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Loriga Origem: Wikipédia, a encic Ir para: navegação , pesquis Nota: Este artigo é sob Loriga, veja Ray Loriga . Portugal clopédia livre. sa bre a uma vila portuguesa. Para o escritor e cin Loriga Freguesia Vista geral de Loriga neasta Ray

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Loriga Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Ir para: navegação, pesquisa

Nota: Este artigo é sobre a uma vila portuguesa. Para o escritor e cineasta Ray Loriga, veja Ray Loriga.

Portugal

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. pesquisa

Este artigo é sobre a uma vila portuguesa. Para o escritor e cineasta Ray

Loriga

— Freguesia —

Vista geral de Loriga

Este artigo é sobre a uma vila portuguesa. Para o escritor e cineasta Ray

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Loriga

País

Concelho

- Tipo Junta de freguesia

Localização de Loriga em Portugal

40° 19' 37" N 7° 41' 26" O

Portugal

Seia

Junta de freguesia

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Brasão de Loriga

Área

- Total 36,52 km²

População (2005) - Total 1 367

- Densidade 37,51/km2

Gentílico: Loriguense ou Loricense

Código postal 6270

Orago Santa Maria Maior

Correio electrónico [email protected]

Sítio Freguesiadeloriga.com

Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de Portugal.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1 367 habitantes (2005) e densidade populacional de 37,51 hab/km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN338, estrada concluída em 2006, seguindo um traçado e um projecto pré-existentes há mais de 40 anos, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas 960m (Portela do Arão ou Portela de Loriga) e 1650m, perto da Lagoa Comprida.

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Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar com o mesmo nome, semelhante a uma paisagem alpina.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização geográfica. Está situada baixa, e os 1100m, rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de S.Bento, E.T.A.R.. A Ribeira de Lorigajunto da vila as àguas do chamado Ribeiro do Cortiçor

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes exuma obra construída ao longo de muitas centenas de anos e que transbelo mas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

A vila está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócabrangem todos os grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em Loriguense, fundada em 1905cujos serviços se desenvolvem na àrea aproximadamente equivalente ao antigo concelho de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica 1,2,3 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaramnovo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício e inaugurado no mesmo ano.

Índice [esconder]

1 Toponímia 2 História

o 2.1 Forais o 2.2 História até ao final do séc. XVIIIo 2.3 História posterior ao séc. XVIII

3 Património de destaque

Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar com o mesmo nome, semelhante a uma

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária paisagem e localização geográfica. Está situada entre os 770m de altitude, na sua parte urb

rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois cursos de água: a

Ribeira de S.Bento, sendo que esta desagua na primeira. A Ribeira de Loriga, um dos maiores afluentes do Rio Alva, recebe também

junto da vila as àguas do chamado Ribeiro do Cortiçor.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale

rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

stá dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-abrangem todos os grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e Musical

1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em esenvolvem na àrea aproximadamente equivalente ao antigo concelho

de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica 1,2,3 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as obras do

ombeiros Voluntários, edifício que se prevê estar concluído em 20o mesmo ano.1

História até ao final do séc. XVIII História posterior ao séc. XVIII

Património de destaque

Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar com o mesmo nome, semelhante a uma

paisagem e 770m de altitude, na sua parte urbana mais

rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois cursos de água: a

desagua na primeira depois da , recebe também

libris de Loriga, formou um vale

rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

-culturais, que abrangem todos os grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo

, a Sociedade Recreativa e Musical , criados em 1982,

esenvolvem na àrea aproximadamente equivalente ao antigo concelho de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo,

se as obras do concluído em 2008

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4 Praia fluvial 5 Festividades 6 Gastronomia 7 Personagens 8 Acordos de geminação 9 Ver também 10 Ligações externas 11 Fontes 12 Referências

Toponímia[editar] Sabe-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciada pelos Visigodos, e que tem exatamente o mesmo significado. Ainda que não existissem origens antigas e históricas a filologia diz-nos que a palavra Loriga deriva de Lorica, do latim, facto suficiente para a existência do gentílico Loricense, para designar os naturais da vila de Loriga. Pela antiguidade e importância histórica e filológica do nome, a couraça é a peça principal do brasão da vila, considerada pelos especialistas em heráldica portuguesa como imprescindível no brasão de Loriga.

História[editar]

Forais[editar]

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474 (D.Afonso V) e 1514 (D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas ou Miguelistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa e esse facto contribuíu para que lhe fosse retirada a sede de município. Deixou de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII[editar]

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância. Uma antiga tradição local e diversos antigos documentos apontam Loriga como terra natal de Viriato, sendo que a rua principal da àrea mais antiga do centro histórico da vila tem há séculos o nome deste heroi lusitano. Chegou a haver um projecto e uma subscrição para erigir uma estátua e que não chegou a concretizar-se. O documento mais

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curioso, embora não o mais antigo,manuscrito História da Lusitânia, datado de 1580 e da autor

Igreja Matriz dedicada a Santa Maria Maior

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situavaRua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. Viriato, na parte existente entre o centro de dia da ALATI e a antiga Casa do Povo, coincide exatamente com parte do traçado da antiga muralhaNo local do actual Bairro de S.Ginês encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada a S. Gens, tempo os loricenses mudaram o nopor ser mais fácil de pronunciar

Um dos três monumentais fManaus, Brasil.

Loriga era uma paróquia criada pelos visogodos, Egitânia, pertenceu à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho IIMaior e que se mantém, foi construída no local de visogótico, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, gravada a data da construção, e

, embora não o mais antigo, que refere Loriga como berço de Viriato é o livro manuscrito História da Lusitânia, datado de 1580 e da autoria do Bispo-Mor do Reino.

dedicada a Santa Maria Maior, padroeira de Loriga - vista interior.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da

e estava fortificado com muralhas e paliçada. Aliás, a atual Rua de Viriato, na parte existente entre o centro de dia da ALATI e a antiga Casa do Povo, coincide exatamente com parte do traçado da antiga muralha que defendia a povoação.

Bairro de S.Ginês ( S.Gens ) existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada a S. Gens, atual capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o tempo os loricenses mudaram o nome do santo para S.Ginês ( santo inexistente ) talvez por ser mais fácil de pronunciar.

Um dos três monumentais fontanários erigidos em Loriga pela Colónia Loriguenses de

criada pelos visogodos, pertencente à antiga diocese da Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada

D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no local de um outro antigo e pequeno templo

, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, gravada a data da construção, e que está colocada na porta lateral virada para o adro

que refere Loriga como berço de Viriato é o livro Mor do Reino.

vista interior.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da

Aliás, a atual Rua de Viriato, na parte existente entre o centro de dia da ALATI e a antiga Casa do Povo,

que defendia a povoação. existiam já algumas habitações

encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais atual capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o

me do santo para S.Ginês ( santo inexistente ) talvez

pela Colónia Loriguenses de

antiga diocese da Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada

. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria o e pequeno templo

, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, na qual foi que está colocada na porta lateral virada para o adro. De

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estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755e alguma alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIIIdescaraterizado porque entretanto foi adaptado a residência particularMarquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do investimentos industriais se tenham intensificado a partir de meados do mesmo século. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da de concelho só conseguiu suplantáem que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacadloricenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à Lorica, com dois mil anos, o facto progressiva vila industrial.

Largo do Pelourinho.

Porém, partir de meados do século XIX, como já foi mencionado, tornouprincipais pólos industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido administração do território. Actualmente a economia loriguense baseametalúrgica e de panificação, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, perloriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a oquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício

da Câmara Municipal construído no século XIII e que ainda existe, embora descaraterizado porque entretanto foi adaptado a residência particular. Um emissário do

esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do

er auxílio.

História posterior ao séc. XVIII[editar]

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIXinvestimentos industriais se tenham intensificado a partir de meados do mesmo século. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interiorde concelho só conseguiu suplantá-la já quase em meados do século XX

a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc,

a industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais

enses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de a, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa

Porém, partir de meados do século XIX, como já foi mencionado, tornouprincipais pólos industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento da indústria dos

fícios, que entrou em declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentes políticas locais e nacionais

. Actualmente a economia loriguense basea-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, alguma indústria de malhas, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta , dela restando apenas partes das paredes laterais

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a oquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício

e que ainda existe, embora . Um emissário do

esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do

século XIX, embora os investimentos industriais se tenham intensificado a partir de meados do mesmo século.

Beira Interior, e a actual sede século XX. Tempos houve

a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc,

a industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga o dos antigos industriais

velhinha estrada romana de é que os loriguenses transformaram Loriga numa

Porém, partir de meados do século XIX, como já foi mencionado, tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta, com o desenvolvimento da indústria dos

as últimas décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões

de coesão e se nas indústrias

no comércio, restauração,

Sazes da Beira, tenceu ao município

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de

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Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaqueEm termos de património histórico, destacama.C.), uma sepultura antropomórfica (da moura", a Igreja Matriz (XIII,reconstruído), a capela de Nossa Senhora do Carmo, antiga ermida visigótica de S. Gens, atual capela de Nossa Senhora do Carmo Viriato e a Rua da Oliveira

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma ruacerca de 80 degraus em granitomuitas das características urbanas medievais de Loriga. O bairro de São Ginbairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a origem céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para S. Ginês, deixaram arruinar a sua ermida e depois reconstruiramorago de Nossa Senhora do Carmoprincipal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial de Loriga, no local conhecido há séculos por

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas dentro da área da freguesia de

Património de destaque[editar] Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (

), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século

pela de Nossa Senhora do Carmo, antiga ermida visigótica de S. apela de Nossa Senhora do Carmo no bairro de São Ginês, a Rua de

que recorda as características urbanas medievais

mana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao

cem destaque.

rua situada no centro histórico da vila. A sua escadariagranito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda

muitas das características urbanas medievais de Loriga. O bairro de São Gindo centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais

típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gensorigem céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano,

visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do

, deixaram arruinar a sua ermida e depois reconstruiramorago de Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação, que já esteve sepaprincipal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

no local conhecido há séculos por Chão da Ribeira.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas dentro da área da freguesia de

se a ponte e a estrada romanas (século I ) chamada popularmente de "caixão

, reconstruída), o Pelourinho (século pela de Nossa Senhora do Carmo, antiga ermida visigótica de S.

no bairro de São Ginês, a Rua de medievais desta vila.

após uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao

escadaria tem , o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda

muitas das características urbanas medievais de Loriga. O bairro de São Ginês é um do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais

São Gens, um santo de origem céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano,

visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do

, deixaram arruinar a sua ermida e depois reconstruiram-na com o . Este núcleo da povoação, que já esteve separado do

principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Chão da Ribeira.

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Festividades[editarAo longo do ano celebram-Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro DomingAgosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia[editarA gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com loriguense no Brasil) e o Bolo Negrreflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga.

Personagens[editar Joaquim Augusto Amorim da Fonseca Joaquim Pina Moura

Acordos de geminaçãoLoriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual de Junho de 1996.

editar] -se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das

cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura ), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e

(no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro DomingAgosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no

editar] iguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se

salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP

. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce

milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga.

editar] Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, médico Joaquim Pina Moura, economista e político

Acordos de geminação[editar] Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém

(com a Amenta das cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura

(durante o mês Junho) e S. Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no

iguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho,

DOP), a aguardente . Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a

Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa

importada pela comunidade o de Loriga. A importância da gastronomia única é

reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do

Sacavém, em 1

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Ver também[editar Geografia romana em Portugal

Ligações externas

O

Homepage sobre Loriga Analor Portal Vila de Loriga ABAE Geobserver

Fontes[editar] Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

História concisa de Loriga por António Conde Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga Página dos Bombeiros de Loriga Página da Junta de Freguesia de Loriga Página da Confraria da Ferreira, N.; Vieira, G. de Vasconcelos, J.L. Carta Militar de Portugal

Exército.

v • e

Alvoco da SerraLajes • Lapa dos Dinheiros

Sabugueiro • SameiceMarinha • Santiago

• Teixeira • TorrozeloMeruge

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Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

editar] Geografia romana em Portugal

Ligações externas[editar]

O Commons possui multimídias sobre Loriga

Homepage sobre Loriga

Portal Vila de Loriga

Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

História concisa de Loriga por António Conde rográfica da Ribeira de Loriga

Página dos Bombeiros de Loriga Página da Junta de Freguesia de Loriga Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do

[Esconder]

Freguesias de Seia Alvoco da Serra • Cabeça • Carragosela • Folhadosa • Girabolhos

Lapa dos Dinheiros • Loriga • Paranhos da Beira • PinhançosSameice • Sandomil • Santa Comba • Santa Eulália

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Meruge • Vide • Vila Cova à Coelheira

http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Loriga&oldid=37313081

Antigos municípios de Portugal

Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999). CM, 1980

esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do

Girabolhos • Pinhanços •

• Santa Sazes da Beira • Seia

Várzea de

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Área 36,52 km²

População 1 367 hab. (2005)

Densidade 37,51 hab./km²

Orago Santa Maria Maior

Código postal 6270

Endereço daJunta de Freguesia

Junta de Freguesia deLoriga

Apelidada de “Suíça Portuguesa”, é a vila maisalta de Portugal.

