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PROMOÇÃO:

Universidade Federal do Pará. Biblioteca Central

MEC/SESU - PNBU

APOIO:

MEC/SESU.- CNPq-FINEP

BELÉM 1990

6.° SEMINÁRIO NACIONAL DE

BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS

ANAIS DO

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VI SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS COMISSÃO ORGANIZADORA

PRESIDENTE Maria Cristina Montenegro Duarte Lira

SECRETÁRIA GERAL Maria Hilda Gondim

RELATOR GERAL. Clodoaldo Fernando Ribeiro Beckmann

COMISSÃO TÉCNICA Maria das Graças da Silva Pena (coordenadora)

Tereza de Jesus de Castro Lobato Nádia Regina Pinto Mota

Maria José Batista Accioli Ramos

COMISSÃO DE APOIO Diana Maria Paiva Pontes Vieira (coordenadora)

COMISSÃO DE FINANÇAS Elna Tatiwa Ferreira (coordenadora)

COMISSÃO DE DIVULGAÇÃO Joana Lucila Obando Maia (coordenadora)

Hamilton Vieira de Oliveira Hllma Celeste Alves Melo

Yeda Lima Martins Marlene Barra

Maria Lúcia Costa Freitas

COMISSÃO SOCIAL Samira Rossy Prince (coordenadora)

Jane Veiga Cézar da Cruz Maria Thereza Alves da Silva

Iracy de Oliveira Ferreira Selma Campos Iracema Dias

Maria da Graça Ponte Souza Ana Rosa Rodrigues da Silva

Maria Odaísa Espinheiro de Oliveira Maly Góes

Edila Maria Risuenho de Mesquita Maria Assunção da Silva Rezende

Maria Laurinda L. de Brítto Nacime Dahas Câmara

Haroldo Carvalho

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6º SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS

TEMA PRINCIPAL: Automação de Bibliotecas e Serviços aos Usuários

SUBTEMAS: Política de Serviços Política de Automação

PAINÉIS:

1 - Política para Prestação de Serviços aos Usuários 2 - Política para Automação de Bibliotecas 3 - Plano Nacional de Bibliotecas Universitárias-PNBU

REUNIÕES:

1 - Reunião com Representates de Bibliotecas-Bases e Solici­tantes (Seminário sobre o COMUT)

2 - Reunião da Comissão Brasileira de Bibliotecas Universitárias (CBBU)

3 - Reunião da Rede Nacional de Informação em Ciências da Saúde

EVENTO PARALELO:

II SIMPÓSIO SOBRE ARQUITETURA DE BIBLIOTECAS UNI­VERSITÁRIAS

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VI SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS

VOLUME 2

PAINEL 3: PLANO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS - PNBU

II SIMPÓSIO SOBRE ARQUITETURA DE

BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS

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PAINEL 3

PLANO NACIONAL DE BIBLIOTECAS

UNIVERSITÁRIAS - PNBU

Comunicações sobre o estado de andamento dos projetos do programa de pesqui­sa, estudos técnicos e desenvolvimento de recursos humanos (PET) do PNBU.

Presidente: Mariza Cassim (CNPq)

Relator: Eliana Pinheiro (UFF)

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S U M Á R I O

PAINEL 3: PLANO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS - PNBU

1. Comunicações ANÁLISE DE DADOS E ROTINAS EM BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, VISANDO SUA AUTOMAÇÃO Heloísa Benetti Schreiner. 13 AVALIAÇÃO DE PROCESSOS DE AUTOMAÇÃO EM BIBLIOTECAS UNI­VERSITÁRIAS Carlos Cesar Fernandes, Carlos Henrique Marcondes, Lígia Policarpo M. Me-deiro, Luis Fernandes Sayão 14 ANÁLISE DE MODELOS ORGANIZACIONAIS DE BIBLIOTECAS UNIVER­SITÁRIAS BRASILEIRAS Leila Marcadante 16

APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA DE METODOLOGIA E PLANO DE PESQUISA PARA AVALIAÇÃO DAS LISTAS BÁSICAS DE PERIÓDICOS FINANCIADOS PELO PAP Suzana Mueller 18

2. Recomendações PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA IMPLANTAÇÃO DO PUNO NA­CIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS - PNBU Yone Chastinet... 38 "O QUE VOU FAZER QUANDO VOLTAR? SE PERMANECER COMO ES­TÁ EU NÃO QUERO FICAR": estudo de acompanhamento ("follow up") dos egressos dos cursos de especialização do Plano Nacional de Bibliotecas Uni­versitárias (PNBU) Maria de Nazaré F. Pereira, Maria Ruth M. Leão 48 ESTUDO DA DEMANDA DOS PERIÓDICOS FINANCIADOS PELO PRO­JETO DE COOPERAÇÃO DO PROGRAMA DE AQUISIÇÃO PLANIFICADA DE PERIÓDICOS - PAP Rejane Raffo Klaes, Tânia Urbano da Silva, Yone Chastinet 57 RESUMO DAS ATIVIDADES DA REDE BIBLIODATA NO PERÍODO DE SETEMBRO/1987 - ABRIL 1989 Eugênio Decourt 121 II SIMPÓSIO SOBRE ARQUITETURA DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS PROJETO DA BIBLIOTECA CENTRAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GÓIAS llza Vitório Rocha 127 PROJETO DO PRÉDIO DA BIBLIOTECA CENTRAL DA UNICAMP (Resu­mo) Cláudio Mafra Mosqueira 135

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ANTEPROJETO DE CONSTRUÇÃO DA NOVA SEDE PARA A BIBLIOTE­CA CENTRAL DA UNIFOR Paulo Regis Assumpção, Leonilha Maria Brasileiro de Oliveira 139 PROJETO DAS BIBLIOTECAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMI­NENSE Norma Oliveira Cavalcanti de Albuquerque, Márcia Maria Pinheiro de Oliveira, Cláudia Moreno Bellas 157 PROJETO ARQUITETÔNICO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS E A QUESTÃO DA CONSULTORIA TÉCNICA. BIBLIOTECAS: Universidade Fe­deral de Rondônia, Universidade Federal do Maranhão, Universidade Federal de Uberlândia Luis Antônio Reis 170 PROBLEMAS ATUAIS DAS BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS José Galbinsky 176 PROGAMAÇÃO ARQUITETÔNICA DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS Tancredo Maia Filho 180 PROJETO DA BIBLIOTECA SETORIAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO AMAZONAS Ricardo Noqueira Cancella, Antonio Miranda, Raimundo Martins de Lima, Vera Maria de Aguiar Carvalho, Elizabete de Magalhães Cordeiro, Hilda Gomes Cerquinho 183

RECOMENDAÇÕES

RELATÓRIO GERAL

ÍNDICE DE AUTORES

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ANÁLISE DE DADOS E ROTINAS EM BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS

VISANDO SUA AUTOMAÇÃO

Heloisa Schreiner,

UFRGS, Biblioteca Central

O objetivo geral do estudo é identificar um conjunto de dados e rotinas co­

muns às bibliotecas universitárias, analisando-os de forma sistêmica com vistas

à implantação da automação dos serviços bibliotecários.

A análise aborda os setores de

- formação e desenvolvimento de coleções, - controle bibliográfico, - serviços a usuários e - gerência administrativa.

Bibliotecas universitárias em fase de automação poderão utilizar o trabalho como ponto de partida para os estudos individuais de O & M e análise de sistemas, que levarão em consideração as particularidades de cada organização. Bibliotecas universitárias que não pretendem automatizar seus serviços no futuro próximo po­derão igualmente se beneficiar do estudo para a otimização do processo de coleta de dados e racionalização das rotinas.

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AVALIAÇÃO DE PROCESSOS DE AUTOMAÇÃO EM BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS

Carlos César Fernandes (CNEN/CIN)

Carlos Henrique Marcondes (CNEN/CIN - UFRJ/IBICT) Ligia Polycarpo M. Medeiros (Pro-INFO)

Luis Fernando Sayão (CNEN/CIN - UFRJ/IBICT)

Relata-se o andamento do projeto de pesquisa "Avaliação de Processos de Automação em Bibliotecas Universitárias", desenvolvido sob os auspícios do CNPq e cujo objetivo geral é determinar o perfil de automação das bibliotecas de IES do país.

O instrumento utilizado para coleta de dados foi um formulário distribuído às

bibliotecas centrais das IES, que por sua vez redistribuíram às bibliotecas setoriais

correspondentes.

Os dados coletados foram formatados de duas maneiras: a) planilhas (OPEN ACCESS II) - com todas as respostas das IES com alguma iniciativa em automação. Estes dados estão disponíveis em disquetes e forma impressa aos pesquisadores interessados; b) base de dados (MICROISIS) - Guia de Software em Automação de Bibliotecas, disponível também em disquetes e forma impressa. O Guia traz as principais características dos softwares desenvolvidos e/ou utiliza­dos pela IES brasileiras, bem como as condições de transferência e assistência. técnica às IES interessadas. Na figura são mostrados os campos presente nos registros do Guia.

A primeira análise dos dados concluída, diz respeito ao perfil dos softwares desenvolvidos/utilizados pelas IES. Enfoca-se principalmente o problema da ade­quação das ferramentas de softwares utilizadas no desenvolvimento de sistemas de automação de bibliotecas, assim como porte/complexidade de um projeto de desenvolvimento de um software bibliográfico.

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ANÁLISE DE MODELOS ORGANIZACIONAIS DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS BRASILEIRAS

1 - Nome do Coordenador da pesquisa: Leila Mercadante

2 - Órgão executor: Biblioteca Central da Unicamp 3 - Endereço: Cidade Universitária - Barão Geraldo

Caixa Postal 6136 13 081 Campinas SP Telefone: (0192) 39 1503

4 - Título do Projeto: Análise de modelos organizacionais de Bibliotecas Universi­

tárias brasileiras.

5 - Objetivo e produtos do projeto: Estabelecer modelos organizacionais de Bibliotecas Universitárias, a partir do estudo comparativo entre os componentes dos Sistemas de Bibliotecas, em função do grau de complexidade da estrutura e sua dinâmica.

6 - Agência de financiamento: CNPq 7 - Data de início: 08/88

8 - Equipe: (x) Término provável: 08/89

NOME

Leila M Z Mercadante

Maria Isabel Santoro

Maria Eli Amoldi

Andréa Maria R. Miranda

Área de atuação no projeto (exemplo: in­formação, linguística, promação, análise de sistemas)

informação

informação

informação

programação,

digitação e análise estatística

Formação acadêmica e titulação (Ex: bi­blioteconomia, Mes­trado)

Biblioteconomia

Biblioteconomia-Mestrado Biblioteconomia

Estatística, aluna

graduação

Bolsa (se sim, espe­cificar a categoria: Pesquisa, AP, IC e data início da bolsa)

Pesquisa

Pesquisa AP - Tipo B 8/88

IC - 8/88

(x) Incluir o Coordenador da pesquisa.

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9 - Principais problemas na execução do projeto:

Questionário: número de resposta incompletas e contraditórias que gera­

ram anulação de questões.

Coleta de documentos: baixo índice de atendimento à solicitação de do­

cumentos normativos.

10 - Estado de andamento (se necessário, usar outra folha). Assinar e datar.

Etapas já desenvolvidas:

- levantameno bibliográfico

- elaboração de instrumento para coleta de dados - foi montado um

questionário composto de 25 questões assim distribuídas: 4 para

caracterização da instituição e da Biblioteca e 21 questões espe­

cíficas para atender o objetivo da pesquisa.

- coleta de dados propriamente dita

o universo estudado, cobriu 78 Instituições de Ensino Superior

das quais 35 federais, 12 estaduais, 2 municipais e 29 particula­

res.

- tabulação de dados em máquina

os dados foram arquivados em DBASE III e o estudo estatístico

inclui análise de tabelas, histogramas de frequência, estatísticas

descritivas de cada variável de interesse.

Fase Atual:

- Análise dos dados tabulados para:

- diagnóstico

- caracterização das estruturas organizacionais existentes

Próximas etapas:

- proposta de modelos organizacionais

- redação do relatório final.

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APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA DE METODOLOGIA E PLANO DE PES­QUISA PARA AVALIAÇÃO DAS LISTAS BÁSICAS DE PERIÓDICOS FINAN­CIADOS PELO PAP

1º Seminário do PNBU

Suzana Pinheiro Machado Mueller

Universidade de Brasília

1 O Problema

Em primeiro lugar gostaria de apresentar o problema, embora saiba que mui­tos aqui já estão familiarizados com ele. Diria que o problema central da minha pesquisa, que levou a coordenação do PNBU a me encomendar esse estudo e portanto todo o esforço que venho fazendo, foi motivado pela necessidade de renovação das assinaturas que vem sendo financiadas pelo Programa de Aquisição Planificada de Periódicos - PAP. Um programa dessa monta e im­portância, que garante a existência e por conseguinte a disponibilidade no país, de 2334 títulos de periódicos estrangeiros, em 63 áreas de conheci­mento, num total de 7079 assinaturas, depositando-as em 19 instituições de nivel superior, espalhadas pelas cinco regiões geográficas, exige avaliação. A oportunidade de renovação dessas assinaturas provocou a necessidade de avaliação.

1.1 O objetivo.

O problema é, então, a avaliação dos títulos financiados. Devemos respon­der às perguntas - são esses os periódicos mais importantes para o de­senvolvimento da pesquisa e ensino dessas áreas de conhecimento no Brasil? Há outros que devem ser incluídos? Há alguns que deveriam ser re­tirados? Quais?

O que se pretende neste estudo, o seu objetivo, é responder a essas per­

guntas.

1.2 Considerações sobre o problema.

Avaliação, qualquei avaliação, se processa com a comparação do objeto de

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estudo com algum parâmetro que tenha sido estabelecido e aceito. Ou seja, para que possamos "medir" se um periódico é melhor do que outro preci­samos estabelecer algum critério segundo o qual faremos a avaliação. Essa escolha deve refletir a finalidade da avaliação. No nosso caso, então, de­vemos escolher critérios de avaliação que reflitam a adequação dos títulos ao desenvolvimento do ensino e da pesquisa dessas áreas no Brasil, pois este é o objetivo do PAP.

Sempre antes de um trabalho, é proveitoso buscar na literatura experiências semelhantes, para orientar e respaldar decisões. Muitos autores, pesquisa­dores e bibliotecários com finalidades práticas, têm dedicado atenção a es­se problema. Da leitura desses textos há várias conclusões. Uma delas é que o próprio conceito de lista básica, isto é a identificação de um núcleo de títulos que satisfaça, pela soma de seus artigos, as necessidades de infor­mação de uma comunidade, é utópica na medida em que tanto os títulos selecionados quanto os interesses que levaram a essa seleção, não são estáticos, mas evoluem com muita rapidez. Assim, o que se pretende con­seguir provavelmente não se conseguirá, pois a lista básica só será ade­quada no momento de sua concepção. Apesar disto, e conhecidas as suas limitações, as listas básicas são instrumentos úteis, tanto para a adminis­tração de coleções quanto para programas de fomento tais como o PAP. Mas exigem avaliação e atualização periódicas de maneira a se, tomarem aceitáveis.

1.3 A questão dos critérios. A adequação é medida de acordo com parâmetros estabelecidos. Esses parâmetros, ou critérios, são cruciais: quanto mais adequados, mais confiá­veis os resultados da avaliação.

Os critérios mais citados na literatura consultada são:

- análise de citações - isto é a contagem da frequência de citações a arti­

gos publicados por um periódico, encontradas em outros documentos.

- produtividade do título

- inclusão do título em periódicos de resumo e bases de dados bibliográfi­

cos.

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- volume de consultas.

- opinião de usuários

Todos esses critérios apresentam pontos positivos e pontos negativos:

- Análise de citações:

A contagem de vezes em que artigos publicados por determinado periódico são citados por outros documentos, dentro de um espaço de tempo esta­belecido, dá idéia da penetração desses artigos e fornece os insumos ne­cessários para diversas manipulações estatísticas, resultando em indicado­res diversos. O princípio que justifica o uso desses indicadores pressupõe que há relação entre frequência de citação e qualidade do periódico citado, da mesma maneira em que um autor muito citado geralmente ocupa lugar destacado na sua área.

É uma medida quantitativa, prática, que permite, como foi dito acima, a pro­

dução de diversos indicadores, entre os quais:

fator de impacto - medida de citações de um periódico por outros. auto citação - citação de artigos publicados pelo próprio periódico.

Immediacy index - medida do tempo médio que artigos publicados por de­

terminado periódico levam para ser citados na literatura em geral.

O Journal of Citation Record, publicado pelos editores do Science Cita-

tion Index, como um suplemento anual, traz esses e vários outros indicado­

res, geralmente com base na litertura periódica internacional dos dois últi­

mos anos.

Dentre aqueles indicadores, o fator de impacto parece ser o mais utilizado, e

para o nosso caso seria talvez o mais interessante. O JCR calcula esse in­

dicador com bases nos dois últimos anos. Por exemplo, no fascículo de

1986, os dados se referem a 85 e 84. O cálculo é a razão das citações reali­

zadas por itens citáveis publicados naqueles dois anos.

ou seja: total de todas as citações encontradas em periódicos examinados,

de 86, de todos os itens citáveis (artigos, comunicações etc) publicados

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pelo periódico em questão durante 84 e 85, dividido pelo total de itens citá-veis publicados por aquele titulo nos dois anos.

Esse indicador mede a freqüência média de citações feitas ao titulo analisa­do.

Apesar do fácil acesso e fácil manuseio desse indicador, há certos pontos que tornam o seu uso menos adequado:

- autores dos periódicos analisados não podem ser considerados típicos

usuários, e portanto não representam bem uma determinada comunidade.

- os periódicos mais lidos nem sempre são os mais citados (a literatura diz raramente são os mais citados). Inclui-se aí periódicos do tipo letters por exemplo.

- o valor absoluto das citações gera dívidas: todas as citações tem o mes­

mo valor?

- a análise de citações geralmente não leva em conta citações realizadas

em monografias.

Uma autora, Pauline Scales, realizou em 1976 um estudo no qual comparou

a demanda feita a uma lista de periódicos por usuários da então National

Lending Library, ao número de citações registrado no Science Citation Index a esses mesmos títulos, no mesmo periódico. O resultado mostrou

muito pouca co-relação.

- Produtividade do titulo

Produtividade pode ser definida como o volume de matéria citável de um titulo. O exame para avaliar a produtividade indicaria aqueles títulos que contém maior número de artigos relevantes a determinado assunto. Mas para que faça senti­do, essa medida deve levar em consideração fatores tais como: número médio de páginas de um fascículo em relação a matéria pertinente, periodicidade e ou­tros. Os estudos de Bradford, Zipf fornecem a base e inspiração para os estu­dos que propõem esses indicador.

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As críticas e restrições ao uso do critério produtividade para elaboração de lis­tas básicas são freqüentes na literatura. Segundo Singleton, o bibliotecário ou administrador que quizer usar a distribuição de Bradford como base para deci­sões terá que se certificar que a coleção que possui e que pretende avaliar sa­tisfaz tal distribuição, ou que seus usuários seriam bem servidos se tal se desse. Não seria possível, segundo aquele autor, estimar produtividade e relevância para todos os periódicos, e outros meios teriam que ser usados, tais como re­sumos ou dados relacionados a consultas e citações. Ora, isso implicaria em muito trabalho e, ao se conseguir tais dados a distribuição de Bradford se torna­ria irrelevante ou útil apenas para agregar títulos em núcleos. (Singleton:)

- Citação em obras de referências ou bases de dados bibliográficos.

Esse critério se baseia no fato de que a inclusão de um título de periódico em obras de referência do tipo abstract, índices ou bases de dados bibliográficos, denota ser aquele título suficientemente importante para a sua área, a ponto de merecer ter seus artigos regularmente examinados e resumidos para que se tornem acessíveis aos usuários.

Esse indicador é excelente para respaldar decisões quando se inicia uma lista. Na avaliação de uma lista já elaborada, com as características das listas adota­das pelo PAP, no entanto, a utilidade decresce muito. O pré-teste realizado com os periódicos da área de Física, revelou que dos 78 títulos daquela lista, 55 apa­recem na Seção Physics do Ulrich's como sendo indexado em pelo menos 2 fontes. Consulta posterior a outras seções paralelas (por exemplo, astrofísica, cristalografia, etc.) e a outras fontes, indicou que muito poucos, cerca de 6 títu­los, não constavam como regularmente indexados por alguma obra de referên­cia. O uso desse indicador no presente estudo não iria contribuir para avaliação, pois as listas já são refinamento de listas manuais.

- Volume de consultas.

O volume de consulta aos títulos indica a medida em que o título é efetivamente

lido. Apesar de aparentemente segura, esta medida também apresenta alguns

problemas.

A obtenção do dado "consulta" pode ser feita por meios tais como observação

ou identificação e contagem do material consultado, que se registra em formulá­

rios. O dado também pode ser obtido diretamente do usuário, por meio de ques­

tionários, entrevistas, ou diários.

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Uma das restrições ao uso desse indicador tem origem na dificuldade de avaliar o ganho ou utilidade da consulta. Ou seja, todas as consultas havidas e regis­tradas têm que ser consideradas proveitosas, com o mesmo valor.

O fato de que dados obtidos em uma comunidade não poderem ser usados para outra também deve ser levado em consideração.

A confiabilidade do dado obtido também apresenta problemas: por exemplo, a contagem de exemplares fora da estante pode ou não refletir o volume real de consultas. Documentos podem ter sido retirados e não consultados, assim co­mo documentos consultados podem ter sido recolocados pelo usuário e não ser incluídos entre os contados como consultados. Questionários e entrevistas também apresentam dificuldades, pois a informação deve cobrir um período de tempo razoável que permita inferências, e os usuários nem sempre cooperam.

Apesar de todas as restrições acima, como nota Singleton, o dado volume de

consulta tem tido muita receptividade e tem sido bastante usado como base pa­

ra decisões em situações reais, enquanto a análise de citações geralmente dá

origem a trabalhos teóricos. (Singleton, 217)

Opinião de Usuários.

- A opinião subjetiva do usuário sobre a importância ou utilidade relativa do titulo fornece as bases para a formação desses indicadores. Uma lista de periódicos organizada segundo esses critérios classifica os títulos privilegiando aqueles que recebem maior número de avaliações positivas. A obtenção deste dado exi­ge consulta a um número representativo de respondentes que reflita as opiniões da comunidade. Para captação do dado usa-se normalmente questionários ou formulários nos quais as avaliações são assinaladas em uma escala de valor pré-estabelecida. É possível também fornecer espaço para captação de títulos novos, ainda não constantes da lista, mas que, na opinião dos repondentes, de­veriam ser incluídos.

Há bem menos restrições a esse critério para formação de listas básicas do que os precedentes. A principal restrição parece ser a de que o respondente pode deturpar o resultado fazendo valer seus interesses pessoais e não os da comu­nidade como um todo. Mas segundo Singleton, a opinião de usuários é a melhor, ou menos inadequada, das fontes de dados para formação e julgamento de lis­tas básicas. Os demais critérios, para esse autor, são pouco confiáveis e deve-

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riam ser usados apenas como meios auxiliares na decisão do selecionador. (Singleton, 258).

Conclusões do exame da literatura.

Nenhum indicador é suficientemente confiável para ser usado sozinho. Uma

combinação de alguns indicadores, escolhidos conforme a finalidade da lista e

disponibilidades dos dados, parece ser a melhor opção. O uso de pesos, para

conhecer a importância ou influência do critério que se julga mais adequado

também contribui para adequar os resultados.

A escolha de critérios para este estudo

Tendo em vista tudo o que foi dito, e principalmente o objetivo da avaliação a ser feita - listas de periódicos estrangeiros dos quais a existência e disponibilidade em território nacional deve ser avaliada tendo em vista sua importância para professores, pesquisadores, alunos de pós-graduação e outros preocupados com o estudo e desenvolvimento da área de conhecimento no Brasil - julgou-se como mais adequado a escolha de três critérios, aos quais no entanto se dará pesos diferentes:

- opinião de usuários, peso 3

- volume de uso, peso 2 - fator de impacto, peso 5

Esses três critérios misturam o dado qualitativo, com dados de caracter um

pouco mais quantitativo, como a constatação do uso pela comunidade, e cita­

ção na literatura.

2 Metodologia

2.1 Introdução: Modelo proposto

O modelo proposto abaixo é fruto da análise da literatura e de um pré-teste realizado com esse fim, descrito na seção 6. Faz uso de três fontes, ou critérios, que serão diferenciados por meio de pesos atribuídos. A compati-bilização das três listas resultantes se dá por um processo de normalização e soma de pontos obtidos por cada título, descrito mais adiante. O resultado

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final pretendido mostrará os títulos atualmente financiados pelo PAP em lis­tas, uma para cada assunto, organizadas em ordem decrescente de valor, segundo os critérios empregados. Os títulos estarão dispostos em uma es­cala de 100 pontos, onde 100 corresponde ao conceito mais positivo. As listas registrarão também títulos novos, isto é, cuja inclusão no Programa venha a ser recomendada pelos professores dos cursos beneficiados.

A escolha dos critérios, e o seu valor relativo, decorrem não só das reco­mendações da literatura, mas também das caracterfsticas do Programa, que pretende atender necessidades reconhecidas da comunidade dos cur­sos de pos-graduação e com isto fomentar o desenvolvimento dos estudos nas áreas de interesse em questão. Os critérios adotados são tratados na seção 5.2.

O modelo pode ser dividido em três fases. A primeira fase inclui a obtenção dos dados e a organização dos títulos dos periódicos já integrantes do Pro­grama em listas arranjadas segundo os critérios base. Na segunda fase es­sas listas são consolidadas em uma única lista para cada assunto, em or­dem decrescente de importância dos títulos. Na terceira fase, as listas obti­das na fase anterior serão enviadas aos coordenadores dos cursos benefi­ciados e outros especialistas para confirmação. A indentificação de títulos novos ocorre na primeira fase, e sua inclusão nas listas, na segunda. As atividades realizadas em cada fase estão descritas mais adiante.

2.2 Critérios

Os critérios adotados nesse modelo são o julgamento de usuários, o vo­lume de consulta e o fator de impacto. Como exposto acima, esses critérios serão considerados como tendo graus de confiabilidade diferentes. A in­fluência que exercem sobre o resultado final é controlada mediante a atri­buição de pesos:

- opinião do usuário - peso 3

- volume de consultas - peso 2 - fator de impacto - peso 0.5

2.3 O processo de consolidação e normalização das listas

O processo de consolidação, para cada assunto, deve resultar na integra-

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ção das listas formadas segundo os critérios empregados em uma única lista. Mas essas listas devem sofrer também um processo de normalização. As três listas iniciais vêm ordenadas em escalas diferentes, segundo a na­tureza dos dados que originaram a sua formação. Por exemplo, as listas que trazem a opinião dos usuários dependem do número de respondentes em cada universidade enquanto a lista de volume de uso depende do núme­ro de consultas havidas. O processo de normalização deverá reduzir to­das essas diferentes escalas a uma única, de maneira a permitir soma dos pontos obtidos e comparação entre elas. Deverá ser possível verificar a po­sição de qualquer titulo em uma escala do 0 a 100, onde 100 representa a posição mais bem conceituada, em quaisquer das listas formadas.

0 objetivo do processo, portanto, é reduzir a uma única escala listas que se

apresentam em escalas diversas. A escala proposta, como visto acima, é

de 0 a 100. A fórmula é a seguinte:

f = 100:a

f x p1,p2,p3,„. pn = 01,02,03,... on

Onde: 100 é o número máximo da escala desejada.

a é o número de pontos máximo conseguido por periódico na lista em questão. f é o valor do intervalo na lista, que deverá ser multiplicado pelo total de pontos conseguidos por cada titulo naquela lista. p1 ... pn são os valores conseguidos por cada título, na lista. 01 ... on são os valores para ordenação do título na lista, sua posição na escala.

Na apresentação do pré-teste, seção 6, esse procedimento está descrito com exemplos. Lá, no entanto, a escala escolhida foi de 1 a 78, por serem os periódicos da área do saber testada, Física, em número de 78. Conside­rando os resultados, e o fato que uma escala única para todas as áreas se­ria mais interessante, o modelo finalmente proposto estabelece escala de 1 a 100. Essa mudança não altera o procedimento.

2.4 Execução do modelo

2.4.1 Primeira fase: elaboração das listas iniciais

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Deve-se levar em conta em toda a exposição que se segue que cada as­sunto - área do saber - é tratado separadamente. Em nenhum momento há integração de listas de periódicos de áreas diversas.

Na primeira fase serão produzidas três listas, segundo cada um dos crité­

rios adotados: opinião de usuários, volume de uso e fator de impacto.

a) Lista segundo a opinião dos usuários

O dado opinião de usuários será buscado junto aos professores dos cur­sos de pós-graduação contemplados pelo Programa, consultores da CA­PES e membros dos Comitês Assessores do CNPq, por meio de um for­mulário.

- Identificação dos professores dos cursos beneficiados.

Segundo levantamento realizado em documento fornecido pela CAPES* havia, em 1986, 12033 professores permanentes nos cursos de pós-gra­duação que se beneficiaram com o PAP. Deve-se notar aqui que foram contados apenas os professores permanentes, excluindo-se visitantes e colaboradores. Os dados de 1986, único disponíveis, embora não ideais são considerados satisfatórios, uma vez que modificações no corpo do­cente permanente são, em geral, pequenas. Outro fato a ser notado diz respeito às várias IES beneficiadas nas quais não há curso de pós-gra­duação correspondente. Os usuários dessas IES não serão consultados.

A distribuição de usuários pelas áreas do saber e IES é bastante desigual, como pode ser verificado na tabela. A área Teologia, por exemplo, apre­senta apenas 9 professores, todos em uma única IES, a PUC/RJ, en­quanto na área de Medicina foram registrados 1830 professores, distribuí­dos em 13 IES. Com base no universo identificado, e na sua distribuição pelas IES, estabeleceu-se como norma geral uma amostra equivalente a 20% desse universo. Assim, serão consultados cerca de 2400 professo­res. Para cada área, no entanto, a amostra finalmente estabelecida levará em conta a distribuição dos professores, especialmente naquelas IES com corpos docentes muito pequenos ou muito grandes. Um número mí­nimo de 4 respondentes deve ser estabelecido para todos os casos, e um número máximo que corresponda aproximadamente 10% para corpos do­centes de mais de 150 membros deve ser considerado.

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Os consultores da CAPES e os membros dos comitês assessores do CNPq foram identificados por meio de listas fornecidas por essas entida­des, e são cerca de... Todos esses serão consultados.

- A captação das opiniões de usuários

As opiniões do usuários serão captadas por meio de um formulário. O ins­trumento de captação de dados usado no pré-teste, área de Física, está reproduzido no Anexo 1. Como pode ser visto nesse formulário, os títu­los dos periódicos estão listados em ordem alfabética, e ao seu lado há uma escala de quatro pontos, que representam conceitos, na qual o res-pondente deve marcar sua opinião sobre a importância da existência do título em território nacional. No caso de o respondente não estar suficien­temente familiarizado com um título para poder avaliá-lo, há um espaço onde ele indica isso. Aos quatro conceitos da escala, listados abaixo, fo­ram atribuídos pesos. No caso de não conhecimento do título o peso é 0.

* MEC/CAPES/DAA. Sistema de acompanhamento da Pós-Gradua­ção. 1987. Dados de 1986 •

IMPRESCINDÍVEL 10 IMPORTANTE 9

RECOMENDÁVEL 8

DISPENSÁVEL 1

NÃO CONHEÇO PARA OPINAR 0

Os dados oriundos de cada IES são sempre trabalhados em separados, originan­

do, portanto, uma lista para cada Instituição.

Na tabulação dos dados, para cada conceito da escala, o número de indicações

que um título recebeu de todos os respondentes é primeiramente somado e depois

multiplicado pelo peso atribuído ao conceito em questão. Depois, para cada título, o

número de pontos obtidos nas quatro posições escala de conceitos são somados

resultando em um valor único para cada título.

- Obtenção de sugestões de títulos para inclusão no Programa

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Ao final do formulário, após a lista de títulos financiados em avaliação, é fornecido espaço para que o respondente sugira e classifique na escala de conceitos, tí­tulos ausentes da lista original, mas que, na opinião dele deveriam ser incluídos. Os resultados dessas sugestões serão também consolidados na lista final única resul­tante.

Como dito acima, cada IES é considerada em separado, e nelas cada área do sa­ber. Assim, serão produzidas listas por assunto e por IES. Os títulos novos, suge­ridos, são listados após a lista principal. As listas devem ser ordenadas por ordem decrescente de pontos obtidos e depois normalizadas, conforme o procedimento anteriormente descrito, ordenando os títulos na escala de 0 a 100. Como há um peso negativo, relativo ao conceito DISPENSÁVEL, alguns títulos poderão obter uma soma de pontos abaixo de 0.

Nesse ponto, realizadas as operações descritas, haverá uma lista para cada IES, para cada assunto, onde os títulos avaliados são posicionados segundo os con­ceitos recebidos, em uma ordem decrescente de valor, seguidos dos títulos suge­ridos. O objetivo seguinte é conseguir uma única lista representando a soma das opiniões dos grupos de usuários (por IES) para cada assunto. Para isso, os pon­tos conseguidos por um mesmo título, em cada universidade são somados e nor­malizados para que se consiga sua distribuição na escala de 0 a 100.

O resultado é a lista de títulos financiados avaliados pelos usuários, seguida da lista de títulos sugeridos.

b) Lista dos títulos segundo volume de uso

A fonte de dados é o registro do volume de uso verificado para cada título em todas

as IES, durante um período pré-estabelecido, ou seja, o total de consultas havidas.

Os procedimentos de normalização e ordenação dos títulos, já descritos, serão uti­

lizados, produzindo listas por assunto onde os títulos se colocarão em uma escala

de 1 a 100, em ordem decrescente de consultas havidas.

c) Lista dos títulos segundo fator de impacto

Os dados de fator de impacto estão disponíveis e serão extraídos do JCR, para cada título. Usando o procedimento já descrito, os dados são normalizados para a escala de 0 a 100 e depois ordenados em ordem decrescente de valores conse-

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guidos. Para os títulos que não dispuserem desse indicador será atribuído o valor 0.

2.4.2 Segunda fase: Consolidação das listas- iniciais

As três listas obtidas segundo descrição acima devem agora ser consolidadas.

Para cada uma das três listas:

a) Primeiro: o peso atribuído ao critério que orientou a obtenção dos dados e for­

mação da lista é multiplicado pelo número de pontos obtidos por cada titulo:

Opinião de Usuários peso 3

Volume de uso peso 2 Fator de impacto peso 0.5

b) Segundo: o total de pontos obtidos por cada periódico nas três listas é somado, resultando em um valor único para cada título.

c) Terceiro: o número de pontos para cada título nessa lista única é normalizado, posicionando os periódicos na escala de 0 a 100, conforme procedimento já des­crito, e organizados em ordem decrescente de número de pontos obtidos:

A lista de títulos novos, resultante da consulta aos usuários, será colocada ao final da lista única, para confirmação na próxima etapa da pesquisa. Essa lista também estará organizada em ordem decrescente de importância atribuída pelos usuários. O pré-teste exemplifica o procedimento.

2.4.3 Terceira fase: Confirmação das listas

As listas obtidas nas fases anteriores devem agora passar por um segundo filtro, representado pela opinião dos coordenadores dos cursos, consultores da CAPES e membros dos Comitês Assessores do CNPq. Cerca de 743 "cursos" receberam títulos nas 19 IES, mas como pode ser verificado no documento da CAPES que serviu de base para identificação dos professores, não havia, em todas essas IES, cursos de pós-graduação, pois muitas vezes o PAP contemplou bibliotecas cujo acervo se apresentava bem desenvolvido em determinadas áreas e cuja demanda potencial justificava o financiamento. Portanto, o número exato de coordenadores terá que ser levantado área por área.

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Quanto aos consultores da CAPES, são em número de...conforme a informação daquela instituição, mas pretende-se consultar 2 pessoas por área.

Os assessores do CNPq são em número de 136.

As listas consolidadas serão reenviadas aos cursos e aos consultores para con­firmação da ordem dos títulos. O procedimento será o mesmo já descrito, mediante formulário. Mas agora os títulos aparecem em ordem decrescente de valor atribuí­do. Sua posição na escala deve aparecer (ser comunicada ao usuário), mas o fato que esses números representam apenas meios para ordenação, sem valor cardi-nal, deve ser bastante enfatizado.

Os respondentes desta terceira fase serão solicitados a examinar a lista de perió­dicos de sua especialidade e confirmar a posição dos títulos. Quando houver al­guma discordância, o respondente deverá assinalar o título em questão e indicar a posição em que, na sua opinião deveria estar sendo ocupada por aquele título. Isto será feito riscando a posição (o número ordinal) correspondente ao título e escre­vendo, ao seu lado a posição adequada. Na lista que lhe é apresentada, além da posição na escala de 0 a 100, haverá indicação de percentagem - os primeiros 10%, 20%, etc - para facilitar a recolocação do título. Por exemplo, o título X, que se apresenta na posição 37, deveria, na opinião do respondente, estar em posição mais favorável. Ele indicará então qual será essa nova posição, riscando o núme­ro 37 e escrevendo no seu lugar a nova posição. Ou simplesmente escreverá o percentil em que acha que seria adequado colocar o título.

a) Inclusão dos títulos novos na lista básica-

Os respondentes desta terceira fase deverão também examinar a lista de títulos sugeridos com vistas a inclusão na lista básica. Sua tarefa será a de indicar o per­centil em que o novo título deveria ser incluído. No caso de uma discordância quanto a sugestão, isto é, do respondente desta terceira fase achar que o titulo su­gerido não deva ser incluído, deverá colocá-lo em último lugar na lista básica.

b) Análise e tabulação dos dados obtidos na terceira fase

Os formulários obtidos nesta terceira fase deverão ser examinados mais uma vez, e consolidados. Isto é, deverá prevalecer a opinião da maioria. Essa fase não foi testada no pré-teste.

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A consolidação dos formulários recebidos de volta dos respondentes se dará pela simples média aritimética do total das opiniões confirmadas ou modificadas, ou seja:

Para os títulos que foram alterados:

Primeiro, serão somados os pontos (posição) obtidos por cada título em todos os

formulários revistos.

Segundo,o total é devido pelo número de respondentes ou formulários recebidos. Obtem-se assim a média aritimética de opinião dos respondentes quanto a posição do título.

Terceiro, procede-se a ordenação por valores decrescentes.

Quarto, procede-se a uma comparação entre a ordem agora obtida e aquela re­sultante da segunda fase. O objetivo é detectar se houve mudanças substanciais na ordenação, de mais de um percentil, por exemplo, e identificar caso isso tenha acontecido, quais os títulos sobre os quais houve tanta discordância. Atenção es­pecial deve ser dada aos títulos que perderam posição, exageradamente, a ponto de terem seu financiamento ameaçado por eventuais cortes que se façam neces­sários.

Todos os títulos que mudaram posição, quer para cima ou para baixo da escala, deverão ser objeto de mais um rodada de investigações, da qual resultará a forma final da lista. Partindo do principio que os consultores da CAPES e assessores do CNPq possuem, por sua experiêcia como consultores e assessores, uma visão mais apurada do estágio de desenvolvimento da área de sua especialidade no país todo, à opinião deles será atribuído um peso maior que às opiniões dos coordena­dores de curso.

Procedimento, para avaliar mudanças na ordem:

Todos os formulários recebidos na terceira fase devem ser revistos, buscando-se neles somente opiniões sobre os títulos que tiveram suas posições substancial­mente alteradas. Aos formulários - opiniões - oriundos dos consultores e assesso­res da CAPES e CNPq é atribuído o peso 2, e peso 1 aos oriundos dos coordena­dores. Será então realizada nova ordenação. Essa será a ordenação final.

