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LUIZ CEZAR GOMES DA SILVA EFEITOS DE UM PROGRAMA DE HIDROTERAPIA NO TRATAMENTO DA HERNIA DE DISCO LOMBAR: ESTUDO DE CASO. Monogralia aprescntada ao curso de Espccializaciio em Ilidrocinesioterapia da Faculdade de Cicncias Iliologicas e da Sallde da Universidadc Tuiuti do Parana, sob a orientacao do Pror. MSc. Joao Hcnriquc Faryniuck, como requisito parcial para obtencao do grau de Espcdalistu em Hidrocincsiotcrapia. Curitiba 2000

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LUIZ CEZAR GOMES DA SILVA

EFEITOS DE UM PROGRAMA DE HIDROTERAPIA NO TRATAMENTO DA HERNIADE DISCO LOMBAR: ESTUDO DE CASO.

Monogralia aprescntada ao curso de Espccializaciio emIlidrocinesioterapia da Faculdade de Cicncias Iliologicas eda Sallde da Universidadc Tuiuti do Parana, sob aorientacao do Pror. MSc. Joao Hcnriquc Faryniuck, comorequisito parcial para obtencao do grau de Espcdalistu emHidrocincsiotcrapia.

Curitiba

2000

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Resumo ...

Abstract..

Glossl:lrio ...

I. JntrodU(;~o ...

2. Embusumcnto Tc6rico ...

-'. Material e Mc\odo ...

4. Apresenta~iio dos dudos ...

5. Analise e Intcrpretayao dos dados ...

6. Conclusao ...

Rcfercncias Bibliograficas ....

SUM ARlO

IV

V

VI

01

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35

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RESUMO

o presenlc trabalho teve como objetivo analisar os cfeitos de um programa de

I-lidroterapia no tratamento da hernia de disco 10mbar.

Fai considcrado 0 relato de urn case, com amostra constituida de urn pacientc do scxo

masculino, com idade de 60 anes, profissao odontoiogo, que foi encaminhado ao selor de

Fisioterapia com diagnostico de lombalgia aguda.

o programa de tralamento compreendeu 10 sessoes de Hidroterapia, com dura~ao de 40

minutos cada uma dclas, fazendo usc dos metodos de HALLIWICK c BAD RAGAZ e

obedecendo as cinco fases de tralamcnlo, propostas por Israel, 1995.

Ao final das scssoes, com 0 pacicnte sendo submetido a avalia~ao,observou-se niveis

lllcnores de dor, maior 11lobilidade e amplitude articular, melhora do equilibrio e da marcha. 0

pacicnte tomou-sc mais solto, Illais alegre, cOlllprovando-se, assilll, os efeitos positivos da

Hidroterapia.

IV

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ABSTRACT

The present work had as its objective 10 analyze the effects of a hydrotherapy program in

the treatment of the back disk hernia.

The report of onc case was considered, with a constituted masculine sample patient, with

60 year-old, dentist, that was guided the Physiotherapy depanment with diagnosis of sharp back

pain.

rhe program of the treatment was compounded of 10 sessions of a hydrotherapy, with 40

minutes each one, using a I-Ialliwick and Bad Ragaz methods and according to the five stages of

treatment recommend by Israel, 1995.

Allhe end of the sessions, with the palient being submited to valuation. it was observed a

lower level of a pain, larger mobility and articular amplitude. improvement on the balance and

the march. The patient became freerer, happier confirming, then, the positives effects or a

hidrothempy.

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GLossA RIO

Nucleo Jlulposo - Gel coloidal com conteudo altamente fluido, localizado no interior dos

discos intervertebrais. (Hall, 1993)

Discos intcrvcrtebrais - Tipo de articulayao entre os corpus vcrtebrais adjacentes, que agem

como amortecedores entre os mcsmos. Constitui-se de uma estrutura fibro-cartilaginosa

formada por aneis conccntricos em sua pOfyaO extema e urn nueleo gelatinoso formado por

substancias hidrofilas (mucu polissacarideos) que garantem essa hidrofilia (retem;ao de agua),

mantcndo a capacidade de hidratayao c flcxibilidade do disco. As vertebras desde C2

(segunda vertebra cervical) ate S I (primeira vertebra sacra) sao interpostas por estruluras

discais chamadas de discos intervertebrais. Ao todD sao 23 discos.

Dor - Altera9ao sensitiva que produz sofrimento ou mal-estar. (Blakiston, 1979)

Hernia de disco - Protrusao de parte do nuc1eo pulposo alraves do anulo fibroso. (I-Iall, 1993)

Excrcicio fisico - E definido como toda atividade fisica plancjada, cstruturada e repetitiva que

tem por objetivo a melhoria ou manutcn'Yuo de um ou mais componentes da aptidao fisica.

Foramen vertebral - Trata-sc de um orificio que se localiza lateral mente ao canal vertebral.

Encontra-se relacionado ao espa90 intervertebral e parte inferior do corpo da

Vl

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vertebra. Localiza-se entre as facetas articulares por tras, e 0 corpo vertebral e 0 disco

intervertebral pela frentc. Atraves desses fonimens emergem as raizes nervosas de denlro do

canal vertebral. Podcm ser comparados a janelas pelas quais as raizes nervosas tem 0 seu

tninsito para realizar 0 comando de area e receber a sensibilidade de areas segmentares.

Ligllmentos - Sao estruturas fibrosas cuja fun~ao esta relacionada a estabilidade intrinseca

das vertebras na sua posic,ao natural.

Hidroterapia - E a ulilizac,ao da agua e suas propriedades como meio terapeutico, sendo esta

empregada com a finalidade de conduzir calor e facilitar movimenlos, reeducando

musculaturas atroliadas c recuperando seus movimcntos voluntarios ativos.

j"h~todo Halliwick - Baseia-se em conhecimentos cientificos, principios da hidrostatica,

hidrodimimica e na mecanica do corpo onde cada nadador tern urn professor que 0 ensinara de

maneira individual, ate alcanyar a sua independencia. Esta parceria entre nadador e instrutor

torna-se uma unidadc de trabalho denlro do grllpo de atividade, entao, que 0 nadador tenha a

oportllnidade da intera9ao social, ao mesmo tempo em que aproveita a atell9ao cOllstante mas

nao obstrutiva, de seu instrutoT. Atraves de jogos apropriados para cada idade e habilidade,

grupos sao form ados conscicntes das propriedades da agua e de como contTolar os seus

especificos problemas de equilibrio. (Campion, 2000)

Metoda Bad Ragaz - Foi desenvolvido na Sui9a, na cidade de Bad Ragaz. Em 1930, os

exercicios alivos foram adaptados para denlro d' agua. Em 1950, os exercicios ja cram

rcalizados dentro d' agua. Nos anos 60, a tecnica de Kabat foi associada ao metodo Bad

VII

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Ragaz e desta fonna, licoll conhecido como "Metodo dos Aneis de Bad Ragaz" 0 cmprego

de Outuadores e marca rcgistrada do Bad Ragaz; sendo utilizados um minimo de dois

fiutuadores (cervical e pelvico), podcndo ser adicionado Ilutuador nos lornozclos.

o contato com 0 paciente e fundamental neste metodo, porque 0 paciente e estimulado

proprioceptivamentc com 0 toque, (Zeghbi, 1999)

Rcsistcncia muscuhu - Capacidadc do musculo au grupo muscular exercer for<;:a de

cOlllra<;:ao submaxima contra uma resistencia por periodo prolongado.