Freguesias de Portugal

Loriga (pron.IFA

[lo'?ig?]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² deárea, 1 367 habitantes (2005) e densidade populacional de 37,51 hab/km². Tem uma povoação anexa, oFontão. Loriga encontra-se a 20 km de Seia, 80km da Guarda e 300km de Lisboa. A vila é directamente acessívelpela EN 231, e indirectamente pela EN338, e tem acesso directo à Lagoa Comprida, pela referida EN338,estrada concluída em 2006, seguindo um traçado pré-existente e pré-projectado há mais de quarenta anos,com um percurso de 9,2 km de paisagens deslumbrantes, entre as cotas 960m (Portela de Loriga,tambémconhecida por Portela do Arão) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida há décadas como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização geográfica. Estásituada a cerca de 770m de altitude,na sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais sedestacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por doiscursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de S.Bento, que se unem depois da E.T.A.R. para formaremum dos maiores afluentes do Rio Alva.A montante da vila, a Ribeira de Loriga recebe também o Ribeiro daNave, um afluente que tem um curso extraordinário e passa por uma das zonas mais belas do Vale deLoriga, incluíndo os famosos Bicarões, cascatas a alta altitude junto das quais se encontra uma formosaquinta.

A vila está dotada de uma ampla gama de infrastrutras físicas e culturais, que abrangem todas as àreas etodos os grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários deLoriga, criados em 1982, cujos serviços se desenvolvem na àrea equivalente ao antigo concelho de Loriga, aCasa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola C+S Dr. ReisLeitão (actual EB23). Em Março de 2007 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos BombeirosVoluntários, edifício que se prevê concluído durante o primeiro semestre de 2008.

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas) e festasem honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (durante o mês de Julho), com as

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respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicadaà padroeira dos emigrantes loriguenses, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingode Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Índice

1 Breve história

2 Toponímia

3 Rua da Oliveira

4 Bairro de São Ginês (S.Gens)

5 Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia

6 Acordos de geminação

7 Ver também

8 Ligações externas

9 Fontes

Breve história

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. Olocal foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entreribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciaremalguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas ascondições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Igreja Matriz de Loriga - vista interior

O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome deLorica (antiga couraça guerreira), de que derivou Loriga, palavra que tem o mesmo significado. OsHermínios eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. É um facto que os romanos lhe deram o nomede Lorica, e deste nome derivou Loriga (derivação iniciada pelos Visigodos) e que tem o mesmo significado.

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É um caso raro, em Portugal, de um nome bi-milenar.

Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o principal atractivo dereferência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obragigantesca construída pelos loriguenses ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale belomas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem do belíssimo Vale de Loriga,fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Ponte romana

Em termos de património histórico, destacam-se também a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), umasepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (séculoXIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a Ruade Viriato. A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade, situada na área mais antiga do centro histórico da vila,recorda algumas das características urbanas da época medieval. A estrada romana e uma das duas pontes (aoutra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaramLorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque. A tradição local e diversos antigos documentosapontam Loriga como berço de Viriato, e no início do século XX existiu mesmo um movimento loriguensepara lhe erigir um estátua na vila, o que não chegou a concretizar-se.O documento mais famoso,embora nãoseja o mais antigo, que fala de Loriga como sendo terra-natal de Viriato, é o livro manuscrito História daLusitânia, escrito pelo Bispo Mor do Reino em 1580.A actual Rua de Viriato, na parte mais antiga do centrohistórico da vila, já tinha esse nome no século XII.

Capela de Nª Srª do Carmo

O Bairro de São Ginês (S.Gens) é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se a capela de Nossa Senhora doCarmo, construída no local de uma antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo ao qual os loriguenses passaram a chamar S.Ginês, talvêz por este nome ser mais fácil de pronunciar (aliás não existe

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nenhum santo com o nome de Ginês). Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em doisnúcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte daRua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês existiamjá algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram maistarde uma ermida dedicada àquele santo.

Fontanário em Loriga

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construirem 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foiconstruída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscriçõesvisigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, etraça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restandoapenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial eaberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído noséculo XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contráriodo que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo deLisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do século XIX. Chegou a ser uma das localidades maisindustrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados doséculo XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes deempresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos,Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica históriaindustrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o maisdestacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar de, por exemplo, dos maus acessos que se resumiam àvelhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriganuma vila industrial progressiva, o que confirma o seu génio. Mas, Loriga acabou por ser derrotada por uminimigo político e administrativo, local e nacional, contra o qual teve que lutar desde o século XIX.

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Largo do Pelourinho

A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das consequências que os confrontos de uma guerra civilpodem ter no futuro de uma localidade e de uma região. Loriga tinha a categoria de sede de concelho desdeo século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca deduas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III ), 1474 ( D.Afonso V ) e 1514 (D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os chamados Absolutistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa,teve o castigo de deixar de ser sede de concelho em 1855. A conspiração movida por desejosexpansionistas da localidade que beneficiou com o facto, precipitou os acontecimentos. Tratou-se de umgrave erro político e administrativo; foi, no mínimo, um caso de injusta vingança política, numa época em quenão existia democracia e reinavam o compadrio e a corrupção e assim, começou o declínio de toda a regiãode Loriga (antigo concelho de Loriga).

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim,Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loriguense. A vila de Loriga situa-se avinte quilómetros da actual sede de concelho (Seia) e algumas freguesias da sua região, situam-se a umadistância muito maior.

A Região de Loriga, área do antigo Município Loriguense, constitui também a Associação de Freguesias daSerra da Estrela, com sede na vila de Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esquiexistentes em Portugal estão localizadas na área da freguesia da vila de Loriga.

Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando pela vila de Loriga, esta região estará desertificadadentro de poucas décadas, o que, tal como em relação a outras relevantes terras históricas do interior dopaís, será com certeza considerado como uma vergonha nacional. Confirmaria também a óbvia existência degraves e sucessivos erros nas políticas de coesão, administração e ordenamento do território. Para evitar talsituação, vergonhosa para o país, é necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel:desenvolver a vila de Loriga, pólo e centro da região.

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Rua da Oliveira

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 100 degrausem granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanasmedievais do centro histórico da vila de Loriga.

Bairro de São Ginês (S.Gens)

O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas caracteristicas o tornam num dosbairros mais conhecidos e típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o factode este bairro do centro histórico da vila dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica matirizadoem Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área.Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para S.Ginês, talvez por ser mais fácilde pronunciar. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado maisabaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga

Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia

Joaquim Augusto Amorim da Fonseca

Joaquim Pina Moura

Acordos de geminação

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Loriga celebrou acordo de geminação com:

A vila, actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de 1996.

Ver também

Geografia romana em Portugal

Ligações externas

Loriga News

O site mais visitado sobre Loriga

Analor

Fotografias de Loriga

Fotografias de Loriga

Fontes

Agumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Informação Municipal [1]

Loriga [2]

Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga [3]

Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).

Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

O Wikimedia Commons possui multimídia sobre Loriga

Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga"

Categorias: Antigos municípios de Portugal | Freguesias de Portugal | Vilas de Portugal

Vistas

Artigo

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Loriga

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

40º 19' N 7º 41'O

Loriga

Vista panorâmica de Loriga

Gentílico Loricense ou loriguense

Concelho Seia

Área 36,52 km²

População 1 367 hab. (2005)

Densidade 37,51 hab./km²

Orago Santa Maria Maior

Código postal 6270

Endereço daJunta de Freguesia

Junta de Freguesia deLoriga

Apelidada de “Suíça Portuguesa”, é a vila maisalta de Portugal.

Freguesias de Portugal Loriga (pron.IFA [lo'?ig?]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem36,52 km² de área, 1 367 habitantes (2005) e densidade populacional de 37,51 hab/km². Tem umapovoação anexa, o Fontão.

Loriga encontra-se a 20 km de Seia, 80km da Guarda e 300km de Lisboa. A vila é directamente acessívelpela EN 231, e indirectamente pela EN338, e tem acesso directo à Lagoa Comprida, pela referida EN338,estrada concluída em 2006, seguindo um traçado pré-existente e pré-projectado há mais de quarenta anos,com um percurso de 9,2 km de paisagens deslumbrantes, entre as cotas 960m (Portela de Loriga,tambémconhecida por Portela do Arão) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.

É conhecida há décadas como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização geográfica. Estásituada a cerca de 770m de altitude,na sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se

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destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por doiscursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de S.Bento, que se unem depois da E.T.A.R. para formaremum dos maiores afluentes do Rio Alva.A montante da vila, a Ribeira de Loriga recebe também o Ribeiro daNave, um afluente que tem um curso extraordinário e passa por uma das zonas mais belas do Vale deLoriga, incluíndo os famosos Bicarões, cascatas a alta altitude junto das quais se encontra uma formosaquinta.

A vila está dotada de uma ampla gama de infrastrutras físicas e culturais, que abrangem todas as àreas etodos os grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários deLoriga, criados em 1982, cujos serviços se desenvolvem na àrea equivalente ao antigo concelho de Loriga, aCasa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola C+S Dr. ReisLeitão (actual EB23). Em Março de 2007 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos BombeirosVoluntários, edifício que se prevê concluído durante o primeiro semestre de 2008.

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas) e festasem honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (durante o mês de Julho), com asrespectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicadaà padroeira dos emigrantes loriguenses, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingode Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Índice• 1 Breve história• 2 Toponímia• 3 Rua da Oliveira• 4 Bairro de São Ginês (S.Gens)• 5 Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia• 6 Acordos de geminação• 7 Ver também• 8 Ligações externas• 9 Fontes

Breve história Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. Olocal foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entreribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciaremalguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas ascondições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

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Igreja Matriz de Loriga - vista interiorO nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nosHermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome deLorica (antiga couraça guerreira), de que derivou Loriga, palavra que tem o mesmo significado. OsHermínios eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. É um facto que os romanos lhe deram o nomede Lorica, e deste nome derivou Loriga (derivação iniciada pelos Visigodos) e que tem o mesmo significado.É um caso raro, em Portugal, de um nome bi-milenar.

Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o principal atractivo dereferência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obragigantesca construída pelos loriguenses ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale belomas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem do belíssimo Vale de Loriga,fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Ponte romanaEm termos de património histórico, destacam-se também a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), umasepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (séculoXIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a Ruade Viriato. A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade, situada na área mais antiga do centro histórico da vila,recorda algumas das características urbanas da época medieval. A estrada romana e uma das duas pontes (aoutra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaramLorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque. A tradição local e diversos antigos documentosapontam Loriga como berço de Viriato, e no início do século XX existiu mesmo um movimento loriguensepara lhe erigir um estátua na vila, o que não chegou a concretizar-se.O documento mais famoso,embora nãoseja o mais antigo, que fala de Loriga como sendo terra-natal de Viriato, é o livro manuscrito História daLusitânia, escrito pelo Bispo Mor do Reino em 1580.A actual Rua de Viriato, na parte mais antiga do centrohistórico da vila, já tinha esse nome no século XII.

Capela de Nª Srª do CarmoO Bairro de São Ginês (S.Gens) é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se a capela de Nossa Senhora doCarmo, construída no local de uma antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo ao qual osloriguenses passaram a chamar S.Ginês, talvêz por este nome ser mais fácil de pronunciar (aliás não existe

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nenhum santo com o nome de Ginês). Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em doisnúcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte daRua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês existiamjá algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram maistarde uma ermida dedicada àquele santo.

Fontanário em LorigaLoriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construirem 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foiconstruída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscriçõesvisigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, etraça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restandoapenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial eaberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído noséculo XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contráriodo que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo deLisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do século XIX. Chegou a ser uma das localidades maisindustrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados doséculo XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes deempresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos,Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica históriaindustrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o maisdestacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar de, por exemplo, dos maus acessos que se resumiam àvelhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriganuma vila industrial progressiva, o que confirma o seu génio. Mas, Loriga acabou por ser derrotada por uminimigo político e administrativo, local e nacional, contra o qual teve que lutar desde o século XIX.

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Largo do PelourinhoA história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das consequências que os confrontos de uma guerra civilpodem ter no futuro de uma localidade e de uma região. Loriga tinha a categoria de sede de concelho desdeo século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca deduas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III ), 1474 ( D.Afonso V ) e 1514 (D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os chamados Absolutistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa,teve o castigo de deixar de ser sede de concelho em 1855. A conspiração movida por desejosexpansionistas da localidade que beneficiou com o facto, precipitou os acontecimentos. Tratou-se de umgrave erro político e administrativo; foi, no mínimo, um caso de injusta vingança política, numa época em quenão existia democracia e reinavam o compadrio e a corrupção e assim, começou o declínio de toda a regiãode Loriga (antigo concelho de Loriga).

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim,Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loricense. A vila de Loriga situa-se avinte quilómetros da actual sede de concelho (Seia) e algumas freguesias da sua região, situam-se a umadistância muito maior.

A Região de Loriga, área do antigo Município Loricense, constitui também a Associação de Freguesias daSerra da Estrela, com sede na vila de Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esquiexistentes em Portugal estão localizadas na área da freguesia da vila de Loriga.

Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando pela vila de Loriga, esta região estará desertificadadentro de poucas décadas, o que, tal como em relação a outras relevantes terras históricas do interior dopaís, será com certeza considerado como uma vergonha nacional. Confirmaria também a óbvia existência degraves e sucessivos erros nas políticas de coesão, administração e ordenamento do território. Para evitar talsituação, vergonhosa para o país, é necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel:desenvolver a vila de Loriga, pólo e centro da região.

