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29 à 31 de agosto de 2007 PONTA GROSSA - PARANÁ I " .' ~ -- m I I Simpósiosobre Plantio Direto na Palha I GESTÃO SUSTENTÁVEL : DO AGRONEGÓCIO ~ RESUMOS

m PONTA GROSSA - PARANÁ I Simpósio sobre Plantio Direto …ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/127942/1/SP-15433.pdf · Produção integrada de lavoura com pecuária

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29 à 31 de agosto de 2007PONTA GROSSA - PARANÁ

I"·.'~--mII

Simpósio sobre Plantio Direto na Palha IGESTÃO SUSTENTÁVEL :DO AGRONEGÓCIO ~

RESUMOS

> I

~ SIMPÓSIO SOBRE PLANTIO DIRETO NA PALHA. GESTÃO SUSTENTAYEL DO AGRONEGÓCIO

Coordenação Editorial:Eng. agr. Lutécia Beatriz Canalli, Emater-PRlFEBRAPDP

Eng. agr. Bady Cury, assessor técnico da FEBRAPDP

Diagramação:Matusalem Vozivoda

Capa:Matusalem Vozivoda

Impressão:Gráfica Vila Velha

Tiragema:500 exemplares

Todos os direitos reservados à Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha (FEBRAPDP). :É pem1itida a reprodução parcial, desde que citada a fonte.É proibida a reprodução total dessa obra.Os resumos são de inteira responsabilidade de seus autores.

SIMPÓSIOSOBRE PLANTIO DIRETO NA PALHAGESTÃO SUSTENTÁ VELDOAGRONEGÓCIOPonta grossa, Paraná, 2007, Resumos, 140 páginas

FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE PLANTIO DIRETO NA PALHARua Sete de Setembro, 800 - 2° andar. Conjunto 201, Centro

CEP: 84010-350 - Ponta Grossa-PRTel/fax: (42) 3223-9107

e-mail: [email protected]: vvww. febrapdp.org.br

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Produzir com sustentabilidade é o grande desafio do agricultor.

O sucesso do agronegócio está tão fortemente atrelado a sua

viabilidade econômica quanto ao respeito às questões ambientais.

Não podemos mais conceber um bom resultado produtivo

desvinculado do cuidado com o meio ambiente.

É com esta premissa que a Federação Brasileira de Plantio Direto

na Palha propõe a realização do Simpósio sobre Plantio Direto na

Palha - Gestão Sustentável do Agronegócio.

Entendemos que o plantio direto na palha é uma das mais

importantes ferramentas para que a meta da produção sustentável

seja atingida.

Nosso obj etivo principal é reunir pesquisadores, profissionais,

produtores, ambientalistas e estudantes para uma grande discussão

sobre Gestão Sustentável do Agronegócio.

SJMPÓSIO SOBRE PLANTIO DIRETO NA PALHAGESTÃO SUSTENTAvEL DO AGRONEGÓCIO

09:00-14:00

14:00-15:45

14:00-15:30

15:30-15:45

15:45 -16:00

16:00-18:00

17:40 -18:00

19:30 - 20:00

20:00-21:00

I~'cl

Inscrições e entrega de material

Painel de debate: Sustentabilidade na visão do produtor '

Gestão de uma propriedade agrícola no sistema plantio direto- Máxima Eficiência EconômicaAllison José Fornari - Agropecuária Lucio Miranda -Ponta Grossa-PR

II

Gestão do processo produtivo com eficiência econômica e'verticalização da produção no Cerrado I

José Paulo Boni - Agrícola Goiás, Verde, Cristalina-GO,

Produção integrada de lavoura com pecuária em SPDPJônadan Min Ma - Grupo Ma shou Tao, Conquista-MG '

perguntas

Intervalo

Painel de debate: Sustentabilidade do agronegócio e osmodelos de assistência técnica e extensão rural

Cooperativa LAR - frineo Rodrigues - Presidente"Medianeira-PR

COTRIJAL - Leandro Pagliarini - Gerente de Assistênci,a I'

Técnica, Não Me Toque-RS '

COAMO - Nei Leocádio Cesconefto - Gerente de.Assistência Técnica, Campo Mourão-PR IEmater- PR - Rubens Niederheitmann - Gerente de'Desenvolvimento e Tecnologia, Curitiba-PR •

perguntas

Abertura Oficial do Evento

Conferência de abertura: A importância de produzir comsustentabilidade - Valorizando o Homem e a TerraFranke Dijkstra - Presidente da Federação Brasileirade Plantio Direto na Palha, Ponta Grossa-PR

