, a fdedignidade, a relevncia e a potencial aceitabilidade das recomendaes. A literatura cientfca reconhece a difculdade de os mdicos seguirem recomendaes que no sejam condizentes com a realidade local, que no sejam reprodutveis, que se afastem da verdade e da cincia ou que sejam de difcil compreenso.Acumulam-sediretrizeselaboradassobticasdiversaseemcujocontedoencontram-se interessesalheios,quepodemresultarnopredomniodointeressefnanceirosobreocientfco.Poroutro lado, a nova recomendao pode ser vista como uma ameaa autoridade tcnica do profssional. Assim, no esforo maior de se fazer chegar melhor prtica profssional, com mxima dedicao e interesse no bem pblico e na busca do melhor para a sade pblica brasileira, foi que os grupos tcnicos debruaram-se sobre esse trabalho to nobre para o exerccio da medicina e a qualifcao da gesto da sade pblica. Umadasprincipaisestratgiasparaaobtenodeconsensointernofoiacriaodeumgrupo tcnicomultissetorialemultiprofssionaldoMinistriodaSade(GT/MS),formadoporprofssionaisdas reasdeadministrao,bioqumica,cinciaetecnologia,economia,farmcia,fsioterapiaemedicina,representantesdaComissodeIncorporaodeTecnologias(CITEC),doDepartamentodeAssistncia Farmacutica(DAF),doDepartamentodeCinciaeTecnologia(DECIT)ligadosSecretariadeCin-cia e Tecnologia e Insumos Estratgicos (SCTIE/MS) , do Departamento de Ateno Especializada (DAE)da Secretaria de Ateno Sade (SAS/MS) e por membros da Equipe da Coordenao Tcnica (ECT) do Hospital Alemo Oswaldo Cruz (HAOC), parceiro do Ministrio da Sade no mbito dos Projetos para o De-senvolvimento Institucional do SUS. O GT/MS tem a liderana executiva do DAE/SAS/MS e conta com a consultoria tcnica de um mdico com experincia na criao de diretrizes, ligado ECT/HAOC, sendo a edio das verses de todos os textos Os EditoresProtocolos Clnicos e Diretrizes Teraputicasuma responsabilidade conjunta. A ECT/HAOC age proativamente na formao dos grupos elaboradores, no repasse a eles das normas editoriais publicadas (Portaria SAS/MS n 375, de 10 de novembro de 2009) e no auxlio contnuo nos processos de busca da literatura, de estabelecimento de padres de qualidade e de rele-vncia dos estudos encontrados, bem como na interpretao tcnica das evidncias cientfcas disponveis.A ECT/HAOC encarrega-se da organizao e estruturao do trabalho e dos contratos com os grupos elaboradoresdosPCDTs.Nessescontratos,fcamclaramenteexpressososacordosdeconfdencialidade para preservao dos autores e dos textos at a publicao em livro e a declarao de confitos de interesses de todos os autores. Tais acordos visam a preservar os consultores e o Ministrio da Sade em esferas to relevantes como sigilo e independncia intelectual, fatores indispensveis para a validade e fdedignidade das recomendaes tcnicas.Todos os grupos elaboradores so compostos por mdicos especialistas nos respectivos assuntos. A reviso da literatura realizada por mdicos especialistas ou por mdicos internistas com treinamento em Epidemiologia e conhecimento de Medicina Baseada em Evidncias. As buscas so realizadas de maneira estruturada, ou seja, pela reviso ampla no Medline (a maior base de dados disponvel) e, sempre que pos-svel, no Embase. No seria adequado, nem desejvel, realizar revises sistemticas completas para cada pergunta relevante em cada um dos Protocolos; certamente excelentes textos cientfcos seriam elaborados, porm de difcil, se no invivel, implementao em razo do tempo demandado. Optou-se pelo processo gil da reviso estruturada com defnio de desfechos clnicos relevantes estabelecidos pelos mdicos especialistas. Alm disso, so enfatizadas a busca e a leitura de ensaios clnicos randomizados (ECRs) metodologicamente bem planejados e conduzidos, com desfechos relevantes para os pacientes. ECRs com desfechos intermedirios (laboratoriais) so frequentemente excludos da leitura crtica. Todas as revises sistemticas (RS) encontradas so includas na anlise, exceto as inconclusivas ou as que tratam de intervenes ou desfechos irrelevantes.Os textos so inicialmente avaliados pelo GT/MS. Depois de lidos, so discutidos em detalhes nas reunies peridicas do GT/MS, ocasies em que so feitas verifcaes tcnicas ou propostas adequaes s formas de funcionamento e de fnanciamento do SUS. Todas as sugestes voltam aos grupos elaboradores para nova reviso, que resulta na primeira verso do PCDT. Assituaesdediscordnciasoresolvidascomaparticipaodetodososenvolvidos,sempre mantendo o foco no interesse maior, que o bem pblico, de se adotar no SUS a melhor prtica assistencial e os mais qualifcados e seguros mtodos diagnsticos e teraputicos. Em algumas situaes, o texto rea-presentado ao GT/MS e novas sugestes retornam ao grupo elaborador. Neste caso, a partir de uma se-gunda verso que o DAE/SAS/MS defne e formata a minuta das consultas pblicas ou das portarias a serem encaminhadas para publicao, pela SAS/MS, no Dirio Ofcial da Unio.Quando publicado em consulta pblica, o PCDT passa para uma segunda etapa. As sugestes de usurios, mdicos, empresas farmacuticas e entidades representativas de classes profssionais e de paci-entes, independentemente de sua forma de entrada no Ministrio da Sade, so encaminhadas para avalia-o pelos grupos elaboradores. Sugestes validadas e referendadas por estudos cientfcos com adequaometodolgicaparaavaliaodeefcciaeseguranasoincorporadasaostextosdosPCDTs.Quando setratardemedicamentoouprocedimentonoconstantedaTabeladeProcedimentos,Medicamentose rteses,PrteseseMateriaisdoSUS,umparecertcnicosolicitadoaogrupoelaboradordoPCDTe submetido CITEC. A CITEC avaliaa relevncia,a pertinnciae o impacto fnanceiroda incorporaoda tecnologia em pauta: se recomendada pela CITEC e aprovada pelo Ministro da Sade, inserida na Tabela e incorporada ao novo texto do PCDT.Assim,estes33PCDTs,publicadoscomoportariasdaSAS,resultaramdeumextensotrabalho tcnico de pessoas e instituies e da prpria sociedade brasileira. Durante este rduo processo, manifesta-es de satisfao de todos os envolvidos em sua elaborao e de usurios fnais profssionais da sade e pacientes puderam ser testemunhadas, comprovando que a solidez e a fdedignidade tcnicas dos PCDTs tm impacto positivo nas polticas pblicas de sade. 21 de Julho de 2010.SumrioApresentaoApresentao ________________________________________________________________________3Jos Gomes Temporo Ministro da Sade Apresentao ________________________________________________________________________5Alberto Beltrame Secretrio de Ateno SadeIntroduo___________________________________________________________________________7Hospital Alemo Oswaldo CruzOsEditores__________________________________________________________________________9Estrutura e Montagem____________________________________________________________13ProtocolosAcneGrave_________________________________________________________________________21Anemia Aplstica, Mielodisplasia e Neutropenias Constitucionais_______________________________37Anemia em Pacientes com Insufcincia Renal Crnica Alfaepoetina____________________________59Anemia em Pacientes com Insufcincia Renal Crnica Reposio de Ferro III___________________77Angioedema__________________________________________________________________________93Aplasia Pura Adquirida Crnica da Srie Vermelha_________________________________________109Artrite Reativa Doena de Reiter______________________________________________________127Defcincia de Hormnio do Crescimento Hipopituitairismo__________________________________143Dermatomiosite e Polimiosite___________________________________________________________161Distonias Focais e Espasmo Hemifacial__________________________________________________183Doena Celaca_____________________________________________________________________203Doena de Parkinson_________________________________________________________________211Doena Falciforme___________________________________________________________________233Endometriose_______________________________________________________________________253Esclerose Lateral Amiotrfca___________________________________________________________277Espasticidade_______________________________________________________________________291Fibrose Cstica Insufcincia Pancretica________________________________________________307Fibrose Cstica Manifestaes Pulmonares______________________________________________323Hiperfosfatemia na Insufcincia Renal Crnica____________________________________________339Hiperplasia