LOGÍSTICA REVERSA - UMA ANÁLISE DA EVOLUÇÃO

  • Upload
    riacaj

  • View
    392

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

  • 5/10/2018 LOGSTICA REVERSA - UMA ANLISE DA EVOLUO

    1/7

    LOGISTICA REVERSA: Uma analise de sua evolucao por meio da revisao da literatura

    LOGISTICA REVERSA :Uma analise de sua evolucaopor meio da revlsao da literaturaAutoras: Gisele de Lorena Diniz Chaves & Rosane Lucia Chicarelli Alcantara

    INTRODUC;AOUrn processo de producao

    tradicional implica que materias-primassejam transformadas em produtos,sendo, entao, estruturados canais dedistribuicao com 0 objetivo de fazerchegar os produtos finais aosconsurnidores. No entanto, produtosdefeituosos, danificados, fora do prazode validade, reciclaveis, oriundos de errosde pedido, dentre outros fatores, geramurn fluxo contrario do cliente final ou deoutros membros do canal de distribuicaopara a industria ou outro agenteresponsavel pela adequada destinacaodestes produtos. Estes produtos (aquitambern chamados de retornos) geramfluxos reversos que demandam urngerenciamento diferenciado daqueleutilizado no fluxo direto para urn melhordesempenho de seus processos.

    Esta operacao, denominada delogistica revers a, e compreendida como aatividade responsavel pelo planejamentoe gerenciamento deste fluxo reverso deprodutos. Esta atividade tern a finalidadede promover a valorizacao dos bensrecuperados com reducao de custos,perrnitir ganhos por diferenciacao deimagem corporativa e atendimento asquestoes ambientais impostas pelalegislac,:ao ou pelo pr6prio mercadoconsurnidor.

    Alern do aumento da eficiencia eda competitividade das empresas queimpulsiona a otimizacao das atividadeslogisticas, a mudanca na cultura decon sumo dos clientes, assim como suaconscientizacao para a preservacaoambiental e pressao exercida junto aos6rgaos fiscalizadores e governos,tambern tern incentivado a expansao dalogistica rever sa. Mas, alern destesfatores, a logistica reversa ternconquistado maior irnportancia e espac,:ona operacao logistica das empresastambern por seu potencial econ6rnico.

    Nas grandes empresas norte-americanas,a logistica reversa contabiliza cerca de4% dos custos logisticos totais, urn valorestimado de US$ 35 a 42 bilhoes ao ano.Este fato deterrnina a irnportancia domelhoramento dos process os envolvidoscom os produtos e materiais retornados.

    Embora cada vez mais empresasestejam encarando a habilidade para levarde volta material pela cadeia desuprimentos como uma capacidadelogistica importante, a maio ria destasempresas ainda nao enfatiza a logisticareversa como uma atividade capaz desuscitar em vantagens competitivas.Portanto, 0 objetivo deste artigo emostrar a evolucao da logistica reversapor meio de uma revisao da literatura euma evolucao das publicacoes ao longodo tempo. As bases eletr6nicas utilizadaspara busca nesta pesquisa foram 0Emerald (portal de Peri6dicos da Capes)e 0S er vic e C ommu n d e la D o cum en ta tio n daUni ver s it e de l a Med i te r ranee , assim como 0acervo da Biblioteca Cornunitaria daUFSCAR, da Biblioteca Central daEESC-USP, da B ib lio th eq ue N atio na le d eFrance (BNF) e da Bibl io theque Univers it a irede la F aculte de Sciences E conom iques e t deGest ion (Aix-Marseille II). Alem disso,tam bern foram consultados os anais doseventos citados.

    B RE VE D EFIN IC ;A O E E SC OPOD A LO GfS TIC A R EV ER SA

    Nos ultimo s anos, tem-seobservado urn crescente interesse pelalogistica reversa, tanto pela literaturaquanto pelo mercado. Em resposta acrescente preocupacao da sociedade comas questoes ambientais, as empresasbuscam reduzir os impactos negativos desua atividade ao meio ambiente. Este fatoimpulsiona acoes por parte de algumas

    . .empresas que visam comurucar aopublico uma imagem de uma empresaque se preocupa com 0meio ambiente. A

    COMPETENCIA EM LOGISTICA

    logistica reversa e uma atividade que fazmuito bern este papel e, por ser muitoexplorada neste sentido, e muitas vezesassociada so mente as qu es to esambientais da logistica.

