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VIDEOCLIPE EXPERIMENTAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ LUAN SILVA CAMPOS ORIENTADORA - PROF. RITA SOLIERI BRANDT CURITIBA - 2014

M U N D O L O C O

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Este é um projeto que teve por objetivo desenvolver um videoclipe experimental para a música Mundo Loco, da rapper curitibana Karol Conka, explorando o Design Audiovisual como potencializador da experiência emocional no público consumidor. O projeto fundamenta-se a partir dos conceitos de Design Audiovisual e Design Emocional. Após pesquisas com o público consumidor e testes baseados em processos sinestésicos, o projeto passou por uma etapa de experimentação, onde realizou-se estudos gráficos, inspirados nos trabalhos de profissionais das artes plástica e digital, afim de determinar um caminho para as etapas de produção do objeto final. O resultado é focado no estímulo sensorial do nível visceral do cérebro, captando respostas emocionais automáticas através da interação entre som e imagem.

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V I D E O C L I P E E X P E R I M E N T A L

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

LUAN SILVA CAMPOS

ORIENTADORA - PROF. RITA SOLIERI BRANDT

CURItIbA - 2014

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AGRADECIMENtOS

Agradeço à vida e as forças do universo, pelo que fui,

sou e o que quero ser.

Aos meus pais e irmãos, que mesmo sem entenderem

muito bem minhas escolhas profissionais, sempre

acreditaram em mim, me enchendo de amor e

energias positivas.

A Carol Pizatto, Felipe Silva e Noraah Audi, por

serem os melhores amigos do mundo. Obrigado pela

constante preocupação e por me fazerem tão feliz.

Amo vocês.

A Ju Coelho, pelo carinho, ajuda e por ter estado

presente durante todo o processo deste projeto,

sendo a pessoa mais paciente do mundo ao me

aguentar fazendo mil perguntas a cada minuto.

A Fer Wojcik, por ter sido um dos meus maiores

exemplos de comprometimento e dedicação durante

estes 5 anos de universidade. Thanks!

A Guilherme Appolinário e Natan Schäfer pela

amizade sincera e por não deixarem que este projeto

me consumisse. Obrigado pelas conversas e cervejas.

A mis increíbles amigos del intercambio: Eugenia,

Lucas, Thays, Nico, Maxi, Valen, Lu y Gabi. Gracias por

haberme enseñado tanto sobre el amor, la sensibilidad

y la importancia de vivir nuevas experiencias.

Agradeço à minha professora orientadora Rita Solieri

pela confiança e apoio, não só neste projeto, mas

durante todo o curso. Obrigado por todos os conselhos

e por se mostrar tão apaixonada pelo que faz.

Aos professores da banca, André Luiz Battaiola e

Daniella Munhoz, por aceitarem e acreditarem no

meu projeto.

Agradeço aos amigos Sissa Oliveira, Adhara Garcia,

Gus Oenning, Carol Zanelatto, Humberto Holtz, Laís

Passos, Maria Eugenia Serratti e Marcelo Guis, por

estarem sempre dispostos a me ajudar.

A todos que participaram de alguma forma neste

projeto, seja por meio de pesquisas, testes ou

filmagens.

E por fim, agradeço a Karol Conka e a todos os artistas

e músicas que me inspiram a cada dia. Obrigado!

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RESUMO

Este projeto tem por objetivo desenvolver um

videoclipe experimental para a música Mundo

Loco, da rapper curitibana Karol Conka, explorando

o Design Audiovisual como potencializador da

experiência emocional no público consumidor. O

projeto fundamenta-se a partir dos conceitos de

Design Audiovisual e Design Emocional.

Após pesquisas com o público consumidor e testes

baseados em processos sinestésicos, o projeto passa

por uma etapa de experimentação, onde realizou-se

estudos gráficos afim de determinar um caminho para

as etapas de produção do objeto final. O resultado é

focado no estímulo sensorial do nível visceral do

cérebro, através da interação entre som e imagem.

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AbStRACt

This project aims to develop an experimental music

video for the song Mundo Loco from Karol Conka, a

rapper curitibana, exploring audiovisual design as

potentiating emotional experiences in the public.

The project is based on the concepts of Audiovisual

Design and Emotional Design.

After research with the public and testing processes

based on synesthetic, the project goes through a

stage of experimentation, which took place with

graphic studies in order to determine a path to the

stages of production to the final object. The result is

focused on sensory stimulation in the visceral level

of the brain, through the interaction between music

and image.

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L I S tA

D E

F I G U R A S

1. “Um homem com uma câmera”, 1929. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=fkwuA9T3oeM

2. “Berlin, Sinfonia da Metrópole”, 1927. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=HZgcVmUV_Xg

3. “Vertigo”. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=4CZfSc6nJ8U

4. “The man with the golden age”. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=sS76whmt5Yc

5. Elvis Presley em “Jailhouse Rock”. Fonte: http://goo.gl/tlWa7z

6. David Bowie em “Space Oddity”. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=D67kmFzSh_o

7. Queen em “Bohemian Rhapsody”. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=fJ9rUzIMcZQ

8. Michael Jackson em “Beat it”. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=Ym0hZG-zNOk

9. Ney Matogrosso. Fonte: http://goo.gl/y6t32P

10. Videoclipe “Minha Alma”. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=vF1Ad3hrdzY

11. “Amarelo, Vermelho e Azul” Wassily Kandinsky. Fonte: http://goo.gl/UgCeyH

12. Karol Conka. Fonte: http://goo.gl/y1IHgZ

13. Karol Conka. Fonte: http://goo.gl/YaDkhh

14. Capa do álbum “Batuk Freak”. Fonte: http://goo.gl/sBkw46

15. Mood Board de perfil do público. Acervo pessoal.

16. Videoclipe “Pode Acreditar”, Marcelo D2. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=v0UHvoLy85o

17. Videoclipe “Easy”, Copacabana Club. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=GuwzJJHVlIY

18. Videoclipe “Fella”, Marcelo D2. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=sIeZndLC5hg

19. Videoclipe “Qual é o andar?”, Mika. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=-he4EKhs6S4

20. Videoclipe “Gringo”, Banda Uó. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=LH2uyBWsuhg

21. Videoclipe “Apocalypse”, Tidus. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=LqHyqDl8Bdg

22. Videoclipe “Rude Boy”, Rihanna. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=e82VE8UtW8A

23. Videoclipe “Scorpio”, Jape. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=TtyHzJRUD5M

24. Videoclipe “The Sun”, The Naked and Famous. Fonte: http://goo.gl/8hcqFo

25. Videoclipe “Desert of Pop”, The Ruby Suns. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=6SaneO1NRXI

26. Videoclipe “Boa Noite”, Karol Conka. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=t-toaipdUdw

27. Videoclipe “Gandaia”, Karol Conka. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=EXvRois3tlM

28. Videoclipe “Toda Doida”, Karol Conka. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=_8XBjVPjhVg

29. Material para teste. Acervo pessoal.

30. Abstrato 1. Fonte: http://goo.gl/MIpNoM

31. Literal 1. Fonte: http://goo.gl/OPh3xV

32. Abstrato 2. Fonte: http://goo.gl/lHSFlN

33. Literal 2. Fonte: http://goo.gl/wbnj2c

34. Abstrato 3. Fonte: http://goo.gl/6csOIk

35. Literal 3. Fonte: http://goo.gl/WMkIKI

36. Abstrato 4. Fonte: http://goo.gl/TObAmI

37. Literal 4. Fonte: http://goo.gl/kPDMU2

38. Abstrato 5. Fonte: http://goo.gl/68Zyq0

39. Literal 5. Fonte: http://goo.gl/LqT3lp

40. Material para teste. Acervo pessoal.

41. Teste de expressão gráfica. Acervo pessoal.

42. Resultado teste 1. Acervo pessoal.

Todas as fontes desta

lista, foram acessadas

no período de Março

a Agosto de 2014 e

estão pontuadas neste

documento através do

seguinte ícone:

00

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43. Resultado teste 2. Acervo pessoal.

44. Resultado teste 3. Acervo pessoal.

45. Resultado teste 4. Acervo pessoal.

46. Resultado teste 5. Acervo pessoal.

47. Trabalho Ruffmercy. Fonte: http://goo.gl/FYAf5l

48. Trabalho Ruffmercy. Fonte: http://goo.gl/FldYDg

49. Trabalho Ruffmercy. Fonte: http://goo.gl/GJCeeQ

50. Trabalho Ruffmercy. Fonte: http://goo.gl/IR76Lj

51. Obra André Mendes. Fonte: http://goo.gl/ga1XPs

52. Obra André Mendes. Fonte: http://goo.gl/vBpIol

53. Cores - Estudo 01. Fonte: http://goo.gl/FDkibG

54. Cores - Estudo 01. Fonte: http://goo.gl/RTv0W7

55. Cores - Estudo 01. Fonte: http://goo.gl/auwQjV

56. Cores - Estudo 01. Fonte: http://goo.gl/ZbvvCB

57. Cores - Estudo 02. Fonte: http://goo.gl/ABRxkR

58. Cores - Estudo 02. Fonte: http://goo.gl/XS5UPr

59. Cores - Estudo 02. Fonte: http://goo.gl/ni2BDj

60. Cores - Estudo 02. Fonte: http://goo.gl/YyGilS

61. Estilo de cena - Estudo 01. Fonte: http://goo.gl/1fhVGL

62. Estilo de cena - Estudo 01. Fonte: http://goo.gl/87VjQS

63. Estilo de cena - Estudo 01. Fonte: http://goo.gl/cJckAo

64. Estilo de cena - Estudo 01. Fonte: http://goo.gl/TBvYj9

65. Estilo de cena - Estudo 02. Fonte: http://goo.gl/ABRxkR

66. Estilo de cena - Estudo 02. Fonte: http://goo.gl/XS5UPr

67. Estilo de cena - Estudo 02. Fonte: http://goo.gl/Y10yNg

68. Estilo de cena - Estudo 02. Fonte: http://goo.gl/5Rak0l

69. Desconstrução da imagem - Estudo 01. Acervo pessoal.

70. Desconstrução da imagem - Estudo 02. Acervo pessoal.

71. Máscaras de recorte - Estudo 01. Acervo pessoal.

72. Máscaras de recorte - Estudo 02. Acervo pessoal.

73. Conclusão - Cenas com letra. Acervo pessoal.

74. Conclusão - Cenas com letra. Acervo pessoal.

75. Conclusão - Cenas com letra. Acervo pessoal.

76. Conclusão - Cenas instrumentais e refrões. Acervo pessoal.

77. Conclusão - Cenas instrumentais e refrões. Acervo pessoal.

78. Conclusão - Cenas instrumentais e refrões. Acervo pessoal.

79. Equipamento. Fonte: http://goo.gl/FKqppK

80. Estúdio Chroma Key. Acervo pessoal.

81. Rua São Francisco. Acervo pessoal.

82. Rua São Francisco. Acervo pessoal.

83. Rua São Francisco. Acervo pessoal.

84. Rua São Francisco. Acervo pessoal.

Page 11: M U N D O L O C O

85. Rua São Francisco. Acervo pessoal.

86. Museu Oscar Niemeyer. Acervo pessoal.

87. Museu Oscar Niemeyer. Acervo pessoal.

88. Museu Oscar Niemeyer. Acervo pessoal.

89. Museu Oscar Niemeyer. Acervo pessoal.

90. Museu Oscar Niemeyer. Acervo pessoal.

91. Paradis Club. Acervo pessoal.

92. Paradis Club. Acervo pessoal.

93. Paradis Club. Acervo pessoal.

94. Paradis Club. Acervo pessoal.

95. Paradis Club. Acervo pessoal.

96. Largo da Ordem. Acervo pessoal.

97. Largo da Ordem. Acervo pessoal.

98. Largo da Ordem. Acervo pessoal.

99. Largo da Ordem. Acervo pessoal.

100. Casa Hoffmann. Acervo pessoal.

101. Casa Hoffmann. Acervo pessoal.

102. Casa Hoffmann. Acervo pessoal.

103. Praça 29 de Março. Acervo pessoal.

104. Praça 29 de Março. Acervo pessoal.

105. Praça 29 de Março. Acervo pessoal.

106. Praça 29 de Março. Acervo pessoal.

107. Praça 29 de Março. Acervo pessoal.

108. Shopping Itália. Acervo pessoal.

109. Shopping Itália. Acervo pessoal.

110. Shopping Itália. Acervo pessoal.

111. Shopping Itália. Acervo pessoal.

112. Shopping Itália. Acervo pessoal.

113. Estúdio Chroma Key. Acervo pessoal.

114. Estúdio Chroma Key. Acervo pessoal.

115. Outras locações. Acervo pessoal.

116. Outras locações. Acervo pessoal.

117. Outras locações. Acervo pessoal.

118. Outras locações. Acervo pessoal.

119. Outras locações. Acervo pessoal.

120. Formas estáticas. Acervo pessoal.

121. Forma de preenchimento. Acervo pessoal.

122. Cena 01. Acervo pessoal.

123. Cena 02. Acervo pessoal.

124. Cena 03. Acervo pessoal.

125. Cena 04. Acervo pessoal.

126. Cena 05. Acervo pessoal.

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127. Cena 06. Acervo pessoal.

128. Cena 07. Acervo pessoal.

129. Cena 08. Acervo pessoal.

130. Cena 09. Acervo pessoal.

131. Cena 10. Acervo pessoal.

132. Cena 11. Acervo pessoal.

133. Cena 12. Acervo pessoal.

134. Cena 13. Acervo pessoal.

135. Cena 14. Acervo pessoal.

136. Cena 15. Acervo pessoal.

137. Cena 16. Acervo pessoal.

138. Cena 17. Acervo pessoal.

139. Cena 18. Acervo pessoal.

140. Cena 19. Acervo pessoal.

141. Cena 20. Acervo pessoal.

142. Cena 21. Acervo pessoal.

143. Cena 22. Acervo pessoal.

144. Cena 23. Acervo pessoal.

145. Cena 24. Acervo pessoal.

146. Cena 25. Acervo pessoal.

147. Cena 26. Acervo pessoal.

148. Cena 27. Acervo pessoal.

149. Cena 28. Acervo pessoal.

150. Cena 29. Acervo pessoal.

151. Cena 30. Acervo pessoal.

152. Cena 31. Acervo pessoal.

153. Cena 32. Acervo pessoal.

154. Cena 33. Acervo pessoal.

155. Cena 34. Acervo pessoal.

156. Cena 35. Acervo pessoal.

157. Cena 36. Acervo pessoal.

158. Cena 37. Acervo pessoal.

159. Cena 38. Acervo pessoal.

160. Cena 39. Acervo pessoal.

161. Cena 40. Acervo pessoal.

162. Cena 41. Acervo pessoal.

163. Cena 42. Acervo pessoal.

164. Cena 43. Acervo pessoal.

165. Cena 44. Acervo pessoal.

166. Cena 45. Acervo pessoal.

167. Cena 46. Acervo pessoal.

168. Tratamento de imagem. Acervo pessoal.

Page 13: M U N D O L O C O

169. Tratamento de imagem. Acervo pessoal.

170. Tratamento de imagem. Acervo pessoal.

171. Tratamento de imagem. Acervo pessoal.

172. Cenas com letra - Grupo 01. Acervo pessoal.

173. Cenas com letra - Grupo 01. Acervo pessoal.

174. Cenas com letra - Grupo 01. Acervo pessoal.

175. Cenas com letra - Grupo 01. Acervo pessoal.

176. Cenas com letra - Grupo 02. Acervo pessoal.

177. Cenas com letra - Grupo 02. Acervo pessoal.

178. Cenas com letra - Grupo 02. Acervo pessoal.

179. Cenas com letra - Grupo 02. Acervo pessoal.

180. Cenas com letra - Grupo 03. Acervo pessoal.

181. Cenas com letra - Grupo 03. Acervo pessoal.

182. Cenas com letra - Grupo 03. Acervo pessoal.

183. Cenas com letra - Grupo 03. Acervo pessoal.

184. Cenas com letra - Grupo 04. Acervo pessoal.

185. Cenas com letra - Grupo 04. Acervo pessoal.

186. Cenas com letra - Grupo 04. Acervo pessoal.

187. Cenas com letra (refrões) - Grupo 01. Acervo pessoal.

188. Cenas com letra (refrões) - Grupo 01. Acervo pessoal.

189. Cenas com letra (refrões) - Grupo 01. Acervo pessoal.

190. Cenas com letra (refrões) - Grupo 01. Acervo pessoal.

191. Cenas de encerramento - Grupo 01. Acervo pessoal.

192. Cenas de encerramento - Grupo 01. Acervo pessoal.

193. Cenas de encerramento - Grupo 01. Acervo pessoal.

194. Cenas de encerramento - Grupo 01. Acervo pessoal.

195. Créditos. Acervo pessoal.

196. Créditos. Acervo pessoal.

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S U M Á

R I O

INtRODUÇÃO

PROCESSO

FASE ANALÍtICA

FUNDAMENtAÇÃO tEÓRICA

1. DESIGN AUDIOVISUAL

1.1. A linguagem audiovisual

1.1.1. A relação imagem e som

1.2. O design gráfico no audiovisual

1.3. Videoclipes

1.3.1. O papel da TV na história do videoclipe

1.3.2. Mídia, produção e consumo

2. DESIGN EMOCIONAL

2.1. Percepção

2.2. Sinestesia

2.3. Emoção

2.3.1. Design e Emoção

DEFINIÇÃO DO ObJEtO

1. APRESENtAÇÃO

2. KAROL CONKA

2.1. Mundo Loco

PESQUISA COM PÚbLICO CONSUMIDOR

ANÁLISE DE SIMILARES

1. ObJEtIVO E PARÂMEtROS DA ANÁLISE

2. VIDEOCLIPES SIMILARES

2.1. Resultados

3. VIDEOCLIPES - KAROL CONKA

3.1. Resultados

FASE CRIAtIVA

tEStE COM PÚbLICO CONSUMIDOR

1. EtAPAS

1.1. Etapa 1 - Associação cromática

1.1.1. Resultados

19

21

25

27

27

27

30

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46

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48

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52

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71

71

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1.2. Etapa 2 - Associação imagética

1.2.1. Resultados

1.3. Etapa 3 - Experimentação gráfica

1.3.1. Resultados

ANÁLISE DO ObJEtO

1. ANÁLISE

1.1. Resultados

EXPERIMENtAÇÃO

1. INSPIRAÇÃO

2. EStUDOS

2.1. Conteúdo filmado

2.2. Formas

2.3. Cores

2.4. Deconstrução da imagem

2.5. Máscaras de recorte

3. CONCLUSÃO

MAtERIAIS E tECNOLOGIAS

1. EQUIPAMENtOS

1.1. Câmera e filmadora digital

1.2. Estúdio Chroma Key

2. SOFtWARES

FASE EXECUtIVA

PRÉ-PRODUÇÃO

1. DECUPAGEM DA MÚSICA

2. LOCAÇÕES PARA FILMAGEM

PRODUÇÃO

1. CENAS

2. ELEMENtOS GRÁFICOS

2.1. Formas estáticas

2.2. Formas animadas (traço)

2.3. Formas animadas (preenchimento)

PÓS-PRODUÇÃO

1. EDIÇÃO DE CENAS

2. tRAtAMENtO DE IMAGEM

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79

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102

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108

108

119

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3. EStRUtURA DO VIDEOCLIPE

3.1. Grupos de efeitos sonoros

3.2. Parâmetros de Montagem

3.2.1. Introdução

3.2.2. Cenas com letra

3.2.3. Cenas com letra (refrões)

3.2.4. Cena de encerramento

3.3. Composição

RESULtADO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS bIbLIOGRÁFICAS

ANEXOS

120

120

122

122

123

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132

137

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19

MUNDO LOCO - INTRODUÇÃO

I N t R O

D U Ç Ã O

Este é um projeto que analisa questões sobre a multidisciplinaridade entre

as áreas do Design Audiovisual e o Design Emocional, e seu objetivo geral é

desenvolver um videoclipe experimental para a música Mundo Loco, da rapper

curitibana Karol Conka, explorando o Design Audiovisual como potencializador

da experiência emocional no público consumidor.

Karol Conka, nasceu e viveu a maior parte de sua vida, no bairro do Alto

Boqueirão na cidade de Curitiba, Paraná. A artista, em sua música, hoje

repercurtida a nível internacional, faz questão de retratar tudo o que viu e viveu

na periferia curitibana, através de uma personalidade singular, mesclando

o estilo hip-hop com fortes influências da cultura afro americana. Esta

singularidade, a rendeu premiações como o “Artista Revelação “do Prêmio

Multishow (2013) e o convite para fazer de uma de suas canções, música oficial

do jogo FIFA 2014. A música selecionada para ser utilizada neste projeto é

“Mundo Loco”, do primeiro e único albúm de Conka, Batuk Freak, lançado no

ano de 2013.