AdrenalCongnita_________________________________________________________357Hiperprolactinemia___________________________________________________________________375Hipoparatireoidismo__________________________________________________________________395Hipotireoidismo Congnito_____________________________________________________________409Ictioses Hereditrias__________________________________________________________________421Insufcincia Adrenal Primria Doena de Addison________________________________________437Insufcincia Pancretica Excrina______________________________________________________453MiasteniaGravis____________________________________________________________________465Osteodistrofa Renal__________________________________________________________________489Puberdade Precoce Central____________________________________________________________507Raquitismo e Osteomalacia____________________________________________________________525Sndrome de Guillan-Barr____________________________________________________________545Protocolos Clnicos e Diretrizes TeraputicasSndrome de Turner__________________________________________________________________563Uvetes Posteriores No Infecciosas_____________________________________________________577Editores e Equipe Tcnica_______________________________________________________597AnexosAnexo I Cartas-Modelo______________________________________________________________603Anexo II Ficha de Registro de Interveno Farmacutica___________________________________60513Jos Gomes TemporoMinistro da Sade A estrutura e a montagem deste livro seguem o mesmo padro utilizado na edio dos Protoco-los Clnicos e Diretrizes Teraputicas de 2002.A estrutura de cada captulo compreende seis mdulos:1. Diretrizes Diagnsticas eTeraputicas; 2.Termo de Esclarecimento e Responsabilidade; 3. Fluxogramade Tratamento; 4. Fluxograma de Dispensao; 5. Ficha Farmacoteraputica; e 6. Guia de Orientao aoPaciente. Os mdulos encontram-se inter-relacionados e abordam aspectos mdicos, farmacuticos e degesto.Cadaumdelessegueumapadronizaodeformatoqueexplicadaaseguir.MDULO 1 - DIRETRIZES DIAGNSTICAS E TERAPUTICASAslinhasgeraisdediagnstico,tratamento,monitorizaoclnicaelaboratorialdadoenasotra-adas nesta seo. As diferentes intervenes teraputicas so abordadas sob a perspectiva de criaodeumalinha de cuidado envolvendoosvriosnveisdeateno.QuandonofaziapartedoComponenteEspecializado da Assistncia Farmacutica (CEAF), adstrito, portanto, Ateno Bsica, o medicamentorecomendadonoconstounosmdulosTermodeEsclarecimentoeResponsabilidade,FluxogramadeDis-pensao,FichaFarmacoteraputicaeGuiadeOrientaoaoPaciente.Reservaram-seestesmdulosaosmedicamentosdoCEAF,sobresponsabilidadedegestodasSecretariasEstaduaisdaSade. Os textos dos Protocolos Clnicos e Diretrizes Teraputicas (PCDTs), juntamente com o Termo deEsclarecimento e Responsabilidade, foram publicados no Dirio Ofcial da Unio, sob a forma de portariaministerial.Pequenasdiferenasentreaportariapublicadaeotextodestelivrosoapenasestruturais,pararespeitar a padronizao do formato, preservando-se sempre o contedo.As normas para elaborao dasdiretrizesteraputicasforamestabelecidaspelaPortariaSAS/MSn375,de10denovembrode2009. OsPCDTsforamorganizadosnasequnciaapresentadaabaixo.Algumavariaoentreelesdecorredasparticularidadesdecadadoena.1 METODOLOGIA DE BUSCA DA LITERATURADescrevedetalhadamenteaestratgiadebuscautilizadanarevisodeliteratura,citandoasbasesdedadosconsultadas,palavras-chave,perodonotempoelimitesdebusca(seutilizados),tiposenmerodeestudosidentifcados,critriosdeinclusodosestudos.Forampriorizadasasrevisessistemticas(comousemmetanlise),osensaiosclnicosrandomizadose,naausnciadestes,amelhorevidnciadisponvel,sempreacompanhadsadeumaanlisedaqualidademetodolgicaesuaimplcitarelaocomoestabeleci-mentoderelaodecausalidade.2 INTRODUO Corresponde conceituao da situao clnica a ser tratada, com a reviso de sua defnio eepidemiologia, potenciais complicaes e morbimortalidade associada. Sempre que disponveis, dados daepidemiologiadadoenanoBrasilforamfornecidos.3 CLASSIFICAO ESTATSTICA INTERNACIONAL DAS DOENAS E PROBLEMASRELACIONADOS SADE (CID-10)UtilizaaclassifcaodadoenaoucondiosegundoaCID-10.4 DIAGNSTICO Apresenta os critrios de diagnstico para a doena, subdivididos em diagnstico clnico,laboratorialouporimagem,quandonecessrio.Estrutura e Montagem dosProtocolos Clnicos e Diretrizes TeraputicasOs EditoresProtocolos Clnicos e Diretrizes Teraputicas145 CRITRIOS DE INCLUSOCorrespondemaoscritriosaserempreenchidospelospacientesparaseremincludosnoprotocolodetratamentocomosmedicamentosdoCEAF.Estescritriospodemserclnicosouincluirexameslaboratoriaisedeimagem.Trata-seaquidedefnirclaramenteasituaoclnicanaqualobenefciodotratamentoevidente-mentesuperioraorisco.6 CRITRIOS DE EXCLUSOCorrespondemaoscritriosqueimpedemainclusodopacientenoPCDTpodendo,emgeral,confgu-rarcontraindicaesabsolutasrelacionadasaosmedicamentosousituaesclnicaspeculiaresemquenohajaevidnciadeefcciaouexistaevidnciaderiscoaopaciente. 7 CASOS ESPECIAISCompreendemsituaesarespeitodadoenaoudotratamentoemquearelaorisco/benefciodevesercuidadosamenteavaliadapelomdicoprescritor,nasquaisumComitdeEspecialistas,designadopeloges-torestadual,poderounoserconsultadoparadecisofnaldetratar(exemplos:idosos,crianas,gestanteseexistnciadecontraindicaesrelativas)ouemsituaesclnicasnocontempladasnoscritriosdeincluso,masquenecessitamdetratamento. 8COMIT DE ESPECIALISTASConstitui-sedeumgrupotcnico-cientfcocapacitadoquepropostoemdeterminadosPCDTsemquese julga necessria a avaliao dos pacientes por motivos de subjetividade do diagnstico, complexidade dotratamento,riscoaltocomnecessidadedemonitoramento,ouemcasosespeciais.OComitdeEspecialistasdeverestarinserido,semprequepossvel,emumServioEspecializadoouemumCentrodeReferncia,sendosuaconstituioumarecomendaoqueprotegeopacienteeogestor,masnoumaobrigatoriedade.9 CENTRO DE REFERNCIATem como objetivo prestar assistncia em sade aos usurios do Sistema nico de Sade (SUS),promovendo a efetividade do tratamento e o uso responsvel e racional dos medicamentos preconizadosnos PCDTs. O Centro de Referncia (CR) pode proceder avaliao, ao acompanhamento e, quando for ocaso, administrao dos medicamentos. Sua criao preconizada em alguns protocolos, com particulari-dadesquedeverorespeitareadaptar-seacadadoena/condiooucuidadoespecialrequerido,comocus-to muito elevado, possibilidade de compartilhamento, necessidade de armazenamento, estabilidade, etc. AconstituiodoCRumarecomendao,masnoumaobrigatoriedade. 10 TRATAMENTODiscute-seoembasamentocientfcodasopesdetratamentoparatodasasfasesevolutivasdadoen-a.Semprequeindicados,ostratamentosnofarmacolgicos(mudanasdehbitos,dieta,exercciosfsicos,psicoterapia,fototerapia,entreoutros)ecirrgicossotambmavaliados.Otratamentoapresenta-sedivididoemsubitens. 10.1 FRMACOSIndicamosnomesdasubstnciasativasdeacordocomaDenominaoComumBrasileira(DCB)easapresentaesdisponveisdo(s)medicamento(s)noSUSemordemcrescentedaslinhasdetratamento. 10.2 ESQUEMA DE ADMINISTRAOApresentaasdosesteraputicasrecomendadas(incluindomnimaemxima,quandohouver),asviasdeadministraoeoscuidadosespeciais,quandopertinentes.Indicaosmedicamentosaseremutilizadosnasdiferentesfasesevolutivas,casooesquemateraputicosejadistintoouhajaescalonamentodedoses. 