Anulo fibroso - Anel fibrocartilaginoso espcsso que forma a por<;:ao cxterna do disco

intervertebral. (I-Iall, 1993)

Amplitude de Movimcntos - ADM - Gcralmente e medida com um goniometro. Existcm

muitos tipos de goniometros, mas os mais utilizados sao aqueles que mcdem de 0° a 1800 c

tem um bra~o eSlacionario e outro com movimenta total. Posi~oes do corpo padronizadas e

pontos de referencia anatomicos garantem que os resultados dos exames scjam acurados e

confiaveis. A posi<;:ao anatomica paddio e geralmente considerada como "padrao zero" para

dcrinir e medir 0 movimcnto articular. (Bates II-Ianson, 1998)

VJJI

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INTIW\)UI;AO

As deres vertebrais vem sendo considcradas um dos maiores problemas da sal,de

pllblic<l. c constitui a gnmde maioria (60%) das consultas a llill Fisioterapcuta. Especialmcmc

a Hidrotcrapia vem scndo procllrada para 0 tratamenla das disi'uJ1'roes vCrlcbrais c alguns

autares suslcntam a abordagem de tralamento cspccifico.

A col una vCrlcbral c consliluida por uma serie de assos af~lstados por discos

intcrvcrtcbrais que funcionam como um arnorLecedor de choques e auxiliam na rnovimentayao

da col una vertebral. (Stumiolo. 1976)

o mecanismo mais COI11UIllpara provocar hernia de disco C 0 ato de levantar um objcto

au torcer a cal una. A carga levantada nao precisa scr ll1uito pesada para causar a [esao.

Freqlicntclllcnte. lim disco protrai porquc 0 lcvantamento c cxccutado quando a col una nao

est,j preparada para suponar 0 cstresse naquclc momento particular. (Bates I Hanson, 1998)

Esse ato dc Icvantm lIlll objcto causa lima proximidade de uma vcrtebru para outra,

ocasionando 0 pinc;amcnto discal, que determina a formaC;ao do disco doloroso. que ocasiona

crises algicas lombares pcri6dicas.

Geralmente. os sintomas sflo agudos c a dOl"ocone ao lango do nervo ciatico e pode SCI"

causa de importantc incapacidade c sofrimcnlo. Ocorrcndo logo ap6s 0 traul11atisl11o, lUI a

prcsenc;a de dor intcnsa na perna, scm antecedentes dc dor nas costas.

As C<.IllSaSdas rllpluras discais relacionam-se rreqUelltcmcnte a traumatismos clem

como agravativo diversas causas. Dentre elas, destaca-se as difcrcnr;as histol6gicas na

composir;u.o c disposir;ao das fibras colagcnas do anulo fibroso, ligal11cl1lo longitudinal

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posterior est rei to, processos degcnerativos pr6prios do envelhccimento, rigidez corporal nos

sedentarios, obesidade, hipotonia, Ilacidez muscular, dentre outras. (Hall, 1993)

Alem destas, estudos indicam que os f.,tores psicol6gicos tambcm podern contribuir

para a instalac;ao desses quadros. Os resultados dos esludos mostram que as hernias discais

lombares tncidem mais frequentemente nas pessoas estressadas e lensas provocando 0

aurnento rostro-caudal nos niveis situados entre L5 e SI( na 5° lombar e na 1° sacra), local da

col una lombar que tern maior incideneia de dores c altcrac;oes da morfologia do disco.

(Knoplich, 1983)

Ainda que cerca de 20% dos pacicntcs tenha na cirurgia 0 alivio para 0 seu sofrimento,

a maioria dos casos de hernias de disco podem ser tratadas atraves de rnetodos conservadorcs.

A Fisioterapia, surgida na antiguidade, enquadra-se nesses prop6sitos, atuando com

Prevenc;ao e Reabilitac;ao, em diversos disturbios, com uma abordagem individualizada que

envolvc diferentes metodos.

Dentre estes, a Hidrolerapia, metodo que uLiliza a agua no tratamento de varias

patologias, ocupa urn lugar de destaque como suporte de tratamento, cabendo aD

fisioterapeuta detenninar as condic;ocs e os objetivos globais e especificos do tratamento.

Sao inumeros os bencficios destas atividades: auxilia no tratamento lisioterapico,

utilizando os efeilOs da agua para alcanc;ar maior relaxamento~ melhora do tonus com

movimcntac;ao constante (nao reproduzida em solo); melhora da Amplitude de Movimenlo -

ADM (melhor higienizac;ao); ganho maior de alongamento e fortalecimento muscular;

estimula 0 movimento alivo e 0 equilibrio, alcm de mclhorar a auto-estima dos pacientes.

ESla tcrapia, que sorreu nas uhimas decadas um grande impulso devido a sua utilizac;ao

sistematica, e realizada em piscina aquecida a uma temperatura que pode variar de 34°C a

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36"C dcpcllcicllcio da patologia a scr tratada, podendo a tempo de dura~ao da sessao, variar de

30 a 50 minutos.

DClltrc as teenieas espccificas, a de Halliwick, dcsenvolvido em 1949 pelo engenhciro

inglcs James McMillan, que bascia-se em principios cienlificos de hidrodinamica c

hidrostillica do corpo humane quando imcrso em agua, indica ser um tralamenlo segura e

cficicntc para todas as idadcs, proporcionando ao paciente a obtem;ao e dominio do equilibria

c da respira~ilo. potcilcializando habilidades motoms e recupcrando movimcntos.

A tccnica de Bad Ragaz., que preconiza 0 usa de, no minimo, dois Jluluadores, roi

associ ada ao metoda Kabat. c IIcou com essas sitnilaridadcs: resislencia maxima, contatas

manuais bem espccificos e canctos, aproxima~ao, trd'iaO, comandos ccrtos c precisos,

inicia<;ao ritlllica, irradia~ao, contatas praximais c distais e 0 cslbr~o do paciente podcndo SCI'

monitorudo durante toda a ADM.

E prcciso que 0 tempeuta Lltilizc-se do emprcgo das prapriedadcs fisicas da agua

posicionando-se corretamcnte ao pacientc c rcspcilcllldo 0 nivel da agua ate os om bros, bra~os

submersos. base de sustcnta{fao correia, cvitar rola~oes da coluna.

E um melodo segura para qualqucr idadc e sexo, ondc 0 pacientc fica rclaxado, dando

condiyocs para 0 Iratamento de varias patologias.

Dial1le dcstcs propositos, 0 cstudo se propos a abordar 0 tratamcnto de hernia de disco

10m bar at raves do relato de uma caso, tratado pela Ilidroterapia atraves do metodo de

Halliwick e Bad Ragaz.

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I. EMBASAMENTO TEORICO

A primeira referencia aos problemas das afccc;:oes da col una pode ser encontrada na

Biblia, que a descrevc como uma aflic;:ao de Jaco no capiLulo 32, Geneses. Hip6crates tambem

Illcncionou 0 tratamento da dor ciatica com trac:;oes e manipulayoes e, no seculo \8, 0 Barao

Antoine Portal descrcveu sabre 0 nucleo gelalinoso do disco intervertebral.

Virchowem 1867, foi quem primeiro relaeioneu a dor cialica com 0 prolapso discal

durante uma aut6psia em que observou a saida do nudeo gelatinoso para dentro do canal

medular. Von Luschka, em 1858, descreveu as placas cartilaginosas dus vertebras, 0 disco C 0

nudeo pulposo no individuo normal e lobrigou sabre 0 mecanismo da hernia como trajeto do

nuelea pulposo alraves de fcndas naturais do proprio disco. (Barr, 1977 citado por

Quintani1ha,1998)

Em 1905, estudos desenvolveram 0 conceito de que a dor lombar era causada por

disturbios mecanicos na sacroiliaca e lombo~sacra. Anos depois, em 1928, Schmorl e

Junghans demonstraram que a altera~ao do disco ou do nudeo poderia fonnar uma hernia.

