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Luna-Vitoriano

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Somos 1 ILUSTRAÇÃO TIRAGEM DIAGRAMAÇÃO/PROJETO GRÁFICO COORDENAÇÃO/REVISÃO DIREÇÃO FINANCEIRA GRÁFICA 16 20 14 06 08 10 04 12 Rangel Sales Sandra Vitoriano Luna Vitoriano Revista Somos 001 Jun 2011 Aster 01 Tipografia 4 Somos Tipografia A peculiaridade da fonte FF Mister K, não apenas pelo seu de- senho, mas pelo fato de ter sido inspirada e baseada na letra do mestre literário Franz Kafka. Somos 5

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Sumário/Expediente

TIPOGRAFIA

PORTFÓLIO

PROCESSOS DE IMPRESSÃO

TECNOLOGIA

FOTOGRAFIA

ILUSTRAÇÃO

ARTE URBANA

DESIGN

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DIAGRAMAÇÃO/PROJETO GRÁFICO

Luna Vitoriano

COORDENAÇÃO/REVISÃO

Rangel Sales

DIREÇÃO FINANCEIRA

Sandra Vitoriano

GRÁFICA

Aster

TIRAGEM

01

Revista Somos 001 Jun 2011

Tipografia

Tipografia Kafkiana Uma pessoa chamada ‘K.’ pode ser encontrada em diferentes histórias e romances do autor austro-hún-garo Franz Kafka (1883-1924), que é considerado um dos escritores mais influentes do século 20. Ele escreveu em prosa curta, longas histórias e romances, muitos dos quais nunca foram concluídos. Em vez disso, foram recolhidos por um amigo de Kafka, Max Brod e publi-cados apenas após sua morte, con-trariamente ao pedido do autor de que eles fossem destruídos. FF Mister K é uma fonte diferente de qualquer outra que você já te-nha visto. O design da tipografia foi desenvolvido a partir dos manus- critos de O Processo e O Castelo, dois dos livros mais conhecidos do autor. De acordo com a equipe do projeto, um dos principais desafios foi transformar as letras excên-tricas, com grandes variações de forma e tamanho, em um conjunto que criasse um fluxo tipográfico balanceado. Por isso, não é uma cópia exata da letra do escritor. Para respeitar fielmente a escrita de Kafka, diferentes versões do mesmo tipo chegaram a ser cria-das, uma vez que eles poderiam variar durante o fluxo de cons-trução do texto (muitas apresen-tavam versões diferentes quando

iniciavam ou finalizavam certas palavras, por exemplo). Tudo isso para dar realmente a impressão mais precisa de que foram escri-tos à mão. Bom, isso na versão Regular, pois também existem as versões Onstage (letras menos co-nectadas, mais ornamentais), Cros-sout (palavras riscadas), Dingbats (pictogramas) e Cyrillic. Uma das tarefas principais foi a transformação de letras excêntricas do escritor com sua forma forte e as variações de tamanho em um conjunto de caracteres que permite um fluxo tipográfico equilibrado. Em uma fonte de script com per-sonagens predominantemente liga-dos, há geralmente baixa, média e alta conexões. Todos os glifos básicos da FF Mister K têm esses suplentes - que fazem as palavras escritas olharem naturalmente li-gadas. O código de recurso Open-Type pode determinar o contexto em que as diferentes alternativas estão inseridos e colocá-los na ordem correta. Para dar mais personalidade à fon-te, também várias centenas de liga-duras com ‘extraordinárias’ formas foram feitas. Novamente, o código de recurso OpenType vê que eles estão inseridos adequadamente em diferentes idiomas.

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Tipografia

Tipografia KafkianaA peculiaridade da fonte FF Mister K, não apenas pelo seu de-senho, mas pelo fato de ter sido inspirada e baseada na letra do mestre literário Franz Kafka.

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Ilustração

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CONNIE LIM A talentosa ilustradora e designer de moda Connie Lim, que reside em Los Angeles, Califórnia, fez um trabalho impressionante demons-trando a sua liberdade de pensa-mento criativo, a parte invisível de si mesma. Através de sua fascinan-te coleção de ilustrações de moda, criou um mundo só dela, onde colocou as meninas glamorosas jogando em temas de cartas de ba-ralho. Sua inspiração envolve todos os aspectos do universo feminino e, dessa maneira, fez algo novo, di-vertido. Uma id ia simples com um charme irresistível.