Coquetel

09:30-09:45

09:45 - 10:00

10:00 -10:20

11:50-12:10

12:10-14:00

14:00 -16:20

14:00-16:00

16:00 - 16:20

16:20-16:40

16:40-17:00

SIMPÓSIO SOBRE PLANTIO DIRETO NA PALHA·GEST;JO SUSTENTAvEL DO AGRONEGÓCJO

Bloco IAquecimento global e Mudanças climáticas: O potencial doSistema Plantio Direto na mitigaçãoCarlos Gustavo Tornquist - Universidade Federal do RioGrande do Sul, Porto Alegre-RS

Gestão da água em sistema de produção sob plantio diretoJosé Eloir Denardin -- Embrapa Trigo. Passo Fundo-RS

Perguntas

Intervalo para café

Plantio Direto: o segredo do sucesso nas áreas de expansãoAroldo Marochi - Monsanto, São Paulo - SP

Bloco 11Qualidade estmtmal do solo associada à sustcntabilidade do SPDPCássio Tormena - Universidade Estadual de Maringá, PR

Sistema Agropecuário de Produção Integrada - SAPI: uminstrumento para a Qualidade e CertificaçãoJvJárcioAntônio Portocarrero - Secretário de DesenvolvimentoAgropecuário e Cooperativisl11odo Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento, Brasília-DF

Perguntas

Intervalo para o almoço

Painel de debate: Perspectivas e tendências

Rastreabilidade da produção em SPDP - valorizando aprodução sustentávelAntônio Carlos Campos - Cooperativa Batm1o, CarambeÍ-PR

Biotecnologia, SPDP e oAgronegócio brasileiro: um potencialou uma ameaça?Benami Bacaltchuk - Embrapa Trigo, Passo Fundo-RS

Sustentabilidade no processo de produção de BioenergiaDenizart Bolonhezi - APTA/JAC, Ribeirão Preto-SP

Perguntas

Intervalo para café

Efeitos da matocompetição precoce na produtividade da sojaJiancal'lo Juliani - DowAgroSciences, Londl'ina-PR

-- 7 --

~1Sr-.~ SIMPÓSlO SOBRE PLANTIO DIRETO ~APALHAil.:.GESTJO SUSTENT4VEL DO AGRONEGÇJCIO\t

17:00 - 18:30 Pain~l de debate: A rotação de culturas como estratégia de;1manejo ~

if17 :00 - 18: 15 Rotação de culturas como nll1a estTatégia para o controle de í

plantas daninhas .~Ingo Kliewer - Agrosus/Atlântica s,e/~~ente~~ .. IRotaç1io de cnlt1lras como uma estrateglc1 Pala. o COl.ltlOle de.;,

d as Olavo ."pragas e oenç, ..Corrêa da Silva - Fundação ABC, Ponta Grossa-PR ,a

Perguntas .' .. , . . ..1Palestra: O Mercado InternaclOnal e a AgncultUl clBl aSllell a.%]

- rumos do Agronegócio '1 ;Marcus Vinícius Protini de Jlforoes --:Presidente da ABIEC. 'São Paulo-SP 1

jj

18:15-18:30

19:00'- 20:00

08:45 - 09:00

09:00 - 09.:30

09:30 - 09:40

09:40 - 10:00

10:00-10:45

10:45 - 11 :00

11:00 - 12:00

Palestra: Gestão dos recursos naturais com base na legislaçãoambienta1 e no uso elo SISLEGUne/sley da Silva Rosca Rodriglies - Secretário de Estadodo Meio Ambiente- SEM4, Curitiba-PR

SlMPÓSIO SOBRE PLANTIO DIRETO NA PALHAGESTiO SUSTENTAvEL DO AGRONEGÓClO

SUMÁRIO

GESTAo DE UI\1A PROPRlEDADEAGRíCOLANO SISTEMA DE PLANTIODIRETO - MÁXIMA EFICIÊNCIA ECONÔMICAAllison José Fornari e Lúcio Chrislovalll Furtado de Aliranda 13

GESTÃO DO pnOCESSO PHODUTIVO COM EFICIÊNCIA ECONÔMICAE VERTI CALIZAÇÃ O DA PRODUÇÃOJosé Palllo Boni 18

INTEGRAÇÃO LAVOURA PECUÁRIA EM SPD: A EXPERIÊNCIA DAFAZENDA BOA FÉ - GRUPO]VIA SHOU TAOJônadan Hsuan Mil1 AIa; Adriano Camorgo; Elo Goetz 20

SUSTENTABILIDADE DOAGRONEGÓCIO E O MODELO DE ASSISTÊNCIATÉCNICA E EXTENSÃO R URA.LDA COOPERATIVA LARIrineo da Costo Rodriglles 24

SUSTENTABILIDADE DO AGRONEGÓCIO E O MODELO DEASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL DA COTmJALLeandro Ricordo Pagliarini 29

PergnntasSUSTENTABILIDADE DO AGUONEGÓCIO E O MODELO DE

Resultado do Rally da Safra 2007 -uma avaliação elo Plantio ASSlSTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RUH.AL DA COAMODireto no Brasil H'L . 'do C tI 33Guilherme Bastos _ Agroconsult/Fundação Agrisus,: ivel eoca.1O escone o .

