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M ARÇO DE 2014 EDIÇÃO: 330 ANO: XXXI 1,25€ DIRECTOR: RUI RAMA DA SILVA CANDIDATURAS OPERACIONAIS VALONGO CARREGAL DO SAL VIGILÂNCIA MÉDICA João Almeida Sec. de Estado da Administração Interna Politizar esta área põe em causa a eficiência da missão Mais 6 mil bombeiros este ano! BAIÃO DECIF 2014 DECIF 2014 MACEIRA 2015/2017 2015/2017 LIGA NÃO DESISTE DE MAIS 1€ LIGA NÃO DESISTE DE MAIS 1€ Páginas 14 e 15 Página 19 Página 14 Página 10 Página 4 Páginas 16 e 17 Página 9 Página 12 Cte. Jaime Soares Joaquim Marinho Nuno Pereira voltou ao quartel!

M 2 0 1 4 e : 330 a : XXXi 1,25€ d : r r da S Página 12 ... · depois da desordem inicial, a situação acabou por estabilizar. Obviamente, importa não escamotear, que para além

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M a r ç o d e 2 0 1 4 edição: 330 ano: XXXi 1,25€ director: rui raMa da Silva

CANDIDATURAS

OPERACIONAIS

VALONGO CARREGAL DO SAL

VIGILÂNCIA MÉDICA

João AlmeidaSec. de Estado da Administração InternaPolitizar esta área põe em causa

a eficiência da missão

Mais 6 mil bombeiros este ano!

BAIÃO DECIF2014

DECIF2014

MACEIRA

2015/20172015/2017

LIGA NÃO DESISTE DE MAIS 1€LIGA NÃO DESISTE DE MAIS 1€

Páginas 14 e 15

Página 19 Página 14

Página 10

Página 4

Páginas 16 e 17

Página 9

Página 12

Cte. Jaime Soares Joaquim Marinho

Nuno Pereiravoltou ao quartel!

2 MARÇO 2014

As mulheres são uma revoluçãoCom muitas vicissitudes ao

longo do percurso, alguns recuos mas também avanços, reconheça-se, certo é que a igualdade género é hoje uma realidade nos bombeiros, ante-cipando-se ao que se passou, entretanto, nas forças armadas, nas forças de segurança e ou-tras instituições.

Sem feminismos nem pater-nalismo, julgo poder assim ca-racterizar, cumprido o período de adaptação e consolidação, o ingresso das mulheres nos bom-beiros em Portugal.

Esta realidade concreta, men-surável, susceptível de análise e avaliação há muito que merecia ser um verdadeiro caso de estu-do que, pese embora as muitas e diversificadas resistências ini-ciais, já se afirmou e venceu.

As mulheres constituem hoje, e bem, uma revolução no seio dos bombeiros. Uma revolução pacífica que não traduz a ocupa-ção de funções por favor, nem o cumprimento de eventuais quo-tas mas exclusivamente, subli-nhe-se, por mérito e direito pró-prio.

Quando, noutros sectores da sociedade portuguesa, ainda hoje, as mulheres lutam por afirmar-se, por alcançar pata-mares tradicionalmente mascu-linos, nos bombeiros assistimos, como disse, a uma revolução

pacífica continuada que deve honrar e responsabilizar todas e todos os que participem e te-nham responsabilidade nela.

Hoje, temos perto de duas dezenas de mulheres coman-dantes de corpos de bombeiros e cerca de meia centena nos quadros de comando, como se-gundos ou adjuntas de coman-do. Isto, sem contar com os vá-rios milhares de mulheres ofi-ciais bombeiros, chefes, subche-fes ou bombeiras de 1.ª, 2.ª ou 3.ª.

Há corpos de bombeiros em que metade do quadro activo é garantido por mulheres. E, pelas contas, outros lhes irão suceder. As escolas de recrutas e esta-giários integram também muitos elementos femininos. Em mui-tos corpos de bombeiros, tam-bém, é comum ver mulheres se-rem chefes de piquete e até constituírem periodicamente pi-quetes inteiros.

Hoje, a maioria das obras de remodelação dos quartéis de bombeiros assentam também na necessidade de criar camara-tas e balneários femininos que antes, nem a lei ou regras, nem as próprias necessidades pre-viam.

Todos sabemos que a inclu-são das mulheres nos bombei-ros não foi um processo de todo pacífico. Ainda hoje,

aliás, ainda há situações em fase de adaptação. Outros ca-sos, a larga maioria, creio, tes-temunha um processo de inte-gração quase pleno.

De início, de forma algo dis-criminatória, as mulheres fo-ram remetidas para funções apenas auxiliares ou associa-

das ao socorro pré-hospitalar. Para estabelecer essa diferen-ça de missões, segundo al-guns, contribuíam a lógica da robustez física ou, entre outras razões, o próprio impacto psi-cológico de algumas das inter-venções.

Por essas, ou outras razões,

muitas experiências iniciais de abertura dos corpos de bom-beiros às mulheres nem sem-pre deram resultados positi-vos.

Estávamos perante uma ac-tividade tradicionalmente mas-culina, associada, em especial, ao exercício do esforço e da força mas cuja evolução, quer de estratégica, quer de meios, viria a evoluir para outros do-mínios.

Hoje, os corpos de bombei-ros, passado o tempo próprio para vencer preconceitos e re-servas, não reflectem mais do que o que se passa na socieda-de, com as mulheres a ocupa-rem cada vez mais funções de liderança e a aplicarem-se em novas missões.

Nos bombeiros, inclusive, as mulheres não se debatem com os chamados “tectos de vidro” que ainda perduram noutros domínios da sociedade, ou seja, os obstáculos indeléveis, disfarçados, mas presentes, que dificultam a sua progres-são e afirmação natural.

Assim, sem feminismo nem paternalismo, as mulheres têm sabido afirmar-se, de igual para igual, nas nossas associações e corpos de bom-beiros. Mesmo que ainda não estejam superadas as dificul-dades que tradicionalmente as

inibem de desempenhar mui-tas actividades, seja pela acu-mulação delas, por exemplo, com tarefas domésticas, ma-ternais e conjugais.

Estamos, por isso, perante um processo ainda em desen-volvimento, longe de estar consolidado. Mas os indicado-res, por capacidade das insti-tuições e vontade das próprias mulheres, e por que não dizê--lo, também dos homens, dão--nos excelentes perspectivas.

Os bombeiros, melhor que muitos outros grupos sociais, espelham bem a sociedade, a sua composição, a sua correla-ção de forças e as suas siner-gias, onde a igualdade de gé-nero desempenha um papel determinante.

Definitivamente, a perspec-tiva redutora de estabelecer quotas para as mulheres não tem sentido nos bombeiros. Em contraponto, claramente, subsiste a lógica da paridade, da complementaridade, na ri-queza da própria heterogenei-dade e da descriminação posi-tiva.

Nem tudo está feito mas, não tenho dúvida, as bombei-ras saberão continuar a dar cartas e a desempenhar o seu papel.

Artigo escrito de acordocom a antiga ortografia

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JORNAL@LBP

“Os grandes forjam-se na adversidade”Há uns anos, poucos, a reviravolta nas

regras de prestação do serviço de transportes de doentes não urgentes fez com que as associações de bombeiros es-tremecessem. Os mais pessimistas advo-gavam que a derrocada destas institui-ções estava eminente, falavam de despe-dimentos em massa e até mesmo do des-mantelamento de muitos dos quartéis que guarnecem, sobretudo as áreas mais interiores do país e por isso mais vulnerá-veis.

Na verdade, nada ficou como era, mas depois da desordem inicial, a situação acabou por estabilizar.

Obviamente, importa não escamotear, que para além do valente corte nesta im-portante fonte de receita, também a aus-teridade irrompeu pelos quartéis a impor cortes e cortes, ajustes e inevitável reor-ganização de recursos humanos. Em al-guns casos, foi mesmo necessário dis-pensar pessoal, mas na maioria, mercê de um esforço enorme foi possível man-ter os postos de trabalho. No turbilhão, a maior das preocupações foi mesmo esca-par ao processo de despedimentos que, se por um lado permitia atenuar despe-sas, por outro colocaria em causa a qua-lidade do serviço prestado às populações.

Direções e comandos empenharam-se em manter os compromissos assumidos

com as pessoas e cederam à tentação de as processar em números, dando uma espécie de lição aos empresários aos grandes e pequenos patrões deste País.

Numa incursão ao Portugal mais pro-fundo, é possível verificar que as associa-ções de bombeiros, são empregadoras de peso que muito para além de cumprirem a missão primordial no socorro de pes-soas e bens, ainda contribuem para o for-talecimento da economia local dando em-prego e sustento a muitas famílias.

Importa sublinhar que o voluntariado continua a ser a força motriz dos corpos de bombeiros, mas a exigência dos tem-pos obrigou a profissionalizar a resposta não só nas valências administrativas e de manutenção das estruturas, mas tam-

bém na vertente operacional, nomeada-mente com a criação das Equipas de In-tervenção Permanente, cujos elementos para além de cumprirem o horário de tra-balho têm ainda a obrigação de assumi-rem, no seu tempo livre, o papel de vo-luntários.

O grande pensador Agostinho da Silva defendia que “os grandes forjam-se na ad-versidade” o que neste caso é bem verda-de. Nos quartéis de bombeiros voluntá-rios, as dificuldades nunca foram impedi-mento para servir mais e melhor a comu-nidade, pelo contrário, serviram antes de estímulo até porque estas associações têm na sua matriz a qualidade inata de conse-guirem fazer muito com muito pouco.

Sofia Ribeiro

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Os Bombeiros Voluntá-rios Faialenses per-

deram recentemente um dos seus operacionais num acidente quando se deslocava em resposta a um pedido de socorro. O bombeiro de 1ª, Herber-to Luis Alves Correia, foi a vítima murtal do des-piste da ambulância. O bombeiro de 1ª, Paulo José Sodré Reis, ferido com gravidade já está a recuperar.

O acidente ocorreu na via rápida quando, por razões que se desconhe-ce, a ambulância em marcha de urgência se despistou, bateu num muro e capotou.

No balanço deste gra-ve acidente, o coman-dante dos Voluntários Faialenses, Álvaro Melo, caracterizou a situa-ção como “um dia trágico para o quartel e para todos os bombeiros do país”. Enquanto se aguarda o resultado do inquérito, o coman-dante Álvaro Melo, salienta a necessidade de se apurar o sucedido já que a viatura, “não só tinha a inspeção em dia como tinha sido revista recentemente por um mecânico, incluindo a suspensão e os pneus”.

Endereçamos um abraço de melhoras ao bombeiro Paulo Reis e sentidas condolências aos Voluntários Faialenses e aos familiares do bombeiro falecido, Herberto Correia.

FAIALENSES

Bombeiro ferido a recuperar

3MARÇO 2014

Roma e Pavia não se fizeram num diaPor natureza, como todos os que me conhe-

cem bem sabem, nunca fui de grandes ro-deios nas matérias que aos Bombeiros di-

zem respeito. Ao longo de mais de meio século que levo, ligado aos Bombeiros, e sempre do mesmo lado, procurei empenhadamente pug-nar pelas suas melhores condições de trabalho, não numa ótica utilitária, mas sim na lógica, por um lado, do reconhecimento da sua função so-cial primordial e, por outro, da necessidade de lhes garantir as condições, as ferramentas e os estímulos para o exercício da sua abnegada missão.

Como dirigente associativo, como comandan-te de corpo de Bombeiros, como Presidente de Federação e agora como Presidente do Conse-lho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugue-ses nunca vacilei nesses objetivos e, apesar das dificuldades que foram surgindo ao longo desse

representa, saber sempre pesar e hierarquizar a bateria de reivindicações.

Por experiência, aparte a legitimidade e opor-tunidade para o exigir, todos conseguimos per-ceber das dificuldades em alcançar com êxito e em simultâneo todas essas reivindicações. Tal facto não implica, contudo, que baixemos os braços ou que afrouxemos a pressão, antes pelo contrário. Implica, isso sim, que no con-junto das reivindicações estabeleçamos priori-dades e que, com base nelas e numa estratégia consequente e inteligente para as conseguir al-cançar, exercendo sempre pressão no processo negocial de cada uma delas.

Perante os interlocutores, todos eles sem ex-ceção, tenhamos a frontalidade de assumir que, apesar disso, e das hipotéticas dificuldades ne-nhuma delas é para deixar cair, nem, em cir-cunstância, alguma os bombeiros se dispõem a abdicar da concretização de todas elas.

Um processo negocial é sempre multifaceta-do, marcado pela persuasão e pela convicção,

sem dúvida, mas também pela oportunida-de. Em qualquer desses princípios temos

procurado pugnar da melhor forma, com responsabilidade e determinação pre-

mente procura na sua concretiza-ção. Convicção, por que acredi-

tamos naquilo que reivindica-mos. Responsabilidade, por

que estamos convictos da sua justeza e legiti-midade. Determinação, por que foi sempre essa a postura dos Bombeiros Portugueses.

Os resultados têm aparecido, mesmo que es-tejam ainda muito aquém do que desejamos. E, por isso, não baixamos defesas. Registamos es-ses resultados sem parangonas e como etapas de uma longa corrida, mesmo que, só por si, possam já representar algo de muito importan-te. Contudo, depois de atingidos estes há ou-tros para alcançar e toda a nossa energia é ca-nalizada objetivamente nesse sentido, convic-tos que estamos da sua importância.

Este labor, aparentemente indelével ou sem a visibilidade desejada, tem conseguido sedimen-tar já muitos ganhos a favor dos Bombeiros. No final, quando o xadrez estiver composto, ou a caminho disso, mais fácil será estabelecer a coerência e a conexão de medidas e patamares aparentemente avulsos mas já muitos concreti-zados. Estamos claramente a caminho disso. Como é comum dizer-se, “Roma e Pavia não se fizeram num dia”. Estamos a construir, estamos a lutar, estamos a alcançar. Nada nem ninguém nos fará fraquejar. Nem reduzirá a convicção e a determinação do nosso trabalho.

São estes os princípios e valores que defen-demos em nome dos Bombeiros Portugueses que nos levarão a ganhar, etapa após etapa, até à vitória final.

percurso, agora e no passado, obviamente, nunca me senti totalmente satisfeito, nem me dei por vencido ou deixei de ser perseverante e exigente quando apenas alguns deles foram atingidos. Tratando-se de um processo dinâmi-co importa, independentemente dos resultados, considerá-lo sempre inacabado. Essa é a minha perspetiva em torno de tudo o que diz respeito aos Bombeiros Portugueses.

Hoje, mais do que nunca, ditada pela crise generalizada que limita e até bloqueia o acesso a mais recursos, importa que os bombeiros es-tejam sempre unidos em torno dos seus objeti-vos. E, nesse sentido, e tendo em conta todos os tipos de constrangimentos com que hoje se defrontam e nunca sentidos ao longo da sua história, caberá aos Bombeiros, e a quem os

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4 MARÇO 2014

Évora, 3 de Faro, 8 da Guarda, 11 de Leiria, 11 de Lisboa, 6 de Portalegre, 11 do Porto, 10 de Santarém, 5 de Setúbal, 4 de Viana do Castelo, 9 de Vila Real e 7 de Viseu.

No caso de Aveiro, incluem--se as associações de “Velhos” e “Novos”, Ílhavo, Albergaria--a-Velha, Pampilhosa, Mealha-da, Vagos, Anadia, Águeda e Oliveira do Bairro.

No distrito de Beja, são abrangidas as associações de Ferreira do Alentejo, Alvito e Beja.

No distrito de Braga incluem--se no rastreio as associações de Guimarães, Vizela, Caldas das Taipas, Vila Nova Famali-cão, Famalicenses e Riba de Ave. No distrito de Bragança o rastreio será feito nas associa-ções de Freixo Espada à Cinta, Carrazeda de Ansiães, Torre de Moncorvo, Vila Flor e Sendim.

As associações da Sertã, Oleiros, Vila de Rei, e Cernache

de Bonjardim são desta feita as indicadas do distrito de Castelo Branco.

No distrito de Coimbra, in-cluem-se as associações da Fi-gueira da Foz, Cantanhede, Soure, Condeixa-a-Nova, Mon-temor-o-Velho e Mira.

No caso do distrito de Évora, desta vez o rastreio será feito nas associações de Estremoz, Arraiolos, Vila Viçosa, Mora e Borba.

Em Faro estão indicadas as associações de Portimão e Vila do Bispo enquanto, no distrito da Guarda, incluem-se as asso-ciações de Almeida, Guarda, Seia, Manteigas, São Romão, Soito, Loriga, e Gonçalo.

No distrito de Leiria, desta feita são abrangidas as asso-ciações da Benedita, Pataias, Vieira de Leiria, Peniche, Naza-

ré, Óbidos, Bombarral, S. Mar-tinho do Porto, Marinha Gran-de, Caldas da Rainha e Alcoba-ça.

As associações de Barcarena, Arruda dos Vinhos, Linda-a-Pas-tora, Algés, Amadora, Ericeira, Ajuda, Lisbonenses, Campo de Ourique, Beato e Cabo Ruivo são as abrangidas este ano no distrito de Lisboa.

No distrito de Portalegre o rastreio será feito este ano nas associações de Portalegre, El-vas, Campo Maior, Arronches, Monforte e Marvão.

No distrito do Porto estão abrangidas as associações de Entre-os-Rios, Cête, Baltar, Tir-senses, Freamunde, Paço de Sousa, Lordelo, Vila das Aves, Rebordosa, Vila Meã e Santa Marinha do Zêzere, enquanto, no distrito de Santarém, estão

apontadas as associações de Benavente, Santarém, Cons-tância, Salvaterra de Magos, Golegã, Almeirim, Chamusca, Pernes, Samora Correia e Alca-nede.

Em Setúbal, as associações incluídas no rastreio são Caci-lhas, Almada, Trafaria, Seixal e Amora.

No distrito de Viana do Cas-telo, este ano, o rastreio vai ser feito nas associações de Cami-nha, Viana do Castelo, Vila Praia de Âncora e Vila Nova de Cerveira.

No caso do distrito de Vila Real, estão incluídas as asso-ciações de Santa Marat de Pe-naguião, Fontes, Mesão Frio, Provesende, Mondim de Basto, Vila Real (Cruz Branca e Cruz Verde), Sabrosa e Régua.

No distrito de Viseu, as asso-ciações abrangidas pelo ras-treio em 2014 são as de Vale de Besteiros, Cabanas de Viria-to, Oliveira de Frades, Man-gualde, Mortágua, Santa Com-ba Dão, e Vouzela.

A vigilância médica dos bom-beiros voluntários é, como sa-bemos, uma velha aspiração, reiterada ao longo de anos pela Liga dos Bombeiros Portugue-ses mas só em 2013 finalmente concretizada com o rastreio de um primeiro grupo de cerca de 2500 bombeiros.

O protocolo estabelecido em 2013 entre a LBP e a ANPC veio materializar o projeto já contido em lei, primeiro na Lei nº 241/ 2007 e Decreto-Lei 249/2012.

O processo de vigilância médi-ca dos bombeiros voluntá-

rios portugueses iniciado em meados do ano transato irá abranger 6 mil elementos até fi-nal de 2014.

Em cinco anos ficará comple-to o rastreio programado para os cerca de 30 mil elementos dos corpos de bombeiros sem quaisquer custos para as asso-ciações, conforme foi reivindi-cado pela Liga dos Bombeiros Portugueses junto do Ministério da Administração Interna (MAI) e finalmente concretizado em 2013.

No ano em curso o custo do rastreio irá ascender a 235 mil euros suportados através do Fundo de Proteção Social do Bombeiro com o apoio do MAI. O protocolo estabelecido em 2013 entre a Liga dos Bombei-ros Portugueses e a Autoridade Nacional de Proteção Civil, não

só permitiu assegurar o arran-que como garantir o suporte económico do rastreio até à sua conclusão.

Este ano irão decorrer ras-treios em 10 associações e cor-pos de bombeiros do distrito de Aveiro, 3 de Beja, 6 de Braga, 5 de Bragança, 4 de Castelo Branco, 6 de Coimbra, 5 de

VIGILÂNCIA MÉDICA

Mais 6 mil bombeiros até final 2014

O “Seminário sobre Propostas de Melhorias sobre a Le-gislação de Segurança Contra Incêndios em Edifí-

cios” promovido pelo Observatório de Proteção Civil e Safety do ISEC Lisboa vai realizar-se no final da semana, 4 e 5 de abril, na sequência do seu adiamento.

O programa do seminário, segundo a organização, será precisamente o mesmo do agendado para 14 e 15 de março último.

INCÊNDIOS EM EDIFÍCIOS

Seminário no finalda semana

A obrigatoriedade de ativação dos planos de emergência

municipal até às 16 horas de incêndio e a clarificação da hie-rarquia da estrutura operacio-nal da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) são duas das várias propostas do Grupo de Trabalho da Assembleia da República que analisou os in-cêndios florestais 2013. O gru-po “para o acompanhamento da problemática dos incêndios florestais”, constituído por de-putados de todos os quadran-tes políticos, apresentou, no passado dia 26 de março, em conferência de imprensa um conjunto de recomendações que resultaram das audições realizadas, com o “objetivo de integrar de imediato as medi-das no DECIF 2014 já aprova-do.

O grupo sugere a obrigato-riedade de convocatória das comissões municipais e distri-tais de proteção civil “com vista à obrigação de ativar os planos municipais de emergência até no máximo de 16 horas de in-cêndio florestal municipal e

planos de emergência distritais até no máximo de 48 horas de incêndio florestal”.

“Pela primeira vez há uma obrigação de reunir e um tem-po definido para que isso acon-teça”, salientou Miguel Freitas, o deputado socialista e relator do grupo de trabalho. O coor-

denador do grupo, Guilherme Silva, destacou ter sido deteta-do, através dos testemunhos, que “no ano passado determi-nados dispositivos deveriam ser acionados e muitas vezes não o são”.

“Estas falhas são casuísticas. O que nós aqui apresentamos é

que existem e devem ser clari-ficadas”, disse, destacando que os “planos de emergência mu-nicipal têm custos e por vezes as câmaras têm hesitações pe-los custos que poderá envol-ver”.

Os deputados querem que seja clarificada “toda a hierar-

quia da estrutura operacional, garantindo um só elemento no comando e o seu conhecimento por toda a estrutura, assim como enquadrar claramente na cadeia de comando os adjuntos de operações nacionais e os Comandante Operacional de Agrupamento Distrital (CADIS)

nos teatros de operação”. “O comando único existe. Nós pre-cisamos é que com uma figura nova do CADIS seja clarificada de novo a hierarquia. Quem é que responde de novo a quem”, justificou Miguel Freitas.

Entre as medidas, os depu-tados propõe também que seja assegurada a vigilância móvel em permanência sempre que se verificar um estado de alerta superior a amarelo, o apoio lo-gístico alimentar às equipas que vão para as frentes, a exis-tência de um dispositivo de máquinas de rasto, a mobiliza-ção de operacionais com base na regra de proximidade e que “todas as corporações que vão de fora tenham um guia local, que esteja integrado dentro do dispositivo de combate”.

Sempre que for acionado o plano de emergência munici-pal, o comandante operacional de socorro deverá ter à disposi-ção pelo menos uma ambulân-cia do INEM, em local designa-do por ele, com uma equipa médica e equipamentos neces-sários.

AR: GRUPO DE TRABALHO SOBRE INCÊNDIOS

Deputados exigem ativação de planos de emergência

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5MARÇO 2014

A Empresa de Meios Aéreos (EMA) avançou, em dezem-

bro passado, com um processo junto do Tribunal Administrativo onde exige que a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) proceda ao pagamento de uma dívida de cerca de 20 milhões de euros. Este caso, herdado da anterior presidência da Autoridade, diz respeito a uma dívida reclamada pela EMA desde 2008. O valor da dívida era “menor” mas entretanto fo-ram sendo somados aos mon-tantes não liquidados juros de mora e outros custos referentes a várias contra-tações excecionais de meios de reforço feitas nos últimos anos, referiu ao ‘BP’ um fonte ligada ao processo que está agora nas mãos da justiça. Se-gundo a mesma fonte, o caso era do conhecimen-to do anterior Governo e avançou agora para a justiça porque no início do mês de dezembro do ano passado “prescrevia” a primeira tranche dos juros da dívida em causa.