Todos querem jogar cartas. Ilustrações de garo-tas em cartas de baralho trazem um ar gótico, cabaret, além da influência oriental dos mangás.

Ilustração

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Ilustração

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QUEM É TITI FREAK?

Arte Urbana

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Arte UrbanaArte Urbana

QUEM É TITI FREAK?Pintura, desenho, instalação e arte urbana são suas especialidades. Iô-iô, mangá, ilustração,

moda, cultura pop japonesa, tatuagem, cultura urbana e graffiti, suas referências.

Hamilton Yokota (mais conhecido por Titi Freak) nasceu em 1974. É paulista de ascendência nipônica e mistura bem o espírito espontâneo dos brasileiros à estética disciplina-da dos japoneses. Desenhava muito desde pequeno, inclusive pelas paredes da sua casa. Sua mãe, percebendo o talento do filho, o encaminhou a um im-portante estúdio comercial de qua-drinhos, Maurício de Souza, pro-dutor brasileiro de inúmeros best sellers do gênero. Desde então, o senso de estilo, a habilidade como ilustrador e o profissionalismo ad-quiridos, o manteve sempre em atividade, trabalhando como desig-ner gráfico e ilustrador. Colaborou intensamente com várias agências de publicidade e muitas marcas como Adidas, Eckó e Nike. Titi Freak conheceu o graffiti em 1995 e percebeu que a cidade era o ambiente ideal para se livrar das amarras e vícios que os anos de briefing haviam impingido ao seu trabalho. Nas ruas de São Paulo, Titi Freak pode integrar a

excelência técnica do seu desenho ao espírito de improvisação que a cidade impõe. A troca foi justa: Titi soltou o traço enquanto o graffiti paulistano ficou mais sofisticado. Titi Freak é um artista que se deixa influenciar pelo imagi-nário da moda, dos quadrinhos e mangás, da low brow art e da cultu-ra japonesa em geral, mas também presta atenção em Matisse, Picasso e Portinari, alguns de seus ídolos na pintura. Essa mistura de refe-rências, bem contemporânea e pop, confere à sua obra muito carisma e empatia com o público de várias idades e procedências. Impressiona a habilidade com que o artista ex-plora os vários suportes tão díspa-res quanto os gigantescos murais públicos e os pequenos desenhos em miniatura. Na verdade, o artista aprovei-ta muito bem as diferenças de linguagem, escala e tratamento que imprime às suas obras, na intenção de envolver a audiência e provocar fortes emoções nas pessoas que têm a oportunidade de admirá-las.

Titi percebeu que a cidade era o ambiente ideal para se livrar das amarras e vícios dos

anos de briefing.

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Design

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Design de embalagem

O design de embalagem é uma especialidade do design voltada exclusivamente para o projeto tanto gráfico como estrutural deste com-ponente dos produtos de consumo. Por suas características peculiares o design da embalagem exige uma abordagem projetual sofisticada e complexa que precisa responder a uma série de exigências técnicas, estéticas e mercadológicas uma vez que na maioria das vezes ela é pro-jetada em uma indústria fabricante de embalagens para ser utilizada na linha de envase de outra indústria fabricante dos produtos. A embalagem assim como o ci- nema e as histórias em quadrinhos

tem uma linguagem visual própria construida ao longo de séculos de evolução que acompanhou as transformações da sociedade de consumo e a evolução da tecnolo-gia de materiais, processos indus-triais e sistemas de impressão e rotulagem. O designer precisa co- nhecer esta linguagem para poder se comunicar de forma inteligível com os consumidores e tambem para poder inserir o produto na linguagem visual da categoria onde ele vai competir. Os aspectos estéticos são impor-tantes no design da embalagem porque agregam valor e signifi-cados ao produto tornando-o de-

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Design

Design de embalagemEspecialidade do design voltada para o projeto tanto gráfico como estrutural deste componente dos

produtos de consumo

sejável e fazendo com que ele se destaque no ponto-de-venda frente a concorrência. Segundo pesquisa do Comitê de Estudos Estratégicos da ABRE Associação Braslleira de Embalagem, o consumidor não separa a embalagem do conteúdo, para ele os dois constituem uma única entidade indivisível, portanto, o conhecimento do consumidor, seus hábitos e atitudes em relação ao produto devem ser conhecidos e compreendidos pelo design ao desenhar a embalagem. A embala-gem funciona como uma poderosa ferramenta de marketing podendo servir como suporte para uma série

