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26 DE MAIO DE 2017 ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO JORNAL AÇORIANO ORIENTAL Mais de três mil crianças celebraram em Santana o Dia Nacional da Agricultura O objetivo foi aproximar os jovens do principal setor de atividade dos Açores, ao mesmo tempo que puderam tocar, sentir e até comer alguns dos produtos que são símbolos da agricultura na Região. Mais de três mil crianças contactaram com várias culturas e frutas, animais, com várias flores e até cereais, ao mesmo tempo que aprenderam mais sobre a floresta e sobre maquinaria agrícola. Um Dia Nacional da Agricultura colorido que muito agradou aos mais novos “C uidar e cultivar para to- dos alimentar" foi o mo- te para assinalar o Dia Nacional da Agricultura no mercado agrícola de Santana. Uma iniciativa promovida a nível nacional pela Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP) e pelo Fórum Es- tudante, e que nos Açores foi organiza- da pela Associação Agrícola de São Mi- guel em parceria com o Governo Re- gional e várias entidades públicas, privadas e cooperativas. O objetivo foi sensibilizar crianças do 1º ao 6º ano de escolaridade para a importância da agricultura, ao mes- mo tempo que se lhes proporciona- vam várias atividades de contacto com a terra e com os animais. Numa espé- cie de quinta didática, reuniram-se mais de três mil crianças de todas as escolas da ilha de São Miguel que além de poderem ver e tocar vacas, suínos, aves, coelhos, ovinos, caprinos, patos, burros e póneis, também puderam plantar vários produtos hortícolas e aprender mais sobre a cultura de al- gumas frutas tão típicas de São Mi- guel, como o ananás. Em exposição es- tiveram várias culturas industriais e de cereais, bem como a área florestal e até máquinas agrícolas. Junto das indústrias de laticínios e queijarias, que também marcaram presença, foi possível explicar aos mais pequenos todo o processo de fabrico até que pudessem beber um copo de leite ou provar uma fatia de queijo. Além de jogos didácticos e de reci- clagem, houve até uma gincana com pequenos tratores, para os mais no- vos puderam conhecer melhor a ca- deia alimentar e explorar as várias re- alidades da agricultura na Região. No final, ao almoço, as mais de três mil crianças degustaram alguns dos produtos sobre os quais tinham ouvi- do falar na quinta pedagógica. Uma iniciativa diferente para cele- brar o Dia Nacional da Agricultura, que deixou os mais pequenos entu- siasmados por poderem divertir-se ao mesmo tempo que aprenderam mais sobre o setor agrícola. SUPLEMENTO PATROCINADO

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26 DE MAIO DE 2017

ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO JORNAL AÇORIANO ORIENTAL

Mais de três mil crianças celebraramem Santana o DiaNacional da AgriculturaO objetivo foi aproximar os jovens do principal setor de atividade dosAçores, ao mesmo tempo que puderam tocar, sentir e até comer alguns dos produtos que são símbolos da agricultura na Região. Mais de três milcrianças contactaram com várias culturas e frutas, animais, com várias flores e até cereais, ao mesmo tempo que aprenderam mais sobre a floresta e sobre maquinaria agrícola. Um Dia Nacional da Agricultura colorido que muito agradou aos mais novos

“Cuidar e cultivar para to-dos alimentar" foi o mo-te para assinalar o DiaNacional da Agricultura

no mercado agrícola de Santana. Umainiciativa promovida a nível nacionalpela Confederação dos AgricultoresPortugueses (CAP) e pelo Fórum Es-tudante, e que nos Açores foi organiza-da pela Associação Agrícola de São Mi-guel em parceria com o Governo Re-gional e várias entidades públicas,privadas e cooperativas.