O projeto fundamenta-se a partir da contextualização do conceito do Design

Audiovisual, que segundo Ráfols e Colomer [2006], se trata de uma disciplina

do Design, que se baseia na interação entre linguagens do design gráfico e da

produção audiovisual. Este novo conceito, tem ganhado atenção nas últimas

décadas, com o avanço tecnológico dos meios de comunicação e a evolução

de ferramentas digitais para a experimentação imagética e sonora. Tendo sua

origem no cinema, o Design Audiovisual, passa pela televisão e hoje em dia, se

plorifera com a internet e a fácil aquisição de computadores e câmeras de foto/

vídeo portáteis; influênciando de maneira significativa a expressão e identidade

de certos artistas, como é o caso dos músicos, através de seus videoclipes, tema

de objetivo deste projeto.

O videoclipe, nasceu através de uma necessidade publicitária da indústria

fonográfica para a divulgação de novos artistas e músicas (Conter e Kilpp,

2007), porém alguns artistas, como David Bowie, acreditavam neste gênero

audiovisual como uma nova oportunidade de extensão de sua arte, utilizando

de processos experimentais e novas tecnologias, para a produção de sentido

no público consumidor. Seguindo este caminho, buscou-se teorias para a

melhor compreensão de como, a união do design com o produto audiovisual

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20

MUNDO LOCO - INTRODUÇÃO

de um videoclipe, poderia potencializar o estímulo sensorial e emocional em

um determinado público. A partir de processos sinestésicos como o do artista

Wassily Kandinsky, que pintava suas obras através do estímulo musical e teorias

de Design e Emoção de Donald Norman (2004), focando no que o autor chama

de nível visceral do processamento cerebral, desenvolveu-se alguns testes com

o público consumidor do trabalho da cantora Karol Conka, afim de compreender

quais são seus estímulos de primeiro impacto (de natureza, visual, sonora e

gestual) ao interagirem com a canção “Mundo Loco”, selecionada para este

projeto.

Após unir os resultados dos testes, com os da análise de videoclipes similares e

referências dadas pelo público em pesquisa prévia para determinação de perfil,

conseguiu-se materiais suficientes para a segunda etapa do projeto, a fase

criativa.

Nesta fase, foi eleito, após análise do conteúdo musical, o conceito da dança

para representar visualmente o conteúdo do clipe; conceito este já apresentado

em videoclipes da rapper Karol Conka e destacado por Vianna (2005) como “um

registro de vida e expressão”.

Inspirado em duas fortes influências do Design Audiovisual e da Arte Urbana

e Contemporânea, Ruffmercy e André Mendes, foram desenvolvidos estudos

gráficos, com o objetivo de determinar caminhos, estilos visuais, materiais e

tecnologias para a fase de execução do videoclipe, que consiste em sua pré-

produção, produção e pós-produção.

Nesta última fase do projeto, as cenas do videoclipe definidas, coletadas e

editadas, o contéudo gráfico criado e a música já estruturada, juntaram-se afim

de criar um objeto final completo, em que a relação apresentada entre som e

imagem atingisse o objetivo geral proposto.

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21

MUNDO LOCO - PROCESSO

P R O

C E S S O

Para a construção desse trabalho, foram selecionados dois processos de

design, Munari [1981] e Archer [1966], com o intuito de estabelecer aspectos

positivos e negativos presentes em cada um e adaptando-os de maneira que se

enquadrassem melhor no objetivo geral do projeto.

Segundo Munari [1981], todo problema é passível de solução, caso contrário,

não se trata de um problema. Em seu livro “Das coisas nascem coisas”, Munari

apresenta uma metodologia de design, onde a estrutura resulta em etapas bem

organizadas definidas.

Porém, ao analisar a metodologia de Munari aplicada em um projeto

experimental, sentiu-se a necessidade de torná-la mais ampla. Para isso,

conceitos da metodologia de Archer (1966), que é dividida em três grandes fases,

foram aplicados ao de Munari.

MEtODOLOGIA DE MUNARI (1981) APLICADA

À MEtODOLOGIA DE ARCHER (1966)

P

DP

CP

CD

AD

C

Mt

E

M

V

DF

S

PROBLEMA

DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

COMPONENTES DO PROBLEMA

COLETA DE DADOS

ANáLISE DE DADOS

CRIATIVIDADE

MATERIAIS E TECNOLOGIAS

EXPERIMENTAÇÃO

MODELO

VERIFICAÇÃO

DESENHO FINAL

SOLUÇÃO

FASE

ANALÍtICA

FASE

CRIAtIVA

FASE

EXECUtIVA

Page 22: M U N D O L O C O

22

Fundamentação Teórica

Pesquisa com público consumidor

Análise de similares

Análise do objeto

Experimentação

Materiais e tecnologias

FASEANALÍtICA

FASECRIAtIVA

Teste com público consumidor

Desenvolvimento: História e ideias

Pré-produção: Desafios técnicos

Produção: Fazendo o filme

Pós-produção: Polindo o produto final

MUNDO LOCO - PROCESSO

As fases de Archer têm por objetivo, permitir que o designer percorra entre etapas

de um mesmo grupo, tornando o processo mais flexível. Contudo, uma nova

necessidade foi destacada, a de adaptar as etapas, para que estas se adequassem

ao tipo de projeto proposto e traçassem o melhor caminho para o cumprimento de

seu objetivo geral. Para isso, uma adaptação foi realizada com base no modelo de

produção dos estúdios Pixar, que divide o processo nas seguintes etapas:

Além disso, cores e formas foram escolhidas para representar cada fase, afim de

ajudar e direcionar o leitor durante o percurso deste documento.

Segue a metodologia definida e um resumo do que será abordado em cada etapa

do projeto:

ALVES [2012] apud PIXAR [2010]

Estas duas primeiras fases,

correspondem neste projeto, ao

que seria no processo de produção

audiovisual dos estúdios Pixar, a etapa

de Desenvolvimento.

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23

MUNDO LOCO - PROCESSO

Pré-produção

Produção

Pós-produção

Resultado

FASEEXECUtIVA

A fase analítica é composta das sequintes etapas:

Fundamentação teórica: determinação de como o tema será abordado

e razões para a escolha do tema, determinação das áreas de estudo,

busca de referências bibliográficas, catalogação de referências, leitura e

análise das partes relevantes de cada referência e construção do texto de

fundamentação teórica.

Definição do objeto: definição da música a ser utilizada na criação do

videoclipe.

Pesquisa com público consumidor: Estruturação de pesquisa piloto

para pesquisar dados sobre perfil, consumo e estilo de vida do público

consumidor e compilação desses dados.

Análise de similares: busca de similares diretos e indiretos e definição de

parâmetros para a análise de similares.

A fase criativa, se divide em:

teste com público consumidor: estruturação do teste baseado em conceitos

do Design Emocional com público consumidor; aplicação desses testes e

compilação dos resultados obtidos.

Análise do objeto: definição de parâmetros para a análise do objeto e

detalhamento.

Experimentação: separação de referências, estudo e definição de estilos

visuais.

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24

MUNDO LOCO - PROCESSO

Materiais e tecnologias: definição de tecnologias necessárias para a

produção do objeto.

A última fase é a executiva, formada por:

Pré-produção: decupagem da música e definição de locação, equipamentos

e objetos necessários para a produção.

Produção: coleta de imagens e vídeos (conteúdo) e construção de elementos

gráficos.

Pós-produção: edição de cenas e construção da estrutura do videoclipe,

animação de conteúdo gráfico e determinação de fotografia e tratamento

de conteúdo.

Resultado: apresentação e divulgação do resultado.

Concluimos em relação ao processo, que a definição de tarefas específicas

dentro de cada etapa, faz com que o monitoramento de atividades a serem

cumpridas seja mais eficaz, resultando em uma melhor organização.

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FA S E

A N A L Í t I C A

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MUNDO LOCO - FASE ANALÍTICA - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

27

F U N D A

M E N tA

Ç Ã O

T E Ó R I C A

1. DESIGN AUDIOVISUAL

Tendo por objetivo do projeto desenvolver um videoclipe experimental, que

explora o design gráfico no campo audiovisual, este capítulo traz teorias que

auxiliam no entendimento das linguagens e conceitos que regem esta área do

design em específico, chamada de Design Audiovisual. Além disso nos levando a

compreender como esta, vem sido praticada ao decorrer da história e qual a sua

relação com o objeto final do projeto, o videoclipe.

1.1. A linguagem audiovisual

“ANTES DE QUE FOSSE POSSíVEL A REPRODUÇÃO TéCNICA DE IMAGENS

E SONS ATRAVéS DE MEIOS MECâNICOS E ELETRôNICOS, Já EXISTIA

A SIMULAÇÃO AUDIOVISUAL QUE OCORRIA DE FORMA ARTESANAL OU

ARTíSTICA, CUJAS EXPERIêNCIAS SE ACUMULAVAM AO LONGO DE MILêNIOS

E PARA A QUAL COLABORARAM AS MAIS DIFERENTES CULTURAS.”

[HAGEMEyER, 2012]

Segundo Hagemayer [2012], antes mesmo do cinema, já existia uma “cultura

audiovisual” baseada na maneira como os homens enxergavam o mundo a sua

volta, dando sentido as coisas e respondendo à questões sobre sua existência

através de um conjunto de práticas e representações simbólicas. Artistas ao longo

da história já utilizavam do poder de simulação do real, estabelecendo uma junção

entre som e imagem, como é o caso dos espetáculos de ópera.

é durante a década de 30, durante a depressão econômica nos Estados Unidos,

que se inicia a expansão das artes e da indústria cultural, causando a explosão da

indústria cinematográfica. [Ramos e Bueno, 2001]

A partir da evolução do cinema, surge a linguagem audiovisual, que conforme

Abruzzese (2006), aparece com o cinema falado e a tv, com o objetivo de

superar a imagem fixa, o cinema mudo e o rádio, trazendo o desafio de utilizar

simultâneamente duas linguagens distintas (visual e sonora) e fundamentais do

corpo humano.

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MUNDO LOCO - FASE ANALÍTICA - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

28

Com o passar do tempo, estudos foram definindo e classificando os elementos

para a análise e a produção de conteúdos audiovisuais. Atualmente, de acordo com

Galeotti e Mazzilli [2012] apud Durand [2009], a linguagem audiovisual é composta

de quatro grandes grupos: morfologia, sintaxe, estilística e dramaturgia.

Morfologia: é subdividida em campo, plano, posição de câmera e movimentos.

Campo: é o que está na área de visão da câmera, abrange os seguintes

itens: quadro (imagem formada através da projeção que este campo faz

sobre o filme ou tela digital); ângulo de visão (medida do ângulo formado

pela vértice da área do campo visual, esta que está ligada diretamente à

objetiva¹ utilizada no equipamento de captação); ponto de vista e câmera

subjetiva (de onde sai o princípio das vértices que compõem o campo de

visão, inserido ao personagem este passa a ser subjetivo, a famosa “visão

em primeira pessoa”); eixo (dividido entre eixo visual e eixo dramático,

o primeiro se refere à direção para a qual a câmera está apontada, já o

segundo, à relação entre personagens que se entre olham); profundidade

de campo (dimensão do campo no sentido do eixo de visão) e off (toda a

ação que ocorre fora do campo de visão, mas que interfere diretamente no

conteúdo, seja por som ou efeitos).

Plano: é o enquadramento do objeto filmado, tendo o referêncial humano

como dimensão, e se divide em: plano geral (engloba uma grande parcela do

espaço, uma paisagem por exemplo, não tendo personagens identificáveis);

plano de conjunto (pode mostrar um determinado grupo de personagens e

o ambiente em que se encontram); plano médio (enquadra personagens por

inteiro); plano americano (corta personagens aproximadamente na altura

da cintura); primeiro plano (enquadra os personagens do busto para cima),

primeiríssimo plano (se delimita apenas ao rosto do personagem) e plano

close-up (foca somente em partes específicas do corpo ou de objetos).

Posição de câmera: se reparte em, plongée (câmera posicionada em nível

acima do objeto) e contra-plongée (câmera pocionada em um nível abaixo

do objeto).

Movimentos se ramificam em: panorâmico (rotação de eixo realizada pela

¹ A objetiva é classificada

de acordo com o ângulo

horizontal de seu quadro,

com âgulo de 40°, recebe

o nome de “normal”;

com ângulo menor,

“teleobjetiva”; e quando

maior, “grande angular”.

[DURAND, 2009]

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MUNDO LOCO - FASE ANALÍTICA - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

29

câmera, podendo ser tanto de cima para baixo, quanto de um lado para

outro); chicote (panorâmica em velocidade alta); travelling (descocamento,

em qualquer sentido, da câmera); zoom (alteração progressiva do ângulo

de visão).

Sintaxe: se divide em plano, cena, sequência e relações entre planos.

Plano: diferente do plano morfológico, este representa a unidade de filme

inclusa entre dois cortes.

Cena: compostas por um ou mais planos, é a união entre estas unidades

separadas devido ao mesmo espaço ou tempo em que ocorrem.

Sequência: é compreendida pelo encadeamento de uma mesma ação,

podendo ser construída através da ligação de uma ou mais cenas. Estas

são classificadas como: plano sequência (ligação sem corte) ou montagem

paralela (planos sequências que ocorrem sincronicamente, porém em

espaços distintos).

As Relações entre planos, abrangem: campo / contra-campo (intercalação

entre planos dentro de um mesmo eixo); plano autônomo (ação ocorrida

independente à todas outras) e o efeito kuleshov (união de determinados

planos com o objetivo de criar um significado específico através da

montagem).

Estilística: englobam as figuras de linguagem, entre elas Durand seleciona

a elipse, a metonímia e a gradação como as mais importantes da produção

audiovisual.

Elipse: retirada de determinado intervalo de tempo ou espaço, que mantêm

o sentido.

Metonímia: meio em que algo maior é representado por apenas uma parte.

Gradação: alteração na intensidade dramática.

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MUNDO LOCO - FASE ANALÍTICA - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

30

Dramaturgia: diz respeito à representação através da ação, personagem, conflito,

peripécia e desenlace.

Ação: todo elemento que pode gerar uma reação por parte de algum

personagem ou objeto.

Personagem: qualquer ser, animado ou inanimado, possível de gerar

determinada ação.

Conflito: ações adversas entre personagens.

Peripécia: alteração inesperada no sentido do drama.

Desenlace: solução final ao conflito dramático.

Essas definições e classificações, têm o objetivo de nos auxiliar na leitura e análise

de um conteúdo audiovisual, por se tratar de uma linguagem complexa, contituída

a partir de sistemas de signos diversos, como a imagem e o som, resultando

no que Santaella (1996) chama de “uma margem de imponderabilidade quase

impossível de ser controlada”.

1.1.1. A relação imagem e som

“A SOCIEDADE CONTEMPORâNEA APRESENTA UMA EXTENSA GAMA

DE PRODUTOS AUDIOVISUAIS, PORéM INTEGRA SUAS LINGUAGENS

CONSTITUINTES EM DIFERENTES NíVEIS DE RESOLUÇÃO. NA ERA

DENOMINADA DA IMAGEM, ASSISTIMOS E ESCUTAMOS A DIFERENTES

FORMAS DE RELAÇÃO ENTRE SOM E IMAGEM: EM ALGUNS CASOS A

SUBMISSÃO DOS SONS à IMAGEM, EM OUTROS O DOMíNIO DO SOM E, EM

POUCOS O DIáLOGO ENTRE ESSAS EXPRESSõES.”

[bELLEbONI, 2004]

Antes de analisarmos os aspectos que regem esta relação já existente entre

imagem e som, nos cabe perceber em que momento a imagem se aproxima da

linguagem sonora, afim de estruturar o que hoje, chamamos de audiovisual.

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MUNDO LOCO - FASE ANALÍTICA - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

31

Camargo [2004] parte do pensamento de que a imagem trata-se de um recorte

do mundo natural, criado pelo homem com a finalidade de interpretar algo,

atendendo a interesses específicos em tempo e espaço distintos na história.

Portanto, a distinção entre tempo/espaço faz com que as imagens possam variar

através do intuito de suprir uma necessidade simbólica ou prática, podendo ser

representadas de maneira natural, realista, arbitrária ou abstrata, sendo assim

idealizadas dependentes de suas funções e contextos culturais.

Essas diferentes funções, podem ser facilmente perceptíveis com a inserção da

imagem na mídia, que originariamente tinha por finalidade conceituar e registrar

determinados acontecimentos, porém com o surgimento do cinema, da tv, da

internet e da fotografia digital, acabam se expressando de maneiras e finalidades

completamente distintas.

Assim como as imagens, o experimento do som acontece em decorrência de

avanços tecnológicos, com a vontade cada vez maior de produzir o real, tendo,

segundo Carrasco (2010), sua origem de aproximação com a imagem na insersão

da música ao vivo durante a projeção do filme mudo; passando de um simples

acompanhamento das cenas à um elemento fundamental na apresentação

cinematográfica, definindo o que chamamos hoje de trilha sonora.

De acordo com Galleotti e Mazzilli [2012] a trilha sonora é constituída de três

elementos indispensáveis: a voz humana, a música e os efeitos de som. A voz

repete o comportamento e as ações humanas, fazendo com que estes queiram

interpretá-la em primeira ordem. A música, serve para criar determinado

vínculo emocional com a situação e contexto em que se encontra, podendo ser

empática, participando da transmissão do sentimento, ou anempática, sem essa

participação. Por último, os efeitos de som, que reforçam a ideia de tempo e

espaço, assim como as características estilísticas da linguagem audiovisual.

Todas essas características de som e imagem, inseridas juntas no contexto

tecnológico atual, onde possuímos inumeras ferramentas digitais, geram uma

quantidade incalculável de possibilidades de experimentação, fazendo com que

novas linguagens comecem a surgir.

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MUNDO LOCO - FASE ANALÍTICA - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

32

1.2. O design gráfico no audiovisual

O Design Audiovisual, segundo Ráfols e Colomer [2006], se trata de uma nova

disciplina do Design, que se baseia na interação entre linguagens do design

gráfico e da produção audiovisual. Este conceito ganha força a partir da constante

evolução tecnológica nas etapas de produção do conteúdo audiovisual.

Com a evolução de ferramentas digitais, softwares para elaboração de conteúdo

criativo, bem como a facilidade de tratamento de imagens, tanto as estáticas

quanto as em movimento, fazem com que nos deparemos com uma série de

possibilidades de experimentação, gerando novos conteúdos e conceitos.

Ráfols e Colomer também teorizam que no conteúdo do design audiovisual,

o design gráfico conserva suas características formais e seu mesmo processo

metodológico para determinada mensagem, porém é inserido em um novo

conceito de tempo e espaço, auxiliando o som e a imagem em movimento, na

construção de uma determinada estrutura narrativa ou mesmo estética.

O Design Audiovisual se deriva do cinema, assim como toda a produção audiovisual,

principalmente do cinema experimental, com a prática dos desenhos quadro

a quadro, a partir dos anos 20. Outra forte influência para esta vertente são os

cineastas Dziga Vertov e Walther Ruttman, que em filmes como “Um Homem

com uma Câmera” (1929) e “Berlin - Sinfonia da Metrópole” (1927), estruturam

montagem, efeitos e audio de forma mais livre, fugindo da linearidade presente

na literatura e no teatro da época, desempenhando assim um papel importante na

história cinematográfica.

CENA DO FILME “UM HOMEM COM

UMA CÂMERA” (1929), COM ROTEIRO

MAIS LIVRE, EXPLORA CORTES COMO

FERRAMENTA DE SENTIDO.

01

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MUNDO LOCO - FASE ANALÍTICA - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

33

CENA DO FILME “BERLIN - SINFONIA

DA METÓPOLE” (1927)

As primeiras aparições do Design Audiovisual surgem na década de 50, onde o

cinema torna-se uma indústria do entretenimento, observando a necessidade de

expandir o uso de recursos gráficos, que anteriormente eram aplicados somente

na elaboração de peças de divulgação e promoção, para a introdução e créditos

dos filmes produzidos.

O designer gráfico Saul Bass, foi um dos primeiros representantes deste novo

conceito, usando a animação em títulos e fichas técnicas de filmes para expressar a

essência estética destas peças cinematográficas. Entre seus trabalhos destacam-

se: “The man with the golden arm” do diretor Otto Preminguer e “Vertigo” de Alfred

Hitchcock.

TÍTULO DO FILME “VERTIGO” QUE EM SUA

ANIMAÇÃO, JÁ DEMONSTRA CARACTERÍSTICAS

DE INTERAÇÃO COM A IMAGEM

TÍTULO DO FILME “THE MAN WITH THE GOLDEN

ARM”, COMBINA ANIMAÇÕES ENTRE FORMAS E

TEXTO.

02

03 04

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MUNDO LOCO - FASE ANALÍTICA - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

34

Conforme Bohórquez e Velazco [2011], desde a década de 50, com o fortalecimento

da televisão como meio de comunicação massivo, o Design Audiovisual ganha

força na construção da identidade, articulação e promoção dos canais, bem como

na forma de persuasão da evolução publicitária com este meio.

