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ANO XXI • N.º 240 • PREÇO: E 1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E 15,00 JUNHO 2019 A voz do regionalismo desde 1999 Sede: Rua das Escolas Gerais, 82 - 1100-220 LISBOA - Tel./Fax 218 861 082 - [email protected] www.casapampilhosadaserra.pt | Delegação: Travessa de S. Pedro, nº 4 3320-236 Pampilhosa da Serra | Director: Carlos Simões A NÃO PERDER ... FAJÃO ANIMOU COM O 14.º CONVIVIO REGIONALISTA Pág. 9 ANIVERSÁRIOS DE COLETIVIDADES REGIONALISTAS Págs. 12, 14 e 15 Pág. 11 MALHADAS DA SERRA VENCE TORNEIO DE FUTSAL DA CASA DO CONCELHO MUNICIPIO DIZ “NÃO” À PROSPEÇÃO DE LÍTIO NO CONCELHO São Pereira lança o seu primeiro livro Parecer negativo aprovado por unanimidade pelo Executivo e pela Assembleia Municipal 3.º ENCONTRO DISTRITAL JUNTA 450 JOVENS BOMBEIROS Eleições Europeias 2019 PS VENCE NO CONCELHO COM 505 VOTOS Pág. 20 Pág. 3 Pág. 2 Pág. 5 Pág. 4 Pág. 10

MALHADAS DA SERRA VENCE TORNEIO DE FUTSAL DA CASA DO ... · Caras amigas e amigos, caros leitores, para que o jornal continue a ser cada vez mais forte, ajudem-nos a ajudar. Apelo

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Page 1: MALHADAS DA SERRA VENCE TORNEIO DE FUTSAL DA CASA DO ... · Caras amigas e amigos, caros leitores, para que o jornal continue a ser cada vez mais forte, ajudem-nos a ajudar. Apelo

ANO XXI • N.º 240 • PREÇO: E1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E15,00 • JUNHO 2019

A v o z d o re g i o n a l i s m o d e s d e 1 9 9 9Sede: Rua das Escolas Gerais, 82 - 1100-220 LISBOA - Tel./Fax 218 861 082 - [email protected] – www.casapampilhosadaserra.pt | Delegação: Travessa de S. Pedro, nº 4 3320-236 Pampilhosa da Serra | Director: Carlos Simões

A NÃO PERDER ... FAJÃO ANIMOU COM O 14.º CONVIVIO REGIONALISTA Pág. 9 ANIVERSÁRIOS DE COLETIVIDADES REGIONALISTAS Págs. 12, 14 e 15

Pág. 11

MALHADAS DA SERRA VENCE TORNEIO DE FUTSAL DA CASA DO CONCELHO

MUNICIPIO DIZ “NÃO” À PROSPEÇÃO DE LÍTIO NO CONCELHO

São Pereiralança o seu primeiro livro

Parecer negativo aprovado por unanimidade pelo Executivo e pela Assembleia Municipal

3.º ENCONTRO DISTRITAL JUNTA 450 JOVENS BOMBEIROS

Eleições Europeias 2019PS VENCE NO CONCELHO COM 505 VOTOS

Pág. 20

Pág. 3

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O “nosso” jornal Serras da Pampi-lhosa completa neste mês de Junho de 2019 os 20 anos de publicações mensais ininterruptas, tendo sido criado em 1999 pela direção da Casa Concelhia pampilhosense, então presidida por João Ramos, que em boa hora lançou este arrojado proje-to.

A direção da altura, uniu esforços e boas vontades, no sentido de publi-car um jornal que, sob o lema “A Voz do Regionalismo”, desse visibilidade à meritória ação da Casa do Concel-ho e das cerca de 60 coletividades regionalistas ativas suas filiadas.

Ninguém era jornalista, mas a vontade da direção e a disponibili-dade do nosso primeiro diretor, César Oliveira e do seu diretor adjunto, o saudoso Fernando Carvalho, foram suficientes para que, em Junho de 1999 fosse publicado o número zero.

Desde então já foram publica-das 241 edições mensais. Desde o número zero até agora, foram lutas em cada mês, e muitos foram aque-les que ajudaram a colocar na rua mensalmente esta publicação, tendo estado na direção do jornal, para além do César Oliveira, a Ana Paula Branco e mais recentemente o nosso saudoso Armindo Antunes.

O Armindo também não era jornalista, mas amava a sua terra e o seu concelho como ninguém e era um profissional nas relações humanas. Fui seu diretor adjunto e para mim o Armindo será agora e sempre uma referência na vida desta publicação e ainda um exemplo de dedicação e de grande Homem, quer para a Casa do Concelho, quer para o concelho de Pampilhosa da Serra, tendo sofrido muito nos seus últimos meses de vida com sua grave doença, deixando em livro lançado há um ano os episódios do seu Karma. O Armindo também está de parabéns. - Obrigado Amigo pelo legado que nos deixaste.

Com grande dedicação de quem o faz, o Serras tem continuado a sua missão de divulgar e levar longe o nome do concelho de Pampilhosa da Serra.

Conforme nosso Estatuto Edito-rial, o nosso objetivo é apenas e só a divulgação e promoção do nosso concelho, quer através da divul-gação da sua cultura e atividades das suas instituições, quer dando voz ao Regionalismo, conforme é o seu lema, dando a conhecer as ativi-dades, necessidades, projetos, ansei-os e criticas das populações, através das coletividades regionalistas e dos pampilhosenses em geral.

As nossas páginas estão ao serviço da Pampilhosa da Serra e dos pampil-hosenses. O concelho está cada vez mais ativo e com novas dinâmicas e, felizmente por isso, não têm faltado

conteúdos para compor a nossa edição mensal, levando por vezes a aumentar o número de páginas para 24.

Na qualidade de diretor do Serras agradeço todos os contributos ao longo deste notável trajeto de 20 anos. Agradeço a todos os diretores, diretores adjuntos, colaboradores com o envio de artigos e notícias, aos anunciantes e leitores, à direção da Casa do Concelho e a todos os que vivem o Serras e lhe dão parte da sua vida.

Presentemente, destaco José Manuel Almeida, colaborador incansável no território do concelho, tem sido o meu braço direito, estando em todo lado para fazer a cobertura dos eventos e enviar a notícia. - Obrigado Zé Manel pela tua grande colaboração.

Destaco também António Rosa, como grande colaborador que também tem dado apoio determi-nante na revisão mensal de conteú-dos. Aníbal Pacheco, Manuel Nunes, José Marques de Almeida, Jorge Ramos e outros, que com as suas colaborações mensais garantem a qualidade e sustentabilidade edito-rial do jornal, assim como ao Gabi-nete de Imprensa do Município de Pampilhosa da Serra, pelo envio frequente das suas Notas de Impren-sa e, não me canso de enaltecer, a Beta Vicente pelo seu brilhante trabalho de paginação e composição, sendo incansável e única pessoa que colabora mensalmente com o jornal desde a sua fundação há 20 anos. Saúdo igualmente António Barata Lopes, que recentemente se juntou à equipa como diretor-adjunto.

O Serras, como órgão de comu-nicação social regional da Casa, é já a publicação de maior longevidade no nosso concelho. Este facto, é para todos nós que ajudamos a dar corpo a este projeto uma grande honra e um enorme orgulho, mas também uma grande responsabilidade.

Caras amigas e amigos, caros leitores, para que o jornal continue a ser cada vez mais forte, ajudem-nos a ajudar. Apelo para que atualizem o pagamento, façam-se assinantes ou anunciem as vossas empresas.

Estamos ao serviço do associa-tivismo pampilhosense, do region-alismo e do concelho. A divulgação e o desenvolvimento do concelho de Pampilhosa da Serra é o nosso único lema.

Obrigado a todos os que nos têm apoiado, para o ano cá estaremos para cantar os parabéns pelos 21 anos do nosso SERRAS.

VIVA o Serras. VIVA a Pampilhosa da Serra

Carlos SimõesO diretor

Jornal “Serras da Pampilhosa”Fundado em Junho de 1999

Ficha TécnicaPresidente: José Ferreira

Director: Carlos Simões (TE-463A)

Director Ajunto: António Barata Lopes (TE-615A)

Redactores:António Amaro RosaAníbal PachecoJorge Ramos

Colaborador no Território: Zé Manel (CO-490A)

Colaboradores nesta edição:Abel AlmeidaJ. Marques de Almeida Manuel NunesPais de AlmeidaSara MarianoVitor Manuel Machado

Paginação e Grafismo:Beta VicenteSérgio Vicente

Montagem e Impressão:Vigaprintes-Artes Gráficas, Lda.Núcleo Empresarial Quinta da Portela, n.º 38Guerreiros – 2670-379 LouresTelefone: 219 831 849 Fax: 219 830 784E-mail: [email protected]

Propriedade: Casa do Concelho da Pampilhosa da Serra

Sede: Rua das Escolas Gerais, n.º 82, 1100-220 Lisboa

Telefone: 218 861 082

E-mail:[email protected]

Distribuição:Casa do Concelho da Pampilhosa da Serra

Periodicidade: Mensal

Tiragem: 1.500 exemplares

Depósito Legal n.º 228892/05Inscrito no Instituto da Comunicação Social sob o n.º 123.552

O Estatuto Editorial está disponível para consulta em www.casapampilhosadaserra.pt

Todos os artigos são da exclusiva responsabilidade dos seus autores e não traduzem a opinião da Direcção do Jornal e/ou dos órgãos sociais da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra.

