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República Federativa do Brasil Fernando Henrique Cardoso
Ministério da Educação e do Desporto - MEC Paulo Renato Souza
Secretaria Executiva do MEC Luciano Oliva Patrício
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP Maria Helena Guimarães de Castro
Diretoria de Avaliação e Acesso ao Ensino Superior Tancredo Maia filho
Exame Nacional de Cursos-1998
Provas e Questionário
Letras
Brasília, 1999
Tiragem: 1.460 exemplares
MEC - Esplanada dos Ministérios, Bloco L, Anexos I, 4o andar, sala 431 CEP 70047-900 - Brasília-DF Fone: (061)321-4312 Fax:(061)321-2760
Sumário
Introdução 5
Análise da Prova 7 Questões de Múltipla Escolha 9 Análise dos Itens 12 índice de Facilidade 12 índice de Discriminação 13 Estatísticas Básicas 14 Questões Discursivas 14 Validade do Conteúdo 15 Correção 15 Análise das Questões 15 Estatísticas Básicas 16 Resultados Gerais 16 Correlação entre os Resultados das Questões de Múltipla Escolha e Discursivas 16
Prova de Múltipla Escolha 17
Prova Discursiva 29
Questionário-pesquisa 35
Introdução
Este trabalho, focalizando os instrumentos utilizados na avaliação, complementa as informações do Exame Nacional do Curso de Letras de 1998 divulgadas no Relatório-Síntese.
Apresenta, primeiramente, as habilidades e conteúdos definidos pela Comissão do Curso, que serviram de parâmetros para a elaboração da prova. Em seguida, informações que possibilitam a análise da prova: a) análise das questões de múltipla escolha (índices de facilidade e de discriminação); b) estatísticas básicas das questões de múltipla escolha, das questões discursivas e da prova em geral; c) distribuição das notas dentro do universo de participantes; e d) metodologia de correção da prova discursiva.
Contém ainda a integra da prova, trazendo, em destaque, a alternativa correta das questões de múltipla escolha e os padrões de resposta aceitos para as questões discursivas.
Finalmente, é apresentado o questionário-pesquisa aplicado aos participantes do Exame com o objetivo de traçar um perfil socioeconômico e cultural do grupo de graduandos de cada um dos cursos avaliados e promover o levantamento de suas opiniões a respeito do curso que estão concluindo. As questões abrangem indicadores objetivos, tais como estado civil, renda, escolaridade dos pais, e apreciações subjetivas acerca dos recursos e serviços das instituições de ensino, além de suas expectativas para o futuro. Os números em destaque no questionário correspondem aos percentuais de respostas a cada uma das alternativas que compõem as questões.
Dirigentes, professores, coordenadores e estudantes têm, neste material, mais um instrumento para a compreensão e utilização adequada dos resultados do Exame, podendo empregá-los como subsídio na proposição de ações que visem à melhoria da qualidade do ensino de graduação em sua instituição.
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Análise da Prova
prova aplicada no Exame Nacional do Curso de Letras, constituída por 40 questões de múltipla escolha e 4 questões abertas ou discursivas, foi elaborada segundo os critérios e diretrizes estabelecidos pela Comissão Nacional do Curso de Letras, amplamente divulgados por meio de material informativo publicado pelo Ministério da Educação e do Desporto.
Assim sendo, o instrumento procurou verificar a aquisição, pelos graduandos, das seguintes habilidades:
• compreender, avaliar e produzir textos de tipos variados em sua estrutura, organização e significado;
• produzir e 1er competentemente enunciados em diferentes linguagens e de traduzir umas em outras;
• descrever e justificar as peculiaridades fonológicas, morfológicas, lexicais, sintáticas e semânticas do português brasileiro, com especial destaque para as variações regionais e socioletais, e para as especificidades da norma padrão;
• apreender criticamente as obras literárias, não somente por meio de uma interpretação derivada do contato direto com elas, mas também pela mediação de obras de crítica e de teoria literárias;
• estabelecer e discutir as relações dos textos literários com outros tipos de discurso e com os contextos em que se inserem;
• relacionar o texto literário com os problemas e concepções dominantes na cultura do periodo em que foi escrito e com os problemas e concepções do presente;
• interpretar adequadamente textos de diferentes gêneros e registros lingüísticos e explicitar os processos ou argumentos utilizados para justificar sua interpretação;
• pesquisar e articular informações lingüísticas, literárias e culturais.
A prova abrangeu os seguintes conteúdos curriculares:
Língua Portuguesa - Fonologia, Morfologia, Sintaxe, Léxico, Semântica e Estilística, Formação histórica, Gramaticalidade em uso; Literatura Brasileira - Condições de produção, circulação e recepção das obras relevantes da literatura brasileira, em seus diferentes momentos históricos; fortuna crítica das obras relevantes da literatura brasileira; articulação das categorias relevantes de diferentes teorias da literatura às obras da literatura brasileira; Literatura Portuguesa - Condições de produção, circulação e recepção das obras relevantes da literatura portuguesa, em seus diferentes momentos históricos; fortuna crítica das obras relevantes da literatura portuguesa; articulação das categorias relevantes de diferentes teorias da literatura às obras da literatura portuguesa;
• Lingüística -Aspectos fonéticos e fonológicos, morfológicos, sintáticos, semânticos, pragmáticos, discursivos, sociais, psico-cognitivos e culturais da linguagem; teorias da aquisição da linguagem oral e da linguagem escrita;
• Teoria da Literatura - Conceitos, funções, gêneros e periodização da literatura; diferentes vertentes dos estudos literários; elementos constitutivos da prosa, da poesia e do teatro.
Para o Exame Nacional do Curso de Letras de 1998, as questões de literatura brasileira e portuguesa foram destacadas, sem exclusividade, as seguintes obras da Literatura Brasileira: Iracema, de José de Alencar; Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado; Macunaíma, de Mário de Andrade; O Mulato, de Aluísio Azevedo; A Hora da Estrela, de Clarice Lispector; A Moreninha, de J. M. de Macedo; Dom Casmurro, de Machado de Assis; Vidas Secas, de Graciliano Ramos; Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues; Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa; Incidente em Antares, de Érico Veríssimo; e as obras em poesia dos seguintes autores: Álvares de Azevedo, Carlos Drummond de Andrade, Castro Alves, Gregorio de Matos e Tomás Antônio Gonzaga. E serão enfatizadas, também sem exclusividade, as seguintes obras da Literatura Portuguesa: Frei Luis de Souza, de Almeida Garret; Os Lusíadas, de Luis de Camões; Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco; Eurico, o Presbitero, de Alexandre Herculano; O Crime do Padre Amaro, de Eça de Queirós; Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente; Sermões, do Pe. Antônio Vieira; e as obras poéticas dos seguintes autores: Bocage, Cesário Verde, Florbela Espanca e Fernando Pessoa.
Questões de Múltipla Escolha
Os conteúdos e habilidades investigados no ano de 1998, por meio do Exame Nacional dos Cursos de Letras, na prova objetiva, estão dispostos na Tabela 1.
Tabela 1 Conteúdos e Habilidades Predominantes na
Prova de Múltipla Escolha (continua)
Questão
1
2
Conteúdo
Morfologia Léxico
Morfologia Léxico
Habilidade
Compreender, avaliar e produzir textos de tipos variados em sua estrutura, organização e significado. Descrever e justificar as peculiaridades fonológicas, morfológicas, lexicais, sintáticas e semânticas do português brasileiro, com especial destaque para as variações regionais e socioletais, e para as especificidades da norma padrão.
Descrever e justificaras peculiaridades fonológicas, morfológicas, lexicais, sintáticas e semânticas do português brasileiro, com especial destaque para as variações regionais e socioletais, e para as especificidades da norma padrão.
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Conteúdos e Habilidades Predominantes na Prova de Múltipla Escolha
(continuação)
Questão
3
4
5
6
7
Conteúdo
Morfologia
Sintaxe
Aquisição da Linguagem Escrita
Aquisição da Linguagem Oral
Sintaxe
Habilidade
Descrever e justificar as peculiaridades fonológicas, morfológicas, lexicais, sintáticas e semânticas do português brasileiro, com especial destaque para as variações regionais e socioletais, e para as especificidades da norma padrão.
Compreender, avahare produzir textos de tipos variados em sua estrutura, organização e significado. Descrever e justificar as peculiaridades fonológicas, morfológicas, lexicais, sintáticas e semânticas do português brasileiro, com especial destaque para as variações regionais e socioletais, e para as especificidades da norma padrão. Interpretar adequadamente textos de diferentes gêneros e registros lingüísticos e explicar os processos ou argumentos utilizados para justificar sua interpretação.
Compreender, avaliar e produzir textos de tipos variados em sua estrutura, organização e significado.
Compreender, avaliar e produzir textos de tipos variados em sua estrutura, organização e significado. Descrever e justificar as peculiaridades fonológicas, morfológicas, lexicais, sintáticas e semânticas do português brasileiro, com especial destaque para as variações regionais e socioletais, e para as especificidades da norma padrão.
Descrever e justificar as peculiaridades fonológicas, morfológicas, lexicais, sintáticas e semânticas do português brasileiro, com especial destaque para as variações regionais e socioletais, e para as especificidades da norma padrão. Interpretar adequadamente textos de diferentes gêneros e registros lingüísticos e explicaros processos ou argumentos utilizados para justificar sua interpretação.
Conteúdos e Habilidades Predominantes na Prova de Múltipla Escolha
(continuação)
Questão
8
9
10
11
12
13
Conteúdo
Sintaxe
Sintaxe
Gramatica-lidade em Uso
Fonologia
Sociolin-güistica Cultura e Linguagem
Psicolinguistica Formação
Habilidade
Descrever e justificar as peculiaridades fonológicas, morfológicas, lexicais, sintáticas e semânticas do português brasileiro, com especial destaque para as variações regionais e socioletais, e para as especificidades da norma padrão. Interpretar adequadamente textos de diferentes gêneros e registros lingüísticos e explicar os processos ou argumentos utilizados para justificar sua interpretação.
Descrever e justificar as peculiaridades fonológicas, morfológicas, lexicais, sintáticas e semânticas do português brasileiro, com especial destaque para as variações regionais e socioletais, e para as especificidades da norma padrão.
Compreender, avaliar e produzir textos de tipos variados em sua estrutura, organização e significado. Descrever e justificar as peculiaridades fonológicas, morfológicas, lexicais, sintáticas e semânticas do português brasileiro, com especial destaque para as variações regionais e socioletais, e para as especificidades da norma padrão.
Descrever e justificar as peculiaridades fonológicas, morfológicas, lexicais, sintáticas e semânticas do português brasileiro, com especial destaque para as variações regionais e socioletais, e para as especificidades da norma padrão.
Descrever e justificar as peculiaridades fonológicas, morfológicas, lexicais, sintáticas e semânticas do português brasileiro, com especial destaque para as variações regionais e socioletais, e para as especificidades da norma padrão. Pesquisar e articular informações lingüísticas, literárias e culturais.
Descrever e justificar as peculiaridades fonológicas, morfológicas, lexicais, sintáticas e semânticas do português brasileiro, com especial destaque para as variações regionais e socioletais, e para as especificidades da norma padrão.
Conteúdos e Habilidades Predominantes na Prova de Múltipla Escolha
(continuação)
Conteúdos e Habilidades Predominantes na Prova de Múltipla Escolha
(continuação)
Questão
14
15
16
17
18
19
20
21
Conteúdo
Histórica
Pragmática
Discurso
Semântica
Estilistica
Discurso
Discurso
Literatura Brasileira
Habilidade
Descrever e justificar as peculiaridades fonológicas, morfológicas, lexicais, sintáticas e semânticas do português brasileiro, com especial destaque para as variações regionais e socioletais, e para as especificidades da norma padrão.
Compreender, avaliar e produzir textos de tipos variados em sua estrutura, organização e significado.
Compreender, avaliar e produzir textos de tipos variados em sua estrutura, organização e significado.
Produzir e ler competentemente enunciados em diferentes linguagens e traduzir umas em outras. Descrever e justificar as peculiaridades fonológicas, morfológicas, lexicais, sintáticas e semânticas do português brasileiro, com especial destaque para as variações regionais e socioletais, e para as especificidades da norma padrão. Interpretar adequadamente textos de diferentes gêneros e registros lingüísticos e explicar os processos ou argumentos utilizados para justificar sua interpretação.
Descrever e justificar as peculiaridades fonológicas, morfológicas, lexicais, sintáticas e semânticas do português brasileiro, com especial destaque para as variações regionais e socioletais, e para as especificidades da norma padrão
Compreender, avaliar e produzir textos de tipos variados em sua estrutura, organização e significado.
Descrever e justificar as peculiaridades fonológicas, morfológicas, lexicais, sintáticas e semânticas do português brasileiro, com especial destaque para as variações regionais e socioletais, e para as especificidades da norma padrão.
Apreender criticamente as obras literárias, não somente por meio de uma interpretação derivada do contato direto com elas, mas também pela mediação de obras de critica e de teoria literárias.
Questão
21
22
23
24
25
26
27
Conteúdo
Literatura Brasileira
Literatura Brasileira
Literatura Brasileira
Literatura Brasileira
Literatura Brasileira
Literatura Brasileira
Literatura Brasileira
Habilidade
Relacionar o texto literário com os problemas e concepções dominantes na cultura do periodo em que foi escrito e com os problemas e concepções do presente. Pesquisar e articular informações lingüísticas, literárias e culturais.
Apreender criticamente as obras literárias, não somente por meio de uma interpretação derivada contato direto com elas, mas também pela mediação de obras de crítica e de teoria literárias. Relacionar o texto literário com os problemas e concepções dominantes na cultura do período em que foi escrito e com os problemas e concepções do presente.
Estabelecer e discutir as relações dos textos literários com outros tipos de discurso e com os contextos em que se inserem. Interpretar adequadamente textos de diferentes gêneros e registros lingüísticos e explicar os processos ou argumentos utilizados para justificar sua interpretação. Pesquisare articular informações lingüísticas, literárias e culturais.
Relacionar o texto literário com os problemas e concepções dominantes na cultura do período em que foi escrito e com os problemas e concepções do presente.
Relacionar o texto literário com os problemas e concepções dominantes na cultura do período em que foi escrito e com os problemas e concepções do presente.
Estabelecer e discutir as relações dos textos literários com outros tipos de discurso e com os contextos em que se inserem. Interpretar adequadamente textos de diferentes gêneros e registros lingüísticos e explicar os processos ou argumentos utilizados para justificar sua interpretação.
Relacionar o texto literário com os problemas e concepções dominantes na cultura do período em que foi escrito e com os problemas e concepções do presente.
Conteúdos e Habilidades Predominantes na Prova de Múltipla Escolha
(continuação)
Conteúdos e Habilidades Predominantes na Prova de Múltipla Escolha
(conclusão)
Questão
28
29
30
31
32
33
34
Conteúdo
Literatura Brasileira
Literatura Brasileira
Literatura Brasileira
Literatura Brasileira
Literatura Brasileira
Literatura Brasileira
Literatura Portuguesa
Habilidade
Apreender criticamente as obras literárias, não somente por meio de uma interpretação derivada do contato direto com elas, mas também pela mediação de obras de crítica e de teoria literárias.
Interpretar adequadamente textos de diferentes gêneros e registros lingüísticos e explicar os processos ou argumentos utilizados para justificar sua interpretação. Pesquisar e articular informações lingüísticas, literárias e culturais.
Apreender criticamente as obras literárias, não somente por meio de uma interpretação derivada do contato direto com elas, mas também pela mediação de obras de crítica e de teoria literárias. Estabelecer e discutirás relações dos textos literários com outros tipos de discurso e com os contextos em que se inserem.
Estabelecer e discutir as relações dos textos literários com outros tipos de discurso e com os contextos em que se inserem. Pesquisar e articular informações lingüísticas, literárias e culturais.
Apreender criticamente as obras literárias, não somente por meio de uma interpretação derivada do contato direto com elas, mas também pela mediação de obras de crítica e de teoria literárias.
Estabelecer e discutir as relações dos textos literários com outros tipos de discurso e com os contextos em que se inserem. Interpretar adequadamente textos de diferentes gêneros e registros lingüísticos e explicaros processos ou argumentos utilizados para justificar sua interpretação.
Estabelecer e discutir as relações dos textos literários com outros tipos de discurso e com os contextos em que se inserem.
Questão
35
36
37
38
39
40
Conteúdo
Literatura Portuguesa
Literatura Portuguesa
Literatura Brasileira
Literatura Portuguesa
Literatura Portuguesa
Literatura Portuguesa
Habilidade
Estabelecer e discutir as relações dos textos literários com outros tipos de discurso e com os contextos em que se inserem.
Pesquisar e articular informações lingüísticas, literárias e culturais.
Apreender criticamente as obras literárias, não somente por meio de uma interpretação derivada do contato direto com elas, mas também pela mediação de obras de crítica e de teoria literárias.
Apreender criticamente as obras literárias, não somente por meio de uma interpretação derivada do contato direto com elas, mas também pela mediação de obras de crítica e de teoria literárias.
Estabelecer e discutir as relações dos textos literários com outros tipos de discurso e com os contextos em que se inserem.
Pesquisar e articular informações lingüísticas, literárias e culturais.
Fonte. DAES/INEP/MEC - ENC - 98
Análise dos Itens
Para melhor análise dos resultados obtidos pelos formandos, foram calculados os índices de facilidade e de discriminação das questões de múltipla escolha.
índice de Facilidade
O grau de facilidade de cada questão é representado pela percentagem de acertos do total de sujeitos a ela submetidos. Estudos sugerem que a construção de uma prova com fins de diagnóstico implica a predominância de itens com facilidade entre 16 e 50, considerados de dificuldade mediana. Esta condição auxilia na delimitação de grupos distintos de desempenho entre os examinandos, possibilitando, também, o cálculo do índice de discriminação das questões.
É apresentada, a seguir (Tabela 2), a distribuição dos índices de facilidade da prova de múltipla escolha de Letras, segundo a Escala de Garret.
Tabela 2 Indice de Discriminação
Grau de Facilidade das Questões
índice
De 0 a 15
De 16 a 50
De 51 a 85
De 86 a 100
Grau de Facilidade
Difícil
Médio
Fácil
Muito Fácil
Questões
2 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 -9 - 1 0 - 1 1 - 1 2 - 1 3 - 1 4 - 1 6 - 1 7 - 1 8 -1 9 - 2 0 - 2 1 - 2 2 -2 3 - 2 4 - 2 5 - 2 6 -27 - 28 - 29 - 30 -31 - 32 - 33 - 34 -3 6 - 3 8 - 3 9 - 4 0
1 - 3 - 1 5 - 3 5 - 3 7
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC-98
Cerca de 87,5% dos itens foram considerados de dificuldade mediana e 12,5% fáceis, conforme está especificado na Tabela 2. Os resultados indicam que dificuldades mais acentuadas foram enfrentadas na solução das questão de número 11, observando-se problemas também quanto aos itens 22, 30 e 36.
Os dados sugerem que ofereceram maior obstáculo conteúdos relativos a Fonologia, Literatura Brasileira e Literatura Portuguesa.
Gráfico 1 indice de Facilidade das Questões de Múltipla Escolha
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC-98
Uma das funções dos testes é a caracterização de diferentes níveis de desempenho. É desejável que a prova apresente itens com alto índice de discriminação.
A discriminação refere-se ao poder de um item em diferenciar sujeitos que têm melhores resultados daqueles cujo desempenho caracteriza-se como mais defasado. Um item muito fácil, por exemplo, pode não atingir um índice de discriminação desejável porque todos os examinandos conseguem acertá-lo. Situação semelhante pode ocorrer com uma questão muito difícil, onde a grande maioria erra. Itens muito fáceis ou muito difíceis possibilitam, ainda, maior probabilidade de acerto casual.
Tabela 3 Grau de Discriminação das Questões de Múltipla Escolha
índice Classificação da
Questão quanto ao Grau de Discriminação
0 a 0,20 Pouco Discriminativa
0,21 a 0,40
0,41 a 1
Discriminativa
Muito Discriminativa
Questões
6 - 7 - 1 1 - 1 2 - 2 2 26 - 28 - 30 - 31 3 6 - 3 8 1 - 3 - 4 - 5 - 8 - 9 1 0 - 1 4 - 1 6 - 1 7 1 8 - 1 9 - 2 0 - 2 1 -24 27 - 29 - 32 - 33 - 34 37-39
2 - 1 3 - 1 5 - 2 3 - 2 5 35 -40
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC-98
Gráfico 2
índice de Discriminação das Questões de Múltipla Escolha
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC-98
Estatísticas Básicas
O escore médio para o conjunto dos formandos que realizaram a prova de múltipla escolha de Letras foi igual a 36,5% de acertos em 40 questões, sendo próximo à mediana conforme Tabela 4. O desvio-padrão foi de 13,1 pontos, sendo que as notas variaram de 0 (zero) a 90 (noventa) pontos. O grupo com menor desempenho teve notas entre 0 (zero) e 20,0 (vinte) pontos, e 75% dos sujeitos avaliados não ultrapassaram 45% de acertos na prova. Os dados informam, também, que somente 10% dos sujeitos conseguiram alcançar mais de 55% de acertos no conjunto das questões, o que sugere que a prova ofereceu certa dificuldade. O coeficiente de fidedignidade (Alpha) foi estimado em 0,70, podendo-se inferir que a prova constituiu-se um bom instrumento de medida.
Tabela 4
Estatísticas Básicas
Fonte: DAES/INEP/MEC - ENC-!
P10 - é um delimitador que separa as 10%me-nores notas das restantes.
Q1 - é um delimitador que separa as 25% menores notas das restantes.
Q3 - é um delimitador que separa as 75% menores notas das restantes.
P90 - é um delimitador que separa as 90% menores notas das restantes.
Questões Discursivas (continua)
Questão
1
Conteúdo
Língua Portuguesa
Tabela 5 Habilidade
Produzir e ler competentemente enunciados em diferentes linguagens e traduzir umas em outras. Descrever e justificar as peculiaridades fonológicas, morfológicas, lexicais, sintáticas e semânticas do português brasileiro, com especial destaque para as variações regionais e socio-letais, e para as especificidades da norma padrão. Interpretar adequadamente textos de diferentes gêneros e registros lingüísticos e explicar pro-
Questão
2
3
3
Conteúdo
Língua Portuguesa
Teoria da Literatura
Teoria da Literatura
Habilidade
cessos ou argumentos utilizados para justificar sua interpretação. Compreender, avaliar e produzir textos de tipos variados em sua estrutura organização e significado. Pesquisar e articular informações lingüísticas, literárias e culturais.
Descrever e justificar as peculiaridades fonológicas, morfoló-gicas, lexicais, sintáticas e semânticas do português brasileiro, com especial destaque para as variações regionais e socioletais, e para as especificidades da norma padrão. Produzir e ler competentemente enunciados em diferentes linguagens e traduzir umas em outras. Compreender, avaliar e produzir textos de tipos variados em sua estrutura, organização e significado. Pesquisar e articular informações lingüísticas, literárias e culturais. Interpretar adequadamente textos de diferentes gêneros e registros lingüísticos e explicar processos ou argumentos utilizados para justificar sua interpretação.
Pesquisar e articular informações lingüísticas, literárias e culturais. Apreender criticamente as obras literárias, não somente por meio de uma interpretação derivada do contato direto com elas, mas também pela mediação de obras de crítica e de teoria literárias. Estabelecer e discutir as relações dos textos literários com outros tipos de discursos e com os contextos em que se inserem. Interpretar adequadamente textos de diferentes gêneros e registros lingüísticos e explicar os processos ou argumentos utilizados para justificar sua interpretação.
Pesquisar e articular informações lingüísticas, literárias e culturais.
Número Média Desvio-Padrão Nota Mínima P10 Q1 Mediana Q3 P90 Nota Máxima
Multipla escolha 15.364
36,5 13,1 0,0
20,0 27,5 35,0 45,0 55,0 90,0
continua
Questão
4
Conteúdo
Teoria da Literatura
Habilidade
Apreender criticamente as obras literárias, não somente por meio de uma interpretação denvada do contato direto com elas, mas também pela mediação de obras de crítica e de teoria literárias. Estabelecer e discutir as relações dos textos literários com outros tipos de discursos e com os contextos em que se inserem. Interpretar adequadamente textos de diferentes gêneros e registros lingüísticos e explicar os processos ou argumentos utilizados para justificar sua interpretação.
Fonte DAES/INEP/MEC - 98
Validade do Conteúdo
Tendo em vista que uma prova é um instrumento de medida de uma amostra de conhecimentos e habilidades, será tão mais adequada quanto maior for a representatividade da amostra selecionada. A primeira qualidade a se exigir do instrumento é, portanto, a sua validade de conteúdo, que, no caso, foi assegurada pela própria Banca Examinadora que a elaborou, composta por professores titulados e experientes, provenientes das diferentes regiões do país. Cada um desses profissionais não só se responsabilizou pela elaboração de um certo número de questões mas participou, também, da análise, julgamento, seleção e aperfeiçoamento das que compuseram a prova em sua versão definitiva. Dessa forma, contribuíram para a validação da prova como um todo, no sentido de que ela refletisse o universo de conhecimentos e habilidades que se esperava que os formandos tivessem adquirido após sua experiência educacional.