Entretanto, a ANPC solicitou ao Governo que o período de liquidação se estenda até outubro de 2014, pedido aceite pela tutela. O decreto-lei que define o processo de extinção da EMA e a sua liqui-dação num prazo de 120 dias foi publicado em Diá-rio da República a 17 de janeiro. Perante este ca-lendário, o fim da EMA iria acontecer em plena época crítica de incêndios situação que estava a preocupar os responsáveis da ANPC. Sobre esta matéria, o ministro da Administração Interna refe-riu: “O que nos foi solicitado é que o período de liquidação, que já está em curso, se estendesse até outubro de 2014. Foi isso que foi feito”. “A em-presa está em liquidação, estava previsto que essa liquidação ocorresse num período mais curto, mas quem tem essa responsabilidade na empresa soli-citou-nos e nós aderimos, que fosse estendido esse período de liquidação até outubro deste ano”, explicou. O ministro da Administração Interna acrescentou ainda que “aquilo que é relevante do ponto de vista político e jurídico é que a empresa está em liquidação e que essa liquidação ocorrerá até outubro de 2014”. A comissão liquidatária da

EMA foi nomeada no final de janeiro e dela faz par-te a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

Entretanto continua por preencher o lugar de diretor da Direção Nacional de Meios Aéreos da ANPC, criada recentemente com a publicação da nova Lei Orgânica da ANPC. Ao que o ‘BP’ apurou, Manuel Couto não estará “muito inclinado” para proceder a esta nomeação. Prova disso é a publi-cação do Despacho n.º 3372/2014 que nomeia o Tenente-Coronel Paulo Belchior, para exercer fun-ções de responsável pelo “sistema de gestão da continuidade da aeronavegabilidade, em acumu-lação com o cargo de gestor do sistema de quali-dade, na Direção Nacional de Meios Aéreos da Autoridade Nacional de Proteção Civil”.

Aprovada despesa de 10,14 milhões

O Governo aprovou, no passado dia 13 de mar-ço, uma despesa de 10,14 milhões de euros para a aquisição de serviços de operação e manuten-ção dos meios aéreos pesados do Estado neces-sários para o combate aos incêndios florestais.

Segundo um comunicado do Conselho de Mi-nistros, fica “assegurada a disponibilidade de meios aéreos de forma permanente durante o pe-ríodo compreendido entre 1 de janeiro e 15 de outubro de 2014, até ao montante global de cer-ca de 10,14 milhões de euros, através de verbas inscritas no orçamento da Autoridade Nacional de Proteção Civil”.

Patrícia Cerdeira

ANPC EM TRIBUNAL POR DÍVIDA DE 20 MILHÕES

Extinção da EMA até outubro

Numa decisão quase inédita, o Ministério Público acusou

dois homens dos crimes de ho-micídio qualificado, incêndio florestal e ofensa à integridade física, imputando-lhes a auto-ria dos incêndios que, em agosto de 2013, provocaram a morte a quatro bombeiros, vá-rios feridos e prejuízos na ser-ra do Caramulo. Numa nota da Procuradoria-Geral da Repúbli-ca (PGR) lê-se que o Ministério Público da comarca de Vouzela “deduziu acusação contra dois arguidos pela autoria dos in-cêndios de agosto de 2013, na serra do Caramulo”. Segundo a PGR, “os arguidos estão em prisão preventiva, tendo o Mi-nistério Público requerido que continuem, até julgamento, sujeitos a esta medida de coa-ção”. A PGR acrescenta que, a pedido do Ministério Público, o julgamento será realizado por um tribunal de júri.

Numa primeira reção, Joa-quim Marinho refere que “foi uma belíssima decisão”, espe-rando agora que “esta seja uma porta aberta para uma

abordagem diferente: mais se-vera, mais agravada, mais in-tolerante”. A justiça “tem um efeito corretivo”, referiu o pre-sidente da Federação de Bom-beiros do Distrito de Viseu que acredita que “uma punição mais pesada terá um efeito dissuasor”. “Com penas leves ou sem penas é que não se vai lá”, sublinhou, considerando

que os incêndios foram sempre “tratados de forma menos pe-sada”.

Em agostoAgosto de 2013, a Polícia Judiciária (PJ) anunciou a detenção do suspeito de ter ateado um incêndio florestal “de grandes dimensões” na ser-ra do Caramulo. O jovem, de 20 anos, foi detido pelo Departa-mento de Investigação Criminal

DETIDOS DO CARAMULO ACUSADOS DE HOMICÍDIO

Pena pode chegar aos 25 anos

de Aveiro e Diretoria do Centro da PJ, com a colaboração do Núcleo de Proteção Ambiental da GNR de Viseu de Santa Com-ba Dão. N altura, a PJ explicou que o jovem agiu “em colabora-ção com um outro indivíduo, este emigrante”, ateando “vá-rios focos de incêndio na Serra do Caramulo, nos concelhos de Vouzela e Tondela, no dia 20 de agosto, que se transformaram num fogo de grandes dimen-sões”. O suspeito terá agido por vingança, depois de lhe ter sido aplicada uma multa pela GNR.

No mês seguinte, o alegado coautor deste incêndio, de 28 anos, emigrante no Luxembur-

go, entregou-se voluntariamen-te às autoridades.

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LUSA

6 MARÇO 2014

tório, razão pela qual figura, ao centro, segundo pintura ma-nual, o distintivo do serviço de incêndios e a alusão à 1.ª Sec-ção dos Bombeiros Voluntários da Cidade de Lisboa.

De origem inglesa e fabricada em aço, a presente peça encon-tra-se na posse da Liga dos Bombeiros Portugueses desde 22 de Fevereiro de 1961, me-diante oferta do respectivo pro-prietário, e está hoje exposta no Núcleo de História e Patri-mónio Museológico.

Memórias de bombeiros… combatentes na Grande Guerra

Pesquisa/Texto: Luís Miguel Baptista

Em 2014 passam 100 anos sobre o rebentamento da I Guerra Mundial.

O conflito teve início a 28 de Julho e prolongou-se até 11 de Novembro de 1918.

Sob a influência da Inglater-ra, Portugal participou activa-mente, alinhando ao lado das tropas aliadas. Foram mobiliza-dos cerca de 90 mil homens, entre os quais cidadãos perten-centes a corpos de bombeiros do país.

Não obstante o envio de mili-tares para África, em Setembro de 1914, a fim da defesa dos territórios coloniais, ameaça-dos, nas suas fronteiras, pelo exército alemão, o grande mo-mento da participação portu-guesa deu-se a partir de 26 de Janeiro de 1917, dia da partida do primeiro contingente para a Flandres.

Entre os homens do Corpo Expedicionário Português (CEP), moralmente elevados na resposta à declaração de guerra proveniente da Alemanha, esta em consequência da apreensão de 72 navios alemães ancora-dos na costa portuguesa, esti-veram, por exemplo: tenente José Dias Ferreira, alferes Antó-nio Rodrigues Alves, alferes Ar-tur Brito, sargento Manuel Vic-tor da Silva e soldado Henrique Valdemar Lopes Viana, todos dos Bombeiros Voluntários de Lisboa (BVL).

O capacete cuja imagem aqui reproduzimos, pertenceu exac-tamente a Manuel Victor da Sil-va e foi utilizado na Grande Guerra pelo próprio. Mais tarde, como bombeiro, usou-o nos exercícios de defesa passiva le-vados a efeito em Lisboa, no âmbito da Defesa Civil do Terri-

Comandante José Dias Ferreira2.º Comandante Manuel Victor da Silva

A Reviver Mais, Associação dos Operacionais e Diri-

gentes dos Bombeiros Por-tugueses, vai realizar no próximo sábado, dia 29 de março, a sua assembleia ge-ral ordinária para discussão e votação do relatório e con-tas do exercício de 2013 bem como o parecer do conselho fiscal.

O encontro terá lugar em S. João da Madei-ra, no quartel dos bombeiros voluntários lo-cais, a partir das 11 horas com sessão de boas

vindas. Enquanto decorrer a assembleia os acompanhantes disporão de uma visita guia-da. No final realiza-se um almoço de confra-ternização.

REVIVER MAIS

Assembleia em S. João da Madeira

Manuel Victor da Silva

Na pesquisa possível acerca da trajectória de Manuel Vítor da Silva, incorporado nos Bom-beiros Voluntários de Lisboa a 16 de Janeiro de 1916, chegan-do a atingir a categoria de 2.º comandante, ficou-se a saber, entre outros factos, da sua dis-tinção, no ano de 1919, com a Medalha da Vitória, insígnia glo-riosa concedida pelo Ministério da Guerra, destinada a todos os militares que combateram os alemães. Devido aos relevantes serviços prestados enquanto bombeiro, foi distinguido, pelo Governo português, em diferen-tes períodos, com os graus de cavaleiro (1934) e de oficial (1950) da Ordem de Beneme-rência. Por seu lado, o Governo francês, através do Ministério da Instrução Pública, atribuiu-lhe a medalha de bronze do Congres-so International da “Prevention et Extinction du Feu”. Posterior-mente recebeu a Medalha Ver-meil, de Mérito Cívico, atribuída pela Ligue Française d’Entraide Sociale et Philanthropique, de Paris. Mercê do valor e prestí-gios granjeados veio a integrar os órgãos sociais da LBP, exer-cendo as funções de secretário do Conselho Administrativo e Técnico. Instrutor de educação física, diplomado pela Escola Desbonnet, de França, passou ao Quadro Honorário dos BVL em 4 de Novembro de 1961.

José Dias Ferreira

De igual modo e pela sua es-treita ligação à Confederação, da qual foi co-fundador, de evocar, também, a acção de José Dias Ferreira, que ao nível da participação na Grande Guerra recebeu, entre outras, a Medalha Militar de Prata de Serviços Distintos, com Palma. Esta condecoração ficou a de-ver-se à sua actuação no CEP, em França, na qualidade de te-nente equiparado. Possuidor de várias distinções nacionais e estrangeiras, recebidas no âm-bito dos bombeiros, com desta-que para o grau de oficial da Ordem Militar de Cristo (1923), alistou-se nos Voluntários de Lisboa em 18 de Maio de 1911, tendo ocupado o cargo de co-mandante entre 29 de Abril de 1936 e 4 de Julho de 1941, data da sua passagem à condi-ção de honorário. Por portaria de 31 de Março de 1936, do Mi-nistério do Interior, integrou a comissão destinada a apresen-tar ao Governo as bases para uma organização do serviço de incêndios. Destacou-se, ainda, como presidente da Mesa dos Congressos da Liga dos Bom-beiros Portugueses, função esta exercida até 1 de Junho de 1957. Homem atento ao pro-gresso e não menos defensor da constante melhoria dos meios de socorro, chegou a va-ler-se da qualidade de ex-com-

batente, expondo, num artigo publicado na revista “Defesa Nacional”, nos anos 30, a sua opinião e inconformismo acerca da necessidade de se ver clari-ficado, em Portugal, o papel a desempenhar pelos corpos de bombeiros no contexto da de-fesa passiva. Escreveu, nessa oportunidade, José Dias Ferrei-ra:

“Já durante a grande guerra o signatário verificou pessoal-mente, tanto na zona de guer-ra, em que serviu, como na re-taguarda, como se desempe-nhavam os bombeiros da mis-são de ‘alerta’ quer com as viaturas, fazendo soar as buzi-nas de alarme durante o per-curso, quer com toques de cla-rim, dando sinais em diferentes artérias.”

Neste e, certamente, nou-tros momentos da sua longa “vida guerreira”, dir-se-ia, em jeito conclusivo, que José Dias Ferreira e Manuel Victor da Sil-va, perante as experiências ab-sorvidas sobre a missão dos bombeiros quando inseridos no teatro de guerra, fizeram jus às palavras, um dia, expressas por Napoleão Bonaparte: “É um dom ser capaz de reconhe-cer, de um só golpe de vista, as possibilidades do terreno.”

Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia

Site do NHPM da LBP:www.lbpmemoria.wix.com/

nucleomuseologico

7MARÇO 2014

Chama-se Paulo Campos é major do Exército e foi escolhido pelo Governo para novo presi-

dente do Instituto Nacional de Emergência Médi-ca. Paulo José Amado de Campos, 42 anos, foi um dos três nomes propostos ao ministro da Saúde pela Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CRESAP). Na corri-da estavam também Teresa Cardoso Pinto, da de-legação sul do INEM, e Vítor Almeida um dos mais reconhecidos técnicos de emergência do país. A ainda presidente do INEM, Regina Pimen-tel, que substituiu Miguel Soares de Oliveira des-de outubro do ano passado, também se candida-tou mas acabou por não chegar ao fim do concur-so.

Paulo Campos, oficial do quadro permanente do Exército Português, é licenciado pela Faculda-de de Medicina da Universidade do Porto. Pós--graduado em Direito da Medicina pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e titulado com a pós-graduação em Medical Care of Catas-trophes (DMCC) pela Faculty of Conflict and Ca-tastrophe Medicine da Society of Apothecaries of London, Paulo Campos é aluno definitivo de Dou-toramento em Ciências Médicas no ICBAS/UP, com tese em Medicina de Catástrofe. Tem colabo-rado como docente em vários cursos de licencia-tura e de Mestrado. É Major médico do Quando Permanente do Exército Português, tendo assu-mido anteriormente cargos de Direção de Servi-ços e Departamentos Hospitalares. O médico es-pecialista em Medicina Interna, que já iniciou funções, possui ainda a subespecialidade de Me-dicina Intensiva e a Competência em Emergência Médica, pela Ordem dos Médicos.

Ao longo da sua carreira tem desenvolvido tra-balho na área do doente crítico e da emergência médica (urgência, emergência hospitalar, emer-gência pré-hospitalar, transporte terrestre e aé-

reo do doente crítico, nacional e internacional). Desempenhou funções clínicas como médico in-tensivista e possui igualmente experiência em missões humanitárias. A sua ligação ao INEM tem mais de uma década, tendo colaborado com o Instituto como formador e como médico nas Via-turas Médicas de Emergência e Reanimação e He-licópteros.

Para vogal do INEM a escolha recaiu sobre José Manuel Mestre. Licenciado em Organização e Gestão de Empresas, o novo número dois do Ins-tituto possui Mestrado em Gestão dos Serviços de Saúde - Controlo de Gestão. No setor da saúde desempenhou já diversos cargos de gestão, de-signadamente vogal executivo do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Baixo Alentejo, bem como vogal e presidente interino do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo.

PC

OFICIAL DO EXÉRCITO É O NOVO PRESIDENTE DO INEM

Paulo Campos é o segundo militar no INEM

A norma técnica nº 10 da ANPC, que precisa finalmente o que está definido como os

equipamentos de combate a incêndios em es-paços naturais, teve o contributo significativo da Liga dos Bombeiros Portugueses, com desta-que para a exigência generalizada da certifica-ção do equipamento incluído Esta norma, em termos práticos, define quais são equipamentos individuais e coletivos destinados ao suporte das atividades de supressão de incêndios de combustíveis, com ignição e propagação em es-paços naturais, onde se incluem os florestais.

Relativamente ao equipamento de proteção individual, todo certificado, a norma define com rigor as características, da bota florestal, do ca-pacete florestal, da cogula, das luvas, do fato (calça e dólmen), da camisola interior, da mo-chila de combate, do sistema de hidratação para a mochila, do “fire shelter”, da lanterna in-dividual (para capacete com suporte), da más-cara de evacuação, da máscara de partículas e filtro. Os equipamentos de combate sapador constam também desta norma e são os seguin-tes: enxada-ancinho (Macleod), enxadão (Pu-laski), foição, pá, ancinho, batedor/abafador e gorgui.

No caso dos equipamentos de utilização cole-tiva, a norma define: agulhetas, lanços de man-gueira flexível, malotes de transporte de man-gueiras, motosserra e mochila de transporte, extintores dorsais, pinga lume ou equivalente e outro equipamento diverso, nomeadamente, disjuntores CxD, adaptadores/redutores CxD, chaves de boca-de-incêndio, chaves para Storz AxBxC, chaves para Storz CxD, chaves de mar-co de água, chaves de portinhola e extintores de 6 quilos de pó químico ABC.

NORMA TÉCNICA Nº 10

ANPC acolhe contributos da LBP

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O primeiro Curso de Extensão Universitária em Emergência e Proteção Civil, realizado pela Fa-

culdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa já arrancou. Foram também divulgadas as 16 bolsas de estudo atribuídas pela Liga dos Bombeiros Portu-gueses com o apoio da Fundação Montepio.

As 16 bolsas foram atribuídas em função dos res-petivos processos de candidatura. Os beneficiados são os seguintes: José Costa, segundo-comandante BV Alcabideche, Joaquim Faria, comandante Vila das Aves, Normando Oliveira, comandante S. João da Madeira, Pedro Lima, comandante Sobral Monte Agraço, Vitor Mourato, segundo-comandante Louri-nhã, Acácio Coelho, comandante Sul e Sueste – Bar-reiro, João Rodrigues, comandante Canas de Senho-rim, Ricardo Silva, adjunto comando Montelavar, Nuno Mendonça, adjunto de comando do Soito, Vas-co Alves, comandante Voluntários de Lisboa, José Santo, adjunto comando Penamacor, Miguel Olivei-ra, comandante Malveira, Gonçalo Sabarigo, segun-do-comandante Viana do Alentejo, Luís Palma, co-mandante de Avis, Pedro Pereira, adjunto comando Fátima, e António Simões e Lima, segundo-coman-dante dos Voluntários de Pebela.

Esta formação pretende dotar os elementos de comando no exercício de funções, preferencialmen-te não detentores de licenciatura, de competências específicas de natureza inovadora.

As bolsas de estudo asseguraram o financiamento integral do custo da inscrição e das propinas do cur-so, regularizadas pela LBP à Faculdade de Direito da Nova.

O curso tem 180 horas, decorre até julho próximo com aulas às sextas das 18 e as 21 horas e aos sá-bados das 9 às 13h. e das 14 às 17h.

CURSO DE EMERGÊNCIA E PROTEÇÃO CIVIL

Bolsas já atribuídas pela LBP e Montepio

8 MARÇO 2014

A Liderança em conjunto com os Procedimentos

constitui mais um vértice do Triângulo da Segurança do Bombeiro.

O conceito de liderança apresenta muitas facetas im-portantes para a implementa-ção do próprio Ciclo de Emer-gência, no entanto existe uma dimensão de especial relevân-cia em termos operacionais, a Tomada de Decisão! As toma-das de decisão incorretas po-dem advir da falta de forma-ção sobre a operação em cur-so ou treino. Adicionalmente, o chamado efeito da “adrena-lina” pode induzir uma menta-lidade de “tudo é possível” em que o líder desvaloriza as

ameaças e perigos e exalta os recursos e capacidades exis-tentes.

Ao nível do Líder do Teatro de Operações, o COS (Coman-dante das Operações de So-corro) deve assegurar a infor-

mação da gestão do risco, adequando o risco operacional a um nível aceitável de acordo com o cumprimento de metas e objetivos táticos e estratégi-cos. Tem ainda de garantir que, face aos perigos e às si-

tuações de risco, são tomadas todas as medidas necessárias à segurança das forças envol-vidas.

O Líder de uma Equipa deve assegurar que esta se man-tém unida, que os cintos de

segurança são colocados an-tes de se iniciar a marcha do veículo, que os EPI estão devi-damente colocados. Na inter-venção, é o responsável por que todos os elementos da Equipa saibam os procedi-

mentos e as metas a atingir na operação. Muito importan-te, a informação relacionada com a segurança operacional que a Equipa reúna deve ser transmitida pelo seu Líder à estrutura de Comando.

Por último, o primeiro res-ponsável por assegurar a sua segurança é o próprio bombei-ro que deve avaliar e monito-rizar em permanência as con-dições de segurança porque “A primeira vida a proteger é a tua...!”

*Em “Lusíadas” de Luis de Camões

[email protected] – Núcleo de Segurança e Saúde

da Direção Nacional de Bombeiros (ANPC)

Fraco Rei faz fraca a forte gente*

ALERTA VERMELHO PARA A SEGURANÇAAUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL

Está em marcha o novo Plano Estratégico de Formação

para Bombeiros 2014-2016 da Escola Nacionalde Bombeiros (ENB). A apresentação oficial deste programa para dois anos realizou-se em Sintra, no pas-sado dia 12 de março, na pre-sença do ministro da Adminis-tração Interna. Miguel Macedo sublinhou que este plano “não é uma revolução, mas é um pas-so muito significativo em fren-te” que corresponde a uma op-ção política.

Tal como o ‘BP’ já noticiou na edição do mês passado, estão previstas mais de um milhão de horas de formação, sendo que a maioria (469.640) será realiza-

da nos corpos de bombeiros. Apenas cerca de 156 mil horas serão ministradas nas várias instalações da Escola Nacional de Bombeiros. Até finais de ju-nho, serão realizadas 244 ações junto de 3900 bombeiros em matéria de incêndios florestais.

Um dos principais eixos des-te Plano passa pelo reforço cada vez maior da formação dada nos quartéis e na adequa-ção dos horários de trabalho dos bombeiros voluntários às necessidades formativas. Os elementos dos quadros de co-mando vão ter programas for-mativos mais especializados, segundo consta na nova estra-tégia. Segundo José Ferreira, a

ideia é dotar os quadros de co-mando de competências para a gestão de ocorrências de eleva-da complexidade e reforçar a formação ao nível dos procedi-mentos de segurança individual e coletiva nos diferentes con-textos operacionais. Uma das novidades deste Plano, e que está já a levantar alguma polé-mica, prende-se com o fato dos comandantes passarem a estar obrigados a formação continua.

Durante a apresentação, José Ferreira, presidente da ENB, sublinhou que as ações de formação devem realizar-se “maioritariamente” nos corpos dos bombeiros e nas unidades locais de formação, reservan-

do-se os centros de formação da ENB para elementos do co-mando, graduados da carreira e formadores. A formação de-verá ser assegurada por forma-dores dos quadros dos corpos dos bombeiros e “devidamente formados e certificados” pela ENB, que devem estar disponí-veis em número adequado para dar resposta às necessidades formativas das corporações e da respetiva zona, adiantou, sublinhando que se deve “insis-tir na certificação de formado-res dos corpos dos bombeiros de modo a garantir a cobertura em todo o território nacional”.

A ENB quer reforçar junto das corporações “o treino e a instrução contínua nos elemen-tos” e realizar provas para in-gresso na carreira de bombeiro voluntário. Os bombeiros vão ter também disponível forma-ção à distância, pretendendo a ENB adotar novas modalidades com recurso à utilização das novas tecnologias com o objeti-vo de reduzir o peso da forma-ção presencial.

O Plano Estratégico de For-mação dos Bombeiros Portu-gueses 2014-2016 vai ainda introduzir formações específi-cas com peritos internacionais convidados, além de recorrer a especialistas nacionais que possam constituir uma “mais--valia” para a qualidade de for-mação ministrada. O documen-to refere que é necessário ga-rantir “permanentemente o acesso à formação inicial e con-tínua” e concentrar o esforço “na formação adequada às reais necessidades operacio-

nais de cada corpo de bombei-ros”.

Sobre a instrução cumpra-se a Lei

José Ferreira lembrou que o sucesso da formação dependerá sempre da quantidade e quali-dade da instrução, da responsa-bilidade dos comandantes. Questionado pelo ‘BP’ sobre esta questão perante a qual a ENB não tem qualquer capacidade de intervenção, José ferreira res-pondeu: “Cumpra-se a Lei. Ela-borem-se os planos em devido tempo e cumpram-nos escrupu-losamente”. Já sobre as queixas de muitos bombeiros que dizem “não conseguem” ‘chegar’ à Es-cola, o responsável máximo da

ENB lembrou que “se a progra-mação for feita a tempo e ho-ras”, a Escola assumirá sempre o seu papel e não deixará “nin-guém de fora”.