O objetivo foi sensibilizar criançasdo 1º ao 6º ano de escolaridade para aimportância da agricultura, ao mes-mo tempo que se lhes proporciona-vam várias atividades de contacto com

a terra e com os animais. Numa espé-cie de quinta didática, reuniram-semais de três mil crianças de todas asescolas da ilha de São Miguel que alémde poderem ver e tocar vacas, suínos,aves, coelhos, ovinos, caprinos, patos,burros e póneis, também puderamplantar vários produtos hortícolas eaprender mais sobre a cultura de al-gumas frutas tão típicas de São Mi-guel, como o ananás. Em exposição es-tiveram várias culturas industriais ede cereais, bem como a área florestal eaté máquinas agrícolas.

Junto das indústrias de laticínios equeijarias, que também marcarampresença, foi possível explicar aos maispequenos todo o processo de fabrico

até que pudessem beber um copo deleite ou provar uma fatia de queijo.

Além de jogos didácticos e de reci-clagem, houve até uma gincana compequenos tratores, para os mais no-vos puderam conhecer melhor a ca-deia alimentar e explorar as várias re-alidades da agricultura na Região.No final, ao almoço, as mais de trêsmil crianças degustaram alguns dosprodutos sobre os quais tinham ouvi-do falar na quinta pedagógica.

Uma iniciativa diferente para cele-brar o Dia Nacional da Agricultura,que deixou os mais pequenos entu-siasmados por poderem divertir-se aomesmo tempo que aprenderam maissobre o setor agrícola.SU

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II 26 DE MAIO DE 2017 ASSOCIAÇÃO AGRÍCOLA DE SÃO MIGUEL

Explicar a importância da agricultura ao mesmotempo que se ajuda a valorizar o que é nossoPerante a presença de mais de três mil crianças de várias escolas de toda a ilha, o Presidente da Associação Agrícola de São Miguel manifestou-e satisfeito com a oportunidade de explicar aos mais novos a importância da agricultura. Nas celebrações do Dia Nacional da Agricultura, Jorge Rita considerou importantemostrar às crianças e jovens as várias fases da cadeia alimentar para que melhor se possam valorizar os produtos regionais. "É preciso que essa cultura de consumirprimeiro o que é nosso se mantenha", manifestou Jorge Rita

OPresidente da Asso-ciação Agrícola deSão Miguel, JorgeRita, estava satisfei-

to com o colorido diferente quese viveu no mercado agrícola deSantana para assinalar o DiaNacional da Agricultura.

As mais de três mil criançasde escolas de todos os concel-hos de São Miguel puderamaprender de perto as várias eta-pas da cadeia alimentar etambém fazer parte da realida-

de agrícola que se vive nos Aço-res, em geral, e na ilha de SãoMiguel, em particular.

O Dia Nacional da Agricul-tura, que a nível nacional foipromovido pela Confederaçãodos Agricultores Portugueses(CAP) e pelo Fórum Estudante,mereceu especial destaque porparte da Associação Agrícolade São Miguel em parceria como Governo Regional e váriasentidades públicas e privadas.

Jorge Rita explicou que ogrande objetivo das atividades,que juntaram mais de três milcrianças crianças dos seis aos

cas precisam de ser alimenta-das para produzirem leite", ex-plicou Jorge Rita.

Para o Presidente da Asso-ciação Agrícola de São Miguela iniciativa que juntou mais detrês mil crianças, juntamentecom professores e diversas en-tidades, "é uma demonstraçãoinequívoca" que os Açores sãouma Região "onde a agricultu-ra tem um peso económico esocial muito forte e é bom queas pessoas não se esqueçam quea alimentação que têm em cimada mesa vem da agricultura".Além disso, para haver agricul-

doze anos, foi "explicar que aagricultura é muito importan-te para o nosso dia-a-dia, nãosó pela fixação das pessoas nosmeios rurais, mas também pe-la nossa alimentação". Istoquando ainda existem algunsjovens "que estão convencidosque tudo o que vem para cimada mesa não exige trabalho evem dos supermercados".