Correção
A questão da fidedignidade (consistência e estabilidade) das questões discursivas foi tratada com os cuidados necessários para minimizara subjetividade, o efeito de halo e a diversidade de padrões de julgamento.
A correção das provas foi feita por uma equipe de professores previamente treinados, todos com reconhecida experiência tanto na sua área específica quanto na habilidade de proceder à correção de instrumentos discursivos de medida. Para garantir uma avaliação mais justa e objetiva, os profissionais responsáveis pela correção das provas elaboraram chaves de correção, analisaram os padrões de resposta esperados e discutiram longamente os critérios. Cada dupla de avaliadores se responsabilizou pela correção de uma única questão, garantindo, assim, maior consistência aos escores, homogeneidade de critérios, maior rapidez e confiabilidade de correção. Evitou-se, dessa forma, também a influência do erro de halo, isto é, que o
desempenho em uma questão influenciasse o julgamento da questão seguinte.
O formulário adotado no Caderno de Respostas assegurou o anonimato do formando e de sua instituição de origem, tendo passado por rigorosos procedimentos de controle e conferência.
Análise das Questões
A análise dos resultados obtidos nas questões de múltipla escolha e nas discursivas permite avaliar o desempenho dos formandos e a prova como instrumento de medida.
Cada questão discursiva teve o valor de 50 pontos, o que totaliza 100 pontos nessa parte da prova; sendo que o aluno deveria escolher obrigatoriamente uma entre as questões 1 e 2 e outra entre as questões 3 e 4. Calculando-se as médias alcançadas pelos formandos de todo o Brasil em cada uma das questões discursivas, obtiveram-se os valores apresentados na Tabela 6.
No tema 1, a questão de número 2 foi mais escolhida pelos graduandos, sendo sua média igual a 16,9. Dentro do mesmo tema, a média obtida na questão 1 (12,4) mostra que ela ofereceu maior obstáculo. No tema 2, a questão 3, cuja média foi 14,3 pontos, foi bastante atrativa para os sujeitos avaliados. A questão 4 (14,7) teve média próxima a de número 3. Percebeu-se que, dentro de cada tema. tiveram resultados mais homogêneos aqueles que responderam à pergunta 1, quando comparado aos da 2, e também os graduandos que resolveram a questão 3, quando comparados com os que responderam a 4.
Tabela 6
Médias das Questões Discursivas
Tema
1
2
Questão
1
2
3
4
Número
4.201
9.861
10.699
2.544
Média
12,4
16,9
14,3
14,7
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC-98
Estatísticas Básicas
A média geral da prova discursiva foi 26,6 pontos, sendo o desvio-padrão igual a 20,5 (Tabela 7). Amediana situou-se um pouco abaixo da média, sendo igual a 25,0 pontos. A nota mínima foi igual a 0,0 (zero) e a máxima 100,0 pontos. Observa-se que somente 10% dos formandos tiveram nota maior ou igual a 55,0 pontos.
(conclusão)
Tabela 7 Estatísticas Básicas
Número Média Desvio-Padrão Nota Mínima
P10 Q1 Mediana Q3 P90 Nota Máxima
Discursiva
15.364
26,6 20,5
0,0 0,0
10,0 25,0 40,0 55,0
100,0
Fonte: DAES/INEP/MEC - ENC-98
Resultados Gerais
A média da nota final foi igual a 31,6 pontos, com um desvio-padrão de 14,9 (Tabela 8). A mediana correspondeu a 30.0 pontos, próxima à média. A nota mínima foi 0,0 e a máxima 91,3 pontos. Somente 25% dos formandos atingiram média final igual ou superior a 41,3 pontos.
Tabela 8
Estatísticas Básicas
Correlação entre os Resultados das Questões de Múltipla Escolha e Discursivas
É preciso, finalmente, ressaltar que a correlação (r) entre as notas da prova objetiva e da discursiva foi igual 0.56 (Tabela 10), indicando que esses instrumentos de medida avaliaram conhecimentos e conteúdos diferentes. A correlação entre as notas na prova objetiva e a nota final foi de 0.82, enquanto esse mesmo índice relativo à prova discursiva foi estabelecido em 0.93, sugerindo que essa segunda prova teve maior peso na constituição da nota final.
Tabela 9
Correlação entre os Resultados das Questões de Múltipla Escolha e Discursivas
Nota
Objetiva/Discursiva
Objetiva/Final
Discursiva/Final
Correlação (r)
0,56
0,82
0,93
Fonte: DAES/INEP/MEC - ENC-98
Gráfico 3
Distribuição de Notas
Número
Média Desvio-Padrão
Nota Minima P10 Q1 Mediana Q3 P90
Nota Máxima
Geral
15.364
31,6 14,9 0,0
13,8 20,0
30,0 41,3 52,5 91,3
Fonte: DAES/INEP/MEC - ENC-9.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Notas
Múltipla Escolha Discursiva Geral
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC-98
Prova de Múltipla Escolha
1. Em uma barraquinha de praia, lia-se, em um pequeno cartaz:
Das alternativas abaixo, qual explica corretamente o estranhamento provocado pela leitura do cartaz?
(A) Usou-se a forma diminutiva salgadinhos, quando o correto seria salgadozinhos, com a manutenção da vogai temática antes do sufixo.
(8) Utilizou-se cão-quente, substituindo-se por um sinônimo um dos elementos de um nome composto, o que o processo de composição não admite.
(C) O hífen foi equivocadamente utilizado na palavra composta cão-quente
(D) A adaptação, na escrita do português, da palavra inglesa sandwich foi feita de maneira equivocada, com o uso indevido do acento agudo.
(E) O nome composto cão-quente, por pertencer à categoria dos nomes contáveis, como sanduíche e salgadinho, deveria ter sido usado em sua forma plural cães-quentes
2. Observe a lista de "definições" abaixo, propostas para algumas palavras da língua portuguesa:
• Comensal - Se alimenta com cloreto de sódio.
• Dogmatizar — Misturar cães ingleses.
• Paisagem — Progenitores atuam.
• Vergastar - Assistir a uma pessoa fazendo despesas.
(Millôr Fernandes) É correto afirmar que o autor dessas "definições" consegue provocar o riso porque
(A) cria palavras inexistentes na língua a partir da combinação de radicais efetivamente existentes.
(B) utiliza-se do processo de composição lexical denominado hibridismo, como se verifica no exemplo dogmatizar.
(C) faz uso de consoantes de ligação ao criar novas palavras, como exemplificado por comensal.
{D} identifica mais de um radicai em palavras constituidas de apenas um, atribuindo-lhes um conteúdo semântico inesperado.
(E) cria neologismos bem formados, com a finalidade de obter maior expressividade.
3. Observe a frase:
A desconfiança só será vencida e totalmente superada quando os empresários perceberem o verdadeiro sentido do Mercosul.
Analisando a forma verbal destacada, verifica-se que a seqüência-rem.
(A) segmenta-se em um morfema modo-temporal e um morfema número-pessoal.
(B) não é morfema, porque não tem contraparte de significado.
(C) é um só morfema, porque é uma unidade mínima significativa, em um tempo verbal primitivo.
(D) é um morfema modo-temporal, porque se trata de um tempo verbal derivado.
(E) corresponde a duas unidades mínimas significativas, em um tempo verbal primitivo.
4 Leia esta manchete de jornal:
Inadimplente programa compra.
A frase está
(A) incorreta, porque as três palavras que a compõem podem pertencer a mais de uma categoria gramatical.
(B) ambígua, porque nela ocorrem simultaneamente dois verbos, programa e compra.
(C) inteligível, porque a ordem de colocação das palavras permite identifícar-Shes a função sintática.
(D) ininteligível, porque traz um adjetivo na função de sujeito.
(E) incorreta, porque não traz determinante junto do substantivo.
5. Como profissional da área de Letras, você poderá ser solicitado(a), algum dia, a explicar a ocorrência de dados como os destacados no texto, ocorrentes nas primeiras escritas infantis:
Eu tenho um jardim com uma roza chamada vera Prima umtia eufui pega arrota eantro umispim nomeupe (T., 1a série)
Observe os dados em destaque no texto e considere as seguintes afirmações:
EXPERIMENTE!
• sanduíches
• cão-quente
• cerveja
• salgadinhos
• refrigerante
I. A criança comete erros ortográficos porque não percebeu, ainda, que as letras devem sempre representar a pronúncia das palavras.
II. A criança troca as letras porque ainda não aprendeu que a cada fonema da lingua corresponde, na escrita, apenas um grafema.
III. A criança ainda não domina, na escrita, o critério morfológico de colocação dos espaços em branco entre as palavras.
A correta explicação para a ocorrência dos dados destacados está em (A) I, apenas. (B) Hl. apenas. (C) I e II, apenas. (D) I e III, apenas. (E)l, Il e III.
6. O texto da tirinha abaixo pretende representar uma situação de interação bastante comum entre mãe e criança em um determinado momento da aquisição da linguagem oral:
Das afirmativas a seguir, a única INCORRETA é:
(A) A maneira como o diálogo foi redigido não é a mais adequada, porque nessa situação específica de interação a primeira fala da mãe normalmente seria "desenhei", e não "você".
(B) A resposta da criança, no último quadrinho, faz supor que ela já consegue distinguir adequadamente as pessoas do discurso.
(C) Nesse momento da aquisição da linguagem a criança está mais voltada para a marcação das pessoas do discurso do que para a correlação entre os pronomes pessoais e a flexão verbal.
(D) O autor da tirinha supôs que a criança tem mais problemas com a escolha dos pronomes pessoais do que com a flexão de pessoa nos verbos.
(E) As crianças, amante a aquisição da linguagem, não costumam dizer "eu desenhou", pois guiam-se exclusivamente pelo que ouvem na Iala dos adultos com quem interagem.
7. Leia este trecho de notícia de jornal: Professores, sobrecarregados com mais de um trabalho e acuados com a violência e o desrespeito dos alunos, dificilmente terão disposição para mais essa tarefa. Nessa frase, as vírgulas:
(Â) permitem entender que difici lmente terão disposição é predicado de professores (todos, sem exceção).
(B) estão mal empregadas, porque não têm função. (C) são dispensáveis, uma vez que não produzem efeito
de sentido. (D) levam à interpretação de que dificilmente terão
disposição predica professores (alguns, apenas). (E) representam uma incorreção, porque separam o
sujeito do verbo.
8. Observe os empregos do pronome se neste trecho de artigo de revista:
O que se quer é atribuir ao elevador seu justo peso. Que não se esqueça dele, quando se fizer o balanço dos engenhos e artes que deram ao século XX o rosto que tem. A afirmação correta a respeito dessas construções com o pronome se é:
(A) Nos três casos o se tem emprego semelhante, mas em apenas um deles tem função sintática.
(8) No segundo caso, usou-se o se para indeterminar o sujeito de um verbo que, segundo a gramática normativa, já devia ser pronominal.
(C) No segundo caso e no terceiro, as construções com se são de voz passiva, o que não é possível dentro de uma mesma frase.
(D) Nenhuma das três construções com se é passiva, porque todos os verbos são transitivos indiretos.
E) O sujeito de quando se fizer o balanço não pode ser encontrado na oração, porque está elíptico.
9. Observe esta frase de uma notícia de jornal: A equipe procurou convenceros membros das gangues que a relação com as escolas poderia ser outra. A construção dessa frase tem as seguintes características:
(A) Há dois objetos diretos, fato que ocorre com todos os verbos transitivos.
(B) O segundo dos dois complementos deveria ser um objeto direto.
(C) O segundo complemento, que é objeto indireto, está sem preposição.
(D) Há apenas um complemento verbal, sob forma composta.
(E) Falta a preposição do primeiro complemento, para que a construção fique correta.
10. Esta é uma submanchete de jornal: O argentino prêmio Nobel da Paz acha que a chancelaria dos dois países decidirão o problema. A forma verbal destacada nessa frase representa uma concordância que
(A) é a única possível. (B) é uma de duas possíveis, mas é a mais correta. (C) é a única correta, porque o adjunto adnominal que
a precede está no plural. (D) não é correta, porque chancelaria é singular, (E) não é correta, porque o sujeito de decidirão é o
mesmo de acha.
11.Os dados abaixo representam a pronúncia de algumas palavras em duas variedades regionais do português do Brasil:
Considere as seguintes afirmações:
I. são fonemas distintos nas duas variedades.
II. Na variedade B, os fonemas /s/ e /Z/ apresentam, respectivamente, os alofones em final de sílaba.
III. A oposição fonològica entre Isl e Iz/, e encontra-se neutralizada em final de sílaba, nas duas variedades.
Interpreta corretamente os fatos, do ponto de vista fonológico, apenas o que se afirma em:
(A)l. (B)M. (C)lll. (D)l e II. (E)l e ill.
12.1. Aquele que se deixa prender sentimentalmente por criatura inteiramente destituida de dotes físicos, de encanto, ou graça, acha-a extraordinariamente dotada desses mesmos dotes que outros não lhe vêem.
(Millôr Fernandes, Provérbios modernizados)
II. A pessoa mais-atraente-do-que-a-média adormecida Há muito, muito tempo, havia um rei e uma rainha, um casal igualitário em seus direitos e deveres, que dividia tudo, inclusive o desejo de ter um bebê (...). O corpo [da rainha] foi colonizado pela semente da monarquia masculina exploradora. Nove meses mais tarde (...) uma saudável e cor-de-rosa pré-mulher foi bem-vinda ao castelo.
(James F Gamer, Mais contos de fadas politicamente corretos)
I e II são formas variantes, respectivamente, do provérbio "Quem ama o feio bonito lhe parece" e do início do conto de fadas "Abeia adormecida". A respeito desses textos, criados para provocar um efeito de humor, é correto afirmar que:
(A) em I e II há uma bem-sucedída modernização da linguagem, pois forarn usados vocabulário e sintaxe representativos das atuais tendências de mudança do português falado no Brasil.
(B)em I e II busca-se obter um efeito de humor pelo emprego de definições elaboradas e pela violação da sintaxe canònica.
(C) em I o provérbio perde sua forma fixa, o que lhe altera a eficácia discursiva; em II, a variação na forma da narrativa associa ao humor a crítica a discursos baseados no pressuposto de que a modificação da linguagem, por si só, elimina preconceitos.
(D) os autores, ao reescreverem o provérbio e o conto de fadas, procuraram representar, respectivamente, a linguagem utilizada pelos membros mais velhos da sociedade e aquela utilizada pelos falantes do sexo feminino.
(E) I e II são formas representativas do estágio arcaico da língua. Ao proporem tais formas, os autores pretenderam provocar a sensação de retorno a um tempo em que se usavam provérbios e se liam contos de fadas.
13.1.0 assédio em si trás no meio um poder aquisitivo escondendo ao trabalho, assim podendo fazer e refazer, adicionando o sentido, junto a essa conduta de mulher ideal. Não querendo ser prejudicial ao método agressivo, mas ao jeito decisivo a maneira pela força que o traz da forma de se agir. A teimosia circunstancial vem devido a exotismo da participação com credibilioso contraste à elevadicidade do adultèrio da simples cena de uma turbulência a um ser precioso.
(Trecho de dissertação de aluno do segundo grau)
II. A satira pertenceu originalmente a um sultão que morreu em circunstâncias misteriosas, quando uma mão saiu do seu prato de sopa e o estrangulou. O proprietário seguinte foi um lorde inglês, o qual foi encontrado certo dia, florindo maravilhosamente numa jardineira. Nada se soube da jóia durante algum tempo. Então, anos depois, ela reapareceu na posse de um milionário texano que se incendiou enquanto escovava os dentes. (Woody Alien, Sem Plumas)
A respeito desses textos é correto afirmar que
(A) o texto I é incoerente, pois não faz sentido no contexto em que foi escrito.
(B) o texto I e o texto II são incoerentes, qualquer que seja o contexto imaginado para sua interpretação.
(C) o texto I é coerente: dada sua finalidade, as relações de sentido tornam-se claras.
(D) os textos I e II são coerentes: dada sua finalidade, as relações de sentido tornam-se claras.
(E) o texto II é incoerente, pois faz referência a acontecimentos que contrariam a lógica de qualquer mundo imaginável.
14. Observe a indicação das seguintes transformações sofridas por vocábulos na sua evolução histórica para 0 português:
1 ) lupus > lobo 2) acutu > agudo 3)acetu > azedo
Assinale a alternativa correta quanto a essa evolução:
(A) Em todos os casos houve síncope de consoante.
(B) O último caso é diferente, porque nele não houve alteração fonética.
(C) Em todos os casos uma consoante oclusiva se tornou fricativa.
(D) O segundo caso é diferente, porque houve uma única sonorização.
(E) Em todos os casos as consoantes intervocálicas sonorizaram-se.
15. L1 Não é bem comunicação, è transporte.
12 Pra mim é. Ainda...
L1 Transporte, não, acho comunicação...
12 Você comunica diferentes pontos da cidade quando você ... sabe? faz com que pessoas que antes teriam acesso ou mais difícil, ou não teriam ...de um ponto para outro...
L1 Não... Mas vem dal conotação de comunicação, hein?
L1 Ê... diferente ... certo?
L2 Mas em suma, acho que... sabe, está ligado a todo um contexto de ... que ...
L1 Tira tira tira o contexto de humano essa comunicação ... Comunicação de transporte é comunicação não humana, né?... Por exemplo você está em guerra o importante é você acabar com as comunicações ... né? Então ... você destrói uma ponte e fica isolado assim da... (Projeto NURC/SP)
O texto reproduz um trecho da conversação entre dois locutores, L1 e L2. A afirmação correta a respeito dele é:
(A) Não ocorre comunicação entre os interlocutores porque as falas estão fragmentadas e não há desenvolvimento de um tópico.
(B) Há comunicação entre os interlocutores porque ambos estão situados num mesmo contexto e partilham de conhecimentos comuns, o que permite os truncamentos e as omissões,
(C) Não há comunicação entre os interlocutores por causa dos truncamentos e das frases que não obedecem ao padrão estabelecido pela gramática da norma culta.
(D) Ocorre comunicação entre os interlocutores porque há muita repetição de termos, há frases que se completam umas às outras, e não há digressão em relação ao tópico.
(E) Não há comunicação entre os interlocutores devido à presença de frases incompletas e de digressão tópica.
16. A violência internacional é como um vírus, sempre no ar, que pode provocar crises maiores ou menores sempre em função do grau de resistência dos organismos. Ê, portanto, como todo vírus, de natureza essencialmente oportunista. A escalada no Iraque ilustra-o à perfeição. É também um exemplo da extrema precariedade dos atuais organismos políticos internacionais, a começar das Nações Unidas, que em tese deveriam atuar como anticorpos diante desses riscos.
As palavras sublinhadas no texto:
(A) estabelecem uma referência comparativa entre dois mecanismos de agressão, mostrando que um é pior que o outro.
(B) são sinônimas e, portanto, apresentam sentidos equivalentes, o que as torna redundantes e pouco significativas.
(C) estabelecem uma comparação entre dois mecanismos de agressão e mostram como um se diferencia do outro, ao usar predominantemente palavras do universo de significação de um só deles.
(D) estabelecem uma referência comparativa entre dois mecanismos de agressão e. por pertencerem todas ao mesmo campo de signif icação, contribuem para a manutenção temàtica.
(E) são quase sinônimas e, por pertencerem ao campo lexical de dois diferentes mecanismos de agressão, estabelecem uma conexão entre eles.
17. I MAIOR FRESCURA. NO EXTRA, UM DIREITO SEU.
Muita gente pode achar que é só frescura, mas frescura tipo Extra só o Extra tem. Basta ver a frescura das frutas, legumes e verduras. Toda essa frescura o Extra chama de respeito à qualidade. Respeito ao cliente.
II. NÃO PENSE APENAS NO PRESENTE DO SEU FILHO. PENSE NO FUTURO.
Doze de outubro é Dia da Criança. Ê só ligar o rádio ou a televisão, abrir um jornal ou uma revista e constatar que está todo mundo só falando de presente. A gente queria destoar um pouco: queríamos falar de futuro.
Observe o sentido dos termos frescura e presente, nos textos acima. A afirmação correta a respeito deles é:
(A) Ambos estão empregados no sentido denotativo, não sendo afetado o sentido literal.
(B) Ambos são fatos de polissemia e conotam inicialmente um determinado sentido, que é depois substituído por outro, denotativo.
(C) Ambos são fatos de polissemia: presente, oscila entre dois sentidos; e frescura é empregado inicialmente com sentido conotativo e depois com sentido literal.
(D) O termo frescura está empregado no sentido conotativo; e presente, no sentido denotativo.
(E) O termo frescura está empregado no sentido denotativo; e presente, no sentido conotativo.
18. Gosto de desafio: a dificuldade é o melhor combustível.
O cabeça de tudo foi a barriga. (Resposta à pergunta sobre a identidade do líder dos agricultores que, por falta de comida, saquearam um armazém, na zona da seca.) Observando os pares
I. a dificuldade / o combustível; Ho cabeça / o líder; III.a barriga / a comida,
Identifique a relação lógica existente entre os elementos de cada par e, correspondentemente, a figura de linguagem que ocorre:
(B) I. contigüidade entre parte e todo: metáfora; II. similaridade, metonimia; III. contigüidade entre continente e conteúdo: metáfora.
(C) I. contigüidade entre continente e conteúdo: metonimia; II. similaridade: metáfora; III. contigüidade entre parte e todo: metonimia.
(D) I. contigüidade entre parte e todo: metáfora; II. contigüidade entre continente e conteúdo: metáfora; III. similaridade: metonimia.
(E) I. similaridade: metáfora; lI. contigüidade entre parte e todo: metonimia; IIl. contigüidade entre continente e conteúdo: metonimia.
19. Algum tempo atrás eu disse num programa de televisão que a música popular era o meu radar. Outro dia, no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, uma senhora me perguntou o que eu queria dizer com aquilo. Expliquei a ela que por meio da música popular eu percebia para onde as coisas estavam indo e que isso era fundamental para a minha vida e para o meu trabalho. Ela então me perguntou se isso tinha a ver com gosto ou preferências. Respondi que tinha a ver principalmente com não ter preconceito. "É fundamental ouvir de tudo", observei.
Considere as formas pelas quais se fez o relato de um discurso proferido por outra pessoa ou pelo próprio narrador:
I. eu disse que ... / Expliquei a ela que ... / Respondi que...
II. uma senhora me perguntou o que .../ ela então me perguntou se...
III. "É fundamental ouvir de tudo", observei.
É correto afirmar que as formas compreendidas:
(A) em i e li indicam discurso indireto; em Hl, discurso direto.
(B) em I indicam discurso indireto; em II, discurso indireto livre; em IIl, discurso direto.
(C) em I e III indicam discurso indireto; em II, discurso direto interrogativo.
(D) em I indicam discurso direto; em II, discurso indireto interrogativo; em IIl, discurso indireto.
(E) em II e III indicam discurso indireto livre; em I, discurso direto.
20. A molecada não gosta de regras, muito menos de castigos. O Brasil neném não gosta de leis. Não acredita que elas possam ser realmente aplicadas e detesta a idéia de que transgredi-las possa resultarem punições.
(A) I. similaridade: metáfora; II. contigüidade entre continente e conteúdo: metonimia; III. contigüidade entre parte e todo: metonimia.
Observe as séries abaixo, formadas por termos retirados do texto: l. a molecada / o Brasil neném; Il regras / elas / -Ias.
Identifique a afirmação correta:
(A) Em I e II, retoma-se o referente, substituindo-se o termo inicial por uma expressão nominal equivalente.
(B) Em I, retoma-se o referente, substituindo-se o termo inicial por uma pró-forma gramatical; e em II, por pró-formas pronominais.
(C) Em I, retoma-se o referente, substituindo-se o termo inicial por um grupo nominai mais abrangente; em li, substituindo-se o termo inicia! por pró-formas pronominais.
(D) Em I, o referente não é retomado: molecada e Brasil neném não têm o mesmo referente; em II, as pró-formas pronominais substituem o mesmo termo.
(E) Em I e II, retoma-se o referente: em I, substitui-se o termo inicial por um grupo nominal menos abrangente; em II, substitui-se o termo inicial por grupos nominais equivalentes.
21. Freqüentes vezes voltou-se o poeta Gregorio de Matos para a "cidade da Bahia", falando dela ou a ela atribuindo um discurso próprio. Nesses poemas, o leitor encontra,
I. como tom geral, a condenação moralista, que supõe um quadro de valores positivos, em nome dos quais se acusam vícios e viciosos, corruptos e sistema de corrupção;
II. como estilo, os engenhosos jogos verbais do trocadilho e da paronomasia, da antitese e do quiasmo, que, entre outros, acentuam os efeitos da sátira barroca;
III. como quadro histórico de fundo, as rebeliões nativistas, que desafiam o poder português e, valendo-se da crise deste, fazem relaxar o jugo colonial.