Florianópolis-SC SUSTENTABILIDADE DO AGUONEGÓCIO E O MODELO DEPerguntas . ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSA O RURAL DA EMA TER-PUIntervalo para café . Rubem' Erneslo Niederheitlllann 40

Palestra: Macroeconomia e Tendências c1em~l~aelo ,. A IMPORLÂNCIA DE PRODUZIR COM SUSTENTABILIDADE:Alexandre Mendonça de Barros - FUl1daçao GetulIO VALORIZANDO O HOMEMEA TERRA

Vargas, São Paulo-SP Franke Dijkstra 46

Perguntas ,,. tais AOUECIMENTO GLOBAL E M1JDANÇAS CLIMA TICAS: O POTENCIAL

Conferência de ence.rram~nto: Po1ltl~as ~overnam~l1 c Ino SISTEMA PLANTIO DIRETO NA MITIGAÇÃOele crédito e incentlvü vlflculac1as a sustentabl1lc1ade .. r •

. . Cor/os Cuslavo Tornqlllst 53econômica, social e amblental , .

. 11 S 1 ~Á' 'slra da Agricultura PeCllarla, _Relllho ( tep ICInes - 1,Vl.1I1l 'GESTÃO DA AGUA EM SISTEJ\lA DE PRODUÇAO SOB PLANTIO DIRETOe 4bastecimento, BrclSllw-DF J 'E/' D "d'· A... . S/· 1· l' S . 63. ose 011' enlll 171, fl/cemo ali e/ e r l1c,elson anil .

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SIMPÓSIO SOBRE PL~:fIO DIRETO NAPA~HA ~'_,,.,,~GESTÃO SUSTENTAVEL DO A GR ONEG OCIO '.

GESTl-\.O DA ÁGUA EM SISTEMA DE PRODUçAo SOBPLANTIO DIRETO

.' ,INTRODUÇÃO

Ecossistema, interpretado como o conjunto de relações mútuas entre fauna,flora e microrganismos, em interação com fatores geológicos, atmosféricos erneteorológicos, constitui, do ponto de vista da tennodinâmica, um sistema aberto,com fluxos de energia e de matéria dinamicamente equilibrados. Interferênciasantrópicas, com a finalidade de implementar sistemas agrícolas produtivos,alteram. a dinâni.ica desses fluxos, transformand.o ecossistemas emaaroecossistemas. Assim: os agroecossisteinas, co~vericionalmentec . .representados pelos estabelecimentos rurais, são ecossistemas sob interferênciaantrópica, em permanente e estreita relação com os sistemas das interfaces.

O caráter de sustentabilidade que se pretende imprinlir aos agroecossistemas,fundamentado no atendimento de necessidades socioeconâmicas, na segurançaalimentar e na preservação dos recursos naturais, está na dependência daobtenção de um novo equilíbrio dinâmico dos fluxos de entrada e de saída deenergia e de matéria do sistema e da conseqüente qualidade das relaçõesestabelecidas CO'TI os sistemas do entorno. Em decorrência, elementosindicadores de sustentabilidade de um agroecossistema podem ser representadospor parâmetros que expressam o grau de organização e de disciplina dosprocessos implicados no sistema e da qualidade resultante das relações comos sistemas vizinhos.

Nesse contexto, os fluxos de energia e de matéria associados ao ciclohidrológico destacam-se como os mais evidentes e perceptíveis indicadores desustentabilidade de um agroecossistema, em conseqüência da elevadasensibilidade que apresentam ante a interação dos fatores geológicos,atmosféricos, meteorológicos e antrópicos. Indubitavelmente, essecomportamento termo dinamicamente aberto dos agroecossistemas, envolvendocomplexos e integrados fluxos de energia e de matéria, essencialmenteemanados do ciclo hidrológico, justifica a contextualização da atividade agrícola,com caráter de sustentabilidade, no âmbito de bacia hidrográfica. Do ponto devista da fertilidade integral do solo - fertilidade biológica, física e química dosolo -, relevante indicador do caráter de sustentabilidade de agroecossistemasestá associado à dinâmica dos fluxos de adição e de mineralização do carbono

J Pesquisador, Embrapa Trigo. Caixa Postal 451. 99001-970 Passo Fundo, RS, Fone: 54 33165800. Fax: 54 3316 5802. e-mai!: [email protected]