de ações promocionais. 70% dos produtos existentes tem embala-gem sendo que 90% dos produtos vendidos em supermercados não tem qualquer apoio de promoção ou propaganda dependendo ex-clusivamente da embalagem para competir. Nestas circunstâncias, a embalagem se transforma num fator decisivo que precisa ser ex-plorado ao máximo para tornar o produto competitivo. Os aspectos mercadológicos e os objetivos de marketing da empresa com relação ao produto precisam ser respondi-dos no projeto de design da em-balagem uma vez que ela funciona

como uma ferramenta de compe-titividade capaz de alavancar as vendas.Outro aspecto importante que precisa ser levado em consi- deração pelo designer no decorrer de um projeto, é que a embalagem é o representante da marca junto ao consumidor, é ela que esta presente no momento de consumo associan-do a experiência com o produto `a marca do fabricante podendo, por-tanto, contribuir prara o trabalho de “branding”. No caso das embala-gens, a forma é o principal atributo diferencial de personalidade que um produto pode ter, por isso o de-sign estrutural representa um papel importante no processo como um todo. Os dize- res de rotulagem seguem normas e legislação espe-cífica de cada ca- tegoria de pro-duto e precisam ser conhecidos e respeitados no projeto. A inovação e a criatividade estão presentes no design de embalagem mas sempre buscados dentro da metodologia de projeto que permite responder a to-das as premissas técnicas estéticas e mercadológicas que um projeto de embalagem exige. Nas imagens estão os novos pro-dutos da Harmonia Nativa da linha Defensores da Floresta, com três personagens místicos que ajudam a cuidar da floresta. A embalagem se transforma em Paper Toy.

Fotografia

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Steve McCurrySteve tenta mostrar o momento, tenta captar a história de uma vida através de uma foto, de um simples olhar.

FotografiaFotografia

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Nascido na Filadélfia, no ano de 1950, Steve McCurry percorreu o mundo, sobretudo a Ásia, regis-trando conflitos e a realidade so-cial. Esteve na Índia mais de ses-senta vezes, percorreu o Iraque, morou por dois anos no Paquistão e foi quase duas dezenas de vezes ao Afeganistão. O retrato de anônimos está entre suas especialidades. Sejam ho-mens, mulheres ou crianças, as lentes de McCurry sempre captam uma história através do olhar in-tenso dos protagonistas. Steve está entre os fotógrafos mais conheci-dos do mundo atualmente.

Tecnologia

Notebooks do Google Aparelhos baseados em ‘computação na nuvem’ chegam aos EUA em junho.Sistema operacional criado pela em-presa de busca é baseado em Linux.

O consumidor brasileiro poderá ter acesso aos dois modelos de Chro-mebooks anunciados no início do mês nos Estados Unidos em até seis meses, segundo o diretor de produtos da gigante das buscas da internet, Caesar Sengupta. Os aparelhos, com sistema baseado em Linux e funcionamento 100% dependente de conexão à internet, começarão a ser vendidos nos EUA por preços a partir de US$ 350. Durante o Chrome I/O, evento realizado em San Francisco na úl-tima semana, o Google anunciou parceria com a Samsung e com a Acer para lançar os notebooks com sistema operacional Chrome OS no

mercado. Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Holanda, França e Ale-manha são os primeiros mercados que receberão o aparelho a partir de junho. “Estamos planejando um lançamento para outros mercados, incluindo América Latina e Brasil, para os próximos dois trimestres”, afirmou Sengupta. O notebook da Samsung terá bate-ria com duração de oito horas, tela de 12,1 polegadas, duas cores e custará, nos EUA, US$ 430 (versão apenas com Wi-Fi) e US$ 500 (ver-são com Wi-Fi e 3G). Já o aparelho da Acer terá tela de 11,6 polegadas, bateria com duração de 6 horas e custará a partir de US$ 350, tam-

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TecnologiaTecnologia

Notebooks do Google bém nos Estados Unidos. Segupta destacou que os notebooks carre-gam o sistema ope- racional em até oito segundos. O Chromebook tem sistema operacional de código aberto e utiliza a “computação em nuvem” para que o usuário utilize os programas. Não é necessário instalar os aplicativos que rodam por meio de uma conexão à inter-net. Os Chromebooks, como serão chamados, serão fabricados pri-meiramente pela Acer e Samsung e estarão disponíveis no dia 15 de junho em sete países: Estados Uni-dos, Reino Unido, França, Holanda, Alemanha, Itália e Espanha. Ambos vão rodar o sistema operacional Chrome e trarão um conceito di-ferente de computadores pessoais. Segundo a companhia, o conceito

do Chromebook é trazer as fun-cionalidades do smartphone para o seu laptop, ou seja: praticidade, leveza, bateria que dura o dia in-teiro e funcionalidades que mantêm o computador sempre conectado. No entanto, os notebooks darão opções de acesso a serviços offli-ne como o Google Calendar, Goo-gle Docs e Gmail. Os modelos são capazes de dar boot em apenas 8 segundos e o sistema opera-cional será atualizado via web, de forma automática.