Completa corretamente o enunciado o que se afirma em
(A) I, II e llI. (B) II e llI, apenas. (C)l e lll, apenas. (D) I e Il, apenas. (E) II, apenas.
22. Enquanto pasta alegre o manso gado, Minha bela Marília, nos sentemos À sombra deste cedro levantado. Um pouco meditemos Na regular beleza, Que em tudo quanto vive nos descobre A sábia natureza.
Nesta estrofe inicial da Lira XIX, de Marília de Dirceu o poeta Tomás Antônio Gonzaga
(A) confidencia-se à musa imaginária, naquele tom pungente que já permitiu a alguns críticos apontar em seus versos inclinações pré-românticas.
(BI diríge-se á amada, transfigurada em pastora, segundo o cânone de uma convenção poética para a quai a justa ordem do mundo naturai é também um imperativo estético.
(C) celebra o amor rústico, inspirado pela força primitiva de uma natureza que, sugestivamente bela, reflete as paixões da ingênua pastora.
(D) convida a amada a desfrutar a beleza natural da paisagem agreste que, provocando o espírito, lhe permite melhor avaliar a efemeridade de tudo quanto vive.
(E) canta a harmonia que se estabelece entre ele, pastor, Marília, a idealizada virgem, e a natureza expressiva, reveladora dos instintos.
23.I. Álvares de Azevedo, num dos dois prefácios que escreveu para a Lira dos vinte anos, assim se justificou: "É que a unidade deste livro funda-se numa binômia".
Il Castro Alves, como epígrafe a Os escravos, valeu-se de uma citação de Heine, da qual se traduz aqui a seguinte frase: "A poesia nunca foi para mim senão um meio consagrado a uma santa finalidade".
A binômia e a santa finalidade, destacadas nos dois enunciados, apontam, respectivamente, para as seguintes marcas das obras citadas:
(A) I. divisão entre confissão sentimental e ironia melancólica; II. empenho messiânico em lutas libertárias.
(B) I. oscilação entre a sátira política e o lirismo amoroso; II. discursividade reformista de motivação religiosa;
(C) I. confronto entre pieguismo cristão e idealismo platônico; II. compromisso com a consolidação do novo regime;
(D) I. combinação do tom paródico com o civismo nacionalista; II. defesa do idealismo romântico diante do cientificismo.
(E) I. mascaramento poético por via do cinismo e da morbidez; 11. recuperação da mitologia e da retórica clássicas.
24. Identifique a afirmação INCORRETA sobre Iracema, de José de Alencar.
(A) A narrativa extrai sua força, em grande parte, dos símbolos, das sonoridades e dos ritmos -qualidades da linguagem poética que integram decisivamente o discurso ficcional.
(B) A história da índia tabajara é-nos apresentada com as virtudes de uma língua culta que, no entanto, se vale metodicamente de elementos expressivos da língua tupi.
(C) O amoroso acolhimento de Martim por Iracema, primeiro, e a submissão desta ao destino adverso, depois, sugerem uma seqüência histórica do processo colonial.
(D) A personagem de Iracema, mais do que determinada pela condição tribal, é tomada pela força trágica da mulher e do amor românticos, com a qual a concebeu Alencar.
(E) O nacional ismo de Alencar è host i l ao colonizador Martim, cujo ímpeto de invasor, dissolvente da cultura indígena, é atribuído às ambições de uma civilização indigna.
25. Há um instante tinha eu desejo de lhe perguntar o que havia entre Capitu e os peraltas do bairro; agora, imaginando que vinha justamente dizer-mo, fiquei com medo de ouvi-lo. Quis tapar-lhe a boca. José Dias viu no meu rosto algum sinal diferente da expressão habitual, e perguntou-me com interesse:
- Que é, Bentinho? Para não fitá-lo, deixei cairos olhos. Os olhos,
caindo, viram que uma das presilhas das calças do agregado estava desabotoada, e, como ele insistisse em saber o que é que eu tinha, respondi apontando com o dedo.
- Olhe a presilha, abotoe a presilha. José Dias inclinou-se, eu saí correndo.
A cena acima está em Dom Casmurro, de Machado de Assis. Uma leitura atenta e contextualizada permite afirmar que, nessa cena,
(A) o lirismo de Bentinho já aflora, mas ele o dissimula com o mesmo cálculo que depois atribuirá à mulher.
(B) autor insinua o caráter volúvel de Capitu, mas sugere que seu protagonista é hábil o bastante para enfrentá-lo.
(C) expõe-se a ingenuidade do agregado, atributo de que se valem Bentinho e Capitu nas manobras para iludir D. Glória.
(D) revelam-se fortes traços da insegurança de quem, ao fim, avaliará sua vida numa perspectiva irònica e melancólica.
(E) fica evidente a fragilidade de Bentinho diante de José Dias, de cujos favores depende para manter contato com a amada.
26. Compreender Macunaíma é sondar ambas as motivações: a de narrar, que é lúdica e estética; a de interpretar, que é histórica e ideológica.
A ponderação acima sobre essa obra de Mário de Andrade sugere que se deve
(A) acompanhar as peripécias de um herói desconcertante reconhecendo nelas recortes valorativos da cultura nacional.
(B) subordinar as intenções ideológicas do autor aos limites de expressão das lendas indígenas que inspiram a narrativa.
(C) fundir, numa leitura orgânica, o prazer de acompanhar uma fábula e o de reconhecer os ideais estéticos que ela ilustra.
(D) reconhecer nesse romance, acima do humor que lhe dá o tom, o projeto político que seu protagonista encarna.
(E) analisar aspectos ideológicos da obra, do mesmo ângulo em que se coloca o autor nos seus manifestos estéticos.
27. José Lins do Rêgo, Erico Verissimo e Raquel de Queiroz, entre outros, constituem, na chamada "geração de 30", a vertente que
(A) aprofunda as trilhas da prosa experimental dos primeiros modernistas, sobretudo a de Oswald de Andrade.
(B) ultrapassa os limites da prosa regionalista, fixando-se em temas de significação universal.
(C) retoma a tradição dos romances de tese produzidos sob o rigor do determinismo cientifico.
(D) promove uma abordagem realista de aspectos regionais, em prosa fiuenîe e próxima da oralidade.
(E) recupera os procedimentos estilísticos dos romances regionalistas da segunda metade do século XIX.
28.É correto afirmar que a poesia de Carlos Drummond de Andrade,
(A) fiel às raízes modernistas, revela permanente preocupação com a pesquisa de formas e com o nacionalismo crítico.
(B) não obstante tributária das várias vanguardas européias, realizou-se enquanto lírica de autêntico valor regional.
(C) atendendo a uma vocação satírica, fez do mundo o objeto de seu escárnio e, das formas clássicas, matéria de suas paródias.
(D) expressão de uma personalidade conflitiva, é marcada, em suas várias fases, pela negação ou pela relativização crítica.
(E) essencialmente emotiva, afirma as paixões positivas do indivíduo contra a tendência moderna da massificação.
29. Considere as seguintes afirmações sobre Vidas secas, de Graciliano Ramos:
I. O largo emprego do discurso indireto livre é sugestivo: tanto serve ao universo quase sempre silencioso das personagens quanto à discreta cumplicidade que tem com elas o narrador. II. Quanto ao gênero, a estrutura desta obra é rigorosamente a de um romance, ainda que não haja linearidade cronológica na sucessão das ações. III. Os parcos recursos de comunicação de Fabiano, que derivam de sua condição de oprimido, estão sempre a expor - também a ele - toda a sua fragilidade.
Está correto, em relação a essa obra do escritor alagoano, o que se afirma em:
de fracasso em fracasso, me reduzi a mim mas pelo menos quero encontrar o mundo e seu Deus.
(A) I,II e III. (B) Il e III, apenas. (C) I e III, apenas. (D) I e II, apenas. (E) II, apenas.
30. Poema do beco Que importa a paisagem, a Glória, a baía, a linha do horizonte? - O que eu vejo é o beco.
O poema acima dá expressão ao seguinte fundamento geral da poesia madura de Manuel Bandeira:
(A) A proximidade e o limite do "menor" potenciar» o lirismo.
(B) O sublime poético é vislumbrado na distância e no "alto".
(C) A vida moderna restringe a realização da lírica autêntica.
(D) Não há saída para a lírica nos contornos da vida urbana.
(E) O poético requer a negação do valor das experiências.
31. Considere as seguintes afirmações sobre Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado:
I. Ao fazer seguir ao título a indicação Crônica de uma cidade do interior, Jorge Amado tanto sugere um tipo de relato como alude à base histórica sobre a qual criará. II. A expressão "tom ameno e segurança de composição", já utilizada na crítica deste romance, se não lhe atribui densidade maior, reconhece-lhe mérito na boa montagem do painel de múltiplos tipos, intrigas e conflitos que se oferecem à leitura corrida. III. Em meio às personagens de todas as classes e costumes, a protagonista singulariza-se como encarnação do livre instinto e da verdade natural -traços românticos que costumam marcar os heróis populares do autor.
É correto o que se afirma em:
(A) I, Il e III. (B) Il e III, apenas. (C) I e lI, apenas. (D) l e III, apenas. (E) II, apenas.
32. Considere os seguintes fragmentos de A hora da estrela, de Clarice Lispector:
I.Quero neste instante falar da nordestina. É o seguinte: ela como uma cadela vadia era teleguiada por si mesma. Pois reduzira-se a si. Também eu,
II.Ela estava enfim livre de si e de nós. Não vos assusteis, morrer é um instante, passa logo, eu sei porque acabo de morrer com a moça. Desculpai-me esta morte.
Nesses fragmentos, como em muitos outros, o leitor acompanha por dentro um movimento agònico e estruturante do romance, a saber:
(A) o narrador abdica de sua função original para converter-se ele próprio em personagem viva, integrada à trama, em estatuto idêntico ao das demais personagens.
(B) Macabéa, a personagem, é tão forte e independente do narrador que o arrasta para a realidade dos migrantes nordestinos, denunciando-lhe o vazio do universo burguês.
(C) a protagonista assume, por vezes, a função do narrador, de modo que a narração em primeira pessoa deslize de Rodrigo para Macabéa, numa perfeita inversão de papéis.
(D) criador e criatura interpenetram-se de tai modo que suas diferentes condições convergem para a impossibilidade de sua afirmação vital diante do silêncio e do destino.
(E) Rodrigo e Olímpico têm diferentes compreensões de Macabéa, e a alternância de seus pontos de vista torna-se responsável pela ambigüidade que caracteriza a protagonista.
33.Considere as seguintes declarações de Guimarães Rosa, numa entrevista:
"Provavelmente eu seja como o meu irmão Riobaldo. Pois o diabo pode ser vencido simplesmente, porque existe o homem, a travessia para a solidão, que equivale ao infinito. " (...) "A linguagem e a vida são uma coisa só. Quem não fizer do idioma o espelho de sua personalidade não vive, e como a vida é uma corrente contínua, a linguagem deve evoluir constantemente. Como escritor, devo me prestar contas de cada palavra e considerar cada palavra o tempo necessário até ela ser novamente vida."
Associando-se tais declarações ao universo de Grande Sertão: Veredas, reforça-se a convicção de que, nesse romance,
(A) as batalhas têm motivação religiosa, e a fidelidade à linguagem real dos jagunços é tomada como autêntica missão.
(B) o plano mítico-moral funde-se ao épico, e a linguagem se transfigura para constituir o Sertão em ambos os planos.
(C) Riobaldo é contemplado com uma revelação mística, do que deriva a narração de um sertanejo onisciente e iluminado.
(D) os dilemas íntimos dos jagunços são os centrais, cabendo a Riobaldo interpretá-los e ordená-los num discurso próprio.
(E) as ações de Riobaldo espelham a travessia do Mal para o Bem, e seu discurso lírico fixa as convicções dessa experiência.
34 O Auto da Barca do Inferno pertence ao movimento literário do Humanismo, em Portugal, porque Gil Vicente
(A) critica a Igreja pela venda indiscriminada de indulgências e pela vida desregrada dos padres.
(B) preocupa-se somente com a salvação do homem após a morte, sem se voltar para os problemas sociais da época.
(C) equilíbra a concepção cristã da salvação após a morte com a visão crítica do homem e da sociedade do seu tempo.
(D) tem como única preocupação criticar o homem e as mazelas sociais do momento histórico em que está inserido.
(E) critica a Igreja, ao defender com entusiasmo os princípios reformistas disseminados pela Reforma protestante.
35. Em Os Lusíadas, Camões,
(A) homem do século XVI, abraçando o Cristianismo e vivendo o pragmatismo de seu tempo, despreza a mitologia greco-latina, que contraria sua fé e o cientificismo da época.
(B) como todo poeta do Renascimento, recebendo influência dos gregos e romanos, concebe as divindades pagas como superiores à cristã.
(C) fiel a sua religião, faz que a divindade cristã compareça de maneira física, intervindo e atuando ao longo do poema, do mesmo modo que as divindades pagas.
(D) recebendo influência direta de Homero e Virgílio, elimina em sua epopéia quaisquer vestígios da concepção de mundo cristã.
(E) sensível aos valores do mundo clássico, vale-se da mitologia greco-latina como um recurso retór ico, que enr iquece e embeleza os elementos históricos.
36.0 pregador há de ser como quem semeia, e não como quem ladrilha ou azuleja. Ordenado, mas como as estrelas. Todas as estrelas estão por sua ordem; mas é ordem que faz influência, não é ordem que faça lavor. Não fez Deus o céu em xadrez de estrelas, como os pregadores fazem o sermão em xadrez de palavras. Se de uma parte está branco, de outra há de estar negro; se de uma parte está dia, da outra há de estar noite; se de uma parte dizem luz, da outra hão de dizer sombra; se de uma parte dizem desceu, da outra hão de dizer subiu.
No fragmento acima, pertencente ao Sermão da Sexagésima, o padre Antônio Vieira mostra uma tendência muito comum em sua obra:
I. Usa das antíteses com o propósito deliberado de equilibrar os anseios espiritualistas e teocêntricos da Idade Média com os materialistas e antro-pocêntricos do Renascimento. II.Critica os exageros formais dos pregadores cultistas, que usavam e abusavam das antíteses, tornando o estilo obscuro. III.Defende o apuro formal dos pregadores gongoristas, vendo nele uma forma mais adequada de convencer e converter o fiel.
Interpreta corretamente o trecho, o que se afirma apenas em:
(A) I. (B) II. ( C ) III (D) l e II. (E) l e III.
37. Amor de Perdição é uma obra tipicamente romântica, porque nela Camilo Castelo Branco valoriza
(A) o sentimento nativista e o nacionalismo, presentes na recusa de Simão e Teresa em fugirem de Portugal, apesar de perseguidos pela justiça.
(B) a natureza, como fonte de vida e inspiração, em que Simão se refugia, no final da obra, quando não pode mais ter acesso à Teresa.
(C) os valores espirituais do Cristianismo, a que Simão se apega quando é condenado ao degredo.
(D) o mundo das paixões, o excesso de sentimentos, evidentes no modo violento como Simão assassina Baltazar Coutinho.
(E) a noite e o mundo sobrenatural, presentes como cenário ao longo de todo o drama passional.
38. Com referência ao romance O crime do Padre Amaro, de Eça de Queirós, a única afirmação INCORRETA é:
(A) Influenciado pelas teorias do Naturalismo, o autor procura demonstrar que o meio social e a educação religiosa é que determinam o comportamento do indivíduo.
(8) Influenciado peias teorias do Naturalismo, Eça procura demonstrar que os antecedentes de raça e as taras sexuais é que determinam o comportamento de Amaro e Amélia.
(C) Adotando os pressupostos da estética realista, o autor critica os efeitos nocivos da arte romântica sobre o caráter de Amélia.
(D) Tendo por base uma consciência crítica, tipicamente realista, o escritor defende a idéia de que a moral católica, fundada somente em dogmas, opõe-se em tudo à moral natural.
(E) Tendo por base uma orientação tipicamente realista, o escritor critica o domínio que os padres, por meio de sacramentos como a confissão, exercem sobre os fiéis.
39. Caminho I Tenho sonhos cruéis; n'aima doente Sinto um vago receio prematuro. Vou a medo na aresta do futuro, Embebido em saudades do presente...
Saudades desta dor que em vão procuro Do peito afugentar bem rudemente, Devendo, ao desmaiar sobre o poente, Cobrir-me o coração dum véu escuro!... Porque a dor, esta falta d'harmonia, Toda a luz desgrenhada que alumia As almas doidamente, o céu d'agora.
Sem ela, o coração é quase nada: Um soi onde expirasse a madrugada, Porque é só madrugada quando chora.
Camilo Pessanha, no contexto geral de sua obra, trata do sentimento de dor. Com base nisso, considere as seguintes afirmações a respeito do soneto acima:
1. O sentimento de dor, metaforizado pelo sol, é rejeitado pelo poeta porque lhe provoca sonhos cruéis. II. O sentimento de dor, metaforizado pela madrugada, ainda enquanto sofrimento, é essencial ao coração humano. III. A dor, metaforizada pelo sol, é rejeitada pelo poeta porque falta a ela um pouco de harmonia. IV. O poeta experimenta um sentimento ambivalente em relação à dor.
Interpreta corretamente o soneto o que se afirma apenas em:
(A) I. (B) II.
(C) I e IV. (D) Il e III. (E) Il e IV.
40. Ulisses O mito é o nada que è tudo. O mesmo soi que abre os céus É um mito brilhante e mudo -O corpo morto de Deus, Vivo e desnudo.
Este, que aqui aportou, Foi por não ser existindo. Sem existir nos bastou. Por não ter vindo foi vindo E nos criou.
Assim a lenda se escorre A entrama realidade, E a fecundá-la decorre. Em baixo, a vida, metade De nada, morre.
Esse poema faz parte de Mensagem, de Fernando Pessoa Considerando-se o contexto da obra, sua correta interpretação está em:
(A) O mito deixa de ter significado porque é "brilhante e mudo", ou seja, nada diz.
(B) O mito, por ser aparentado com a lenda, é interpretado como mera fantasia, superstição.
(C) A vida, entendida como "metade de nada", só tem sentido porque o mito a fundamenta,
(D) A vida é superior em tudo ao mito, porque se fundamenta na realidade.
(E) A vida e o mito equivalem-se, porque se identificam ao "corpo morto de Deus".
Prova Discursiva
Atenção: • Leia atentamente as questões apresentadas. • Escolha apenas duas das propostas: uma, obrigatoriamente, dentre as questões 1 e 2;
a outra, obrigatoriamente, dentre as questões 3 e 4. • Redija a resposta ao que cada uma delas propõe, usando uma folha para cada uma. • Assinale no local indicado da Folha de Resposta o número da questão escolhida.
Questão nº1
Leia e compare os fragmentos abaixo. Identifique e caracterize, da perspectiva lingüístico-discursiva, cada um deles, quanto ao seu modo (ou tipo) de organização textual. Justifique seu ponto de vista com dados dos próprios textos.
I. A seca no Nordeste é um problema antigo, cujos registros remontam aos tempos da colônia e do império. É um fenômeno da natureza, inevitável como os terremotos, os vendavais e as enchentes. O mesmo não se pode dizerda fome nas regiões do semi-árido brasileiro. Ao contrário da seca, a fome é um problema evitável. A solução depende apenas de medidas adequadas tomadas na hora certa.
(Veja, 06/05/98;
II. Vejo claramente como se estivessem saindo agora, vivos, da moldura oval - o rosto e o busto meio virados para a esquerda. Vejo o pescoço curto, o porte imperioso da cabeça, os bandos grisalhos realçados pelas rendas da capota de viúva. Os olhos puxados e o olhar perspicaz. O aquilino brusco do nariz, as maçãs salientes, o queixo forte.
(Pedro Nava, Baú de ossos)
III. Piano tomou o machado emprestado de Seu Joaquim e tafulhou no mato. Foi feliz porque trouxe mel de jatai, que é o mais gostoso e o mais sadio. Mel, porém, é coisa que ninguém compra: todo mundo quer de graça. O homem andou de porta em porta e mal deu conta de vender uma garrafinha, apurando muréis. Ia continuar oferecendo, mas Seu Elpídio cercou ele no largo do cemitério.
(Bernardo Élis, "A enxada")
Comentários
Conteúdos Estabelecidos na questão: Lingua Portuguesa
Habilidades Aferidas: Capacidade de: produzir e ler competentemente enunciados em diferentes linguagens e traduzir umas em outras; descrever e justificar as peculiaridades fonológicas, morfológicas, lexicais, sintáticas e semânticas do português brasileiro, com especial destaque para as variações regionais e socioletais, e para as especificidades da norma padrão; interpretar adequadamente textos de diferentes gêneros e registros lingüísticos e explicar processos ou argumentos utilizados para justificar sua interpretação; compreender, avaliar e produzir textos de tipos variados em sua estrutura, organização e significado; pesquisar e articular informações lingüísticas, literárias e culturais.
Resposta possível A: identificação : I Dissertatívo, II. Descritivo, III. Narrativo.
Elementos para caracterização e justificativa:
I. Exposição, explicação ou interpretação de fatos e dados da realidade; visão critica do autor sobre a seca e a fome no Nordeste; uso de verbos no presente determinando o caráter geral das explicações (atemporalidade); estabelecimento de relações lógicas entre as idéias (a seca é um problema antigo e inevitável porque é um fenômeno da natureza, mas a fome é evitável porque depende apenas de medidas adequadas tomadas no momento certo).
II. Reconstrução, por meio da palavra, das feições de uma mulher; apresentação de um determinado estado; enumeração de caracteristicas, qualidade; presença de intensa adjetivação (pescoço curto, porte imperioso da cabeça, bandos grisalhos, olhos puxados, olhar perspicaz, aquilino brusco do nariz, maçãs salientes, queixo forte); verbo no presente indica simultaneidade em relação ao momento da enunciaçâo: não há, entre os elementos descritos, relação de anterioridade, posterioridade ou causalidade.
III. Apresentação de uma seqüência de fatos; presença de verbos de ação {tomou, tafulho, trouxe, etc); presença de personagens (Piano, Seu Joaquim, Seu Elpídio): definição de um espaço (o mato, a cidade, o largo do cemitério)
Resposta Possível B:
identificação: I. Jornalístico, Il Literário, III Literario
Caracterização e justificativa.
I. Apresentação de informações e interpretação de fatos da realidade, visão crítica do autor sobre a seca e a fome no Nordeste; estabelecimento de relações lógicas entre as idéias (a seca é um problema antigo e inevitável porque è um fenômeno da natureza, mas a fome é evitável porque depende apenas de medidas
adequadas tomadas no momento certo): linguagem denotativa.
II. Reconstrução, a partir da memória, das feições de uma mulher ("Vejo, como se estivessem saindo agora, vivos, da moldura oval"), foco narrativo em 1a pessoa: relação de proximidade como o narrado; presença de intensa adjetivação (pescoço curto, porte imperioso da cabeça, bandos grisalhos, olhos puxados, olhar perspicaz, aquilino brusco do nariz, maçãs salientes, queixo forte;: verbo no presente indica simultaneidade em relação ao momento da enunciação; linguagem conotativa
III. Foco narrativo em 3ª pessoa: distanciamento do narrado; presença de verbos de ação (tomou, tatuino, trouxe, etc); presença de personagens (Piano, Seu Joaquim. Seu Elpídio); definição de um espaço (o mato, a cidade, o largo do cemitério); maior liberdade lingüística ("Seu Elpídio cercou ele no largo do cemitério* ).
Questão nº 2
Considerando as características da linguagem oral e da linguagem escrita, compare e analise os textos i e i l , levando em conta o modo como se constrói a interlocução em cada um deles.
I. Carta: Caro amigo Niltom: O Filme é de Tarzam.
Niltom como vai tudo bom Niltom em primeiro lugar quero ti convidar para nós assistir um filme no cinema Niltom o filme vai ser muito massa Niltom O artista do filme Tarzam Niltom eu convidei umas menina e Eu quero que você convide outras meninas também. Eu vou ti espera Niltom O filme vai ser às 14:30 horas o nome do Cinema é Cine Tatiana lá no Coxipó. Niltom não ligue com a dispesa deixe com comigo Niltom Eu vou ti esperaria na portaria do Cine Niltom não falte tispero Ia ass: Gelsom.
(G, 4s série)
II. Historia da Minha vida Historia da minha vida Vou começar esta História falando da minha vida. Minha vida e uma vida muito feliz porque eu tenho minha querida mãe é ela e muito boa para mim. Quando nós morava no Paraguai era muito difícil, o produto que nós colhia nós tinha de dar a
metade pro comissário e pra vender tinha que pagar o Permicio senão não tiro nem um grão de cereais só que nós sempre espera um dia comseguir um pedaço de terra, e com o esforço um pouco de cada um e com a colaboração e o sacrifício das irmãs nos temos hoje onde morar.
