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LUGAR DE APOSENTADO E APOSENTADA É NA LUTA DE CLASSES Lujan Miranda Introdução A presente apresentação tem como objetivo contribuir com o debate e divulgar informações sobre a situação dos aposentados e aposentadas, com destaque para as questões relativas à Previdência Pública e aos Direitos Sociais. Tomou como base a Cartilha “Gênero, Violência e Previdência” e os textos/slides que elaborei para os Encontros Regionais do Sinasefe e do Andes-SN sobre Direitos Previdenciários, Reforma da Previdência e Funpresp.

LUGAR DE APOSENTADO E APOSENTADA É NA LUTA DE CLASSES Lujan Miranda

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LUGAR DE APOSENTADO E APOSENTADA É NA LUTA DE CLASSES Lujan Miranda. Introdução - PowerPoint PPT Presentation

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LUGAR DE APOSENTADO E APOSENTADA

É NA LUTA DE CLASSESLujan Miranda

IntroduçãoA presente apresentação tem como objetivo contribuir com o debate e divulgar informações sobre a situação dos aposentados e aposentadas, com destaque para as questões relativas à Previdência Pública e aos Direitos Sociais.Tomou como base a Cartilha “Gênero, Violência e Previdência” e os textos/slides que elaborei para os Encontros Regionais do Sinasefe e do Andes-SN sobre Direitos Previdenciários, Reforma da Previdência e Funpresp.

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Essa expressão “luta de classes” foi usada por Karl Marx e Friedrich Engels – pensadores alemães, para designar a luta econômica, política e ideológica dos opressores (burguesia) contra os oprimidos (proletariado) - classes antagônicas (opostas).

Luta que se faz cada vez mais nítida, com ataques brutais e permanentes aos direitos sociais, muitos dos quais se julgava consolidados no Brasil e no mundo.

Por que lugar de aposentado e aposentada é na luta de classes?

O que é a luta de classes?

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Arrocho das aposentadorias, com perda permanente do poder aquisitivo das mesmas; Quebra da paridade e integralidade Aumento da idade para aposentadorias Renúncias previdenciárias (isenções tributárias), sonegação e corrupção. Tentativas de impedir a desaposentação. Reforma da Previdência, Fator Previdenciário e Funpresp.

Luta contra o arrocho das aposentadorias e pensões

Esta é uma luta permanente das entidades. É cada vez menor o valor da aposentadoria e além da inflação e dos reajustes irrisórios, os

governos utilizam vários mecanismos para torná-las ainda menores. A COBAP e outras entidades entregaram no dia 12/06/13, projeto de reajuste das

aposentadorias e pensões. A idéia é aprovar uma política justa e permanente. De acordo com a COBAP o projeto apresenta uma nova fórmula de cálculo baseada no teto previdenciário.

O alvo principal dos ataques do Governo tem sido os direitos sociais e previdenciários

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Renúncias previdenciárias (isenções tributárias), sonegação e corrupção

Além dos recursos públicos que são drenados para o setor privado de diversas formas, o governo através do SIMPLES privilegia com isenções de tributos, entidades filantrópicas, empresas exportadoras rurais (agronegócio), empresas de tecnologia da informação e de comunicação, com o falacioso argumento de que é para incentivar o crescimento da economia brasileira.

Tentativas de impedir a desaposentação

A desaposentação tem por finalidade permitir que os aposentados e aposentadas do Regime Geral de Previdência Social, a cargo do INSS, renunciem ao benefício da aposentadoria por tempo de contribuição, especial e por idade e se aposentem novamente, em condições menos ruim, com base em nova contagem do tempo de contribuição.

Está tramitando no congresso, mas existem manobras com a interposição de recursos dificultando sua aprovação, e quem deverá dar a palavra final sobre o assunto deve ser o Superior Tribunal Federal (STF), pois desde 2003 corre ação relativa ao assunto naquele tribunal.

O STF já decidiu que o segurado ou segurada pode renunciar a uma aposentadoria em busca da mais favorável, mas ainda não julgou se no caso de desaposentação será necessária a devolução dos proventos recebidos ou não.