    A definicao de logistica reversamudou ao longo do tempo, cornecandocomo urn simples fluxo em direcaocontrana, passando por uma enfaseexagerada nas questoes ambientais evoltando aos pilares originais doconceito. Por ser urn conceitorelativamente novo, as definicoes eescopo ainda estao sendo estabelecidosna literatura especializada.

    A logistica reversa po de serdefinida como 0 fez 0 Conselho deProfissionais de Gestae da Cadeia deSuprimentos (COUNCIL OF SUPPLYCHAIN MANAGEMENTPROFESSIONALS, 2005): "urnsegmento especializado da logistica quefoca 0movimento e gerenciamento deprodutos e materiais ap6s a venda e ap6sa entrega ao consumidor. Incluiprodutos retornados para reparo e/oureembolso financeiro". Leite (2003, p.16-17) des creve as atribuicoes dalogistica reversa e as vantagensenvolvidas como:

    [ ..] a a re a d a l og is tic a emp r es ar ia lq ue p lan r:ja , o pera e c on tro la 0fluxo e as in form afoes log isticasc orrespo nd en tes , d o reto rn o d osb ens d epo su end a e d epo s- co n sumoao cicio de negocios ou ao ciciopro du tiv o, p or m eio d os ca na is d edistribuifao reuersos, agregando-lh es v alo r d e d iv ersa s n atu re za s:econdmico , legal, log is tico , deimagem corpo ra ti va , en tr e ou tr o s.

    Fevereiro de 2010 - Artigo de Gisele de Lorena Diniz Chaves e Rosane Lucia Chicarelli Alcantara

  • 5/10/2018 LOGSTICA REVERSA - UMA ANLISE DA EVOLUO

    2/7

    LOGISTICA REVERSA: Uma analise de sua evolucao por meio da revisao da literatura

    A 10glstica reversa pode seranalisada segundo a estrutura propostapor De Brito (2004), que segue asquestocs fundamentais para estaatividade:

    - Por que implementar? osmotivadores para que as empresas seenvolvam com a logistica reversa(estimuladores) ;

    - Por que retornar? - as razoespelos quais os produtos sao retornados(motivos de retorno);

    - Como? - como 0 retorno erealizado (process os);

    -0que? - 0 que esta sendoretornado (caracteristicas de produto eos tipos de produto);

    - Quem? - quem esta realizandoos retornos (atores e seus papeis),Estas questoes fundamentais

    constituem as dimensoes da 10glsticareversa. Os principais autores afirmamque os objetivos para a implantacao destaatividade sao principalmente 0ecoriomico (ganho financeiro naoperacao), a diferenciacao no service, alegislac,:ao e 0 ganho de imagemcorporativa. Como procedimentologistico, a logistica reversa diz respeitoao fluxo de produtos ou embalagens quevoltam a empresa por algum motivo(devolucoes de clientes, retorno deembalagens, retorno de produtos paraatender a legislac,:ao, defeito, falta deatendimento as expectativas, erro depedidos, excesso de estoque, danificacaoou contaminacao do produto e produtosfora de linha (Surplus), dentre outros).Os diferentes tipos de retornos(produtos ou embalagens, retornoscomerciais ou retornos logisticos comorecall, por exemplo) ocorrem porvariados motivos, mas pode-seidentificar tres tipos de retornos: osretornos de fabricacao, os retornos dedistribuicao e retornos do cliente, comoapontam Dekker et al. (2004).

    A 10glstica reversa trata dequestoes muito mais amplas que osrecalls. Inicialmente, as atividadesenvolvidas com a logistica reversaincluem a coleta, a inspecao e aclassificacao dos produtos e embalagens.Os materiais podem retornar aofornecedor ou podem ser revendidos seainda estiverem em condicoes adequadasde cornercializacao. Alem disso, os benspodem ser recondicionados, ou

    reciclados. 0oco de atuacao da logisticareversa envolve a reintroducao dosprodutos a cadeia de valor pelo cicloprodutivo ou de negocios e, portanto, urnproduto so e descartado em Ultimo caso.