Presente na cerimónia, o presi-dente da Liga dos Bombeiros Por-tugueses, Jaime Marta Soares, mostrou-se satisfeito com “a evo-lução” patente no novo plano, mas recusou que os bombeiros não possuam hoje a formação adequada para prestar o socorro às populações. Os fogos flores-tais, notou Marta Soares, repre-sentam apenas “seis por cento da atividade dos corpos de bombei-ros” e a gestão da floresta terá de ser assumida como uma priorida-de para minimizar os danos que o país tem sofrido nesta área.

Patricia Cerdeira

PLANO ESTRATÉGICO DE FORMAÇÃO 2014-2016

Não é uma revolução mas um passo importanteFORMAÇÃO PREVISTA PARA 2014

* até final de junho

9MARÇO 2014

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) não gostou da deci-

são do ministro da Administra-ção Interna que não levou em conta o pedido de aumento das ECIN. Visivelmente agastado, Jaime Marta Soares afirmou que “não concorda” com a decisão. “O aumento de um euro por dia não é um subsídio, nem paga-mento de salário, mais sim um incentivo ao voluntariado”. Se-gundo o presidente da LBP, os cerca de 6.000 bombeiros que estão no terreno são “o principal agente de proteção civil”, além de trabalharem “24 horas, mui-tas vezes ininterruptas, que são cansativas e até ao esgotamen-to”. Defendeu, por isso, que de-via ter sido dado “um pequeno aumento” e cortar-se no reforço de novas equipas. “Poderia ter--se cortado em outros campos,

em vez de serem 50 novas equi-pas, podiam ser 40 ou 35; é pre-ciso que as pessoas estejam com estímulo”, sustentou, acres-centando porém que o DECIF “é o melhor dos últimos anos”.

Em resposta, o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, disse que compreende a reivindicação do presidente da LBP, mas a opção para este ano foi reforçar o número de equipas de bombeiros durante a época mais crítica de incên-dios florestais.

“Este ano, tendo em conta o conjunto de acréscimo de des-pesas que tínhamos para o dis-positivo, tínhamos de fazer uma opção: ou tínhamos mais equipas ou tínhamos este ligei-ro aumento de um euro por dia para cada uma das equipas, o que significava, neste dispositi-vo, um aumento superior a

meio milhão de euros. Fizemos a opção, queremos mais de 50 equipas e 250 homens no pe-ríodo crítico”, explicou o minis-tro. Miguel Macedo recordou que, no ano passado, o valor pago aos bombeiros aumentou de 41 para 45 euros por dia e foi resolvido o problema da in-cidência do IRS sobre estes va-lores. Miguel Macedo garantiu no entanto que para o ano, “logo em janeiro”, o executivo apresentará uma “nova pro-posta de aumento”, mas só em 2015.

Guerra aberta por causa dos seguros

Nas declarações que fez aos jornalistas, Jaime Marta Soares deixou ainda duras críticas à Associação Nacional de Municí-pios Portugueses (ANMP) que,

GOVERNO SÓ AUMENTA COMBUSTÍVEIS

Presidente da Liga zanga-seRevoltado e desiludido. Foi assim que Jaime Marta Soares saiu da

reunião da Comissão Nacional de Proteção Civil onde foram aprovados o DECIF 2014 e a Circular Financeira, encontro

realizado no passado dia 26 de março. A Liga dos Bombeiros Portugueses pediu ao Governo que aumentasse as ECIN em 1 euro

dia, mas o ministro recusou atualizando apenas o preço do combustível em cerca de 10 cêntimos por litro.

Texto: Patrícia Cerdeira

Fotos: Marques Valentim

O Dispositivo Especial de Combate a Incên-dios Florestais (DECIF) conta este ano com

mais meios. Para o apoio aéreo estão previstas 49 aeronaves, entre as quais oito aviões (uma parelha de pesados Canadair e três parelhas de médios Fire Boss). Os dois primeiros aviões mé-dios chegam a Portugal a 15 de maio e as res-tantes duas parelhas a 20 de junho. Já os Cana-dair entram no dispositivo a 15 de junho. Todos os aviões vão estar disponíveis até ao dia 5 de outubro.

Já o dispositivo terrestre conta na Fase Char-lie com 2220 equipas, 2027 veículos e 9697 operacionais no total. Mantêm-se a filosofia do ano passado com “alguns ajustes” que decor-rem das “lições aprendidas” em 2013, referiu José Manuel Moura, Comandante Operacional Nacional, no decorrer de uma conferência de

imprensa onde o DECIF foi apresentado aos jor-nalistas.

Este ano vão ser criadas mais 50 ECIN, num total de 250 bombeiros, um investimento de “um milhão de euros”.

Na conferência de imprensa de apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF), o Comandante Operacional Nacional adiantou que este ano vai também ser reforçada a utilização de máquinas de rasto e utilizar-se preferencialmente” autocarros para fazer rendições de grupos. O DECIF conta com cerca de 200 autocarros propriedade dos bom-beiros e autarquias. Está também previsto o aluguer de autocarros a empresas privadas caso se prove necessário. Os custos de utiliza-ção destes transportes serão sempre suporta-dos pelo MAI.

Também presente na conferência de impren-sa, o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, afirmou que o dispositivo de combate a incêndios florestais vai custar cerca de 85 mi-lhões de euros, enquanto no ano passado ini-cialmente foi avançada uma verba de 78,5 mi-lhões de euros, montante que foi reforçado com mais 14 milhões de euros devido aos incêndios, tendo sido gasto, por exemplo, nas viaturas dos bombeiros que arderam.

O ministro justificou os 85 milhões de euros com um reforço dos meios aéreos e das equipas terrestres.

Miguel Macedo considerou que este ano hou-ve um reforço inicial da verba para o dispositivo em comparação com 2013, sublinhando que se for necessário o montante será aumentado. Este ano, os bombeiros vão ser reforçados com

rádios SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal), preten-dendo a Autoridade Nacional de Proteção Civil entregar os 2.600 rádios até ao final de abril.

O ministro avançou também que os bombei-ros vão continuar a ter ações de formação e treino até ao início da época de incêndios, espe-rando também que parte dos equipamentos de proteção individual, já anunciados, cheguem às corporações no início da época crítica de incên-dios.

O comandante operacional nacional destacou que o principal objetivo durante a época de fo-gos é a “segurança” dos elementos envolvidos no combate e só, depois, a área ardida. “A grande preocupação é a segurança das forças”, disse, sublinhando que esta é uma atividade que não deixará de ser de risco.

DEFIC 2014 VAI CUSTAR 85 MILHÕES

49 meios aéreos dos quais 8 são aviões

DECIF | Conceito Reforço rápido e especializado

GRUATAS (para reforço Ataque Ampliado) 10 Companhias reforço (uma por agrupamento de forças – AGRUF) 3

Companhia reforço de reserva nacional (corpos bombeiros do distrito de Lisboa) 1

Grupos de reforço interface urbano/florestal (corpos bombeiros profissionais Lisboa e Porto) 2 Equipas para análise e uso do fogo (do grupo de análise e uso do fogo – GAUF) 6

Grupos de combate de âmbito distrital (para reforço imediato em cada distrito) 18

Monitorização Permanente

Despacho Imediato e musculado de

meios de ATI

Unidade de Direção, Comando e

Controlo

Eficácia e Eficiência na Gestão da Informação

Recuperação contínua da

capacidade de ATI em todo o território

Pré-posicionamento e balanceamento

de meios e recursos Detecção Precoce

Reforço rápido e especializado aos

TO

AVALIAÇÃO CONTINUA

Gestão meios e recursos

Eficiência no combate

Segurança das pessoas

Proteção do património

Salvaguarda do ambiente

Integridade física dos operacionais

Proteção dos meios

DECIF

Conceito DECIF Empenhamento terrestre

Recursos técnicos terrestres

Recursos humanos

Postos de vigia

1.251 5.175

70

Equipas de vigilância

Equipas de vigilância e ataque inicial

Equipas de combate

512 315 681

2.027 9.697

237

1.247 5.323

0

Fase Bravo Fase Charlie Fase Delta

Fase Bravo Fase Charlie Fase Delta

679 378

1.163

442 315 490

segundo a Liga, “não dá respos-ta” aos pedidos de reunião para avançar com o processo de au-mento dos seguros dos bombei-ros. “Estamos fartos de esperar e para nós acabou. Ou a ANMP

reúne connosco rapidamente ou terá de assumir as consequên-cias porque não vamos ficar pa-rados”, referiu o dirigente para quem a atitude da associação “já ultrapassou todos os limites

do razoável”. “Se não conse-guirmos um acordo teremos de exigir do Governo uma atitude. Os bombeiros não serão preju-dicados, garanto”, conclui o presidente da Liga.

10 MARÇO 2014

Fundada em Maio de 1982, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de

Maceira é, atualmente, uma casa arrumada, onde a maior preocu-pação é dar condições de traba-lho e garantir os equipamentos que permitam aos cerca de 120 operacionais garantir uma res-posta de excelência às mais de 10 mil pessoas que servem.

O presidente da direção, Pe-dro Costa, fala de uma situação financeira “estável”, ainda que há quatro anos quando voltou a ser “empurrado” para os co-mandos da associação, depois de alguns anos de um afasta-mento “sabático”, tenha sido confrontado com uma “dívida de 90 mil euros”

“Neste momento as dívidas estão saldadas ainda que não nos tenhamos furtado a investi-mentos”, revela o dirigente dando conta, entre outras ver-bas, dos 400 mil euros aplica-dos em viaturas e os 18 mil nas botas oferecidas no Natal pas-sado a todos os operacionais do

corpo ativo, dos 15 mil euros gastos na requalificação das ca-maratas e dos 10 mil em mate-rial informático.

No rol de investimento im-porta inscrever a formação como “uma questão fundamen-tal”.

“Para além do trabalho com os formadores internos, em 2013 dezenas de operacionais participaram nas formações promovidas pela Escola Nacio-nal de Bombeiros o que regista-mos com enorme satisfação” diz o comandante.

Num concelho com quatro corpos de bombeiros, um dos quais municipal, os apoios da autarquia não cobrem as neces-sidades pelo que a autonomia financeira é um compromisso assumido pela direção.

Refira-se que no município de Leiria os encargos com prote-ção civil são elevados, e embo-ra os bombeiros voluntários as-segurem 90 por cento dos ser-viços, grande parte da verba vai para o corpo municipal.

MACEIRA

“Os voluntários dão-nos uma enorme ajuda, a troco de nada”

Prontidão e operacionalidade são imagem de marca dos Bombeiros Voluntários de

Maceira que direção e comando tudo fazem por manter, a bem da população que

servem há já mais de 30 anos.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

Desta forma, a associação aposta nas parcerias com algu-mas empresas da região, o que aliás permitiu, recentemente, a aquisição de um veículo de combate a incêndios

O comandante Luís Manuel Ferreira adianta que a aquisição de viaturas tem sido assegura-da, “quase sempre” “sem a ne-cessidade de recorrer a verbas da associação“, pois, afirma “caso contrário seria difícil gerir esta casa”.

“Em 2012 adquirimos um VUCI com verbas do QREN e o montante em falta foi assegura-do pela câmara de Leira e pela Secil”, adianta o presidente, aproveitando para elogiar o tra-balho da equipa que encabeça que tem o mérito de “cativar os empresários garantindo a saú-de financeira de uma associa-ção que não é autossustentá-vel”.

Os Voluntários de Maceira não desarmam e arregaçam as mangas na dinamização de vá-rios eventos, que pela adesão confirmam uma ligação estreita com a comunidade, conforme confirma o comandante:

“Estamos muito bem inseri-dos na comunidade, está uma casa aberta ao público, que pode contar com o apoio de cerca de 6500 associados”.

Desta forma, o presidente

Pedro Costa pode congratular--se com “os ordenados dos 18 funcionários em dia e as contas regularizadas” e pensar até no reforço do corpo ativo uma ne-cessidade tendo em conta o crescente número de solicita-ções.

Sobram elogios do comando e da direção para os operacio-nais;

“Os voluntários dão-nos uma enorme ajuda, a troco de nada, asseguram todo o serviço de noite e aos fins de semana” de-

clara Pedro Costa defendendo ser necessário ”dar-lhes condi-ções para que se sintam em casa, garantir-lhes todo o con-forto que os motive a sair de casa”.

Os Voluntários de Maceira contam com um corpo de bom-beiros muito jovem, “apenas 18 dos 120 operacionais têm mais de 25 anos de atividade”, mercê de uma estratégia de proximi-dade com as escolas locais e que “tem dado bons frutos”.

“Cativamos as pessoas, te-

mos cá os pais e os filhos”, diz o orgulhoso comandante.

Entretanto, também o futuro começa a ser assegurado tendo em conta o entusiasmo com que os estagiários se dedicam à formação. Se tudo correr como o previsto, dentro em breve este corpo bombeiros receber reforços, mais de uma dezena de elementos que vão, certa-mente, dar resposta aos crité-rios de exigência que esta insti-tuição impõe ao serviço presta-do à população de Maceira.

11MARÇO 2014

Foi um das cerimónias mais comoventes de sempre. Aproveitando a cerimónia que assi-nalou, no passado dia 28 de fevereiro, o Dia

Mundial da Proteção Civil, na sede da ANPC, em Carnaxide, Miguel Macedo, o ministro da Admi-nistração Interna, distinguiu, a título póstumo, com a medalha de mérito de proteção e socorro, grau ouro e distintivo azul, os oito bombeiros que morreram no verão passado, bem como, o autar-ca do distrito de Viseu que também perdeu a vida ao tentar travar o fogo.

Os familiares das vítimas foram sendo chama-dos um a um para receber, das mãos do ministro, a medalha que simboliza o agradecimento do país pelos serviços prestados. Perante uma plateia de lágrimas nos olhos, que não conseguiu esconder a consternação pelo facto de se tratar de bombei-ros tão jovens, Miguel Macedo, também ele de voz embargada, reservou alguns minutos para se dirigir a cada família sublinhando o quanto o país lamenta a morte destes homens e mulheres.

Foram distinguidos os bombeiros, Fernando Reis, António Ferreira, Cátia Dias, Daniel Falcão, Pedro Rodrigues, Bernardo Figueiredo e Ana Rita Pereira.

Os despachos que foram publicados em Diário da República frisam como os bombeiros nortea-ram a sua “conduta, em prol do ideal de serviço à comunidade, com espírito voluntarioso, compe-tente e afável, tendo granjeado, desde sempre, a simpatia, a amizade e respeito dos seus camara-das e também do público que, pela sua função no corpo de bombeiros”, os “conhecia e respeitava”.

Fernando Reis era bombeiro voluntário em Va-lença e morreu a 5 de setembro, no combate a um fogo no lugar de Melim, enquanto António Ferreira e Daniel

Falcão eram bombeiros de Mirando do Corvo e faleceram no lugar de Cicouro. Cátia Dias morreu a 29 de agosto ao serviço da corporação de Car-regal do Sal, na Serra do Caramulo. Dos Bombei-ros Voluntário dos Estoris foi distinguido Bernar-do Figueiredo, que morreu a 28 de agosto num acidente ocorrido com um grupo de reforço do distrito de Lisboa, a 22 de agosto, durante as operações de combate a um fogo no concelho de Tondela, onde também morreu Ana Rita Pereira, dos bombeiros de Alcabideche. Já Pedro Miguel Rodrigues era bombeiro voluntário na Covilhã e morreu a 15 de agosto de 2013 no combate ao fogo no lugar de Coutada. Os despachos assinado por Miguel Macedo referem, ainda, que estas mortes privaram a “sociedade portuguesa” de ci-dadãos dotados de “elevadas qualidades pes-soais”, que sempre souberam “conduzir a sua ação na proteção das pessoas, do património e do ambiente de forma notavelmente solidária, devotando muito do seu tempo e, por fim, a pró-pria vida para os proteger e socorrer”.

Ao longo dos anos de serviço, estes bombeiros souberam “cumprir as missões que lhes foram confiadas, com grande abnegação, invulgar ape-go e dedicação, nunca descurando os seus deve-res, tendo-se distinguido pela competência e pro-fissionalismo, prestando dessa forma serviços muito meritórios para o país”.

As palavras que dirigiu aos presentes na ceri-mónia foram ditas de improviso. Perante a cons-ternação patente na sala, o ministro decidiu guardar no bolso o discurso escrito que levava consigo, referindo que o momento não podia ser aproveitado para fazer “balanços” sobre o que já foi e o que está a ser feito. “Perante a tragédia que se abateu no país, apenas direi que tudo es-tamos a fazer para evitar que se repita”, conclui o responsável com voz embargada.

PC

DIA MUNDIAL DA PROTEÇÃO CIVIL

Medalhas e lágrimas

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12 MARÇO 2014

Fundada em 1962, a Asso-ciação Humanitária dos Bombeiros de Baião vive

momentos de tranquilidade. A dedicação e o profissionalismo dos operacionais são o ponto forte de um corpo de bombeiros que, tenta como pode, colmatar algumas lacunas, nomeada-mente a nível de viaturas, con-forme dá conta o presidente Augusto Herculano Freixo.

“Recentemente, foi possível, no âmbito do QREN, reforçar o parque automóvel com um veí-culo de combate a incêndios, mas a verdade é que as viatu-ras de que dispomos, têm mui-tos anos e para estarem opera-cionais exige enorme investi-

mento. O material mais velho dá mais despesa”, diz o dirigen-te.

“Temos que começar a pen-sar na substituição de alguns veículos, porque, atualmente, as guarnições são rendidas, mas as viaturas não”, reforça o comandante José António da Costa.

Ainda assim, os Voluntários de Baião conseguem “garantir prontidão e eficácia nos mais distintos teatros de operações”, conforme faz questão de salien-tar o responsável operacional.

A proteção individual consti-tui prioridade e, assim sendo, a associação investiu na aquisi-ção de equipamento para in-

BAIÃO

Preparação, motivação e operacionalidade

Cerca de uma centena de operacionais confirmam que no quartel dos Bombeiros de Baião o voluntariado ainda é um movimento pujante que garante resposta eficaz no socorro às populações.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

cêndios florestais, mas o co-mandante já pensa na proteção e segurança dos operacionais nos fogos urbanos.

“Temos que assegurar a se-gurança de todos os operacio-nais com material de qualidade. Nesta área não podemos mes-mo pensar em poupanças”, de-fende o comandante.

“Não temos dívidas, mas também não temos reservas, foi delas que aguentámos um período muito difícil”, declara o presidente da direção aludindo à “revolução” em meteria de serviço de transportes de doen-tes, que retirou uma receita im-portante à instituição.

Para além de um subsídio anual a autarquia de Baião ga-rante, ainda, apoios pontuais às duas associações de bombeiros do concelho nomeadamente para a aquisição de equipamen-to.

“Importa referir que temos 12 bombeiros que são funcioná-rios da Câmara Municipal e que, em situações de maior aperto, é-nos facilitado o recrutamento desses operacionais”, dando conta de um apoio que embora não possa ser contabilizado, permite assegurar, em qualquer momento, a operacionalidade do corpo de bombeiros.

“Temos que trabalhar muito, nomeadamente na dinamização de eventos que tragam proven-tos à associação, até porque não podemos contar com a co-laboração das empresas da re-gião”, diz-nos Augusto Hercula-no Freixo.

Longe dos “centros de deci-são”, Baião está também fora da rota da formação, esta é pelo menos a convicção do co-mandante José Costa ao decla-rar que a “formação chega mui-to tarde a Baião” e muitas ve-zes é necessário pagar a forma-dores para acelerar o processo”.

“Suportamos a formação de todos os elementos da equipa de Salvamento em Grande Ân-gulo e temos investido, tam-bém, no salvamento e desen-carceramento” adianta o co-mandante falando ainda da “falta de Tripulante de Ambu-lância de Socorro (TAS), que importa ultrapassar”.

Em Baião, à boa maneira do Norte, as contrariedades não

demovem um punhado de ho-mens bons de cumprirem o seu desígnio, até porque esta é uma instituição com pergaminhos no que toca ao serviço prestado à população.

Por aqui, o voluntariado não esmoreceu, não sucumbiu às imposições dos tempos moder-nos, a prová-lo os quase cem homens e mulheres que em-prestam tempo à causa no quartel dos Voluntários de Baião.

“Contamos com 98 elemen-tos no corpo ativo, mas dentro em breve, logo que termine mais uma recruta devemos re-ceber um reforço de mais de uma dezena de operacionais. Por aqui não faltam candidatos a bombeiro”, afiança o coman-dante.

Este é um corpo de bombei-ros jovem e motivado, conside-ra o responsável operacional que, refira-se, ingressou nos Voluntários de Baião com ape-nas 16 anos e que, agora, aos

57 anos é o mais velho elemen-to do corpo de bombeiros.

Orgulhoso do grupo que lide-ra José António da Costa consi-dera:

“Se à semelhança de Baião, todos as associações de bom-beiros tivessem um corpo ativo como este, não seria sequer ne-cessário criar GRUATA e GRIF. Eu consigo levar 50 bombeiros para um incêndio. Aliás, este ano tivemos 86 elementos a fa-zer ECIN”.

Embora os incêndios flores-tais, no verão e a neve, no In-verno têm enorme peso na ati-vidade operacional do corpo de bombeiros que conta ainda na sua área de intervenção com 14 quilómetros de Rio Douro e um importante troço de ferrovia da Linha do Douro, realidades que exigem muito quer em termos de formação quer de prontidão, desafios constantes que, no en-tanto, apenas confirmam o ele-vado grau de operacionalidade dos Voluntários de Baião.

13MARÇO 2014

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) quer que a análise

ao Dispositivo Especial de Com-bate a Incêndios Florestais, apresentado, no passado dia 21 de março em Santarém, seja a base de um plano estratégico de atuação para o período entre 2014 e 2020. Jaime Marta Soa-res apresentou ao ministro e ao secretário de Estado da Admi-nistração Interna o documento que resultou do relatório ao dis-positivo especial de combate aos incêndios florestais de 2103 enriquecido com os contributos recolhidos nas reuniões entre Liga, ANPC, ENB e bombeiros, realizadas em todo o país.

Numa sessão que contou com a presença de cerca de 500 representantes das associações e corpos de bombeiros de todo o país, Jaime Marta Soares re-feriu que o documento resul-tante dessa reflexão deve “afir-mar-se como a matriz de um projeto/plano estratégico”, que defina novos caminhos, com metas e prazos, “e ao mesmo tempo clarifique de uma vez por todas as responsabilidades de cada um”. Em concreto, A Liga referiu a necessidade da proteção civil “ser um órgão não de comandamento mas de coordenação nacional”, de se

recuperaram os comandos ope-racionais de zona, “que no pas-sado deram um rendimento ex-traordinário na forma de extin-guir os fogos mais rapidamen-te”, de serem “instruídas todas as pessoas envolvidas no teatro de operações”, de forma a co-nhecerem o terreno em que atuam, de haver melhora “acentuada” de equipamentos como por exemplo viaturas. Ainda sobre a ligação dos bom-beiros à ANPC, a liga reiterou mais uma vez a exigência de um comando próprio para os bombeiros, à semelhança do que acontece com os outros “agentes” de proteção civil, po-sições que foram recebidas na sala com palmas em vários mo-mentos. Os bombeiros recla-mam ainda um “plano devida-mente definido a curto, médio e longo prazo” que garanta o compromisso entre os poderes políticos (nacional e local), ou seja uma nova Lei de Financia-mento que consagre os “reais direitos” do setor para que os bombeiros deixem de viver com o “credo na boca”.

Em resposta, o ministro da Administração Interna, que se disponibilizou a responder dire-tamente aos bombeiros, afir-mou que as propostas, suges-tões e discussões técnicas

LBP APRESENTOU PLANO ESTRATÉGICO PARA SEIS ANOS

Ministro dá a cara e bombeiros aproveitamNum clima de diálogo “franco e aberto”. Foi assim que decorreu a última sessão técnica de avaliação do DECIF 2013 que

reuniu bombeiros, dirigentes, responsáveis da Autoridade Nacional de Proteção Civil

(ANPC), Escola Nacional de Bombeiros (ENB) e Ministério da Administração

Interna. Promovido pela Liga, esta última reunião, realizada em Santarém, ficou

marcada pela presença da tutela a quem foi entregue um documento técnico com

propostas de médio e longo prazo.