A luta deve ser para que o STF julgue favoravelmente, pois os benefícios da aposentadoria foram legalmente recebidos e portanto, não há que se falar em devolução. Vale lembrar, ainda, que desde 1991 a rescisão do contrato de trabalho não é mais necessária para a concessão das aposentadorias.

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Torna-se cada vez mais difícil preencher os critérios para a aposentadoria. E quando se atinge a idade e o tempo de contribuição para aposentadoria, muitas vezes, ainda se fica anos trabalhando, pois a concessão da aposentadoria significa também, o corte brutal nos salários.

Deste modo, os trabalhadores e trabalhadoras, mesmo aqueles/aquelas que começam a trabalhar na adolescência, só conseguem a aposentadoria quando idosos/idosas. E, portanto, gozam pouco dos benefícios da previdência social, não só pela idade avançada, mas pelos valores das mesmas que têm sido reduzidas de forma vergonhosa nos últimos anos.

Reforma da Previdência, Fator Previdenciário e Funpresp

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Quanto mais aumenta a expectativa de vida, mais o Governo cria mecanismos para dificultar a aposentadoria, dentre estes, reformas no sistema de previdência e política salarial através de gratificações produtivistas.

Deste modo, os/as aposentados/aposentadas de hoje são os/as idosos/idosas do nosso país.

Estima-se que até 2020, o Brasil terá 40 milhões de pessoas acima de 60 anos, passando a ser o 6º país com mais idosos/idosas no mundo. E se depender do Governo do PT e da CUT e de seus aliados, a grande maioria estará na miséria, com aposentadorias cada vez mais insignificantes.

Além disso, o país não está preparado para atender a esta população, que necessita de cuidados especiais em todos os setores da vida: saúde, segurança, mobilidade, lazer etc..

É grande o descaso dos governos com as políticas públicas, inclusive, com a não valorização dos profissionais da área e com a privatização da saúde e previdência públicas.

E a violência do Governo contra os Aposentados e Aposentadas não pára por aí!

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O Governo e o Congresso Nacional cedendo à ganância dos grupos poderosos, que financiam as campanhas eleitorais de presidentes, governadores, prefeitos e parlamentares, impuseram redução drástica dos direitos sociais conquistados na Constituição/88.

Extinguiram a aposentadoria por tempo de serviço e por idade.

Eliminaram a aposentadoria especial por categoria.

Criaram mecanismos para dificultar a aposentadoria especial.

Impuseram o fator previdenciário – uma fórmula que considera idade, tempo de contribuição, expectativa de vida e reduz o valor do benefício previdenciário em 40% ou mais do valor do salário do trabalhador e da trabalhadora.

De Collor a Dilma - ataques brutais à Previdência Pública!

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Com o fator previdenciário, quanto maior a expectativa de vida, menor é o valor da aposentadoria. E a expectativa de vida tem crescido no Brasil e no mundo. É de 73,1 anos, IBGE/2011. Mesmo assim, só fica à frente da Ásia e da África.

MUNDO 79,7 anos - América do Norte 73,9 anos - América Latina e Caribe 69,6 anos - Ásia 55 anos – África

BRASILNORDESTE Mulher - 74,1 anos Geral - 70,4 anos Homem – 66,9 anos

SUL Mulher – 78,7 anos Geral – 75,2 anos Homem – 71,9 anos

Quanto maior a expectativa de vida, menor a aposentadoria. Veja a expectativa de vida no mundo, no nordeste e no sul do Brasil!

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Enquanto apenas 50% dos trabalhadores e trabalhadoras que recebem até 1 salário mínimo chegarão aos 65 anos de idade, mais de 70% dos que recebem mais de 1 salário mínimo chegarão aos 65 anos de idade.

Essa distorção é também regional, pois a expectativa de vida no Nordeste é de 70,4 anos em geral, enquanto para os/as sulistas esse percentual é 75,2 anos.

Como vemos, as Reformas da Previdência feitas por FHC/Lula/Dilma penalizam os que vivem mais, enquanto destroem os que vivem menos, são mais pobres e têm que começar a trabalhar mais cedo!

Veja outros dados importantes!