    Para que haja urn fluxo reverso,todas estas atividades devem serrealizadas pelas empresas fabricantes oudistribuidoras dos produtos, assim comopodem ser terceirizadas a empresasespecializadas na execucao de algumastarefas como coleta, s eparac ao,reciclagem, dentre outros. Os atoresenvolvidos vao ser definidos em funcaodos diferentes canais reversos. Porexemplo, em canais reversos de pos-venda (em que os produtos nao foramutilizados), utilizam-se os mesmos atoresdo canal de distribuicao direto ja queretornam os produtos as industrias deorigem. 0mesmo nao vale para 0 canalreverso pos-consumo (em que osprodutos ja foram consurnidos), pois asempresas devem desenvolver novoscanais revers os e isto inclui definir osagentes envolvidos no canal. Alem disso,algumas caracteristicas dos produtos,como periculosidade, definem os agentesespecializados para seu trans porte edescarte. Nesta operacao, vale ressaltarque os atores envolvidos e a relacao entreeles e muito importante para evitarineficiencia no processo reverso. A faltade gerenciamento do retorno de benspo de ocasionar problemas comerciaisentre as empresas produtoras e seuscanais de distribuicao, influenciando atemesmo 0 consurnidor final.

    A LGUM AS P UB LlC AC ;O ESR ELE VA NT ES S OBRE L OG fS TIC AREVERSA

    Nos anos noventa, 0 antigoCLM (hoje CSCMP) publicou estudosrelevantes em logistica reversa. 0primeiro foi 0 livro de Stock (1992) cujotitulo e Reverse Logist ics . Este livro e umareferencia por introduzir a perspectiva dereducao dos residuos e afirmou, a partirde pesquisa na industria norte-americana, que 0 desenvolvimento dalogistica reversa estava em seu estagioinicial. No ana seguinte 0 CLM publicouo livro de Kopicky et a l (1993): R eu se a ndReryc ling Reverse Logist ic s Oppor tun i ti e s que,por sua vez, como 0 proprio titulo

    COMPETENCIA EM LOGISTICA

    informa, destaca as oportunidades que 0gerenciamento dos fluxos reversostrazem por meio da reutilizacao ereciclagem de produtos e embalagens.Urn segundo livro de Stock foi lancadoem 1998: Deve lopmen t and Implemen ta t ion o fRe ve rs e L o gi st ic s P r og rams, abordando aimplantacao e 0 desenvolvimento da10glstica reversa considerando aspectoscomo a sua gestao, controle,performance e custos; assim como casosde aplicacao de logistica reversa.

    Outra publicacao importante eo livro Go in g B a ckwar ds : R e ve rs e L o gi st ic sT r en d s a n d P r ac ti ce s de Rogers e Tibben-Lembke em 1998, baseado em umaextensiva pesquisa com empresas norte-americanas. 0estudo aborda questoeseconornicas, objetivos estrategicos,reducao de custo e os canais reversos.Apos estas publicacoes que auxiliaram 0desenvolvimento da 10glstica reversa, foipublicado 0 livro Qu an tita tiv e Mo de ls fo rReverse Logist ic s de Fleischmann (2001),baseado em sua tese de doutorado, queconsidera modelos quantitativos queincorporam os fluxos revers os e suairnplernentacao na IBM.o RevLog (E uro pea n W ork in gGroup on Rev er s eLog is ti cs ) publicou 0 livrode Dekker et al (2004): Reverse Logist ic s :Q u an tita tiv e Mo de ls fo r C lo se d-L oo p S up plYChains; dedicado a modelagemquantitativa como auxilio na tomada dedecisao para a 10glstica reversa de ciclofechado e traz exemplos reais. Sob umaotica distinta, neste mesmo ano,Dyckhoff et al (2004) organizou apu blicacao do livro SupplY Cha inM anagem ent and R everse Logistics, queintegra a 10glstica reversa ao urn conceitode SCM.

    No Brasil foi publicado 0 livroLogistica Reversa: Meio Ambiente eCompetitividade de Paulo Roberto Leite(2003) que aborda os conceitos de canaisrevers os e propoe urn modelo relacionalentre os diversos direcionadores de urnprograma de logistica reversa,apresentando casos brasileiros.