2 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

Ficha de InscriçãoNome _________________________________________________________________________

Morada _______________________________________________________________________

Cód. Postal ________________- __________ _______________________________________

Telef./Telemóvel _______________________ E-mail: ________________________________

Desejo receber os 12 números do Jornal “Serras da Pampilhosa”. 201__ / ____ / _______ Ass. _________________________________

Breves

EDITORIAL20 anos como “A Voz do Regionalismo”

PAGAMENTO DA QUOTA E/OU ASSINATURA

Faça o pagamento do Jornal “Serras” e/ou as quotas de sócio da Casa por transferência bancária para o IBAN: PT50 0035 0582 00008286130 23,

indicando o seu nº de leitor e/ou nome. Enviar cópia do comprovativo para a Casa do Concelho, via postal ou para

[email protected]

CASA DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRAHorário de Abertura das Instalações

Segunda-feira: 15h30 – 19h30Quarta-feira: 15h30 – 19h30Sábado: 15h30 – 19h30Até 22h00 em dia de ensaio do RanchoPara confirmar se está alguém na Casa ligar 218 861 082 ou 919 455 245 (Sr. António) Aos Domingos abre quando há eventos na Casa ou por marcação prévia para a direção: 966 870 022 (José Ferreira)

No âmbito da Assembleia Geral da EPIS – Empresá-rios Pela Inclusão Social,

que teve lugar a 23 de maio no Palácio da Cidadela de Cascais, Alexandra Tomé, Vereadora do Município de Pampilhosa da Serra, viria a ser distinguida como membro honorário da mesma associação, numa cerimónia que contou a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

A distinção foi aprovada sob proposta prévia da direção da EPIS, qualificando Alexandra Tomé com o referido título hono-rário, justificado “pela prestação de serviços de excecional mérito no âmbito da sua missão”, confor-me foi salientado no momento da atribuição.

Destaca-se ainda a eleição de Leonor Beleza, ex-ministra da Saúde do governo liderado por Cavaco Silva e presidente da Fundação Champalimaud, como presidente da direção da EPIS para o triénio 2019-2021, sucedendo no cargo a António Vitorino.

A EPIS – Empresários Pela Inclu-são Social, foi criada em 2006, por

um grupo de mais de 100 empre-sários e gestores de Portugal, em resposta ao apelo que então Presidente da República, Cavaco Silva, fez à sociedade civil a 25 de abril desse ano, “tenho em vista um maior apoio do Estado nos desafios da inclusão social em Portugal”, refere o ex-presidente da EPIS, António Vitorino, numa mensagem que consta na página oficial da organização.

A missão desta estrutura é a “promoção da inclusão social em Portugal e tem vindo a focar-se na capacitação de jovens neces-sitados para a realização do seu potencial ao longo da vida”, lê-se na mensagem. Em Pampilhosa da Serra, o projeto EPIS surgiu em 2010, sendo que em 2012 foi implementado um projeto piloto ao nível do 1ºciclo, que prevê o desenvolvimento de um método de rastreio para deteção preco-ce de riscos e monitorização da aquisição de conhecimentos e competências, para professores e famí-lias, que ainda hoje se assume como referência nacional.

ALEXANDRA TOMÉ DISTINGUIDA COMO “MEMBRO HONORÁRIO” DA EPIS

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CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 3

aprovada a 1ª alteração ao mapa de pessoal de 2019 e, no ponto seguinte, por proposta da Câma-ra Municipal a assembleia apro-vou por unanimidade o pedido de autorização prévia de contratação de empréstimo a curto prazo, em regime de conta corrente, até um montante de 1.000.000,00€ (um milhão de euros), com a finalidade de apoio á tesouraria, para execu-tar montante já pago para repor infraestruturas danificadas pelos incêndios, empréstimo que será pago até final de dezembro.

Foi aprovada por unanimidade a atribuição de subsídio à Junta Freguesia de Janeiro de Baixo para limpeza e manutenção de cami-nhos públicos, no valor de 40.000 euros, e a finalizar a sessão foi apro-vada a abertura de procedimento/hasta pública para concessão de

uso privativo de dez parcelas do domínio público municipal para implantação, exploração e gestão de equipamentos/estruturas amovíveis de venda de bebidas e comidas com um valor base de lici-tação de 5.000 euros. Estas estru-turas destinam-se essencialmente às festas do concelho na vila e ao festival Sunset Seaside Sessions 2019. O executivo justificou este procedimento com a necessidade rentabilizar os eventos por forma serem autossustentáveis. No mesmo sentido vai a necessida-de dos participantes adquirirem bilhete de ingresso no evento, que poderão ganhar gratuitamente se consumirem valor superior a 100 euros no comércio local.

Carlos Simões

Actualidade

No período antes da ordem do dia da Assembleia Muni-cipal de Pampilhosa da Serra

realizada no dia 7 de junho de 2019, no salão nobre dos Paços do Concelho, o executivo cama-rário apresentou uma informação recebida nos serviços, enviada pela Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), que dava conta da publicação em Diário da Repu-blica do período de consulta públi-ca, no âmbito do pedido feito pela empresa australiana Fortescue Metals Group Exploration Pty, Ltd. Este pedido destina-se à pesquisa e prospeção numa área denominada “Raposa”, que inclui uma área de 57,6 Km2 no território do concelho de Pampilhosa da Serra. Esta área localiza-se nos limites das aldeias de Dornelas do Zêzere, Unhais-o--Velho, Brejo de Cima, Janeiro de Baixo, Porto de Vacas e Carregal do Zêzere.

Segundo informou o presidente da Câmara Municipal, José Brito, o pedido respeita à atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de depósitos minerais de ouro, prata, chumbo, zinco, cobre, lítio, tungsténio, estanho e outros depó-sitos minerais ferrosos e minerais metálicos associados, com os trabalhos a desenvolverem-se por 3 anos com eventual prorrogação de mais 2 anos.

Conforme informação distribuí-da, “a Câmara Municipal delibe-rou em reunião do executivo, por unanimidade, não concordar com a realização da prospeção e pesqui-sa na área pretendida, tendo por base os elementos disponibiliza-dos pela DGEG, e tendo em conta que o plano de prospeção signi-ficaria uma política de desenvol-vimento completamente contrária ao modelo de desenvolvimento sustentável que o Município tem privilegiado ao longo dos anos, assente no turismo de natureza e de excelência.”

A Câmara Municipal susten-ta ainda a sua decisão, referindo que não há garantia de que seja acautelada a qualidade da água da albufeira de Santa Luzia que abastece parte do concelho, assim como, os impactos negativos e danos irreparáveis na paisagem, provocados por uma exploração a céu aberto, afetando ainda “a vivência e desenvolvimento das populações, podendo assim agra-var a desertificação”, sendo que ”Esta atividade coloca em causa e anula todo o investimento feito ao longo dos anos ao nível do turístico e ambiental.”

José Brito esclareceu ainda que este tipo de exploração já está a ser realizada ou em plano em diver-sos municípios do país e não só, devido à crescente procura destes recursos minerais, principalmente o Lítio, matéria-prima utilizada para o fabrico de baterias para automó-veis elétricos, telemóveis e outros equipamentos.

Perante esta informação do executivo naquela sessão, o presi-dente da assembleia municipal, Hermano Almeida colocou o assunto à discussão dos deputados

municipais, intervindo em primei-ro lugar o deputado Jorge Pires que classificou o tema como muito importante e que terá que ser apro-fundado no que respeita à análise prejuízos/benefícios, respeitando e concordando a decisão do execu-tivo. Da bancada do PS o deputa-do Anselmo Gonçalves interveio para mostrar a sua total concor-dância com a decisão unanime do executivo, congratulando-se com a rejeição de um projeto que muito contraria a política implementada pelo município, “baseada na apos-ta no verde, na água, na qualidade ambiental e no turismo, ou então, vamos entrar por algo que defi-nitivamente desmonta a aposta feita até agora. Daí, estar completa-mente ao vosso lado neste ponto.”, expondo pormenores técnicos e os problemas e impactos provo-cados pelo projeto. O deputado António Caetano associou-se às vozes concordantes com a rejeição do projeto, agradecendo a expli-cação técnica do deputado Ansel-mo Gonçalves. Disse que “embora pareça á primeira vista ser bom para o concelho com a criação de postos de trabalho, se formos à raiz da questão rapidamente mudamos de opinião. Queremos postos de trabalho mas isto não nos serve”, e adiantou que temos que ser unidos e fortes na luta contra este projeto. O deputado César Oliveira interveio começando por saudar o Grupo Desportivo Pampilhosense pela excelente época desportiva. Em relação ao tema disse que “não seria de esperar outra decisão do executivo, perguntando o que se pode começar a fazer para contra-riar o projeto”. O deputado Ricardo Serra manifestou-se apoiante da decisão e perguntou se a decisão do executivo de travar a prospeção é suficiente ou se não é vinculativa.