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SIMPÓSIO SOBRE PL'ANTlO DIRETO NA PALHA ~GEST.40 SUSTENTAvEL DO AGRONEGÓCIO &.~--orgânico, proporcionados pelos modelos de produção, que determina a qualidad~ da cobertura do solo e na diversificação de espécies, via rotação e/ou

estmtural do solo e, em decorrência, a gestão da áaua no solo. 'c' . consorciação de culturas, minimizando o intervalo entre colheita e semeaduraA agricultura conservacionista, no âmbito de agr~ecossistemas e de sistent mediante implementação do processo colher-semear. Portanto, o sistema plantio

agrícolas produtivos, é conceituada como um complexo de proces ~s, direto, no âmbito de sistemas agrícolas produtivos, é representado por umti" d SOsecno oglcos e enfoque ho.lístico, que objetiva preservar, melhorar e otitniza~' complexo de tecnologias de processo, de produto e de serviço que objetivao~ r~curs.os naturaIs, ~~~Iante o manejo integrado do solo, da água e da' "expressar o potencial genético das espécies cultivadas mediante a maximizaçãoblOdlversldade, compattblhzado com o uso de inswnos externos. Esse compl . dofator ambiente e do fator solo e, em decolTência, atuar como mecanismo ded ti' . d' exo d d .e processos ecno oglcos po e ser considerado como um dos mais notá''1 _transformação, de reorganização e e sustentação o agroecosslstema.f: t "I VelS .. b . I d '1a, ores responsavels pe os avanços no desenvolvimento agrícola das últimas" Ao se estabelecer uma analogia entre a ase conceltua a agncu turadec~d.as, !undamentalmente, por contemplar: redução ou supressão dê ?~onservacionista e o conceito de sisteJ::!1aplantio direto, denota-se que omobJ1lzaç~es de solo; preservação de resíduos culturais na superfície do solo'~ 'complexo de tecnologias de cunho conservacionista, comumente adotado noman~tençao ~.ecobertura pennanente do solo; ampliação da biodiversidád·· ';sistema plantio direto praticado no Brasil, é de menor amplitude que omedIante cultIvo de múltiplas espécies, em rotação de culturas' diversifica-e~r ;vreconizado pela agricultura conservacionista. Essa. percepção hierar~ui~a oe complexifi~ação de siste~1as a~cola~ ~ro.dutivos, como sistem'as agropasto~i' sistema plantio direto apenas como felTamenta da agrIcultura conservaclOfLlsta,agroflorestms e a~rosslIvlpastons; mInllTIlzação do il).tervalo entre colheita { ,porém de inegável relevância para a consecução d.os objetivos pro~os~o~ pelasen~e.adura: pela nnplementação do processo colher-semear; promoção da' agricultura conservacionista. Contudo, consIderando a vanablhdadefertl1Jdade mteg:al do solo; controle de t~áfego de máquinas e de equipamentos;" edafoclimática das regiões de clima temperado, subtropical e tropical do Brasilemprego. de pratIcas c~mplementa:es a ~obertura permanente do solo parã~ ,'e os sistemas agrícolas produtivos dominantes, é notório que o grau decontrole Integral da erosao; uso precIso de msumos agrícolas; manejo integrado' complexificação tecnológica implementada em considerável área manejadade pragas, doenças e plantas daninhas etc. sob sistema plantio direto, não propicia condição suficiente para disciplinar os

Essa ~m~la abordagem: tecnológica abrangida pela agricultura~ fluxos de energia e de matéria gerados pelo ciclo hidrológico e pelos modelosconservaC!ODlsta submete o sIstema agrícola produtivo a um menor grau de:; deprodução no âmbito de agroecossistemas e, conseqüentemente, não constituipertu~b~çao ou de desordem~ quando comparado a outras formas de manejo} meio plenamente eficaz de controle da erosão hídrica e de suprimento de água~ not~r:o que a d~manda lmphcada nos objetivos da agricultura conservacionistar~ às plantas cultivadas.e apr~tlca ~~ agncultura ~entável e competitiva, em que, na sua implementação/ê.e~tao 1~1pllCltOS.os questlOnamentos de o que produzir, quanto produzir, como}prodUZIr e que I~p.actos o pro~uzir provoca no meio. É essa integração de~process~s tecnol~glcos, prec0111zada ~~la agricultura conservacionista, que}determl11a carater de sustentabllldade aos agroecossistemas el~onsequentemen~e, aos sistemas agrícolas produtivos, conservando o solo, ~.agua, o ar e a blüta, e prevenindo poluição e degradação dos sistemas do'entorno. Portanto, a .concepção da adoção plena do complexo te'cnológicocontemp.lado pel~ a~n~ul,tur.aconser:acionista alimenta a obstinação.antrópicaem ~lm.eJareqUlltbno dmamlco aos sIstemas agrícolas produtivos, expresso pela~lsc:pllna dos fluxos de entr~da e de saída de energia e de matéria, com omtulto de l.hes .reservar capaCIdade de auto-reorganização.