    Alern dos livros, varias tesesenriqueceram a literatura sobre 0 tema.Destacam-se algumas como a deMarianne Jahre (1995), que investigou 0desempenho dos sistemas de coleta ereciclagem de lixo dornestico, com enfasenas embalagens. Outra tese comrepercussao internacional foi a de Moritz

    Fevereiro de 2010 - Artigo de Gisele de Lorena Diniz Chaves e Rosane Lucia Chicarelli Alcantara 2

  • 5/10/2018 LOGSTICA REVERSA - UMA ANLISE DA EVOLUO

    3/7

    LOGISTICA REVERSA: Uma analise de sua evolucao por meio da revisao da literatura

    Fleischmann (2000), que trabalhou commodelos qualitativos para analisar 0design da rede de logistica reversa e agestao de inventario, Outro trabalhorelevante foi a tese de Antoine Landrieu(2001) sobre produtos eletricos eeletronicos, Seu trabalho enfatiza asestrategias de coleta considerando, 0produto e a zona geografica. Nestemesmo setor de atividade, MarleneMonnet defendeu sua tese em 2007sobre a interrnediacao dos prestadoresde services logisticos considerando asquest6es de sustentabilidade(MONNET, 2007). Por fim, a tese deMarisa de Brito (2004) traz uma amplaanalise da logistica reversa e umaestrutura de diagnostico, bern comoidentifica fatores crr tt co s quedeterrninam como a logistica direta e areversa devem ser combinadas (DEBRITO,2004).

    Nao somente os livros e tesespublicadas, mas diversos outros

    Quadro 1

    trabalhos como artigos relevantes,influenciaram 0 desenvolvimento daliteratura atual sobre logistica reversa. 0Quadro 1 traz, de forma reduzida ebreve, alguns trabalhos relevantes para asareas relacionadas. Porem, devem-sedestacar alguns trabalhos como 0Gungor e Gupta (1999) publicaram umaextensiva revisao a partir de mais de 300artigos e livros sobre a producao queconsidera as quest6es ambientais e arccuperacao de produtos. Comoconclusao, os autores observaram anecessidade de mais estudos qualitativose quantitativos para auxiliar a tomada dedecisao nas empresas. Carter e Ellram(1998) tambern fazem uma revisao deliteratura sobre compras, transporte eembalagens relacionados com a logisticareversa e prop6em uma estrutura com osdeterminantes da logistica reversa.Outros autores que prop6em umarevisao da literatura sobre logisticareversa sao Lambert e Riopel (2003). Ja

    COMPETENCIA EM LOGISTICA

    Mahadevan e Deb (2007) tam bern fazemuma revisao bibliografica sobre alegislac,:ao relacionada com a logisticareversa e prop6em uma estrutura para arccup eracao e remanufatura dosprodutos em fim de vida util,Alem destes artigos,Fleischmann e t a l (1997) que trazem umarevisao de modelos de pesquisaoperacional para a logistica rever sa. Estarevisao e organizada considerando adistribuicao, controle de inventario eplanejamento da producao em que 0autor considera a relevancia de umaabordagem que considere tanto aspectoseconornicos quanto ambientais.

    Cabe citar tambern 0 recentetrabalho realizado por Leite e t a l ( 20 08 )que e urn diagnostico dos habitosempresariais brasileiros em logisticareversa. Este estudo envolveu 188empresas de diversos setores daeconomia e faz uma analise para 0mercado nacional.

    CONTRIBUI

  • 5/10/2018 LOGSTICA REVERSA - UMA ANLISE DA EVOLUO

    4/7

    LOGISTICA REVERSA: Uma analise de sua evolucao por meio da revisao da literaturaCOMPETENCIA EM LOGISTICA

    J a 0Quadro 2 relaciona alguns artigos que apresentam estudos de caso espedficos sobre a logistica reversa para setoresdiversos. Ressalta-se 0trabalho de De Brito e t a l. (2003) que fazem uma detalhada revisao e classificacao de estudos de caso emlogistica reversa e tambern serve como fonte para pesquisas.