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O fim do fator previdenciário, imposto por FHC em 1999, foi aprovado em 2010 pela Câmara e Senado, graças a forte mobilização dos aposentados, mas Lula vetou o projeto e manteve esse mecanismo desumano.

O fator previdenciário afeta principalmente os/as mais pobres e menos especializados, que começam a trabalhar mais cedo e terão que contribuir por mais tempo.

Prejudica as mulheres, que têm as menores taxas de mortalidade, vivem mais e representam 55,8% das pessoas acima de 60 anos no país.

Obriga os trabalhadores e trabalhadoras a permanecerem mais tempo no mercado de trabalho, a contribuírem mais com a Previdência Social sob pena de reduzirem drasticamente seus benefícios, e estimula a informalidade.

A fórmula do fator previdenciário tem por objetivo diminuir o número de aposentados e o tempo de usufruto da aposentadoria, situação na qual continuará a cometer injustiça com aqueles/aquelas que têm menor renda, pois são justamente eles/elas que têm uma menor sobrevida.

A perversidade do fator previdenciário !

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De acordo com a Fundação Getúlio Vargas, de 1999 a 2009, o governo economizou R$ 62 bilhões, emvalores corrigidos, ao aplicar o fator previdenciário.

Ano - 1999 Expectativa de Vida 68,4 anos Tempo Contribuição 30 (M) ou 35 (H) Idade para Aposentadoria 59 anos

Ano - 2006 Expectativa de Vida 72,3 anos Tempo de Contribuição 30 (M) ou 35 (H) Idade para Aposentadoria 63 anos

Como se vê, em sete anos, com o aumento da expectativa de vida, a idade para a aposentadoria subiu quatro anos.

Economia feita com crueldade !

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Para facilitar a imposição das reformas, os governos têm utilizado a tática da divisão.

FHC atacou de frente o setor privado, enquanto Lula atacou mais profundamente o setor público.

Mas, ambos atingiram todos/todas; inclusive os professores e professoras, não só do ensino superior, mas de todas as modalidades.

Na prática, acabaram com a aposentadoria especial dos professores e das professoras ao instituírem o tempo mínimo de 25 e 30 anos de contribuição vinculado à idade de 50 e 55 anos, respectivamente.

E novos ataques estão a caminho! A realização de uma nova reforma da Previdência é uma das exigências da

base aliada do Governo Dilma e do grande capital, em especial dos fundos de pensão, com o apoio da grande imprensa.

Vale lembrar que, a partir do segundo mandato de Lula e agora no governo Dilma, as reformas têm sido impostas de forma fatiada para dificultar a compreensão, a mobilização e a luta dos trabalhadores e trabalhadoras.

As reformas atingem a todas as categorias profissionais!

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Os discursos contra o fim do fator previdenciário são muitos! Mas o Congresso aceitou o veto de Lula. As centrais sindicais governistas, que afirmam ser contra esse mecanismo perverso, querem encontrar

uma saída para o Governo Dilma/Lula. Em agosto de 2010 essas centrais e o Governo chegaram a assinar um acordo com a criação de uma

fórmula para substituir o fator previdenciário: a fórmula 85/95, que foi incluída num projeto de lei pelo deputado Pepe Vargas (PT/RS).

A fórmula 85/95 Quem começa a contribuir mais cedo, tem que contribuir por mais tempo; Incentiva o trabalho informal até os 25 anos de idade; Estimula as empresas a só registrarem empregados depois de 20/25 anos de idade; Prejudica as mulheres, que também deverão contribuir por mais 5, 10, 15 anos; É perversa para o trabalhador rural ou para quem exerce atividade insalubre ou prejudicial à saúde que,

por condições específicas de trabalho, não pode trabalhar por 35 anos nestas mesmas atividades.

A fórmula 85/95 Quem começa a trabalhar com 15 anos Deve contribuir por  40 anos Para se aposentar aos 55 anos (homem)    Quem começa a trabalhar com 25 anos Deve contribuir por 35 anos Para se aposentar aos 60 anos (homem)    Quem começa a trabalhar com 35 anos Deve contribuir por 30 anos Para se aposentar aos 65 anos (homem)

“Fim” do Fator Previdenciário: querem trocar seis por meia dúzia!