10.3 TEMPO DE TRATAMENTO CRITRIOS DE INTERRUPODefneotempodetratamentoeoscritriosparasuainterrupo.ToimportantequantooscritriosdeEstrutura e Montagem15inciosooscritriosdefnalizaodetratamento.nfasedadanoesclarecimentodestescritrioscomvistaproteodospacientes.10.4 BENEFCIOS ESPERADOSRelata de forma objetiva os desfechos que podem ser esperados com o tratamento, isto ,desfechoscomcomprovaocientfcanaliteraturamdica.11 MONITORIZAO Descrevequandoecomomonitorizararespostateraputicaouatoxicidadedomedicamento.Esto tambm contemplados efeitos adversos signifcativos que possam orientar uma mudana deopoteraputicaoudedose.12 ACOMPANHAMENTO PS-TRATAMENTO Defne as condutas aps o trmino do tratamento. Nos tratamentos crnicos,sem tempo defnido, indica tambm quando e como os pacientes devem ser reavaliados.13 REGULAO/CONTROLE/AVALIAO PELO GESTOR Esclarece ao gestor do SUS quais os passos administrativos que devem ser seguidosespecifcamente para a doena ou condio do PCDT, se houver alguma particularidade.14 TERMO DE ESCLARECIMENTO E RESPONSABILIDADE TER Refere-senecessidadedepreenchimentodoTER,cujaobrigatoriedadeexclusivaparaosmedicamentospertencentesaoCEAF.15 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS Sonumeradaselistadassegundoaordemdeaparecimentonotexto,sendoidentifcadasporalgarismosarbicossobrescritos.MDULO 2 - TERMO DE ESCLARECIMENTO E RESPONSABILIDADE OTermodeEsclarecimentoeResponsabilidade(TER)temporobjetivoocomprometimentodopaciente(oudeseuresponsvel)edomdicocomotratamentoestabelecido.Deveserassinadoporambos aps leitura pelo paciente e/ou seu responsvel e esclarecimento de todas as dvidas pelomdicoassistente. Comoobjetivodefacilitaroentendimentoporpartedopacientee/oudeseuscuidadores,otextoescritoemlinguagemdefcilcompreenso.Emalgumassituaes,porm,somantidosostermostcnicosdevidofaltadeumsinnimodefcilentendimentopelopaciente.Nessassituaes,omdicoassistenteoresponsvelportaisesclarecimentos. Socitadoscomopossveisefeitosadversososmaisfrequentementedescritospelofabricantedo medicamento ou pela literatura cientfca. Efeitos raros so referidos apenas quando apresentamgranderelevnciaclnica. OsTERspodemdizerrespeitoaumnicomedicamentoouaumconjuntodeles,aseremounoempregadossimultaneamenteparaadoenaemquesto.NosTERsquesereferemamaisdeummedicamento,fcamassinalados,deformaclaraparaopaciente,osquecompemseutratamento.Emalgunscasos,osProtocolosincluemmedicamentosquenofazempartedoCEAF,apresentandodispensao por meio de outros Componentes daAssistncia Farmacutica ou blocos de fnancia-mento.TaismedicamentosnosoincludosnosTERs,nosendoseupreenchimento,nessescasos,obrigatrio. AconcordnciaeaassinaturadoTERconstituemcondioinarredvelparaadispensaodomedicamentodoCEAF.Protocolos Clnicos e Diretrizes Teraputicas16MDULOS 3 E 4 - FLUXOGRAMAS CadaPCDTapresentadoisfuxogramas:odetratamento(mdico)eodedispensao(farmacutico),excetoosquenopossuemmedicamentosdoCEAF.OsfuxogramasdetratamentorepresentamgrafcamenteasDiretrizesTeraputicas,apontandoosprincipaispassosdesdeodiagnsticoatodetalhamentodasrespos-tasaosdiferentestratamentosoudoses.Osfuxogramasdedispensaoapresentamasetapasaseremsegui-daspelosfarmacuticosououtrosprofssionaisenvolvidosnasetapasespecifcadas,desdeomomentoemqueopacientesolicitaomedicamentoatsuaefetivadispensao.ForamconstrudosdeformaatornarrpidoeclarooentendimentodaDiretrizDiagnsticaeTeraputicaecolocadosladoaladonolivrodemaneiraatornarclarasaomdicoeaofarmacuticoasfasesinterligadasdoseutrabalho,quesempresocomplementares.Osfuxogramasadotamaseguintepadronizao: Osfuxogramasdetratamento(mdico)apresentam-seemformatosmuitovariveisdependendodaes-truturadodiagnsticoedotratamentodadoenaemquesto.Josfuxogramasdedispensao(farmacutico)tmumaestruturageralcomum.Algunsaspectospreviamenteestabelecidospodemfacilitaracompreensodosfuxogramasdedispensaoesoabaixodiscutidos. Possui LME corretamente preenchido e demais documentos exigidos? Nomomentodasolicitaodomedicamento,deverseraveriguadoseestopreenchidosadequada-menteoscamposdoLaudoparaSolicitao,AvaliaoeAutorizaodeMedicamentosdoCEAF(LME)almdosdemaisdocumentosexigidosdeacordocomalegislaovigente.Caixa rsea = Conduta restritiva.Especifcaumaaoquenecessitadeatenoe/oucautela.Caixaverde=Condutapermissiva. Especifca um caminho aberto e maisfrequentementerecomendado.Caixa verde com linha grossa = Conduta fnal permissiva.Estabelecetratamentoe/oudispensao.Osprximospassosapartirdestacaixasodereavaliaesdotratamentooudadispensao.Caixa rsea com linha grossa = Conduta fnal restritiva.Estabeleceainterrupodotratamentooumudanadeconduta.Losango amarelo = Questionamento. Introduzumaperguntaaserrespondida(simouno)quandoofuxogramaapresentamaisdeumcaminhoaseguir.Caixa laranja com bordas arredondadas = Alerta.Estabelececritriosdeinterrupodotratamentoedadispensao.Caixa cinza = Explicao.Detalhae/ouexplicaquestesoucondutas.Caixa azul = Situao.Defneoinciodosfuxos,estabelecendoasituaodopaciente.17Estrutura e Montagem CID-10, exame(s) e dose(s) est(o) de acordo com o preconizado pelo PCDT? OprofssionaldeveaveriguarseaCID-10,a(s)dose(s)prescrita(s)eo(s)exame(s)necessrio(s)paraavaliaodasolicitaodomedicamentoestoemconformidadecomoestabelecidonoPCDT.Asdosesrepresentam,viaderegra,omnimoeomximorecomendadopordia,afmdefacilitaroclculodoquantitativoaserdispensadoporms.Realizao de entrevista farmacoteraputica inicial com o farmacutico Sugere-se que ocorra no momento da solicitao do(s) medicamento(s) pelo pacien-te ao gestor do SUS. Esta atividade envolve as defnies da Ateno Farmacutica e, quandorealizada, deve ser desenvolvida pelo profssional farmacutico. Para isso deve-se utilizar a Ficha Farmacoteraputica, podendo os dados coletados ser utilizados para atividades de orientao aopaciente.Aentrevistapoderserfeitaapsodeferimentoeaautorizaodadispensao,variandode acordo com a logstica de cada estabelecimento de sade. A realizao da entrevista farmaco-teraputicaeasetapasseguintesdofuxograma,queenvolvemoprocessodaAtenoFarmacutica,constituemumarecomendao,masnoumaobrigatoriedade. Processo deferido? Feita a entrevista farmacoteraputica, recomenda-se a avaliao tcnica dos documentosexigidosparaasolicitaodosmedicamentos.Apsestaavaliao,adispensaodeveocorrercomas devidas orientaes farmacuticas ao paciente sobre o seu tratamento. Caso a solicitao sejaindeferida ou no autorizada, o motivo deve ser explicado ao paciente, de preferncia por escrito. Orientar ao paciente. Aentrevistafarmacoteraputicapodefornecerdadosparaofarmacuticoelaborarumaestra-tgiadeorientaoaopaciente.Ofarmacuticodeveinform-lo(oralmenteeporescrito)sobreoarma-zenamentoeusocorretodomedicamentodispensadoeentregar-lheorespectivo Guia de Orientao ao Paciente. Realizao de entrevista farmacoteraputica de monitorizao Sugere-seumaentrevistaacadadispensao.Realizadapelofarmacutico,sobasdefniesdaAtenoFarmacutica,aFicha Farmacoteraputicaservederegistrodasinformaesdesegui-mentodopaciente. Acadadispensao,ouquandoespecifcadonoPCDT,ofarmacuticodevesolicitar,avaliareregistrar osexames laboratoriais, bem como registrar oseventos adversos ocorridos. Emcaso dealterao dos exames laboratoriais no compatvel com o curso da doena e/ou eventos adversossignifcativosquenecessitemdeavaliaomdica,opacientedeveserencaminhadoaomdicoassis-tente.Seoseventosforemavaliadoscomopotencialmentegraves,ofarmacuticopodersuspenderadispensaoataavaliaopelomdicoassistente.Naocorrnciadealteraeslaboratoriaisnocompatveiscomocursodotratamentooudeeventosadversossignifcativos,aprximadispensaopoderserefetuadasomenteseosparmetrosestiveremcondizentescomosdefnidosnoPCDToumedianteparecerfavorvel(porescrito)domdicoassistentecontinuidadedotratamento.Ofarmacu-ticopodemanifestar-seatravsdecarta ao mdico assistente(Anexo1),entregueaopaciente,ouatravsdecomunicaodiretaaomdicoassistente.Ascondutasseguidaseasdemaisinformaespertinentes devem ser descritas naFichadeRegistrodaIntervenoFarmacutica (Anexo 2).Os exames laboratoriais mostraram alteraes no compatveis com o curso do tratamento ou o paciente apresentou sintomas que indiquem eventos adversos signifcativos? Esta pergunta direcionada investigao de alteraes laboratoriais que no estejam deacordocomoesperadoparaomedicamentooucomocursodadoena,bemcomoverifcaodeocorrnciadeeventosadversos. Orientaosumria,naformadeperguntaserespostascomvaloresderefernciaeeventosad-versossignifcativosquenecessitemdeavaliaomdica,encontra-senaFicha Farmacoteraputica.Protocolos Clnicos e Diretrizes Teraputicas18 Realizao de exames necessrios para a monitorizao Este item fornece informaes a respeito dos exames ou documentos que devem ser monitorizadose/ouavaliados,nosendoobrigatrioparatodososProtocolos.MDULO 5 - FICHA FARMACOTERAPUTICA Para cada protocolo apresentada uma FichaFarmacoteraputica, caracterizada por um roteirode perguntas com o intuito de servir como instrumento para o controle efetivo do tratamento estabelecido,promovendo o acompanhamento dos pacientes relativo a eventos adversos, exames laboratoriais, inte-raes medicamentosas e contraindicaes, entre outros. O farmacutico pode ainda incorporar outras per-guntas pertinentes. Alm disso, a FichaFarmacoteraputica tem como propsito servir de instrumento deacompanhamentodosdesfechosdesadedapopulao. Astabelasnoforamconcebidascomrelaoaotamanhopararepresentararealnecessidadedaprti-ca,devendoofarmacuticoadapt-lasparaoregistromaisadequadodasinformaes.Comoregra,a Ficha Farmacoteraputicaconcebidapara1anodeacompanhamentoeconstadetrsitens:1 DADOS DO PACIENTE Apresentadadosdeidentifcaodopaciente,docuidador(senecessrio)edomdicoassistente. 