José Brito respondeu infor-mando que o parecer do execu-tivo camarário não é vinculativo, ou seja, não significa que esteja já inviabilizado o projeto, visto que o licenciamento do projeto não é da Câmara, propondo que a assem-bleia municipal também emita o seu parecer. Deu exemplos de outros municípios que têm já mais desenvolvido este tipo de projeto e que têm já graves problemas. Subli-nhou a importância da preservação ambiental no concelho e agrade-ceu as palavras do deputado Ansel-mo Gonçalves.

O vice presidente Jorge Custódio considerou que “esta foi uma das decisões mais difíceis do executi-vo”, referindo que “afinal os terri-tórios do interior têm valor, …mas somos os verdadeiros guardiões da natureza”. Alertou para o alicia-mento às populações, associações locais e coletividades, tal como já aconteceu em outras regiões onde já se iniciou a prospeção, “colo-cando as pessoas umas contra as outras”.

A terminar este tema o presi-dente da mesa Hermano Almeida, tendo em conta a unanimidade de opiniões, propôs que a assembleia emita parecer onde “se revê total-mente e concorda unanimemente

com a posição do executivo muni-cipal, relativamente à rejeição do pedido da prospeção, e nunca acei-tará a destruição da riqueza natu-ral do concelho, por uma decisão alheia ao município”. Este parecer foi aprovado por unanimidade.

Ainda no período antes da ordem do dia, este assunto tinha sido precedido da aprovação da ata da sessão anterior, e ainda a transferência de competências dos municípios para as freguesias, conforme Decreto-Lei nº 57/2019. A este respeito o presidente da Câmara Municipal, José Brito infor-mou que as freguesias têm que tomar a decisão de aceitação de competências em assembleia de freguesia, tendo o vice-presiden-te completado a informação que, entre as competências a passar para as freguesias se inseria a limpeza dos caminhos. Foi consen-so geral das freguesias a não acei-tação das competências para os anos de 2019 e 2020, contudo, segundo Jorge Custódio informou, e segundo a lei, em 2021 essas competências têm que passar obri-gatoriamente para as freguesias.

No primeiro ponto do período da Ordem do Dia, o presidente da Câmara Municipal deu conta das atividades administrativas e financeiras da Câmara. Em 6 de junho tinha de movimentos totais de 1 milhão e 537 mil euros, sendo que 1 milhão 170 mil euros são de operações orçamentais e 357 mil de operações não orça-mentais. Informou dos processos judiciais em curso, destacando o processo do estádio municipal em que está em curso o julgamento, tendo já sido ouvidas testemunhas, mostrando-se de especial comple-xidade.

Apresentou de seguida as ativi-dades nas áreas de: Vias municipais e arruamentos; Cultura, educação, Ação Social e Desporto; Turismo; Gabinete Técnico Florestal; Águas, Lixo, Saneamento e Ambiente; e atribuição de subsídios, nomea-damente, entre outros, ao Grupo Zangões do Asfalto, de 7.500€ para o 11º encontro motard e à ATDS (Trinhão), de 6.000€ para equipa-mento da Casa da Cultura.

No ponto seguinte, seguindo proposta do executivo, foi apro-vado por unanimidade a trans-ferência de competências para a CIM-Região de Coimbra, nos domí-nios da educação, saúde, domínio do serviço público de transporte de passageiros regular em vias navegá-veis. Sendo necessária a aprovação de todas as assembleias municipais dos 18 municípios da CIM-RC.

Relativamente à transferência de competências para o Município de Pampilhosa da Serra, relativo aos anos de 2019 e 2020 nos sectores do domínio da proteção e saúde animal, educação, cultura, saúde e transporte de passageiros regular e turístico em vias navegáveis. A Câmara Municipal rejeitou a trans-ferência de competências e propôs a não aceitação, tendo sido aprova-da por unanimidade em todos os domínios a não aceitação.

Seguidamente foi também

MUNICÍPIO DIZ “NÃO” À PROSPEÇÃO DE LÍTIO NO CONCELHO

Tendo sido sinalizada a presença da vespa das galhas do castanheiro (Dryocosmus

kuriphilus) no concelho de Pampilhosa da Serra ─ Freguesia de Fajão/Vidual e Freguesia de Unhais-o-Velho ─ e dado que a praga representa uma ameaça para os soutos e castinçais da região, a Câmara Municipal, em colaboração com a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro e a RefCast – Associação

Portuguesa da Castanha, realizou uma ação de combate contra a vespa das galhas do castanheiro, com cinco largadas de Torymus sinensis efetuadas no dia 23 de maio de 2019.

O parasita Torymus sinensis é transportado em caixas térmicas de esferovite, mantidas a baixas temperaturas com placas de gelo, dentro de sacos contendo dez tubos cada.

“VESPA DAS GALHAS” AMEAÇA CASTANHEIROS

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4 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

Nas eleições parlamenta-res europeias de 2019 em Portugal, realiza-

das no dia 26 de maio foram escolhidos os 21 deputados portugueses com assento no Parlamento Europeu, tendo o Partido Socialista conquista-do a melhor votação a nível nacional com 33,38% (9 depu-tados), seguido do PSD com

21,94% (6 deputa-dos), BE com 9,82% (2 deputados), CDU com 6,88% (2 deputados), CDS com 6,19% (1 deputado) e PAN com 5,08% (1 deputado).

No concelho de Pampilhosa da Serra o PS consegue a melhor votação com 40,24% correspondente a 505 votos (mais 9 que em 2014), seguido do PSD com 31,55% corres-pondente a 396 votos (menos 181 que em 2014 onde concor-reu coligado com o CDS-PP), o BE com 5,98% corresponden-te a 75 votos (mais 48 que em 2014), o CDS-PP com 3,19% correspondente a 40 votos e a CDU com 2,95% correspon-dente a 37 votos (menos 28 que em 2014).

De salientar a expressi-va abstenção a nível nacio-nal com uma proporção de 69,27%, sendo no concelho de Pampilhosa da Serra um pouco inferior com 65,64%, tendo votado 1.255 eleitores de um total de inscritos de 3.642.

Das 8 freguesias do concelho o PS venceu em 5, enquanto que o PSD venceu em apenas 3 (Fajão-Vidual, Portela do Fojo-Machio e Pessegueiro). Veja os resultados individuais das freguesias e do concelho em geral.

Fonte dos resultados: www.europeias2019.mai.gov.pt

Carlos Simões

Actualidade ELEIÇÕES EUROPEIAS 2019PS VENCE NO CONCELHO COM 505 VOTOS

A exposição temática “Rally Anos 90”, promovida pela Origem Safaris, empresa de

animação que opera no concelho de Pampilhosa da Serra, esteve aberta ao público nos dias em que se realizou o Rally de Portu-gal.

A mostra pode ser visitada nos dias 30 e 31 de maio e 1 e 2 de junho, das 10:30 às 17:30, na Sala de Exposições Temporárias do Museu Monsenhor Nunes Perei-ra, situada na aldeia do xisto de Fajão, em Pampilhosa da Serra.

Na referida exposição, para além de outros objetos de inte-resse, constavam 115 fotografias alusivas ao rally da década de 90 (captadas pelo fotógrafo Rena-to Ferreira), 100 miniaturas de carros de rally e alguns itens utili-zados por pilotos da altura, dos quais de destaca as botas utiliza-das por Carlos Sainz nos treinos de Arganil, em 1992. O simulador

de rally com o jogo “Colin McRae 2”, completou o notável espólio apresentado e que pertence a Alfredo Gama.

A passagem do rally na Serra do Açor, deixou uma marca incon-tornável nas gentes serranas, que se repercutiu nas famosas desci-das de carrinhos de regulamen-tos. Nesse sentido, a exposição inclui ainda fotografias de Corri-das de Carrinhos de Rolamentos, assim como prémios ganhos por pilotos de Fajão.

Esta tradição serviu de rampa de lançamento para um novo projeto turístico, também apre-sentado na exposição, denomi-nado “Gravity F”. O mesmo desti-na-se a implementar pistas para descidas de gravidade: Luge Cart e OGO Ball, na Aldeia de Fajão.