Nada melhor que, de umaforma pedagógica, "trazer asescolas e as crianças a umaquinta pedagógica onde perce-bem que as alfaces são planta-das, a batata é semeada, as va-

tura "tem de haver mão deobra, e há pessoas e famíliasque vivem exclusivamente des-te setor", acrescentou.

Perante várias atividadespara os mais novos, com de-monstrações dos vários ciclosde produção na área do leite,das frutícolas, das hortícolas,bem como da carne, o Presi-dente da Associação Agrícolade São Miguel também mani-festou a importância de se in-cutir o gosto por consumir pro-dutos regionais. "Para que secomece a ter a cultura que pri-meiro deve-se consumir o que é

“O objetivo é explicar que a agricultura émuito importantepara o nosso dia-a-dia, não só pela fixação das pessoas nosmeios rurais, mas também pela nossaalimentação”

“O Dia Nacional da Agricultura que foi uma iniciativa da CAP foi umgrande momento”

“Alguns jovensestão convencidosque tudo o quevem para cima da mesa não exige trabalhoe vem dos supermercados”

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Incentivar o consumo de produtos regionais é opróximo desafio quando já se produz com qualidadediz o Governo RegionalO Secretário Regional da Agricultura e Florestas, João Ponte, manifestou-se orgulhoso com o setor agrícola que "é capaz de produzir bens de qualidade" e esteve em destaque na iniciativa da Associação Agrícola de São Miguel de celebrar o Dia Nacional daAgricultura. João Ponte destacou a importância que o setor agrícolatem para a economia da Região, salientando que o próximo passo"é valorizar o que produzimos e encontrar mercados para valorizarprincipalmente o leite, que é o principal sustento do setoragropecuário e é um desafio que temos para o futuro"

Durante as cele-brações do Dia Na-cional da Agricul-tura que decorre-

ram no mercado agrícola deSantana, o Secretário Regio-nal da Agricultura e Florestas,João Ponte, manifestou a im-portância de se mostrar o quede melhor se produz na Re-gião. Referindo que do pontode vista do Governo a inicia-tiva que juntou mais de trêsmil crianças foi "um motivo deorgulho", João Ponte acres-centou sentir "orgulho por umsetor que produz e é capaz deproduzir bens de qualidade"

O Governo Regional asso-ciou-se à Associação Agrícolade São Miguel na iniciativa decelebrar o Dia Nacional daAgricultura, sob o lema "cui-dar e cultivar para todos ali-mentar", assinalando assim"um dia importante para a Re-gião e para a agricultura, já queé um dia para mostrar o quan-to o setor é importante para aeconomia da Região".

Depois de visitar o espaçorepleto de várias atividades,João Ponte destacou que "oque se produz na Região nãofica atrás de qualquer regiãodo mundo. Temos capacidadeinterna instalada, temos capa-cidade para produzir bem e éisso que temos vindo a fazer".

Para o Secretário Regionalda Agricultura e Florestas,

havendo produtos de qualida-de o próximo desafio "é valori-zar o que produzimos e encon-trar mercados para valorizarprincipalmente o leite, que é oprincipal sustento do setoragropecuário e é um desafioque temos para o futuro".

Sobre as celebrações do DiaNacional da Agricultura, orga-nizado a nível regional pela As-sociação Agrícola de São Mi-guel em parceria com o Gover-no Regional, João Ponte disseesperar "que seja o primeiro demuitos" até porque "é impor-tante transmitir às novas ge-rações o valor da agricultura".

Quando muitos "já não sãofilhos de agricultores", João

Ponte reforça a importânciade iniciativas deste tipo já quese vive um paradigma no setor.Por um lado a agricultura "éum setor que emprega muitagente, mas é importante queos jovens mexam na terra, sai-bam de onde vem o leite e oqueijo e tenham contacto comos animais".

