16
JORNAL DO CRCMG JORNAL DO CRCMG Impresso fechado, pode ser aberto pela ECT. Atualidades A contribuição dos contadores, ouvidores e dos Tribunais de Contas para a eficácia da gestão pública. PÁGINA 3 CRCMG Itinerante Seminários proporcionaram conheci- mento, capacitação e debates no interior do Estado. PÁGINA 5 Opinião Segurança da informação e o papel da auditoria de sistemas. PÁGINA 13 Um contador de sucesso Confira entrevista especial com o profissional Jorge Fonseca. PÁGINA 16 Informativo do Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais Belo Horizonte Ano XV Nº. 122 Nov./Dez. 2006 Criado por intermédio da Resolu- ção 288/06, o Prêmio Internacional de Produção Científica Contábil Pro- fessor Doutor Antônio Lopes de Sá objetiva o incentivo à produção literá- ria especializada, o ensejo ao progres- so da ciência contábil, o aprimora- mento da tecnologia e o suporte à difusão e motivação do ensino. Trata- se, ainda, de relevante homenagem ao contador, considerado o maior es- critor da Contabilidade em língua por- tuguesa, de todos os tempos. Poderão participar do concurso estudantes de Ciências Contábeis, téc- nicos em contabilidade, contadores, professores e pesquisadores da área, desde que pertencentes aos países de língua portuguesa. O lançamento ofi- cial aconteceu durante o 2º Congres- so dos Técnicos Oficiais de Contas de Portugal, realizado nos dias 3 e 4 de novembro em Lisboa, quando estive- ram presentes representantes de Por- tugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. O prêmio é realizado pelo Conse- lho Regional de Contabilidade de Mi- nas Gerais – CRCMG, o Conselho Fe- deral de Contabilidade – CFC, a Fun- dação Brasileira de Contabilidade (FBC) e a Câmara dos Técnicos Ofici- ais de Contas de Portugal (CTOC). Informações e regulamento com- pleto nas páginas 8 e 9. Prêmio internacional impulsiona a produção científica contábil Mala Direta Postal 7380887705-DR/MG CRCMG / / / CORREIOS / / / DEVOLUÇÃO GARANTIDA CORREIOS

Mala Direta Impresso fechado, pode - CRCMG · 2018. 9. 14. · a Denise, dando-nos prova de que realmente deveria estar onde se encontra e que tudo aquilo que no seu coração intentar

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Mala Direta Impresso fechado, pode - CRCMG · 2018. 9. 14. · a Denise, dando-nos prova de que realmente deveria estar onde se encontra e que tudo aquilo que no seu coração intentar

JORNAL DO CRCMGJORNAL DO CRCMG

Impresso fechado, podeser aberto pela ECT.

AtualidadesA contribuição dos contadores,ouvidores e dos Tribunais de Contaspara a eficácia da gestão pública.PÁGINA 3

CRCMG ItineranteSeminários proporcionaram conheci-mento, capacitação e debates nointerior do Estado.PÁGINA 5

OpiniãoSegurança da informação e o papelda auditoria de sistemas.PÁGINA 13

Um contador de sucessoConfira entrevista especial com oprofissional Jorge Fonseca.PÁGINA 16

Informativo do Conselho Regionalde Contabilidade de Minas Gerais

Belo HorizonteAno XV Nº. 122 Nov./Dez. 2006

Criado por intermédio da Resolu-ção 288/06, o Prêmio Internacionalde Produção Científica Contábil Pro-fessor Doutor Antônio Lopes de Sáobjetiva o incentivo à produção literá-ria especializada, o ensejo ao progres-so da ciência contábil, o aprimora-mento da tecnologia e o suporte àdifusão e motivação do ensino. Trata-se, ainda, de relevante homenagemao contador, considerado o maior es-critor da Contabilidade em língua por-tuguesa, de todos os tempos.

Poderão participar do concursoestudantes de Ciências Contábeis, téc-nicos em contabilidade, contadores,professores e pesquisadores da área,desde que pertencentes aos países delíngua portuguesa. O lançamento ofi-cial aconteceu durante o 2º Congres-so dos Técnicos Oficiais de Contas dePortugal, realizado nos dias 3 e 4 denovembro em Lisboa, quando estive-ram presentes representantes de Por-tugal, Brasil, Angola, Moçambique,Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomée Príncipe e Timor Leste.

O prêmio é realizado pelo Conse-lho Regional de Contabilidade de Mi-nas Gerais – CRCMG, o Conselho Fe-deral de Contabilidade – CFC, a Fun-dação Brasileira de Contabilidade(FBC) e a Câmara dos Técnicos Ofici-ais de Contas de Portugal (CTOC).

Informações e regulamento com-pleto nas páginas 8 e 9.

Prêmio internacionalimpulsiona a produçãocientífica contábil

Mala DiretaPostal

7380887705-DR/MGCRCMG

/ / / CORREIOS / / /

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

CORREIOS

Page 2: Mala Direta Impresso fechado, pode - CRCMG · 2018. 9. 14. · a Denise, dando-nos prova de que realmente deveria estar onde se encontra e que tudo aquilo que no seu coração intentar

Fala, Contabilista!

wwww.crcmg.org.br

Conselho Diretor 2006/2007

PresidentePaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos Santos

1º Vice-Presidente de Administração e PlanejamentoLilian Prado CaldeiraLilian Prado CaldeiraLilian Prado CaldeiraLilian Prado CaldeiraLilian Prado Caldeira

Vice-Presidente de Fiscalização e de Ética e DisciplinaEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasVice-Presidente de RegistroAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da Costa

Vice-Presidente de Controle InternoEdson de Souza RochaEdson de Souza RochaEdson de Souza RochaEdson de Souza RochaEdson de Souza Rocha

Vice-Presidente de Desenvolvimento ProfissionalSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho Campos

CONSELHEIROS EFETIVOSAgnaldo Correa da SilvaAgnaldo Correa da SilvaAgnaldo Correa da SilvaAgnaldo Correa da SilvaAgnaldo Correa da SilvaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da Costa

Antônio Baião de AmorimAntônio Baião de AmorimAntônio Baião de AmorimAntônio Baião de AmorimAntônio Baião de AmorimEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de Freitas

Edson de Souza RochaEdson de Souza RochaEdson de Souza RochaEdson de Souza RochaEdson de Souza RochaEvandro Avelar CambraiaEvandro Avelar CambraiaEvandro Avelar CambraiaEvandro Avelar CambraiaEvandro Avelar Cambraia

Geraldo Bonfim e SilvaGeraldo Bonfim e SilvaGeraldo Bonfim e SilvaGeraldo Bonfim e SilvaGeraldo Bonfim e SilvaHilda Ramos PortoHilda Ramos PortoHilda Ramos PortoHilda Ramos PortoHilda Ramos Porto

José Eustáquio GiovanniniJosé Eustáquio GiovanniniJosé Eustáquio GiovanniniJosé Eustáquio GiovanniniJosé Eustáquio GiovanniniJosé Francisco AlvesJosé Francisco AlvesJosé Francisco AlvesJosé Francisco AlvesJosé Francisco Alves

José Nascimento de AguiarJosé Nascimento de AguiarJosé Nascimento de AguiarJosé Nascimento de AguiarJosé Nascimento de AguiarLilian Prado CaldeiraLilian Prado CaldeiraLilian Prado CaldeiraLilian Prado CaldeiraLilian Prado Caldeira

Marco Antônio BorgesMarco Antônio BorgesMarco Antônio BorgesMarco Antônio BorgesMarco Antônio BorgesMarco Aurélio Cunha de AlmeidaMarco Aurélio Cunha de AlmeidaMarco Aurélio Cunha de AlmeidaMarco Aurélio Cunha de AlmeidaMarco Aurélio Cunha de Almeida

Mário César de Magalhães MateusMário César de Magalhães MateusMário César de Magalhães MateusMário César de Magalhães MateusMário César de Magalhães MateusNourival de Souza Resende FilhoNourival de Souza Resende FilhoNourival de Souza Resende FilhoNourival de Souza Resende FilhoNourival de Souza Resende Filho

Paulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho Campos

Sebastião Wagner VallmSebastião Wagner VallmSebastião Wagner VallmSebastião Wagner VallmSebastião Wagner VallmSérgio Dias BebianoSérgio Dias BebianoSérgio Dias BebianoSérgio Dias BebianoSérgio Dias Bebiano

Walter Roosevet CoutinhoWalter Roosevet CoutinhoWalter Roosevet CoutinhoWalter Roosevet CoutinhoWalter Roosevet Coutinho

CONSELHEIROS SUPLENTESAlexandre Bossi QueirozAlexandre Bossi QueirozAlexandre Bossi QueirozAlexandre Bossi QueirozAlexandre Bossi Queiroz

Antonio de Padua Soares PelicarpoAntonio de Padua Soares PelicarpoAntonio de Padua Soares PelicarpoAntonio de Padua Soares PelicarpoAntonio de Padua Soares PelicarpoCélio Nerio PavioneCélio Nerio PavioneCélio Nerio PavioneCélio Nerio PavioneCélio Nerio Pavione

Célio Silva NevesCélio Silva NevesCélio Silva NevesCélio Silva NevesCélio Silva NevesCristiano Francisco Fonseca NevesCristiano Francisco Fonseca NevesCristiano Francisco Fonseca NevesCristiano Francisco Fonseca NevesCristiano Francisco Fonseca Neves

Daysi LorenzatoDaysi LorenzatoDaysi LorenzatoDaysi LorenzatoDaysi LorenzatoEduardo Lara e SilvaEduardo Lara e SilvaEduardo Lara e SilvaEduardo Lara e SilvaEduardo Lara e Silva

Francisco Jose Trindade de SalesFrancisco Jose Trindade de SalesFrancisco Jose Trindade de SalesFrancisco Jose Trindade de SalesFrancisco Jose Trindade de Sales Irene Correa da Rocha Reis Irene Correa da Rocha Reis Irene Correa da Rocha Reis Irene Correa da Rocha Reis Irene Correa da Rocha Reis

Jacqueline Aparecida Batista de AndradeJacqueline Aparecida Batista de AndradeJacqueline Aparecida Batista de AndradeJacqueline Aparecida Batista de AndradeJacqueline Aparecida Batista de AndradeJason Batista Duarte FilhoJason Batista Duarte FilhoJason Batista Duarte FilhoJason Batista Duarte FilhoJason Batista Duarte Filho

José William Rodrigues da SilvaJosé William Rodrigues da SilvaJosé William Rodrigues da SilvaJosé William Rodrigues da SilvaJosé William Rodrigues da SilvaMarina de Carvalho CostaMarina de Carvalho CostaMarina de Carvalho CostaMarina de Carvalho CostaMarina de Carvalho Costa

Nilson Geraldo MarquesNilson Geraldo MarquesNilson Geraldo MarquesNilson Geraldo MarquesNilson Geraldo MarquesOscar Lopes da SilvaOscar Lopes da SilvaOscar Lopes da SilvaOscar Lopes da SilvaOscar Lopes da Silva

Otorino NeriOtorino NeriOtorino NeriOtorino NeriOtorino NeriPaulo Cezar SantanaPaulo Cezar SantanaPaulo Cezar SantanaPaulo Cezar SantanaPaulo Cezar Santana

Regina Lopes de AssisRegina Lopes de AssisRegina Lopes de AssisRegina Lopes de AssisRegina Lopes de AssisRomualdo Eustáquio CardosoRomualdo Eustáquio CardosoRomualdo Eustáquio CardosoRomualdo Eustáquio CardosoRomualdo Eustáquio Cardoso

Rosa Maria Abreu BarrosRosa Maria Abreu BarrosRosa Maria Abreu BarrosRosa Maria Abreu BarrosRosa Maria Abreu BarrosSilvana Maria Figueiredo SantosSilvana Maria Figueiredo SantosSilvana Maria Figueiredo SantosSilvana Maria Figueiredo SantosSilvana Maria Figueiredo Santos

Jornal do CRCMGEdição e redação: Fernanda de Oliveira - MG 06296 JP

Redação: Vanessa Albergaria - MG 09099 JP

Digitação: Marciane Nieiro

Publicidade: Andreza Bitarães

Projeto e Edição Gráfica: Grupo de Design Gráfico

Revisão: Geraldo Magela de Faria

Fotos: Arquivo CRCMG

Fotolito e Impressão: Santa Clara Editora

Tiragem: 40 mil exemplares

CRCMG – Conselho Regional deContabilidade de Minas Gerais

Rua Cláudio Manoel, 639 – FuncionáriosCep 30140-100 – Belo Horizonte MG

Tel: (31) 3269-8400E-mail: [email protected]

Os conceitos emitidos em artigos assinadossão de inteira responsabilidade de seus

autores. As matérias deste jornal podemser reproduzidas desde que citada a fonte.