Ao longo do ano a exposição pode ser visitada mediante marcação prévia.

FAJÃO ACOLHEU EXPOSIÇÃO “RALLY ANOS 90”

Na sequência de uma inicia-tiva promovida pela Comu-nidade Intermunicipal da

Região de Coimbra - CIM RC, decorreu no dia 16 de maio, no Auditório Municipal, o workshop “Comunicar é Possível para Todos…”, que contou a participa-ção de 25 técnicos da autarquia e de IPSS´s do concelho.

Partindo da questão “como é que alguém que não fala pode comunicar?”, Célia Sousa, Coor-denadora do Centro de Recursos para a Inclusão Digital do Institu-to Politécnico de Leiria, procurou elucidar os participantes relati-

vamente à abordagem comu-nicativa junto de pessoas com dificuldades de natureza comu-nicacional.

Deste modo, o objetivo primor-dial da sessão passou pelo acon-selhamento de estratégias que permitam aos técnicos “utilizar todos os meios ao seu dispor para proporcionar àqueles que os rodeiam e que têm problemas de comunicação através da fala” a agradável sensação de se “pude-rem expressar e fazer compreender”.

TÉCNICOS DO CONCELHO APRENDEM A COMUNICAR MELHOR

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CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 5

Actualidade

Decorreu no dia 2 de junho em Pampilhosa da Serra, o 3º Encontro Distri-

tal de Escolinhas/Academia de Bombeiros, uma iniciativa inserida nas comemorações do 50º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pampilhosa da Serra e que juntou cerca de 450 crianças e jovens, entre os 6 e os 16 anos, provenientes de 13 escolinhas de bombeiros e de uma academia, todos do distrito de Coimbra.

Para além do convívio e da partilha de experiencias e pretensões relativamente ao percurso dos jovens nos bombeiros, o evento ficaria marcado pela realização de um “simulacro multivítimas”, leva-do a cabo por alguns dos parti-cipantes. O exercício consistiu na resolução de um hipotéti-co sinistro, provocado pela explosão de uma máquina de fumos num concerto musical, cujo efeito sonoro e visual fez

com as crianças se deslocassem de forma descontrolada, com o intuito de fugir da zona do núcleo da explosão.

Terminado o simulacro e depois de um dia intenso de encontros, reencontros e envol-to de um bonito espírito de camaradagem, houve ainda tempo para o desfile e apresen-tação das várias escolas presen-tes, perante a tribuna composta pelas diversas entidades convi-dadas.

Neste 3º encontro distrital, também incluído na Semana da Criança e da Juventude de Pampilhosa da Serra, fizeram--se representar as escolinhas do Bombeiros Voluntários de Coja, Condeixa, Figueira da Foz, Góis, Lagares da Beira, Mira, Montemor-o-Velho, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Vila Nova de Poia-res, Serpins, Soure, e ainda a academia dos Bombeiros Voluntá-rios de Brasfemes.

3.º ENCONTRO DISTRITAL JUNTA 450 JOVENS BOMBEIROS

No dia 4 de junho, a sede da Comunidade Intermunici-pal da Região de Coimbra,

acolheu a assinatura do Protocolo de Cooperação para a Igualdade e Não-Discriminação, celebrado entre a Comissão para a Cidada-nia e Igualdade de Género, repre-sentada por Manuel Albano, e

o Município de Pampilhosa da Serra, representado por Jorge Custódio, Vice-Presidente da Câmara Municipal.

A cerimónia foi presidida pela Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro, que homologou o protocolo e, para além de Pampi-

lhosa da Serra, assistiu à assinatu-ra do mesmo por 14 câmaras da CIM Região de Coimbra: Canta-nhede, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Lousã, Mealhada, Mira, Miranda do Corvo, Montemor--o-Velho, Mortágua, Oliveira do Hospital, Penacova, Penela, Soure e Tábua.

Em suma, os protocolos visam contribuir para o desenvolvi-mento de uma cultura de direi-tos humanos, igualdade entre mulheres e homens, não discrimi-nação e não violência, junto da população. Para Rosa Monteiro, “a informação é fundamental para derrubar preconceitos e estereótipos”. Por esse motivo,

a tutela pretende efetivar uma rede territorial, alocan-do a cada autarquia duas pessoas – dois/duas conse-lheiros/as para a igualdade, um externo e um interno, bem como uma Equipa para a Igualdade na Vida Local.

Por conseguinte, no decorrer da sessão foi reforçado uma vez mais o papel impulsionador que os Municípios têm enquanto agentes de desenvolvimen-to e entidades privilegiadas para a concretização de ações e medidas que permitam a territorialização, identificação e apropriação local dos objetivos

da “Estratégia Nacional para a Igualdade e Não Discriminação Portugal + Igual 2018 – 2030”.

MUNICÍPIO ASSINOU PROTOCOLO PARA A IGUALDADE E NÃO-DISCRIMINAÇÃO

“ETAPA RAINHA” DA VOLTA A PORTUGAL ARRANCA EM PAMPILHOSA

O Município de Pampi-lhosa da

Serra prepara--se para viver de perto, pela primeira vez, toda a emoção da mais concei-tuada prova de ciclismo nacio-nal, que prome-te agitar o país a partir de 31 de julho a 11 de agosto. A estreia ocorrerá na 4ª etapa da Volta a Portugal Santander, disputada a 4 de agosto, sendo conside-rada pela organização como “o dia mais importante da primeira fase da prova”.

De resto, a estreia de Pampi-lhosa da Serra reveste-se de um sabor ainda mais especial, uma vez que será o ponto de parti-da daquela que é considerada a “Etapa Rainha” da “Volta”, que termina na Serra da Estrela após uma árdua jornada de 145km, com cinco contagens de monta-nha. “A escalada final utilizando a famosa vertente da Covilhã – Penhas da Saúde - termina na Torre, o que já não acontece desde 2015”, pode ler-se na nota enviada pela organização da prova. “As chamadas etapas de transição, muitas vezes marca-das pelo intenso calor e orogra-fia adversa, podem tornar-se mais “madrastas” que as etapas teoricamente mais difíceis”,

acrescenta ainda a organização.Além desta etapa, as grandes

decisões devem ficar reservadas para os dois últimos dias, com a subida à Senhora da Graça, em Mondim de Basto, e o contrarre-lógio final que culmina na Aveni-da dos Aliados, no Porto.

A 81.º edição da Volta a Portu-gal, apresentada no passado dia 6 de junho em Lisboa, vai come-çar em Viseu, a 31 de julho, com um prólogo de seis quilómetros, sendo que no dia seguinte, os ciclistas farão a ligação entre Miranda do Corvo - que também se estreia na prova – e Leiria, tendo na Serra da Lousã, na fase inicial da tirada, a maior dificul-dade.

Existe assim uma grande expetativa em torno da próxi-ma Volta a Portugal em bicicle-ta, uma prova com um forte impacto histórico e cultural que contagia milhares de portugue-ses, tratando-se de um fenóme-no social com responsabilidades

q u e não se restrin-g e m m e r a -m e n t e ao campo despor-tivo.

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6 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

A comunicação social, com uma regularidade crescen-te, vai-nos informando do

escrutínio de situações que é bom que sejam do conhecimen-to público e que têm a ver com a elaboração de estudos que procuram avaliar o mérito do desempenho da gestão de insti-tuições e organismos públicos. As entidades que se dedicam à elaboração de tais trabalhos chegam a conclusões que se fundamentam num conjunto diversificado de parâmetros e de critérios de apreciação, anteci-padamente definidos, de modo a que se possa estabelecer uma

classificação ordenada que, em sua opinião, reflectirá a quali-dade da gestão das entidades e instituições avaliadas. São os chamados “rankings” que hoje nos são familiares na comuni-cação social, quer se trate de avaliar escolas, hospitais, univer-sidades, etc. Acontece por vezes que a definição dos critérios em que se baseiam tais apreciações nem sempre serão bem explici-tados, o que dá lugar, normal-mente, a uma certa contesta-ção dos resultados alcançados e que podem pôr em causa a sua credibilidade.

Acaba de me chegar às mãos

mais um exemplar destes rankin-gs. Trata-se do “Rating Munici-pal Português”, um documento extenso onde são apresentados os resultados obtidos na avalia-ção da gestão dos 308 muni-cípios do país nos anos mais recentes, mediante a atribuição de um resultado final que tem em conta o seu desempenho em cada um dos cinco parâme-tros considerados (Governação, Eficácia de serviço ao cidadão, Desenvolvimento económico e social e Sustentabilidade finan-ceira) destacando os 10 melho-res e os 10 piores municípios em termos de dimensão (pequenos, médios e grandes) bem como os 30 melhores e os 30 piores de cada um dos referidos rankings discriminados por regiões.