Em seu estudo de análise das relações audiovisuais em tv, Schiavoni [2011] relata

que o design inserido na produção de vinhetas televisivas, têm por objetivo colocar

em evidência o conteúdo a ser apresentado por determinado programa e firmar

contratos com o telespectador sobre sua programação. Porém, a linguagem

abordada é dependente do tipo de produção, como exemplo, os canais voltados

a públicos específicos, onde esta pode adquirir um carácter mais experimental,

diferente dos canais para a grande mídia, que acabam tendo toda sua programação

criada com base na identidade da emissora, afim de estabelecer uma confiança

com o telespectador. Paralelo a este conceito de identidade televisiva, Yoshiura

[2007] destaca o surgimento do VCR (gravador de imagem e som) como influência

em um novo conceito de experimentação do design audiovisual, que mais tarde

passaria a interferir no conteúdo transmitido pela tv, o video-arte. O VCR era

capaz de receber a programação de uma emissora, permitindo uma montagem

do conteúdo apresentado, que depois da inserção de uma trilha sonora, tinha

para muitos a finalidade de se expressar. E foi na década de 60, influenciado pela

Pop Art, que este conceito, chamado de “zap”, acabou despertando o interesse de

muitos artistas, principalmente músicos, na elaborarão de videoclipes.

1.3. Videoclipes

Gênero do audiovisual que associa música, imagem e na maioria dos casos

montagem, o videoclipe nasce da necessidade de divulgar novos músicos e

músicas. Foi influênciado pelo cinema musical americano do início dos anos 50,

que começou a reduzir o grau de importância do enredo em cenas de performance

musical, fazendo com que estas pudessem ser recortadas do todo e apresentadas

a parte. Um dos percursores desse tipo de recorte cinematográfico, foi o da canção

Jailhouse Rock (1957), interpretada por Elvis Presley, artista este que contribuiu

para o surgimento do rock como gênero da música popular americana no início

da mesma década. Entretanto, recortes como este não podem ser chamados de

videoclipes, visto que não foram produzidos como vídeo propriamente dito, eram

apenas trechos de peças cinematográficas. [Conter e Kilpp, 2007]

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MUNDO LOCO - FASE ANALÍTICA - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

35

ELVIS PRESLEY EM CENA DE SEU FILME

“JAILHOUSE ROCK”, INTERPRETANDO A

MÚSICA QUE LEVA O MESMO NOME

05

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MUNDO LOCO - FASE ANALÍTICA - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

36

A partir dos anos 60, o vídeo musical passa a ser produzido com um carácter

publicitário, visando levar ao mundo, o nome de novos artistas, porém ainda

sem o intuíto de vender uma canção em específico. A banda inglesa The

Beatles, enxergou o vídeo como um grande aliado ao sucesso, gravando

performances musicais e as diponibilizando para canais televisivos, assim

poderiam estar em mais lugares ao mesmo tempo. Estes vídeos assumiam

uma estética muito parecida com as performances musicais já televisionadas

na época, caracterizada principalmente pela presença de todos membros da

banda tocando seus respectivos instrumentos. [Holzbach e Nercolini, 2009]

Através da oportunidade alavancada pela banda The Beatles, outros músicos

e bandas européias sentem-se inspirados para explorar a área audiovisual,

como é o caso de David Bowie. Com o vídeo de carácter experimental

para a canção Space Oddity (1969), Bowie acreditava no audiovisual não

como uma ferramenta de divulgação, mas como extensão de sua arte.

O seminário New Musical Express (NME), determinou o número musical da canção

“Bohemian Rhapsody” (1975), da banda inglesa Queen, como o início do videoclipe.

Dirigido por Bruce Gowers e Jon Roseman, o vídeo de “Bohemian Rhapsody” foi

produzido para divulgar a música, objetivo inicial da linguagem videoclipe, mas

destacava-se por conter um roteiro definido, utilizar-se de efeitos especiais e da

tentativa de combinação entre imagem e ritmo musical, afim de provocar reações

sinestésicas. Este clipe fez com que outros músicos começassem a investir

nesse tipo de produção, algo que alguns anos depois, fosse fator determinante

para o nascimento da MTV (Music Television), um canal americano de tv com

programação especializado em videoclipes. [Holzbach e Nercolini, 2009]

DAVID BOWIE EM VÍDEO PARA A

CANÇÃO “SPACE ODDITY”

06

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MUNDO LOCO - FASE ANALÍTICA - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

37

BANDA QUEEN EM

“BOHEMIAN RHAPSODY”

CONSIDERADO O

COMO VANGUARDISTA

DA LINGUAGEM

VIDEOCLIPE

1.3.1. O papel da tV na história do videoclipe

Em agosto de 1981 nasce a MTV, com o objetivo de suprir a necessidade de um

espaço na televisão para o crescente número de produções de videoclipes. De

acordo com Soares (2004), o surgimento da MTV, está ligado à crise das rádios

norte-americanas no final dos anos 70, que possuiam uma programação voltada

ao público adulto, não atendendo a grande demanda do público jovem e dos novos

gêneros da música popular; alavancando em uma grande queda no faturamento

da indústria fonográfica.

A MTV “[...] alterou profundamente certas concepções de fazer e ver TV e [...]

conseguiu detectar e reforçar certos traços e estilos da contemporaneidade [...].

Um desses traços é o da presença, junto à imagem, do som. Não apenas o som,

mas o som musical. A música. E não a música-pano de fundo, mas a música como

constituinte essencial da imagem”. (Coelho Netto, 1995)

Pensar nessa relação música e imagem, era um grande desafio na época, pois

para isso foi necessário alterar a lógica de produção e consumo de música;

pois a partir daquele momento, além de pensar somente em suas músicas, as

gravadoras tiveram que pensar em como estas seriam representadas visualmente.

Neste período, gêneros como o punk rock, o new pop e a dance music, trazem

07

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MUNDO LOCO - FASE ANALÍTICA - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

38

consigo a importância à imagem e à performance do artista, bem como o uso da

tecnologia para a criação de novos sons. A articulação desses elementos com a

nova televisão musical, resulta em um novo tipo de experiência audiovisual e a

linguagem dos videoclipes se desenvolve de maneira mais experimental; uso de

efeitos especiais, pequenas animações, planos rápidos, imagens impactantes e

outros elementos sem nenhuma relação simbólica com as letras das canções.

Orientados pela linguagem do videoclipe, novos programas preenchem a

programação da MTV, criando uma estética própria da emissora, baseadas na

estratégia de produzir novos sentidos no público jovem e consumidor da música

popular massiva. [SOARES, 2004]

Em meio aos inúmeros videoclipes beseados na estética MTV, surgem artistas com

novas propostas. Michael Jackson, o primeiro negro a ter um videoclipe veiculado

na mídia televisiva, produziu para canções como “Thriller” (1983) e “Beat It” (1983),

videoclipes mais próximos à linguagem cinematográfica, com narrativas bem

estruturadas, diálogos e pausas na música. Estas características, quebravam os

limites de interação entre as mídias (cinema, televisão e videoclipe), englobando

uma parcela maior de públicos consumidores, fator este que foi essencial para a

expanção da MTV para o mundo. [Conter e Kilpp, 2007]

MICHAEL JACKSON EM

CENA DO VIDEOCLIPE

PARA A CANÇÃO

“BEAT IT”, ONDE

MOSTRA DE FORMA

NARRATIVA UMA

BATALHA EM GANGUES

AMERICANAS

08

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MUNDO LOCO - FASE ANALÍTICA - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

39

No Brasil, a MTV chega no começo dos anos 90, mas o videoclipe já era

divulgado e produzido pelo programa Fantástico, da TV Globo desde a

década de 70. Em sua maioria, eram videoclipes de artistas famosos

cujas trilhas estavam presentes em alguma novela da emissora.

O primeiro clipe nacional produzido pela emissora foi o da canção “América do

Sul” (1975), interpretado por Ney Matogrosso. Outros videoclipes, como “Tempos

Modernos” (1982) de Lulu Santos, “Você não soube me amar” (1982) da banda

Blitz, e “Melô do marinheiro” (1986) dos Paralamas do Sucesso também foram

veículados para todo o Brasil, na tentativa de propagar e valorizar o rock e pop

nacional.

NEY MATOGROSSO

EM MATÉRIA PARA

A REVISTA POP

(NOVEMBRO DE 1974)

09

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MUNDO LOCO - FASE ANALÍTICA - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

40

Segundo Soares (2004), o surgimento da MTV Brasil, se torna uma nova referência

ao público jovem e um grande incentivo ao nascimento de novas bandas e estilos

musicais. Bandas como, O Rappa, Cidade Negra, Raimundos e Skank, começaram

a fazer sucesso após terem seus videoclipes veículados pela emissora. Esta

crescente produção do videoclipe nacional, fez com que gravadoras investissem

mais na qualidade estética do material apresentado e na identidade dos próprios

artistas; e baseados nesse investimento surge em 1995, o VMB (Video Music

Brasil), a mais importante premiação de videoclipes nacionais, abrindo espaço

para outros gêneros musicais, como o rap, este que foi o maior vencedor da

premiação. De acordo com Lusvarghi (2002), o rap foi o gênero que mais conseguiu

alinhar a estética MTV à realidade social brasileira em seus clipes. Um dos grandes

sucessos deste gênero foi o videoclipe de “Minha Alma” (2000), do grupo O Rappa,

que em seu ano de lançamento foi indicado e prêmiado em 6 categorias no VMB.

No final dos anos 90, ao perceber que o grande consumo fonográfico brasileiro estava

voltado a gêneros como o axé, o pagode e a música sertaneja, a MTV resolve abrir um

maior espaço para estes em sua programação, porém achando que teria se desviado

muito de sua proposta inicial, resolve retomar o foco para os gêneros pop e rock.

Com parte de sua programação reduzida especificamente a videoclipes, estes

passam a ser pré-selecionados por questões como investimento de promoção

e popularidade da banda, o que para bandas e músicos com uma proposta

experimental soava como uma certa censura.

Em entrevista para um canal de entretenimento do site Uol em 2013, Rafael

Kent, diretor de clipes de grupos de rap como Racionais MC’s e Cone Crew

VIDEOCLIPE DE “MINHA ALMA” DA

BANDA O RAPPA, ONDE MOSTRA

CENAS DE UMA CRIANÇA EM MEIO A

VIOLÊNCIA DE UMA FAVELA 10

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MUNDO LOCO - FASE ANALÍTICA - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

41

Diretoria, disse “Com o tempo percebi que a MTV não tinha mais muitos

parâmetros para o que era passado por lá [...] acredito que a MTV ajudou,

infelizmente, a afundar a produção audiovisual brasileira e isso é triste.

Bastava a banda ter audiência que tava lá e pior, ganhava-se prêmios, muitos.”

Uma nova oportunidade para artistas alternativos, independentes ou com uma

proposta de cunho experimental, que fugisse dos padrões Music Television, foi a

internet banda larga, trazendo consigo novas possibilidades de interação com o

público consumidor.

1.3.2. Mídia, produção e consumo

De acordo com Lemos (2009), a cultura de massa criou o “consumo para todos”

e a nova cultura “pós-massiva” cria a igualdade de palavra para todos. Alinhado

a essa ideia, percebemos que a internet surge como uma quebra de barreiras

para o conteúdo audiovisual, onde artistas cujos videoclipes não teriam espaço

na mídia televisiva, encontram na rede, uma possibilidade livre de divulgação dos

seus trabalhos.

Ao analisar a internet como um dos maiores veículos de distribuição audiovisual

no mundo atual, descobrimos que de acordo com a empresa americana de

ferramentas para análise de informações da web, Alexa, o site de compartilhamento

de vídeos Youtube está entre os cinco sites mais acessados do Brasil, e segundo

dados da ComScore (companhia de análises tecnológicas da internet), o canal

VEVO, especializado em divulgação de videoclipes, é o mais acessado do site.

Seguindo a mesma linha de pesquisa, observamos que conforme o site de listas e

rankings Top10+², entre os 30 vídeos mais vistos no Youtube, durante seu período

no ar, somente um desses não se trata de um videoclipe, e do restante somente

um videoclipe é brasileiro (mesmo clipe presente no topo da lista dos 10 videos

brasileiros mais acessados no Youtube, segundo mesmo site).

Chegamos à conclusão de que videoclipes fazem parte do consumo audiovisual de

milhões de brasileiros, e sendo assim, um objeto de estudo instigante. A ANCINE

(Agência Nacional do Cinema), o OCA (Observatório Brasileiro do Cinema e do

Audiovisual) e a SAV (Secretaria do Audiovisual) apresentam em seus sites poucos

dados de pesquisa nesta área do videoclipe em específico.

² Atualizado

automaticamente de

acordo com API (Application

Programming Interface) do

Youtube.

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MUNDO LOCO - FASE ANALÍTICA - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

42

2. DESIGN EMOCIONAL

Este capítulo tem por objetivo, trazer teorias e conceitos para a melhor

compreensão da produção de sentido e estímulos emocionais no público

consumidor de videoclipes. Além de explorar o poder sinestésico existente na

união de linguagens, como a visual, a sonora e a verbal, em um mesmo objeto.

2.1. Percepção

Segundo Merleau-Ponty (1999) a percepção se trata da criação e de expressão da

linguagem pelo cérebro, que se dá através de determinados fatores. Kawasaki

(2009) analisou estes fatores através do design e os dividiu em dois grupos,

um relacionado ao ser humano, receptor, e outro ao objeto de design em si. No

grupo com relação ao ser humano, os fatores que levam à uma determinada

interpretação ou reação, se subdividem em fisiológico, cultural - repertório de

design, cultural - tempo/espaço e emocional.

Fator Fisiológico: A percepção pode sofrer algumas variações por ordem

fisiológica, como por exemplo, pessoas sinestetas, daltônicas ou portadoras de

algum problema de imprecisão visual.

Fator Cultural - Repertório de Design: Uma peça de design podem conter

linguagens muito variadas em sua composição, podendo não ser de fácil

compreensão para alguns receptores. Estes devem possuim um repertório das

linguagens utilizadas em um objeto, pois assim poderá compreender a mensagem

pretendida pelo emissor. Direcionar uma peça de design a um público específico, é

visto pelo autor, como uma tentativa de minimizar o erro de compreensão, porém

sempre haverá diferença entre os repertórios, criando novas interpretações,

significados e sensações.

Fator Cultural - tempo/Espaço: A interpretação e sensibilização através de um

determinado estímulo visual também pode variar de acordo com sua relação

tempo e espaço. Por exemplo, um vídeo, considerado inovador por um momento,

pode vir a ser considerado ultrapassado depois de algum tempo.

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MUNDO LOCO - FASE ANALÍTICA - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

43

Fator Emocional: O estado de espírito do observador também pode o deixar

propenso a certas reações e interpretações. Segundo Kawasaki, pessoas felizes,

enxergam fatores positivos em determinada mensagem, enquanto pessoas

fragilizadas, se sensibilizam com maior facilidade a um certo conteúdo dramático

ou social.

Já no grupo com relação ao objeto de design, Kawasaki apresenta quatro

dimensões semióticas: hílico, sintaxe, semântica e pragmática.

Dimensão do hílico: refere-se a matéria prima e as características do material

da peça.

Dimensão sintática: diz sobre a estrutura e a definição física do objeto.

Dimensão pragmática: trata da utilidade e função prática do objeto de design.

Dimensão semântica: refere-se ao sentido da peça, o que ela expressa, qual a sua

mensagem.

Este projeto, que se trata de um objeto de design audiovisual, focará nas dimensões

sintática e semântica, visto que a estrutura de composição dos seus elementos,

em conjunto com o significado que estes possam transmitir, será essencial na

formação de percepções no usuário.

2.2. Sinestesia

“SOMOS TODOS SINESTETAS, EMBORA SOMENTE ALGUNS EXPERIMENTEM A

SINESTESIA CONSCIENTEMENTE.”

[bASbAUM, 2003]

Segundo Basbaum (2003), a palavra “sinestesia”, proveniente da junção das

palavras gregas “syn” (simultâneas) e “aesthesis” (sensação), expressa o ato de

ser exposto a um determinado estímulo sensorial, porém experimentar outro

estímulo em área sensorial diferente. Digamos por exemplo, que um certo

sinesteta, possa enxergar formas e cores ao escutar determinado som.

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MUNDO LOCO - FASE ANALÍTICA - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

44

De acordo com Kawasaki (2009) apud Marshall McLuhan (1999), a separação dos

sentidos no processo de comunicação, surgiu através da invenção da prensa de

tipos móveis de Guttemberg, que fez com que o processo de percepção visual fosse

priorizado em relação aos demais. A partir disso, inúmeros relatos de pessoas

que conseguiam fazer associações sinestésicas surgiram, porém como não

havia um certo padrão nessas associações, pesquisas na área foram diminuindo.

Contudo, com os avanços das ciências neurocognitivas, estudos sobre o cérebro e

o aumento de recursos tecnológicos das últimas décadas, fez com que crescesse

os interesses em pesquisas na área da sinestesia.

Na área artística, processos sinestésicos são utilizados com o intuito de criar uma

experiência sensorial mais rica. Destacam-se nomes como o do russo Wassily

Kandinsky, que pintava suas obras inspirado por sons e músicas, retratando no

visual aquilo que sentia no sonoro. Para o pintor, que trabalhava a expressão

sinestésica com a música principalmente em relação ao uso de cores e disposição

de elementos, a racionalidade não fazia sentido em sua obra, o que importava era

explorar um mundo sensorial desconhecido.

“ENTREGUE SEUS OUVIDOS à MúSICA, ABRA SEUS OLHOS à PINTURA, E...

PARE O PENSAMENTO!”

[KANDINSKy, 1910]

OBRA “AMARELO,

VERMELHO E AZUL”

(1925) DO ARTISTA

WASSILY KANDINSKY,

PERCURSOR DA

ARTE ABSTRATA E

SINESTÉSICA

11

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MUNDO LOCO - FASE ANALÍTICA - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

45

O estudo da sinestesia em relação ao design gráfico, surge a partir da ideia que

este, possui como uma de suas principais funções a comunicação, só possuindo

algum valor quando interado a outras pessoas. é essencial para o designer,

entender as relações que se estabelecem entre o objeto e o receptor, e quais os

resultados dos estímulos sensoriais causados por esta.

O design gráfico antes estritamente visual, atualmente também é composto pela

união de estímulos sonoros, táteis e até olfativos. Vídeos musicais, websites,

materiais de diferentes texturas e cheiros, entre outras peças, estabelecem

relações literais ou subjetivas com as pessoas, e estas por sua vez, ao assimilar

diferentes tipos de linguagens juntas, tentam as associar de alguma maneira.

[Kawasaki, 2009]

Neste projeto, o foco será na área sinestésica entre a visão e a audição, já que

na linguagem do design audiovisual, os estímulos gráficos passarão a interagir

diretamente com o som, estimulando a produção de sentido. [Carvalho, 2006]

De acordo com os estudos de Kawasaki [2009], a sinestesia visão/audição no design,

pode ser gerada a partir de cores, formas e texturas, espaço e diagramação. Estes

estudos revelam que:

Cores: quanto mais clara e menos saturada, mais agudo o som e quanto mais

escuro e mais saturado, mais grave o som.

Formas e texturas: os sons graves correspondem a formas e texturas arredondadas,

grossas e pesadas, enquanto sons agudos podem ser representados por formas

pontiagudas, finas e texturas leves.

Espaço e diagramação: o equilíbrio de elementos em uma composição pode

passar a sensação de silêncio ao receptor, como a assimetria e movimento de

formas pode gerar a sensação de barulho e ruído.

O intuito é que estes elementos do design em conjunto com os elementos do

audiovisual, como movimento de câmera, performance do artista, edição de

imagens e efeitos de pós produção, possam se articular aos elementos musicais,

como tempo, ritmo e letra, afim de gerar o que Goodwin (1992) chama de

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MUNDO LOCO - FASE ANALÍTICA - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

46

“musicologia da imagem”, tendo a sinestesia como peça fundamental na estrutura

de um videoclipe.

2.3. Emoção

Damásio (1996) nos apresenta a emoção como um conjunto de respostas motoras,

enviadas do cérebro ao corpo em resposta a algum acontecimento.

Casos apresentados por Damásio, como o de Phineas Gage em 1848, que sofreu

um dano cerebral, debilitando sua reatividade emocional e tendo dificuldades na

tomada de decisões, nos revelam que a emoção está ligada ao nosso raciocínio

lógico, estabelecendo repertórios e selecionando opções.

Segundo o autor, existem as emoções primárias e as emoções secundárias,

sendo as primárias, disposições instintivas para responder a certos estímulos,

como o prazer, o medo, a surpresa; já as secundárias, são emoções aprendidas,

nas quais categorizamos baseados nos estímulos do nosso passado, avaliando-os

como bons ou ruins, como o ciúme, a inveja e o orgulho por exemplo. Todas essas,

influenciadas por fatores biológicos, aspectos culturais e experiências pessoais.