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Mas, além disto:

a) Identificar nas obras de referência pertinentes, (Ulrich's e outras do gênero) in­dicações relacionadas a inclusão do título em índices e abstracts. A existência dessas obras no Brasil - os índices e abstracts em que os títulos em questão são indexados-deverá ser verificada no Catálogo Coletivo de Periódicos.

b) Verificar o número de assinaturas do título financiadas pelo PAP.

c) verificar o volume de uso por IES, onde o título é financiado.

Essas informações não mudarão a ordenação, mas servirão de base para co­mentários com a finalidade de orientar ações posteriores da coordenação do PNBU.

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ANEXO FATOR DE IMPACTO. FONTE: JOURNAL OF CITATIONS RECORD, 1986.

POR

PERIÓDICOS

REVIEWS OF MODERN PHYSICS ADVANCES IN NUCLEAR PHYSICS ADVANCES IN PHYSICS REPORTS ON PROGRESS IN PHYSICS PHYSICAL REVIEW LETTERS ASTROPHYSICAL JOURNAL SUPPLEMENT NUCLEAR PHYSICS B ADVANCES IN ATOMIC AND MOLECULAR PHYSCS ATOMIC DATA AND NUCLEAR DATA TABLES ASTROPHYSICAL JOURNAL PHYSICS LETTERS B APPLIED PHYSICS LETTERS PHYSICAL REVIEW B SURFACE SCIENCE JOURNAL OF PHYSICS A JOURNAL OF PHYSICS B ANNALS OF PHYSICS JOURNAL OF THE OPTICAL SOC AMER B PHYSICAL REVIEW D COMMUNICATIONS IN MATHEMATICAL PHYSICS NUCLEAR PHYSICS A JOURNAL OF STATISTICAL PHYSICS PHYSICAL REVIEW A JOURNAL OF PHYSICS C NUCLEAR FUSION JOURNAL OF PHYSICS F PHYSICAL REVIEW C ACTA CRYSTALLOGRAPHICA A PHYSICS OF RUIDS PROGRESS OF THE ORETICAL PHYSICS JOURNAL OF APPUED PHYSICS ZEITSCHRIFT PHYSIC B JETP LETTERS ZEITSCHRIFT FUR PHYSIK A ACTA CRYSTALLOGRAPHICA B SOLID STATE COMMUNICATIONS JOURNAL OF PHYSICS G JOURNAL OF THE OPTICAL SOC AMER A OPTICS COMMUNICATIONS APPUED OTICS JOURNAL OF APPUED CRYSTALLOGRAPHY JOURNAL OF LOW TEMPERATURE PHYSICS PHYSICA B/C JOURNAL OF COMPUTATIONAL PHYSICS PHYSICS LETTERS A

DECRESCENTE P E S 0 FATOR PESO

FATOR IMP 1 3.116 0.50

25.025 11.571 7.000 6.696 6.538 5.585 4.892 4.800 4.575 3.701 3.534 3.482 3.277 3.176 2.778 2.711 2.655 2.623 2.613 2.541 2.482 2.394 2.363 2.165 2.143 2.057 2.038 2.090 1.916 1.764 1.750 1.749 1.718 1.643 1.625 1.622 1.475 1.398 1.387 1.288 1.258 1.210 1.153 1.148 1.125

77.978 36.055 21.812 20.865 20.372 17.403 15.243 14.957 14.256 11.532 11.012 10.850 10.211

9.896 8.656 8.447 8.273 8.173 8.142 7.918 7.734 7.460 7.363 6.746 6.678 6.410 6.350 6.260 5.970 5.497 5.453 5.450 5.353 5.120 5.064 5.054 4.596 4.356 4.322 4.013 3.920 3.770 3.593 3.577 3.506

38.99 18.03 10.91 10.43 10.19

8.70 7.62 7.48 7.13 5.77 5.51 5.42 5.11 4.95 4.33 4.22 4.14 4.19 4.07 3.96 3.87 3.73 3.68 3.37 3.34 3.20 3.18 3.13 2.99 2.75 2.73 2.72 2.68 2.56 2.53 2.53 2.30 2.18 2.16 2.01 1.96 1.89 1.80 1.79 1.75

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REFLEXO DAS RECOMENDAÇÕES DO V SNBU NA IMPLANTAÇÃO DO PNBU

PRESIDENTE: YONE CHASTINET (PNBU /MEC/SESu)

RELATOR: SILVIA CARDEAL (UFAL)

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PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA IMPLANTAÇÃO DO PLANO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS - PNBU

Yone Chastinet SESu/PNBU

A formulação das políticas setoriais de Ciên­cia e Tecnologia, da pós-graduação e da in­formação em Ciência e Tecnologia foram fun­damentais para a elaboração do documento de base do Plano Nacional de Bibliotecas Universitárias - PNBU, que define as diretri­zes e ações para esse setor. O planejamento do PNBU foi efetuado pela própria comunida­de atuante na área de bibliotecas das Institui­ções de Ensino Superior - IES, especialistas em informação e usuários, e por essa mesma comunidade ratificado. O Programa Nacional de Bibliotecas Universitárias, criado na mes­ma ocasião da aprovação do PNBU, com a finalidade de assegurar as condições neces­sárias à implementação do Plano, é constituí­do de uma Secretaria Executiva e de um Co­mitê Técnico Assessor - CTA e de Sub-Co-mitês. O planejamento das ações do PNBU é realizado por Sub-Comitês, especialmente criados para esse fim. Após 3 anos da cria­ção do PNBU, onze das doze diretrizes que o integram já tiveram sua implementação inicia­da através da realização, total ou parcial, de 31 das 46 ações previstas.

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1 INTRODUÇÃO

O objetivo maior e primeiro desta apresentação é acentuar a importância da implementação das diretrizes e da realização das ações que foram formuladas no contexto do Plano Nacional de Bibliotecas Universitárias-PNBU, visando o desen­volvimento harmônico das Bibliotecas das Instituições de Ensino Superior - IES e ressaltar a participação da comunidade em seu planejamento, implementação e melhoramento. Daí a relevância desse evento, onde se pretende rever e atualizar as ações propostas no documento de base do PNBU, para as áreas de prestação de serviços aos usuários, automação e arquitetura de Bibliotecas em função dos avanços tecnológicos e da experiência adquirida através do trabalho cooperativo até então realizado, dentro do contexto do nosso programa. Entendemos que esta tarefa cabe à comunidade aqui representada, uma vez que foi esta mesma comu­nidade que propôs às autoridades do MEC, através do PNBU, a política para o setor das Bibliotecas das IES, ou seja, as diretrizes e ações que devem nortear seu desenvolvimento.

Há que se lembrar que a política formulada para o setor, que ora será revista nos três segmentos citados, será certamente considerada no âmbito não só das IES, mas também das demais Instituições que de alguma maneira interferem no setor, como as agências de financiamento de C&T, que até então vêm consideran­do as políticas do PNBU como subsidio ao aporte de recursos financeiros às Bi­bliotecas dessa área. Cabe também registrar que a formulação de políticas para determinado setor não se constitui em "Camisa de força" para nenhuma Instituição que deseje trilhar seu caminho próprio, alheia às necessidades gerais, que uma vez atendidas contribuem para o desenvolvimento global do setor em questão. Pa­ra essas Instituições, a formulação das políticas fornece um referencial que lhes permite, constantemente verificar o quanto longe delas estão.

Não se deseja portanto, nem se poderia, com os resultados deste Seminário, impor a nenhuma IES normas e procedimentos a serem adotados.

Mas acreditamos que, uma vez aceitos, os resultados deste Seminário ve­nham a contribuir para a melhoria da infraestrutura da informação, e conseqüente­mente para o desenvolvimento do ensino e da pesquisa, de acordo com o preconi­zado nas políticas de Ciência e Tecnologia C&T, e da Pós-graduação.

Na primeira parte do trabalho faz-se algumas considerações sobre políticas setoriais. Na parte seguinte descreve-se brevemente o desenvolver das políticas de C&T, da Pós-graduação e da ICT, para chegar-se às políticas das Bibliotecas das IES, formuladas no âmbito do PNBU. Acentua-se então o papel da comunida­de no planejamento e implementação desse Plano.

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2 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE POLÍTICA SETORIAL:

O termo política setorial é geralmente usado para definir os princípios bási­cos sob os quais um programa ou plano de ação é baseado, podendo também in­cluir o próprio programa ou plano e já mencionar as estratégias e ações para sua implementação.

As políticas setoriais geralmente são explicitadas em decorrência da neces­sidade de maior organização do setor, o que comumente ocorre quando indivíduos e Instituições atingem um certo nível de amadurecimento. A experiência mostra que a explicitação de política para áreas emergentes, ocorre quando essas áreas,

apesar de não muito desenvolvidas no país, constituem-se em áreas vitais, ou mesmo consideradas de segurança nacional, quando então a decisão da formula­ção de políticas parte sempre do próprio governo.

Em alguns setores, a iniciativa para formulação de políticas parte da própria comunidade, sendo posteriormente apoiada por autoridades governamentais.

Tendo em vista que as diretrizes políticas são formuladas na expectativa de serem implementadas através de ações, a elaboração dessas políticas deve con­tar com ampla participação da comunidade do setor ao qual se dirigem.

A formulação das diretrizes políticas deve ser bastante geral, visando possi­bilitar sua adoção por um número maior de Instituições e minimizar a necessidade de revisões muito constantes.

Para formulação das políticas, elaboração dos programas de ação, seu acompanhamento, avaliação e harmonização de todas as atividades do setor, faz-se necessário a existência de um órgão de coordenação; sem o qual dificilmente pòder-se-á evitar duplicidades desnecessárias de esforços e de recursos e a existência de sub-setores pouco desenvolvidos.

Como exemplo de um setor que apresenta integrado a seu documento de política, diretrizes e plano de ação, pode-se citar o 3º Plano Nacional de Pós-gra­duação - PNPG. Exemplificando uma de suas diretrizes e uma estratégia proposta visando sua implementação, pode-se citar a diretriz: "Assegurar recursos para manutenção da infra-estrutura do Sistema e manter o financiamento a projetos es­pecíficos de ensino e pesquisa, através das agências de fomento"; estratégia: "as­segurar a diversidade de fontes de financiamento para aquisição de periódicos... além daqueles fornecidos às Bibliotecas das Instituições".

O PNPG portanto, além de explicitar as diretrizes para o Sistema de Pós-

graduação propõe estratégias que permitem a identificação de ações capazes de

implementá-las.

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O documento do PNBU, com estrutura semelhante, apresenta diretrizes e sob essas ações. Por exemplo, diretriz: "Dotar as IES de condições para forma­ção e qualificação adequada de recursos humanos para as Bibliotecas". Ação: "Desenvolver um programa de estudos, visando à otimização e harmonização de técnicas e procedimentos bibliotecários, em áreas de interesse do Plano". É o acompanhamento da realização dessas ações que permite o constante avaliar da implementação das diretrizes estabelecidas.

3 A POLÍTICA DE C&T, DE PÓS-GRADUAÇÃO E DE ICT:

Na área de C&T, a necessidade e explicitação de uma política surge nos fins da década de 60, após a criação do CNPq (1951) e da FINEP (1965), e agudiza-se com a criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico -FNDCT (1969), destinado a fornecer apoio financeiro a programas e projetos prio­ritários, e que se revigora a partir de 1971, junto a FINEP. A área aparece pela pri­meira vez como prioritária no contexto de uma ação planejada do governo, por oca­sião da elaboração de Programa Estratégico de Desenvolvimento, 1968-70. Poste­riormente, o CNPq introduz o Plano Quinquenal 1968-72. Em 1972 é instituído o Sistema Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - SNDCT, que em seu decreto de criação já menciona como um dos seus instrumentos fundamentais o Plano Básico de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico - PBDCT e como ór­gão central do Sistema, o CNPq. Surgiram assim, e a partir do primeiro Plano Na­cional de Desenvolvimento - PND (1971) os 3 PBDCT e em 1984, as Ações Pro­gramadas que pretendiam orientar o desenvolvimento de 30 sub-setores desse setor de C&T, e que foram elaboradas pela comunidade científica, sob a coordena­ção do CNPq. Paralelamente ao esforço de planejar a C&T, que pelo visto decor­reu de um amadurecimento dos grupos e Instituições de pesquisa. O governo de­sencadeia, a partir de 1960, a Reforma Universitária que se introduz na vida uni­versitária em 1968. Haveria de definir-se a posição das Universidades no panora­ma nacional e no quadro geral da C&T, já que esta se constitui no principal instru­mento para criação do potencial científico e tecnológico, abrigando, na Pós-gradua­ção, o grande contingente das pesquisas do país. Os três Planos Nacionais de Pós-graduação (1975 a 1989) orientam a política nacional de Pós-graduação. E é no 3º PNPG-(1986-89), que se explicita enfaticamente a importância da institucionali­zação e a ampliação da pesquisa nas Universidades e a integração da pós-gra­duação ao SNDCT.

Independentemente das mudanças das políticas do governo e de possíveis necessidades de revisão e adaptação das políticas de C&T e da Pós-graduação, o

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período de 1984/85 aparece como um período de extrema importância para o pla­nejamento desses setores no país. É a mesma comunidade, a de pós-graduação e a de pesquisa, já que essas se confundem, que se dedicam enfaticamente a me­lhor delinear seus caminhos, utilizando-se de suas experiências passadas de seu conhecimento armazenado. É também nessa ocasião, para o que contribuiu a ex-plicitação das políticas de C&T e da Pós-graduação, que surge o primeiro docu­mento no qual a comunidade de informação, profissionais dessa área e usuários, explicitam as políticas do setor de ICT, concentrando-se principalmente nos as­pectos de informação científica, já que a informação tecnológica vinha se desen­volvendo em outro âmbito institucional, do MIC, ligando-se fortemente ao Programa de Desenvolvimento Industrial.

O exemplo de caso citado permite observar-se que a discussão sobre políti­ca de C&T:

a) Surgiu após a formação e um certo amadurecimento de grupos e Institui­ções do setor;

b) Surgiu naturalmente, em decorrência de questionamentos e necessida­des da comunidade científica e das Instituições integrantes do setor;

c) Surgiu paralelamente à determinação do governo de aumentar os inves­timentos no setor. Em outras palavras, surgiu da necessidade de pôr em ordem a casa, de maneira a evitar-se duplicidade desnecessária de esforços e de recur­sos, de evitar-se lacunas em áreas prioritárias e de propiciar uma distribuição dos recursos públicos, em função da definição de objetivos e prioridades.

O planejamento do setor de ICT, preservadas as diferenças de sua dimen­são, não se desenvolveu de maneira muito diferenciada da do setor de C&T. Mes­mo porque seu desenvolvimento está fortemente ligado ao que ocorre nesse setor. De 1954, ocasião da criação do Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação - IBBD, até meados da década de 60, os poucos serviços de documentação exis­tentes eram colocados à disposição dos pesquisadores através desse Instituto. Já na década de 70 os serviços foram multiplicados e fornecidos por Bibliotecas es­pecializadas e Universitárias, que se fortaleciam. Em 1975, com a transformação do IBBD em IBICT este passa a ser mais órgão de coordenação, e não executivo. O Plano de ação do Instituto de 82-85, define a programação do órgão, melhor ex­plicitando sua relação com os demais órgãos de setor da ICT.

Constatava-se, no entanto, a necessidade da explicitação de uma política geral, que atingisse e integrasse todos os órgãos envolvidos em todos os seg­mentos do setor, independentemente de sua natureza e objetivos finais. Foram então, e durante o período de 6 meses, constituídos 7 grupos de trabalho que pro­moveram reuniões com mais de 100 representantes de Instituições voltadas para a

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área de informação, ou que, de alguma maneira interferem dessa área, ou seja, procurou-se envolver todo o setor de informação: produtores de informação, res­ponsáveis pelas políticas setoriais de C&T e da Pós-graduação, representantes da área de informática, de comunicação, de editoração, de relações internacionais, so­ciedades científicas, associações de classes, agências de C&T. A versão prelimi­nar do documento foi distribuída a mais de 1000 profissionais, com objetivo de co­lher o maior volume possível de críticas e sugestões. Foi assim, em fins de 1984, produzida a Ação Programada em ICT, que se constitui de uma série de diretrizes e ações. Nesse documento a questão da ICT é apresentada de acordo com seu próprio fluxo (geração, entrada, tratamento, processamento e saída) não abordan­do diretamente o sub-setor "Bibliotecas de IES", mas fornecendo diretrizes funda­mentais para sua definição, já que um dos seus objetivos é "Dotar os responsá­veis pelos diferentes componentes do sub-setor de ICT... de indicações políticas e diretrizes, técnicas que sejam utilizadas no planejamento e implementação das ações de desenvolvimento da ICT".

Verifica-se portanto que os procedimentos para a definição das políticas da ICT não diferem muito daqueles utilizados para a explicitação das políticas de C&T. Foi paralelamente, e mesmo posteriormente à criação do SNDCT que a comunida­de de C&T se debruçou com maior afinco sobre a questão das políticas para o setor, assim como foi após a definição das políticas e programas internos do IBICT, que repercutiam fortemente em outras Instituições, que foram propostas as diretrizes para o setor, através da Ação Programada.

4 POLÍTICAS PARA BIBLIOTECAS DE IES

Há que voltar a acentuar que na década de 70 o fortalecimento das IES e especificamente da Pós-graduação apresenta forte reflexo em suas bibliotecas, que passam a melhor organizar-se internamente. Os profissionais da área iniciam dis­cussões inter-institucionais e em 1979, finalmente encontram um foro onde podem debatar seus problemas particulares e trocarem experiência: está criado o Seminá­rio Nacional de Bibliotecas Universitárias - SNBU, que a partir daí é promovido a cada dois anos. É este o local onde os profissionais, mais amadurecidos, em de­corrência da própria experiência, do crescimento dos cursos de especialização e da criação do mestrado na área, e movidos pelos usuários que cada vez mais exi­gem melhores e mais rápidos serviços, passam a pressionar o governo, chamando a atenção para suas necessidades, apontando os pontos de estrangulamento das atividades do setor e, constantemente propondo a criação de uma unidade, em al­gum ponto do governo (MEC, CRUB), para atuar como elemento de ligação entre as bibliotecas e o setor responsável pelas políticas públicas do setor educacional.

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O discurso dos profissionais das bibliotecas das IES durante esses eventos que vem sendo registrado em forma de "recomendações" - é tão coerente que permitiu que após o 3º SNBU fosse elaborada uma análise de frequência dessas recomenda­ções, obtendo-se resultados significativos que apontavam os principais problemas da área e já encaminhavam algumas propostas de solução. Essa análise foi apre­sentada ao IV SNBU, realizado em Campinas, no início de 1985. Estava lançada a semente do PNBU, que pôde germinar no solo fértil de decisão tomada pelo MEC/SESu, em meados do mesmo ano, de criar um programa de apoio às biblio­tecas, visando a melhoria do ensino e da pesquisa.

Estamos no ano 1985. Experiência acumulada de planejamento em C&T e Pós-graduação: 3 PBDCT. Ações programadas em 30 áreas do conhecimento, in­cluindo a área de ICT, 3 Planos Nacionais de Pós-graduação, o PICD e a grande contribuição da CAPES em sua ação de apoio às Bibliotecas Universitárias, que infelizmente se enfraquece em 1982, mas que se constitui em um dos aportes mais significativos para a criação do PNBU. E a decisão do MEC, de melhor apoiar o desenvolvimento das Bibliotecas das IES, o que exigia uma atividade de planeja­mento.

Optou-se então pela elaboração de um documento de política para a área, que se harmonizasse com a Ação Programada de ICT, com as políticas de C&T e com a política da Pós-graduação. Decidiu-se de acordo com as recomendações da UNESCO, que o documento de política para as bibliotecas das IES, incluiria po­lítica e planejamento, ou seja, definição das diretrizes para o desenvolvimento da área e proposta de ações capazes de implementar essas diretrizes, à semelhança da Ação Programada em ICT. Considerando que a definição de políticas setoriais é uma atividade complexa e contínua, decidiu-se também que sua implementação te­ria início tão logo a primeira versão do documento fosse revista e ratificada pela comunidade.

A primeira versão preliminar do documento do PNBU nada mais foi do que a organização - de acordo com o fluxo do processo da informação - das recomenda­ções apresentadas nos SNBUs. Dependendo de sua natureza, essas recomenda­ções foram registradas como "diretrizes" ou "ações". Na primeira versão, foram também identificadas possíveis estratégias e órgãos executores das ações. Esse documento foi apresentado, em julho de 1985, a um grupo especificamente reunido para apresentar sugestões de melhoria do documento, constituído de especialista da área, diretores de bibliotecas centrais representando as 5 regiões do país, usuários, agências de C&T e autoridades do MEC/SESu e CAPES. Em decorrên­cia das sugestões recebidas, o documento foi alterado, tendo sido gerada a se­gunda versão preliminar, que foi distribuída a 80 IES, mais o IBICT e a Biblioteca

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Nacional, para críticas e sugestões. O índice de resposta foi de 80%, resultando em cerca de 300 sugestões, cuja análise propiciou o enriquecimento de 30% das diretrizes e 30% das ações. Cerca de 20% das sugestões trataram de recomen­dações específicas, mais voltadas para a fase de implementação do Plano, e fo­ram divulgadas em documento separado.

Em abril de 1986, através de Portarias Ministeriais, é aprovado o PNBU, in­tegrando 12 diretrizes e 46 ações. Na mesma ocasião é criado o Programa Nacio­nal de Bibliotecas Universitárias, com a finalidade de assegurar as condições ne­cessárias à implementação do PNBU. De acordo com o regimento do Programa, este e constituído de uma Secretaria Executiva e de um Comitê Técnico Assessor -CTA.

5 PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NO PLANEJAMENTO E IMPLANTAÇÃO DO PNBU:

Pelo já exposto, verifica-se que o planejamento do PNBU foi efetuado pela

própria comunidade atuante na área de bibiotecas das IES, bibliotecários e usuá­

rios, e por essa mesma comunidade ratificado.

Após a instituição do CTA - composto por representantes das Biblioteca das IFES, das particulares e das estaduais, assim como por representantes do CRUB - que nesse foro assume o papel de usuário, e de Instituições ligadas ao setor co­mo FEBAB, IBICT, Biblioteca Nacional, além dos órgãos do própio MEC, este Co­mitê passa a assumir a atividade de planejamento acompanhamento e avaliação do PNBU, ficando a cargo da secretaria executiva a coordenação do plano e a responsabilidade pela execução das atividades dele emanadas.

É sob a égide dessa estrutura que, em 1986, tem início a implantação do PNBU. Como, para cada ação a ser desenvolvida necessitava-se de ampla ativi­dade de planejamento, voltou-se a buscar na comunidade pares que se aliassem à Secretaria Executiva, sendo que o resultado desses trabalhos conjuntos são e fo­ram sempre ratificados pelo CTA.

Foram assim criados, formal ou informalmente, diversos grupos que se ca­racterizam como Sub-Comitês do CTA, e dentre os quais cabe citar:

a) Grupo de trabalho para o planejamento do PAP, constituído por diversos especialistas da área e que posteriomente veio a ser formalizado através do Com-vênio tripartite que rege esse Programa (MEC, CNPq e FINEP). Atualmente o Sub-comitê é constituído de representantes das Agências e dos usuários;

b) Grupo de trabalho para o planejamento da ação de instituição de uma central da catalogação cooperativa, constituído também por especialistas da área.

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Este grupo iniciou seus estudos a partir de dois documentos de base apre­sentados ao V SNBU. O grupo continuou atuando após o Seminário, tendo encer­rado seus trabalhos após haver concluído suas recomendações, que orientaram a Secretaria executiva do PNBU na sua ação de promoção da catalogação coopera­tiva para as Bibliotecas das IES.

c) Grupo de trabalho para o planejamento do Curso de Especialização para Bibliotecários de IES; que incorporou profissionais de alto nfvel da área de ensino e que à semelhança do grupo anteriormente citado, iniciou seus trabalhos no V SNBU, havendo concluído posteriormente o conteúdo programático do Curso, que foi implantado pela Secretaria executiva e cuja coordenação acadêmica, até apre­sente data, é da responsabilidade de um de seus membros;

d) Grupo de trabalho para o estudo da avaliação da demanda dos periódicos do PAP, cuja constituição e procedimentos em nada difere daqueles dos dois últi­mos grupos citados e cujos resultados serão divulgados neste Seminário;

e) Grupo de trabalho para divulgação da produção científica, que se reuniu apenas durante o V SNBU;

f) Grupo de trabalho para o planejamento do Programa de Pesquisas, Estu­dos Técnicos e Desenvolvimento de Recursos Humanos para Bibliotecas Univer-sitárias-PET, cujos resultados já foram, neste evento apresentados;

g) Grupo de trabalho para o planejamento de Rede Sul de Automação de Bi­bliotecas, constituído de profissionais da área de informação e informática das Uni­versidades Federais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, e que vem se reunindo, com vistas ao planejamento da rede.

Neste VI SNBU, se formam mais três grupos de assessoramento à implan­tação do PNBU (de serviços, automação de bibliotecas e arquitetura de bibliote­cas) que espera-se, venham a se constituir nos assessores permanentes do Pro­grama nessas áreas e cujos resultados concretos de seus trabalhos certamente serão comunicados no VII SNBU.

Cabe registrar que em decorrência dessa ação conjunta, comunidade de in­formação, usuários e Secretaria Executiva do PNBU, onze das doze diretrizes do Plano já tiveram sua implementação iniciada através da realização, total ou parcial de 31, das 46 ações que o integram. A diretriz que, praticamente, não teve nenhu­ma de suas ações iniciadas é a que se refere a serviços aos usuários, que se pretende dar andamento a partir das recomendações deste Seminário. A única ex­ceção refere-se à ação que trata do fortalecimento do COMUT, que vem merecen­do especial atenção dos órgãos responsáveis por este Programa, com o desen-volver de estudos e atividades específicas visando seu fortalecimento.

Assim sendo, permitimo-nos finalizar essa exposição concluindo que após

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três anos de implantação, o PNBU apresenta resultados satisfatórios e o fazemos sem nenhuma falsa modéstia, principalmente porque entendemos, e esperamos tê-lo comprovado nesta apresentação, que os méritos cabem à comunidade das IES, bibliotecários e alta administração, pela constante contribuição que vêm prestando ao Programa, através de assessoria técnica e de apoio político de seus reitores. Há também, as IES que no momento permiti-me representar, dirigir uma palavra de reconhecimento às agências de C&T, FINEP e CNPq, sem o apoio das quais difi­cilmente teríamos obtido os resultados alcançados.

Se muito fizemos, muito resta a fazer e muito a melhorar. E é a expectativa de podermos continuar juntos este trabalho, que leva o MEC, especificamente as autoridades da SESu e a Secretaria Executiva do PNBU à tentativa de vencer os enormes obstáculos que se apresentam nesta difícil fase de transição que atra­vessa nosso país e chegarmos, juntos, a colocar à disposição do ensino e da pes­quisa a mais importante infra-estrutura de que necessitam para seu pleno desen­volvimento: a informação em ciência e tecnologia.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

CAPES - III Plano Nacional de Pós-graduação. 1986-1989. Brasília 1985.25 p.

CNPq - Termo de referência para elaboração de estudos em política científica. Brasilia. 1982.11 p.

CNPq/IBICT - Ação programada em Informação em Ciência e Tecnologia. Brasília. 1984. 69p.

CODEPLAN - Política setorial de Ciência e Tecnologia. Brasília, 1976. 8p.

RAPPEL, Eduardo. Experiência brasileira no planejamento de Ciência e Tecnologia.

In: III Seminário metodologyco sobre planificación de Ia Ciencia y Ia Tecnolo­

gia en America Latina. Caracas, 1974.10p.

SOUZA, Heitor G. de et alii - Política científica. São Paulo, Perspectiva, 1972. 293p.

STORINO, Francisco de Paula - Formulação de planos e políticas de planificação em ciência e tecnologia: In: III Seminário metodológico sobre planificação da ciência e da tecnologia na América Latina. Caracas, 1974. 31 p.

WESLEY-TANASKOVIC, Inês - Guidelines on national information and implementation. Paris, UNISIST, 1985.40p.

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"O QUE VOU FAZER QUANDO VOLTAR? SE PERMANECER COMO ESTA,

EU NÃO QUERO FICAR"; Estudo de acompanhamento (follow-up") dos egressos

dos Cursos de Especialização do Plano Nacional de Bibliotecas Universitárias

(PNBU)

Maria de Nazaré F. Pereira

Prof9 Pós-Graduação em Ciência da Informação (CNPq-IBICT/UFRJ-ECO)

Maria Ruth M. Leão

Técnico em Informação CTAA/EMBRAPA

O título que nomeia este trabalho - indagação constante de alguns alunos -pretende, ao generalizar a verbalização, dar conta do estado de expectativa presente entre os alunos quanto ao retorno ao ambiente de trabalho. Concebido como parte das ações do PNBU, o curso efetivou-se a partir do segundo semestre de 1987, orientando-se para bibliotecários de Instituições de Ensino Superior. O curso de 435 horas/aula comtempla temas relacionados à política e sociedade, à Universi­dade, ao desenvolvimento científico-tecnológico, à comunicação científica, à infor­matização da sociedade e à transferência de conhecimentos para a sociedade. A parte instrumentalizadora comparece ao currículo com novos enfoques e expe­riências de planejamento e elaboração de projetos, redes e sistemas, e produtos e serviços orientados para bibliotecas universitárias. Seu objetivo principal é o de preparar uma base argumentativa atual, conseqüente e responsável para encami­nhar as mudanças institucionais e técnicas requeridas na atualidade; mas é tam­bém o de instrumentalizar para a melhoria dos produtos e serviços oferecidos aos usuários do ambiente acadêmico, principalmente através dos modernos meios da tecnologia da informação. Até a presente data foram realizados cinco cursos pro­movidos pela UFRJ, UNB, UFRGS, UFBa e UFPa, reciclando 76 profissionais. O trabalho avalia a trajetória dos egressos quanto às mudanças introduzidas no ambiente de trabalho, conquistas pessoais e principais problemas encontrados no convívio entre o novo e o velho.

OBJETIVO GERAL

- AVALIAR A TRAJETÓRIA DOS EGRESSOS QUANTO ÀS MUDANÇAS

INTRODUZIDAS NO AMBIENTE DE TRABALHO, CONQUISTAS PES-

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SOAIS E PRINCIPAIS PROBLEMAS ENCONTRADOS NO CONVÍVIO ENTRE O NOVO E O VELHO.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- IDENTIFICAR AS AÇÕES DESENVOLVIDAS PELOS EGRESSOS EM

SUAS INSTITUIÇÕES APÓS O RETORNO DO CURSO DO PNBU, BEM

COMO SEUS RESULTADOS;

- VERIFICAR QUAL A PERCEPAÇÃO DOS EGRESSOS A RESPEITO DAS CONDIÇÕES GERADAS PELO CURSO PARA CONHECIMENTO E EXECUÇÃO DE MUDANÇAS FACTÍVEIS DE SEREM OPERACIONA-LIZADAS;

- VERIFICAR AS MUDANÇAS OCORRIDAS TANTO A NÍVEL INDIVIDUAL (STATUS) QUANTO FUNCIONAL (PARTICIPAÇÃO EM COMISSÕES E EM PROJETOS E NOVAS ÁREAS DE ATUAÇÃO);

- IDENTIFICAR AS PRINCIPAIS BARREIRAS POLÍTICAS, ECONÔMICAS E CULTURAIS ENCONTRADAS NO AMBIENTE PROFISSIONAL DOS EGRESSOS;

- IDENTIFICAR AS CONQUISTAS PESSOAIS OBTIDAS PELOS EGRES­

SOS COM A REALIZAÇÃO DO CURSO; E

- IDENTIFICAR NOVAS ÁREAS DE ATUAÇÃO PARA O PNBU, NO SEN­

TIDO DE PERMITIR A CRIAÇÃO DE INSTRUMENTOS FACTÍVEIS DE

ORIENTAREM MUDANÇAS INSTITUCIONAIS E TÉCNICAS.

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METODOLOGIA

UNIVERSO > 72 EGRESSOS

AMOSTRA > 49 EGRESSOS (68%)

INSTRUMENTAL DE COLETA DE DADOS » QUESTIONÁRIO

DADOS LEVANTADOS:

- CARACTERIZAÇÃO DAS BIBLIOTECAS EMPREGADORAS E

DOS EGRESSOS

- AÇÕES REALIZADAS APÓS RETORNO DO CURSO

- MUDANÇAS NO AMBIENTE DE TRABALHO

-ÂMBITO INDIVIDUAL -ÂMBITO FUNCIONAL

- FATORES IMPEDITIVOS DAS MUDANÇAS

- CONQUISTAS PESSOAIS

- PROPOSTAS DE AÇÃO PARA O PNBU

(EGRESSOS DOS CLIENTES PREFERENCIAIS (OUTROS EGRESSOS) COM MAIS DE QUATRO RE PRESENTANTES,

FORMADO DE QUATRO SUB-GRUPOS.

(30 EGRESSOS) (19 EGRESSOS)

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90% DOS EGRESSOS REALIZAM NO MÁXIMO DUAS ATIVIDADES. EXCE­ÇÃO PARA OS CHEFES DE BIBLIOTECAS SETORIAIS QUE CHEGAM A REALIZAR ATÉ 6 ATIVIDADES.

AS ATIVIDADES DE PROCESSAMENTO TÉCNICO E DE REFERÊNCIA SÃO AS MAIS SIGNIFICATIVAS (39% E 35%, RESPECTIVAMENTE).

AÇÕES REALIZADAS

-TRANSMITIU RESULTADOS DO CURSO ENTRE:

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MUDANÇAS EM ÂMBITO FUNCIONAL

CLIENTES PREFERENCIAIS OUTROS CLIENTES

11 (37%) 8 (42%) ADMINISTRAÇÃO 3(27%) 8(100%)

ÁREA DE ASSESSORAMENTO 7(64%) 2(25%) ATUAÇÃO PLANEJAMENTO 8 (73%) 4 (25%)

EXECUÇÃO 2(18%)

- O AUMENTO DESSAS ATIVIDADES DECORRE BASICAMENTE DA DIMI­NUIÇÃO DAS ATIVIDADES DE EXEUCUÇÃO

FATORES INIBIDORES DA MUDANÇA

ECONÔMICOS / POLÍTICO 77% DOS EGRESSOS INDICAM CRISE NA BI­BLIOTECA > MAIOR ÍNDICE ENTRE OS EGRESSOS DOS OUTROS CLIENTES (89%)

CULTURAIS 57% DOS EGRESSOS INDICAM AMBIENTE HOSTIL A RECEPÇÃO DE NOVAS IDÉIAS > MAIOR INCIDÊN­CIA ENTRE OS EGRESSOS DOS CLIENTES PREFEREN­CIAIS (63%)

CONQUISTAS PESSOAIS

- A AQUISIÇÃO DE UM QUADRO DE ARTICULAÇÃO DE IDÉIAS E FATOS É A MAIOR CONQUISTA ENTRE OS EGRESSOS, O QUE SE REFLETE NO AUMENTO DA CAPACIDADE DE ARGUMENTAÇÃO (84%) E NA INCLUSÃO DE LEITURAS MAIS COMPLEXAS (63%)

SUGESTÕES PARA O PNBU

- REALIZAÇÃO DE CURSOS E SEMINÁRIOS ALCANÇA O ÍNDICE DE 37% ENTRE 40 RESPONDENTES E

- EM CONTRAPARTIDA, O APOIO AO DESENVOLVIMENTO DE ESTUDOS E PESQUISA ALCANÇA 28%

- A DIVULGAÇÃO DE PROJETOS DE PESQUISA, FONTES DE FINANCIA­MENTO E DISSEMINAÇÃO DE LITERATURA ESPECIALIZADA ALCANÇA UM ÍNDICE DE 12%.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

- RESULTADOS DEVEM SER VISTOS COMO UNILATERAIS POR NÃO TE­REM INCLUÍDOS CHEFES E TÉCNICOS. A SITUAÇÃO DE "AMBIENTE HOSTIL À NOVAS MUDANÇAS" CERTAMENTE DEVE CORRESPONDER "CHEGARAM DE VOLTA COM O REI NA BARRIGA";

- IMPOSSÍVEL MUDAR SITUAÇÕES ATRAVÉS DA AÇÃO ISOLADA DE EGRESSOS, DADO QUE ELES NÃO PODEM SERVIR DE PONTE ENTRE UMA SITUAÇÃO REAL DEFICIENTE E A BIBLIOTECA IDEAL A SER CONS­TRUÍDA, COMO INOVAR E PROMOVER A MOBILIDADE NUM SISTEMA QUE NÃO DESEJA SER TIRADO DE SUA PRÓPRIA INÉRCIA?

- MAIOR NÍVEL DE MUDANÇAS EM ÂMBITO' INDIVIDUAL COMO RECO­NHECIMENTO PROFISSIONAL E A AQUISIÇÃO DE CONHECIMENTOS MAIS COMPLEXOS NECESSÁRIOS PARA A FORMAÇÃO DE UMA BASE ARGUMENTATIVA ORIENTADA PARA O MUNDO ACADÊMICO;

- CULTURA ORAL E ESPECULATIVA COMO A NOSSA, OS GANHOS DE

MAIOR CAPACIDADE DE ARGUMENTAÇÃO FORAM FUNDAMENTAIS;

- O MÉRITO DO CURSO DO PNBU NÃO ESTÁ APENAS NA MEDIDA DIRE­TA DAS MUDANÇAS TÉCNICAS QUE POSSAM OCORRER NO AMBIENTE DE TRABALHO, MAS RESIDE NO FATO DE PROPORCIONAR AO EGRESSO O INÍCIO DE UM PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO COM O MUNDO;

- CHEFE PODE SER INDUTOR DE MUDANÇAS POIS POSSUI O PODER

POLÍTICO NECESSÁRIO PARA PROPO-LAS, COMO O NÚMERO DE CHE­

FES ENTRE OS EGRESSOS DOS CLIENTES PREFERENCIAIS É BEM

MENOR QUE OS OUTROS, ESTES É QUE CONSEGUEM REALIZAR AL­

GUMA ALTERAÇÃO EM SEUS AMBIENTES DE TRABALHO;

- A MAIOR INCORPORAÇÃO DOS RESULTADOS DO CURSO POR PARTE

DAS BIBLIOTECAS EM QUE OS EGRESSOS ESTÃO ISOLADOS - GE­

RALMENTE MAIS RECENTES E SEM GRANDES CONFIGURAÇÕES OR­

GANIZACIONAIS - PARECE INDICAR QUE AMBIENTES ORGANIZACIO-

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NAIS MAIS ANTIGOS, ALTAMENTE ESTRUTURADOS E HIERARQUIZA-DOS DIFUCULTAM O FLUXO DE NOVAS IDÉIAS;

- A CONCENTRAÇÃO DE PROJETOS EM UM ÚNICO CLIENTE PREFEREN­CIAL - A MAIORIA JÁ EXISTENTE ANTES DO CURSO - INDICA QUE É MAIS FÁCIL O ENGAJAMENTO DO EGRESSO EM ALGO CONCRETO JÁ EXISTENTE DO QUE INICIATIVAS POR SUA CONTA E RISCO;

- O PNBU PODE APRIMORAR SUAS AÇÕES EDUCAIONAIS REALIZANDO

SEMINÁRIOS PARA CHEFIAS, CURSOS LOCALIZADOS EM NECESSIDA­

DES CONCRETAS E DISSIMINAÇÃO DE INFORMAÇÕES ESPECIALIZA­

DAS. TAIS AÇÕES DEVEM SER PRECEDIDAS DE ESTUDOS;

- É DE FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA PARA INDUZIR MUDANÇAS A CRIAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE AÇÃO POR PARTE DO PNBU, EM QUE A REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E PESQUISAS SE CONSTITUAM NO ELEMENTO INTEGRADOR DE PESQUISADORES, EGRESSOS E NÃO-EGRESSOS MAIS IMPORTANTES QUE AS HABILIDADES PROFISSIO­NAIS TRANSMITIDAS É A INSERÇÃO DO EGRESSO EM UMA REDE IN­FORMAL DE CONTATOS PROFISSIONAIS INCLUINDO SEUS ANTIGOS COLEGAS E PROFESSORES, GARANTINDO ASSIM SUA INCLUSÃO EM UM SISTEMA DE INTELIGÊNCIA MAIOR.