A classificação global que resulta deste estudo, cuja fina-lidade é uma avaliação siste-matizada da gestão dos 308 municípios do país, neste caso em relação a 2018, pode levar a conclusões que deverão ser analisadas com algum cuidado,

na medida em que abrangem um conjunto de instituições muito heterogéneas, quer na extensão territorial, demogra-ficamente povoadas ou lutan-do com graves problemas de despovoamento, inseridas em meios urbanos ou rurais, dota-das de meios técnicos ou com a sua carência, trabalhando a partir de orçamentos elevados ou lutando com escassez de recursos financeiros que obri-gam a uma gestão rigorosa onde cada euro conta.

O nosso concelho, que conti-nua afectado por todo um conjunto de problemas que todos conhecemos e consti-tuem factores inibidores da sua sustentabilidade, dificultando o caminho que o possa condu-zir a horizontes de esperança, não obstante todo o trabalho que vem sendo desenvolvi-do pelos responsáveis da sua gestão, geralmente apreciado, aparece em três dos parâmetros deste ranking em posições algo modestas mas há que realçar

que não se encontra no grupo dos 30 melhores do país no capí-tulo da governação (está em 31º a uma centésima do 30º) e em 53º no desenvolvimento econó-mico e social num ranking que avalia os 308 municípios do país.

Como referem os auto-res deste importante trabalho de investigação, os municípios portugueses passam a ter “uma nova matriz estratégica de actua-ção, no sentido em que para se tornarem mais sustentáveis têm de melhorar os seus indi-cadores globalmente e, em especial, aqueles que estão pior posicionados comparativamente aos restantes municípios da sua sub-região, da região em que se integram e no país”.

Tanto neste sector como nos outros da administração pública se é importante medir a reali-dade, o que mais importa é a mudança e a transformação que pode resultar da análise e da ponderação dos números que traduzem essa realidade.

Aníbal Pacheco

MUNICIPIO PAMPILHOSENSE ENTRE OS 31 MELHORES NA GOVERNAÇÃO E OS 53 NO DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL

A criação do “Serras da Pampilhosa”, no já longín-quo ano de 1999, impri-

miu ao movimento regionalista, designadamente ao do nosso concelho, uma marca de cultura que, nas suas premissas, tinha por objectivo dar voz ao regio-nalismo, aprofundar os laços de pertença à comunidade pampi-lhosense e reforçar a sua união no compromisso da defesa dos interesses do município. No contexto do envolvimento popu-lar que já vinha de longe, desde os tempos heroicos da história quase secular deste movimento social focado, essencialmente naquilo que tinha a ver com o desenvolvimento material do seu vasto território, o nascimen-to do “Serras” veio associar ao

regionalismo, à luz das novas realidades sociais, perspectivas mais abrangentes, nomeada-mente na sua ligação à cultura como pressuposto fundamental da construção duma sociedade em que a coesão territorial se alia ao bem-estar da população.

Seguindo a linha editorial que os seus fundadores traçaram, o tempo de publicação do “Serras” será já suficiente para que nos possamos orgulhar do seu percurso, não apenas pelo facto de já ser o jornal de maior longe-vidade entre os vários projec-tos empreendidos por pampi-lhosenses nesta matéria, desde 1909, mas pelo seu percurso ao longo dos anos, numa evolução positiva, fiel à linha traçada pelos seus fundadores e continuada

por todos quantos lhes segui-ram os passos, sempre com a preocupação de o manterem vivo e útil ao regionalismo e ao concelho.

Olhando para o percurso feito até aqui, creio que a ilação a tirar só poderá ser a de que tem cumprido os objectivos que levaram à sua criação, o que me parece justificar, quando entra no seu 21º ano de publi-cação regular, um sentimento generalizado de orgulho serrano perante os resultados alcança-dos em qualquer dos objectivos que suportaram a sua criação. Mas, embora o passado, nas suas linhas gerais, nos satisfaça, importa sobretudo pensar nos anos vindouros, de modo a criar condições que possam levar a

que este projecto cultural se vá consolidando cada vez mais entre a comunidade pampilho-sense.

Acompanhando a evolução do “Serras” desde a sua nascen-ça, mantendo uma colabora-ção bastante assídua nos seus conteúdos ao longo de 20 anos, continuo a pensar, tal como já escrevi nos seus primórdios, que o nosso jornal representa uma mais valia cultural que o regiona-lismo pampilhosense produziu pelos seus recursos endógenos, como produto da criatividade dos seus militantes. Mantê-lo no nível que já atingiu e procurando melhorá-lo cada vez mais será um desafio em que toda a comu-nidade pampilhosense se deve envolver, olhando-o como o

veículo infor-mativo que nos liga às raízes e como um verdadei-ro traço de união que congrega os p a m p i l h o -senses. Atrair novos colabora-dores, aumentar o número de assinantes, interessar os empre-sários do concelho na divulgação dos seus produtos, serão facto-res essenciais para prosseguir uma caminhada de sucesso, focada na vitalidade do regiona-lismo e no desenvolvimento do nosso município.

Aníbal Pacheco

“SERRAS DA PAMPILHOSA” - O SUCESSO DE UM PROJECTO QUE NASCEU HÁ 20 ANOS!

Actualidade Opinião

Nos dias 8 e 9 de junho, o Gravity Internacional Freeride, regressou a

Pessegueiro, em Pampilhosa da Serra, para 2 dias de descidas frenéticas e muita adrenalina, sendo que no dia 10 coube à aldeia de Simantorta, em Góis, a honra de acolher o último dia evento.

O Gravity Internacional Free-

ride, que este ano avança para a segunda edição, consiste numa iniciativa destinada a desportos de gravidade que se divide em duas provas distintas: as descidas em trikes (semelhantes aos trici-clos, mas com rodas de karting atrás e de triciclo à frente), e as descidas em longboards (seme-lhantes aos skates).

Tal como adiantou, João

Antão, tesoureiro do Clube da Rota da Jerupiga, associação que concebeu e organizou o evento, as descidas das provas em Pesse-gueiro, decorreram ao longo de um “trajeto com 2200m, do alto da Telhada para Pessegueiro”.

Entraram em prova 110 parti-cipantes de 5 nacionalidades distintas: Portugal; Brasil; Espa-nha; França e Andorra. João Antão, assegurou ainda que apesar das descidas vertiginosas, a segurança esteve garantida e o espetáculo contagiou os visitan-tes. “Temos sempre muita gente no terreno, para os participantes estarem sempre acompanha-dos”.

Nos dois primeiros dias, em Pessegueiro, houve ainda anima-ção noturna, com as atuações de Vando Barros (música ao vivo) e do DJ Edwhitez.

A organização do Gravity Internacional Freeride, salien-tava antecipadamente na pági-na oficial do evento no Face-book, e veio a confirmar-se que se tratavam de “3 dias de pura adrenalina, diversão e descidas

frenéticas”, mas para além disso, o evento incitou à “descober-ta de duas regiões”, Pampilhosa da Serra e Góis, cujas Câmaras Municipais colaboram com o Clube Rota da Jerupiga na orga-nização da competição.

ADRENALINA DO "GRAVITY INTERNATIONAL FREERIDE" DE VOLTA AO CONCELHO

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CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 7

história de ligação ao concelho e a Vale Serrão, aquando dos dias de férias. Assinalou que a ligação da autarquia a que preside ao autor, veio através da amiga Alda e do amigo Barata Lopes, que lhe lançou o desafio de promover o livro e que o levou a travar conhecimento com o autor. Considerou que a sua junta se sentiu motivada para apoiar o projeto do livro tendo em conta “o seu valioso conteúdo e quali-dade”. Classificou o livro como “uma excelente edição que honra muito o nosso concelho” e desejou a todos os maiores sucessos. Lançou o repto a todos para que “nunca se esqueçam da vossa terra”. A terminar desafiou o autor a fazer um livro acerca das “alminhas”, desejando-lhe a melhor saúde e felicidade.

Hermano Almeida, depois de cumprimentar os presentes, sublinhou na sua intervenção que “a apresentação deste livro é mais um motivo de engrande-cimento do concelho”, lamentou o despovoamento crescente na região, mas adiantou que “em termos de cultura, ao reviver o passado vamos tendo gente que vai reconstruindo e fazen-do história, dando-nos algumas alegrias da terra que nos viu nascer”, mostrando de seguida o seu orgulho por ali estar, dando os parabéns pela carreira profis-sional do autor na área da saúde e pela obra literária que escreveu que “enobrece o concelho”.