Ao projetar uma peça de design audiovisual, lidamos com um resultado dinâmico,

que por sua vez necessita de respostas rápidas e inconscientes do público consu-

midor, sendo o foco obter emoções primárias destes.

2.3.1. Design e Emoção

Segundo Tonetto e Da Costa (2011) o estudo das emoções na área do design surge

a partir da necessidade de aproximar o designer do consumidor final. Criadores,

que na maioria das vezes não são os usuários de suas criações, acabam gerando

objetos baseados em suas próprias experiências e vivencias, propensos a não

atingir exatamente o seu objetivo.

Norman (2004), com o intuito de melhorar a conexão entre os objetos de

design e as pessoas, dividiu as emoções em três níveis de processamento

cerebral: o nível visceral, atuando sobre a aparência do objeto através

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MUNDO LOCO - FASE ANALÍTICA - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

47

de um primeito impacto de natureza visual (ou audiovisual, no caso deste

projeto); o nível comportamental, controlando os aspectos funcionais

de um objeto; e o nível reflexivo, ligado ao significado que estes objetos

representam as pessoas, construído na maioria das vezes em longo prazo.

Como tentativa de descobrir e compreender respostas automáticas e possíveis

reações sinestásicas do público consumidor, focaremos na análise do nível

visceral, segundo estudo de Norman.

De acordo com Norman (2004), todos os sinais emocionais recebidos pelos seres

humanos, são interpretados automaticamente no nível visceral, porém, mesmo

sendo um nível correspondente a uma parte superficial do cérebro, está sujeito

a variadas condições já programadas genéticamente. Algumas dessas condições

podem produzir afetos positivos, como o caso de lugares bem iluminados, pessoas

atraentes, cheiros doces, cores vibrantes, batidas rítmicas etc; e também afetos

negativos, como frio extremo, sons discordantes, cheiro de alimentos podres,

gosto amargo, escuridão, vômito etc.

Projetar um objeto de design para o nível visceral, segundo o autor, não é uma

tarefa tão difícil, já que a produção dos afetos emocionais segue um padrão já

programado na maioria das pessoas. Porém, é necessário entender que as

diferenças culturais dos usuários podem influênciar sobre o que é desejado,

através de suas preferências. Ao projetar neste caso, é importante que o designer,

mantenha o foco em um grupo específico de usuários, afim de que a experiência

deixe de cumprir somente sua função estética, mas que crie também uma

experiência agradável ao consumidor final. [Norman, 2004]

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48

MUNDO LOCO - FASE ANALíTICA - DEFINIÇÃO DO OBJETO

D E F I

N I Ç Ã O

D O

O b J E t O

2. KAROL CONKA

Nascida na cidade de Curitiba, Paraná, Karoline dos Santos de Oliveira, 1987,

cresceu no bairro do Alto Boqueirão, na zona sul da cidade. O bairro, segundo

relatório estatístico da Secretaria de Estado da Segurança Pública, é um dos mais

maiores da cidade na questão de ocorrências criminais.

Marcada por memórias cheias de violência, preconceito e trauma, encontrou no

rap uma forma de protesto contra a tristeza, a baixa autoestima e a depressão.

Inspirada pela cantora Lauryn Hill, Karol tem levado seu talendo, sua música

e o nome da cidade de Curitiba a lugares de destaque da música nacional e

internacional. (Revista Ler&Cia, 2014)

1. APRESENtAÇÃO

Após busca de possíveis artistas e músicas que pudessem se adequar à proposta

deste projeto, foi definida a utilização da faixa Mundo Loco, da rapper, cantora e

compositora curitibana Karol Conka, como objeto para a criação do videoclipe.

“ESTOU LEVANDO MEU NOME E

O DA MINHA CIDADE A LUGARES

QUE POUCA GENTE CHEGOU.”

[CONKA, 2014]

RAPPER, CANTORA E COMPOSITORA

CURITIBANA, KAROL CONKA12

Page 49: M U N D O L O C O

49

MUNDO LOCO - FASE ANALíTICA - DEFINIÇÃO DO OBJETO

Conka foi indicada ao prêmio de “Artista Revelação” do VMB (Video Music Brasil)

em 2011, antes mesmo de lançar seu primeiro cd. Logo após o lançamento de

Batuk Freak, primeiro e único albúm da rapper, em 2013, recebeu o prêmio

Multishow de “Artista Revelação” e convites para fazer de uma de suas canções,

música oficial do jogo FIFA 2014 e conceber outra especial para uma propaganda

da marca Adidas.

Atualmente, a cantora volta de sua segunda turnê na Europa, onde também foi

convidada para se apresentar no BBC Radio 1Xtra Live Lounge, programa que

leva diversos nomes da música para apresentações acústicas, sendo a primeira

convidada a cantar em outra língua a não ser a inglesa na rádio BBC.

KAROL EM

APRESENTAÇÃO NA

RÁDIO INGLESA BBC

(À ESQUERDA) E CAPA

DO PRIMEIRO ÁLBUM

DA CANTORA, “BATUK

FREAK” (À DIREITA)

2.1. Mundo Loco

Em entrevista ao site da emissora MTV, em outubro de 2013, Karol Conka revela

que a faixa de número 8 do álbum Batuk Freak (2013), Mundo Loco, é sua preferida,

justamente por ter melodias soltas como ela e transcrever a sensação de viver em

sua própria fábula. A música foi selecionada para o projeto por trazer um clima

libertário e sensorial, retratando o “mundo” de origem e inspiração da cantora.

“EU SEMPRE OUVI DE AMIGOS, PROFESSORES, FAMILIARES E

DESCONHECIDOS QUE EU NÃO ERA DESSE MUNDO. ENTÃO RESOLVI

MERGULHAR NA MINHA FáBULA E TRANSCREVER AQUELA SENSAÇÃO BOA. é

UMA MúSICA CONVIDATIVA PRA DANÇAR E SENTIR A NATUREZA.”

[CONKA, 2013]

13 14

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50

MUNDO LOCO - FASE ANALíTICA - PESQUISA COM PúBLICO CONSUMIDOR

P E S

Q U I S A

C O M

P Ú b L I C O

C O N S U

M I D O R

Essa pesquisa tem por objetivo, conhecer melhor o perfil do público consumidor

do trabalho da artista Karol Conka e auxiliar no direcionamento do projeto, bem

como na elaboração de alternativas visuais na fase criativa do processo de design

através de referências, comportamentos e estilos.

Para obter as informações desejadas, foi utilizada a técnica de questionário,

que tem por vantagem a abrangência maior de participantes, a objetividade nas

informações obtidas e a facilidade de compilação dos dados.

Foram selecionados oito participantes através da página oficial da artista

Karol Conka na rede social Facebook, afim de focar a pesquisa diretamente

no público final do material de objetivo deste trabalho. O questionário

[ANEXO 2] por sua vez, foi aplicado de maneira individual via internet.

Os resultados da pesquisa [ANEXO 3-10], resultaram em um mood board (painel

semântico) esclarecendo as referências visuais, estéticas e os conceitos, que

possam vir a ser exploradas durante o processo do trabalho.

15

Page 51: M U N D O L O C O

51

MUNDO LOCO - FASE ANALíTICA - PESQUISA COM PúBLICO CONSUMIDOR

Percebemos que este público, está numa faixa de jovens entre 21

e 25 anos, recém formados ou estudantes do ensino superior, com

intensidade de vida noturna intensa, usuários de redes sociais e que têm

o costume de assistir a videoclipes. Além disso, destacam seu interesse

na artista Karol Conka, graças a sua personalidade e presença de palco.

Este público também, além de possuir interesses em uma quantidade variada

de áreas, tais como: arte urbana, arte contemporânea, cinema, fotografia, moda,

design, dança, música, tecnologia e cultura popular; destacam-se por escutar

variados gêneros musicais, deixando clara sua sensibilidade e abertura à novas

propostas, conceitos e experimentos.

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52

MUNDO LOCO - FASE ANALíTICA - ANáLISE DE SIMILARES

A N Á L I S E

D E

S I M I

L A R E S

1. ObJEtIVO E PARÂMEtROS DA ANÁLISE

Esta etapa tem por objetivo compreender a construção de videoclipes similares

diretos, bem como suas características de linguagem audiovisual mais utilizadas

e suas tendências na área do Design Audiovisual.

Em seu livro “Video-arte, videoclipe: investidas contra a boa forma”, Yoshiura

[2007], apresenta um modelo de análise de vídeos, contruído a partir dos seguintes

parâmetros: sequências de significação (unidades de contexto), características

da imagem (cromáticas, morfológicas, cinéticas e topológicas), efeitos técnicos

e características de desmaterialização da imagem. Em seu estudo, Yoshiura tem

por objetivo decupar e comparar dois vídeos com conceitos diferentes, fato este

que despertou uma necessidade de adaptação dos parâmetros de análises, afim

de aproximá-los mais dos objetivos específicos dessa proposta.

A adaptação dos parâmetros exerceu influência nos conceitos da linguagem

audiovisual apresentadas na fundamentação teórica deste documento (ver item

1.1 da fundamentação teórica). Os parâmetros definidos foram:

Videoclipe (Nome do intérprete e música)

País de origem

Gênero musical

Principais características cromáticas

Principais características morfológicas

Principais características de sintaxe

Principais características estilísticas

Principais características dramatúrgicas

Efeitos de edição digital

Relação letra / vídeo

Narrativa

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53

MUNDO LOCO - FASE ANALíTICA - ANáLISE DE SIMILARES

2. VIDEOCLIPES SIMILARES

Foram selecionados, dez videoclipes, sendo cinco nacionais e cinco internacionais,

tendo como parâmetro obrigatório para seleção, o fato de utilizar dos recursos do

Design Audiovisual. Segue análise dos videoclipes selecionados:

Marcelo D2 - Pode Acreditar

Brasil

Gênero musical

Hip Hop / Rap

Principais características cromáticas

Video em baixa saturação com animações coloridas

Principais características morfológicas

Personagem principal (cantor) sempre mostrado de frente para a câmera em

primeiro plano. A câmera se movimenta junto com o personagem.

Principais características de sintaxe

Tomada única de cena.

Principais características estilísticas

Não possui.

Principais características dramatúrgicas

Muitos personagens, porém sem ações importantes.

Efeitos de edição digital

Ilustrações animadas (figurativas) tendo por influência os movimentos dos

personagens e o que é cantado.

Relação letra / vídeo

Somente em relação aos efeitos e não à narrativa.

Narrativa

Sim

16

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54

MUNDO LOCO - FASE ANALíTICA - ANáLISE DE SIMILARES

Copacabana Club

Brasil

Gênero musical

Indie

Principais características cromáticas

Cores quentes e saturadas, filtros das cores amarelo e rosa sobre as imagens.

Principais características morfológicas

Não há padrão na forma em que é mostrado o ambiente e os personagens.

Possui muito movimentos de travelling na câmera.

Principais características de sintaxe

Planos medianos com quantidade grande de cenas. Sequência não definida e

pouca relação entre planos.

Principais características estilísticas

Gradação.

Principais características dramatúrgicas

Personagens com desempenho gradativo de ações ao longodo vídeo.

Efeitos de edição digital

Ilustrações animadas (abstratas e figurativas) tendo por influência a linguagem

corporal e ações dos personagens.

Relação letra / vídeo

Não, somente em algumas palavras que aparecem animadas.

Narrativa

Sim

17

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55

MUNDO LOCO - FASE ANALíTICA - ANáLISE DE SIMILARES

Marcelo D2 - Fella

Brasil

Gênero musical

Hip Hop / Rap

Principais características cromáticas

Colorido, com predominância de tons frios.

Principais características morfológicas

Personagens mostrados em primeiro ou prImeiríssimo plano. Câmera estática.

Principais características de sintaxe

Muitos cortes secos dentro de poucas cenas.

Principais características estilísticas

Não possui.

Principais características dramatúrgicas

Poucos personagens, sem ações importantes.

Efeitos de edição digital

Ilustrações animadas (figurativas) tendo por influência os movimentos dos

personagens.

Relação letra / vídeo

Não, somente em algumas palavras que aparecem animadas.

Narrativa

Não

18

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56

MUNDO LOCO - FASE ANALíTICA - ANáLISE DE SIMILARES

Mika - Qual é o andar?

Brasil

Gênero musical

Pop

Principais características cromáticas

Video todo em preto e branco.

Principais características morfológicas

Não há padrão na forma em que são mostrados os objetos, elementos e

personagens. Câmera estática.

Principais características de sintaxe

Planos medianos com grande quantidade de cenas. Sequência não definida.

Principais características estilísticas

Não possui.

Principais características dramatúrgicas

Poucos personagens, sem ações importantes.

Efeitos de edição digital

Ilustrações animadas (figurativas) tendo por influência a letra da música.

Relação letra / vídeo

Somente em relação à alguns elementos animados.

Narrativa

Sim

19

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57

MUNDO LOCO - FASE ANALíTICA - ANáLISE DE SIMILARES

banda Uó - Gringo

Brasil

Gênero musical

Trash / Brega

Principais características cromáticas

Colorido com alta saturação.

Principais características morfológicas

Não há padrão na forma em que são mostrados os personagens. Câmera

estática.

Principais características de sintaxe

Planos rápidos, com muitas cenas. Sem sequência e relações entre planos

definida.

Principais características estilísticas

Não possui.

Principais características dramatúrgicas

Poucos personagens, sem ações importantes.

Efeitos de edição digital

Ilustrações animadas (abstratas) somente no fundo dos personagens. Utilização

de efeito chroma key.

Relação letra / vídeo

Não

Narrativa

Não

20

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58

MUNDO LOCO - FASE ANALíTICA - ANáLISE DE SIMILARES

tidus - Apocalypse

Estados Unidos

Gênero musical

Hip Hop / Rap

Principais características cromáticas

Colorido com experimentação de muitos recursos de edição de imagem.

Principais características morfológicas

Personagem principal (cantor) sempre mostrado de frente para a câmera em

primeiríssimo plano. A câmera é estática.

Principais características de sintaxe

Cena única.

Principais características estilísticas

Não possui.

Principais características dramatúrgicas

Um único personagem, sem ações importantes.

Efeitos de edição digital

Imagem totalmente desmaterializada com intervenções gráficas abstratas a todo

momento.

Relação letra / vídeo

Não.

Narrativa

Não.

21

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59

MUNDO LOCO - FASE ANALíTICA - ANáLISE DE SIMILARES

Rihanna - Rude boy

Estados Unidos

Gênero musical

Pop

Principais características cromáticas

Colorido com experimentação de muitos recursos de edição de imagem.

Principais características morfológicas

Não há padrão na forma em que são mostrados os objetos, elementos e

personagens. Câmera estática.

Principais características de sintaxe

Planos rápidos com muitas cenas. Sem sequência e relações entre planos

definida.

Principais características estilísticas

Não possui.

Principais características dramatúrgicas

Um personagem com ação invariável do início ao fim.

Efeitos de edição digital

Imagem totalmente desmaterializada com intervenções gráficas abstratas a todo

momento.

Relação letra / vídeo

Não.

Narrativa

Não.

22

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60

MUNDO LOCO - FASE ANALíTICA - ANáLISE DE SIMILARES

Jape - Scorpio

Suécia

Gênero musical

Rock / Pop

Principais características cromáticas

Colorido com experimentação de muitos recursos de edição de imagem. Uso de

projeção.

Principais características morfológicas

Não há padrão na forma em que é mostrado o personagem. Em sua maioria, a

câmera pemanece estática.

Principais características de sintaxe

Poucas cenas, com sequência de planos definida pela música.

Principais características estilísticas

Gradação.

Principais características dramatúrgicas

Um único personagem com ação invariável.

Efeitos de edição digital

Ilustrações animadas (abstratas) tendo por influência a linguagem corporal do

personagem e o ritmo da música.

Relação letra / vídeo

Não.

Narrativa

Não.

23

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61

MUNDO LOCO - FASE ANALíTICA - ANáLISE DE SIMILARES

the Naked and Famous - the Sun

Nova Zelândia

Gênero musical

Tecnopop

Principais características cromáticas

ColorIdo, porém com algumas partes em preto e branco.

Principais características morfológicas

Não há padrão na forma em que são mostrados os objetos, elementos e

personagens. Câmera estática.

Principais características de sintaxe

Planos rápidos com muitas cenas. Sem sequência e relações entre planos

definida.

Principais características estilísticas

Gradação.

Principais características dramatúrgicas

Dois personagens com ação invariável do início ao fim.

Efeitos de edição digital

Formas abstratas animadas, com instensidade gradativa ao longo do vídeo.

Relação letra / vídeo

Não.

Narrativa

Não.

24

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62

MUNDO LOCO - FASE ANALíTICA - ANáLISE DE SIMILARES

the Ruby Suns - Desert of Pop

Nova Zelândia

Gênero musical

Indie

Principais características cromáticas

Colorido com experimentação de muitos recursos de edição de imagem.

Principais características morfológicas

Não há padrão na forma em que são mostrados os objetos, elementos e

personagens. Uso de variados movimentos de câmera.

Principais características de sintaxe

Mistura de poucas cenas comportas por uma grande quantidade de planos

rápidos, com pequenas animações. Sequência não definida.

Principais características estilísticas

Não possui.

Principais características dramatúrgicas

Poucos personagens, sem ações importantes.

Efeitos de edição digital

Ilustrações animadas (abstratas e figurativas).

Relação letra / vídeo

Não.

Narrativa

Não.

25

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63

MUNDO LOCO - FASE ANALíTICA - ANáLISE DE SIMILARES

2.1. Resultados

Em síntese, os resultados da análise com os dez vídeos foram satisfatórios.

A princípio destacamos a dificuldade de encontrar similares nacionais, nos

mostrando que a área do Design Audiovisual para videoclipes ainda é pouco

explorada no Brasil.

A maioria dos videoclipes analisados possuem uma vasta variedade cromática

e na experimentação de recursos de edição e pós produção de imagem. Quanto

as características morfológicas, são em sua maioria compostos de planos mais

fechados, não possuem padrões na forma em que são apresentados e utilizam

muito da câmera estática para a captação de imagens.

Em relação as características de sintaxe, o que se destaca na maioria dos

videoclipes é o uso de cenas únicas e aos efeitos de edição digital, imagens

desmaterializadas, intervenções abstratas e grande influência da linguagem

corporal dos personagens e ritmo da música na elaboração de efeitos animados.

Como aspectos negativos, temos a falta de exploração das características

estilísticas, sendo que a única utilizada por alguns vídeos foi a gradação, mesmo

essa muito relacionada à evolução do ritmo da música.

O não uso da relação entre a letra da música e a imagem apresentada no video,

não chega a ser considerado um aspecto negativo para este projeto, visto que

ele foca na percepção do usuário somente no nível visceral do processamento

cerebral. Já que a narração de uma história, entraria de acordo com Norman

[2004], dentro no último nível de processamento, o reflexivo.

3. VIDEOCLIPES - KAROL CONKA

Afim de compreender um pouco mais sobre o que a artista vem produzindo na

área audiovisual, e de como a mesma relaciona imagem e som, bem como o que o

público já conhece de seu trabalho, despertou a necessidade da análise de alguns

videoclipes já lançados por Karol Conka nas mídias.

Segue a análise de três videoclipes da cantora:

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64

MUNDO LOCO - FASE ANALíTICA - ANáLISE DE SIMILARES

boa Noite - Karol Conka

Brasil

Gênero musical

Rap / Hip Hop

Principais características cromáticas

Colorido porém sem experimentação de recursos de edição de imagem.

Principais características morfológicas

Não há padrão na forma em que são mostrados os objetos, elementos e

personagens. Uso de variados movimentos de câmera.

Principais características de sintaxe

Planos rápidos com muitas cenas. Sem sequência e relações entre planos

definida.

Principais características estilísticas

Não possui.

Principais características dramatúrgicas

Muitos personagens dançando durante todo o vídeo.

Efeitos de edição digital

Apenas cortes sincronizados com o ritmo da música. Não possui efeitos

especiais.

Relação letra / vídeo

Sim.

Narrativa

Não.

26

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65

MUNDO LOCO - FASE ANALíTICA - ANáLISE DE SIMILARES

Gandaia - Karol Conka

Brasil

Gênero musical

Rap / Hip Hop

Principais características cromáticas

Colorido porém sem experimentação de recursos de edição de imagem.

Principais características morfológicas

Não há padrão na forma em que são mostrados os objetos, elementos e

personagens. Uso de variados movimentos de câmera.

Principais características de sintaxe

Planos rápidos com muitas cenas. Sem sequência e relações entre planos

definida.

Principais características estilísticas

Não possui.

Principais características dramatúrgicas

Muitos personagens dançando durante todo o vídeo.