Mas só quando fazia um ano que nos estava aqui aconteceu que o meu irmão morreu e nos fiquemos muito triste mas agora já tamos nos desacostumando.
(S.L, 3a série)
Comentários
Conteúdos Estabelecidos na questão: Língua Portuguesa
Habilidades Aferidas: Capacidade de: descrever e justificar as peculiaridades fonológicas, morfológicas, lexicais, sintáticas e
semânticas do português brasileiro, com especial destaque para as variações regionais e socioletais, e para as especificidades da norma padrão; produzir e ler competentemente enunciados em diferentes linguagens e traduzir umas em outras; compreender, avaliar e produzir textos de tipos variados em sua estrutura, organiza-
ção e significado; pesquisar e articular informações lingüísticas. literárias e culturais; interpretar adequadamente textos cie diferentes gêneros e registros lingüísticos e explicar processos ou argumentos utilizados para justificar sua interpretação.
Padrão de resposta esperado:
Texto I ("Carta");
Pelo fato de escrever uma carta, o autor deste texto mantém, através da escrita, uma grande proximidade com relação ao seu interlocutor que é específico e vem representado como co-participante da situação de produção do discurso, Isso vem indicado, na escrita, pela repetição freqüente do nome do interlocutor "Niltom".
Observa-se que este texto, embora apresentado sob forma escrita, poderia ser visto como uma repre
sentação de um discurso oral coloquial, pelas suas caracteristicas estruturais.
Texto il ("História da Minha Vida"):
Pelo fato ce relatar a história de sua vida, o autor desse texto mantém, através da escrita, um maior distanciamento com relação ao seu interlocutor. Este. embora pressuposto, é um interlocutor virtual, genérico. que não é representado como co-participante da situação de produção do discurso
Esse texto aproxima-se mais das expectativas de organização estrutural de um texto escrito, embora traga marcas de oralidade caracteristicas da variedade lingüística de seu autor ("quando nós morava", "o produto que nós colhia nós tinha de dar", "nós sempre espera' , "quando fazia um ano que nos estava aqui", "nos fiquemos muito triste").
Questão nº 3
Um famoso pintor, numa exposição de suas obras, ouviu o seguinte comentário de alguém sobre a figura representada numa das telas: "- Que mulher mais esquisita!". O pintor aproximou-se e replicou, serenamente: "Mas isso não é uma mulher, isso é um quadro... "
Pode um bom escritor valer-se de uma réplica semelhante, se alguém censura o irrealismo de uma
personagem ou a estranheza de uma imagem poética? Justifique sua resposta, numa argumentação
concisa.
Comentários
Conteúdos estabelecidos na questão: Teoria da Literatura
Habilidades Aferidas: Capacidade de: pesquisar e articular informações lingüísticas, literárias e culturais; apreender criticamente as obras literárias, não somente por meio de uma interpretação derivada do contato direto com elas, mas também pela mediação de obras de crítica e de teoria literárias; estabelecer e discutir as relações dos textos literários com outros tipos de discursos e com os contextos em que se inserem;
Padrão de Resposta Esperado: Resposta afirmativa: justificativas • Literatura é representação (ou transfiguração, ou simbolização, ou ficcionalização, ou mimese, ou imita
ção) do real, com ele não se confundindo. • O escritor preocupa-se com a verossimilhança, com a coerência interna do que cria. • O escritor apóia-se mais na fantasia e na imaginação do que na observação objetiva e direta dos fatos. • Personagens literárias não são pessoas. • O efeito de estranheza decorre da natureza mesma das imagens poéticas.
Resposta negativa: justificativa:
• Os meios de expressão da pintura não se confundem com os da literatura.
Questão nº 4
Ao comparar o trabalho do historiador com o do romancista, o crítico inglês E. M. Forster tece as
seguintes considerações:
O historiador trata das ações, e do caráter dos homens até onde lhe é possível deduzi-lo de suas ações.
Preocupa-se tanto com o caráter quanto o romancista, mas só pode saber da sua existência quando ele
se mostra à superfície. (...) A vida oculta é, por definição, velada e, quando se mostra através de sinais
exteriores, não é mais oculta, já entra no domínio da ação. E a função do romancista é revelar essa vida
oculta na sua fonte.
Discuta tais argumentos, tendo por base os fragmentos abaixo:
I. Aos dezessete anos, Marx foi enviado rio abaixo até Bonn, para estudar na universidade. Esta era, então,
uma pequena academia com umas poucas centenas de alunos, de tendência muito aristocrática. Marx
ainda era um romântico; seus interesses, já mais amplos, incluíam a bebida e a arte de duelar. Até
mesmo pelos frouxos padrões acadêmicos da época, ele era considerado bastante indolente.
(John Kenneth Galbraith, A era da incerteza)
II. Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que forarn aqueles olhos
de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e
me fizeram. Olhos de ressaca ? Vá, de ressaca. É o que me dá idéia daquela feição nova. Traziam não sei
que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia,
nos dias de ressaca.
(Machado de Assis, Dom Casmurro)
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Conteúdos Estabelecidos na Questão: Teoria da Literatura.
Habilidades Aferidas: Capacidade de- estabelecer e discutirás relações dos textos literários com outros tipos de discursos e com os contextos em que se inserem; apreender criticamente as obras literárias, não somente por meio de uma interpretação derivada do contato direto com elas, mas também pela mediação de obras de crítica e de teoria literárias; interpretar adequadamente textos de diferentes gêneros e registros lingüísticos e explicar os processos ou argumentos utilizados para justificar sua interpretação; pesquisar e articular informações linguísticas, literárias e culturais.
Padrão de resposta esperado • Há a busca de objetivação isenta no discurso cientifico do historiador; ao romancista interessa a valorização subjetiva de fatos imaginados. • O romancista é um livre criador de situações; o historiador organiza e analisa fatos concretos, de comprovada relevância social. • A linguagem do romancista afirma-se, diferentemente da do historiador, como expressão estética. • A personalidade de Marx é apresentada a partir de seu comportamento exterior num contexto histórico real: a personalidade de Capitu é revelada a partir de traços subjetivamente interpretados pelo protagonista-narrador, diretamente envolvido com aquela personagem.
Questionário Pesquisa
sta pesquisa é parte integrante do Exame Nacional de Cursos e tem por objetivo levantar informações que permitam identificar as condições institucionais de ensino, bem como traçar o perfil do conjunto de graduandos. Ela permitirá o planejamento de ações, na busca da melhoria da qualidade dos cursos. Para que essa meta seja alcançada, é importante sua participação. Procure responder este questionário de forma individual, conscienciosa e independente. A fidedignidade das suas respostas é fundamental.
Em cada questão, marque apenas uma resposta, ou seja, aquela que melhor corresponde às suas características pessoais, às condições de ensino vivenciadas por você e às suas perspectivas para o futuro. Os dados obtidos serão sempre tratados estatisticamente, de forma agregada, isto é, segundo grupos de indivíduos. Não haverá tratamento e divulgação de dados pessoais.
Preencha o cartão apropriado com as suas respostas, utilizando para tanto caneta esferográfica azul ou preta.
Entregue esse cartão ao coordenador de sua sala, no local do Exame, no dia 07 de junho de 1998.
Gratos pela sua valiosa contribuição.
01 - Em relação ao Exame Nacional de Cursos, você gostaria de receber o resultado de seu desempenho na Prova ?
(A)-Sim. 90.0 (B)-Não. 6,2 Sem informação. 3,8
Caracteristicas Pessoais
02 - Qual é o seu estado civil? (A) Solteiro. (B) Casado. (C) Separado/desquitado/divorciado. (D) Viúvo. (E) Outros. Sem informação.
03 - Quantos irmãos você tem? (A) Nenhum. (B)Um. (C) Dois. (D) Três. (E) Quatro ou mais. Sem informação.
04 - Quantos filhos você tem? (A) Nenhum. (B)Um. (C) Dois. (D) Três. (E) Quatro ou mais. Sem informação.
55,6 30,4 5,6 1,4 4.4 2,5
6.5 17,1 22,0 14,9 37,4 2,1
66,4 14,0 10,7 5,0 1,9 2.0
05 - Com quem você morou durante a maior parte do tempo em que freqüentou este curso superior? (A) Com os pais e/ou outros parentes. 62 4 (B) Com esposo(a) e filho(s) 27 2 (C) Com amigos 3,9 (D) Em alojamento universitário. (E) Sozinho. 3.7 Sem informação. 1.7
06 - Você calcula que a soma da renda mensal dos membros da sua família que moram em sua casa seja: (A) Até R$390,00. 14.6 (B) De R$391,00 a R$1.300.00. 48.7 (C) De R$1.301,00 a R$2.600,00. 23 2 (D) De R$2.601,00 a R$6.500,00. 9.7 (E) Mais de R$6.500,00. 1,7 Sem informação. 2.1
07 - Qual o grau de escolaridade do seu pai? (A) Nenhuma escolaridade. 10,4 (B) Ensino fundamental (primeiro grau) incompleto. 52 7 (C) Ensino fundamental (primeiro grau) completo (8a série). 11.5 (D) Ensino médio (segundo grau) completo. 14.1 (E) Superior. 9,4 Sem informação. 2.0
08 - Qual o grau de escolaridade da sua mãe? (A) Nenhuma escolaridade. 9.1 (B) Ensino fundamental (primeiro grau) incompleto. 52 3 (C) Ensino fundamental (primeiro grau) completo (8a série). 11.7 (D) Ensino médio (segundo grau) completo. (E) Superior. 9.1 Sem informação. 1,8
09 - Qual o meio de transporte mais utilizado por você para chegar à sua instituição? (A) Carro ou motocicleta próprios. 16 3 (B) Carro dos pais. 4,5 (C) Carona com amigos e vizinhos. 4,8 (D) Transporte coletivo (ônibus, trem, metrô). 63,1 (E) Outro. 9,5 Sem informação. 1,8
10 - Existe microcomputador em sua casa? (A) Sim. 25.7 (B) Não. 65,4 Sem informação. 8,9
11 - Durante a maior parte do seu curso, qual foi a carga horária aproximada de sua atividade remunerada? (A) Não exerci atividade remunerada. 14,1 (B) Trabalhei eventualmente, sem vínculo empregatício. 11,6 (C) Trabalhei até 20 horas semanais. 15,0
(D) Trabalhei mais de 20 horas e menos de 40 horas semanais. 229 (E) Trabalhei em tempo integral -40 horas semanais ou mais. 33.8 Sem informação. 2,5
Atividades
12 - Para que você utiliza computador? (A) Não utilizo computador (se optar por esta alternativa, passe para a Questão 16). 44,7 (B) Utilizo-o apenas para entretenimento. 0,8 (C) Utilizo-o para trabalhos escolares. 15,6 (D) Utilizo-o para trabalhos profissionais. (E) Utilizo-o para entretenimento, trabalhos escolares e profissionais. 24,7 Sem informação. 6,6
13 - Caso utilize computador, como você aprendeu a operá-lo? (A) Sozinho. 14,2 (B) Por meio de bibliografia especializada. 1,1 (C) Na minha Instituição de Ensino Superior. 3,7 (D) No meu local de trabalho. 14.5 (E) Em cursos especializados. 16,1 Sem informação. 50.3
14 - Caso utilize computador em seus trabalhos escolares e profissionais que tipos de programas você opera? (A) Processadores de texto. 274 (B) Processadores de texto e planilhas eletrônicas. 6,1 (C) Processadores de texto, planilhas eletrônicas e sistemas de banco de dados. 7,1 (D) Os três tipos de programas acima, além de programas de apresentação {harvard graphics, powerpoint e outros congêneres). 6 1 (E) Todos os programas acima, programas desenvolvidos por você mesmo e programas específicos da área do seu curso. 1,9 Sem informação. 51,5
15 - Caso utilize computador, você tem predominantemente acessado a INTERNET a partir de que equipamento?: (A) Daquele colocado à disposição pela minha Instituição de Ensino Superior. 7,6 (B) Daquele disponível na minha residência, por meio de assinatura paga de acesso à Internet. 5,5 (C) Equipamento disponível no meu local de trabalho. 6,6 (D) Equipamento colocado à minha disposição em outro local. 4,0 (E) Nunca tive a oportunidade de acessar a Internet 25,1 Sem informação. 51,1
16 - Durante o seu curso de graduação, quantos livros você tem lido, em média, por ano, excetuando-se os livros escolares obrigatórios? (A) Nenhum. 3.7 (B)Um. 7,9
(C) Dois a três. 33,5 (D) Quatro a cinco. 22,5 (E) Seis ou mais. 30,4 Sem informação 2.0
17 - Durante o seu curso de graduação, quantas horas por semana você tem dedicado, em média, aos seus estudos, excetuando-se as horas de aula ? (A) Nenhuma, apenas assisto às aulas. 4,6 (B) Uma a duas. 36,3 (C) Três a cinco. 34,0 (D) Seis a oito. 13,3 (E) Mais de oito. 9,9 Sem informação. 1,9
18 - Qual o meio que você mais utiliza para se manter atualizado sobre os acontecimentos do mundo contemporâneo ? (A) Jornal. 28,4 (B) Revistas. 16,7 (C)TV. 48,6 (D) Rádio. 3,2 (E) Internet. 0,9 Sem informação. 2.2
19 - Como você avalia seu conhecimento da língua inglesa ? (A) Praticamente nulo. 25,1 (B) Leio, mas não escrevo nem falo. 23.0 (C) Leio e escrevo bem, mas não falo. (D) Leio e escrevo bem e falo razoavelmente. (E) Leio, escrevo e falo bem. 8,1 Sem informação. 2,0
20 - Como você avalia seu conhecimento da língua espanhola ? (A) Praticamente nulo. 58,3 (B) Leio, mas não escrevo nem falo. 26,3 (C) Leio e escrevo bem, mas não falo. 1,9 (D) Leio e escrevo bem e falo razoavelmente. 7,9 (E) Leio, escrevo e falo bem. 3,1 Sem informação. 2,4
21 - Em qual das línguas estrangeiras abaixo você é capaz de se comunicar melhor ? (A) Francês. 12,2 (B) Alemão. 2,6 (C) Italiano. 13,2 (D)Japonês. 0,7 (E) Nenhuma dessas 69,4 Sem informação. 1,8
22 - Simultaneamente ao seu curso de graduação, em que áreas você desenvolve ou desenvolveu atividades artísticas? (A) Teatro. 2.0,9 (B) Artes plásticas. 3,5 (C) Música. 10,2 (D) Dança. 4,8 (E) Nenhuma. 58,7 Sem informação. 1,9
23 - Simultaneamente ao seu curso de graduação, em que áreas você desenvolve ou desenvolveu atividades físicas / desportivas? (A) Atividades físicas individuais. 30,8 (B) Futebol. 3.6 (C) Voleibol. 3,9 (D) Outro esporte coletivo. 5 5 (E) Nenhuma. 54 0
Sem informação. 2,2
28 - Por qual Instituição a maioria dos eventos (Congressos, Jornadas, Cursos de Extensão) de que você participou? (A) Pela minha Instituição de Ensino Superior. 58,0 (B) Por outras instituições de ensino. (C) Por diretórios estudantis ou centros acadêmicos. 5.9 (D) Por associações científicas da área. (E) Não participei de eventos. 24,8 Sem informação. 2,0
Formação no Ensino Médio
24 - Em que tipo de escola você freqüentou o ensino médio (segundo grau)? (A) Todo em escola pública (municipal, estadual, federal). 59,0 (B) Todo em escola privada. 205 (C) A maior parte do tempo em escola pública. 9,3 (D) A maior parte do tempo em escola privada. 4.6 (E) Metade em escola pública e metade em escola privada. 4,7 Sem informação. 1,8
29 - Você foi beneficiado por algum tipo de bolsa de estudos para custeio das despesas do curso? (A) Não. 73,0 (B) Crédito Educativo-Creduc (Caixa Econômica Federal). 8,3 (C) Bolsa integral oferecida pela instituição. (D) Bolsa parcial ou desconto nas anuidades oferecida pela sua instituição. 9,0 (E) Bolsa, parcial ou integral, oferecida por entidades externas (empresas, organismos de apoio ao estudante etc). 5,5 Sem informação. 1,8
25 - Qual foi o tipo de curso do ensino médio (segundo grau) que você concluiu? (A) Comum ou de educação geral, no e-nsino regular. 33.6 (B) Técnico (eletrônica, contabilidade, agrícola etc.) no ensino regular. (C) Magistério de Primeira a Quarta Série (Curso Normal), no ensino regular. 39,4 (D) Curso de Ensino Médio Supletivo 4,4 (E) Outro curso. '2,7 Sem informação. 1,8
Curso de Graduação
26 - Destaque uma dentre as atividades acadêmicas que você desenvolveu por mais tempo durante o período de realização do seu curso de graduação, além daquelas obrigatórias. (A) Nenhuma atividade. 50,2 (B) Atividades de iniciação científica ou tecnológica. 4,4 (C) Atividades de Monitoria. 5,2 (D) Atividades em projetos de pesquisa conduzidos por professores da Instituição. 18.8 (E) Atividades de extensão promovidas pela Instituição. 19,5 Sem informação. 1,9
27 - Que atividade(s) extraclasse(s) oferecida(s) pela sua instituição você mais desenvolveu durante o período da realização do curso? (A) Nenhuma. 59,0 (B) Estudo de linguas estrangeiras. 17,4 (C) Atividades artísticas diversas. 11,0 (D) Atividades desportivas. 2,8 (E) Mais de uma das atividades acima. 7,8 Sem informação. 1,9
30 - Durante a maior parte do seu curso de graduação, considerando-se apenas as aulas teóricas, qual o número médio de alunos por turma? (A) Até 30 alunos. 37,8 (B) Entre 31 e 50 alunos. 43,8 (C) Entre 51 e 70 alunos. 12 5 (D) Entre 71 e 100 alunos. 3.4 (E) Mais de 100. 0,8 Sem informação. 1,7
31 - Quanto às aulas práticas (laboratórios etc.) do seu curso, você diria que: (A) As aulas práticas não são necessárias no meu curso (passe para a Questão 34). 15,6 (B) As aulas práticas são necessárias, mas não são oferecidas (passe para a Questão 34). 23,2 (C) Raramente são oferecidas aulas práticas. 17,0 (D) As aulas práticas são oferecidas com freqüência, mas não são suficientes. 12,8 (E) As aulas práticas são oferecidas na freqüência exigida pelo curso. 26,4 Sem informação. 4,9
32 - Com relação aos laboratórios utilizados durante o seu curso, você diria que possuem equipamentos: (A) totalmente atualizados e em número suficiente para todos os alunos. 14,6 (B) atualizados, mas em número insuficiente para todos os alunos. 19,9 (C) equipamentos desatualizados, mas bem conservados e em número suficiente para todos os alunos. 6,0 (D) equipamentos desatualizados, mas bem conservados, entretanto insuficientes para todos os alunos. 9,8 (E) antigos, sem conservação alguma, inoperantes e insuficientes para os alunos. 8,6 Sem informação. 41,1
33 - As aulas práticas comportam um número adequado de alunos em relação aos equipamentos, material e espaço pedagógico disponíveis? (A) Sim, todas elas. 16,7 (B) Sim, a maior parte delas. 16,6 (C) Sim, metade delas 7,0 (D)Sim, poucas. (E) Não, nenhuma. 6,3 Sem informação. 40.2
34 - Tomando por base a sua vivência escolar, você considera que há disciplinas do curso que deveriam ser eliminadas ou ter seu conteúdo integrado a outras? (A) Não, todas as disciplinas ministradas no curso são importantes. 44.3 (B) Há poucas disciplinas que deveriam ter seu conteúdo integrado ao de outras. 31.8 (C) Há muitas disciplinas que poderiam ter seu conteúdo integrado ao de outras. 12,0 (D) Há várias disciplinas que deveriam ser totalmente eliminadas. 7,2 (E) Não sei. 2,8 Sem informação. 1,9
35 - Ainda tomando por base a sua vivência escolar, você acha que há novas disciplinas que deveriam ser incorporadas ao currículo pleno do curso? (A) Não, o currículo pleno do curso está perfeito. 11,4 (B) Sim, embora o currículo do curso seja bem elaborado, há poucas disciplinas novas que poderiam ser incorporadas. 40,1 (C) Sim, embora o currículo seja bem elaborado, há muitas disciplinas novas que poderiam ser incorporadas. 27,4 (D) Sim, o currículo do curso é deficiente e há muitas disciplinas que deveriam ser incorporadas. 14,6 (E) Não sei. 4,7 Sem informação. 1,8
36 - Você considera que as disciplinas do curso estão bem dimensionadas? (A) Não, algumas disciplinas estão mal dimensionadas: muito conteúdo e pouco tempo para o seu desenvolvimento. 53,1 (B) Não, algumas disciplinas estão mal dimensionadas: muito tempo disponível para pouco conteúdo a ser ministrado. 8,0 (C) Sim, as disciplinas estão razoavelmente bem dimensionadas. 28.6 (D) Sim, as disciplinas do curso estão muito bem dimensionadas. 6,8 (E) Não sei. 1,6 Sem informação. 1,9
37 - Quanto ao estágio curricular supervisionado obrigatório, você diria que: (A) Não é oferecido no meu curso (passe para a Questão 39). 6,1 (B) Tem menos de 200 horas. 50,8
(C) Está entre 200 e 299 horas. 21,1 (D) Está entre 300 e 399 horas. 15,5 (E) Tem mais de 400 horas. Sem informação. 4,9
38 - Qual foi, no seu entender, a maior contribuição do estágio curricular supervisionado? (A) O aperfeiçoamento técnico-profissional. (B) O conhecimento do mercado profissional. (C) O conhecimento de novas áreas de atuação para os graduados no meu curso. 2,3 (D) A reafirmação da escolha profissional feita. 9,4 (E) A demonstração da necessidade de contínuo estudo para eficiente exercício profissional. Sem informação. 9,6
39 - Quanto à utilização de microcomputadores em seu curso, você diria que: (A) o meu curso não necessita da utilização de microcomputadores. 14,7 (B) a instituição não possui microcomputadores. 8,5 (C) a instituição possui microcomputadores, mas os alunos de graduação não têm acesso a eles. 31,3 (D) o acesso aos microcomputadores é limitado pelo seu número insuficiente ou pelo horário de utilização. 27 9 (E) a instituição possui um número suficiente de equipamentos e viabiliza a sua utilização de acordo com as necessidades do curso. 15,0 Sem informação. 2,6
Biblioteca
40 - Como você utiliza a biblioteca de sua instituição? (A) A Instituição não tem biblioteca (se marcou esta alternativa, salte para a questão 48). 0,4 (B) A Instituição possui biblioteca, mas não a utilizo. 6,2 (C) Utilizo pouco a biblioteca, porque não sinto muita necessidade dela. 13,0 (D) Utilizo pouco a biblioteca, porque o horário de funcionamento não me é favorável. 10,9 (E) Utilizo freqüentemente a biblioteca. 67,5 Sem informação. 2,0
41 - Como você avalia a atualização do acervo da biblioteca face às necessidades curriculares do seu curso? (A) É atualizado. 22,1 (B) É medianamente atualizado. 36,2 (C) É pouco atualizado. 24,2 (D) Não é atualizado. 12,7 (E) Não sei. 2,9 Sem informação. 2,0
42 - Como você avalia o número de exemplares disponíveis na biblioteca para atendimento do alunado do curso? (A) É plenamente suficiente. 10,3 (B) Atende medianamente. 39,0
(C) Atende pouco. 15,3 (D) É insuficiente. 30,8 (E) Não sei. 2.7 Sem informação. 18
43 - Como você avalia a atualização do acervo de periódicos especializados disponíveis na biblioteca? (A) Não existe acervo de periódicos. (B) Existe, mas é desatualizado. 12,1 (C) É razoavelmente atualizado. (D) É atualizado. 20.6 (E) Não sei. 19,0 Sem informação. 2.5
44 - A biblioteca de sua instituição oferece serviço de empréstimo de livros? (A) Sim, para todo o acervo. 54,2 (B) Apenas para obras de caráter didático. (C) Apenas para as obras de interesse geral. 14 1 (D) Não há empréstimo. 3.3 (E) Não sei. 2,7 Sem informação. 2,0
45 - Como você avalia o serviço de pesquisa bibliográfica oferecido, você diria que: (A) Utiliza apenas processos manuais (fichários). 43 4 (B) Dispõe de sistema informatizado local. (C) Dispõe de acesso à rede nacional de bibliotecas universitárias. 5,6 (D) Dispõe de acesso à rede internacional de bibliotecas. 4.0 (E) Não sei. 6.8 Sem informação. 2 2
46 - A biblioteca de sua instituição oferece horário adequado de funcionamento? (A) Sim, é plenamente adequado. 65 1 (B)É medianamente adequado. 24,0 (C) É muito pouco adequado. 5,5 (D) Não é adequado. 2,4 (E) Não sei. 1.2 Sem informação. 1.8
47 - A biblioteca de sua instituição oferece instalações adequadas para leitura e estudo? (A) Sim, plenamente adequadas. 46,5 (B) Medianamente adequadas. 33,5 (C) Muito pouco adequadas. 11,5 (D) Inadequadas. 6,0 (E) Não sei. 0,7 Sem informação. 1,8
Docentes
48 - Qual o tipo de material bibliográfico que tem sido o mais utilizado por indicação dos professores durante o seu curso de graduação? (A) Apostilas e resumos. 33,4 (B) Livros-texto e manuais. 17,9
(C) Cópias de capítulos e trechos de livros. 42,3 (D) Artigos de periódicos especializados. 1.4 (E) Anotações manuais e cadernos de notas Sem informação. 2,2
49 - Durante o seu curso de graduação, que técnicas de ensino a maioria dos professores tem utilizado, predominantemente? (A) Aulas expositivas. 10,8 (B) Trabalhos de grupo, desenvolvidos em sala de aula. 6,4 (C) Aulas expositivas e aulas práticas. (D) Aulas expositivas e trabalhos de grupo. 40.5 (E) Aulas expositivas, aulas práticas, trabalhos de grupo e videoaulas. 36,4 Sem informação. 2,0
50 - Você considera que os seus professores têm demonstrado empenho, assiduidade e pontualidade? (A) Nenhum tem demonstrado. 0,5 (B) Poucos têm demonstrado. 12,8 (C) Metade tem demonstrado. 12,3 (D) A maior parte tem demonstrado. 50,6 (E) Todos têm demonstrado. 22,0 Sem informação. 1.8
51 -Você considera que os seus professores demonstram domínio atualizado das disciplinas ministradas ? (A) Nenhum demonstra. 0,6 (B) Poucos demonstram. 9,5 (C) Metade demonstra. 10,9 (D) A maior parte demonstra. 51,2 (E) Todos demonstram. 26,1 Sem informação. 1,7
52 - Que instrumento de avaliação da aprendizagem a maioria dos seus professores adota predominantemente? (A) Provas escritas periódicas (mensais, bimensais). 68,5 (B) Trabalhos de grupo, escritos. 14,5 (C) Trabalhos individuais, escritos. 7,4 (D) Prova prática. 3,0 (E) Não usa instrumentos específicos de avaliação. 4,4 Sem informação. 2,2
53 - Ao iniciar os trabalhos com cada disciplina, os docentes apresentam plano de ensino contendo objetivos, metodologias, critérios de avaliação, Cronograma e bibliografia? (A) Nenhum apresenta. 4.7 (B) Poucos apresentam. 19,8 (C) Metade apresenta. 8.2 (D) A maior parte apresenta. 36,9 (E) Todos apresentam. 28,5 Sem informação. 1,8
54 - Como você avalia orientação extraclasse prestada pelo corpo docente? (A) Nunca procurei orientação extraclasse. 21,4 (B) Procurei, mas nunca encontrei. 2,5 (C) Procurei, mas raramente encontrei. 6,1
(D) Procurei e encontrei algumas vezes. 28.2 (E) Sempre há disponibilidade do corpo docente para orientação extraclasse. Sem informação. 2 0
Contribuição do curso
55 - Como você avalia o nível de exigência do seu curso? (A) Deveria ter exigido muito mais de mim. (B) Deveria ter exigido um pouco mais de mim. 33.5 (C) Exigiu de mim na medida certa. 38,5 (D) Deveria ter exigido um pouco menos de mim. 5,0 (E) Deveria ter exigido muito menos de mim. 0,6 Sem informação. 2,0
56 - Qual você considera que a maior contribuição do curso que está concluindo? (A) A obtenção de diploma de nível superior. 12,2 (B) A aquisição de cultura geral. 36.3 (C) O aperfeiçoamento técnico-profissional. 34.S (D) A formação teórica. 9,7 (E) Melhores perspectivas de ganhos materiais. 4 9 Sem informação. 2,0
57 - Qual das habilidades foi mais desenvolvida pelo seu curso? (A) Capacidade de comunicação. 24.0 (B) Habilidade de trabalhar em equipe. (C) Capacidade de análise crítica. 54.8 (D) Senso ético. 1,9 (E) Capacidade de tomar iniciativa. 4,2 Sem informação 2,0
60 - Relatórios de atividades desenvolvidas por você em projetos de pesquisa na área de Letras? (A)Sim. 49,0 (B)Não. 48,5 Sem informação. 2,6
61 - Relatórios de estágios em escolas de ensino médio e fundamental? (A)Sim. 82,5 (B)Não. 14,6 Sem informação. 2,9
62 - Relatórios de atividades desenvolvidas por você, na área de Letras, sem empresas ou em organizações diversas? (A)Sim. 13,3 (B)Não. 84,1 Sem informação. 2,6
63 - Relatórios de atividades desenvolvidas por você em "semanas acadêmicas" ou seminários sobre temáticas específicas do Curso? (A) Sim. 45,3 (B)Não. 52,2 Sem informação. 2,5
64 - Monografia final de curso, apresentada perante Banca Examinadora? (A) Sim. 25,1 (B)Não. 71,8 Sem informação. 3,1
Quanto ao seu desenvolvimento lingüístico na modalidade oral:
Perspectivas Futuras 6 5 - 0 curso ofereceu oportunidades para você desenvolver essa modalidade?
