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[CPOVO: CORREIO_DO_POVO-MAIS_PREZA-MATERIAS <MAISPREZA> [EDITORIAL] ... 05/04/13] Author:SBORGES Date:05/04/13 Time: SUSI BORGES N o último final de semana rolou um dos maiores festivais de música do país em São Paulo, o Lollapa- looza Brasil, fazendo com que o público que esteve por lá tenha voltado para casa com a pele alguns aninhos mais jovem. A explicação para isso não é da lama (que não deu trégua nos três dias de música no Jockey Club), mas sim de algo que não se pode ver, muito menos men- surar: a sensação vivenciada. Um estudo recente divulga- do pelo Baylor College of Medi- cine, nos Estados Unidos, com- provou que viajar deixa a gen- te mais jovem. O nosso cére- bro, quando tem sensações no- vas para processar, faz com que o tempo passe mais deva- gar e refresca a memória. Pois associar a viagem com sensações vivenciadas em um festival de música, pode acre- ditar, fortalece esse processo. Quem garante é o neurologis- ta André Palmini, que coloca toda a “culpa” dessa maravi- lha na cabeça. “O cérebro es- tá focado no que é novo, ele evoluiu com estruturas sensí- veis ao efeito da novidade e, quando percebe algo diferente do que lhe é familiar, produz proteínas estimulantes que possibilitam novas conexões entre neurônios e funcionam melhor”, conta. A explicação justifica, inclusive, aquela sen- sação que todo mundo tem quando volta de viagem, como se estivesse renovado, sabe? Por isso sair da rotina entediante é tão importante. No caso das amigas de Maceió, Marina Lira e Bianca Pacheco, ambas de 18 anos, que foram pela primeira vez em um gran- de festival como o Lolla, tudo que envol- veu a ida até o evento foi um alerta cons- tante de sensações fora do comum. “Não é só a emoção de estar no lugar, viven- ciando tudo que está acontecendo, mas até o fato de ficarmos em hotel sozinhas, saber que a gente tem que (e que pode) se virar sem ter alguém por perto contou para nós como uma sensação diferente”, conta Marina. Mas e os perrengues do fes- tival, gurias? Por que passar tanto traba- lho? “Estar num festival até quando é ruim é bom. Está todo mundo junto com o mesmo objetivo: se divertir e assistir às suas bandas preferidas. Então, cair na la- ma, ficar em fila se torna engraçado e é só mais história para contar”, esclarecem as amigas bem-humoradas, que estavam ansiosas pelo show do Pearl Jam, no últi- mo dia do evento. As meninas, assim como a maioria do público de 167 mil pessoas que compare- ceu ao Lollapalooza este ano, ainda esta- vam associando uma experiência nova com um baita bônus extra: a música. Esse é outro elemen- to que, segundo Palmini, tem ganhado atenção redobrada e é cada vez mais estudado. “A música funciona como uma chave para os sistemas emo- cionais do nosso cérebro. É como se ela tivesse a capaci- dade de abrir portas diárias na emoção do cérebro huma- no”, revela o neurologista. A paulista e já figura experiente em eventos desse porte Tati Paiva, 30 anos, concorda. O Lolla não foi o primeiro festi- val da vida dela e está longe de ser o último, tudo isso por- que.... “Show é sempre uma renovação. É muito gostoso ver quem você admira e parti- cipar disso com milhares de pessoas que estão lá pelo mes- mo motivo”, defende a moça. E se ainda resta alguma dú- vida sobre a descarga química que o nosso corpo recebe com tanta informação nova, o neu- rologista Palmini facilita o en- tendimento: “Pode colocar aí no final da tua matéria: a pes- soa volta de uma viagem com o cérebro um pouco diferente. São forma- das novas conexões entre os neurônios e ela não volta a mesma!”. Entendeu agora porque fila, frio, fome, chuva, gastar di- nheiro, banheiro sujo, lama e muitos ou- tros “adjetivos” valem a pena? Festival de sensações O show do Ziggy Marley que rola agora no dia 12 de abril, em Porto Alegre, sofreu alteração de local nesta semana. Antes seria no Pepsi on Stage e, agora, a apresentação do filho do mestre do reggae acontece no Opi- nião (José do Patrocínio, 834). Amanhã é dia do Opinião receber a queridís- sima Mallu para mais um show na casa. A canto- ra esteve por aqui recentemente, em outubro, e, na ocasião, apresentou o disco Pitanga. Desta vez ela encerra a turnê do álbum na Capital. Para quem curte a fofa e também é fã do namo- rado mais que conhecido da moça, Marcelo Ca- melo, aí vai o toque: ele vai estar por aqui e já prometeu canjinha no show. Shhhhhhh! Silêncio! Tem pub novo chegando em Porto Alegre. A novi- dade é o Clube Silêncio, que abre ali na Cidade Baixa (João Alfredo, 899) já nesta terça com uma pré-estreia marcada por um stand up comedy. Mas calma, a casa vai bombar na noite com mui- ta festa também. As in- fluências vêm de tudo que regeu a cultura musi- cal dos anos 50 aos 80, inspirada em pubs clássi- cos de cidades como No- va Iorque e Paris. Do ro- ckabilly à tropicália, do jazz ao ska. Bonito, né? Pelo visto o suplício do silêncio irá valer a pena! SEAN MICHAEL HOWER / DIVULGAÇÃO / CP Cinema na rua! Isso mesmo, a ideia é ocupar a Praça da Matriz, no Centro da Capital, para que todos assistam ao ar livre o documentário “Occupy Love”, que mostra a história de diversos movimentos que aconteceram no mundo. A reunião é na próxima quinta, 11, e começa a partir das 19h. Ah, é só chegar com a tua canga! Mais detalhes no maispreza.com.br! Artes Cênicas (de barbada) REPRODUÇÃO / CP Quer mexer com a tua imaginação? Pois a par- tir dessa segunda até sexta rola uma oficina de artes cênicas no Teatro Carlos Carvalho, no 2˚ andar da Casa de Cultura Mario Quintana. As au- las vão das 18h às 22h e o melhor: são totalmen- te de graça! As inscrições podem ser feitas pelo (51) 9219-1565, com Marcos Rangel. Amanhã e domingo rola a AnimeXtreme em Por- to Alegre, no Colégio Júlio de Castilhos (avenida Piratini, 76), das 11h às 20h. O maior evento de cultura pop, otaku e nerd do Sul com vários concur- sos e atrações. Nesse ano, entre os vários pales- trantes, quem vai aparecer é o vlogueiro PC Siquei- ra! Tem mais lá no maispreza.com.br. FACEBOOK PC SIQUEIRA Te programa LILIANE CALLEGARI / DIVULGAÇÃO / CP Preza ANDRÉ CAMARGOS / DIVULGAÇÃO / CP #drops PC Siqueira em PoA Grita, chora, sorri, se impressiona, se emociona: em um festival de música, o cérebro percebe inúmeras sensações novas l