O pl~ntlO dIreto que, na atualidade, representa o sistema conservacionistad.emanejo de solo e de culturas em maior adoção no país, é enfocado como umslstem~ de exploração agropecuária, fundamentado na mobilização de soloexclUSIvamente na linha ou cova de semeadura, na manutenção pennanente

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SIMPÓSro SOBRE PLA1~TlO DIRETO NA PALHAGESÜO SUSTENTAvEL DO AGRONEGÓCIO

EROS,'\O HÍDRICA - GEST Ãü DA ÁGUA PERDIDA E QUE DANIFICA

A erosão hídrica é a resultante da interação dos fatores potencial erosivoda chuva, susceptibilidade do solo à erosão, comprimento da rampa, declividadedo telTeno, manejo de culturas e práticas mecânicas conservacionistas. Nainter-relação desses fatores, o potencial erosivo da chuva e as característicastopográficas da área (comprimento da rampa e declividade do telTeno) formamo componente energético capaz de produzir erosão, e os fatores susceptibilidadedo solo à erosão, manejo de culturas e práticas mecânicas conservacionistasconstituem o componente dissipador de energia. A erosão hídrica assiminterpretada é, efetivamente, o trabalho mecânico resultante da energia incidentesobre o solo, a qual foi apenas parcialmente dissipada.

Embora, no sistema plantio direto, o manejo de culturas exerça funçãoprimordial na dissipação da energia capaz de desencadear processos erosivos,há limites críticos de comprimento de rampa em que essa eficácia é superada,pennitindo ocolTência de erosão hídrica. Assim, mantendo-se constantes todos

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SIMPÓSJO ·SOBRE PLANTIO DIRETO NA PALHAGESTÃO SUSTENTAvEL DO AGRONEGÓCIO

os íàtores relacionados à erosão hídrica e aumentando-se apenas o comprimento'de rampa, tanto a intensidade, como a velocidade da elL'<.urrada, produzidas pordeterminada chuva, aumentam, elevando o lisco de erosão. A cobertura de solocom plantas vivas ou com resíduos culturais apresenta potencial para dissiparem até 100% a energia cinética das gotas 'de chuva, mas não manifesta essamesma eficácia para dissipar a energia cisalliante da enxurrada. A partir dedeterminado comprimento de rampa, a cobertura superficial do solo passa a tero potencial de dissipação de energia erosiva superado, pennitindo a flutuação e o .transpoIte de restos culturais, bem como o desencadeamento de processoserosivos sob a cobertura. Esses processos assumem relevância,.fundamentalmente, em toposeqüências em que o complimento de rampa induz àenxurrada energia cisalhante supelior à tensão crítica de cisalliamento imposta"pela cobertura vegetal e pelo solo. Nesse contexto, toda prática conservacionista ,.capaz de manter o complimento de rampa restlito a limites em que a coberturade solo não perca eficácia na dissipação da energia incidente contribuirá,automaticamente, para minimizar os processos de erosão hídlica. Semeaduraem contorno, terraços, faixas de retenção, culturas em faixas, canais divergentes,':~entre outros procedimentos, são práticas conservacionistas eficazes para a ,i

segmentação do comprimento de rampa, e, comprovadamente, aliadas à cobertura':de solo para o controle efetivo da erosão. Portanto, para mininlizar o efeito erosivo ;1das águas da chuva e da elL'<.UlTada,é fundamental dissipar a energia erosiva ~'desses agentes, ou seja, dissipar a energia cinética Ja ação de impacto das gotasde chuva e dissipar a energia cinética da ação de cisalhamento da enxurrada, ~pela manutenção do solo permanentemente coberto e pela redução da quantidade;e da velocidade do escoamento superficial. 1

Em decolTência de observações empíricas, disseminou-se a percepção de .. ..que o sistema plantio direto prescinde de práticas. conservacionistas;complementares à cobertura de solo para controle da erosão hídrica e manejoda enxunada, isto é, o sistema plantio direto seria prática conservacionistasuficiente para controle integral da erosão. Como conseqüência, num primeiromomento, no Planalto Sul-rio-grandense e, a seguir, nas demais regiões doestado, com repercussão atual em todo o país, desfez-se indiscriminadamente :o terraceamento em lavouras conduzidas sob sistema plantio direto e adotou-se, inclusive a semeadura paralela ao maior comprimento da. gleba,independentemente do sentido do declive.