Em 1930, a Jusao deslas articula~oes passou a conslituir uma freqUente conduta

cirurgica entre os ortopedistas; entretanto, 0 indice de mortalidade p6s~operatoria imediata ao

procedirnento (4%) e a baixa incidencia de melhora fez com que 0 procedirnento fosse

dcsencorajado.

As altera~Oes histologicas do disco, relacionadas com a idade, foram descritas por Ross

Smith em 1931 e por Keyes/Compere em 1932 e dois anos dcpois, em 1934, Mixter e Barr

fizeram a primeira interven~ao cirurgica removendo 0 material que comprimia a raiz e fazia

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cessar a dor do paciente. Desde entao, varios trabalhos vern sendo publicados

rclacionando a biomecanica da col una lombar com fatores fisicos e quimicos.

Nos Estados Unidos, tern se verificado a e1eva~ao de custos financciros pela dor lombar,

bem como, 0 aumento da indica~ao cirurgica para a coluna cervical e lombar. 0 Centro

Estatistico de Saude relata que 14,3% de novos pacienles van ao medico por dor lombar lodos

os anos; 12.900.000 pacientes buseam atendimento por dor lombar cronica e sao gaslos 16

bilh5es de dolares/ano em busca de controle das doenc;as da col una. (Cccin, 1991)

Oeste tOlal, estima·se que 30% dos gastos sejam em dccorrencia de pacientes portadores

de hernia de disco (Shvar1zman e cols.1992, citado por Martins, 1998). Ainda que a

incidencia de hernia nao ultrapassa 3% dos pacientes por1adores de dores na regiao lombar,

meslllo assim, C considerado como grande quantidade de pacientes.

A grande maloria dos autores concordam que essa patologia c muito ram em jovens

antes dos 20 anos; no cnlanto, estudos indicararn a sua presenc;a cm jovens dessa idade devido

a traumas diretos na col una e lesoes nos esportes. (Knoplich, 1983)

A col una vertebral provcm do ectodenna, camada de revestimento do embriao que

forma as estruturas 6sseas e nervosas da col una vertebral outorgando a intrinseca relac;ao entre

estrutura ossea, eslrutura nervosa e pele.

Composta de 33 vertebras, a col una separa·se em 5 regiues: cervical, toracica, lombar,

sacra e coccigea, as quais sao constituidas de 7, 12, 5, 5 e 4 vertebras respeclivamenle. As

duas u!timas regioes apresenlam as vertebras chamadas de sacrococcigeanas (I-Iall, 1993). As

vertebras toracicas cstao vinculadas a 12 p..1rcs de costeJas que limitam significativamcnte os

movimentos. (Knoplick. 1982)

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As vertebras sao os ossos da col una e tern a funC;ao de sustentar e protcger a medula

espinhaJ. As facetas articulares pennitem as vertebras se interligarem como uma corrente e

pennitem conexoes moveis entre cada vertebra.

A coluna vertebral dispoem de duas func;oes basicas: eixo de sustentac;ao da estrutura

corporal e a conduc;ao das cstruturas ncrvosas atraves do canal vertebral e dos foramens

intervertebrais.

As raizes ncrvosas sao prolongamentos dos neuronios motores localizados na medula. 0

enconlro da raiz sensitiva (aferente) e motora (eferente) constitui 0 ganglio nervoso ao nlvel

do foramen de conjugac;uo. Na localiza<;:fio deste foramen, a raiz comunica-se com 0 nerv~

sinovertebral. Este dicotomiza-se na porc;ao anterior e posterior.

A porC;ao anterior faz contato com a rcgiao posterior do disco intervertebral, podcndo

realizar a percepc;3.o da pressao do nucleo discal contra 0 anel fibroso do disco. Esta func;ao

tern a importancia de gerar os estimulos para perccbennos a posic;ao do eixo vertebral.

As vertebras sao formadas pelo corpo, pcdiculos, lamina e apofiscs e cncontram-se na

POntaO anterior em relac;3.o ao eixo corporal.

o corpo vertebral e composto por uma estrutura 6ssea esponjosa, aprescntando uma

placa cartilaginosa na sua porc;ao superior e inferior e varia de altura e de diametro, con forme

o segmcnlO vertebral on de sc localiza. Os corpos das vertebras cervicais sao de menor

diamctro e altura, sendo a por<;:i'iomais alta da col una nu posic;ao ortostaticu.

Cada vertebra c composta de duas partes, a s61ida (laminas vertebrais) e a fraca (corpos

vertebra is). A parte solida comprecnde urn orificio por onde passa a medula, no centro da

vertebra c ainda {res asas, duas chamadas de ap6fises transversas e uma de apofise espinhosa,

localizadas na regiao posterior da col una. Estas ap6fiscs servem para orientar os rnovimentos

da col una e pam a inserc;ao dos museu los das costas. (Knoplich, 1982)

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Dc aeordo eom Hay c eols. (1985), existem ainda nas vertebras, pequenos furos

responsaveis pela passagem dos nervos origimirios da medula espinhal, que sao os orificios de

conjugayao.

Os corpos dorsais ou toracicos aumentarn progressivamente a sua altura e diametro,

apresentando urn aspecto cilindrico. Os corpos vertebrais lombares sao achatados e largos por

constituirem as vertebras que suportam as maiores pressoes da col una vertebral.

o disco intervertebral e a articulayao enLre os corpos vertebrais e apresentam

basicamenLe a mesma estrulura. Atuam como amortecedores de fon;as de compressao, onde

cada parte do disco desempenha uma funyao especifica. Os discos intervertebrais em urn

adulto jovem responde por aproximadamente i4 da altura da col una. (Hall, 1993)

Composto por urn anel fibroso chamado de anulo fibroso, no seu interior contem uma

substancia gelatinosa conhecida como nucleo pulposo e, quando comprimido, reduz sua

espessura pela perda de agua, favorecendo a reduyao sif:,'llificativa da estatura corporal de urn

individuo no decorrer do dia. (Hall, 1993)

o disco intervertebral e uma estrutura anatomiea que tern funyao de absorver choques e

pennitir urn certo grau de movimento it col una vertebral. Quanto major for 0 seu conteudo em

agua, maior e a sua capacidade de absoryao de choques. (Sturniolo, 1976)

Os lipos de dor na col una dividem-se em:

a) Dor Refcrida

A dor referida origina-se de estruturas sornaticas ou visccrais e e percebida em urn local

distante no mcsmo scgmento espinhal, mas nao neccssariamente na mesma distribuiyao

dermalOmal. Possui qualidade dolorosa profunda e geralmente se associa it sensibilidade de

tecidos subcutaneos e musculos no local de referencia.

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A dor referida de anonnalidades patol6gicas da medula cspinhal geralmente sao

apenas Il1cdiais it escapula. ou sobre 0 aspecto lateral do bra~o~ dor referida da parte inferior

das costas e geralll1enlc sent ida nas midegas c na parte posterior das eoxas. cmbora raramentc

abaixo dos joelhos. Dor da col una vertebral lombar superior e geralmenle referida no naneo,

virilha e coxa anterior. (Bennct & Plum, 1997)

b) Dor Muscuhlr

A dor muscular ocorre quando uma 1esao ou anonnalidade da estrutura da col una

induzell1 a espasmo muscular paravertebral. A contrarrao mantida de musculos paravertcbrais

provoca dor cronica latcralll1ente a linha media do peseo~o ou costas. A palpa~ao pode revelar

evidencias de cspasll10 c sensibilidade.

Quando areas de extrema sensibilidade sao palpadas, a dor pode ser referida a estruturas

distantes. Pontos estimulantes definem sindromes de dor miofacial, causas comuns de dor no

pesco~o e nas costas. sem anonnalidades estruturais da coluna vertebral. (Posner, 1997)

c) Dor Radicular

A dor radicular coprincipal sintoma de eOll1prcssao de raiz nervosa. Raizes nervosas

geralmente nao sao sensiveis it dor entretanto, a compressao cronica leva a edema, in.flamavao

e desmielinizavao deixando a raiz sensivel ao estiramento e compressao.