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Dilma, aprofundando os ataques de Lula, quer a fórmula 95/105. As centrais, depois das críticas que receberam, agora falam na fórmula 80/90,

através da qual será garantida a aposentadoria integral apenas quando a soma da idade e do tempo de contribuição for igual a 80, para mulher, e 90, para homem. Esse mecanismo mantém todas as perversidades do fator previdenciário e, de igual modo, deve ser combatido.

Veja a tabela da fórmula 95/105(HOMEM - Idade + tempo de contribuição = 105 )

Começa a trabalhar com 15 anos Deve contribuir por 45 anos Para se aposentar aos 60 anos (homem)

Começa a trabalhar com 25 anos Deve contribuir por 40 anos Para se aposentar aos 65 anos (homem)

Começa a trabalhar com 35 anos Deve contribuir por 35 anos Para se aposentar aos 70 anos (homem)

Outra fórmula

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Aumenta a idade mínima para o trabalhador se aposentar. Homens só teriam direito a aposentadoria após 65 anos e mulher após os 60 anos;

Aumenta em 7 anos o tempo mínimo para se requerer a aposentadoria. Desse modo, as mulheres teriam que trabalhar pelo menos 37 anos e os homens 42 anos para poderem requerer a aposentadoria.

Acaba com a diferença de 5 anos entre a aposentadoria da mulher e do homem.

Aposentadoria especial não é privilégio corporativo! É um direito inerente à função exercida em locais insalubres, perigosos, com produtos prejudiciais à saúde, com risco de vida.

Além dessas propostas, tem aquelas ainda mais perversas, tais como:

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A Previdência Pública faz parte da Seguridade Social, que é o conjunto de ações destinadas a assegurar os direitos à saúde, à previdência e à assistência social (doença, invalidez, morte, idade avançada, proteção à maternidade, à gestante, ao trabalhador em situação de desemprego involuntário, salário-família, auxílio-reclusão e pensão por morte).

A Seguridade Social é fundamental para a população e seu objetivo central não é o lucro, mas o bem estar social. Ela é financiada pela sociedade, com recursos da União, Estados, Distrito Federal, Municípios, contribuições do empregador, dos trabalhadores e trabalhadoras, das receitas de concursos de loteria, dentre outros.

Mas, com o discurso mentiroso de que a Previdência Pública é deficitária o que fez os Governos FHC/Lula/Dilma?

Rasgaram a Constituição Brasileira e atacaram ferozmente os direitos previdenciários!

Previdência Complementar do Servidor Público! Dilma e Casagrande acabam com a aposentadoria integral e com a solidariedade entre ativos e aposentados!

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Regime Geral, a cargo do INSS; Regime Próprio dos servidores, de responsabilidade do Tesouro; Regime Complementar.

Regime Geral de Previdência Social (RGPS) É público e de caráter obrigatório (setor privado e servidores públicos celetistas), a cargo do INSS; Amplitude nacional; caráter contributivo; com teto de contribuição e de benefício (R$ 4.159,00 em

fevereiro de 2013); Regime financeiro de repartição simples; faz parte do sistema de Seguridade Social (Previdência, Saúde e

Assistência Social).Regimes Próprios dos Servidores Públicos São públicos e de caráter obrigatório para os detentores de cargo efetivo (servidores civis e servidores

militares, no caso das Forças Armadas); Responsabilidade dos respectivos tesouros (União, Estados e Municípios); São de benefício definido e, para os servidores civis, no caso da União, passa a ter teto de contribuição e

de benefício a partir de 05/02/2013, em valor igual ao do RGPS, administrado pelo INSS. No plano de benefício definido se sabe previamente o valor da aposentadoria. Ainda que a contribuição do servidor possa variar ao longo do tempo, para maior ou para menor, o governo contribui com o dobro do que contribui o servidor);

Faz parte do orçamento fiscal e o regime financeiro é de repartição simples.Regime de Previdência Complementar É privado, com caráter facultativo (voluntário); Forma de entidade aberta (bancos e seguradoras) e entidade fechada (fundos de pensão); É autônomo em relação à Previdência Social oficial e se baseia na constituição de reservas (poupança); Regime financeiro é de capitalização; O plano será de contribuição definida (o servidor sabe o valor da contribuição, mas não tem a menor

idéia de quanto terá de complementação, já que depende de variáveis que não controla, como a gestão do fundo, as crises e especulações no sistema financeiro etc.).