As causas determinantes dessas atitudes têm encontrado argumentos nasu bstancial redução de concentração de sedimentos em suspensão naenxurrada, fortalecida pela percepção de ganho operacional de máquinas eimplementos e pela economia de insumos agrícolas, decorrentes da redução deoperações de remate deglebas, requeridas em lavouras terraceadas. Nesse

SIMPÓSIO SOBRE PL~:no i:>lRETO NAPA~HA ",""'""'1_

GESTÃO SUSTENTAVEL DO AGRONEGOCIO. ~

sentido, é perceptível que o incipiente conhecimento implicado nos processosde erosão hídrica, dominado pela grande maioria dos promotores e adotantes

: do sistema plantio direto, afetou a implementação plena do complexo detecnologias preconizado pela agricultura conservacionista, mormente .pelodescaso com o manejo do deflúvio superficial, ou seja, pela indiferença dedlcadaaOSfluxos de energia e de matéria associados ao ciclo hidrológico. Com basena magnitude desse problema, agravada pela associada e preocupante erosãode solutos, tem sido constatada, em lavouras manejadas sob o sistema plantiodireto, com freqüência'alannante, erosão em sulcos e em entre sulcos.

, Esses processos erosivos produzem sedimentos enriquecidos (Tabela 1)que, além de representarem perdas econômic.as, constitu~m f~tores de poluiçãoe de contaminação do ambiente. Assim, no sIstema.plantlO dueto, a enxulTada,além de representar potencial erosivo, indubitavelmente constitui veículo detransporte de solutos aos mananciais de superficie, constituindo-se em risco dedesequilibrio à dinâmica hidrológica dos agroecossistemas.

Tabela 1. Parâmetros químicos do solo original e de sedimentos. produzidos por chuva intensa: de lavouramanejada sob o sistema plantio direto, evidenciando erniql1ecimento do matenal erodldo.

Solo 1

6,434,056,034,0

270,02,9

Sediment02

6,644,060,072,0

609,07.3

pH em águaea (mmol,/dmJ

)

Mg (rrnllolc/dmJ)

P (mg/dmJ)

K (mg/dmJ)

Matélia Orgânica (%)1 Solo coletado na camada de O a 0, I m de proftmdidade., Sedimento coletado i jusante de sulcos de erosào.Fonte: Embrapa Trigo, 2003.

A problemática do tema em discussão, contudo, certamente nã? reside no a~oespecífico de retirada da estrutura de terraços pela adoção do SIstema plantIOdireto, pois, indiscutivelmente, o terraceamento, dimensionado com base nascondicões de manejo regidas pelo preparo convencional de solo, se tomouincon;patível com os requerimentos associados ao sistema plantio direto. A partirdessa ótica, a retirada da estmtma de terraços pode ser considerada uma medidatecnicamente coerente. Portanto, a problemática contextualizada nesse tema estácenh"ada na convicção errônea, apregoada por numeroso contingente de técnicose produtores rurais usuários do sistema plantio direto, de que ~ c~bertura p~rn1anentedo solo, otinúzada por esse sistema, é prática conservaclOIDsta sufiCiente paracontrolar eficazmente os processos erosivos, argumento que tem inibido a reposiçãode nova e adequada estrutura de terraços ou de soluções alternativas.

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A demanda implícita, nesse cenário, infere o desenvolvimento de açõesorientadoras à retomada de transferência de informações técnicas relativas"aos princípios fundamentais dos processos de erosão hídrica, à implementaçãode ações de validação e de demonstração de práticas conservacionistas'complementares à cobertura de solo e à conscientização de técnicos e de-__produtores rurais no sentido de que o almejado caráter de sustentabilidade do~.agroecossistemas e de sistemas agrícolas produtivos requer gerenciamento"dos fluxos de energia e de matéria produzidos pelo ciclo hidrológico, em escala'de microbacia hidrográfica. R

' ..-i:.i,

ESTRUTURA DO SOLO - GESTÃO DA ÁGUA DISPONffiILIZADA ÁS PLANTAS E QUE PRODUZ?:

O solo, s.ob enfoque elementar, é conceituado 'como um corpo'"componente da paisagem natural, representado por um elemento volumétrico"~'e constituído por uma matriz de sólidos que abriga líquidos, gases i:'organismos vivos, compondo um complexo sistema físico-químico-biológico.dotado de características e de propriedades resultantes da ação do relevo,:i~do clima, do tempo e da atividade biológica atuantes sobre o material de;~origem (processos pedogenéticos), bem como da ação antrópica. Sob~.enfoque funcional e do ponto de vista agrícola, o solo constitui o ambiente :~natural onde as plantas se desenvolvem, ahwndo como elemento de suporteYe de disponibilização de água e de nutrientes. Entretanto, sob enfoque:funcional e do ponto de vista de sistema agrícola produtivo, o solo é apenas :'um componente determinante da produtividade desse sistema, em razão delimitações de sua fertilidade.