58 - Quanto aos estudos, após a conclusão deste curso, o que pretende? (A) Não fazer nenhum outro curso. 2,6 (B) Fazer outro curso de graduação. 19,2 (C) Fazer cursos de aperfeiçoamento e especialização. 48,6 (D) Fazer curso de mestrado e doutorado na mesma área. 25.4 (E) Fazer curso de mestrado e doutorado em outra área. 2,2 Sem informação. 2,0
Questões Específicas
No decorrer de seu curso de Letras, que instrumentos de avaliação escrita, dentre os enumerados abaixo, foram propostos:
(A) Sim. 74.1 (B)Não. 23,5 Sem informação. 2,4
6 6 - 0 seu desempenho oral foi avaliado do ponto de vista do uso do dialeto culto padrão? (A)Sim. 64,3 (B)Não. 33,1 Sem informação. 2,6
No decorrer do Curso de Letras, você teve oportunidade de:
67 - Participar de atividades de pesquisa na área de Letras, coordenada por professores da Instituição? (A)Sim. 47.9 (B)Não. 49,7 Sem informação. 2,4
59 -Trabalhos complementares aos conteúdos desenvolvidos em sala de aula? (A)Sim 90,5 (B)Não 7,1 Sem informação. 2,4
68 - Apresentar oralmente os resultados de pesquisas em eventos de iniciação científica? (A)Sim. 24.1 (B)Não. 73,3 Sem informação. 2,6
69 - Escrever trabalhos de cunho acadêmico, individualmente ou em co-autoria, chegando a publicá-los em periódicos, anais de eventos, jornais, livros? (A)Sim. 13,0 (B)Não. 84,5 Sem informação. 2,5
70 - Escrever textos ficcionais para a publicação em jornais, revistas ou livros? (A) Sim. 10,2 (B) Não. 87,2 Sem informação. 2,5
71 - Quanto ao estágio supervisionado obrigatório para Licencitaura, no Curso de Letras, você diria que: (A)Tem sido realizado de forma simulada em sala de aula. 6,4
(B) Tem sido desenvolvido em escolas de ensino fundamental e médio, com a supervisão direta da Instituição 67,4 (C) Tem sido realizado pelos alunos em escolas, sem a supervisão direta da Instituição. (D) Tem sido realizado em empresas e organizações diversas. (E) Não tem sido providenciado pela Instituição. 1 9 Sem informação.
72 - Quanto ao exercício profissional, após a conclusão do curso de Letras, você pretende: (A) Empregar-se como professor. (B) Empregar-se como secretário, tradutor, revisor ou outra função relacionada com a área de Letras. 18,0 (C) Abrir uma escola. (D) Criar outras formas de trabalho na área. (E) Trabalhar em outra área não relacionada com Letras. Sem informação. 5,0
Análise das Respostas ao Questionário-pesquisa
Aqui se apresenta a distribuição das freqüências obtida a partir das respostas dos graduandos dos cursos de Letras ao questionário sociocultural que integra o Exame Nacional de Cursos 1998 - ENC-98.
As respostas correspondem a um máximo de 15.097. Naturalmente, existem variações em torno deste total devido às diferenças de respostas válidas.
A análise aqui apresentada focaliza os dados agregados por região geopolítica e por dependência administrativa das instituições. O objetivo deste estudo é traçar um perfil socioeconômico e atitudinal dos graduandos de Letras, contemplando um variado leque de questões que incluem desde indicadores objetivos, como estado civil, renda e escolaridade dos pais, até apreciações subjetivas sobre os recursos e serviços das instituições de ensino nas quais os alunos estavam matriculados, avaliações de desempenho dos professores e do nível de exigência do curso, além de expectativas para o futuro.
1. Características Socioeconômicas e Ambiente Cultural dos Graduandos
Embora a maioria dos graduandos de Letras, no Brasil como um todo, seja composta por solteiros, os percentuais correspondentes são mais elevados no Sudeste que nas demais regiões, especialmente no Norte e no Centro-Oeste, onde os que têm esse estado civil não chegam à metade. Não há diferenças significativas de estado civil quanto à dependência das instituições de ensino.
Não obstante percentuais significativos tenham um ou dois irmãos, parcelas ainda maiores são provenientes de famílias numerosas, compostas por três ou mais irmãos, especialmente no Norte, Nordeste e Centro-Oeste e nas IES federais e estaduais.
A maioria não tem filhos, mas os percentuais são menores no Norte que nas demais regiões. Entre os que têm filhos, a maior parte tem somente um ou dois.
Tabela 1 Estado Civil dos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições
em 1998(%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Solteiro
47,6
52,8
60,0
52,0
48,6
56,0
55,0
59,0
56,0
55,6
Casado
33,1
28,4
28,4
34,2
37,1
28,0
30,0
29,0
31,0
30,4
Separado/ Desquitado/ Divorciado
6,3
5,7
5,4
5,8
6,1
6,0
5,0
5,0
6,0
5,6
Viúvo
1,9 1,5
1,3
1,5
1,6
1,0
1,0
1,0
1,0
1,4
Outro
7,7
5,6
3,4
4,7
5,0
5,0
4,0
4,0
4,0
4,4
SI
3,3
6,0
1,5
1,7
1,6
3,0
4,0
2,0
2,0
2,5
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
' Os percentuais de graduandos que deixaram de dar resposta à pergunta são apresentados nas Tabelas na categoria SI (Sem Informação). Em algumas Tabelas ocorrem variações nos valores absolutos devido a perdas de informação.
Tabela 2 Número de Irmãos dos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das
Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Nenhum
3,1
5,3
7,5
7,1
5,3
6,0
6,0
6,0
7,0
6,5
Um
8,0
9,5
21,3
18,9
12,4
15,0
15,0
18,0
18,0
17,1
Dois
13,1
15,4
24,8
24,5
21,8
19,0
20,0
21,0
24,0
22,0
Três
15,1
13,3
14,4
17,4
16,7
16,0
15,0
16,0
15,0
14,9
Quatro ou mais
58,3
50,9
30,9
30,9
42.7
42,0
41,0
38,0
35,0
37,4
SI
2,4
5,6
1,3
1.2
1,1
2,0
4,0
1,0
2,0
2,1
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Tabela 3 Número de Filhos dos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das
Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Nenhum
52,4
61,7
71,2
65,6
59,7
66,0
65,0
70,0
67,0
66,4
Um
18,1
13,4
12,8
16,9
14,4
14,0
14,0
12,0
14,0
14,0
Dois
17,1
10,5
9,3
10,7
15,0
10,0
10,0
11,0
11,0
10,7
Três
6,9
6,2
4,1
4,4
7,5
5,0
5,0
5,0
5,0
5,0
Quatro ou mais
3,7
2,7
1,4
1,4
2,7
2,0
3,0
1,0
1,0
1,9
SI
1.8
5,6
1,2
0,9
0,8
2,0
4,0
1,0
2,0
2,0
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
É elevado o percentual de graduandos que residiram com os pais ou parentes durante o curso, sendo mais numerosos no Sudeste e Nordeste e entre os que estavam concluindo o curso nas IES municipais e particulares. Entre os demais, a maior parte residiu com cônjuge e filhos.
Tabela 4 Situação de Moradia dos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das
Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Com pais ou parentes
53,4
62,0
66,3
57,1
55,8
60,0
60,0
67,0
64,0
62,4
Com cônjuge e filhos
35,4
25,0
24,7
30,0
35,4
26,0
25,0
25,0
28,0
27,2
Com amigos
5,6
3,3
3,6
5,8
2,6
5,0
6,0
3,0
3,0
3,9
Alojamento universitário
0,3
1,0
1,4
0,8
1,0
3,0
1,0
1,0
1,0
1,1
Sozinho
3,0
3,6
3,1
5,5
4,4
4,0
4,0
4,0
3,0
3,7
SI
2,3
5,1
0,8
0,9
0.8
2,0
3,0
0,0
1,0
1,7
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
O exame da distribuição da renda familiar mensal mostra uma população cujo padrão de vida é bastante modesto, já que mais de 3/5, no Brasil como um todo, contam com, no máximo, dez salários mínimos. A maior freqüência recai na faixa de R$ 391,00 a R$ 1.300,00. Entretanto, especialmente no Nordeste, Norte e Centro-Oeste cerca de 1/5 tem renda familiar de, no máximo, R$ 390,00. Vale lembrar que é justamente nessas regiões que os graduandos registram famílias mais numerosas. Por outro lado, os graduandos do Sudeste e das IES privadas são os que exibem o maior poder aquisitivo, com percentuais maiores na faixa de R$ 1.301,00 a R$ 2.600,00 e de R$ 2.601,00 a R$ 6.500,00.
Tabela 5 Renda Familiar Mensal dos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das
Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Até R$ 390,00
18,5
23,0
10,1
14,8
18,8
17,0
17,0
19,0
12,0
14,6
De R$391,00 a R$1.300,00
52,4
47,2
47,7
51,4
50,6
50,0
50,0
50,0
47,0
48,7
De R$1.301,00 a R$ 2.600,00
19,8
17,0
27,4
22,2
17,9
21,0
20,0
22,0
26,0
23,2
De R$2.601,00 a R$ 6.500,00
5,9
6,0
11,9
8,8
9,6
8,0
8,0
7,0
11,0
9,7
Mais de R$ 6.500,00
1,2
1,3
1,9
1,6
1,8
1,0
1,0
1,0
2,0
1,7
SI
2,3
5,5
1,1
1,3
1,4
2,0
4,0
1,0
1,0
2,1
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
São elevadas as parcelas de graduandos que não possuem veículo próprio, e cerca de 2/3 usam transporte coletivo. Os registros de propriedade ou uso de carro ou motocicleta próprio ou dos pais, embora bastante modestos, não acompanham a distribuição inter-regional da renda familiar, já que os maiores percentuais de graduandos que têm carro à sua disposição situam-se no Centro-Oeste e no Norte.
Tabela 6 Meio de Transporte mais Utilizado pelos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência
Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Carro ou motocicleta
próprios
18,1
11,6
16,0
16,7
25,6
15,0
15,0
14,0
17,0
16,3
Carro dos pais
3,1
4,5
4,7
4,2
5,0
3,0
3,0
5,0
5,0
4,5
Carona
4,2
4,9
4,9
3,8
6,3
3,0
6,0
7,0
5,0
4,8
Coletivos
51,5
64,4
65,3
67,0
48,6
65,0
60,0
65,0
64,0
63,1
Outro
20,9
9,5
8,2
7,2
13,3
11,0
12,0
10,0
8,0
9,5
SI
2,2
5,1
0,9
1,1
1,2
2,0
4,0
1,0
1,0
1,8
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
De forma bastante consistente com os padrões de renda observados, a maior parcela dos graduandos, em todas as regiões e tipos de IES, cursou o ensino médio em escolas públicas, correspondendo a quase 3/5 no Brasil como um todo. Os percentuais são mais elevados no Centro-Oeste e nas IES municipais, e menores no Nordeste. Nessa região e nas IES federais encontram-se os maiores percentuais de graduandos que estudaram o ensino médio em escolas particulares.
Tabela 7 Tipo de Escola na qual os Graduandos cursaram o Ensino Médio, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Todo público
62,3
47,6
62,2
57,6
66,5
57,0
58,0
67,0
59,0
59,0
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Todo privado
15,0
26,4
19,4
21,6
15,6
25,0
21,0
13,0
20,0
20,5
Mais público
11,0
9,6
9,0
9,3
9,3
9,0
9,0
10,0
9,0
9,3
Mais privado
4,4
5,2
4,5
4,7
4,1
5,0
4,0
4,0
5,0
4,6
Metade público, metade privado
5,1
6,0
4,1
5,9
3,7
3,0
4,0
6,0
5,0
4,7
SI
2,2
5,2
0,9
1,0
0,8
2,0
4,0
1,0
1,0
1,8
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
No Brasil como um todo, cerca de 2/5 são provenientes de cursos de magistério, enquanto percentuais correspondentes a 1/3 realizaram cursos médios regulares e um pouco menos de 20,0% fizeram cursos técnicos. Especialmente no Sul, Sudeste e Norte e nas IES particulares, as proporções dos que estudaram em cursos supletivos mostram-se significativas.
Tabela 8 Tipo de Curso Médio concluído pelos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência
Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Regular
26,6
28,2
38,1
30,2
30,7
39,0
33,0
23,0
33,0
33,6
Técnico
20,9
15,8
17,3
21,0
20,5
20,0
18,0
20,0
17,0
18,1
Magistério
40,1
44,9
38,0
37,4
37,8
31,0
40,0
50,0
40,0
39,4
Supletivo
5,4
2,1
4,2
6,8
6,1
4,0
2,0
4,0
5,0
4,4
Outro
4,9
3,7
1,6
3,4
4,2
4,0
3,0
2,0
2,0
2,7
SI
2,2
5,3
0,9
1,3
0,7
2,0
4,0
1,0
1,0
1,8
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Não obstante o modesto poder aquisitivo da maioria, foram relativamente baixos os percentuais de graduandos que contaram com bolsas de estudo para custear o seu curso. Os que mais freqüentemente recorreram ao Crédito Educativo foram os estudantes do Sul e do Nordeste e das IES municipais e particulares. Já os graduandos do Sudeste e das IES municipais foram os que mais contaram com bolsas parciais da própria instituição e bolsas de entidades externas.
Tabela 9 Tipo de Bolsa de Estudos Utilizada pelos Graduandos para o Custeio do Curso de Letras, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Não tiveram
bolsa
88,6
69,9
71,4
70,4
83,4
92,0
86,0
64,0
63,0
73,0
Crédito educativo
2,7
11,4
7,0
13,0
4,4
1,0
1,0
11,0
13,0
8,3
Bolsa integral da IES
1,4
4,8
2,0
1,0
1,7
2,0
4,0
2,0
2,0
2,3
Bolsa parcial da
IES
1,9
4,5
12,4
7,7
6,5
1,0
3,0
14,0
6,0
9,0
Bolsa de entidades externas
3,2
4,3
6,3
6,9
3,0
2,0
3,0
14,0
6,0
5,5
SI
2,2
5,1
0,9
1,0
1,0
2,0
4,0
0,0
1,0
1,8
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Aparentemente, estes graduandos contribuíram com o seu próprio trabalho para o custeio dos seus estudos, já que foram reduzidos, no Brasil como um todo, os percentuais dos que se dedicaram exclusivamente à vida acadêmica. A maioria trabalhou, principalmente cumprindo jornadas parciais de mais de vinte e menos de quarenta horas semanais ou jornadas integrais de trabalho. Os que trabalharam em horário integral foram mais numerosos no Sul e nas IES municipais e privadas, enquanto os graduandos do Sudeste, Centro-Oeste e Norte forarn os que mais cumpriram jornadas semanais parciais de trabalho.
Tabela 10 Carga Horária Semanal de Trabalho Remunerado dos Graduandos, segundo as Regiões
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%) e a
Regiões/ Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Não trabalharam
14,6
15,3
14,1
12,6
14,4
14,0
13,0
15,0
15,0
14,1
Trabalho eventual,
sem vínculo
11,7
14,7
11,3
8,8
11,4
17,0
12,0
10,0
10,0
11,6
Trabalharam até 20 horas
13,7
18,5
13,3
15,4
16,9
19,0
18,0
12,0
13,0
15,0
Trabalharam mais de 20 e
menos de 40 horas
23,6
19,6
25,3
18,3
24,4
23,0
22,0
21,0
24,0
22,9
Trabalharam em tempo
integral
32,7
26,1
34,5
43,2
31,0
25,0
31,0
40,0
37,0
33,8
SI
3,6
5,8
1,5
1,6
2,0
3,0
4,0
1,0
2,0
2,5
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Embora haja pouca consistência na distribuição inter-regional entre o número de horas de trabalho e o número de horas dedicadas ao estudo, é possível que as obrigações profissionais destes graduandos expliquem o fato de que a maior parcela tenha estudado durante apenas uma a duas horas semanais, fora de sala de aula, seguindo-se o grupo que estudou de três a cinco horas fora de sala de aula por semana. Os que mais horas dedicam aos estudos fora de sala de aula são os graduandos do Sul e das IES federais e estaduais e os que menos o fazem são os graduandos do Sudeste e das IES municipais e privadas.
Tabela 11 Número Médio de Horas Semanais dedicadas ao Estudo fora de Sala de Aula pelos Graduandos,
segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Nenhuma, só assistem às aulas
2,6
2,8
5,5
5,1
4,1
3,0
3,0
5,0
6,0
4,6
Uma a duas
32,7
36,3
37,3
34,0
36,7
28,0
31,0
39,0
41,0
36,3
Três a cinco
40,1
34,1
33,0
33,2
36,3
38,0
35,0
36,0
32,0
34,0
Seis a oito
11,9 12,3
13,5
14,4
12,9
16,0
14,0
11,0
13,0
13,3
Mais de oito
9,9 9,3
9,6
12,3
9,0
13,0
13,0
8,0
8,0
9,9
SI
2,8
5,3
1,0
0,9
0,9
2,0
4,0
0,0
1,0
1,9
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
A maioria desses graduandos é proveniente de famílias de escolaridade paterna e materna bastante baixa. No Brasil como um todo, mais de 10,0% dos que estavam concluindo o curso de Letras têm pais sem nenhuma instrução. Os percentuais correspondentes são mais elevados no Nordeste, Centro-Oeste e Norte e nas IES
estaduais e municipais. Além disso, mais da metade dos graduandos tem pais com apenas ensino fundamental incompleto, sendo os índices mais altos registrados no Sudeste, Sul e nas IES municipais. No Brasil como um todo, o percentual de graduandos cujos pais possuem instrução superior não chega a 10,0%. A escolaridade das mães não exibe diferenças relevantes diante deste padrão.
Vale observar que o nível de escolaridade paterna e materna dos graduandos mostra-se bastante consistente com a distribuição de renda anteriormente examinada. Um outro aspecto relevante que emerge desses dados é o acentuado processo de ascensão educacional intergeracional que se constata com a observação de que apenas cerca de 1/4 dos graduandos tem pais com educação superior, cabendo às mães um percentual ainda menor, inferior a 1/5. Esse processo de mudança é mais intenso no Norte, Nordeste e Centro-Oeste e é proporcionalmente mais acentuado nas IES municipais e privadas.
Tabela 12 Escolaridade dos Pais dos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das
instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões
Norte Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência Federal
Estadual
Municipal Particular
Total Brasil
Nenhuma
13,9 15,0
8,2
7,8
14,0
10,0
12,0
13,0
9,0
10,4
Ensino fundamental incompleto
53,5 48,1
52,7
57,2
54,4
48,0
52,0
59,0
54,0
52,7
Ensino fundamental completo (*)
11,3 9,7
12,4
11,5 10,2
11,0 10,0
12,0
12,0
11,5
Ensino médio
completo
14,6
13,5
15,1
13,3 11,7
17,0
13,0
9,0 14,0
14,1
Superior
4,5
8,3 10,6
9,0 8,4
11,0
9,0 7,0
9,0
9,4
SI
2,2
5,4
1,0
1,2
1,3
2,0
4,0
1,0
1,0
2,0
Total (N)
779 2.964
7.565 2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
(*) 8 série. Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Tabela 13 Escolaridade das Mães dos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das
Instituições em 1998 (%)
Regiões / Dependência
Regiões Norte
Nordeste
Sudeste
Sul Centro-Oeste
Dependência Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Nenhuma
9,5 11,8
7,9 7,2
12,9
8,0
10,0
11,0 9,0
9,1
Ensino fundamental incompleto
52,1 45,0
54,1
56,5
50,8
48,0
50,0
58,0
54,0
52,3
Ensino fundamental completo (')
10,9
9,8 12,7
11,5 10,9
13,0
10,0
9,0 12,0
11,7
Ensino médio
completo
19,9
18,5
15,6
13,8
14,8
20,0
17,0
14,0 15,0
16,0
Superior
5,5
9,6 8,9
9,8 9,8
9,0
9,0 8,0
10,0
9,1
SI
2,1 5,3 0,8
1,2
0,8
2,0 4,0
1,0
1,0
1,8
Total (N)
779 2.964
7.565
2.319 1.470
2.514
3.305 1.018 8.182
15.097
(*) 8 série. Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Apenas 1/4 dos graduandos de Letras no Brasil como um todo dispunha de microcomputador em casa. Os percentuais correspondentes são mais baixos no Norte, Nordeste e Centro-Oeste e mais altos no Sudeste e Sul. É possível que a combinação de baixa renda e baixa escolaridade paterna e materna componha um ambiente onde os recursos de microinformática, além de serem financeiramente pouco acessíveis, sejam pouco conhecidos ou valorizados em suas potencialidades.