Texto: Patricia Cerdeira

Fotos: Marques Valentim

“constituem uma mais-valia não só para o dispositivo de 2014” mas também para o que se pretende fazer nos próximos anos. Reconhecendo que a ado-ção de medidas está sempre condicionada por meios finan-ceiros e por programas que per-mitam fazer reformas neste do-mínio, Miguel Macedo adiantou que estão já em curso algumas alterações, como a que se refe-re ao plano de formação de bombeiros, nomeadamente fa-cilitando o acesso dos bombei-ros voluntários a essas ações. “Há outras matérias que care-cem de mais tempo e requerem decisões feitas de forma pro-gramada”, afirmou, relembran-do que “não há decisões sobre essa matéria”, mas está “a fa-zer tudo para que seja possível nomeadamente a aquisição de meios aéreos ao abrigo de fun-dos comunitários”.

Miguel Macedo assegurou que está a ser feita uma “apos-ta num dispositivo reforçado”, que compreenda as questões e problemas colocados pelas cor-porações de bombeiros e que crie condições para que as “exi-gências operacionais não fi-quem condicionadas por cons-trangimentos financeiros das corporações”.

Jaime Marta Soares apontou a “necessidade de uma Lei de Financiamento das Associações e Corpos de Bombeiros” e pediu que, até lá, se faça com urgên-cia uma “atualização imediata dos valores do Programa Per-manente de Cooperação”, de forma a garantir “minimamen-te” o equilíbrio financeiro das corporações.

Marta Soares reafirmou que, a par da aposta nos meios de combate, haja um reforço signi-ficativo do investimento em “prevenção estrutural”, ou seja, no trabalho de planeamento e de ordenamento do território, em particular das florestas.

“É preciso aproveitar as ver-bas comunitárias, investir mais 300 ou 400 por cento porque falta planeamento”, afirmou,

reafirmando a proposta de cria-ção de um observatório para fo-gos florestais e o envolvimento de “quem conhece a floresta”.

MAI assume erros nos concursos dos EPI

Ao final da manhã de traba-lhos, e reunidas várias questões colocadas à tutela, Miguel Ma-cedo subiu ao púlpito e dirigiu--se a uma plateia atenta para dizer que todas as preocupa-ções transmitidas “serão sem-

pre alvo de análise” do Gover-no.

Como exemplo, o ministro da Administração Interna deu a conhecer a sua posição face aos concursos lançados pela Comu-nidades intermunicipais (CIM) para aquisição de equipamen-tos de proteção individual: “As-sumo as minhas responsabili-dades, pois esta é uma questão que não está a correr bem. Apesar dos avisos que me fo-ram feitos, decidi em contrário e resta-me assumir a minha

responsabilidade. Hoje é claro para mim que as CIM ainda não têm capacidades para lançar este tipo de concurso e tudo fa-rei para que os bombeiros não sejam ainda mais prejudica-dos”, concluiu.

Miguel Macedo ouviu atenta-mente os vários intervenientes nesta debate alargado que enalteceram a postura do mi-nistro ao aceitar “dar a cara” e ouvir aos bombeiros. O setor pede agora que este encontro tenha consequências.

14 MARÇO 2014

Depois de 58 longos e pe-nosos dias em coma in-duzido, de mais de seis

meses de internamento nos Hospitais de Santa Maria, em Lisboa e de S. Teotónio, em Vi-seu, o jovem bombeiro Nuno Pereira dos Voluntários de Car-regal de Sal está de volta a casa, onde prossegue a luta, até porque a rotina lhe impõe ainda algumas cirurgias, mui-tos tratamentos, trabalho de reabilitação física e o acompa-nhamento de um psicólogo e de um psiquiatra.

Ainda que muito abalado, Nuno decidiu, no entanto, falar ao jornal Bombeiros de Portu-gal para assegurar que se sen-te bem e que tudo está a fazer para voltar ao ativo, o mais ra-pidamente possível.

“Isto não é fácil”, desabafa, dando conta da situação difícil que atravessa, ainda que miti-gada pelo apoio de todos os elementos desta unida família, sobretudo do comandante, Mi-guel David, “incansável neste processo”, sublinha o jovem dando conta que em todos os momentos o comandante este-ve sempre presente”.

“Foi o comandante que me contou o que se tinha passado com os meus companheiros”, revela, afirmando, contudo, que teve todo o apoio da “ex-celente equipa da Unidade de Queimados do Hospital de Santa Maria, pessoal auxiliar, enfermeiros e médicos nas fa-ses melhores mas sobretudo nas piores”.

Nuno Pereira faz questão de salientar:

“Fui muito bem tratado tan-to em Lisboa como, depois, em Viseu.”

O bombeiro conta que só em janeiro começou a recuperar, a ter consciência com o que de facto lhe tinha acontecido. Das muitas questões que natural-mente o atormentavam, Nuno

Pereira recorda ter perguntado ao comandante se o seu lugar no quartel estava “disponível”

“Nunca pensei em desistir, quero continuar a ser bombei-ro a ajudar pessoas, é disso que mais me orgulho, mas de-cidi que não voltarei a comba-ter incêndios, até porque ser bombeiro é muito mais do que apagar fogos. Vou fazer servi-ços de saúde, acidentes, aliás tenho muito para fazer e outro tanto para dar a este corpo de bombeiros” revela-nos.

Conta da emoção sentida quando saiu do hospital e da simpatia e carinho com que foi recebido por todos no quartel dos Bombeiros de Carregal do Sal.

“Estava um bocadinho co-movido, mas… senti-me bem. Era aquilo que eu mais queria”, acrescenta.

Aos 23 anos, Nuno Pereira recusa o estatuto de herói, an-seia apenas que a dura prova a que foi sujeito sirva de alerta para todos os operacionais deste país.

“Ainda que ardam mais 500 ou mil metros, não arrisquem, que não vale a pena. Eu tinha formação e experiência e…”, deixa a ideia a meio como que recusando regressar ao terrível dia 29 de um agosto assassino.

“Todos me conhecem, sa-bem como sou… eu tentei aju-

dar os meus companheiros, mas já não foi possível”, diz, como que tentando exorcizar os fantasmas, as feridas inter-nas mais profundas que as marcas físicas que denunciam a gravidade do acidente.

Prossegue, aparentemente mais aliviado guiando-nos numa viagem à sua infância, ao dia em que decidiu ingres-sar nos bombeiros.

“Tinha apenas 14 anos e gostava muito disto. Como não podia sair para fazer serviços, aqui fiz de tudo um pouco. Atendia telefones e ajudava em tudo o resto” , recorda, dando ainda conta que aos “16 tinha o curso de socorrismo, aos 17 o de desencarceramen-to e aos 18 ingressava no cor-po ativo como bombeiro de 3.ª e até cheguei a ser profissional desta casa”.

“O Nuno sempre investiu muito na formação, ele vive e respira bombeiros, tem forma-ção e preparação”, afiança o comandante Miguel David, um dos pilares deste jovem e or-gulhoso voluntário que com apenas 22 anos foi chamado a cumprir o mais duro dos desa-fios superou-o e, hoje, já com 23, mais que exemplo é uma inspiração para os milhares de operacionais que servem nos quartéis dos bombeiros de Por-tugal.

NUNO PEREIRA, VOLUNTÁRIO EM CARREGAL DO SAL

“Quero continuar a ser bombeiro”

Já recebeu alta hospitalar, o bombeiro Nuno Pereira que se encontrava internado desde o passado mês agosto, depois do

acidente de S. Marcos Muna, que no Caramulo matou os jovens operacionais Cátia Pereira Silva, de 21 anos e Bernardo Cardoso e

feriu gravemente José Sabino, no fatídico dia 29 de agosto de 2013.Depois de uma estoica luta pela vida, Nuno Pereira, regressou, há

poucos dias ao quartel, só de passagem para rever os amigos, mas já pensa no regresso ao ativo, até porque a gravidade das lesões sofridas não o afastaram do compromisso assumido aos 14 anos

com os Voluntários de Carregal do Sal.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

Não foi propriamente uma novidade. Nas últimas se-manas foi ganhando con-

sistência a hipótese de Joaquim Rebelo Marinho ser de novo

candidato a presidente do Con-selho Executivo da LBP. Mas foi preciso chegar ao fim da reu-nião magna entre congressos, realizada em Constância, para

se ouvir da voz do presidente da federação de Viseu o que o leva a ser candidato mais uma vez: “Tenho um projeto para os bombeiros e esse projeto está

CONSELHO NACIONAL DE CONSTÂNCIA

Marta Soares eDepois de Jaime Marta Soares ter anunciado que se recandidatava à liderança da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), o Conselho

Nacional realizado, no passado dia 29 de março, na vila de Constância, foi o palco para a confirmação da recandidatura de

Joaquim Rebelo Marinho, presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Viseu. Repte-se assim o cenário do congresso do

Peso da Régua com o atual presidente da Mesa dos Congressos, Duarte Caldeira, a assumir que, desta vez, vai com o dirigente do

distrito de Viseu. Texto: Patrícia Cerdeira

Fotos: Marques Valentim

Os relatórios das contas e atividades da Liga referentes a 2013, bem como um Louvor

proposto pelo Conselho Fiscal, que sublinha o “rigor” dos documentos, foram aprovados por unanimidade pelo Conselho Nacional.

Outros dos pontos da ordem de trabalhos previa a provação do novo Regulamento da Ju-vebombeiro, proposta que o Conselho Executi-vo acabou por retirar da mesa devido às várias criticas que foram feitas ao longo da discussão do documento. As federações de Viana e Lis-boa foram as mais contundentes e ameaçaram mesmo votar contra, alegando que no novo modelo as federações de bombeiros deixam de ter qualquer “ligação formal” às estruturas dis-tritais da Juve o que na opinião dos conselhei-ros é “inadmissível”. Perante a discussão que se gerou, Jaime Marta Soares anunciou que a proposta era retirada e que seria feito “novo debate” em torna do futuro regulamento com o objetivo de se chegar ao “maior consenso possível”.

No ponto dedicado aos diversos, ouviram-se várias denúncias e queixas. Foram abordados os temas da formação, com a federação de Lis-boa a denunciar “tráfico de influências” e “es-colhas pessoais” nos critérios que baseiam a formação de formandos e formadores da Esco-

la nas associações. Pedro Araújo referiu mes-mo que tem dúvidas sobre se esta é a ”verda-deira Escola”, sublinhando que está por expli-car qual é a “percentagem útil” que os bombei-ros têm na instituição de ensino”. Ainda sobre a ENB, a federação de Portalegre denunciou que o CDOS do distrito está a alugar salas a empresas privadas de formação para cursos que custam aos bombeiros “900 neuros”. Esta informação gerou uma onda de indignação com Jaime Marta Soares a dizer em alto e bom som que vai saber o que se passa pois a Liga “não aceita” esta situação.

Ouviram-se ainda muitas críticas dirigidas ao INEM que denunciam as federações não es-tão a “recertificar” como é preciso os cursos do pré-hospitalar.

Numa altura em que já é conhecido o DECIF 2014, a federação de Portalegre fez saber que a ANPC está a pedir viaturas para integrarem a “GRUATA da FEB”, pedidos que foram feitos aos distritos de Lisboa, Santarém Portalegre e Castelo Branco”. O presidente da Liga critica esta atitude e lembra que se os bombeiros aceitarem “coisas destas”, mais dia, menos dia estão a ser “coordenador pelo GIPS da GNR”.

PC

APROVADO LOUVOR AO RIGOR NAS CONTAS

Relatório passapor unanimidade

15MARÇO 2014

CONSELHO NACIONAL DE CONSTÂNCIA

Rebelo Marinho são de novo candidatos

sustentado num pensamento próprio e pessoal. Sei há muito que os projetos pouco valem, se não tiveram uma programa, uma equipa e uma estratégia”. Joaquim Rebelo Marinho subli-nhou ainda que esta candidatu-

ra, com um programa que será apresentado em “breve”, nasce da análise que foi sendo feito ao trabalho da atual equipa, a qual torna esta recandidatura como um “imperativo de cons-ciência”.

Na resposta, Jaime Marta Soares, que já tinha tornado pública a sua recandidatura, e parente as criticas feitas pelo dirigente de Viseu à sua lide-rança, referiu que o seu concor-rente só não participou mais

porque “não quis”, referindo no entanto que Rebelo Marinho é “bem-vindo” porque é um ho-mem que há muito “está ligado aos bombeiros”. Sublinhando que as “divergências” fazem parte da democracia, Marta

Soares deixou o apelo: “Não vamos dividir os bombeiros portugueses, Não entremos em lutas estéreis só por causa das eleições que só chegam em Ou-tubros. Mantenhamos os princí-pios da sã convivência, do res-

Estamos perante um novo período pré-eleitoral na Liga dos Bombeiros

Portugueses (LBP), depois do anúncio, até à data, de duas candidaturas pro-tagonizadas pelo comandante Jaime Marta Soares e por Joaquim Rebelo Marinho. Candidaturas a sufragar no Congresso Nacional da LBP que decor-re em Coimbra entre 24 e 26 de Outu-bro próximos.

Como aconteceu nas anteriores eleições, cabe ao jornal pugnar, com natural isenção e rigor, pela divulga-

ção das candidaturas, tendo em conta a importância de que elas se revestem para o futuro da confederação. Sabe-mos, à partida, que não se trata de tarefa fácil, na certeza, porém, de que a vamos assumir, de novo, com profis-sionalismo e profunda convicção ética sobre o respeito que é devido aos bombeiros e às suas instituições re-presentativas.

No final do Conselho Nacional da LBP, realizado em Constância em 29 de Março último, Joaquim Rebelo Marinho

anunciou a sua candidatura como “um imperativo de consciência”. Antes, di-vulgado por todas as associações e corpo de bombeiros, tinha surgido um “Apelo” sob o lema “Construindo o Fu-turo, com os Bombeiros de Portugal!” no sentido de apelar à candidatura de Rebelo Marinho e Duarte Caldeira.

Este apelo, subscrito por 31 asso-ciações e corpos de bombeiros em 11 de Março, era feito face aos “tempos que exigem coragem para enfrentar os problemas, determinação para supe-

rar as dificuldades e firmeza para to-mar decisões”.

Antes, em 6 de Março, em informação enviada a todos os órgãos sociais da LBP, às federações, presidentes e co-mandantes de associações e corpos de bombeiros, foi enviada uma informação assinada pelo vice-presidente da LBP, Rodeia Machado, anunciando a decisão tomada anteriormente no Conselho Executivo. Na reunião desse órgão “to-dos os membros que o compõem vota-ram por unanimidade a apresentação de

uma candidatura encabeçada pelo co-mandante Jaime Marta Soares, a presi-dente do referido órgão e mandatou-o para, em seu nome, formar a lista con-corrente” aos órgãos sociais da LBP.

Entretanto, no próximo dia 4 de Abril, às 19h30, nas instalações dos Bombei-ros Voluntários das Caldas da Rainha, o comandante Jaime Soares, depois de anunciada, como atrás referimos, vai agora proceder à apresentação formal da sua candidatura.

Rui Rama da Silva

LBP

Tratamento igual às candidaturas

peito e da dignidade, e da uni-dade entre os bombeiros portu-gueses. Garanto que não será da minha parte que essa unida-de será quebrada”, conclui Jai-me Marta Soares que durante o discurso repetiu por várias que os bombeiros exigem aos seus dirigentes “honestidade intelec-tual”.

Duarte Caldeira apoia “melhor projeto dos

últimos 15 anos”

A reunião não terminou sem outro anúncio, este menos es-perado. Antes mesmo de dar por encerrados os trabalhos, Duarte Caldeira, o atual presi-dente da Mesa de Congressos da LBP, anunciou perante o Con-selho Nacional que após refle-xão, e depois de ter sido convi-dado pelos dois candidatos até agora conhecidos, é “apoiante” da candidatura de Joaquim Re-belo Marinho. “Sou amigo de ambos os candidatos e porque rejeito qualquer fulanização de candidaturas, não quero criar qualquer tabu. Decidi aceitar o convite do Dr. Rebelo Marinho por considera que o seu projeto é o melhor dos últimos 15 anos”, esclareceu. “A democracia não se promove pratica-se e, a par-tir de hoje e até às eleições, nada mudará na minha conduta deste órgão do qual sou presi-dente”, concluiu.

16 MARÇO 2014

Bombeiros de Portugal (BP) – É incontornável co-meçar esta sua primeira en-trevista por lhe perguntar qual a ideia que já formou relativamente aos bombei-ros e ao papel que desempe-nham no socorro em Portu-gal?

João Almeida (JA) – Os bombeiros são um agente es-sencial no domínio da proteção civil em Portugal mas também agentes de proximidade, im-prescindíveis às populações, que vão muito para além das missões identificadas. A impor-tância dos bombeiros no nosso país é bem diferente quando comparada com outros países pela forma como estão organi-zados e também pelo facto de ser originários da própria socie-dade onde se inserem. O facto da sua esmagadora maioria ter um caráter voluntário faz com que sejam um setor muito es-pecial.

BP – E era esta a ideia que tinha?

JA – Sim mas agora com um conhecimento maior. Felizmen-te já tinha uma muito boa im-pressão dos bombeiros até por-que de outra maneira não tinha aceite esta função.

BP – Assumiu funções há cerca de três meses. Chegou ao cargo depois de um verão muito dramático que obri-gou a intervenções rápidas em vários domínios. O que o preocupa mais, numa altura em que estamos a pouco tempo do arranque de mais uma campanha?

JA – Acho que depois de um ano particularmente difícil se fez o que devia ser feito e não apenas o que anualmente tem de ser feito. Preparámos a épo-ca com base na análise e refle-xão de um verão com condições extremamente difíceis. Neste momento, e é incontornável, o que mais preocupa é o que va-mos enfrentar e que não de-pende de nós.

BP – Está a falar da va-riante meteorológica?

JA – Claro, isso é o que mais nos preocupa porque dessas condições depende a capacida-de e o limite extremo a que o dispositivo terá de estar expos-to. Essa será uma consequência e por muito que se faça não a dominamos.

BP – Este dispositivo é o necessário ou o possível?

JA – É certamente o disposi-tivo possível porque se traba-

lhou muito para que fosse um dispositivo necessário e julgo que, cada vez mais, é um dis-positivo perto do ideal. É impor-tante sublinhar que este mode-lo reflete o que se fez este ano mas também o que tem vindo a ser feito em anos anteriores.

BP – Falou em últimos anos. Este é no seu entender um tema que não deve ser politizado?

JA – Claramente que não pode ser politizado. Seja a que nível for e não só ao nível da tutela. No momento em que se politizar esta área a eficiência desta missão será posta em causa. Aliás, o trabalho que se tem feito com o Parlamento, através do grupo que foi criado para analisar os incêndios do ano passado é disso exemplo. É bom lembrar que o dispositivo deste ano conta com vários contributos desse grupo de tra-balho que reúne todos os parti-dos com assento parlamentar. Nada que do que seja parcial ou partidário prestará um melhor serviço ao país do que esta ca-pacidade de diálogo e de coope-ração.

BP – O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses saiu zangado da reunião da Comissão Nacional de Prote-ção Civil onde foi aprovada a Circular Financeira. O Go-verno não tinha capacidade de aumentar em um euro o valor a pagar por dia aos bombeiros?

JA – Devemos ter presente que o ano passado houve um aumento de quatro euros. Foi este Governo que reconheceu que os bombeiros mereciam um aumento em 2013 e é esse mesmo Governo que este ano fez uma outra opção, sendo que foi assumido o compromisso de

proceder a um novo aumento no próximo ano. Obviamente que entendemos a importância dessa atualização mas temos que olhar para o valor de que partimos que era baixo e que não era atualizado há muito tempo. Foi tomada uma opção política de criar mais 50 ECIN que custará cerca de um milhão de euros o que implica um in-vestimento idêntico ao de au-mentar o valor pago aos bom-beiros. Foi uma opção.

BP – Nas despesas ex-traordinárias do verão pas-sado foram detetados al-guns valores que causaram estranheza. Na altura, o Mi-nistro chegou a anunciar que algumas regras iriam mudar. Confirma?

JA – Mudam várias regras relativas aos procedimentos e que permitem um controlo mui-to importante para os bombei-ros. Para esta decisão contou o valor das despesas extraordiná-rias do ano passado que rondou os 14 milhões de euros, apesar de sabermos que foi um ano muito difícil.

A alteração essencial passa por conseguirmos fazer uma avaliação inicial e confirmá-la das necessidades. É como que um procedimento prévio de avaliação e da efetividade das despesas.

Não podemos pôr em causa o financiamento de quem cum-pre.

BP – Acha que os bombei-ros podem ter esperança num novo modelo de finan-ciamento ainda nesta legis-latura?

JA – Em primeiro lugar é preciso lembrar que este Go-verno trabalhou com a Liga na atualização do Programa Per-manente de Cooperação (PPC)

o que permitiu um aumento no ano passado e neste ano. Esse foi o nosso primeiro objetivo.

Quando falamos na Lei de Fi-nanciamento sabemos que o objetivo é garantir a previsibili-dade para quem paga e a sus-tentabilidade de quem recebe e essa discussão tem de ser feita com os poderes central e local e com os bombeiros.

Da nossa parte há toda a dis-ponibilidade de avançar com esse trabalho porque acho que devemos evoluir para esse mo-delo de sustentabilidade.

BP – Por falar em susten-tabilidade, ficou claro nas palavras de Miguel Macedo, no encontro de Santarém, que o Governo está a estu-dar outras formas de finan-ciamento. O que está em cima da mesa?

JA – Para já, está marcada uma reunião com as conces-sionárias das auto estradas. As concessionárias são obrigadas, contratualmente, a uma série de funções em matéria de pro-teção e socorro nas suas áreas de intervenção, sendo que neste momento quem as de-sempenha são os bombeiros mediante a contratualização que está feita. Entendemos que o pagamento que é feito por esses serviços está muito aquém daquilo que deveria ser. Vamos tentar sensibilizar as concessionárias, em clima de diálogo, para a necessidade de construir uma nova solução com o objetivo de no final a re-muneração a pagar aos corpos de bombeiros ser a mais ade-quada.

Mas quando falamos de me-canismos alternativos de finan-ciamento, não falamos só disto. Houve também uma evolução no que diz respeito às apólices de seguros. Muitos dos seguros contra incêndios são hoje apóli-ces multirrisco o que provocou algum esvaziamento da percen-tagem que destinada aos bom-beiros. Tendo havido esta evo-lução, é essencial perceber do ponto de vista legislativo o que pode ser feito. É bom não es-quecer que ao haver interven-ção dos bombeiros se reduz o risco de acidentes com reflexos nas apólices de seguros. Ou seja, a componente de redução de risco de que as seguradoras usufruem deve ser alvo de um outro tipo de redistribuição.

BP – Vai responder positi-vamente a uma das princi-pais exigências dos bombei-ros – um comando próprio?

JA – Essa questão deve ser discutida com alguma profundi-dade e serenidade. Houve, re-centemente, uma reforma que tem vindo a ser desenvolvida e que assenta na estrutura de co-mando da ANPC. Considerar a proposta da Liga obriga natu-

ralmente a uma revisão do que existe atualmente. O Governo vai analisar essa proposta em contraponto com o que existe hoje em dia e que já foi tam-bém ele uma evolução. Agora, nada disto se faz num mês ou dois, exige uma profundidade maior, e é bom que se perceba que as coisas não devem estar sempre a mudar.

Já agora, referir que o que existe hoje não é uma omissão por desconhecimento e o atual modelo foi assumido e aceite conscientemente. Não há, no entanto, uma rejeição por parte do ministério em discutir este tema e não será só debater por debater.