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Rua da OliveiraA rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 100 degrausem granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanasmedievais do centro histórico da vila de Loriga.

Bairro de São Ginês (S.Gens) O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas caracteristicas o tornam num dosbairros mais conhecidos e típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o factode este bairro do centro histórico da vila dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica matirizadoem Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área.Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para S.Ginês, talvez por ser mais fácilde pronunciar. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado maisabaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim da Fonseca, Loriga

Acordos de geminação Loriga celebrou acordo de geminação com:

• A vila, actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de 1996.

Ver também• Geografia romana em Portugal

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Ligações externas• Loriga News• O mais visitado site sobre Loriga• Analor• Fotografias de Loriga• Fotografias de Loriga

Fontes Agumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

• Informação Municipal [1]• Loriga [2]• Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga [3]• Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999). • Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

O Wikimedia Commons possui multimídia sobre LorigaObtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga"Categorias: Antigos municípios de Portugal | Freguesias de Portugal | Vilas de Portugal

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Loriga Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1 367 habitantes (2005) e densidade populacional de 37,51 hab/km².

Loriga encontra-se a 20 km da actual sede de concelho, 80km da Guarda e 300km de Lisboa. A vila tem acesso directo à Torre pela N338,concluída em 2006, percurso de 9.2 km de paisagens deslumbrantes, entre as cotas 960m (Portela de Loriga) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.

O gentílico Loricense deriva do seu nome mais antigo,Lorica,nome esse que foi dado pelos romanos logo após a conquista da região.

A àrea urbana de Loriga está situada entre os 770m e os 900m de altitude, rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres e a Penha do Gato, é conhecida como "a Suíça portuguesa" devido à sua extraordinária paisagem e localização geográfica. É atravessada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de S.Bento.

Está dotada de uma ampla gama de infrastrutras, desde físicas a culturais, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo de Loriga, fundado em 1934, a Banda de Música Filarmónica de Loriga, fundada em 1905, o corpo de Bombeiros Voluntários de Loriga, criado em 1982, cujos serviços abrangem a àrea equivalente à parte mais antiga do antigo concelho de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola C+S Dr. Reis Leitão.

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas) e festas em honra de S. António (durante o mês de Junho) e S. Sebastião (durante o mês de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira da diáspora loricense, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto.

Loriga

Loriga - Vista do miradouro

Gentílico Loricense ou loriguenseConcelho SeiaÁrea 36,52 km²População 1 367 hab. (2005)

Densidade 37,51 hab./km²Orago Santa Maria MaiorCódigo postal 6270Endereço da Junta de Freguesia

Junta de Freguesia de Loriga

Acesso pelas estradas nacionais 231 e 338.Freguesias de Portugal

Índice

1 Breve história 2 Rua da Oliveira 3 Bairro de São Ginês (S.Gens) 4 Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia 5 Acordos de geminação 6 Ver também 7 Ligações externas

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Breve história

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica (antiga couraça guerreira). Os Hermínios eram o coração e a maior fortaleza da Lusitânia. É um facto que os romanos lhe deram o nome de Lorica, e deste nome derivou Loriga (designação iniciada pelos Visigodos) e que tem o mesmo significado. É um caso raro, em Portugal, de um nome bi-milenar. É um nome muito antigo e de grande valor histórico para a vila.

Situada na parte Sudoeste da Serra da Estrela, a sua beleza paisagística é o principal atractivo de referência. Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra gigantesca construída pelos loricenses ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale belo mas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem do belíssimo Vale de Loriga, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos loricences.

Em termos de património histórico, destacam-se também a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.), a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a Rua de Viriato,nome do herói lusitano, que a tradição local e diversos antigos documentos apontam como sendo natural desta antiquíssima povoação. A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade, situada na área mais antiga do centro histórico da vila, recorda algumas das características urbanas da época medieval. A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após

uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

O Bairro de São Ginês é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se a capela de Nossa Senhora do Carmo, construída no local de uma antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo. Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigariaria do Padroado

8 Referências

Igreja Matriz de Loriga - vista

interior

Ponte romana

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Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde o início do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loricenses. Apesar de, por exemplo, dos maus acessos que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica com dois mil anos, o facto é que os loricenses transformaram Loriga numa vila industrial progressiva, o que confirma o seu génio. Mas, Loriga acabou por ser derrotada por um inimigo político e administrativo, local e nacional, contra o qual teve que lutar desde o século XIX.

A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das consequências que os confrontos de uma guerra civil podem ter no futuro de uma localidade e de uma região. Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III ), 1474 ( D.Afonso V ) e 1514 ( D.Manuel I ), mas, por ter apoiado os chamados Absolutistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa, teve o castigo de deixar de ser sede de concelho em 1855. A conspiração movida por desejos expansionistas da localidade que beneficiou com o facto, precipitou os acontecimentos. Tratou-se de um grave erro político e administrativo; foi, no mínimo, um caso de injusta vingança política, numa época em que não existia democracia e reinavam o compadrio e a corrupção e assim, começou o declínio de toda a região de Loriga (antigo concelho de Loriga).

Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando pela vila de Loriga, esta região estará desertificada dentro de poucas décadas, o que, tal como em relação a outras relevantes terras históricas do interior do país, será com certeza considerado como uma vergonha nacional.

Capela de Nª Srª do Carmo

Fontanário em Loriga

Largo do Pelourinho

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Confirmaria também a óbvia existência de graves e sucessivos erros nas políticas de coesão, administração e ordenamento do território. Para evitar tal situação, vergonhosa para o país, é necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel: desenvolver a vila de Loriga, pólo e centro da região.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loricense. A vila de Loriga situa-se a vinte quilómetros da actual sede de concelho e algumas freguesias da sua região, situam-se a uma distância muito maior.

A Região de Loriga, área do antigo Município Loricense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede na vila de Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na área da freguesia da vila de Loriga.

Rua da Oliveira

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 100 degraus em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais do centro histórico da vila de Loriga.

Bairro de São Ginês (S.Gens)

O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas caracteristicas o tornam num dos bairros mais conhecidos e típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o facto de este bairro do centro histórico da vila dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área. Com o passar dos séculos os loricenses mudaram o nome do santo para S.Ginês, talvez por ser mais fácil de pronunciar. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Personagens de Loriga com artigos na Wikipédia

Joaquim Augusto Amorim da Fonseca

Joaquim Pina Moura

Acordos de geminação

Loriga celebrou acordo de geminação com:

A vila, actual cidade de Sacavém, no concelho de Loures, em 1 de Junho de 1996.

Rua da Oliveira

Imagem:Busto do, Dr. Joaquim A.Amorim da Fonseca -

Loriga.jpg Busto do, Dr Joaquim A. Amorim

da Fonseca, Loriga

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Os direitos autorais de todas as contribuições para a Wikipédia pertencem aos seus respectivos autores (mais informações em direitos autorais).

Ver também

Geografia romana em Portugal

Ligações externas

Loriga News Site Loriga Uma homepage de Loriga Analor

Referências

Informação Municipal [1]

Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga"

Categorias: Freguesias de Portugal | Antigos municípios de Portugal | Vilas de Portugal

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Portugal Loriga

— Freguesia —

Vista geral de Loriga

Localização de Loriga em Portugal

Vista panorâmica de Loriga e do vale

glaciar com o mesmo nome, semelhante a uma paisagem alpina

LorigaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de área, 1 367 habitantes (2005) e densidade populacional de 37,51 hab/km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN338, estrada concluída em 2006, seguindo um traçado e um projecto pré-existentes há décadas, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre as cotas 960m (Portela do Arão ou Portela de Loriga) e 1650m, três quilómetros acima da Lagoa Comprida.

É

conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à sua extraordinária localização geográfica. Está situada a cerca de 770m de altitude, na sua parte urbana mais baixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato (1771m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de S.Bento, que

Loriga

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40° 19' 37" N 7° 41' 26" O

País Portugal

Concelho Seia

Administração

- Tipo Junta de freguesia

Área

- Total 36 52 km

População (2005)

- Total 1 367

- Densidade 37,51/km

Gentílico: Loriguense

Código postal

6270

Orago Santa Maria Maior

Correio electrónico

[email protected]

Sítio Freguesiadeloriga.com (http://www.freguesiadeloriga.com)

Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de Portugal.

se unem depois da E.T.A.R. sendo a Ribeira de Loriga, um dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dos grandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo de muitas centenas de anos e que transformou um vale belo mas rochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo parte do património histórico da vila e é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestrutras físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se desenvolvem numa àrea aproximadamente equivalente ao antigo concelho, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica 23 Dr. Reis Leitão. Em Março de 2007 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício que se prevê concluído durante o ano de 2011.

Índice

1 História

2 Toponímia

3 Festividades

4 Gastronomia

5 Personagens

6 Acordos de geminação

7 Ver também

8 Ligações externas

9 Fontes

História

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O local foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos* devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

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Igreja Matriz de Loriga - vista

interior

Ponte romana

Capela de Nossa Senhora do Carmo

O nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga (derivação iniciada pelos Visigodos), e que tem o mesmo significado. É um nome histórico, que pela sua antiguidade e significado justifica que a couraça seja a peça central do brasão da vila.

Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e

a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.)* chamada popularmente de "Caixão da Moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído), o Bairro de São Ginês (São Gens) com origem anterior à chegada dos romanos e a Rua de Viriato. A Rua da Oliveira, pela sua peculiaridade, situada na área mais antiga do centro histórico da vila, recorda algumas das características urbanas da época medieval.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de S. Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

O Bairro de São Ginês (S.Gens) é um ex-libris de Loriga e nele destaca-se a capela de Nossa Senhora do Carmo, a antiga ermida visigótica precisamente dedicada àquele santo.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao

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Fontanário em Loriga

Largo do Pelourinho

contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana da antiga Loriga, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474 (D.Afonso V) e 1514 (D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas contra os Liberais na guerra civil portuguesa. Deixou de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos. Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Interior, com a implantação da indústria dos lanifícios, que entrou em

declínio durante as últimas décadas do século passado o que está a levar ao agravamento da desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal. Actualmente a economia loriguense basea-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao Município Loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Toponímia

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais do centro histórico da vila.

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Rua da Oliveira

Busto do, Dr Joaquim A. Amorim

da Fonseca, Loriga

O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas caracteristicas o tornam num dos bairros mais típicos da vila. As melhores festas de São João eram feitas aqui. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área. Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para S. Ginês, talvez por ser mais fácil de pronunciar, e mudaram o orago da sua ermida para Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Festividades

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia

A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens

Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, médico

Joaquim Pina Moura, economista e político

Acordos de geminação

Loriga celebrou acordo de geminação com a vila ,actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

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Ver também

Geografia romana em Portugal

Ligações externas

Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.be)

Analor (http://www.analor.org)

Portal Vila de Loriga (http://www.viladeloriga.com)

Fontes

Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

História concisa de Loriga (http://www.lorica.no.sapo.pt)

Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)

Página dos Bombeiros de Loriga (http://http://www.bvloriga.pt/)

Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)

Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)

Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).

de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980

Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga"Categorias: Freguesias de Seia | Portugal Antigos municípios de | Vilas de Portugal

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PortugalLoriga

— Freguesia —

Vista geral de Loriga

Localização de Loriga em Portugal

40° 19' 37" N 7° 41' 26" O

País Portugal

Concelho Seia

Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar

com o mesmo nome, semelhante a uma

paisagem alpina.

LorigaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesiaportuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda.Tem 36,52 km² de área, 1 053 habitantes (2011) edensidade populacional de 28,8 hab/km². Tem umapovoação anexa, o Fontão. Faz parte do ParqueNatural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 epela EN338, estrada concluída em 2006, seguindo umtraçado e um projecto pré-existentes há mais de 40anos, com um percurso de 9,2 km de paisagens demontanha, entre as cotas 960m (Portela do Arão ouPortela de Loriga) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.

Éconhecidacomo a"Suíça

Portuguesa" devido à sua extraordinária localizaçãogeográfica. Está situada a cerca de 770m de altitude,na sua parte urbana mais baixa, rodeada pormontanhas, das quais se destacam a Penha dosAbutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato(1771m), e é abraçada por dois cursos de água: aRibeira de Loriga e Ribeira de S.Bento, que desaguana primeira depois da E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga éum dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são umdos grandes ex-libris de Loriga, uma obra construídaao longo de muitas centenas de anos e quetransformou um vale rochoso num vale fértil. É umaobra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo partedo património histórico da vila e é demonstrativa dogénio dos seus habitantes.

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- Tipo Junta de freguesia

Área

- Total 36,52 km²

População (2011)

- Total 1 053

- Densidade 28,8/km

Gentílico: Loriguense ou Loricense

Códigopostal

6270

Orago Santa Maria Maior

Correioelectrónico

[email protected]

Sítio Freguesiadeloriga.com(http://www.freguesiadeloriga.com)

Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de

Portugal.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturasfísicas e sócio-culturais, que abrangem todos os gruposetários, das quais se destacam, por exemplo, o GrupoDesportivo Loriguense, fundado em 1934, a SociedadeRecreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905,os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,cujos serviços se desenvolvem na àreaaproximadamente equivalente ao antigo concelho deLoriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma dasúltimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica 1,2,3Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se asobras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários,edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembrodo mesmo ano.