Palavra do Presidente

Paulo Cezar Consentino dos SantosPRESIDENTE DO CRCMG

Obrigações acessórias

2 JORNAL DO CRCMG NOVEMBRO / DEZEMBRO 2006

Prezado amigo Consentino:De todo o coração agradeço as suas palavrastão gentis na solenidade de sexta-feira, assimcomo a iniciativa do Prêmio. Foi algo deverascomovente e com o coração pleno de reconheci-mento volto a agradecer. Peço que em nossonome – de Édila e meu – agradeça a Sandra eequipe do Conselho. Que Deus lhes pague portudo isso. Cordialmente, seu amigo e colega,Antônio Lopes de Sá

Sr. Helio Barbosa:Quero, por meio deste e-mail, agradecer a suapessoa pela maravilhosa palestra realizada noCafé com o Contabilista no dia do lançamentodo livro do Barreto. Não sou contadora, trabalhocom eventos, achei suas palavras leves em setratando de assuntos tão complexos. Forammuito proveitosos aqueles momentos. Esperoque o CRC possa nos proporcionar sempre suapresença lá. Um abraço,Lise MaraMM Consultoria

Prezado Edvando:Gostaria de agradecer-lhe eparabenizar o CRC pela acolhida aosalunos do Curso de CiênciasContábeis da UNIPAC de Barbacena.Esta visita teve o objetivo deaproximar os futuros profissionais daContabilidade junto ao seu Conselhode Classe para que saibam comopodem ser amparados em caso dedúvidas. O ideal seria que todos osestudantes deste curso pudessem tera oportunidade de conhecer melhoro CRCMG verificando assim aabertura dada a todos os contabilis-tas e futuros contabilistas na defesada classe. Agradeço mais uma vez aatenção de Davidson, Stael eRicardo, que esclareceram todas asdúvidas pertinentes.Um grande abraço,Prof. Renata Souza VieiraCoordenadora Curso CiênciasContábeis UNIPAC/ Barbacena

Senhor Paulo Cezar:Quero agradecer o carinho, aatenção, o incentivo, a educaçãocom que tratou tanto a mim quantoa Denise, dando-nos prova de querealmente deveria estar onde seencontra e que tudo aquilo que noseu coração intentar conseguircertamente terá em suas mãos. Asua pessoa é para mim um exemplode esforço e de vitória. Certamentena sua figura, como na de outraspessoas que tenho encontrado pelocaminho, eu hei de me espelhar efazer a diferença onde quer que euesteja. Muito obrigada por ser essapessoa encantadora, carismática eenvolvente. Obrigada também pelolivro que, segundo o Erik, já está acaminho. Que Deus continueiluminando o seu caminho, dando-lhe forças para prosseguir.Saúde e sucesso!!! Abraços.Rosilaine da Silva

Obrigação – imposição, preceito,dever, encargo, compromisso. Aces-sório – que não é principal. Que sejunta a alguma coisa, sem dela fazerparte integrante; complementar, su-plementar, que não é essencial; aci-dental. O que se junta ao objeto prin-cipal. Esses são os entendimentosdos filólogos para obrigação e acessó-rios. Nós, profissionais da Contabili-dade, temos cumprido uma larga car-ga de obrigações acessórias que nossão impostas e não fazem parte donosso trabalho principal, que é a pro-dução para informação para as toma-das de decisões pelos gestores, e nãotemos sido remunerados por isso.

Exemplificar essa situação não pa-rece muito difícil. Toda vez que umproduto ou serviço é produzido, eletem um custo e seu preço de vendaestá diretamente vinculado a essecusto de produção. Qualquer varia-ção, seja no preço final de venda ouno preço de produção, vai afetar dire-tamente a qualidade e a lucratividade.A criação de “Obrigações Acessórias”,principalmente pelo fisco, tem afeta-do diretamente a qualidade de nossotrabalho e, principalmente, nossa re-muneração. Estamos assumindo to-das e quaisquer obrigações que sãocriadas indiscriminadamente pelo fis-co, sem nos darmos conta de queestamos comprometendo, e muito, aqualidade de nosso trabalho principal

e ainda somos responsabilizados, tam-bém e muito, quer pela sociedade,quer pelo governo, de sermos os res-ponsáveis. Toda vez que uma novaobrigação acessória é criada, o queabundantemente vem ocorrendo –não considerados os prazos emergen-ciais que nos são impostos, por vezes,nas palavras de membros do própriogoverno, inexeqüíveis – somos obri-gados a novos investimentos, novascontratações, novos treinamentos emuito, muito mais responsabilidade.

Óbvio e natural que não devemosnos esquecer de que estamos emuma economia de mercado, mas,mesmo nessas condições, não temoscomo assumir, indefinidamente, no-vos compromissos de tempo e recur-sos para cumprimos tais obrigações,sem que a qualidade de nossos servi-ços e também nossa remuneraçãosejam readequadas. Poderíamos aquilistar um sem-número de novas obri-gações que nos foram impostas pelalegislação fiscal, sem que isso nosdesse o direito de sermos remunera-dos. Repito: a qualidade de nossosserviços e, portanto, nossa própriacontinuidade, está em jogo.

Como qualquer produto ou servi-ço, qualquer alteração naquilo que foioriginalmente contratado deve ter umadicional. Para tanto, devemos nosvaler da especificação, detalhada eminuciosa, do Contrato de Prestação

de Serviços Contábeis, pormenorizan-do nossas obrigações bilateralmentecom os honorários contratados. Senecessitamos despender mais tem-po, mais investimentos e mais treina-mentos no cumprimento dessas obri-gações, tal situação, para que nãocomprometa nossa qualidade, deveser reestudada. Assim o é com qual-quer mercadoria produzida ou comos serviços contratados com quais-quer profissionais. Porque nós, Con-tabilistas, que produzimos uma sériede informações para o governo, queatravés da informática claramente temseus custos reduzidos e sua eficáciaaumentada, não somos remuneradospor tal esforço.

Está mais do que na hora de co-meçarmos a repensar o assunto. Éticae materialmente, não podemos nosvaler da situação e do preço, incom-patível e aviltado, para angariar maisclientes. Obrigação Acessória é umesforço complementar e, portanto,deve ser remunerada.

Page 3: Mala Direta Impresso fechado, pode - CRCMG · 2018. 9. 14. · a Denise, dando-nos prova de que realmente deveria estar onde se encontra e que tudo aquilo que no seu coração intentar

Atualidade

NOVEMBRO / DEZEMBRO 2006 JORNAL DO CRCMG 3

Roberval Misquita Muoio*

A sociedade civil vivencia atual-mente um momento em que de-núncias sobre corrupção, desvios emau uso de recursos públicos, abu-sos de poder e ilícitos diversos naAdministração Pública são divulga-dos diariamente nos meios de co-municação.

Com a popularização do uso daInternet e o auxílio da imprensa, deum modo geral, os cidadãos têmbuscado, cada vez mais, informa-ções com o intuito de compreenderas citadas denúncias e também detentar participar da Gestão Pública,procurando, assim, controlar e evi-tar irregularidades. Nunca se faloutanto em “Transparência e ControleSocial” quanto agora e, devido aisso, os órgãos públicos, seja porimposições legais, por exigênciasdos cidadãos ou mesmo por com-promisso com o “Dever de Infor-mar”, têm divulgado suas ações edados contábeis/financeiros commaior freqüência e fácil acessibili-dade, possibilitando o conhecimen-to das gestões públicas pelo cida-dão comum. As instituições de re-presentação da sociedade, comomovimentos sociais, conselhos declasse e organizações não-gover-namentais, também têm participa-do efetivamente desse tipo decontrole.

Diante do exposto e com o obje-tivo de facilitar a efetividade do Con-trole Externo, surge a necessidadede que os Tribunais de Contas crieme mantenham ouvidorias, estabele-cendo um canal direto de comuni-cação com a sociedade civil e pro-porcionando aos cidadãos efetivaparticipação na Administração Pú-blica. O trabalho das ouvidorias éprimordial para apurar e evitar irre-gularidades no setor público. O pla-nejamento dos trabalhos de audito-ria realizados pelos Tribunais de

A contribuição dos contadores, ouvidores e dosTribunais de Contas para a eficácia da gestão pública

Contas, conseqüentemente, deveser orientado, também, pelas con-tribuições externas, ou seja, pelasdenúncias, informações e críticasdos cidadãos. O fato de os Tribunaisde Contas serem órgãos autôno-mos e independentes os coloca emposição de destaque como contri-buintes da eficácia da GestãoPública.

A figura do ouvidor ouombudsman é bastante remota,tendo surgido no início do séculoXIX na Suécia; no entanto, ganhousignificativo prestígio nas últimasdécadas nas entidades privadas, so-bretudo com o início da globalizaçãodos mercados. No segmento públi-co, o ouvidor vem conquistandoespaço à medida que cresce o inte-resse dos cidadãos no controle go-vernamental.

O Controle Social no Brasiladquiriu maior importância com ainclusão, através da Emenda Cons-titucional nº 19, do Princípio daEficiência entre os Princípios Cons-titucionais aos quais a administra-ção deve obediência. A menciona-da emenda determinou, ainda,a manutenção de serviços deatendimento aos usuários pelosprestadores de serviços públicos eavaliação periódica, externa e inter-na, da qualidade dos serviços. Paraum melhor entendimento, transcre-ve-se a seguir o § 3º do Artigo 37 daConstituição da República Federati-va do Brasil, alterado pela citadaemenda:

“§ 3º - A Lei disciplinará as for-mas de participação do usuário naadministração pública direta e indi-reta, regulando especialmente:

I. as reclamações relativas à pres-tação dos serviços públicos em ge-ral, asseguradas a manutenção deserviços de atendimento ao usuárioe a avaliação periódica, externa einterna, da qualidade dos serviços;

II. o acesso dos usuários a regis-

tros administrativos e a informa-ções sobre atos de governo, obser-vado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;

III. a disciplina da representaçãocontra o exercício negligente ouabusivo de cargo, emprego ou fun-ção na Administração Pública”.

“A figura do ouvidorou ombudsmanganhou significativoprestígio nas últimasdécadas nasentidades privadas,sobretudo com oinício daglobalização dosmercados”

Com o advento da “Era da Tec-nologia da Informação”, diversasentidades governamentais passa-ram a oferecer, através de páginasna Internet, serviços e dados paraconsulta, bem como possibilitaramo diálogo dos cidadãos com asmesmas para reclamações, críticase sugestões através de mensagenseletrônicas (e-mails). Tais inovaçõestecnológicas contribuíram para con-solidar a chamada “Cidadania Digi-tal” e representaram o cumprimen-to do “Direito à Informação”, previs-to nos incisos XIV e XXXIII do artigo5º da Constituição da RepúblicaFederativa do Brasil, abaixo transcri-tos:

“XIV – é assegurado a todos oacesso à informação e resguardadoo sigilo da fonte, quando necessárioao exercício profissional;

XXXIII – todos têm direito a re-ceber dos órgãos públicos informa-ções de seu interesse particular, oude interesse coletivo ou geral, quesão prestadas no prazo da lei, sob

pena de responsabilidade, ressalva-das aquelas cujo sigilo seja impres-cindível à segurança da sociedade edo Estado”.

Todavia, o exercício da “Cidada-nia Digital” e o “Direito à Informa-ção” não bastam se não trouxeremo aperfeiçoamento e a moderniza-ção da Administração Pública, amelhoria da qualidade de atendi-mento e o uso adequado dos recur-sos públicos que são os objetivosdos controles internos e externos.