O Secretário Regional daAgricultura e Florestas elogioua "iniciativa excelente, que or-gulha o Governo Regional e de-ve orgulhar a região" e tambéminteragiu com os mais novosenquanto visitava as várias ati-vidades disponíveis para que ascrianças pudessem mexer naterra e nos vários animais.

nosso e que o que é nosso é mel-hor. É preciso que essa culturase mantenha", adiantou JorgeRita que acrescentou que "osnossos produtos regionais nemsempre são valorizados, mas aspessoas com o grau de exigên-cia que têm, irão obrigar a queos nossos produtos sejam maisvalorizados".

No final do dia em que secelebrou a agricultura foi ser-vido um almoço para todas ascrianças no Parque de Expo-sições de São Miguel, referin-do Jorge Rita que o Dia Nacio-nal da Agricultura "foi umgrande momento", agrade-cendo também a todos os quetornaram possível o evento,desde as escolas, o GovernoRegional, a Confederação dosAgricultores Portugueses etambém os próprios agriculto-

res que expuseram os seusprodutos e os seus animais.

Um Dia Nacional da Agricul-tura passado de maneira dife-rente para as mais de três milcrianças e jovens que visitaram omercado agrícola de Santana.

“Os nossos produtosregionais nemsempre são valori-zados, mas as pessoas com o graude exigência quetêm, irão obrigar a que os nossos produtos sejammais valorizados”

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Mais de três mil crianças aprendema importância da agricultura Ordenhar uma das vacas presentes no mercado agrícola de Santana foi a actividade que os miúdos mais gostaram,mas muitos também se sentiram entusiasmados por poderlançar à terra sementes que depois de crescidas irão pararao prato. As três mil crianças presentes nas celebrações do Dia Nacional da Agricultura elogiaram a iniciativa e muitos queriam levar os animais consigo. Uma forma diferente de ensinar as várias fases de desenvolvimento das culturas e da cadeia alimentar

Àentrada do mercadoagrícola de Santana,cada criança recebiauma camisola alusiva

ao Dia Nacional da Agricultu-ra, um mapa do recinto, e a in-dicação que o almoço seria ser-vido no Parque de Exposiçõesde São Miguel.

As mais de três mil criançasdo 1º ao 6º ano de várias escolasde todos os concelhos de SãoMiguel, começavam primeiropor ver os vários animais ex-

Depois, a possibilidade deaprender mais sobre os produ-tos hortícolas e frutícolas, coma possibilidade de verem ver-dadeiras folhas de chá, e acom-panhar os serviços florestaisnas várias tarefas que têm.Aprender sobre reciclagem,com a Musami, também foi umponto de paragem obrigatórioantes de seguir para uma quin-ta improvisada onde se podiamver várias culturas em diferen-tes fases de desenvolvimento e

postos, entre aves, patos, suí-nos, ovinos, caprinos, coelhos,póneis e vacas. Havendo a pos-sibilidade de tocarem nos ani-mais, os póneis foram os quereceberam mais mimos, a pardas vacas que a maioria teve acuriosidade de ordenhar. Se-guia-se a possibilidade de pro-var leite, queijo e iogurtes, fei-tos com leite dos Açores, fazen-do um desvio para aprendermais sobre o mel a Região e so-bre as abelhas que o produzem.

onde os mais novos podiamplantar e semear.

As brincadeiras ficavam parao final, com vários pula-pulas,jogos tradicionais e jogos de ta-buleiro alusivos à agricultura eaté uma gincana com tratores apedais. Depois de toda a apren-dizagem e brincadeira, houve

almoço para todos no Parque deExposições de São Miguel.

Para os miúdos, com idadesentre os seis e os doze anos, aparte que mais gostaram foi ocontacto mais direto com osanimais e a possibilidade se or-denharem, muitos pela primei-ra vez, uma vaca.