O nível de fertilidadeintegral do solo ao contemplar aspectos de natureza biológica,fisica e química, é detemlÍnado, fundamentalmente, pela estrutura do solo. -

A estrutura do solo pode ser conceituada como a relacão entre o volumerealmente ocupado pelas partículas do solo e o volume aparente desse solo,variando com as dimensões dos poros existentes entre as partículas. De outraforma, a estrutura do solo é o arranjo das partículas que o compõem, emdecorrência de processos pedogenéticos e/ou de ações antrópicas relativas aomanejo de solo e de culturas imposto. Sob o enfoque de sistema agrícolaprodutivo, a estrutura do solo amplia o conceito de fertilidade do sólo não olimitando, exclusivamente, a aspectos químicos, genericamente consid'eradoscomo reação do solo (PH), teor de nutrientes e nível de matéria orgânica.Nesse contexto, a estrutura do solo rege os parâmetros determinantes dacapacidade de armazenamento e de disponibilidade de água, da capacidade deannazenamento e de difusão de calor, da permeabilidade ao ar, à água e àsraízes, da resistência à penetração, do nível de acidez e da disponibilidade de

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nutrientes. POltanto, é à estrutura do solo creditada a regularização da gestãode água no solo.

A agregação e a estabilidade dos agregados do solo, que detenninam o tipoe a qualidade da estrutura do solo, são, em parte, dependentes da quantidade eda qualidade da matéria orgânica do solo.

A matéria orgânica interage com minerais do solo, formando complexosorganominerais que resultam na fonnação de partículas senmdárias de diversostamanhos e formas. O arranjo espacial dessas partículas determina tipo equalidade da estrutura do solo. Em decorrência de a q~antidade e a qualidadeda matéria orgânica do solo serem resultantes da quantidade e da qualidade domaterial orgânico aportado ao solo, infere-se que as espécies vegetais

-integrantes dos modelos de produção constituem o.fator primordial responsávelpela estruturação do solo e a detem1inação do grau de ~ertilidade integral dosolo. portanto, o carbono orgânico aportado ao solo, onundo da fitomassa daparte aérea e das raízes das plantas, de mucilagens e de exsudatos ra.di~ulares,da biomassa microbiana do solo e mesmo de fontes extemas, potenclahza essainteracão fonnando e estabilizando agregados. A proteção física da matériaorgânica ~roporcionada pela formação de agrega~os: por sua vez, r~stringe aacão dos microrganismos decompositores, contnbumdo para o acumulo dec~mpostos orgânicos no solo, seqüestro de carbono e, con~eqüent~mente, odesenvolvimento da estrutura -:0 solo, mormente em solos nao moblhzados.

A ma~tude do fluxo de material orgânico aportado pelo modelo de produçãoaplicadooao sistema agrícola produtivo, bem com? .a quali.da~e da fonte decarbono adicionado, determinam a intensidade da atiVidade blOloglca no solo, aquantidade e a qualidade de compostos orgânicos secundários deriv~dos e,conseqüentemente, influem nas propriedades do solo emerge~tes do Ciclo_docarbono como nível de matéria orgânica, agregação, porosldade, aeraçao,infiltração de água, retenção de água, capacidade de t~oca de c~tions, bal~nçode nitrogênio etc. Em síntese, o modelo de produção apl:ca~o. ao sistema agrIcolaprodutivo, que confere qualidade, quantidade.e penodl~ldade ao ap~rte decarbono ao solo, associado ao modo de manejO dos reslduos culturms, queinterfere na taxa de mineralização do material orgânico adicionado, é que, emessência, promove ou degrada a estrutura do solo e, em conseqüêncla, afertilidade integral do solo. . .

Embora dados estatísticos indiquem que, atualmente, no BrasIl, o sIstemaplantio direto esteja sendo praticado em cerca de 50% das lavouras com culturasanuais, é notório que parte expressiva dessa área adota apenas parClal~nente ocomplexo tecnológico preconizado pela base conceitual ,da. agncultu~aconservacionista. Observa-se, com freqüência alardeadora, ausenCla de rotaçao

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SIMPÓSIOSOBRE LANHO DIRETO NA PALHAGES~40 SUSTENTAvEL DO AGRONEGÓCIO

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de culturas, insuficiente cobertura de solo, inadequado apolie de materialfe

orgânico ao solo, tanto em quantidade como em qualidade, desregrado manejo"do sistema integração lavoura-pecuária, abandono da semeadura em contorno.mobilizações de solo sob justificativas mal fundamentadas e, entre outros',;~inexistência de obras hidráulicas para disciplinar a enxurrada. Essa inobservânci~';dos princípios e fundamentos plenos da agricultura conservacionista vem;~'resultando em evidentes problemas de degradação da estrutura da camada~;:sub-superficial do solo, perceptíveis pela deformação morfológica de raízes de'"plantas, concentração de raizes de plantas cultivadas na camada superficial dosolo, redução considerável da porosidade total do solo às custas da reduçãoporosidade de ae~ação do solo, redução da taxa de infiltração de água no solo,'elevação da densldade do solo e da resistência do solo à penetração, oconênciade erosão em sulco e em entre sulcos, anaste de nutrientes das plantas pelodeflúvio superficial, poluição ambiental etc., que colocam em risco asustentabilidade da atividade agrícola.