Índice

1 Toponímia2 História

2.1 Forais2.2 História até ao final do séc. XVIII2.3 História posterior ao séc. XVIII

3 Património de destaque4 Praia fluvial5 Festividades6 Gastronomia7 Personagens8 Acordos de geminação9 Ver também10 Ligações externas11 Fontes12 Referências

Toponímia

Sabe-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantesnos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe onome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, designaçãoiniciada pelos Visigodos, e que tem o mesmo significado.

História

Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (JoãoRhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques),1249 (D.Afonso III), 1474 (D.Afonso V) e 1514 (D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas ou Miguelistas contraos Liberais na guerra civil portuguesa e esse facto contribuíu para que lhe fosse retirada a sede de município.Deixou de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo

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Igreja Matriz de Loriga - vista

interior.

Fontanário em Loriga.

durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. Olocal foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entreribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciaremalguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas ascondições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância. Uma antigatradição local e diversos antigos documentos apontam Loriga como terra natal de Viriato, sendo que a ruaprincipal da àrea mais antiga do centro histórico da vila tem há séculos o nome deste heroi lusitano. Chegoua haver um projecto e uma subscrição para erigir uma estátua e que não chegou a concretizar-se. Odocumento mais curioso que refere Loriga como berço de Viriato é o livro manuscrito História da Lusitânia,datado de 1580 e da autoria do Bispo-Mor do Reino.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos.O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem aIgreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas epaliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês existiam já algumashabitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual osVisigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada a S. Gens, cujonome foi alterado pelos habitantes.

Loriga era uma paróquia pertencente àVigararia do Padroado Real e a IgrejaMatriz foi mandada construir em 1233pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo

orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída nolocal de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedracom inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para oadro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a SéVelha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, delarestando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinadotambém a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas eespessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês dePombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outralocalidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, embora os investimentosindustriais se tenham intensificado a partir de meados do mesmo século. Chegou a ser uma das localidadesmais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase emmeados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas.Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão &Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da ricahistória industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, omais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinhaestrada romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vilaindustrial.

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Largo do Pelourinho.

Porém, partir de meados do século XIX, como já foi mencionado, tornou-seum dos principais pólos industriais da Beira Alta, com o desenvolvimentoda indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante durante asúltimas décadas do século passado o que está a levar à desertificação daVila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugaldevido a sucessivas políticas erradas. Actualmente a economia loriguensebasea-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio,restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça,Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações

anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serrada Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esquiexistentes em Portugal estão localizadas dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque

Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepulturaantropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído), a capela de Nossa Senhora do Carmo, antiga ermidavisigótica de S. Gens, no bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de S.Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus emgranito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievaisde Loriga. O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornamnum dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo deorigem céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermidavisigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dosséculos os loriguenses mudaram o nome do santo para S. Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteveseparado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial

Como desde há alguns anos, em 2012, esta praia foi uma das 275 praias nacionais galardoadas com abandeira azul ; em Junho recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus. Ambas asbandeiras foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", nacategoria de "praias de rios".

Festividades

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantosnocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de

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Praia fluvial de Loriga,

conhecida também como Chão

da Ribeira e perto do "Poço do

Zé Lages".

Busto do, Dr Joaquim A.

Amorim da Fonseca, Loriga.

Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (no último Domingo deJulho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto maisalto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dosemigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, noprimeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa emhonra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia

A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da BeiraAlta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, afeijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual),o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra,nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro.Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrara Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, ocarolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), atapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em

grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância dagastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota doXisto e do Milho.

Personagens

Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, médicoJoaquim Pina Moura, economista e políticoJorge Garcia, ciclista

Acordos de geminação

Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, deSacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também

Geografia romana em Portugal

Ligações externas

Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)Analor (http://www.analor.org)Portal Vila de Loriga (http://www.viladeloriga.com)7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes

Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

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História concisa de Loriga por António Conde (http://www.lorica.no.sapo.pt)Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências

↑ Diário "As Beiras" online. Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel (http://www.asbeiras.pt/2012/09

/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Página visitada em Outubro de 2012.1.

↑ ABAE. Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2012 (http://www.abae.pt

/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Página visitada em Julho de 2012.2.

↑ Site da Câmara Municipal de Seia. Praia de Loriga com qualidade de ouro (http://www.cm-seia.pt/index.php

/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Página visitada em Julho de 2012.3.

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PortugalLoriga

— Freguesia —

Vista geral de Loriga

Localização de Loriga em Portugal

40° 19' 37" N 7° 41' 26" O

País Portugal

Concelho Seia

Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar

com o mesmo nome, semelhante a uma

paisagem alpina.

LorigaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesiaportuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda.Tem 36,52 km² de área, 1 053 habitantes (2011) edensidade populacional de 28,8 hab/km². Tem umapovoação anexa, o Fontão. Faz parte do ParqueNatural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 epela EN338, estrada concluída em 2006, seguindo umtraçado e um projecto pré-existentes há mais de 40anos, com um percurso de 9,2 km de paisagens demontanha, entre as cotas 960m (Portela do Arão ouPortela de Loriga) e 1650m, junto à Lagoa Comprida.

Éconhecidacomo a"Suíça

Portuguesa" devido à sua extraordinária localizaçãogeográfica. Está situada a cerca de 770m de altitude,na sua parte urbana mais baixa, rodeada pormontanhas, das quais se destacam a Penha dosAbutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato(1771m), e é abraçada por dois cursos de água: aRibeira de Loriga e Ribeira de S.Bento, que desaguana primeira depois da E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga éum dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são umdos grandes ex-libris de Loriga, uma obra construídaao longo de muitas centenas de anos e quetransformou um vale rochoso num vale fértil. É umaobra que ainda hoje marca a paisagem, fazendo partedo património histórico da vila e é demonstrativa dogénio dos seus habitantes.

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- Tipo Junta de freguesia

Área

- Total 36,52 km²

População (2011)

- Total 1 053

- Densidade 28,8/km

Gentílico: Loriguense ou Loricense

Códigopostal

6270

Orago Santa Maria Maior

Correioelectrónico

[email protected]

Sítio Freguesiadeloriga.com(http://www.freguesiadeloriga.com)

Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de

Portugal.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturasfísicas e sócio-culturais, que abrangem todos os gruposetários, das quais se destacam, por exemplo, o GrupoDesportivo Loriguense, fundado em 1934, a SociedadeRecreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905,os Bombeiros Voluntários de Loriga, criados em 1982,cujos serviços se desenvolvem na àreaaproximadamente equivalente ao antigo concelho deLoriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma dasúltimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica 1,2,3Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se asobras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários,edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembrodo mesmo ano.

Índice

1 Toponímia2 História

2.1 Forais2.2 História até ao final do séc. XVIII2.3 História posterior ao séc. XVIII

3 Património de destaque4 Praia fluvial5 Festividades6 Gastronomia7 Personagens8 Acordos de geminação9 Ver também10 Ligações externas11 Fontes12 Referências

Toponímia

Sabe-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantesnos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lhe onome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, designaçãoiniciada pelos Visigodos, e que tem o mesmo significado.

História

Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (JoãoRhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D.Afonso Henriques),1249 (D.Afonso III), 1474 (D.Afonso V) e 1514 (D.Manuel I). Apoiou os Absolutistas ou Miguelistas contraos Liberais na guerra civil portuguesa e esse facto contribuíu para que lhe fosse retirada a sede de município.Deixou de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo

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Igreja Matriz de Loriga - vista

interior.

Fontanário em Loriga.

durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. Olocal foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entreribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciaremalguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas ascondições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância. Uma antigatradição local e diversos antigos documentos apontam Loriga como terra natal de Viriato, sendo que a ruaprincipal da àrea mais antiga do centro histórico da vila tem há séculos o nome deste heroi lusitano. Chegoua haver um projecto e uma subscrição para erigir uma estátua e que não chegou a concretizar-se. Odocumento mais curioso que refere Loriga como berço de Viriato é o livro manuscrito História da Lusitânia,datado de 1580 e da autoria do Bispo-Mor do Reino.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos.O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hoje existem aIgreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas epaliçada. No local do actual Bairro de S.Ginês existiam já algumashabitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual osVisigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada a S. Gens, cujonome foi alterado pelos habitantes.

Loriga era uma paróquia pertencente àVigararia do Padroado Real e a IgrejaMatriz foi mandada construir em 1233pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo

orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída nolocal de outro antigo e pequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedracom inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para oadro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a SéVelha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, delarestando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinadotambém a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas eespessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês dePombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outralocalidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX, embora os investimentosindustriais se tenham intensificado a partir de meados do mesmo século. Chegou a ser uma das localidadesmais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase emmeados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas.Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão &Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da ricahistória industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, omais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinhaestrada romana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vilaindustrial.

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Largo do Pelourinho.

Porém, partir de meados do século XIX, como já foi mencionado, tornou-seum dos principais pólos industriais da Beira Alta, com o desenvolvimentoda indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante durante asúltimas décadas do século passado o que está a levar à desertificação daVila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugaldevido a sucessivas políticas erradas. Actualmente a economia loriguensebasea-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio,restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça,Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações

anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serrada Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esquiexistentes em Portugal estão localizadas dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque

Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepulturaantropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,reconstruída), o Pelourinho (século XIII,reconstruído), a capela de Nossa Senhora do Carmo, antiga ermidavisigótica de S. Gens, no bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de S.Bento), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus emgranito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievaisde Loriga. O bairro de São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornamnum dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo deorigem céltica matirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermidavisigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dosséculos os loriguenses mudaram o nome do santo para S. Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteveseparado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial

Como desde há alguns anos, em 2012, esta praia foi uma das 275 praias nacionais galardoadas com abandeira azul ; em Junho recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus. Ambas asbandeiras foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", nacategoria de "praias de rios".

Festividades

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantosnocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de

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Praia fluvial de Loriga,

conhecida também como Chão

da Ribeira e perto do "Poço do

Zé Lages".

Busto do, Dr Joaquim A.

Amorim da Fonseca, Loriga.

Sto. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião (no último Domingo deJulho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto maisalto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dosemigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, noprimeiro Domingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa emhonra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia

A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da BeiraAlta, onde se salientam os pratos calóricos de alta montanha, os enchidos, afeijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual),o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra,nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro.Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrara Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, ocarolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), atapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em

grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância dagastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota doXisto e do Milho.

Personagens

Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, médicoJoaquim Pina Moura, economista e políticoJorge Garcia, ciclista

Acordos de geminação

Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, deSacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também

Geografia romana em Portugal

Ligações externas

Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)Analor (http://www.analor.org)Portal Vila de Loriga (http://www.viladeloriga.com)7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes

Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Loriga – Wikipédia, a enciclopédia livre http://pt.wikipedia.org/wiki/Loriga

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História concisa de Loriga por António Conde (http://www.lorica.no.sapo.pt)Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências

↑ Diário "As Beiras" online. Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel (http://www.asbeiras.pt/2012/09

/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Página visitada em Outubro de 2012.1.

↑ ABAE. Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2012 (http://www.abae.pt

/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Página visitada em Julho de 2012.2.

↑ Site da Câmara Municipal de Seia. Praia de Loriga com qualidade de ouro (http://www.cm-seia.pt/index.php

/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Página visitada em Julho de 2012.3.

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PortugalLoriga

— Freguesia —

Vista geral de Loriga

Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar

com o mesmo nome, semelhante a uma

paisagem alpina.

LorigaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lu'ig]) é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoaçãoanexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela, encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e320 km de Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estrada concluída em 2006, seguindoum traçado e um projeto pré-existentes, com um percurso de 9,2 km de paisagens de montanha, entre ascotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m, acima da Lagoa Comprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à suaextraordinária localização geográfica. Está situada a cerca de770 m de altitude, na sua parte urbana mais baixa, rodeadapor montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres(1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e éabraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e aRibeira de São Bento, que se une à primeira depois daE.T.A.R. para formarem um dos afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dosgrandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longo decentenas de anos e que transformou um vale rochoso numvale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem,fazendo parte do património histórico da vila e édemonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas e sócio-culturais, que abrangem todos os gruposetários, das quais se destacam, por exemplo, o Grupo Desportivo Loriguense, fundado em 1934, aSociedade Recreativa e Musical Loriguense, fundada em 1905, os Bombeiros Voluntários de Loriga,criados em 1982, cujos serviços se desenvolvem na àrea aproximadamente equivalente ao antigo concelhode Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica

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Localização de Loriga em Portugal

40° 19' 37" N 7° 41' 26" O

País Portugal

Concelho Seia

- Tipo Junta de freguesia

Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram-se as obras do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários,edifício concluído em 2012 e inaugurado em Setembro do mesmo ano.

Índice

1 Toponímia2 História

2.1 Forais2.2 História até ao final do séc. XVIII2.3 História posterior ao séc. XVIII

3 Demografia4 Património de destaque5 Praia fluvial6 Festividades7 Gastronomia8 Personagens9 Acordos de geminação10 Ver também11 Ligações externas12 Fontes13 Referências

Toponímia

Sabe-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seushabitantes nos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanosa porem-lhe o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivouLoriga, derivação iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado.

História

Forais

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Área

- Total 36,52 km²

População (2011)

- Total 1 053

• Densidade 28,8/km

Gentílico: Loriguense ou Loricense

Código postal 6270

Orago Santa Maria Maior

Correioelectrónico

[email protected]

Sítio www.freguesiadeloriga.com(http://www.freguesiadeloriga.com)

Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de

Portugal.