"A IGNORÂNCIA É O DESAFIO HISTÓRICO NÚMERO UM DO BRASIL. POR ISSO, A EDUCAÇÃO SE ERIGE COMO A ARMA QUE DEVEMOS MANEJAR COM TENACIDADE E SABEDORIA PARA SAIRMOS DO ATOLEIRO".

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ESTUDO DA DEMANDA DOS PERIÓDICOS FINANCIADOS PELO PROJETO DE COOPERAÇÃO DO PROGRAMA DE ASUISIÇAO PLANIFICADA

DE PERIÓDICOS - P A P -

Rejane Raffo Klaes UFRGS

Tânia Urbano da Silva IBICT

Yone Chastinet SESu/PNBU

As 19 Instituições de Ensino Superior- IES, integradas ao Programa de Aquisição Planificada de Periódicos -PAP, efetuaram no período de 3 meses, levantamenteo da demanda das 7.082 assinaturas, financiadas pelo Programa. Essa demanda foi analisada principalmente em função dos cursos de pós-graduação, tendo em vista verificar a adequação da distribuição dos títulos pelas IES; as áreas, as Instituições e os periódicos que apresentaram maior demanda, assim como o custo médio da demanda por áreas. Para efeito das análises foram definidos 3 padrões: padrão da deman­da nacional das áreas, padrão da demanda local das áreas e padrão da demanda global por IES. Concluiu-se que a distribuição dos títulos nas 19 IES privilegiou as áreas de pós-graduação e que as posições ocupa­das pelas áreas e pelas IES na ordenação dos pa­drões refletem a maior ou menor demanda da pós-gra­duação. Foram identificadas as áreas e as Instituições que apresentaram maior demanda, assim como os nú­cleos básicos dos periódicos para cada área ("lei dos 80/20"). O custo médio da demanda por área, calcula­do em dólar americano, variou de 0,92 a 86,00; verifi­cou-se que nas áreas de demanda mais baixa seria menos oneroso o uso da comutação. O percentual de assinaturas com demanda zero (16%) foi considerado aceitável, comparando-o com resultados apresentados na literatura. Em funções das conclusões algumas re­comendações são dirigidas às IES.

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SIGLAS UTILIZADAS

CAPES

EPM

IES

PAP

PG

PUC/RJ

UFBa

UFC

UFF

UFMG

UFPa

UFPb

UFPe

UFPr

UFRJ

UFRGS

UFSC

UFSM

UFV

UnB

UNESP

UNICAMP

USP

- Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

- Escola Paulista de Medicina

- Instituições de Ensino Superior

- Programa de Aquisição Planificada

- Cursos de Pós-Graduação

- Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

- Universidade Federal da Bahia

- Universidade Federal do Ceará

- Universidade Federal Fluminense

- Universidade Federal de Minas Gerais

- Universidade Federal do Pará

- Universidade Federal da Paraíba

- Universidade Federal de Pernambuco

- Universidade Federal do Paraná

- Universidade Federal do Rio de Janeiro

- Universidade Federal do Rio Grande do Sul

- Universidade Federal de Santa Catarina

- Universidade Federal de Santa Maria

- Universidade Federal de Viçosa

- Universidade de Brasília

- Universidade Estadual Paulista "JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

- Universidade Estadual de Campinas

- Universidade de São Paulo

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S U M A R I O

Pág.

1. INTRODUÇÃO 01

2. OBJETIVOS 04

3. METODOLOGIA 04

4. DEMANDA DAS COLEÇÕES POR ÁREAS 06

4.1. Área de Química 08

4.2. Área de Física 08

4.3. Área de Matemática 11

5. A DEMANDA DAS COLEÇÕES POR IES 13

5.1. A demanda nas IES e a pós-graduação 19

6. NÚCLEOS DE PERIÓDICOS 23

7. PERIÓDICOS COM DEMANDA ZERO 23

8. CUSTO MÉDIO DA DEMANDA POR ÁREAS 28

9. CONCLUSÕES 32

10. RECOMENDAÇÕES ÀS IES 34

ANEXO: NÚCLEOS DE PERIÓDICOS DAS 63 ÁREAS COBERTAS PELO PAP

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1 INTRODUÇÃO

O Programa de Aquisição Planificada de Periódicos para Bibliotecas Universitárias

- PAP, tem por objetivo primeiro assegurar a existência de uma coleção básica de

periódicos técnico-cientfficos estrangeiros em Bibliotecas de Instituições de Ensino

Superior - IES, utilizando-se de procedimentos que assegurem a racionalização na

aplicação de recursos financeiros e compartilhamento no uso de material bibliográ­

fico.

Para alcance desse objetivo, estabeleceu-se uma rede de aquisição planificada,

integrando 19 IES, com sub-redes a nível de cada região do pafs(*).

As bibliotecas integrantes do PAP caracterizam-se como aquelas que dispõem de

melhores acervos, infra-estrutura e prestação de serviços, constituindo-se em bi­

bliotecas base do Programa COMUT.

O universo de títulos de periódicos integrados ao PAP (2333) constitui-se nos to­

pos das listas básicas de periódicos, resultantes de estudo promovido pela

CAPES em 1983/84, que incorpora cerca de 5.000 periódicos. A identificação, hierar­

quização e classificação desses títulos, de acordo com as áreas de pós-gradua­

ção, decorreu de ampla consulta a comunidade acadêmico-cientffica, ou seja, mais

de 2500 professores e pesquisadores.

Os critérios adotados para distribuição dos títulos integrados ao PAP, foram:

- cada região pode receber uma, ou no máximo duas, assinaturas de cada título;

- os títulos devem ser alocados em bibliotecas que assegurem sua maior utiliza­

ção, ou seja, em IES que ofereçam maior número de cursos de pós-graduação

na área do título;

(*) Norte: UFPa; Nordeste: UFC, UFPb, UFPe, UFBa; Centro-Oeste: UnB;

Sudeste: UFRJ, PUC/RJ, UFF, UFMG, UFV, UNICAMP, USP, UNESP, EPM;

Sul: UFRGS, UFSM, UFSC, UFPr.

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- os títulos devem ser alocados em bibliotecas que já possuam acervo sig­nificativo em relação ao titulo (completeza das coleções);

- em caso de coincidência de acervos e de cursos de pós-graduação, são utilizados os resultados da avaliação da CAPES, para determinar a aloca­ção do tftulo.(1)

A alocação de duas assinaturas de um mesmo periódico em duas IES de uma mesma região ocorreu quando uma IES foi prioritariamente selecionada por oferecer curso de pós-graduação na área do titulo, A outra, apesar de não oferecer o curso ou oferecê-lo em número menor (exemplo, a IES prioritariamente selecio­nada oferecia Mestrado e Doutorado na área e a outra IES, apenas mestrado) apresentava acervo do titulo com maior completeza.

Desta maneira, dos 2.333 títulos foram alocadas às 19 IES, 7.082 assinatu­

ras, assim distribuídas:

Região Norte: 438 Região Nordeste: 1.418 Região Centro-Oeste: 996 Região Sudeste: 2.719 Região Sul: 1.511

Uma das preocupação da Coordenação do PNBU/PAP, além dos esforços

empenhados para o alcance de seus objetivos, tem sido a questão da avaliação,

tema amplamente discutido pelo Grupo de Trabalho reunido durante o 5º Seminário

Nacional de Bibliotecas Universitárias, em janeiro de 1987.

Em feveiro de 1988, foi enviada às 19 IES integrantes do PAP uma metodoli-gia de estudo da demanda das coleções dos periódicos financiados pelo Programa com o objetivo de quantificar o uso destes títulos. Para fins deste trabalho, consi­dera-se demanda os dados estatísticos de utilização das coleções de periódicos financiados pelo PAP que foram coletados pelas 19 IES e encaminhados ao Pro­grama.

(1) CHASTINET, Yone & LIMA, Ida M. Cardoso. O impacto da implantação do Programa de Aquisição Planificada de Periódicos para Bibliotecas Univer-sitárias-PAP. Brasília, SESu/PNBU, 1986. (SESu/PNBU/DOC. TEC. 06/82)

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O estudo compreendeu as estatísticas da demanda das coleções durante os meses de abril, maio e junho de 1988, conforme orientação do Programa.

Os resultados deste estudo foram objeto de análise em dois trabalhos que ti­veram a participação das autoras deste documento. (2) (3)

O Primeiro trabalho constituiu-se num estudo comparado da demanda das

coleções a nível nacional. O segundo ampliou e aprofundou a análise dos dados a

nível de região e introduziu variáveis que foram relacionadas com os resultados do

estudo.

O presente trabalho aprofunda a análise dos resultados obtidos nos estudos anteriores a nível de IES, analisa a demanda das coleções em cada área do co­nhecimento, a demanda das coleções em cada IES considerando o perfil institu­cional das universidades, a demanda das coleções por títulos e identifica as IES que tiveram maior demanda das assinaturas financiadas pelo PAP. Por fim, enfoca o componente custo da demanda por assinatura.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Analisar os resultados obtidos no estudo da demanda dos periódicos finan­

ciados pelo Programa de maneira a obter subsídios para sua avaliação.

2.2 Objetivos específicos

- Identificar as áreas que foram objeto de maior demanda dos periódicos fi­

nanciados;

(2) LOPES, Anna de S.A. et alii. Estudo comparado sobre a demanda dos títulos fi­nanciados peto Programa de Aquisição Planificada de Periódicos em Bi­bliotecas Universitárias. Brasília, 1988 (Trabalho apresentado no Curso de Mestrado em Biblioteconomia e Documentação da UnB)

(3) KLAES, Rejane Raffo & SILVA, Tânia Mara Urbano. Estudo da demanda dos periódicos financiados peto PAP: análise preliminar dos resultados. Brasí­lia, 1989. (SESu/PNBU/DOC.TEC.10/89). Trabalho elaborado com apoio da FINEP.

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- identificar, nas diversas áreas do conhecimento, as IES que apresenta­ram maior demanda dos periódicos;

- identificar as IES que mais se utilizaram dos periódicos do PAP;

- verificar a existência de relação entre a demanda e os cursos de pós-gra­duação;

- identificar, em cada área, o núcleo de periódicos mais utilizados;

- quantificar, por áreas, os periódicos com demanda zero;

- identificar, por áreas, o custo médio de cada demanda.

3 METODOLOGIA

Os dados da demanda dos periódicos foram registrados pelas 19 IES se­

guindo a metodologia definida pela Coordenação do Programa. (4) Os formulários

devolvidos a essa Coordenação foram processados resultando na emissão dos

seguintes relatórios:

- relação por áreas, dos títulos de todas as IES, em ordem alfabética espe­cificando sua demanda em cada IES, bem como o total da demanda para cada título;

- relação, por áreas, dos títulos de todas as IES em ordem crescente da

demanda, especificando a demanda em cada IES e o total da demanda

para cada título;

- relação, por áreas, dos títulos de cada IES, em ordem alfabética, especifi­

cando sua demanda;

- relação, por áreas, dos títulos de cada IES, em ordem decrescente da demanda.

(4) ESTUDO da demanda dos periódicos financiados através do PAP. Brasília,

SESu/PNBU, 1988, 6 f. (SESu/PNBU/DOC.PLAN. nº 08/88)

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Os dados desses relatórios foram analisados em função dos objetivos, para o que foram elaborados quadros apresentados no decorrer do trabalho.

Para a identificação dos núcleos de periódicos de cada área utilizou-se a "lei dos 80/20".(5)

Para a identificação do volume da demanda definiu-se os seguintes parâme­tros:

a) PADRÃO DA DEMANDA NACIONAL DAS ÁREAS (PN): relação entre o número total de demanda em determinada área e o número de assinatu­ras de periódicos financiados pelo PAP, para esta área;

b) PADRÃO DA DEMANDA LOCAL DAS ÁREAS (PL); relação entre o número total de demanda em determinada IES e em determinada área e o número de títulos de periódicos financiados para a IES naquela área.

C) PADRÃO DA DEMANDA GLOBAL POR IES: relação entre o número

total de consultas em todas as áreas na IES e a quantidade de títulos re­

cebidos pela IES.

4 - DEMANDA DAS COLEÇÕES POR ÁREAS

O quadro I apresenta, em ordem decrescente, o padrão da demanda nacio­nal (PN) dos títulos de periódicos das 63 áreas do conhecimento financiadas pelo PAP para as 19 IES integradas ao Programa.

Os dados deste quadro causaram certa estranheza, dado a posição ocupa­da por determinadas áreas, como por exemplo, Química, Física e Matemática que apareceram respectivamente em 299, 359 e 589 lugares em relação ao padrão da demanda nacional (PN), uma vez que são áreas tradicionais em ensino e pesquisa e que oferecem, individualmente, mais de 20 cursos de pós-graduação no país a nível de mestrado e doutorado. Ao mesmo tempo, estas foram as áreas mais be­neficiadas em número de assinaturas, ocupando a Química o 29 lugar, a Física o 49

lugar e a Matemática o 39 lugar, além das assinaturas nestas áreas terem sido dis­tribuídas para um percentual mínimo de 73% de universidades.

(5) TRUESWELL, R.W. - User circulation satisfaction VS size of holdings of three

academic libraries. College and Research Libraries, 30 (3): 204-13, may,

1969.

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Em função disto optou-se por se fazer uma análise específica destas áreas visando verificar:

- se os títulos, de acordo com as diretrizes do PAP, foram realmente aloca-dos, prioritariamente, em IES com cursos de pós-graduação nas áreas por eles cobertas,

- se existe relação entre o número da demanda dos cursos de pós-gradua­ção e a baixa posição das 2 áreas na ordenação do padrão de demanda nacional, por área (Quadro I)

Em função disto, para cada área foram identificadas as IES que receberam periódicos do PAP, indicando se oferecem cursos de pós-gradução e o número de cursos oferecidos. Foram identificadas as IES que apresentaram padrão de de­manda local da área igual ou superior ao nacional. Esperava-se que essas IES concentrassem maior número de cursos de pós-graduação, o que confirmaria o pressuposto do PAP de que o maior número de cursos de pós-graduação gera maior demanda.

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QUADRO I PADRÃO DA DEMANDA NACIONAL POR ÁREAS

ORDEM

1 2 3 4 5 6 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63

ÁREAS

OCEANOGRAFIA BIOLÓGICA ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA DIREITO ARQUITETURA E URBANISMO ODONTOLOGIA ARTES PLÁSTICAS & HISTÓRIA DA ARTE PARASITOLOGIA ZOOTECNIA MEDICINA VETERINÁRIA MEDICINA ECOLOGIA IMUNOLOGIA ENGENHARIA QUÍMICA GENÉTICA BIOFÍSICA & FISIOLOGIA BIOLOGIA GERAL ALIMENTOS BIOQUÍMICA MICROBIOLOGIA EDUCAÇÃO FÍSICA ENGENHARIA ELÉTRICA FARMÁCIA INFORMÁTICA ZOOLOGIA MORFORLOGIA ENGENHARIA METALÚRGICA MÚSICA ENGENHARIA NAVAL QUÍMICA AGRONOMIA FARMACOLOGIA ENGENHARIA AGRÍCOLA BOTÂNICA ENGENHARIA CIVIL FlSICA GEOCIÉNCIAS ANATOMIA ENGENHARIA MECÂNICA ENGENHARIA DE TRANSPORTES ENFERMAGEM HISTOLOGIA & EMBRIOLOGIA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ENGENHARIA NUCLEAR PSICOLOGIA TECNOLOGIA MINERAL COMUNICAÇÃO GEOGRAFIA ADMINISTRAÇÃO LETRAS E LINGÜÍSTICA CIÊNCIA POLÍTICA ECONOMIA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO ANTROPOLOGIA ENGENHARIA BIOMÉDICA SOCIOLOGIA HISTORIA ESTATÍSTICA MATEMÁTICA RECURSOS FLORESTAIS EDUCAÇÃO FILOSOFIA SERVIÇO SOCIAL TEOLOGIA

P N

185 111 93 77 75 70 64 63 58 58 55 54 53 53 47 46 44 43 42 41 40 40 38 38 35 34 33 32 32 31 30 29 28 28 28 28 23 23 23 23 23 22 22 21 20 17 17 17 17 14 13 12 11 10 9 7 7 7 7 6 6 5 1

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4.1 Área de Química

Os dados constantes do Quadro II mostram que os títulos na área de Quími­ca foram distribuídos em 17 IES, sendo que apenas 2 destas não oferecem cursos de pós-graduação, o que demonstra que a distribuição dos títulos do PAP real­mente privilegiou a pós-graduação.

Das 15 restantes, que oferecem pós-graduação, 53% alcançaram um pa­drão de demanda local igual ou superior ao padrão da demanda nacional da área. Se considerarmos as IES, que têm mais de um curso de pós-graduação (8), 75% destas alcançaram um padrão de demanda local da área igual ou superior ao pa­drão de demanda nacional. As 2 IES que não alcançaram o padrão nacional, rece­beram 64 e 33 títulos, respectivamente. A baixa demanda desses títulos certa­mente contribuiu para a posição da área na ordenação do padrão nacional.

Ainda, por tratar-se de uma área prioritária em termos de políticas de gover­no em Ciência e Tecnologia, por terem sido distribuídas assinaturas para 17 IES das 19 IES integradas ao PAP e pelo fato de a maioria destas oferecer cursos de pós-graduação na área, era de se esperar que a demanda na área de Química ocupasse uma posição mais elevada em relação as outras 62 áreas.

Vale ressaltar que a área de Química foi a segunda maior beneficiada pelo Programa com 549 assinaturas alcançando um custo aproximado de US$ 213.561,00 referentes à aquisição para o ano de 1987.

4.2 Área de Física

Os dados integrantes do Quadro III mostram que a área de Física contem­plou 14 IES, das 19 participantes do PAP. Destas, 13 oferecem cursos de pós-graduação em Física. Analisando-se o quadro de padrão da demanda local para a área de Física, verifica-se que 54% das IES que oferecem cursos de pós-gradua­ção (7) tiveram seu padrão de demanda local igual ou superior ao padrão da de­manda nacional. Com relação as IES que têm mais de um curso de pós-gradua­ção, nota-se que 55% (5 de um total de 9) alcançaram padrão de demanda local igual ou superior ao padrão da demanda nacional. As 4 IES, com 2 cursos de pós-graduação que não alcançaram o padrão da demanda nacional, parecem ser as que mais contribuíram para a posição da área na ordenação do referido padrão. Essas 4 Instituições receberam a seguinte quantidade de títulos: 28, 16,10 e 13.

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QUADRO II PADRÃO DA DEMANDA LOCAL - QUÍMICA

PADRÃO NACIONAL: 32

IES

UFPa UFMG

UNESP

PUC/RJ UNICAMP

UFSM USP UFRJ

UFRGS

UFPe

UFSC

UFC UFBa UFF UFPR

UNB

UFPb

PL

84 79

69

65

59 44 42

34

31

29

26 25 14

11 10 10 8

CURSOS PÓS-

M

1 1

3 4 1

1 5

4

1

1

1 2

1

--1 1

GRADUAÇÃO

D

1 1

2 1 .

5

2 . .

1 -. . . .

-

PL = Padrão da demanda local

M = Cursos de mestrado

D = Cursos de doutorado

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QUADRO III PADRÃO DA DEMANDA LOCAL - FÍSICA

PADRÃO NACIONAL: 28

IES

UFMG USP UFPa

UFC UFRJ

UFRGS

UFPe UFSM UFF

UFPb

PUC/RJ UNB

UNICAMP UFPR

PL

103 81 46

45

36

33 32

30 21

6

5 4

3 3

CURSOS PÓS-GRADUAÇÃO

M

1 4

D

1 2 --1

1

1 .

1

1 1 .

1

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Verifica-se que a área de Química ocupa a 29ª posição na ordenação (Qua­dro I), com 75% das IES com padrão da demanda local superior ao padrão nacio­nal. A área de Física, com percentual menor (55), ocupa posição mais baixa, a 35ª, o que pode indicar ser a demanda da pós-graduação fator importante para a de­terminação da posição da área na ordenação do padrão nacional.

Tendo em vista terem sido distribuídas 387 assinaturas (constituindo-se na 4- área mais beneficiada pelo Programa), que 93% das IES contempladas ofere­cem cursos de pós-graduação e que a Física é uma área do conhecimento consi­derada tradicional no país, esperava-se um melhor desempenho com relação à demanda das coleções.

4.3 Área de Matemática

Analisando-se os dados do Quadro IV, referentes à área de Matemática, ve­

rifica-se que das 17 IES que receberam títulos, 13 oferecem cursos de pós-gra­

duação (75%).

Destas, em apenas 5 IES, o padrão da demanda local foi igual ou superior ao

padrão da demanda nacional, equivalendo a 38%.

Considerando as IES que oferecem mais de um curso de pós-graduação na área, verifica-se que apenas 50% atingiram o padrão nacional. As 3 IES que não alcançaram este padrão receberam 119, 12 e 15 títulos, respectivamente. Parece que enquanto essa situação perdurar, isto é, a pós-graduação que concentra maior número de usuários e que dispõe de acervo não apresentar demanda igual ou su­perior ao padrão da demanda nacional, a área permanecerá em posição baixa na ordenação desse padrão.

Convém salientar que o custo das 502 assinaturas da área de Matemática para o ano de 1987 teve um valor aproximado de US$ 195.278,00.

O Quadro V apresenta um resumo dos dados analisados nas 3 áreas, onde se verifica que quanto maior o percentual de IES com mais de um curso de pós-graduação que atingiram o padrão da demanda nacional, melhor a colocação das IES na ordenação do padrão da demanda nacional.

Vale registrar que nas áreas que ocuparam a 1ª e 2ª colocações na ordena­ção do padrão nacional, Oceonagrafia Biológica e Astronomia e Astrofísica, 100% das IES que oferecem. mais de 1 curso de pós-graduação apresentaram o padrão da demanda local superior ao padrão da demanda nacional.

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tear uma tomada de decisão em relação a manutenção ou descarte dos periódicos. Entretanto, é oportuno salientar que a literatura mostra que o comportamento

de demanda dos materiais bibliográficos no passado serve como indicador para projeções de demanda futuras. Há que se considerar também que, de acordo com BONN (8), a avaliação de uma coleção de biblioteca é de fato uma avaliação de seu método de seleção, embora nem sempre possa ser possível apontar as cau­sas e efeitos através dos métodos usualmente empregados para avaliar a coleção.

Para maior confiabilidade da análise e, conseqüentemente dos resultados, convém aliar estudos de demanda a estudos que considerem outras variáveis co­mo qualidades do periódico, opinião do usuário e quantidade de publicações em cada área.

São as seguintes as conclusões advindas das análises dos dados efetua­das no decorrer do presente trabalho:

1 - Um dos critérios que orientou a alocação dos títulos pelo Programa na pós-graduação, pressupondo que esta concentraria a maior demanda foi compro­vado. Verificou-se que:

a) a distribuição dos títulos realmente privilegiou a pós-graduação; e

b) as posições ocupadas pelas áreas, bem como pela IES, na ordenação dos padrões de demanda refletem a maior ou menor demanda dos cursos de pós-graduação em cada IES.

2 - As 3 IES que apresentaram maior demanda dos periódicos do PAP fo­

ram: UFMG, USP, UFPa.

3 - As 10 áreas que obtiveram maior demanda nacional foram: Oceanografia

Biológica, Astronomia e Astrofísica, Direito, Arquitetura e Urbanismo, Odontologia,

Artes Plásticas e História da Arte, Parasitologia, Zootecnia, Medicina Veterinária e

Medicina.

4 - A "lei dos 80/20" se aplicou apenas em 22% das 63 áreas cobertas pelo

PAP, o que parece indicar que os núcleos de periódicos dessas áreas tiveram sua

importância ratificada pela demanda.

5 - A posição de algumas áreas no fim da ordenação do padrão da demanda

nacional, ocasionou custos bastante elevados da demanda nessas áreas. Es­

ses apresentam-se superiores aos custos de obtenção de cópias dos artigos,

através do Programa COMUT.

(8) BONN, George S. Evaluation of the collection Library Trends, 22 (3):

265-304, jan. 1974.

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QUADRO IV PADRÃO DA DEMANDA LOCAL - MATEMÁTICA

IES

UFPa

UFMG UNESP USP

UFSM UFPb

UFPe UFRJ

UFC UFRGS

UFSC UNB UFF

UNICAMP

UFBa UFPR

PUC/RJ

PL

90 47

27

16 11

9 7

7 6 6 4

3 1

1

0

0 0

PADRÃO NACIONAL 7

CURSOS PÓS-GRADUAÇÃO

M

.

1 1

3 -

-

1

1 1 1

1

1 1

2

1 -

1

D

-

-

-

3

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QUADRO V

RELAÇÃO ENTRE A ORDENAÇÃO DAS ÁREAS E A PÓS-GRADUAÇÃO

ÁREA

QUÍMICA

FÍSICA

MATEMÁTICA

ORDENAÇÃO COM

RELAÇÃO AO PN

29º

35º

589

Nº DE IES COM MAIS

DE 1 PG

8

9

6

Nº DE CUR­SOS

PÓS-GRA­DUAÇÃO

34

22

17

% IES COM + DE 1 PG E

COM P L > P N

75%

55%

50%

Os dados relativos às demais áreas financiadas peto PAP, referentes à rela­

ção padrão de demanda local e número de cursos de pós-graduação oferecidos

pelas IES, encontram-se à disposição dos interessados na Coordenação do

PNBU.

5 A DEMANDA DAS COLEÇÕES POR IES

Tendo em vista identificar as IES que apresentaram maior demanda das co­leções, verificou-se em cada área aquelas que alcançaram padrão da demanda lo­cal igual ou superior ao padrão da demanda nacional da área.

O Quadro VI mostra, para cada área, o padrão da demanda nacional e as IES cujos padrões de demanda foram iguais ou superiores ao padrão de demanda nacional daquela área. Dentro de cada área as IES são apresentadas em ordem decrescente de padrão da demanda local.

O Quadro VII aponta o número de áreas em que cada IES se classificou com padrão de demanda local igual ou superior ao padrão da demanda nacional, bem como o percentual relativo à quantidade de áreas em que cada IES recebeu títulos.

O Quadro VIII indica o número de áreas em que cada IES se classifica em 1e lugar, ou seja, com o maior padrão da demanda local.

Alanisando os dados dos Quadros VII e VIII verifica-se que os 1º lugares são constantes: USP, UFMG e UFPA, o que parece indicar que nestas IES os pe­riódicos do PAP foram mais demandados. Como o uso das coleções depende de diversos fatores que não foram considerados no presente estudo, como o número e a categoria de usuários, características das bibliotecas, etc, procurou-se verificar

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QUADRO VI IES COM PADRÃO DA DEMANDA LOCAL POR ÁREAS > AO PADRÃO DA DEMANDA NACIONAL

Á R E A S

ADMINISTRAÇÃO AGRONOMIA

ALIMENTOS ANATOMIA

ANTROPOLOGIA ARQUITETURA» URBANISMO ASTRONOMIA & ASTROFÍSICA BIOFÍSICA & FISIOLOGIA ARTES PLÁSTICAS & HISTÓRIA DA ARTE BIOLOGIA GERAL BIOQUÍMICA BOTÂNICA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO CIÊNCIA POLÍTICA

COMUNICAÇÃO DIREITO ECOLOGIA ECONOMIA EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO FlSICA

ENFERMAGEM ENGENHARIA AGRÍCOLA ENGENHARIA BIOMÉDICA

ENGENHARIA CIVIL ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ENGENHARIA ELÉTRICA ENGENHARIA DOS TRANSPORTES ENGENHARIA MECÂNICA ENGENHARIA METALÚRGICA ENGENHARIA NAVAL ENGENHARIA NUCLEAR ENGENHARIA QUÍMICA

ESTATÍSTICA FARMÁCIA FARMACOLOGIA FILOSOFIA FÍSICA

GENÉTICA

GEOCIÉNCIAS GEOGRAFIA HISTÓLOGIA E EMBRIOLOGIA HISTÓRIA

IMUNOLOGIA INFORMÁTICA LETRAS E LINGÜÍSTICA MATEMÁTICA MEDICINA

MEDICINA VETERINÁRIA MICROBIOLOGIA

MORFOLOGIA MÚSICA OCEANOGRAFIA BIOLÓGICA ODONTOLOGIA PARASITOLOGIA

PSICOLOGIA QUÍMICA

RECURSOS FLORESTAIS SERVIÇO SOCIAL SOCIOLOGIA

TECNOLOGIA MINERAL TEOLOGIA ZOOLOGIA ZOOTÉCNIA

P N

17

31

44

23

11

77

111

47

70

46

43

28

12

14

17

93

55

13

6

41

23

29

10

28

22

40

23

23

34

32

22

53

7

40

30

6

28

53

28

17

23

7

54

38

17

7

58

58

42

35

33

185

75

64

21

32

7

5

9

20

1

38

63

O R D E N A Ç Ã O

1?

PUC/RJ U8Pb UFPe

UFMG UFRJ

UFRGS USP

USP

USP

UFPa USP

UnB

UFPa UFMG

UFCe U S P

UFPe UFCe UFRJ

U S P

UFPa UNESP USP

UFPe UFMG

USP USP UNESP

U S P

UFRGS

UFPe UFPe UFMG UFMG UFMG

U S P

UFMG U S P

UFMG UNESP UNICAMP

USP

UFMG UFPe U S P

UFPe UFRGS UFPb

UFMG UFPa UFBe UFPe UFMG UFMG UFMG UFPe UFPe UFPe UFMG UFPe PUC/RJ USP

UFPb

UFRJ

UFMG UFPb UFPe U S P

UFPe

UFMG UFPe U S P

UFMG UFB

UFCe USP

UNICAMP

USP

UNICAMP

USP

E P M

U S P

UFPb

UFMG UFPe UFMG UNESP

UFSC UFBa

UFPe UFBa UnB

UFSC UFRGS UFV

UFRGS

UFPa UFPe UFPe

UFRGS PUC/RJ

UFPe FUC/RJ UFSM UFRJ I UFSM UFRGS I UFPe

UFSM

UFPe

UFF

UFPa UFPr

UFPe U S P

UFPe U S P

UFRGS

UFPe UFMG

UFMG UFRJ

UnB

UFPb UNICAMP

UFMG UFPa UFBa UFPe UFMG UFRGS U S P

UFPe UnB

USP

UFMG UFRGS UFF

U S P

U S P

UNESP UFPe

UFPe UFRGS

UFSC UFRJ U S P

USP

UFPe UFRGS UFPe

U S P

UnB

USP

UNICAMP UFPr PUC/RJ

UFPa UNESP E P M

UFMG USP

U S P

UFSC

UFPa UNESP UnB

UFCe UFMG

UFPe UFMG

4?

UFCe U S P

UFRGS

UFRGS

UFPe

UFMG

UFMG

UFPe

UNICAMP USP

UFPr

UFPe

UFPe UFRGS UNICAMP

UFRGS'

UFMG

UFRGS UNICAMP

UnB

UFRGS

UFCe

UFPe

U S P

UFSC UFRGS UFMG U S P

UFPr

UFRGS UFRGS

UNICAMP

UFRGS PUC/RJ U S P

UnB

UFPe

U S P

USP

UNICAMP

UFRGS

USP

UNESP UFF

UFBa

UFSM

UFSC

UFRJ

UFRJ

UFPe

UNESP UFSM

UnB

UFPe

E P M

' UNICAMP UFV

E P M

UFRGS UFSM

UFPe

UFRJ

UFRGS

USP

PUC/RJ

UFRGS

UFPb U S P

UFSM

UNICAMP

UFRGS

USP

UFMG

UFMG

UFPe

UFPe

uma

USP

UnB

UFRJ

UFSM

UFRJ

UFRJ

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QUADRO VII PERCENTUAL DE ÁREAS EM QUE AS IES APRESENTARAM

PADRÃO DA DEMANDA LOCAL > AO PADRÃO DA DEMANDA NACIONAL

ORDEM

1

2 3 4

5

6 7

8 9 10 11

12

13 14

15 16 17

18 19

IES

UFMG

USP UFPa UFSM

UFRGS UFPE

UNICAMP

UNESP PUC/RJ UFRJ

UnB

EPM UFV UFPb

UFSC

UFC UFBa UFPR UFF

Nº DE ÁREAS EM

QUE RECEBERAM

TÍTULOS

43

59 47

15 57

46 37 22

24

54 47

20 17

44

40

42

38 41

49

Nº DE ÁREAS EM

QUE P L > PN

34

44

35

8

26 16 12 10 7

13

10 4

3

7

6

6 5

4

3

% DE ÁREAS COM PL> PN

79

74,5 74,4

53,3

45,6 34,7

32,4 32,4

29,1 24

21

20

17,6

15,9 15

14,2

13,1 9,7

6,1

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QUADRO VIII

NÚMERO DE ÁREAS EM QUE AS IES APARECEM EM 1º LUGAR EM RELAÇÃO AO PADRÃO DA DEMANDA NACIONAL

1 2 3

4

5

6 7

8

9

10 11

12

13 14

15 16 17 18

19

USP UFMG

UNESP UFPa UFSM

UFSC

UFPe UFPr EPM

UFRGS

UFPb UFV UFF

UFRJ

PUC/RJ

UFCe UNICAMP UFBa

UnB

15 14

10 9

8

6

6 4 4

3

3

3 3

2 2

2 1 1 1

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se em termos globais o comportamento da demanda das coleções nas IES aponta­ria as mesmas universidades identificadas com base nos parâmetros até então uti­lizados. Para isto, considerou-se um outro parâmetro: a demanda global de cada IES.

Os dados são apresentados no Quadro IX, onde se confirma o resultado anterior, o que parece permitir a conclusão de que, independentemente de outras variáveis, a maior demanda de títulos do PAP se concentra nestas IES.

A inclusão da UFPa dentre as Instituições apresentadas apontadas com maiores padrões de demanda, apesar de só oferecer 10 cursos de pós-graduação, causou certa estranheza, em decorrência do que os dados dessa IES foram re­vistos na própria Instituição. Concluiu-se que a alta demanda decorreu de:

a) dos procedimentos adotados pela IES na fase de incorporação ao PAP, quando a política de seleção da Biblioteca foi revista, tendo-se voltado pa­ra as necessidades da pós-graduação. Diversos títulos foram desativa­dos. Os títulos do PAP passaram a constituir-se no acervo total da Insti­tuição, concentrando portanto toda a demanda, o que não ocorreu em ne­nhuma das outras 18 IES;

b) a IES apesar de não oferecer pós-graduação na área de Saúde, apre­

senta alta demanda nesta área, ocasionada pelo Núcleo de Patologia Re­

gional e Higiene; e

c) o acervo de periódicos estrangeiros da IES é o melhor do estado, do que decorre ampla demanda por parte de Instituições locais, como pela Fa­culdade de Medicina do Estado do Pará, Fundação Evandro Chagas, Hospital Barros Barreto. Colocou-se também a possibilidade de alguma distorção na coleta e registro dos dados da demanda, o que não foi con­firmado.

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QUADRO IX

PADRÃO DE DEMANDA GLOBAL DAS IES

ORDEM

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

IES

UFMG

USP

UFPa

EPM

UNESP

UFPr

UFPe

UNICAMP

UFSM

UFRGS

UFSC

UFBa

UFPb

UFV

PUC/RJ

UFRJ

UFC

UnB

UFF

PADRÃO

68

61

60

59

47

39

36

35

35

35

34

33

27

23

21

20

19

15

11

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5.1 A demanda nas IES e a Pós-Graduação

Tendo em vista verificar se a demanda da pós-graduação interfere na posi­ção das IES na ordenação do padrão de demanda global (Quadro IX), à semelhan­ça da relação encontrada entra a pós-graduação e a posição das áreas na orde­nação do padrão de demanda nacional, efetuou-se estudo específico em 3 IES. Essas foram selecionadas dentre as que se posicionaram no início, meio e no fim da relação do Quadro IX e que oferecem números não muito distintos de cursos de pós-graduação, variando de 29 a 45. Essas IES são denominadas de "A", "B" e "C", sendo "A" a que mais se aproxima do topo da lista.

Para efeito de análise, em cada IES foram identificadas as áreas em que es­sas oferecem mais de um curso de pós-graduação e que, a princípio, se consti­tuem nas áreas mais fortes das Instituições e definem seu perfil. Portanto, o "perfil institucional" foi definido em função das áreas nas quais as IES oferecem mais de um curso de pós-graduação. Estas áreas foram comparadas com aquelas em que as IES apresentaram padrão de demanda local igual ou superior ao padrão da de­manda nacional da respectiva área.

O pressuposto era de que haveria coincidência entre as áreas do perfil ins­titucional e as áreas de maior demanda, o que permitiria ratificar as conclusões da análise do item anterior sobre pós-graduação e demanda, assim como confirmar a adequação da distribuição dos títulos do PAP prioritariamente para a pós-gradua­ção.

Foram obtidos os seguintes resultados: IES "A". Das 12 áreas em que a IES oferecem mais de um curso de pós-

graduação, 10 apresentaram o padrão da demanda local igual ou superior ao pa­drão da demanda nacional identificado para cada área. Para 1 área o PAP não ofe­rece títulos (ou no processo de atribuição de classificação de assuntos a área não foi considerada) e para a outra a IES apresentou o padrão da demanda local infe­rior ao nacional.

IES "B" : Das 5 áreas em que a IES oferece mais de um curso de pós-gra­duação, 3 apresentaram o padrão de demanda local igual ou superior ao padrão de demanda nacional da área e 2 apresentaram o padrão inferior, tendo, no entanto, recebido títulos de periódicos nessas áreas como se segue:

área de educação: a IES recebeu 22 títulos, sendo 2 novos, constituin­do-se essa Instituição na que recebeu maior quantidade de títulos na sua região e na 2- dentre todas as IES. A única IES que a superou recebeu 30 títulos. área de Geociências: a IES recebeu 37 títulos, sendo 6 novos. Foi a

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Instituição da região que recebeu a maior quantidade de títulos, tendo sido superada a nível nacional por outras duas IES que receberam 54 e 44 títu­los respectivamente.

IES " C " : Das 4 áreas em que a IES oferece mais de um curso de pós-gra­duação, apenas 1 apontou padrão da demanda local igual ou superior ao padrão da demanda nacional, embora esta IES tenha recebido a maior quantidade de títulos nas outras 3 áreas conforme segue:

. área de Antropologia: a IES recebeu 15 títulos, o que representa o maior número de títulos na área distribuídos pelo Programa. Desses, 8 são títulos novos para a IES e 7 apresentavam coleções retrospectivas. A ES que mais se aproxima do número de títulos recebidos pelo IES "C", recebeu 6 títulos.

. área de Sociologia: a IES recebeu 25 títulos, o que representa o maior número de títulos dessa área alocados a uma IES. Destes, 8 são títulos novos e 17 apresentavam acervo retrospectivo. A IES que se segue a esta em número de títulos, recebeu 13 títulos.

. área de Matemática: a IES recebeu 119 títulos, o que também repre­senta c maior número de títulos alocados a uma IES pelo Programa. Destes, 19 são novos. A IES que mais se aproxima do número de títulos recebidos pela IES "C", recebeu 86 títulos.