António Barata Lopes proce-deu de seguida à apresentação do livro, começando por subli-nhar as qualidades profissionais do Dr. José Barata como médico e também como excelente escri-tor. Referiu que “o livro retrata a vida difícil e quase miserável dos nossos antepassados nas aldeias de Pampilhosa da Serra.”, adiantando que foram essas dificuldades que moldaram os pampilhosenses para serem “resilientes e tenazes” e capa-zes de ultrapassar os obstáculos à custa do seu trabalho. Frisou que os diversos capítulos do livro retratam, não apenas a vida em Aldeia do Meio, aplicando-se às restantes aldeias da região. Salientou o capítulo dedicado às

locuções populares, recordando as palavras que o povo usava e algumas ainda se usam. A termi-nar recomendou a leitura daque-la obra “que deve fazer parte de qualquer biblioteca”.

O autor interveio de seguida, começando por classificar o seu livro como “uma obra modesta” pelo que transmitiu o seu agra-decimento a todos os presen-tes por ali estarem. Agradeceu a todos os que o apoiaram na elaboração do livro, nomeada-mente a Barata Lopes na revisão, á Casa do Concelho, ao “Nélito” e à Câmara Municipal de Pampi-lhosa da Serra e Junta de Marvila pelo patrocínio da publicação.

Acerca do livro, José Barata disse que a publicação teve dois objetivos: Um deles foi “home-nagear um povo que durante cerca de 400 anos criou uma identidade fortíssima, numa geografia adversa, de pobreza, de miséria, mas que criou uma identidade que ainda hoje nos marca de uma forma indelével”. Outro objetivo é “não deixar morrer uma cultura imaterial criada por este povo, e fazer com que esta cultura não se perca.”, reforçando que “o património cultural que o livro retrata não é exclusivo da Aldeia do Meio, mas transversal a toda a região beirã, ficando agora preservado para o futuro”. A terminar José Barata homenageou uma senhora do século XVII de seu nome Isabel Vaz, que foi a primeira mulher a dar á luz na Aldeia do Meio, à Tia do Forno e Tio Manuel Almeida, dois aldeanos com horizontes mais largos que as serras nativas, e a Maria de Jesus, sua mãe, um dos mais lúcidos arquivos da cultura aldeã, e às e aos jovens solteiros que estão na fotografia

de capa do livro, tirada cerca do ano 1957.

Jorge Custódio, em represen-tação da Câmara Municipal, disse ser “para nós um prazer enorme continuar a assistir a pessoas que passam para o papel o que são as nossas histórias e dos nossos antepassados, porque se não respeitarmos o nosso passado e as nossas raízes não conse-guiremos passar os valores para as gerações seguintes”. Reiterou todo o apoio da Câmara Munici-pal à iniciativa e lançou um repto ao autor para que faça uma nova sessão lançamento do seu livro também na Pampilhosa da Serra ou na Aldeia do Meio.

O conterrâneo Armindo Mendes, em seu nome e em nome do povo de Aldeia do Meio agradeceu ao autor do livro José Barata e aos patrocinadores, Câmara Municipal de Pampilho-sa da Serra e Junta de Fregue-sia de Marvila, sem esquecer a Casa do Concelho. Enalteceu o trabalho do autor pela “recolha do património histórico e cultu-ral da sua aldeia que se perdia no tempo”. Salientou o esforço do seu conterrâneo na execução da obra apresentada, a juntar aos sacrifícios despendidos na sua vida profissional como clinico. “Foi e é um herói na representação do passado e na construção do presente.”, disse Armindo Mendes, lamentando de seguida o despovoamento da aldeia e a sua continuidade histórica, contrariada pela ação das autarquias e do movimento regionalista através da Casa do Concelho, classificando também o livro como uma obra literária de grande valor.

Carlos Simões

Actualidade

Num período em que as debilidades econó-micas tornam impera-

tivo o aumento de respos-tas sociais, o Município de Pampilhosa da Serra aderiu à Campanha Nacional do Banco Alimentar Contra a Fome, nos dias 25 e 26 de maio.

No total, foram recolhi-dos 269 Kg de alimentos nos estabelecimentos comerciais aderentes.

Um profundo agradeci-

mento a todos os que gene-rosamente contri-buíram para este projeto de respon-sabilidade social.

BANCO ALIMENTAR RECOLHE 269 KG

Integrado nas comemorações do 78º aniversário da Casa do Concelho de Pampilhosa da

Serra e 20º do jornal Serras da Pampilhosa, decorreu no dia 2 de junho o lançamento do livro com o título “Aldeia do Meio: Um esboço etnográfico”, da autoria de José Augusto Barata, que teve lugar na sede da Casa concelhia, em Alfama – Lisboa.

Pelas 12:00 horas a sala reser-

vada para o evento foi enchen-do com muitos pampilhosenses, familiares e amigos do autor, estando presentes o presiden-te da Assembleia Municipal de Pampilhosa da Serra, Hermano Almeida, o vice-presidente da Câmara Municipal, Jorge Custó-dio, o presidente da Junta de Freguesia de Marvila, José Antó-nio Videira, o presidente da Casa do Concelho, José Ferreira e António Barata Lopes que apre-sentou o livro.

Abriu a sessão José Ferreira que saudou as personalida-des presentes e agradeceu ao autor ter escolhido as instala-ções da Casa do Concelho para tão importante evento. Elogiou o livro que iria ser apresenta-do, desejando as maiores feli-cidades ao autor. Introduziu o orador seguinte, também ele um conterrâneo de Vale Serrão, e presidente da junta de Marvila, José António Videira que iniciou a sua intervenção contando a sua

JOSÉ BARATA LANÇA LIVRO SOBRE A ALDEIA DO MEIO

BARRAGEM DO CABRIL ACOLHE PROVA DE PESCA AO ACHIGÃ

Nos dias 1 e 2 de junho, a albufeira da Barragem do Cabril, em Pampilhosa da

Serra, acolheu as duas primeiras provas do circuito de pesca embar-cada ao achigã, promovido pela Bass Nation Portugal.

Tal como revelou Flávio Jeróni-mo, Vice-Presidente da Bass Nation Portugal, “até ao momento estão inscritos 20 barcos para o circuito completo, o que corres-ponde a 20 equipas de dois elementos cada”.

Deste modo, as duas primeiras provas decorreram na albufeira da Barragem do Cabril, em Pampilho-sa da Serra, enquanto que as duas últimas realizam-se na albufeira da Barragem do Alqueva, completan-do assim o leque de 4 provas do circuito.

A classificação será determina-da pela pesagem dos 5 melho-res exemplares de cada uma das equipas, elegendo-se assim a equipa vencedora no final de cada uma das quatro provas. No final do circuito, a equipa vencedora da classificação geral, ganhará o acesso à prova internacional da especialidade que se disputa nos Estados Unidos.

Promovido pela BNP com o apoio do Município de Pampilhosa da Serra, este é um acontecimento de renome que reúne várias equi-pas e que, de ano para ano, tem vindo a demonstrar a vitalidade desta prática, impulsio-nando ainda o desen-volvimento socioeco-nómico das localidades por onde passa.

“O esboço de levantamento histórico-etnográfico que se apresenta nesta publicação constitui a súmula de uma recolha realizada em Aldeia do Meio, numa pequena comunidade rural do Pinhal Interior Norte, no decurso das últimas décadas.

A sobrevivência do patrimó-nio material e memorial multicentenário , estruturan-te deste agregado humano, durante cerca de 4 séculos, está hoje claramente em risco, perante o fenómeno inexorá-vel da desetificação humana do interior do país.

Os últimos depositários das práticas e dos saberes ances-

trais restringem-se hoje a uma minoria de pessoas que irremediavelmente se acerca do termo da expectativa de vida. Derradeiros repositó-rios de uma cultura que as gerações seguintes já não vivenciaram de raiz, e com a qual contataram apenas por memórias , o seu desapare-cimento ditará o termo de um legado que consubstan-ciou a identidade de um povo vincadamente cioso dos seus valores.

No momento que Aldeia do Meio encerra irreversivelmen-te um ciclo vital alicerçado nos modelos de ruralidade tradi-cional, é altura de fixar para

a posteridade a saga de um povo para que o seu patrimó-nio cultural e imaterial não se esfumem no esquecimento.”

SINOPSE

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8 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

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CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 9

Regionalismo Actualidade

Sem dúvida que o sucesso do Convívio das Coletividades Regionalistas Fajaenses e

Amigas se vem afirmando ao longo do tempo. Este ano, no dia 9 de junho, realizou-se pelo 14.º ano consecutivo esta grande jornada de convívio regionalista, mantendo a alternância de local entre Fajão e as restantes aldeias da freguesia.

O regresso ao recinto de N.ª Sr.ª da Guia, espaço emblemático e bem conhecido na antiga vila de Fajão, Aldeia de Xisto do concelho de Pampilhosa da Serra, encheu por completo o recinto num dia solarengo mas ventoso, para onde afluíram mais de meio milhar de pessoas resultando num enorme êxito.