Igreja Matriz de Loriga - vista

interior.

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (JoãoRhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. AfonsoHenriques), 1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contraos Liberais na guerra civil portuguesa, facto que contribuíu para deixar de ser sede de concelho em 1855após a aplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente omesmo plano que deu origem aos Distritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. Olocal foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entreribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciaremalguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas ascondições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em doisnúcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hojeexistem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificadocom muralhas e paliçada. No local do actual Bairro de São Ginês (S.Gens) existiam já algumas habitações encostadas aopromontório rochoso, em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo. A actual Ruade Viriato corresponde ao traçado de parte da muralha que protegia a povoação quando da chegada dos Romanos. De notarque existe uma tradição que aponta Loriga como berço de Viriato tendo havido inclusive um projecto não concretizado paraerigir uma estátua àquele heroi Lusitano.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D.Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior e que se mantém, foi construída no local de outro antigo epequeno templo, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o

adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenaspartes das paredes laterais e outra alvenaria.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes doedifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do queaconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

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Fontanário em Loriga.

Largo do Pelourinho.

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidades maisindustrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase em meados do século XX.Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato,Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, MouraCabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome deAugusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam àvelhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da primeira metade do século XIX, como já foi mencionado, tornou-se um dosprincipais pólos industriais da Beira Alta, com a implantação da indústria dos lanifícios, queentrou em declínio durante durante as últimas décadas do século passado o que está a levar àdesertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal.Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, nocomércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais detrinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra da Estrela, comsede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal estão localizadas na Serra daEstrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Demografia

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Rua da Oliveira

Evolução da População1864 / 2011

Variação da População1864 / 2011

Património de destaque

Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica(século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII, reconstruída), o Pelourinho (séculoXIII, reconstruído), o bairro de São Ginês, a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira de São Bento), com asquais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhedá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais. O bairro de São Ginês é um bairrodo centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de estebairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperadorDiocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo.Com o passar dos séculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês. Este núcleo da povoação, que já esteveseparado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial

Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com a bandeira azul ; em Junho de 2012 recebeu a bandeira"Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus. Ambas as bandeiras foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

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Praia fluvial de Loriga,

conhecida também como "Poço

do Zé Lages".

Busto do, Dr Joaquim A.

Amorim da Fonseca, Loriga.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de "praias de rios".

Festividades

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a Amenta das Almas - cantos nocturnos masculinos,que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António (durante o mês Junho) e SãoSebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividadesreligiosas é a festa dedicada à padroeira de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo deAgosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia

A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratos calóricos de altamontanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que o habitual), o cabrito no forno, abroa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra (com DOP), a aguardente de zimbro. Grande partedos doces e sobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o

arroz doce, o carolo (doce feito com milho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partidaem grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa edo Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens

Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação

Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também

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Geografia romana em Portugal

Ligações externas

Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)Analor (http://www.analor.org)Portal Vila de Loriga (http://www.viladeloriga.com)7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes

Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

História resumida de Loriga por António Conde (http://www.loricae.no.sapo.pt)Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências

Diário "As Beiras" online. Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Páginavisitada em Outubro de 2012.

1.

ABAE. Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014 (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Página visitadaem Junho de 2014.

2.

Site da Câmara Municipal de Seia. Praia de Loriga com qualidade de ouro (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Página visitada em Julho de 2012.

3.

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viladeloriga.no.sapo.pt

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Portugal Loriga

— Vila —

Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O

País Portugal

Concelho Seia

Lor igaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Lor iga ( pron.IFA [lo'ig] ) é uma vila e freguesiaportuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem36,52 km² de área, 1053 habitantes ( 2011 ) e densidadepopulacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoaçãoanexa, o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra daEstrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 kmde Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338,estrada concluída em 2006, seguindo um traçado e projetopré-existentes, com um percurso de 9,2 km de paisagensde montanha, entre as cotas 960 m ( Portela do Arão oude Loriga ) e 1650 m, dois quilómetros acima da LagoaComprida.

É conhecida como a "Suíça Portuguesa" devido à suaextraordinária localização geográfica. Está situada a

cerca de 770 m de altitude, na sua parte urbana maisbaixa, rodeada por montanhas, das quais se destacam aPenha dos Abutres ( 1828 m de altitude ) e a Penha doGato (1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: aRibeira de Loriga e Ribeira de São Bento, que desagua naprimeira depois da E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga é umdos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dosgrandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longode centenas de anos e que transformou um vale rochosonum vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca apaisagem, fazendo parte do património histórico da vila eé demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicase sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários,das quais se destacam, por exemplo, o Grupo DesportivoLoriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa eMusical Loriguense, fundada em 1905, os BombeirosVoluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços sedesenvolvem nos limites aproximadamente equivalentesaos do antigo município loriguense, a Casa de RepousoNª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo,e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006iniciaram-se as obras do novo Quartel dos BombeirosVoluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado emSetembro do mesmo ano.[1]

Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho de

Loriga

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Administração

- Tipo Junta de freguesia

- Presidente António Maurício Moura Mendes(PS)

Área

- Total 36,52 km²

População (2011)

- Total 1 053

• Densidade 28,8 hab./km²

Gentílico: Loriguense ou Loricense

Código postal 6270

Orago Santa Maria Maior

Sítio www.freguesiadeloriga.com(http://www.freguesiadeloriga.com/)

Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de

Portugal.

Seia.

Índice

1 População2 Toponímia3 História

3.1 Forais3.2 História até ao final do séc. XVIII3.3 História posterior ao séc. XVIII

4 Património de destaque5 Praia fluvial6 Festividades7 Gastronomia8 Personagens9 Acordos de geminação10 Ver também11 Ligações externas12 Fontes13 Referências

População

População da freguesia de Lor iga [2]

1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011

1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Toponímia

Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantesnos montes Hermínios ( actual Serra da Estrela ) na resistência lusitana. Fosse qual fosse o motivo é certoque os romanos lhe puseram o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nomederivou Loriga, derivação que começou a ser usada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado, mas oneme original latino só caiu totalmente em desuso na primeira metade do século XIII. Pela antiguidade esimbolismo do nome, e pelo historial heráldico de Loriga, a Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica"falante" considerada pelos especialistas em heráldica portuguesa como fundamental e central no brasão davila.

Histór ia

Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 ( JoãoRhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques ),1249 ( D. Afonso III ), 1474 ( D. Afonso V ) e 1514 ( D. Manuel I ). Apoiou os Miguelistas contra os

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Liberais na guerra civil portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após aaplicação do plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmoplano que deu origem aos Distritos.

Histór ia até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. Olocal foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa ( uma colina entreribeiras ), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciaremalguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas ascondições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior, mais antigo eprincipal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato ( que a antiga

tradição local aponta como sendo loriguense ) e estava fortificado com muralhas e paliçada. O troço da Ruade Viriato entre as antigas sedes do Grupo Desportivo Loriguense e da Casa do Povo coincide exatamentecom parte dessa antiga linha defensiva da povoação. No local do actual Bairro de São Ginês ( São Gens )existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodosconstruíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandadaconstruir em 1233 pelo rei D. Sancho II, facto que por si é demonstrativo da importância que então estavila já possuia. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga e que se mantém,foi construída no local de um outro antigo e pequeno templo também dedicado a Nossa Senhora, do qual foiaproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro. Deestilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruídapelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais. De salientar que a paróquia de Lorigaremonta à época visigótica, pertencendo então à diocese de Egitânia ( atual Idanha a Velha ).

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial eaberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído noséculo XIII e cujas paredes do rés do chão onde funcionava a cadeia tinham uma espessura de cerca de doismetros. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário doque aconteceu com a Covilhã ( outra localidade serrana muito afectada ), não chegou do governo de Lisboaqualquer auxílio.

Histór ia poster ior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial ( têxtil ) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma daslocalidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-laquase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número deempresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parteda rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto LuísMendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam àvelhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriganuma vila industrial.

A partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dos principais pólos industriais da Beira Alta,com o desenvolvimento da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante durante as últimas

décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afecta de maneira geral asregiões interiores de Portugal devido às inexistentes politicas locais e nacionais de coesão territorial.Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio,

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restauração, alguma indústria de malhas, agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim,Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serrada Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esquiexistentes em Portugal, localizadas na Serra da Estrela, estão dentro da área da freguesia de Loriga.

Patr imónio de destaque

Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas ( século I a.C. ), umasepultura antropomórfica ( século VI a.C. ) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz( século XIII, reconstruída ), o Pelourinho ( século XIII, reconstruído ), o bairro de São Ginês ( São Gens ), aRua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes ( a outra ruiu no século XVI após uma grande cheia na Ribeira deSão Bento ), com as quais os romanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A sua escadaria tem cerca de 80 degraus emgranito, o que lhe dá características peculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanasmedievais. O bairro de São Ginês ( São Gens ) é um bairro do centro histórico de Loriga cujas característicaso tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, umsanto de origem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de umaermida visigótica situada na área, hoje dedicada a Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos osloriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, um santo que nunca existiu, deixaram arruinar a suacapela e reconstruiram-na depois com o atual orago de Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação,que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial

Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praias nacionais galardoadas com abandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu a bandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambasas bandeiras foram hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21 finalistas, do total de 70pré-finalistas, divididas por 7 categorias, para concorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", nacategoria de "praias de rios".

Festividades

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa ( com a Amenta das Almas - cantosnocturnos masculinos, que evocam as almas de entes falecidos por altura da Quaresma ), festas em honra deSto. António ( durante o mês Junho ) e São Sebastião ( no último Domingo de Julho ), com as respectivasmordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeirados emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. Nosegundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia

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A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratoscalóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada ( com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior queo habitual, conhecido localmente por calhorras ), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha ecabra, nomeadamente o queijo da Serra ( com DOP ), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces esobremesas típicas eram elaboradas para celebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces,o arroz doce, o carolo ( doce feito com milho ), a botelha ( sobremesa feito com abóbora ), a tapioca(sobremesa parecida ao arroz doce, feita com tapioca partida em grãos - importada pela comunidadeloriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. A importância da gastronomia única é reflectida naConfraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens

Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.

Acordos de geminação

Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, de Sacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também

Geografia romana em Portugal

Ligações externas

Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de/)Analor (http://www.analor.org/)Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/)7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)Geobserver (http://www.geobserver.org/)

Fontes

Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências

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Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:|access-date= (ajuda)

1.

Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes

2.

ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:|access-date= (ajuda)

3.

Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:|access-date= (ajuda)

4.

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Categorias: Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Portugal

Loriga

— Freguesia —

Vista geral de Loriga

Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar

com o mesmo nome, semelhante a uma

paisagem alpina.

Lor igaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Lor iga (pron.IFA [lu'ig]) é uma vila e freguesiaportuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidadepopulacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa,o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 kmde Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338,estrada concluída em 2006, seguindo um traçadopré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens demontanha, entre as cotas 960 m (Portela de Loriga ou doArão) e 1650 m, um pouco acima da Lagoa Comprida.

É conhecidacomo a "SuíçaPortuguesa"devido à suaextraordinárialocalizaçãogeográfica.Está situada acerca de770 m dealtitude, nasua parteurbana maisbaixa,rodeada por

montanhas, das quais se destacam a Penha dos Abutres(1828 m de altitude) e a Penha do Gato (1771 m), e éabraçada por dois cursos de água: a Ribeira de Loriga e aRibeira de São Bento, que se unem depois da E.T.A.R.para formarem um dos maiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dosgrandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longode centenas de anos e que transformou um vale rochosonum vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca apaisagem, fazendo parte do património histórico da vila eé demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicase sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários,das quais se destacam, por exemplo, o Grupo DesportivoLoriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa eMusical Loriguense, fundada em 1906, os BombeirosVoluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços se

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Localização de Loriga em Portugal

Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O

País Portugal

Concelho Seia

Administração

- Tipo Junta de freguesia

- Presidente António Maurício Moura Mendes(PS)

Área

- Total 36,52 km²

População (2011)

- Total 1 053

• Densidade 28,8 hab./km²

Gentílico: Loriguense ou Loricense

Código postal 6270

Orago Santa Maria Maior

Sítio www.freguesiadeloriga.com(http://www.freguesiadeloriga.com)

Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de

Portugal.

desenvolvem numa área com limites aproximados aoslimites do antigo concelho de Loriga, a Casa de RepousoNª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, ea Escola EB 123 Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006iniciaram-se as obras do novo Quartel dos BombeirosVoluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado emSetembro do mesmo ano.[1]

Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho deSeia.

Índice

1 População2 Toponímia3 História

3.1 Forais3.2 História até ao final do séc. XVIII3.3 História posterior ao séc. XVIII

4 Património de destaque5 Praia fluvial6 Festividades7 Gastronomia8 Personagens9 Acordos de geminação10 Ver também11 Ligações externas12 Fontes13 Referências

População

População da freguesia de Lor iga [2]

1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011

1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População1864 / 2011

Variação da População1864 / 2011

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Igreja Matriz de Loriga - vista

interior.

Toponímia

Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantesnos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, sendo certo que os romanos lhepuseram o nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga,designação iniciada pelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Pela antiguidade e simbolismo do nome,a Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica "falante", considerada pelos especialistas em heráldicaportuguesa como fundamental no brasão da vila.