Sobre o sistema operacional Chro-me, a empresa disse que a apa-rência será como a do navegador de internet, que hoje é usado por 160 milhões de pessoas no mundo todo. De acordo com os executivos, as atualizações do sistema serão feitas automaticamente e aplicati-vos, jogos, fotos, músicas e emails ficarão disponíveis na nuvem, po-dendo ser acessados de qualquer Chromebook. O sistema terá diver-sas camadas de segurança, elimi-nando a necessidade de antivírus.

Tara Mcpherson

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Portfólio

PortfólioPortfólio

Tara McphersonFusão da tradição pictórica com o imaginário pop faz de Tara McPherson uma artista contemporânea muito popular, com fãs

clubes por todo o mundo

Tara Mcpherson nasceu na Cali- fórnia em 1976 e reside em Nova York. A artista é conhecida inter-nacionalmente pelo desenho pre-ciso e sensual, pelas personagens pop surrealistas e pelas pinturas a óleo tecnicamente impecáveis. Essa fusão da tradição pictórica com o imaginário pop faz de Tara McPher-son uma artista contemporânea muito popular, com fãs clubes por todo o mundo, tendo seu trabalho permeado pelo relacionamento en-tre as pessoas e suas estranhezas particulares. Tara exibe suas pin-turas e serigrafias em galerias de todo o mundo. Durante a faculdade, a artista trabalhou na produção de “Futurama”, de Matt Groening – o cartunista criador dos Simpsons. Coroada pela Elle como a princesa da poster art, a artista criou nume- rosos pôsteres para gigs de bandas e músicos, como Beck e Modest Mouse. Ela é conhecida por ter sua arte aplicada por bandas como The Melvins, Depeche Mode e Yeah Yeah Yeahs. Além disso, desenvol-veu produtos para marcas como Ki-drobot, Dark Horse e Toy2R, criou para revistas em quadrinhos da DC Vertigo, anúncios e ilustrações editoriais para companhias como Wyden+Kennedy e Spin Magazine.

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A artista é conhecida por ter sua arte

aplicada por bandas como The Melvins,

Depeche Mode e Yeah Yea Yeahs.

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Portfólio

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Processos de Impressão

Nova forma de impressão

em braileUm livro em braile sem páginas perfuradas.

Técnica que possibilita leitura de livros em braile por cegos e por quem vê, batizada de Braile.BR,

foi desenvolvida pela designer Wanda Gomes

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Processos de ImpressãoProcessos de Impressão

Um livro que permite a leitura si-multânea de crianças com e sem deficiência visual, já que não tem suas páginas perfuradas pelo mé-todo tradicional. O trabalho é o re-sultado da união entre as pesquisas da designer gráfica Wanda Gomes, da concepção literária da escritora Lia Zatz e das ilustrações da artis-ta plástica Luise Weiss. Utilizando o mesmo sistema do braile (com as letras resultando da combinação entre seis pontos), o novo proces-so diferencia-se por não furar o papel, permitindo a edição de gran-des tiragens e em conjunto com a impressão offset, o que garante ao material maior durabilidade e a possibilidade de unir o braile a cores e texturas. Dessa forma, o novo sistema de impressão, deno-minado Braille.BR, é fator prepon-derante na democratização do aces-so aos meios culturais e de inclusão social, já que elimina o isolamento a que as crianças com deficiên-cias visuais são submetidas na maioria das escolas. Responsável pelo texto, Lia Zatz utiliza uma retórica simples e dire-ta, abordando por meio de assun-tos ligados à autonomia, indepen-dência e relacionamentos, temas importantes das atividades diárias do universo infantil. Em Adélia cozi- nheira, a menina Adélia exercita sua independência preparando o café da manhã para fazer uma surpresa aos seus pais, que ainda dormem. Utilizando aromas, relevos e tex-turas, as contrastantes e coloridas ilustrações de Luise Weiss andam lado a lado com o texto, cumprindo de forma rica a função da informa-ção, seja através do traço solto e difenciado daquele comumente en-contrado na literatura infantil, seja através da aplicação extremamente