    Quadro 2

    SETOR AUTORESTan e Arun (2006) Giuntini e Andel (1995)Computadores Tan, Yu e Arun (2003)Knemeyer; Ponzurick e Logar (2002)

    Varejo Koster; De Brito e Van de Vendel (2002)Tibben-Lembke e Rogers (2002)Mercado Editorial Wu e Cheng (2006)Brito, Leite e Macau (2005)

    Lukashik (2006)Autom6veis Srivastava (2006)

    Krikke et al. (1999b)Walther; Spengler (2005) Meyer (1999)

    Equipamentos Eletricos e Eletr6nicos Lee; Mcshane e Kozlowski (2002)Sodhi et Reimer (2001)

    Industria Quimica De Oliveira; Gamboa e Dos Santos (2003)Equipamentos Medicos Aminia; Retzlaff-Robertsb, e Bienstock (2005)Agroalimentar Chaves e Alcantara (2006)Chaves (2005)Ceramica Ramos (2004)Betini e Ichihara (2007)Vidros Goncalves e Marins (2006)

    Goldsby et Closs (2000)Exerciro Diener et al (2004)

    Fonte: CHAVES e ALCANTARA, (2009) Quadro 2: Peri6dicos internacionais com publicacoes em logistica reversa

    A EVOLUC;AO DA LOGfSTICA REVERSA POR M EIO DA AVALlAC;AODO NUM ERO DE PUBLlCAC;OES EM PER IOD ICOS EVENTOS

    o proximo Quadro 3 traz os resultados de uma busca realizada por Mahadevan e Deb (2007) em diversos periodicosinternacionalmente conhecidos por artigos relacionados ao tema logistica reversa entre 1996 e 2006.

    Quadro 3PERIODICOS INTERNACIONAIS NUMERO DE ARTIGOS

    International Journal of Production Economics 24European Journal of Operational Research 24International Journal of Production Research 14Omega 14International Journal of Physical Distribution &Logistics Management 8California Management Review 9Management Science 8

    Fevereiro de 2010 - Artigo de Gisele de Lorena Diniz Chaves e Rosane Lucia Chicarelli Alcantara 4

  • 5/10/2018 LOGSTICA REVERSA - UMA ANLISE DA EVOLUO

    5/7

    LOGISTICA REVERSA: Uma analise de sua evolucao por meio da revisao da literaturaCOMPETENCIA EM LOGISTICA

    Production &Operations Management 7Interfaces 6

    3upply Chain Management: An International Journal4nternational Journal of Operations and Production Management4ournal of Operations Management

    Manufacturing &Services Operations Management 2Harvard Business Review 3Journal of the Operational Research Society 2European Management JournalDecision Sciences

    Logistics Information ManagementProduction Planning &ControlThe Journal of Business & Industrial MarketingManagement Research NewsTransportation ResearchIndustrial Management &Data SystemsMIT Sloan Management ReviewProceedings of The Institution of Mechanical EngineersIIMB Management ReviewJournal of Business LogisticsTotal

    Fonte: Mahadevan e Deb (2007, p. 33) Quadro 3: Peri6dicos internacionais com publicacoes em logistica reversa entre 1996-2006

    o Quadro 4 traz uma lista nao exaustiva dos trabalhos publicados nos peri6dicos nacionalmente reconhecidos (QualisCapes N acional A na area deEngenharias III) relacionados ao tema logistica rever sa.

    Quadro 4

    P ERIO D ICO S NAC IO NAIS N !! D E AUTORESARTIGOSChaves e Batalha (2006) Seliger; Kernbaum e Zettl (2006)

    Gestao &Producao 6 Goncalves e Marins (2006) Simonetto e Borenstein (2006)Goncalves-Dias (2006) Cunha e Caixeta Filho (2002)Dlmaier e Sellitto (2007) Lima e Rornero-Filho (2003)

    Producao 4 Goncalves-Dias e Teod6sio (2006)Guarnieri (2006)Da Costa et al. (2007) Cimino e Zanta (2005)Engenharia. Sanitaria Ambiental 4 Prado Filho e Sobreira (2007)Massukado e Zanta (2006)

    Investiga

  • 5/10/2018 LOGSTICA REVERSA - UMA ANLISE DA EVOLUO

    6/7

    LOGISTICA REVERSA: Uma analise de sua evolucao por meio da revisao da literatura

    RevistaBrasileirade CienciasFarmaceuticas Gil (2007)Total

    Fonte: CHAVESe ALCANTARA,(2009)

    COMPETENCIA EM LOGISTICA

    Quadro 4: Peri6dicosnacionais(QualisA) com publicacoesem logisticareversaentre 2000-2008

