IntegraIntegraçção Lavouraão Lavoura--PecuPecuááriaria

Cerrados

Geraldo B. Martha JGeraldo B. Martha JúúniorniorRobRobéélio Leandro Marchãolio Leandro MarchãoRoberto Guimarães JRoberto Guimarães JúúniorniorLuis Gustavo BarioniLuis Gustavo BarioniAlexandre Oliveira BarcellosAlexandre Oliveira BarcellosLourival VilelaLourival Vilela

2.195

1.528

1.777

1.916

1.945

2.104

1.990

2.144

2.187

2.234

2.649

2.406

2.803

2.512

2.322

2.586

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

90/91 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06

Prod

ução

(kg/

ha)

Fonte: Conab. Elaborado por Martha Júnior, 2007

Nos últimos 30 anos, foram poupados 58,5 milhões de hectares

EvoluEvoluçção da produtividade das lavouras de grãos no Brasilão da produtividade das lavouras de grãos no Brasil

Ano Rebanho(106 cabeças)

Pastagens (106 ha)

Produção de carne (t)

Produtividade (kg/ha/ano)

1996 153 178 6.045 68

2006 206 172 8.950 103,8

Pecuária

Legenda< 10 %

10 - 20 %

> 40 %

30 - 40 %

20 - 30 %

68 45’ Wo 38 15’ W

o

24 08’ So

1 13’ So

(1) Os valores indicam a porcentagem da área municipal ocupada por pastagem cultivada. Dados extraídos do Censo Agropecuário do IBGE de 1995/1996 e processados na Embrapa Cerrados.

Pastagens cultivadas no Cerrado: distribuição

54 milhões de ha (54 milhões de ha (Sano, 2007Sano, 2007) )

69, 9 milhões de cabe69, 9 milhões de cabeçças as

Produtividade das pastagens no Cerrado

Ano (cab/ha) Produtividade(@/ha/ano

Custeio(R$/@)

Custo Total (R$/@)

Ano1 (1,80)Ano1 (1,80) 8,988,98 70,1670,16 86,0586,05

Ano5 (1,10)Ano5 (1,10) 5,495,49 73,8173,81 99,8099,80

Ano 10 (0,55)Ano 10 (0,55) 2,742,74 83,1883,18 135,18135,18

MMéédia (1,09)dia (1,09) 5,445,44 75,2875,28 105,38105,38

Foto de Luciano Shozo Shiratsuchi

Sistemas pH P K Al Ca+Mg M.O Argila mg/dm3 .....cmolc/dm3..... (%) Pastagem 5.1 0.9 0.07 0.5 0.5 2.7 57 Lavoura 6.2 34 0.12 0.0 4.9 3.4 55 Pastagem 5.3 1.1 0.13 0.6 0.4 0.7 17 Lavoura 6.3 26 0.25 0.0 2.4 0.9 13

Fertilidade de solo: Lavoura x Pastagem

Renda lRenda lííquida: R$ 230,64/ha (450 ha)quida: R$ 230,64/ha (450 ha)

Renda lRenda lííquida: R$ quida: R$ --261,00 /ha (450 ha)261,00 /ha (450 ha)

demanda crescente por alimentosdemanda crescente por alimentos

aumento das exportaaumento das exportaçções de carneões de carne

competicompetiçção por espaão por espaççoo

remuneraremuneraçção por qualidadeão por qualidade

Pressão para reduzir a taxa de abertura de novas Pressão para reduzir a taxa de abertura de novas ááreasreas

Aumentar a eficiência dos sistemas de produAumentar a eficiência dos sistemas de produçção ão

Perspectivas para agricultura e para pecuPerspectivas para agricultura e para pecuááriaria

“O que percebemos na prática é que as empresas que gerenciam melhor o impacto ambiental são justamente as que representam o menor risco de crédito”

Fabio Colletti Barbosa, Revista Veja, 18/04/2007

“O que percebemos na prática é que as empresas que gerenciam melhor o impacto ambiental são justamente as que representam o menor risco de crédito”

Fabio Colletti Barbosa, Revista Veja, 18/04/2007

A integraA integraçção Lavouraão Lavoura--PecuPecuáária consiste na implantaria consiste na implantaçção ão de diferentes sistemas produtivos de grãos, fibras, de diferentes sistemas produtivos de grãos, fibras, carne, carne, leiteleite, agroenergia e outros, , agroenergia e outros, na mesma na mesma áárearea, em plantio, em plantioconsorciado, seqconsorciado, seqüüencial ou rotacionadoencial ou rotacionado..