cuidadosa das cores. O nome da personagem foi inspirado em Adé-lia Sigaud que aprendeu braile com José Álvares de Azevedo, que havia estudado seis anos em Paris. Adé-lia Sigaud, cega, filha do Dr. Xavier Sigaud, médico francês que esteve a serviço da corte de D.Pedro II, foi a primeira mulher brasileira a dominar o sistema braile, tornando--se mais tarde grande estudiosa do assunto. A coleção Adélia, fruto de ampla pesquisa de conteúdo e forma, é adequada tanto para quem é to-talmente cego como para quem tem visão subnormal ou normal. O objetivo da publicação é atingir o público infantil de 3 a 10 anos, incluindo crianças com deficiência visual com grau de limitação de 10 a 100%. No Brasil, estima-se que existam 1,2 milhões de pessoas cegas e quatro milhões com algum tipo de deficiência visual.

Projeto gráfico

A impressão Braille.BR é sobre-posta e não prejudica a qualidade da impressão normal em offset. A leitura da primeira não interfe-re na segunda e vice-versa, e por essa razão é 100% inclusiva. A durabilidade é indeterminada e os pontos não cedem à leitura/pres-são dos dedos, como na impres-são convencional do sistema brail-le. Além disso, a qualidade visual não é pre- judicada, já que o novo sistema de impressão não rompe o papel e não causa baixo relevo no verso da fo- lha. Mas o projeto gráfico de Wanda Gomes não se resume à aplicação do inovador sistema de impressão braile; to-dos os elementos gráficos do li-vro foram trabalhados de forma a

enriquecê-lo nos três aspectos da percepção humana: visual, tátil e ol-fativa. Assim, o aproveitamento da obra assume alto nível qualitativo convidando todas as crianças à imaginação e à experimentação. Os caracteres foram ampliados e a fonte foi escolhida com base em estudos e pesquisas realizadas por estudiosos e profissionais na área de design de tipos para crian-ças, em geral. A publicação traz em suas páginas ilustrações com brilho, textura e relevo, aplicados por meio do processo de impressão serigrá-fica, a partir de fotolitos espe-cialmente confeccionados para produzirem características especiais e variadas sobre as ilustrações de Luise Weiss. Além disso, conta com a aplicação de dois aromas em forma de microcápsulas, conferin-do aos objetos representados maior capacidade de aguçar os sentidos da criança. O design utiliza-se ainda de cores fortes e contrastes, com o intuito de favorecer a leitura e oferecer a maior qualidade de percepção visual possível.

Processos de Impressão

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Adélia cozinheira recebeu incentivo para produção de três mil livros da IBM Brasil, através do benefício da Lei Rouanet, do Ministério da Cultu-ra. A tiragem foi doada a bibliotecas públicas e instituições de ensino. A tiragem comercial está em fase de captação de recursos e tem valor estimado de R$ 65. O sistema de impressão Braille.BR contou com apoio técnico da empresa Efeito Vi-sual Serigrafia, gráfica especializa-da em alto relevo, que desenvolveu a tinta exclusiva e realizou numero-sos testes de impressão e leitura, necessários ao completo desenvol-vimento do projeto. Este processo inovador de impres-são tem patente requerida pela de-signer e se destina a um público que pode ser dimensionado, apenas inicialmente, a partir dos números relativos a população com deficiên-cia visual pois a rede social que se forma em torno do indivíduo com

deficiência visual é incomensurável e essa rede será tanto maior quanto maior for o grau efetivo de inclusão no meio em que vive. Diferenciado e inovador, produz precisão quanto ao diâmetro e altu-ra dos pontos em braile e obedece as Normas Técnicas para Produção de Textos em Braile do Ministério da Educação, SEESP, Brasília, 2006. Garante aumento incomensurável da vida útil do material pois os pon-tos da cela não cedem à pressão feita pelos dedos durante a leitura como acontece na cela braille im-pressa em sua forma convencional. Confere total legibilidade do texto e alta qualidade quando aplicado sobre a impressão em offset e por-tanto, não causa qualquer prejuízo de qualidade e aproveitamento para o leitor de visão normal. Pode ser aplicado a outros substratos além do papel, como o acrílico, PVC, PVC expandido, vinil e acetato.

Primeiro volume da Coleção Adélia, usa método de leitura em braile cem por cento inclusivo