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LIVROS- REPORTAGEM E INSPIRAÇÕES

Livros-reportagem

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Livros que foram usados como inspiração para "Aguarde sempre o desembarque" e indicações de leitura da revista Chuvisco.

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Page 1: Livros-reportagem

LIVROS-REPORTAGEM

E INSPIRAÇÕES

Page 2: Livros-reportagem

A Alma Encantadora das Ruas

João do Rio foi o primeiro a mostrar que lugar de jornalista é na rua, observando os acontecimentos da cidade. Suas crôni-cas, publicadas inicialmente no jornal Gazeta entre os anos de 1881 - 1921, formam um retrato das mudanças que aconte-ciam no Rio de Janeiro da época.

“Flanar é ser vagabundo e refletir, é ser basbaque e comentar, ter o vírus da observação ligado ao da vadiagem” (p. 31).

João do Rio

Page 3: Livros-reportagem

O Livro Amarelo do Terminal

Para quem não conhece o Terminal do Tiête, em São Paulo, ler o livro pode fazer o lugar parecer muito mais encantador que ele é para mui-tas pessoas, já que Vanessa aponta pequenas particularidades do local que escapam de olhares menos atentos. Personagens ótimos e histórias originais da vida parecem pairar no terminal feito pó. A jornalista mostra como um olhar diferente pode revelar muitas coisas do cotidiano.

“A rodoviária é uma cidade de pessoas que andam com um enorme fiapo nos pés, de gente que derruba café no chão e joga papel higiêni-co fora do lixo” (p. 11).

Vanessa Barbara

Page 4: Livros-reportagem

Hiroshima

Contando as experiências de seis personagens, John Hersey retratou a realidade da bomba de Hiroshima com precisão e detalhes. A reconstrução do momento que matou milhares de pessoas em 1945 terminou apenas 40 anos depois, quando Hersey voltou a cidade e conversou novamente com os seis entrevistados.

“Então um imenso clarão cortou o céu. O reverendo se lembraria nitidamente de que o clarão partiu do leste em direção ao oeste, da codade em direção às montanhas. Os dois amigos reagiram, apavorados - e tiveram tempo para reagir (pois mais de três quilômetros os separavam do centro da explosão.” (p. 11).

John Hersey

Page 5: Livros-reportagem

Radical Chique e o Novo Jornalismo

O livro é uma espécie de bíblia do New Journalism, modelo de jornalismo praticado dos EUA a partir da década de 40, que permitia que as histórias fossem contadas com uma liberdade literária. Radical Chique e o Novo Jornalismo é uma compilação de textos do Tom Wolfe, dos quais, além de matérias de jornalismo literário, está uma explicação de como o New Journalism surgiu e se firmou nos veículos de comunicação.

“Jubas franjadas ninhos bufantes bonés de Beatle carinhas de criança cílios postiços o-lhos de decalque suéter estufado sutiãs de ponta frandeses blue jeans de couro batido calças de stretch bumbuns de néctar botas de duende até as canelas sapatilhas de baila-rina Knight, centenas deles, desses brotinhos chamejantes, pulando e gritando, revoan-do pelo Auditório da Academia de Música debaixo daquele vasto e velho teto abobado de querubins embolorados lá em cima - eles não são super maravilhosos?” (p. 137).

Tom Wolfe

Page 6: Livros-reportagem

O que eu não contei

Azar Nafisi, iraniana, é professora de literatura na Ox-ford Univesity. No livro, ela conta o que acontecia com sua família e sua vida enquanto o Irã passava pela Re- volução Islâmica. Apesar de ser autobiográfico, o livro mostra como uma situação nacional afeta a vida dos in-divíduos.

“Em seu manuscrito, meu pai descreve aqueles que habitavam seu mundo - jovem mãe, tímida e gentil, que raramente olhava os próprios filhos nos olhos; o tio fanático, sempre tentando salvar o sobrinho teimoso dos fogos do inferno (...). O que me espanta agora não é como Isfahan contivesse tantas contradições - que cidade que não às contém? -, mas o fato que meu pai contamplava seriamente a possibilidade de publicar es-sas histórias” (p. 64).

Azar Nafisi

Page 7: Livros-reportagem

Cargo

O livro, em alemão e ainda sem tradução para o portu-guês, é um livro-repotagem em quadrinhos. Mostrando a relação entre Israel e Alema- nha, quadrinistas e jornalistas trabalharam juntos para mon-tar o roteiro, que apresenta uma nova maneira de se abor-dar a realidade.

Tim Dinter, Yirmi Pinkus, Jan Feindt, Rutu Modan, Jens Harder, Guy Morad