Numa organização conjunta das coletividades da freguesia, às quais se juntou a “amiga” de Vale Derradeiro (Cabril), desde alguns dias que alguns elementos em Lisboa e em Fajão, preparavam aquela festa por forma a proporcionar uma grande jornada de convívio e confraternização entre conterrâneos e amigos, e ao mesmo tempo divulgar a gastronomia, a paisagem e a hospitalidade, que são o cartão de visita desta região serrana.

A partir de Lisboa, pelas 8 da manhã rumaram a Fajão cerca de uma centena e meia de pessoas, na sua maioria lisboetas que não conheciam a região, transportados em três autocarros, visto que a maioria já estava na região devido ao fim de semana alargado com feriado na segunda feira, dia de Portugal. Os autocarros atravessaram o concelho de sul para norte, e pelo caminho puderam desfrutar da beleza paisagística deste concelho de interior, o que mereceu comentários elogiosos como sendo algo de raro e de beleza impar desconhecida de muitos dos visitantes.

Em Fajão, o trabalho preparatório já tinha começado

dias antes. Nessa manhã, cedo os assadores começaram a fumegar. O bar estava pronto com várias bebidas à descrição. Partiu-se a o pão e a broa de milho, afinou-se a máquina da imperial e as mesas e cadeiras estavam a postos, espalhadas pelas sombras do aprazível local. Já tinham chegado 130 kg de Sardinha !!! mais de 150 Kg de Carne, 700 bolas, 3 panelões de sopa e enchidos para a entrada.

Apesar do vento fresco mas com sol, as condições climatéricas estavam a colaborar e, à chegada dos autocarros a Fajão, estavam a receber os viajantes os Ecos do Picoto, grupo de bombos que veio de Meãs, seguindo-se uma arruada por Fajão e na chegada ao recinto da festa integrou e animou os recém chegados com uma bela atuação, ao que se juntaram o grupo de Concertinas “Amigos da Paródia”, de Coimbra.

Juntando as pessoas que foram chegando ao recinto e se deslocaram em viaturas próprias, vindas das diversas aldeias da região, pelas 13:00 horas, contava-se a presença de mais de 500 pessoas.

A equipa de churrasqueiros não tinha mãos a medir e o pessoal do bar matava a sede a todos. Com alguma aglomeração no início, foram servidos os enchidos e logo de seguida a Sardinha que estava uma delícia, segundo os comentários que se ouviam entre a multidão. As entremeadas, febras e uma boa Sopa Serrana completaram a ementa. Estava aprovada a organização porque o pessoal estava a gostar. Mais adiante, já para a sobremesa, surgiu a tão apreciada Tigelada e Arroz Doce, aos quais ninguém resistiu, terminando com fruta da época.

Diversas entidades convidadas estiveram presentes, designadamente o vice-presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, Jorge Custódio, vários membros da

junta de Freguesia de Fajão-Vidual, a presidente da junta de freguesia de Cabril, Anabela Martins, o presidente da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, José Ferreira, pela imprensa regional José Vasconcelos da Comarca de Arganil e do Serras estava Carlos Simões que também era da organização.

Marcaram ainda presença vários representantes de juntas de freguesia do concelho, assim como dirigentes de muitas coletividades congéneres, quer de todo o concelho quer dos concelhos vizinhos, empresários da região e empresários em Lisboa.

Para além da componente gastronómica deste convívio, proporcionaram-se interessantes contactos entre as pessoas e instituições, o que representou o lançar de sementes no sentido do desenvolvimento do concelho, sendo difícil acontecer este tipo de contactos noutro tipo de iniciativa. Nos dias de hoje, chama-se a isto Associativismo Regionalista, quando se junta importante número de pessoas a conviver e em simultâneo puder falar e trocar ideias sobre desenvolvimento e luta contra o despovoamento das nossas aldeias.

No capítulo musical, o grupo de bombos Ecos do Picoto marcou o ritmo inicial. Como vem já sendo habito neste evento, os presentes foram brindados com musica tradicional da região, desta vez a cargo dos Amigos da Paródia que brindaram os presentes com uma extraordinária atuação, do agrado de todos e muito aplaudido pelos “lisboetas” que se deslocaram a Fajão pela primeira vez, proporcionando animado bailarico.

Em nome das coletividades organizadoras e da Liga pró-melhoramentos da freguesia de Fajão, o seu presidente da assembleia geral Carlos Simões, agradeceu a presença de todos, e de todos quantos colaboraram para a realização daquele evento. Agradeceu especialmente à Junta de freguesia de Fajão-Vidual e à sua equipa pela preparação do recinto, na pessoa de Vitor Pereira. Aguçou o apetite para o próximo convívio a realizar em 2020, que será o 15º Convívio de coletividades e terá lugar numa aldeia da freguesia, ainda a definir mas que provavelmente será na aldeia de Porto da Balsa ou outra que se candidate.

A festa aqueceu e prolongou-se durante toda a tarde, a imperial estava fresca e a “bombar”. A atuação do grupo de bombos e das concertinas, fez soltar muitas gargantas, interrompido apenas pra realizar um pequeno leilão de queijos, tigeladas, aguardentes e outras prendas, e realizar o sorteio das rifas vendidas no recinto.

O regresso a Lisboa estava previsto para as 18:30 horas,

mas a festa estava muito boa e ao rubro. Ainda havia comida e bebida, pelo que entraram nas grelhas mais febras e entremeadas que serviram de lanche e de “cama” para mais um copo, o que adiou um pouco a partida para Lisboa.

Foi um dia que passou num ápice. Ao chegar a casa já no final do dia, todos estavam cansados mas com a agradável sensação de que se tratou de uma iniciativa com resultado muito positivo e algo a continuar no futuro.

De notar que para participar neste dia de festa não foi exigido qualquer pagamento da alimentação e bebidas, sendo as despesas da responsabilidade das coletividades organizadoras que para isso angariaram fundos na venda de rifas, na venda de produtos regionais e no leilão, contando ainda com a prestimosa colaboração da Junta de Freguesia de Fajão-Vidual que

apoiou o evento com a aquisição de alimentos e disponibilizando uma equipa de colaboradores.

A organização agradece a todos, homens e mulheres, que em Fajão e em Lisboa colaboraram para que esta festa resultasse em êxito, à equipa de cozinheiras do Restaurante Pascoal, que tiveram a seu cargo a confecção da Tigelada, Arroz Doce e a Sopa Serrana, e em especial ao delegado da Liga em Fajão, Vitor Pereira que foi incansável e mobilizador da equipa de ajudantes em Fajão.

Temos então encontro marcado para o ano, no 15º Encontro-Convívio das Coletividades Regionalistas Fajaenses e Amigas, em local ainda a designar, que será certamente mais uma grande jornada para todos os pampilhosenses.

Carlos Simões

FAJÃO ANIMOU COM O 14.º CONVIVIO REGIONALISTA

No próximo dia 1 de julho arranca mais uma edição do programa de

férias “Julho em Ação, um Mês de Diversão”, promovido pelo Município de Pampilhosa da Serra em parceria com o ATL da Cáritas Diocesana de Coim-bra e a Associação de Solida-riedade Social de Dornelas do Zêzere.

A iniciativa estende-se até ao final do mesmo mês, e inclui diversas atividades como visi-tas à Praia Fluvial de Pesse-gueiro, à Kidzania, à Caravela Vera Cruz, assim como varia-díssimos momentos lúdicos e desportivos.

Este programa de férias é destinado a todas as crianças e jovens inscritas nas AAAF – Atividades de Animação e

Apoio à Família, desde o pré-escolar até aos 17 anos de idade.

Todas as atividades realiza-das no âmbito do “Julho em Ação, um Mês de Diversão”, foram idealizadas com o intui-to de alertar para a necessi-dade de preservação do meio am-biente e de adoção de esti-los de vida saudáveis, assim como de estimular o desen-volvimento cultural das crian-ças e jovens.

MUNICÍPIO RETOMA PROGRAMA DE FÉRIAS PARA OS MAIS NOVOS

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10 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

Regionalismo

Segundo a direção da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, no dia 2 de junho

de 2019, foi batido o record de presenças no aniversário da insti-tuição, ficando para a sua histó-ria, tornando-se a sede bastante exígua para albergar mais de 170 pessoas, que conviveram da forma efusiva e fraternal bem caracte-rística das gentes serranas, sendo naturalmente gratificante para todos quantos ao longo do tempo vão gerindo os destinos da “CASA MÃE” do regionalismo pampilho-sense.

A motivação era mais que sufi-ciente e o programa diversificado cativou muitos pampilhosenses e amigos, começando pelas 12:00 horas com o lançamento do livro “Aldeia do Meio: Um esboço etno-gráfico”, obra da autoria do Dr. José Augusto Barata. (ver noticia em separado), seguindo-se o almoço de convívio, em comemoração do 78º aniversário da Casa Conce-lhia e o 20º do jornal “SERRAS DA PAMPILHOSA”.