Tabela 14 Disponibilidade de Microcomputador em Ambiente Doméstico entre os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Sim
15,9
16,6
30,9
28,4
18,4
25,0
23,0
22,0
28,0
25,7
Não
72,8
70,7
61,7
63,5
72,8
67,0
67,0
70,0
64,0
65,4
SI
11,3
12,7
7,5
8,1
8,8
8,0
11,0
8,0
9,0
8,9
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Sob esta perspectiva, é possível entender que, apesar da rápida disseminação dos recursos de microinformática no País nos últimos anos, quase metade dos graduandos em todo o país simplesmente não utiliza microcomputadores. Os percentuais de graduandos que não usam microcomputador são mais altos no Norte, Nordeste e Centro-Oeste e nas IES municipais. Entre os que usam esse equipamento, apenas 1/4 o faz para finalidades variadas, concentrando-se especialmente no Sudeste e Sul. Vale assinalar a afinidade entre a distribuição assumida pelos percentuais dos que só usam os microcomputadores para trabalhos escolares e os percentuais dos que possuem esse equipamento em casa. Possivelmente, os graduandos que limitam a sua utilização aos trabalhos escolares são aqueles que não contam com esse equipamento no ambiente doméstico, de tal forma que a sua disponibilização aos estudantes pelas IES assume maior importância como instrumento de estudo.
Entre os graduandos em Letras que aprenderam a operar microcomputadores, a maior parte o fez em cursos especializados, seguindo-se os que aprenderam no trabalho e os que aprenderam sozinhos. Chama a atenção o baixo percentual dos que aprenderam na instituição de ensino superior.
Tabela 15 Finalidades da Utilização de Microcomputadores entre os Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Não usam
56,0
53,1
40,6
39,3
51,1
44,0
47,0
51,0
43,0
44,7
Entretenimento
0,4
0,7
0,9
0,7
1.4
1,0
1,0
1,0
1,0
0,8
Trabalhos escolares
9,6
11,5
17,3
18,4
13,7
18,0
14,0
12,0
16,0
15,6
Trabalhos profissionais
8,1
5,9
8,1
8,4
6,6
7,0
6,0
8,0
8,0
7,6
Entretenimento e trabalhos escolares e
profissionais
15,4
16,4
28,9
28,0
19,9
24,0
23,0
20,0
26.0
24,7
SI
10,5
12,3
4,3
5,1
7,4
6,0
9,0
8,0
6,0
6,6
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Tabela 16 Forma de Aprendizado de Operação de Microcomputadores entre os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Aprenderam sozinhos
7,1
8,1
17,2
16,4
11,5
17,0
13,0
11,0
14,0
14,2
Usaram bibliografia
especializada
1,0
0,6
1,2
1,0
1,6
2,0
1,0
1,0
1,0
1,1
Aprenderam na instituição
de ensino superior
2,4
3,2
4,3
3,3
2,6
5,0
4,0
1,0
3,0
3,7
Aprenderam no trabalho
9,2
8,7
16,7
17,3
13,4
12,0
11,0
15,0
17,0
14,5
Fizeram cursos
especializados
14,0
15,2
16,5
18,1
14,2
14,0
15,0
15,0
17,0
16,1
SI
66.2
64,1
44,0
43,9
56,7
50,0
55,0
58,0
48,0
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
50,3 15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Como mostra a Tabela 17, entre os que usam microcomputador, a maior parcela se resume aos editores de texto. Os dados da Tabela 18 mostram que também é pouco generalizado o acesso à Internet.
Tabela 17 Programas de Microcomputador mais Utilizados pelos Graduandos, segundo as Regiões e
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Reg
iões
/Dep
end
ênci
a
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Pro
cess
ado
res
de
Tex
to
16,2
19,7
31,0
31,3
24,6
31,0
26,0
22,0
28,0
27,4
Pro
cess
ado
res
de
Tex
to e
Pla
nilh
as
Ele
trôn
icas
4,4
4.5
7,0
6,7
4,4
6,0
6,0
5,0
7,0
6,1
Pro
cess
ado
res
de
Tex
to,
Pla
nilh
as
Ele
trô
nic
as e
B
anco
de
Dad
os
6,3
5,3
7,7
8,3
5,9
6,0
6,0
7,0
8,0
7,1
Pro
cess
ado
res
de
Tex
to,
Pla
nilh
as
Ele
trô
nic
as, B
anco
de
Dad
os
e P
rog
ram
as
de
Ap
rese
nta
ção
4,6
3,9
7,1
6,6
5,2
5,0
5,0
5,0
7,0
6,1 T
od
os
os
ante
rio
res,
al
ém d
e p
rog
ram
as
pes
soai
s e
pro
gra
mas
es
pec
ífic
os
do c
urso
1,4
1,3
2,1
2,2
1,5
1,0
1,0
1,0
2,0
1,9
SI
67,1
65,4
45,0
45,0
58,5
51,0
56,0
59,0
49,0
51,5
Tota
l (N
)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Tabela 18 Equipamento de Acesso à Internet, usado pelos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência
Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Reg
iões
/ D
epen
dên
cia
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Dis
po
nív
el n
a IE
S
2,7
5,0
8,7
11,9
3,1
5,0
8,0
4,0
9,0
7,6
Res
iden
cial
, m
edia
nte
as
sin
atu
ra p
aga
3,1
4,5
6,2
5,2
5,7
6,0
4,0
4,0
6,0
5,5
Dis
po
nív
el n
o
trab
alh
o
5,3
4,1
7,3
8,1
6,3
6,0
5,0
5,0
7,0
6,6
Dis
po
nív
el e
m
ou
tro
lo
cal
2,6
2,6
4,6
4,2
4,6
4,0
4,0
3,0
4,0
4,0
Não
tev
e o
po
rtu
nid
ade
de
aces
sar
a In
tern
et
18,7
18,8
28,6
26,0
22,0
27,0
23,0
26,0
26,0
25,1
SI
67,7
65,0
44,5
44,6
58,4
51,0
56,0
59,0
48,0
51,1
To
tal (
N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
O principal meio de informação utilizado pelos graduandos em Letras é a televisão, que atinge a maioria entre os que estavam para se formar no Nordeste, Centro-Oeste e Norte e nas IES municipais e federais. Os percentuais dos que se informam mediante a leitura de jornais é bastante modesto. Não chega a 1/3 no Brasil como um todo, embora no Sul e Sudeste represente quase o dobro do Norte e Nordeste e seja mais elevado nas IES particulares que nas demais.
Tabela 19 Meio de Informação mais Utilizado pelos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência
Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Jornal
18,1
17,5
33,6
33,3
21,2
24,0
24,0
26,0
32,0
28,4
Revistas
23,5
19,7
15,0
14,6
19,5
18,0
18,0
15,0
16,0
16,6
Televisão
54,0
55,0
45,0
46,6
54,6
52,0
49.0
56,0
46,0
48,6
Rádio
1,3
1,2
4,2
3,3
2,9
2,0
3,0
2,0
4,0
3,2
Internet
0,6
0,8
0,9
1,2
0,5
1,0
1,0
1,0
1,0
0,9
SI
2,4
5,7
1,4
1,0
1,3
2,0
4,0
0,0
2,0
2,2
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
A modéstia dos hábitos de leitura de jornais aparentemente não se estende à leitura de livros não-escola-res. De fato, mais da metade dos graduandos de Letras, no Brasil como um todo, afirmou ter lido em média, por ano, mais de quatro livros não-escolares. No Sul e nas IES federais, a parcela que leu mais de quatro livros não-escolares por ano é mais elevada que nas demais regiões e IES.
Tabela 20 Média Anual de Livros Não-Escolares lidos durante o Curso pelos Graduandos, segundo as Regiões e
a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Nenhum
1,5
2,7
4,5
3,4
3,3
3,0
4,0
3,0
4,0
3,7
Um
8,9
7,8
8,6
6,3
6,9
8,0
7,0
8,0
8,0
7,9
Dois a três
34,0
35,9
33,8
29,6
33,2
32,0
32,0
36,0
34,0
33,5
Quatro a cinco
23,4
23,4
21,7
22,3
23,9
22,0
22,0
21,0
23,0
22,5
Seis ou mais
29,9
25,1
30,3
37,3
31,4
34,0
32,0
30,0
29,0
30,4
SI
2,3
5,1
1,1
1,1
1,4
2,0
4,0
1,0
1,0
2,0
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
O conhecimento de línguas estrangeiras entre os graduandos em Letras, porém, é surpreendentemente insatisfatório. No Brasil como um todo, cerca de apenas 1/3 deles é capaz de comunicar-se oralmente em inglês,
independentemente da qualidade da sua capacidade de expressão. Os que mais freqüentemente são capazes de ler, escrever e falar esta língua são os graduandos do Sudeste e do Sul e das IES municipais e particulares. No Norte e nas IES federais, por sua vez, registram-se os maiores percentuais de graduandos que classificam o seu próprio conhecimento da língua inglesa como completamente nulo.
Tabela 21 Auto-avaliação do Conhecimento de Língua Inglesa pelos Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões Norte
Nordeste Sudeste
Sul Centro-Oeste
Dependência Federal
Estadual Municipal Particular
Total Brasil
Nulo
48.0 27,6 19,3 30,3 29,3
42,0 26,0 15,0 21,0 25,1
Só Lêem
22,3 26,7 23,2 18,8 21,4
22,0 25,0 23,0 23,0 23,0
Lêem e escrevem, mas não
falam
7,6 14,6 16,5 14,2 15,0
7,0 13,0 23,0 17,0 15,2
Lêem, escrevem e
falam razoavelmente
13,9 21,2 29,4 28,9 26,2
17,0 25,0 33,0 29,0 26,6
Lêem, escrevem
e falam bem
6,3 4,5
10,6 6,1 6,9
10,0 7,0 6,0 8,0
8,1
SI
1,9 5,4 1,0 1,7
1,1
2,0 4,0 1,0 1,0 2,0
Total (N)
779 2.964 7.565 2.319 1.470
2.514 3.305 1.018 8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Muito mais deficiente é o conhecimento de língua espanhola, a despeito das facilidades do tronco lingüístico comum e da vizinhança dos países latino-americanos de língua espanhola. Os dados da Tabela 22 mostram que mais de 4/5 dos graduandos em Letras no Brasil como um todo afirmam ser nulo o seu conhecimento de espanhol ou só se mostram capazes de ler, mas não de escrever e falar esta língua. Os maiores percentuais de graduandos cujo conhecimento de espanhol é descrito como nulo são observados no Norte, Centro-Oeste e Nordeste e nas IES municipais e particulares.
Tabela 22 Auto-Avaliação do Conhecimento de Língua Espanhola pelos Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões Norte
Nordeste Sudeste
Sul Centro-Oeste
Dependência Federal
Estadual
Municipal Particular
Total Brasil
Nulo
46,1 62,4 59,8 49,6 62,4
44,0 56,0
68,0 63,0 58,3
Só lêem
41,1 22,9 26,3 29,6 19,5
35,0 28,0
18,0 24,0 26,3
Lêem e escrevem, mas não
falam
1,9 1,9 1,6 2,6 2,4
3,0 2,0 2,0 2,0
1,9
Lêem, escrevem e
falam razoavelmente
7,1 5,3 7,5
11,9 9,7
12,0 7,0 7,0 7,0
7,9
Lêem, escrevem
e falam bem
1,4 1,3 3,5 4,7 3,7
5,0 3,0 3,0 3,0
3,1
SI
2,4 6,1 1,2 1,7 2,2
2,0 4,0 2,0 2,0 2,4
Total (N)
779 2.964 7.565 2.319 1.470
2.514 3.305
1.018 8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Também é reduzido o percentual dos que são capazes de se comunicar em outras línguas estrangeiras modernas. Registram-se percentuais relativamente significativos dos que se comunicam em italiano, entre os graduandos do Sul e do Sudeste e das IES municipais, e dos que se comunicam em francês, entre os graduandos do Norte e das IES federais.
Tabela 23 Lingua Estrangeira na qual é melhor da Capacidade de Comunicação dos Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Francês
17,1
12,6
12,9
8,2
11,4
22,0
14,0
9,0
9,0
12,2
Alemão
2,3
0,9
2,2
7,2
1,2
3,0
4,0
3,0
2,0
2,6
Italiano
9,5
9,4
14,6
18,2
7,4
11,0
12,0
18,0
14,0
13,2
Japonês
0,1
0,1
1,1
0,6
0,5
-
1,0
0,0
1,0
0,7
Nenhuma dessas
68,7
71,9
68,3
64,7
78,4
63,0
65,0
69,0
73,0
69,4
SI
2,3
5,1
0,9
1,2
1,2
2,0
4,0
1,0
1,0
1,8
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Em geral, as atividades extraclasses foram pouco desenvolvidas, sendo o estudo de língua estrangeira a que atraiu o maior percentual de graduandos, seguindo-se as atividades artísticas. Entretanto, foram relativamente baixos - especialmente no Norte e Nordeste e nas IES particulares - os percentuais de graduandos que se dedicaram a superar a lacuna no seu conhecimento de língua estrangeira mediante o desenvolvimento de atividade extraclasse oferecida pela IES.
Tabela 24 Atividade Extraclasse, oferecida pela Instituição, mais Desenvolvida pelos Graduandos durante o Curso de Letras, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Nenhuma
59,9
60,3
59,2
58,6
55,3
55,0
56,0
63,0
61,0
59,0
Língua estrangeira
11,9
13,9
19,1
17,1
19,1
23,0
18,0
18,0
15,0
17,4
Atividades artísticas
15,0
10,6
11,0
10,5
11,2
9,0
11,0
12,0
11,0
11,0
Atividades desportivas
4,2
3,3
2,7
2,1
3,1
4,0
4,0
1,0
2,0
2,8
Várias
6,4
6,5
7,2
10,7
10,1
6,0
8,0
5,0
9,0
7,8
SI
2,4
5,4
0,9
1,0
1,2
2,0
4,0
1,0
1,0
1,9
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Também foi reduzido o envolvimento com qualquer atividade artística ou desportiva em ambientes não-acadêmicos, simultaneamente ao curso. Entre as atividades artísticas desenvolvidas pelos graduandos em Letras, o teatro foi a que atraiu os maiores contingentes, seguindo-se a música. E, entre as atividades físicas/ desportivas, a preferência recaiu sobre as atividades individuais.
Tabela 25 Atividades Artísticas desenvolvidas pelos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência
Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Teatro
21,1
18,4
20,8
22,3
23,7
14,0
20,0
27,0
22,0
20,9
Artes plásticas
3,5
3,9
3,5
3,3
2,9
4,0
4,0
3,0
3,0
3,5
Música
10,3
8,0
11,0
10,7
10,0
11,0
10,0
9,0
10,0
10,2
Dança
4,9
4,3
5,3
4,6
3,7
6,0
4,0
5,0
5,0
4,8
Nenhuma
58,0
60,1
58,4
58,3
58,8
63,0
58,0
56,0
58,0
58,7
SI
2,3
5,4
1,1
0,9
1,0
2,0
4,0
1,0
1,0
1,9
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Tabela 26 Atividades Físicas/Desportivas Desenvolvidas pelos Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Atividades físicas individuais
32,7
28,4
31,8
31,4
28,6
36,0
32,0
26,0
29,0
30,8
Futebol
7,4
4,1
2,7
4,1
4,4
5,0
4,0
3,0
3,0
3,6
Voleibol
5,6
6,0
5,5
4,8
5,8
7,0
5,0
3,0
5,0
3,9
Outro esporte coletivo
5,5
6,0
5,5
4,8
5,8
7,0
5,0
3,0
5,0
5,5
Nenhuma
45,8
52,8
54,9
54,2
56,0
46,0
50,0
65,0
57,0
54,0
SI
2,8
5,8
1,2
1,3
0,7
2,0
4,0
1,0
2,0
2,2
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Entretanto, o dado mais relevante que se extrai da análise realizada nesta seção, é o de que, além de viverem em condições socioeconômicas bastante modestas, o universo cultural dos graduandos em Letras mostra-se acentuadamente estreito. Este é um aspecto de fundamental importância, na medida em que, como será visto adiante, grande parte desses graduandos pretende se dedicar ao magistério, influindo na formação das gerações futuras.
2. Características das Instituições e dos Cursos
O exame das características das instituições e dos cursos destina-se a esclarecer que atividades forarn propostas, como forarn desenvolvidas, qual o grau de participação dos alunos, de maneira a proporcionar urna imagem de como transcorreu o processo de formação dos graduandos.
Os dados permitem observar que a maior parte dos graduandos de Letras que respondeu a este questionário estudou em IES privadas (54,7%), seguindo-se os que realizaram o curso nas estaduais (22,0%) e federais (16,6%) e, com percentuais bem menores, nas municipais (6,7%).
A Tabela 27 mostra que as aulas teóricas foram oferecidas à maioria dos graduandos em turmas compostas por, no máximo, 50 alunos. Turmas mais numerosas só ocorreram em proporções significativas no Sudeste e Sul, e nas IES estaduais e privadas. Nestas últimas não chegaram a ser significativos os percentuais de graduandos cujas turmas de aulas teóricas tiveram entre 71 e 100 alunos.
Tabela 27 Número Médio de Alunos por Turma nas Aulas Teóricas, conforme os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões Norte
Nordeste Sudeste
Sul Centro-Oeste
Dependência Federal
Estadual Municipal Particular
Total Brasil
Até 30
32.2 38,8 32,0 50,8 48,2
47,0 44,0 37,0 32,0
37,8
De 31 a 50
61,6 48,0 45,1 29,8 41,3
48,0 42,0 44,0 44,0
43,8
De 51 a 70
3,6 6,6
17,7 10,4 5,4
2,0 9,0
17,0 17,0 12,5
De 71 a 100
0,4 1,5 4,0 4,7 4,1
2,0 2,0 5,0 3,4
Mais de 100
0,5 3,6 0,1
1,0
1,0 0,8
SI
2,2 5,1 0,8 0,9 1,0
2,0 3,0
1,0
1,7
Total (N)
779 2.964 7.565 2.319 1.470
2.514 3.305 1.018 8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
A oferta de aulas práticas, por sua vez, deixa muito a desejar, já que 2/5 dos graduandos no Brasil como um todo sustentam que esse tipo de aula, embora necessário, não é oferecido e/ou que raramente são oferecidas aulas práticas. A oferta dessas aulas com a freqüência exigida pelo currículo do curso é registrada por aproximadamente 1/4 dos graduandos, embora no Norte os percentuais observados sejam inferiores aos das demais regiões. Entre as IES, os maiores percentuais de graduandos que registram a oferta suficiente encontram-se nas municipais e privadas.
Tabela 28 Oferta de Aulas Práticas, conforme os Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência
Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Reg
iões
/Dep
end
ênci
a
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Não
são
nec
essá
rias
ao
Cu
rso
14,4
14,7
15,9
15,0
17,4
21,0
17,0
7,0
14,0
15,6
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
São
nec
essá
rias
, mas
nã
o s
ão o
fere
cid
as
38,8
25,4
20,6
23,8
23,1
23,0
27,0
27,0
21,0
23,2
Rar
amen
te
são
o
fere
cid
as
12,7
15,4
18,1
18,5
14,1
19,0
15,0
24,0
16,0
17,0 S
ão o
fere
cid
as,
mas
n
ão s
ão s
ufi
cien
tes
8,1
9,6
14,4
13,3
13,2
10,0
11,0
12,0
15,0
12,8
São
ofe
reci
das
na
freq
üên
cia
exig
ida
18,0
25,8
27,7
25,4
27,5
22,0
23,0
27,0
29,0
26,4
SI
8,1
9,0
3,3
4,0
4,7
5,0
7,0
3,0
4,0
4,9
To
tal (
N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Além de serem pouco freqüentes as aulas práticas oferecidas à maioria, também a oferta do Estágio Supervisionado deixa a desejar. Além de significativas parcelas de graduandos no Norte e nas IES federais e estaduais afirmarem que este não foi oferecido, a maioria teve a oportunidade de realizar estágios cuja duração ficou abaixo de 200 horas. Os graduandos do Sudeste e Centro-Oeste e das IES municipais e particulares foram os que mais freqüentemente tiveram a oferta de estágios de maior duração.
Tabela 29 Oferta do Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório, conforme os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Não é oferecido
16,7
5,4
6,8
2,8
3,4
12,0
10,0
1,0
3,0
6,1
Menos de 200 horas
48,8
56,0
46,2
60,7
49,5
58,0
50,0
53,0
49,0
50,8
Entre 200 e 299
horas
18,0
20,3
20,3
20,5
28,9
17,0
20,0
16,0
23,0
21,1
Entre 300 e 399
horas
2,8
8,0
21,6
10,4
13,5
4,0
11,0
26,0
19,0
15,5
Mais de 400 horas
3,3
1,4
1,6
2,0
1,2
2,0
2,0
1,0
2,0
1,7
SI
10,4
8,9
3,4
3,6
3,5
8,0
7,0
3,0
3,0
4,9
Total (N)
779
2.964
7,565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
O Estágio Obrigatório para Licenciatura, segundo a maioria dos graduandos, foi realizado em escolas de ensino fundamental e médio, com a supervisão direta da IES. Constata-se, todavia, no Norte, um significativo percentual de graduandos que ou não tiveram o estágio providenciado pela IES, ou este estágio foi realizado de forma simulada, em sala de aula. Observa-se, ainda, no Sudeste e nas IES municipais e privadas, a realização deste estágio em escolas de ensino fundamental e médio, sem a supervisão direta da IES.
Tabela 30 Forma de Realização de Estágio Supervisionado Obrigatório para Licenciatura pelos Graduandos,
segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Reg
iões
/ D
epen
dên
cia
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Sim
ula
do
em
sal
a d
e au
la
14,1
6,7
6,1
5,3
5,0
9,0
6,0
8,0
5,0
6,4
Em
esc
ola
s de
en
sin
o f
un
dam
enta
l e
méd
io c
om
a
sup
ervi
são
dir
eta
da
IES
52,6
66,9
64,9
76,2
75,2
66,0
71,0
65,0
67,0
67,4
Em
esc
ola
s de
en
sin
o f
un
dam
enta
l e
méd
io s
em a
su
per
visã
o d
iret
a d
a IE
S
14,2
14,4
20,3
13,5
13,1
10,0
12,0
23,0
21,0
17,1
Em
em
pre
sas
e o
rgan
izaç
ões
di
vers
as
0,3
0,3
0,7
0,3
0,7
1,0
--
-
1,0
0,5
Não
fo
i p
rovi
den
ciad
o p
ela
IES
9,6
1,0
2,0
0,8
0,8
5,0
2,0
-1,0
1,9
SI
9,1
10,6
5,9
4,0
5,2
10,0
8,0
3,0
5,0
6,6
Tota
l (N
)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Como mostra a Tabela 31, para aproximadamente 3/4 dos graduandos, o curso ofereceu oportunidades de desenvolvimento lingüístico na modalidade oral; porém, no Brasil como um todo, apenas 2/3 dos graduandos registraram que o seu desempenho oral foi avaliado do ponto de vista do uso do dialeto culto padrão.
Estas características, contudo, exibem assimetrias inter-regionais e conforme a dependência das instituições: as oportunidades de desenvolvimento lingüístico na modalidade oral foram mais mencionadas pelos graduandos do Sul e nas IES federais, e menos citadas pelos que estavam concluindo o curso no Nordeste e nas IES estaduais e privadas; a avaliação oral do ponto de vista do uso do dialeto culto padrão foi mais mencionada pelos graduandos do Norte, Sul e Centro-Oeste e das IES federais e menos registrada pelos que estudaram no Nordeste e no Sudeste.
Cerca da metade desses graduandos, no Brasil como um todo, participou de projetos de pesquisa na área de Letras, sob a coordenação de professores da IES. Percentuais mais baixos foram registrados no Norte e Nordeste e nas IES federais e estaduais. Menos freqüentes foram as oportunidades proporcionadas aos graduandos para apresentar oralmente os resultados de pesquisas em eventos de iniciação científica, que foram registrados por cerca de 1/4, sem variações inter-regionais significativas, a não ser os maiores percentuais observados no Sul. Muito menos generalizadas, ainda, foram as oportunidades de redação de trabalhos acadêmicos e de textos ficcionais para publicação, cujos percentuais mais elevados são encontrados entre os graduandos do Sul e das IES federais e estaduais.