2 AVALIAO FARMACOTERAPUTICA Soapresentadasperguntasdecunhogeral(outrasdoenasdiagnosticadas,usodeoutrosmedicamen-tos,histriadereaesalrgicaseconsumodebebidasalcolicas,entreoutros)eespecfcoparacadamedi-camento.Quandopertinentes,solistadasasprincipaisinteraesmedicamentosaseasdoenasnasquaisorisco/benefcioparausodomedicamentodeveseravaliado.3 MONITORIZAO DO TRATAMENTO Apresentaperguntasqueorientamofarmacuticoaavaliaropacientequantoaosexameslaboratoriaise ocorrncia de eventos adversos. Em caso de suspeita de um evento signifcativo ou alterao laborato-rialnocompatvelcomocursodadoena,ofarmacuticodeveencaminharopacienteaomdicoassistenteacompanhadodecarta;emcasospeculiares,deverealizarcontatotelefnico. Natabeladeregistrodosexameslaboratoriais,ocampoPrevisodedatadeveserpreenchidoparaestimaradataderealizaodoexame,quenonecessitaserobrigatoriamenteseguida.Tabela de Registro de Eventos Adversos Apresentatabelapararegistrodadatadaentrevistafarmacoteraputica,doeventoadversorelatadoedesuaintensidade,bemcomodacondutapraticada.Asprincipaisreaesadversasjrelatadasparaomedica-mentosolistadas. Tabela de Registro da Dispensao Apresenta tabela para registro do que foi dispensado, com informaes sobre data da dispensao,medicamento(registrando-seonomecomercialparacontroledoprodutoefetivamentedispensado),lote,dose,quantidadedispensadaefarmacuticoresponsvelpeladispensao.Nestatabelatambmpodeserindicadaaeventualnecessidadedequeaprximadispensaosejafeitamedianteparecermdico. ATabeladeRegistrodaDispensaofoielaboradapararegistrodeummedicamento.Devemserusa-dastantastabelasquantasforemnecessriasparausuriosdemaisdeummedicamento.Estrutura e Montagem19MDULO 6 - GUIA DE ORIENTAO AO PACIENTE O Guia de Orientao ao Paciente um material informativo que contm as principaisorientaes sobre a doena e o medicamento a ser dispensado. O farmacutico deve dispor destematerial, o qual, alm de servir como roteiro para orientao oral, ser entregue ao paciente, bus-candocomplementarseuprocessoeducativo.Alinguagemutilizadapretendeserdefcilcompreensoporpartedopaciente. Namedida dopossvel,noforamempregados jarges mdicos nemtermosrebuscados. Como regra, o elenco de medicamentos do PCDT encontra-se em um nico Guia deOrientaoaoPaciente,noqualosmedicamentosutilizadosdevemserassinalados,quandopertinente.Protocolos Clnicos e Diretrizes Teraputicas201 Metodologiadebuscadaliteratura A busca na literatura foi realizada atravs da avaliao de artigos publicados entre 1980 e setembro de 2009, com as palavras-chave acne vulgaris e therapeutics (Mesh), incluindo-se ensaios clnicos, metanlise ou diretrizes teraputicas conduzidos com humanos e escritos na lngua inglesa. Foram utilizadas as base de dados Medline/Pubmed, Cochrane e Scielo. A busca gerou 292 artigos, sendo que a grande maioria era de estudos com terapias tpicas, hormonais e laser, entre outros. Quando a pesquisa foi restringida ao tema de interesse do protocolo, utilizando-se os termos acne vulgaris e isotretinoin (Mesh), foram encontrados 40 artigos. Foram excludos da anlise estudos sobre o uso da isotretinona para outros fns teraputicos, tratamentos com frmula de isotretinona no disponvel no Brasil (micronizada), tratamentos para acne que no incluam isotretinona e estudos que somente avaliavam aspectos especfcos dos efeitos adversos laboratoriais e moleculares do tratamento com isotretinona. Desta seleo, foram analisados 11 ensaios clnicos randomizados (ECR) e 2 diretrizes teraputicas utilizados neste protocolo. No banco de dados Cochrane, foram encontradas 4 revises sistemticas, mas apenas uma foi avaliada, visto que as demais eram referentes a tratamentos diversos para acne que no incluam isotretinona. Foram utilizados tambm estudos no indexados pertinentes ao tema.2 INTRODUO Acneumadermatoseextremamentecomumnaprticamdica.Emrecentelevantamento epidemiolgicorealizadopelaSociedadeBrasileiradeDermatologia,acnefoiacausamaisfrequentede consultas ao dermatologista, correspondendo a 14% de todos os atendimentos1. Outros estudos epidemiolgicos mostram que 80% dos adolescentes e adultos jovens entre 11-30 anos de idade iro sofrer de acne2. Seu tratamento justifca-se pela possibilidade de evitar tanto leses cutneas permanentes quanto aparecimento ouagravamentodetranstornospsicolgicosoriundosdoabaloautoestimaocasionadopelasleses3-5.Osprincipaisfatoresetiopatognicosrelacionadosacneso:1)produodeandrgenospelo corpo, 2) produo excessiva de sebo, 3) alterao na descamao do epitlio do ducto da glndula sebcea, 4) proliferao de Propionibacterium acnes, e 5) respostas infamatrias e imunolgicas do indivduo6.3 CLASSIFICAOESTATSTICAINTERNACIONALDASDOENASEPROBLEMASRELACIONADOSSADE(CID-10)L70.0 Acne vulgarL70.1 Acne conglobataL70.8 Outras formas de acne4DIAGNSTICOO diagnstico de acne clnico e caracterizado por leses cutneas variadas, como comedos abertos efechados,ppulasinfamatrias,pstulas,ndulos,cistos,lesesconglobatasecicatrizes.Asleses envolvem principalmente a face e o dorso, mas podem estender-se para a regio superior dos braos e do trax anterior. Protocolo Clnico e Diretrizes TeraputicasPortaria SAS/MS no 143, de 31 de maro de 2010.Acne Graveconsultores:Gabriela Maldonado, Ana Maria Costa Pinheiro Sampaio, Brbara Corra Krug e Karine Medeiros Amaraleditores:Paulo Dornelles Picon, Maria Inez Pordeus Gadelha e Alberto BeltrameOs autores declararam ausncia de confito de interesses.21Protocolos Clnicos e Diretrizes TeraputicasA acne pode ser classifcada, quanto a sua gravidade o que se torna muito importante para a tomada de decises teraputicas6 , em:acne no infamatriaacne comednica (grau I) presena de comedos abertosacne infamatria: papulopustulosa (grau II) ppulas infamatrias ou pstulas associadas aos comedos abertos; nodulocstica (grau III) leses csticas e nodulares associadas a qualquer das leses anteriores;conglobata (grau IV) presena das leses anteriores associadas a ndulos purulentos, numerosos e grandes, formando abscessos e fstulas que drenam material purulento.Outras informaes clnicas que determinam a gravidade da acne so a extenso das leses e a presena de cicatrizes.5 CRITRIOSDEINCLUSODevidoaoseupotencialteratognicoesvriasreaesadversaspossveis,otratamentocom isotretinona oral para acne deve ser restrito aos casos mais graves e refratrios a outras medidas teraputicas, bem como aos pacientes dos quais se espera tima adeso aos cuidados necessrios durante o tratamento.Seroincludosnesteprotocolodetratamentoospacientesqueapresentarempelomenosumadas condies abaixo e necessariamente a quarta: acne nodulocstica grave; acne conglobata; outras variantes graves de acne; ausnciaderespostasatisfatriaaotratamentoconvencional,incluindoantibiticossistmicos administradosporumperododepelomenos2meses6(doxiciclinanadosede100mg/diaum exemplo de opo teraputica); acne com recidivas frequentes, requerendo cursos repetidos e prolongados de antibitico sistmico2,6-8. 6 CRITRIOSDEEXCLUSOSeroexcludosdesteprotocolodetratamentoospacientesqueapresentaremumadascondies abaixo:gravidez;amamentao;hipersensibilidade isotretinona, vitamina A ou aos componentes da frmula.Seu uso deve ser evitado ou realizado com cuidado nos casos de:insufcincia heptica no h descrio na literatura de valores alterados de transaminases hepticas que tornem o uso de isotretinona contraindicado;pacientes com menos de 15 anos;alteraes no metabolismo de lipdios expressas pelo nvel srico de triglicerdios > 500 mg/dl ou nvel srico de colesterol > 300 mg/dl9-12. Os pacientes excludos por alterao no metabolismo dos lipdios podero ser includos neste protocolo aps correo da dislipidemia por tratamento especfco;ausncia de condies de compreender e executar as orientaes mdicas.7 casosespeciaisNasmulherescompotencialdegravidez,ousodeisotretinonaestcontraindicado,excetose preencherem todos os requisitos abaixo:apresentar acne nodulocstica grave refratria terapia usual;mostrar-se confvel para compreender e executar as orientaes dadas;terrecebidoorientaesverbaiseporescritosobreosriscosdousodeisotretinonadurantea gestao e de possveis falhas dos mtodos contraceptivos utilizados;iniciar o tratamento no segundo ou terceiro dia do ciclo menstrual regular.Emmulherescompossibilidadedeengravidarequepreenchamascondiesacima,recomenda-se o uso de 2 mtodos anticoncepcionais desde 2 meses antes do tratamento at 1 ms aps seu fnal. O teste sorolgico de gravidez deve ser negativo antes do incio e realizado mensalmente at 5 semanas aps a ltima administrao da isotretinona13.22Acne GraveAcne Grave8 TRATAMENTOA escolha do tratamento para acne compreende uma srie de opes que iro variar de acordo com a gravidade do quadro. Estas opes incluem o uso de substncias de limpeza de pele, retinoides