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Ruben Raposo, Mateus Ra-poso e Miguel Teles, gostaramparticularmente desta ativi-dade. "Gostei de tirar leite àvaca e de mexer nos gueixosgrandes", diz Ruben Raposoque reconheceu que foi "o mel-hor até agora".

Também Diogo Costa e Fre-

derico Silva gostaram de or-denhar as vacas e de ver "os ani-mais em geral", dizem quaseem coro. Para os dois jovens de11 anos "é uma experiência in-teressante mexer nos animais".

Para Francisca Almeida, de10 anos, tocar nos animaistambém foi bastante divertido

embora o que tenha gostadomais foi "plantar uma alface" aomesmo tempo que viu colegas asemear várias hortaliças. Umaexperiência que vai "guardar pa-ra sempre e vou contar aos maispais que foi muito divertido".

António Cabral e Maria FlorCabral gostaram de saber maissobre a reciclagem e enquantoMaria Flor vai transmitir aospais "que devemos reciclar o li-xo e que é muito importante re-ciclar", António diz que "de-viam fazer isto mais vezes por-que se aprendem várias coisas eé um espaço interessante".

João Bettencourt disse quetinha gostado bastante de "pro-var as frutas frescas, especial-mente a melancia que é culti-

vada cá" e também não recusoualguns morangos que foi pro-vando dos vários stands.

Ema Baldé e Diana Araújodizem, quase em coro, que o queviram no mercado agrícola deSantana "não é nada e novo"porque estão habituadas a ver osfamiliares a cultivar o quintal.No entanto, admitem que gos-taram da experiência e elogiama iniciativa porque "conseguemostrar para os mais pequenosa importância da agriculturapara a nossa alimentação" e porisso "deviam fazer mais vezescoisas deste género".

Joana Araújo também con-corda. A ordenhar uma vacapela primeira vez, entre o ner-vosismo e o entusiasmo, Joana

Araújo diz que foi "das coisasmais emocionantes que já fiz" ecom apenas 7 anos diz que gos-tava que fosse possível fazer al-go assim todos os dias. Ao lado,António Rebelo diz que gosta-va de "ter estes animais todosem minha casa todos os dias"para que pudesse cuidar deles.

Enquanto os animais tive-ram mais adeptos, quanto maisnão fosse pela curiosidade, aquinta com várias espécieshortícolas e frutícolas foi ou-tro dos espaços onde os maispequenos passaram mais tem-po. Uma forma diferente deaprender e de tomar consciên-cia do trabalho que é precisopara que os alimentos cheguemtodos os dias à mesa.

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VI 26 DE MAIO DE 2017 ASSOCIAÇÃO AGRÍCOLA DE SÃO MIGUEL

Produtores satisfeitos com comemorações doDia Nacional da AgriculturaVárias entidades públicas, privadas e cooperativas marcaram presença nas celebrações do Dia Nacional da Agricultura e destacaram a importância de se mostrar aos mais novos de onde vêm os alimentos que lhes chegam à mesa diariamente. Entre frutas mais conhecidas, hortícolas que geram confusão pelo tamanho e cor, os produtores presentes tiraram dúvidas e deram explicações para as mais de três mil crianças que compareceram no mercado agrícola de Santana

Com o lema "cuidar e cul-tivar para todos alimen-tar", o Dia Nacional daAgricultura também foi

assinalado em São Miguel nomercado agrícola de Santana on-de marcaram presença várias en-tidades públicas, privadas e coo-perativas para mostrar as suasmelhores produções.

Os animais foram a parte pre-ferida das mais de três milcrianças que visitaram o recinto.Enquanto não chegava a sua vezde ordenhar uma vaca, que erao momento alto da iniciativa,muitos passavam pelos póneisque ali estavam à disposição pa-ra um carinho. Henrique Lou-renço, da Associação Agrícola deSão Miguel, que estava junto aospóneis a regrar a passagem dosmais novos, explicou que o entu-siasmo era grande e "muitos per-guntam se podem levar o póneipara casa". A adoração dascrianças pelos animais provocougrande entusiasmo junto dosequídeos e dos bovinos, e Henri-que Lourenço elogiou a iniciati-va da Associação Agrícola de SãoMiguel, em parceria com o Go-verno Regional e demais entida-des públicas e privadas, "para osmais pequenos perceberem co-mo se produzem os alimentos".