Portanto, diante do exposto,conclui-se que, para que os cida-dãos possam exercer eficazmente afunção de Controle Social, é neces-sário que os órgãos públicos e seusgestores apresentem de forma clarae transparente seus objetivos, osrecursos que estarão sendo aplica-dos e outras informações que possi-bilitem o conhecimento das deci-sões e repercussões respectivas. Oscontadores e profissionais que li-dam com a Contabilidade Públicatêm papel fundamental nesse pro-cesso, haja vista que podem e de-vem contribuir para uma melhorevidenciação dos relatórios e de-monstrativos (Disclosure) para queos mesmos sejam inteligíveis peloscidadãos comuns. Além disso, cabeaos profissionais da contabilidade eaos servidores públicos de maneirageral viabilizar uma cultura admi-nistrativa interna aberta e transpa-rente, o que resultará em controlesinternos e externos mais eficientes.Somente assim é possível que asociedade civil possa cobrar resulta-dos dos governantes e gestores pú-blicos e ainda constatar omissõesque porventura estejam ocorrendo,sejam relativas às fases de execu-ção ou de planejamento de suasações.

*Contador – Pós-graduado em Controladoria epós-graduando em Gestão Pública. Controladorde Recursos Públicos do Tribunal de Contas doEstado do Espírito Santo.

Page 4: Mala Direta Impresso fechado, pode - CRCMG · 2018. 9. 14. · a Denise, dando-nos prova de que realmente deveria estar onde se encontra e que tudo aquilo que no seu coração intentar

4 JORNAL DO CRCMG NOVEMBRO / DEZEMBRO 2006

As mulheres contabilistas do Norte de Minas não param.No dia 13 de novembro, sob a coordenação do Grupo daMulher Contabilista Norte Mineira, foi realizado o primeiroCafé com o Contabilista Norte Mineiro que contou com aparticipação de vários profissionais da região e de professoresde Ciências Contábeis da Unimontes.

A coordenadora do Grupo da Mulher Contabilista Mineira,Jacqueline Aparecida Batista de Andrade, homenageou oreitor da universidade, contador Paulo César Gonçalves deAlmeida, pela vitória na eleição do reitorado.

Na programação do evento, destaque para a palestraministrada pela profissional de Marketing Rita Bichara com otema “Marketing Pessoal para Contadores: uma VantagemCompetitiva Necessária”.

A coordenadora do Grupo da Mulher Contabilista NorteMineira, Eliana Soares Barbosa, ressaltou a importância doevento, já que se trata do primeiro de uma série que temcomo principal objetivo alavancar e integrar os profissionaisdessa região do estado.

Segundo a presidente do Grupo Mulher Contabilista, oobjetivo é que, a partir de fevereiro de 2007, o Café sejarealizado bimestralmente.

Café com o ContabilistaNorte Mineiro

ERRATA: Ao contrário do que foi publicado na edição 121 do Jornal doCRCMG, o nome da coordenadora do Grupo da Mulher Contabilista NorteMineira é Eliana Soares Barbosa e não Eliane, e o evento promovido teveo apoio da Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes.

Profissionais prestigiam a primeira edição do Café com o Contabilistarealizado no Norte de Minas

Page 5: Mala Direta Impresso fechado, pode - CRCMG · 2018. 9. 14. · a Denise, dando-nos prova de que realmente deveria estar onde se encontra e que tudo aquilo que no seu coração intentar

NOVEMBRO / DEZEMBRO 2006 JORNAL DO CRCMG 5

Desenvolvimento Profissional

Em 2006, o CRCMG realizou seisedições do Projeto CRCMGItinerante. Ao todo, mais de 3,5 milprofissionais presenciaram palestrase debates sobre temas pertinentesao universo da contabilidade que,além de difundirem informação econhecimento, colaboraram para areciclagem dos que se dedicam àprofissão contábil.

Os seminários passaram por seisregiões do Estado: Norte/Vale doJequitinhonha, Sul, Centro-Oeste,Norte, Triângulo e Central, sendoGovernador Valadares, Lavras, BomDespacho, Montes Claros, Uberlân-dia e Sete Lagoas, respectivamente,as cidades agraciadas.

“O objetivo em 2006 foi exata-mente levar os eventos às cidades-pólo das várias regiões mineiras como objetivo de congregar também as

CRCMG Itinerante fecha oano com balanço positivo

pessoas dos municípios vizinhos.Creio que conseguimos atingir umbom número de profissionais, le-vando até eles uma nova visão so-bre a atual conjectura brasileira nosaspectos social, político e econômi-co; além, é claro, de incentivar areflexão no que diz respeito ao realvalor do contabilista e do trabalhoque realiza no concernente àformatação de uma sociedade maisjusta e igualitária”, ressaltou o presi-dente do CRCMG, Paulo CezarConsentino dos Santos.

O último Seminário do ano acon-teceu em Sete Lagoas, no dias 9 e10 de novembro. Cerca de 300 pes-soas participaram do evento, dentreelas profissionais da área contábil,estudantes e outros membros dasociedade.

Acima a composição da mesa durante o evento em Sete Lagoas. Consultor AmauriCrozariolli realiza a palestra “Profissional, ser ou não ser, eis a questão”

Page 6: Mala Direta Impresso fechado, pode - CRCMG · 2018. 9. 14. · a Denise, dando-nos prova de que realmente deveria estar onde se encontra e que tudo aquilo que no seu coração intentar

6 JORNAL DO CRCMG NOVEMBRO / DEZEMBRO 2006

Desde o mês de outubro, a Ge-rência de Registro do CRCMG vemempreendendo ações focadas namodernização do sistema de arma-zenamento dos arquivos profissio-nais registrados no órgão, adequan-do-os aos novos processos tecnoló-gicos e abrindo precedentes,inclusive, para o aumento de espa-ço físico.

Dentro dessas diretrizes, doisprocessos estão sendo realizados.Um deles diz respeito à digitalizaçãode todo o acervo de registro e ooutro, que vem sendo executadoparalelamente ao primeiro, refere-se à revista e complementação dosdados de todos os profissionais re-gistrados, tornando-os mais consis-tentes.

Vale frisar que os arquivosatuais não deixarão de existir. “Ape-sar de estarem sendo digitalizados,eles não serão descartados. Terão

Registro realiza digitalização e complementação de dadosRegistro

que ser mantidos, pois ainda não háregulamentação do CFC que permi-ta que façamos isso”, explicoua gerente Stael Cristina Nascimen-to, da Gerência de Registro.

A digitalização está sendo feitapor empresa competente, selecio-

nada em processo licitatório:Gerinfor – Gerência de InformaçãoLtda. É dela a responsabilidade deorganizar e armazenar, em meiodigital, todos os registros do CRCMG.Os colaboradores do Conselho es-tão trabalhando no que tange à

complementação dos dados.Segundo o presidente da Câ-

mara de Registro do CRCMG,Alencar Pereira da Costa, adigitalização dos registros estáinserida no cenário da globalizaçãoque, aliada aos avanços tecnológi-cos, exige que as informações se-jam repassadas de forma rápida esegura. “Os procedimentos trarãocomo conseqüência a redução daárea física de armazenamento doarquivo e também do tempo derecuperação de informações; alémdisso, irão permitir rapidez na atu-alização dos dados e a possibilida-de de que os arquivos sejamacessados por mais de um usuário,simultaneamente. Com a digitali-zação, teremos cópias seguras des-ses documentos”, ressalta Alencar.

A previsão de término dos tra-balhos é para a segunda quinzenade dezembro.

Processo de digitalização deve terminar até o final do ano

Page 7: Mala Direta Impresso fechado, pode - CRCMG · 2018. 9. 14. · a Denise, dando-nos prova de que realmente deveria estar onde se encontra e que tudo aquilo que no seu coração intentar

NOVEMBRO / DEZEMBRO 2006 JORNAL DO CRCMG 7

Desenvolvimento Profissional

CRCMG em um DiaDentro de sua política de integração com os estudantes, o

Conselho ainda realiza o projeto CRCMG em um Dia, oportunidadeem que os coordenadores dos cursos de faculdades interessadas,acompanhados de dois ou três alunos, passam o dia no órgão,participando das reuniões plenárias, reuniões de câmaras e demaisatividades realizadas. Até novembro deste ano, sete faculdadesparticiparam do projeto.

Em 2006, o CRCMG recebeu vi-sitas técnicas de estudantes de Ci-ências Contábeis de várias faculda-des mineiras. Provenientes, inclusi-ve, do interior do Estado, os alunosobtiveram informações importan-tes sobre a profissão, tomaram co-nhecimento dos trabalhos realiza-dos pela fiscalização e receberamorientações acerca da importânciado registro profissional e do investi-mento contínuo em desenvolvimen-to profissional.

A oportunidade, que estáinserida dentro das diretrizes deaproximação do Conselho com osfuturos profissionais da contabilida-de, foi usufruída por aproximada-mente 400 alunos que, além dasinformações básicas, tambémaprenderam sobre ética profissio-nal e sobre a legislação vigente.

Dentre os alunos, 155 vieram dointerior de Minas: UniAraxá (Araxá),Unipac/Barbacena, FaculdadeTriângulo Mineiro (Ituiutaba),Unipac/Mutum e Faculdade dePedro Leopoldo.

O coordenador do curso deCiências Contábeis da FaculdadeTriângulo Mineiro, Marcus Satto, queacompanhou alunos em visita reali-zada no dia 14 de novembro, disseque a iniciativa é de grande impor-tância para a vida acadêmica dosestudantes. “Possibilita que elespossam vivenciar a experiência pro-fissional de forma mais ampla, algoque não é possível em sala de aula.Abre, ainda, oportunidade para queos alunos possam ter contato com aparte processual de registro, fiscali-zação e desenvolvimento profissio-nal e os demais projetos do Conse-lho”, afirmou.

CRCMG intensifica aaproximação com estudantes

Café com o Contabilista promoveo conhecimento e a integração

Entre as várias ações promovi-das pelo CRCMG, dentro de suapolítica de desenvolvimento e capa-citação profissional, destaca-se oProjeto Café com o Contabilista,evento que em 2006 teve onze edi-ções, sempre trazendo palestras eassuntos de grande interesse para odia-a-dia contábil.

Cerca de 700 contabilistas com-pareceram aos eventos, participan-do, reciclando seus conhecimentos,sanando dúvidas e debatendo ques-tões com os diversos palestrantestrazidos pelo CRCMG. Neste ano,buscou-se a diversificação, e outrasatividades foram acrescentadas àprogramação do Café com o Conta-bilista, além das palestrascomumente apresentadas.

Foi priorizada a cultura com apromoção e o incentivo à leitura eao conhecimento. Dois livros foramlançados e tiveram manhã especialde autógrafos. Outra iniciativa

marcante foi o Café promovido paraapresentação oficial do Prêmio In-ternacional de Produção CientíficaProfessor Doutor Antônio Lopes deSá, tendo o homenageado compa-recido ao evento e proferido pales-tra. A ocasião também conferiu, aoprojeto, caráter de espaço de difu-são de cultura e disseminação deconhecimento.

Para 2007, o CRCMG pretendemanter e aperfeiçoar ainda mais oprojeto, trazendo novos e diferen-tes assuntos, apresentados semprepor especialistas de renome. Fiqueatento à programação 2007 e parti-cipe!

Café realizado no dia 24/11 teve como tema o Sintegra. Na ocasião, foi lançada,ainda, a campanha Natal do Contabilista Solidário. A partir da esquerda: MagnusBrugnara, Paulo Consentino e Paulo Cezar Santana

Page 8: Mala Direta Impresso fechado, pode - CRCMG · 2018. 9. 14. · a Denise, dando-nos prova de que realmente deveria estar onde se encontra e que tudo aquilo que no seu coração intentar

NOVEMBRO / DEZEMBRO 2006

Confira o regulamentoPRÊMIO INTERNACIONAL DE PRODUÇÃOCIENTÍFICA PROF. DR. ANTÔNIO LOPES DE SÁ –EDIÇÃO 2007

Tema: Normatização Contábil: Fator deTransparência e Fidelidade da Informação

Realização:– Conselho Regional de Contabilidade deMinas Gerais – CRCMG– Conselho Federal de Contabilidade – CFC– Fundação Brasileira de Contabilidade – FBC

Apoio: Câmara dos Técnicos Oficiais de Contasde Portugal – CTOC

Coordenação: CRCMG – Vice-Presidência deDesenvolvimento Profissional – CRCMG

R E G U L AM E N TO

DISPOSIÇÕES GERAISArtigo 1º. O PRÊMIO INTERNACIONAL DE PRODUÇÃO

CIENTÍFICA CONTÁBIL PROF. DR. ANTÔNIO LOPES DE SÁ –Edição 2007 será regido pelo presente Regulamento, emconformidade com o disposto na Resolução CRCMG n°288/2006, homologada pela Deliberação CFC n° 045/06.