efrmacosantibacterianostpicosparaoscasosmaislevesatousodeantibiticossistmicos, terapias hormonais e o uso de isotretinona para os casos mais graves e resistentes.Os ECRs que avaliam o uso da isotretinona oral para o tratamento da acne foram analisados em uma reviso sistemtica realizada em 199914, a nica feita at o momento com esse fm. A reviso sistemticabuscouECRscomapalavra-chaveacneeavalioupublicaesdetodosostiposde tratamento para todos os graus de acne. Foram selecionados 250 artigos; destes, apenas 9 estudaram o uso de isotretinona oral.Peck e cols.15 realizaram um dos primeiros estudos comparando isotretinona oral com placebo em pacientes com acne grave. Foram avaliados 33 pacientes randomizados nos 2 grupos, sendo que aqueles que receberam isotretinona o fzeram em uma dose mdia de 0,65 mg/kg/dia por 16 semanas. Os resultados clnicos favorveis ao uso da isotretinona foram estatisticamente signifcativos, mas o estudo teve muitas limitaes metodolgicas, pois, alm do nmero pequeno de pacientes, cerca de metade dos do grupo placebo apresentou piora clnica, necessitando abandonar o estudo.Estudos comparando isotretinona oral com outras terapias sistmicas foram feitos por Prendiville e cols.16 e Lester e cols.17 com dapsona e tetraciclina, respectivamente. O primeiro foi realizado com 40 pacientes com acne grave randomizados para receber isotretinona (40 mg/dia) ou dapsona (100 mg/dia), acompanhados por 16 semanas. Ambos os grupos apresentaram melhora clnica signifcativa, porm, no grupo dapsona, a melhora foi mais tardia. Na comparao entre os grupos, o que recebeu isotretinona apresentou melhora mais signifcativa, mas a anlise estatstica no descrita para todas as variveis. Lesterecols.avaliaram30pacientesrandomizadosparareceberisotretinona(1mg/kg/dia)ou tetraciclina (1.000 mg/dia). No houve diferena signifcativa entre os grupos na semana 12, porm, no seguimento ps-terapia, os pacientes que usaram isotretinona tiveram melhora signifcativa quanto ao nmero e ao tamanho dos cistos, assim como com relao contagem de comedos e pstulas.Noinciodadcadade1980,vriostrabalhosforamdesenvolvidosparaavaliararesposta clnica da acne a doses variadas de isotretinona.Em 1980, Farrel e cols.18 publicaram um ECR com 14 pacientes divididos em 3 grupos para uso de isotretinona nas doses de 1,0, 0,5 e 0,1 mg/kg/dia por 12 semanas, tendo mostrado diferena signifcativaemtodosospacientesemcomparaoaoestadobasal,massemdiferenaentreos grupos. Em 1982, King e cols.19 avaliaram, por 16 semanas, 28 pacientes randomizados em 3 grupos comasmesmasdosesdoestudoanterioremostraramresultadossemelhantestantonaresposta clnica como na taxa de reduo de sebo, sem diferena entre os grupos. Jones e cols.20, em 1983, e Stewart e cols.21, no mesmo ano, publicaram trabalhos com metodologia similar e mostraram que num grupo de 76 e 22 pacientes, respectivamente, a taxa de excreo de sebo foi signifcativamente menor nogrupoquerecebeu1mg/kg/diadeisotretinonacomparadoaosoutrosgrupos,masaavaliao clnica da acne no mostrou diferena entre eles. Em todos estes trabalhos, especialmente no de Jones e cols.20, que seguiu os pacientes por 16 semanas aps o trmino do tratamento, houve tendncia a menosrelapsosnosgruposcomdosesmaioresdeisotretinona,masosdadosnoapresentaram anlise estatstica. VanderMeerenecols.22,em1983,mostraram,atravsdeECRcom58homenscomacne conglobata,quenohouvediferenasignifcativanaavaliaoclnicadaacneentregruposque recebiam0,5ou1mg/kgdeisotretinonaporviaoral.Oresultadofoiavaliadoaps12semanase mostrouqueosefeitosadversosclnicosforammaisfrequentesemaisgravesnospacientesque receberam dose maior do medicamento. Em 1984, foi publicado por Strauss e cols.23 o maior ECR comparando doses de isotretinona: 150 pacientes alocados em carter multicntrico. Foi o primeiro trabalho a mostrar diferena signifcativa na avaliao do grau de acne entre os grupos que receberam 1 e 0,1 mg/kg/dia j a partir da quarta semana aps o trmino do tratamento. O estudo mostrou tambm que apenas 10% dos pacientes que receberam a dose maior de isotretinona necessitaram de retratamento contra 42% dos que receberam a dose menor.23Protocolos Clnicos e Diretrizes TeraputicasCom base nestes estudos, surgiram as consideraes do uso de dose maior de isotretinona com vistas resposta clnica sustentada. Ainda que os efeitos adversos sejam mais frequentes, geralmente so de pouca gravidade e reversveis ao trmino da terapia. Em 1993, com o objetivo de avaliar recidivas e necessidade de retratamentos, Layton e cols.24 publicaram estudoobservacionalcom88pacientesaps10anosdeusodeisotretinonanasdosesde0,5-1mg/kg/dia por16semanasouat85%demelhoraclnica.Osachadosrevelaramque61%estavamsemleses,16% necessitaram de terapia complementar com antibiticos e 23% realizaram retratamento com isotretinona.Em 2001, Gollnick e cols.25 realizaram um ECR aberto com 85 pacientes do sexo masculino com acne grave (grau IV). Foram randomizados 50 pacientes para receber minociclina (100 mg/dia + cido azelaico a 20% em gel tpico) e 35 para receber isotretinona em doses regressivas iniciando com 0,8 mg/kg/dia e indo at 0,5 mg/kg/dia. Os pacientes receberam os respectivos tratamentos por 6 meses e depois foram seguidos por mais 3 meses, sendo que o grupo minociclina seguiu recebendo cido azelaico tpico, e o grupo da isotretinona, no. Ambos os tratamentosforamefcazes,pormaisotretinonafoisuperior.Osefeitosadversosforamlevesemambosos grupos. Kaymak e cols.26, em 2006, avaliaram, em estudo observacional, 100 pacientes em tratamento para acne com isotretinona na dose de 100 mg/kg/dose total com doses dirias de 0,5 a 1 mg/kg/dia. Os desfechos foram melhora clnica e efeitos adversos: 91% dos pacientes tiveram cura das leses e 9% melhora parcial. Apenas efeitos adversos mucocutneos foram relatados, sendo que 100% dos pacientes apresentaram queilite.Akman e cols.27, em 2007, realizaram ECR para testar doses intermitentes de isotretinona e compar-las com a dose-padro contnua. Sessenta e seis pacientes com acne moderada a grave foram divididos em trs grupos para receber isotretinona na dose de 0,5 mg/kg/dia: nos primeiros 10 dias do ms por 6 meses (grupo 1), todos os dias do primeiro ms e depois nos 10 primeiros dias de cada ms por 5 meses (grupo 2) ou diariamente por 6 meses (grupo 3). Todos os esquemas de tratamento foram efcazes (p < 0,001). A isotretinona em dose- padro (grupo 3) foi superior intermitente do grupo 1 nos casos de acne grave (p = 0,013). Este foi o primeiro estudorandomizadoconsiderandodosesintermitentes.Emboraosresultadostenhamsidointeressantes,foi um estudo pequeno, com cerca de 20 pacientes em cada grupo. Alm disso, no h informaes sobre taxas de recidiva dos esquemas alternativos, e importante ressaltar que nos pacientes mais graves, nos quais est focado este protocolo, o esquema contnuo foi superior. Em 2007, um ECR de Oprica e cols.28 comparou a efccia clnica e microbiolgica de isotretinona (1 mg/kg/dia) comtetraciclina(500mg/diaporviaoral+adapalenoa0,1%emgeltpico)paratratamentodeacne moderada a grave em 52 pacientes. Houve superioridade signifcativa da efccia clnica no grupo da isotretinona, assim como reduo total de Propionibacterium acnes. No houve diferena entre os grupos quanto presena de bactrias resistentes. H poucos trabalhos comparativos avaliando o tratamento de acne com isotretinona porque as tentativas nosestudosiniciaisjmostraramresultadosnuncaantesobtidoscomterapiasconvencionais.Nenhumoutro tratamento leva cura das leses em porcentagem to alta de resposta como isotretinona, e seu uso acabou consagrado. 