O Quadro X apresenta um resumo dos dados relativos às IES "A", "B" e "C". Considerando que todas as 3 IES receberam para todas as áreas nas quais oferecem mais de um curso de pós-graduação (com exceção de 1 apenas) uma quantidade de assinaturas superior a qualquer outra IES da região, e de maneira

QUADRO X DEMANDA GLOBAL E PEFIL INSTITUCIONAL

IES

A

B

C

Posição na ordenação de demanda

início da lista

meio da lista

fim da lista

Nº de áreas em que a IES oferece mais de 1 curso de pós-gradua­ção

12

5

4

N9 de áreas em que o pa­drão local é superior ao padrão nacio­nal da área

10

3

1

%

áreas

83%

60%

25%

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geral o maior número de assinaturas recebidas entre todas as 19 IES, os dados apresentados no Quadro X parecem indicar que as posições ocupadas pelas IES no Quadro IX decorrem da maior ou menor demanda das coleções nas áreas em que há maior concentração da pós-graduação. Do mesmo modo, os dados tam­bém parecem indicar que a distribuição dos títulos contemplou as áreas mais fortes das Instituições e que a posição das IES na ordenação do padrão de demanda na­cional (Quadro IX) está relacionada com a maior ou menor demanda dessas áreas pelos cursos de pós-graduação.

As áreas em que estas IES (A,B,C) apresentaram padrão da demanda local inferior ao padrão da demanda nacional foram: Direito, Antropologia, Sociologia, Matemática, Educação e Geociências. As áreas que apresentaram padrão da de­manda local superior foram: Bioquímica, Engenharia Metalúrgica, Engenharia de Minas, Física (em 2 IES), Letras, Medicina (em 2 IES), Morfologia, Odontologia, Paleontologia, Química e Genética. Verifica-se que a maioria das áreas que apre­sentaram padrão da demanda local inferior ao padrão nacional concentram-se nas ciências humanas e sociais. Essas áreas apresentam como uma de suas caracte­rísticas alto grau de interdisciplinariedade, do que decorre maior dispersão da lite­ratura nos canais formais de divulgação, dificultando o estabelecimento de um nú­cleo básico de periódicos com um número limitado de títulos. Isto pode ter contri­buído para este resultado, o qual de qualquer maneira, parece indicar a necessida­de de especial atenção, tanto por parte dos docentes quanto dos bibliotecários, no sentido de se integrarem num trabalho conjunto de promoção do uso de informa­ção.

De modo geral, pode-se afirmar que, independentemente das abordagens efetivadas visando identificar fatores que contribuem para a maior demanda das assinaturas financiadas pelo PAP quer seja por áreas (item 4 do presente docu­mento) ou por IES (item 5), os resultados foram coincidentes e ratificaram os pro­cedimentos e critérios adotados pelo Programa de Aquisição Planificada de Perió­dicos que, de acordo com sua filosofia básica, realmente privilegiou a pós-gradua­ção um vez que as posições ocupadas pelas áreas bem como pelas IES na orde­nação dos padrões da demanda refletem a maior ou menor demanda em função

,dos cursos de pós-graduação oferecidos pelas IES.

6 NÚCLEOS DE PERIÓDICOS

O Quadro XI apresenta, por áreas, dados básicos que possibilitaram algu­mas das análises efetuadas, assim como o número de títulos, em cada área, que concentra 80% da demanda. Verifica-se que a "lei dos 80/20" ficou bem evidencia-

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da nas áreas de Anatomia, Arquitetura e Urbanismo, Artes Plásticas e História da Arte, Comunicação, Direito, Ecologia, Engenharia de Transportes, Engenharia Nu­clear, Estatística, Filosofia, Imunologia, Matemática, Recursos Florestais, Serviço Social, Teologia e Zootecnia. A ausência de núcleo, ou seja, a maior dispersão da demanda, ocorre nas áreas de Astronomia e Astrofísica, Botânica, Enfermagem, Engenharia Elétrica, Genética, Parasitologia, Psicologia e Zoologia. Este resultado é de suma importância para subsidiar os estudos de avaliação das listas de perió­dicos do PAP. Na área de Comunicação, por exemplo, para a qual foram financia­dos 72 títulos, 13% desses, ou seja, 10 títulos, foram objeto de 80% da demanda, o que parece permitir concluir que estes não necessitariam de avaliação profunda para decidir-se por sua permanência como título a ser financiado pelo Programa. Já na área de Engenharia Elétrica, a dispersão da demanda - 55% dos títulos foram responsáveis por 80% da demanda - parece indicar uma necessidade de uma ava­liação geral de todos os títulos. A relação dos títulos que compõem os núcleos por áreas, é apresentada em anexo, pode constituir-se em subsídio para avaliação das coleções das IES.

7 PERIÓDICOS COM DEMANDA ZERO

O quadro XII apresenta a relação das 63 áreas atendidas peto PAP, a quan­tidade de títulos financiados e o número de títulos que tiveram demanda zero, bem como o percentual que representam com relação ao total de título da área.

Do total, 51 áreas tiveram alguns títulos que não foram consultados durante o período do estudo.

As áreas que apresentaram maior concentração de títulos com demanda ze­ro foram: Comunicação, Educação, Educação Física, Engenharia Biomédica, En­genharia de Transportes, Engenharia Naval, Engenharia Nuclear, Estatística, Filo­sofia e Teologia, variando entre 20,6% e 47,2% o que representa uma taxa alta, considerando-se também os custos envolvidos. Destas áreas, a que apresentou maior número de títulos com demanda zero foi Comunicação (47,2%).

A área que apresentou menor demanda zero foi a Psicologia com uma taxa de

2%, sendo que seu "núcleo" apresentou uma dispersão da demanda da ordem de

50% dos títulos.

As áreas que não tiveram nenhum titulo com demanda zero foram: Alimen­

tos, Astronomia e Astrofísica, Biologia Geral, Bioquímica, Botânica, Ecologia, En­

fermagem, Farmacologia, Genética, Imunologia, Morfologia e Parasitologia, sendo

que sua maioria pertence à área de Ciências Biológicas.

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QUADRO XI DEMANDA NACIONAL E NÚCLEOS DOS PERIÓDICOS DO PAP

ADMINISTRAÇÃO AGRONOMIA

ALIMENTOS ANATOMIA

ANTROPOLOGIA ARQUITETURA i URBANISMO

ARTES PLÁSTICAS & HISTÓRIA DA ARTE ASTRONOMIA & ASTROFÍSICA BIOFÍSICA & FISIOLOGIA

BIOLOGIA GERAL

BIOQUÍMICA BOTÂNICA

CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO CIÊNCIA POLITICA

COMUNICAÇÃO DIREITO ECOLOGIA ECONOMIA

EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO FISICA ENFERMAGEM ENGENHARIA AGRICOLA.

ENGENHARIA BIOMÉDICA ENGENHARIA CIVIL ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

ENGENHARIA DE TRANSPORTES ENGENHARIA ELÉTRICA

ENGENHARIA MECÂNICA

ENGENHARIA METALÚRGICA ENGENHARIA NAVAL ENGENHARIA NUCLEAR ENGENHARIA QUÍMICA

ESTATÍSTICA FARMÁCIA FARMACOLOGIA

FILOSOFIA FÍSICA

GENÉTICA

GEOCIÊNCIAS GEOGRAFIA HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA

HISTÓRIA

IMUNOLOGIA INFORMÁTICA LETRAS E LINGÜÍSTICA MATEMÁTICA

MEDICINA

MEDICINA VETERINÁRIA MICROBIOLOGIA

MORFOLOGIA MUSICA OCEANOGRAFIA BIOLÓGICA ODONTOLOGIA

PARASITOLOGIA

PSICOLOGIA QUÍMICA RECURSOS FLORESTAIS SOCIOLOGIA

SERVIÇO SOCIAL TECNOLOGIA MINERAL

TEOLOGIA ZOOLOGIA

ZOOTECNIA TOTAL

43 81

22 24

18 21 17

12 48 17

18 4

20 26 72

16 23 28 32 27

25 27

20

28 14 24

38 31

38 24

20 17

29 45

25 39 79

13 78 21

32 27

12

40 36

129 - 52

56 18 15 16 21 92 10

48 162 28 28 11 34

7

28 27

2.383

2.789 7.755 3.753 1.080

690 5.237 1.767

2.122 6.573

1.903 2.138

314

923

1.168 2.089 5.403 4.760 1.448

802

1.705 1.858

2.260 412

2.798 988 752

6.624

2.452

2.869 806 728

2.256 554

6.008

2.083 580

11.040

1.228 .8.205

594

1.262

599 1.621 4.242

2.240 3.800

48.373

8.173 1.893 1.207

664

7.796 19.869

2.070

3.461 17.644

392 980 94

1.788 9

3.591 6.012

247.216

2.231 6.204

3.002 864 487

4.189 1.413 1.697

5.258

1.522 1.904

251

738 934

1.671 4.324 3.808

1.158 6.41

1.364 1.486

1.808 329

2.224

790 601.

5.299

1.961 2.295

644

582 1.820

443 J .806

1.666 464

8.832 982

6.564

475

1.008 479

1.296 3.397

1.792 3.040

38.698

6.538 1.514

965

531 6.23 6

15.887

1.656 2.768

14.115

313 784

75

1.430 7

2.872 4.809

197.941

18

8 7 8 4 4

7

18 7

8 2 9 9

10 4

6 12 12

9

13 10

6 11

6

7

21 13 18 1Ó 5 6 8

18

8

S 34

8 31

7 11

9

3 12 11

31 91

23 6 7

6 8

38 5

24 57

7

11 3

14

2 14

8

838

42 36 36

29 44

19 23

58 37

41 ' 44

50

45 34

13 25 26

43 38 33 52 37

30 39 43 29

55 4S 42 42 25 35 28

4o 36

21 43

39

33

34 33

36 31 24

a 41

33 47 37 38 41

50

50 35

25 39 27 41

n 50 29

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QUADRA XII PERIÓDICOS COM DEMANDA ZERO

Á R E A

ADMINISTRAÇÃO AGRONOMIA ALIMENTOS ANATOMIA ANTROPOLOGIA ARQUITETURA & URBANISMO ARTES PLÁSTICAS & HISTÓRIA DA ARTE ASTRONOMIA & ASTROFÍSICA BIOFÍSICA & FISIOLOGIA BIOLOGIA GERAL BIOQUÍMICA BOTÂNICA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO CIÊNCIA POLÍTICA COMUNICAÇÃO DIREITO ECOLOGIA ECONOMIA EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO FÍSICA ENFERMAGEM ENGENHARIA AGRÍCOLA ENGENHARIA BIOMÉDICA ENGENHARIA CIVIL ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ENGENHARIA DE TRANSPORTES ENGENHARIA ELÉTRICA ENGENHARIA MECÂNICA ENGENHARIA METALÚRGICA ENGENHARIA NAVAL ENGENHARIA NUCLEAR ENGENHARIA QUÍMICA ESTATÍSTICA FARMÁCIA FARMACOLOGIA FILOSOFIA FÍSICA GENÉTICA GEOCIÉNCIAS GEOGRAFIA HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIAi HISTÓRIA IMUNOLOGIA INFORMÁTICA LETRAS E LINGÜÍSTICA MATEMÁTICA MEDICINA MEDICINA VETERINÁRIA MICROBIOLOGIA MORFOLOGIA MUSICA OCEANOGRAFIA BIOLÓGICA ODONTOLOGIA PARASITOLOGIA PSICOLOGIA QUÍMICA RECURSOS FLORESTAIS SOCIOLOGIA SERVIÇO SOCIAL TECNOLOGIA MINERAL TEOLOGIA ZOOLOGIA ZOOTECNIA

Nº DE TÍTULOS

43 81 22 24 18 21 17 12 48 17 18

4 20 26 72 16 23 28 32 27 25 27 20 28 14 24 38 31 38 24 20 17 29 45 25 39 79 13 78 21 32 27 12 40 36

129 252 56 18

15 16

21 92 10 48

162 28 28 11 34

7 28 27

Nº DE TÍTULOS COM DEMANDA ZERO + 3 4

-4 2 1 3

-2

--1 1

34 1

-2 7 8

2 6 3 1 7 i 1 4 5 7 1 6 2

-11 4

-6 2 5 2

3 5

12 8 2 1

4 2 6

1 8 5 3 5 1 3 3 1

% 7,3% 4.9%

0% 16,6%

11% 4,7%,

17,6% 0% 4% 0% 0%

• I % 5%

3,8% 47.2% 6,25%

0% 7%

21,8%. 29.6%

7,4% 30%

10,7% 7%

29% 2,6% 3.2%

10,5%, 20,8%

35% , 5,8%

20,6% 4% 0%

28,2% 5% 0%

7,6% 9,5%

15,6% 7,4%

0% 7,5%

13,8% 9,3% 3 ,1% 3,5% 5.5%

0% 25%

9,5% 6,5%

0% 2%

4,9% 17,8% 10,7% 45,4%

2.9% 42.6% 10.7% 3,7%

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Dentre as áreas que tiveram periódicos com demanda zero, 37% estão classificadas em Ciência & Tecnologia, 39% em Ciências Humanas e Sociais e 24% em Ciências Biológicas.

Tendo em vista identificar fatores que possam justificar o comportamento dos títulos que se refere à demanda zero, elaborou-se estudo específico para o qual foram relacionadas áreas com características distintas, ou seja, Comunicação que é apontada como a de maior demanda zero e Psicologia, a de menor demanda zero. Para isto, verificou-se a dispersão da demanda dessas áreas no pressu­posto que talvez as áreas que apresentassem núcleos bem definidos, com número mais limitado de títulos, ocasionassem, paralelamente à menor demanda dos de­mais títulos, a maior quantidade de títulos com demanda zero.

As tabelas 1 e 2 apresentam a situação da demanda dessas áreas» verifi­cando-se que: a) na área de Comunicação dos 72 títulos, 10 concentram 80% da demanda, o que corresponde a 13% dos títulos; b) na área de Psicologia de 48 tí­tulos, 24 concentram 80% da demanda, o que corresponde a 50% dos títulos.

Os resultados obtidos parecem indicar a existência de alguma relação entre núcleos bem definidos na área e a demanda zero.

Convém salientar que foram considerados, para a análise, apenas os títulos que apresentaram demanda zero em todas IES que os receberam.

TABELA 1

DISTRIBUIÇÃO DA DEMANDA NA ÁREA DE COMUNICAÇÃO

Nº DE DEMANDAS 0

1-10 11-20

21-30 31-40

41-50 51-60

61-70 71-80

81-90 91-100

101-... TOTAL

Nº DE TÍTULOS 34

15

5 5 2

3

3 -1 --4

72

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TABELA 2

DISTRIBUIÇÃO DA DEMANDA NA ÁREA DE PSICOLOGIA

Nº DE DEMANDAS

0 1-10

11-20

21-30 31-40

41-50 51-60

61-70 71-80 81-90 91-100

101-... TOTAL

Nº DE TÍTULOS

1 2

5 6 4

8 2

5

6 --

9

48

Considerando-se o total de assinaturas com demanda zero (1484), verifica-

se que 20,9% do acervo do PAP não foi utilizado.

No sentido de verificar se a maior concentração de demanda zero apresen­ta-se nos títulos que foram introduzidos nas IES pela primeira vez, ou seja, títulos novos para essas Instituições, efetuou-se estudo nas áreas de Comunicação e Fí­sica escolhidas ao acaso, tendo obtido os seguintes resultados:

Na área de Comunicação, das 122 assinaturas 57 apresentaram demanda

zero. Destas, 27 (47%) referiam-se a títulos novos.

Na área de Física, das 387 assinaturas 74 apresentaram demanda zero.

Destas, 16 (21%) referiam-se a títulos novos. Isto permite concluir que os títulos

novos não se constituem em fator responsável pela demanda zero.

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Comparando percentual de assinaturas com demanda zero (20,9%) com estudos semelhantes, a nivel do país e do exterior, que apontam 35% dos títulos não demandados num período de 6 meses na USP (6) e 40% no período de 12 meses da John Crerar Library (Chicago), (7) parece que a demanda aos periódicos financiados pelo PAP não pode ser caracterizada como insatisfatória. No entanto, para conclusão mais precisa sobre a adequação da demanda dos títulos do Pro­grama faz-se necessário considerar também o valor do investimento do Programa, assim como o custo médio da demanda em cada área, como apresentado a seguir.

8 CUSTO MÉDIO DA DEMANDA POR ÁREAS

Os custos para a aquisição dos periódicos financiados pelo PAP, em 1987, foi estimado segundo um preço médio de assinatura para cada área conforme se­gue:

Ciência & Tecnologia: US$ 389,00 Ciências Biológicas: US$ 213,00 Ciências Humanas e Sociais: US$ 86,00

O resultado deste estudo da demanda mostrou uma dispersão muito grande dos padrões da demanda a nivel nacional, e local, indo desde 1 demanda até o má­ximo de 185 demandas por assinaturas, excluindo-se os títulos com demanda ze­ro.

Em função de restrições orçamentárias que impõem a racionalização do uso

dos recursos financeiros disponíveis, torna-se necessário verificar o custo médio

de cada demanda por área.

De acordo com os dados da demanda e com os preços médios das assina­

turas, foi calculado o custo médio para cada demanda, conforme o Quadro XIII.

Este custo variou de US$ 0,92 (Direito) a US$ 86,00 (Teologia), não considerando

os títulos com demanda zero, cujo valor é indeterminado.

(6) PASQUARELLI, Maria Luíza R. et alii. Avaliação de uso das Coleções da Uni­versidade de São Paulo. In: Seminário Nacional de Bibliotecas Universitá­rias, 5. Anais... Porto Alegre, Biblioteca Central da UFRGS, 1987, p. 27-36

(7) BROADUS, Robert N. Use study of library collections. Library/ Resources & Technical services, - ( ):217-24,1989.

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A falta de um padrão que indique o custo "aceitável" de uma consulta não possibilita um julgamento do que seria um "alto" ou "baixo" custo. Entretanto, con­siderando-se os resultados encontrados no Quadro XIII, parece que seria menos oneroso satisfazer a demanda de determinados títulos através da utilização dos serviços de comutação bibliográfica.

Isto vem ao encontro da filosofia do Programa de Aquisição Planificada de Periódicos, uma vez que as bibliotecas que receberam títulos são bibliotecas-base do Programa COMUT.

Mesmo considerando a ausência de parâmetros que permitam qualificar o quanto o custo da demanda dos periódicos de determinada área é alto ou baixo demais, há de se estranhar o custo da demanda em algumas áreas, como por exemplo, Matemática, o que, evidentemente, decorre da baixa demanda apresen­tada por essa área.

Visando aprofundar o estudo nessa área de custos foram efetuadas algumas análises, tomando como exemplo a área de Matemática e considerando-se os se­guintes parâmetros:

. Área: Matemática (Ciência & Tecnologia)

. Preço da Assinatura: US$ 389,00 - Cz$ 19.450.00O

. Periodicidade: mensal

. Média de artigos por fascículos: 7

. Média de artigos por volume: 84

. Média de páginas por artigos: 20

. Média de páginas por volume: 1.680

. Padrão da demanda nacional da área: 7

. Número de assinaturas na área de Matemática: 502

. Preço COMUT (1 pág.): Cz$ 1,20 ("*)

. Custo da demanda na área de Matemática: Cz$ 2.778,00

Analisando estes dados, verifica-se que:

- O custo de 1 demanda se aproxima do custo de 2 fascículos, o que parece

demasiadamente alto;

- Com equivalente ao custo de 1 demanda, poder-se-ia obter via COMUT có­

pias de 2.315 páginas, ou 115 artigos, o que significa 1,3 cópias por artigo de

todo o volume anual, o que também causa certa estranheza;

(*) Conversão efetuada com o valor do dólar em outubro/1987 (Cz$ 50,00) (**) Preço em meado de 1987

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QUADRO XIII CUSTO MÉDIO DA DEMANDA POR ÁREAS

Á R E A

ADMINISTRAÇÃO AGRONOMIA AUMENTOS ANATOMIA ANTROPOLOGIA ARQUITETURA & URBANISMO ARTES PLÁSTICAS & HISTORIA DA ARTE ASTRONOMIA & ASTROFÍSICA BIOFÍSICA & FISIOLOGIA BIOLOGIA GERAL BIOQUÍMICA BOTÂNICA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO CIÊNCIA POLÍTICA COMUNICAÇÃO DIREITO ECOLOGIA ECONOMIA EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO FÍSICA ENFERMAGEM ENGENHARIA AGRÍCOLA ENGENHARIA BIOMÉDICA ENGENHARIA CIVIL ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ENGENHARIA DE TRANSPORTES ENGENHARIA ELÉTRICA ENGENHARIA MECÂNICA ENGENHARIA METALÚRGICA ENGENHARIA NAVAL ENGENHARIA NUCLEAR ENGENHARIA QUÍMICA ESTATÍSTICA FARMÁCIA FARMACOLOGIA FILOSOFIA FÍSICA GENÉTICA GEOCIÈNCIAS GEOGRAFIA HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA HISTORIA IMUNOLOGIA INFORMÁTICA LETRAS E LINGÜÍSTICA MATEMÁTICA MEDICINA MEDICINA VETERINÁRIA MICROBIOLOGIA MORFOLOGIA MUSICA OCEANOGRAFIA BIOLÓGICA ODONTOLOGIA PARASITOLOGIA PSICOLOGIA QUlMICA RECURSOS FLORESTAIS SOCIOLOGIA SERVIÇO SOCIAL TECNOLOGIA MINERAL TEOLOGIA ZOOLOGIA ZOOTECNIA

PREÇO MÉDIO DE ASSINAT. US$

86 389 389 213

86 86 86

389 213 213 213 213

86 86 86 86

213 86 86

US 213 398 398 398 398 398 398 398 398 398 39S 398 398 213 213

86 389 213 389

86 213

86 213 389

86 389 213 213 213 213

86 213 213 213

86 389 389

86 86

389 86

213 213

PN

17 31 44 23 11 77 70

111 47 46 43 28 12 14 17 93 55 13 6

41 23 29 10 28 22 23 40 23 34 32 22 53

7 40 30

6 28 53 28 17 23

7 54 38 17

7 58 58 42 35 33

185 75 64 21 32

7 9 5

20

i 38 63

CUSTO DEMANDA ASSINAT. US$

5,05 12,54

8,84 9,26 7,81

1,11 1.22 3,50 4,53 4,63 4,95 7,60 7,16 6,14 5,05 0,92 3.87 6,61

14,33 5,19 9,26

13,41 38.90 13,89 17,68 16,91 9,72

16,91 11,44 12.15 17,68 7,33

65,57 5,32 7,10

14,33 13,89 4,01

13,89 5,05 9,26

12,28 3.94

10,23 5,05

55,57 3,67 3,67 5,07 6.08 2.06 1.15 2.84 3,32 4.09

12.15 55,57

9.55 17.2 19,45 86,00

5,60 3.38

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- Com o preço de 1 assinatura, poder-se-ia obter via COMUT, cópias de 810 ar­tigos ou seja, cerca de 9,6 cópias de cada um dos 84 artigos publicados du­rante um ano. Considerando-se o período do estudo, ter-se-ia 202 consultas por trimestre. Estes dados indicam que para ser vantajoso a efetivação de uma as­sinatura, em vez da utilização do COMUT, o padrão da demanda nacional nas áreas de C & T deveria ser igual ou superior a 202. Este indicador não foi alcan­çado em nenhuma das áreas de C & T. Considerando-se os mesmos parâmetros para a área de Ciências Biológicas, cujo valor da assinatura é US$ 213,00 ou Cz$ 10.650,00, verifica-se que o pa­drão da demanda nacional desta área deveria ser 110. Apenas a área de Ocea­nografia Biológica superou este indicador.

Para a área de Ciências Humanas e Sociais, o padrão da demanda nacional deveria ser igual ou superior a 44, indicador alcançado apenas pelas áreas de Ar­tes Plásticas e História da Arte, Arquitetura e Urbanismo e Direito.

Não se pretende com essa análise, que apenas reflete uma curiosidade das autoras, concluir que melhor seria para o país, em áreas de baixa demanda, adotar o modelo soviético de importar um número limitado de assinaturas e duplicá-las internamente.

Há que se ressaltar que, embora nem todas as áreas tenham alcançado o padrão da demanda nacional desejado considerando-se os custos envolvidos, uma análise, título a título, por áreas, indicará títulos que alcançaram este padrão, os quais integram a relação dos núcleos básicos de cada área. Esta observação é pertinente na medida em que qualquer decisão a ser tomada, referente à manu­tenção do acervo de periódicos financiados pelo Programa, deverá se referir a tí­tulos específicos e não a área como um todo.

O que se pretende com a introdução, via PAP de uma política de aquisição planificada é levar as IES a adquirirem os principais periódicos que atendam às necessidades do perfil da instituição, incentivando na utilização e assegurando, via COMUT, o intercâmbio dos títulos periféricos. Essa análise de custo deve ser en­tendida apenas como um alerta a professores, pesquisadores e bibliotecários. Ha­verá algo errado? Os dados de demanda fornecidos pelas IES? O comportamento dos usuários ante a demanda? Dos bibliotecários? O ensino e a pesquisa científi­ca? Ou este trabalho?

9 CONCLUSÕES

É importante considerar que as conclusões chegadas através de um estudo

de demanda não se constituem, por si só, nos únicos elementos que deverão nor-

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6 - 0 percentual de assinaturas com demanda zero apresentou-se inferior a percentuais apontados em estudos semelhantes no país e no exterior.

10 RECOMENDAÇÕES ÀS IES

Recomenda-se às IES que:

1 - Desenvolvam estudos sobre a demanda de todo o seu acervo de periódi­cos, visando obter subsídios para a política de manutenção e desenvolvimento desse acervo dando especial atenção à:

- áreas mais fortes das IES, como aquelas em que a Instituição oferece mais de 1 curso de pós-graduação.

- identificação do custo da demanda de cada área;

- identificação dos núcleos de periódicos de cada área, utilizando-se como subsídio adicional os núcleos de periódicos listados neste trabalho e defi­nindo os títulos cujo o número e finalidade da demanda permite que sejam objeto de comutação e não de aquisição.

2 - Para intercâmbio dos títulos de periódicos que integram o PAP utilizem-

se do catálogo desse Programa, de maneira a solicitarem cópias dos artigos às

IES da mesma região, não sobrecarregando as grandes bibliotecas, o que vem

causando sérios problemas para o COMUT.

3 - Promovam programas de divulgação do uso da informação, principal­mente nas áreas de menor demanda e mais relevantes para as IES, identificadas no estudo citado na recomendação 1.

4 - No que se refere aos dados apresentados neste trabalho sobre a atua­ção das IES no PAP procurem, junto à comunidade acadêmica, identificar as cau­sas de baixa demanda em algumas áreas, tomando providências no sentido de melhorar, se for o caso, a atuação da Instituição, transferindo as informações para a Coordenação do PNBU. Essas informações serão de extrema validade para o projeto de revisão e atualização das listas básicas do PAP, já em andamento.

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A N E X O : NÚCLEOS DE PERIÓDICOS DAS 63 ÁREAS COBERTAS PELO PAP

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ÁREA: ADMINISTRAÇÃO = 43 títulos financiados

1 - BUSINESS WEEK 2-FORTUNE 3 - HARVARD BUSINESS REVIEW 4 - JOURNAL OF MARKETING 5 - DATAMATION 6 - OPERATIONS RESEARCH 7 - CALIFÓRNIA MANAGEMENT REVIEW 8-AMERICAN SOCIOLOGICAL REVIEW

9 - ADMINISTRATIVE SCIENCE QUARTERLY 10 - JOURNAL OF MARKETING RESEARCH 11 - JOURNAL OF FINANCE

12 - SOCIOLOGIE DU TRAVAIL

13 - BUSINESS HORIZONS 14 - MANAGEMENT SCIENCE

15 - HUMAN RELATIONS & L 16-SLOAN MANAGEMENT REVIEW

17 - THE ACCOUNTING REVIEW 18 - MANAGEMENT ACCOUNTING

ÁREA: AGRONOMIA = 81 títulos financiados

1 - SOIL SCIENCE 2-CROPS SCIENCE 3-HORTSCIENCE

4 - JOURNAL OF SOIL AND WATER CONSERVATION

5 - TRANSACTIONS OF THE ASAE 6 - PHYTOPATHOLOGY 7-EUPHYTICA 8-HEREDITY

9 - VIROLOGY

10 - MICOLOGIE 11 - CANADIAN JOURNAL OF BOTANY 12 - JOURNAL OF GENERAL VIROLOGY 13 - JOURNAL OF ECONOMIC ENTOMOLOGY

14 - CLAYS AND CLAY MINERALOGY 15 - ENVIRONMENTAL ENTOMOLOGY

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16 - AGRONOMY JOURNAL 17- SOIL CONSERVATION 18 - JOURNAL OF INSECT PHYSIOLOGY 19 - JOURNAL OF THE AMERICAN SOCIETY FOR HORTICULTURAL

SCIENCE

20 - CROPS AND SOIL 21-NEMATOLOGICA

22 - PLANT PATHOLOGY 23-WEED SCIENCE

24 - GRASS AND FORAGE SCIENCE

25 - JOURNAL OF SOIL SCIENCE 2 6 - BULLETIN OF ENTOMOLOGICAL RESEARCH 27 - EVOLUTION 28 - PLANT AND SOIL 29-INSECTES SOCIAUX

ÁREA: ALIMENTOS = 22 títulos financiados

1 - JOURNAL OF DAIRY SCIENCE 2 - JOURNAL OF NUTRITION 3-FOOD TECHNOLOGY

4 - BRITISH JOURNAL OF NUTRITION

5 - JOURNAL OF FOOD SCIENCE 6- CEREAL CHEMISTRY 7- JOURNAL OF IRRIGATION AND DRAINAGE ENGINEERING 8 - JOURNAL OF FOOD BIOCHEMISTRY

ÁREA: ANATOMIA = 24 títulos financiados

1 - JOURNAL OF ANATOMY

2 - AMERICAN JOURNAL OF ANATOMY 3 - JOURNAL OF MORPHOLOGY 4-BRAIN RESEARCH

5 - ACTA ANATOMICA

6 - FOLIA MORPHOLOGICA 7 - CALCIFIED TISSUE INTERNATIONAL

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ÁREA: ANTROPOLOGIA = 18 títulos financiados

1 - AMERICAN ANTHROPOLOGIST 2 - JOURNAL OF ANTHROPOLOGICAL RESEARCH

3 - CURRENT ANTHROPOLOGY 4-L'HOMME 5 - ACTES DE LA RECHERCHE EM SCIENCES SOCIALES 6-PAST AND PRESENT

7 - ANNUAL REVIEW OF ANTHROPOLOGY 8-AMERICA INDÍGENA

ÁREA: ARQUITETURA & URBANISMO = 21 títulos financiados

1 - ARCHITECTURAL RECORD

2 - ARCHITECTURE D'AUJOURD'HUI 3 - JAPAN ARCHITECT

4-URBANISME

ÁREA: ARTES PLÁSTICAS E HISTÓRIA DA ARTE: = 17 títulos finan­ciados

1 - MUSEUM

2-DOMUS

3-LEONARDO 4 - A R T IN AMERICA

ÁREA: ASTRONOMIA & ASTROFÍSICA = 12 títulos financiados

1 -ASTROPHYSICAL JOURNAL 2 - ASTRONOMY AND ASTROPHYSICS 3 - MONTHLY NOTICES OF THE ROYAL ASTRONOMICAL SOCIETY,

LONDON

4 - ASTRONOMICAL JOURNAL 5 - ASTRONOMY AND ASTROPHYSICS: A EUROPEAN JOURNAL

6 - ASTROPHYSICAL JOURNAL - SUPPLEMENT SERIES

7 - CELESTIAL MECHANICS

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ÁREA: BIOFÍSICA & FISIOLOGIA = 48 títulos financiados

1 - BIOCHIMICA ET BIOPHYSICA ACTA

2 - AMERICAN JOURNAL OF CLINICAL NUTRITION 3 - JOURNAL OF NUTRITION 4 - AMERICAN JOURNAL OF PHYSIOLOGY

5 - ARCHIVES OF BIOCHEMISTRY AND BIOPHYSICS

6 - JOURNAL OF ENDOCRINOLOGY 7 - PHYSIOLOGY AND BEHAVIOR 8 - JOURNAL OF CLINICAL INVESTIGATION 9 - JOURNAL OF GENERAL PHYSIOLOGY

10 - EUROPEAN JOURNAL OF BIOCHEMISTRY

11 - JOURNAL OF CELLULAR PHYSIOLOGY 12 - KIDNEY INTERNATIONAL 13-ENDOCRINOLOGY 14 - FEDERATION PROCEEDINGS 15 - METHODS IN ENZIMOLOGY 16-DIABETES 17 - JOURNAL OF APPLIED PHYSIOLOGY

18 - COMPARATIVE BIOCHEMISTRY AND PHYSIOLOGY

ÁREA: BIOLOGIA GERAL = 17 títulos financiados

1 - ANNALS OF TROPICAL MEDICINE AND PARASITOLOGY 2 - THE BIOCHEMICAL JOURNAL/CELLULAR ASPECTS 3 - THE BIOCHEMICAL JOURNAL/MOLECULAR ASPECTS 4 - JOURNAL OF CELLULAR PHYSIOLOGY 5- FEDERATION PROCEEDINGS

6 - CYTOGENETICS AND CELL GENETICS 7- DEVELOPMENTAL BIOLOGY

ÁREA: BIOQUÍMICA = 18 títulos financiados

1 - BIOCHIMICA ET BIOPHYSICA ACTA

2 - JOURNAL OF NEUROCHEMISTRY 3-GENE 4 - JOURNAL OF MOLECULAR EVOLUTION

5 - NUCLEIC ACIDS RESEARCH

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6 - JOURNAL OF BIOCHEMISTRY 7 - JOURNAL OF LIPID RESEARCH

8 - ANALYTICAL BIOCHEMISTRY

ÁREA: BOTÂNICA = 4 títulos financiados

1 - CANADIAN JOURNAL OF BOTANY

2 - CANADIAN JOURNAL OF PLANT SCIENCE

ÁREA: CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO = 20 títulos financiados

1 - JOURNAL OF DOCUMENTATION

2 - JOURNAL OF LIBRARIANSHIP

3 - INFORMATION TECHONOLOGY AND LIBRARIES

4-SPECIAL LIBRARIES 5 - COLLEGE AND RESEARCH LIBRARIES 6 - ANNUAL REVIEW OF INFORMATION SCIENCE AND TECHNOLOGY 7 - ASIS 8-LIBRARY TRENDS 9 - ASLIB PROCEEDINGS

ÁREA: CIÊNCIA POLÍTICA = 26 títulos financiados

1 - REVUE FRANÇAISE DE SCIENCE POLITIQUE

2 - BRITISH JOURNAL OF POLlTICAL SCIENCE

3 - COMPARATIVE POLITICS 4 - POLlTICAL THEORY 5 - CANADIAN JOURNAL OF PLANT SCIENCE

6 - FORO INTERNATIONAL 7 - JOURNAL OF PEACE RESEARCH 8-FOREIGN AFFAIRS 9 - POLICY SCIENCES

ÁREA: COMUNICAÇÃO = 72 títulos financiados

1 - GRAPHIS 2 - CAHIERS DU CINEMA

3 -LANGAGES

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4 - AMERICAN CINEMATOGRAPHER 5-SIGHT AND SOUND

6 - JOURNALISM QUARTERLY

7 - JOURNAL OF ADVERTISING RESEARCH I 8-CINEMA NUOVO

9 - MEDIA COLTURE AND SOCIETY 10 - CHASGUI/REVISTA LATINO AMERICANA DE COMMUNICATION

ÁREA: DIREITO = 16 títulos financiados

1 - RIVISTA DEL DIRITTO COMMERCIALE E DEL DIRITO GENERALE DELLE OBBLIGAZIONE

2 - AMERICAN JOURNAL OF INTERNATIONAL LAW 3-RECUEIL DES COURS 4 - REVUE TRIMESTRIELLE DE DROIT CIVIL

ÁREA: ECOLOGIA = 23 títulos financiados

1 - LIMNOLOGY AND OCEANOGRAPHY 2 -ECOLOGY 3 - ECOLOGIA

4 - CURRENT ADVANCES IN ECOLOGICAL SCIENCES 5 - AMERICAN NATURALIST

6 - OIKOS/ACTA ECOLÓGICA SCANDINAVICA

ÁREA: ECONOMIA = 28 títulos financiados

1 - AMERICAN ECONOMIC REVIEW 2 - JOURNAL OF POLITICAL ECONOMY

3 - ECONOMIC JOURNAL

4 - TRIMESTRE ECONOMICO 5 - REVIEW OF ECONOMICS AND STATISTICS 6 - QUARTERLY JOURNAL OF ECONOMICS 7 - INTERNATIONAL LABOUR REVIEW 8-JPKE

9 - CAMBRIDGE JOURNAL OF ECONOMICS 10 - JOURNAL OF INDUSTRIAL ECONOMICS

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11 - OXFORD ECONOMICS PAPER 12 - JOURNAL OF ECONOMIC HISTORY

ÁREA: EDUCAÇÃO = 32 títulos financiados

1 - AMERICAN EDUCATION RESEARCH JOURNAL

2 - COMPARATIVE EDUCATION REVIEW 3-TIERS MONDE 4- REVIEW OF EDUCATION RESEARCH

5 - JOURNAL OF COUNSELING AND DEVOLOPMENT 6 - REVUE FRANÇAISE DE PEDAGOGIE 7 - JOURNAL OF TEACHER EDUCATION 8 - EDUCATIONAL TECHNOLOGY

9 - ACTES DE LA RECHERCHE EN SCIENCE SOCIALES 10 - EDUCATIONAL ADMINISTRATION QUARTERLY 11 - REVISTA LATINA AMERICANA DE ESTUDIOS EDUCATIVOS 12 -JOURNAL OF EDUCATION RESEARCH

ÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICA = 27 títulos financiados

1 - JOURNAL OF PHYSICAL EDUCATION RECREATION AND DANCE 2 - JOURNAL OF HUMAN MOVEMENT STUDIES 3 - EDUCATION PHYSIQUE ET SPORT

4 - REVUE DE L'EDUCATION PHYSIQUE 5 - RESEARCH QUARTERLY FOR EXERCISE AND SPORT

6 - SOVIET SPORTS REVIEW 7 - CANADIAN JOURNAL OF APPLIED SPORT SCIENCES 8 - JOURNAL OF MOTOR BEHAVIOR 9 - INTERNATIONAL JOURNAL OF PHYSICAL EDUCATION

ÁREA: ENFERMAGEM = 25 títulos financiados

1 - AMERICAN JOURNAL OF NURSING

2-NURSING

3 -ANS

4 -AORN JOURNAL

5 - JOURNAL OF ADVANCED NURSING

6 - JOURNAL OF PSYCHOSOCIAL NURSING AND MENTAL HEALTH

SERVICES

Page 97: Livros Grátislivros01.livrosgratis.com.br/me001651.pdf · Maria Cristina Montenegro Duarte Lira SECRETÁRIA GERAL Maria Hilda Gondim ... Yeda Lima Martins Marlene Barra Maria Lúcia

7-JOURNAL OF NURSING EDUCATION 8 - NURSING MANAGEMENT 9 - M C N

1 0 - ISSUES IN COMPREHENSIVE PEDIATRIC

11 -CANCER NURSING

12 - ORTHOPEDIC NURSING 13 - NURSING RESEARCH

ÁREA: ENGENHARIA AGRÍCOLA = 27 títulos financiados

1 - JOURNAL OF SOIL AND WATER CONSERVATION

2 - TRANSACTIONS OF THE ASAE 3 - JOURNAL OF HYDROLOGY 4 - AGRICULTURA ENGINEERING 5 - COMPUTER METHODS IN APPLIED MECHANICS AND ENGINEERING 6 - INTERNATIONAL JOURNAL OF REMOTE SENSING 7 - AGRICULTURA DE LAS AMERICAS 8 - AGRICULTURAL AND FOREST METEOROLOGY