Artigo 2º. São objetivos do PRÊMIO INTERNACIONALDE PRODUÇÃO CIENTÍFICA CONTÁBIL PROF. DR. ANTÔ-NIO LOPES DE SÁ – Edição 2007 estimular a pesquisa naárea da Ciência Contábil e reconhecer os trabalhos dequalidade técnica e de aplicabilidade nas áreas pública eprivada.

Artigo 3º. Poderão concorrer ao Prêmio trabalhosindividuais e em grupo, de autoria de candidatos oriundosde países de língua portuguesa, desde que se enquadremnas seguintes categorias:

I – Universitária – alunos de quaisquer períodos decursos de graduação de Ciências Contábeis e bacharéis emCiências Contábeis alunos de cursos de pós-graduação.

II – Profissional – contadores e técnicos em contabili-dade que se encontram na prática profissional.

III – Acadêmica – professores, coordenadores e diri-gentes de cursos da área contábil.

IV – Científica – pesquisadores, escritores e intelectu-ais da área contábil.

DO TEMA E DOS PRÊMIOSArtigo 4º. O PRÊMIO INTERNACIONAL DE PRODUÇÃO

CIENTÍFICA CONTÁBIL PROF. DR. ANTÔNIO LOPES DE SÁ –Edição 2007 tem como tema – Normatização Contábil:fator de transparência e fidelidade da informação.

Artigo 5º. Fica destinada aos dois primeiros colocadosem cada categoria a premiação total de R$ 34.000,00(trinta e quatro mil reais) líquidos, assim distribuídos:

I – Categoria Científico-Filosófica1º colocado: R$10.000,00 (dez mil reais);2º colocado: R$ 7.000,00 (sete mil reais);II – Categorias Acadêmica e Profissional1º colocado: R$ 7.000,00 (sete mil reais);2º colocado: R$ 4.000,00 (quatro mil reais);III – Categoria Universitária1º colocado: R$ 4.000,00 (quatro mil reais);2º colocado: R$ 2.000,00 (dois mil reais).§ 1º Os recursos destinados à premiação são garanti-

dos pelo CRCMG, pelo CFC e pela FBC, na seguinteproporção:

Após o lançamento em âmbitonacional, em solenidade realizada nasede do Conselho em outubro, o Prê-mio Internacional de Produção Cientí-fica Contábil Professor Doutor Antô-nio Lopes de Sá foi lançado internaci-onalmente, em novembro, durante o2o Congresso dos Técnicos Oficiais deContas de Portugal, em Lisboa.

Na ocasião, o professor AntônioLopes de Sá, considerado o maiorescritor da Contabilidade em línguaportuguesa de todos os tempos, foihomenageado e destacou a impor-tância do Prêmio. “Novo e significativopasso à frente foi dado para aintegração cultural contábil dos con-tadores de países de idioma portugu-ês”, afirmou o professor, durante o 2o

Congresso dos Técnicos Oficiais deContas de Portugal, ocorrido nos dias3 e 4 de novembro.

Promovido pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Conselho Regional de Conta-bilidade de Minas Gerais (CRCMG) e Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC), com apoioda Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas de Portugal (CTOC), o concurso terá quatrocategorias: Universitária, Profissional, Acadêmica e Científico-Filosófica.

Trata-se de uma homenagem ao professor Antônio Lopes de Sá, exímio batalhador pelasCiências Contábeis, que durante mais de 50 anos realizou trabalho de grande importância naárea científica e filosófica, publicando várias obras e pesquisas, tendo inclusive criado correntedoutrinária própria.

Com a instituição do Prêmio, o CRCMG pretende propagar a idéia de que o valor de umaprofissão está na razão direta do que a mesma projeta como grandeza cultural e utilidadehumana e que as qualidades científicas e filosóficas são as que oferecem maior nível desuperioridade de expressão de conhecimento, abrindo portas ao avanço tecnológico quebeneficia as sociedades.

Poderão participar do concurso estudantes de Ciências Contábeis, técnicos em contabili-dade, contadores, professores e pesquisadores da área pertencentes aos países de LínguaPortuguesa. A avaliação dos trabalhos será feita por uma Comissão de Avaliação e Julgamento,composta por 11 membros e designada nas ocasiões de cada edição do Prêmio.

A premiação, que tem como objetivos incentivar a produção literária especializada, ensejaro progresso da ciência contábil, aprimorar a tecnologia, dar suporte à difusão, motivar o ensinoe ligar culturas que se identificam pelo idioma e cujas raízes são profundas, será entreguedurante a VI Convenção de Contabilidade de Minas Gerais, em outubro de 2007, em BeloHorizonte.

Lançado Prêmiode Produção CientíficaDoutor Lopes de Sá

NOVEMBRO / DEZEMBRO 2006

A partir da esquerda: Sandra Maria de Carvalho Campos (vicepresidente de Desenvolvimento Profissional do CRCMG), AntónioDomingues de Azevedo (presidente do CTOC), professor AntônioLopes de Sá, Maria Clara Cavalcante Bugarim (presidente do CFC)e José Antonio de França (presidente da FBC).

Page 9: Mala Direta Impresso fechado, pode - CRCMG · 2018. 9. 14. · a Denise, dando-nos prova de que realmente deveria estar onde se encontra e que tudo aquilo que no seu coração intentar

NOVEMBRO / DEZEMBRO 2006

I – CRCMG: 40 % (quarenta por cento) do prêmiototal, correspondente a R$ 13.600,00 (treze mil e seiscen-tos reais), mais encargos;

II – CFC: 40 % (quarenta por cento) do prêmio total,correspondente a R$ 13.600,00 (treze mil e seiscentosreais), mais encargos;

III – FBC: 20% (vinte por cento) do prêmio total,correspondente a R$ 6.800,00 (seis mil e oitocentos reais),mais encargos.

§ 2º O pagamento do prêmio será efetuado em Real,independentemente do país de origem do(s) premiado(s).

DA APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOSArtigo 6º. O trabalho deve ser, obrigatoriamente, iné-

dito e original. É vedada a apresentação de trabalhosanteriormente publicados, total ou parcialmente.

Artigo 7º. O trabalho deverá ser apresentado em meiodigital (CD-ROM) e em 2 (duas) vias impressas em papeltamanho A4 (210mm x 297mm), apenas em uma face,escrito em língua portuguesa, com a seguinte formatação:

• Arquivo extensão doc (Microsoft Word – versãomínima 1997) ou PDF (sem restrição para alteração,edição ou cópia do documento).

• Espaço duplo.• Fonte Times New Roman, corpo 12.• Margens superior, inferior e direita de 2,5cm; mar-

gem esquerda de 3cm.• Monografia : mínimo de 25 (vinte e cinco) e máximo

de 30 (trinta) páginas numeradas, excluídas as páginasrelativas ao resumo, bibliografia, tabelas, gráficos, ilustra-ções e anexos, que não poderão ultrapassar o total de 15(quinze) páginas.

• Produção científica: mínimo de 35 (trinta e cinco) emáximo de 40 (quarenta) páginas numeradas, excluídasas páginas relativas ao resumo, bibliografia, tabelas, gráfi-cos, ilustrações e anexos, que não poderão ultrapassar ototal de 20 (vinte) páginas.

§ 1º O resumo, cujo conteúdo é parte integrante daavaliação, deverá informar os elementos fundamentais dotrabalho, ressaltando os objetivos principais, os limites, acontribuição do trabalho e as principais conclusões.

§ 2º Deverá constar no trabalho apenas o pseudônimodo(s) autor(es), sendo vedado qualquer outro tipo deidentificação direta ou indireta, agradecimentos ou qual-quer outra informação que identifique o(s) autor(es), sobpena de desclassificação.

§ 3º A indicação da bibliografia consultada conterá osseguintes elementos: autor(es), título, edição, local, edito-ra e data de publicação.

§ 4º As citações contidas no texto deverão ser detalha-das em notas de rodapé numeradas seqüencialmente.

Artigo 8º. É vedada a participação dos membros daComissão de Avaliação e Julgamento e de Conselheiros doSistema CFC/CRCs, bem como de seus parentes consan-güíneos e afins até o terceiro grau civil.

Artigo 9º. Os concorrentes poderão inscrever maisde um trabalho inédito, desde que obedecidas, em cadaum dos trabalhos, as disposições contidas neste Regu-lamento.

Artigo 10. Na hipótese de trabalhos premiados teremsido elaborados em co-autoria, o prêmio, de acordo coma categoria e a classificação final, será dividido em partesiguais e entregue aos autores cujos nomes constem naficha de identificação.

DA ENTREGA DOS TRABALHOSArtigo 11. O prazo de recebimento dos trabalhos

inicia-se em 1º de julho de 2007 e encerra-se,impreterivelmente, às 18 horas (horário de Brasília–DF) dodia 31 de julho de 2007.

Artigo 12. Os trabalhos poderão ser entregues direta-mente na sede do CRCMG ou remetidos por via postal(registrados, SEDEX, FEDEX ou outro meio de postageminternacional), endereçados ao PRÊMIO INTERNACIONALDE PRODUÇÃO CIENTÍFICA CONTÁBIL PROF. DR. ANTÔ-NIO LOPES DE SÁ – Edição 2007, para o endereço: RuaCláudio Manoel n° 639, Bairro Funcionários, CEP 30140-100, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.

§ 1º Aos trabalhos entregues diretamente no endere-

ço citado no caput deste artigo serão emitidos comprovan-tes de recebimento.

§ 2º No caso de remessa por via postal, somente serãoaceitos os trabalhos recebidos até o dia e hora estipuladosno caput deste artigo, não se responsabilizando o CRCMGpela chegada tardia ou extravio.

§ 3º Serão desclassificados os trabalhos entreguesfora do prazo, considerando-se a data e o horário derecebimento do CRCMG.

§ 4º Não serão aceitas, em hipótese alguma, trocas,alterações, inserções ou exclusões de parte ou do todo dotrabalho, após sua entrega.

§ 5º A escolha da categoria é de responsabilidadeexclusiva do autor.

Artigo 13. O trabalho entregue na sede do CRCMG ouenviado por via postal deverá ser colocado em envelopelacrado, identificado externamente somente com o títuloda obra, a categoria e o(s) pseudônimo(s) do(s) autor(es),contendo outros 2 (dois) envelopes separados e lacrados:

a) 1º envelope: deverá conter uma folha com o títuloe a categoria do trabalho, os dados pessoais do(s) autor(es):nome(s), pseudônimo(s), endereço(s) completo(s),telefone(s) e e-mail(s), bem como cópia do documento deidentidade, e, no caso de estudante(s), o original dadeclaração emitida pela instituição de ensino atestando acondição de estudante, período e curso do(s) aluno(s);

b) 2º envelope: deverá conter as duas vias impressasdo texto do trabalho, sem nenhuma forma de encaderna-ção, e uma cópia gravada em CD.

Parágrafo único: Os envelopes mencionados nesteartigo deverão ser identificados externamente somentecom o título da obra, a categoria e o(s) pseudônimo(s)do(s) autor(es).

DO JULGAMENTO E CLASSIFICAÇÃOArtigo 14. O julgamento dos trabalhos será efetuado

pela Comissão de Avaliação e Julgamento designada ex-clusivamente para esse fim, nos termos do disposto naResolução CRCMG n° 288/2006.

Artigo 15. A avaliação dos trabalhos se divide empreliminar e de mérito, como segue:

I – A avaliação preliminar levará em conta os seguintesitens:

a) Enquadramento formal: observação dos requisitosestabelecidos no art. 2º deste Regulamento.

b) Pertinência: vinculação do trabalho ao tema pro-posto.