Quando cOll1primida, a dor pode ocorrer apenas na distribuit;ao cutanea da via

envoi vida, ou pode ser sentida em musculos quc supre. A dor da raiz geralmente e exacerbada

por aumento da pressao intra-espinhal por tosse, cspirro e estiramento.

eI) Dor Funicular

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A dor funicular e causada por cornpressao de tratos longos da rnedula espinhal.

Menos aguda que a dor radicular c descrita como uma sensa~ao fria e desagradavel na

extremidade. Esta dor e maior quando ocorre movimentos que alongarn a medula (flexao do

pesco~o, levantar a perna reta) Oll aumento da pressao intra-espinhal.

Alern dos varios tipos de dor faz-se necessario a compressao cr6nica de raizes nervosas.

o envolvimento de uma raiz unica e mais prov<ive\ de ocorrer com hemiayao de disco

intervertebral, enquanto a disfunyao de multiplas raizes parece ser causada por tumor ou

inflamayao cronica. Entretanto, deve-se ter ern mente que nem todo 0 corpo obedece aos

mesmos padr5es.

o local da compressao no plano transverso pode detenninar sinais cHnicos. Les5es

lateral mente localizadas, comprimindo urn lade da medula espinhal, podem causar a sindrome

de Brown-Sequard (hemiparesia ipsilateral, perda de sentido de vibrayao e posiyao, com dor

contralateral e perda da temperatura).

A compressao da poryao posterior da medula pode causar posiyao bilateral e perda da

vibrayao mas, a maior parte das les5es torce a medula quando a comprime e tambcm interfere

no suprimento vascular e locais alem da compressao.

As Ics5es cervicais causam quadriplegia~ les5es toracicas, paraplegia e les5es lombares

supcriores, funyao motora nonnal com disfunyao de bexiga e intestino e respostas plantares

extensoras (sind rome medular do cone).

As les5es que ocorrem abaixo do primeiro corpo de vertebra lombar comprimem a

cauda eqOina, causando perda da fun<;ao do intestino e bexiga, com fraqueza nas pemas por

neuronio motor inferior e reflexos plantares nonnais. (Bennet & Plum, 1997)

Os tratos corticoespinhais e colunas posteriores sao mais vulneraveis it compressao que

outros. Como resultado, fraqueza, espasticidade e hiper-reatividade rcflexa tendem a ser os

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sinais precoces de compressao de medula cspinhaJ, com parcstesia c perda de scnsac;ao

vibratoria e de posil;ao ocorrendo logo depois. Perda da dOT e scnsac;ao de temperatura c da

func;ao da bexiga e intestino em geml ocorrem tarde.

A hernia de disco scm pre foi rcconhecida como uma dOT torturante. Fai descrita nas

obras de Hip6crates, mencionada fla Biblia mas a sua primeira descric;ao c1inica foi realizada

por Domenico Cotugno, em 1775. (Knoplich, 1983)

Processo de protusao do nucleo do disco intervertebral at raves de rupturas em suas

fibras, a hernia de disco pode causar comprcssao das raizes nervosas no canal vertebral ou

gcrar processus inOamat6rios corn alto puder caustico nas estruluras nervosas. Estas lcsoes

sao rcsponsaveis pelos sintomas e sinais gerados pela hernia de disco lombar, tais como, dor

lombar e dor irradiada para os membros inferiores.

o disco intervertebral e uma estrutura com tccido fibro-cartilaginoso em formaQao de

fibras concentricas e tern a funQao de suportar e amortecer as cargas que recaem sobre a

col una vertebral.

Estas libras guardam em seu interior, no centro do disco, um nucleo de substfmcia

gelatinosa chamado nucleo pulposo, constiluido de mucopolissacarfdeo e cadeias organicas

cuja funQao e rcter moleculas de agua. Quanto melhor 0 nlvel de hidrataQao do disco, maior a

sua capacidadc de receber impactos.

As hernias discais mais frequentcs est5.o localizadas entre a quarta e a quinta vet1ebra

lombar (L4/L5) e a quinta vertebra lombar e a primcira sacra (L5/S 1) que sao os pontos de

maior eslresse e mobilidade da coluna vertebral.

A hernia lombar ocorre devido ao excesso de carga que a col una suporta. 0 disco

10m bar suporta cargas acima de 250 Kg num homem de 70 Kg sentado. Com 0 passar do

tempo, ap6s 0 periodo de matllraQao do organismo, 0 disco intervertebral perde 0 sell poder de

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hidrofilia tomando-se menos hidratado, ficando vulnenivcl it ruptura do seu anel fibroso.

(Quintanilha, 1998)

Existem, nonnalmente, 31 pares de raizes nervosas que saem da col una e se distribuem

para todD 0 corpo. 0 maior nervo do corpo humano (nervo ciatico) e formado por 5 dessas

raizcs. Quando uma delas e comprimida pela hernia, ocorre dor e Qutros sintomas. A maioria

das hernias ocorrem fla regiao lombar (perto da cintura), mas tambem existem hernias da

regiao lonicica e cervical (pesco~o).

Na regiao cervical, os discos mais comprometidos estao localizados entre a quarta e a

quinta vertebra cervical (C4/C5), entre a quinta e a scxta vertebra cervical (C5/C6) e entre a

sexta e a setima vertebra cervical (C6/C7). As hernias discais cervicais incidem mais

freqOentemente nas pessoas estressadas e tensas. lit a dorsal e mais rara, pois nesta area a

coluna tem 0 suporte dos arcos costais (costelas).

Ha dois tipos de hernia de disco: Protrusao Discal, em que 0 nucleo pulposo empurra

uma pane enfraquecida do anel fibroso contra as estruluras nervosas da col una. Hernia Oiscal

Extrusa em que ha 0 rompimento total do anel fibroso e extravasamento de parte do nucleo

pulposo para dentro do canal onde esHio as estruturas nervosas. (Abreu, 1998)

o problema da hernia do disco lombar esta na perfeita identificayao da sua existcncia e

posi~ao pois pode ocorrer a compressao e dislensao de mais de urna das raizes lombares e, em

alguns casos, de toda a cauda eqOina, dificultando 0 diagn6stico. (Monteiro, citado por

Knoplich, 1983)

Apesar do quadro clinico ser bern conhecido, ele rararnente se apresenta na sua

totalidade, urna vez que os sintomas c sinais se apresentam sob rnultiplas nuances. E

impossive! fazer urn diagn6stico preciso baseado exclusivamente nas manifesta~6es

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perifericas da dor, altcra~Oes da sensibilidade periferica dos reflexos, deficits molores e

alterac;:ocs tr6ficas dos membros infenores.

A hernia do disco iombar, na maloria das vczes, comcc;a corn urn quadro clinicD agudo,

que C 0 momento ideal para 0 diagn6stico e tmtamento definitivo. 0 tipo e a extensao da

compressao do nervo se refletem nas manitesta90es clinicas. Variac;:oes na posiyuo da

prolrusao tambem produzem as suas pr6prias aprcsentac;:ocs clinicas individuais. Entretanto,

com 0 passar do tempo, as variac;:oes de compressao aumentam com as alterac;:oes que ocorrcm

na patologia da hernia.

Os sintomas dcpcndem fundamental mente da topografia, localizac;:ao e tipo de hernia,

em Dutras palavras da relac;:ao entre 0 material herniado e a raiz nervosa.