9 - PHOTOGRAMMETRIC ENGINEERING AND REMOTE SENSING 10 - JOURNAL OF AGRICULTURAL ENGINEERING RESEARCH

ÁREA: ENGENHARIA BIOMÉDICA = 20 títulos financiados

1 - BIOLOGICAL CYBERNETICS

2 - IEEE TRANSACTIONS ON BIOMEDICAL ENGINEERING 3 - ISA TRANSACTIONS 4-JOURNAL OF BIOMECHANICAL ENGINEERING 5-JOURNAL OF BIOMEDICAL MATERIALS RESEARCH 6-ULTRASONICS

ÁREA: ENGENHARIA CIVIL - 28 títulos financiados

1 - COMPUTERS AND STRUCTURES 2 - INTERNATIONAL JOURNAL FOR NUMERICAL METHODS IN

ENGINEERING 3 - JOURNAL OF HYDRAULIC ENGINEERING 4 - JOURNAL OF HYDROLOGY

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5 - JOURNAL ENVIRONMENT ENGINEERING 6-JOURNAL OF IRRIGATION AND DRAINAGE ENGINEERING 7 - JOURNAL OF APPLIED MECHANICS

8-COMPUTER METHODS IN APPLIED MECHANICS AND ENGINEERING 9 - JOURNAL GEOTECHNICAL ENGINEERING DIVISION

10-GEOTECHNIQUE 11 -JOURNAL OF STRUCTURAL ENGINEERING

ÁREA: ENGENHARIA DE PRODUÇÃO = 14 títulos financiados

1 - EUROPEAN JOURNAL OF OPERATION RESEARCH

2 - INDUSTRIAL ENGINEERING 3-OPERATIONS RESEARCH 4-ERGONOMICS 5 - JOURNAL OF MANAGEMENT STUDIES 6 - INTERNATIONAL JOURNAL OF PRODUCTION RESEARCH

ÁREA: ENGENHARIA ELÉTRICA = 38 títulos financiados

1 - BYTE

2-COMPUTER DESIGN

3 - IEEE TRANSACTIONS ON COMMUNICATIONS

4 - IEEE TRANSACTIONS ON SYSTEMS MAN AND CYBERNETICS 5 - IEEE TRANSACTIONS ON CIRCUITS AND SYSTEMS

6 - IEEE TRANSACTIONS OF INFORMATION THEORY

7 - IEEE TRANSACTIONS ON MICROWAVE THEORY AND TECHNIQUES 8 - AUTOMATICA 9 - INTERNATIONAL JOURNAL OF ELETRONICS

10 - ELETRONICS LETTERS 11 - PROCEEDINGS OF THE IEEE 12 - IEEE TRANSACTIONS ON ACOUSTICS, SPEECH AND SIGNAL

PROCESSING 13 - IEEE TRANSACTIONS ON ANTENNAS AND PROPAGATION 14 - INTERNATIONAL JOURNAL OF CONTROL 15 - IEE PROCEEDINGS PART C - GENERATION, TRANSMISIÓN AND

DISTRIBUTION 16 - AUTOMATION AND REMOTE CONTROL 17 - IEE PROCEEDINGS PART D - CONTROL THEORY AND APPLICATIONS

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18 - lEE PROCEEDINGS PART G - ELETRONIC CIRCUITS AND SYSTEMS 19 - lEE PROCEEDINGS PART I - SOLID STATE AND ELETRON DEWICES

20 - IEEE TRANSACTIONS ON INDUSTRY APPLICATIONS 21 - lEE PROCEEDINGS PART E - COMPUTERS AND DIGITAL

TECHNIQUES

ÁREA: ENGENHARIA DE TRANSPORTES = 24 títulos financiados

1 -AIRPORT FORUM 2-BULLETIN

3 - TRANSPORTATION SCIENCE

4 - HIGHWAY AND HEAVY CONSTRUCTION

5 - TRANSPORTATION RESEARCH/Parte A - GENERAL 6 - TRANSPORTATION QUARTERLY

7 - TRANSPORTATION RESEARCH/Parte B - METHODOLOGICAL

ÁREA: ENGENHARIA MECÂNCIA: 31 títulos financiados

1 - TRANSACTIONS OF THE ASAE 2 - INTERNATIONAL JOURNAL OF HEAT AND MASS TRANSFER

3 - PROCEEDINGS OF THE lEE 4 - JOURNAL OF ENGINEERING FOR INDUSTRY

5 - JOURNAL OF APPLIED MECHANICS 6 - JOURNAL OF SOUND AND VIBRATION 7 - COMPUTER METHODS IN APPLIED MECHANICS AND ENGINEERING 8 - JOURNAL OF HEAT TRANSFER 9-AIAA JOURNAL

10 - JOURNAL OF FLUID MECHANICS 11-PHYSISCOFFLUIDS 12 - INTERNATIONAL JOURNAL OF MECHANICAL SCIENCES

13 - INTERNATIONAL JOURNAL OF SOLIDS AND STRUCTURES

ÁREA: ENGENHARIA METALÚRGICA = 38 títulos financiados

1 - METALLURGICAL TRANSACTIONS 2 - ACTA METALLURGICA 3-JOURNAL OF METALS

4 - INTERNATIONAL JOURNAL OF MINERAL PROCESSING

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5 - JOURNAL OF ENGINEERING FOR INDUSTRY 6 - CORROSION SCIENCE 7-WELDING JOURNAL

8 - JOURNAL OF MATERIALS SCIENCE

9 - INTERNATIONAL METALS REVIEWS

10 - METALLURGICAL TRANSACTIONS

11 - IRONMAKING AND STEELMAKING 12 - PHYSICS OF METALS AND METALLOGRAPHY 13 - SCRIPTA METTALURGICA

14 - METALLURGICAL TRANSACTIONS

15 - SCANDINAVIAN JOURNAL OF METALLURGY 16 - ACTA MUSICOLOGICA

ÁREA: ENGENHARIA NAVAL = 24 títulos financiados

1 -WELDING JOURNAL 2-PROCEEDINGS

3 - INTERNATIONAL SHIPBUILDING PROGRESS 4 - MARINE TECHNOLOGY

5 - SHIPBUILDING AND MARINE ENGINEERING INTERNATIONAL

6 - OCEAN ENGINEERING 7 - SHIP AND BOAT INTERNATIONAL 8-MOTORSHIP

9 - MARITIME POLICY AND MANAGEMENT 10 - JOURNAL OF SHIP RESEARCH

ÁREA: ENGENHARIA NUCLEAR = 20 títulos financiados

1 - NUCLEAR SCIENCE AND ENGINEERING 2 - JOURNAL OF RADIONALYTICAL AND NUCLEAR CHEMISTRY

3 - NUCLEAR ENGINEERING AND DESIGN 4 - JOURNAL OF NUCLEAR SCIENCE AND TECHNOLOGY

5 - JOURNAL OF NUCLEAR MATERIALS

ÁREA: ENGENHARIA QUÍMICA: 17 títulos financiados

1 - CHEMICAL ENGINEERING

2-CHEMICAL ENGINEERING SCIENCE

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3 - JOURNAL OF CHEMICAL AND ENGINEERING DATA 4 - JOURNAL OF APPLIED POLYMER SCIENCE 5 - CHEMICAL ENGINEERING JOURNAL

6 - INDUSTRIAL AND ENGINEERING CHEMISTRY

ÁREA: ESTATÍSTICA • 29 títulos financiados

1 - BIOMETRICS 2 - BIOMETRIKA

3 - AMERICAN STATISTICIAN 4 - JOURNAL OF THE ROYAL STATISTICAL SOCIETY 5-TECHNOMETRICS

6 - JOURNAL OF THE AMERICAN STATISTICAL ASSOCIATION

7 - APPLIED STATISTICS

8 - COMMUNICATION IN STATISTICS, PART A - THEORY AND METHODS

ÁREA: FARMÁCIA = 45 títulos financiados

1 -JOURNAL OF PARASITOLOGY

2 - PARASITOLOGY 3 - BIOTECHNOLOGY AND BIOENGINEERING

4 - JOURNAL OF PHARMACEUTICAL SCIENCES 5 - JOURNAL OF MEDICAL CHEMISTRY 6 - BLOOD 7 - JOURNAL OF BACTERIOLOGY 8 - JOURNAL OF CLINICAL MICROBIOLOGY

9 - JOURNAL OF PHARMACY AND PHARMACOLOGY 10 - AMERICAN JOURNAL OF CLINICAL PATHOLOGY

11 - MEDICAMENTOS DE ACTUALIDAD 12 - JOURNAL OF LABORATORY AND CLINICAL MEDICIN'

13 - TOXICOLOGY AND APPLIE PHARMACOLOGY

14 - INFECTION AND IMMUNITY

15 - HAKKO KOGAKU ZASSHI 16 - DRUGS OF THE FUTURE 17-PARASITOLOGY &J 18 - BIOCHEMICAL PHARMACOLOGY

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ÁREA: FARMACOLOGIA = 25 títulos financiados

1 - AMERICAN JOURNAL OF PHYSIOLOGY

2 - JOURNAL OF NEUROCHEMISTRY 3 - JOURNAL OF PHARMACY AND PHARMACOLOGY 4-BRAIN RESEARCH 5 - JOURNAL OF PHARMACOLOGY AND EXPERIMENTAL THERAPEUTICS

6 - BIOCHEMICAL PHARMACOLOGY 7 - EUROPEAN JOURNAL OF PHARMACOLOGY

8 - ARCHIVES INTERNATIONALES DE PHARMACODYNAMIE ET DE THE-RAPIE

ÁREA: FILOSOFIA = 39 títulos financiados

1 - JOURNAL OF PHILOSOPHY 2 - REVUE DE METAPHYSIQUE ET DE MORALE 3 - KANTSTUDIEN

4 - PHILOSOPHICAL MAGAZINE B

5 - PHILOSOPHICAL MAGAZINE A 6-SYNTHESE

7 -NOUS 8- REVUE PHILOSOPHIQUE DE LOUVAIN

ÁREA: FÍSICA = 79 títulos financiados

1 - PHYSICAL REVIEW LETTERS

2 - ASTROPHYSICAL JOURNAL

3 - PHYSICAL REVIEW B. CONDENSED WATTER 4-PHYSICAL REVIEW A.

5 - JOURNAL OF APPLIED PHYSICS

6 - APPLIED OPTICS 7 - PHYSICAL REVIEW D

8 - APPLIED PHYSICS LETTERS

9 - JOURNAL OF PHYSICS B 10 - JOURNAL OF MATHEMATICAL PHYSICS

11 - PHYSICS LETTERS - SECTION A 12 - PHYSICS LETTERS - SECTION B 13 - SOLID STATE COMMUNICATIONS

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14 - REVIEWS OF MODERN PHYSICS 15 - JOURNAL OF PHYSICS C

16 - PROGRESS OF THEORETICAL PHYSICS 17 - JOURNAL OF PHYSICS E 18-NUCLEAR PHYSICS B 19 - JOURNAL OF THE PHYSICAL SOCIETY OF JAPAN

20 - ACTA CRYSTALLOGRAPHICA - SECTION A 21 - JOURNAL OF PHYSICS A

22 - PHYSICA B/C

23 - JOURNAL OF PHYSICS AND CHEMISTRY OF SOLIDS

24 - NUCLEAR INSTRUMENTS AND METHODS IN PHYSICS RESEARCH -SEC. A & B

25 - ANNALS OF PHYSICS 26 - OPTICS COMMUNICATIONS

27 - ACTA CRYSTALLOGRAPHICA - SEC. B 28 - JOURNAL OF THE OPTICAL SOCIETY OF AMERICA PT.A.OPTICS AND

IMAGE SCIENCE 29 -JEPT LETTERS 30 - JOURNAL OF PHYSICS D

31 - JOURNAL DE PHYSIQUE 32 - JOURNAL OF PHYSICS F

33 - ADVANCES IN PYHSICS 34 - ASTROPHYSICAL JOURNAL

ÁREA: GENÉTICA = 13 títulos financiados

1 - HEREDITY

2 - AMERICAN JOURNAL OF HUMAN GENETICS

3 - CYTOGENETICS AND CELL GENETICS 4 - JOURNAL OF MEDICAL GENETICS

5 -CLINICAL GENETICS 6 - MOLECULAR AND GENERAL GENETICS 7 - AMERICAN JOURNAL OF MEDICAL GENETICS 8-HUMAN GENETICS

ÁREA: GEOCIENCIAS = 78 títulos financiados

1 - JOURNAL/SOIL SCIENCE SOCIETY OF AMERICA

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2 - AMERICAN MINERALOGIST 3 - JOURNAL OF GEOLOGY

4 - ECONOMIC GEOLOGY AND THE BULLETIN OF THE SOCIETY OF ECONOMIC GEOLOGISTS

5 - GEOCHIMICA ET COSMOCHIMICA ACTA 6 - JOURNAL OF STRUCTURAL GEOLOGY 7 - JOURNAL GEOTECHNICAL ENGINEERING 8 - TECTONOPHYSICS

9 - JOURNAL OF SEDIMENTARY PETROLOGY

10 - BULLETIN OF THE GEOLOGICAL SOCIETY OF AMERICA 11 - CONTRIBUTIONS TO MINERALOGY AND PETROLOGY

12 - JOURNAL DU CONSEIL PERMANENT INTERNATIONAL POUR L'EX-PLORATION DE LA MER

13-GEOPHYSICS 14-MARINE GEOLOGY 15 -JOURNAL OF PETROLOGY 16-EPSODES

17 - CHEMICAL GEOLOGY 18 - SEDIMENTARY GEOLOGY

1 9 - EARTH AND PLANETARY SCIENCE LETTERS

20 - CANADIAN JOURNAL OF EARTH SCIENCES

21 - LITHOS

22 - GEOTECTONICS 23 - JOURNAL OF GEOPHYSICAL RESEARCH 24 - AMERICAN JOURNAL OF SCIENCE

25 - EARTH SCIENCE REVIEWS 26 - JOURNAL OF VOLCANOLOGY AND GEOTHERMAL RESEARCH

27 - JOURNAL OF GEOLOGICAL SOCIETY OF LONDON 28-SEDIMENTOLOGY

29 - BULLETIN OF THE AMERICAN METEOROLOGICAL SOCIETY 30 - REVIEW OF PALAEOBOTANY AND PALYMOLOGY

ÁREA: GEOGRAFIA = 21 títulos financiados

1 - ANNALS OF THE ASSOCIATION OF AMERICAN GEOGRAPHERS 2-SOVIET GEOGRAPHY 3 - ECONOMIC GEOGRAPHY 4-TRANSACTIONS/INSTITUTE OF BRITISH GEOGRAPHERS

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5- ESPACE GEOGRAPHIQUE 6-ANTIPODE 7 - CANADIAN GEOGRAPHER

ÁREA: HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA = 32 títulos financiados

1 - BIOLOGY OF THE CELL

2 - JOURNAL OF HISTOCHEMISTRY AND CYTOCHEMISTRY

3 - INTERNATIONAL REVIEW OF CITOLOGY 4 - CELL AND TISSUE RESEARCH

5 - MOLECULAR AND CELLULAR BIOLOGY 6-STAIN TECHNOLOGY

7-HISTOCHEMISTRY 8 - CELL 9 - HISTOCHEMICAL JOURNAL

10 - JOURNAL OF MOLECULAR BIOLOGY 11 - JOURNAL OF CELL BIOLOGY

ÁREA: HISTÓRIA = 27 títulos financiados

1 - AMERICAN HISTORICAL REVIEW

2-REVUE HISTORIQUE

3 - ENGLISH HISTORICAL REVIEW

4 - JOURNAL OF THE HISTORY OF IDEAS

5-PAST AND PRESENT

6-ANNALES DU MIDI

7 - LATIN AMERICAN RESARCH REVIEW

8- ANNALES DE DEMOGRAPHIE HISTORIQUE

9 - FAMILY HISTORY

ÁREA: IMUNOLOGIA = 12 títulos financiados

1 - JOURNAL OF IMMUNOLOGY

2-IMMUNOLOGY

3 - TRANSPLANTATION

ÁREA: INFORMÁTICA = 40 títulos financiados

1 - IEEE TRANSACTIONS ON SOFTWARE ENGINEERING

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2 - IEEE TRANSACTION ON COMPUTERES 3 - COMPUTER DESIGN 4 - COMPUTER 5 - COMMUNICATIONS OF THE ACM 6 - COMPUTING SURVEYS 7 - COMPUTER GRAPHICS

8 - ELETRONICS 9 - ACM TRANSACTIONS ON DATABASE SYSTEMS

10 - COMPUTER JOURNAL 11 - ELETRONIC DESIGN 12-SOFTWARE

ÁREA: LETRAS E LINGUÍSTICA = 36 títulos financiados

1 - AMERICAN LITERATURE

2 - JOURNAL OF PHONETICS 3-LANGUAGE

4 -LANGUAGES 5-LINGUISTICS

6 - JOURNAL OF PRAGMATICS 7 - COMPARATIVE LITERATURE 8-LINGUISTIC INQUIRY 9 - INTERNATIONAL REVIEW OF APPLIED LINGUISTICS IN LANGUAGE

TEACHING 10-CLASSICAL REVIEW 11 -CRITIQUE

ÁREA: MATEMÁTICA = 129 títulos financiados

1 - MATHEMATICS TEACHER 2 - ECONOMETRICA 3 - THE AMERICAN MATHEMATICAL MONTHLY

4 - ANNALS OF MATHEMATICS 5 - OPERATIONS RESEARCH 6 - AMERICAN JOURNAL OF MATHEMATICS

7 - CELESTIAL MECHANICS

8 - MATHEMATICAL INTELLIGENCER

9 - ERGODIC THEORY AND DYNAMICAL SYSTEMS

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10 - MATHEMATICAL PROGRAMMING 11 - ARCHIVE FOR RATIONAL MECHANICS AND ANALYSIS 12 - JOURNAL OF FUNCTIONAL ANALYSIS

13-JOURNAL OF MATHEMATICAL ANALYSIS AND APPLICATIONS 14 - MANAGEMENT SCIENCE

15 - JOURNAL OF ECONOMETRICS

16 - ALGEBRA UNIVERSALIS 17 - JOURNAL OF DIFFERENTIAL GEOMETRY 18 - MATHEMATICAL GAZETTE 19 - JOURNAL OF THE OPERATIONAL RESEARCH SOCIETY 20 - COMMUNICATIONS ON PURE AND APPLIED MATHEMATICS 21 - COLLEGE MATHEMATICS JOURNAL

22 - ADVANCES IN MATHEMATICS 23 - SIAN JOURNAL ON APPLIED MATHEMATICS 24 - JOURNAL DE MATHEMATIQUES PURES ET APPLIQUÉES 25 - BULLETIN DE LA SOCIETE MATHEMATIQUE DE FRANCE 26 - BULLETIN OF THE AMERICAN MATHEMATICAL SOCIETY

27 - QUARTERLY JOURNAL OF MECHANICS AND APPLIED MATHEMATICS 28 - RUSSIAN MATHEMATICAL SURVEYS 29 - MATHEMATISCHE ANNALEN 30 - JOURNAL OF OPTIMIZATION THEORY AND APPLICATIONS 31 - INVENTIONES MATHEMATICAE

ÁREA: MEDICINA = 252 títulos financiados

1 - NEW ENGLAND JOURNAL OF MEDICINE

2 - THE AMERICAN JOURNAL OF MEDICINE

3 -LANCET

4 - ANNALS OF INTERNAL MEDICINE

5 - JOURNAL OF PEDIATRICS 6-CANCER

7 - BRITISH MEDICAL JOURNAL 8 - JOURNAL OF THE AMERICAN MEDICAL ASSOCIATION

9 - AMERICAN JOURNAL OF OBSTETRICS AND GYNECOLOGY 10 - AMERICAN HEART JOURNAL 11-SURGERY

1 2 - SURGERY; GYNECOLOGY AND OBSTETRICS 13 - ARCHIVES OF INTERNAL MEDICINE

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14 - JOURNAL OF PARASITOLOGY 15 - GASTROENTEROLOGY

16 - ARCHIVES OF NEUROLOGY 17 - AMERICAN JOURNAL OF OPHTHALMOLOGY 18 - ACTA MEDICA SCANDINAVICA 19-PEDIATRICS 20-RADIOLOGY 21 - JOURNAL OF NUTRITION 22-AMERICAN REVIEW OF RESPIRATION DISEASE 23 - SURGICAL CLINICS OF NORTH AMERICA 24-JOURNAL OF NEUROSURGERY 25 - BRITISH JOURNAL OF SURGERY

26 - JOURNAL OF UROLOGY 27-CHEST

28 - JOURNAL OF PEDIATRIC SURGERY

29 - ANNALS OF SURGERY

30 - ACTA PEDIATRICA SCANDINAVICA

31 - AMERICAN JOURNAL OF SURGERY

32 - AMERICAN JOURNAL OF DISEASES OF CHILDREN 33-GERIATRICS 34 - ACTA CHIRURGICA SCANDINAVICA

35 - ANNALS OF THORACIC SURGERY 36-JOURNAL OF NEUROLOGY, NEUROSURGERY AND PSYCHIATRY 37 - ARCHIVES OF DISEASE IN CHILDHOOD 3 8 - ARTHRITIS AND RHEUMATISM

39 - ACTA OBSTETRÍCIA ET GYNECOLOGICA SCANDINAVICA 40 - APPLIED AND ENVIRONMENTAL MICROBIOLOGY 41 - JOURNAL OF NEUROCHEMISTRY 42 - THE AMERICAN JOURNAL OF PATHOLOGY

43 - AMERICAN JOURNAL OF PSYCHIATRY 44 -GUT

45 - MEDICAL CLINICS OF NORTH AMERICA 46 - BRITISH MEDICAL BULLETIN

47 - ARCHIVES OF OPHTHALMOLOGY 48-MEDICINE

49 - PROCEEDINGS OF THE SOCIETY FOR EXPERIMENTAL BIOLOGY AND

MEDICINE 50 - JOURNAL DE GYNECOLOGIE, OBSTETRIQUE ET BIOLOGIE DE LA

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REPRODUCTION 51 - ARCHIVES OF OTOLARYNGOLOGY 52 - JOURNAL OF ENDOCRINOLOGY

53 - BLOODS 54 - CANCER RESEARCH 55 - SOUTHERN MEDICAL JOURNAL 56 - JOURNAL OF CLINICAL PATHOLOGY 57 - JOURNAL OF CLINICAL ENDOCRINOLOGY AND METABOLISM 5 8 - CLINICAL ORTHOPAEDICS AND RELATED RESEARCH

59 - AMERICAN JOURNAL OF THE MEDICAL SCIENCES 60 - INTERNATIONAL JOURNAL OF DERMATOLOGY

61 -JOURNAL OF BACTERIOLOGY 62 - REVISTA CLINICA ESPANHOLA 63 - AMERICAN JOURNAL OF ROENTGENOLOGY 64 - ARCHIVES OF PATHOLOGY & LABORATORY MEDICINE 65 - HOSPITAL PRACTICE 66 - JOURNAL OF CLINICAL INVESTIGATION

67 - DISEASES OF THE COLON AND RECTUS 68-THORAX 69 - PEDIATRICS CLINICS OF NORTH AMERICA 70 - COMPARATIVE BIOCHEMISTRY AND PHYSIOLOGY 71 - SCANDINAVIAN JOURNAL OF GASTROENTEROLOGY

72 - JOURNAL OF CLINICAL MICROBIOLOGY 73 - SOUTH AFRICAN MEDICAL JOURNAL 74 - BRITISH JOURNAL OF ANAESTHESIA 75 - ARCHIVES OF GENERAL PSYCHIATRY

76 - MEDICAL JOURNAL OF AUSTRALIA 77 - ENDOCRINOLOGY 7 8 - ACTA ORTHOPAEDICA SCANDINAVICA

79 - INTERNATIONAL SURGERY

80 - JOURNAL OF THE AMERICAN GERIATRICS SOCIETY 81 - AMERICAN FAMILY PHYSICIAN 82 - AMERICAN JOURNAL OF CLINICAL PATHOLOGY

83 - CLINICAL OBSTETRICS AND GYNECOLOGY 84 - JOURNAL OF BONE AND JOINT SURGERY 85-EPILEPSIA

86 - OBSTETRICS AND GYNECOLOGY 87 - MINERVA: CHIRURGICA

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88 - ISRAEL JOURNAL OF MEDICAL SCIENCES 8 9 - ARCHIVES FRANÇAISES DE PEDIATRIE

90 - JOURNAL OF THORACIC AND CARDIOVASCULAR SURGERY 91 - AMERICAN SURGEON

ÁREA: MEDICINA VETERINÁRIA = 56 títulos financiados

1 - JOURNAL OF ANIMAL SCIENCE

2 - JOURNAL OF THE AMERICAN VETERINARY MEDICAL ASSOCIATION

3 - AMERICAN JOURNAL OF VETERINARY RESEARCH 4 - ACTA VETERINARIA SCANDINAVICA

5 - CORNELL VETERINARIAN 6 - BRITISH VETERINARY JOURNAL

7 - APPLIED AND ENVIRONMENTAL MICROBIOLOGY

8 - AVIAN DISEASES 9 - BIOLOGY OF REPRODUCTION

10 - FOOD TECHNOLOGY 11 - EQUINE VETERINARY JOURNAL

12 - JOURNAL OF ENDOCRINOLOGY 13 - AUSTRALIAN VETERINARY JOURNAL 1 4 - ZENTRALBLATT FUR VETERINARMEDIZIN 1 5 - MODERN VETERINARY PRACTICE 16-ENDOCRINOLOGY

17 - RECUEIL DE MEDICINE VETERINAIRE 18-THERIOGENOLOGY

19-ANDROLOGIA

20 - FERTILITY AND STERILITY 21 - CANADIAN VETERINARY JOURNAL 22 - JOURNAL OF FOOD SCIENCE AND TECHNOLOGY

23 - VETERINARY PARASITOLOGY

ÁREA: MICROBIOLOGIA = 18 títulos financiados

1 - THE JOURNAL OF GENERAL MICROBIOLOGY

2 - APPLIED AND ENVIRONMENTAL MICROBIOLOGY

3 - JOURNAL OF BACTERIOLOGY

4 - JOURNAL OF CLINICAL MICROBIOLOGY

5 - JOURNAL OF MEDICAL VIROLOGY

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6 - MOLECULAR AND GENERAL GENETICS

ÁREA: MORFOLOGIA = 15 títulos financiados

1 - JOURNAL OF CELLULAR PHYSIOLOGY

2 - JOURNAL OF HISTOCHEMISTRY AND CYTOCHEMISTRY 3 - THE ANATOMICAL RECORD 4 - BRAIN RESEARCH 5 - INTERNATIONAL REVIEW OF CYTOLOGY 6 - JOURNAL OF NEURAL TRANSMISSION 7 - VETERINARY MICROBIOLOGY

ÁREA: MÚSICA = 16 títulos financiados

1-MUSICAL TIMES 2 - REVUE MUSICALE

3 - MUSICAL QUARTERLY 4-EARLYMUSIC

5-NOTES 6 - HIGH FIDELITY

ÁREA: OCEANOGRAFIA BIOLÓGICA = 21 títulos financiados

1 - MARINE BIOLOGY 2 - LIMNOLOGY AND OCEANOGRAPHY

3 -ECOLOGY 4- BULLETIN OF MARINE SCIENCE

5 - ADVANCES IN MARINE BIOLOGY

6 - JOURNAL OF MARINE RESEARCH

7 - ESTUARINE COASTAL AND SHELL SCIENCE 8 - JOURNAL OF PHYSICAL OCEANOGRAPHY

ÁREA: ODONTOLOGIA = 92 títulos financiados

1 - JOURNAL OF THE AMERICAN DENTAL ASSOCIATION

2 - JOURNAL OF PERIODONTOLOGY 3 - JOURNAL OF DENTAL RESEARCH

4 -JOURNAL OF PROSTHETIC DENTISTRY

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5 - JOURNAL OF IMMUNOLOGY 6 - JOURNAL OF DENTISTRY FOR CHILDREN 7 - ARCHIVES OF ORAL BIOLOGY 8 - JOURNAL OF DENTAL EDUCATION 9 - AMERICAN JOURNAL OF ORTHODONTICS

10- BRITISH DENTAL JOURNAL 11 - JOURNAL OF ENDODONTICS 12 - ORAL SURGERY, ORAL MEDICINE AND ORAL PATHOLOGY 13-CARIES RESEARCH 14 - QUINTESSENCE INTERNATIONAL 15-AUSTRALIAN DENTAL JOURNAL 16-JOURNAL DE BIOLOGIE BUCCALE 17 - INTERNATIONAL DENTAL JOURNAL 18 - COMMUNITY, DENTISTRY AND ORAL EPIDEMIOLOGY 19 - JOURNAL OF CLINICAL PERIODONTOLOGY 20 - ACTA ODONTOLOGICA SCANDINAVICA 21 - AMERICAN JOURNAL OF DISEASE OF CHILDREN 22 - JOURNAL OF DENTISTRY 23 - JOURNAL OF INFECTIONS DISEASES 24-JOURNAL OF PERIODONTAL RESEARCH 25 - OPERATIVE DENTISTRY 26 - REVISTA DE LA ASSOCIATION ODONTOLOGICA ARGENTINE 27 - THE AMERICAN JOURNAL OF PATHOLOGY 28 - JOURNAL OF ORAL REHABILITATION 29 - JOURNAL OF ORAL MEDICINE 30 - JOURNAL WESTERN SOCIETY OF PERIODONTOLOGY 31 - DENTAL HEALTH 32 - AMERICAN JOURNAL OF ROENTGENOLOGY 33 - INTERNATIONAL ENDODONTIC JOURNAL 34 - INTERNATIONAL JOURNAL OF PERIODONTICS AND RESTORATIVE

DENTISTRY 35 - JOURNAL OF ORAL PATHOLOGY 36 - JOURNAL OF THE DENTAL ASSOCIATION OF SOUTH ÁFRICA 37 - AMERICAN JOURNAL OF CLINICAL PATHOLOGY 38 - JOURNAL OF CLINICAL ORTHODONTICS

ÁREA: PARASITOLOGIA = 10 títulos financiados

1 -JOURNAL OF PARASITOLOGY

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2-PARASITOLOGY 3 - JOURNAL OF HELMINTHOLOGY

4 - BOLETIN CHILENO DE PARASITOLOGIE 5 - JOURNAL OF PROTOZOOLOGY

ÁREA: PSICOLOGIA = 48 títulos financiados

1 - AMERICAN JOURNAL OF PHYSIOLOGY 2-AMERICAN JOURNAL OF PSYCHIATRY 3-AMERICAN PSYCHOLOGIST 4-COGNITION

5 - JOURNAL OF EXPERIMENTAL CHILD PSYCHOLOGY

6 - JOURNAL OF EXPERIMENTAL ANALYSIS OF BEHAVIOR 7-BEHAVIOR THERAPY

8 - JOURNAL OF SOCIAL PSYCHOLOGY 9 - JOURNAL OF EXPERIMENTAL PSYCHOLOGY - GENERAL

10 - JOURNAL OF EXPERIMENTAL PSYCHOLOGY - HUMAN PERCEPTION

11 - BRITISH JOURNAL OF CLINICAL PSYCHOLOGY 12 - ARCHIVES DE PSYCHOLOGIE 13 - CHILD DEVELOPMENT 14 - PSYCHOLOGICAL BULLETIN

15 - PSYCHOLOGICAL REVIEW 16 - PSYCOLOGICAL REVIEWS

17 - JOURNAL OF PERSONALITY AND SOCIAL PSYCHOLOGY 18 - JOURNAL OF CLINICA PSYCHOLOGY

19 - ANNEE PSYCHOLOGIQUE

20 - JOURNAL OF SOCIAL ISSUES 21 - JOURNAL OF OCCUPATIONAL PSYCHOLOGY

22 - JOURNAL OF APPLIED SOCIAL PSYCHOLOGY

23 - PSYCHOLOGICAL RESEARCH

24 - MERRILL PALMER QUARTERLY OF BEHAVIOR AND DEVELOPMENT

ÁREA: QUÍMICA = 162 títulos financiados

1 - JOURNAL OF THE AMERICAN CHEMICAL SOCIETY

2 - ANALYTICAL CHEMISTRY

3 - JOURNAL OF ORGANIC CHEMISTRY 4 - JOURNAL OF CHEMICAL EDUCATION

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5 - TETRAHEDRON LETTERS 6 - JOURNAL OF ORGANOMETALLIC CHEMISTRY 7 - THE JOURNAL OF CHEMICAL PHYSICS 8-SYNTHESIS 9 - JOURNAL OF THE CHEMICAL SOCIETY

10 - JOURNAL OF MEDICINAL PLANT RESEARCH, PLANTA MEDICA 11 - ANALYTICA CHEMICA ACTA 12-TETRAHEDRON

13 - JOURNAL OF CATALYSIS

14-PHYTOCHEMISTRY 15-ANALYST 16 - JOURNAL OF PHYSICAL CHEMISTRY

17 - BULLETIN OF THE CHEMICAL SOCIETY OF JAPAN 18-CHEMICAL REVIEWS

19 - JOURNAL OF COLLOID AND INTERFACE SCIENCE

20 - INORGANIC CHEMISTRY 21 - CANADIAN JOURNAL OF CHEMISTRY

22 - JOURNAL OF NATURAL PRODUCTS

23 - JOURNAL OF PHYSICS E 24 - AUSTRALIAN JOURNAL OF CHEMISTRY 25 - ANGEWANDTE CHEMIE

26 - COLLOID AND POLYMER SCIENCE

27 - ACTA CRYSTALLOGRAPHICA 28 - APPLIED SPECTROSCOPY 29 - JOURNAL OF PHYSICS AND CHEMISTRY OF SOLIDS

30 - ORGANIC SYNTHESES 31 - ACCOUNTS OF CHEMICAL RESEARCH 32 - CORROSION SCIENCE 33 - ACTA CRYSTALLOGRAPHICA 34 - JOURNAL OF CHROMATOGRAPHY

35 - ACTA CHEMICA SCANDINAVICA 36 - INORGANICA CHIMICA ACTA

37 - JOURNAL OF APPLIED POLYMER SCIENCE

38 - MACROMOLECULES 39 - JOURNAL OF RADIOANALYTICAL AND MOLECULAR CHEMISTRY 40 - PURW AND APPLIED CHEMISTRY 41 - CHEMICAL PHYSICS LETTERS 42 - JOURNAL OF THE CHEMICAL SOCIETY

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43 - CARBOHYDRATE RESEARCH

44 - JOURNAL OF THE ELETROCHEMICAL SOCIETY

45 - JOURNAL OF MOLECULAR SPECTROSCOPY

46 - JOURNAL OF ELETROANALYTICAL CHEMISTRY AND INTERFACIAL ELETROCHEMISTRY

47 - JOURNAL OF THE AMERICAN OIL CHEMISTRY SOCIETY 48 - COORDINATION CHEMISTRY REVIEWS 49 - MAKROMOLEKULARE CHEMIE

50 - SYNTHETIC COMMUNICATIONS

51 - JOURNAL OF GAZ CHROMATOGRAPHY 52 - SPECTROCHEMICA ACTA 53 - JOURNAL OF APPLIED ELETROCHEMISTRY 54 - TALANTA

55 - COLLOIDS AND SURFACES 56 - JOURNAL OF LIQUID CHROMATOGRAPHY 57 - BULLETIN OF THE ACADEMY OF SCIENCES OF THE USSR

ÁREA: RECURSOS FLORESTAIS = 28 títulos financiados

1 - BIOTROPICA 2 - TURRIALBA

3 - WOOD SCIENCE 4 - AUSTRALIAN FORESTRY 5 - JOURNAL OF FORESTRY 6-SILVAE GENETICA

7- FOREST SCIENCE

ÁREA: SERVIÇO SOCIAL = 11 títulos financiados

1 - SERVICE SOCIAL DANS LE MONDE 2 - SOCIAL SERVICE REVIEW 3-ACCION CRITICA

ÁREA: SOCIOLOGIA = 28 títulos financiados

1 - ECONOMIC DEVELOPMENT AND CULTURAL CHANGE

2 - THEORY AND SOCIETY

3 - AMERICAN SOCIOLOGICAL REVIEW

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4 - SOCIOLOGICAL REVIEW 5 - SOCIOLOGIE DU TRAVAIL 6-TELOS 7 - BRITISH JOURNAL OF SOCIOLOGY 8 - SOCIAL RESEARCH 9 - REVISTA MEXICANA DE SOCIOLOGIA

10 - INTERNATIONAL JOURNAL OF URBAN AND REGIONAL RESEARCH 11 - PENSAMENTO IBEROAMERICANO

ÁREA: TECNOLOGIA MINERAL = 34 títulos financiados

1 - JOURNAL OF CHEMICAL TECHNOLOGY AND BIOTECHNOLOGY 2 - MATERIALS SCIENCE AND TECHNOLOGY 3 - AMERICAN CERAMIC SOCIETY BULLETIN 4 - TRANSACTIONS/INSTITUTION OF MINING AND METALLURGY 5 - MINERALOGICAL MAGAZINE

6 - INDUSTRIAL MINERALS 7- INDUSTRIE MINERALE 8 - CANADIAN MINING JOURNAL

9 - JOURNAL DE FOUVIER ELETRIQUE

10 - MINERALIUM DEPOSITA

11 - MOLECULAR CRYSTALS AND LIQUID CRYSTALS

12 - SOVIET JOURNAL OF NON FERROUS METALS

13 - FORTSCHRITTE DER MINERALOGIE 14 - JOURNAL OF THE LESS COMMON METALS

ÁREA: TEOLOGIA = 7 títulos financiados

1 - REVUE BIBLIQUE

2 - RECHERCHES DE SCIENCE RELIGIEUSE

ÁREA: ZOOLOGIA = 28 títulos financiados

1-AUK

2 - AMERICAN ZOOLOGIST 3 - COPEIA 4 - JOURNAL OF CRUSTACEAN BIOLOGY 5 - SYSTEMATIC ZOOLOGY

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6 - ENVIRONMENTAL ENTOMOLOGY 7 - MAMMALIA 8 - AUSTRALIAN JOURNAL OF ZOOLOGY 9 - CANADIAN JOURNAL OF ZOOLOGY

10-NEMATOLOGICA 11-MAMMAL REVIEW 12-CRUSTACEANA 13 - JOURNAL OF HERPETOLOGY

14 - BULLETIN OF ZOOLOGICAL NOMENCLATURE

ÁREA: ZOOTECNIA = 27 títulos financiados

1 - JOURNAL OF DAIRY SCIENCE 2-ECOLOGY

3 - POULTRY SCIENCE 4 - JOURNAL OF NUTRITION

5 - THE JOURNAL OF BIOLOGICAL CHEMISTRY 6 - ANIMAL PRODUCTION 7 - BRITISH JOURNAL OF NUTRITION 8-ANIMAL BEHAVIOUR

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RESUMO DAS ATIVIDADES DA REDE BIBLIODATA NO PERÍODO DE SETEMBRO/1987 - ABRIL/1989

Eugênio Decourt

Coordenador da Rede BIBLIODATA

1 ATIVIDADES CONCLUÍDAS OU EM FUNCIONAMENTO

1.1 ESTRATÉGICAS:

- Expansão do equipamento central da FGV, substituindo um IBM 4331 por um IBM-4381, com capacidade maior de armazenamento de dados, velocidade de processamento e telecomunicações.

- Criação da Comissão Consultiva da Rede BIBLIODATA.

- Expansão dos acessos de telecomunicações da FGV/CPD.

Instalação de 8 linhas telex, um circuito RENPAC adicional a comunicação a 1200 bps através da rede telefônica.

- Apoio do MEC/SESU/PNBU através do programa de integração entre as Bi­bliotecas Universitárias Federais para os serviços de Processamento Técni­co Cooperativo.