BP – A Liga dos Bombeiros Portugueses fez saber hoje mesmo que não vai “esperar mais tempo” pela Associa-ção Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) para resolver a questão do au-mento dos seguros, acusan-do a Associação de “falta de respeito”. Como é que vê esta situação?

JA – Ótimo, porque o minis-tério também não e nessa ma-téria estamos totalmente de acordo e o ministério já o fez saber à ANMP. O nosso objetivo é ter isto tratado até ao início da fase crítica de incêndios.

BP – E se não houver res-posta, de que forma poderá o Governo intervir?

JA – A ANMP terá de assumir que não tem essa disponibilida-de e arcar com as consequên-cias. A Associação tem vindo a público reclamar algumas com-petências em matéria de prote-ção civil, inclusive ao nível dos bombeiros. Ninguém com-preenderia que os municípios reclamem mais poder se depois não estiveram disponíveis para uma matéria tão essencial como esta.

Da nossa parte houve dispo-nibilidade total logo de início e aguardámos uma resposta para uma nova reunião. Considera-mos por isso que o mês de maio é a data limite e não quero acreditar que não haja sensibili-dade para isto.

Acho que o país e até muitos autarcas fariam um julgamento muito negativo se a Associação não assumisse as suas respon-sabilidades na segurança dos bombeiros.

BP – Insisto. O Governo tem plano B?

JA – Não porque não acredi-tamos sequer numa resposta negativa. Aliás, não vou falar em plano B ao qual a ANMP se agarraria imediatamente. Isso seria facilitar um incumprimen-to que o país jamais aceitaria.

BP – O ministro da Admi-nistração Interna já tornou pública a intenção de adqui-rir dois aviões Canadair. O

JOÃO ALMEIDA, SECRETÁRIO DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA (SEAI)

Benefícios das seguradoras devem ter outra redistribuição“A componente de redução de risco de que as seguradoras usufruem deve ser alvo de

um outro tipo de redistribuição”, defende o secretário de Estado da Administração

Interna, João Almeida, na primeira entrevista alargada, concedida após a sua

tomada de posse em 30 de dezembro último.

Entrevista: Patrícia Cerdeira

Fotos: Marques Valentim

17MARÇO 2014

que é que pode dizer sobre isto?

JA – O que está em causa é adquirir dois aviões Canadair novos no âmbito do próximo quadro comunitário de apoio para integrar no Mecanismo Eu-ropeu de Proteção Civil. É um trabalho que está a ser desen-volvido entre os ministérios da Administração Interna e Am-biente e temos a expectativa de avançar com essa candidatura aos fundo europeus.

Este será um processo que terá de respeitar obviamente as regras em vigor, nomeadamen-te as da contratação pública.

BP – Ainda sobre meios aéreos. A decisão do gover-no de encerrar a EMA conti-nua a não correr muito bem. A ANPC pediu o alargamento do prazo para a liquidação e tem agora um processo no TA para pagar cerca de 20 milhões de euros por servi-ços não liquidados desde 2008. Estava a contar com isto?

JA – Discordo que o proces-so esteja a correr mal. A comis-são liquidatária está em fun-ções e já passámos para o ad-judicatário, fundo o concurso, o lote dos helicópteros B3 e res-petivos funcionários. Neste momento, o pedido de alarga-mento do prazo de liquidação teve a ver apenas com o fato de se entender que este pro-cesso não devia acontecer em plena época de incêndios, até porque a frota dos Kamov ain-da tem de ser gerida pela EMA neste período.

Para terminar este processo falta só lançar o concurso para a manutenção e operação dos helicópteros pesados.

BP – Com a passagem dos meios para a ANPC e en-quanto não for privatizada a operação do KAMOV, quem vai pagar aos pilotos? A ANPC ou a Escola (ENB) será mais uma vez utilizada como barriga de aluguer?

JA – Para já estamos con-fiantes quanto ao concurso dos Kamov. Mas se não for possível até à data de extinção da EMA será a Autoridade a assumir essa responsabilidade.

BP – Confirma que não há muita vontade de nomear um diretor nacional para a Direção Nacional de Meios Aéreos? Se não, porque ain-da não foi nomeado?

JA – Até agora não foi identi-ficada essa necessidade. Está

previsto na lei e poderá ser no-meado a qualquer momento porque o cargo já existe. Tudo o que é preciso garantir a opera-ção dos meios está a ser feito mas até agora não foi preciso nomear um cargo de direção. Se do ponto de vista operacio-nal essa necessidade não for identificada não será porque existe um cargo que o vamos ocupar.

BP – Pegando ainda no tema da ENB como barriga de aluguer, os elementos da FEB, os operadores, os recu-perados e o pessoal da ANPC vão ficar vinculados à Escola até quando? Desde que este governo tomou posse que ouvimos dizer que a situa-ção vai ser resolvida mas até agora nada. Estava pre-vista a abertura de vagas a título excecional na ANPC. As finanças continuam a di-zer não?

JA – Espero resolver esta si-tuação tão breve quanto possí-vel mas com a noção, e mais uma vez, de que as questões que não se resolveram durante tanto tempo não foram resolvi-das por alguma razão. Neste caso, há três constrangimen-

tos: um tem a ver com a con-tratação e com as restrições le-gais a ela associada e que di-zem respeito à obrigatoriedade de concursos para a entrada na administração pública. A outra, prende-se com as atuais restri-ções financeiras. Finalmente, a questão operacional que deve ser ponderada, nomeadamen-te, em relação à FEB e que tem a ver com o tipo de contratação a realizar com estes elementos que operacionalmente têm um desgaste físico e psicológico. Será preciso encontrar dentro das regras da administração pública o enquadramento ade-quado.

Mantém-se a urgência e a in-tenção de resolver esta ques-tão, mas infelizmente também se mantêm as restrições.

BP – A Liga continua a di-zer que a GNR deve ser reti-rada das missões de comba-te. Qual é o seu entendimen-to sobre esta matéria?

JA – Essa é uma questão que avaliada sob dois pontos de vis-ta. Um, se faz sentido que con-tinuem a existir com essas fun-ções no terceiro pilar. O outro, é a capacidade que adquiriam e que não se pode questionar,

pois já deram provas disso en-quanto força helitransportada.

A mera saída do GIPS tradu-zir-se-ia apenas numa perda de capacidade de ataque inicial que não pode de forma alguma ser ponderada. É por isso, que esta questão tem de ser vista em conjunto com outras maté-rias, nomeadamente, a revisão da orgânica da GNR que está a ser feita.

Qualquer decisão terá sem-pre de levar em conta as atuais restrições da FEB e o papel que o GIPS desempenha nesta altu-ra.

BP – A ENB vai credenciar bombeiros para o contrafo-go. A Lei já se sabe vai ser alterada permitindo aos bombeiros a realização des-tas técnicas. Depois do que aconteceu o ano passado (uma “anarquia” na utiliza-ção do fogo como alguns de-fendem), que tipo de regras vão ser impostas para que o contrafogo não seja utiliza-do ao limite?

JA – A ideia foi desde logo estabelecer critérios muito apertados ao nível da creden-ciação com formação intensiva nesta área. A partir daqui sabe-

mos quem é que pode fazer contrafogo e logo aí há um con-trolo muito maior. Acreditamos que os elementos a quem é permitido utilizar o fogo, serão os primeiros a não querer ser confundidos com quem viola o que está estabelecido. Este é a nosso ver o incentivo correto para uma maior eficiência na utilização destas técnicas.

BP – A auditoria à ENB já dura há mais de um ano. É normal?

JA – As auditorias preten-dem-se independentes e como tal não podemos interferir seja em que sentido for. Pedir para acelerar o processo poderia ser visto como forma de pressão, sendo óbvio que quanto mais depressa tivermos os resulta-dos mais rápido os poderemos analisar.

BP – Sei que não vai dizer tudo o que pensa, mais que não seja porque a atual mi-nistra da Agricultura é do seu partido, mas não admite que a prevenção estrutural continua muito aquém do razoável?

BP – O que seria para si um mau verão?

JA – Desde logo um verão

com condições meteorológicas idênticas, ou ainda mais seve-ras, às registadas o ano passa-do.

Pela confiança que tenho na dedicação, emprenho e traba-lho de todos os responsáveis, dos bombeiros portugueses, e de todos os outros agentes de proteção civil, só posso concen-trar as minhas preocupações no que não está ao nosso alcance, o clima.

BP – Qual a mensagem que quer deixar aos bombei-ros?

JA – Quero deixar desde logo uma enorme palavra de con-fiança.

Tenho muito gosto e orgulho de estar neste ministério e tute-lar esta área pois permite-me lidar com os bombeiros diaria-mente.

A segunda, é uma mensagem de proximidade. Desde logo a minha disponibilidade total para os ouvir e para assumir as mi-nhas responsabilidades quando tal for necessário.

É bom que os encontros que temos no terreno sejam por ra-zões de proximidade e não por maus motivos, como são as si-tuações extremas.

JOÃO ALMEIDA, SECRETÁRIO DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA (SEAI)

Benefícios das seguradoras devem ter outra redistribuição

18 MARÇO 2014

Os Bombeiros de Cantanhede estiveram de prevenção ao 4.º Open International & Youth

Competition de Ginástica Aeróbica.A competição, que teve como cenário a cidade

de Cantanhede, envolveu, além de Portugal, Bul-gária, China, Estónia, França, Grã-Bretanha, Hun-

gria, Japão, Rússia e Espanha, e integrou o calen-dário da Federação Internacional de Ginástica.

Durante três dias, as melhores ginastas mun-diais competiram no pavilhão “Os Marialvas” (Cantanhede), naquela que é a primeira prova do ano do circuito mundial.

CANTANHEDE

Bombeiros apoiam Taça do Mundo

O Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste viveu uma noite de véspera de Carnaval bastante

agitada. Ás 22:38, a central de comunicações do quartel recebeu um alerta de incêndio urbano numa habitação situada na Rua Gil Vicente, na freguesia do Lavradio, concelho do Barreiro. De imediato foram deslocados para o local o piquete de intervenção que veio foi reforçado face à di-mensão do sinistro, que mobilizou, no total 16 elementos operacionais e seis viaturas.

As operações no local foram acompanhadas pelo comandante, Acácio Coelho, e pelo 2º co-mandante, Caetano Beja e o adjunto Bruno Lou-reiro. Para além do combate ao incêndio, os bom-beiros procederam ainda à assistência pré hospi-

talar de seis pessoas, com sintomas de inalação de fumos e ansiedade.

Mais tarde, às 3.02h., os bombeiros recebem mais uma informação de incêndio, desta feita em detritos num contentor de Resíduos Sólidos Urbanos, na Rua João Azevedo Carmo, nova-mente na freguesia do Lavradio, para onde fo-ram mobilizados seis elementos apoiados por uma viatura.

Durante a noite, o Piquete de Intervenção de serviço, composto inteiramente por voluntários, acorreu ainda, a mais quatro serviços de emer-gência pré-hospitalar, três dos quais a pedido do Centro de Orientação de Doentes Urgentes do INEM.

BARREIRO

Noite agitada

Em Albergaria-a-Velha, um homem de 52 anos ficou gravemente ferido quando

uma viatura que reparava lhe caiu em cima. Dado o alerta, os bombeiros da cidade en-viaram para o local sete operacionais uma ambulância e uma viatura de desencarcera-

mento. A viatura média do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (Aveiro), também esteve no local.

A vítima foi assistida no local e, posterior-mente, transportada para a unidade de saú-de de Aveiro.

ALBERGARIA-A-VELHA

Queda de viatura com ferido grave

Uma patrulha da Policia Municipal de Fafe, ao cir-cular na Praça da Liberdade, avistou chamas

no segundo andar, no edifício devoluto da “Sacor”, dando de imediato o alarme aos bombeiros.

Para o local, foi, de imediato, mobilizado o pi-quete de incêndio, que, no entanto acabou por pe-dir reforços tendo em conta que o edifício estava fechado e como as chamas provinham do primeiro

andar, o Veículo Elevatório era o meio mais indica-do para o combate.

Após forçarem a entrada no edifício, os opera-cionais combateram um foco de incêndio numa di-visão, que continha material de fácil combustão, nomeadamente madeiras de pavimento e de mon-tagem de armários embutidos e o incêndio foi ra-pidamente extinto.

FAFE

Incêndio no devoluto “Edificio Sacor”

Os Bombeiros Voluntários de Beja protagoniza-ram recentemente o resgate problemático de

três cães do Rio Guadiana na zona de Pulo do Lobo.

A zona escarpada das margens do rio por onde foi forçoso fazer o resgate implicou a intervenção da equipa de salvamento em grande ângulo dos Voluntários de Beja, com 10 elementos e dois veí-culos e uma ambulância de socorro dos Bombei-ros Voluntários de Serpa.

Os três cães, pertencentes a uma matilha de caça, foram entregues ao seu dono no mesmo dia.

BEJA

Resgate de três cães do Guadiana

19MARÇO 2014

Depois de, recentemente, ter protagonizado dois resgates com êxito no

Rio Ferreira que pela complexi-dade mereceram ampla cober-tura mediática, o jornal Bom-beiros de Portugal foi conhecer a “ambiciosa” Equipa de Salva-mento em Águas Vivas e Cheias, dos Bombeiros Volun-tários de Valongo que quatro

anos após a sua criação entrou num novo ciclo, conforme dão conta os seus responsáveis An-tónio Tavares, Delfim Nunes e José Baltazar.

“A equipa está a ser reestru-turada e, por isso, apostamos no ingresso de novos elemen-tos. Estamos a investir na di-namização e crescimento, por-que consideramos que o grupo

VALONGO

Prontos a atuar e a formarCriada em 2010, a Equipa de Salvamento em Águas Vivas e Cheias

dos Bombeiros Voluntários de Valongo afirma-se como valência diferenciada única no distrito do Porto.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim/CBValongo

é uma mais-valia para o corpo de bombeiros e para a comuni-dade”, diz António Tavares, ex-plicando que “embora existam muitas pessoas com formação nesta área esta é uma equipa única no distrito, que está aliás preparada para avançar e apoiar outros corpos de bom-beiros em missões mais espe-cializadas”.

Por outro lado, o 2.º coman-dante Bruno Fonseca, defende que importa que o Comando Distrital de Operações de So-corro (CDOS) do Porto comece a acionar estes operacionais que em situações mais com-plexas podem fazer toda a di-ferença e contribuir para o su-cesso das operações de socor-ro, nomeadamente nos rios.

Esta força de elite dos Vo-luntários de Valongo conta com o incondicional apoio da dire-ção que muito tem investido, sobretudo em equipamento de proteção individual, como em todo o outro material.

“Com o apoio do presidente, da direção, tem sido possível investir nesta área”, faz ques-tão de sublinhar Delfim Nunes.

“Procuramos investir nestes operacionais”, faz questão de referir o presidente Armando Guimarães Pedroso para quem as verbas aplicadas no corpo de bombeiros não são despe-sas, mas antes investimentos.

Neste sentido, a associação está a patrocinar a transforma-ção de um Veículo com Equipa-

A Equipa de Salvamento em Águas Vivas e Cheias, integra o subchefe Delfim Nunes,

António Ferreira, o bombeiro de 1.ª António Sérgio Marques Soares e ainda, José Manuel Rodrigues Baltazar, António Manuel Tavares Rosa, Cláudio Manuel Teixeira Azevedo, Carlos Domingos Moreira Martins, Emília Maria Silva

Pereira, Jaime Filipe da Silva Bragança, Pedro Manuel de Amorim Monteiro (bombeiros de 2.ª), Filipe Manuel Sousa Oliveira, Pedro José de Sousa Nobre, André Filipe de Sousa Balta-rejo, André Alexandre Magalhães Silva, Ga-briel Arcanjo Campanhã Pinto, Carlos Joaquim Amorim Monteiro (bombeiros de 3.ª).

Os bravos da equipa

mento Técnico de Apoio (VETA) num Veículo de Apoio a Mergu-lhadores (VAME), até porque na maioria das intervenções a Equipa de Águas Bravas é apoiada pelos mergulhadores.

Importa referir que o pionei-rismo desta equipa tem mere-cido a atenção da empresa Rescue 3 Portugal, que tem co-laborado com os Corpo de Bombeiros de Valongo.

As especificidades de atua-ção destes operacionais impli-cam para além de preparação física e destreza muita forma-ção, conforme salienta o 2.º comandante Bruno Fonseca.

“Todos os elementos desta equipa, para além da formação inicial, cumprem um rígido pla-no de treinos, com vários exer-cícios mensais, em distintos cenários”, explica o responsá-vel operacional.

“Apostamos bastante nos si-mulacros diurnos e noturnos em que, normalmente, envol-vemos também as equipas de mergulhadores e de grande ângulo”, adianta António Tava-res.

Com o intuito de divulgar a atividade destes bravos opera-cionais, a associação prepara--se para promover um workshop, já no mês de abril, por ocasião do 121.º aniversá-rio da instituição, no qual os Bombeiros de Valongo preten-dem reunir operacionais de todo o País.

20 MARÇO 2014

Com o objetivo de treinar e melho-rar o dispositivo da Proteção Civil

em situações de emergência, como a ocorrência de um sismo, a Câmara Municipal de Setúbal promoveu o Se-tlog 2014, o primeiro exercício do gé-nero feito em Portugal e que, segundo o vereador Carlos Rabaçal teve resul-tados muito positivos.

“Houve uma alteração qualitativa positiva da intervenção da proteção civil e de todas as entidades”, mencio-nou o autarca, para salientar a impor-tância do exercício, que visou prepa-

rar a população de Setúbal e as equi-pas de proteção e socorro para a res-posta em caso de sismo, sobretudo no centro histórico da cidade.

Mais de uma centena de voluntá-rios participou na iniciativa, que teve como cenário o acantonamento de desalojados, na Escola Secundária 2,3 Lima de Freitas, após 48 horas do registo de um sismo de 6.4 na escala de Richter, com epicentro na Ribeira de Coina.

“Houve um empenho muito grande em encontrar as respostas adequa-

das”, salientou Carlos Rabaçal, con-gratulando-se pela participação dos voluntários, entre grupos escolares e munícipes, além de várias entidades, entre as quais bombeiros voluntários, Cruz Vermelha Portuguesa e escutei-ros.

Este foi um exercício “muito impor-tante”, uma vez que faz parte do Pla-no Municipal de Emergência que tem vindo a ser desenvolvido ao longo dos anos, com o envolvimento de “todos os agentes do município de uma for-ma integrada, articulada”, o que re-

sulta crescente numa eficácia e “hoje, corresponde ao ponto alto da capaci-dade de resposta.”

O comandante da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal, Paulo Lamego, salientou, no final do Setlog 2014, em que houve demons-trações de salvamento e resgate de vítimas com descida em rappel e slide do Auditório José Afonso, que “todo o trabalho da proteção civil tem de ser feito calmamente, educando toda a população”.

“Nestas atividades, pormenores

fazem a diferença para salvar vidas”, destacou o coordenador do Serviço Municipal de Proteção Civil e Bombei-ros, José Luís Bucho, referindo que foram recolhidas 28 recomendações de melhoria, leia-se “críticas constru-tivas que já tínhamos dado por elas durante o exercício”.

Depois de três grandes exercícios efetuados envolvendo civis, José Luís Bucho diz notar “grandes alterações e evolução”, que permitiram criar “algu-mas rotinas e doutrina em termos de proteção civil”.

SETÚBAL

Exercício Setlog

O teste ao plano de segurança da empreitada da rede secundária de canais do Alqueva constituiu uma oportunidade para um

exercício dos Bombeiros Voluntários de Beja.O exercício decorreu na zona da Salvada e implicou o aciona-

mento da equipa de salvamento de grande ângulo para proceder ao resgate de duas vítimas, uma no interior da estação elevatória e outra dentro do canal aberto.

BEJA

Treino no canaldo Alqueva

A Dianagás e os Bombeiros Voluntários de Sines acordaram numa parceria que resultou num simulacro com fogo real,

numa conduta. A iniciativa que envolveu também operacionais de Vila Nova

de Santo André contou também com uma componente teórica ministrada por técnicos da Dianagás, teve como o ponto um exercício com o cenário real de uma explosão, numa conduta de gás natural, na ZIL II em Sines.

Para além dos Bombeiros de Sines de Vila Nova de Santo An-

dré e de técnicos da empresa participaram nesta ação a GNR e a Proteção Civil Municipal.

O promotores sublinham a importância deste tipo de iniciati-vas que fomentam a formação permitindo dotar os operacionais de capacidades avançadas neste tipo de situações.

A direção da associação dos Voluntários de Sines fez questão de estar presente na iniciativa, demonstrando enorme orgulho e sentimento de cooperação, por receber nas suas instalações uma iniciativa importante para o corpos de bombeiros.

SINES

Gás Natural em simulacro

21MARÇO 2014

Meio milhar de alunos da EB 2/3 Sophia de Mello Brey-

ner assistiram, e muitos até participaram, no simulacro de incêndio realizado pelos Bom-beiros Voluntários da Aguda, Gaia, naquele estabelecimento de ensino.

Participaram 12 bombeiros com 4 viaturas, um veículo ur-bano de combate a incêndios, uma autoescada e duas ambu-lâncias de socorro.

O cenário criado para o simu-lacro consistiu num incêndio com origem na sala dos profes-sores de que resultou a queda da escada interior. Devido ao facto foi necessário evacuar 4 pessoas, uma delas com intoxi-cação, encurraladas no primeiro piso através da autoescada.

Todos os alunos e docentes presentes, mais de meio milhar de pessoas, foram entretanto evacuados para o ponto de en-contro estabelecido no plano de segurança interno.

O simulacro durou pouco mais de meia hora e constituiu um teste importante ao plano de segurança da escola.

AGUDA

Bombeiros na escola

O Centro de reabilitação de Animais Marinhos de Quiaios realizou recentemente em Óbidos, a convite dos bombeiros locais, uma sessão sobre arrojamento e resgate de animais mari-

nhos.O conteúdo do encontro revelou-se de grande importância dado que permitiu a divulgação e

o debate em torno de situações a que os bombeiros do litoral são chamados frequentemente. A problemática dos centros de recuperação, a identificação de animais marinhos e os proce-

dimentos a ter em caso de arrojamento foram temas dominantes do encontro.Participaram 40 pessoas, entre bombeiros e outros interessados no tema, exteriores à Asso-

ciação.

ÓBIDOS

Intervenção em animais marinhos

Uma colisão de um veículo li-geiro com um camião cister-

na, duas vitimas encarceradas, fuga e derrame de combustível foi o cenário testado pelo exer-cício “MondAlva Segura”, que permitiu testar e treinar os Bombeiros de Penacova, em operações complexas nos itine-rários principais que servem o concelho, numa ação que visou ainda “transmitir à população a sensação de segurança a que têm direito”.

O exercício, realizado com meios reais (LIVEX) de âmbito local, planeado e conduzido de acordo com o Plano de Instru-ção do corpo de bombeiros, en-volveu 40 operacionais e 11 veículos e permitiu ainda testar comunicações e equipamentos, nomeadamente o Veículo de Salvamento e Socorro Especial

A esta ação associaram-se a Guarda Nacional Republicana para a GNR a junta de freguesia a empresa Transportes Aguiei-ra.

PENACOVA

“MondAlva segura” mobiliza quarenta

os Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim, em parcei-

ra com o INEM, organizaram o 1.º Masstraining de Suporte Bá-sico de Vida, um atividade gra-tuita aberta à comunidade que reuniu 178 participantes.

O grupo de formadores inte-grou técnicos do INEM e bom-beiros da Póvoa de Varzim pos-sibilitando a formação de, numa iniciativa que teve o apoio logís-tico o apoio logístico da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.

Ilda Cadilhe, comandante dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim, fez um balan-ço positivo desta ação.

“Em 2013, foram 76 os casos de paragem cardiorrespiratória assistidos pelos Bombeiros da Póvoa de Varzim e, neste início de 2014 já se registam 13 ocor-rências”, tendo em conta esta realidade a responsável opera-cional salienta a importância de “envolver a população, sensibi-lizando e preparando-a para a temática” adiantando que esta iniciativa foi pensada para 130 pessoas. mas esse número foi largamente ultrapassado.