Também Madalena Mota, doChá da Gorreana, elogiou a ini-ciativa ao mesmo tempo que iaembalando pequenas quantida-des de chá preto broken leaf paraque os pequenos pudessem levarpara casa. Madalena Mota disseque "a iniciativa é muito boa eeducativa para as crianças por-que é importante eles saberem oque a terra deles faz e para veremcomo é rica e o solo é fértil". A res-ponsável por uma das duas úni-cas fábricas de chá de São Migueldestacou que as crianças "conhe-cem a marca que já tem 134 anose é uma casa que é nossa de todosnós" e acrescentou que ascrianças "reconhecem que é cháque está aqui mas perguntam seé chá verde, e eu digo que é o chápreto broken leaf que é fraquinhoe que podem fazer chá gelado emcasa". Mas "sem açúcar" que po-de ser substituído por "ervasaromáticas ou fruta para se habi-tuarem a uma vida saudável", re-feriu Madalena Mota.

Para explicar mais sobre as er-vas aromáticas estava Luís Es-trela, da Frutaria Luís Estrela,que disse que os mais curiosos"gostam de tocar, nomeadamen-te nas ervas aromáticas porqueas pessoas estão mais sensíveisaos estímulos e aos aromas". De-

pois de tocar sempre vem algu-ma dúvida "e perguntam o queé isto ou aquilo, mas gostammuito de tocar e é deixá-los me-xer. Já não tenho morangos ex-postos por isso está a correrbem", diz com algum humor.

Mesmo sem mais morangospara dar a provar, havia todauma panóplia de frutas e legu-mes que a maioria das criançasconseguia reconhecer mas lá devez em quando algum professortinha de mostrar um pepino euma courgete para que os conse-guissem distinguir.

Luís Estrela destaca que "éuma satisfação enorme ver es-tas crianças a quererem mexer,a participar, a viver a agricultu-ra, porque a agricultura paramuitas destas crianças é o seudia-a-dia porque ainda há um

grande enraizamento da agri-cultura nas nossas famílias",embora reconheça que para al-gumas crianças mexer na terra"é uma grande novidade".

Gualtar Dias da lider frutosenalteceu “o evento, já que per-mitiu aproximar as crianças aomundo rural, abrindo assim, ohorizonte a novas iniciativas”.

Joao Monteiro da Easy Fruits& Salads, Lda. Referiu que “oevento organizado pela AASMpara a comemoração do Dia Na-cional da Agricultura veio a tor-nar-se num bonito dia para aagricultura Açoriana, em quemiúdos e graúdos tiveram a opor-tunidade de contactar directa-mente com diferentes actividadesdo sector agrícola e perceber o ci-clo produtivo dos alimentos quetodos os dias vêm à sua mesa.

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Se por um lado foi possíveltransmitir aos mais novos a rea-lidade do quotidiano da activi-dade agrícola e a importância deconsumirem cada vez mais pro-dutos regionais, por outro ladoeste evento foi também um mar-co importante onde ficou bempatente a capacidade de mobili-zação de um sector que, paraalém de assumir uma grandepreponderância na economia daregião, quer pela sua capacidadede produzir alimentos, quer pe-la componente social que a ele

está associado, não se alheia dasociedade onde está inserido, de-monstrando uma enorme capa-cidade de inovação, de criação deprodutos com uma qualidadebem acima da média e da resi-liência para superar as diversasdificuldades que vem sentindoao longo dos tempos.

Estou certo que este foi o pri-meiro de muitos eventos queainda estão para vir. Um grandebem haja à AASM pela fantásti-ca ideia e pela organização de to-do o evento!”