Integração Lavoura-Pecuária

Equipe Prodesilp

•Melhoria das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo;

•Redução de pragas, doenças e invasoras;

•Aumento na produção de grãos e de forragem carne, leite;

•Redução de risco pela diversificação de atividades.

•Melhoria das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo;

•Redução de pragas, doenças e invasoras;

•Aumento na produção de grãos e de forragem carne, leite;

•Redução de risco pela diversificação de atividades.

Benefícios da integração lavoura-pecuária

Anos

75 76 78 82 86 87 88 89 90 91 92

Mat

éria

org

ânic

a (%

)

0

2

3

4

5Rotação contínua de soja/milhoPasto depois de lavouraLavoura depois de pasto

Sousa, et al., 1997

Rotação lavoura/pastagem – Matéria orgânica do solo

Rotação soja/milho

Pasto depois de lavoura

Lavoura depois de pasto

Sistem as

Agr

egad

os >

2.0

mm

(%)

0

20

40

60

80

100

Cer

rado

virg

em

Past

agem

con

tínua

Lavo

ura/

Past

agem

Lavo

ura

(1 a

no)

Lavo

ura

(4 a

nos)

Ayarza et al. 1993

Cer

rado

Nat

ivo

Cer

rado

Nat

ivo

Pas

tage

m d

epoi

s de

cer

rado

Pas

tage

m d

epoi

s de

cer

rado

Lavo

ura

dep

ois

Lavo

ura

dep

ois

de p

asta

gem

(1

de p

asta

gem

(1 °°

ano)

ano)

Pas

tage

m d

epoi

s de

P

asta

gem

dep

ois

de

lavo

ura

(1

lavo

ura

(1 °°

ano)

ano)

Lavo

ura

dep

ois

Lavo

ura

dep

ois

de p

asta

gem

(4

de p

asta

gem

(4 °°

ano)

ano)

Rotação de pasto/lavoura – Agregação do solo

Fazenda Sta. Terezinha, Uberlândia, MG

Fósforo recuperado Fósforo aplicado Anuais Anuais e capim

(kg/ha de P2O5) ---------------- % --------------- 100 44 85 200 40 82 400 35 70 800 40 62

.

Fonte: Sousa et al., dados não publicados.

“A aplicação de fertilizantes contribui com 43% das 70 milhões de toneladas de nutrientes extraídos pela produção global das culturas. No futuro, a contribuição poderá alcançar a 84%, ou seja, a agricultura

mundial se tornará cada vez mais dependente de fertilizantes minerais.” Louise O. Fresco, 2003

Eficiência de uso de nutrientes

Risco de produção: lavoura de grãos x pecuária

Pecuária a pasto

Monocultura de grãos

Ris

cos

Tempo

ILP

Degradação de pastagens

Integração Lavoura-Pecuária – Redução de riscos

Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária

1.1. Fazendas de pecuFazendas de pecuáária em que a introduria em que a introduçção de culturas de ão de culturas de grãos (arroz, milho, sorgo) em grãos (arroz, milho, sorgo) em ááreas de pastagens tem por reas de pastagens tem por objetivo recuperar a produtividade dos pastos com custos objetivo recuperar a produtividade dos pastos com custos menores (amortizamenores (amortizaçção dos custos de recuperaão dos custos de recuperaçção por meio da ão por meio da venda dos grãos);venda dos grãos);

2.2. Fazendas que, sistematicamente, adotam a rotaFazendas que, sistematicamente, adotam a rotaçção de pasto ão de pasto e lavoura para intensificar o uso da terra e se beneficiar do e lavoura para intensificar o uso da terra e se beneficiar do sinergismo entre as duas atividades;sinergismo entre as duas atividades;

3.3. Fazendas especializadas em lavouras de grãos que adotam as Fazendas especializadas em lavouras de grãos que adotam as gramgramííneas forrageiras para melhorar a cobertura de solo para neas forrageiras para melhorar a cobertura de solo para o sistema de plantio direto e, na entressafra, podem, quando o sistema de plantio direto e, na entressafra, podem, quando desejado, utilizar a forragem produzida na alimentadesejado, utilizar a forragem produzida na alimentaçção de ão de bovinos. bovinos.