Efeitos de edição digital

Apenas cortes sincronizados com o ritmo da música. Não possui efeitos

especiais..

Relação letra / vídeo

Sim.

Narrativa

Não.

27

Page 66: M U N D O L O C O

66

MUNDO LOCO - FASE ANALíTICA - ANáLISE DE SIMILARES

toda Doida - boss in Drama feat. Karol Conka

Brasil

Gênero musical

Pop

Principais características cromáticas

Colorido porém sem experimentação de recursos de edição de imagem.

Principais características morfológicas

Não há padrão na forma em que são mostrados os objetos, elementos e

personagens. Uso de variados movimentos de câmera.

Principais características de sintaxe

Planos rápidos com muitas cenas. Sem sequência e relações entre planos

definida.

Principais características estilísticas

Não possui.

Principais características dramatúrgicas

Muitos personagens dançando durante todo o vídeo.

Efeitos de edição digital

Apenas cortes sincronizados com o ritmo da música. Não possui efeitos

especiais.

Relação letra / vídeo

Sim.

Narrativa

Não.

28

Page 67: M U N D O L O C O

67

MUNDO LOCO - FASE ANALíTICA - ANáLISE DE SIMILARES

3.1. Resultados

Ao analisar os três videoclipes de Karol Conka, identificamos uma forte tendência

de estilo, não possuindo grandes variações entre cada um. Todos os vídeos,

retratam uma festa, onde o importante é sentir a música e dançar, possuindo forte

ligação com as letras das músicas, porém não literalmente, e sim de forma mais

subjetiva, não chegando a seguir uma narrativa ou roteiro definido.

Quanto as características morfológicas, intercalam desde os planos mais

fechados ao plano de conjunto, porém não possuem padrões na forma em que são

apresentados e utilizam dos mais variados movimentos de câmera.

Em relação as características de sintaxe o que se destaca é o uso de cenas variadas,

divididas em vários planos e cortes rápidos, sem uma sequência definida, porém

destacando-se em todos os videoclipes, devido à grande sincronia entre o ritmo

das músicas.

Como aspectos negativos, tendo em vista o objetivo deste projeto, temos a não

utilização da linguagem do Design Audiovisual, já que nenhum dos videoclipes da

cantora, utilizam interferências gráficas sobre os vídeos.

Page 68: M U N D O L O C O
Page 69: M U N D O L O C O

FA S E

C R I At I V A

Page 70: M U N D O L O C O
Page 71: M U N D O L O C O

MUNDO LOCO - FASE CRIATIVA - TESTE COM PÚBLICO CONSUMIDOR

71

t E S t E

C O M

P Ú b L I C O

C O N S U

M I D O R

Esse teste foi elaborado com o objetivo de coletar respostas sinestésicas do público

consumidor, bem como possíveis caminhos para a etapa de experimentação,

baseado e inspirado no processo criativo de Kandinsky.

1. EtAPAS

As etapas do teste focam na interação do participante com a música Mundo Loco,

através do nível visceral da percepção, obtendo reações instintivas e automáticas

do cérebro.

Foram selecionados cinco participantes, dentre os oito já inclusos na etapa de

pesquisa, que num segundo questionário prévio, já haviam demonstrado interesse

na realização desta atividade. O teste foi dividido em três etapas: associação

cromática, associação imagética e expressão gráfica.

1.1. Etapa 1 - Associação cromática

Nesta etapa, um trecho da música (referente a 15 segundos) foi dividido em cinco

partes. Um circulo cromático foi colocado sobre uma mesa, com cinco alfinetes

numerados de 1 a 5. A tarefa era que o participante, ao escutar determinda

parte do trecho musical, colocasse o alfinete, com número correspondente,

instantâneamente em uma cor, completando as cinco associações.

O trecho selecionado, já com suas divisões, foi:

Embalados pelo aroma de “nag champa”

Cada rua tem uma estampa

Você gira, gira e não se cansa tipo uma criança

Vagalumes voam em sincronia assim criando um clima que vicia

Pura magia pisar num caminho iluminado que arrepia

Page 72: M U N D O L O C O

MUNDO LOCO - FASE CRIATIVA - TESTE COM PÚBLICO CONSUMIDOR

72

MATERIAIS PARA O

TESTE DE ASSOCIAÇÃO

CROMÁTICA

1.1.1. Resultados

Após a compilação dos resultados obtidos na etapa de associação cromática

(gráfico abaixo), podemos concluir que não houve um padrão significativo nas

respostas, deixando clara a grande variação de cores e a ideia de que este tipo

de estímulo é diferente para cada participante, porém podemos identificar que

são cores saturadas, estas que possuem uma relação com sons fortes e graves,

conforme teoria já apresentada.

1

1 2 3 4 5

2

3

4

5

PARtE DA

MÚSICA

PARtICIPANtE

1.2. Etapa 2 - Associação imagética

Neste segundo momento, o mesmo trecho musical inicial (dividido em cinco partes

na etapa anterior) foi utilizado como base, porém ao escutá-los o participante

deveria escolher automaticamente entre duas imagens.

29

Page 73: M U N D O L O C O

MUNDO LOCO - FASE CRIATIVA - TESTE COM PÚBLICO CONSUMIDOR

73

Embalados pelo aroma de “nag champa”

Cada rua tem uma estampa

Você gira, gira e não se cansa tipo uma criança

ABSTRATO

ABSTRATO

ABSTRATO

LITERAL

LITERAL

LITERAL

Foram selecionadas previamente, dez imagens, e divididas em cinco duplas, cada

uma referente a um dos sons que seriam escutados. O objetivo desta etapa, foi

identificar se a percepção da música seguia por um caminho mais subjetivo ou

não. Uma representava a letra da música de forma mais abstrata e a outra, de

forma mais literal.

As imagens selecionadas para cada som, foram:

30

32

34

31

33

35

Page 74: M U N D O L O C O

MUNDO LOCO - FASE CRIATIVA - TESTE COM PÚBLICO CONSUMIDOR

74

Pura magia pisar num caminho iluminado que arrepia

Vagalumes voam em sincronia assim criando um clima que vicia

ABSTRATO

ABSTRATO

LITERAL

LITERAL

PARTICIPANTE

MARCANDO UMA DAS

IMAGENS

1.2.1. Resultados

Nos resultados obtidos na segunda etapa, temos 76% das marcações em imagens

que representavam o abstrato, destacando assim que ao escutar a letra da música,

o participante não seguia uma narrativa literal ou racional.

1.3. Etapa 3 - Experimentação gráfica

Na terceira e última etapa do teste, os participantes receberam uma folha de

papel no formato A3 e alguns materiais de expressão criativa, como tintas, pincéis,

canetas coloridas, entre outros. O objetivo desta etapa, foi o de captar visualmente

36

38

37

39

40

Page 75: M U N D O L O C O

MUNDO LOCO - FASE CRIATIVA - TESTE COM PÚBLICO CONSUMIDOR

75

1.3.1. Resultados

Estes foram os resultados de expressão gráfica dos participantes:

os estímulos sentidos pela música em cada participante. Ao escutar a música

inteira (3’29”), cada um tinha esse tempo para imergir e se expressar da maneira

que quisesse.

FIGURA 01

PARTICIPANTE REALIZANDO A

TERCEIRA ETAPA DO TESTE

RESULTADO DE

EXPRESSÃO GRÁFICA

DO PARTICIPANTE 01

41

42

Page 76: M U N D O L O C O

MUNDO LOCO - FASE CRIATIVA - TESTE COM PÚBLICO CONSUMIDOR

76

RESULTADO DE

EXPRESSÃO GRÁFICA

DO PARTICIPANTE 02

RESULTADO DE

EXPRESSÃO GRÁFICA

DO PARTICIPANTE 03

43

44

Page 77: M U N D O L O C O

MUNDO LOCO - FASE CRIATIVA - TESTE COM PÚBLICO CONSUMIDOR

77

RESULTADO DE

EXPRESSÃO GRÁFICA

DO PARTICIPANTE 04

RESULTADO DE

EXPRESSÃO GRÁFICA

DO PARTICIPANTE 0546

45

Page 78: M U N D O L O C O

MUNDO LOCO - FASE CRIATIVA - TESTE COM PÚBLICO CONSUMIDOR

78

Ao observar o desenvolvimento desta etapa, bem como as experimentações finais

de cada participante, temos resultados muito satisfatórios para o desenvolvimento

do projeto. Durante a introdução da música, onde não há letra e o ritmo da música

é mais lento, a maioria dos participantes utilizaram a cor preta para construir

traços contínuos ou mais uniformes. Na entrada da letra e mudança do ritmo,

eles automaticamente mudaram de cor e composição na folha, e se expressam

em uma velocidade mais rápida, com movimentos repetidos e não uniformes; o

mesmo foi se repetindo para cada troca perceptível de instrumento e melodia,

criando assim, alguns grupos de cores, formas e gestos.

Podemos também destacar o fato dos participantes não preencherem todos os

espaços da folha, deixando várias áreas de respiro. Além disso, os participantes

não sentiram a necessidade de se expressar textualmente ou desenhar formas

figurativas, fato este que concorda com o resultado da segunda etapa, onde os

mesmos participantes fizeram associações mais abstratas.

Nos cabe neste momento, juntando estes resultados com uma análise da música,

definir caminhos para a etapa de experimentação.

Page 79: M U N D O L O C O

79

MUNDO LOCO - FASE CRIATIVA - ANáLISE DO OBJETO

A N Á L I S E

D O

O b J E t O

1. ANÁLISE

Segundo estudos Gonzales [2003], podemos analisar um texto em sua dimensão

semântica³, através de figuras de linguagem, como:

Vou te contar venho de um mundo loco

Onde é permitido ser o que quiser

Cada dia um estouro, sem mau agouro

Vou até onde eu puder

O céu é roxo a grama é azul

Os pássaros cantam Erykah Badu

Quando a noite chega tudo em volta brilha

Tem uma passagem para Istambul

árvores ficam florescentes

Batucadas dominam mentes quem entra na roda sente

Fica a vontade se apega a essência e às cores se rende

Paradoxo: união de ideias contraditórias, aparentemente absurdas.

Antítese: uso de termos de sentidos opostos.

Sinestesia: qualidade de um sentido sensorial atribuido a outro.

Comparação: paralelo estabelecido entre dois termos com o uso de um conectivo.

Metáfora: produz comparações através da relação de semelhança entre elementos.

Hipérbole: consiste em passar um ideia de forma exagerada do real.

Personificação: atribuição de sentimentos e ações humanas a animais ou objetos inanimados.

Eufemismo: usada para suavisar um contexto.

Os trechos em que as figuras de linguagem aparecem descritas na música, foram

destacados a seguir, seguindo a legenda de cores como apoio:

LEGENDA

PARADOXO

ANTÍTESE

SINESTESIA

COMPARAÇÃO

METÁFORA

HIPÉRBOLE

PERSONIFICAÇÃO

EUFEMISMO

³ Apresentada no

sub-capítulo 2.1. da

Fundamentação Teórica.

Page 80: M U N D O L O C O

80

MUNDO LOCO - FASE CRIATIVA - ANáLISE DO OBJETO

Isso é frequente nesse lugar ninguém é diferente

O riso é fluente uma população contente

Cheia de disposição pra pegar no batente

Embalados pelo aroma de nag champa

Cada rua tem uma estampa

Você gira, gira e não se cansa tipo uma criança

Vagalumes voam em sincronia assim criando um clima que vicia

Pura magia pisar num caminho iluminado que arrepia

Nasci em outro lugar, nananananana

Melodias ao vento convidando pra dançar

No meu lugar eu vou morar, no meu lugar vou ficar

Deitar na grama e olhar o céu e brisar

Deitar e brisar

Esperei o dia aparecer uma água de coco pra beber

Vi a paisagem florescer, dá gosto de viver

Cada um com seu jeito de ser, mamãe natureza tem poder

Tá fácil de perceber, festa ao entardecer

Casas amarelas, nas janelas tortas de maçã

Descanso no divã

Beco e vielas, trilhas com plantação de hortelã

Pra colher no amanhã de manhã

Casas amarelas, nas janelas tortas de maçã

Descanso no divã

Beco e vielas, trilhas com plantação de hortelã

Pra colher no amanhã de manhã

Nasci em outro lugar, nananananana

Melodias ao vento convidando pra dançar

No meu lugar eu vou morar, no meu lugar vou ficar

Deitar na grama e olhar o céu e brisar

Deitar e brisar

LEGENDA

PARADOXO

ANTÍTESE

SINESTESIA

COMPARAÇÃO

METÁFORA

HIPÉRBOLE

PERSONIFICAÇÃO

EUFEMISMO

Page 81: M U N D O L O C O

81

MUNDO LOCO - FASE CRIATIVA - ANáLISE DO OBJETO

1.1. RESULtADO

Ao analisar a música Mundo Loco através das figuras de linguagem, identificamos

uma quantidade destacável de sinestesia. Porém visto que a Sinestesia, já é um

dos temas estudados e propostos neste projeto, essa análise só nos faz defender

a escolha da música.

Sentindo a necessidade de um tema central para a produção de conteúdo do

videoclipe, foi realizada uma retomada dos resultados de todas as etapas, afim

de encontrar um conceito em comum, que pudesse unir o vídeo à experimentação

gráfica. Assim surgiu o tema “dança”, já destacado por Karol Conka, ao descrever

a canção Mundo Loco como um “convite para dançar”, onde também aparece como

área de interesses na maioria dos resultados da pesquisa com o consumidor, bem

como na análise tanto dos videoclipes similares, quanto nos já produzidos pela

cantora.

Concluindo, nos resta agora trazer este conceito já trabalhado por Karol Conka

em suas músicas e clipes, para a realidade e objetivo deste projeto.

“A DANÇA é UM REGISTRO DE VIDA, DE FORÇA E

DE EXPRESSÃO - ESTAR NO MUNDO.”

[VIANNA, 2005]

Page 82: M U N D O L O C O

82

MUNDO LOCO - FASE CRIATIVA - EXPERIMENTAÇÃO

E X P E R I

M E N tA

Ç Ã O

Esta etapa tem por objetivo, desenvolver estilos gráficos e experimentar novas

ferramentas visuais para a execução do videoclipe Mundo Loco.

1. INSPIRAÇÃO

A experimentação segue inspiração no trabalho já desenvolvido por dois

profissionais, cujo os nomes surgiram no projeto durante a pesquisa com o

público consumidor. O primeiro é Ruffmercy, diretor e animador inglês, que

produz especialmente vidioclipes de artistas voltados aos gêneros rap e hip-

hop. Desenvolvendo projetos para a MTV no começo de sua carreira, Ruffmercy

foi desenvolvendo uma estética muito particular em seus videos, graças à sua

habilidade de desmaterializar e deformar cenas, bem como a enorme quantidade

de elementos e formas animadas sincronizadas com o ritmo das músicas.

[Director Notes, 2014]

ALGUNS DOS

TRABALHOS DO

DIRETOR E ANIMADOR,

RUFFMERCY

A segunda inspiração, é no designer gráfico e artista plástico curitibano André

Mendes, que explora um lado não convencional da arte contemporênea, através

do conceito de deconstrução. André mostra em suas obras de diferentes formatos

e materiais, ideias baseadas nas possibilidades e tentativas de um artista.

Fortemente ligado ao movimento street art, é conhecido por seus grandes murais,

coloridos e cheios de formas abstratas, espalhados na cidade de Curitiba.

47 48

49 50

Page 83: M U N D O L O C O

83

MUNDO LOCO - FASE CRIATIVA - EXPERIMENTAÇÃO

Obras do artista plástico e designer André Mendes.

2. EStUDOS

Os estudos dessa etapa, visam definir o melhor caminho visual para atingir o

objetivo deste projeto. Afim de facilitar a compreensão de quais experimentos

foram realizados e escolhidos, dividiu-se o conteúdo através dos subtópicos:

2.1. Conteúdo filmado

CORES

ESTUDO 01

Cenas coloridas Cenas em preto e branco

ESTUDO 02

51 52

53 5754 58

55 5956 60

Page 84: M U N D O L O C O

84

MUNDO LOCO - FASE CRIATIVA - EXPERIMENTAÇÃO

2.2. Formas

ESTUDO 01

Formas vetoriais

(traço uniforme)

Formas gestuais

(traço não uniforme)

ESTUDO 02

ESCOLHA

Optou-se pelo EStUDO 2, por criar melhor unidade visual das cenas, além disso,

para destacar e facilitar a percepção do conteúdo gráfico da pós produção.

ESCOLHA

Foi definido o EStUDO 2, como estilos das cenas a serem produzidas, por melhor

representar o conteúdo que Karol Conka já apresenta em seus videoclipes.

EStILO DE CENA

ESTUDO 01

Danças coreografadas

(espetáculos e festivais)

Danças espontâneas

(gestos, performances de rua e festas)

ESTUDO 02

61 6562 66

63 6764 68

Page 85: M U N D O L O C O

85

MUNDO LOCO - FASE CRIATIVA - EXPERIMENTAÇÃO

ESCOLHA

O EStUDO 2, também foi definido como o ideal para este tópico, visto que melhor

representa o conceito de movimento livre e natural da dança, ao ser explorado

com formas feitas a mão.

2.3. Cores

ESTUDO 01

Mais saturadas Menos saturadas

ESTUDO 02

Page 86: M U N D O L O C O

86

MUNDO LOCO - FASE CRIATIVA - EXPERIMENTAÇÃO

2.4. Descontrução da imagem

ESCOLHA

Em relação ao padrão cromático, optou-se pelo EStUDO 01, já que cores saturadas

segundo Kawasaki (2006) representam som mais fortes e graves, características

estas já identificadas pelo teste com o público consumidor neste projeto. Porém,

não foi definida uma paleta de cores específica a ser seguida, ficando apenas

como critério de escolha, o nível de saturação das cores.

ESTUDO 01

Imagens fragmentadas Imagens deformadas

ESTUDO 02

ESCOLHA

Foi definido o EStUDO 01, por contrastar com o padrão gestual das formas,

criando uma maior distinção entre o conteúdo que é animado e o filmado. Este

efeito tem por objetivo destacar pequenos sons dentro da música

69 70

Page 87: M U N D O L O C O

87

MUNDO LOCO - FASE CRIATIVA - EXPERIMENTAÇÃO

2.5. Máscaras de recorte

ESTUDO 01

Partes da imagem (silhuetas) Formas

ESTUDO 02

ESCOLHA

O EStUDO 02 foi definido como uso prioritário na maioria das cenas, já que nos

testes de experimentação gráfica, os resultados mostram que os participantes

sentem a necessidade de áreas em branco. Porém, ao analisar o EStUDO 01,

identificamos um momento de destaque para determinada ação do vídeo, recurso

este interessante para pequenos momentos com ritmos distintos na música, por

exemplo, partes só instrumentais ou refrões.

3. CONCLUSÃO

Concluimos que mesmo em um projeto experimental, é necessário que se

estabeleça alguns caminhos a serem seguidos durante a etapa de produção

do conteúdo. E também, que após estudos e difinição de cada tipo de elemento

presente no videoclipe, podemos compreender melhor qual será seu estilo gráfico

e assim, ter uma pequena prévia do objeto final.

71 72

Page 88: M U N D O L O C O

88

MUNDO LOCO - FASE CRIATIVA - EXPERIMENTAÇÃO

Foram criadas algumas imagens para ilustrar como ficará a junção destes

caminhos em uma única tela.

CENAS PARA PARtES COM LEtRA NA MÚSICA

(EXCEtO REFRÕES)

AS PRINCIPAIS

CARACTERÍSTICAS SÃO

AS IMAGENS RECORTADAS

EM FORMAS

73

74

75

Page 89: M U N D O L O C O

89

MUNDO LOCO - FASE CRIATIVA - EXPERIMENTAÇÃO

CENAS PARA PARtES INStRUMENtAIS DA MÚSICA E REFRÕES

SEM ÁREAS DE RESPIRO, USO

DE DISTORÇÕES E PARTES

DA IMAGEM RECORTADAS E

SOBREPOSTAS

76

77

78

Page 90: M U N D O L O C O

90

MUNDO LOCO - FASE CRIATIVA - MATERIAIS E TECNOLOGIAS

M At E

R I A I S

E

t E C N O

L O G I A S

O objetivo desta etapa, é especificar os principais equipamentos e softwares que

serão utilizados durante a produção e pós-produção deste projeto.

1. EQUIPAMENtOS

1.1. Câmera e filmadora digital

Para a captação de imagens se optou pela utilização de uma câmera Canon,

modelo EOS Rebel T3i, com lente objetiva de 50mm e abertura f/1.8. O equipamento

permite captação de vídeos no formato full hd (1920x1080px de resolução) em

30 quadros por segundo ou hd (1280x720px de resolução) em 60 quadros por

segundo. Por ser um modelo leve e compacto, esta câmera facilita na captação de

movimentos e deslocamento para variados ambientes, como festas por exemplo.

