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LUIS ATHOUGUIA silhuetas abstrusas 4.12.09 / 3.01.10 EQUUSPOLIS

LUIS ATHOUGUIA - Pintura

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SILHUETAS ABSTRUSAS Catálogo EQUUSPOLIS - GOLEGÃ

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silhuetas abstrusas

4.12.09 / 3.01.10E Q U U S P O L I S

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Crónica do Incontável 2008

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Bem poderia eu vir - uma vez mais - referir o onirismo imanente ao fazerdeste autor, mas como entendo que cada artista tem direito ao seu estilo próprio -advindo da sua identidade única e irrepetível - não o farei, pois tal seria redundante,repressivo da liberdade criativa e insuficiente para abarcar o autêntico alcance dapeculiaridade do seu grafismo e mensagem. É que a sua “representação” é bem maisprofunda (no tempo e no espaço) que o teor do sonho, da vigília, do transe, oumesmo do êxtase, e está muito para além do alcance da Psicanálise, da História, oumesmo da Ciência. Isto porque os conteúdos aprofundados são aqueles daconsciência – em si.

Numa condição superior a qualquer sonho, imaginação ou alucinação,a consciência recriadora deste autor aprofunda a leitura e codificação de anagramasde memória, circulantes - em potência - na nossa genética. Esta recuperação dá-se -em acto - pela fusão dos materiais empregues. Técnica pela qual resulta um trabalhorecriador da densa superfície da experiência telúrica. Transmitida esta sensação àpercepção, a apercepção é forçada a regredir até um tempo não-linear, no qualainda não se fazia sentir a influência psicológica (humana) de um inconscientecolectivo. Aí, Homem e animal ainda partilhavam uma posição similar nodesenrolamento da realidade e coexistiam no mesmo patíbulo amoral dos valoressimbólicos.

Por entre as fendas dinâmicas de uma exuberante realidade pré-míticaLuís Athouguia criou um código próprio pelo qual exprime a harmonia de um jogoentre opostos. Se por um lado existe a surpresa do espanto provocada pelo encontroentre rectas - na sua resultante triangular -, por outro, insinua-se uma ordem depacificação sinusoidal. Se por um lado o ângulo recto insinua certeza, por outro, talrigidez é amenizada através da tolerante presença da forma circular. Se por um lado o“Ser” antropo/animal (quase sempre presente a azul) constitui a sua realidade, pelaforma ondulante com que a sua língua profere as potências ordenadoras das formas,por outro, o equilíbrio da sua acção manifesta-se sob o assomar do “Olho do Cosmos”.Em suma, a razão evanescente da geometria equilibra-se com a intuição do perenedes-contorno da cor.

Sem pudor e sem favor afirmo: Luís Athouguia recria em suporteideogramas da consciência universal, os quais reflectem (fazendo-nos reflectir acercad) o desejo radical a todo e qualquer ser existente, i.é., o querer saber na Natureza e osentir do mais alto apelo Cósmico.

José Neto

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Acaso por acontecer 2009

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Geografias Cultivadas 2009

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Vestígios de Evocação 2009

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Sagrado Coração 2009

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EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS (selecção)

2009 Convento de São José, LagoaGaleria da Capitania, AveiroCasa de Cultura D. Pedro V, Mafra

2008 Tinturaria - Centro de Exposições da CovilhãGaleria Lucília Guimarães, GuimarãesCentro de Artes e Espectáculos da Figueira da FozPaço da Cultura, Guarda

2007 Galeria Paços do Concelho de Torres VedrasCasa Municipal da Cultura, Coimbra Galeria São José, Lisboa

2006 Museu da Água, Estação Elevatória dos Barbadinhos, LisboaMuseu Municipal de EstremozBiblioteca Municipal de Ponte de Sor

2005 Galeria Pepper’s, Caldas da RainhaGaleria Municipal de LeiriaGaleria Aquarius, Guarda

2004 Galeria Titara, Sobreiro, Mafra2003 Galeria MAC – Movimento de Arte Contemporânea, Lisboa

Galeria Municipal de AlmeirimGaleria 4 Montras, Viseu

2002 Palácio Quintela, IADE, LisboaOrdem dos Médicos – Galeria de exposições, LisboaGaleria Artur Bual, AmadoraGaleria CTT, LisboaMuseu Martins Correia, GolegãGaleria BCN – Art Directe, Barcelona, Espanha