Esse relacionamento pode ser de forrnas variadas e sujeito a modifica~oes. Entretanto,

para fins didaticos, pode-se deJinear esquematicamente os sintomas, mcsmo que raramente se

encontre 0 quadro completo. Estes sintomas sao os seguintes:

a) Sintomas 10m bares

A dor lombar e predominanternente no nivel do disco lesado. E espontanca, permanente

e exacerbada por digitopressao. A conlra~ao muscular e urn sinal importante. E de

scgrnenta~ii.o tipica C 0 espasl1lo da musculatura paravertebral e visivel. (Fig. I)

b) Sintomas perifcricos

As manifesla~ocs pcrifericas estao relacionadas com 0 envolvimento da raiz nervosa. A

compressao de uma ou mais raizes produz sintomas e sinais nas areas inervadas pel as raizcs

comprimidas.

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Figurll 1- Derormidades c espasmos dos milsculosparavertebrais na hernia de disco. (Knoplich, 1983)

c) Dor

Em casos tipicos, a dor se ilTadia atraves da regiao glutea, na parle posterior da coxa,

em dire9ao a regiuo poplitea. Na compressao cia raiz L5, con forme pode seT observado fla

figura 2, a dor continua atraves do nervo popliteo extemo para baixo, fla superficie

anterolateral da perna e da margem lateral dos pes.

Na compressao da raiz SI, a dor continua da panturrilha para 0 ca1canhar, superficie

plantar dos pes e dedos (fig. 3).

d) Altera~ijes sensoria is

As aiterayocs da scnsihilidade, usual mente a hipoestesia, ocorrem na area inervada pela

raiz comprimida e podern sec muito variaveis.

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Figura 2 - Trajcto da dor e 1IIter:u;oes sensoriais nacomprcssao d:J rniz dn L5. (Knoplich, 1983)

e) Altera~ocs dos rcflexos

Os reflexos patelar e Aquiles sao de grande importancia no disco hemiado. 0

desaparecimenlO ou a redw;:ao dos reflexos nao significa que hi uma hernia, assim como a

rcsposta normal nao a exclui.

f) Altcnu;fies motoras

Podcm seT agudas e ocorrer simultaneamcnte com 0 inicio da dor ou desenvolver-se

mais gradualmente. A historia clinka e de fundamental importancia, devendo incluir os

achados iniciais e as a1tcral;oes subsequentes. A dor inicial na regiao lombar pode ser subita

ou gradual, continua ou intennitentc. A dor referida pode oeorrer simultaneamente com a dor

lombar, estar auscnte ou estar presente sozinha.

o diagnostico c1inico da hernia do disco lombar e essencialmente de base neurologica e

depende das aitera<;:oes motoras, sensoriais e de altera<;:oes reflexas.

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Figura 3 - Trajeto dJI dor e Illteraf;oes scnsorillisfill COllloressM.o dn r:liz da SI. (Knoplich. 1983)

o examc radiol6gico e importanle para excluir outras condic;:oes pato16gicas que podem

provocar problemas na raiz e causar uma sindrome c1inica semclhante it da hernia do disco. A

radiografia contraslada c necessaria, com a injec;:aode panlopaque Oll solw;ao aquosa para a

radiculografia.

H<i divergencias de opiniao sobre a validade da mielografia e da radiculografia. Muilos

autores rcscrvam esse cxame para casos duvidosos, acrcditando que 0 diagn6stico da hernia

de disco pode ser fcito exclusivamcnte em bases clinicas. A maioria dos autoTes com

experiencia neste campo nao usa mais 0 lipiodol que, sem duvida alguma, e irritante. E mais

frequente razer a mielogralia com pantopaque e a radiculografia com 0 meliodal s6dico.

Casos que continuam scm tralamento cirurgico evoluem para uma bem conhecida fase

cronica. Lumbago ou dor ciatica continuam com momentos de alivio, mas nunca

desapareccm. Esses pacientcs tendem a if de uma clinica reumatologica a outra, tentando

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lodos os tratamcntos lisiotenipicos disponivcis. 0 disco hemiado cvolui com 0 tempo

para um processo degenerativo. A raiz nervosa aprende a viver corn hernia compressiva, tanto

como 0 paciente vivc bem com a sua dor cronica.

Pode-se atribuir 0 exilo dos exercicios aquaticos it capacidade de gerar vc10cidade de

movimenlo com um minimo de resistencia da agua, ou seja. resistencia hidrodimimica.

(Ferrari, 1998)

Ao contrilrio do que se pode pensar , 0 dcslocamenlo na agua nao e 0 resultado que a

3930 dos bravos do nadador fazem empurrando a agua para tras. Em 1971, dais pesquisadores

realizaram uma filmagcm subaquMica de nadadores com pequenas lampadas presas as maos,

nurn ambiente escuro. Os pontos luminosos mostravam 0 verdadciro caminho das maos e dos

pes em rela~ao it urn ponto fixo no piscina.

Estes pesquisadores descobriram que durante a maior parte da fase subaquatica, os

rnovirnentos das maos e dos pes sao laterais e verticais. Ficou comprovado assirn, que na

verdade 0 corpo do nadador que se projeta a frcnte, atraves de uma movimenta~ao lateral e

vertical da bra~ada, e !laO as maos que vuo para (ras. (ferrari, 1998)

Todas as pesquisas que foram realizadas posterionnente vieram a comprovar estc fato.

A propulsao dominada por estes movimentos deu-se 0 nomc lift ou sustentayao. Hoje,

sabemos que a parte do dcslocamento do nadador, cabendo aD ato de cmpurrar as maos para

tras tern uma parcela muito pequena. (Ferrari, 1998)

Na verdade, se formos analisar os meios mais eficicntcs de deslocamcnto na agua, como

o dos peixes, tudo iSlo fica muito claro, ja que os deslocamentos de suas caudas sao semprc

verticais e laterais. Para fundamentar ainda mais 0 que roi dito anteriormente, poderiamos nos

utilizar do Principio de Bernoulli, que foi aplicado inicialmente para explicar como os avioes

se mantem no ar.

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o principio de Bernoulli, ou turbulencia, c a rcdUl;:ao da prcssao rela

movimenta9ao do nuido. Quando urn objcto se move atraves da agua, ele encontra urna

resistencia. A resistencia C composta de 2 componcntes, a onda asccndcntc (bow wave) e a

descendente (wave).

A onda ascendente c a prcssao positiva na frente do objelo que se move; csta resiste aD

movimento para a frente do objeto e corresponde a aproximadamente 10% da resistencia. A

onda descendcnte e a pressao negativa, a qual foj criada dirctamente aWlS do objeto. Forrna-se

uma area de baixa pressBo que cria turbulcncia e. ponanto, suga 0 objeto.

Turbulencia e 0 lenno usado para descrever os rodamoinhos que scguem urn objeto em

movimento na agua; 0 grau de turbuh!ncia dCJX:nde da velocidade do movimento e a fonna do

corpo inf1uencia na produr;ao da turbulencia. A turbulencia pode ser usada em para auxiliar ou

resistir ao movimento.(Eriehsen, 1999)

Deve-se compreender os efeitos dn turbulencia em re1ayao ao paciente, mas tambcm em

relar;ao aos seus pr6prios movimentos frente ao paciente, para nao causar a perda do

equilibrio.

A diminuiyao da resistt~ncia hidrodinamicn e urn outro fator que deve ser considerado

quando se !ida com atividades fla agua. Abaixo seguem as defini90es de 3 formas de

resistcncia e alguns procedimcntos que podem ser adotados para minimizar esta resistencia.

(Ferrari, \998)

a) Resistencia da forma - E a resislencia que 0 corpo do nadador sorre durante 0

deslocamento. Movimentayoes laterais e verticais de quadril, causadas por recupera9ao

inadequada do bra90 e rolamento errado do troneo e do pesco90 durante a rcspirm;:ao, sao

("atores que rompcm 0 alinhamento do corpo c eontribuem para 0 aumento da resistencia

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b) Rcsistcncia de ond~ls - Estc tlpO de resistencia e causado pela turbulcncia na superficie da

agua.

c) Resistencia de atrito - E a resish~nciaoferccida pela superficie aspera da pele do nadador

ao deslocamento.