Com a grande abertura da objetiva escolhida, podemos captar em lugares com

pouca luminosidade, além de explorar uma maior gama de distâncias focais para

destacar elementos em cena.

1.2. Estúdio Chroma Key

Um estúdio Chroma Key4, com 2,2m x 6m, foi criado para auxiliar na captação de

algumas imagens onde será preciso excluir o fundo, trabalhando com elementos

em segundo plano. Para iluminação destas cenas, será utilizado também um

conjunto de dois iluminadores halógenos, modelo Vídeo Light 100C, com lâmpadas

palito de 1000W de potência e telas difusoras.

CÂMERA CANON EOS

REBEL T3i COM LENTE

50MM F/1.8

4 O efeito Chroma Key,

consiste em identificar

determinada cor

capturada pela câmera

coo “transparente”. Muito

utilizado em gravações

de estúdio, através de um

fundo da cor azul ou verde.

(Conter e Klipp, 2007)

79

Page 91: M U N D O L O C O

91

MUNDO LOCO - FASE CRIATIVA - MATERIAIS E TECNOLOGIAS

2. SOFTWARES

Três sofwares da marca Adobe foram definidos para a construção do videoclipe:

Photoshop, Premiere e After Effects. O primeiro para a construção dos elementos

gráficos, o segundo para cortar e editar conteúdo filmado e o terceiro, para a

construção das cenas, animações, efeitos especiais e renderização final.

FUNDO CHROMA KEY

COM ILUMINAÇÃO

HALÓGENA 80

Page 92: M U N D O L O C O
Page 93: M U N D O L O C O

FA S E

E X E C U t I V A

Page 94: M U N D O L O C O
Page 95: M U N D O L O C O

95

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PRé-PRODUÇÃO

P R É - P R O

D U Ç Ã O

1. DECUPAGEM DA MÚSICA

Como forma de auxílio na captação do conteúdo filmado, foi realizada uma

decupagem da música Mundo Loco, determinando a quantidade exata de cenas

necessárias para a produção do objeto final. A letra foi dividida de acordo com

rimas e pausas de respiro, resultando na seguinte estrutura:

00:00:00

00:14:53

00:16:47

00:18:33

00:20:19

00:22:23

00:24:21

00:26:09

00:29:58

00:31:52

00:33:50

00:37:57

INTRODUÇÃO

Vou te contar venho de um mundo loco

Onde é permitido ser o que quiser

Cada dia um estouro,

Sem mau agouro

Vou até onde eu puder

O céu é roxo a grama é azul

Os pássaros cantam Erykah Badu

Quando a noite chega tudo em volta brilha

Tem uma passagem para Istambul

árvores ficam florescentes

Batucadas dominam mentes

Quem entra na roda sente

Fica a vontade se apega a essência e às cores se rende

Isso é frequente nesse lugar ninguém é diferente

O riso é fluente

INStRUMENtAL

INÍCIO DA CENA

REFERÊNCIA COM A LEtRA DA MÚSICA

Page 96: M U N D O L O C O

96

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PRé-PRODUÇÃO

00:41:54

00:46:07

00:48:49

00:50:57

00:54:00

00:57:46

01:01:33

01:05:31

01:09:09

01:10:58

01:18:52

01:23:30

01:26:30

01:31:35

01:33:32

01:35:28

01:37:08

01:39:08

01:40:57

Uma população contente

Cheia de disposição pra pegar no batente

Embalados pelo aroma de nag champa

Cada rua tem uma estampa

Você gira, gira e não se cansa tipo uma criança

Vagalumes voam em sincronia assim criando um clima que vicia

Pura magia pisar num caminho iluminado que arrepia

Nasci em outro lugar, nananananana

Melodias ao vento convidando pra dançar

No meu lugar eu vou morar,

No meu lugar vou ficar

Deitar na grama e olhar o céu e brisar

Deitar e brisar

Brisar

No meu lugar vou ficar

Deitar na grama e olhar o céu e brisar

Esperei o dia aparecer

Uma água de coco pra beber

Vi a paisagem florescer,

Dá gosto de viver

Cada um com seu jeito de ser,

Mamãe natureza tem poder

REFRÃO

Page 97: M U N D O L O C O

97

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PRé-PRODUÇÃO

01:42:52

01:44:50

01:47:15

01:55:10

02:02:32

02:10:13

02:17:51

02:21:38

02:25:07

02:26:53

02:34:57

02:39:09

02:42:20

02:50:05

03:21:07

Tá fácil de perceber,

Festa ao entardecer

Casas amarelas, nas janelas tortas de maçã

Descanso no divã

Beco e vielas, trilhas com plantação de hortelã

Pra colher no amanhã de manhã

Casas amarelas, nas janelas tortas de maçã

Descanso no divã

Beco e vielas, trilhas com plantação de hortelã

Pra colher no amanhã de manhã

Nasci em outro lugar, nananananana

Melodias ao vento convidando pra dançar

No meu lugar eu vou morar,

No meu lugar vou ficar

Deitar na grama e olhar o céu e brisar

Deitar e brisar

Brisar

No meu lugar vou ficar

Deitar na grama e olhar o céu e brisar

ENCERRAMENTO

Brisar

REFRÃO

INStRUMENtAL

FINAL

Page 98: M U N D O L O C O

98

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PRé-PRODUÇÃO

Ao realizar a decupagem, foram totalizadas 46 cenas, sendo 29 cenas para partes

com letra de música (exceto refrões) e 17 cenas para partes instrumentais e

refrões. Esta divisão, em dois tipos de cena, surgiu na etapa de Experimentação

do projeto, com o objetivo de quebrar uma possível monotomia no ritmo do vídeo,

criando um contraste visual entre algumas cenas.

2. LOCAÇÕES PARA FILMAGEM

Com o objetivo de captar cenas de dança, em específico performances, danças de

rua, gestos e festas, alguns lugares foram listados por possuírem ligação direta

com o tema ou por terem um espaço interessante para a filmagem. Alguns dos

lugares listados previamente foram:

Mesmo definindo locais fixos de locação para as filmagens, não foi excluída a possibilidade de utilização de outros lugares, visto que momentos interessantes ao projeto poderiam surgir durante a fase de produção das cenas.

Museu Oscar Niemeyer (Curitiba): Além de museu é lugar de ensaio de alguns grupos de dança.

Casa Hoffmann (Curitiba): Sede do Centro dos Estudos do Movimento.

Paradis Club (Curitiba): Casa noturna.

Shopping Itália (Curitiba): Ponto de encontro de “bboys”, dançarinos da breakdance, um estilo de dança de rua, que faz parte da cultura hip-hop.

Rua São Francisco (Curitiba): Lugar de forte destaque na cena jovem, alternativa e artística da cidade.

Largo da Ordem (Curitiba): Centro histórico da cidade.

Praça 29 de Março (Curitiba): A praça foi projetada pelo arquiteto Jaime Lermer e reúne obras de Poty Lazzarotto, como outras sobre o folclore do estado do Paraná.

Estúdio Chroma Key: Montado especificamente para este projeto com o objetivo de auxiliar na captação de algumas cenas.

Page 99: M U N D O L O C O

99

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PRODUÇÃO

P R O

D U Ç Ã O

1. CENAS

As cenas foram coletadas de acordo com os locais pré-definidos anteriormente.

Como foi definida a necessidade de captação de 46 cenas, foram filmadas várias

em uma mesma locação, afim gerar conteúdo suficiente para o cumprimento de

toda a decupagem realizada.

Buscou-se uma diversidade não só entre os tipos de cena, mas também entre os

estilos de ações dos personagens filmados. Segue informações sobre a captação

em cada locação:

Na Rua São Francisco, foram realizadas cenas de festas diurnas e performances

de dança contemporânea. Buscou-se a variação de planos, utilizando os planos:

médio, americano e close-up.

RUA SÃO FRANCISCO

MUSEU OSCAR NIEMEyER

81

86

84

89

82

87

85

90

83

88

Page 100: M U N D O L O C O

100

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PRODUÇÃO

No Museu Oscar Niemeyer, foram filmadas cenas de ensaios de grupos de street

dance e performances de dança contemporânea, utilizando os planos: de conjunto,

médio e close-up.

Na Paradis Club, foram captadas cenas de festa, utilizando os planos: primeiro,

americano e close-up.

No Largo da Ordem foram filmadas cenas de performances de dança

contemporânea e capoeira. Para esta locação foram utilizados os planos: primeiro,

americano e close-up.

Na Casa Hoffmann, foram captadas cenas de estudos de contato e improvisação,

utilizando os planos: primeiro e americano.

PARADIS CLUb

LARGO DA ORDEM

CASA HOFFMANN

91

94

96

100

98

102

92

95

97

101

99

93

Page 101: M U N D O L O C O

101

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PRODUÇÃO

No estúdio Chroma Key, foram captados vídeos de gestos em fundo verde no

plano close-up, porém sem o objetivo de criar cenas, e sim o de utilizá-los como

elementos de destaque para algumas cenas do videoclipe.

EStÚDIO CHROMA KEY

Na Praça 29 de Março, foram filmadas performances de street dance e alguns

movimentos de dança afro. Utilizou-se para estas cenas, somente o plano médio.

No Shopping Itália foram registradas cenas de breakdance, utilizando os planos:

primeiro e close-up.

PRAÇA 29 DE MARÇO

SHOPPING ItÁLIA

103

108

106

111

113

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109

107

112

114

105

110

Page 102: M U N D O L O C O

102

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PRODUÇÃO

Outros locais foram utilizados para algumas cenas por apresentarem um evento

que surgiu durante o processo de produção, como é o caso da Praça Santos

Andrade, onde foi captada a cena de um show de rap. Também foram realizadas

cenas em locais que apresentavam uma estética interessante ao projeto, como

uma janela de um quarto, o Paço Municipal de Curitiba e o Centro Cultural São

Paulo. Para todas estas cenas, foram captadas performances de danças variadas,

utilizando os planos: de conjunto, médio e primeiro.

Foram criadas um total de 42 formas estáticas, em uma diversidade de cores e

posicionamentos na composição. Cada elemento foi construído em um arquivo de

formato 1280x720px.

OUtRAS LOCAÇÕES

2.1. Formas estáticas

2. ELEMENtOS GRÁFICOS

Os elementos gráficos têm o objetivo de fazer a articulação entre a imagem e o

som, representando o ritmo e as batidas da música. Para esta etapa, foi construída

uma variedade de elementos de acordo com os estudos gráficos, pré-definidos na

fase de experimentação deste documento. Estes elementos formam 3 grupos:

115

118

116

119

117

Page 103: M U N D O L O C O

103

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PRODUÇÃO

Page 104: M U N D O L O C O

104

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PRODUÇÃO

Foram construídas 7 formas diferentes em documento de formato 900x900px,

resultando em mais 10 opções cromáticas cada, totalizando 70 formas.

2.2. Formas animadas (traço)

FORMA

01

VARIÁVEL CROMÁtICA

CONJUNTO DE FORMAS ESTÁTICAS

120

Page 105: M U N D O L O C O

105

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PRODUÇÃO

Estas formas foram animadas frame a frame, seguindo como base seu próprio traço,

porém ao completarem seus desenhos praticam o movimento reverso, afim de

impedir um corte seco na animação, tornando as finalizações de seus movimentos

mais suaves. Segue exemplo dos frames de uma forma de traço animada:

FORMA

02

FORMA

03

FORMA

04

FORMA

05

FORMA

06

FORMA

07

VARIÁVEL CROMÁtICA

Page 106: M U N D O L O C O

106

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PRODUÇÃO

EXEMPLO DE ANIMAÇÃO DE FORMA DE TRAÇO

Para este grupo, foram desenhadas 5 formas variadas em documento de formato

900x500px, resultando em mais 10 opções cromáticas cada, totalizando 50 formas.

2.3. Formas animadas (preenchimento)

VARIÁVEL CROMÁtICA

FORMA

01

FORMA

02

FORMA

03

Page 107: M U N D O L O C O

107

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PRODUÇÃO

EXEMPLO DE ANIMAÇÃO DE FORMA DE PREENCHIMENTO

VARIÁVEL CROMÁtICA

FORMA

04

FORMA

05

Estas formas também foram animadas frame a frame, porém diferente das

animadas através do desenho do traço, estas foram animadas de acordo com sua

área de preenchimento, tendo seu desenho final o último frame da animação,

finalizando com um corte seco. Segue exemplo dos frames de uma forma de

preenchimento animada:

121

Page 108: M U N D O L O C O

108

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PÓS-PRODUÇÃO

P Ó S - P R O

D U Ç Ã O

1. EDIÇÃO DE CENAS

Nesta etapa, as cenas coletadas na fase de produção, foram selecionadas,

cortadas e encaixadas na música decupada anteriormente, afim de montar um

vídeo contínuo facilitando a inserção dos elementos gráficos. Algumas destas

cenas, também receberam uma mascára de recorte para as diferenciar de outras,

conforme definido na etapa de experimentação deste documento. Segue estrutura

de cenas definida para o videoclipe:

tipo de cena: Introdução

Início da cena: 00:00:00

Descrição: Mãos fazendo alguns gestos

Locação: Paradis Club

Letra da música: Instrumental

tipo de cena: Letra

Início da cena: 00:14:53

Descrição: Pessoa dançando em frente a um grafite

Locação: Rua São Francisco

Letra da música: Vou te contar venho de um mundo loco

tipo de cena: Letra

Início da cena: 00:16:47

Descrição: Pessoa dançando no meio de um grupo

Locação: Rua São Francisco

Letra da música: Onde é permitido ser o que quiser

CENA 01

CENA 02

CENA 03

122

123

124

Page 109: M U N D O L O C O

109

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PÓS-PRODUÇÃO

tipo de cena: Letra

Início da cena: 00:18:33

Descrição: Grupo de pessoas dançando

Locação: Museu Oscar Niemeyer

Letra da música: Cada dia um estouro,

tipo de cena: Letra

Início da cena: 00:22:23

Descrição: Pessoa fazendo passos de dança no chão

Locação: Shopping Itália

Letra da música: O céu é roxo a grama é azul

tipo de cena: Letra

Início da cena: 00:20:19

Descrição: Par fazendo movimentos

Locação: Casa Hoffmann

Letra da música: Sem mau agouro / Vou até onde eu puder

tipo de cena: Letra

Início da cena: 00:24:21

Descrição: Mãos fazendo alguns gestos

Locação: Grupo de pessoas em um show

Letra da música: Os pássaros cantam Erykah Badu

CENA 04

CENA 06

CENA 05

CENA 07128

127

126

125

Page 110: M U N D O L O C O

110

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PÓS-PRODUÇÃO

tipo de cena: Letra

Início da cena: 00:26:09

Descrição: Trio fazendo passos de dança

Locação: Praça 29 de Março

Letra da música: Quando a noite chega tudo em volta brilha

Tem uma passagem para Istambul

tipo de cena: Letra

Início da cena: 00:31:52

Descrição: Pessoa dançando em festa

Locação: Rua São Francisco

Letra da música: Batucadas dominam mentes

tipo de cena: Letra

Início da cena: 00:29:58

Descrição: Performance de dupla em uma parede

Locação: Praça 29 de Março

Letra da música: árvores ficam florescentes

tipo de cena: Letra

Início da cena: 00:33:50

Descrição: Pessoa dançando no meio de um grupo

Locação: Shopping Itália

Letra da música: Quem entra na roda sente

Fica a vontade se apega a essência e às cores se rende

CENA 08

CENA 10

CENA 09

CENA 11

129

130

131

132

Page 111: M U N D O L O C O

111

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PÓS-PRODUÇÃO

tipo de cena: Letra

Início da cena: 00:37:57

Descrição: Grupo de pessoas dançando

Locação: Museu Oscar Niemeyer

Letra da música: Isso é frequente nesse lugar ninguém é diferente

O riso é fluente

tipo de cena: Letra

Início da cena: 00:46:07

Descrição: Pessoas dançando em grupo

Locação: Museu Oscar Niemeyer

Letra da música: Embalados pelo aroma de nag champa

tipo de cena: Letra

Início da cena: 00:41:54

Descrição: Pessoa fazendo movimento de ponta cabeça

Locação: Shopping Itália

Letra da música: Uma população contente

Cheia de disposição pra pegar no batente

tipo de cena: Letra

Início da cena: 00:48:49

Descrição: Pessoa dançando na rua

Locação: Rua São Francisco

Letra da música: Cada rua tem uma estampa

CENA 12

CENA 14

CENA 13

CENA 15

133

134

135

136

Page 112: M U N D O L O C O

112

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PÓS-PRODUÇÃO

tipo de cena: Letra

Início da cena: 00:50:57

Descrição: Pessoa fazendo giros no chão

Locação: Shopping Itália

Letra da música: Você gira, gira e não se cansa tipo uma criança

tipo de cena: Letra

Início da cena: 00:57:46

Descrição: Reflexo de pessoas dançando

Locação: Museu Oscar Niemeyer

Letra da música: Pura magia pisar num caminho iluminado que arrepia

tipo de cena: Letra

Início da cena: 00:54:00

Descrição: Pessoa dançando em festa

Locação: Paradis Club

Letra da música: Vagalumes voam em sincronia assim criando um clima que vicia

tipo de cena: Letra - Refrão

Início da cena: 01:01:33

Descrição: Pessoa fazendo passos de dança

Locação: Shopping Itália

Letra da música: Nasci em outro lugar, nananananana

CENA 16

CENA 18

CENA 17

CENA 19

137

138

139

140

Page 113: M U N D O L O C O

113

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PÓS-PRODUÇÃO

tipo de cena: Letra - Refrão

Início da cena: 01:05:31

Descrição: Grupo de pessoas fazendo movimentos

Locação: Casa Hoffmann

Letra da música: Melodias ao vento convidando pra dançar

tipo de cena: Letra - Refrão

Início da cena: 01:10:58

Descrição: Pessoa dançando em uma praça

Locação: Praça 29 de Março

Letra da música: No meu lugar vou ficar

Deitar na grama e olhar o céu e brisar

tipo de cena: Letra - Refrão

Início da cena: 01:09:09

Descrição: Pessoa fazendo movimento de ponta cabeça

Locação: Shopping Itália

Letra da música: No meu lugar eu vou morar

tipo de cena: Letra - Refrão

Início da cena: 01:18:52

Descrição: Pessoa fazendo movimentos sentada em uma escada

Locação: Largo da Ordem

Letra da música: Deitar e brisar

CENA 20

CENA 22

CENA 21

CENA 23

141

142

143

144

Page 114: M U N D O L O C O

114

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PÓS-PRODUÇÃO

tipo de cena: Letra - Refrão

Início da cena: 01:23:30

Descrição: Detalhe de movimentos de pés em festa

Locação: Paradis Club

Letra da música: Brisar

tipo de cena: Letra

Início da cena: 01:31:35

Descrição: Pessoa fazendo um giro em frente a uma janela

Locação: Paço Municipal de Curitiba

Letra da música: Esperei o dia aparecer

tipo de cena: Letra - Refrão

Início da cena: 01:26:30

Descrição: Pessoa dançando no meio de um grupo

Locação: Shopping Itália

Letra da música: No meu lugar vou ficar

Deitar na grama e olhar o céu e brisar

tipo de cena: Letra

Início da cena: 01:33:32

Descrição: Pessoa fazendo movimento com os braços

Locação: Shopping Itália

Letra da música: Uma água de coco pra beber

CENA 24

CENA 26

CENA 25

CENA 27

145

146

147

148

Page 115: M U N D O L O C O

115

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PÓS-PRODUÇÃO

tipo de cena: Letra

Início da cena: 01:35:28

Descrição: Dupla fazendo movimento com os braços

Locação: Casa Hoffmann

Letra da música: Vi a paisagem florescer

tipo de cena: Letra

Início da cena: 01:39:08

Descrição: Contra-luz de trio dançando

Locação: Museu Oscar Niemeyer

Letra da música: Cada um com seu jeito de ser

tipo de cena: Letra

Início da cena: 01:37:08

Descrição: Pessoa girando

Locação: Centro Cultural São Paulo

Letra da música: Dá gosto de viver

tipo de cena: Letra

Início da cena: 01:40:57

Descrição: Detalhe de pés em movimento no chão

Locação: Largo da Ordem

Letra da música: Mamãe natureza tem poder

CENA 28

CENA 30

CENA 29

CENA 31

149

150

151

152

Page 116: M U N D O L O C O

116

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PÓS-PRODUÇÃO

tipo de cena: Letra

Início da cena: 01:42:52

Descrição: Grupo fazendo passos de dança

Locação: Centro Cultural São Paulo

Letra da música: Tá fácil de perceber

tipo de cena: Letra

Início da cena: 01:47:15

Descrição: Mãos fazendo alguns gestos

Locação: Largo da Ordem

Letra da música: Casas amarelas, nas janelas tortas de maçã

Descanso no divã

tipo de cena: Letra

Início da cena: 01:44:50

Descrição: Pessoa fazendo movimentos no chão

Locação: Shopping Itália

Letra da música: Festa ao entardecer

tipo de cena: Letra

Início da cena: 01:55:10

Descrição: Dupla fazendo alguns movimentos

Locação: Praça 29 de Março

Letra da música: Beco e vielas, trilhas com plantação de hortelã

Pra colher no amanhã de manhã

CENA 32

CENA 34

CENA 33

CENA 35

153

154

155

156

Page 117: M U N D O L O C O

117

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PÓS-PRODUÇÃO

tipo de cena: Letra

Início da cena: 02:02:32

Descrição: Pessoa contra-luz fazendo movimentos

Locação: Janela de um quarto

Letra da música: Casas amarelas, nas janelas tortas de maçã

Descanso no divã

tipo de cena: Letra - Refrão

Início da cena: 02:17:51

Descrição: Grupo de pessoas dançando

Locação: Museu Oscar Niemeyer

Letra da música: Nasci em outro lugar, nananananana

tipo de cena: Letra

Início da cena: 02:10:13

Descrição: Pessoa dançando dentro de uma gaiola em festa

Locação: Paradis Club

Letra da música: Beco e vielas, trilhas com plantação de hortelã

Pra colher no amanhã de manhã

tipo de cena: Letra - Refrão

Início da cena: 02:21:38

Descrição: Detalhe dos pés de pessoa dançando na rua

Locação: Rua São Francisco

Letra da música: Melodias ao vento convidando pra dançar

CENA 36

CENA 38

CENA 37

CENA 39

157

158

159

160

Page 118: M U N D O L O C O

118

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PÓS-PRODUÇÃO

tipo de cena: Letra - Refrão

Início da cena: 02:25:07

Descrição: Pessoa pulando

Locação: Shopping Itália

Letra da música: No meu lugar eu vou morar

tipo de cena: Letra - Refrão

Início da cena: 02:34:57

Descrição: Pessoa fazendo movimentos em frente a paredes de vidro

Locação: Largo da Ordem

Letra da música: Deitar e brisar

tipo de cena: Letra - Refrão

Início da cena: 02:26:53

Descrição: Pessoa dançando em frente a um muro

Locação: Praça 29 de Março

Letra da música: No meu lugar vou ficar

Deitar na grama e olhar o céu e brisar

tipo de cena: Letra - Refrão

Início da cena: 02:39:09

Descrição: Pessoa dançando em uma festa

Locação: Paradis Club

Letra da música: Brisar

CENA 40

CENA 42

CENA 41

CENA 43

161

162

163

164

Page 119: M U N D O L O C O

119

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PÓS-PRODUÇÃO

tipo de cena: Letra - Refrão

Início da cena: 02:42:20

Descrição: Pessoa girando de ponta cabeça

Locação: Shopping Itália

Letra da música: No meu lugar vou ficar

Deitar na grama e olhar o céu e brisar

tipo de cena: Final

Início da cena: 03:21:07

Descrição: Cor preta

Locação: Sem locação

Letra da música: Brisar

tipo de cena: Encerramento

Início da cena: 02:50:05

Descrição: Pessoa dançando em uma praça

Locação: Praça 29 de Março

Letra da música: Instrumental

CENA 44

CENA 46

CENA 45

2. tRAtAMENtO DE IMAGEM

Após a montagem de toda base do videoclipe, as cenas passaram por uma etapa

de tratamento de imagem, que teve por objetivo a criação de uma unidade visual

entre as cenas, visto que estas haviam sido coletadas em locais distintos. Para

isso, utilizou-se de ferramentas presentes no programa de edição de vídeos Adobe

Premiere.

165

166

167

Page 120: M U N D O L O C O

120

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PÓS-PRODUÇÃO

Primeiramente foram retirados os níveis de saturação em todas as cenas, deixando-

as em preto e branco, conforme estudos definidos na etapa de experimentação

deste documento. Em seguida, foram ajustados os níveis de contraste, deixando-

os com 20%, reforçando a iluminação e definindo melhor os contornos. Seguem

exemplos dos resultados de algumas cenas com o tratamento:

3. EStRUtURA DO VIDEOCLIPE

Esta etapa, tem por objetivo definir toda a estrutura do objeto final, estipulando

parâmetros para a combinação da base do videoclipe já editada, com as

interferências gráficas.

Após análise da música Mundo Loco, destacaram-se 4 grupos de efeitos de som:

3.1. Grupos de efeitos sonoros

GRUPO 01

O primeiro grupo consiste-se em um conjunto de 4 batidas instrumentais

que se repetem durante todas as cenas com letra (mesmo refrões) e cena de

encerramento. Cada conjunto dura 34 frames, sendo que as 3 primeiras batidas

possuem 8 frames cada e a última 10 frames, e possuem um intervalo entre cada

conjunto de 11 frames, como no exemplo a seguir:

168

170

169

171

Page 121: M U N D O L O C O

121

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PÓS-PRODUÇÃO

GRUPO 02

O segundo grupo, é formado por sons isolados, não formando um conjunto,

que se repetem durante todas as cenas com letra (inclusive refrões) e cena de

encerramento. é composto por uma batida trêmula e frenética que dura um total

de 55 frames. Estes sons surgem sempre após 7 repetições do GRUPO 01, como

no exemplo:

GRUPO 03

O terceiro grupo, é formado por sons isolados que se repetem durante todas as

cenas com letra (inclusive refrões) a cada 42 frames, tendo uma duração de 20

frames. Este conjunto aparece na música de forma pararela aos dois primeiros

grupos, criando uma sobreposição de sons, como no exemplo abaixo:

8 frames 8 frames8 frames

GRUPO 01 GRUPO 01

8 frames8 frames 8 frames11 frames

55 frames 55 frames55 frames 55 frames 55 frames55 frames 55 frames 55 frames 55 frames

11 frames 11 frames

BATIDA 01

GRUPO 01

GRUPO 01

GRUPO 01

GRUPO 01

GRUPO 01

GRUPO 01

GRUPO 01

GRUPO 02

GRUPO 02

BATIDA 01

INTERVALO

BATIDA 03

BATIDA 03

BATIDA 02

BATIDA 02

BATIDA 04

BATIDA 04

55 frames 55 frames

20 frames 20 frames

11 frames

INTERVALO

INTERVALO INTERVALOGRUPO 03

GRUPO 03

GRUPO 01

GRUPO 01

Page 122: M U N D O L O C O

122

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PÓS-PRODUÇÃO

GRUPO 04

O quarto grupo representa um conjunto de 3 pequenos efeitos de back vocal, que

se repetem 2 vezes, uma durante a cena 34 e outra durante a cena 36. Cada um

destes efeitos dura 15 frames e possuem um intervalo entre eles de 6 frames,

totalizando para o conjunto 57 frames. conforme exemplo:

3.2.1. Introdução

Na cena introdutória, definiu-se que não seriam utilizados nenhum tipo de

interferência gráfica, visto que esta não possui efeitos sonoros de destaque, e foi

interpretada pelos participantes dos testes com público consumidor (consultar

o item 1.3.1 da Fase Criativa deste documento), como uma cena sem fortes

expressões gráficas.

CENA 34

CENA 36

INTERVALO

INTERVALO

EFEITOO1

EFEITOO1

EFEITOO2

EFEITOO2

EFEITOO3

EFEITOO3

15 frames

15 frames

15 frames

15 frames

15 frames

15 frames

Esta etapa tem por objetivo, estabelecer parâmetros e regras para a união da

imagem e elementos gráficos, com os efeitos de som já definidos na etapa

anterior. Para facilitar o desenvolvimento da montagem e a compreensão deste

documento, foram analisados cada tipo de cena separadamente.

3.2. Parâmetros de Montagem

Page 123: M U N D O L O C O

123

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PÓS-PRODUÇÃO

3.2.2. Cenas com letra

Para estas cenas, foram utilizados todos os 4 grupos de efeitos sonoros como

base para a inserção de elementos.

No primeiro grupo foram definidas formas animadas (traço)

para representarem as batidas de número 01, formas estáticas

para representarem as batidas de número 02, cores sólidas por

trás das máscaras de recorte para representarem as batidas de

número 03, e cores sólidas na frente das máscaras de recorte para

representarem as batidas de número 04 (tendo estas últimas, a

regra de utilização obrigatória a ferramenta de Blend Mode, com os

efeitos de overlay ou multiply).

Exemplo:

8 frames

01

03

02

04

8 frames

GRUPO 01

8 frames 11 frames

BATIDA 01

FORMAANIMADA(TRAÇO)

FORMAESTÁTICA

CORATRÁS

CORNA FRENTE

BATIDA 03

BATIDA 02

BATIDA 04

172

174

173

175

Page 124: M U N D O L O C O

124

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PÓS-PRODUÇÃO

No segundo grupo, foram definidas cores sólidas para representarem

os sons. Estas cores aparecem 5 vezes em cada efeito de som deste

grupo, sendo que para última aparição foi definido como regra, o

uso da ferramenta de Blend Monde, difference.

No terceiro grupo, utilizou-se formas animadas (preenchimento)

para representar os efeitos de som, podendo estas formas,

aparecerem atrás ou em frente as máscaras de recorte.

Exemplo:

Exemplo:

GRUPO 02

GRUPO 03

GRUPO 02

COR COR COR COR COR EM DIFFERENCE

55 frames

8 frames

CENA CENACOR COR EM DIFFERENCE

8 frames 8 frames 8 frames 28 frames

20 frames

GRUPO 03

FORMAS ANIMADAS(PREENCHIMENTO)

176 177 178 179

180 181 182 183

Page 125: M U N D O L O C O

125

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PÓS-PRODUÇÃO

No quarto grupo, utilizou-se de recortes de cenas filmadas em

estúdio chroma key, para representar os efeitos de back vocal das

cenas 64 e 66.

Exemplo:

GRUPO 04

RECORTEO1

EFEITOO1

RECORTEO2

EFEITOO2

RECORTEO3

EFEITOO3

15 frames

01 02 03

15 frames 15 frames

3.2.3. Cenas com letra (Refrões)

Para estas cenas, foram utilizados os grupos 01 e 02 de efeitos sonoros como

base para a inserção de elementos.

No primeiro grupo foram definidas formas animadas (traço) para

representarem as batidas de número 01, silhuetas em cores

sólidas (de personagens ou pontos de destaque nas cenas) para

representarem as batidas de número 02, formas animadas (traço)

para representarem as batidas de número 03, e fragmentos

geométricos (conforme estudos de desconstrução da imagem, na

fase de experimentação deste documento) para representarem as

batidas de número 04.

GRUPO 01

184 185 186

Page 126: M U N D O L O C O

126

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PÓS-PRODUÇÃO

Exemplo:

8 frames

01

03

02

04

5 frames 8 frames 11 frames

BATIDA 01

FORMAANIMADA(TRAÇO)

FORMAANIMADA(TRAÇO)

SILHUETA FRAGMENTO

BATIDA 03

BATIDA 02

BATIDA 04

No segundo grupo, foram definidos sólidos brancos como

representação dos sons. Os sólidos aparecem 5 vezes em cada

efeito de som deste grupo e preenchem toda área do vídeo.

GRUPO 02

GRUPO 02

BRANCO BRANCO BRANCO BRANCO BRANCO

55 frames

8 frames 8 frames 8 frames 8 frames 28 frames

187

189

188

190

Page 127: M U N D O L O C O

127

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PÓS-PRODUÇÃO

Exemplo:

01 02

BATIDA 01

FORMAESTÁTICA

FORMAESTÁTICA

FORMAESTÁTICA

RECORTECHROMA KEY

BATIDA 03

BATIDA 02

BATIDA 04

3.2.4. Cena de encerramento

Para esta cena, foram utilizados os grupos 01 e 02 de efeitos sonoros como base

para a inserção de elementos.

No primeiro grupo foram definidas formas estáticas para

representarem as batidas de número 01, 02 e 03; recortes de cenas

filmadas em estúdio chroma key, para representarem as batidas de

número 04. Contudo, foi definido que o surgimento de um elemento,

não excluiria o outro, ou seja, todos ficariam sobreexpostos, até a

entrada de um novo grupo de efeito sonoro. Este último parâmetro,

tem como objetivo, a utilização da característica estilística gradação

(consultar item 1.1 da etapa de Fundamentação Teórica deste

documento).

GRUPO 01

191 192

Page 128: M U N D O L O C O

128

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - PÓS-PRODUÇÃO

03 04

No segundo grupo, foram definidos sólidos brancos como

representação dos sons. Os sólidos aparecem 5 vezes em cada

efeito de som deste grupo e preenchem toda área do vídeo, assim

como nos refrões da música.

GRUPO 02

GRUPO 02

BRANCO BRANCO BRANCO BRANCO BRANCO

55 frames

8 frames 8 frames 8 frames 8 frames 28 frames

Após montagem do videoclipe, criou-se uma relação entre os elementos e o

espaço de fundo, visando como resultado uma composição menos rígida. Foram

analisados conceitos de contraste (para quebrar a estaticidade, valorizar a

animação e dar maior destaque aos efeitos de sons), proporção (para preencher

melhor os espaços, reforçar a hierarquia dos elementos e assegurar um bom

acabamento ao resultado), disposição espacial (para estabelecer uma relação

entre formas animadas e ações do personagem) e ritmo (para orientar o olhar do

espectador e criar uma unidade sólida entre as cenas). [CHINEN, 2009]

3.3. Composição

193 194

Page 129: M U N D O L O C O

129

Finalizada a montagem e os ajustes de composição, foram inseridos créditos com

os nomes da música, artista e do designer criador do videoclipe. Nestes nomes

(exceto nome da artista), utilizou-se da família tipográfica Din, mesma utilizada

neste documento, afim de reforçar a identidade do projeto. No nome da música,

também foram inseridas características gráficas presentes no videoclipe.

MUNDO LOCO - FASE EXECUTIVA - RESULTADO

R E S U L

tA D O

O objeto final teve seu arquivo renderizado no formato 1280x720px com 30fps, em

qualidade de alta definição, e será disponibilizado nos canais de compartilhamento

de vídeo Youtube e Vimeo, estes que foram destacados na pesquisa com público

consumidor, como os maiores meios de acesso a videoclipes.

[Videoclipe diSpoNiBiliZAdo eM VIMEO.COM/LUANCAMPOS/MUNDOLOCO]

NOME DA MÚSICA E DA ARTISTA

CRÉDITO AO DESIGNER

195

196

Page 130: M U N D O L O C O
Page 131: M U N D O L O C O

131

MUNDO LOCO - CONSIDERAÇõES FINAIS

C O N S I

D E R A

Ç Õ E S

F I N A I S

Ao analisar a união das áreas do Design Audiovisual e do Design Emocional,

descobrimos uma gama incalculável de possibilidades a se trabalhar, fato este

que pode ser perigoso em projetos experimentais. Para isso, foi preciso que se

estabelecesse e seguisse um processo, com fases e etapas bem definidas.

A produção de testes e determinação de referências visuais, também auxiliaram

nesse processo, visto que o projeto foca em público consumidor ainda restrito.

Acredita-se que desenvolver um projeto em áreas ainda pouco exploradas no

Brasil, principalmente para uma artista que representa atualmente a cidade

de Curitiba no cenário nacional e internacional da música, como Karol Conka,

pode render bons frutos, não só para o estudante, como para o crescimento da

produção audiovisual no Paraná e no resto do país.

Destaca-se também que a não existência de um processo de produção próprio

para vídeos experimentais, foi interessante na prática, porém gerou dificuldades

na documentação do que foi realizado, já que em muitas vezes as etapas da fase

executiva estavam sendo realizadas paralelamente.

Em síntese, acredita-se que o objeto final atingiu o objetivo proposto, apenas

deixando os pontos negativos como experiência para próximos projetos e evolução

de possíveis estudantes que tenham interesses em áreas de estudo abordadas

neste projeto.

Page 132: M U N D O L O C O

132

MUNDO LOCO - REFERêNCIAS BIBLIOGRáFICAS

R E F E

R Ê N C I A S

B I B L I O

G R Á

F I C A S

ARtIGOS

AlVeS, Marcia Maria. Design de animações educacionais: Recomendações de

conteúdo, apresentação gráfica e motivação para aprendizagem. Universidade

Federal do paraná, 2012.

BASBAUM, Sérgio Roclaw. Sinestesia e percepção digital. Toronto, 2003.

BelleBoNi, luciene. A difícil relação entre imagem e som no audiovisual

contemporâneo. ii encontro Nacional da Rede Alfredo de carvalho, Florianópolis,

2004.

BoHÓRQUeZ, Miguel e VelAZco, Jhony. El diseño audiovisual. entre Artes,

colômbia, 2011.

cAMARGo, isaac Antonio. IMAGEM, MOVIMENTO E SOM: APREENSÃO E

INSTANTANEIDADE NA MÍDIA. Universidade estadual de londrina, 2004.

cARRASco, Ney. Trilhas: o som e a música no cinema. comciência, campinas,

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cARVAlHo, claudiane de oliveira. Narratividade em videoclipe: A articulação

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Brasileiro de pesquisa e desenvolvimento em design, 2008.

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imagem-música. São leopoldo, 2007.

GAleoTTi, Anamaria Rezende e MAZZilli, clice Toledo S. UM MODELO

Page 133: M U N D O L O C O

133

MUNDO LOCO - REFERêNCIAS BIBLIOGRáFICAS

POSSÍVEL PARA O DESIGN AUDIOVISUAL - A ESPUMA: A LINGUAGEM DO

DESIGN AUDIOVISUAL DIGITAL. V World congress on communication and Arts,

2012.

HolZBAcH, Ariane diniz e Nercolini, Marildo José. Videoclipe: em tempos

de reconfigurações. 5º encontro de estudos Multidisciplinares em cultura.

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KAWASAKi, Yuji. Design Gráfico Sinestésico: a relação da visão com os demais

sentidos na comunicação. São paulo, 2009.

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mídia eletrônica mundial. ecA - escola de comunicação e Artes da Universidade

de São paulo, 2002.

RAMoS, José Mario ortiz e BUeNo, Maria lucia. Cultura Audiovisual e Arte

Contemporânea. São paulo em perspectiva, 2001.

ScHiAVoNi, Jaqueline esther. Relações audiovisuais: em busca de uma

metodologia de análise. Salvador, 2011.

SoAReS ,Fabio Montalvão. AUDIOVISUAL, COGNIÇÃO E CRIAÇÃO: A

PERSPECTIVA DO ESPECTADOR. 5º congresso de estudantes de pós-graduação

em comunicação, Universidade Federal Fluminense, Niterói. 2012.

SoAReS, Thiago. Estratégias de produção de sentido nos videoclipes: A canção

popular massiva e os “ganchos visuais” na atividade analítica. XXiX congresso

Brasileiro de ciências da comunicação – UnB, 2006.

SoAReS, Thiago. O videoclipe como articulador dos gêneros televisivo e

musical. iX congresso Brasileiro de ciências da comunicação da Região

Nordeste, Salvador, Bahia, 2007.

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Emocional: conceitos, abordagens e perspectivas de pesquisa. UNiSiNoS, 2011.

Page 134: M U N D O L O C O

134

MUNDO LOCO - REFERêNCIAS BIBLIOGRáFICAS

LIVROS

ABRUZZeSe, Alberto. O esplendor da TV: origens e destino da linguagem

audiovisual. São paulo, Studios Nobel, 2006.

ARcHeR, l. Bruce. Métodos Sistemáticos para Desenhadores. 1966.

BASBAUM, Sérgio Roclaw. Sinestesia, arte e tecnologia: fundamentos da

cromossomia. São paulo, Annablume, 2002.

cHiNeN, Nobu. Curso Completo de Design Gráfico. São paulo, editora escala,

2009.

coelHo NeTTo, José Teixeira. Moderno pós moderno: Modos & Versões. São

paulo, illuminuras, 1995.

dAMÁSio, Antônio. O Erro de Descartes: Emoção, Razão e o Cérebro Humano.

São paulo, companhia das letras, 1996.

GoodWiN, Andrew. Dancing in the Distraction Factory: Music Television and

Popular Culture. Minneapolis, University of Minnesota press, 1992.

HAGeMeYeR, Rafael Rosa. História & Audiovisual. Belo Horizonte, Autêntica

editora, 2012.

KANdiNSKY, Wassily. Ponto, Linha, Plano. São paulo, Martins Fontes, 1997.

MAcHAdo, A. A arte do vídeo. São paulo, ed. Brasiliense S/A. 1997.

MeRleAU-poNTY, Maurice. Fenomenologia da Percepção. São paulo, Martins

Fontes, 1999.

MUNARi, Bruno. Das coisas nascem coisas. lisboa, portugal, edições 70, 1981.

NoRMAN, donald. Emotional design: Why we love (or hate) everyday things.

New York, Basic Books, 2004.