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[CPOVO: CORREIO_DO_POVO-MAIS_PREZA-MATERIAS <MAISPREZA> [EDITORIAL] ... 05/04/13] Author:SBORGES Date:05/04/13 Time:14:31

n SUSI BORGES

No último final de semana rolou umdos maiores festivais de músicado país em São Paulo, o Lollapa-

looza Brasil, fazendo com que o públicoque esteve por lá tenha voltado para casacom a pele alguns aninhos mais jovem. Aexplicação para isso não é da lama (quenão deu trégua nos três dias de músicano Jockey Club), mas sim de algo que nãose pode ver, muito menos men-surar: a sensação vivenciada.

Um estudo recente divulga-do pelo Baylor College of Medi-cine, nos Estados Unidos, com-provou que viajar deixa a gen-te mais jovem. O nosso cére-bro, quando tem sensações no-vas para processar, faz comque o tempo passe mais deva-gar e refresca a memória.Pois associar a viagem comsensações vivenciadas em umfestival de música, pode acre-ditar, fortalece esse processo.Quem garante é o neurologis-ta André Palmini, que colocatoda a “culpa” dessa maravi-lha na cabeça. “O cérebro es-tá focado no que é novo, eleevoluiu com estruturas sensí-veis ao efeito da novidade e,quando percebe algo diferentedo que lhe é familiar, produzproteínas estimulantes quepossibilitam novas conexõesentre neurônios e funcionammelhor”, conta. A explicaçãojustifica, inclusive, aquela sen-sação que todo mundo temquando volta de viagem, comose estivesse renovado, sabe?Por isso sair da rotina entediante é tãoimportante.

No caso das amigas de Maceió, MarinaLira e Bianca Pacheco, ambas de 18 anos,que foram pela primeira vez em um gran-de festival como o Lolla, tudo que envol-

veu a ida até o evento foi um alerta cons-tante de sensações fora do comum. “Nãoé só a emoção de estar no lugar, viven-ciando tudo que está acontecendo, masaté o fato de ficarmos em hotel sozinhas,saber que a gente tem que (e que pode)

se virar sem ter alguém por perto contoupara nós como uma sensação diferente”,conta Marina. Mas e os perrengues do fes-tival, gurias? Por que passar tanto traba-lho? “Estar num festival até quando éruim é bom. Está todo mundo junto com o

mesmo objetivo: se divertir e assistir àssuas bandas preferidas. Então, cair na la-ma, ficar em fila se torna engraçado e ésó mais história para contar”, esclarecemas amigas bem-humoradas, que estavamansiosas pelo show do Pearl Jam, no últi-mo dia do evento.