Atualmentc, as atividades fisicas realizadas na agua vern senda amplamente utilizadas

pelas mais diversas arcas. Professores de cducaf;ao fisiea, medicos c fisioterapeutas entre

oulros, recomcndam a pratica de atividades aqualica pela capacidade de ajudar na recupera~ao

de pcssoas au allelas lcsionados, au para individuos que procuram rannas alternativas de

condicionamento cardiovascular. Na agua as movimentos sao facilitados e por issa tomam-se

menos estressantes e fazem parte da primeira etapa no retorno da atividade fisica.

Avellini e cols. (1983), dizem que 0 exercicio aquatico pode produzir rea.yoes

fisiol6gicas diferentcs das rcalizadas na terra, pelo fato do efeilo hidrosl<itico da agua no

sistema cardiorrcspiratorio, tanto como a capacidade de intensificar a perda de calor

com parada com 0 ar.

Derivado do gregG Hydor=agua c Therapia=cura (DufTield, 1976 cirado por Campion,

2000), a hidrotcrapia e uma modalidadc tcrapcutica, aplicada por fisiotcrapeutas de forma

individual. 0 tratamento e conduzido em piscina aquecida junto ao pacicntc, buscando

gradativamente 0 progresso dos movimenlos apos avalia~5es especificas e urn plano pre.

determinado.

Sao utilizadas as propriedades fisicas da agua e a cinesioterapia como base do

trammento, mesclando varios metodos tera¢uticos como Halliwick, Bad Ragaz e Watsu.

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o movimento na agua e rcalizado com mais facilidade do que em terra. Os efeitos

da turbuh!ncia c da flutuac;ao, combinados com 0 calor, ajudam a reduzir a dOT e 0 espasmo

muscular, promovendo 0 relaxamento. A agua cstimula a pclc, os olhos e os Quvidos,

tendendo a dcsertar os sentidos para as atividadcs, juntamentc com 0 toque e a seguran<;:a

of cree ida pelo lerapeuta.

Alem disso, a (-lidroterapia proporciona alegria e prazer 0 que refon;a a confianc;:a e

auto-estima do pacientc, ternando estes aspectos complcmentares no programa de

reabilitac;:ao.

A hist6ria da Hidrotcrapia como uma modalidadc utilizada na fisiatria data de mil hares

de anes. Nao se sabc em que momento a hidroterapia roi primciramente utilizada de maneira

tcrapeutica, porem registros datando de 2400 a.c. sugerem que a cultura proto-indiana usava

instalayoes higicnicas e que os antigos egfpcios, assirios e muyulmanos faziam uso das fontes

minerais para propositos curativos. Os hindus, em 1500 a.c., empregavam a agua para

com bater a lebrc. (Campion, 2000)

A maioria dos povos antigos respeitava ou cultuava as aguas correntcs, especialmente as

fonles de aguas puras. Os medicos japoncses, assim como os chineses, gregos e romanos

faziam uso dos banhos bem antes da vinda de Cristo, mas foram os grcgos os primeiros a

apreciar 0 relacionamento entre 0 bem-eslar fisico e mental, desenvolvendo centros proximos

a nascentes e rios, utilizando-os para banhos e recreuyoes.

A partir de 500 a.c., os romanos, com suas habilidades de construyao, desenvolveram e

cxpandiram 0 sistema grego de atletismo scguido por urn mergulho frio; produziram uma

serie de banhos onde se realizavam as atividades intelectuais, recreacionais e de saude e

higiene. (Campion, 2000)

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Por volta de 339 d.C. alguns dcsscs banhos passaram a seT usados somente com 0

proposito de cura e 0 tratamento era indicado em primeiro lugar para os sintol11f1s de doenQas

rcmmiticas, paraiisia e cfcitos posteriorcs a lesoes. As qucimaduras cram tratadas em banhos

prolongados.

Com 0 declinio do Imperio Romano, os padrocs de higiene e moral foram diminuidos. e

esta suprcssao da hidroterapia no Ocidente foi sustentada mais ou menos durante toda a epoca

medieval, mas pOT volta dos seculos XV, XVI e XVII, 0 uso da agua com proposito de cura

adquiriu algum reconhecimento poT parte dos medicos europe us.

Os pioneiros da Hidroterapia Coram SiT John Floyer, que escreveu urn tratado em 1697:

"Urn inquerito sobre a utilizayao correta e 0 abuso dos banhos quentes, frios c tcmperados";

John Weslcy, 0 fundador do Metodismo, que publicou um livro de hidroterapia em 1747,

intitulado Uma fonna faeil c natural de curar a maioria das doen~as; e 0 Dr. Wright, que

publicou, em 1779, urn trabalho sobre 0 uso do frio no tratamento da variola.

Atualmente, a popularidade e 0 valor creseente da Hidroterapia parecem ser salientados

por urn aumento da pesquisa em muitos aspectos diferentes da agua, como 0 estudo da

fisiologia dos exercicios aquaticos, e assim por diante. 0 reconhecimcnto dos tratamentos

para os quais as caraeteristicas c propriedades da agua podem ser utilizadas para criar tecnieas

que acemuem a atividade aqualica como uma parte integral de todo tratamento fisico c

psieol6gico e das condi90es variadas de muitos ira assegurar 0 lugar da i-iidroterapia para a

reabilita9ao total.

o metodo Halliwick e urn metodo por meio do qual se pode ensinar qualquer pessoa a

nadar, em bora ele seja particulannente adequado para os deficientes. Desenvolvido em

Londres por James McMillan MBE em 1949, ele leva 0 nome da escola para rneninas

deficiemcs em que 0 trabalho comec;ou. Baseado nos principios cientiticos da hidrodiniimica e

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da mecanica corporal, ele se mostra segura para pcssoas de lodas as idades, com qualquer

deficiencia e grau de severidadc.

Difere dos Qutros metodos de ensino da nata9ll0 porque valoriza a natureza crftica da

agua e se ada pIll as rormas e densidades alteradas da pesson deficientc. Os nadadores tomam-

sc mental mente ajustados it ftgua, adquircm habilidades de restaural(ao do equilibria, contrale

da cab~a e rCSpiral(30 - todos requisitos para a indcpcndencia na agua e nn nalayao.

Enquanto 0 objetivo do metoda c um nadador mental mente ajustado e fisicamente

cquilibrado, os varios aspectos fisicos e psicol6gicos asseguram que a confianc;a e a auto-

cSlima adquiridas na piscina sejam lcvadas para a vida em solo.

Este metoda bascia-sc em principios cientificos de hidrodimimica e hidrostatica do

corpo humano quando imerso em agua. Tratamento seguro e eficiente para todas as idades,

proporciona ao paciente a obtenr;ao e dominio do equilibrio e da respirayao, potencializando

habilidades motoras e recuperando movimcntos.

A influencia do Metodo Halliwick sobre a atividade aquatica e marcante. Ele trouxe

refinamcntos as tccnicas de Hidroterapia, desenvolveu novos meios de exercicios e mostrou

que os prof,'Tamas terapeuticos e recreacionais fornecem a reabilitayao continua para todas as

deficicncias, tanto no campo pediatrico quanto no adulto, pennitindo que 0 potencial maximo

seja atingido e permitindo 0 advento dos beneficios fisicos, psicol6gicos c sociais.

Metodo Halliwick c baseado na habilidade do nadador dentro da itgua. Utiliza-se uma

avaliar;ao por intermedio de urn Teste Inicial de Habilidade, que envolve habilidades como 0

controle da respira930 e da rotar;ao. As habilidades dos varios nadadorcs devem ser

scmelhantes, mas algumas diferenyas pennitem 0 descnvolvimento de incentivos no grupo.