II - A avaliação de mérito levará em conta os seguintesitens:

• Conteúdo: caráter inovador do conjunto das idéiasprincipais e correção das afirmações ou opiniões sobrefatos, evidências ou informações pertinentes; utilidade emérito do conjunto de conclusões e de eventuais propos-tas de linha de ação, se pertinentes.

• Fundamentação: argumentação baseada em fatos,legislação, doutrina ou jurisprudência relativos ao tema,com indicação da fonte;

• Seqüência lógica: sucessão de fatos e idéias comcoerência e regularidade.

• Linguagem adequada: objetividade, estilo, concisãoe correção.

§ 1º A avaliação preliminar resultará em formulação dejuízo sumário de classificação ou desclassificação do tra-balho, devidamente justificado, aprovado por maioria sim-ples dos membros da Comissão de Avaliação e Julgamen-to.

§ 2º A avaliação de mérito será feita mediante atribui-ção de nota de 0 (zero) a 10 (dez), com uma casa decimal,por todos os membros da Comissão de Avaliação e Julga-mento.

§ 3º A nota final de cada trabalho será a médiaaritmética, com uma casa decimal, das notas atribuídaspelos membros da Comissão de Avaliação e Julgamento.

§ 4º A Comissão de Avaliação e Julgamento poderádecidir não conferir prêmio em qualquer categoria quandonenhum trabalho possuir qualidade satisfatória ou quan-do nenhum estiver adequado ao tema.

§ 5º A Comissão de Avaliação e Julgamento poderáconceder até o total de quatro menções honrosas, com

direito a certificado e à publicação do trabalho.Artigo 16. Os trabalhos serão classificados de acordo

com a nota final obtida.Parágrafo único. Em caso de empate, a Comissão de

Avaliação e Julgamento decidirá, por meio de votação, aordem de classificação dos trabalhos.

Artigo 17. A Comissão de Avaliação e Julgamento ésoberana em seu julgamento, não cabendo recurso dasdecisões que proferir.

Artigo 18. A Comissão de Avaliação e Julgamento teráo prazo de 45 dias, a contar de 1º de agosto de 2007, paraapresentação do relatório final com a classificação dostrabalhos, quando dissolver-se-á.

DA DIVULGAÇÃO DO RESULTADO E DA PREMIAÇÃOArtigo 19. O relatório final da Comissão de Avaliação

e Julgamento será apreciado pelo Conselho Diretor doCRCMG, convocado especialmente para esta finalidade,no primeiro dia útil depois de protocolizado no CRCMG,ocasião em que serão abertos os envelopes contendo asfichas de identificação dos autores dos trabalhos classifica-dos e declarada a ordem de classificação.

Parágrafo Único: O relatório de que trata este artigobem como a ordem de classificação dos trabalhos deverãoser homologados pelo Plenário do CRCMG na primeirareunião plenária subseqüente.

Artigo 20. O resultado do PRÊMIO INTERNACIONAL DEPRODUÇÃO CIENTÍFICA CONTÁBIL PROF. DR. ANTÔNIOLOPES DE SÁ – Edição 2007 será publicado no DiárioOficial do Estado de Minas Gerais e estará disponível naspáginas do CRCMG, do CFC e da FBC na Internet, nosendereços: www.crcmg.org.br, www.cfc.org.br ewww.fbc.org.br, respectivamente, até o dia 15 de setem-bro de 2007.

Artigo 21. A solenidade de entrega dos prêmios e doscertificados aos autores dos trabalhos classificados nastrês categorias ocorrerá durante a VI Convenção Mineira deContabilidade, em data e hora a serem oportunamentedivulgadas.

§ 1º Os autores premiados terão 20 minutos paraapresentar seu trabalho durante a Convenção a que serefere este artigo, em local a ser previamente comunicado,podendo utilizar os recursos audiovisuais que julgaremnecessários, desde que previamente solicitados à organi-zação do evento.

§ 2º Aos autores mencionados no caput deste artigonão serão fornecidas passagens nem ajudas de custo paraparticiparem da solenidade de entrega dos prêmios.

§ 3º Perderá o direito à premiação o autor que nãocomparecer à solenidade de entrega dos prêmios e nemapresentar seu trabalho na forma do disposto no pará-grafo 1º.

DISPOSIÇÕES FINAISArtigo 22. Os direitos autorais de todos os trabalhos

apresentados pertencem aos autores, ficando expressa-mente cedidos ao CRCMG, ao CFC e à FBC os direitos depublicação em qualquer idioma, por qualquer forma ouprocesso, em conjunto ou separados, periodicamente ounão, sendo destinados, gratuitamente, aos autores, 20(vinte) exemplares da primeira edição.

Parágrafo único. O CRCMG, o CFC e a FBC poderãorealizar a revisão dos textos dos trabalhos, para fins depublicação, sem a necessidade de autorização prévia dosautores.

Artigo 23. Os originais dos trabalhos, premiados ounão, não serão devolvidos aos autores e passarão a inte-grar o acervo do CRCMG, CFC e FBC.

Artigo 24. Todo material encaminhado para o PRÊMIOINTERNACIONAL DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA CONTÁBILPROF. DR. ANTÔNIO LOPES DE SÁ – Edição 2007 implicarána inscrição para o concurso e na aceitação, por parte dosconcorrentes, de todas as exigências expressas no Regula-mento do Prêmio, e o não-cumprimento de quaisqueruma delas acarretará a desclassificação.

Artigo 25. A coordenação técnica do evento estará acargo da Câmara de Desenvolvimento Profissional doCRCMG, a quem compete julgar os casos omissos a esteRegulamento.

NOVEMBRO / DEZEMBRO 2006

Page 10: Mala Direta Impresso fechado, pode - CRCMG · 2018. 9. 14. · a Denise, dando-nos prova de que realmente deveria estar onde se encontra e que tudo aquilo que no seu coração intentar

NOVEMBRO / DEZEMBRO 2006

Artigo

A diferença entre auditoria e perícia contábil

Para discutir a diferença entreauditoria e perícia contábil, antes detudo, se faz necessário explanarsobre cada conceito.

Começando por Auditoria Inde-pendente: é um conjunto de proce-dimentos técnicos que tem por ob-jetivo a emissão de parecer sobre asua adequação, observando os Prin-cípios Fundamentais de Contabili-dade e as Normas Brasileiras deContabilidade, a legislação específi-ca, quando aplicável, segundo aNorma Brasileira de Contabilidade11 – NBC T 11.

Segundo Marcelo Cavalcanti, oprincipal objetivo da auditoria inde-pendente é emitir um parecer ouopinião sobre as demonstraçõescontábeis, no sentido de verificar seessas refletem adequadamente aposição patrimonial e financeira, oresultado das operações e as ori-gens e aplicações de recursos daempresa examinada. Também seessas demonstrações foram elabo-radas de acordo com os princípioscontábeis e se esses princípiosforam aplicados com uniformidadeem relação ao exercício socialanterior.

Já a auditoria interna é umaparte técnica da auditoria, uma téc-nica contábil do exame sistemáticodos registros patrimoniais, com oobjetivo de emitir um relatório decontroles internos da empresarecomendando melhorias ou inter-venções, conforme Antônio Lopesde Sá.

E, na Norma Brasileira de Conta-bilidade 12 – NBC T 12, a auditoriainterna é um conjunto de exames,análises, avaliações, levantamentose comprovações, metodologi-camente estruturados para a avalia-ção da integridade, adequação, efi-cácia, eficiência e economicidadedos processos, dos sistemas de in-formações e de controles internosintegrados ao ambiente, e degerenciamento de riscos, com o in-

tuito de assistir à administração daentidade no cumprimento de seusobjetivos.

No entanto, a perícia contábil éa verificação de fatos ligados aopatrimônio individualizado visandooferecer opinião, mediante questãoproposta. Para tal opinião, realizam-se exames, vistorias, indagações,investigações, avaliações, arbitra-mentos, em suma, todo e qualquerprocedimento necessário à opinião,sendo que o objetivo da perícia édirimir dúvidas por meio de umaopinião fundamentada, segundoAntônio Lopes de Sá.

A partir dessas explanações,percebe-se que existe diferençaentre as profissões de auditoria eperícia, desde sua origem até o pro-duto final.

Muitos autores, como MarceloCavalcanti, afirmam que a única di-ferença existente é que a períciarealiza-se por demanda judicial,enquanto na auditoria isso não sefaz necessário.

Pode-se afirmar que essa não éa única diferença entre as duas áre-as de atuação. Existem outras: acomeçar por sua origem, ambas jánasceram com propósitos diferen-tes, podemos perceber por meiodas explanações supramencionadasa respeito de seus conceitos; e ain-da continuam as diferenças no mo-mento da contratação dos traba-lhos, nas pessoas interessadas, naparte técnica dos trabalhos realiza-dos, nos papéis de trabalho, dentreoutras. Em se tratando de papéis detrabalho, cabe ressaltar que o audi-tor independente segue um padrãoimposto, como as codificações des-ses papéis por meio de tiques eoutros, enquanto no trabalho peri-cial não existe um padrão a serseguido, ficando o perito livre paraexecutar o trabalho da maneira quelhe for mais adequada.

Mesmo que nas duas áreas exis-tam legislações aplicáveis semelhan-tes, há especificidades para cada,quando se trata de normas profissi-

onais e técnicas, como as destaca-das a seguir:

NBC P 1 – Normas Profissionaisdo Auditor Independente.

NBC P 2 – Normas Profissionaisdo Perito Contábil.

NBC P 3 – Normas Profissionaisdo Auditor Interno.

NBC P 4 – Norma para EducaçãoContinuada – na função de auditorindependente cadastrado na CVM(Comissão de Valores Mobiliários)e no CNAI (Cadastro Nacional deAuditor Independente).

NBC P 5 – Normas Sobre Examede Qualificação Técnica (CNAI).

NBC T 11 – Normas Técnicas deAuditoria para o Auditor Indepen-dente.

NBC T 12 – Normas Técnicas deAuditoria para o Auditor Interno.

NBC T 13 – Normas Técnicas dePerícia Contábil.

NBC T 14 - Normas Sobre Revi-são Externa de Qualidade pelosPares.

Observam-se, portanto, a partirdelas, as diferenças entre as normasestabelecidas.

Na perícia o trabalho é realizadocom plena abrangência em seu lití-gio, e na auditoria verifica-se o riscoinerente, dentre outros. E analisa-seo controle interno da empresa,para determinar, por meio deamostragem, a população a serauditada. Além de existir todo umtrâmite diferente entre as duas áre-as em seu processo.

Podem ser citados ainda os ter-mos do parecer de auditoria inde-pendente, do laudo pericial e domemorando de controles internos,que são diferentes, seguindo regraspróprias.

Exemplo: no laudo pericial, operito descreve sobre as informa-ções processuais bem como res-ponde aos quesitos propostos pe-las partes, atendo-se apenas a res-ponder aos quesitos que estejamconforme o objeto pericial. Absten-do-se de dar opiniões parciais oufazer recomendações de melhoriaem seu laudo pericial, sendo esseessencial para a solução de litígiosna Justiça.

Já no parecer de auditoria deDemonstrações Financeiras, o audi-tor informa se as demonstraçõesestão ou não conforme os princípi-os de contabilidade, legislação per-tinente e Normas Brasileiras de Con-tabilidade.

No entanto, na auditoria inter-na, o auditor demonstra em cadaárea os pontos que foram levanta-dos, que precisam ser aprimoradose/ou implantados, explica sobre aimportância do mesmo, suas con-seqüências na ausência de executaras melhorias; e fará, no final de cadaponto, uma recomendação de apri-moramento de melhoria para es-ses.

A Justiça recorre ao peritocontábil, quando o juiz necessita deum laudo profissional especializa-do, ou para atender ao pedido deuma das partes envolvidas no pro-cesso. Muitas perícias na área dacontabilidade são hoje requeridasprincipalmente na parte de revisãode encargos financeiros contra ban-cos, também referentes ao SistemaFinanceiro Habitacional, e a demaisquestões como leasing, condomí-nios, entre outros. A perícia é ummeio de prova previsto no Direito,assim como a testemunhal.

Conclui-se, então, que há dife-renças entre as áreas. Portanto, per-cebe-se, na prática, que existemoutras diferenças além das aponta-das por alguns autores.

