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Com o intuito de auxiliar o produtor na escolha do material genético a
utilizar no seu efectivo leiteiro e assim contribuir para a rentabilidade do
negócio, foram introduzidos nas provas de dezembro de 2016 dois novos
índices genéticos. Referimo-nos ao INDICE DE SELEÇÃO PARA O AUMENTO DAS RESIS-
TÊNCIAS ÀS DOENÇAS METABÓLICAS e ao INDICE COW LIVABILITY (LIV).
Mas afinal o que representam e como devem ser ponderados no momen-
to da tomada de decisões.
As novidades
1. Resistência às Doenças Metabólicas
Cada produtor de leite é con-
frontado com doenças metabólicas no seu rebanho, influenciadas na
sua maioria das vezes pelo maneio e principalmente pela nutrição no
decurso do período de transição da
vaca.
Como em todas as doenças,
existe sempre um elemento genéti-co, o que significa que certos ani-
mais são geneticamente mais ou menos sensíveis aos distúrbios
metabólicos.
A partir de dezembro o Canadi-
an Dairy Network (CDN) publica avaliações genéticas para a Resis-
tência às Doenças Metabólicas (RDM) ou, em inglês, Metabolic
Disease Resistance para as raças Holstein, Ayrshire e Jersey.
Com esta nova ferramenta, os
produtores têm a possibilidade de
selecionar os touros cujas filhas são mais resistentes as estas
dispendiosas doenças.
- Cetose clinica e subclínica e
torção de abomaso.
O impacto da cetose tende a estar abaixo da previsão na maioria das
explorações.
Na sua forma clinica, a cetose
é observada num animal visivel-mente doente com sintomatologia
própria, enquanto a cetose subclí-nica muitas das vezes não é detec-
tada a menos que exista um pro-grama de monotorização frequente
implementado na exploração.
Qualquer forma de cetose leva
a que concentrações excessivas de
corpos cetónicos circulem na cor-
rente sanguínea no início da lacta-ção como resultado de um balanço
energético negativo.
A cetose pode conduzir a ou-
tras doenças metabólicas, prejudi-ca a função imunológica, redução
do desempenho reprodutivo, redu-ção da produção de leite e aumen-
to do risco com refugo antecipado.
As vacas com cetose também
são mais propensas a contrair torção do abomaso, o que ocorre
na maioria das vezes logo a seguir ao parto.
– De onde vêm os dados para a
avaliação?
Desde 2007, existe no Canada um
sistema nacional para recolha de
LUSOGENES FEV,2017
Índices de Seleção
Pontos de interes-
se especiais:
Maneio reprodutivo
bem sucedido é
fundamental.
A informação é es-
sencial para uma
correcta decisão.
Nesta edição:
Índice RDM 1
Índice LIVABILITY 2
Eng. Simões Dias
dados sobre a saúde dos reba-
nhos registados (40%) e que voluntariamente fornecem à
agência nacional de contraste leiteiro, informação referente às
oito principais doenças.
O elevado número de dados
recolhidos levou ao cálculo das
avaliações genéticas para a mastite desde agosto de 2016.
Esta fonte de dados foi também usada para produzir a avaliação
genética para a cetose clinica e deslocação de abomaso.
O organismo canadiano de
análises de leite D.H.I (Dairy Herd Improvement), similar ao nosso
ALIP, analisa os níveis de B.H.B (ácido beta-hidroxibutirato) no
leite para avaliação das cetoses
subclínicas. O índice geral de resistência às doenças metabóli-
cas combina as avaliações de todos esses dados.
No geral, o peso relativo de cada caracter no índice RDM é de
50% para as cetoses subclínicas e 25% para cada uma das ou-
tras, cetose clinica e torção de
abomaso.
A heritabilidade estimada é
de 7% e as avaliações são ex-pressas como R.B.V (Relative
Breeding Value) em que a escala média é de 100, que pode variar
entre 115 para touros com filhas com menos incidências de doen-
ças metabólicas e 85 para os
touros cujas filhas sofrem mais de doenças metabólicas.
States Departement of Agricultu-re). Esta nova capacidade de
transmissão prevista (PTA LIV) informa-nos a capacidade da
vaca permanecer viva no reba-
nho.