O presidente da direção, Rui Coelho, valorizou a a atividade referindo referiu que “este tipo de ações, preparadas e organi-

zadas pelos Bombeiros Voluntá-rios da Póvoa de Varzim, só são possíveis porque dispomos de

um comando atento aos núme-ros e ao tipo de ocorrências às quais tem que dar resposta.”

PÓVOA DE VARZIM

Masstraining de Suporte Básico de VidaCom o objetivo de consolidar procedimentos, tes-

tar em tempo real a capacidade operacional do corpo de bombeiros e verificar o Plano de Emergên-

cia da Intermarché, os Voluntários de Belmonte realizaram, recentemente, um simulacro que mobi-lizou 19 operacionais apoiados com seis viaturas.

BELMONTE

Hipermercado testa plano

22 MARÇO 2014

Os Bombeiros Voluntários do Dafundo, Oeiras, aproveita-

ram a passagem do seu aniver-sário para realizar um exercício de sismo no qual envolveram também os restantes corpos de bombeiros do concelho.

O exercício desenvolveu-se em 5 cenários criados no inte-rior e zonas envolventes da Es-cola Secundária Amélia Rey Co-laço, em Linda-a-Velha, e teve como objetivo, explorar as di-versas abordagens de socorro

bem como demonstrar aos alu-nos, professores e público as regras a cumprir e os meios e estratégias de que os bombei-ros dispõem para intervir nas diferentes situações.

Os 5 cenários incluem situa-

ções de explosão e derrame de produtos reagentes, escora-mentos, fuga de gás, deteção de soterrados e colisão de via-turas na via pública com encar-cerados.

Não tendo resultado do sismo

o colapso de estruturas, contu-do, existe esse risco eminente, razão pela qual todo o teatro de operações se desenrolou tendo isso especialmente em conta.

No exercício participaram 32 viaturas e uma centena de ele-

mentos dos Bombeiros do Da-fundo, Algés, Barcarena, Car-naxide, Linda-a-Pastora, Paço de Arcos, Oeiras e, ainda, dos Bombeiros de Cacilhas, da Cruz Vermelha de Amadora-Sintra e da PSP.

DAFUNDO

Sismo com cinco cenários

Decorreu recentemente na Unidade Local de Forma-

ção (ULF) de Coimbrões, Gaia, uma acção de formação pro-movida pela Escola Nacional de Bombeiros (ENB) sobre controlo com matérias perigo-sas – nível 1.

Esta acção foi frequentada por elementos de 16 corpos de bombeiros, dos Voluntários de Penafiel, Valongo, Carva-lhos, Avintes, Vila das Aves, Ermesinde, Valbom, Matosi-nhos-Leça, Leça do Balio, En-tre-os-Rios, Santo Tirso, Tir-senses, Trofa Freamunde, Amarante, e do Batalhão de Sapadores do Porto.

Os formadores desta acção foram, Bruno Santos, dos Vo-luntários de S. João da Madei-ra, e Henrique Costa, dos Vo-luntários de Vila Nova de Cer-veira, e a quem agradecemos a feitura da foto.

COIMBRÕES

Formação em matérias perigosas

Na prossecução da política de formação diferenciada do Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste, realizou-se no dia 23 de fevereiro,

no Quartel-sede, no Barreiro, um Workshop sobre língua gestual portuguesa em ambiente pré-hospitalar, ministrado pela formadora Rita Moura.

No Workshop, que suscitou enorme interesse e entusiasmo, par-ticiparam como formandos vários Tripulantes de Ambulância de So-corro (TAS) e Tripulantes de Ambulância de Transporte (TAT) do Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste, ficando assim habilitados com uma importante valência para a sua atividade quotidiana de prestação de socorro em emergência pré-hospitalar.

BARREIRO

Língua gestual portuguesa em workshop

23MARÇO 2014

Vila franca de Xira avança com a experiência pionei-ra de uma recruta con-

junta que reúne cinco dos seis corpos de bombeiros do conce-lho.

Mais de meia centena de for-mandos começaram em outu-bro do ano passado a concreti-zar o sonho de ser bombeiro, determinados em ingressar nas fileiras de voluntários de Alver-ca, Castanheira do Ribatejo, Póvoa de Santa Iria, Vialonga ou Vila Franca de Xira.

Num destes fins de semana, o jornal Bombeiros de Portugal (BP) acompanhou o grupo que, no quartel da Póvoa de Santa Iria, cumpria o plano de forma-ção, na área da Técnicas de So-corrismo, um dos seis módulos que integram as 336 horas de formação de ingresso na carrei-ra de bombeiro.

António Carvalho, coman-dante dos Voluntários da Póvoa de Santa Iria, revelou, em de-clarações ao BP, que “depois de uma primeira experiência há uns anos terá chegado o mo-mento certo para avançar com este projeto no concelho, pois todos os corpos de bombeiros tinham candidatos mas não em número suficiente para investir nesta iniciativa a título indivi-dual. Assim, se deu esta união

de esforço que permitiu congre-gar cinco das seis corporações do município”

O responsável operacional falou, ainda, da importância de todos os corpos de bombeiros terem formadores nas mais di-versas áreas, credenciados pela Escola Nacional de Bombeiros o que permite garantir a qualida-de desta formação”.

Os 56 recrutas estão dividi-dos por duas turmas e cum-prem uma espécie de formação itinerante que percorre todos os quartéis envolvidos no projeto em sessões teórica e práticas que compreendem matérias tão diversa como a Introdução Ao serviço de Bombeiros (46 ho-ras, em Vila Franca de Xira), Equipamentos, Manobras em Veículos 850 horas em Vialon-ga), Técnicas de Socorrismo (50 horas, na Póvoa de Santa Iria), Técnicas de Salvamento e desencarceramento (50 horas em Castanheira do Ribatejo e Alverca), Operações de extin-ção de incêndios urbanos e in-dustriais (70 horas em Alverca e Sacavém) e Operações de ex-tinção de Incêndios Florestais (70 horas, em Castanheira do Ribatejo e Vialonga).

“Esta ação permite esbater “bairrismos” e diferenças, fo-mentar o convívio e o trabalhar em equipa”, defende António Carvalho dando ainda conta que a partilha de esforços e re-cursos e de custos se reveste de grande importância para as associações condenadas à rigo-rosa gestão de verbas.

O comandante não escondeu satisfação pelo sucesso desta recruta, tendo em conta que “numa zona urbana é uma vitó-ria conseguir reunir este núme-ro de formandos” .

João Carolino, um dos forma-

dores do corpo de bombeiros de Vila Franca de Xira salientou que esta ação conjunta “permi-te não só racionar meios e re-cursos disponíveis mas também facilitar o acesso à formação”.

Por outro lado, sublinha a im-portância deste curso que se apresenta com elevados níveis de exigência.

“O universo de bombeiros tornou-se muito mais exigente o que também desafia constan-temente os formadores a pro-curar níveis de excelência”, dis-se-nos.

Na mesma linha, a adjunta de comando da Póvoa de Santa Iria, Elisabete Costa, falou de uma “experiência muito positi-va tanto para os formandos, que estão muito motivados,

como para os formadores grati-ficados por puderam iniciar um trabalho de raiz.”. Esta opera-cional destacou ainda “o espíri-to de camaradagem e entreaju-da que une o grupo”.

“É bombeiro quem pode, não é quem quer”, quem o afirma é Helena Silva, formadora da Es-cola Nacional de Bombeiros com ampla experiência neste tipo de ações conjuntas, sendo aliás um dos rostos de projeto similar há alguns anos imple-mentado no concelho de Oei-ras. Motivação entusiasmo e determinação parecem não fal-tar a este grupo que merece “nota positiva”, até porque “por enquanto, ainda não sofreu bai-xas”

A formação termina já no

próximo mês de maio e os cor-pos de bombeiros envolvidos numa avaliação, ainda prelimi-

nar, parecem determinados a repetir a experiência

Sofia Ribeiro

VILA FRANCA DE XIRA

Quartéis aguardam reforços

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O Corpo de Bombeiros Voluntários da Aguda no âmbito das parcerias com empresas

da sua área de atuação, e que resultaram na aquisição de uma ambulância de socorro sem custos para a associação, promoveu no quar-tel o 1.º Mass Training em Suporte Básico de Vida para os colaboradores dessas entidades.

O ação integrou duas sessões de quatro horas, em que cada empresa foi convidada a colocar quatro colaboradores em cada um dos dias, permitindo a prática das técnicas de su-porte básico de vida.

Aderiram à iniciativa 34 empresas, num to-tal de 122 formandos.

Pedagogicamente cada sessão contou com

uma apresentação teórica, com a demonstra-ção das técnicas a aplicar, sendo posterior-mente os formandos divididos em grupos acompanhados por formadores em ações prá-ticas de reanimação. No final de cada uma das sessões foram ainda efetuadas demons-trações de SBV Pediátrico e do Desfibrilhador Automático Externo.

Face á recetividade e o grande interesse demonstrado pelos formandos bem como pe-las administrações das empresas, os Voluntá-rios da Aguda comprometem-se a “repetir esta experiência, alargada a outros temas pertinentes e de utilidade diária”.

O comando do CB Aguda avança que “este

é um dos caminhos prioritários, na sensibili-zação da comunidade empresarial para a ati-vidade dos bombeiros, permitindo uma inte-ração de proximidade e aumentar de opera-cionalidade dos Corpos de Bombeiros, no re-forço de recursos humanos e materiais, como nos últimos anos”:

“Enquanto comandante, é para mim, um orgulho poder contar com os homens e mu-lheres que permitiram com o seu desempe-nho o sucesso desta iniciativa pioneira, dirigi-da pelo 2.º Comandante César Lourenço, com coordenação dos oficiais Bombeiros Sónia Moutinho e Alexandra Lage”; destaca o res-ponsável operacional.

AGUDA

Bombeiros levam SBV às empresas

Santa. Maria da Feira acolhe as 2.ªs Jornadas Internacio-nais de Matérias Perigosas, iniciativa que se insere nas

comemorações do 93.º aniversário da Associação Humanitá-ria dos Bombeiros Voluntários da Feira.

Nestas jornadas de caráter formativo, que têm como ob-jetivo a partilha conhecimentos e experiências de operacio-nais na resolução de acidentes com matérias perigosas estão já confirmadas as presenças de palestrantes vindos de Fran-ça, Suíça e Espanha.

SANTA MARIA DA FEIRA

Matérias perigosasem jornadas

24 MARÇO 2014

No âmbito do projeto Bom-beiros Sec. XXI, da Escola

Nacional de Bombeiros e da Liga dos Bombeiros Portugue-ses, quinze elementos do corpo de Bombeiros das Caldas da Rainha frequentaram nos dias 28 de fevereiro e 1 e 2 de mar-ço, uma ação de Formação de Primeiros Socorros Psicológicos sendo a primeira no distrito de Leiria.

A atividade exercida pelos corpos de bombeiros encontra--se cada vez mais exposta a fa-tores de risco que podem ter influência na integridade física e psicológica a quem a vivência de um acontecimento traumáti-co pode desencadear várias reações ao nível emocional, cognitivo e comportamental.

Esta formação vem dotar es-tes operacionais de instrumen-

tos e metodologias de inter-venção em situações de emer-gência, desastre ou catástrofe, provocados por eventos trau-máticos, com o objetivo de na primeira abordagem e execu-ção dos primeiros socorros psi-cológicos, os bombeiros pode-rem prestar aos sobreviventes de um incidente e aos familia-

res das pessoas envolvidas, as-sim como aos próprios elemen-tos das equipas de emergência intervenientes, um trabalho baseado nos conhecimentos agora adquiridos, que vise a estabilização emocional dos envolvidos até á chegada de equipas diferenciadas de apoio psicossocial.

BOMBEIROS SÉCULO XXI

Caldas participa em formaçãoOperacionais dos Corpos de

Bombeiros do Entronca-mento, Sardoal e Abrantes par-ticiparam com sucesso, recen-temente, o Curso de Controlo de Acidentes com Matérias Peri-gosas,

Esta formação de 50 horas, que se realizou no quartel de Abrantes, foi uma das primeiras a ser realizada no distrito de Santarém e faz parte da com-ponente de aperfeiçoamento técnico dada pela Escola Nacio-nal de Bombeiros.

Ministrado pelos formadores

Rodrigo Bertelo, dos Voluntá-rios do Entroncamento e Nuno Morgado, dos Municipais do Sardoal, este curso abordou en-tre outras temáticas legislação

em vigor, classificação e identi-ficação de matérias perigosas, identificação de matérias peri-gosas e procedimentos de se-gurança.

ABRANTES

Bombeiros frequentam curso com sucesso

Oeiras reforçou a capacidade de resposta nas missões de socorro com a incorporação de

quarenta novos operacionais nos sete corpos de bombeiros do concelho.

Em cerimónia realizada no dia 12 de março os novos elementos depois do juramento ao lema “vida por vida” receberam dos seus padrinhos as divisas de bombeiro de 3-ª, uma nova responsa-bilidade cívica na defesa de pessoas e bens que o presidente da câmara municipal de Oeiras, Paulo Vistas valorizou e enalteceu.

Os formadores desta escola conjunta de recru-tas mereceram também público reconhecimento

pelo profissionalismo e doutrina exemplar em-prestado à formação e preparação destes jovens que constituem um reforço fundamental para os quartéis oeirenses .

A sessão culminou com a celebração de um protocolo que visa a criação e manutenção dos grupos de primeiro socorro (GPS) nas associa-ções de bombeiros de Algés, Barcarena, Carnaxi-de, Linda-a-Pastora, Oeiras e Paço De Arcos.

Sérgio Santos

OEIRAS

Concelho recebe mais 40 operacionais

Numa sociedade que se pre-tende cada vez mais infor-

mada e ativa no socorro e aju-da ao próximo, o comando dos Voluntários de Cantanhede, contam no corpo ativo com uma equipa de formadores ex-ternos da Escola Nacional de Bombeiros (ENB), que tudo têm investido na formação teó-rica e prática dos candidatos a bombeiro.

Atualmente decorre no quar-tel dos Bombeiros de Cantanhe-de, mais uma escola de esta-giários que conta com cerca de duas dezenas de jovens.

A antecipar a instrução e for-mação, o gabinete de saúde des-ta instituição, submeteu os for-mandos a exames médicos bem como à avaliação psicológica.

Numa outra vertente, a asso-ciação consciente da importân-

cia da preparação destes jovens nas mais distintas áreas, inves-tiu na aquisição de um novo equipamento de DAE de treino para formação na área da saú-de.

CANTANHEDE

Reforços estão a chegar

25MARÇO 2014

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da

Ericeira reforçou a capacidade de intervenção operacional com a integração no corpo ativo de dez novos elementos.

Em cerimónia realizada na Praça da República dezenas de convidados e familiares dos jo-vens bombeiros testemunha-ram o juramento dos novos operacionais, que concluíram com êxito todas as fases de for-mação teórica e prática do cur-so de instrução inicial de bom-beiros, conforme salientou o comandante Nuno Silva.

Na mesma ocasião foi ainda apresentada uma nova ambu-lância de socorro que permite ampliar a capacidade de res-posta bem como as condições de trabalho no âmbito da emer-gência pré-hospitalar.

Sérgio Santos

ERICEIRA

Ampliada capacidade de intervenção

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: BVE

RICE

IRA

No passado dia 8 de março, o Corpo Volun-tário Salvação Publica da Associação Hu-

manitária dos Bombeiros de S. Pedro do Sul formou e preparou com sucesso levou 11 jo-vens para o exame de Ingresso à Carreira de Bombeiro, na Unidade Local de Formação de Mangualde.

Este corpo de bombeiros, no espaço de dois anos, promoveu três escolas de estagiários que permitiram reforçar o contingente com 31 novos operacionais.

Refira-se que já este ano, a associação pro-moveu quatro elementos às categorias de bombeiro de 2.ª e de 1.ª.

S. PEDRO DO SUL

Mais onze ingressam no quartel

A Direcção dos Bombeiros Vo-luntários de Anadia nomeou,

recentemente, Ana Margarida da Silva Laranjeiro Matias, enge-nheira técnica civil, Mestre em Construção Urbana, como co-mandante do corpo de bombei-ros.

Ana Matias ingressou no corpo de bombeiros a 12 de Outubro de 2011, como oficial bombeira de 2.ª., supranumerário.

Depois de aceitar o convite da

direção dos Voluntários de Anadia a indigitada aguarda a homolo-gação da nomeação pela Autori-dade Nacional de Proteção Civil.

Segundo a futura comandante “esta nomeação é importante pois representa um gesto de con-fiança por parte da direção. Após a regularização do processo esta-rei no ativo e ao dispor do corpo de bombeiros e da direção dos Voluntários de Anadia, tal como da comunidade.”

ANADIA

Comando no feminino

José Carlos Sénica Pereira assumiu, recentemen-te, o comando dos Bombeiros de Torres Novas.

Assim, após 25 anos de dedicação e muito empe-nho o 2.° Comandante encara um novo desafio.

O presidente desta Associação,. Arnaldo San-tos, enalteceu o excelente trabalho, empenho e coordenação do novo comandante José Carlos Pe-reira, que por sua vez agradeceu à sua família por todo o apoio e compreensão, mas também à dire-ção da instituição pela confiança depositada e a todos os bombeiro com quem conta para o desem-penho exemplar da sua missão.

TORRES NOVAS

Renovação do quadro

A direção da Associação Hu-manitária dos Bombeiros

Voluntários de Cascais apro-vou por unanimidade a pro-posta apresentada pelo co-mandante João Loureiro para a nomeação do novo adjunto de comando do corpo de bombeiros.

A escolha recaiu no chefe António Manuel da Costa Nu-nes, elemento com provas dadas ao longo da sua carreira de bombeiro e que, no entender do comando, reúne as con-dições para a nova função.

Neste momento, o chefe António Nunes fre-quenta até 10 de abril próximo nas instala-ções da Escola Nacional de Bombeiros (ENB)

os vários módulos do curso de quadro de comando que o irá habilitar formalmente às no-vas funções através de despa-cho da ANPC.

A direção e comando dos Voluntários de Cascais, a pro-pósito, não deixam de subli-nhar a pronta colaboração dada, quer pelo presidente da Câmara Municipal de Cascais, quer pela administração da

empresa municipal Cascais Próxima, para que o seu funcionário António Nunes fosse dispen-sado do serviço, para aceder à formação na ENB, durante três semanas em regime labo-ral, nos centros de formação de S. João da Madeira, Lousã e na sede da escola.

CASCAIS

Novo adjunto no comando

VILA REAL

Cruz Branca com novo responsável operacional

O salão nobre dos Volun-tários de Foz Côa, aco-

lheu a cerimónia de tomada de posse do 2.º comandan-te e do adjunto de comando do corpo de bombeiros, que este ano completa 80 anos ao serviço da população.

Rafael Magalhães Fonse-ca Almeida, 2.º comandan-te e o adjunto Ricardo Luís Mesquita Cabral de Carva-lho integram, há vários anos, o Corpo de Bombei-ros, que conhecem bem tal como a casa, a área de intervenção e a popu-lação do concelho.

Na posse conferida pelo vice-presidente da assembleia geral da instituição, Fernando Fa-chada, estiveram presentes, entre outras en-tidades o Comandante Distrital de Operações de Socorro, António Fonseca, o presidente da câmara municipal, Gustavo Duarte, o presi-

dente da direção dos Voluntários de Foz Côa, António Pimentel Lourenço, o comandante do corpo de bombeiros, Ildefonso Costa, bem como o representante da Federação de Bom-beiros do Distrito da Guarda, o comandante da GNR local, os diretores do Centro de Saúde e do Agrupamento de Escolas, elementos dos órgãos sociais, bombeiros e seus familiares.

VILA NOVA DE FOZ CÔA

Estrutura renovada

Tomou posse em 22 de fe-vereiro último o novo co-

mandante dos Bombeiros Voluntários da Salvação Pú-blica de Vila Real, Cruz Bran-ca, Orlando Nuno Martins Matos.

O empossado é natural de Escariz, Adoufe, Vila Real, possui uma licenciatura em Psicologia e ocupava antes o cargo de adjunto de coman-do.

Do seu currículo consta, o curso de formador de con-dução defensiva (ENB/CRM), o curso de segurança no combate a incêndios flores-tais (ENB), o curso de chefe de grupo de combate a in-cêndios florestais (ENB), a formação inicial das equipas de apoio psicossocial da ANPC (ENB/ANPC) o curso de formação para comandante operacional municipal (Fundação CEFA/ENB) e o curso de gestão de equipas (FNAJ).

O comandante Orlando Matos possui ainda

formação multidisciplinar nas áreas, entre ou-tras, da busca e resgate em estruturas colapsa-das, técnicas de escoramento, dirigentes asso-ciativos, operador de central de telecomunica-ções, quadro de comando e salvamento em grande ângulo.

26 MARÇO 2014

Tomou posse no passado dia 21 de março, João Carlos Bonifácio, novo

comandante dos Voluntários de São Martinho do Porto numa cerimónia que contou com a presença, entre ou-tras individualidades, do presidente da Câmara Municipal de Alcobaça e de Sérgio Gomes, Comandante Opera-cional Distrital de Operações de So-corro de Leiria.

João Carlos Bonifácio tem 48 anos de idade e integra o corpo ativo há mais de duas décadas onde, atual-mente, ocupava o posto de chefe.

SÃO MARTINHO DO PORTO

Chefe assume comando

A posse do novo segundo co-mandante do corpo de bom-

beiros da Associação Humanitá-ria de Bombeiros Voluntários de Colares, a par da promoção de 8 novos bombeiros, marcou a ce-rimónia comemorativa do 124.º aniversário da instituição.

Pedro Louro, anterior adjunto de comando, passa agora a de-sempenhar a função de segun-do-comandante, após o lugar ter ficado vago devido ao faleci-mento prematuro do anterior ti-tular, José Alberto, também lembrado nesta cerimónia.

Dos 8 novos bombeiros pro-movidos durante a sessão sole-ne, 3 são mulheres, seguindo a lógica de anteriores promoções naquele corpo de bombeiros.

Procedeu-se também à atri-buição de medalhas de assidui-dade da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) e da Associa-ção a diversos bombeiros, in-cluindo 3 relativas a 25 anos de atividade.

Antes da sessão solene, e pe-rante a formatura e todos os convidados, o comando e a dire-ção fizeram questão de apre-sentar uma viatura de combate a incêndios florestais, capotada há cinco anos, ainda em fase de recuperação, para enaltecer o trabalho que os bombeiros têm desenvolvido nessa tarefa, com

especial, relevo para o subchefe Paulo Silva.

A cerimónia foi presidida pelo presidente da Assembleia Muni-cipal de Sintra, Domingos Quin-tas, e contou com a presença do vice-presidente da LBP, Rama da Silva, do vice-presidente da Federação de Bombeiros do Dis-trito de Lisboa, comandante Pe-dro Ernesto, do CADIS, Elísio Oliveira, do CODIS, Carlos Mata,

do presidente da Junta de Fre-guesia de Colares, Rui Santos, anfitreados pelo vice-presidente da assembleia-geral da Associa-ção, Almeida Leiria, do presi-dente da direção, Rui Lopes, e outros dirigentes, e do coman-dante Luis Recto.

A sessão solene foi antecedi-da da habitual romagem ao ce-mitério local e da missa solene na igreja matriz de Colares.

COLARES

Posse em dia de festa

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Presididas por Fernando Alexandre, secretário de

Estado adjunto da Adminis-tração Interna decorreram no passado dia 9 de março as co-memorações do 60.º aniver-

sário dos Bombeiros Voluntá-rios do Concelho de Belmon-te.

A remodelação em curso do quartel e a aquisição dos EPI florestais foram temas que

dominaram a sessão que teve ainda como momento impor-tante a inauguração de novas viauras, mais um investimen-to na qualidade do serviço prestado à comunidade.