2001 Galeria Fábrica das Artes, Torres VedrasGaleria Municipal de AlbufeiraCapela da Misericórdia, SinesCentro Cultural de LagosMuseu de Electricidade, LisboaConvento de São José, Lagoa

2000 Galeria Municipal de Arte de AbrantesGaleria Pepper’s, Caldas da RainhaGaleria Municipal do Barreiro

1999 Galeria de Arte de Arruda dos VinhosGaleria Vieira Guimarães, TomarGaleria de Fitares, Sintra

1997 Galeria dos Escudeiros, Beja1996 Galeria Maria Lebre, Tomar1995 Galeria de São Mamede, Lisboa1993 Galeria Velásquez, Valladolid, Espanha

Paços do Concelho de Ponta DelgadaGaleria 12 A, Lisboa

EXPOSIÇÕES COLECTIVAS (selecção)

2009 Altes Amtshaus, Bad Neustadt, Alemanha Pieksämäen Kulttuurikeskus Poleeni, FinlândiaCentro de Exposições da CovilhãMuseo Civico d'Arte Contemporanea di San Cesario di Lecce, ItáliaMuseo Comarcal de Hellín, EspanhaRecreios da AmadoraFórum Municipal Romeu Correia, AlmadaGaleria Municipal de Sintra

2008 Círculo de Arte de Toledo, EspanhaEspaço +, homenagem a Artur Bual, AljezurGaleria S. Miguel, Fátima

2007 Centro de Arte L’Espinoa, Baignes, FrançaFundación Progreso y Cultura, Madrid, EspanhaPaseo del Arte, Centro Puerta de Toledo, Madrid, EspanhaAntigua Fábrica de Harinas, Albacete, EspanhaALA - Academia de Letras e Artes, EstorilMuseu de São Brás de Alportel

2006 II Exposição Arte na Planície, Monte do Cortiço, Montemor-o-Novo Galeria Arte G, Emoções Revisitadas, ViseuGaleria Arte Contempo, Iniciativa X, LisboaConvento do Beato, Antiguidades e Colecção, Lisboa Galeria L M, Colectiva, Sintra

2005 Galeria Arte Contempo, Iniciativa X, LisboaFAIM, VI Feira de Arte Independente, Madrid, EspanhaSharjah Museum of Contemporary Art, Emirados Árabes Unidos10 Anos do Museu Jorge Vieira, Galeria dos Escudeiros, BejaBienal de Artes Plásticas da Cidade de MontijoBienal de Artes Plásticas de Mafra

2004 Galeria Pedra do Guilhim, NazaréPaço da Cultura, ASTA, GuardaGaleria Linhares, Arte no Desporto, LisboaSala Aires de Córdoba – Asociación Cultural, EspanhaAsociación Cultural Valentin Ruiz Aznar, Granada, Espanha

2003 Galeria MAC – Movimento de Arte Contemporânea, LisboaGaleria Artur Bual, AmadoraUnesco Palace, Beirute, LíbanoMarea Negra “Prestige”, Recinto Ferial, Pontevedra, EspanhaGaleria Abraço, “Com-fio”, Lisboa

2002 Bienal do MontijoGaleria Maré d’Arte, Carvoeiro Arteline Galeria, Exposição inaugural, LisboaMuseu Regional de SintraGaleria do Montepio Geral, LisboaMuseu de Arte Sacra, Alcochete

Nasceu em Cascais em 1953. É diplomado pelo IADE, Instituto Superior de Design, em Lisboa. Participou em relevantes exposições internacionais, Bienais de Arte e encontros de Arte Postal. Desde 1983 realizou mais de trezentas exposições de Pintura (67 individuais). Representado em museus, instituições e importantes colecções nacionais e estrangeiras.Foi distinguido com o Prémio Vespeira na Bienal do Montijo.