8.1FrMacoIsotretinona: cpsulas de 10 e 20 mg8.2esqueMadeadMinistrao Adosevariade0,5-2mg/kg/dia,em1ou2tomadasdirias,ingerido(s)comosalimentosjuntos refeies.Adosepreconizadade0,5-1,0mg/kg/dia,maspacientescomlesesmuitoavanadasou preponderantemente no tronco podem receber at 2 mg/kg/dia. A dose pode ser ajustada conforme a resposta clnica e a ocorrncia de efeitos adversos. Atingir uma dose total cumulativa de 120-150 mg/kg recomendado para diminuir as recidivas29,30.8.3teMpodetrataMentocritriosdeinterrupoOtempodetratamentoirdependerdadosetotaldiriaedadosetotalcumulativa.Namaioriados casos, este tempo ser de 4 a 6 meses. Um segundo perodo de tratamento pode ser iniciado 2 meses aps a interrupo do tratamento anterior se as leses persistirem ou houver recorrncia de leses graves.24Acne GraveAcne GraveSo critrios de interrupo do tratamento triglicerdios > 800 mg/ml (risco de pancreatite)12 e transaminases hepticas > 2,5 vezes o valor normal. Neste caso, deve-se interromper o tratamento e repetir os exames em 15 dias. Se o valor das transaminases tiver retornado ao normal, pode-se reintroduzir isotretinona em dose mais baixa com controleestrito.Casoosexamessemantenhamalterados,opacientedeveserencaminhadopara investigao de hepatopatia. Nos aumentos de transaminases hepticas < 2,5 vezes o valor normal, deve-sereduziradosedaisotretinonaerepetirosexamesem15dias.Seosvaloresestiverem normais, deve-se manter o tratamento; caso contrrio, deve-se interromper o tratamento e investigar hepatopatia29.8.4beneFciosesperadosA resposta teraputica geralmente no ocorre antes de 1-2 meses do incio do tratamento; da mesma forma, os benefcios teraputicos permanecem por alguns meses aps o trmino da terapia. As pstulas tendem a melhorar antes das ppulas e dos ndulos, e as leses de face tendem a responder mais rapidamente do que as de tronco2.Aps usar a dose total cumulativa, cerca de 15% dos casos no tero remisso completa e, mesmo que as recomendaes em termos do uso da dose ideal sejam cumpridas, ocorrero recidivas em cerca de 20% dos pacientes31. Os fatores de risco relacionados recidiva so uso de dose baixa de isotretinona (0,1-0,5 mg/kg), acne grave, acne acometendo tronco e mulheres com mais de 25 anos ao incio da terapia. Geralmente as recidivas ocorrem no primeiro ano aps o tratamento e raramente aps 3 anos. 9 MonitorizaoA alterao no perfl lipdico um efeito colateral comum ao uso da isotretinona. Estudo de coorte populacional mostrou que a elevao de triglicerdios ocorreu em 45% dos pacientes durante o tratamento e que aumento de colesterol total foi encontrado em 30% deles32. Geralmente as elevaes so leves e no determinam a interrupo do tratamento.Nocasodealteraodoperfllipdico,ospacientesdevemserseguidosdopontodevista clnico e laboratorial a cada 3 meses. Deve ser realizada orientao diettica, com reduo do consumo de acares simples e bebida alcolica para triglicerdios, e reduo no consumo de alimentos ricos emgordurasaturadaparacontroledocolesterol. Areduodadosedeisotretinonadependerdo resultado dos exames subsequentes e da dieta29. A incidncia de elevao nos nveis de transaminases hepticas relativamente baixa (11%), e a maioria das elevaes leve (91%)29. Deve-se dar ateno queles pacientes com maior risco de hepatotoxicidade: consumo de lcool, antecedente de hepatopatia e terapia medicamentosa concomitante29,32.Associaoentredepresso/suicdioetratamentocomisotretinonafoidescritaemvrios relatos de casos33. No entanto, pequenos ensaios clnicos no confrmaram a associao34,35, e uma reviso sistemtica sobre o tema concluiu que as informaes disponveis atualmente so insufcientes para estabelecer uma relao causal entre o medicamento e o risco de depresso e suicdio36. Sugere-se ateno para a possibilidade do surgimento desses sintomas nos pacientes em tratamento.Devido aos possveis efeitos adversos do frmaco, a relao entre risco e benefcio deve ser avaliada nos pacientes com predisposio a desenvolver alteraes nos seguintes rgos ou sistemas:sistema nervoso central fadiga, cefaleia, pseudotumor cerebral (hipertenso intracraniana), alteraes visuais;pele e mucosas ressecamento de pele e mucosas (xerose, conjuntivite, queilite, uretrite) e fotossensibilidade. Os efeitos mucocutneos so os mais comuns relacionados terapia e podem ocorrer em at 100% dos pacientes;tratogastrointestinalbocaseca,nuseas,vmitos,dorabdominal,doenainfamatria intestinal e sangramento intestinal;trato geniturinrio proteinria, hematria e perda da funo renal;sistema musculoesqueltico artralgia, dor muscular e hiperostose;olhosconjuntivite,opacidadecorneana,fotofobia,intolernciaalentesdecontatoe diminuio da viso noturna;25Protocolos Clnicos e Diretrizes Teraputicassistema hematopoitico anemia, leucopenia, trombocitopenia e trombocitose;possibilidade de interaes medicamentosas em usurios de: carbamazepina (diminuio de seu nvel srico);tetraciclinaeminociclina(aumentodaincidnciadepseudotumorcerebralepapiledema); vitaminaA(potencializaodosefeitostxicosdaisotretinona);lcool(reaosemelhantedo dissulfram, com nuseas, cefaleia, hipotenso e sncope).O controle das enzimas hepticas (AST e ALT), colesterol total e fraes e triglicerdios deve ser realizado antes do incio do tratamento e repetido aps 30 dias e a cada 3 meses.O teste de gravidez deve ser repetido 1 vez por ms durante todo o tratamento.10 acoMpanhaMentops-trataMentoO tempo de tratamento defnido pelo peso do paciente e pela dose diria do medicamento. Em geral, otratamentodurade6-9meses. Apsotrmino,omedicamentopermanecenoorganismopor30dias37,38. Entretanto,sugere-sequeaanticonceposejamantidapor60diascomomedidadesegurana,jqueos ciclos menstruais das pacientes so variveis bem como o perodo do ms em que ser interrompido o uso de isotretinona. Aps 30 dias da suspenso do tratamento, no necessria monitorizao laboratorial.11 regulao/controle/avaliaopelogestorDevem ser observados os critrios de incluso e excluso de pacientes neste protocolo, a durao e a monitorizao do tratamento, bem como a verifcao peridica das doses prescritas e dispensadas, a adequao do uso do medicamento e o acompanhamento ps-tratamento.12 terModeesclareciMentoeresponsabilidadeter obrigatria a informao ao paciente ou a seu responsvel legal dos potenciais riscos, benefcios e efeitos adversos relacionados ao uso do medicamento preconizado neste protocolo. O TER obrigatrio ao se prescrever medicamento do Componente Especializado da Assistncia Farmacutica.13 reFernciasbibliogrFicas1.SociedadeBrasileiradeDermatologia.PerflnosolgicodasconsultasdermatolgicasnoBrasil.AnBras Dermatol. 2006;81(6):549-58.2.GollnickH,CunliffeW,BersonD,DrenoB,FinlayA,LeydenJJ,etal.Managementofacne:areportfrom Global Alliance to Improve Outcomes in Acne. J Am Acad Dermatol. 2003;49(1 Suppl):S1-37.3.PicardiA,AbeniD,MelchiCF,PudduP,PasquiniP.Psychiatricmorbidityindermatologicaloutpatients:an issue to be recognized. Br J Dermatol. 2000;143(5):983-91.4.MallonE,NewtonJN,KlassenA,Stewart-BrownSL,RyanTJ,FinlayAY.Thequalityoflifeinacne:a comparison with general medical conditions using generic questionnaires. Br J Dermatol. 1999;140(4):672-6.5.Cunliffe WJ. Acne and unemployment. Br J Dermatol. 1986;115(3):386.6.SinclairW,JordaanHF;GlobalAlliancetoImproveOutcomesinAcne.Acneguideline2005update.SAfrMedJ. 2005;95(11 Pt 2):881-92. 7.Katsambas AD, Stefanaki C, Cunliffe WJ. 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Br J Clin Pharmacol. 2007;63(2):196-205.27Protocolos Clnicos e Diretrizes TeraputicasEu,_____________________________________________________ (nomedo(a)paciente), declarotersidoinformado(a)claramentesobrebenefcios,riscos,contraindicaeseprincipaisefeitos adversos relacionados ao uso de isotretinona,indicada para o tratamento deacnegrave.Ostermosmdicosforamexplicadosetodasasdvidasforamresolvidaspelomdico _______________________________________________(nomedomdicoqueprescreve).Assim,declaroquefuiclaramenteinformado(a)dequeomedicamentoquepassoareceberpode trazer a seguinte melhora:melhora da pele.Fuitambmclaramenteinformado(a)arespeitodasseguintescontraindicaes,potenciaisefeitos adversos e riscos do uso deste medicamento:contraindicado na gestao ou em mulheres que planejam engravidar;contraindicado em casos de alergia ao frmaco, vitamina A e a seus derivados;efeitosadversospeleemucosas(boca,nariz,vagina)secas,coceirasnapele,rouquido, ressecamento e problemas nos olhos (por exemplo, conjuntivite, catarata), queda de cabelo, pelos aumento do crescimento dos pelos, dores musculares, dores nas articulaes, dor de cabea, zumbidonoouvido,nuseas,vmitos,diarreia,diminuiodasclulasbrancasevermelhasdo sangue, aumento ou diminuio das plaquetas (clulas da coagulao), aumento dos triglicerdios ou do colesterol, aumento do cido rico no sangue, aumento da possibilidade de infeces. Os efeitos mais raros incluem infamao do pncreas (pancreatite) e infamao do fgado (hepatite);possibilidade de ocorrncia de piora da acne nas primeiras semanas do tratamento;pacientescomproblemasdepressivosdevemsercuidadosamenteacompanhadosemcasode piora do quadro;recomenda-se a utilizao de cremes com fator de proteo solar, visto que o sol pode provocar o aparecimento de reaes na pele;o risco de ocorrncia de efeitos adversos aumenta com a superdosagem.Estoucientedequeestemedicamentosomentepodeserutilizadopormim,comprometendo-me