1.2 ESPECÍFICAS:

- Implantação do Sistema de Autoridades, autores individuais, e entidades co­letivas, da REDE BIBLIODATA. Essa lista será distribuída regularmente as Instituições integrantes da Rede.

- Elaboração das normas adotadas para determinação dos cabeçalhos de as­sunto (versão preliminar) da Rede.

- Criação de Bibliografia, sob forma de microfichas, das publicações periódicas incluídas no Banco de Dados (título e artigos).

- Desenvolvimento do programa de comunicação (FGVCOM) para acesso e consulta ao Banco de Dados da FGV. Esse programa funciona em qualquer microcomputador da linha IBM-PC ou compatível. Permite a consulta a Base de Dados Numérica (RESETE) e a Base de Dados Bibliográficos (CALCO).

- Desenvolvimento do Sistema de Disseminção Seletiva de Índices.

- Cursos básicos em informática para Instituições integrantes da Rede BI­BLIODATA. Formação do bibliotecário.

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- Desenvolvimento do novo programa de Entrada de Dados, para linha IBM-PC ou compatível, estruturado de forma paramétrica para permitir total flexibi­lidade na construção de formatos de registros para novos materiais (carto­gráfico, sonoro, manuscrito, etc).

- Coversão da fita CALCO de Intercâmbio para o Sistema Micro-lsis. - Fornecimento da fita CALCO - Intercâmbio para a Library of Congress.

2 ESTATÍSTICA (11 /ABRIL/89)

Itens Catalogados

Autoridades

Atualização Mensal de Autoridades Cabeçalhos de Assunto Disquetes processados por semana Artigos de Periódicos Itens novos catalogados p/mês

Percentagem de Cooperação

(vide Gráficos em anexo)

3 ATIVIDADES PLANEJADAS

3.1 EM ANDAMENTO:

- Emissão de fichas e etiquetas a partir do Banco de Dados. Irá permitir a saída das fichas ordenadas alfabeticamente.

- Elaboração das Bibliografias diretamente a partir do Banco de Dados.

- Elaboração do programa para facilidade e controle de dados de patrimô­nio. Teste final (8bit/16bit).

- Implementação da Linguagem Comum de Comandos (LAMBDA) para o acesso a Base de Dados Bibliográficos (CALCO).

- Conversão do atual Sistema de Cabeçalho de Assunto para o Sistema de Autoridades que abrigará além de Autores individuais e Entidades Coletivas, os Cabeçalhos de Assunto.

- Normas adotadas para elaboração de Autoridades.

270.000 26.000

1.600 54.000

60 10.500

4.000

16%

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3.2 EM ESTUDO:

Estatística do Banco de Dados. Entrada e Crítica de dados parametrizada, de forma a permitir o trata­

mento de novos tipos de materiais (cartográfico, sonoro, manuscrito, etc).

Disseminação Seletiva de Informações (DSI). Apoio ao desenvolvimento de "software" local para consulta (UFSC). Apoio para conversão de dados dos sistemas da UFMG e UNB. Correio Eletrônico como suporte da Rede: empréstimo, acesso ao do­cumento, solicitação de acertos etc.

Uso de novas tecnologias: CD-ROM, FACSIMILES, Sistemas Especia­lizados (IA), código de barras etc. Integração com a Rede da BIREME.

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REDE BIBLIODATA / CALCO Porcentagem na cooperativa

REDE BIBLIODATA / CALCO

Total de itens registrados

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REDE BIBLIODATA / CALCO Crescimento anual

REDE BIBLIODATA / CALCO

Títulos cooperados

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II SIMPÓSIO SOBRE ARQUITETURA

DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS

PRESIDENTE: ANTÔNIO MIRANDA (UnB)

RELATOR: JOSÉ FREIRE FERREIRA (UFPa)

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Projeto do prédio da Biblioteca Central da Universidade Federal de Goiás

llza Vitorio Rocha

Arquiteta. Profª do Deptº Artes

Universidade Católica de Goiás

DADOS GERAIS

Área construída = 7.300 m2

Autores do projeto de arquitetura: llza Vitório Rocha/ETA/UFG

Sinval Martins de Paiva/ETA/UFG Luís Osório Leão/MARCO-Edificações e Projetos Ltda

Luís Márcio U. Lobo/MARCO-Edificações e Projetos Ltda

Construção: Construtora EBEG Ltda

ÍNDICES UTILIZADOS NO DIMENSIONAMENTO DOS AMBIENTES

. Acervo de livros e periódicos encadernados = 8,36 m2/1000 volumes

. Depósito fechado de livros = 150 vol/m2

. Área de leitura: 2,30 m2 para leitor aluno de graduação 2,80 m2 para leitor aluno de pós-graduação e professor

. membro do "staff" = 6,00 m2 p/pessoa

CAPACIDADE DE ATENDIMENTO

. N9 de volumes por aluno = 25

. N9 total de volumes (25 x 8000) = 200.000

. N9 Acomodação p/10% do total de alunos = 800 lugares

DISTRIBUIÇÃO DOS VOLUMES E LEITORES POR COLEÇÃO

. Coleção Geral - 80.000 vol - 200 leitores

. Coleção de Referência - 15.000 vol - 150 leitores

. Coleção em Reserva - 5.000 vol - 150 leitores

. Coleções Especiais - 10.000 vol - 50 leitores

. Periódicos (3000 títulos) - 90.000 vol - 200 leitores

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LOCALIZAÇÃO

O prédio da Biblioteca Central da Universidade Federal de Goiás está locali­zado no Campus Samambaia, distante 12 km do centro de Goiânia. Esse edifício compõe, em conjunto com os espaços destinados à Reitoria, ao Museu Antropoló­gico e ao Instituto de Artes (já construído) a estrutura ambiental mais importante do Campus, por suas atividades e características essencialmente comunitárias.

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IMPLANTAÇÃO

O grande desafio a ser vencido quando da definição do partido arquitetônico foi o de compatibilizar as diferentes necessidades de acesso dos usuários (os pe­destres e os que utilizam seus veículos) com um único controle de entrada e saída. A solução encontrada foi através da utilização da declividade do terreno, remane-jando-se curvas de nível e que permitiu que o prédio fosse implantado em dois níveis térreos.

Foram, ainda, condicionantes do partido adotado as diretrizes contidas no Plano Diretor Físico do Campus Samambaia, relativas ao índice de ocupação da quadra (áreas construídas, estacionamentos, áreas livres), aos recuos e altura dos edifícios, à integração do prédio com as vias de pedestres, com a paisagem local, com os edifícios mais próximos.

ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL

A distribuição dos ambientes que compõem o prédio, definidos no Programa

de Necessidades, obedeceu aos seguintes critérios:

. priorização dos espaços de uso público, em termos de qualidade, quan­

tidade, facilidade de acesso);

. racionalização do fluxo do processamento técnico;

. criação de espaços de uso comunitário (auditório-sala de leitura informal-cantina), independentes do controle administrativo da Biblioteca.

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Nesse sentido, no Térreo I, com acesso direto pelo estacionamento, foram

localizados na ala esquerda do prédio o acesso de serviço e parte do processa­

mento técnico 1; na ala direita, a cantina 2, o auditório 3,1 sala de leitura informal 4.

TERREO 1

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No Térreo II, através do acesso principal do prédio encontra-se o saguão 5, com o balcão de empréstimos 6, catálogo coletivo 7 coleção de referência 8 e parte da coleção geral 9, além dos outros ambientes destinados ao processamento técnico 10.

TERREO II

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No 1º Pavimento estão localizadas as coleções em reserva 11, coleção ge­ral 12, coleções especiais 13, mapas e atlas 14 e os multimeios (audição-projeção-microformas) 15; também nesse pavimento localizamos 2 salas de aulas 16 desti­nadas aos cursos promovidos pela Biblioteca Central e que também servem de apoio aos alunos do curso de Biblioteconomia.

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Finalmente, o último pavimento abriga a administração da Biblioteca Central 17 e a coleção de periódicos 18 com seu processamento técnico 19 e área de lei­tura 20.

2º PAV.

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CONFORTO AMBIENTAL Considerando as características climáticas da cidade de Goiânia, cuja tem­

peratura média anual se situa na faixa de 25 a 30 graus e umidade relativa do ar bastante baixa chegando no pique do periódico seco a atingir 20%, procuramos criar condições para que a ventilação natural fosse garantida e protegendo os am­bientes da insolação direta com a utilização de brises verticais na fachada sul e brises verticais e horizontais nas fachadas norte e oeste.

Os brises da fachada sul foram dimensionados para, além da proteção con­tra a insolação, permitirem o acesso visual à paisagem local emoldurada por uma vista panorâmica da cidade de Goiânia. Na elaboração do lay-out situamos as áreas destinadas à leitura, preferencialmente, junto a essa fachada a fim de garan­tir as melhores condições de iluminação e ventilação natural aos usuários.

Uma atenção especial foi dispensada à locomoção do deficiente físico que, desde o estacionamento ou pela via de pedestre, pode atingir o prédio através de rampas e se utilizar do elevador localizado na ala técnica-administrativa para cir­cular pelos quatro pavimentos do prédio.

SEGURANÇA CONTRA ROUBO

Aspecto exaustivamente discutido e assunto presente em todas as reuniões realizada sobre Bibliotecas de forma geral, também mereceu de nossa parte horas e horas de reflexão e tentativa de solução a nivel do projeto de arquitetura.

Estudando, analisando e, sobretudo, indagando sobre as soluções propos­tas e concretizadas em diversos prédios já construídos, constatamos que essas soluções na verdade não eliminaram o problema de roubo e destruição do material bibliográfico. Nem mesmo a utilização de grades nas janelas e guarda-volumes tem impedido a ação desses predadores.

Assim, concluímos que mais eficiente que qualquer barreira física é a ação educativa - permanente, contínua, decisiva - que busque ao invés de reprimir, conscientizar. Nesse 'sentido, sugerimos que as Universidade promovam, siste­maticamente, campanhas educativas sobre o roubo nas Bibliotecas, junto aos seus alunos e professores mas, principalmente, junto à comunidade, veiculando através de televisão, da imprensa e do rádio, mensagens sobre a importância da Biblioteca e a responsabilidade de cada um pela sua conservação e preservação.

No projeto de nossa Biblioteca, optamos por garantir aos usuários ambientes amplos, bem iluminados e ventilados, livres de grades e pela criação de espaços comunitários, abertos, coloridos, integrados à vegetação natural local que convida ao estudo, à pesquisa, à reflexão, quem sabe, à conscientizarão de nossos jovens sobre sua participação na construção de uma verdadeira nação brasileira.

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PROJETO DO PRÉDIO DA BIBLIOTECA CENTRAL DA UNICAMP (RESUMO)

Cláudio Mafra Mosqueira Arquiteto/UFJF

INTRODUÇÃO

O edifício vem atender a uma demanda de área física e à necessidade de recionalização administrativa.

A área total das 13 bibliotecas seccionais da Unicamp é de 3200 m2 para uma população de 16000 pessoas. Esse espaço é um pouco maior do que o re­comendável apenas para leitura - 2900 m2.

O edifício concentrará serviços administrativos, técnicos e de atendimento ao público, além de parte considerável do acervo de livros. Serão oferecidas me­lhores condições para leitura, pesquisa bibliográfica, disseminação seletiva de in­formações além de instalações para multimeios, auditório, sala para seminários e serviços gerais de apoio (restauração, reprografia, cantina, etc). reprografia, cantina etc).

As novas instalações permitirão maior eficiência administrativa do Sistema de Bibliotecas e a realização de convênios com entidades científicas e culturais, proporcionando um programação de eventos importantes para o desenvolvimento do ensino e da pesquisa.

O PROJETO

A idéia fundamental foi criar uma : biblioteca que fosse vista também inter namente, isto é, que mostrasse ao público os setores de serviços. A intenção é permitir a visão dessas atividades e consequentemente sua inclusão na vivência do usuário.

Propôe-se uma ambientação descontraída, incorporando elementos constru­tivos e de instalação-vigas, pilares, dutos de ar. As paredes seriam suporte para informações - gráficos, cartazes etc - que incentivem o estudo, a leitura, a pesqui­sa. A intenção é de se criar uma ambientação condizente com a vocação da Uni­camp para a pesquisa de ponta. Esse tratamento dinâmico do espaço seria con­centrado nas áreas de Circulação e Referência, tornando a biblioteca mais comu-nicativa e atraente.

Em termos de concepção vale ressaltar os seguintes aspectos:

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1 - ESTRUTURA:

Concreto pré-fabricado, incorporada à ambientação; vãos de 10x10m, permi­tindo total flexibilidade no posicionamento de paredes, divisórias e mobiliário;

2 - INSTALAÇÕES: Sistema de calhas ao longo do prédio e forro removível permitam flexibilidade para ampliações e remanejamentos;

3 - CONFORTO AMBIENTAL

- venezianas móveis permitem ventilação cruzada; - brises protegem da incidência direta do sol;

- climatização das áreas de serviços técnicos, seminários, áudio visual e au­ditório.

4-CIRCULAÇÕES:

- circulações principais junto à lateral do edifício, permitindo iluminação, venti­lação e vista do exterior;

- circulações verticais em torres independentes;

- grandes halls para distribuição do tráfego;

5 - PAVIMENTOS/BLOCOS:

O edifício foi concebido em cinco níveis: - sub-solo - térreo

- 1 º , 2ºe3º pavimentos; Foi organizado em três blocos, acompanhando a curvatura do terreno: - Asa direita - Asa esquerda - Núcleo

ASA DIREITA

Concentramos ai a maior parte do acervo e áreas de leitura.

No sub-solo está o auditório.

ASA ESQUERDA

Destinada aos serviços técnicos 1º e 2º pavimentos - audio visual - 3º pavi­mento e serviços gerais (restauração, depósito, etc) no sub-solo;

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NÚCLEO

Estão aí os halls para distribuição do tráfego para as asas.

No sub-solo, o hall de serviço; no térreo, grande hall/exposições e guarda-volumes; no 1º pavimento há o hall de atendimento ao público, com os serviços de Circulação/Referência e Catálogos; no 2º, leitura individual e Cabines para grupos de 5 ou 6 pessoas; no 3º, coleções especiais e obras raras.

PRINCIPAIS DADOS REFERENTES AO EDIFÍCIO

1-ÁREAS -Área útil total: -Área para acervo: -Área para leitura: -Área para administração

e serviços técnicos -Área para halls, circulações,

estar, exposições

8500 m2

1500m2

2200 m2

1800m2

1400m2

2-ACERVO

- Livros/coleção geral

- Periódicos - Coleções especiais/O.raras

- Coleção de Referência

70000 vol 30000 vol 25000 vol 10000 vol

TOTAL 135000 vol

- Multimeios (em formação) Microformas, discos, fitas, fitas de vídeo, mapas, filmes, fotos etc.

- Documentos diversos em separatas

- Pinturas, gravuras etc.

3-USUÁRIOS

- Usuários em potencial: 25000

- Nº de assentos: leitura geral: 700 leitura em Cabines: 100 auditório/seminário: 250

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4 - DIMENSIONAMENTO/INDICES - Acervo geral:

- ocupação normal: 140 vol/m2

- saturação: 200 vol/m2

- col. de Referência: 130 vol/m2

- Nº de empréstimos diários previstos: 1500 vol - leitura: 2,2 m2/ leitor (indice médio)

5 - EQUIPAMENTOS/INSTALAÇÕES ESPECIAIS

- Audio visual/microformas - Auditório

- Microcomputadores - videocassetes - Ar condicionado (cerca de 2500m2) - Elevador (01) - Monta-cargas (01)

CONCLUSÃO

No geral, a proposta apresenta como inovação um prédio em concreto pré-moldado - o que não deixa de ser um desafio em se tratando de uma biblioteca desse porte (1) - e a criação de espaços amplos, transparentes e inclusive com possibilidade de leitura ao ar livre (no terraço). Há também o aspecto de integração com a comunidade, facilitada pela localização do prédio - próxima ao restaurante universitário - e pelos espaços que permitem conversação informal além de ofere­cerem um clima de desconcentração e conforto.

A incorporação da estrutura de concreto aos ambientes busca criar uma at­mosfera de verdade e arrojo técnico sem aspectos representativos do atual estágio de desenvolvimento da Unicamp.

(1) Há uma perda de aproximadamente 1m2 junto a cada pilar, o que significa 0,8%

da área total (=68m2) e equivale a cerca de 65 mil cruzados novos (o custo

total do prédio seria de aprox. um milhão e quinhentos mil cruzados novos).

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ANTEPROJETO DE CONSTRUÇÃO DA NOVA SEDE PARA A BIBLIOTECA

CENTRAL DA UNIFOR

Paulo Régis Assumpção Arquiteto

Leonilha Maria Brasileiro de Oliveira Bibliotecária

Introdução

A Universidade de Fortaleza, criada pela Fundação Edson Queiroz em 1971, começou suas atividades acadêmicas em março de 1973. Concebida, desde o princípio, como um projeto global num único "Campus" Universitário, a UNIFOR abriu com 16 cursos e 4 Centros de Ciências, prevendo-se metas de ampliação fí­sica gradual em três fases (Coelho, Universidade de Fortaleza s/d, pág. 23)

Na primeira fase, como condição "sine quo", foi erguido, no centro do "cam­pus", o prédio da Biblioteca Central José Dias Macêdo que, no entanto, abrigou até 1980, no segundo andar, também as dependências da Reitoria, ficando-lhe reser­vado o espaço térreo, numa área de 1936,36m2.

A partir da criação da Biblioteca Central até 1980, o acervo de livros e perió­dicos teve um crescimento constante, através de um processo de aquisição regu­lar, embora este se tenha desenvolvido aleatoriamente, uma vez que todas as áreas de ciências e os respectivos cursos precisavam, de qualquer maneira rece­ber obras básicas.

Com o aumento acentuado do corpo discente, principalmente a partir de 1975, quando foram introduzidos dois vestibulares por ano, o número de alunos estabeleceu-se, de 1979 a 1982, em torno de 10.500, enquanto o número de volu­mes da Biblioteca aumentou para mais de 24.000. (Vide Quadro 1).

No entanto, nos anos de 1979 e 1980 verificou-se uma queda sensível nas consultas, tanto no setor de empréstimos quanto no de periódicos. (Vide Quadro 1). Este fenômeno se explica quando se sabe que a Biblioteca Central dispunha de apenas duas bibiotecárias que só puderam se dedicar ao registro de entrada dos livros e à orietação do empréstimo no turno diurno noturno. Conseqüentemente o acervo, até então, se encontrava apenas com o registro de entrada e separado por

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área de ciência, sem outro tratamento técnico especializado em termos de classifi­cação e etiquetagem.

Com base nesta situação e tendo a Reitoria, em 1980, sido transferido para edificação própria, a Administração superior da Universidade empreendeu, em 1981, a execução do projeto chamado "Atualização do Acervo" que, na verdade, respresentava, de um lado, o redimensionamento físico, já que a Biblioteca iria ocupar o espaço originalmente lhe destinado, e por outro lado significava a organi­zação técnica do acervo.

Assim, uma equipe de 25 técnicos em biblioteconomia e auxiliares, em regi­me de serviços prestados, executou, de 19.01.81 a 15.12.81, a classificação e catalogação de todo o material bibliográfico existente. Foi nesta oportunidade, que o Setor de Periódicos ocupou o andar superior da Biblioteca, onde foram também instaladas as salas da chefia e do setor técnico, ocupando, em conjunto, uma área de 367,68 m2.

Com o melhor aproveitamento da parte térrea e criados os Setor de Consulta (86,62m2) e Salas de Leitura (186,70m2), o espaço físico destinado ao acervo foi duplicado, sendo os livros acondicionados em centenas de estantes de ferro pa­dronizadas.

Iniciada esta segunda etapa, verificou-se que o uso do serviços da biblioteca aumetou substancialmente: os empréstimos subiram de 10.531 em 1980, para 23.894 em 1981, isto ainda durante o ano da "Atualização", alcançando em 1982 34.176 empréstimos, enquanto o número de inscrição de leitores passou de 596, em 1980, para 2.365 em 1981.

A segunda fase caracterizou-se por uma organização interna do serviço técnico, consulbstanciado na implantação definitiva do serviço de permuta, espe­cialização de uma bibliotecária para o setor de periódicos e aumento constante de titulo do acervo. Para a aquisição de novos títulos, houve, em 1982, a participação explícita dos professores que, por Centro e por Departamento, procederam a uma revisão da bibliografia de suas respectivas disciplinas, confrontando-a com a dis­ponibilidade do acervo da biblioteca. A partir deste levantamento foi possível di­mensionar, com relativa precisão e por disciplinas, as lacunas existentes nos títu­los em cada área de ciências.

No mesmo período iniciaram-se os primeiros estudos sobre a automação e informatização dos serviços, principalmente do registro, do empréstimo e para fins de divulgação por área. Apesar de ter havido intercâmbio intensivo com expe­riências de implantação de automação em bibliotecas de grande porte, principal­mente no centro-sul do país e participação em congressos específicos sobre o as­sunto, a UNIFOR, até hoje, não se definia para nenhum tipo determinado de auto-

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mação, embora esteja convencida que tal caminho é inevitável e necessário. Ad­quiriu para tanto, no início de 1988, um microcomputador e solicitou a orientação de um analista.

Preocupada com a melhora quantitativa e qualitativa da Biblioteca, a Admi­nistração Superior da Universidade convidou, em julho de 1986, a professora Maria Carmem Romcy de Carvalho, do Instituto Brasileiro de Informação, Ciência e Tec­nologia - IBICT, para a execução de uma consultoria na Biblioteca Central. Com a participação das então bibliotecárias, o trabalho teve por objetivo "levantar dados do acervo de livros e periódicos, tendo em vista a elaboração e análise de indica­dores e padrões e sugerir diretrizes para plano de desenvolvimento do acervo a médio prazo".

Nas sugestões e comentários de referidas Consultoria ficou clara a necessi­dade de incrementar os títulos de livros dos cursos novos, Turismo, Fonoaudiolo­gia, Psicologia e Informática, bem como dos cursos de Educação Física, Fisiotera­pia e Direito, estes últimos por não oferecerem um título do Núcleo Específico por aluno. Sugeriu ainda a duplicação de determinados títulos para melhor atendimento aos usuários. Quanto ao espaço físico, o Relatório de Consultoria recomendou a ampliação de oferta de assuntos para os usuários, bem como do mobiliário para armazenamento do material bibliográfico. Deu ainda sugestões sobre a iluminação de vários ambientes.

Se a Consultoria da Profª Carmem Romcy avaliou, com muita propriedade, o aspecto qualitativo do acervo, a Universidade, hoje, se vê às voltas, de um lado, com o espaço físico já totalmente ocupado e, de outro lado, com problemas técni­cos de difícil solução na situação física atual.

Foi por isso que, em março de 1988, a Biblioteca Central recebeu a asses­soria do Consultor Antonio Miranda Lisboa de Carvalho, Chefe do Departamento de Biblioteconomia da UnB, para, juntamente com a equipe de bibliotecárias, elabo­rar um estudo de proposta de projeto de uma nova Biblioteca, dentro das normas recomendadas de distribuição de ambientes e de projeção de espaço físico para o futuro.

O presente ante-projeto configura o resultado deste estudo.

Justificativa

Tendo em vista o crescimento constante do corpo discente da Universidade de Fortaleza, chegando no segundo semestre de 1986 a ultrapassar 14.000 alu­nos, aumentou igualmente o uso da Biblioteca, principalmente nos setores de em­préstimo, de consulta e de leitura livre. Esta tendência inevitavelmente deverá se fortalecer, uma vez que os quatro cursos recém criados de Turismo, Fonoaudiolo­gia, Psicologia e Informática ampliam gradativamente o fluxo de alunos e professo-

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res para a Biblioteca. De tal sorte que, hoje, a UNIFOR se defronto com a neces­sidade de expansão urgente de sua Biblioteca Central e conseqüentemente, a par­tir da tendência registrada, com a necessidade de ampliar e diversificar os seus serviços.

Por isso, partindo-se do princípio que a Biblioteca representa a infra-estrutu­ra básica para o estímulo e desenvolvimento de qualquer produção científica, seja a nível de especialização ou de pesquisa, ela requer capacidade científica e auto­nomia tecnológica para prestar serviços imediatos e a curto prazo aos seus usuá­rios.

Considerando que o aumento da demanda de todos os setores vitais da Bi­blioteca, obriga a uma ampliação necessária e criteriosa do espaço físico, baseado num padrão de crescimento projetado para esta Universidade nos proximos decê­nios.

Levando em consideração que a UNESCO estabelece como parâmetro a proporção de 40 livros/alunos, a nível internacional e tendo, no caso da UNIFOR, a proporção de 4 livros/ alunos, propõe-se um padrão médio a atingir de 10 livros/a­lunos.

Considerando que, a partir de estudos técnicos nacionais e locais, há ne­cessidade de redimensionamento também da relação da área para o pessoal ad­ministrativo e melhor acomodação, recomendada pela auditoria técnica, principal­mente quanto à temperatura-ambiente e ventilação;

Considerando que a implantação gradual de cursos de pós-graduação e conseqüente implementação da pesquisa exige, além de livros básicos, igualmente a aquisição, em grau crescente, de livros técnicos e periódicos especializados, exigindo também ampliação considerável do acervo documental com respectivos espaços;

Visto ainda, que o processo de automação, há anos em estudo e, em 1988, iniciado com a aquisição de um microcomputador SCOPUS, deverá ser implantado agora definitivamente em todas as fases, desde a aquisição e catalogação até o empréstimo;

Considerando, também, que para o conhecimento do acervo, por parte de alunos e professores, se pretende reestruturar o atendimento ao usuário, através do livre acesso ao acervo de livros e periódicos com respectivas áreas anexas pa­ra leitura;

E é aqui se caracteriza a mudança maior, um novo conceito, saimos sistema de armazenamento e empréstimo catalogado para uma biblioteca de livre acesso, em condições de multiplicar em muito os benefícios, simplificando e permitindo o contacto direto com o livro legado até agora peto contato a uma ficha.

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Conclui-se que a construção de um novo prédio se torna imprescindível e imperiosa, a fim de que a Biblioteca Central possa abrigar todos os serviços redi-mensionados, assim como os novos a serem criados em decorrência daqueles, conforme elencados no item 4.

1 OBJETIVOS

O Presente estudo, a partir das considerações formuladas acima, pretende: 1.1. Detalhar quantitativo e qualitativamente o programa para construção do

novo prédio para a Biblioteca Central da Universidade de Fortaleza;

1.2. Propor a otimização dos serviços inerentes a uma Biblioteca moderna e central, na reformulação de novos conceitos;

1.3. Demonstrar as condições de intensificação da utilização da Biblioteca Central da UNIFOR, pelo corpo docente e discente, a fim de implementar a produ­ção científica, a nível de graduação, pós-graduação e pesquisa.

2 O PARTIDO

Atendendo à orientação e discussão mantidas com o Consultor Antonio Mi­randa Lisboa de Carvalho e às exigências técnico-cientfficas de segurança e esté­ticas, foram levadas em consideração as seguintes recomendações de natureza técnico-arquitetônica.

2.1. Localização

O novo prédio da Biblioteca Central está projetado num local aprasível e arejado, cercado de coqueiros e outro tipo de arbonização. Situa-se próximo à Di­visão de Assuntos Estudantis - DAE, freqüentada por todos os alunos em função da vida acadêmica, equidistantes dos Centros de Ciências Administrativas e Hu­manas, de um lado e o Centro de Ciências Tecnológicas, do outro, enquanto o Centro de Ciências da Saúde e da Natureza estão localizados ao oeste daquelas linha.

A área em questão tem-se acesso, de todos os lados, por vias asfaltadas, facilitando a articulação com o sistema de transporte de pessoal ede carga e pre­vê uma grande área em seu entorno a ser utilizada por praças e áreas verde de projeção aos ruidos provenientes de outras áreas.

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2.2. Dimensionamento

A área física calculada para a Biblioteca Centrai é de 4.900m2 ambientes ver anexo 1 e 2, desenvolvida horizontalmente apesar de 2(dois) pavimentos, mede 84 metros na dimensão maior e 37,5 metros na menor.

2.3. Estrutura e Técnicas Construtivas

A solução do Edifício foi sugerida em dois pavimentos de áreas mais ou me­nos iguais, sendo que o primeiro menor que o segundo, de forma a receber a pro­teção do pavimento superior tendo no primeiro pavimento acomodados provocanda pelos balanços deste (marquise) os serviços principais, direção, processos técni­cos, etc. E no segundo (superior) o acervo mor e o setor de periódicos.

Uma edificação eminentemente horizontal, onde se procuravas soluções adequadas ao nosso clima, estudando-se elementos que pudessem minimizar ao máximo a penetração direta de sol, tais como pergolas e marquises pois este fator é por demais prejudicial às encadernações e ao papel e incômoda aos leitores. Recomendamos que os vidros fossem, de cor (fumê ou pro-sol) e utilizados com a proteção adequada a cada ambiente.

As soluções de estrutura e técnicas construtivas, baseam-se no sistema convencional de concreto armado, estudado na modulação adequada para que fossem evitados grandes vãos porém construído com a capacidade para suportar um peso bruto de 750kg/m2, a fim de dar flexibilidade de uso com possibilidades de colocar estantes de livros em qualquer parte do edifício.

Sugerimos a utilização de reboco nas lajes alvenaria de tijolo branco (de diatomita) nas paredes externas e o tijolo cerâmico (furado) para as paredes inter­nas, pois teríamos externamente maior controle térmico e mais segurança e infil­trações causadas por paredes de tijolo cerâmico não impermeabilizados. Por fim, as considerações arquitetônicas de forma geral foram, criadas mais pela dimensão da obra do que por elementos arquitetônicos mirabolantes ou "plásticos formais" que encareçarem a obra. Buscando-se a eficiência maior na proporção entre os espaços úteis e não úteis, sem desperdícios.

2.4 Iluminação, Acústica e Ventilação

A iluminação suficientemente difusa e de intensidade apropriada a cada área de trabalho, buscou-se um tipo de luminária que proporcione uma luz sem brilho e disposta de forma a que se possa ter uma iluminação uniforme em todas as áreas

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públicas, de modo que as estantes de livro e acomodações para leitura pudessem ser dispotas em qualquer posição desejada.

De uma maneira geral as áreas públicas e de estudo e de trabalho de uma biblioteca não são barulhentas, porém o silêncio não deixa de ser uma preocupa­ção, minimizando-se dentro do possível ruídos no edifício, com preocupações maiores quanto ao forro e ao piso, assim como e equipamento mecânico do siste­ma de refrigeração, para se evite a penetração do ruído através do sistema, em áreas onde os ruídos podem distrair o pessoal ocupado em trabalhos que exigem muita concentração.

A preocupação com a ventilação ou conforto ambiental mereceu uma aten­ção redobrada, considerando-se o clima do nordeste e a problemática específica de uma biblioteca, onde grandes aberturas trazem problemas com a umidades e com a chuva e ventos fortes, e pequenas aberturas elevam bastante a temperatura ambiente.

A inviabilidade de custos para a solução de refrigeração total da biblioteca, nos levou a considerar a opção de ventilação natural e reforçada por ventiladores de teto disposta com a especial atenção junto a iluminação (efeito estromboscó-pio). Porém não se deixou de considerar na solução arquitetônica, disposições que permitam ventilação natural contínua, proporcionada por uma ventilação cruzada contínua e renovada (ver justificativa do local de implantação).

3 ANEXOS

3.1. Distribuição do programa de ambientes, mobilia e pessoal (Anexo 1) 3.2. Discriminação dos Ambientes e pré-dimensionamento.

3.3. Planta baixa esquemática da Biblioteca existente. 3.4. Planta baixa pav. térreo do novo projeto. 3.5. Planta baixa pav. superior do novo projeto. 3.6. Fachadas e corte esquemático do novo projeto.

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ANEXO - 01 RELAÇÃO DE AMBIENTES com Pré-Dimensionamento

01 -02-03-04-05-06-07-08-09-10-11 -12-13-14-15-16-17-18-19-20-21-22-23-24-25-26-27-28-29-30-31 -32-32-33-34-

- Portaria (Floyer) usuários - Portaria p/ funcionários (Cont, Ponto) - Saguão de Atendimento - Área para catálogos (fichário) - Guarda Volumes - Xerox - Cabines Telefônicas - Tesouraria - Sala Bibliotecária do Empréstimo - Setor de Auxiliares do Empréstimo - Banheiros Coletivos Masculino - Banheiros Coletivos Feminino - Bebedouros - Área de Estudo (LEITURA LIVRE) - Coleção de Referência-Cativa (REFERÊNCIA) - Sala Bibliotecária da Referência - Sala da Coordenação - Secretária da Coordenação / Espera - Depósito p/ Catálogo - Sala de Procedimentos Técnicos (Catai. /Class.) - Setor de Recebimento e Intercâmbio - Almoxarifado -Copa - Descanso - Banheiro Funcionários Masculino - Banheiros Funcionários Feminino - Sala para Computação - Coleções AUDIO-VISUAIS - Fitoteca /EQUIPAMENTOS - Sala de Projeção - Coleções ESPECIAIS - Coleção GERAL (ACERVO) - Coleção de PERIÓDICOS - Escadas - EXPOSIÇÕES

- 100,00 m2

30,00 m2

- 150,00 m2

- 50,00 m2

- 40,00 m2

- 40,00 m2

- 30,00 m2

15,00 m2

- 20,00 m2

- 30,00 m2

15,00 m2

- 15.00 m2

10,00 m2

- 500,00 m2

- 500,00 m2

15,00 m2

- 30,00 m2

- 30,00 m2

- 10,00m2

- 160,00 m2

- 100.00 m2

10,00 m2

- 20,00 m2

- 20,00 m2

15,00 m2

- 15,00 m2

- 30,00 m2

- 80,00 m2

- 20,00 m2

- 60,00 m2

- 100,00 m2

- 1.700,00 m2

- 500,00 m2

- 30,00 m2

- 200,00 m2

Sub-Total (área útil) = 4.690,00 m2

Área Construída (acréscimo de 10%) = 5.000,00 m2

* Área prevista da obra; O primeiro projeto : 5.021,52 m2

Área da Reforma Completa: 4.837,70 m2

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PROJETO DAS BIBLIOTECAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

Norma de Oliveira Cavalcanti de Albuquerque Arquiteta Márcia Maria Pinheiro de Oliveira Arquiteta Claudia Moreno Bellas Arquiteta

1 CONSIDERAÇÕES GERAIS :

A Universidade Federal Fluminense foi criada em 18/12/1960, através da in­corporação de instituições federais, estaduais e particulares existentes na cidade de Niterói, então capital do antigo Estado do Rio de Janeiro.

Ao longo de quase um década, a Universidade desenvolveu suas atividades utilizando-se das edificações, difundidas na malha urbana, a ela incorporada atra­vés da sua formação. Tendo, entretanto, em 1969, adotado integralmente os prin­cípios da Reforma Universitária, a UFF expandiu suas atividades, encontrando grandes dificuldades pelas suas limitações de áreas física e pela complexidade dos fluxos resultantes de suas edificações dispersas. Para equacionar esta pro­blemática tornou-se imperioso a implantação do Campus Universitário.

Estudos procedidos de 1974 a 1980, pela Universidade definiram a adoção de um Campos Urbano, projetaram uma meta de 23.000 alunos e estabeleceram diretrizes para implantação do Campus. Tais estudos culminaram, após a desa­propriação de áreas específicas para a construção do Campus Universitário, no Anteprojeto do Campus.

Nesta oportunidade, após a efetuação de um Diagnóstico, ao estabeleci­mento de um Plano Diretor e ao levantamento preliminar de um Programa de Ne­cessidades da Universidade, pode-se configura não apenas o anteprojeto de im­plantação bem como das edificações que comporiam o Campus Universitário.

Da visão macroscópica do Campus resumida no Anteprojeto viabilizou-se o desenvolvimento coordenado dos projetos executivos, concretizados através da participação da Universidade no convênio MEC-BID III, desde inicio da década de 1980.

No caso específico das Bibliotecas da Universidade ao serem procedidos os estudos iniciais, a Comissão encarregada de estabelecer as diretrizes para as mesmas, formadas por técnicos do N.D.C. - Núcleo de Documentação e por técni­cos do Escritório Técnico do Campus, órgãos da Universidade, concluiram que as diversas bibliotecas existentes na Universidade deveriam, no Campus, ser unifica­das em Bibliotecas Centrais. 2 LOCALIZAÇÃO:

A estruturação espacial do Campus considerou que, além das áreas deno­minadas do Gragoatá e da Praia Vermelha, obtidas para a construção do Campus, a área a estas duas contíguas, denominada do Valonguinho, pertencente a Univer­sidade desde o processo de sua formação e que possui diversas edificações da instituição, formariam as três principais áreas do Campus.

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Na avaliação do posicionamento dos diferentes setores que constituiriam o Campus, o Setor de Ciências Sociais Aplicadas e o de Ciências Humanas, Letras e Artes, por serem os que atendem mais amplamente a comunidade acadêmica, fi­caram localizados, juntamente com o Setor de Administração Central e o de Es­portes, na área do Gragoatá, a mais central, de maiores dimensões e melhores condições fisiográficas. A área do Valonguinho recebeu o Setor de Ciências da Saúde, por ser a mais próxima do Hospital Universitário. E a área da Praia Ver­melha por servizinha ao terreno das edificações do Centro Tecnológico, alocou o Setor de Ciências Exatas e Tecnologia, além de nela ter-se preservado uma área livre - o Setor de Reserva.

Consequentemente, cada uma das três áreas integrantes do Campus Uni­

versitário receberam uma Biblioteca Central:

- No Campus do Valonguinho: Biblioteca Central de Ciências da Saúde.

- No Campus do Gragoatá: Biblioteca Central de Ciências Sociais e de

Ciências Humanas, Letras e Artes.

- No Campus da Praia Vermelha: Biblioteca Central de Ciências Exatas e

Tecnológicas.

3 PROGRAMAÇÃO:

Acompanhando a filosofia de projeto de edificações definida para o Campus Universitário, utilizou-se o critério de criar, dentro do possfvel, uma única unidade arquitetônica que atendesse os objetivos a que se propõe uma biblioteca universi­tária, de apoio e complementação da formação profissional, para cada uma das três áreas.

Desta forma, ao se programar cada uma das três bibliotecas do Campus Uni­versitário considerou-se os parâmetros fornecidos pelo N.D.C. relativos a área de posto de leitura por tipo de usuário, área de estanteria, apoio, etc, além dos rela­cionados a acervo bibliográfico e clientela.

Os parâmetros utilizados recomendavam que nos salões de leitura fossem previstos para cada posto:

- Para alunos de graduação: 2.32m2

- Para alunos de pós-graduação: 3.25m2

- Para professores: 7.00m2

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Para as estanterias estabeleciam que cada estante abrigaria, em média, 150 volumes de livros e 500 fascículos de periódicos, ocupando uma área de operação de 1.00m2. As mapotecas verticais deveriam conter até 60 mapas, considerando-se 1.90m2 por mapoteca.

O dimensionamento da população instantânea previu que 10% da população universitária, por área, teriam postos na biblioteca. Do acervo total, perto de 10% integraria as seções de Referência.

O acervo alocado nas bibliotecas deveriam ser assim distribuídos:

- Biblioteca do Valonguinho: Setor de Ciências da Saúde

Livros : 200.000 Volumes

Periódicos: 350.000 Fascículos

Usuários : 6.500 Leitores

- Biblioteca do Gragoatá: Setor de Ciências Sociais e de Ciências Humanas, Le­

tras e Artes

Livros : 240.000 Volumes Periódicos: 230.000 Fascículos Usuários : 9.000 Leitores

- Biblioteca da Praia Vermelha: Setor de Ciências Exatas e Tecnologia

Livros : 210.000 Volumes Periódicos: 230.000 Fascículos Usuários : 7.000 Leitores

Após atingirem estes números, as bibliotecas fixarão seus acervos dentro destes limites. Acervo este que se convencionou chamar de acervo-ativo. O acer­vo que se tornar de menor interesse ou serão microfilmados e arquivados ou serão desativados de acordo com o grau de interesse que ainda possa manter para os leitores.