Page 11: Mala Direta Impresso fechado, pode - CRCMG · 2018. 9. 14. · a Denise, dando-nos prova de que realmente deveria estar onde se encontra e que tudo aquilo que no seu coração intentar

NOVEMBRO / DEZEMBRO 2006

Em Dia

Fundo para aInfância eAdolescência

O Fundo para a Infância e Adolescência(FIA) é um recurso especial cuja aplicação édestinada a programas assistenciais e de apoioà criança e ao adolescente. Autorizado pela LeiFederal 8.242/91, sua existência viabiliza me-tas do Estatuto da Criança e do Adolescente(ECA), dando suporte para o cumprimento eexecução de políticas que atendam a essaparcela da sociedade.

O FIA é gerido por órgãos executivos e estásob o controle dos Conselhos dos Direitos daCriança e do Adolescente, conforme Lei Fede-ral nº. 8.069/90, art. 88, IV. Sem qualquer ônus,as empresas podem destinar recursos ao fun-do, em valor correspondente a 1% do Impostode Renda devido. Por sua vez, as pessoas físicastambém podem doar. O valor, nesse caso,corresponde a 6% do montante do IR.

Todo o processo de doação ao FIA é devida-mente regulamentado pela Receita Federal. Oscontabilistas devem orientar seus clientes quan-to a isso e buscar mais informações a respeito.Dentre as várias vantagens existentes para asempresas doadoras, está o seu destaque comoinstituição séria e responsável socialmente,engajada na solução de um dos principaisproblemas do país.

Os recursos do FIA são aplicados em proje-tos de defesa dos direitos de crianças e adoles-centes em situação de risco pessoal e social:vítimas de abuso e violência, sem apoio eestrutura familiar. São também destinados aprojetos de combate ao trabalho infantil, deincentivo à profissionalização de jovens e deorientação e apoio sociofamiliar.

Conhecer detalhadamente a legislação e osprocedimentos do FIA, divulgando e incenti-vando empresas e empresários a fazer os re-passes, é uma ótima forma que o contabilistatem para contribuir. A data limite para que osrepasses sejam feitos é o último dia útil desteano. Mais informações podem ser obtidas nosite do Conselho – www.crcmg.org.br – no linkreferente ao Projeto Contabilista Solidário. Par-ticipe e incentive colegas e clientes a doarem.

ISO 9001:2000Foi realizada, em outubro, a reunião de

Análise Crítica, após a finalização das audito-rias internas. Na ocasião, a direção do CRCMGdestacou a participação dos colaboradoresque atuaram como auditores internos. Nomesmo mês, o CRCMG recebeu a visita davice-presidente do CFC, Silvia Mara Cavalcan-te, e do Gerente Administrativo, Ricardo Car-valho (foto).

Eles vieram conhecer o funcionamento daISO 9001:2000. O sistema foi apresentadopelo presidente, Paulo Consentino, superin-tendente, Rogério Marotta, pela Gerente Ad-ministrativo e RD, Maria Aparecida Cardoso,pelo consultor da Qualieng, João Batista, e

De 30 de outubro a 1º denovembro aconteceu, emBelo Horizonte, o XIII Con-gresso Brasileiro de Custosque contou com a participa-ção de quase 400 pessoas. Oevento foi realizado pela As-sociação Brasileira de Cus-tos (ABC) e organizado pelo CRCMG.

O presidente da ABC, Luiz Carlos Gientorski,disse que suas expectativas foram superadas,principalmente, quanto aos temas tratados eàs discussões apresentadas. “Um dos pontosmarcantes diz respeito à presença do ministrodo Planejamento, Marcos Alonso. Ele integrauma equipe que está avaliando a sistemáticade análise de custos do Governo Federal deonde deverá sair um decreto-lei que tornará agestão de custos necessária em todos osórgãos federais. Em sua apresentação, eledisse que isso abrirá precedentes para a pre-paração e qualificação da equipe de funcioná-rios do Governo”.

Congresso Brasileiro de Custos

Segundo o presidente da comissão orga-nizadora do Congresso, Júlio Cezar Cimino, oevento serviu também para estreitar o relaci-onamento com o CRCMG e com a classecontábil. “A área de Contabilidade de Custostem hoje grande importância na gestão deempresas e nela estão envolvidos profissio-nais das áreas contábil, de economia, enge-nharia de produção, entre outras. Todos pre-ocupados com a geração de lucros e valorpara as organizações”, frisou.

O presidente do CRCMG, Paulo CezarConsentino, participou da abertura do XIIICongresso, e também do seu encerramento,no dia 1º de novembro (foto).

pelo Coordenador do Sistema de Gestão daQualidade, Arceli Chaves. Na oportunidade,os visitantes expressaram satisfação em co-nhecer o nível de evolução e organização quea ISO trouxe ao CRCMG. Confessaram queficaram impressionados e recomendarão omodelo adotado por Minas Gerais para seraplicado no CFC.

AUDITORIA – O próximo passo será aauditoria de manutenção da certificação e deampliação do escopo (Gerências Financeira ede Desenvolvimento Profissional e Assessoriade Comunicação) que ocorrerá em dezem-bro. É importante destacar que essa é apenasa primeira ampliação do escopo, uma vezque, futuramente, as demais atividades doConselho também farão parte dele.

Page 12: Mala Direta Impresso fechado, pode - CRCMG · 2018. 9. 14. · a Denise, dando-nos prova de que realmente deveria estar onde se encontra e que tudo aquilo que no seu coração intentar

NOVEMBRO / DEZEMBRO 2006

Balancete para verificação – Outubro/2006 e Outubro/2005

Contador PAULO CEZAR CONSENTINO DOS SANTOS – Presidente do CRCMGContador ÉDSON DE SOUZA ROCHA – Vice-presidente de Controle InternoContador MAURO BENEDITO PRIMEIRO – Gerente Financeiro – CRCMG 54.453 – CPF 682.100.946-53Câmara de Controle Interno: Marco Aurélio Cunha de Almeida, Agnaldo Corrêa da Silva e Mário Césarde Magalhães Mateus

ATIVO 2006 AV 2005 AV AHF inance i roF inance i roF inance i roF inance i roF inance i ro 3 .100.752 3 .100.752 3 .100.752 3 .100.752 3 .100.752 9 , 6%9 ,6%9 ,6%9 ,6%9 ,6% 2 .772.835 2 .772.835 2 .772.835 2 .772.835 2 .772.835 8 , 8%8 ,8%8 ,8%8 ,8%8 ,8% 11 ,8%11 ,8%11 ,8%11 ,8%11 ,8%Disponível 412.473 1,3% 263.533 0,8% 56,5%Bancos Conta Vinculada 640.207 2,0% 446.154 1,4% 43,5%Bancos Conta Aplicação 2.048.072 6,3% 2.063.148 6,5% -0,7%Real i záve lRea l i záve lRea l i záve lRea l i záve lRea l i záve l 222.832 222.832 222.832 222.832 222.832 0 , 7%0 ,7%0 ,7%0 ,7%0 ,7% 48.624 48.624 48.624 48.624 48.624 0 , 2%0 ,2%0 ,2%0 ,2%0 ,2% 358 ,3%358 ,3%358 ,3%358 ,3%358 ,3%Diversos Responsáveis 594 0,0% 701 0,0% -15,3%Adiantamentos a Empregados 13.880 0,0% 14.394 0,0% -3,6%Eventos 206.987 0,6% 11.371 0,0% 100,0%Convênios 1.371 0,0% 22.158 0,1% -93,8%Resultado PendenteResultado PendenteResultado PendenteResultado PendenteResultado Pendente 521.524 521.524 521.524 521.524 521.524 1 , 6%1 ,6%1 ,6%1 ,6%1 ,6% 507.978 507.978 507.978 507.978 507.978 1 , 6%1 ,6%1 ,6%1 ,6%1 ,6% 2 ,7%2 ,7%2 ,7%2 ,7%2 ,7%Depósitos/Processos Judiciais 490.887 1,5% 480.146 1,5% 2,2%Despesas Antecipadas 30.637 0,1% 27.832 0,1% 10,1%Outros ValoresOutros ValoresOutros ValoresOutros ValoresOutros Valores 1 .400 1 .400 1 .400 1 .400 1 .400 0 , 0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0% 1 .400 1 .400 1 .400 1 .400 1 .400 0 , 0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0% 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%PermanentePermanentePermanentePermanentePermanente 16.635.831 16.635.831 16.635.831 16.635.831 16.635.831 51 ,5%51 ,5%51 ,5%51 ,5%51 ,5% 16.333.834 16.333.834 16.333.834 16.333.834 16.333.834 51 ,8%51 ,8%51 ,8%51 ,8%51 ,8% 1 ,8%1 ,8%1 ,8%1 ,8%1 ,8%Bens Móveis 2.099.490 6,5% 1.876.798 6,0% 11,9%Bens Imóveis 3.541.681 11,0% 3.541.681 11,2% 0,0%Débitos Integrais/ Parcelamentos 761.896 2,4% 761.896 2,4% 0,0%Créditos em Dívida Ativa 10.119.846 31,4% 10.119.846 32,1% 0,0%Almoxarifado 105.341 0,3% 26.035 0,1% 304,6%Outros 7.577 0,0% 7.578 0,0% 0,0%Ativo Transi tór ioAt ivo Transi tór ioAt ivo Transi tór ioAt ivo Transi tór ioAt ivo Transi tór io 6 .609.834 6 .609.834 6 .609.834 6 .609.834 6 .609.834 20 ,5%20 ,5%20 ,5%20 ,5%20 ,5% 6 .539.760 6 .539.760 6 .539.760 6 .539.760 6 .539.760 20 ,7%20 ,7%20 ,7%20 ,7%20 ,7% 1 ,1%1 ,1%1 ,1%1 ,1%1 ,1%Exec. Orçamentária-Despesa 6.609.834 20,5% 6.539.760 20,7% 1,1%Contas de InterferênciaContas de InterferênciaContas de InterferênciaContas de InterferênciaContas de Interferência - - - - - 0 , 0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0% 5 .242 5 .242 5 .242 5 .242 5 .242 0 , 0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0% 0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%Transferências Patrimoniais Ativas - 0,0% 5.242 0,0% 0,0%Reflexo Patr imonialRef lexo Patr imonialRef lexo Patr imonialRef lexo Patr imonialRef lexo Patr imonial - - - - - 0 , 0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0% 145.159 145.159 145.159 145.159 145.159 0 , 5%0 ,5%0 ,5%0 ,5%0 ,5% -100 ,0%-100 ,0%-100 ,0%-100 ,0%-100 ,0%Dependente da Exec. Orçamentária - 0,0% 88.339 0,3% -100,0%Independente da Exec. Orçamentária - 0,0% 56.820 0,2% -100,0%Ativo CompensadoAt ivo CompensadoAt ivo CompensadoAt ivo CompensadoAt ivo Compensado 5 .186.346 5 .186.346 5 .186.346 5 .186.346 5 .186.346 16 ,1%16 ,1%16 ,1%16 ,1%16 ,1% 5 .186.347 5 .186.347 5 .186.347 5 .186.347 5 .186.347 16 ,4%16 ,4%16 ,4%16 ,4%16 ,4% 0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%Valores de Terceiros 5.186.346 16,1% 5.186.347 16,4% 0,0%TOTALTOTALTOTALTOTALTOTAL 32.278.519 32.278.519 32.278.519 32.278.519 32.278.519 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 31.541.179 31.541.179 31.541.179 31.541.179 31.541.179 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 2 ,3%2 ,3%2 ,3%2 ,3%2 ,3%