    Alern disso, uma analise daspublicacoes em eventos (encontros esimp6sios) de relevancia no pais na areade Engenharia de Producao nos ultimosanos foi realizada. Todos os artigos doENEGEP (Encontro Nacional deEngenharia de Producao), do SIMPOI(Simp6sio de Administrac,:ao daPro ducao, Logistica e Operaco esInternacionais) e do SIMPEP (Simp6siode Engenharia de Producao) dos anos de2005 a 2008 que continham os termoslogistica reversa, canais ou fluxosreversos no titulo ou palavras-chaveforam considerados. P6de-se verificarque as publicacoes relacionadas ao tematern aumentado a cada ano.

    Portanto, a atual fase dedesenvolvimento do tema de pesquisa alogistica reversa - pode ser consideradainicial pela evolucao do numero depublicacoes no tempo. Mahadevan eDeb (2007) apontam 144 artigospublicados em peri6dicos internacionaissobre logistica reversa entre 1996 e 2006.No Brasil, foram publicados 18 artigosem peri6dicos nacionalmentereconhecidos entre 2000 e 2008. Outrosestudos que abordam esta evolucao saoGungor e Gupta (1999) e Lambert eRiopel (2003).

    No entanto, uma analise do

    Referencias

    Quadro 2 mostra que 0 volume deestudos que abordam aoperacionalizacao da logistica reversa emalguns setores importantes da economiaainda e bastante lirnitado. A logisticareversa e seus canais de distribuicaoreversos ainda n a o foramsuficientemente explorados, mesmo oscanais para os produtos mais conhecidose melhor estruturados nao possuemdados organizados para estudo.

    CONS ID ERAC;O ES F IN A lSA revisao da literatura mostra

    que as pesquisas sao realizadas parasolucionarem os problemas encontradosna industria, seus fornecedores edistribuidores. A evolucao do numero depublicacoes evidencia que a logisticareversa e uma area de pesquisa que seencontra em fase de desenvolvimento.Os trabalhos publicados sobre este temaainda definem 0 escopo e limites daatividade de gestao dos fluxos reversos,assim como a consolidacao de seusconceitos. Apesar de ser not6rio 0crescimento da im p o rtanc ia dogerenciamento do fluxo reverso nasempresas e sua irif lu e n cia norelacionamento entre os elos do canal dedistribuicao, a carencia de estudos sobre

    este tema dificulta a visualizacao dasvantagens inerentes ao uso da logisticareversa.

    A insuficiencia de inforrnacao econseqiiente estrutura deficiente doscanais podem comprometer seufuncionamento de forma eficienteocasionando perdas. Muitas vezes, asempresas nao possuem inforrnacoes edados que sup or tern as decisoesinerentes ao gerenciamento da logisticareversa. Os autores consultadosassumem que a logistica reversa ainda eurn tema de pesquisa com varias lacunasa serem preenchidas e sugerem variest6picos para pesquisas futuras.

    Portanto, ap6s a analise daliteratura existente sobre 0 tema e seuagrupamento por assunto e setorpesquisado, sugere-se pesquisas queabordem aspectos espedficos dalogistica reversa, como as suas praticas,os fatores criticos para 0gerenciamentoda atividade, a avaliacao de suaperformance para os diversos setores daeconornia. Alem disso, sugere-se urnaprofundamento do estudo da logisticareversa interagindo com outras areas deestudo como os canais de distribuicao e acadeia de suprimentos.