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o Metodo Halliwick defende que as atividades em grupo devem ser conduzidas em

uma velocidade que todos os participantes possam acompanhar. As altera~oes da velocidade,

atmosfera, humor e otmo sao muito importantes ao programa.

Alcm disso, eSle metoda enfali7..a a importancia do ritmo e utili7.1l musicas, versos e

instruyoes ritmicas. Dessa forma, encoraja-se a fala e desenvolve-se 0 controle da respira~ao.

A importancia de "assoprar" e constantemente enfatizada e nas atividades como "Saltos

canguru" a rcspiracao ritmica dcsenvolve-se juntamente com 0 movimento nos extremos de

postura combinados com 0 controle da cabeca. As musicas e inslrucoes - a inlen~ao - exigem

aCao, assim os movimcntos acontecem c a imagem corporal e a consciencia espacial sao

adquiridas.(Campion, 2000)

o Irabalho no Metodo Halliwick e dcsenvolvido em jogos e atividades que sao

diverlidas e ensinam, de maneira sUlil, as habilidades necessanas ao ajuste mental, a

restauracao do equilibrio e it nata~ao. A ideia de que a atividade na piscina e urn tratamento, e

eliminada pelos elementos alegria e diversao, que sao parte integrante do metodo.

Os apoios no Metodo l-Ialliwick levam em conta urn novo ponto de referencia - 0 centro

de equilibrio - que 0 nadador utiliza na agua quando todos os pontos de resistencia disponiveis

em terra sao removidos. A sustentacao do nadador nesse ponto fomece seguran~a, pennite a

facilitacao do corpo de uma posiCao it Dutra, com a Iibertacao gradual, leva it independencia

na agua.

o Metodo Bad Ragaz, desenvolvido na Suica, utiliza as propriedades I1sicas da agua:

por exemplo, 0 empuxo e necessario apenas para a nutuaCao, enquanto os efeitos de onda e de

arraslamento fornecem uma impedfincia aos movimentos. Os padroes permitem os

movimentos anatomicos e fisiol6gicos normais que envolvem as articulacoes e os mus«l!los

responsaveis pelos movirnentos. Os padroes de Bad Ragaz poderao ser realizados somente se

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o FisioterapeUla cstiver na agua conduzindo e instruindo 0 paciente. Os apoios devcm seT

exatos e capazes de guiar 0 paciente a trabalhar os grupos rnusculares necessarios do padrao

normal de urn membro ou tronCD. Os apoios podem fornecer resistencia aos movimentos de

modo que os componentes mais fortes podem seT descnvolvidos - irradiac;ao Oll cxcesso

dirigido para os grupos museu lares mais fraces. E possivei variar 0 apaio das posic;ocs

proximais as posic;oes distais das manobras. Os apoies proximais daD mais controle ao

Fisiolcrapeuta c conferern mais seguranc;a ao pacientc. Os apcios dislais permilcm maiores

amplitudes de movimento e estimulam mais trabalho muscular.

As posic;ocs de partida para os padrOes de Bad Ragaz sao supino, deitado de lado ou

prono. Os padroes utilizam trnbalho muscular isometrico e isotonico e foram planejados para

os MMSS, MMII e troilCO. Os pad roes de Bad Ragaz pennitem que 0 Fisioterapeuta e 0

paciente trnbalhem juntos em cooperaC;3o e a for.;a dos movimentos pode ser cuidadosamente

monitorada e graduada. Os padroes podem ser adaplados e modificados it medida que 0

Fisioterapeuta se torna mais habilidoso e ache possivel desenvolver e planejar as variayoes

individuais. Sempre lembrando que 0 metodo se Ibz de no minimo dois fluluadores (cervical e

pelvico), podendo ser adicionado rnais urn l1utuador nos tomozelos. (Campion, 2000)

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2. MATEIUAL Ii:METODO

Para vcrilicar os cfeitos da Ilidroterapia foi considcrado 0 relato de Ul11caso. A amoslra

foi conslituida de apenas lim pacienlc do sexo masculino, com idade de 60 allOS, prolissuo

oclont6logo. que I'oi encClminhado aD setor de Fisiotcrapia cia Clinica Fraluras c Fisiotcrapia

Dr. Moura. cia cidade de Tclcml1co Borba ~ P~lralui, pelo medico ortopedista COI11 diagnoslico

de lombalgia agucla.

o pacicntc rcferia dorcs tcrriveis !HI regifio glutea c panturrilha scndo obscrvada !legle

contato inicial que ate a marcha do paciente enconlrava·sc alterada. 0 IllCSI1l0caminhava com

t1exao de Ironco cleve flcxao de joclhos.

o pacicl1lc foi encaminhado. a pedido do medico, para a realizayao de ressom:"incia

magnetica e, de posse do cxamc, foi constutuda uma hernia de disco a nivel L4 - L5. A partir

destu cOnSlali.ly50, foi iniciado 0 tratamcnto Hidrolenipico na Escola de Natayuo Golfinho

Azul. dcssa cidadc.

A rcalizay50 das dcz scssoes de Hidrolcrapia, com duray50 dc 40 minutos cada uma,

acontcceralll na piscina da escola que possui 12,5 metros de comprimcnto par 06 mctros de

largura c 1,60 metros de profundidade, com temperatura media de 33°C a 35°C.

A oryao pelo lratamcnto hidrotenipico deu-se pelos creilos positivos proporcionados

pela agua e pela neccssidade de proporcionar ao pacientc:

- Relaxamcnto muscular;

- Rcdu~ao do tonus muscular anormal;

- Alivio da dor;

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25- Aumcnto da circular;ao periferica;

- AumenlO da amplitude de movimento;

- Aumcllto da forc;:amuscular;

- Melhora do equilibria e conscicncia corporal;

- Reeducac;ao da marcha;

- Melhora da moral e autoconfianc;a do pacicnle.

Para obLcnc;:ao desses resultados, foi plancjado um protocolo com exercicios c

manobras que fazcm parte do Metodo de Halliwick e Bad Ragaz.

o programa de tratmnenlO, que compreendeu dez sessoes, (eve durac;:ao de 40 minutos

cada uma, sendo realizadas em dias altemados.

Pela patologia do paciente, foi incluido no protocol0 as cinco fases de tratamento,

propos las por Israel, 1995:

I. Ambientac;ao;

2. Dominic do melo 1iquido;

3. Relaxamento Corporal;

4. Exercicios Tempeuticos Especializados;

5. Condicionamento Organico Global.

Em algumas manobras, como material de apoio, [oram usados flutuadores.

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3. AI'RESENTAC;:AO DOS DADOS

Apos avaliayiio realizada na clinica, 0 paciente apresentoll-sc para as sess5es de

!-lidroterapia, onde foi fcita breve cxplanayao sobre 0 protoeolo que seria utilizado durante 0

tratamcnto.

o pacicntc 6 uma pesson adaplada ao mcio 1iquido (executa hem tres cstilos de nado),

cntrou sozinho na agua. mOSlrou-se hem cquilibrado nas posiy5cs supin~ e prono, assim

como, hem adaplado quanto it presenya de agua em orificios como nariz e ouvidos.

No dominic do meio Hquido, foram rcalizados excrcicios de iocoll1oyao, como andar

para frcntc, andar para tras, passar da lateral para a direita e para a esqucrda. (Fig. 4)

Tamb6m foram lei lOS exercicios de rotayao vertical, que sao movimcntos ao redor do

cixo transversal do corro, passando de supino para em pe e rota~ao lateral, movimento estc,

fcito ao redor do eixo da col una. passando da positrao prono para supino.