Histór ia

Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (JoãoRhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques),1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais naguerra civil portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicaçãodo plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deuorigem aos Distritos.

Histór ia até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. Olocal foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entreribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciaremalguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas ascondições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em doisnúcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hojeexistem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado commuralhas e paliçada. Aliás, a Rua de Viriato no troço compreendido entre aantigas sedes do GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com partedessa antiga linha defensiva da povoação. A antiga tradição e algunsantigos documentos apontam Loriga como berço de Viriato, tendo inclusivehavido um projeto para um monumento que nunca chegou a concretizar-se.No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumashabitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual osVisigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

Loriga era uma paróquia pertencente à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi mandada construirem 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga, eque se mantém, foi construída no local de um outro antigo e pequeno templo visigótico também dedicado aNossa Senhora, do qual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na portalateral virada para o adro. De estilo românico, com três naves, traça exterior lembrando a Sé Velha deCoimbra, e dimensões próximas das atuais, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenaspartes das paredes laterais e da torre. A paróquia de Loriga remonta aliás à época visigótica e pertenciaentão à diocese de Egitânia, atual Idanha a Velha.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial eaberto algumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído noséculo XIII cujas paredes do rés do chão onde funcionava a cadeia tinham uma espessura de cerca de dois

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Fontanário em Loriga.

Largo do Pelourinho.

Rua da Oliveira

metros. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar osestragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outralocalidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboaqualquer auxílio.

Histór ia poster ior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do séculoXIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da BeiraInterior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-la quase emmeados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassavaLoriga no número de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato,Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos,Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica históriaindustrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o maisdestacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estradaromana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressivavila industrial.

A partir da segunda metade do século XIX tornou-se um dos principaispólos industriais da Beira Alta, com o aumento e desenvolvimento daindústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante durante as últimasduas décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila,facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal.Actualmente a economia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica ede panificação, no comércio, restauração, alguma indústria de malhas queainda resiste, e alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça,Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações

anexas, pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serrada Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esquiexistentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Patr imónio de destaque

Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estradaromanas (século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.)chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de SãoGinês (São Gens), a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI apósuma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanosligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A suaescadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá característicaspeculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais.

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Praia fluvial de Loriga,

conhecida também como Chão

da Ribeira onde existe o

chamado "Poço do Zé Lages".

O bairro de São Ginês (São Gens) é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornamnum dos bairros mais típicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo deorigem céltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermidavisigótica situada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dosséculos os loriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, que nunca existiu, deixaram arruinar acapela que lhe era dedicada e finalmente reconstruíram-na mas mudaram-lhe o orago para Nossa Senhora doCarmo. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, éanterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial

Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praiasnacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu abandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeirasforam hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, paraconcorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de"praias de rios".

Festividades

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com aAmenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas deentes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com

as respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festadedicada à padroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiroDomingo de Agosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão deLoriga.

Gastronomia

A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratoscalóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que ohabitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas paracelebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito commilho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita comtapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. Aimportância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga fazparte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens

Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

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Busto do, Dr Joaquim A.

Amorim da Fonseca, Loriga.

Acordos de geminação

Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, deSacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também

Geografia romana em Portugal

Ligações externas

Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)Analor (http://www.analor.org)Portal Vila de Loriga (http://loriguense.wordpress.com)7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes

Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências

Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:|access-date= (ajuda)

1.

Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes

2.

ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:|access-date= (ajuda)

3.

Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php/ambiente/item/120-praia-de-loriga-com-qualidade-de-ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em:|access-date= (ajuda)

4.

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Categorias: Freguesias de Seia Antigos municípios de Portugal Vilas de Portugal

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Portugal

Loriga

— Freguesia —

Vista geral de Loriga

Vista panorâmica de Loriga e do vale glaciar

com o mesmo nome, semelhante a uma

paisagem alpina.

Lor igaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Lor iga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesiaportuguesa do concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem36,52 km² de área, 1053 habitantes (2011) e densidadepopulacional de 28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa,o Fontão. Faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,encontra-se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 kmde Lisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338,estrada concluída em 2006, seguindo um traçadopré-existente, com um percurso de 9,2 km de paisagens demontanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão ou deLoriga) e 1650 m, cerca de dois quilómetros acima daLagoa Comprida.

É conhecidacomo a "SuíçaPortuguesa"devido à suaextraordináriapaisagem elocalizaçãogeográfica.Está situada acerca de770 m dealtitude, nasua parteurbana maisbaixa,

rodeada por montanhas, das quais se destacam a Penhados Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeirade Loriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depoisda E.T.A.R.. A Ribeira de Loriga, é um dos afluentes doRio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dosgrandes ex-libris de Loriga, uma obra construída ao longode centenas de anos e que transformou um vale belo masrochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marcaa paisagem, fazendo parte do património histórico da vilae é demonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicase sócio-culturais, que abrangem todos os grupos etários,das quais se destacam, por exemplo, o Grupo DesportivoLoriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa e

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Localização de Loriga em Portugal

Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O

País Portugal

Concelho Seia

Administração

- Tipo Junta de freguesia

- Presidente António Maurício Moura Mendes(PS)

Área

- Total 36,52 km²

População (2011)

- Total 1 053

• Densidade 28,8 hab./km²

Gentílico: Loriguense ou Loricense

Código postal 6270

Orago Santa Maria Maior, padroeira deLoriga

Sítio www.freguesiadeloriga.com(http://www.freguesiadeloriga.com)

Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas de

Portugal.

Musical Loriguense, fundada em 1905, os BombeirosVoluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços sedesenvolvem numa àrea aproximadamente equivalente àdo antigo Concelho de Loriga, a Casa de Repouso Nª. Srª.da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo, e aEscola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006iniciaram-se as obras do novo Quartel dos BombeirosVoluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado emSetembro do mesmo ano.[1]

Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho deSeia.

Índice

1 População2 Toponímia3 História

3.1 Forais3.2 História até ao final do séc. XVIII3.3 História posterior ao séc. XVIII

4 Património de destaque5 Praia fluvial6 Festividades7 Gastronomia8 Personagens9 Acordos de geminação10 Ver também11 Ligações externas12 Fontes13 Referências

População

População da freguesia de Lor iga [2]

1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011

1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

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Igreja Matriz de Loriga - vista

interior.

Evolução da População1864 / 2011

Variação da População1864 / 2011

Toponímia

Crê-se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantesnos montes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem-lheo nome de Lorica, designação geral para couraça guerreira romana. Certo é que os romanos lhe puseram onome de Lorica, e deste nome derivou Loriga, derivação iniciada pelos Visigodos, e que tem o mesmosignificado.

Histór ia

Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (JoãoRhânia, senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques),1249 (D. Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais naguerra civil portuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicaçãodo plano de ordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deuorigem aos Distritos.

Histór ia até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. Olocal foi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entreribeiras), à abundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciaremalguma caça e condições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas ascondições mínimas de sobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em doisnúcleos. O maior, mais antigo e principal, situava-se na área onde hojeexistem a Igreja Matriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado commuralhas e paliçada. Aliás o troço da Rua de Viriato entre as antigas sedesdo GDL e da Casa do Povo, coincide exatamente com parte dessa linhadefensiva da antiga povoação. No local do actual Bairro de São Ginês (SãoGens) existiam já algumas habitações encostadas ao promontório rochoso,em cima do qual os Visigodos construíram mais tarde uma ermida dedicadaàquele santo e atualmente com o orago de Nossa Senhora do Carmo.

Loriga era uma paróquia visigótica pertencente à diocese de Egitânia,pertencendo no inicio da nacionalidade à Vigararia do Padroado Real e a

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Fontanário em Loriga.

Largo do Pelourinho.

Igreja Matriz foi mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Estaigreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maior, padroeira de Loriga, e quese mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templovisigótico também dedicado a Nossa Senhora, do qual foi aproveitada umapedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral viradapara o adro. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrandoa Sé Velha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, delarestando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinadotambém a residência paroquial e aberto algumas fendas nas robustas eespessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no séculoXIII. Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar osestragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), nãochegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

Histór ia poster ior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma daslocalidades mais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá-laquase em meados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número deempresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega,Leitão & Irmãos, Augusto Luis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parteda rica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto LuísMendes, o mais destacado dos antigos industriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam àvelhinha estrada romana de Lorica, com dois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriganuma vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, tornou-se um dosprincipais pólos industriais da Beira Alta, com o grande desenvolvimentolocal da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante as últimasdécadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila, factoque afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido àsinexistentes politicas locais e nacionais de coesão territorial. Actualmente aeconomia loriguense baseia-se nas indústrias metalúrgica e de panificação,no comércio, restauração, alguma industria de malhas, agricultura epastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça,Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas, pertenceu ao municípioloriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serrada Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esquiexistentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Patr imónio de destaque

Em termos de património histórico, destacam-se a ponte e a estrada romanas (século I a.C.), uma sepulturaantropomórfica (século VI a.C.) chamada popularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês (São Gens), a Rua de Viriato,

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Rua da Oliveira

Praia fluvial de Loriga,

conhecida também como "Poço

do Zé Lages".

que a antiga tradição aponta como sendo natural desta milenar povoação, ea Rua da Oliveira.

A estrada romana e uma das duas pontes (a outra ruiu no século XVI apósuma grande cheia na Ribeira de São Bento), com as quais os romanosligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A suaescadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá característicaspeculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais.O bairro de São Ginês (São Gens) é um bairro do centro histórico de Lorigacujas características o tornam num dos bairros mais típicos da vila. Curiosoé o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origemcéltica martirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigóticasituada na área, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos osloriguenses mudaram o nome do santo para São Ginês, deixaram arruinar a sua ermida e depoisreconstruiram-na com o orago de Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação, que já esteveseparado do principal e mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial

Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praiasnacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu abandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeirasforam hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21finalistas, do total de 70 pré-finalistas, divididas por 7 categorias, paraconcorrer ao concurso "7 Maravilhas - Praias de Portugal", na categoria de"praias de rios".

Festividades

Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com aAmenta das Almas - cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas deentes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António

(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as respectivas mordomias eprocissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada à padroeira dosemigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto. Nosegundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia

A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratoscalóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que ohabitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas paracelebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito commilho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita comtapioca partida em grãos - importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. Aimportância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga faz

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Busto do, Dr Joaquim A.

Amorim da Fonseca, Loriga.

parte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens

Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação

Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, deSacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também

Geografia romana em Portugal

Ligações externas

Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)Analor (http://www.analor.org)Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ligacoes-links)7 Maravilhas - Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia-fluvial-de-loriga)ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes

Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros-pdf-files)Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)Ferreira, N.; Vieira, G. - Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).de Vasconcelos, J.L. - Etnografia Portuguesa - Vol. II, INCM, 1980Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências

Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros-de-loriga-mudam-para-novo-quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em:|access-date= (ajuda)

1.

Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes

2.

ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em:|access-date= (ajuda)

3.

Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm-seia.pt/index.php4.

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PortugalLoriga

— Freguesia —

Vista geral de Loriga

Localização de Loriga em Portugal

Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O

Vista panorâmica de Loriga e do valeglaciar com o mesmo nome, semelhante auma paisagem alpina.

LorigaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesado concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² deárea, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz partedo Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km deLisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estradaconcluída em 2006, seguindo um projeto e um traçado pré­existentes, com um percurso de 9,2 km de paisagens demontanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m,junto à Lagoa Comprida.

É conhecidacomo a "SuíçaPortuguesa"devido à suaextraordináriapaisagem elocalizaçãogeográfica. Estásituada os 770 m,na sua parteurbana maisbaixa, e os 1100de altitude,rodeada pormontanhas, das

quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) ea Penha do Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos deágua: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de São Bento, que seunem depois da E.T.A.R. . A Ribeira de Loriga, é um dosmaiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dosgrandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo decentenas de anos e que transformou um vale belo masrochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca apaisagem, fazendo parte do património histórico da vila e édemonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas esócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, dasquais se destacam, por exemplo, o Grupo DesportivoLoriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa eMusical Loriguense, fundada em 1906, os BombeirosVoluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços sedesenvolvem numa àrea aproximadamente equivalente ao

Loriga

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País Portugal

Concelho Seia

Administração ­ Tipo Junta de freguesia ­ Presidente António Maurício Moura Mendes

(PS)Área

­ Total 36,52 km²População (2011)

­ Total 1 053 • Densidade 28,8 hab./km²Gentílico: Loriguense ou Loricense

Código postal 6270Orago Santa Maria MaiorSítio www.freguesiadeloriga.com (htt

p://www.freguesiadeloriga.com)Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas

de Portugal.

antigo concelho de Loriga na sua fase maior, a Casa deRepouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais derelevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006iniciaram­se as obras do novo Quartel dos BombeirosVoluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado emSetembro do mesmo ano.[1]

Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho deSeia.

Índice

1 População2 Toponímia3 História

3.1 Forais3.2 História até ao final do séc. XVIII3.3 História posterior ao séc. XVIII

4 Património de destaque5 Praia fluvial6 Festividades7 Gastronomia8 Personagens9 Acordos de geminação10 Ver também11 Ligações externas12 Fontes13 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]

1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011

1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População1864 / 2011

Variação da População1864 / 2011

Toponímia

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Igreja Matriz da vila dedicadaa Santa Maria Maior,padroeira de Loriga ­ vistainterior.