    CARTER, C. R.; ELLRAM, L. M. Reverse logistics: a review of the literature and framework for future investigation. Journal ofBusinessLogistics,v.19,n.l,p.85-102,1998.CHAVES, G. L. D., ALCANTARA, R.L. C. Logistica Reversa: uma analise de sua evolucao por meio da rcvisao da literatura. Anais . ..XXIXEncontro Nacional deEngenharia dePro ducao XXIXENEG EP, Salvador, 2009.COUNCIL OF SUPPLY CHAIN MANAGEMENT PROFESSIONALS (CSCMP). Supply chain and logistics terms and glossary,2005. Disponivelem: http://www.cscmp.org/Terms/ glossary03.htm Acesso em: janeiro de 2005.DE BRITO, M. P. Managing reverse logistics or reversing logistics management? 2004. 324p. Tese (doutorado) - Erasmus UniversityRotterdam, Rotterdam, 2004.DEKKER, R. eta!' Reverselogistics: quantitative models for closed-loop supply chains. Berlin: Springer- Verlag, 2004.FLEISCHMANN, M. QuantitativeModels for ReverseLogistics. Berlim: Springer- Vergag, 2001.______ . Quantitative models for reverse logistics. Rotterdam, Holanda, 2000. 223p. Tese (doutorado). Erasmus University Rotterdam,2000.FLEISCHMANN, M.; BLOEMHOF-RUWAARD, J.M.; DEKKER, R.; VAN NUNEN, J.; VAN WASSENHOVE, L. N.Quantitativemodels for reverselogis tics: Areview. EuropeanJournal of Operational Research, vo!' 103,n. 1,1997. p.l-l 7.GUNGOR, A.; GUPTA, S. M. Issues in environmentally conscious manufacturing and product recovery: a survey. Computers &

    Fevereirode 2010 - Artigo de Giselede Lorena Diniz Chavese RosaneLucia ChicarelliAlcantara 6

    http://www.cscmp.org/Terms/http://www.cscmp.org/Terms/
  • 5/10/2018 LOGSTICA REVERSA - UMA ANLISE DA EVOLUO

    7/7

    LOGISTICA REVERSA: Uma analise de sua evolucao por meio da revisao da literaturaCOMPETENCIA EM LOGISTICA

    IndustrialEngineering, vo!' 36, n.4,p. 811853, 1999.KOPICKY, R.J. eta!' Reuseand recycling: reverse logistics opportunities. Council of LogisticsManagement, OakBrook,IL. 1993JAHRE, M. Logistics Systems for recycling: efficient collection of household waste. 1995. Tese (doutorado). Chalmers University oftechnology, Gutenberg, Sueci a, 1995.LAMBERT, S.; RIOPEL, D. Logistiqueinversee: rcvue de lit ter ar ur e. Les Cahiers du GERAD, outubro 2003.LANDRIEU, A. Logistique inverse et collecte des produits techniques en fin de vie: to ur n ccs de vehicles avec contraintes. 2001. 160p.Tese (doutorado). InstitutNational Poly technique de Grenoble. Grenoble, Franca, 2001.LEITE, Paulo Roberto. LogisticaReversa: meioAmbientee competitividade. Sao Paulo: PrencticeHall, 2003.LEITE, P. R.; BRITO, E.P. Z.; SILVA,A.A. Hab itos empresariais brasileiros emlogisticareversa. In: XISimp6sio de Administracao daProd ucao.Logfs tica e Oper acoes Internacionais XI SIMPOI, Sao Paulo, 2008. Anais ... Sao Paulo, FGV,2008.MAHADEVAN, B.; DEB, M. A survey based framework for recovery and Remanufacturingissues of Orphan Products. In: 18thAnnualConference of Production and Operations Management Society, Dallas, Texas, EUA, maio de 2007. Proceedings ... Dallas, POMS, 2007.Disponivel em: www.poms.org/conferences/poms2007 / CDProgram/Topics/ full_length_papers_files/007 -0126.pdf Acesso em:outubrode2008.MONNET, M. L'int.cr mediatio n du prestataire de services logistiques dans une supply chain en contexte de dcvclopp erncn t durable.2007. Tese (doutorado). Un iver sit edc la Medit c r ranec Aix-MarseilleII,Aix-en-Provence, 2007.ROGERS, D. S.; TIBBEN-LEMBKE, R. S. Going backwards: reverse logistics trends and practices, University of Nevada. Reno:CLM,1998.STOCK,J. R. Developmentandlmplementationof Reverse Logistics Programs, OakBrook: Council of LogisticsManagement, 1998.______ .Reverse Logistics, OakBrook: Council of LogisticsManagement, 1992.TIBBEN-LEMBKE, R. S.; ROGERS, D. S. Differences between forward and reverse logistics in a retail enrironment. Special FeatureReverseLogistics. Supply Chain Management: AnlnternationalJournal, vo!' 7, n.5, 2002,pp.271-282

    Artigo de:G isele de L orena D iniz C haves

    Rosane Lucia Ch icare lli A lcan ta ra

    7

    http://www.poms.org/conferences/poms2007http://www.poms.org/conferences/poms2007