Com durayao de 5 minutos, esses exercicios fizeram parte do aquecimento.

No Relaxamento Corporal, foi realizado alongamento passivo de tfonco.

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No Rcla;<{amcnto Corporal, foi realizado aiongamento passive de trolleD.

~ 0 paciente em supine, com flutuador na colulla cervical e na pelve, 0 Fisioterapeuta

em pe, cranialmcntc ao pacien!c, com apoio na rcgiao IOnicica alta, sabre cscapulas e costcias,

move 0 pacicnte de Uin lado para Dutro, alongando-o. (Fig. 5)

Em seguida, foi rcalizado alongamento passive de troneo com empunhadura pelvica.

rO pacientc em supine, com flutuador na colulla cervical e peivica. MMII COIll pequcna

rotavuo extcrna e MMSS ao lado do cerpo relaxado. 0 fisioterapcuta em pe, posicionado

entre as CQxas do paciente, mantendo uma ampla base de apoio, coloca as maQS lateralmentc a

pclve do paciente e move-o de um lado para Dutro, fazcndo com que a agua propicie 0

alongamento de tronco. (Fig. 6)

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1Em scguida, 0 Fisiolcrapeuta traciona 0 pacicnte em supino, scm nutuadores, com

pegadas na regiao lateral do troneo, escilpulas c cervical. A turbuh~ncia, proporcionada pclo

Fisioterapeuta, alua relaxando e alongando passivamcnte a col una 10mbar. (Fig. 7)

Esta fase totalizou 10 minutos.

pela agu:!.

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,Nos exercicios tcrapeuticos especializados, neste caSD, especificos para hernia de disco

lombar, 0 paciente se posiciona com a cal una contra a parcde da piscina, pemas unidas,

bra~os aD longo do corpo, [az alongamento da col una lombar, elevando os joelhos

alternadamcntc c mantendo a eleva~ao pef cinco segundos. (Fig. 8)

Em seguida, ainda em pe, col una contra a parede da piscina, 0 paciente faz a bascula

posterior de pelve, joelhos em flexao de 30°, faz a col una if escorregando para baixo em

contalo com a paredc da piscina. Segura par 5 segundos e volta a posic;:ao inicial.

Paciente posicionado com a col una contra a paredc da piscina, segura a borda corn

ambas as maos e lentamente eleva as pemas ate que os joelhos fiquem em 90°. Segura pOf 5

segundos e volta it posivao inicial, realizando trabalho abdominal.

Paciente em. supino, com flutuadores na cervical e na peJve, Fisioterapeuta em frente

ao pacientc, usa a pegada nos tomozelos para fazer flexao de joelho e vol tar a posic;ao inicial.

Com isso, reaJizou-se trabalho abdominal.

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tAinda em supino, com nutuadores na cervical e na pelve, Fisiotcrapeuta realiza

alongamenlo de isquio~tibiais. com pcgadas no joelho e no tornozelo do pacientc, mantendo 0

membro inferior estendido. Eleva 0 membro ate mais au menos 70" - 80°, Essa fase leve

durac;ao de 10 minutos. (Fig. 9)

do pacil'nte.

No Condicionamento Organico Global, 0 paciente dcsloca-se na agua com llutuadores

nas axilas, col una creta e abdomen conlraido, flexionando c estendendo as joelhos e quadris,

execulando a acrao de biciclcta vertical.

Paciente scm nutuadores, brac;os estendidos a frente, imitando a pcgada ern urn guidao

de bicicleta, Fisioterapeuta da apoio na regiao lateral do troneo, mobiliza 0 paciente pela

piscina, cxecutando Dutra variante da bicicleta vertical. Em seguida, 0 paciente realizou cinco

deslizes em prono e em supino, dando impulso com os pes na parede da piscina, e duas

lravessias na piscina com nado cost¥ simplificado. Essa fase teve durayao de 10 minutos.

Ao termino da sessao, foi feito novamente 0 relaxamento do paciente sem flutuadores,

scndo Iracionado pela turbulencia provocada pelo Fisioterapcuta c, a scguir, com Outuadorcs

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na regiao cervical e pelve. roi fcito relaxamento com movimentos sinuosos pe~a piscina. com

o FisiOlcrapcuta usando pegadas nas escapulas do paciente c ainda [oi realizado

turbilhonamcnto com as maos nos pontos algicos do paciente.

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4. ANALISE E INTERI'RETAGAO DOS DADOS

Antes de IcvamlOS 0 pacienlc para a piscina, para que sc proccdcssc 0 lratamcnto

hidroter6pico, 0 pacicntc roi submctido a uma avutim;iio em terra e apresentou os scguintcs

resultados:

- P.A.: 120/80 Illml-lg;

• F.C.: 80 bat. Imin:

- F.R.: 20 inclIfsocS / min:

- Al1era~ao cia marcha (leve Oexao de joelhos e col una toraco-Iombar);

- Musculalura da pal1ll1lTilha e lombar com a tonicidadc aumcntada:

- Teste de Lascgllc - positivQ (70°);

- Dor il palpuyao em regiaa glutca c panturrilha;

- Numa cscala de dor. de 0 aiD, apresentava !live! 7 de dor.

Apes a avalia~ao em terra, 0 paciente foi cncaminhado it piscina da Escola de Natayao

Gollinho Azul. allele seriam rcalizadas as sessoes de Hidroterapia.

Na avaliw;:fio aqmitica, 0 pacienle apresentou os scguinlcs resultados:

- Passou sozinho para a <lgua;

- Pacicntc bcm adaptado ao meio liquido (nada (res cstilos), e ponanLO nao tevc problemas

com a ambientm;[io;

- Dcsliza scm :.luxilio;

- Submerge total mente;

- Faz rotac;oes vcrtical e lateral;

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- Flutua bem nas posiyoes supino e prono;

- Expira peJa nariz e boc<l denLro cia agua;

- Passa sozinho para fora cia agua.

Durante 0 tratamcnlO hidrotenipico, 0 pacicntc foi pcriodicamente avaliado, tanto em

terra como na agua. Sentiu-se uma melhora e lima evolu\(uo do pacientc, que aprcscntou

maior mobilidade e amplitude articular, bem como, lima melhora no aspccto psicol6gico.

Ao final das dcz scssocs de Hidrotcrapia, 0 paciente rai submClido a uma nova

avalia9uo em terra c aprcscntou as scguintes resultados:

- P.A.: 120/80 mmi-ig;

- F.e.: 72 bat/min;

- F.R.: 28 incursoes/min;

- Mareha do paciente voltOl! ao normal;

- Musculatura cia panturrilha rclaxada;

- Musculatura 10m bar relaxada;

- Teste de Laseguc - ncgativo;

- PrCSClHri1 minima de dor it palpac,:fio;

- Na escala de dor apresentou nivel 2;

Este estudo mostroll que al-lidroterapia proporciona uma mclhora do paciellte como

lim todo, no aspccto terapelltico, lisiol6gico e psico16gico. A atividade na agua e prazerosa e

rc!axantc, atingindo os objctivos propostos scm causar estresse ao paciente.

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5. CONCLUSAO

o pacicntc aprcscntou significativa Illclhora com as scssocs de Hidrotcrapia.

Aprescntou mclhora da mareha, sua musculatura 10mbar c da panturrilha voltaram it

tonicidade normal, assim como aprcsentou Teste cle Lasegue negalivo e presenya minima de

dor <'Ipalpw;;ao. Na escala de dOt",baixoll de 7 para 2.

Sendo assim, com os objclivos visados atingidos, podemos entao alirmar a realidade

que e hoje a Hidroterapia, lima Terapia Alternaliva e com otimos resultados na pnitica.

A atividade na {lgua e prazerosa e atinge os objetivos terapeuticos, ate mesilla atraves

de atividadcs rccrcativas.

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