Tabela 31 Oportunidades de Desenvolvimento Lingüístico e de Participação Acadêmica oferecidas no Curso(*), conforme os Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em
1998(%)
Reg
iões
/ D
epen
dên
cia
Regiões Norte
Nordeste Sudeste
Sul Centro-Oeste
Dependência Federal
Estadual Municipal Particular
Total Brasil
Hou
ve
des
envo
lvim
ento
lin
gü
ísti
co n
a m
od
alid
ade
ora
l
75,1 67,7 75,3 78,1 74,0
79,0 72,0 75,0 73,0 74,1
O d
esem
pen
ho
ora
l fo
i av
alia
do
do
pont
o d
e vi
sta
do
uso
do
dia
leto
cu
lto
p
adrã
o
69,4 57,7 64,4 68,6 67,6
70,0 62,0 64,0 63,0 64,3
Par
tici
po
u d
e p
esq
uis
a na
áre
a,
coo
rden
ada
por
pro
fess
ore
s da
IES
42,7 43,3 49,2 50,1 50,0
42,0 45,0 53,0 50,0 47,9
Ap
rese
nto
u
ora
lmen
te
resu
ltad
os
de
pes
qu
isa
em
even
tos
de
inic
iaçã
o c
ien
tífi
ca
20,4 23,3 235 29,9 21,9
23,0 25,0 25,0 24,0 24,1
Esc
reve
u e
pu
blic
ou tr
abal
ho
s ac
adêm
ico
s in
div
idu
ais
ou
em
co
-au
tori
a
12,2 10,1 12,2 21,0 11,0
18,0 16,0 9,0
11,0 13,0
Esc
reve
u te
xto
s fi
ccio
nai
s p
ara
pu
blic
ação
8,5 8,0
10,4 13,6 9,5
11,0 13,0 7,0 9,0
10,2
(*) Apenas respostas afirmativas. Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Observa-se, em geral, que os graduandos de Letras envolveram-se pouco em atividades acadêmicas não-obrigatórias, sendo que metade deles não desenvolveu nenhuma das modalidades apresentadas. Chama a atenção a sua reduzida participação em atividades de iniciação cientifica e monitoria. Um pouco menos de 2/5 registraram o envolvimento em projetos de pesquisa conduzidos por professores e/ou em extensão promovida pela instituição, atividades nas quais destacam-se os maiores percentuais observados no Sul e nas IES municipais e particulares.
Tabela 32 Atividade Acadêmica Não-Obrigatória, desenvolvida por mais Tempo durante o Curso pelos
Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões Norte
Nordeste Sudeste
Sul Centro-Oeste
Dependência Federal
Estadual Municipal Particular
Total Brasil
Nenhuma
56,2 51,5 51,3 47,2 43,9
52,0 50,0 52,0 50,0 50,2
Iniciação científica ou tecnológica
4,6 4,1 5,3 2,2 3,5
6,0 5,0 2,0 4,0 4,4
Monitoria
5,1 4,7 5,3 4,8 6,5
7,0 5,0 6,0 4,0 5,2
Projetos de pesquisa
conduzidos por professores
15,1 18,0 19,4 20,3 17,3
12,0 17,0 21,0 21,0 18,8
Extensão promovida
pela IES
16,0 16,2 18,0 24,5 27,6
20,0 19,0 19,0 19,0 19,5
SI
2,8 5,4 0,8 1,0 1,2
2,0 4,0 1,0 1,0 1,9
Total (N)
779 2.964 7.565 2.319 1.470
2.514 3.305 1.018 8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Embora tenha sido generalizada a participação dos graduandos em eventos, ainda assim, no Brasil como um todo, 1/4 informou não ter comparecido aos mesmos. A maioria dos eventos dos quais os graduandos participaram forarn promovidos pela própria IES, sendo mais elevados os percentuais no Sul e Centro-Oeste e mais baixos no Norte, Nordeste e nas IES municipais. Os graduandos dessas duas últimas regiões e das IES federais foram os que mais participaram de eventos promovidos por Diretórios Estudantis e Centros Acadêmicos.
Tabela 33 Quem promoveu a Maioria dos Eventos dos quais participaram os Graduandos, segundo as Regiões
e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
A própria IES
45,8
49,3
57,1
69,8
68,3
61,0
59,0
53,0
57,0
58.0
Outras IES
7,7
8,5
7,9
8,6
6,2
5,0
7,0
8,0
9,0
8,0
Diretórios e centros
acadêmicos
18,6
10,1
3,5
3,9
6,6
11,0
9,0
4,0
4,0
5,9
Associações cientificas
1,3
1.3
1,4
0,8
1,4
1,0
1,0
2,0
1,0
1,3
Não participaram de eventos
24,0
25,5
29,0
15,7
16,6
19,0
20,0
32,0
28,0
24,8
SI
2,6
5,4
1,0
1,2
1,0
2,0
4,0
1,0
1,0
2,0
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Os dados da Tabela 34 trazem importantes informações acerca da maneira pela qual as IES que oferecem os cursos de Letras têm lidado com a incorporação de novas tecnologias ao ambiente acadêmico. Exceto no Norte e Nordeste e nas IES estaduais e municipais, são reduzidos os percentuais de graduandos que informam que as IES onde estudaram não possuíam microcomputadores. As maiores proporções observadas, entretanto, dão conta de que, embora as IES possuam tais equipamentos, não permitem aos alunos de graduação utilizá-los. Os valores correspondentes variam de 44,7% no Norte a 22,9% no Sul e de 38,0% nas IES municipais a 29,0% nas privadas e nas federais. Grande parte dos graduandos informam, também, que os equipamentos disponibilizados são insuficientes e/ou o horário destinado à sua utilização pelos alunos é inadequado.
Por outro lado, o fato de percentuais significativos de graduandos terem sustentado que o curso não necessita de microcomputadores deixa claro haver um grande desconhecimento das inúmeras possibilidades abertas no campo das Letras pelos recursos da microinformática, e facilita a omissão das instituições na oferta desse recurso e no apoio ao desenvolvimento de habilidades essenciais aos profissionais contemporâneos de todas as áreas, inclusive de Letras.
Tabela 34 Acesso dos Alunos aos Microcomputadores da Instituição, conforme os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
0 Curso não
necessita
8,0
7,3
17,9
17,0
12,9
9,0
11,0
17,0
18,0
14,7
A IES não
possui
16,0
14,0
6,7
4,2
9,8
6,0
12,0
11,0
8,0
8,5
Os alunos de graduação
não têm acesso
44,7
39,5
27,9
22,9
38,8
29,0
35,0
38,0
29,0
31,3
O número é insuficiente ou
o horário é inadequado
21,8
24,8
28,5
32,3
27,0
45,0
29,0
20,0
23,0
27,9
São suficientes e o acesso é viabilizado
6,2
8,0
17,5
21,6
10,0
7,0
9,0
12,0
20,0
15,0
SI
3,3
6,5
1,5
1,9
1,5
3,0
5,0
1,0
2,0
2,6
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Cerca de 2/3 desses graduandos, no Brasil como um todo, sustentaram que usam freqüentemente a biblioteca da instituição. Percentuais mais elevados são constatados no Sul e no Sudeste e nas IES federais. No Nordeste, Norte e Centro-Oeste chamam a atenção significativas proporções que apontam o horário de funcionamento como um obstáculo à utilização da biblioteca.
Tabela 35 Utilização da Biblioteca da Instituição pelos Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência
Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
A IES não
possui biblioteca
1,4
0,4
0,4
0,2
0,3
1,0
~
-
~
0,4
Não utilizam
biblioteca
4,5
7,0
6,1
6,3
5,8
3,0
6,0
7,0
7,0
6,2
Utilizam pouco: não
têm necessidade
11,8
14,9
13,3
10,2
13,3
9,0
11,0
13,0
15,0
13,0
Utilizam pouco: horário
desfavorável
14,5
16,5
9,0
6,9
14,4
11,0
12,0
13,0
10,0
10,9
Utilizam freqüentemente
65,5
55,8
70,3
75,4
64,9
74,0
67,0
67,0
66,0
67,5
SI
2,3
5,5
1,0
1,0
1,3
2,0
4,0
1,0
1,0
2,0
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
4. Indicadores de Qualidade
Além das características dos cursos e dos recursos e atividades oferecidos pelas instituições, mencionados na seção anterior, que podem ser considerados indicadores objetivos da qualidade dos cursos, um instrumento de grande importância são as apreciações subjetivas dos estudantes sobre a adequação dos recursos disponíveis, o currículo do curso, o desempenho dos docentes, o nível de exigência do curso, entre outros.
O material bibliográfico mais recomendado pelos docentes, segundo os graduandos, são cópias de capítulos e trechos de livros Chama a atenção, entretanto, que, em um curso como o de Letras, sejam indicados, por elevados percentuais, como material bibliográfico mais recomendado, apostilas e resumos. É possível especular qual seria a freqüência à biblioteca, caso fosse menos generalizada a recomendação de apostilas e resumos pelos professores como material bibliográfico.
A região Sudeste e as IES municipais e privadas reúnem os menores percentuais de graduandos que mencionaram a indicação de capítulos e trechos de livros e os maiores percentuais de apostilas e resumos.
Tabela 36 Tipo de Material Bibliográfico mais Indicado pelos Professores, conforme os Graduandos, segundo
as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Apostilas e resumos
35,8
32,6
36,4
23,4
33,9
20,0
23,0
55,0
39,0
33,4
Livros-texto e
manuais
11,8
10,9
20,1
23,4
15,7
17,0
17,0
16,0
19,0
17,9
Cópias de capítulos e trechos de livros
49,6
49,0
36,8
46,5
47,1
59,0
55,0
24,0
35,0
42,3
Artigos de periódicos
especializados
0,4
0,6
1,5
2,3
1,2
1,0
1,0
1,0
2,0
1,4
Anotações manuais e cadernos de notas
0,3
1,3
3,9
3,2
0,8
1,0
1,0
4,0
4,0
2,8
SI
2,2
5,6
1,3
1,2
1,3
2,0
4,0
1,0
2,0
2,2
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Por outro lado, é necessário ter em mente que a freqüência à biblioteca depende da qualidade das instalações, dos recursos e dos serviços bibliotecários, que compõem um dos mais importantes itens na avaliação da qualidade dos cursos. A maior parcela de graduandos informa que o acervo da biblioteca é medianamente atualizado. Os graduandos do Norte e Nordeste e das IES federais e estaduais são os que mais freqüentemente sustentam que o acervo da biblioteca é pouco atualizado ou não é atualizado, o contrário ocorrendo com os do Sudeste e Sul e das IES municipais e particulares.
Tabela 37 Atualização do Acervo da Biblioteca, conforme os Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Atualizado
9,5
8,4
29,2
26,2
13,3
10,0
13,0
24,0
29,0
22,1
Medianamente atualizado
28,4
27,2
39,8
37,5
37,9
33,0
32,0
37,0
39,0
36,2
Pouco atualizado
37,7
33,0
18,4
23,7
29,9
35,0
30,0
21,0
19.0
24,2
Não é atualizado
19,6
24,0
8,4
8,4
15,0
17,0
19,0
13,0
9,0
12,7
Não sabem
1,3
2,1
3,3
3,3
2,9
1,0
2,0
3,0
4,0
2,9
SI
3,5
5,4
0,9
0,9
1,0
2,0
4,0
1,0
1,0
2,0
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
A maioria dos graduandos avalia que o número de exemplares da biblioteca atende apenas medianamente à demanda dos estudantes. Esta avaliação é mais freqüente no Sudeste, Sul e Centro-Oeste e nas IES municipais e privadas. Já no Norte e Nordeste e nas IES estaduais e federais as maiores proporções avaliam o número de exemplares como insuficiente diante da demanda.
Tabela 38 Avaliação do Número de Exemplares da Biblioteca, pelos Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Plenamente suficiente
5,3
3,8
14,1
11,6
4,4
3,0
4,0
13,0
15,0
10,3
Atende medianamente
23,5
24,6
45,7
40,9
38,8
32,0
32,0
40,0
44,0
39,0
Atende pouco
17,3
17,7
14,1
14,7
16,9
19,0
16,0
13,0
14,0
15,3
Insuficiente
49,4
46,4
22,1
28,8
37,1
43,0
41,0
30,0
23,0
30,8
Não sabem
1,2
2,3
3,1
3,0
1,9
1,0
2,0
3,0
3,0
2,7
SI
3,3
5,3
0,8
0,9
1,0
2,0
4,0
-
1,0
1,8
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
São maioria os que estimam que o acervo de periódicos especializados da biblioteca é razoavelmente atualizado. Entretanto, vale chamar a atenção para dois outros dados: primeiro, o percentual relativamente elevado de graduandos que simplesmente não sabe avaliar a atualidade desse acervo; e segundo, especialmente no Norte, Nordeste, Centro-Oeste e nas IES estaduais, as expressivas parcelas que sustentam que tal acervo não existe.
Tabela 39 Atualização do Acervo de Periódicos Especializados da Biblioteca, conforme os Graduandos,
segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Não existe
12,5
12,4
5,2
3,3
10,3
7,0
10,0
6,0
6,0
7,8
Existe, mas é desatualizado
24,6
19,4
9,0
8,1
13,1
19,0
17,0
11,0
8.0
12,1
Razoavelmente atualizado
34,3
37,2
37,9
39,6
45,9
41,0
39,0
39,0
38,0
38,6
Atualizado
10,7
7,5
26,5
27,8
10,4
11,0
13,0
22,0
27,0
20,6
Não sabem
13,5
17,4
20,0
19,8
18,8
19,0
17,0
21,0
19,0
19,0
SI
4,5
6,1
1,3
1,4
1,4
3,0
5,0
1.0
2,0
2,5
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Na maioria dos casos, os graduandos informam que a biblioteca oferece serviço de empréstimos para todo o acervo, apesar de no Norte e no Nordeste ocorrerem mais freqüentemente os registros de restrição dos empréstimos às obras didáticas. O serviço de pesquisa bibliográfica é predominantemente realizado por processos manuais, especialmente segundo os graduandos das regiões Nordeste e Norte e das IES municipais e estaduais. Os sistemas informatizados locais de pesquisa bibliográfica foram mencionados por percentuais mais elevados no Sudeste e Sul e nas IES particulares e federais. São escassos os registros de acesso às redes nacional e/ou internacional de bibliotecas.
Tabela 40 Oferta de Serviço de Empréstimo de Livros pela Biblioteca da Instituição, conforme os Graduandos,
segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Para todo o acervo
48,0
46,1
55,1
62,1
56,8
55,0
54,0
55,0
54,0
54,2
Só para obras
didáticas
32,2
27,9
23,0
19,2
22,1
26,0
25,0
26,0
23,0
23,8
Só para obras de interesse
geral
15,0
13,6
13,8
13,9
16,4
15,0
15,0
15,0
13,0
14,1
Não há empréstimo
0,4
5,6
3,7
0,8
1,4
-
1,0
1,0
6,0
3,3
Não sabem
1,2
1,5
3,3
2,9
2,0
1,0
2,0
3,0
4,0
2,7
SI
3,2
5,4
1,1
1,1
1,3
2,0
4,0
1,0
1,0
2,0
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Tabela 41 Caracterização do Serviço de Pesquisa Bibliográfica, conforme os Graduandos, segundo as Regiões
e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Reg
iões
/ D
epen
dên
cia
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Pro
cess
os
man
uais
60,7
61,8
38,5
27,1
48,0
48,0
59,0
60,0
33,0
43,4
Sis
tem
a in
form
atiz
ado
lo
cal
28,2
21,8
42,8
49,5
33,4
40,0
18,0
27,0
47,0
38,0
Ace
sso
à r
ede
nac
ion
al d
e b
iblio
teca
s u
niv
ersi
tári
as
3,2
3,0
5,7
9,3
5,4
4,0
8,0
3,0
6,0
5,6
Ace
sso
à r
ede
inte
rnac
ion
al d
e b
iblio
teca
s
1,3
1,9 4,5
5,6
4,8
1,0
4,0
4,0
5,0
4,0
Não
sab
em
3,1
5,8
7,4
7,2
7,1
5,0
6,0
6,0
8,0
6,8
SI
3,5
5,7
1,2
1,2
1,2
3,0
4,0
1,0
2,0
2,2
To
tal (
N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Cerca de 2/3 dos que estavam para se formar em Letras avaliaram o horário de funcionamento da biblioteca como plenamente adequado. Porém, menos da metade, no Brasil como um todo, consideraram plenamente adequadas as condições de leitura e estudo na biblioteca da instituição. Parcela equivalente a 1/3 julga tais condições medianamente adequadas. Também quanto a estes aspectos, os graduandos do Norte e Nordeste e das IES federais e estaduais mostram-se menos satisfeitos que os demais.
Tabela 42 Adequação do Horário de Funcionamento da Biblioteca da Instituição, conforme os Graduandos,
segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Plenamente adequado
54,3
54,7
69,1
69,9
63,6
58,0
59,0
68,0
70,0
65,1
Medianamente adequado
28,6
26,7
22,8
22,4
24,9
30,0
26,0
22,0
21,0
24,0
Pouco adequado
8,3
8,8
4,0
4,0
7,0
6,0
8,0
6,0
4,0
5,5
Inadequado
4,6
4,0
1,8
1,4
2,5
3,0
3,0
3,0
2,0
2,4
Não sabem
0,8
0,7
1,4
1,5
1,0
~
1,0
1,0
2,0
1,2
SI
3,3
5,2
0,8
0,8
1,0
2,0
4,0
~
1,0
1,8
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Tabela 43 Adequação das Condições de Leitura e Estudo na Biblioteca da Instituição, conforme os
Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões / Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Plenamente adequadas
24,0
31,7
52,3
58,1
39,8
36,0
36,0
41,0
55,0
46,5
Medianamente adequadas
35,3
36,8
32,5
30,3
36,4
38,0
37,0
37,0
31,0
33,5
Pouco adequadas
22,8
16,4
9,2
7,1 14,3
16,0
14,0
15,0
9,0
11,5
Inadequadas
14,2
9,5
4,3
2,8
8.0
8,0
9,0
7,0
4,0
6,0
Não sabem
0,6
0,4
0,8
0,9
0,7
--
1,0
1,0
1,0
0,7
SI
3,0
5,2
0,3
0,8
0,8
2,0
4,0
--
1,0
1,8
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Um outro aspecto relevante no exame da qualidade dos cursos são as técnicas de ensino e as condições nas quais se estabelecem os nexos entre os conteúdos teóricos e a sua aplicação prática. Os dados da Tabela 44 mostram que, na maior parte dos casos, os graduandos em Letras realizaram o seu aprendizado mediante aulas expositivas e trabalhos de grupo. Em segundo lugar constata-se a utilização de um conjunto variado de técnicas de ensino, relatado por cerca de 1/3 dos estudantes. O predomínio de aulas expositivas foi mais mencionado pelos graduandos do Sudeste, Centro-Oeste e Sul, enquanto os que estavam para concluir seu curso no Nordeste foram os que mais relataram o predomínio exclusivo de trabalhos de grupo em sala de aula.
Tabela 44 Técnicas de Ensino Predominantemente Utilizadas pela Maioria dos Professores, conforme os Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Reg
iões
/Dep
end
ênci
a
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Au
las
exp
osi
tiva
s
4,6
7,6
12,8
10,4
11,2
13,0
12,0
8,0
10,0
10,8
Tra
bal
ho
s d
e g
rup
o e
m
sala
de
aula
7,6
10,0
4,8
5,8
7,4
4,0
8,0
8,0
6,0
6,4
Au
las
exp
osi
tiva
s e
aula
s p
ráti
cas
3,9
4,3
4,0
3,7
3,0
4,0
3,0
4,0
4,0
3,9
Au
las
exp
osi
tiva
s e
trab
alh
os
de
gru
po
55,6
43,7
38,0
39,2
41,2
54,0
44,0
36,0
36,0
40,5
Au
las
exp
osi
tiva
s, a
ula
s p
ráti
cas,
trab
alh
os
de
gru
po
e v
ideo
aula
s
25,8
29,0
39,4
39,8
36,0
23,0
29,0
43,0
43.0
36,4
SI
2,6
5,4
1,0
1,1
1,2
2,0
4,0
1,0
1,0
2,0
To
tal (
N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
No que se refere à quantidade de aulas práticas oferecidas em condições nas quais o número de alunos era adequado aos equipamentos, materiais e espaço pedagógico, o que primeiro chama a atenção é o elevado percentual de graduandos que não se pronunciaram, possivelmente, por não terem tido aulas desse tipo. Entre os que foram capazes de realizar esta avaliação, as maiores parcelas informam que todas ou a maioria dessas aulas preencheram às condições de adequação.
Tabela 45 Quantidade de Aulas Práticas que Comportam Número Adequado de Alunos em Relação aos
Equipamentos, Material e Espaço Pedagógico Disponível, conforme os Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/Dependência
Regiões Norte
Nordeste Sudeste
Sul Centro-Oeste
Dependência Federal
Estadual Municipal Particular
Total Brasil
Todas
4,9 9,9
21,0 17,7 13,3
9,0 10,0 17,0 22,0 16,7
A maioria
8,5 12,7 18,5 19,2 14,5
13,0 14,0 18,0 18.0 16,6
Metade
4,4 7,5 7,3 6,1 6,9
7,0 7,0 8,0 7,0 7,0
Poucas
15,1 16,0 11,7 12,3 15,7
17,0 14,0 18,0 11,0 13,2
Nenhuma
8,1 7,7 5,8 5,9 6,4
7,0 8,0 7,0 5,0 6,3
SI
59,1 46,2 35,7 38,9 43,1
47,0 48,0 32,0 36,0 40,2
Total (N)
779 2.964 7.565 2.319 1.470
2.514 3.305 1.018 8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
No que diz respeito à situação dos equipamentos utilizados em laboratórios, cabe uma observação similar: o que primeiro chama a atenção é o elevado percentual de graduandos que não se pronunciaram, possivelmente por não terem uma compreensão mais ampla do que poderia significar um laboratório na área de Letras. Os que responderam à pergunta, informaram, na maioria, que os equipamentos disponíveis são atualizados, mas insuficientes. Entretanto, principalmente entre os graduandos do Norte e Nordeste e das IES federais, estaduais e municipais, registram-se proporções, que somam cerca de 1/5, que caracterizam os equipamentos como desatualizados ou antigos e inoperantes, além de insuficientes.
Tabela 46 Situação dos Equipamentos Utilizados nos Laboratórios, conforme os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Reg
iões
/ D
epen
dên
cia
Regiões Norte
Nordeste Sudeste
Sul Centro-Oeste
Dependência Federal
Estadual Municipal Particular
Total Brasil
Atu
aliz
ado
s e
sufic
ient
es
3,5 7,8
18,5 17,2 10,7
5,0 7,0
13,0 21,0 14,6
Atu
aliz
ado
s, m
as )
in
sufic
ien
tes
12,6 18,0 21,1 20,5 21,0
15,0 16,0 22,0 23,0 19,9
Des
atu
aliz
ado
s,
mas
co
nse
rvad
os
e su
fici
ente
s
1,9 2,9 7,6 6,3 5,5
7,0 4,0 7,0 6,0 6,0
Des
atu
aliz
ado
s,
mas
co
nse
rvad
os
e in
sufi
cien
tes
8,1 10,4 10,3 8,5 9,1
13,0 10,0 13,0 8,0 9,8
Ant
igos
, in
op
eran
tes
e in
sufic
ien
tes
12,2 12,7 6,5 8,5 9,1
12,0 13,0 12,0 5,0 8,6
SI
61,7 48,2 36,1 39,3 44,6
47,0 49,0 33,0 37,0 41,1
To
tal (
N)
779 2.964 7.565 2.319 1.470
2.514 3.305 1.018 8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Uma dimensão especialmente relevante nas avaliações de qualidade dos cursos é a que se refere ao seu currículo. Conforme mostra a Tabela 47, quase metade dos graduandos de Letras considera que não há disciplinas que deveriam ser eliminadas ou que deveriam ter o seu conteúdo integrado ao de outras. O segundo maior percentual de graduandos indica que existem poucas disciplinas cujo conteúdo deveria ser integrado ao de outras. As variações inter-regionais e entre IES de distinta dependência não chegam a ser significativas.