BELMONTE

Quartel assinala 60.º aniversário

O Corpo Voluntario de Salvação Publica Asso-ciação Humanitária dos Bombeiros de S. Pe-

dro do Sul assinalou recentemente o 69.º aniver-sário, numa festa que permitiu uma vez mais reunir esta grande e unida família.

A marcar as cerimónias a distinção do Adjunto de Comando Jose Luís Alves Landeira com o cra-chá de ouro da liga dos Bombeiros Portugueses.

No decorrer da sessão foram ainda atribuídas medalhas de assiduidade de 5, 10, 15, 20 e 25 anos de serviço aos elementos deste corpo de bombeiros.

Associaram-se aos festejos, entre outras enti-dades, Víctor Figueiredo, presidente da Câmara Municipal de São Pedro de Sul, o tenente-coronel Lúcio Campos, o Comandante Operacional Distri-tal de Operações de Socorro do distrito de Viseu e ainda o comandante Requeijo, em representa-ção da Liga dos Bombeiros Portugueses, Joaquim Rebelo Marinho, presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Viseu; Jose Fernandes, provedor da Santa Casa da Misericórdia de S. An-tonio e Jose Pereirinha, comandante da Guarda Nacional Republicana de S. Pedro do Sul.

S. PEDRO DO SUL

A servir há 89 anos

Filipe José Narciso Regueira é o comandante da Associação Humanitária de Bombeiros Volun-

tários de Alcanede tomando posse na cerimónia do 19.º aniversário da instituição.

Com objetivos traçados o novo responsável operacional referiu-se confiante na equipa de tra-balho e que todos juntos podem dar continuidade ao trabalho feito pelos homens e mulheres que servem no corpo de bombeiros. Deixou ainda ex-pressa a intenção de que deve existir uma res-ponsabilidade partilhada nas ações práticas entre as autarquias locais e corpo de bombeiros corres-pondendo assim uma melhor eficácia nas medi-das de prevenção e socorro das missões.

”Equipar os bombeiros na sua totalidade” será um projeto a levar na sua missiva, pois considera que é primordial a segurança dos operacionais.

O vice presidente da direção fez referencia as atividades da associação e aos projetos futuros que irão permitir a manutenção da sua estabili-dade, terminando deixando agradecimentos ao

restantes órgãos diretivos, comando, corpo ativo e demais entidades públicas e privadas que tem contribuído para com a associação.

Na cerimíc foram ainda promovidos a bombei-ros de 3.ª doze novos elementos e distinguidos com medalhas da Liga dos Bombeiros Portugue-ses outros tantos operacionais pelos anos de ser-viço voluntário prestado à comunidade.

Em dia de festa, foram apresentados uma am-bulância de transporte de doentes (ABTD) e um veículo florestal de combate a incêndios (VFCI) que, recentemente, requalificado irá reforçar a capacidade de intervenção deste corpo de bom-beiros.

Estiveram presentes nas comemorações, entre outras entidades, o presidente da câmara munici-pal de Santarém Ricardo Gonçalves; o coman-dante distrital Mário Silvestre e o comandante Vítor Bertelo da federação dos bombeiros do dis-trito de Santarém e em representação da LBP.

Sérgio Santos

ALCANEDE

Reforços e novo comando

27MARÇO 2014

O presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, José Maria Costa, assumiu como

prioritária a intervenção no quartel dos Bombei-ros Municipais, nomeadamente a impermeabili-zação das coberturas. Segundo o autarca, o pró-ximo passo é o investimento no quartel, um edi-fício antigo a necessitar de intervenção, para a qual conta com a possibilidade de recurso a fun-dos comunitários.

O presidente da edilidade falava durante as co-memorações do 234.º aniversário dos Bombeiros Municipais de Viana do Castelo, o terceiro corpo de bombeiros mais antigo do país.

As comemorações incluíram um conjunto de atividades, com destaque para uma acção de “quartel aberto” realizada na Praça Marques Jú-nior, onde estiveram em exposição e disponíveis para demonstração as viaturas do corpo de bom-beiros.

O programa integrou ainda uma missa em me-mória dos bombeiros falecidos na Capela de S. Vicente e a romagem ao cemitério local.

Os Bombeiros Municipais foram fundados em 22 de Março de 1780 com a designação original de Companhia da Bomba, sendo atualmente o terceiro mais antigo de Portugal, a seguir aos Sa-padores de Lisboa e Porto.

VIANA DO CASTELO

Próximo passo são obras no quartelO Ministro da Administração Interna reforçou a

necessidade da construção de novo quartel d os Bombeiros de Barcelinhos.

Esta afirmação foi feita na última audição de Miguel Macedo na Comissão de Incêndios Flores-tais, depois de reconhecer que existe um conjun-to de associações de bombeiros em Portugal que precisam de serem apoiadas, como é o caso dos Voluntários de Barcelinhos.

Miguel Macedo frisou ainda a necessidade de uma colaboração multimunicipal para fazer face às necessidades das corporações de Bombeiros de Portugal que se encontram com problemas de variadissima ordem.

Recorde-se que o Ministro Miguel Macedo pre-sidiu às comemorações do último aniversário das dos Bombeiros de Barcelinhos de onde saiu a in-tenção de apoiar a instituição.

Registe-se, que, entretanto, a Autoridade Na-cional para a Proteção Civil ainda em 2013 deu aprovou o projeto para o novo quartel

Os Bombeiros de Barcelinhos aguardam, as-sim, com enorme expectativa, por “luz verde” do Governo, assim como pela aprovação à obtenção de financiamento do Quadro de Referência Estra-tégica Nacional (QREN)

BARCELINHOS

Ministro reforça necessidade

A empresa “Microsoft” acaba de aprovar a can-didatura da Associação Humanitária de Bom-

beiros Voluntários de Cascais (AHBVC) ao seu programa de doação de “software” genuíno. As-sim, a Associação foi contemplada com a doação de licenças no valor total de 56,593.00 dólares, a que corresponderão aproximadamente 40,837.35 euros.

A AHBVC, com base nesta doação, vai poder continuar a contar com a utilização de software de ultima geração.

Este programa de doação de “software” da “Mi-crosoft” existe desde 1998 e já permitiu a doação

de 3,9 mil milhões de dólares em todo o mundo, abrangendo anualmente, na atualidade, cerca de 40 mil entidades sem fins lucrativos. Em Portu-gal, desde 2006, o programa já disponibilizou mais de 4,5 milhões de dólares em “software” a instituições particulares de solidariedade social e associações de bombeiros.

Este programa consiste na doação de “softwa-re Microsoft”, sem custos, a organizações sem fins lucrativos e com recursos limitados, facilitan-do-lhes, assim, o acesso à tecnologia que lhes permita gerir os serviços e meios ao dispor otimi-zando-os em prol da sua própria missão.

CASCAIS

Empresa oferece “software”

Num investimento avultado, os Bombeiros Vo-luntários do Barreiro - Corpo de Salvação Pú-

blica adquiriram uma câmara térmica, equipa-mento que permitirá incrementar significativa-mente a capacidade de salvamento de pessoas e animais em incêndios em edifícios, bem como a segurança dos Bombeiros envolvidos na opera-ção.

O novo equipamento permite que as equipas de socorro localizem quaisquer vítimas, em parti-cular num cenário de incêndio, em que o fumo denso, muitas vezes, reduz a visibilidade a zero. A câmara mostra uma imagem gerada pela dete-ção do calor corporal, sem necessidade de luz vi-sível. O combate às chamas também ganha eficá-cia, com a possibilidade de identificar os locais

com maior temperatura de forma remota, sem necessidade de proximidade física do bombeiro que opera com a câmara, o que torna a interven-ção mais segura.

BARREIRO

Corpo de Salvação Pública adquire câmara térmica

A igreja de Touguinha, Vila do Conde, foi pe-quena para acolher todos aqueles quantos

quiseram celebrar o aniversário de saudade por Artur Martins Azevedo, benfeitor dos Bombeiros Voluntários de Vila do Conde.

Na homilia, o padre Amorim apelou “à cons-ciência dos presentes alertando para a grandeza de quem se dispõe a partilhar o que tem”. Foi este o momento que a família Azevedo, encon-trou para através da empresa Fricon homenagear a título póstumo o seu sócio fundador e o cidadão benfeitor Artur Martins Azevedo, que sempre teve apreço pelos soldados da paz, ao fazer a bênção da ambulância doada aos Bombeiros de Vila do Conde.

A ambulância de transporte múltiplo (ABTM) doada, segundo o comandante dos Voluntários de

Vila do Conde, Joaquim Moreira, “vem fazer face ao desgaste do nosso parque automóvel”.

Aquele responsável enaltece também a iniciati-va, “para que a sociedade jamais esqueça este benemérito e na esperança que esta iniciativa possa contagiar outras pessoas ou instituições a ajudar aqueles que todos os dias colocam a vida em risco para o socorrer”.

VILA DO CONDE

Viatura é homenagem póstuma

Os Bombeiros Voluntários de Águeda equipa-ram-se, recentemente, com uma ambulância

de socorro, topo de gama, para cuidados intensi-vos que custou 70 mil euros, 20 mil dos quais custeados pela Autarquia local.

A nova ambulância recebeu o nome do antigo bombeiro e dirigente, a título póstumo, António Manuel Morais das Neves.

A ambulância, que passará a desempenhar a função de Reserva INEM, dispõe de desfibrilhador automático externo (DAE), monitor de parâme-tros vitais, aspirador, ventilador, frigorífico para soros quentes e frios, coletes de extração de adultos e crianças, plano duro para adultos e crianças, cadeiras rotativas personalizadas com o símbolo da associação, sacois de abordagem às vítimas, sacos de trauma, também pediátricos, célula de transporte climatizada, plano duro de reanimação, entre outros equipamentos.

Para o presidente da direção, José Manuel Ro-lim, este investimento insere-se num plano mais

vasto cumprido pela mesma equipa dirigente que permitiu equipar a associação, desde 2006, com dois novos veículos de combate a incêndios flo-restais e três ambulâncias, no valor global de 433 mil euros, 284 mil dos quais nos VFCI e os res-tantes 144 mil nas ambulâncias.

Os Voluntários de Águeda passam a dispor de 17 ambulâncias, 7 de socorro, 5 de transporte de doentes e 5 de transporte múltiplo.

Para José Manuel Rolim a próxima aposta será numa autoescada, imbuídos sempre da mesma lógica de “dotar os bombeiros com o melhor equi-pamento pessoal e coletivo”.

ÁGUEDA

Ambulância especial para socorro

Os Bombeiros de Aveiro-Ve-lhos dispõem agora de um

novo meio operacional, um veí-culo de apoio a mergulhadores (VAME), equipamento que re-sulta da adaptação de um anti-go veículo de socorro e assis-

tência tático (VSAT), cujo equi-pamento já se encontrava ob-soleto para a intervenção em operações de desencarcera-mento.

A transformação para VAME foi pensada e realizada por ele-

mentos do quartel que não des-curaram os pormenores que po-dem fazer toda a diferença na operacional e na qualidade de intervenção da equipa de mer-gulho dos Bombeiros de Aveiro--Velhos.

AVEIRO

Velhos transformam VSAT em VAME

28 MARÇO 2014

CARCAVELOS

Tributo no femininoOs Bombeiros Voluntários de

Carcavelos e S. Domingos de Rana aproveitaram a passagem do Dia Internacional da Mulher para prestar uma singela homenagem aos elementos femininos voluntá-rios daquela Associação.

A homenagem traduziu-se num lanche convívio durante o qual as presentes receberam uma flor en-tregue pela direção e pelo coman-do “numa forma carinhosa de agradecer o esforço e empenho de todas”.

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da

Cruz Branca, Vil Real assinalou o dia 8 de março a iniciativa “Ser mulher Ser bombeira”, com o objetivo de lembrar a importância da mulher na es-trutura.

Durante o dia as bombeiras puderam participar em várias atividades promovidas por um ginásio da cidade e, à noite, as mulheres destas instituição, dos serviços administrativos, da direção e do corpo ativo, junta-ram se para uma conversa su-bordinada à temática “Vivências das mulheres nos bombeiros”.

A surpresa da noite foi prota-gonizada pelo Diretor Nacional dos Bombeiros, Pedro Lopes, que se deslocou propositada-mente a Vila Real para se asso-ciar a este tributo e para agra-decer o “sacrifício pessoal que as mulheres fazem todos os dias para marcarem a diferença na prestação de serviço operacional dos bombei-ros, com rigor, eficiência na execução da tarefa, mas sempres com o seu toque feminino.”

Também o comandante Orlando Matos, se jun-tou a esta festa aproveitando para agradecer a presença das mulheres no quartel bem como “todo o trabalho e dedicação”.

Na ocasião, Álvaro Ribeiro, CODIS de Vila Real, lembrou a importância da “sensibilidade femini-

na”, e ainda fez uma evocação histórica dos Bom-beiros Voluntários da Cruz Branca, os “primeiros do distrito a terem uma força organizada de mu-lheres na constituição do seu quadro ativo, tal como dos primeiros a nível nacional a terem um elemento feminino na estrutura do comando.”

Desde então já passaram vinte anos, hoje a associação conta com 35 mulheres no corpo ativo num universo de 122 bombeiros.

VILA REAL

“Ser mulher Ser bombeira”

A Reviver Mais promove em 10 de maio próxi-mo no pavilhão gimnodesportivo da Associa-

ção Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas um fórum nacional sobre o tema “A Or-ganização dos Bombeiros. Do SNB ao Futuro: Que Caminho?”.

O encontro divide-se em três painéis temáti-cos: “Serviço Nacional de Bombeiros: um balanço por fazer”, “Organização Operacional dos Bom-beiros” e “Bombeiros: Que Futuro?”.

Para cada um dos painéis está convidado um conjunto significativo de oradores, incluindo per-sonalidades que desempenharam ou desempe-nham cargos de responsabilidade nas estruturas nacionais dos bombeiros.

O primeiro painel, relativo ao SNB, conta com a presença de quatro antigos presidentes daquela estrutura, padre Vitor Melícias, José António La-ranjeira, José Manuel Abrantes e Joaquim Mari-nho. Será morador Rui Santos Silva.

No segundo painel, alusivo à organização ope-racional, irão intervir, Paulo Gil Martins, Carlos Ferreira de Castro, João Lima Cascada e o co-mandante José da Silva Campos. Será moderador Duarte Nuno Caldeira.

No terceiro painel, sobre o Futuro, vão intervir, o coronel António Antunes, os comandantes Jai-me Soares e Miguel Silva, José Ferreira e Octávio Machado, sob a moderação de José Manuel Lou-renço Baptista.

O encontro, promovido pela Reviver Mais, con-ta com o apoio da Liga dos Bombeiros Portugue-ses, da Câmara Municipal de Almada e dos BV Cacilhas.

As inscrições para participação no fórum de-correm até ao dia 22 de abril, junto do secretaria-do da Reviver Mais, na Rua Camilo Castelo Bran-co, n.º 33, 1150-083 LISBOA, via CTT, pelo fax 213149383 ou, ainda, através do e-mail: [email protected].

REVIVER MAIS

Balanço sobre o SNB e o futuro

Com 66 anos de idade, de-pois de doença prolonga-

da, faleceu no passado dia 9 de março o 2.º Cmdt /QH Joaquim Varela, tendo o fu-neral ocorrido no dia 11.

Foi admitido em 20.07.1964 tendo passado ao QH em 17.05.2003 de-pois de 39 anos de serviço ativo e de ter percorrido toda a carreira de Bombeiro desde Aspirante até Chefe, posto este atingido em 13.08.1985. Em 20.03.1989 foi escolhido para Ajudante de Comando e em 22.09.1993 e passou a Segun-do Comandante dos Bombeiros Municipais de Al-canena. Por várias vezes assumiu o lugar de Co-mandante em regime de substituição e durante várias décadas foi profissional dos Bombeiros.

Foi um Bombeiro dedicado à causa, disciplina-do e disciplinador, tendo começado na fanfarra da qual também chegou a Instrutor como Voluntá-rio, aproveitou com interesse todas as oportuni-dades de formação, sendo de realçar o seu Curso de TAS no longínquo ano de 1974.

Durante a sua longa carreira de Bombeiro, foi

distinguido com muitas, me-recidas e distintas condeco-rações.

Nas cerimónias fúnebres, apesar do Corpo de Bombei-ros não ter um quadro muito alargado, os seus Bombeiros foram inexcedíveis na mere-cida e devida Guarda e Hon-ra e foram esses mesmos Bombeiros que decidiram le-var a urna aos ombros desde o Quartel, onde o corpo es-teve em câmara ardente, até ao Cemitério Municipal de Alcanena.

No cortejo fúnebre, onde se incorporaram, para além de familiares e amigos, também elei-tos municipais e marcaram presença muitos Sol-dados da Paz de vários Corpos de Bombeiros, maioritariamente de Alcanena e de Minde, bem como os estandartes dos Bombeiros Municipais de Alcanena e dos Voluntários de Minde.

Na hora da descida da urna à terra, um terno de clarins da fanfarra dos BM de Alcanena inter-pretou, de modo muito sentido, a marcha de con-tinência.

Carlos Pinheiro

ALCANENA

Faleceu o 2.º comandanteQH Joaquim Varela

29MARÇO 2014

1 – Ação de sensibilização para a missão dos bombeiros serviu de mote à iniciativa “Quartel Aberto”promovida pelos Voluntários de Camarate no Dia da Proteção são Civil.

2 – Em Coja a efeméride foi assina com um exercício de desencarceramento e salvamento e grande ângulo, que simu-lou um acidente de viação com despiste para uma ravina.

3 – Um simulacro do capotamento de um autocarro com multivitimas mobilizou os corpos de bombeiros de Odivelas, Odivelas, Caneças e Pontinha.

O Dia da Proteção civil – 1 de março – foi assinalado com inúmeras iniciativas que mobilizaram corpos de bombeiros de norte a sul do País paralelamente às comparações oficiais que este ano tiveram como momento maior a homenagem aos operacionais mortos no

combate às chamas nos violentos incêndio do Verão passado, conforme pode ler na página 11.Simulacros, exposições, ações de sensibilização entre muitas outras iniciativas levaram dezenas de bombeiros para as rua, dando a

conhecer a realidade e trabalho desenvolvido todos os dias, 24 horas por dia, 365 dias por ano nos quartéis nacionais.

1 DE MARÇO, DIA DA PROTEÇÃO CIVIL

Bombeiros nas comemorações

“Sparky” é estrelaA mascote pedagógica dos

bombeiros norte-america-nos “Sparky”, propriedade dos Voluntários de Cascais, marcou também presença na III Sema-na da Proteção Civil de Cascais comemorada no centro comer-cial CascaiShopping sob o lema “Cascais: por uma cultura de prevenção e de planeamento de emergência”.

A Semana incluiu uma expo-sição alusiva aos bombeiros e aos restantes agentes do siste-ma municipal de proteção civil com demonstrações de práticas de socorro e salvamento e um seminário sobre “fenómenos ex-tremos e tsunamis em Cascais”.

A exposição e as demonstra-ções foram acompanhadas por muitos milhares de pessoas in-cluindo cerca de duas mil crian-ças de escolas do concelho que tiveram a oportunidade de par-ticipar em diversos eventos programados especialmente para elas pelo Serviço Municipal de Proteção Civil.

A abertura do evento contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Cas-cais, Carlos Carreiras, do co-mandante municipal, Pedro Mendonça, vereadores, deputa-dos municipais, presidentes de juntas de freguesia e os vários presidentes e comandos das as-

sociações de bombeiros do con-celho bem como representantes de outras entidades.

A mascote “Sparky”, boneco adquirido há vários anos pelos Voluntários de Cascais nos Es-

tados Unidos da América, susci-tou a atenção particular das crianças presentes, a par das mascotes da GNR e da PSP que também se encontravam na ex-posição.

Os bombeiros de Cantanhede participaram na semana da

Proteção Civil do município, de-senvolvendo atividades em vá-rios estabelecimentos de ensino do a fim de educar para a pre-venção, promover o conheci-mento do sistema integrado de emergência médica, estimular o relacionamento com os agentes de proteção civil e fomentar a aquisição de conceitos e hábitos de segurança.

Os Voluntários de Cantanhe-de, juntamente com a GNR e o Serviço Municipal de Proteção Civil, realizaram ainda um simulacro de incêndio e fuga de gás na PRODECO - Progres-so e Desenvolvimento de Covões, IPSS com o ob-jetivo de avaliar a capacidade de resposta e a interação entre as diversas entidades de socorro e segurança que atuam no concelho. Segundo Hugo Oliveira, comandante operacional municipal da Proteção Civil, disse que “as coisas funciona-ram bem”, embora José Oliveira, 2.º comandante Bombeiros de Canatanhede , tenha deixado um reparo “aos carros estacionados à entrada do portão”.

Simulacro na Prodeco

Mais uma vez em Fafe a data foi assinalada com um conjunto de iniciativas que incluiu

simulacros e exposições de equipamentos e um worshop sobre Gás Natural.

O programa integrou também uma ação práti-ca de combate à combustão do gás natural, na zona da Fafôa, onde se encontra uma “subesta-ção” que controla a passagem do gás para a rede.

As equipas especializadas da EDP-Gás também estiveram no local e participam nos exercícios.

Os veículos dos Bombeiros de Fafe estiveram em exposição na Praça 25 de Abril, onde chegou também estar previsto um simulacro em larga escala envolvendo todos os agentes da proteção civil, mas o mau tempo acabou por determinar o cancelamento da iniciativa.

Mau tempo estraga o programa

A Câmara Municipal do Porto, através do Depar-tamento Municipal de Proteção Civil, promo-

veu entre 11 a 15 de março, no quartel do Bata-lhão de Sapadores Bombeiros (BSB), a Semana Aberta da Proteção Civil 2014.

Na iniciativa, participaram vários agentes da proteção civil, o próprio Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto, os Bombeiros Voluntários do Porto, os Bombeiros Voluntários Portuenses, a Proteção Civil Municipal do Porto, a PSP, a Polícia Municipal do Porto, o INEM, a Cruz Vermelha, a GNR, a Autoridade Marítima e o Exército. Para a organização, foi uma oportunidade para escolas e população em geral ficar a conhecer melhor a realidade das entidades envolvidas, os equipa-mentos que utilizam e as atividades que desen-volvem.

O último dia da Semana Aberta foi dedicado aos corpos de bombeiros do município do Porto (Bata-

lhão de Sapadores Bombeiros, Bombeiros Volun-tários do Porto e Bombeiros Voluntários Portuen-ses), que realizaram um simulacro e uma exposi-ção de viaturas antigas dos corpos de bombeiros do distrito do Porto, na Avenida dos Aliados.

O presidente da Câmara Municipal, Rui Morei-ra, acompanhado do vereador da fiscalização e proteção civil, Manuel Sampaio Pimentel, assisti-ram ao exercício conjunto dos vários agentes da proteção civil, intitulado “Livex”, que decorreu no Edifício dos Correios. Participaram no simulacro as três corporações de bombeiros da cidade (Sa-padores Bombeiros, Voluntários Porto e Portuen-ses), a PSP, Policia Municipal do Porto, Proteção Civil Municipal do Porto, INEM, a Cruz Vermelha e o Corpo Nacional de Escutas.

A Semana Aberta encerrou com um desfile de viaturas clássicas dos agentes de proteção civil.

Texto e fotos: Subchefe António Oliveira.

Porto promove Semana Aberta

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30 MARÇO 2014

Todos os anos assinala-se no dia 1 de março o Dia da Proteção Civil,

efeméride instituída a nível mundial pela Organização Internacional de Pro-teção Civil (OIPC). Este ano o tema central destas comemorações é a “Cul-tura de Prevenção para uma Sociedade mais Segura”.