Um dos três monumentaisfontanários construídos emLoriga pela ComunidadeLoriguense de Manaus, Brasil.

Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nosmontes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nomede Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciadapelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Trata­se de uma caso raro em Portugal de um nome que semantém praticamente inalterado há mais de dois mil anos, por tudo isso, pelo grande significado e simbolismoe pela heráldica histórica, a Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica "falante" pelos especialistas emheráldica portuguesa e a peça essencial e insubstituível no brasão desta vila.

História

Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civilportuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano deordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aosDistritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O localfoi escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundânciade água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condiçõesmínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivênciapara uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. Omaior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a IgrejaMatriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada.A Rua de Viriato (que a antiga tradição aponta como sendo natural destamilenar povoação), no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL e daCasa do Povo), corresponde ao traçado da antiga linha defensiva da povoação.No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumashabitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodosconstruíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

A paróquia de Loriga foi criada pelosVisigodos e pertencia à antiga diocese daEgitânia (atual Idanha a Velha), cuja sede foidepois transferida para a Guarda,

pertencendo depois à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foimandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago erajá o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga e que se mantém, foiconstruída no local de um outro antigo e pequeno templo visigótico, do qualfoi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada naporta lateral virada para o adro, e onde foi gravada a data da construção. Deestilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha deCoimbra, embora sem a mesma monumentalidade, esta igreja foi destruídapelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado tambémmuitas residências, incluíndo a paroquial e aberto algumas fendas nas robustase espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de

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Largo do Pelourinho, vendo­seo edificio da antiga CâmaraMunicipal entretanto adaptadoa residência particular.

Rua da Oliveira

Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outralocalidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidadesmais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la já quase emmeados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomesde empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, AugustoLuis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial destavila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigosindustriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, comdois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, com com o grandedesenvolvimento da indústri têxtil , tornou­se um dos principais pólosindustriais da Beira Interior, que entrou em declínio durante a últimas décadasdo século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afectade maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentespoliticas locais e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economialoriguense baseia­se nas indústrias metalúrgica e de panificação, algumaindústria de malhas, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazesda Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também aAssociação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esquiexistentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque

Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamadapopularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês(São Gens), a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana sobre a Ribeira de Loriga (a outra sobre a Ribeira de SãoBento ruiu no século XVI após uma grande cheia, tendo sido construída outratambém em pedra nos finais do século XIX), com as quais os romanos ligaramLorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A suaescadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá característicaspeculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais desta vila histórica. O bairro de SãoGinês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos davila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado emArles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no localonde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses deixaram

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Praia fluvial de Loriga, numlocal conhecido por Chão daRibeira onde está o chamado"Poço do Zé Lages".

Busto do, Dr Joaquim A.Amorim da Fonseca, Loriga.

arruinar a capela, reconstruiram­na depois com outro orago (Nossa Senhora do Carmo), e mudaram o nome dosanto para São Ginês, um santo que nunca existiu. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principale mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial

Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praiasnacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu abandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeirasforam hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, paraconcorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de"praias de rios".

Festividades

Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com aAmenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas deentes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as

respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada àpadroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo deAgosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia

A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratoscalóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que ohabitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas paracelebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito commilho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita comtapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. Aimportância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga fazparte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens

Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação

Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, deSacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também

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Geografia romana em Portugal

Ligações externas

Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)Analor (http://www.analor.org)Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes

Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros­pdf­files)Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros­de­loriga­mudam­para­novo­quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)

2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) ­ https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes

3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)

4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.php/ambiente/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em: |acessodata=(ajuda)

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PortugalLoriga

— Freguesia —

Vista geral de Loriga

Localização de Loriga em Portugal

Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O

Vista panorâmica de Loriga e do valeglaciar com o mesmo nome, semelhante auma paisagem alpina.

LorigaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesado concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² deárea, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz partedo Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km deLisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estradaconcluída em 2006, seguindo um projeto e um traçado pré­existentes, com um percurso de 9,2 km de paisagens demontanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m,junto à Lagoa Comprida.

É conhecidacomo a "SuíçaPortuguesa"devido à suaextraordináriapaisagem elocalizaçãogeográfica. Estásituada os 770 m,na sua parteurbana maisbaixa, e os 1100de altitude,rodeada pormontanhas, das

quais se destacam a Penha dos Abutres (1828 m de altitude) ea Penha do Gato (1771 m), e é abraçada por dois cursos deágua: a Ribeira de Loriga e a Ribeira de São Bento, que seunem depois da E.T.A.R. . A Ribeira de Loriga, é um dosmaiores afluentes do Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dosgrandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo decentenas de anos e que transformou um vale belo masrochoso num vale fértil. É uma obra que ainda hoje marca apaisagem, fazendo parte do património histórico da vila e édemonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas esócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, dasquais se destacam, por exemplo, o Grupo DesportivoLoriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa eMusical Loriguense, fundada em 1906, os BombeirosVoluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços sedesenvolvem numa àrea aproximadamente equivalente ao

Loriga

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País Portugal

Concelho Seia

Administração ­ Tipo Junta de freguesia ­ Presidente António Maurício Moura Mendes

(PS)Área

­ Total 36,52 km²População (2011)

­ Total 1 053 • Densidade 28,8 hab./km²Gentílico: Loriguense ou Loricense

Código postal 6270Orago Santa Maria MaiorSítio www.freguesiadeloriga.com (htt

p://www.freguesiadeloriga.com)Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas

de Portugal.

antigo concelho de Loriga na sua fase maior, a Casa deRepouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais derelevo, e a Escola Básica Dr. Reis Leitão. Em Agosto de 2006iniciaram­se as obras do novo Quartel dos BombeirosVoluntários, edifício concluído em 2012 e inaugurado emSetembro do mesmo ano.[1]

Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho deSeia.

Índice

1 População2 Toponímia3 História

3.1 Forais3.2 História até ao final do séc. XVIII3.3 História posterior ao séc. XVIII

4 Património de destaque5 Praia fluvial6 Festividades7 Gastronomia8 Personagens9 Acordos de geminação10 Ver também11 Ligações externas12 Fontes13 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]

1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011

1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População1864 / 2011

Variação da População1864 / 2011

Toponímia

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Igreja Matriz da vila dedicadaa Santa Maria Maior,padroeira de Loriga ­ vistainterior.

Um dos três monumentaisfontanários construídos emLoriga pela ComunidadeLoriguense de Manaus, Brasil.

Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nosmontes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nomede Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciadapelos Visigodos, que tem o mesmo significado. Trata­se de uma caso raro em Portugal de um nome que semantém praticamente inalterado há mais de dois mil anos, por tudo isso, pelo grande significado e simbolismoe pela heráldica histórica, a Lorica/Loriga é considerada uma peça heráldica "falante" pelos especialistas emheráldica portuguesa e a peça essencial e insubstituível no brasão desta vila.

História

Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civilportuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano deordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aosDistritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O localfoi escolhido há mais de dois mil anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), à abundânciade água e de pastos, bem como ao facto de as terras mais baixas providenciarem alguma caça e condiçõesmínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas de sobrevivênciapara uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. Omaior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a IgrejaMatriz e parte da Rua de Viriato e estava fortificado com muralhas e paliçada.A Rua de Viriato (que a antiga tradição aponta como sendo natural destamilenar povoação), no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL e daCasa do Povo), corresponde ao traçado da antiga linha defensiva da povoação.No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam já algumashabitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual os Visigodosconstruíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo.

A paróquia de Loriga foi criada pelosVisigodos e pertencia à antiga diocese daEgitânia (atual Idanha a Velha), cuja sede foidepois transferida para a Guarda,

pertencendo depois à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foimandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago erajá o de Santa Maria Maior padroeira de Loriga e que se mantém, foiconstruída no local de um outro antigo e pequeno templo visigótico, do qualfoi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada naporta lateral virada para o adro, e onde foi gravada a data da construção. Deestilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a Sé Velha deCoimbra, embora sem a mesma monumentalidade, esta igreja foi destruídapelo sismo de 1755, dela restando apenas partes das paredes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado tambémmuitas residências, incluíndo a paroquial e aberto algumas fendas nas robustase espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII. Um emissário do Marquês de

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Largo do Pelourinho, vendo­seo edificio da antiga CâmaraMunicipal entretanto adaptadoa residência particular.

Rua da Oliveira

Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do que aconteceu com a Covilhã (outralocalidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquer auxílio.

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX. Chegou a ser uma das localidadesmais industrializadas da Beira Interior, e a actual sede de concelho só conseguiu suplantá­la já quase emmeados do século XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga no número de empresas. Nomesde empresas, tais como: Regato, Redondinha, Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, AugustoLuis Mendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte da rica história industrial destavila. A principal e maior avenida de Loriga tem o nome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigosindustriais loriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estrada romana de Lorica, comdois mil anos, o facto é que os loriguenses transformaram Loriga numa progressiva vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do século XIX, com com o grandedesenvolvimento da indústri têxtil , tornou­se um dos principais pólosindustriais da Beira Interior, que entrou em declínio durante a últimas décadasdo século passado o que está a levar à desertificação da Vila, facto que afectade maneira geral as regiões interiores de Portugal devido às inexistentespoliticas locais e nacionais de coesão territorial. Actualmente a economialoriguense baseia­se nas indústrias metalúrgica e de panificação, algumaindústria de malhas, no comércio, restauração, alguma agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazesda Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também aAssociação de Freguesias da Serra da Estrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esquiexistentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque

Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamadapopularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês(São Gens), a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana sobre a Ribeira de Loriga (a outra sobre a Ribeira de SãoBento ruiu no século XVI após uma grande cheia, tendo sido construída outratambém em pedra nos finais do século XIX), com as quais os romanos ligaramLorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A suaescadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá característicaspeculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais desta vila histórica. O bairro de SãoGinês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros mais típicos davila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem céltica martirizado emArles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada na área, no localonde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses deixaram

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Praia fluvial de Loriga, numlocal conhecido por Chão daRibeira onde está o chamado"Poço do Zé Lages".

Busto do, Dr Joaquim A.Amorim da Fonseca, Loriga.

arruinar a capela, reconstruiram­na depois com outro orago (Nossa Senhora do Carmo), e mudaram o nome dosanto para São Ginês, um santo que nunca existiu. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principale mais antigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial

Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praiasnacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu abandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeirasforam hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, paraconcorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de"praias de rios".

Festividades

Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com aAmenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas deentes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as

respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada àpadroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo deAgosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia

A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratoscalóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que ohabitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas paracelebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito commilho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita comtapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. Aimportância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga fazparte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens

Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação

Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, deSacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também

Geografia romana em Portugal

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Ligações externas

Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)Analor (http://www.analor.org)Portal Vila de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com)7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes

Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ficheiros­pdf­files)Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros­de­loriga­mudam­para­novo­quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)

2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) ­ https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes

3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)

4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.php/ambiente/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em: |acessodata=(ajuda)

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PortugalLoriga

— Freguesia —

Vista geral de Loriga

Localização de Loriga em Portugal

Coordenadas 40° 19' 37" N 7° 41' 26" O

Vista panorâmica de Loriga e do valeglaciar com o mesmo nome, semelhante auma paisagem alpina.

LorigaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Loriga (pron.IFA [lo'ɾigɐ]) é uma vila e freguesia portuguesado concelho de Seia, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² deárea, 1053 habitantes (2011) e densidade populacional de28,8 hab./km². Tem uma povoação anexa, o Fontão. Faz partedo Parque Natural da Serra da Estrela.

Loriga, situada na parte sudoeste da Serra da Estrela,encontra­se a 20 km de Seia, 80 km da Guarda e 320 km deLisboa. A vila é acessível pela EN 231 e pela EN 338, estradaconcluída em 2006, seguindo um projeto e um traçado pré­existentes, com um percurso de 9,2 km de paisagens demontanha, entre as cotas 960 m (Portela do Arão) e 1650 m,junto à Lagoa Comprida.

É conhecidacomo a "SuíçaPortuguesa"devido à suaextraordinárialocalizaçãogeográfica. Estásituada a 770 mde altitude, nasua parte urbanamais baixa,rodeada pormontanhas, dasquais sedestacam a Penha

dos Abutres (1828 m de altitude) e a Penha do Gato(1771 m), e é abraçada por dois cursos de água: a Ribeira deLoriga e a Ribeira de São Bento, que se unem depois daE.T.A.R. . A Ribeira de Loriga, é um dos maiores afluentesdo Rio Alva.

Os socalcos e sua complexa rede de irrigação são um dosgrandes ex­libris de Loriga, uma obra construída ao longo decentenas de anos e que transformou um vale rochoso numvale fértil. É uma obra que ainda hoje marca a paisagem,fazendo parte do património histórico da vila e édemonstrativa do génio dos seus habitantes.