LUIS ATHOUGUIA www.athouguia.com

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2001 Galeria Fábrica das Artes, Cristo e a Arte, Torres VedrasGaleria Pedro Sem, LisboaHotel Alvor, AlgarveGaleria Die Galerie, EriceiraGaleria Pirâmide, LisboaCentro Cultural de Nazaré, CircunspecçãoGaleria Arte Directa, LisboaBienal Avante, SeixalGaleria do Ministério da Justiça, DGAJ, LisboaGaleria Abraço, Lisboa

2000 Convento de S. Francisco, MonsarazRecreios da Amadora, Milénio IntemporalCasa de Cultura D. Pedro V, MafraGaleria Arthouse, Contraste, CascaisQuinta das Cruzadas, Linhó, SintraGaleria Municipal de Rio MaiorMuseu Agrícola de RiachosCentro Cultural de Vila Nova da Barquinha

1999 Galeria Municipal de AlcanenaGaleria Municipal de AzambujaTagus Park, Pólo Científico de OeirasGaleria Ler Devagar (exposição inaugural), LisboaCulto do Espírito Santo, Convento de Cristo, TomarGaleria Iosephus (homenagem a Artur Bual), LisboaGaleria Cólicas (exposição inaugural), P. Rol, Torres VedrasBienal do MontijoMuseu Municipal do BombarralGaleria A Dega, LisboaGaleria Castelo Maior, Cascais

1998 Galeria 65 A, LisboaExpocig, Palácio da Independência, LisboaExpoarte 98, Passeio Marítimo de CascaisGaleria Roca, Marinha GrandeGaleria Tabu, Torres VedrasGaleria Maria Lebre, TomarGaleria Arte-café & Moira, Lisboa

1997 Bienal de Vila Nova de CerveiraSNBA, "Obras sobre papel", LisboaBienal de Cascais, "Utopia 97", Casino do EstorilSNBA, Fundação Portuguesa de Cardiologia, LisboaBienal do MontijoGaleria Arte Directa, Lisboa

1996 Palácio Quintela, "Projecto Cais", SEJ, Lisboa1995 Galeria Potthoff, Lisboa

Galeria Conventual, Alcobaça"Gala do Zoo", Casino do EstorilGaleria de São Mamede, LisboaIX Bienal Avante, SeixalCentro Cultural de Belém, "Dia Nacional do Engenheiro", Lisboa

1994 Galeria de São Mamede, LisboaCaixa Geral de Depósitos, "África Amiga", LisboaConvento de Cristo, Nómadas, TomarGaleria Margem, FaroBienal de Artes Plásticas Feira Popular de Lisboa

1993 Centro Cultural de Belém, projecto "Criarte", LisboaCasa de Arte, LisboaConvento da Graça, Torres VedrasIsabela´s Art, Nómadas, EstorilGaleria Municipal de Torres Vedras

1992 Galeria de São Mamede, Lisboa"PortArte", Galeria Municipal de PortimãoGaleria Municipal de Torres Vedras

1984 Sociedade Nacional de Belas Artes, Pequeno Formato, Lisboa1983 Galeria Metrópole, Lisboa

"Sorriso", Bairro Alto, Lisboa

ALGUMAS REPRESENTAÇÕES

Fundação EDP, LisboaMuseu da Água, EPAL, LisboaFundação Cupertino de MirandaMerck Sharp & Dohme, PortugalA. Menarini Portugal, Farmacêutica SABanco Internacional de Crédito, Leiria (Autor exclusivo com 13 obras)Sharjah Museum of Contemporary Art, Emirados Árabes UnidosNúcleo de Arte Contemporânea de Sines Fundação Portuguesa de CardiologiaOrdem dos Médicos, LisboaAssociação Cultural Valentin Ruiz Aznar, Granada, EspanhaGaleria de Arte Velásquez, Valladolid, EspanhaAires de Córdoba – Associação Cultural, EspanhaFederação Portuguesa de CulturaCâmaras Municipais de Torres Vedras, Amadora, Figueira da Foz, Barreiro, Leiria, Arruda dos Vinhos, Mafra, Montemor-o-Velho, Alcanena, Montijo, Sintra, Pombal, Ponte de Sor e Aveiro.Em inúmeras colecções privadas em Portugal, Europa, Brasil, Guatemala, Uruguai, Argentina, Malásia, Líbano, USA e Canadá.