Uma análise destes elementos indicados pelo N.D.C. permitiu estabelecer

uma programação com a mesma tipologia ambiental para as três bibliotecas e prin­

cipalmente, resultou numa mesma área útil para as bibliotecas da Praia Vermelha e

do Gragoatá. Consequentemente ambas resultaram um único projeto arquitetônico.

A biblioteca do Valonguinho, pelos condicionantes de dimensionamento como pe-

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Ias características fisiográficas do terreno resultou não só numa programação dife-renciada como também num anteprojeto arquitetônico específico.

Concluindo, por serem as bibliotecas na U.F.F., administradas e supervisio­nadas pelo Núcleo de Documentação, nas programações não foram incluídas áreas destinadas aos serviços técnicos, uma vez que o N.D.C. faz a aquisição, classifica, cataloga e remete para cada uma das bibliotecas os livros e periódicos a serem acrescentados ao acervo das mesmas.

4 PROJETO:

Ao se ter em mãos o programa estabelecido pela comissão encarregada da elaboração do mesmo, foi traçado o projeto preliminar, que teve em vista algumas diretrizes julgadas importantes no projeto de uma biblioteca, pela equipe que inte­gra a Gerência de Projetos do Escritório Técnico do Campus:

- Poucas aberturas para o exterior. Com a finalidade de dificultar o extravio do acervo da biblioteca. Essa definição acarretou a utilização de caixilhos fixos em alguns pontos do projeto para não impedir a visão para o exterior, principalmente a vista para o mar. Para complementar estas aberturas, foi projetado um jardim inter­no de 10m x 10m, com tratamento paisagístico, bancos e amplamente plantado, totalmente envidraçado em todos os níveis da biblioteca, que funciona como uma zona de descompressão, face estar a biblioteca implantada com uma área de pro­jeção de 60m x 50m. Os sanitários e o serviço atendendo a mesma diretriz, são ventilados e iluminados através de um grande prisma que não sé comunica com o exterior.

- Facilidade de acesso: Embora não tenha sido projetado instalação de ele­vadores, as circulações verticais foram lançadas de maneira a tornar fácil o aces­so ao e no interior da biblioteca. Para tanto além de escadas adequadas, foram uti­lizadas rampas com declividade de aproximadamente 7%, visando o atendimento a deficientes físicos.

- Proteção do acervo: O projeto foi dotado de um perfeito sistema de prote­ção de incêndio que conta com um sistema de de detecção de incêndio com alar­me visual e sonoro, além dos sistemas convencionais. Integrando este sistema existem informações para deixar o recinto, quando necessário, bem como um sis­tema de comunicação visual orientando a saída.

O acesso principal da biblioteca se faz ao nivel 4.25m, através de rampa ou escada. No hall principal encontram-se as chamadas "facilidades" para os usuá­rios, tais como: guarda-volume, telefones públicos, sala de leitura e estudo livre, que pode ser utilizada pelos usuários com o seu próprio material. O acesso na bi-

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blíoteca propriamente dita é feito através de borboletas que ladeiam um balcão de informações e controle. Ao se penetrar no salão principal, são imediatamente vi­sualizados os seguintes serviços: balcão de empréstimos e circulação, setor de referência, catálogos gerais e os acessos aos níveis de leitura e acervo, que se fazem através de duas escadas e de rampa. A rampa e as escadas de acesso que tem início neste nivel 4.25m, se desenvolvem em lances que vencem aproxi­madamente 2.04m, dando acesso a níveis defasados, nas cotas 6.46m, 8.50m, 10.54m e 12.58m, que abrigam os postos de leitura, acervo, área de periódicos e Cabines de estudos.

Do nível 4.25m, paralela a rampa de acesso aos níveis, nasce uma rampa que desce, atingindo um nível inferior, com acesso aos usuários apenas através do saguão. Neste pavimento inferior estão localizados uma área de exposições, um setor de acervo de livros raros, uma sala para reuniões e seminários, uma sala de estar para funcionários e outras facilidades para os mesmos. Encontra-se tam­bém localizada neste pavimento a entrada de serviço da biblioteca.

O "serviço" da biblioteca é interligado em todos os níveis, por dois monta­cargas e uma escada interna. Conforme já mencionado, nas bibliotecas da U.F.F., o processamento técnico do acervo é feito pelo Núcleo de Documentação, e os li­vros chegam pela entrada de serviço e são distribuídos, após uma triagem, em carrinhos petos monta-cargas, aos níveis a eles destinados.

Além das instalações já citadas, de proteção, combate e detecção de incên­dio e do sistema de comunicação visual, foi dotada a biblioteca de um sistema de condicionamento de ar, com cuidados especiais para o setor de livros raros. Foi ainda elaborado um estudo, ao qual denominou-se projeto de uso, que serviu de base para a organização do projeto de equipamentos, visando a aquisição.

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PROJETO ARQUITETÔNICO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS E A QUESTÃO DA CONSULTORIA TÉCNICA

BIBLIOTECAS: Universidade Federal de Rondônia Universidade Federal do Maranhão Universidade Federal de Uberlândia

Luís Antônio Reis Arquiteto

Tendo em vista a experiência de nossa equipe com três projetos de bibliote­cas universitárias, para as universidades federais de Rondônia, Maranhão e Uberlândia, foi-nos reservado, neste simpósio, o tema relativo à questão da con­sultoria técnica para tais projetos. Neste âmbito, protanto, procuraremos identificar o modo ideal de relacionamento entre arquiteto e consultor bibiiotecário, no sentido de localizar a reciprocidade das contribuições.

Quando se trata de projetar bibliotecas, o arquiteto deve preocupar-se, ime­diata e especificamente, com 3 itens: a localização do edifício no núcleo do cam­pus universitário, o oferecimento de condições de segurança e conservação para o acervo e o oferecimento de condições ideais de conforto para os usuários. Estes são pressuposto de natureza genérica, porque participam da elaboração de qual­quer projeto para bibliotecas.

Relativamente aos projetos por nós desenvolvidos, a metodologia adotada pela equipe previu a participação de um consultor já para as fases iniciais de ela­boração dos trabalhos, isto é, o dimensionamento do edifício a partir de índices como: relação acervo/n9 alunos, n9 posto/n9 de alunos, e a montagem do progra­ma de necessidades. Além disso, foi considerado indispensável o acompanha­mento, por parte do consultor, de todas as demais fases do projeto, no sentido de indicar os pontos passíveis de "ajustes finos".

Na Universidade Federal de Rondônia, e em função das características cli­máticas particulares da região, houve a preocupação inicial de que a biblioteca se caracterizasse como na "ilha de conforto", proporcionando aos alunos um local agradável e adequado às atividades de leitura e pesquisa.

Localizado na praça central do campus, ao lado de outros edifícios de uso coletivo (restaurante, auditório, etc), o prédio da biblioteca foi planejado para con­tribuir de forma marcante na constituição de dois importantes espaços públicos: a

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praça central e o calçadão que liga todos os edifícios do campus.

Decidiu-se pela adoção de dois pavimentos, que criassem um volume bem proporcionado, a definir com segurança o lado sul da praça. Além disso, houve a preocupação de que o edifício representasse um marco visual no interior do cam­pus, compatível com a relevância e o prestígio das atividades que iria abrigar.

A opção pela utilização de dois pavimentos justificou-se pelas seguintes vantagens: mantêm os ambientes administrativos e de atendimento ao público, lo­calizados no térreo, em relação de contiguidade; proporciona tranqüilidade e isola­mento aos ambientes de estudos, e oferece maior segurança ao acervo, localizado no pavimento superior.

A articulação entre os dois pisos foi estabelecida por uma rampa, cuja locali­zação em área de pé direito duplo ocasionou a criação de um belo espaço destina­do ao hall de atendimento.

A utilização de rampas favorece, ainda, o acesso de deficientes físicos a to­das as dependências do edifício.

Em termo de distribuição, os diversos setores da biblioteca organizaram-se de modo a agilizar o funcionamento geral da biblioteca. Nesse momento, a colabo­ração do especialista foi indispensável, no sentido de evidenciar os problemas mais comuns de locomoção, descarte e de movimentação acervo, a serem pre­vistos no projeto em elaboração.

Assim, a metade do pavimento térreo voltada para a praça abriga as seções de referência e multimeios, além dos espaços destinados ao acesso geral, balcão de empréstimos, reprografia, guarda-volumes, sanitários e o hall de acesso ao pa­vimento superior. Nessa porção, localizam-se, portanto, as áreas onde predomi­nam a circulação e os serviços básicos de atendimento ao público.

Já na metade norte, que dispõe de acesso exclusivo, encontram-se as áreas destinadas às atividades administrativas, técnicas e de manutenção.

Finalmente, o pavimento superior abrigou o acervo geral e a sessão de pe­riódicos, bem como a maior parte dos postos de leitura. Verificou-se, pois, que as áreas de acesso imediato foram reservadas as atividades de atendimento e maior movimentação de usuários criando maior privacidade para as atividades que exi­gem silêncio e ausência de movimentação por parte do público.

Atendendo mais uma vez às recomendações do especialista, no sentido de estimular a utilização mais intensa da biblioteca, considerou-se imprescindível a adoção de sistema de condicionamento de ar, que transformasse o edifício numa espécie de "refúgio climático", invulnerável à agressividade do clima amazônico. Afinal, é evidente que a associação das altas temperaturas às altas taxas de umi­dade relativa do ar favorecem, não só o desconforto dos usuários, como também a

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rápida deterioração do acervo. É importante frisar que, além de dotar o edifício de tal sistema, foram adota­

das todas as soluções de condicionamento passivo do envelope, tais como: isola­mento térmico entre telhado e laje do forro, proteção solar das fachadas por meio de brises e beirais, etc.

A área total desta biblioteca é de 2.000 m2, abrigando um acervo de 43.500 volumes, e permitindo a presença de 250 usuários simultâneos.

Quanto ao projeto da biblioteca da Unversidade Federal do Maranhão, este foi interpretado pela equipe como uma oportunidade de reiterar os princípios urba­nísticos estabelecidos no Plano Diretor do campus. Segundo tais princípios, o campus deveria resgatar a "urbanidade de certa forma perdida nos campi de con­cepção racionalista". 1

Nesse sentido, o projeto do edifício procura contribuir para a criação de um repertório de espaços públicos, como praças, passeios, calçadões, etc, que cor­respondesse às expectativas de interação social da comunidade.

A forma e a localização da biblioteca foram pensadas, portanto, em termos de sua articulação com os prédios existentes, objetivando a criação de uma praça central; tanto por sua escala, forma e tratamento paisagístico, como por sua "poro-sidade" (resultante das portas e corredores que lhe dão acesso), essa praça favo­rece e intensifica o convívio e o encontro informal entre os membros da comunida­de acadêmica. Além disso, a natureza dos edifícios que a circundam (biblioteca, restaurante, centro de vivência, salas de aula, etc) garantem sua utilização como importante espaço gregário do campus.

O programa elaborado por técnicos da universidade foi analisado por nossa equipe com a colaboração do consultor especializado Prof. Antônio de Miranda, que enriqueceu o documento com importantes sugestões.

A distribuição das atividades em quatro pavimentos reflete claramente o mo­do de funcionamento da biblioteca, considerando-se, principalmente, que tais pa­vimentos foram desdobrados em oito entrepisos, a abrigarem gradativamente os espaços mais movimentados (pisos, inferiores) e os mais privados (pisos eleva­dos). Tais pisos permitiram, ainda, um melhor lançamento das rampas, que cons­tituem o principal sistema de circulação vertical do edifício.

No nível do térreo, e a partir da entrada principal, encontra-se um grande hall com pé direito de 12m, onde se localizam as rampas superpostas e os serviços de atendimento ao público, como balcão de empréstimos e de informações. Nesse pi­so situam-se ainda os serviços administrativos e de apoio técnico, que se esten­dem pelo piso imediatamente inferior, onde se encontra a entrada de serviço.

O primeiro entrepiso elevado e destinado às seções de reserva e referência,

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em função da facilidade de acesso nesses casos exigida.

Essa localização permite também que o funcionamento dessas seções seja mantido independentemente do acionamento do restante do edifício, permitindo sua utilização segura e econômica durante a noite e os fins de semana.

O acervo geral e suas respectivas áreas de leitura distribuem-se entre os níveis 4, 5 e 6. Os níveis 7 e 8 abrigam as coleções de periódicos, microformas e obras raras, com suas respectivas áreas de apoio e de leitura.

Como importante contribuição da interação arquiteto/consultor bibiiotecário, destacamos a decisão tomada pela equipe no sentido de desagregar do prédio da biblioteca os equipamentos considerados de interesse comunitário (auditório), con­fina, livraria, etc). Tais equipamentos foram dispostos ao longo de sua marquise, que limita a praça ao sul, e constitui interessante área de convívio e animação.

Este prédio resultou em 8.500 m2 de área construída, e pode abrigar um acervo de 260.000 volumes e 1360 usuários simultâneos.

A UFU apresenta, de início, uma característica particular: suas atividades se desenvolvem em três campi distintos, todos inseridos na malha urbana.

A organização espacial desses três campi é, hoje, objeto de estudo específi­co, tanto no sentido da criação de espaços para convivência da comunidade aca­dêmica, como na da expansão de suas atividades. Tais estudos indicam o rema-nejamento de áreas, sob o critério da compartimentação por área de conhecimen­to.

Desse modo, o campus de Umuarama passará a abrigar exclusivamente, as atividades relacionadas com as ciências da vida (Medicina, Biologia, Veterinária), ao passo que o de Santa Mônica reuniria as Ciências Humanas. Artes, Ciências

Exatas e Tecnologias. Diante desse fato, qualquer discussão envolvendo a opção entre biblioteca

central ou biblioteca setorial seria irrelevante, já que, obrigatoriamente, o atendi­mento aos usuários teria de se fazer em local próximo aos departamentos. Desse modo, a equipe mobilizou-se para projetar duas bibliotecas.

Iniciados os trabalhos pelo levantamento das necessidades, a área total construída foi prevista para ser ocupada total e gradativamente em um prazo de 5 anos.

Sobre este ponto, vale destacar a intervenção do consultor especialista. Os índices que então orientavam o dimensionamento dos edifícios indicavam um acer­vo de 1 milhão de volumes, para atender a uma população universitária em torno de 10.000 pessoas. Considerando, entretanto, o tamanho das bibliotecas hoje existentes, que abrigam um acervo de 100.000 volumes, verificou-se que aquela era uma meta muito ambiciosa, principalmente numa época onde são escassos os

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recursos para investimentos no setor público. Lembre-se, a propósito, que a com­pra de outros 900.000 volumes no valor médio de US 20/volumes representaria um despesa de ordem de US 18 milhões.

A experiência pessoal do consultor, além das projeções estipuladas pela equipe técnica da universidade, trouxeram tais valores para um patamar mais rea­lista - a meta a ser atualmente atinginda é de 300.000 volumes, enquanto que a área total construída para as duas bibliotecas não ultrapassaria a marca de 10.000 m2 aproximadamente.

Em termos gerais, a solução arquitetônica posteriormente adotada buscou atender nos seguintes requisitos: utilização de ventilação natural, proteção física contra furto de volumes, proteção acústica (em razão da proximidade das vias ur­banas), criação de espaços de apropriação coletiva racionalização de custos, e utilização de materiais duráveis e de fácil manutenção.

Tendo em vista que está sendo desenvolvido um plano diretor físico para os campi da UFU, e que tal plano privilegia a criação de espaços públicos a partir da correta distribuição dos edifícios, para ambas as bibliotecas foram escolhidos ter­renos centrais dentro dos campi. Observe-se ainda que, no caso se Santa Mônica, o prédio da biblioteca inicia a ocupação de uma praça central, projetada para rece­ber os edifícios de maior significação na vida universitária.

Ainda em obediência ao parâmetro de racionalização dos processos cons­trutivos, as duas bibliotecas se apresentam como fruto de um único partido arqui­tetônico, cuja descrição sucinta pode ser a seguinte:

Os edifícios terão três pavimetos cada um, desenvolvendo-se em plantas quadradas, que obedecem a um inter-colúnio de 7,5 metros. A fim de atender aos preceitos de segurança e conforto ambiental, projetaram-se placas perfuradas re­vestidas de elemento cerâmico (a formar um grande muxarabi) e colocada a 2,5 m das janelas dos pavimentos Entre as janelas e estas placas, existem espaços re­servados aos jardins suspensos. Esta solução resolve, satisfatória e simultânea­mente, os problemas relacionados a segurança da biblioteca, necessidade de ven­tilação das fachadas e a imperiosa necessidade de sombreá-las.

A ventilação interna dos edifícios será o resultado de dois recursos distintos: primeiramente, a laje de cobertura foi "perfurada" em toda sua extensão por meio de inúmeros lanternins.

Além disso, um grande espaço vazado, protegido por clarabóia, corta verti­calmente todos os pisos, terminando em pátio central interno, no nível do chão.

Neste pavimento, e ao longo de um generoso espaço de pilotis, voltado em ambos os casos para as praças centrais dos campi, localizar-se-ão as áreas de apropriação eminentemente pública, tais como auditórios, salões de leitura livre,

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cantinas e acesso geral às bibliotecas. Também no térreo, mas já no interior dos edifícios, estão os ambientes des­

tinados aos acervos de reserva e banco de livros, além de hall de exposições e balcão de empréstimos.

No primeiro pavimento, estão as coleções de referência e parte da coleção geral, que também se distribui pelo segundo pavimento juntamente com os periódi­cos e a administração das bibliotecas.

Em termos quantitativos, vale lembrar que a biblioteca de Umuarama terá 4.000 m2 de área, abrigando 110.000 volumes e 400 usuários. Já a de Santa Môni-ca,s tendo em vista a maior diversificação de atividades, terá 6.000 m2, guardará um acervo de 200.000 volumes e garantirá o atendimento a 900 usuários simultâ­neos.

A descrição sucinta de todos esses edifícios, realizada sob o ponto de vista básico de distribuição de ambientes, conforto e manutenção do acervo, objetiva demonstrar que o papel do consultor é fundamental para a racionalização do pro­jeto. Sua experiência pessoal fornece ao arquiteto todos os dados relativos a mo­vimentação periódica de acervo, ao fluxo diário de pessoas com interesses diver­sos, e a necessidade de equipamentos e serviços próprios de uma biblioteca. É, pois, a partir de sua intimidade com as virtudes e deficiências de sua biblioteca, e a partir de seu conhecimento genérico sobre a estrutura ideal de uma biblioteca, que o arquiteto propõe soluções especiais adequadas.

Tratando-se, contudo, de uma interação entre profissionais de áreas distin­tas, é essencial que o arquiteto seja sensível às exigências próprias de uma bi­blioteca, tendo o cuidado de não subordinar os aspectos funcionais específicos a opções estéticas, de valor estritamente arquitetônico.

Seu papel é o de interpretar e valorizar as propostas do especialista, criando espaços interessantes que cumpram bem as suas funções. Qualquer iniciativa neste sentido será certamente aproveitada, seja em termos de eficiência dos ser­viços, seja em termos da capacidade de concentração e aprendizado dos usuá­rios.

Restaria ressaltar, aqui, a necessidade de ver publicados trabalhos desen­volvidos sobre este assunto, onde fossem discutidos, por exemplo, a relação existente entre acervo e número de usuários potenciais, entre área construtída e mobiliário utilizado, enfim, dados pertinentes às bibliotecas universitárias brasilei­ras, para que projetos futuros ao mesmo tempo reflitam e aperfeiçoem a nossa realidade.

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PROBLEMAS ATUAIS DAS BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS

José Galbinski

Arquiteto. Professor Instituto de Arquitetura e Urbanismo- UNB

1 INTRODUÇÃO

Tenho acompanhado o desenvolvimento do conceito de bibliotecas por mais de vinte anos. Durante este período pude contribuir, em várias ocasiões, para a consolidação e implantação de bibliotecas universitárias através da ação direta de elaboração de projetos arquitetônicos, de consultorias técnicas a um razoável nú­mero de arquitetos, ou da divulgação de idéias em congressos e encontros espe­cializados. Ao longo destes anos tive a oportunidade de observar como o eixo de nossas preocupações teórico/práticas foi, gradativamente, se deslocando para outras temáticas.

Nos anos'60-70 a grande motivação das equipes de arquitetos e bibliotecá­rios era de se atingir um elevado grau de consciência com respeito tanto ao plane­jamento físico local quanto à especificidade funcional das bibliotecas universitárias. Hoje, nos anos 80, percebemos que nossas necessidades, por um lado, transcen­dem aos condicionantes do planejamento local e reclamam uma política global, de caráter nacional para a manutenção e desenvolvimento de uma rede de bibliotecas universitárias. Por outro lado, entendemos que superamos o estágio inicial da preocupação funcional, já perfeitamente assimilada, para exigirmos um comprome­timento explícito com as questões de linguagem arquitetônica. A estes tópicos vou me dedicar neste trabalho.

2 PLANEJAMENTO LOCAL & FUNCIONALIDADE ESPACIAL

O processo de implantação de bibliotecas universitárias no Brasil tem um marco definitivo com o plantejamento da Biblioteca Central da Universidade de Brasília (1969). Nos idos dos anos 60, a grande preocupação dos bibliotecários centrava-se na absorção da experiência internacional no planejamento e constru­ção de bibliotecas universitárias. Isto era natural, de vez que era praticamente ine­xistente o hábito de planejarmos prédios com esta finalidade precípua. De fato, a maior parte das bibliotecas universitárias encontravam-se instaladas em prédios

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originalmente concebidos para outras finalidades. Por tanto, quando na UnB cogi­tou-se de projetar sua Biblioteca Central, dentre as primeiras providências tomadas destacou-se a de convidar uma equipe de bibliotecários consultores que detinham uma rica experiência no campo. As atividades nesta etapa foram amplamente fi­nanciadas com o apoio da Ford Foundation.

Após visitar o campus da UnB o arquiteto e bibliotecário Frazer G. Poole da Congress Library, Washington-D.C, elaborou um excelente trabalho de programa­ção em que foram analisadas detalhadamente as atividades, áreas, equipamentos e capacidades, bem como condições de conforto de todos locais da futura bibliote­ca. Este material foi, então, submetido a minuciosa análise por parte da equipe de bibliotecários e arquitetos locais para adapta-lo da melhor maneira às nossas con­dições. 1

Foram significativas as adaptações às condições administrativas da UnB e às disponibilidades orçamentárias. Não menos importantes foram as adaptações decorrentes de hábitos e costumes locais que diferiam, de vários modos, daqueles encontrados nas universidades americanas.

Todos este exaustivo trabalho de trasferêcica de know-how centrava-se na nossa necessidade de ganhar um perfeito domínio das características e dos parâ­metros de planejamento local de uma biblioteca central.

No intuito de divulgação de nosso trabalho, foi publicado (1973) o "Programa Para o Projeto de Edifício da Biblioteca Central", de Frazer G. Poole, bibliotecário e arquiteto da Congress Library, Washington, D.C. Com a mesma intenção foi apre­sentado no "29 Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias"2 (Brasília, 1981) nosso trabalho intitulado "Problema de Planejamento e Construção de Bibliotecas Universitárias no Brasil - Uma Experiência Pessoal", no qual incorporamos a expe­riência que haviamos adquirido com os projetos mais recentes das bibliotecas centrais da UFES e UFPb, bem como com inúmeras consultorias técnicas para projetos de bibliotecas, na qualidade de consultor do antigo PREMESU-MEC.

1/ Biblioteca Central da UnB

Autor do projeto - Arq. José Galbinski; Colaboradores - arquitetos Walmir

Aguiar, Miguel Pereira e Jodete Sócrates;

Bibliotecários: Rubens Borba de Moraes, Edson Nery da Fonseca, Antônio

Agenor Briquet de Lemos e Élton Eugênio Volpini.

2/ Tradução de Elton Eugenio Volpini

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3 O PLANO NACIONAL

As questões de funcionalidade dos prédios de bibliotecas e de planejamento local ainda que constituam importantes e permanentes tópicos de nossas preocu­pações, é forçoso reconhecer, passaram a ocupar um segundo plano na estratégia de implantação de bibliotecas universitárias. As razões para issos são múltiplas, mas podem ser resumidas ao fato de que adquirimos e desenvolvemos um domí­nio razoável dos aspectos da funcionalidade e que incorporamos plenamente a prática do planejamento local.

Hoje, quando vemos o País envolvido em graves problemas de natureza econômica verificamos uma drástica diminuição de verbas destinadas ao setor educação, com um consequente impacto negativo nos recursos para bibliotecas. Neste quadro de carências generalizadas, não convém ao conjunto dos interesses acadêmicos que se continue com a desgastada prática clientelista do "balcão de financiamentos" federais. Necessitamos de estabelecer uma realística política de âmbito nacional de expansão e consolidação de bibliotecas universitárias dentro da filosofia de se criar uma rede nacional de bibliotecas que venha cobrir o espaço universitário de forma cooperativa e não competitiva. Este posicionamento implica na ampliação do conceito de "sistema de bibliotecas" contido na Diretriz l-PNBU, restrito a cada universidade, superpondo-se a este um outro sistema, de abran­gência nacional.

Este desdobramento do PNBU deverá ser formulado com base em parâme­tros aceitos pela comunidade acadêmica e não poderá se furtar a definições de princípios e prioridades. Deve-se reconhecer explicitamente que as necessidade reais de cada universidade variam grandemente em função de seus planos aca­dêmicos de longo prazo, da dinâmica de suas populações e de suas possibilidades concretas de desenvolvimento. Naturalmente, estes parâmetros deverão ser re­vistos periodicamente para evitar-se a estagnação conceituai. Assim concebido de forma dinâmica e não estática, o sistema nacional de bibliotecas do PNBU deverá ser revisado e atualizado permanentemente sem que isto não signifique o abando­no dos compromissos anteriores ou afastamento dos objetivos de implantação de uma rede nacional de bibliotecas universitárias.

Este conceito de planejamento dinâmico implica em que o PNBU seja esta­belecido, na prática, como um "processo" que abarca mais do que a redação hábil de um documento mas a constituição de uma equipe permanente de planejadores arquitetos e bibliotecários, conforme prescreve a Diretriz l-PNBU.

4. LINGUAGEM ARQUITETÔNICA Os recentes desenvolvimentos nos campos do fazer e do pensar arquitetô-

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nicos trazem novas e variadas questões de linguagem para os projetos de bibliote­cas universitárias.

Nos anos do predomínio da chamada arquitetura moderna podia-se esperar, com alto grau de probabilidade, a recorrência a determinados princípios gerais de elaboração de projetos arquitetônicos, compartilhados - como verdadeiros dogmas - tanto pelos autores quanto pelos analistas de projetos das agências ou órgãos fi­nanciadores. As questões de linguagem, tão variadas como o contextualismo, o historicismo, a expressão vernacular, o pós-modemismo ou o classicismo con­ceituai não compareciam explicitamente nem nos projetos e tampouco nas discus­sões subjacentes ao tema. Predominava o pragmatismo funcionalista, não do pro­jeto específico - o que traria até certos benefícios - mas genérico, o que em muitos casos vinha em detrimento das próprias necessidades locais. Ao mesmo tempo, levantou-se um dique de preconceitos com respeito ao significado da monumenta-lidade desviando a este único tópico toda a riqueza da discussão sobre o caráter peculiar imanente a todas bibliotecas universitárias que decorre do significado sim­bólico que lhes confere o uso pela totalidade da comunidade acadêmica e do fato de serem repositórios históricos da cultura coletiva que transcende aos próprios indivíduos. Este dinamismo de significados, de saberes e de limites deve encontrar sua expressão formal impressa de maneira indelével nos projetos das bibliotecas universitárias.

Ao invés dos princípios gerais e por vez rígidos do modernismo, emergem atualmente novas tendências arquitetônicas em que a valorização da cultura e da linguagem - com os necessários vínculos locais, regionais ou nacionais - exerci­tam uma saudável coexistência com os traços da cultura universal, numa mesma obra. A arquitetura tornou-se mais complexa e por vezes contraditória e multiface-tada em suas expressões; como acontece nas demais formas de arte. Abrem-se assim as portas para uma nova etapa histórica do desenvolvimento da arquitetura.

Esta complexidade coloca a arquitetos e bibliotecários novas responsabili­dades. Exige-se do arquiteto de bibliotecas universitárias uma postura cultural crí­tica, explícita, que exalte e dê livre curso à manifestação deste conjunto de signifi­cados culturais e estéticos naquele que é um dos mais, senão o mais importante prédio universitário; aos bibliotecários impõe-se um comprometimento com este debate e uma abertura cultural em favor de se atingir níveis cada vez mais altos de expressão arquitetônica nas bibliotecas universitárias.

Arquitetura é uma arte que toma corpo e alma pela consciência das possibi­lidades e limitações de cada caso concreto. Isto significa que os elementos da cultura universal podem coexistir lado a lado com as referências à cultura e técni­cas geograficamente localizadas sem que isto implique em altos custos construti­vos. Por estas razões, as novas tendências da arquitetura contemporânea vem oportunamente possibilitar um grau mais elevado de satisfação das necessidades comunitárias, tanto ao nível funcional quanto cultural.

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PROGRAMAÇÃO ARQUITETÔNICA DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS

Tancredo Maia Filho* Arquiteto - INEP

Inicialmente, queremos agradecer à Secretaria do Programa Nacional de Bi­bliotecas Universitárias, à Coordenação deste Seminário e em especial, à Profes­sora Yone Chastinet o convite para nossa participação neste encontro. Acredita­mos que o convite deve-se à nossa participação como arquiteto do extinto Centro de Desenvolvimento e Apoio Técnico à Educação - CEDATE, na montagem de uma proposta de trabalho com vistas à definição de parâmetros técnicos necessá­rios a elaboração de projetos arquitetônicos de bibliotecas universitárias.

Os investimentos financeiros na Educação Brasileira, têm sido feitos na maioria das vezes, sem respaldo técnico que garantam o melhor retorno aqueles investimentos. Tais investimentos, numa situação econômica crítica como a que vivemos, deveriam sempre estar baseados em estudos, pesquisas e parâmetros técnicos que, necessariamente, seriam desenvolvidos ou estabelecidos pelo Mi­nistério da Educação.

É constrangedora a situação relatada pelo Banco Mundial sobre os investi­mentos do Brasil na área social. O Banco afirma que de US$ 100 (cem dólares) aplicados na Educação, apenas US$ 52 (cinquenta e dois dólares), em média, chegam ao objeto do financiamento.

É obvio que a perda dos US$ 48 (quarenta e oito dólares) tem várias origens e razões, mas sabemos também que parcela razoável daquele valor perde-se, quando se refere a investimentos em infra-estrutura física, no planejamento mal elaborado, na definição dos programas de necessidade sem profundidade, nos projetos arquitetônicos elaborados descuidadamente, nas obras mal executadas e administradas, nas ocupações desordenadas.

Sem nomear exemplos, lembramos os investimentos dos Programas Mo-nhangara (Ensino Básico no Norte e Centro-Oeste), PROTEC (Ensino Técnico), MEC-BID II e III, onde obras recentes já estão deterioradas, necessitando de re­cuperações ou reformas. Nos programas citados temos projetos que, sem exage­ro, podemos chamar de faraônicos, e não estamos falando de momentalidades num pafs que ainda tem uma significativa parcela de sua população formada de analfabetos, num pafs em que 14 milhões de crianças na faixa de 7 a 14 anos es­tão fora das escolas por falta de salas de aula, entre outros fatores.

Temos esperança de que o Estado cumpra seu dever constitucional de ga-

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rantir Educação a todos e que o poder público seja realmente responsabilizado quando não oferecer o ensino obrigatório, conforme preceitua o § 2º do Artigo 208 da Constituição.

Mas voltando ao tema de nosso simpósio. Algo não vai bem em nossos in­vestimentos na área da infra-estrutura física da Educação. Para exemplificar, apresentamos os dados relativos à construção de bibliotecas universitárias nos Programas MEC-BID II e III.

Programa MEC-BID II

Universidade Custo m2

(US$) * Universidade Federal da Bahia 439 * Universidade Federal do Rio Grande do Norte (complementação) 234 * Universidade Federal de Sergipe 232 * Universidade Federal da Paraiba (Campus de João Pessoa) 303 * Universidade Federal do Pará (2ª etapa) 311

Programa MEC BID III

Universidade Custo m2

(US$))

* Universidade Federal de Goiás 310

* Universidade Federal de Rondônia 285

* Universidade Federal de Alagoas 409

Este Simpósio deve ser uma oportunidade para um confronto de novas ex­periências e para a formulação de padrões e diretrizes de um novo marco de refe­rência útil para a avaliação de projetos futuros. Concordamos com esta afirmação do Professor Antônio Miranda.

As disparidades citadas entre os custos das diversas obras das bibliotecas, além das diferenças decorrentes das caracterfsticas locais e regionais, têm muito a ver com a falta de parâmetros técnicos que orientem e definam de forma coe­rente nossos projetos arquitetônicos. Hoje, estes parâmetros estão dispersos nas observações e anotações de nossos consultores e, às vezes, mais elaboradas em teses de mestrado.

Consultores do ex-CEDATE, alguns técnicos daquele órgão e arquitetos en­volvidos com projetos de bibliotecas universitárias, sejam das universidades, se­jam contratados, têm alguns parâmetros técnicos sendo elaborados, porém em uma forma que podemos chamar, com o devido respeito, de rascunho.

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Achamos que, para uma melhor aplicação de nossos tão escassos recursos em obras novas de bibliotecas universitárias ou na reformulação das existentes, seja de fundamental importância a elaboração de um trabalho que estabeleça os conceitos básicos relativos à organização e alternativas programáticas com a fina­lidade de subsidiar a elaboração e avaliação de projetos arquitetônicos de bibliote­cas universitárias, estabeleça critérios gerais de programação, considerando os aspectos relativos à qualificação e quantificação dos espaços internos de uma bi­blioteca universitária, assim como o estudo de sua organização espacial e funcio­nal e que, finalmente, elabore um programa de necessidades básico, através da listagem dos espaços em fichas individuais, de forma que se obtenha a qualifica­ção desses ambientes, seus agenciamentos possíveis e/ou necessários e os re­quisitos de flexibilidade que devam ser considerados ao longo da solução do pro­jeto.

Um trabalho com essa estrutura estava sendo montado pelo CEDATE, em articulação com a Secretaria Técnica do PNBU, quando da extinção daquele ór­gão. Para finalizar, sugerimos que este Simpósio, se acreditar na importância de um trabalho com as caracterfsticas aqui expostas, apresente uma moção ao Mi­nistério da Educação para que sejam dadas as condições para que se desenvolva D referido trabalho, talvez através do Programa Nacional de Bibliotecas Universitá­rias.

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PROJETO DA BIBLIOTECA SETORIAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO AMAZONAS

RICARDO NOGUEIRA CANCELLA, arq.

ANTONIO MIRANDA

RAIMUNDO MARTINS DE LIMA

VERA MARIA DE AGUIAR CARVALHO

ELIZABETE DE MAGALHÃES CORDEIRO

HILDA GOMES CERQUINHO

1 ANTECEDENTES

A origem da Biblioteca Setorial de Ciências da Saúde está na concessão do Hospital Getúlio Vargas, em regime de comodata, para a Fundação Universidade do Amazonas em torno do qual foram instalados a Faculdade de Medicina e os cursos de Odontologia e Farmácia, dentro do processo de consolidação do Cam­pus da Saúde.

O projetamento dos prédios do referido Campus coube ao arquiteto Severia-no Mário Porto, incluindo o da Biblioteca que, por falta de recursos, não foi cons­truído.

Com a entrada da FUA no acordo do MEC/BID III, decorridos onze anos da elaboração dos projetos e seis da construção do prédio do curso de Odontologia o CEDATE (Centro de Desenvolvimento e Apoio Técnico à Educação, do então Mi­nistério da Educação e Cultura) rejeitou o antigo projeto da Biblioteca em virtude da sua inadequação às novas necessidades, baseado no parecer dos construtores arq. Cláudio Mafra e bibliotecário Antônio Miranda.

De acordo com o Plano de Consolidação do Sistema de Bibliotecas da FUA, desenvolvidos pela equipe de bibliotecários da Biblioteca Central com o consultor Antonio Miranda, optou-se pela elaboração de um novo projeto, o qual ficou sob a responsabilidade do arquiteto Ricardo Nogueira Cancella.

2. ESTUDO DAS NECESSIDADES

Para os efeitos do projetamento foi feito um minucioso estudo de necessida­des baseado relativos à comunidade usuária potencial, considerando a sua expan­são previsível, assim como a incorporação dos acervos e outros recursos das bi­bliotecas de medicina e odontologia que deveriam ser posteriormente desativados

Não foi possível incorporar o acervo da Biblioteca de Farmácia em virtude de sua localização junto ao prédio do curso de Farmácia, a uns 2 km de distância, não

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estando (ainda) prevista a construção de instalações próprias em áreas próxima à Biblioteca Setorial de Ciências da Saúde.

Para facilitar a elaboração do partido arquitetônico foram devidamente di­mensionados o tamanho dos espaços pretendidos, os usuários e suas freqüên­cias, os fluxos-padrão, os equipamentos e o mobiliário necessário, as instalações imprescindíveis assim como as exigências ambientais e construtivas.

2.1 Resumo de áreas previstas no Programa de Necessidades Unidade Funcional

a) Administração - Sala de Recebimento - Serviço de Referência - Serviço de Circulação - Sala de Chefia - Almoxarifado

b) Leitura e Acervo - Pesquisa de coleção de Referência/Acervo - Leitura de Livros/Acervo - Cabines individuais p/ estudos (3) - Cabines de grupo p/ estudo (3) - Sala de Reserva - Depósito Fechado

c) Multimeios - Depósito de material não bibliográfico - Sala de Leitura de Microforma - Sala de vídeo-cassete - Audição Individual - Cabines p/ projeção individual (3) - Cabines p/ projeção em grupo (3) - Anfiteatro - Sala de Apoio-Anfiteatro

d) Serviços Gerais - Guarda-volumes - Sala de Exposições - Reprografia - Instalações sanitária para funcionário (2) - Copa p/ funcionários - Instalações sanitárias Geral (4) - Sala de Ar Condicionado (5) - Circulação Vertical

T o t a l

Área (m2) 99,4 16,8 22,0 26,0 21,4 13,2

700,2 36,9

316,5 9,3

193,3 78,7 30,6

158,0 30,1 8,8 8,8 8,8 9,3

30,0 53,9 8,3

288,8 10,7 10,7 30,3 14,5 14,5 29,0 20,9

134,2

1.246.4

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2.2 Parâmetros para o dimensionamento do espaço físico.

A partir do estudo dos parâmetros internacionais e para facilitar o trabalho foi elaborado um conjunto de módulos-padrão, à continuação:

Mesa p/1 lugar

Mesa p/ 4 lugares

Mesa p/ 6 lugares

Cabine Individual p/ leitura

Mesa p/ Kardex

Mesa p/ Leitura de Microfichas

Mesa p/ Funcionário

185

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Mesa p/ Chefia

Mesa p/ Máquina de Escrever

Cadeira de Auditório

Estante Dupla-Face

Estante Exposição

Estante p/ Almoxarifado

6.00m2

2.55m2

4.80m2

9.30m2

3.60m2

1.50m2

Fichário 1.20m2

Arquivo p/ Micro-filme 1.20m2

Arquivo p/ Slides 1.20m2

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Arquivo vertical p/ documentos 1.20m2

Arquivo p/ vendas 3.90m2

Armário p/ guarda de material de limpeza 3.10m2

Fichário

Mapoteca

Escaninho p/ fita-cassete (móvel)

3.50m2

3.40m2

2.70m2

Escaninho p/ disco (móvel)

Escaninho p/ fita de vídeo-cassete (móvel)

2.09m2

1.78m2

Self Contained 3.80m2

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3 CONCEITOS ADOTADOS

a) A nova Biblioteca deverá marcar com um "fecho" a área de saúde no contexto urbano. Consolidando o campus de Ciências da Saúde como fonte de conhe­cimento e pesquisa.

b) Suas salas de leitura serão amplas, de fácil compreensão para o usuário, de li­vre acesso e terão como base desenvolver o conhecimento da área de saúde através de base de dados dos principais centros operadores e controladores de conhecimento.

c) Deverá ser um lugar onde o usuário sinta-se bem, onde possa reunir-se para

aprender o conceito "saúde", tão carente na região onde está inserida.