Assemelha-se à Vida Produtiva (o
PL – Productive Live, utilizado nos EUA ou ao HL – Herd Live do
sistema canadiano) e que nos indicam a previsão de tempo que
No passado mês agosto de 2016, foi introduzido pelo Council
of Dairy Cattle Breeding (CDCB) dos Estados Unidos um novo
índice genético com o nome de
COW LIVABILITY (com tradução difícil para português – vitalida-
de da vaca).
Este índice só em dezembro 2016
é que foi introduzido nas provas dos touros pelo USDA (United
se espera que a vaca permaneça viva antes de morrer ou ser
abatida. Já o LIV indica as vacas que morrem durante a lactação,
o que se transforma num prejuí-
zo total para o produtor de leite, devido à perda do valor da car-
caça do animal.
O índice COW LIVABILITY (LIV)
tem uma correlação com a P.L de
2. Indice COW LIVABILITY (LIV)
Página 2
Índices de Seleção
O inicio de um novo ciclo.
“Comprometidos
com o sucesso da
sua exploração!”
A informação é fundamental
CO-OP AVENGER ET
São diversas as opções...
AVENGER - 109
GATEDANCER - 107
PRINCETON - 106
AMARILLO - 105
CASANOVA - 105
SAMPSON - 105
MAKUDA - 104
GALAXY - 104
Quinta da Medela
Rua S João, 68
Verdemilho
3810-455 AVEIRO
Tel: 234 423 852
Fax: 234 429 359
0,70, sendo esta correlação baixa, justifica a separa-
ção desta característica.
Este índice tem uma heritabilidade de 1,3%, mas
terá uma confiabilidade alta nos touros já testados,
devido aos dados já colhidos durante muitas décadas
nos Estados Unidos, sendo que para os touros genó-
micos a sua média situar-se-á à volta dos 56%.
2.1 – O que significa para o produtor O LIVABILITY
COW?
A mortalidade das vacas é uma situação real nas explorações leiteiras. Nos estudos americanos consi-
dera-se que 7% das vacas em cada lactação morrem nas explorações, sendo a média de lactações de 2,8,
dá como resultado que aproximadamente 20% das vacas morrem na exploração durante a sua vida.
Em contraste, 80% das vacas permanecem no rebanho até que sejam refugadas de forma lucrativa.
Este valor de 80% é utilizado como linha de base para a avaliação genética (figura ao lado).
LUSOGENES
dos. A formação é importante para asse-
gurar a sua correcta realização.
Os equipamentos utilizados devem ser
mantidos limpos e em boas condições.
Substitua os equipamentos se verificar
anomalias no seu funcionamento.
A fertilidade é um dos aspectos a con-
siderar no maneio reprodutivo da sua
exploração. O maneio alimentar e uma
correcta e atempada identificação de cios,
são também fundamentais.
A realização da inseminação deve
obedecer a um conjunto de procedimen-
tos, que devem regularmente ser verifica-
Porque nunca é demais recordar...
Estamos na web www.lusogenes.pt
Exposições prolongadas podem com-
prometer a integridade do sémen.
facebook.com/lusogenes
Um touro com avaliação para LIV de +2,1 corresponde a
um touro cujas 82,1% das filhas permanecem vivas no rebanho, enquanto um touro com -0,5 de LIV, corresponde
a um touro com 79,5% de filhas vivas.
Existe aqui uma diferença de 2,6% nas provas dos dois
touros, o que se transforma num valor acrescentado para o produtor como a figura 2 o demonstra.
VEJAMOS ENTÃO:
Touro A: Cow Livability de +2,10 = 82,1% de filhas vivas
Touro B: Cow Livability de – 0,5 = 79,5% de filhas vivas
82,1% - 79,5% = 2,6%
Diferença de 2,6% entre os touros para 100 vacas igual
a 2,6 mais de filhas que continuam vivas no rebanho 2,6% x 100 = 2,6
Considere 800 euros como o valor das vacas de refugo
2,6 x 800 = 2080 euros.
CO-OP GRACETON-ET
A escolha é sua...
GRACETON - 4,9
AVENGER - 3,5
ADIDAS - 3,0
STOIC - 2,4
CASANOVA - 2,3
MINK - 2,1
UNIQUE - 2,0
DAY - 1,9