A possibilidade de contactocom a terra e com a natureza évista por Luís Estrela como"uma excelente iniciativa quedemonstra toda a capacidadede mobilização da AssociaçãoAgrícola de São Miguel, mostraque há interesse da populaçãoescolar em vir visitar e é umaforma de promover e mostrar àscrianças a origem dos seus ali-mentos e mostrar que há muitacoisa que se faz nos Açores, beme com qualidade".

Mostrar aos mais pequenos a

várias espécies de madeira deprodução nos Açores foi um dosobjetivos dos serviços florestaisque também marcaram pre-sença nestas comemorações doDia Nacional da Agricultura.Carina Nóbrega, dos serviçosflorestais, explicou que ali se fa-lava de plantas endémicas dosAçores e quais as diferenças en-tre plantas endémicas, nativas,exóticas e invasoras. Foi monta-da uma pequena floresta de crip-tomérias "para explicar qual é aprincipal espécie de produçãoaqui da região. O que se faz coma madeira de criptoméria, a im-portância de termos uma flores-ta de produção e que produtos afloresta nos dá".

Ao lado, um guarda florestalajudava os mais pequenos numsimulador de abate, onde eramexplicadas as regras de segurançae onde as crianças podiam fazer opapel de um motoserrista, cor-tando ramos e aprendendo a de-terminar a idade de uma árvore,ao mesmo tempo que são alerta-dos para as profissões da floresta.

Para que interiorizassem es-tes conceitos, no final da visita osmais pequenos podiam cons-truir o seu próprio porta-chavesde madeira com pequenas pla-cas de criptoméria.

Também o Laboratório Re-

gional de Sanidade Vegetal cap-tou a atenção dos mais novoscom várias armadilhas e até ummicroscópio onde puderam ana-lisar várias pragas. A técnica Ai-da Medeiros explicou que a pre-sença no Dia Nacional da Agri-cultura pretendeu mostrar"como os serviços oficiais aju-dam os agricultores no controleàs pragas". Para isso, trouxeramvárias armadilhas diferentes, en-tre elas garrafas mosqueiras, pa-ra captura de moscas que preju-dicam as fruteiras. Dentro defrascos também havia escaravel-hos e alguns exemplares de inse-tos "para eles observarem as pra-gas que capturamos nas plan-tações". Os miúdos mostraramcuriosidade em ver e ao mesmotempo os técnicos alertavam pa-ra a necessidade "de monitorizaras pragas para evitar estragos naagricultura". Além do microscó-pio, os grandes exemplares deescaravelhos de amostra, capta-ram a atenção dos mais novosque "têm curiosidade e pergun-tam se as pragas estão vivas".

No final os participantes fo-ram unânimes em afirmar a im-portância desta iniciativa que de-correu sob o lema "cuidar e cul-tivar para todos alimentar", e quealertou os mais novos para a im-portância da agricultura.

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AgradecimentosSecretaria Regional da Agricultura e Florestas

Direção Regional dos Recursos Florestais

Direção de Serviços de Proteção Integrada

A MUSAMI - Operações Municipais do Ambiente EIM, S.A.

A Unileite - União das Cooperativas Agrícolas de Laticínios da Ilha de São Miguel, UCRL

Fromageries Bel Portugal, S.A.

Insulac - Produtos Lácteos Açoreanos, S.A.

Yoçor - Garcez & Santos, Lda.

Easyfruits

Luís Estrela

Andrade, Alves e Filhos

PROFRUTOS - Cooperativa de Produtores de Frutas, Produtos Hortícolas e Florícolas de São Miguel

Sinaga -Sociedade Indústrias Agrícolas Açoreanas, S.A.

Lider Frutas, Lda

Fábrica de Chá Gorreana

Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande

Jardins e Emoções

Associação de Avicultores de São Miguel