Page 135: M U N D O L O C O

135

MUNDO LOCO - REFERêNCIAS BIBLIOGRáFICAS

RÀFolS, Rafael e coloMeR, Antoni. Diseño Audiovisual. editorial Gustavo Gili,

2003.

SANTAellA, lucia. Cultura das mídias. São paulo, experimento, 1996.

SoAReS, Thiago. Videoclipe: elogio da desarmonia. João pessoa, Marca de

Fantasia, 2012.

ViANNA, Klauss. A Dança. São paulo, Summus editorial, 2005.

YoSHiURA, eunice Vaz. Videoarte, videoclipe: Investidas com a “boa forma”.

São paulo, porto ideias, 2007.

REVIStAS

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coNKÁ, Karol. KAROL CONKA. Revista ler&cia, Maio e Junho, 2014.

FRANZATo, carlo. O Processo de criação no design conceitual - Explorando o

potencial reflexivo e dialético do projeto. Tessituras & criação, Número 1, Maio,

2011.

leMoS, André. Cibercultura, cultura e identidade. Em direção a uma “Cultura

Copyleft”?. contemporânea: Revista de comunicação e cultura. UFBA, Salvador,

vol. 2, n2, 2004.

SItES

ALEXA. disponível em: ‹http://www.alexa.com/›. Acesso em março de 2014.

ANCINE. disponível em: ‹http://www.ancine.gov.br/›. Acesso em março de 2014.

Page 136: M U N D O L O C O

136

MUNDO LOCO - REFERêNCIAS BIBLIOGRáFICAS

BBC. disponível em: ‹http://www.bbc.co.uk/›. Acesso em julho de 2014.

ComScore. disponível em: ‹http://www.comscore.com/›. Acesso em março de

2014.

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NOIZE. disponível em: ‹http://www.noize.com.br/›. Acesso em julho de 2014.

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secretaria-do-audiovisual-sav›. Acesso em março de 2014.

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Page 137: M U N D O L O C O

137

MUNDO LOCO - ANEXOS

A N E X O S ANEXO 01 - LEtRA DA MÚSICA “MUNDO LOCO”

Vou te contar venho de um mundo loco

Onde é permitido ser o que quiser

Cada dia um estouro, sem mau agouro

Vou até onde eu puder

O céu é roxo a grama é azul

Os pássaros cantam Erykah Badu

Quando a noite chega tudo em volta brilha

Tem uma passagem para Istambul

árvores ficam florescentes

Batucadas dominam mentes quem entra na roda sente

Fica a vontade se apega a essência e às cores se rende

Isso é frequente nesse lugar ninguém é diferente

O riso é fluente uma população contente

Cheia de disposição pra pegar no batente

Embalados pelo aroma de nag champa

Cada rua tem uma estampa

Você gira, gira e não se cansa tipo uma criança

Vagalumes voam em sincronia assim criando um clima que vicia

Pura magia pisar num caminho iluminado que arrepia

Nasci em outro lugar, nananananana

Melodias ao vento convidando pra dançar

No meu lugar eu vou morar, no meu lugar vou ficar

Deitar na grama e olhar o céu e brisar

Deitar e brisar

Esperei o dia aparecer uma água de coco pra beber

Vi a paisagem florescer, dá gosto de viver

Cada um com seu jeito de ser, mamãe natureza tem poder

Tá fácil de perceber, festa ao entardecer

Casas amarelas, nas janelas tortas de maçã

Descanso no divã

Beco e vielas, trilhas com plantação de hortelã

Page 138: M U N D O L O C O

138

MUNDO LOCO - ANEXOS

Pra colher no amanhã de manhã

Casas amarelas, nas janelas tortas de maçã

Descanso no divã

Beco e vielas, trilhas com plantação de hortelã

Pra colher no amanhã de manhã

Nasci em outro lugar, nananananana

Melodias ao vento convidando pra dançar

No meu lugar eu vou morar, no meu lugar vou ficar

Deitar na grama e olhar o céu e brisar

Deitar e brisar

disponível em: ‹ http://www.vagalume.com.br/karol-conka/mundo-loco >

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139

MUNDO LOCO - ANEXOS

SexoMasculinoFeminino

Idade15 - 2021 - 2526 - 3030 +

Grau de escolaridadeensino médio (cursando)ensino médio (completo)ensino superior (cursando)ensino superior (completo)outros

Profissão

Costuma assistir a videoclipes?NuncaRaramenteAs vezesFrequentementeSempre

O que te faz assistir a um videoclipe?

Em que contexto assiste a videoclipes?TVcanais de Youtube/VimeoRedes Sociais

Conhece algum videoclipe da rapper Karol Conka?SimNão

Fale um pouco da razão pela qual você escuta ou se identifica com a

rapper Karol Conka?

ANEXO 02 - QUEStIONÁRIO APLICADO COM PÚbLICO CONSUMIDOR

Como classifica a intensidade de sua vida noturna? (Escala)1 - Trancado em casa5 - Badalando

Que outros músicos do rap / hip hop você costuma escutar?

Quais genênos musicais você costuma escutar?Axé / Blues / clássica / eletrônica / Folk / Funk / Gospel / Hip Hop / indie / Jazz / latina / MpB / Nacional Alternativo / pagode / pop / Rap / Reggae / Rock / Samba / Sertaneja / Trash-Brega / outros

Qual o seu videoclipe favorito?

Cite outro(s) vídeo(s) que acha interessante(s).

Deixe aqui uma referência (imagem, vídeo, site, blog, conceito, texto etc) que expressa seu estilo de vida.

Dos itens abaixo, quais são de seu interesse?Arte urbana / Arte contemporânea / cinema / Fotografia / Moda / design / dança / Música / Tecnologia / cultura popular

Utiliza quais das redes sociais abaixo?Facebook / Twitter / Youtube / Vimeo / pinterest / Soundcloud / Flickr / instagram / Vine

Tem possível interesse em participar de testes?SimNão

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140

MUNDO LOCO - ANEXOS

SexoMasculino

Idade21 - 25

Grau de escolaridadeensino superior (completo)

Profissãoengenheiro Ambiental

Costuma assistir a videoclipes?Sempre

O que te faz assistir a um videoclipe?Representação da música através da imagem.

Em que contexto assiste a videoclipes?canais de Youtube/VimeoRedes Sociais

Conhece algum videoclipe da rapper Karol Conka?Sim

Fale um pouco da razão pela qual você escuta ou se identifica com a rapper Karol Conka?A Karol conká é uma artista singular. pra mim ela consegue ser um pacote completo de estilo, arte e música.do candomblé ao cotidiano do gueto: é íncrivél como suas influências e referências vem de diversos cantos, abrindo o leque pra uma experência músical sensacional. Além da sua

notoria presença de palco, suas batidas me divertem e conseguem transmitir mensagens positivas.

Como classifica a intensidade de sua vida noturna? (Escala)5

Que outros músicos do rap / hip hop você costuma escutar?Missy elliott, igga Azalea, M.i.A, SNJ, Racionais Mcs, emicida.

Quais genênos musicais você costuma escutar?Folk, indie, Jazz, MpB, Nacional Alternativo, pop, Rap, Rock, Samba, Trash / Brega

Qual o seu videoclipe favorito?The libertines - “What became of the likely lads”

Cite outro(s) vídeo(s) que acha interessante(s).Sia - chandelier (official Video)lana del Rey - Rideladybug and the wolf - ‘Under my chair’The Ruby Suns - desert of popThe peach Kings - “Be Around”Sigur Rós - Fjögur píanó

Deixe aqui uma referência (imagem, vídeo, site, blog, conceito, texto etc) que expressa seu estilo de vida.www.nowness.com

Dos itens abaixo, quais são de seu interesse?Arte urbana, Arte contemporânea, cinema, Fotografia, Moda, design, dança, Música, Tecnologia, cultura popular

ANEXO 03 - RESULtADO DA PESQUISA - PARtICIPANtE 1

Utiliza quais das redes sociais abaixo?Facebook, Twitter, Youtube, Vimeo, pinterest, Soundcloud, Flickr, instagram, Vine

Tem possível interesse em participar de testes?Sim

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141

MUNDO LOCO - ANEXOS

SexoMasculino

Idade21 - 25

Grau de escolaridadeensino superior (completo)

Profissãoempresário

Costuma assistir a videoclipes?Sempre

O que te faz assistir a um videoclipe?curiosidade, interesse pela narrativa do som.

Em que contexto assiste a videoclipes?canais de Youtube/VimeoRedes Sociais

Conhece algum videoclipe da rapper Karol Conka?Sim

Fale um pouco da razão pela qual você escuta ou se identifica com a rapper Karol Conka?curto o gênero musical e as composições. A personalidade massa da Karol também ajuda.

Como classifica a intensidade de sua vida noturna? (Escala)4

Que outros músicos do rap / hip hop você costuma

escutar?criolo, emicida, Mc eltin

Quais genênos musicais você costuma escutar?clássica, eletrônica, Folk, Hip Hop, indie, latina, MpB, Nacional Alternativo, pop, Rap, Reggae, Rock, Samba

Qual o seu videoclipe favorito?Sia - chandelier (official Video)

Cite outro(s) vídeo(s) que acha interessante(s).Saca a videografia do Stromae. Tem tudo que eu acho legal nos clipes dele.

Deixe aqui uma referência (imagem, vídeo, site, blog, conceito, texto etc) que expressa seu estilo de vida.www.useleiaute.com

Dos itens abaixo, quais são de seu interesse?Arte urbana, Arte contemporânea, cinema, Fotografia, Moda, design, dança, Música, Tecnologia, cultura popular

Utiliza quais das redes sociais abaixo?Facebook, Youtube, Vimeo, instagram

Tem possível interesse em participar de testes?Sim

ANEXO 04 - RESULtADO DA PESQUISA - PARtICIPANtE 2

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142

MUNDO LOCO - ANEXOS

SexoMasculino

Idade21 - 25

Grau de escolaridadeensino superior (cursando)

Profissãodesigner Gráfico

Costuma assistir a videoclipes?Sempre

O que te faz assistir a um videoclipe?descobrir diferentes possibilidades de enxergar os sons

Em que contexto assiste a videoclipes?TVcanais de Youtube/VimeoRedes Sociais

Conhece algum videoclipe da rapper Karol Conka?Sim

Fale um pouco da razão pela qual você escuta ou se identifica com a rapper Karol Conka?A proposta de fazer um rap alegre, alto astral, divertido e dançante. Sua forte personalidade e como ela a expressa em tudo o que ela faz, desde o modo como se veste até sua performance em cima de um palco.

Como classifica a

intensidade de sua vida noturna? (Escala)4

Que outros músicos do rap / hip hop você costuma escutar?iggy Azalea, M.i.A., Flora Matos, Frank ocean, Racionais Mc, The Fugees, Kanye West, entre outros.

Quais genênos musicais você costuma escutar?Hip Hop, indie, latina, Nacional Alternativo, pop, Trash / Brega

Qual o seu videoclipe favorito?Sia - chandelier (official Video)The Sun - The Naked and Famous

Cite outro(s) vídeo(s) que acha interessante(s).Gosto do trabalho dos diretores Antony Mandler e Melina Matsoukas, também de uma produtora RuffMercy. Ultimamente tenho gostado do clipe All off Me do John legend.

Deixe aqui uma referência (imagem, vídeo, site, blog, conceito, texto etc) que expressa seu estilo de vida.sensibilidade & ousadia.

Dos itens abaixo, quais são de seu interesse?Arte urbana, Arte contemporânea, cinema, Fotografia, Moda, design, dança, Música, Tecnologia, cultura popular

Utiliza quais das redes sociais abaixo?Facebook, Twitter, Youtube, Vimeo, pinterest, Soundcloud, Flickr, instagram, Vine

ANEXO 05 - RESULtADO DA PESQUISA - PARtICIPANtE 3

Tem possível interesse em participar de testes?Sim

Page 143: M U N D O L O C O

143

MUNDO LOCO - ANEXOS

SexoMasculino

Idade15 - 20

Grau de escolaridadeensino superior (cursando)

Profissãoestudante - letras

Costuma assistir a videoclipes?Sempre

O que te faz assistir a um videoclipe?A transposição de uma arte noutra.

Em que contexto assiste a videoclipes?canais de Youtube/VimeoRedes Sociais

Conhece algum videoclipe da rapper Karol Conka?Sim

Fale um pouco da razão pela qual você escuta ou se identifica com a rapper Karol Conka?A ideia que o pobre também tem seu lugar.

Como classifica a intensidade de sua vida noturna? (Escala)2

Que outros músicos do rap / hip hop você costuma escutar?criolo, la Femme

Quais genênos musicais você costuma escutar?clássica, eletrônica, Folk, indie, MpB, Nacional Alternativo, Samba

Qual o seu videoclipe favorito?-

Cite outro(s) vídeo(s) que acha interessante(s).lykke li, Toro y Moi ambos clipes num geral.

Deixe aqui uma referência (imagem, vídeo, site, blog, conceito, texto etc) que expressa seu estilo de vida.http://2.bp.blogspot.com/-Qdc8fURguTe/Uid5jqfh9li/AAAAAAAAHf0/cHex1_uciXw/s1600/Theo+gosselin.jpeg

Dos itens abaixo, quais são de seu interesse?Arte urbana, Arte contemporânea, cinema, Fotografia, Moda, design, dança, Música, Tecnologia, cultura popular

Utiliza quais das redes sociais abaixo?Facebook, Twitter, Youtube, Vimeo, Facebook, Youtube, Vimeo, pinterest, Soundcloud, Flickr, instagram

Tem possível interesse em participar de testes?Sim

ANEXO 06 - RESULtADO DA PESQUISA - PARtICIPANtE 4

Page 144: M U N D O L O C O

144

MUNDO LOCO - ANEXOS

SexoFeminino

Idade21 - 25

Grau de escolaridadeensino superior (completo)

Profissãodesigner Gráfica

Costuma assistir a videoclipes?As vezes

O que te faz assistir a um videoclipe?o poder do audiovisual

Em que contexto assiste a videoclipes?TV, canais de Youtube/Vimeo, Redes Sociais

Conhece algum videoclipe da rapper Karol Conka?Sim

Fale um pouco da razão pela qual você escuta ou se identifica com a rapper Karol Conka?Acho dançante, autêntico e positivo. Gosto da linguagem dela, das gírias. Me identifico culturalmente justamente pelas expressões como “cazamiga loca eu vou me jogar”. Gosto das roupas que ela usa e ela é uma artista incrível no palco.

Como classifica a intensidade de sua vida

noturna? (Escala)4

Que outros músicos do rap / hip hop você costuma escutar?criolo, Flora Matos

Quais genênos musicais você costuma escutar?eletrônica, indie, Jazz, latina, MpB, Nacional Alternativo, pop, Samba, post rock

Qual o seu videoclipe favorito?Sigur Rós - Fjögur píanóel Guincho - Bombay

Cite outro(s) vídeo(s) que acha interessante(s).Air Review - Youngpull&Bear SS2014levis Revel

Deixe aqui uma referência (imagem, vídeo, site, blog, conceito, texto etc) que expressa seu estilo de vida.bomju.tumblr.com

Dos itens abaixo, quais são de seu interesse?Arte urbana, Arte contemporânea, cinema, Fotografia, Moda, design, dança, Música, Tecnologia, cultura popular

Utiliza quais das redes sociais abaixo?Facebook, Twitter, Youtube, Vimeo, pinterest, Soundcloud, Flickr, instagram

Tem possível interesse em participar de testes?Sim

ANEXO 07 - RESULtADO DA PESQUISA - PARtICIPANtE 5

Page 145: M U N D O L O C O

145

MUNDO LOCO - ANEXOS

SexoFeminino

Idade21 - 25

Grau de escolaridadeensino superior (cursando)

Profissãodesigner Gráfica

Costuma assistir a videoclipes?Frequentemente

O que te faz assistir a um videoclipe?Gostar da música ou do artista, sugestão de amigos ou de sites de música

Em que contexto assiste a videoclipes?canais de Youtube/Vimeo, Redes Sociais

Conhece algum videoclipe da rapper Karol Conka?Sim

Fale um pouco da razão pela qual você escuta ou se identifica com a rapper Karol Conka?Rapper curitibana que mistura influencias muito diversas da música negra para lançar um album super foda :> e roupas maneiras, cabelo de algodão doce! e muito carisma ao vivo :>

Como classifica a intensidade de sua vida

noturna? (Escala)2

Que outros músicos do rap / hip hop você costuma escutar?Beyoncé, Missy elliott, Flora Mattos, Jay-Z, Kanye West, chance the Rapper, pharrell, curumin, drake, iggy Azalea, James Blake, Kendrick lamar, M.i.A., The Weeknd, lauryn Hill, Justin Timberlake (Alguns dos artistas são mais influenciados e usam as batidas do hip hop ou parcerias do gênero mas eu coloco tudo junto mesmo)

Quais genênos musicais você costuma escutar?Hip Hop, indie, MpB, Nacional Alternativo, pop

Qual o seu videoclipe favorito?Human Behaviour da Bjork

Cite outro(s) vídeo(s) que acha interessante(s).Venus as a Boy, da Bjork; praise You do Fatboy Slim. clipes do Gondry!

Deixe aqui uma referência (imagem, vídeo, site, blog, conceito, texto etc) que expressa seu estilo de vida.pluto - Never forget

Dos itens abaixo, quais são de seu interesse?Arte urbana, Arte contemporânea, cinema, Fotografia, design, dança, Música

Utiliza quais das redes sociais abaixo?Facebook, Youtube, pinterest

ANEXO 08 - RESULtADO DA PESQUISA - PARtICIPANtE 6

Tem possível interesse em participar de testes?Sim

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146

MUNDO LOCO - ANEXOS

SexoFeminino

Idade15 - 20

Grau de escolaridadeensino superior (cursando)

Profissãodesigner Gráfica

Costuma assistir a videoclipes?Sempre

O que te faz assistir a um videoclipe?-

Em que contexto assiste a videoclipes?TV, canais de Youtube/Vimeo, Redes Sociais

Conhece algum videoclipe da rapper Karol Conka?Sim

Fale um pouco da razão pela qual você escuta ou se identifica com a rapper Karol Conka?Acho ela divertida

Como classifica a intensidade de sua vida noturna? (Escala)3

Que outros músicos do rap / hip hop você costuma escutar?kanye west, jay z, eminem, wiz khalifa, M.i.A

Quais genênos musicais você costuma escutar?Folk, Hip Hop, indie, Jazz, pop, Rap, Rock, Samba

Qual o seu videoclipe favorito?leS`- SoMNiA

Cite outro(s) vídeo(s) que acha interessante(s).Sigur Rós - leaning Towards Solace ft. dauoalogn, Varuo; the xx - islands; Gabrielle Aplin - Home (ep version); Stromae - Tous les Memes; Best coast - our deal; lykke li - No Rest For the wiked

Deixe aqui uma referência (imagem, vídeo, site, blog, conceito, texto etc) que expressa seu estilo de vida.A arte de Alexandra levasseur

Dos itens abaixo, quais são de seu interesse?Arte urbana, Arte contemporânea, cinema, Fotografia, Moda, design, dança, Música, Tecnologia, cultura popular

Utiliza quais das redes sociais abaixo?Facebook, Youtube, Vimeo, pinterest, Flickr, instagram

Tem possível interesse em participar de testes?Sim

ANEXO 09 - RESULtADO DA PESQUISA - PARtICIPANtE 7

Page 147: M U N D O L O C O

147

MUNDO LOCO - ANEXOS

SexoFeminino

Idade21 - 24

Grau de escolaridadeensino superior (completo)

Profissãodesigner de Moda

Costuma assistir a videoclipes?As vezes

O que te faz assistir a um videoclipe?gostar da música

Em que contexto assiste a videoclipes?TV, canais de Youtube/Vimeo, Redes Sociais

Conhece algum videoclipe da rapper Karol Conka?Sim

Fale um pouco da razão pela qual você escuta ou se identifica com a rapper Karol Conka?letras e estilo musical

Como classifica a intensidade de sua vida noturna? (Escala)3

Que outros músicos do rap / hip hop você costuma escutar?emicida, flora mattos, rael da rima, sabotage, racionais

Quais genênos musicais você costuma escutar?Hip Hop, Nacional Alternativo, Rap, Rock, Samba

Qual o seu videoclipe favorito?-

Cite outro(s) vídeo(s) que acha interessante(s).Beastie Boys - Sabotage

Deixe aqui uma referência (imagem, vídeo, site, blog, conceito, texto etc) que expressa seu estilo de vida.http://www.thedaintysquid.com/

Dos itens abaixo, quais são de seu interesse?Arte urbana, Arte contemporânea, cinema, Fotografia, Moda, design, Música, Tecnologia

Utiliza quais das redes sociais abaixo?Facebook, Twitter, Youtube, Vimeo, pinterest, instagram

Tem possível interesse em participar de testes?Sim

ANEXO 10 - RESULtADO DA PESQUISA - PARtICIPANtE 8

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