PASSIVO 2006 AV 2005 AV AHF inance i roF inance i roF inance i roF inance i roF inance i ro 278.797 278.797 278.797 278.797 278.797 0 , 9%0 ,9%0 ,9%0 ,9%0 ,9% 121.582 121.582 121.582 121.582 121.582 0 , 4%0 ,4%0 ,4%0 ,4%0 ,4% 129 ,3%129 ,3%129 ,3%129 ,3%129 ,3%Restos a Pagar - 0,0% 9 0,0% -100,0%Dep. De Diversas Origens 135 0,0% - 0,0% #DIV/0!Consignações 34.455 0,1% 36.629 0,1% -5,9%Credores da Entidade 189.319 0,6% 26.365 0,1% 100,0%Entidades Públicas Credoras 54.888 0,2% 58.579 0,2% -6,3%Créditos de Terceiros - 0,0% - 0,0% 0,0%Resultado PendenteResultado PendenteResultado PendenteResultado PendenteResultado Pendente 877.852 877.852 877.852 877.852 877.852 2 , 7%2 ,7%2 ,7%2 ,7%2 ,7% 829.547 829.547 829.547 829.547 829.547 2 , 6%2 ,6%2 ,6%2 ,6%2 ,6% 5 ,8%5 ,8%5 ,8%5 ,8%5 ,8%Despesas de Pessoal a Pagar 114.837 0,4% 104.075 0,3% 10,3%Depósitos/Processos Judiciais 763.015 2,4% 725.472 2,3% 5,2%Despesas c/Conselheiros a Pagar - 0,0% - 0,0% 0,0%Passivo Transi tór ioPassivo Transi tór ioPassivo Transi tór ioPassivo Transi tór ioPassivo Transi tór io 7 .743.428 7 .743.428 7 .743.428 7 .743.428 7 .743.428 24 ,0%24 ,0%24 ,0%24 ,0%24 ,0% 8 .039.545 8 .039.545 8 .039.545 8 .039.545 8 .039.545 25 ,5%25 ,5%25 ,5%25 ,5%25 ,5% -3 ,7%-3 ,7%-3 ,7%-3 ,7%-3 ,7%Execução Orçamentária - Receita 7.743.428 24,0% 8.039.545 25,5% -3,7%Contas de InterferênciaContas de InterferênciaContas de InterferênciaContas de InterferênciaContas de Interferência - - - - - 0 , 0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0% 5 .242 5 .242 5 .242 5 .242 5 .242 0 , 0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0% -100 ,0%-100 ,0%-100 ,0%-100 ,0%-100 ,0%Transferências Patrimoniais Ativas - 0,0% 5.242 0,0% 0,0%Reflexo Patr imonialRef lexo Patr imonialRef lexo Patr imonialRef lexo Patr imonialRef lexo Patr imonial 245.509 245.509 245.509 245.509 245.509 0 , 8%0 ,8%0 ,8%0 ,8%0 ,8% 363.197 363.197 363.197 363.197 363.197 1 , 2%1 ,2%1 ,2%1 ,2%1 ,2% -32 ,4%-32 ,4%-32 ,4%-32 ,4%-32 ,4%Dependente da Exec. Orçamentária 245.360 0,8% 357.955 1,1% -31,5%Independente da Exec. Orçamentária 149 0,0% 5.242 0,0% 0,0%Saldo Patr imonialSaldo Patr imonialSaldo Patr imonialSaldo Patr imonialSaldo Patr imonial 17.946.587 17.946.587 17.946.587 17.946.587 17.946.587 55 ,6%55 ,6%55 ,6%55 ,6%55 ,6% 16.995.720 16.995.720 16.995.720 16.995.720 16.995.720 53 ,9%53 ,9%53 ,9%53 ,9%53 ,9% 5 ,6%5 ,6%5 ,6%5 ,6%5 ,6%Patrimônio(Ativo Real Líquido) 17.946.587 55,6% 16.995.720 53,9% 5,6%Passivo CompensadoPassivo CompensadoPassivo CompensadoPassivo CompensadoPassivo Compensado 5 .186.346 5 .186.346 5 .186.346 5 .186.346 5 .186.346 16 ,1%16 ,1%16 ,1%16 ,1%16 ,1% 5 .186.346 5 .186.346 5 .186.346 5 .186.346 5 .186.346 16 ,4%16 ,4%16 ,4%16 ,4%16 ,4% 0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%Valores de Terceiros 5.186.346 16,1% 5.186.346 16,4% 0,0%TOTALTOTALTOTALTOTALTOTAL 32.278.519 32.278.519 32.278.519 32.278.519 32.278.519 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 31.541.179 31.541.179 31.541.179 31.541.179 31.541.179 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 2 ,3%2 ,3%2 ,3%2 ,3%2 ,3%

Demonstrativo de Resultado - Outubro/2006 e Outubro/200520062006200620062006 A VA VA VA VA V 20052005200520052005 A VA VA VA VA V A HA HA HA HA H

Receitas Brutas 7.547.509 100,0% 7.850.038 100,0% -3,9%(-) Deduções da Receita 1.543.894 20,5% 1.588.007 20,2% -2,8%Receita Operacional L íquidaReceita Operacional L íquidaReceita Operacional L íquidaReceita Operacional L íquidaReceita Operacional L íquida 6 .003.615 6 .003.615 6 .003.615 6 .003.615 6 .003.615 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 6 .262.031 6 .262.031 6 .262.031 6 .262.031 6 .262.031 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% -4 ,1%-4 ,1%-4 ,1%-4 ,1%-4 ,1%(-) Despesas Administrativas (4.871.192) -81,1% 4.681.723 74,8% -204,0%(+/-) Receitas/Despesas Financeiras 185.918 3,1% 164.508 2,6% 13,0%Resultado OperacionalResultado OperacionalResultado OperacionalResultado OperacionalResultado Operacional 1 .318.341 1 .318.341 1 .318.341 1 .318.341 1 .318.341 22 ,0%22 ,0%22 ,0%22 ,0%22 ,0% 1 .744.816 1 .744.816 1 .744.816 1 .744.816 1 .744.816 27 ,9%27 ,9%27 ,9%27 ,9%27 ,9% -24 ,4%-24 ,4%-24 ,4%-24 ,4%-24 ,4%Superávit do Período 1.318.341 22,0% 1.744.816 27,9% -24,4%

Obs.: Na DR não estão incluídas as receitas e despesas de capital.

Balancete Financeiro - Outubro/2006 e Outubro/2005R E C E I T AR E C E I T AR E C E I T AR E C E I T AR E C E I T A 20062006200620062006 A VA VA VA VA V 20052005200520052005 A VA VA VA VA V A HA HA HA HA HORÇAMENTÁRIA 387.824 9,6% 550.957 15,0% -29,6%EXTRA-ORÇAMENTÁRIA 357.096 8,8% 280.255 7,6% 27,4%Saldo do Mês Anterior 3.298.288 81,6% 2.839.327 77,4% 16,2%TOTAL 4.043.208 100,0% 3.670.539 100,0% 10,2%D E S P E S AD E S P E S AD E S P E S AD E S P E S AD E S P E S A 20062006200620062006 A VA VA VA VA V 20052005200520052005 A VA VA VA VA V A HA HA HA HA HORÇAMENTÁRIA 679.719 16,8% 646.665 17,6% 5,1%Despesas Correntes 679.719 16,8% 640.243 17,4% 6,2%Despesas de Capital - 0,0% 6.422 0,2% -100,0%EXTRA-ORÇAMENTÁRIA 262.738 6,5% 251.039 6,8% 4,7%Saldo para o Mês Seguinte 3.100.751 76,7% 2.772.835 75,5% 11,8%TOTAL 4.043.208 100,0% 3.670.539 100,0% 10,2%

Superávit/Déficit Orçamentário - Outubro/2006 e Outubro/2005DESCRIÇÃODESCRIÇÃODESCRIÇÃODESCRIÇÃODESCRIÇÃO 20062006200620062006 A VA VA VA VA V 20052005200520052005 A VA VA VA VA V AAAAAHReceitas Correntes 387.824 100,0% 525.957 95,5% -26,3%Receitas de Capital - 0,0% 25.000 10,6% 0,0%Subtotal 387.824 100,0% 550.957 100,0% -29,6%Despesas Correntes 679.719 100,0% 640.243 99,0% 6,2%Despesas de Capital 0,0% 6.422 1,0% -100,0%Subtotal 679.719 100,0% 646.665 100,0% 5,1%Superávi t apuradoSuperávi t apuradoSuperávi t apuradoSuperávi t apuradoSuperávi t apurado (291.895) (291.895) (291.895) (291.895) (291.895) ----- (95.708) (95.708) (95.708) (95.708) (95.708) ----- 205 ,0%205 ,0%205 ,0%205 ,0%205 ,0%

Page 13: Mala Direta Impresso fechado, pode - CRCMG · 2018. 9. 14. · a Denise, dando-nos prova de que realmente deveria estar onde se encontra e que tudo aquilo que no seu coração intentar

NOVEMBRO / DEZEMBRO 2006

Opinião

Segurança da informação e opapel da auditoria de sistemas

Com o estabelecimento do mer-cado globalizado, as oportunidadesde negócios surgem em toda parte,e em contrapartida a concorrênciase fortalece. Portanto, as empresasdevem estar preparadas para atuarnesse novo cenário.

Como os processos empresa-riais têm sofrido profundas mudan-ças, passando de procedimentosmanuais para rotinas informatizadas,as informações estão migrando dosmeios físicos (papéis) para os mei-os eletrônicos (digitais). Milharesde bytes são armazenados continu-amente nas empresas.

Em função da evolução estrutu-ral das organizações, a quantidadede dados a manipular inviabiliza ocontrole exercido pelas formas con-vencionais. Tornando-se, então, in-dispensável o Processamento Ele-trônico de Dados (PED), em faceda maior facilidade no tratamentode grandes volumes de informa-ções, da velocidade das operaçõese da confiabilidade dos resultadosobtidos.

Entretanto, o uso intensivo doscomputadores resultou num au-mento de ameaças e no surgimentode novas vulnerabilidades para asempresas, o que influencia seu fun-cionamento e provoca conseqüên-cias e prejuízos irreversíveis, em al-guns casos.

Dados do NIC BR Security Office(NBSO), do Comitê Gestor daInternet Brasileira, divulgados noweb site (www.nbso.nic.br/stats/incidentes) apontam mais de 75.722ocorrências de incidentes contra asegurança da informação no volu-me acumulado do ano de 2004,dentre worm, invasão, scan, frau-des, etc.; 68.000 somam o total deataques ocorridos em 2005 e, dejaneiro a setembro de 2006, já

totalizaram 137.509 incidentes con-tra a segurança da informação.

Faz-se mister ressaltar que, ape-sar da queda de 10% no total dosincidentes ocorridos em 2005 emrelação a 2004, de janeiro a setem-bro de 2006, comparativamentecom o ano de 2005, os incidentescresceram 102%. O que deixa arealidade brasileira longe de sersatisfatória.

Assim sendo, a discussão acercada segurança da informação temassumido contornos de extremarelevância. Conseqüentemente, acrescente importância do papel de-sempenhado pela Auditoria de Sis-temas nas empresas modernas pos-sibilitou que o processo de audito-ria no ambiente computacional setornasse essencial.

Ante esse cenário, a área deauditoria de sistemas informatizadoscompreende as atividades voltadasao exame e à avaliação dos procedi-mentos de controle interno e desegurança da informação, relacio-nados ao Processamento Eletrônicode Dados (PED).

Logo, visando prover proteção àinformação contra acessos não au-torizados e modificações inadequa-das ou não permitidas dos dados edos softwares, a Auditoria de Siste-mas busca, incessantemente, pre-servar a confiabilidade e a integrida-de da informação contábil, bemcomo o uso adequado dos recursostecnológicos através de avaliação evalidação dos controles adotadosno ambiente informatizado.

Atualmente temos presenciadoas organizações tentando se adap-tar a um mercado globalizado que,por ser competitivo, cria um climade instabilidade econômica em de-terminados setores.

No Brasil, como em outros paí-ses que possuem acesso àstecnologias de informação, temos

notado uma recente preocupaçãocom o tema “segurança da informa-ção”, motivada, talvez, pelas cons-tantes notícias de tentativas de in-vasões e de ataques a empresas e aoutras organizações.

Diante do quadro exposto, po-demos afirmar que as empresasdevem se preparar tecnicamentepara enfrentar os novos desafiosdentro e fora do ambientecorporativo, adotando mecanismoseficientes de segurança.

Esses mecanismos devem nãoapenas viabilizar melhorias no fun-cionamento de suas rotinas empre-sariais, mas, sobretudo, resguardaros sistemas de informações e seusdados, essenciais à manutenção doprocesso operacional.

Portanto, a Auditoria de Siste-mas torna-se indispensável paragarantir a eficiência dos sistemas,bem como dos seus usuários.