adevolv-locasonoqueiraounopossautiliz-loouseotratamentoforinterrompido.Seitambmque continuarei a ser atendido(a), inclusive em caso de desistir de usar o medicamento.Autorizo o Ministrio da Sade e as Secretarias de Sade a fazerem uso de informaes relativas ao meu trata mento, desde que assegurado o anonimato.Local: Data:Nome do paciente:Carto Nacional de Sade:Nome do responsvel legal:Documento de identifcao do responsvel legal:_____________________________________Assinatura do paciente ou do responsvel legalMdico responsvel: CRM: UF:___________________________Assinatura e carimbo do mdicoData:____________________observao: EsteTermoobrigatrioaosesolicitarofornecimentodemedicamentodoComponente Especializado de Assistncia Farmacutica (CEAF) e dever ser preenchido em duas vias: uma ser arquivada na farmcia, e a outra, entregue ao usurio ou a seu responsvel legal.termodeesclarecimentoeresponsabilidadeisotretinona28Acne GraveAcne Grave29Protocolos Clnicos e Diretrizes TeraputicasFluxogramadetratamentoacnegravePaciente com diagnstico de acne graveFluxograma de Tratamento Acne GraveIsotretinonaPossui critrios de incluso para tratamento com isotretinona?Possui algum critrio de excluso?NoSimExcluso do PCDTSimNoManter o esquema de tratamento. NoDiagnstico: clnico Critrios de incluso para homens ou mulheres sem potencial de gravidez: acne nodulocstica grave, ou acne conglobata, ou outras variantes graves de acne, ou acne com recidivas frequentes ou requerendo cursos repetidos e prolongados de antibioticoterapia sistmica ausncia de resposta satisfatria ao tratamento convencional, incluindo antibiticos sistmicos, por um perodo de pelo menos 2 mesesCritrios de incluso para mulheres com potencial de gravidez: acne nodulocstica grave com ausncia de resposta satisfatria ao tratamento usualCritrios de excluso:gravidez ou amamentaohipersensibilidade isotretinona, vitamina A ou a um dos componentes da formulaoTratamento com isotretinonaHouve resposta teraputica?SimRevisar a adeso ao tratamento e, se necessrio, ajustar a dose at 2 mg/kg/dia (para pacientes com leses avanadas ou predominantemente do tronco).Monitorizao laboratorial: perfil lipdico (colesterol total, HDL, triglicerdios) e transaminases (AST e ALT) Periodicidade: aps 30 dias e a cada 3 meses-hCG em mulheres em idade frtilPeriodicidade: mensalmenteOcorreram eventos adversos graves ou triglicerdios > 800 mg/dl ou transaminases > 2,5 vezes o limite da normalidade?NoRecomenda-se manter o esquema de tratamento por 4-9 meses (at dose cumulativa de 120-150 mg/kg).SimInterromper o tratamento temporariamente; considerar o reincio com reduo de dose.Leses persistem ou h recorrncia de leses graves?Acompanhamento.Considerar reincio do tratamento aps 2 meses do trmino do tratamento anterior.SimNo30Acne GraveAcne GravePaciente solicita o medicamento.Fluxograma de Dispensao de IsotretinonaAcne GravePossui LME corretamente preenchido e demais documentos exigidos?Orientar o paciente.CID-10, exames e dose esto de acordo com o preconizado pelo PCDT?No SimEncaminhar o paciente ao mdico assistente.Realizar entrevista farmacoteraputica inicial com o farmacutico.NoSimProcesso deferido?No dispensar e justificar ao paciente.NoOrientar o paciente.SimDispensao a cada ms de tratamentoEntrevista farmacoteraputica de monitorizaoPaciente apresentou alterao dos exames no compatvel com o curso do tratamento ou eventos adversos significativos?Dispensar* e solicitar parecer do mdico assistente.Dispensar.SimNoCID-10: L70.0, L70.1, L70.8Exames: -hCG (para mulheres em idade frtil) colesterol total e fraes triglicerdios AST e ALTDose: Isotretinona: 0,5-2 mg/kg/dia em 1 ou 2 doses dirias Exames necessrios para monitorizao: -hCG. (para mulheres emidade frtil).Periodicidade: a cada ms colesterol total e fraes, triglicerdios, AST e ALT Periodicidade: ao final do 1o ms e, aps, a cada 3 meses* Observao: se triglicerdios acima de 800mg/ml; transaminases hepticas > 2,5 vezes o valor normal: no dispensar.Fluxogramadedispensaodeisotretinonaacnegrave31Protocolos Clnicos e Diretrizes TeraputicasFichaFarmacoteraputicaacnegrave1 dadosdopacienteNome:___________________________________________________________________________________CartoNacionaldeSade:________________________________RG:______________________________Nomedocuidador:_________________________________________________________________________CartoNacionaldeSade:________________________________RG:______________________________Sexo: o Masculino o Feminino DN:_______/_____/_____ Idade: ________ Peso:________ Altura:________Endereo:________________________________________________________________________________Telefones:________________________________________________________________________________Mdicoassistente:_____________________________________________________CRM:_______________Telefones:________________________________________________________________________________2 avaliaoFarMacoteraputica2.1Tem o paciente mais 15 anos de idade? o no g No dispensar e encaminhar o paciente ao mdico assistente o sim g Dispensar2.2 Qual o diagnstico clnico? (coletar esta informao no LME) oAcnecomednica(grauI)gcritriodeexclusoparausodeisotretinona.Reavaliarsolicitaodo medicamento oAcne papulopustulosa (grau II) g critrio de excluso para uso de isotretinona. Reavaliar solicitao do medicamento oAcne nodulocstica grave oAcne conglobata oOutras variantes graves de acne g Quais? _______________________________________________2.3J usou antibiticos por pelo menos 2 meses? o no g critrio de excluso para uso de isotretinona. Primeira opo de tratamento deve ser com antibiticos sistmicos osim g Quais?_____________________________________________________________________________2.4 Apresentou teste de gravidez (b-hCG) negativo? o no g No dispensar e encaminhar a paciente ao mdico assistente o sim g Dispensar2.5Faz uso de mtodos anticoncepcionais? o no g No dispensar temporariamente e encaminhar a paciente ao atendimento ginecolgico osim g Dispensar. Quais? ___________________________________________________________________2.6 Possui outras doenas diagnosticadas? o no o sim g Quais? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________(Se dislipidemia (colesterol > 300 mg/dl e triglicerdios > 500 mg/dl), no dispensar e encaminhar o paciente para tratamento prvio. Se insufcincia heptica, no dispensar e encaminhar o paciente ao mdico assistente)32Acne GraveAcne Grave2.7 Faz uso de outros medicamentos*? o no o sim g Quais?Nome comercial Nome genrico Dose total/dia e via Data de incio Prescritoo no o simo no o simo no o simo no o sim* Risco de interao da isotretinona com tetraciclina, minociclina e carbamazepina; o uso de vitamina Apotencializaosefeitostxicosdaisotretinonagorientaropacientequantoaoriscodousode complexos vitamnicos que contenham a vitamina.2.8 Faz uso de bebidas alcolicas? o no o sim g Com que frequncia? ____________________________________________________(Desaconselhar o uso durante o tratamento efeito dissulfram)2.9 Faz uso de lentes de contato? o no o sim g Desaconselhar o uso durante o tratamento(Informar sobre risco de ressecamento de mucosas)2.10Apresentou reaes alrgicas a medicamentos? o no o sim g Quais? A que medicamentos? _____________________________________________3 MonitorizaodotrataMentoexameslaboratoriaisInicial 1o ms 2o ms 3o ms 4o ms 5o ms 6o msData previstaDataColesterol XXXXX XXXXX XXXXX XXXXXHDL XXXXX XXXXX XXXXX XXXXXLDL XXXXX XXXXX XXXXX XXXXXTriglicerdios XXXXX XXXXX XXXXX XXXXXAST XXXXX XXXXX XXXXX XXXXXALT XXXXX XXXXX XXXXX XXXXXb-hCG3.1Apresentou exames com valores alterados? no g Dispensar e encaminhar o paciente ao mdico assistente sim g Dispensar3.2 Apresentou sintomas que indiquem eventos adversos? (preencher a Tabela Registro de EventosAdversos) no g Dispensar sim g Passar para a pergunta 3.33.3 Necessita de avaliao do mdico assistente com relao ao evento adverso? no g Dispensar sim g Dispensar e encaminhar o paciente ao mdico assistente33Protocolos Clnicos e Diretrizes TeraputicastabeladeregistrodeeventosadversosData da entrevistaEvento adverso *Intensidade qCondutaprincipais reaes adversas j relatadas: peleemucosas(boca,nariz,vagina)secas,pruridonapele, rouquido,ressecamentoeproblemasnosolhos(porexemplo,conjuntivite,catarata),quedadecabeloou aumento do crescimento dos pelos, mialgias, artralgias, cefaleia, zumbido no ouvido, nuseas, vmitos, diarreia, ictercia, infeces*intensidade: (L) leve; (M) moderada; (A) acentuadaq