1. A “Cultura de Prevenção para uma Sociedade mais Segura”, tem de ser cada vez mais entendida como uma atividade de partilha de Recursos, Responsabilidades e Saberes…

Isto leva-nos a uma complexidade acrescida… O cidadão… O cidadão que não considera importante prevenir-se contra as emergências, porque não está nos seus hábitos, porque não pas-sam de acontecimentos improváveis que só acontecem aos outros… e con-tra os quais, é obrigação exclusiva do Estado tomar as devidas providên-cias…

Mas ao contrário do que se possa pensar, não é possível garantir a prote-ção e segurança dos cidadãos, sem o seu esforço concertado. Isto significa que a população deve adotar individual e coletivamente sobre o plano dos va-lores, atitudes e comportamentos fun-dados na tomada de consciência sobre os riscos e perigos existentes e a ne-cessidade de se proteger e de se pre-parar.

É preciso ganharmos consciência das nossas limitações, mas também tomarmos consciência das nossas ca-pacidades, enquanto indivíduos e insti-tuições. Todos nós devemos aprender. E todos nós devemos aprender porque todos nós devemos participar, todos nós nos devemos envolver, todos nós nos devemos empenhar.

A Proteção Civil como tarefa de to-dos é cada vez mais uma responsabili-dade de cada um.

Novos comportamentos e atitudes face ao risco e aos perigos devem ser desenvolvidos. O cidadão deve ser um participante ativo na sua proteção e na proteção da sociedade. Não há segu-rança sem a intervenção e empenha-mento ativo dos cidadãos.

A grandeza e a superior importância dos valores que estão em jogo nas si-tuações de emergência, exigem que a Proteção Civil se desenvolva como um conjunto de atividades a levar a cabo, de acordo com adequadas orientações e prévio planeamento, obtendo os re-cursos necessários do Estado, mas ob-tendo também o envolvimento das en-tidades e organizações públicas e pri-vadas, das empresas e sobretudo dos cidadãos.

Esta contribuição é fundamental para fazer face à pluralidade dos riscos que ameaçam as modernas sociedades humanas, com consequências cada vez mais gravosas, originadas por fe-nómenos naturais cada vez mais pode-rosos e destruidores, fatores tecnoló-gicos e sociais onde se incluem gran-des manifestações populares ou amea-ças terroristas que juntam novos elementos na prevenção dos riscos e na resposta, pondo ainda mais em pe-rigo a segurança dos operacionais.

As futuras responsabilidades da Pro-teção Civil vão necessariamente dire-cionar-se para as alterações climáti-cas, os desastres naturais, a necessi-dade de adaptação da população a no-vas realidades decorrentes destas

novos invasores, mas também em re-lação aos fenómenos sociais e políticos que levam milhares para as ruas em manifestações improvisadas que mui-tas vezes provocam autênticas situa-ções de desastre.

Previsão, análise, avaliação, gestão da informação e das consequências dos fenómenos serão muito do futuro trabalho da proteção civil a par da ca-pacidade de resposta assim como do esforço destinado a melhorar a dire-ção, a informação e a articulação entre serviços, entidades, organizações e população.

A necessária participação da Prote-ção Civil na política de segurança in-terna constituirá uma evolução mar-cante na sua evolução.

Porque o mundo está todos os dias a mudar, é necessário repensar a estra-tégia de Proteção Civil e adotar um sis-tema que permita construir uma Orga-nização Portuguesa de Proteção Civil, mais simples, mais funcional, menos burocrática e administrativa, menos teórica e mais virada para o país real e para as novas ameaças face aos novos invasores que resultam quer da ação do homem sobre o ecossistema global quer do progresso da ciência e tecno-logia, quer da degradação social e po-litica.

2. Preparar um País é sobretudo:• Conhecer os riscos e estudar as

vulnerabilidades do território para de-terminar as medidas de prevenção e proteção necessárias.

• Modernizar os conceitos, ajustar os procedimentos e planear o disposi-tivo integrado de resposta.

• Treinar as pessoas para garantir o seu nível de informação e formação, motivação e empenhamento e a cria-ção de mecanismos coletivos de inter-venção.

• Exercitar o Sistema para testar a Organização.

O Estado tem um papel fundamental a desempenhar no que concerne à re-gulação e orientação de uma moderna Organização de Proteção Civil:

• Elaborando estratégias de preven-ção, proteção, resposta e reabilitação.

• Afetando em tempo os meios ne-cessários.

• Recorrendo em tempo e quando necessário a meios de exceção.

• Sensibilizando, informando, for-mando e responsabilizando a popula-ção.

• Articulando políticas com as Orga-nizações provenientes da Sociedade Civil. Tudo com o objetivo de minimizar as vulnerabilidades, potenciar as capa-cidades de intervenção, garantindo a proteção da Vida, da Propriedade, das Infraestruturas Vitais e do Ambiente.

É por isto que a Proteção Civil deve ser permanentemente considerada como uma função primordial no inte-rior de qualquer mecanismo governa-mental.

Para fazer acreditar, sempre que ne-cessário a eficácia do funcionamento do sistema torna-se imprescindível disponibilizar aos cidadãos informação sobre os riscos, difundir mensagens relativas às respostas a ter em caso de emergência.

A informação acompanhada da ne-cessária sensibilização, contribui para não deixar a população na incerteza, para evitar a proliferação de falsas no-

tícias desestabilizadoras e comprome-tedoras de uma resposta coletiva efi-caz, sendo fundamental para evitar o pânico e a desconfiança entre a popu-lação e as autoridades mais direta-mente encarregues da sua proteção.

É no terreno e num quadro de proxi-midade entre o Sistema de Proteção Civil e a população que este tipo de in-formações deve ser fornecido.

Também o recurso à difusão de mensagens de aviso e alerta deve ser desenvolvido. Durante a Situação de Emergência, uma informação fre-quente e adequada deverá ser difun-dida por todos os meios de comunica-ção possíveis. Trata-se de antecipar, sempre que possível, de forma mais rica em conteúdo, uma previsível Si-tuação de Emergência, garantindo-se à população uma informação técnica de qualidade e dotando-a de hábitos de Prevenção e Proteção. Para isso é imprescindível que os Órgãos de Co-municação Social integrem o Siste-ma, entendam o seu papel na Emer-gência e estejam devidamente intei-rados do risco, do sistema e da res-posta.

Também a intervenção do Governo, no seu todo, em situação de emergên-cia deve estar

planeada para:• Evitar uma gestão aleatória da

emergência.• Simplificar a tomada de decisão.• Permitir adaptar as intervenções

em função da natureza do evento.• Não confundir decisão política com

decisão técnica e operacional.3. Os Portugueses e o Sistema de

Proteção Civil Importa relevar que os portugueses

são tão capazes como os outros povos. Basta acreditarem, terem vontade e evidenciarem uma atitude positiva, em vez da obsessiva postura de auto fla-gelação que muitas vezes encarnam.

Trabalho integrado e planeamento unificado são fatores críticos de suces-so. A sistematização dos métodos de trabalho e a unidade de direção, co-mando e controlo operacional, a par da recolha e gestão da informação e a elevada capacidade de antecipação e reação são condições determinantes para se obterem resultados positivos e motivadores.

Também a forte integração e empe-

nhamento de todas as organizações, tendo em vista a cooperação ao nível global, antecipando problemas mais complexos, é determinante.

A proatividade deve ser a ideia cha-ve. A importância das novas tecnolo-gias e dos sistemas de comunicação de apoio permanente à decisão são tam-bém de capital importância.

Mas é bom alertar mais uma vez para o facto de ninguém ter as valên-cias todas. Todos são necessários, nin-guém é dispensável. Todos são impor-tantes. Todos têm o seu papel na emergência. É tudo uma questão de organização, de formação e de ade-quação às missões.

Devemos pensar o impensável e planear a tempo. Para isso é necessá-rio muita formação, muita instrução e muito treino e uma verdadeira e real Organização Portuguesa de Proteção Civil.

4. Uma Organização Portuguesa de Proteção Civil

Da mesma forma que outros países já o construíram, depois de oito anos de uma enorme alteração do figurino do sistema de proteção civil e socorro em Portugal, torna-se inevitável uma reflexão do muito que se fez e das muitas fragilidades que foram sendo encontradas.

Teremos forçosamente que possuir em Portugal um sistema mais robusto, mais simples, menos burocrático, me-nos teórico, para que efetivamente se possa responder em caso de necessi-dade aos anseios da população e à exi-gência do país, onde estejam integra-das e definidas claramente as respon-sabilidades e a autoridade politica, téc-nica e operacional de cada ator em cada nível do Sistema, nomeadamente na sua relação com o Estado e com as Autarquias.

Um novo conceito estratégico, novos objetivos, um novo discurso, uma nova imagem e novos decisores técnicos e operacionais, cuja missão seja decidir, fazer evoluir o sistema e não “passar o tempo”, são absolutamente necessá-rios para criar uma Organização Portu-guesa de Proteção Civil coerente com aquilo que deve ser… o elo de confian-ça entre o Estado, a população e os vá-rios agentes de proteção e socorro, na defesa da vida, das infraestruturas e do ambiente, respondendo a uma ma-

triz real dos novos perigos, riscos e ameaças, e planeando soluções de prevenção, mitigação, sensibilização, informação, formação e resposta e so-bretudo não se fechando nem traba-lhando para o seu egocêntrico “umbi-go”.

A proteção Civil é uma Organização de respostas de Geometria Variável, em todos os minutos, de todos os dias, de todos os meses de todos os anos… nunca pára, está sempre em ação, 24 horas por dia, 365 dias por ano, sem fins de semana, nem férias, nem noi-tes, não se compadecendo com os es-tados de almas dos seus funcionários, colaboradores, agentes ou cooperan-tes.

É tempo de acordarmos e verificar que em caso de uma situação mais complexa, o nosso sistema de prote-ção civil e socorro não funcionará, por-que é um sistema elaborado no papel para um tempo de paz, onde as mes-mas pessoas desempenham vários pa-péis incompatíveis e portanto, impos-síveis de desempenhar ao mesmo tempo numa situação real.

Assim tornar-se fundamental refle-tir, pensar em novas estratégias, em novos objetivos e numa adequada Or-ganização Portuguesa de Proteção Civil onde todos se revejam, que seja credí-vel e que transmita confiança… Sem-pre…

5. Nota finalUm escritor Romano de seu nome

Séneca dizia no século III AC que:“ Não é por as coisas serem difíceis

que não temos ousadia… É por não ter-mos ousadia que as coisas são difí-ceis”…

Sejamos pois audazes… Porque En-tre o passado onde repousam as nos-sas memórias... E o futuro para onde se encaminham as nossas expectati-vas… Eleva-se o presente onde se de-termina a nosso destino…

Construímos hoje, com a influência do que fomos ontem, o que alcançare-mos amanhã…

Paulo Gil MartinsDiretor do Observatório de Proteção

Civil & Safety do ISEC LisboaCoordenador da Licenciatura de

Engenharia da Proteção Civil do ISEC Lisboa

Professor do Ensino Superior1 de Março de 2014

Dia da Proteção Civil – 1 de marçoUma cultura de prevenção para uma sociedade mais segura

31MARÇO 2014

Como vamos encontrar este setor daqui a 10, 15, 20 anos

ou mais? Depois de escutar um vasto

conjunto de audições, a propósito dos Incêndios Florestais (não dei-xando de ser uma iniciativa meri-tória), facilmente constatamos que os problemas são recorren-tes e têm décadas, o que os torna crónicos. Talvez por más políti-cas, talvez por más estratégias, talvez por má gestão, talvez por maus investimentos e até, talvez, por maus Bombeiros.

O que vai acontecer agora? Mais dinheiro para cima dos pro-blemas! A cultura existente dita que assim seja e que, para ga-rantir uma resposta no imediato face aos cenários dos últimos anos se deem umas reprimendas informais, preferencialmente via meios de comunicação social, que se juntem umas ações de maior visibilidade (mediáticas q.b.), que se adicionem umas quaisquer campanhas à escala nacional e que, que se alterem umas quantas portarias ou decre-tos, tentando atender a uns quantos ‘pedidos’ (dos mais di-versos quadrantes) e assumindo--se um conjunto de medidas avulso. ‘Mudanças feitas’, todos satisfeitos.

Não entrando em grandes por-menores legislativos que, cada vez mais me parecem menos exi-gentes, julgo que o caminho de-veria assentar (ainda que na sua forma macro), pelo menos, em 4 fases, de forma sequencial e evo-lutiva: Quantidade (seria desejá-vel, uma aposta ajustada à reali-dade do território nacional - Ex:

temos cerca de 3/4 dos meios e recursos concentrados em cerca de 1/4 do território o que, nos deixa os restantes 3/4 do territó-rio, apenas com 1/4 dos meios); Qualidade (seria a melhor forma de provar e mostrar o real valor dos Bombeiros - Quando a quali-dade de um serviço é indiscutível, restam poucos argumentos); Efi-cácia (seria o melhor indicador da importância da ação dos Bombei-ros - A eficácia mede a relação entre os resultados obtidos e os objetivos pretendidos); Ética (se-ria, o colmatar de uma grande la-cuna e que deveria nortear o sec-tor dos Bombeiros).

Julgo que, com a falta de visão estratégica a médio e a longo prazo, estamos a hipotecar o fu-turo do Bombeiros em Portugal. Sobretudo, no que diz respeito a uma estrutura una, coesa, com-

petente, sólida e coerente, isto é, alinhada com os seus valores ao longo do tempo. Existem, a meu ver, bombeiros a menos e corpos de bombeiros a mais. Urge uma redefinição do modelo atual que, ao longo do tempo, se tem vindo a deteriorar, a perder credibilida-de, a dividir ao invés de unir e, muito em especial, a perder o lu-gar de destaque social que mere-ce.

Os Bombeiros tendem a ser “especialistas em generalidades” e “generalistas em especialida-des”. Ainda assim, representam a base e o expoente de todo o sis-tema de Proteção Civil, que vigo-ra em Portugal. Representam a maior força e, em simultâneo, a maior vulnerabilidade do setor. Se soubessem utilizar correta-mente este ‘poder’, seríamos mais e melhores, teríamos mais

Qual o futuro dos bombeiros, em Portugal?

ANIVERSÁRIOS1 de abrilBombeiros Municipais de Leiria . . . . . . . .174Bombeiros Voluntários de Óbidos . . . . . . . 86Bombeiros Privativos da Portucel-Cacia. . . 572 de abrilBombeiros Privativos da Efacec . . . . . . . . 434 de abrilBombeiros Voluntários de Murtosa . . . . . . 35Bombeiros Voluntários de Torrão . . . . . . . 255 de abrilBombeiros Voluntários de Aguiar da Beira . 597 de abrilBombeiros Voluntários de Coimbra. . . . . .124Bombeiros Privativos da Portucel-Setúbal . 418 de abrilBombeiros Voluntários de Lourosa . . . . . . 459 de abrilBombeiros Voluntários Portuenses . . . . . . 8910 de abrilBombeiros Voluntários da Ajuda. . . . . . . .133Bombeiros Voluntários de Lages do Pico . . 3212 de abrilBombeiros Voluntáriosde Condeixa-a-Nova . . . . . . . . . . . . . . . . 8413 de abrilBombeiros Voluntários de Ílhavo . . . . . . .12015 de abrilBombeiros Voluntáriosda Ribeira Grande . . . . . . . . . . . . . . . . .138Bombeiros Voluntários de Mirandela . . . . .130Bombeiros Voluntários de Valongo . . . . . .120Bombeiros Municipais de Alcanena . . . . . . 7316 de abrilBombeiros Voluntários de Vila Meã. . . . . . 32Bombeiros Voluntários de Loriga . . . . . . . 31

17 de abrilBombeiros Voluntários de Carvalhos. . . . .102Bombeiros Voluntários de Mértola . . . . . . 4218 de abrilBombeiros Voluntários de Cete . . . . . . . . 88Bombeiros Voluntários de Alvito. . . . . . . . 63Bombeiros Voluntários de Pernes . . . . . . . 3619 de abrilBombeiros Voluntários de Fafe. . . . . . . . .123Bombeiros Voluntáriosde Idanha-a-Nova . . . . . . . . . . . . . . . . . 6420 de abrilBombeiros Voluntários Cabeceirenses. . . . 6422 de abrilBombeiros Voluntários de Alenquer . . . . . 7623 de abrilBombeiros Voluntários da Lourinhã . . . . . 85Bombeiros Voluntários do Nordeste . . . . . 3325 de abrilBombeiros Voluntários de Camarate . . . . . 76Bombeiros Voluntários Chamusquenses . . 63Bombeiros Voluntários de Arouca. . . . . . . 4928 de abrilBombeiros Voluntáriosde Ferreira do Zêzere . . . . . . . . . . . . . . . 66Bombeiros Voluntários de Santo André . . . 2429 de abrilBombeiros Voluntáriosde São João da Madeira . . . . . . . . . . . . . 85Bombeiros Voluntáriosde Castanheira do Ribatejo . . . . . . . . . . . 3730 de abrilBombeiros Voluntáriosde Caldas das Taipas . . . . . . . . . . . . . . .126

Fonte: Base de Dados LBP

em março de 1994

qualidade nas ações e missões solicitadas, sendo mais eficazes e, com isso a dar um retorno ain-da mais relevante à sociedade e, talvez, também pudéssemos co-meçar a incrementar o setor com a tão necessária ética, em todos os processos e pessoas envolvi-dos.

Não haveria nada nem nin-guém, que nos pudesse faltar ao

respeito. Isto só poderá aconte-cer se, existir uma estratégia na-cional, concertada e uma visão clara e objetiva, acerca do futuro dos Bombeiros no nosso país. Pensada por bombeiros e para bombeiros! (E não me venham com a história dos “Bombeiros sem farda” - com o total e devido respeito aos dirigentes que o me-recem - pois, só quem enverga/

ou esta farda com dedicação, or-gulho, brio e dignidade é que sentiu as reais dificuldades dos Bombeiros. O uso da farda, é um direito, não um dever - é preciso merecê-lo!) Como isso não se prevê a breve trecho, temo que sejamos dominados por ‘mais do mesmo’, com promessas vãs, ações pontuais, políticas medío-cres e uma sociedade pouco exi-gente.

Ao fim de tantos anos de in-vestimento desajustado e/ou desperdiçado, de tantas políticas erradas, de tantas lutas internas e de energias dispersadas, os bombeiros irão continuar a exis-tir, a exercer o seu papel e a cum-prir as suas missões. Quando o coletivo social decidir mudar, irá exigir. Quando exigir, o país irá melhorar. Consequentemente, o setor dos Bombeiros também.

Até lá, sejamos capazes de de-monstrar nosso o real valor, da melhor forma possível e com o máximo de dignidade. Talvez as-sim, ao contrário de outros, con-sigamos honrar a memória de todos(as) que já perdemos.

João Canas, 2.º Cmdt, Bombeiros de Águeda

32 MARÇO 2014

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A Crónicado bombeiro Manel

Anda tudo a mudar por aí, até o tempo, mas nós bombeiros

como sempre temos as portas aber-tas e sempre disponíveis para avan-çar para o que for.

Depois dos fogos de verão foram as chuvas e tudo o resto de inverno mas trabalho nunca nos faltou como se viu e continua a ver.

Outro dia, mostraram-me numa revista uma data de informações que dizem bem do inverno que tive-mos que enfrentar. E quando estou a

escrever estas linhas ainda nem veio a primavera e já começaram tam-bém os fogos. Há de tudo como na farmácia.

Andámos para todo o lado no ve-rão e no inverno também não des-cansámos e os números dos servi-ços não deixam ninguém enganar--se.

Na revista li que o mês de janeiro passado foi o terceiro mais quente desde 1932. A seguir, em fevereiro caiu o dobro da chuva considerada

média. Tivemos este ano o 16º in-verno mais chuvoso o 15.º mais quente desde 1932. Foi até o 3º mais chuvoso deste século. Os três invernos mais secos desde 1932 fo-ram registados também desde o princípio deste século.

Este inverno, diz na mesma revis-ta, num dia choveu na Serra da Es-trela quase tanto como a média do que costuma chover no mês de de-zembro aí na zona da capital.

Não sei como vai ser no próximo

verão nem nos outros dos próximos anos. Digo o mesmo dos próximos invernos. Em qualquer caso as pes-soas têm a certeza que podem con-tar com os seus bombeiros. É isso que muita gente aqui nos diz. Por isso, venham verões quentes e tra-balhosos e invernos chuvosos e cá estaremos para o que der e vier.

E por que contam sempre com os bombeiros, verdade é que no fundo nem sempre lhes dão a atenção de-vida. Não se fazem omeletas sem

ovos, é o que eu digo “quando me dão música”.

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Muda tudo menos os bombeiros

Ao MAI por ter correspondido ao desafio do presidente da LBP para organizar as 4 sessões regionais sobre incêndios florestais e o encontro final em Santarém com todos os comandantes e presidentes.

À ANPC por criar distintivo de função de oficial de serviço ao CNOS a ser utilizado por coman-dantes de bombeiros, sem enquadramento legal nem sentido já que não é esperado que oficiais de outras forças o venham a assumir.

LOUVOR/REPREENSÃO

O Núcleo de Manobras da Liga dos Bombeiros Portugueses vai realizar no Cartaxo um curso para formação de júris dos con-

cursos. A ação decorre em 12 de abril nas instalações da Câmara Municipal do Cartaxo.

As inscrições, abertas há um mês, encerram amanhã, 28 de março. Puderam concorrer bombeiros de 3.ª, entre os 18 e os 40 anos e, preferencialmente, com conhecimento de inglês.

MANOBRAS

Curso de júris de concursos

As comemorações do Dia do Bombeiro Português vão ocorrer em 1 de junho próximo na cidade do Barreiro.

Os Concursos de Manobras terão início na véspera, 31 de maio, e terminam em 1 de junho, no Complexo Desportivo Municipal Car-la Sacramento, em Cruz de Pau, Seixal.

A organização dos dois importantes eventos organizados pela Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) estão a decorrer prevendo--se que na próxima edição possamos divulgar o programa comple-to de ambos.

A organização cabe à LBP, à Federação de Bombeiros do Distrito de Setúbal e aos bombeiros locais, com a colaboração dos Municí-pios do Barreiro e Seixal.

DIA DO BOMBEIRO PORTUGUÊS

Comemorações previstasno Barreiro

A organização do 42.º Congresso Na-cional da Liga dos Bombeiros Portu-

gueses (LBP) que decorre entre 24 e 26 de outubro próximo em Coimbra já ar-rancou.

Elementos da LBP reuniram-se recen-temente naquela cidade com o presiden-te da Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra, comandante António Si-mões, e outros dirigentes federativos, para agendar e iniciar as várias etapas da organização do encontro.

O Congresso é organizado pela LBP e pela Federação de Coimbra com o apoio de várias entidades, das quais, se poderá desde já destacar a Câmara Municipal de Coimbra.

A reunião máxima dos bombeiros vai decorrer no Pavilhão Municipal Multides-portos “Dr. Mário Mexia”, próximo das piscinas municipais e do centro comercial “Dolce Vita”. O congresso decorrerá no interior do pavilhão e no espaço contíguo está a ser estudada a realização da tradi-cional feira - exposição de material afeto aos bombeiros.

A presença dos bombeiros na cidade de Coimbra será uma oportunidade para mostrar muitas das suas capacidades e atividades. Para já, está agendada uma exposição de miniaturas de bombeiros na semana que antecede o encontro na pra-ça central do centro comercial “Dolce Vita”, uma exposição de viaturas antigas de bombeiros na Baixa de Coimbra. Estas duas manifestações, bem como outras a programar no espaço público no âmbito do congresso, vão ser divulgadas de for-ma maciça junto da população e, em es-pecial, junto das várias escolas da cida-de.

Como é sabido, entre outros temas, o 42º Congresso da LBP vai eleger os ór-gãos sociais que irão guiar os destinos da confederação no próximo mandato (2015/2017).

A propósito, refira-se que o pavilhão municipal onde vai decorrer o encontro tomou o nome do “Dr. Mário Mexia” em homenagem ao notável atleta basquete-bolista da Académica e da Selecção Na-cional.

A realização do congresso em Coimbra resultou da votação realizada no último Conselho Nacional da LBP de 2013 reali-zado em Vila de Rei.

42.º CONGRESSO DA LBP

Organização já arrancou em Coimbra