No que tange à eficácia, ela iráversar sobre a validação dos resulta-dos gerados pelos sistemas, cujosprodutos oferecidos deverão tercondições de atender adequada-mente as necessidades de seus usu-ários na tomada de decisão.

Dessa forma, a Auditoria de Sis-temas visa promover a qualidadedos processamentos eletrônicos dedados das empresas, atestando asegurança física e lógica dos contro-les internos informatizados e garan-tindo o crescimento consolidado desuas operações.

SISTEMAS

Page 14: Mala Direta Impresso fechado, pode - CRCMG · 2018. 9. 14. · a Denise, dando-nos prova de que realmente deveria estar onde se encontra e que tudo aquilo que no seu coração intentar

NOVEMBRO / DEZEMBRO 2006

Delegacias e Escritórios Regionais

HomenagemO delegado seccional do CRCMG em Itaúna,

contabilista Geraldo Celestino de Araújo (foto),recebeu no dia 24/11, em Diamantina, o títuloPersonalidade Expressão Estadual – 50 anos daposse de Juscelino Kubitschek de Oliveira. O nomedo contabilista foi indicado por uma comissãoespecial para figurar na lista dos homenageados.O título foi criado para homenagear e distinguir,em âmbito estadual, personalidades que, a exem-plo do imortal JK, estão entrando para a históriacomo grandes benfeitores da sociedade mineira.

Em outubro, o presidente do CRCMG, Paulo Consentino, proferiupalestra com o tema “Perspectivas da Profissão Contábil”, no CentroUniversitário do Leste de Minas Gerais (Unileste), em CoronelFabriciano. A palestra foi prestigiada por um grande número dealunos. Na foto: à direita, o delegado seccional do CRCMG, OtarcizioJosé Dutra, alunas da Unileste, o professor Jens Erik Hansen e oassessor das delegacias, Jose Marçal de Souza Ramos.

Mudança deendereço

Formiga – A delegacia seccionaldo CRCMG está de casa nova, funci-onando no seguinte endereço:Rua Governador Valadares, 60 –Centro, Cep 35570-000 – Formiga /MG. Telefone: (37) 3321-2707.E-mail: [email protected]. Convênios:

parceria entre CRCMG e sindicatosIniciado no mês de outubro, em Ipatinga, o processo de formalização de

convênio de parceria entre o CRCMG e os sindicatos. Na oportunidade, foiassinado convênio e inaugurado o Escritório Regional do CRCMG, que agorafunciona na sede do Sindicato dos Contabilistas do Vale do Aço (foto). Estãosendo agendadas novas formalizações de convênios com os Sindicatos dosContabilistas de Pouso Alegre e Ponte Nova.

Eleições dedelegados

O processo eleitoral para dele-gados seccionais do CRCMG ocor-reu de 20 a 27 de novembro. Opleito foi realizado, exclusivamente,pela Internet, no site do Conselho, econtou com participação expressivados profissionais. O resultado daeleição está disponível no site doCRCMG. Confira.

REVISTAMINEIRA DE

CONTABILIDADEInformações precisas e

estratégicas ao seu negócio.

Assine a Revista Mineira

de Contabilidade e receba,

em casa, as principais

novidades do setor.

Desconto especial

para estudantes.

Assinaturas: (31) 3269-8415

www.crcmg.org.br

Page 15: Mala Direta Impresso fechado, pode - CRCMG · 2018. 9. 14. · a Denise, dando-nos prova de que realmente deveria estar onde se encontra e que tudo aquilo que no seu coração intentar

NOVEMBRO / DEZEMBRO 2006

Fiscalização

Dados referentes às ações empreen-didas pela Gerência de Fiscalização du-rante o ano de 2006, até outubro, regis-tram que 15.967 diligências foram reali-zadas, chegando quase à superação dameta fixada para dezembro, que é de 16mil. O resultado é fruto do trabalho dos14 fiscais de que o CRCMG dispõe espa-lhados por todo o Estado. Em média,cada um realizou seis diligências por dia,chegando a um total de 612 municípiosvisitados.

As ações da fiscalização são realiza-das com o principal objetivo de coibir aprática ilegal da profissão no Estado, eos trabalhos da gerência são acompa-nhados pelas Câmaras de Fiscalização ede Ética e Disciplina. “A principal finali-dade é prevenir, orientar e assegurarque a profissão seja exercida por conta-bilistas devidamente registrados e qua-lificados, pois, acima de tudo, pensamosna segurança das empresas e também

Superação de metas está próximado próprio cidadão”, ressalta o gerentede fiscalização, Ricardo Tonaco. Ele com-pleta dizendo que há também a preocu-pação constante com as leis, os princípi-os e as normas reguladoras do exercícioda contabilidade, sendo que, nas dili-gências in loco, os fiscais concentram-se, principalmente, na averiguação daexistência da escrituração contábil.

O presidente da Câmara de Fiscaliza-ção e de Ética e Disciplina do CRCMG,Edivaldo Duarte de Freitas, ressalta queoutro trabalho importante, e comple-mentar à fiscalização feita de modo os-tensivo, diz respeito às orientações epráticas educativas relacionadas às nor-mas contábeis. “Antecipadamente, sem-pre nos voltamos para esse propósito,pois a intenção do Conselho não é ape-nas punir, mas sim evitar que novasinfrações e penalidades aconteçam”,destaca. Acompanhe as atividades de-senvolvidas até outubro deste ano:

ATIVIDADES FISCALIZAÇÃOCRCMG TOTAL ATÉ OUTUBRO/2006

TOTAL DE DILIGÊNCIAS EFETUADAS 15.967FISCALIZAÇÃO DE ORGANIZAÇÕES CONTÁBEIS 11.865FISCALIZAÇÃO DE EMPRESAS EM GERAL 3.325FISCALIZAÇÃO DE ÓRGÃOS PÚBLICOS 510CIDADES VISITADAS 612

NOTIFICAÇÕESLAVRADAS* 1.457REGULARIZADAS 924

PROCESSOSPROCESSOS ABERTOS 391PROCESSOS ARQUIVADOS** 374PROCESSOS JULGADOS** 426

PENALIDADES APLICADAS PELA CÂMARAADVERTÊNCIA RESERVADA 3CENSURA RESERVADA 3CENSURA PÚBLICA 1SUSPENSÃO 12MULTAS 187

*Lavradas e aguardando regularização.**Números compostos com processos abertos em 2005 e 2006.

O presidente da Câmara de Fiscalização e de Ética e Disciplina, EdivaldoDuarte de Freitas (sentado à esq.), o gerente de Fiscalização, RicardoTonaco (de pé à esq.) e a equipe de colaboradores da Gerência

Page 16: Mala Direta Impresso fechado, pode - CRCMG · 2018. 9. 14. · a Denise, dando-nos prova de que realmente deveria estar onde se encontra e que tudo aquilo que no seu coração intentar

NOVEMBRO / DEZEMBRO 2006

Um Contador de Sucesso

NOVEMBRO / DEZEMBRO 2006

Quatro décadas de comprometimento com a filantropiaO contador Jorge Fonseca Filhotomou conhecimento da existên-cia de entidades filantrópicas aoministrar curso sobre noções decontabilidade às freiras do Colé-gio Santa Maria, localizado noBairro Floresta, em Belo Horizon-te. A partir de então, ele se dedi-cou, com exclusividade, a estudara estrutura e os reais objetivosdessas entidades, nutrindo gran-de amor e respeito por suas cau-sas e fundando, em setembro de1965, a Organização Savere.

A razão social da firma – Savere –surgiu devido ao nome de suastrês filhas: Sandra, Vera e Regina.Elas trabalham na instituição, sen-do que a última seguiu os cami-nhos do pai tornando-se contado-ra e é também sócia da empresa.

Em quatro décadas de atuação,Jorge Fonseca e sua empresa con-quistaram credibilidade e compe-tência. Atualmente possuem cli-entes em mais de 16 estados doBrasil, que se espalham por 221cidades, atendendo colégios, hos-pitais, orfanatos, pensionatos,asilos, creches, congregações re-ligiosas, igrejas, mosteiros, obrassociais, ONGs, dentre outras insti-tuições.

Em 2005, comemorando os 40anos da empresa e compartilhan-do o conhecimento adquirido aolongo desse período, Jorge Fon-seca lançou o livro Associaçõessem Fins Econômicos e Filantró-picas. Nesta breve entrevista aoJornal do CRCMG, o contador falaum pouco da origem de sua em-presa, da ética no trato com aprofissão e de sua experiência,mostrando ser exemplo de com-prometimento com as causasfilantrópicas.

Quais foram os princípios quepermearam a sua carreira?Minha principal preocupação sem-pre foi prestar aos meus clientes umserviço confiável, evitando que ja-mais tivessem qualquer problemaperante os órgãos públicos. O res-

Contador Jorge Fonseca (ao centro, sentado) e parte de sua equipe da Savere

peito absoluto aos princípios éticose a honestidade sempre foram colo-cados acima de tudo.

Como foi o princípio da sua atua-ção com o terceiro setor?Procurei estudar bastante o funcio-namento e a estrutura das entida-des filantrópicas e acabei me tor-nando um profundo conhecedor detodos os problemas que afligiam aárea. Constituir a Savere foi algopioneiro, pois na época de sua cria-ção, 1965, não havia profissionaisespecializados no que hoje conhe-cemos como terceiro setor. Fomospioneiros, inclusive, na implantaçãode uma escrituração contábil den-tro dos princípios legais para essasinstituições. Sempre objetivei im-plantar o serviço com base nos pa-drões determinados pelas NormasBrasileiras de Contabilidade. Comoconseqüência, a procura pelos nos-sos serviços foi espantosa desde oinício e passamos a atender solicita-ções de várias partes do país, tor-nando-nos especialistas exclusivos,situação que perdurou por muitosanos.

Como é constituída a Savere hoje?Ao longo desses anos, as entidadessob nossos cuidados nos têm comoorientadores nos campos contábil,filantrópico, de recursos humanos,administrativo e tributário. Temosatualmente uma equipe formada

por 67 profissionais, constituída prin-cipalmente por contadores, técni-cos em contabilidade e auxiliarescontábeis. A esse corpo de colabo-radores juntam-se administradoresde empresas, advogados, progra-madores e técnicos em informática,o que nos prepara para atender asnecessidades de nossos clientes.Isso também é conseqüência doincentivo e investimento em qualifi-cação profissional. Constantemen-te, nossos funcionários são incenti-vados a participar dos cursos minis-trados pelo CRCMG e também pe-los sindicatos.

Nesses 41 anos, como se deu oadvento da informática dentro douniverso da empresa?No começo da empresa trabalháva-mos com máquinas de contabilida-de e de datilografia, mas, posterior-mente, passamos a ser um dos pri-meiros no Brasil a adotar os serviçosde informática. Procuramos nos apri-morar e nos adequar constantemen-te às novas tecnologias, uma vezque a informática nos oferece mei-os de executarmos um trabalho commaior exatidão.

Quais os cuidados para se lidarcom as entidades filantrópicas esem fins lucrativos?Muitos imaginam que essas entida-des apresentam menores dificulda-des para os profissionais da conta-

bilidade, devido à imunidade ouisenção tributária. Imaginação ilu-sória, pois elas estão sujeitas a umasérie de exigências de diversos ór-gãos públicos. São compromissosinadiáveis que, quando não cumpri-dos, acarretam perda da imunidadee do Certificado de Entidade Bene-ficente de Assistência Social.

Que conselho o senhor daria aosnovos profissionais que preten-dem lidar com entidades sem finslucrativos?Dentro de minha experiência acre-dito ser importante alertar para queesses novos contabilistas tenhamuma atenção cuidadosa e redobra-da no que diz respeito aos compro-missos próprios dessas entidades,que são determinados por legisla-ção especial. Um simples descuidopode levar, inclusive, à extinção deuma instituição desse tipo.

O senhor acredita que o contadorprecisa lutar por maior expressãosocial?É interessante a preocupação que aclasse contábil tem com essa ques-tão. Acho que não condiz com averdade. Acredito que isso é coisado passado e que somos respeita-dos tanto quanto os outros profissi-onais. Obviamente, como em todaprofissão, há aqueles que são malpreparados, mas felizmente, sãoexceções.