Solos que vêm sendo submetidos a essas condições de manejo, sob a égidedo sistema plantio direto, com elevadíssima freqüência, caracterizam-se,fislcamente, por apresentar adensamento e/ou compactação na camada de,aproximadamente, 0,05 a 0,20 m. A origem dessa formação, indubitavelmente,corresponde a efeito de mais de uma causa, mas é indiscutível que o aporte dematerial orgânico ao solo em quantidade inferior ao potencial mineralizável noagroecossistema constitui fator de relevância primordial. }

Uma das conseqüências mais evidentes desse processo de degradação da .~estrutura do solo é a ocorrência de déficit hídrico em curtos períodos de estiaaem ')

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em ~azão, não da deficiência de água armazenada no solo ou disponibilizadapor chuva ou irrigação, mas da baixa permeabilidade da camada de solo situadaentre 0,05 a 0,20 m, para permitir fluxo ascendente de água de camadas desolo mais profundas em taxa que atenda a demanda das plantas. A freqüênciacom que déficits hídricos têm oconido vem mobilizando, no sul do país, porexemplo, prograJ~las de governo direcionados a investimentos para irrigaçãode lavouras anUaiS. O problema, contudo, poderia ser mitigado mediante allnplementação de modelos de produção com potencial para aportar fitómassapor safra agrícola, em maior quantidade que a biota do solo pode mineraliza;'ou dec~l11por. O processo de mineralização e a sobra de material orgânicoproporclOnado por um detenninado modelo de produção, no âmbito de sistemasagrícolas produtivos, proporcionariam a estruturação do solo capaz de pemlitirfluxos descendentes e ascendentes de água no perfil do solo em hamlonia comas variantes climáticas temporais.

É inquestionável que o arranjo temporal da pluralidade de culturas que devemcompor modelos de produção, com o intuito de otimizar sistemas agrícolasprodutivos, por estar estreitamente associado à indução de estrutura ao solo, édiretriz, fundamentalmente, dependente de tecnologia de produto gerada pelomelhoramento genético vegetal com enfoque de abrangência holística esistêmica, ao contemplar a exploração das limitações impostas pelo solo. Acrescente demanda por produtos gerados pela agricultura não toleram mais oslongos períodos de pousio das terras praticado no passado, com o objetivo de avegetação espontânea recuperar a fertilidade integral do solo e, possivelmente,nem o cultivo de espécies única e exclusivamente para essa finalidade (adubosverdes). O melhoramento genético vegetal, mediante as modernas tecnologias

, disponibilizadas pela biologia molecular, apI;esenta potencial para criar cultivaresde espécies comerciais com maior flexibilidade à época de cultivo e,fundamentalmente, mais ativas que a vegetação espontânea, ocorrentenaturalmente nos pousios de longa duração, para promover a estrutura do solo,em conseqüência da produção de quantidade e qualidade de fitomassa, dereciclagem de nutrientes a partir de fornlas normalmente indisponíveis, detolerância à acidez, a elementos tóxicos, à carência ou ao excesso de água, aestresses abióticos e bióticos etc. A estruturação de sistemas agrícolasprodutivos com modelos de produção que integrem espécies e cultivaresmelhorados para tais características comportamentais e estruturais, certamente,constituirá atividade protagonista de solo fértil. Modelos de produção com maisde duas safras por ano agrícola, focados na minin1ização ou mesmo na supressãodo intervalo entre colheita e semeadura - processo colher semear -, como, porexemplo, o Sistema Santa Fé na região de clima tropical do Brasil,indubitavelmente, são considerados como novos desafios a serem validados,consolidados, difundidos e adotados no país.

CONCLUSÃO

A transdisciplinaridade da diversidade de disciplinas da ciência do solo, dagenética, do ambiente, da mecânica, entre outras, de modo similar à nova eampla abrangência contempladapela agricultura conservacionista,poderá se constituir,no âmbito da relação sistema agrícola produtivo e gestão da água, como mais mnnotável progresso na qualificação do sistema plantio direto e, ~m decorrência, dodesenvolvimento e da modernização da agricultura brasileu·a. E indiscutível que aquantificação do potencial dessas novas contribuições, para compreensão e ampliaçãoda relevância da estrutura do solo na gestão conservacionista do solo, da águae da biodiversidade constituem desafios inimagináveis à apregoada, requeridae necessária qualificação do sistema plantio direto.

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