As meninas, assim como a maioria dopúblico de 167 mil pessoas que compare-ceu ao Lollapalooza este ano, ainda esta-vam associando uma experiência nova

com um baita bônus extra: amúsica. Esse é outro elemen-to que, segundo Palmini, temganhado atenção redobrada eé cada vez mais estudado. “Amúsica funciona como umachave para os sistemas emo-cionais do nosso cérebro. Écomo se ela tivesse a capaci-dade de abrir portas diáriasna emoção do cérebro huma-no”, revela o neurologista. Apaulista e já figura experienteem eventos desse porte TatiPaiva, 30 anos, concorda. OLolla não foi o primeiro festi-val da vida dela e está longede ser o último, tudo isso por-que.... “Show é sempre umarenovação. É muito gostosover quem você admira e parti-cipar disso com milhares depessoas que estão lá pelo mes-mo motivo”, defende a moça.

E se ainda resta alguma dú-vida sobre a descarga químicaque o nosso corpo recebe comtanta informação nova, o neu-rologista Palmini facilita o en-tendimento: “Pode colocar aíno final da tua matéria: a pes-soa volta de uma viagem com

o cérebro um pouco diferente. São forma-das novas conexões entre os neurônios eela não volta a mesma!”. Entendeu agoraporque fila, frio, fome, chuva, gastar di-nheiro, banheiro sujo, lama e muitos ou-tros “adjetivos” valem a pena?

Festival desensações

n O show do Ziggy Marley que rolaagora no dia 12 de abril, em PortoAlegre, sofreu alteração de local nestasemana. Antes seria no Pepsi on Stagee, agora, a apresentação do filho domestre do reggae acontece no Opi-nião (José do Patrocínio, 834).

n Amanhã é dia do Opinião receber a queridís-sima Mallu para mais um show na casa. A canto-ra esteve por aqui recentemente, em outubro,e, na ocasião, apresentou o disco Pitanga. Destavez ela encerra a turnê do álbum na Capital.Para quem curte a fofa e também é fã do namo-rado mais que conhecido da moça, Marcelo Ca-melo, aí vai o toque: ele vai estar por aqui e jáprometeu canjinha no show.

n Shhhhhhh! Silêncio!Tem pub novo chegandoem Porto Alegre. A novi-dade é o Clube Silêncio,que abre ali na CidadeBaixa (João Alfredo, 899)já nesta terça com umapré-estreia marcada porum stand up comedy.Mas calma, a casa vaibombar na noite com mui-ta festa também. As in-fluências vêm de tudoque regeu a cultura musi-cal dos anos 50 aos 80,inspirada em pubs clássi-cos de cidades como No-va Iorque e Paris. Do ro-ckabilly à tropicália, dojazz ao ska. Bonito, né?Pelo visto o suplício dosilêncio irá valer a pena!

SEAN MICHAEL HOWER / DIVULGAÇÃO / CP

n Cinema na rua! Isso mesmo, a ideia é ocupar a Praça daMatriz, no Centro da Capital, para que todos assistam ao arlivre o documentário “Occupy Love”, que mostra a história dediversos movimentos que aconteceram no mundo. A reuniãoé na próxima quinta, 11, e começa a partir das 19h. Ah, é sóchegar com a tua canga! Mais detalhes no maispreza.com.br!

ArtesCênicas (de barbada)

REPRODUÇÃO / CP

n Quer mexer com a tua imaginação? Pois a par-tir dessa segunda até sexta rola uma oficina deartes cênicas no Teatro Carlos Carvalho, no 2˚

andar da Casa de Cultura Mario Quintana. As au-las vão das 18h às 22h e o melhor: são totalmen-te de graça! As inscrições podem ser feitas pelo(51) 9219-1565, com Marcos Rangel.

n Amanhã e domingo rola a AnimeXtreme em Por-to Alegre, no Colégio Júlio de Castilhos (avenidaPiratini, 76), das 11h às 20h. O maior evento decultura pop, otaku e nerd do Sul com vários concur-sos e atrações. Nesse ano, entre os vários pales-trantes, quem vai aparecer é o vlogueiro PC Siquei-ra! Temmais lá no maispreza.com.br.

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