Recuperação da produtividade das pastagens

Recuperação da produtividade das pastagens

Fazenda São Francisco – Barreiras – BA

Pro

duti

vida

de

Tempo

Adubação demanutenção ou

ILP!

Recuperação de pasto via Integração Lavoura-Pecuária

Produtividade (@/ha/ano) Anos depois de lavouras de grão de elevada produtividade Amplitude1 Média

1 20 a 40 25 2 12 a 18 15 3 9 a 15 12

> 4 a 6 4 a 7 4,5 Pasto degradado 2 a 4 2,5

1 – Variação devida a diferentes condições edafoclimáticas, refletindo em diferentes produtividades da plantaforrageira, de formação e manejo do pasto e de genética animal. Fonte: Martha Jr. et al. (2007b).

Produtividade animal esperada na ILP

Lavoura depois de pasto

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

Pasto de degradado Pasto recuperado

Grã

os (k

g/ha

)

Soja sem adubaçãoSoja c/250 kg/ha de 00-20-20+microSoja c/500 kg/ha de 00-20-20+micro

AdubaAdubaçção do pasto recuperadoão do pasto recuperado

Ano1: 60 kg/ha de N+ 40 kg/ha de PAno1: 60 kg/ha de N+ 40 kg/ha de P22OO55;;Ano2: 60 kg/ha de N+ 40 kg/ha de PAno2: 60 kg/ha de N+ 40 kg/ha de P22OO55;;Ano3: 90 kg/ha de N+ 40 kg/ha de PAno3: 90 kg/ha de N+ 40 kg/ha de P22OO55;;Ano4: 90 kg/ha de N+ 40 kg/ha de PAno4: 90 kg/ha de N+ 40 kg/ha de P22OO55..

Vilela, L; Martha Jr, G. B; Sousa, D. G. M., 2007 (dados não publicados)

Anos Rebanho Lotação1983 1094 1,11988 821 1,41992 1150 2,81996 1200 3,22003 1800 2,6*

*F. Rauscher, 2003 - Comunicação pessoal.

Pasto após Cerrado100%

1983

1014ha

42%

29%

29%

LavouraPasto depois CerradoPasto depois Lavoura

1988 36%

64%

LavouraPasto depois Lavoura

1996

L.Vilela , 2003.

30%

70%

LavouraPasto depois Lavoura

2003

Faz. Sta. Terezinha, Uberlândia, MGFaz. Sta. Terezinha, Uberlândia, MG

Integração lavoura-pecuária: experiência do produtor

22ªª SafraSafra

Atividades/Tempo

Segunda safra de grãos e safrinha de boi

11ªª SafraSafra ““Safrinha de boiSafrinha de boi””

O/N F/M J/J S/O

3000 a 4000 kg/ha3000 a 4000 kg/ha

3000 a 5000 kg/ha3000 a 5000 kg/ha

90 a 150 kg/ha (eq. 90 a 150 kg/ha (eq. carcacarcaçça)a)

Chuvas no Cerrado

Atividades/Tempo

Segunda safra: pasto

11ªª SafraSafra 22ªª SafraSafra

Cobertura para PD e/ou pasto?

O/N A/M S/O

Fotos de Ingbert Döwich

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000

Produção de Milho ou Sorgo Solteiro (kg/ha grão)

Prod

ução

de

Milh

o ou

Sor

go

Con

sorc

iado

s (k

g/ha

grã

o)

Milho, 16 exptos. Sorgo, 9 exptos.