Está dotada de uma ampla gama de infraestruturas físicas esócio­culturais, que abrangem todos os grupos etários, dasquais se destacam, por exemplo, o Grupo DesportivoLoriguense, fundado em 1934, a Sociedade Recreativa eMusical Loriguense, fundada em 1906, os BombeirosVoluntários de Loriga, criados em 1982, cujos serviços sedesenvolvem na área aproximadamente equivalente ao antigo

Loriga

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País Portugal

Concelho Seia

Administração ­ Tipo Junta de freguesia ­ Presidente António Maurício Moura Mendes

(PS)Área

­ Total 36,52 km²População (2011)

­ Total 1 053 • Densidade 28,8 hab./km²Gentílico: Loriguense ou Loricense

Código postal 6270Orago Santa Maria MaiorSítio www.freguesiadeloriga.com (htt

p://www.freguesiadeloriga.com)Apelidada de “Suíça Portuguesa”. É uma das vilas mais altas

de Portugal.

concelho, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia, uma dasúltimas obras sociais de relevo, e a Escola Básica EB23 Dr.Reis Leitão. Em Agosto de 2006 iniciaram­se as obras donovo Quartel dos Bombeiros Voluntários, edifício concluídoem 2012 e inaugurado em Setembro do mesmo ano.[1]

Pertence à rede de Aldeias de Montanha do Concelho deSeia.

Índice

1 População2 Toponímia3 História

3.1 Forais3.2 História até ao final do séc. XVIII3.3 História posterior ao séc. XVIII

4 Património de destaque5 Praia fluvial6 Festividades7 Gastronomia8 Personagens9 Acordos de geminação10 Ver também11 Ligações externas12 Fontes13 Referências

População

População da freguesia de Loriga [2]

1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011

1 690 1 888 2 090 2 414 2 652 2 488 2 152 2 548 2 981 2 695 2 204 1 825 1 631 1 270 1 053

Evolução da População1864 / 2011

Variação da População1864 / 2011

Toponímia

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Igreja Matriz , vista interior,dedicada a Santa Maria Maiorpor ser a padroeira de Loriga.

Crê­se que o nome veio da localização estratégica da povoação, do seu protagonismo e dos seus habitantes nosmontes Hermínios (actual Serra da Estrela) na resistência lusitana, o que levou os romanos a porem­lhe o nomede Lorica, designação geral para couraça guerreira romana; deste nome derivou Loriga, derivação iniciadapelos Visigodos, que tem o mesmo significado. A história, a heráldica antiga, as regras da herádica portuguesae a opinião das entidades legalmente e tecnicamente competentes, determinam que a Lorica/Loriga seja a peçaprincipal do brasão da vila. É um caso raro em Portugal de uma povoação cujo nome permanece praticamenteinalterado há mais de 2000 anos, e o gentilico Loricense deriva exatamente do antigo nome romano destamilenar povoação.

História

Forais

Loriga tinha a categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo recebido forais em 1136 (João Rhânia,senhorio das Terras de Loriga durante cerca de duas décadas, no reinado de D. Afonso Henriques), 1249 (D.Afonso III), 1474 (D. Afonso V) e 1514 (D. Manuel I). Apoiou os Miguelistas contra os Liberais na guerra civilportuguesa e tal facto contribuiu para deixar de ser sede de concelho em 1855 após a aplicação do plano deordenação territorial levada a cabo durante o século XIX, curiosamente o mesmo plano que deu origem aosDistritos.

História até ao final do séc. XVIII

Fundada originalmente no alto de uma colina entre ribeiras onde hoje existe o centro histórico da vila. O localfoi escolhido há mais de dois mil e seiscentos anos devido à facilidade de defesa (uma colina entre ribeiras), àabundância de água e de pastos, bem como ao facto de a as terras mais baixas providenciarem alguma caça econdições mínimas para a prática da agricultura. Desta forma estavam garantidas as condições mínimas desobrevivência para uma população e povoação com alguma importância.

Quando os romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. Omaior, mais antigo e principal, situava­se na área onde hoje existem a IgrejaMatriz e parte da Rua de Viriato (que a antiga tradição diz ter nascido nestamilenar povoação) e estava fortificado com muralhas e paliçada. A Rua deViriato, no troço compreendido entre as antigas sedes do GDL e da Casa doPovo, coincide exatamente com parte dessa antiga linha defensiva dapovoação. No local do actual Bairro de São Ginês (São Gens) existiam jáalgumas habitações encostadas ao promontório rochoso, em cima do qual osVisigodos construíram mais tarde uma ermida dedicada àquele santo, a atualcapela de Nossa Senhora do Carmo.

A paróquia de Loriga foi criada pelos visigodos e pertencia á antiga diocese daEgitânia, pertenceu à Vigararia do Padroado Real e a Igreja Matriz foi

mandada construir em 1233 pelo rei D. Sancho II. Esta igreja, cujo orago era já o de Santa Maria Maiorpadroeira de Loriga e que se mantém, foi construída no local de outro antigo e pequeno templo visigótico, doqual foi aproveitada uma pedra com inscrições visigóticas, que está colocada na porta lateral virada para o adro,e onde foi gravada a data da construção. De estilo românico, com três naves, e traça exterior lembrando a SéVelha de Coimbra, esta igreja foi destruída pelo sismo de 1755, dela restando apenas partes de cantaria e dasparedes laterais.

O sismo de 1755 provocou enormes estragos na vila, tendo arruinado também a residência paroquial e abertoalgumas fendas nas robustas e espessas paredes do edifício da Câmara Municipal construído no século XIII.Um emissário do Marquês de Pombal esteve em Loriga a avaliar os estragos mas, ao contrário do queaconteceu com a Covilhã (outra localidade serrana muito afectada), não chegou do governo de Lisboa qualquerauxílio.

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Um dos monumentaisfontanários construídos emLoriga pela ComunidadeLoriguense de Manaus, Brasil.

Largo do Pelourinho.

Rua da Oliveira

História posterior ao séc. XVIII

Loriga é uma vila industrial (têxtil) desde a primeira metade do século XIX.Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e aactual sede de concelho só conseguiu suplantá­la já quase em meados doséculo XX. Tempos houve em que só a Covilhã ultrapassava Loriga nonúmero de empresas. Nomes de empresas, tais como: Regato, Redondinha,Fonte dos Amores, Tapadas, Fândega, Leitão & Irmãos, Augusto LuisMendes, Lamas, Nunes Brito, Moura Cabral, Lorimalhas, etc, fazem parte darica história industrial desta vila. A principal e maior avenida de Loriga tem onome de Augusto Luís Mendes, o mais destacado dos antigos industriaisloriguenses. Apesar dos maus acessos, que se resumiam à velhinha estradaromana de Loriga, com dois mil anos, o facto é que os loriguensestransformaram Loriga numa vila industrial.

Porém, partir da segunda metade do séculoXIX, tornou­se um dos principais pólos industriais da Beira Interior, com odesenvolvimento da indústria dos lanifícios, que entrou em declínio durante asúltimas décadas do século passado o que está a levar à desertificação da Vila,facto que afecta de maneira geral as regiões interiores de Portugal devido ásinexistentes politicas de coesão territorial. Actualmente a economia loriguensebaseia­se nas indústrias metalúrgica e de panificação, no comércio,restauração, alguma indústria de malhas, agricultura e pastorícia.

A área onde existem as actuais freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazesda Beira, Teixeira, Valezim, Vide, e as mais de trinta povoações anexas,

pertenceu ao município loriguense.

A área que englobava o extinto município loriguense, constitui também a Associação de Freguesias da Serra daEstrela, com sede em Loriga.

Loriga e a sua região possuem enormes potencialidades turísticas e as únicas pistas e estância de esquiexistentes em Portugal estão localizadas na Serra da Estrela, dentro da área da freguesia de Loriga.

Património de destaque

Em termos de património histórico, destacam­se a ponte e a estrada romanas(século I a.C.), uma sepultura antropomórfica (século VI a.C.) chamadapopularmente de "caixão da moura", a Igreja Matriz (século XIII,reconstruída), o Pelourinho (século XIII, reconstruído), o bairro de São Ginês,a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira.

A estrada romana e a ponte romana sobre a Ribeira de Loriga (a outra sobre aRibeira de São Bento ruiu no século XVI após uma grande tendo sidosubstituída no século XIX pela existente atualmente), com as quais osromanos ligaram Lorica, na Lusitânia, ao restante império, merecem destaque.

A rua da Oliveira é uma rua situada no centro histórico da vila. A suaescadaria tem cerca de 80 degraus em granito, o que lhe dá característicaspeculiares. Esta rua recorda muitas das características urbanas medievais do centro histórico da vila. O bairrode São Ginês é um bairro do centro histórico de Loriga cujas características o tornam num dos bairros maistípicos da vila. Curioso é o facto de este bairro dever o nome a São Gens, um santo de origem célticamartirizado em Arles, na Gália, no tempo do imperador Diocleciano, orago de uma ermida visigótica situada naárea, no local onde hoje está a capela de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos séculos os loriguenses

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Praia fluvial de Loriga, numlocal conhecido há séculos porChão da Ribeira onde está o"Poço do Zé Lages".

Busto do, Dr Joaquim A.Amorim da Fonseca, Loriga.

deixaram arruinar a capela, mudaram o nome do santo para São Ginês (um santo que nunca existiu) e mudaramo orago para Nossa Senhora do Carmo. Este núcleo da povoação, que já esteve separado do principal e maisantigo, situado mais abaixo, é anterior à chegada dos romanos.

Praia fluvial

Como desde há alguns anos, em 2014, esta praia foi uma das 298 praiasnacionais galardoadas com a bandeira azul[3]; em Junho de 2012 recebeu abandeira "Qualidade Ouro", atribuido pela Quercus.[4] Ambas as bandeirasforam hasteadas dia 24 de Junho de 2012.

Dia 5 de Maio de 2012, a praia fluvial de Loriga, ficou apurada entre as 21finalistas, do total de 70 pré­finalistas, divididas por 7 categorias, paraconcorrer ao concurso "7 Maravilhas ­ Praias de Portugal", na categoria de"praias de rios".

Festividades

Ao longo do ano celebram­se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com aAmenta das Almas ­ cantos nocturnos masculinos, que evocam as almas deentes falecidos por altura da Quaresma), festas em honra de Sto. António(durante o mês Junho) e São Sebastião (no último Domingo de Julho), com as

respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades religiosas é a festa dedicada àpadroeira dos emigrantes de Loriga, Nª. Srª. da Guia, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo deAgosto. No segundo Domingo, tem lugar a festa em honra de Nª. Srª. da Ajuda, no Fontão de Loriga.

Gastronomia

A gastronomia loriguense faz parte daquela considerada típica da Beira Alta, onde se salientam os pratoscalóricos de alta montanha, os enchidos, a feijoada (com feijocas, uma espécie de feijão branco, maior que ohabitual), o cabrito no forno, a broa de milho, queijaria de ovelha e cabra, nomeadamente o queijo da Serra(com DOP), a aguardente de zimbro. Grande parte dos doces e sobremesas típicas eram elaboradas paracelebrar a Páscoa. De entre os doces, têm relevo as broínhas doces, o arroz doce, o carolo (doce feito commilho), a botelha (sobremesa feito com abóbora), a tapioca (sobremesa parecida ao arroz doce, feita comtapioca partida em grãos ­ importada pela comunidade loriguense no Brasil) e o Bolo Negro de Loriga. Aimportância da gastronomia única é reflectida na Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga. Loriga fazparte da Rota do Xisto e do Milho.

Personagens

Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, (1862 — 1927), médico.Joaquim Pina Moura, (1952 — ), economista e político.Jorge Garcia, (1960 — )ciclista.

Acordos de geminação

Loriga celebrou um acordo de geminação com a vila, actual cidade, deSacavém, em 1 de Junho de 1996.

Ver também

Geografia romana em Portugal

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Ligações externas

Homepage sobre Loriga (http://www.loriga.de)Analor (http://www.analor.org)Portal Vila de Loriga (http://www.viladeloriga.com)7 Maravilhas ­ Praias de Portugal (http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/finalistas/praia­fluvial­de­loriga)ABAE (http://www.abae.pt/programa/BA/inicio.php)Geobserver (http://www.geobserver.org)

Fontes

Algumas das fontes usadas na elaboração deste artigo:

Homepage de Loriga (http://lorigaportugal.wordpress.com/ligacoes­links)Bacia hidrográfica da Ribeira de Loriga (http://www.conselldemallorca.net/mediambient/terrisc/resultatsp_coimbra3.htm)Página dos Bombeiros de Loriga (http://www.bvloriga.pt/)Página da Junta de Freguesia de Loriga (http://www.freguesiadeloriga.com/)Página da Confraria da Broa e do Bolo Negro de Loriga (http://www.loriga.org/confraria/)Ferreira, N.; Vieira, G. ­ Guía Geológico e Geomorfológico do PNSE (1999).de Vasconcelos, J.L. ­ Etnografia Portuguesa ­ Vol. II, INCM, 1980Carta Militar de Portugal – esc. 1: 25000, Folha nº223, Instituto Geográfico do Exército.

Referências1. Diário "As Beiras" online. «Bombeiros de Loriga mudam para novo quartel» (http://www.asbeiras.pt/2012/09/bombeiros­de­loriga­mudam­para­novo­quartel/). Consultado em Outubro de 2012 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)

2. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) ­ https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes

3. ABAE. «Locais Galardoados na Região do Centro com a Bandeira Azul, 2014» (http://www.abae.pt/BandeiraAzul/index.php?p=awarded&s=list&u=2). Consultado em Junho de 2014 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)

4. Site da Câmara Municipal de Seia. «Praia de Loriga com qualidade de ouro» (http://www.cm­seia.pt/index.php/ambiente/item/120­praia­de­loriga­com­qualidade­de­ouro). Consultado em Julho de 2012 Verifique data em: |acessodata=(ajuda)

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