Tabela 47 Existência de Disciplinas que deveriam ser Eliminadas ou ter o seu Conteúdo Integrado a Outras,
conforme os Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998(%)
Regiões/Dependência
Regiões Norte
Nordeste Sudeste
Sul Centro-Oeste
Dependência Federal
Estadual Municipal Particular
Total Brasil
Não há
46,1 45,6 44,2 42,0 44,5
40,0 43,0 46,0 46,0 44,3
Integrar poucas
33,4 28,2 33,2 32,0 30,4
34,0 31,0 32,0 32,0
31,8
Integrar muitas
10,3 10,9 12,2 12,5 13,9
7,0 7,0 8,0 7,0
12,0
Eliminar várias
5,3 7,9 6,7 7,9 8,0
7,0 7,0 8,0 7,0 7,2
Não sabem
2,6 2,2 2,8 4,2 2,3
2,0 3,0 3,0 3,0
2,8
SI
2,4 5,3 0,9 1,3 0,9
2,0 3,0 1,0 1,0
1,9
Total (N)
779 2.964 7.565 2.319 1.470
2.514 3.305 1.018 8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Também são pouco elevadas as proporções dos que acreditam que o currículo do curso é deficiente. Na realidade, a perspectiva de inovação curricular é bastante modesta, sendo que 2/5 dos graduandos sugerem que apenas algumas novas disciplinas sejam incorporadas ao currículo. Uma parcela menor propõe a incorporação de muitas disciplinas novas. Aqui emergem algumas importantes diferenciações entre regiões e tipos de IES. Enquanto os graduandos do Norte e das IES federais se dividem quase equitativamente entre os que pretendem a incorporação de poucas e muitas disciplinas, nas demais regiões e tipos de IES predominam os que sugerem que sejam poucas as disciplinas a serem incorporadas. O exame desta distribuição à luz dos dados da Tabela anterior indica haver mais a expectativa de uma atualização curricular do que propriamente de uma mudança do currículo.
Tabela 48 Necessidade de Incorporação de Novas Disciplinas ao Currículo Pleno do Curso, conforme os
Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões Norte
Nordeste Sudeste
Sul Centro-Oeste
Dependência Federal
Estadual Municipal Particular
Total Brasil
O Currículo está perfeito
8,0 10,1 12,5 11,7 9,8
8,0 9,0
15,0 13,0 11,4
Incorporar algumas
disciplinas
38,5 33,6 42,6 41,4 39,0
36,0 39,0 41,0 41,0 40,1
Incorporar muitas
disciplinas
39,0 28,7 27,0 25,3 28,6
32,0 29,0 23,0 26,0 27,4
O Currículo é deficiente
16,9 18,1 12,7 14,1 17,0
17,0 15,0 14,0 14,0 14,6
Não sabem
4,5 4,3 4,3 6,5 4,6
4,0 5,0 6,0 5,0 4,7
SI
2,1 5,2 0,8 1,0 1,0
2,0 3,0 1,0 1,0 1,8
Total (N)
779 2.964 7.565 2.319 1.470
2.514 3.305 1.018 8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Entretanto, a maioria dos graduandos, em todas as regiões e IES, com exceção das particulares, considera haver problemas de dimensionamento das disciplinas, havendo excesso de conteúdo para o tempo disponível. Essa avaliação é mais freqüente entre os graduandos do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e das IES federais e estaduais. Chama a atenção, entre os graduandos das IES municipais, o percentual de 11,0% que sustenta haver demasiado tempo para pouco conteúdo.
Tabela 49 Avaliação do Dimensionamento das Disciplinas do Curso, conforme os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões / Dependência
Regiões Norte
Nordeste Sudeste
Sul Centro-Oeste
Dependência Federal
Estadual Municipal Particular
Total Brasil
Muito conteúdo
para pouco tempo
66,0 55,3 51,4 50,4 55,1
65,0 57,0 51,0 48,0 53,1
Muito tempo para
pouco conteúdo
6,4 8,0 8,4 7,9 7,3
5,0 7,0
11,0 9,0 8,0
Razoavelmente bem
dimensionadas
19,4 25,4 30,5 29,0 29,8
22,0 26,0 28,0 32,0 28,6
Muito bem dimensionadas
4,5 4,6 7,4 9,7 5,0
5,0 5,0 8,0 8,0 6,8
Não sabem
1,5 1,3 1,5 1,9 2,0
1,0 1,0 2,0 2,0 1,6
SI
2,2 5,4 0,9 1,1 0,7
2,0 4,0
1,0 1,9
Total (N)
779 2.964 7.565 2.319 1.470
2.514 3.305 1.018 8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Finalmente, um indicador de qualidade de grande relevância diz respeito ao desempenho docente. Como pode ser constatado na Tabela 50, predominam os graduandos que informam que a maioria ou todos os seus professores demonstram empenho, assiduidade e pontualidade. Contudo, os percentuais são menores no Norte e Nordeste, onde são mais numerosas as parcelas que sustentam que poucos ou apenas metade dos seus professores exibem essas características de desempenho.
Uma distribuição semelhante é encontrada quando a avaliação recai sobre a demonstração, pelos docentes, de domínio atualizado do conteúdo das disciplinas que ministram. Predominam os graduandos que consideram que a maioria ou todos os professores exibem esta característica. Todavia, os percentuais encontrados no Norte, Nordeste e Centro-Oeste e nas IES federais, estaduais e municipais são inferiores aos registrados no Sul e Sudeste e nas IES privadas, já que são maiores naquelas as proporções que informam que apenas poucos ou a metade dos professores exibe domínio atualizado do conteúdo disciplinar.
Tabela 50 Avaliação do Empenho, Assiduidade e Pontualidade dos Professores, pelos Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões Norte
Nordeste Sudeste
Sul Centro-Oeste
Dependência Federal
Estadual Municipal Particular
Total Brasil
Nenhum demonstra
0,4 0,6 0,4 0,6 0,5
1,0 1,0
~ ~
0,5
Poucos demonstram
23,4 17,3 10,4 10,0 15,4
14,0 17,0 14,0 11,0 12,8
Metade demonstra
16,9 16,8 11,0 9,6
12,0
16,0 14,0 12,0 11,0 12,3
Maioria demonstra
47,0 45,4 52,7 50,9 51,1
55,0 51,0 54,0 49,0 50,6
Todos demonstram
10,3 14,4 24,7 27,9 20,2
13,0 14,0 19,0 28,0 22,0
SI
2,1 5,4 0,8 0,9 0,7
2,0 4,0
-1,0 1,8
Total (N)
779 2.964 7.565 2.319 1.470
2.514 3.305 1.018 8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Tabela 51 Avaliação do Dominio Atualizado das Disciplinas Ministradas pelos Professores, conforme os
Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Nenhum demonstra
0,8
0,4
0,7
0,5
0,6
1,0
-
--
1,0
0,6
Poucos demonstram
15,9
12,9
7,5
7,5
12,3
10,0
12,0
10,0
8,0
9,5
Metade demonstra
18,4
15,7
8,9
9,1
10,3
13,0
13,0
12,0
9,0
10,9
Maioria demonstra
51,1
48,5
51,4
51,4
55,7
57,0
51,0
51,0
49,0
51,2
Todos demonstram
11,7
17,2
30,8
30,8
20,4
17,0
20,0
27,0
31,0
26,1
SI
2,2
5,2
0,7
0,8
0,6
2,0
3,0
~
1,0
1,7
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Indicadores mais objetivos do desempenho docente são a apresentação do Plano de Ensino e a disponibilidade dos professores para proporcionar aos alunos orientação extraclasse. Os dados apresentados na Tabela 52 mostram um quadro menos animador. Em primeiro lugar, no Brasil como um todo, chega a 1/4 o número de graduandos que informa que nenhum ou poucos dos seus professores apresentam Plano de Ensino contendo os objetivos, metodologia, critérios de avaliação, Cronograma e bibliografia das disciplinas que ministram. No caso do Nordeste e das IES municipais e privadas, o percentual correspondente fica próximo de 30,0%, o que é bastante elevado, dada a importância desse procedimento acadêmico para a orientação dos esforços de aprendizagem dos alunos Em segundo lugar, no Brasil como um todo, os graduandos que informam que todos os seus professores cumprem com esta obrigação acadêmica básica não atingem 30,0%.
Tabela 52 Apresentação do Plano de Ensino pelos Professores, conforme os Graduandos, segundo as Regiões
e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Nenhum apresenta
3,0
6,1
4,7
3,4
5,2
2,0
4,0
8,0
6,0
4,7
Poucos apresentam
15,8
23,1
20,5
16,4
17,4
12,0
20,0
24,0
22,0
19,8
Metade apresenta
7,8
8,4
8,5
7,7
7,4
7,0
9,0
9,0
8,0
8,2
Maioria apresenta
40,6
29,8
38,1
38,4
40,5
40,0
37,0
36,0
36,0
36,9
Todos apresentam
30,7
27,3
27,4
33,1
28,5
36,0
28,0
22,0
27,0
28,5
SI
2,2
5,3
0,9
0,9
1,0
2,0
4,0
1,0
1,0
1,9
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
No que se refere à orientação extraclasse, a maior parcela dos graduandos afirma que o corpo docente está sempre disponível, mas os valores encontrados variam do mínimo de 28,1% no Nordeste ao máximo de 45,5% no Sul; e de 36,0% nas IES estaduais a 42,0% nas municipais. Por outro lado, destaca-se o fato de que mais de 1/5 desses graduandos, no Brasil com um todo, nunca procurou a orientação docente extraclasse. Os índices são mais elevados no Sudeste e nas IES municipais e privadas.
Tabela 53 Avaliação da Disponibilidade de Orientação Extraclasse pelos Professores, conforme os Graduandos,
segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Reg
iões
/ D
epen
dên
cia
Regiões Norte
Nordeste Sudeste
Sul Centro-Oeste
Dependência Federal
Estadual Municipal Particular
Total Brasil
Nun
ca
pro
cura
ram
14,0 17,4 25,4 19,5 15,7
12,0 17,0 22,0 26,0
21,4
Pro
cura
ram
, m
as
não
en
con
trar
am
3,1 3,4 2,3 2,2 2,2
2,0 2,0 2,0 3,0
2,5
Pro
cura
ram
e
rara
men
te
enco
ntr
aram
8,6
10,0 4,7 5,0 5,6
8,0 7,0 6,0 5,0
6,1
Pro
cura
ram
e
enco
ntr
aram
vá
rias
vez
es
41,5 35,4 24,0 26.7 30,7
38,0 33,0 26,0 23,0
28,2 C
orp
o d
oce
nte
es
tá s
emp
re
dis
po
nív
el
30,3 28,1 42.6 45,5 44,8
39,0 36,0 42,0 41,0
39.8
SI
To
tal (
N)
2,6 5,7 1,0 1,1 1,0
2,0 4,0 1,0 1,0
2,0
779 2.964 7.565 2.319 1.470
2.514 3.305 1.018 8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Os instrumentos de avaliação de aprendizagem predominantes são as provas escritas periódicas. Os percentuais variam do mínimo de 48,0% no Norte a 76,0% no Sudeste e de 51,0% nas IES estaduais a 78,0% nas particulares. O segundo instrumento de avaliação de aprendizagem mais utilizado são os trabalhos de grupo escritos, de aplicação particularmente freqüente no Norte e no Nordeste e nas IES estaduais.
Tabela 54 Instrumentos de Avaliação Predominantemente Utilizados pela Maioria dos Professores, conforme os
Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões Norte
Nordeste Sudeste
Sul Centro-Oeste
Dependência Federal
Estadual Municipal Particular
Total Brasil
Provas escritas
periódicas
48,0 55,3 76,3 69,2 64,4
59,0 51,0 72,0 78,0
68,5
Trabalhos de grupo escritos
24,4 24,0
9,7 13,1 17,0
16,0 23,0 14,0 10,0
14,5
Trabalhos individuais
escritos
13,1 6,0 7,3 7,8 7,3
14,0 14,0 5,0 3,0 7,4
Provas práticas
2,6 3,5 2,8 3,8 2,5
2,0 2,0 3,0 4,0
3,0
Não usam instrumentos específicos
8,9 5,5 2,7
4,9 7,6
6,0 6,0 5,0 3,0
4,4
SI
3,1 5,8 1,2 1,3 1,2
3,0 4,0 1,0 2,0
2,2
Total (N)
779 2.964 7.565 2.319 1.470
2.514 3.305 1.018 8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
O exame do tipo de trabalhos escritos utilizados no processo de avaliação indica o predomínio de trabalhos complementares aos conteúdos desenvolvidos em sala de aula e de relatórios de estágios em escolas de ensino médio e fundamental. Em terceiro lugar, encontram-se os relatórios de atividades desenvolvidas em projetos de pesquisa de pesquisa na área de Letras, e, com o quarto maior percentual no Brasil como um todo, são citados os relatórios de atividades desenvolvidos em semanas acadêmicas ou em seminários sobre temáticas especificas do curso. Em ambos os casos esses tipos de trabalhos foram mais freqüentemente mencionados pelos graduandos do Sul, Sudeste e Centro-Oeste e das IES municipais e privadas.
O dado mais surpreendente, talvez, é o reduzido percentual de graduandos que registrou ter apresentado Monografia Final de curso perante banca examinadora, que se resume a 1/4 dos graduandos no Brasil como um todo. Embora esse tipo de trabalho já se tenha consolidado como experiência essencial à formação de nível superior, parcelas elevadas não o fizeram. Chamam a atenção, especialmente, os índices observados no Sudeste e nas IES municipais e particulares.
Tabela 55 Tipos de Trabalhos Utilizados no Processo de Avaliação (*), conforme os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Reg
iões
/ D
epen
dên
cia
Regiões Norte
Nordeste Sudeste
Sul Centro-Oeste
Dependência Federal
Estadual Municipal Particular
Total Brasil
Tra
bal
ho
s co
mp
lem
enta
res
88,8 85,9 92,3 91,0 91,0
90,0 87,0 91,0 92,0
90,5
Rel
ató
rio
s d
e at
ivid
ades
em
p
roje
tos
de
pes
qu
isa
em
Letr
as
39,4 46,1 48,7 52,3 56,1
43,0 47,0 53,0 51,0
49,0
Rel
ató
rio
s d
e es
tág
ios
em
esco
las
64,3 80,0 82,4 88,2 89,4
71,0 79,0 90,0 87,0
82,5
Rel
ató
rio
s d
e at
ivid
ades
em
em
pre
sas
ou
o
rgan
izaç
ões
na
j ár
ea d
e L
etra
s 12,2 12,3 12,3 17,7 14,2
12,0 14,0 11,0 14,0
13,3
Rel
ató
rio
s d
e at
ivid
ades
em
se
man
as
acad
êmic
as o
u
sem
inár
ios
espe
cífic
os
38,4 43,5 45,8 44,2 51,6
39,0 42,0 48,0 48,0
45,3 A
pre
sen
taçã
o d
e m
on
og
rafi
a fin
al
de
curs
o p
eran
te
ban
ca
exam
inad
ora
31,6 26,8 20,9 28,4 34,1
27,0 27,0 19,0 24,0
25,1
(*) Apenas respostas afirmativas a cada uma das modalidades. Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Essas avaliações possivelmente oferecem explicação para o fato de que mais da metade dos graduandos consideram que o curso deveria ter exigido mais - um pouco mais ou muito mais - deles próprios. Vale registrar que, entre os graduandos do Norte, a soma dos que sustentam que o curso deveria ter exigido mais excede a 2/3.
Tabela 56 Avaliação do Nível de Exigência do Curso, conforme os Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões Norte
Nordeste Sudeste
Sul Centro-Oeste
Dependência Federal
Estadual Municipal Particular
Total Brasil
Deveria ter exigido
muito mais
27,7 24,5 17,0 20,1 26,5
20,0 21,0 22,0 20,0
20,4
Deveria ter exigido um pouco mais
38,6 34,3 32,2 34,5 33,7
34.0 33,0 39,0 33,0
33,5
Exigiu na medida
certa
27,5 31,6 43,4 38,7 32,8
38,0 36,0 34,0 40,0
38,5
Deveria ter exigido um
pouco menos
3,0 3,5 5,6 5,1 5,2
5,0 6,0 4,0 5,0
5,0
Deveria ter exigido
muito menos
0,5 0,6 0,6 0,6 0,7
1,0 1,0 1,0 1,0 0,6
SI
2,7 5,5 1,1 1,0 1,1
2,0 4,0 1,0 1,0 2,0
Total (N)
779 2.964 7.565 2.319 1.470
2.514 3.305 1.018 8.182
15.097
4. Os Resultados Obtidos e as Perspectivas para o Futuro
Como conseqüência de todos esses elementos, que resultados obtiveram os graduandos? Que habilidades desenvolveram? O que conquistaram com o curso que estavam concluindo? E como pretendem prosseguir, em termos de estudos e de trabalho, no futuro próximo?
Os dados da Tabela 57 indicam que os graduandos consideram que as habilidades mais desenvolvidas pelo curso forarn, em primeiro lugar, a capacidade de análise crítica e, em segundo, a capacidade de comunicação. As variações inter-regionais e segundo a dependência das IES distinguem os graduandos do Nordeste e das IES municipais como os que menos reportaram o desenvolvimento do senso de análise crítica.
Vale registrar que, embora os docentes muito freqüentemente utilizem os trabalhos de grupo em sala de aula como técnica de ensino e trabalhos de grupo escritos como instrumento de avaliação de aprendizagem, os graduandos mencionaram pouco a habilidade de trabalhar em equipe, especialmente os graduandos do Sul e das IES federais. Além disso, chamam a atenção os reduzidíssimos percentuais que mencionam o desenvolvimento do senso ético, que assume especial relevância na medida em que grande parcela desses graduandos pretendem atuar na área de educação e, certamente, irão influir na formação das gerações futuras.
Tabela 57 Habilidades mais Desenvolvidas pelo Curso, conforme os Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões Norte
Nordeste Sudeste
Sul Centro-Oeste
Dependência Federal
Estadual Municipal Particular
Total Brasil
Capacidade de comunicação
21,6 21,3 23,7 29,3 23.7
19,0 19,0 29,0 27,0
24,0
Habilidade de trabalhar em equipe
13,7 19,1 12,0
9,1 12,6
8,0 13,0 17,0 14,0
13,1
Capacidade de análise
crítica
56,0 48,3 57,6 52,8 56,6
66,0 58,0 46,0 51,0
54,8
Senso ético
2,3 1,5 2,1 2,1 1,2
2,0 1,0 2,0 2,0
1,9
Capacidade de iniciativa
4,4 4,4 3,5 5,6 4,8
3,0 4,0 6,0 4,0
4,2
SI
2,1 5,5
1,1 1,2 1,2
2,0 4,0 1,0 1,0 2,0
Total (N)
779 2.964 7.565 2.319 1.470
2.514 3.305 1.018 8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Como principal resultado do Estágio Supervisionado, cerca de 2/5 dos graduandos apontam principalmente a percepção da necessidade de estudo continuado para o eficiente exercício profissional, vindo em segundo lugar, mencionado por pouco mais de 1/4, o aperfeiçoamento técnico e profissionai.
Cabem duas observações. Em primeiro lugar, é no mínimo surpreendente que apenas uma parcela reduzida dos graduandos reconheça no estágio uma ocasião privilegiada de aperfeiçoamento técnico e profissional. Em segundo lugar, as variações inter-regionais e entre as IES de diferente dependência mostram que os percentuais de graduandos que compartilham esta percepção acerca do estágio são mais elevados no Nordeste e nas IES municipais.
Tabela 58 Principal Contribuição do Estágio Curricular Supervisionado, conforme os Graduandos, segundo as
Regiões e a Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Reg
iões
/ D
epen
dên
cia
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Ap
erfe
iço
amen
to
técn
ico
pr
ofis
sion
al
20,9
30,3
25,5
26,1
26,1
24,0
25,0
30,0
27,0
26,3
Co
nh
ecim
ento
do
m
erca
do
6,0
5,5
11,5
7,7
8,9
8,0
6,0
9,0
11,0
9,2
Co
nh
ecim
ento
de
no
vas
área
s de
at
uaç
ão
1,9
3,2
2,0
2,1
2.9
2,0
3,0
2,0
2,0
2,3
Rea
firm
ação
da
esco
lha
prof
issi
onal
6,8
8,6
9,8
10,3
8,6
8,0
8,0
8,0
11,0
9,4
Dem
on
stra
ção
da
nec
essi
dad
e d
e es
tud
o c
on
tínu
o
par
a ef
icie
nte
ex
ercí
cio
prof
issi
onal
39,2
39,3
42,3
48,7
48,2
39,0
44,0
47,0
43,0
43,1 S
I
25,2
13,0
9,0
5,0
5,2
19,0
15,0
3,0
6,0
9,6
To
tal (
N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Esses dados sugerem que o estágio, nos moldes em que vem sendo desenvolvido, é capaz de despertar nos estudantes a percepção da importância de uma formação sólida e constantemente atualizada, mas não chega a contribuir efetivamente para a sua obtenção, na maioria dos casos. Este é um aspecto tão mais preocupante quando se observa, na Tabela 59, que não chega nem à metade o percentual de graduandos para os quais a principal contribuição do curso foi o aperfeiçoamento técnico-profissional somado à formação teórica.
De fato, vale destacar que no Brasil como um todo a maior parcela de graduandos aponta, como principal contribuição do curso, a aquisição de cultura geral - e não ocorrem variações institucionais e inter-regionais significativas. O aperfeiçoamento técnico profissional vem em segundo lugar e a formação teórica vem em quarto, após a obtenção do diploma de nível superior.
Tabela 59 Principal Contribuição do Curso, conforme os Graduandos, segundo as Regiões e a Dependência
Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Diploma superior
8,0
8,7
13,7
13,1
12,9
11,0
10,0
11,0
14,0
12,2
Cultura geral
37,2
34,2
37,6
36,1
33,1
38,0
37,0
37,0
35,0
36,3
Aperfeiçoamento técnico
profissional
37,7
38,5
32,7
35,2
37,5
29,0
33,0
41,0
37,0
34,9
Formação teórica
9,5
8,5
10,3
9,6
9,1
15,0
12,0
8,0
7,0
9,7
Perspectivas de ganhos materiais
5,4
4,4
4,8
4,9
6,2
5,0
4,0
4,0
5,0
4,9
SI
2,2
5,7
0,9
1,2
1,2
2,0
4,0
1,0
1,0
2,0
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Talvez por isso mesmo sejam tão elevados, no Brasil como um todo, os percentuais de graduandos que afirmam desejar prosseguir os estudos fazendo outro curso de graduação. Vale observar, além disso, que a maioria deseja realizar cursos de aperfeiçoamento ou especialização, vindo em seguida os que preferem fazer cursos de mestrado ou doutorado na área, mais numerosos entre os graduandos das IES federais.
Tabela 60 Perspectivas de Estudo após a Conclusão do Curso, entre os Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Reg
iões
/ D
epen
dên
cia
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Par
ar d
e es
tud
ar
2,1
2,1
2,9
2,2
2,8
3,0
2,0
2,0
3,0
2,6
Ou
tro
cu
rso
de
gra
du
ação
18,5
21,0
18,9
15,4
23,3
18,0
19,0
19,0
20,0
19,2
Ap
erfe
iço
amen
to
ou
esp
ecia
lizaç
ão
48,9
46,2
49,7
49,7
46,5
40,0
46,0
55,0
52,0
48,6
Mes
trad
o o
u
do
uto
rad
o n
a ár
ea
26,6
22,8
25,0
29,9
24,6
33,0
27,0
22,0
23,0
25,4
Mes
trad
o o
u
do
uto
rad
o e
m
outr
a ár
ea
1,2
2,3
2,5
1,6
1,9
3,0
3,0
2,0
2,0
2,2
SI
2,8
5,6
1,0
1,2
1,0
3,0
4,0
1,0
1,0
2,0
To
tal (
N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
O exame das preferências para o exercício profissional indica que, na maioria, os graduandos de Letras pretendem trabalhar na área de magistério, seja empregando-se como professores, seja abrindo escola. Em segundo lugar estão as preferências, compartilhadas por quase 1/5 em todo o Brasil, pelo trabalho como secretários, revisores, tradutores, etc.
Tabela 61 Preferência para o Exercício Profissional entre os Graduandos, segundo as Regiões e a
Dependência Administrativa das Instituições em 1998 (%)
Regiões/ Dependência
Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Dependência
Federal
Estadual
Municipal
Particular
Total Brasil
Empregar-se como professor
56,4
49,9
58,9
67,5
60,7
56,0
56,0
60,0
60,0
58,5
Empregar-se como secretário, tradutor,
revisor, etc
19,9
15,4
20,4
13,8
16,2
18,0
16,0
16,0
19,0
18,0
Abrir uma
escola
5,1
5,3
2,5
2,6
2,7
4,0
3,0
4,0
3,0
3,2
Criar outras formas de trabalho na
área
7,8
12,0
7,0
6,8
9,0
9,0
11,0
8,0
7,0
8,2
Trabalhar em outra
área
4,7
8,1
7,2
5,7
7,4
6,0
7,0
9,0
7,0
7,1
SI
6,0
9,3
4,0
3,5
3,9
6,0
7,0
3,0
4,0
5,0
Total (N)
779
2.964
7.565
2.319
1.470
2.514
3.305
1.018
8.182
15.097
Fonte: DAES/INEP/MEC-ENC/98.
Instituto Nacional de Estudos Ministério e Pesquisas Educacionais da Educação
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