GRUPOS / ASSOCIAÇÕES DE ARTISTAS QUE INTEGROU

Ala - Academia de Letras e Artes, Cascais, PortugalColectivo Cillero, Grupo Artístico Internacional, Madrid, Espanha Núcleo Português de Arte Fantástica, PortugalCírculo Artístico e Cultural Artur Bual, PortugalFree International Artists, ItáliaColectivo Cero, Grupo Artístico Internacional, Córdoba, EspanhaNómadas, Grupo Multidisciplinar Internacional, PortugalQuadrante, Associação de Artistas de Loures e OdivelasGart, Grupo de Artistas e Amigos da Arte, Vila Franca de XiraArtes, Associação Cultural do SeixalArcoartis, Associação de Artistas Plásticos, DamaiaSociedade Portuguesa de AutoresSociedade Nacional de Belas Artes

MEMBRO DE JÚRIS DE SELECÇÃO

Prémio de Pintura e Escultura Artur Bual, Câmara Municipal da Amadora, 2007Prémio de Pintura Médicos Pintores, A. Menarini Portugal, Farmacêutica , 2007

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E Q U U S P O L I SC E N T R O C U L T U R A L

assumida no tempo confere, desde os Gregos (denotável qualidade de pensamento, mas profundamenteignorantes…) até ao signo dos foguetões sábios, dosbeijos cibernautas e dos corações feitos de lata earames.

Fernando Grade

…todos os quadros onde reina o formidável pastel deLuís Athouguia, são janelas abertas para a emoção. Sãojanelas que nos fazem ver vidas guilhotinadas mas quegozam de uma faculdade de locomoção desmesurada.São janelas essenciais que deixando para trás oquotidiano mais prático se abrem a velozes mares depensamento. São janelas incessantes que dão paramontanhas movediças de sonhos. Não tenhamos medode o dizer: o pastel substancial de Athouguia ilumina anossa noite e traz-nos a pureza dos primitivos tempos emque podíamos tocar as estrelas com as mãos.

Diga-se: ninguém actualmente em Portugal faz umapintura destas. O Luís Athouguia é único e inclassificável(não é surrealista nem deixa de ser quando afirma a suareticência!) e é toda esta volúpia do sonho que faz a suaforça. E também o seu equilíbrio. Agora que morreram oMário Botas, o Cesariny, o Álvaro Lapa, resta-nos o LuísAthouguia para nos conduzir ao país onde os coelhosusam relógios de pulso e as meninas têm mais de doisseios no peito.

Manuel da Silva Ramos

A produção actual de Luís Athouguia faz uso de umalinguagem plástica elaborada, com uma sintaxe e umasemântica bem desenvolvidas e muito específicas.

Há mesmo um repertório de figuras, de símbolos ouacções que vão sendo manipulados de formapersistente, fazendo e refazendo múltiplas ficções emtorno daquilo que parece ser uma única mitologia. E sehá mitologia é porque há mundo, mundometaforicamente transfigurado em visão.

Ou seja, aquilo que de fundamental Luís Athouguianos propõe é a partilha da sua mundividência, da suaconcepção estética do cosmos, apresentada efragmentada em cada obra, trazendo a campo essainaudita possibilidade, a possibilidade de, através de umsistema simbólico próprio, o observador poderdesenvolver por si uma teia de conexões entre os diversoselementos simbólicos pertencentes a um mesmo alfabetopictórico (sistema) relativamente decifrável.

Um imaginário de tipo apocalíptico (como sinal dofim dos tempos ou da revelação eminente) é convocadopara engendrar um lugar virtual destinado aos elementosfigurados que constituem a pintura em si.

Rui Matoso

A linguagem do Autor serpenteia à volta e noâmago de uma meada cromática de matrizesfascinantes onde a luz (do étimo latino luce) é rainha,não consorte, não par de cama, mas rainha-mor; trata-sede uma luz vivaz, que já fecundou o pó, pô-lo a caminho,rumo à pátria da água. Abeiramo-nos, afirmativamente,de um sonho com maiúscula, mas, para lá da construçãodesse habitat onírico, descortina-se um adestramentosuperconseguido na combinatória das cores, que sãofixadas ou impostas ao suporte impelidas pela força táctildas mãos.

Luís Athouguia afigura-se-nos ser um artistarenovado, com uma pulsão encantatória nos objectosvisuais que desvenda. Acaba, outrossim, por mostrar-secénica a sua proposta; em definitivo, situada entre umdiapasão de ruptura e o gosto lavado que a Arte

RUA D. JOÃO IV - 2150 GOLEGÃ - 249 979 000Terça-feira a Domingo – 10h00 -12h30 / 14h00 – 18h00

alguns excertos de comentários sobre a obra de luís athouguia

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Carnaval Quotidiano 2008

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