4 DADOS UTILIZADOS

a) A área enfrenta o problema da carência de espaço físico, por se tratar de região urbana, localizada no centro da cidade, sendo somente admitido crescimento vertical.

b) Muitos dados técnicos foram utilizados, principalmente os enumerados no Livro "Programa de Necessidades para o Projeto da Biblioteca Central - UnB", além dos dados técnicos regionais citados abaixo:

- Considerando o alto índice de umidade relativa em todo o ano na região amazô­nica, devemos ter especial cuidado neste aspecto, visto o índice ideal de umida­de em Bibliotecas ser de 50% oscilando no máximo 5%

- O alto índice de insolação da Amazônia principalmente Manaus pela proximida­de do Equador, leva a cuidados especiais na acomodação das coleções e ao uso de brises nas janelas, principalmente nas fachadas leste, oeste, e norte.

c) Outros dados também importantes no dimensionamento foram retirados do tra­balho do Profº Miranda no trabalho de consultoria a FUA. A previsão é de uma Biblioteca para 50.000 volumes considerando em média 500 livros por estante.

5 PARTIDO ARQUITETÔNICO

O Campus de Ciências da Saúde da FUA em Manaus reduz-se a um quar-

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teirão, assim o desafio estava; ou seja, edificar uma Biblioteca com seus diversos setores, com 1200 m2 de área prevista, num terreno de esquina onde possuíamos apenas 300 m2 de área livre para edificação.

Assim, consequentemente, a solução encontrada foi a proposição de um prédio com 5 pavimentos, sendo o 52 previsto para as expansões futuras, com es­calonamento de maior para menor fluxo, possuindo escadas, elevador e monta-carga. Na sua concepção gerai encontramos o corpo do edifício com os diversos salões de leitura e duas colunas laterais, uma com as circulações e serviços e,nas outras.salas de estudos em grupo e individual e sanitários estratégicamente distri­buídos (vide plantas respectivas).

No primeiro piso encontramos:

a) as entradas:

- A principal para funcionários e usuários com controle de coletas;

- A de serviços com o apoio estratégico da sala de recebimento, que possui

monta-carga para distribuição de materiais.

b) Cabe lembrar que todo processamento técnico será executado na Biblioteca Central.

Encontramos também:

- Sala de exposições

- Guarda volumes

- Atendimento/Referência, com informações aos usuários

- Coleção de Referência

- Reserva, que poderá ficar aberta 24 horas por dia, inclusive nos finais de

semana se a demanda exigir

- Sanitários

- "Self-contained" para o andar, isto é, central de ar condicionado para a área.

No segundo piso encontramos-

- O grande salão de leitura de livros e acervo - com livre acesso aos usuá­

rios.

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- Serviço de circulação - Catálogo geral - Cabines Individuais para estudos - Cabines para estudos em grupos - "Self-contained" para o andar.

- Convém lembrar que por motivos de segurança não possuímos sanitários neste andar.

No terceiro piso encontramos:

- Serviços de periódicos com acesso limitado a professores e pós-gra­

duandos - Comutação - Leitura de periódicos com cabines individual e em grupo - Setor de reprografia com painéis para exposição de novas publicações - Sanitários - "Self-contained" para o andar

No quarto piso encontramos:

- O serviço de multimeios também com acesso limitado

- Anfiteatro para 40 lugares - Cabines para projeção Individual

- Cabines para projeção em Grupo e individual

- Sala para leitura de microformas

- Sala para vídeo-cassete - Sala para microcomputador - Sala para audição individual

- Almoxarifado - Sala para guarda e controle de Equipamentos

- "Self-contained" para o andar

No último piso encontramos:

- Administração - Depósito para livros

- Copa e serviços gerais para funcionários

- Sanitários para funcionários - Terraços com a possibilidade de ampliações futuras

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5. MIRANDA, Antonio. Subsídios para a estruturação do sistema de Bibliotecas

da Fundação Universidade do Amazonas; 1ª fase. Relatório do Consultor, 29 fev. -10 de março de 1985. Manaus, 1985.38 p.

6. . Subsídios para a estruturação do Sistema de Bibliotecas da Funda­ção Universidade do Amazonas; 2ª fase. Relatório de Consultoria, 29 de jul. 10 de agosto de 1985. Manaus, 1985. 52 p.

7. POOLE, Frazer G. Programa para o projeto de edifício de Biblioteca Central. Trad. e adap. de Elton Volpini. Brasília.

8. SIMPÓSIO sobre arquitetura de Bibliotecas Universitárias. IN: SEMINÁRIO Nacional de Bibliotecas Universitárias, 2., Brasília, 1981. Anais. Brasília, MEC/SESU, 1981, p. 95-119.

9. UNIVERSIDADE DO AMAZONAS. Programa de necessidades: Bibliotecas

Central da U.A. Manaus, 1985.155p. ilust.

10. Programa de Necessidades: Biblioteca Setorial de Ciências da Saúde. Manaus, 1985.69 p.

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Nas fachadas optou-se por uma edificação simples, porém arrojada na sua arquirtetura.

6 CONSIDERAÇÕES GERAIS

O referido projeto foi apresentado à comunidade da área da Saúde através de reuniões com as suas representações estudantis e docentes assim como com os bibliotecários do setor, recebendo subsídios e a aprovação conseqüente.

Também foi apresentado em encontro de diretores de bibliotecas universi­tárias, na Universidade Federal Fluminense, em 1986, sob os auspícios do

CEDATE.

A construção teve início no final de 1987, com a previsão de conclusão para meados de 1988.

Os equipamentos (em fase de aquisição) pretendem capacitar a biblioteca para oferecer modernos serviços audiovisuais, dar início à automação de seus serviços técnicos assim como a sua interligação à RENPAC, para acesso aos bancos de dados do CCN, do BiblioDATA/FEV e da BIREME.

O financiamento do CEDATE compreende também a aquisição de material bibliográfico, já concluído.

Pretende-se que a futura Biblioteca Setorial de Ciências da Saúde possa as­sumir uma posição de liderança nos serviços gerais de informação biomédica, atraindo investimentos de agências nacionais e internacionais.

REFERÊNCIAS

1. AUGUSTINHO, Valci. Aclimatação ambiental dos prédios de Bibliotecas Cen­

trais Universitárias; especificações da construção após a reforma. Brasí­lia, 1987.255 p. ilust.

2. CARVALHO, Vera Maria de Aguiar; CORDEIRO, Elizabete de Magalhães OLIVEIRA, Dulcilene Vasques de. Estudos de usuários das Bibliotecas da Área de Biomédica da Universidade do Amazonas. Revista de Bibliote­conomia de Brasília, 15(2):355-362, jul/dez 1987

3. CHELALA, Ruth C. & LEITÃO, Ivany S. A Biblioteca Central Universitária.

Fortaleza, Imprensa Universitária, 1972.130 p. 4. LIMA, Raimundo Martins de; CARVALHO, Vera Maria de Aguiar; CERQUI-

NHO Hilda Gomes; CORDEIRO, Elizabete de Magalhães. Caracterização do Acervo e Política para seu Desenvolvimento nas Bibliotecas da Fundação Universidade do Amazonas. Revista de Biblioteconomia de Brasília, 15(2): 293-315, jul/dez 1987

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RECOMENDAÇÕES GERAIS

Essas recomendações são resultado de um trabalho conjunto do

Grupo de Trabalho sobre Automação de Bibliotecas do Grupo de Traba­

lho sobre Política de Prestação de Serviços aos Usuários, e da Plenária

da Sessão de Encerramento:

I. Que o MEC providencie a curto prazo, a institucionalização do

PNBU e garanta seu funcionamento;

II. Que a Secretaria Executiva do PNBU produza e divulgue um boletim

corrente noticiando suas atividades;

III. Que o tema central do 79 SNBU seja Avaliação;

IV. Que a Secretaria Executiva do PNBU denuncie a crítica situação de

pessoa nas bibliotecas das IES e apresente soluções urgentes para

o problema;

V. Que o MEC mantenha os programas PAP e BIBLOS para aumento e

atualização dos acervos bibliográficos das IES.

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R E L A T Ó R I O

GRUPO DE TRABALHO SOBRE POLÍTICA PARA

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS AOS USUÁRIOS

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TRABALHOS

Base:

LENA VÂNIA RIBEIRO PINHEIRO (UFRJ)

Comunidade acadêmica e informação: expectativas, frustrações e

perspectivas.

LEILA MERCADANTE (UNICAMP)

A Universidade, Biblioteca e prestação de serviços:

a realidade brasileira.

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Integrantes do Grupo:

Lena Vânia Ribeiro Pinheiro (UFRJ)

Leila Mercadante (UNICAMP)

Helena Mattos ( UFCe)

Laura Maia de Figueiredo (PUC-RJ)

Maria das Graças Targino M. Guedes (UFPi)

Hagar Espanha Gomes (UFF)

Maria Carmem Romcy de Carvalho (IBICT)

Maria Isabel Santoro (UNICAMP)

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1 PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO

Recomendações

Estabelecer e aperfeiçoar serviços de informação a partir de ações de pla­

nejamento e avaliação.

Ações:

Adotar metodologias já existentes ou em vias de desenvolvimento para estu­

dos de usuários, estudos de necessidades e de demanda de informação co­

mo instrumento de planejamento de serviços;

Incentivas as IES a formalizarem Comitês/Comissões de usuários com repre-

sentatividade das diferentes categorias de usuários, objetivando o estabeleci­

mento de política de prestação de serviços.

Criar junto ao CTA DO PNBU um sub-cornitê específico para a área de servi­

ços e produtos de informação.

2 ACESSO À INFORMAÇÃO

Recomendações

Estimular a criação de instrumentos/serviços que propiciem o acesso às in­

formações cadastrais e bibliográficas de acervos institucionais e de outros siste­

mas.

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Ações:

. Apoiar a criação de centros referenciais responsáveis pela identificação de

fontes, sejam instituições, especialistas e documentos (conseguir recursos)

. Apoiar a elaboração e atualização sistemática de guias, bibliográficos, diretórios

e catálogos de bibliotecas.

. Propiciar aos usuários o acesso à base de dados nacionais e estrangeiras ofe­

recendo ou intermediando este serviço.

Ações:

. elaborar instruções aos administradores de bibliotecas sobre os procedimentos

necessários ao estabelecimento de acordo com bancos de dados nacionais e

estrangeiros

ACESSO AO DOCUMENTO

Recomendações

. Facilitar o acesso ao documento, através da prestação de serviços básicos, no

âmbito institucional e extra-muros.

Consulta

Ações:

Favorecer a consulta às comunidades interna e externa, independente da forma

física do documento, mediante acesso e horário flexíveis.

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Empréstimo domiciliar

Ações:

. Favorecer o empréstimo domiciliar à comunidade institucional.

. Propiciar o empréstimo a todos os tipos de documentos textuais impressos, ex­

cluindo-se as coleções especiais.

. Sugerir a padronização de normas de empréstimo no âmbito de cada instituição.

Empréstimo entre Bibliotecas

Ações:

. Facilitar a prestação do serviço de empréstimo entre bibliotecas em nível nacio­

nal, viabilizando a implantação de um programa.

Comutação Bibliográfica

Ações:

. Incentivar a colaboração sistemática ao Catálogo Coletivo Nacional de Publica­

ções Periódicas considerando a sua função para programas de comutação.

Reprografia

Ações

. Propiciar a reprodução de documentos integrantes do acervo, respeitada a le­

gislação sobre direitos autorais visando o à demanda

. Apoiar projetos-piloto que contemplem uso de telefacsímile (FAX) entre as

grandes bibliotecas universitárias

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4 DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES

Recomendações

. Desenvolver campanhas nacionais para promoção da biblioteca, de forma sis­

temática, com o apoio de profissionais de marketing visando plena utilização dos

recursos informacionais.

Ações

. implementar e avaliar essas campanhas

. incentivar a disseminação de recursos publicitários resguardadas as peculiari­

dades regionais ou locais.

. Incentivar o uso da coleção através da divulgação de serviços de disseminação

adequados (boletins de alerta: sumários correntes, boletins bibliográficos e as­

semelhados; levantamento bibliográficos entre outros) e de sua distribuição,

também externa.

5 EDUCAÇÃO DE USUÁRIOS

Recomendação

Desenvolver programas de educação de usuários, de forma sistemática, objeti­

vando a sua independência no uso da biblioteca e no uso de fontes e serviços

de informação.

Ações

. incentivar em pesquisas e projetos a produção de pacotes (material instrucio-

nal) visando treinamento de usuários.

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. apoiar a criação de centro referencial sobre estudos de usuários

. promover a biblioteca como recurso didático integrando a ação biblioteconômica

no processo de ensino/aprendizagem.

6 CAPACITAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

Recomendação

. Estimular o aperfeiçoamento técnico dos profissionais envolvidos com a pres­

tação de serviços objetivando a melhoria da qualidade dos mesmos

Ações

Promover programas específicos de treinamento para o pessoal técnico visan­

do implantação e acompanhamento de serviços.

7 CUSTO DOS SERVIÇOS

Recomendação

Apoiar estudos sobre taxação de serviços prestados pelas bibliotecas

Ações

. estabelecer planilhas de cálculo de custos dos serviços

. estudar formas alternativas para cobrança indireta de serviços.

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RELATÓRIO GERAL

EXPOSIÇÕES SOBRE OS TEMAS OFICIAIS

1 Política para prestação de serviços aos usuários. O assunto foi distribuí­do em duas exposições:

1.1 Comunidade acadêmica e informação: expectativas, frustrações e perspecti­

vas, apresentada por Lena Vânia Ribero Pinheiro.

Uma parte introdutória correlaciona os conceitos de universidade, de bibliote­cas universitárias e de serviços de informações. Destaca que a biblioteca, como serviço, atua na intermediação entre coleções e usuários. Explica a motivação do trabalho em dois elementos: a transformação das bibliotecas em centros de infor­mação/documentação e o aparecimento de novas tecnologias que influem sobre a estrutura em bibliotecas, afetando-as em profundidade.

O estudo sobre centros de documentação/informação inclui as funções e os objetivos destas instituições com base em vários autores mas sobretudo em ATHERTON.

A interdependência computadores-serviços de informações é referida com um esboço histórico, inclusive no Brasil, com destaque para o fato de que as uni­versidades figuram entre os maiores usuários do sistema de bases e bancos de dados.

O problema universidades, bibliotecas e informação é discutido em função do modelo brasileiro a partir da Lei 5.540/68, chegando ao PNBU como um dado relevante para a organização das bibliotecas universitárias, manutenção e expan­são das coleções.

A metodologia do trabalho foi a coleta de dados obtida por questionários dis­tribuídos a 88 bibliotecas com um índice de respostas recebidas igual a 23.8%.

A análise dos resultados conduziu a conclusões que podem ser assim re­sumidas: as bibliotecas universitárias necessitam modernizar-se e um dos cami­nhos possíveis é a especialização de recursos humanos; as Bibliotecas Universi­tárias não se integraram ao organismo universitário, faltando-lhes comunicação com docentes e discentes e articulação com departamentos e cursos; a biblioteca brasileira não lança mão em tecnologias de informática e telecomunicações e ainda existe a postura da inacessibilidade e atividade restrita ao próprio espaço físico, com dificuldades de atuar em forma cooperativa.

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Com base nestas conclusões são feitas correspondentes recomendações quer ao PNBU, quer às próprias bibliotecas, no sentido de eliminar os aspectos negativos do problema.

O trabalho está apoiado em bibliografia conveniente.

1.2 Universidade, biblioteca e prestação de serviços: a realidade brasileira.

O trabalho não objetiva traçar uma política de serviços mas apresentar a si­tuação das bibliotecas universitárias brasileiras que, levada à discussão, deve conduzir ao objetivo maior da biblioteca: o seu usuário.

O estudo é genérico e não chegou ao universo das bibliotecas do país, ape­nas daquelas ligadas às universidades.

A metodologia empregada foi um questionário elaborado sobre prestação de serviços, serviços cooperativos e inclusão do tópico "serviços", junto ao comitê de usuários/comissão ou biblioteca. Remetidos a 78 universidades sendo o índice de respostas igual a 76%.

A análise dos resultados mostrou, em síntese a comutação incorporou-se, praticamente, como um serviço básico, ao lado do empréstimo e consulta; há um índice de modernização com emprego de novas tecnologias pelo oferecimento de acesso às bases de dados em quase 50% das bibliotecas; o empréstimo entre bi­bliotecas é, ainda, uma atividade baseada em relacionamento informal; os serviços de SDI são oferecidos por menor universo de universidades e apenas o de semi­nários correntes e efetuado por mais de 50% das bibliotecas; os serviços coopera­tivos tem maior concentração entre as universidades oficiais; a discussão bibliote­ca/usuários é, na verdade, um canal de comunicação usado em apenas 50% das universidades.

O trabalho recomenda, à guiza de conclusões: a - treinamento do usuário; b - estudos de avaliação dos serviços.

E sugere como medidas práticas: a - divulgação dos serviços que a biblioteca oferece; b - criação de canais formais entre a Biblioteca/usuários; c - criação e manutenção dos serviços de informação por conscientização dos

bibliotecários e incentivo as bibliotecas. O trabalho traz 11 referências bibliográficas e um anexo.

1.3 Os Debatedores

Extremamente interessantes e proveitosas as manifestações de Helena

Matos de Carvalho Guedes.

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2 Política para automação de bibliotecas

O assunto foi estudado em exposições:

2.1 Automação de bibliotecas universitárias brasileiras: tendências e perspecti­

vas, por Angela Lage. Relata a situação das bibliotecas brasileiras em relação à automação dentro

das diretrizes estabelecidas pelo PNBU. Estimula a automação dos procedimentos técnicos e administrativos visando melhorar o atendimento aos usuários.

O trabalho conduz às seguintes conclusões/recomendações: que o PNBU assegure a consolidação da rede nacional de intercâmbio de dados bibliográficos e automação de serviços através do apoio ao desenvolvimento de software local, in­centivo e subsídio ao repasse de software, incentivo e subsídio ao banco de dados central viabilizando a catalogação cooperativa.

2.2 Política de automação para bibliotecas universitárias brasileiras, por Wanda Paranhos e Carlos Alberto P. de Carvalho.

Apresenta uma visão geral de automação de bibliotecas universitárias bra­sileiras em 1988, comparando dados com levantamento feito em 1980. Há nítido crescimento nas iniciativas, embora o esforço não represente preocupações fun­damentais com atividades de cooperação e intercâmbio. O apoio institucional do PNBU representou significativo crescimento nos índices de cooperação que evo­luíram com aumento superior a 10%, em um período de sete anos. Analisa a dire­triz e ações associadas com automação de bibliotecas universitárias na edição do PNBU/86.

Conclui que soluções integradas de automação de bibliotecas dependem de disponibilidade de equipamento, sistemas, pessoal, roteiros e instrumentos norma­tivos para garantir qualidade na coleta, tratamento, disseminação e avaliação de dados.

As recomendações sintetizam-se em manter um programa de capacitação homogênea das IES quanto: automação de bibliotecas universitárias, pelo estabe­lecimento de níveis tecnológicos a serem atingidos com multas e prazos fixados consensualmente por planejamento entre os participantes, PNBU e entidades de fomento.

O trabalho contém nove referências bibliográficas.

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2.3 1º relatório dos processos de automação em Bibiotecas universitárias: situa­ção dos software. Trabalho da autoria de Carlos Henrique Marcondes (apre­sentador) e outros, não incluídos no programa oficial do seminário.

Apresenta a 1ª análise dos resultados de projeto de pesquisa indicado no tí­tulo; o perfil dos software desenvolvidos ou utilizados pelo IES no processo de automação das bibliotecas.

Conclui que muitos dos software analisados podem ser enquadrados como bibliográficos completos por não abrangerem as funções básicas de uma bi­blioteca e que esta questão está ainda por ser resolvida. Propõe a construção de um consórcio de IES para desenvolver um software padrão, com incorporação de profissionais competentes. Criação de linhas de pesquisa e cursos em sistemas bibliográficos a nivel de PG. Apoia-se em sete referências bibliográficas.

3 P N B U

3.1 Foram apresentados alguns dos projetos desenvolvidos sob cordena-ção do PNBU no programa de Pesquisa, estudos Técnicos e desenvolvi­mento de recursos humanos, com objetivo de mostrar o seu estágio de de­senvolvimento e resultados parciais.

O grupo foi composto por seis trabalhos:

a - análise de dados e rotina em bibliotecas universitárias brasileiras, vi­sando sua automação, por Heloisa Benetti Schreiner.

b - linguagens documentárias especializadas por área de conhecimento, por Hagar Espanha Gomes.

c - análise dos modelos organizacionais de bibliotecas universitárias brasileiras, por Leila Mercadante.

d - avaliação de processos de automação em bibliotecas universitárias brasileiras, por Luiz Fernando Sayão e outros.

e - intercâmbio de documentos, por Antonio Miranda.

f - avaliação e atualização das listas básicas de periódicos produzidas pela CAPES e utilizadas pelo PAP, por Suzana Mueller.

3.2 Reflexos da Recomendações do V SNBU da implantação do PNBU,

constante das cinco seguintes apresentações:

a - participação da comunidade na implantação do PNBU, por lone

Chastinet.

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b - os centros de especialização para bibliotecários das IES, por Maria de Nazaré Freitas Pereira.

c - estudo da demanda e periódicos financiados pelo PAP, por Tania Ur­bano da Silva e colaboradoras.

d - rede automatizada de intercâmbio de dados bibliográficos por Eugênio Decourt e Suzana Fernando da Costa.

Apesar de incluído na programação não foi apresentado o trabalho de Ricar­do Martins sobre divulgação da produção cultural e científica das instituições de ensino superior.

4 OS DEBATEDORES

Os debatedores dos painéis sobre política para prestação de seviços aos usuários e política para automação de bibliotecas merecem registro especial. No primeiro, Helena Matos de Carvalho Mendes, Laura Maia de Figueiredo e Maria das Graças Targino Guedes procederam à cuidadosa análise dos tra­balhos apresentados com uma crítica pertinente que abrangeu do título às conclusões e recomendações e que demonstraram conhecimento dos temas e significativa colaboração.

No segundo, Vera Silva Beraquet, Heloisa Benetti Shreiner e Stela Vieira de Oliveira fortaleceram a dinâmica do painel com observações e complementa-ções aos trabalhos apresentados.

5 AS DISCUSSÕES

Em todos os painéis esteve presente a participação do plenário através de perguntas diretas, objeções, comentários e pequenas exposições paralelas. Apenas na segunda parte do painel, sobre o PNBU não houve discussão com participação do plenário.

6 Os relatos de experiências seguiram-se às discussões, respectiva­

mente, sobre os painéis política para prestação de serviços e política para

automação de bibliotecas. Consistiram, quanto ao primeiro em:

Divulgação do acervo primário nas IES da Amazônia, por Ana Rosa dos Santos Rodrigues da Silva (InformAM)

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Acesso à bases de dados na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, por Heloisa Benetti Shreiner. E, quanto ao segundo, diretrizes para automação dos serviços do núcleo de documentação da UFF de Clarice Muhletaler de Souza e automação do sis­tema de bibliotecas da UFRGS de Heloisa Benetti Shreiner. Sobre tais trabalhos estabeleceu-se também o debate com integrantes do plenário.

7 Os trabalhos livres foram apresentados em três sessões:

a - Serviços aos usuários, constante de dez apresentações sobre o te­ma, nos dias 12 e 14.

b - automação de bibliotecas, com sete trabalhos, no dia 13.

Todas as sessões foram seguidas de discussão com os participantes do

plenário.

8 Relatórios parciais, em número de sete, proporcionaram uma boa visão

do desenvolvimento do seminário. A precisão dos relatos e as observações

pertinentes e completas obrigam ao destaque daqueles referentes aos pai­

néis sobre prestação de serviços e automação e à primeira sessão de tra­

balhos livres.

9 OBEDIÊNCIA À PROGRAMAÇÃO

As atividades programadas foram desenvolvidas como previsto, com apenas duas exceções: a inclusão de um trabalho e a não apresentação de outro o que depõe a favor da organização do seminário.

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R E L A T Ó R I O

GRUPO DE TRABALHO SOBRE POLÍTICA PARA

AUTOMAÇÃO DE BIBLIOTECAS

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INTEGRANTES

Angela Lage Ribeiro (UFMG)

Carlos Henrique Marcondes (UFRJ/IBICT)

Diana M. P. de Pontes Vieira (UPFa)

Eugênio Decourt (FGV)

Heloisa B. Schreiner (UFRGS)

Luis Fernando Sayão (UFRJ/IBICT)

Luiz Fernando Cysneiros (FGV)

Maria Lucia C. da Silva (UFPa)

Murilo Bastos Cunha (UnB)

Ricardo Triska (UFSC)

Vera Silva M. Beraquet (PUC/CAMP)

Wanda Maria M. R. Paranhos (UFPR)

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Trabalhos:

RIBEIRO, Angela Lage. Automação das bibliotecas universitárias do Brasil:

tendências e perspectivas. Belo Horizonte, UFMG, 1989 5p.

PARANHOS Wanda Maria M. R. & CARVALHO, Carlos Alberto Picanço de.

Política de automação para bibliotecas universitárias brasileiras. Curitiba,

1989 22.p.

BRASIL. Ministério da Educação. Plano Nacional de Bibliotecas universitárias

(PNBU): portaria ministerial nº 287 de 24.04.86. Brasília, 1986.13p.

SAYÃO, Luis Fernando; MARCONDES, Carlos Henrique; FERNANDES, Car­

los César; MEDEIROS, Ligia Polycarpo Martins. Avaliação de processos de auto-

maçõ em bibliotecas universitárias. Relatório n9 1: estado dos softwares. Rio de

Janeiro, 1989.

1 DIRETRIZES DO PNBU EM 1986

- Inicialmente o grupo decidiu pela revisão crítica das ações constantes da Dire­

triz IX do PNBU, formulada em 1986:

"DIRETRIZ IX - Estimular a automação dos procedimentos técnicos e ad­

ministrativos das bibliotecas, visando a facilitar o atendimento aos usuários.

Ações

a) Desenvolver uma rede de intercâmbio de dados bibliográficos e documen­

tários, com um grande banco de dados central, para viabilizar serviços de

catalogação cooperativa, empréstimo, comutação bibliográfica, etc, consi­

derando, entre outros fatores, como: - localização da unidade central em

instituição com vocação para o serviço; utilização de computador de gran­

de porte; início de operação com os maiores acervos de bibliotecas univer-

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sitárias (preferencialmente as que adotam normas semelhantes para pro­

cessamento técnico) e com o acervo de documentos nacionais da Bibliote­

ca Nacional;

b) Manter um centro referencial de informação sobre automação de bibliote­

cas, que assegure também orientação à implantação de projetos de auto­

mação de bibliotecas;

c) Estimular o desenvolvimento de softwares integrados para automação de

todas as funções de bibliotecas;

d) Apoiar a adoção do formato de intercâmbio CALCO, estimulando seu

constante aprimoramento, de maneira a assegurar sua compatibilidade aos

padrões internacionais".

Após as discussões, a seguinte redação final para tal texto ficou aprovada:

a) manter a rede BIBLIODATA/CALCO para intercâmbio de dados bibliográfi­

cos e documentários; continuar a operação com os maiores acervos de bi­

bliotecas universitárias de todas as regiões brasileira e/ou acervos que re­

presentem contribuições significativas para aumento do controle do índice

de cooperação banco de dados BIBLIODATA e com o acervo de docu­

mentos brasileiros da Biblioteca Nacional. Assegurar os recursos necessá­

rios à realização desta ação, até o banco atingir o mínimo 500.000 regis­

tros.

b) criar e manter um centro referencial de informações para automação de bi­

bliotecas;

c) estimular o desenvolvimento de softwares integrados para automação de to­

das as funções de biblioteca e recuperação da informação (utilização do

formato e linguagem LINCE;

d) estimular o uso do formato intercâmbio IBICT, incentivando seu constante

aprimoramento de maneira a assegurar sua compatibilidade aos padrões

internacionais, incluindo também materiais não-convencionais e a definição

de novos suportes físicos (disquetes, CD-ROM,...)

e) assegurar recursos financeiros para as IES que desejem reutilizar software

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de propriedade de outras instituições desde que esses respeitem os pa­

drões nacionais, para que as IES tenham condições de efetivar adaptações

necessárias.

- Em relação à ação (b) acima citada, o Grupo sugere os seguintes objetivos ini­

ciais para o centro referencial:

I. manter, atualizar e difundir, de forma corrente, documentação sobre informática

documentária;

II. coletar, reunir e difundir informações sobre especialistas, consultores, fabri­

cantes e produtores de hardware e software ligados à informática documentária;

III. estudar e propor, aos órgãos oficiais, aprimoramento da normatização relacio­

nada com a área.

- A escolha da instituição a sediar o Centro será feita por comissão coordenada

pela Secretaria Executiva do PNBU, com o propósito de:

I. elaborar edital com critérios para apresentação e avaliação das propostas das

entidades interessadas;

II. induzir entidades a participarem do processo;

III. visitar as entidades proponentes para análise de viabilidade;

IV. avaliar as propostas e decidir pela sede do Centro.

3 AÇÕES COMPLEMENTARES

I. Assegurar os recursos necessários para a melhoria do catálogo de autorida­

de da rede BIBLIODATA, incluindo entradas e assuntos, visando a consolida­

ção desse importante instrumento de trabalho;

II. apoiar programas formais de capacitação de recursos humanos para a área

de informática documentária, incluindo a oferta, a curto prazo, de cursos dirigi­

dos a professores de Biblioteconomia/documentação e de Informática. Incluir

também programa de intercâmbio de especialistas, tanto de informática quanto

de Biblioteconomia/Documentação e áreas afins, a convite de IES interessa­

das;

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III. Manter programa para capacitação homogênea das IES quanto à automação

de suas bibliotecas, visando alcançar níveis tecnológicos mínimos, com metas

e prazos pré-fixados consensualmente pelos participantes, PNBU e entidades

de fomento.

IV. Estimular propostas de automação de bibliotecas que contemplem equipa­

mentos e pessoal dedicados a esta atividade, (Utilizando formato IBICT e lin­

guagem LINCE);

V. Estimular esforços de constituição de bases de dados bibliográficos nas IES

com capacidade de produzir e receber registros bibliográficos no formato de

intercâmbio IBICT;

VI. Apoiar programas educacionais em informática documentária visando a capa­

citação de bibliotecários, analistas e outros profissionais envolvidos com a

área;

VII. empreender esforços junto a CAPES para que os dados registrados sobre a Produção Científica das IES tenham sua saída no formato de intercâmbio IBICT. A intenção é obter economia no processo de montagem de bases de dados bibliográficos e a otimização de cooperação na área;

VIII. Recomendar as agências governamentais de fomento apoio ao desenvolvi­

mento ou implantação de programas de automação de bibliotecas condiciona­

do à capacidade do sistema em fornecer registros para intercâmbio e formato

IBICT;

IX. Constituir um grupo de trabalho para estudar aprimoramento de normas co­muns de linguagens de indexação utilizadas nos diversos sistemas automati­zados, políticas de indexação e diretrizes que levem à compatibilização de di­ferentes normas internacionais de apresentação descritiva;

X. Concentrar esforços da definição de um projeto de automação de bibliotecas com características modulares, altamente parametrizáveis, para uso em vá­rios ambientes computacionais e institucionais;

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XI. Estimular a adoção de linguagem comum de comandos desenvolvidas inicial­mente em cooperação pelo IBICT, BIREME e CNEN/CIN, por todas as IES e entidades mantenedoras de bases de dados, objetivando diminuir o ônus do usuário no domínio de comandos, lógicas, operadores... anos e montagem de estratégias de busca ao consultar diversas bases;

XII. Garantir a participação da Secretaria Executiva do PNBU, como membro na­

to, no grupo de Trabalho em Informação do PADCT;

XIII. Garantir a participação da Secretaria Executiva do PNBU no planejamento e implementação dos projetos propostos no âmbito do PADCT, especialmente os referentes ao acesso público a bases de dados e do catálogo coletivo de publicações não-periódicas;

XVI.Apoiar procedimentos de agilização da atualização do catálogo coletivo nacio­nal de publicações periódicas, como instrumento para melhorar o serviço de comutação bibliográfica, incluindo aquisição de equipamentos e de software e recursos para sua instalação e uso pelas IES;

XV. Gestionar, pela inclusão e/ou incremento nos orçamentos das IES, recursos suficientes que permitam a oferta de serviços de acesso remoto às bases de dados pelas bibliotecas;

XVI. Desenvolver estudos visando a definição de uma política de indexação de pe­riódicos brasileiros, e a escolha das bases de dados mais adequadas para comparação dos registros decorrentes dessa atividade.

XVII.Criar junto à Secretaria Executiva do PNBU um sub-comitê para automação.

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II SIMPÓSIO SOBRE ARQUITETURA DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS

Belém, 15/06/89

PRESIDENTE - Bibliotecário Antonio Miranda (UnB)

RELATOR - Arquiteto José Freire da Silva Ferreira

RECOMENDAÇÕES E PROPOSIÇÕES

Durante a apresentação dos trabalhos e debates surgiram uma série de recomen­dações e proposições referentes a diversos aspectos, conforme se descreve a seguir:

- O PNBU deve desenvolver, através das Bibliotecas Universitárias, campanhas

educativas junto aos usuários (professores, alunos e comunidade) visando

conscientizá-los para o valor cultural e educacional do prédio e de seu acervo

no sentido de seu reconhecimento público e preservação;

- Os projetos arquitetônicos devem ser desenvolvidos, procurando-se soluções e

o uso de materiais adequados, visando diminuir a possibilidade de vandalismo

que possam atingir o prédio e o acervo, sem com isto prejudicar o conforto dos

usuários e pleno funcionamento da biblioteca;

- O PNBU deverá desenvolver, com a participação de profissionais (Bibliotecá­

rios e Arquiteto) da área, uma pesquisa visando a elaboração de um documento

que estabeleça os conceitos básicos relativos ao projeto da Biblioteca Univer­

sitária, assim como os critérios gerais de dimensionamento, planejamento e pro­

gramação arquitetônico de espaços e fluxos;

- A Biblioteca Universitária deve ser projetada dentro do enfoque de um centro

cultural, agregando-se em seu programa áreas de vivência, salas de leitura livre,

auditórios e ambientes para exposições, constituindo-se no mais importante es­

paço físico do Campus e representando a verdadeira expressão cultural dos

valores locais e regionais das prioritárias condições de estudo e pesquisa;

- Definir a Reforma Administrativa básica do sistema local de bibliotecas universitá-

rias previamente, à programação e elaboração do projeto arquitetônico, garan­

tindo' a adequabilidade da estrutura administrativa ao novo espaço físico e a in­

tegração a Universidade como um todo.

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II SIMPÓSIO SOBRE ARQUITETURA DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS

MOÇÃO

A plenária do II SIMPÓSIO SOBRE ARQUITETURA DE BIBLIO­

TECAS UNIVERSITÁRIAS, dentro do VI SEMINÁRIO NACIONAL DE

BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, dirige-se ao Ministério de Educação

em particular e ao Governo Federal, em geral, conclamando o rápido

retorno aos investimentos para ampliação, reforma, manutenção e im­

plantação de Bibliotecas Universitárias, assim como seja reestudado o

Retorno do CEDATE como órgão de fomento e orientação técnica,

atuando na área específica de Bibliotecas Universitárias através do

PNBU.

Belém, 15/06/89

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GRUPO DE TRABALHO PARA ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO

"PROGRAMAÇÃO E PLANEJAMENTO DE

BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS"

- Arquiteto JOSÉ GALBINSKY (U.N.B.)

- Bibliotecário ANTONIO MIRANDA (U.N.B.)

- Arquiteto CLÁUDIO MAFRA (U.FJ.F.)

Arquiteta ILZA VITÓRIO ROCHA (U.F.G.)

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ÍNDICE DE AUTORES

ALBUQUERQUE, Norma Oliveira Cavalcanti de,

ALMEIDA, Eloisa Helena P. de,

ALVES, Tarcísio Siqueira,

ANDRADE, Maria Teresinha Dias de,

ASSUMPÇÃO, Paulo Régis,

BALMAS, Dalila Capetine,

BELLAS, Cláudia Moreno,

BELLUZZO, Regina Célia Baptista,

BORGES, Stella Maris,

BREJÃO, José Roberto

CANCELLA, Ricardo Nogueira,

CARDOSO, Maria Nilce Bezerra,

CARVALHO, Carlos Alberto Picanço de,

CARVALHO, Vera Maria de Aguiar,

CERQUINHO, Hilda Gomes,

CHASTINET, Yone,

COLLETA, Terezinha das Graças,

CORDEIRO, Elizabete de Magalhães,

CUENCA, Ângela Maria Belloni,

CUNHA, Amauri Marques da,

DECOURT, Eugênio,

DIAS, Maria Aríete P. B.,

DIAS, Maria Matilde Kronka,

ELEUTÉRIO, Irene Lerche,

FERNANDES, Carlos César,

FIGUEIREDO, Nice,

FONTOURA, Maria das Graças,

GALBINSKY, José,

GUARIDO, Maura Duarte Moreira,

KLAES, Rejane Raffo,

LAGE, Ângela,

LANE, Sandra Souza,

LEÃO, Maria Ruth M.,

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LIMA, Luzimar Alves de,

LIMA, Maria Ferreira,

LIMA, Raimundo Martins de,

LOPES, Maria da Consolação Palmeiras,

MAIA FILHO, Tancredo,

MARCONDES, Carlos Henrique,

MEDEIROS, Ligia Policarpo M„

MERCADANTE, Leila M. Z.,

MIRANDA, Antônio,

MORAES, Sylvia H. M. Horiguela de,

MOSQUEIRA, Cláudio Maffra,

MUELLER, Suzana,

MORONHA, Daisy Pires.

OLIVEIRA, Leonilha Maria Brasileiro de,

OLIVEIRA, Márcia Maria Pinheiro de,

OLIVEIRA, Tereza da Silva Freitas,

PARANHOS, Wanda Maria M. R.

PELEGRINO, Virgínia Lúcia V.,

PEREIRA, Maria de Nazaré F.,

PINHEIRO, Lena Vania Ribeiro,

POBLACIÓN, Dinah Aguiar,

RAPOSO, Maria de Fátima Pereira,

REIS, Luis Antônio,

ROCHA, llza Vitorio,

RODRIGUES, Manuel da Silva,

RODRIGUES, Roberto,

SADI, Benedita Silveira Campos,

SANTORO, Maria Izabel,

SAYÃO, Luiz Fernando,

SCHREINER, Heloisa Benetti,

SILVA, Ana Rosa dos Santos Rodrigues da,

SILVA, Sônia T. Dias Gonçalves da,

SILVA, Tânia Urbano da,

SOUZA, Clarice Muhlethaler de,

VALLE, Maria Cecília Malta,

VINAGRE, Ronaldo de Castro Maia,

XAVIER, Eliane Falcão Tuler,

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Tel.: (091) 233-0217. Belém do Pará.

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