Sorgo solteiro: 4,04 t/ha (EPM: 0,40 t/ha);Sorgo consorciado: 3,95 t/ha (EPM: 0,39 t/ha);

Milho solteiro: 6,56 t/ha (EPM: 0,46 t/ha);Milho consorciado: 6,55 t/ha (EPM: 0,52 t/ha);

L.F. Stone (2002), não publicado

Consórcio de milho e de sorgo com capim

Peso vivo inicial (kg) 183,9 166,7 169,4Peso vivo final (kg) 310,9 314,0 329,3Kg/animal/dia 0,712 0,837 0,908Kg/animal/período 127,0 147,3 159,9Kg/ha/período 162,8

Peso vivo inicial (kg) 310,9 314,0 329,3Peso vivo final (kg) 407,8 404,3 442,7Kg/animal/dia 0,470 0,438 0,550Kg/animal/período 96,9 90,3 113,4Kg/ha/período 450,9Rendimento anual (kg/ha) 275,5

Seca (09/03/06 a 01/09/06 - 176 dias em 24ha)

Chuvas (01/09/06 a 26/03/07 - 206 dias em 6ha)

Indicadores de desempenho Girolando x Nelore Nelore Nelore x Red Angus

Desempenho animal em “pasto safrinha”: genética

26%

Adaptado de Alvarenga et al., 2007

•• B. decumbensB. decumbens (4,8 kg/ha SPV) distribu(4,8 kg/ha SPV) distribuíída a landa a lançço, na vo, na vééspera do plantio de spera do plantio de milhomilho..

•• Milho: 0,50 x 0,50 m, 0,35 t/ha 19Milho: 0,50 x 0,50 m, 0,35 t/ha 19--3232--06 + 0,45 t/ha 1706 + 0,45 t/ha 17--0000--24;24;

Produtividade: 140 sc./ha (8.400 kg/ha)Produtividade: 140 sc./ha (8.400 kg/ha)

Custo: R$ 1.720,95/ha (R$ 12,29/saca)Custo: R$ 1.720,95/ha (R$ 12,29/saca)

Venda: R$ 15,00/sacaVenda: R$ 15,00/saca R$ 379,05/haR$ 379,05/ha

Pinusplan, Uberlândia, MGPinusplan, Uberlândia, MG

Taxa de LotaTaxa de Lotaçção: 2,1 UA/ha;ão: 2,1 UA/ha;GPV: 0,58 kg/cab/dia (1,5 kg/cab/dia de supl.), 120 diasGPV: 0,58 kg/cab/dia (1,5 kg/cab/dia de supl.), 120 dias

Custo: R$ 1.840,74/ha (R$ 49,75/@)Custo: R$ 1.840,74/ha (R$ 49,75/@)

Venda: R$ 60,81/@ Venda: R$ 60,81/@ R$ 434,04/haR$ 434,04/ha

Milho (safra) + boi (safrinha) Milho (safra) + boi (safrinha) R$ 813,09/haR$ 813,09/ha

Pinusplan, Uberlândia, MG

Parceria: Pecuarista/Produtor de grãosParceria: Pecuarista/Produtor de grãos

4487

1298

10316

7699

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

16000

Módulo 1 Módulo 2

Massa de forragem (kg/há)

Resteva de milho

Brachiaria ruziziensis

Parceria: Pecuarista/Produtor de grãos/EmbrapaParceria: Pecuarista/Produtor de grãos/Embrapa

Atividades/Tempo

“Safrinha de boi”: Experiência da Faz. Xanxerê em 2008, BA

11ªª SafraSafra ““Safrinha de boiSafrinha de boi””

Resultados da parceria768 animais em 790 ha

Peso vivo médio inicial: 312 kg

152 dias de pastejo/semiconfinamento (início: 27/04/08)

Ganho de peso diário: 1,0 kg

Renda do produtor: R$ 190,00/ha

Renda do pecuarista: ?

Gargalos e Desafios

••Econômicos:Econômicos:Sistemas especializados Sistemas especializados vs.vs. sistemas integrados;sistemas integrados;Safrinha de grãos Safrinha de grãos vs.vs. safrinha de boi;...safrinha de boi;...

““Não importa quanto Não importa quanto nnóóisis ganha, mas quanto ganha, mas quanto nnóóisis guardaguarda””

•• Culturais: pecuarista Culturais: pecuarista vs. vs. produtor de grãos; tprodutor de grãos; téécnicos...cnicos...

••TTéécnicos (conscnicos (consóórcio com soja; leguminosas forrageiras; gramrcio com soja; leguminosas forrageiras; gramííneas neas forrageiras; ...)forrageiras; ...)

••Operacionais (bebedouros; cercas; aquisiOperacionais (bebedouros; cercas; aquisiçção de animais; ão de animais; colheita...)colheita...)