conduta:(F)farmacolgica(indicaodemedicamentodevendalivre);(NF)nofarmacolgica(nutrio, ingesto de gua, exerccio, outros); (EM) encaminhamento ao mdico assistente; (OU) outro (descrever)tabeladeregistrodadispensao1o ms 2o ms 3o ms 4o ms 5o ms 6o msDataNome comercialLote/ValidadeDose prescritaQuantidade dispensadaPrxima dispensao (Necessita de parecer mdico: sim/no)Farmacutico/CRFObservaes34Acne GraveAcne GraveguiadeorientaoaopacienteisotretinonaESTE UM GUA SOBRE O MEDCAMENTO QUE VOC EST RECEBENDO GRATUTAMENTE PELO SUS.SEGUNDO SUAS ORENTAES, VOC TER MAS CHANCE DE SE BENEFCAR COM O TRATAMENTO.O MEDCAMENTO UTLZADO NO TRATAMENTO DE ACNEGRAvE.1 doenaA acne classifcada como grave quando as espinhas ocorrem em grande extenso (rosto e/ ou tronco), com secreo de infamao, podendo deixar leses na pele.Aacnegravepodetrazertranstornospsicolgicossenofortratadaadequadamente,pois pode abalar a autoestima, principalmente dos adolescentes.2 MedicaMentoEstemedicamentomelhoraaaparnciadapelee,consequentemente,aautoestimaea qualidade de vida.3 guardadoMedicaMentoGuardeomedicamentoprotegidodocalor,ouseja,evitelugaresondeexistavariaode temperatura (cozinha e banheiro).Conserve as cpsulas na embalagem original, bem fechada.4 adMinistraodoMedicaMentoTome as cpsulas inteiras (sem mastigar ou triturar) junto s refeies, para garantir melhorao do medicamento.Tome o nmero exato de cpsulas prescrito pelo mdico e procure tom-las sempre no horrio estabelecido no incio do tratamento.Em caso de esquecimento de uma dose, tome-a assim que lembrar. Se faltar pouco tempo para a prxima dose, aguarde e tome somente a quantidade do prximo horrio. No tome a dose em dobro.5 reaesdesagradveisApesardosbenefciosqueomedicamentopodetrazer,possvelqueapareamalgumas reaes desagradveis, tais como pele e mucosas (boca, nariz, vagina) secas, coceiras na pele, rouquido, ressecamento e problemas nos olhos, queda de cabelos, aumento do crescimentodospelos,doresmusculares,doresnasarticulaes,dordecabea,zumbidonoouvido, nuseas, vmitos, diarreia.Sehouver algum destes ou outros sinais/sintomas, comunique-se com o mdico ou farmacutico.MaisinformaessobrereaesadversasconstamnoTermodeEsclarecimentoe Responsabilidade, documento assinado por voc ou pelo responsvel legal e pelo mdico.6 MtodossegurosparaevitaragravidezEste medicamento pode trazer problemas muito graves ao feto, podendo nascer um beb comdefeitosfsicosementais.Porisso,muitoimportantequevoctomecuidadoparano engravidar.A gravidez deve ser evitada at 60 dias aps ter terminado o tratamento, pois o medicamento ainda estar presente no seu organismo.Em caso de gravidez durante o tratamento, procure o mdico imediatamente.35Protocolos Clnicos e Diretrizes Teraputicas7 outrasinForMaesiMportantesArespostaaotratamentogeralmenteocorre1-2mesesapsoinciodousodomedicamento. Damesmaforma,osbenefciospermanecemporalgunsmesesapsofnaldotratamento.Em alguns casos, a acne grave pode voltar, e um novo tratamento pode ser necessrio.Duranteotratamento,usecremescomfatordeproteosolar(FPS)15nomnimo,poisosol podeprovocaroaparecimentodereaesnapele.Eviteexposioaosolentre10-16horas.8 usodeoutrosMedicaMentosNofaausodeoutrosmedicamentossemoconhecimentodomdicoouorientaodeum profssional de sade. Evite o uso de polivitamnicos contendo vitamina A, pois pode ocorrer um aumento dos efeitos txicos da isotretinona.9 realizaodeexaMesdelaboratrioArealizaodosexamesgaranteumacorretaavaliaosobreaaodomedicamentonoseu organismo.Emalgunscasos,podesernecessrioajustaradoseouatsuspenderotratamento.10 paraseguirrecebendooMedicaMentoRetorne farmcia a cada ms, com os seguintes documentos:Receita mdica atualCarto Nacional de Sade ou RGExames: colesterol total e fraes, triglicerdios, ALT e AST ao fnal do 1o ms e, aps, de 3 em 3 meses. Para mulheres, -hCG a cada ms11 eMcasodedvidaSe voc tiver qualquer dvida que no esteja esclarecida neste guia, antesde tomar qualquer atitude, procure orientao do mdico ou farmacutico do SUS.12 outrasinForMaes______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________SE, POR ALGUM MOTVO, NO USAR O MEDCAMENTO,DEVOLVA-O FARMCA DO SUS.36Consultores: Antnio Vaz Macedo, Henrique Neves da Silva Bittencourt, Brbara Corra Krug e Karine Medeiros AmaralEditores: Paulo Dornelles Picon, Maria Inez Pordeus Gadelha e Alberto BeltrameOs autores declararam ausncia de confito de interesses.Protocolo Clnico e Diretrizes TeraputicasPortaria SAS/MS no 212, de 10 de abril de 2010.Anemia Aplstica, Mielodisplasia eNeutropenias Constitucionais1 MEtodologiadEbusCadalitEraturaA reviso da literatura foi feita por meio de busca no Medline/PubMed e em links relevantes (incluindo-se Cochrane Controlled Trials Register) com as palavras-chave granulocyte colony-stimulating factors [G-CSF] ORgranulocyte-macrophagecolony-stimulatingfactors[GM-CSF]ORwhitebloodcellgrowthfactorsOR hematopoietic colony-stimulating factors AND neutropenia OR aplastic anemia OR myelodysplastic syndromes, restringindo-se aos seguintes tipos de estudo: randomized controlled trial, meta-analysis, practice guidelines, reviews.Operodoconsideradoincluidesdeoanode2001atdezembrode2009*.Todososestudos encontradosforamavaliados.Consideraram-se,tambm,refernciasrelevantesjincludasnoprotocolo anterior (04 de novembro de 2002), bem como aquelas derivadas dos artigos selecionados inicialmente.2 introduoOsfatoresdecrescimentodalinhagemmieloide(G-CSFflgrastim/lenograstimeGM-CSF molgramostim/sargramostim) fazem parte da famlia de citocinas reguladoras da proliferao, diferenciao e ativao funcional das clulas hematopoiticas mieloides (progenitoras e maduras). G-CSF regula a produo da linhagem neutroflica. Sua administrao em humanos promove aumento dose-dependente nos nveis de neutrflos circulantes, sobretudo por reduzir o tempo de maturao da clula progenitora at o neutrflo maduro. Filgrastim uma glicoprotena produzida por tcnica de DNA recombinante pela Escherichia coli. J lenograstim produzido por clulas derivadas de ovrio de hamster. Ambos se ligam a receptores especfcos da membrana de progenitores mieloides, promovendo a proliferao e diferenciao da linhagem neutroflica e ativando as funes fagocticas e citotxicas de neutrflos maduros. GM-CSF estimula o crescimento de colnias de granulcitos, macrfagos e eosinflos. Seu uso em humanos resulta em aumento dose-dependente dos neutrflos, eosinflos, macrfagos e, s vezes, linfcitos no sangue perifrico. Molgramostim, em virtude de um nmero maior de efeitos adversos, pouco usado1,2.Apesar de outras complicaes, particularmente as hemorrgicas, as infecciosas permanecem como as principais causas de morbimortalidade nos pacientes com anemia aplstica grave e mielodisplasia, estando o grau de infeco diretamente relacionado com o grau de neutropenia. O impacto na qualidade de vida dos pacientes elevado, bem como os custos para o sistema de sade3,4. A despeito do efeito benfco de G-CSF em desfechos relevantes, como aumento do nmero de neutrflos e reduo do tempo de neutropenia, e, de modo menos consistente, reduo do nmero de infeces e de internaes hospitalares, no h diminuio de mortalidade, como se ver adiante. Sero includos neste protocolo de tratamento pacientes com anemia aplstica congnita ou adquirida, neutropenias constitucionais e aqueles com mielodisplasia, condies clnicas em que, apesar de no haver reduo clara da mortalidade, as evidncias na literatura apoiam o uso profltico ou teraputico ambulatorial de G-CSF, com base em desfechos intermedirios, mas relevantes5-12.3 ClassifiCaoEstatstiCaintErnaCionaldEdoEnasEproblEMasrElaCionadossadE(Cid-10)D46.0 Anemia refratria sem sideroblastosD46.1 Anemia refratria com sideroblastos37Protocolos Clnicos e Diretrizes TeraputicasD46.7 Outras sndromes mielodisplsicasD61.0 Anemia aplstica constitucionalD61.1 Anemia aplstica induzida por drogasD61.2 Anemia aplstica devida a outros agentes externosD61.3 Anemia aplstica idiopticaD61.8 Outras anemias aplsticas especifcadasD7 Agranulocitose Z94.8 Outros rgos e tecidos transplantados4 diagnstiCoNeutropeniapodeserleve(1.000-1.500/mm3),moderada(500-1.000/mm3)ougrave( 60-65 anos; comorbidade signifcativa* ou baixo estado de performance**; sepse/choque, infeco profunda/grave (por exemplo, pneumonia, meningite, infeco fngica invasiva)Risco intermedirio tumores slidos quimioterapia intensiva TCTH autlogo; durao moderada de neutropenia (7-10 dias); comorbidade mnima; estabilidade clnica e hemodinmicaBaixo riscotumores slidos quimioterapia convencional; neutropeni