O Sistema Brasileiro de Previdência é formado por três regimes previdenciários:

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Quem entrou no serviço público federal a partir de 05/02/13

As aposentadorias e pensões serão limitadas ao teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), fixado em R$ 4.159.00 (valor em fevereiro/13).

Para ter esta aposentadoria limitada ao teto do INSS deverá contribuir com 11% do salário.

Para ter um benefício maior que o teto, terá que se filiar ao Funpresp, ou seja, aderir à previdência complementar.

Pode contribuir para a Funpresp com o percentual que desejar. E qual será a contribuição do Governo (patrocinador)? Será paritária até o limite de 8,5%. Exemplo: Se o servidor contribuir com 5% o governo contribuirá com 5%. Se o servidor contribuir com 12%, o governo contribuirá com 8,5%.

Veja o que vai ocorrer com a aposentadoria dos servidores e servidoras públicas federais, estaduais e municipais com o Funpresp!

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Não será obrigado a aderir. Mas se aderir não pode voltar atrás, pois a adesão é irreversível e irretratável. Ao aderir renuncia ao direito à aposentadoria integral ou à aposentadoria pela média de suas contribuições pela totalidade da remuneração. As adesões poderão ocorrer até 05/02/15.

Quem aderir terá direito a 03 benefícios, mas sem nenhuma garantia de que a soma deles será igual a última remuneração (o benefício equivalente à contribuição ao Regime Próprio, limitada ao teto + o benefício diferido ou especial correspondente ao tempo em que contribuiu pela totalidade da remuneração + o que acumular de reservas no fundo de pensão, cuja atualização depende da rentabilidade do mercado).

Quem entrou no serviço público federal antes de 05/02/13

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Terá direito à paridade e integralidade e pode usar a regra de transição, que permite a troca do tempo de

contribuição por idade - fórmulas 85 para mulher e 95 para homem.

Quem entrou no serviço público federal entre a vigência das Emendas Constitucionais

EC 20/98 e 41/03

Terá direito a paridade e integralidade, desde que tenha idade mínima (55 anos mulher e 60 homem), tempo de contribuição (30

anos mulher e 35 homem), e comprove 20 anos de serviço público, 10 na carreira e 05 no cargo.

Quem entrou no serviço público federal antes da reforma de 1998

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Após completar os requisitos para aposentadoria terá direito à aposentadoria

com base na atualização mês a mês de suas contribuições, e terá um benefício

igual ou próximo da última remuneração.

Quem já se aposentouSituação permanece a mesma.

Quem entrou no serviço público federal entre 01/01/2004 e 31/01/2013

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Seguindo os passos do Governo Dilma, Casagrande está elaborando um Projeto de Previdência Complementar, com base nesta lei, para os servidores e servidoras do Estado. E os municípios não demorarão a fazer o mesmo.

A SEGER já convocou as entidades para o representante do Governo começar a vender a sua idéia. Mais um engodo prá cima dos servidores e servidoras!!!

Todo cuidado é pouco! O Governo Dilma/Casagrande quer acabar com a aposentadoria integral para quem ganha acima do teto da previdência e com a solidariedade entre ativos e aposentados!

E além de acabar com seus direitos, quer que você contribua para uma fundação privada e vá dormir tranqüilo, achando que seu dinheiro, está em boas mãos!

Esta é mais uma maldade do Governo da CUT, do PT e de seus aliados!

Contra a Privatização da Saúde e Previdência Públicas! Diga não ao Arrocho das Aposentadorias e Pensões! Por uma forma justa de reajuste previdenciário, Já!

Não à corrupção e à sonegação! Pelo fim do fator previdenciário ou outra fórmula que tenha o mesmo

objetivo! Diga não à Funpresp! Diga não à Previdência Complementar! Pela anulação da reforma do mensalão!

Fonte: Constituição Federal Cobap Lei nº 12.618, de 30/04/2012 Diap

CUIDADO!!!