O dia começou bem cedo com a equipa da cozinha a confecionar o almoço, que contou com a impor-tante ajuda e liderança do vice--presidente da direção José Duar-te, acompanhado por uma equipa de voluntários sempre disponível, onde não faltou o habitual Zé Alexandre, tendo como resultado um excelente e inovador prato de Bifinhos com cogumelos, migas e batatinhas que fez as delícias de todos.

Após a sessão de apresentação do livro no andar inferior da sede, os participantes subiram ao salão para ocuparem os seus lugares na sala. Após o repasto, seguindo--se a intervenção de João Ramos, presidente da assembleia geral da Casa Concelhia que, como anfi-trião, dirigiu algumas palavras de boas vindas para cumprimentar e agradecer a presença dos ilustres convidados, das coletividades ali representadas e dos associados, familiares e amigos, desejando a todos uma boa tarde de convívio, e agradecendo o esforço daqueles que desde a véspera estavam a trabalhar na cozinha e no serviço de mesas, para que tudo corre-se pelo melhor.

Para além de João Ramos a presidir, na mesa de honra esti-veram: Hermano Almeida, presi-dente da Assembleia Municipal de Pampilhosa da Serra; Jorge Custó-dio, vice-presidente da Câmara Municipal; Manuel Ferreira, presi-dente da Junta de freguesia de Penha de França, Anabela Antu-nes, presidente da Associação de Casas Regionais em Lisboa (ACRL),

Telma Barata, presidente do conse-lho de administração da fundação Dr. José Fernando Nunes Barata, José Ferreira presidente da dire-ção da Casa anfitriã, ladeado pelos membros da sua direção e Carlos Simões, diretor do jornal Serras.

Muitas foram as coletividades e associações representadas, designadamente o Grupo Musical Fraternidade Pampilhosense com o seu maestro Filipe Vicente, a Real Confraria do Maranho de Pampi-lhosa da Serra, a Associação de Combatentes de Pampilhosa da Serra, as Casas Regionais de Tábua, Arganil, Tondela, Tomar, Alvaiá-zere, Góis e Ferreira do Zêzere, diversas instituições do concelho e ainda inúmeras coletividades regionalistas.

Após o almoço foram várias as intervenções de convidados aos quais João Ramos foi dando a pala-vra. Iniciou Carlos Simões, na quali-dade de diretor do jornal SERRAS DA PAMPILHOSA, publicação que naquele dia comemorava o seu 20º aniversário. A esse respeito Carlos Simões homenageou todos aqueles que ajudaram a trilhar o caminho do jornal desde 1999, ao longo de duas décadas. Salientou e agradeceu o esforço, trabalho e dedicação de todos os diretores, redatores, colaboradores, pagina-dora, impressores e todos os anun-ciantes e leitores, de uma forma geral todas e todos aqueles que tornaram possível fazer história, sendo o jornal Serras o de maior longevidade no concelho com publicação mensal ininterrupta há 20 anos, ficando assim nos anais da história do concelho. “Para nós a aposta feita há 20 anos é uma aposta ganha, apesar dos sacrífi-cos que vão causando desgaste”, disse o diretor, adiantando que “os objetivos estão a ser cumpri-dos, fazendo cada vez mais jus ao lema do jornal que é ser A Voz do Regionalismo, lutando sempre pela divulgação e desenvolvimento do concelho”. A terminar saudou e pediu aplauso para a única cola-boradora que acompanha o jornal desde o seu inicio há 20 anos, pedindo aplauso para Beta Vicente que assume funções de paginado-ra, sempre com brio e muito sacri-fício pessoal. A terminar agradeceu à direção da Casa e apelou para que todos os pampilhosenses se façam assinantes.

Manuel Ferreira, pela Junta de freguesia de Penha de Fran-ça agradeceu o convite e deu os parabéns à Casa e ao jornal, assim como na intervenção de Anabela Antunes pela ACRL e pelas casas regionais presentes, que disse ser “uma honra estar naquele even-

to”. Destacou a atividade da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra pelo “excelente trabalho que tem desenvolvido para divul-gar a cultura e a realidade do seu concelho em Lisboa. Penso que é preciso muita força para conseguir chegar onde chegaram, e espero que continuem por muitos anos”, rematou a finalizar.

Filipe Vicente, maestro da banda filarmónica de Pampilhosa da Serra e em nome da instituição tricentenária disse ser um prazer enorme ali estar pela primeira vez. Anunciou uma possível ligação em parceria entre o Rancho Folclóri-co da Casa do Concelho e a sua banda, e deixou os parabéns à Casa concelhia.

Isaura Fernandes, em nome da Liga de Fajão e das coletividades regionalistas ali representadas, começou por saudar a mesa de honra, todos os presentes e a equi-pa da cozinha pelo excelente almo-ço. Como ex-dirigente da Casa e regionalista de há muitos anos, saudou e deu os parabéns à Casa do Concelho e ao jornal Serras, mostrando-se agradada por ali ver muita gente e deixou o repto para que todas as coletividades e associados sejam mais assíduas à Casa e apoiem a direção nas suas atividades “porque merece a bem do nosso concelho”.

José Ferreira, presidente da dire-ção da Casa do Concelho usou da palavra para cumprimentar e saudar todos os convidados na mesa de honra, coletividades e todos os presentes. Agradeceu a presença de tantos e tão bons amigos da Casa, dizendo ser com muito agrado que via aquele salão cheio, sinal evidente que a Casa continuava 78 anos depois a desempenhar cabalmente o seu papel em proveito dos pampilho-senses onde quer que estejam, sendo um prazer a presença de tão destintos convidados, desta-cando a presença do representan-te da filarmónica pampilhosense. Saudou e agradeceu especial-mente às coletividades filiadas e a Jaime Carvalho da RDPi, e também a Telma Barata pela sua presença e apoio aos pampilhosenses. Saudou ainda os escritores José Barata que apresentou o livro naquele dia, e a São Pereira que apresentou recentemente o livro de poesia “Os meus rabiscos desencalhados” (noticia nesta edição).

José Ferreira referiu-se de seguida à vida da Casa. Saudou jornal Serras pelo 20º aniversário, como o meio que mais longe leva informação dos regionalistas de Pampilhosa da Serra, e o Rancho Folclórico da Casa que divulga as danças e cantares do concelho e da região, salientando que “é com este conjunto de pessoas que a nossa casa tem vida, que fazem com que o concelho tenha divulga-ção permanente e que tenhamos ligações entre nós e com as nossas congéneres de outros concelhos”. Disse que o esforço é feito com “especial gosto porque ao fazê-lo sabemos que estamos a lutar em prol do nosso concelho e da nossa

terra natal ou onde temos raízes”, disse o presidente a finalizar a intervenção.

José Ferreira chamou ainda à sala a equipa de voluntários que confecionou e serviu o almoço e apresentou José Duarte, líder da equipa da cozinha que gentilmen-te deu o seu grande contributo, ao que se juntaram os restantes membros da direção, tendo todos recebido forte aplauso de todos os presentes.

Jorge Custódio, vice-presidente da Câmara Municipal de Pampi-lhosa da Serra usou da palavra para cumprimentar a mesa de honra, todos os convidados e os presentes, apresentando também os cumprimentos de José Brito, presidente do município que não pode estar. Cumprimentou espe-cialmente a Dr.ª Telma Barata pelo trabalho desenvolvido em prol dos pampilhosenses na sua função na Fundação Dr. José Fernando Nunes Barata. Parabenizou a Casa conce-lhia e o jornal Serras pelo trabalho desenvolvido. Salientou a impor-tância do associativismo regiona-lista no concelho, afirmando que “para quem julga que as coletivi-dades não fazem sentido, eu digo que essas pessoas nunca estive-ram tão enganadas como agora…porque cabe agora às coletivida-des fazer com que as pessoas não percam o cordão umbilical com as suas terras, e cabe agora às coleti-vidades o papel social de continuar a ligar os seus filhos e netos ao seu berço”. Incentivou as coletivi-dades a continuarem a desenvol-ver o seu papel e lamentou que “ainda hoje continuam muitos a separar o interior do litoral quando

está tão próximo. Só em Portugal é que existe esta separação”. Deu os parabéns à Casa concelhia pelo trabalho desenvolvido a levar bem longe o nome do concelho, distin-guindo em especial José Ferrei-ra pelo excelente trabalho como presidente da direção, pedindo um forte aplauso.

Continuou Jorge Custódio a sua intervenção referindo-se aos incêndios de 2017 e aos apoios para a recuperação dos danos, afir-mando que “apesar de ter havido muitos apoios e tentarmos acudir a todos, temos consciência que não conseguimos chegar a todo o lado…mas ao contrário que muitos dizem, que foram abandonados…não é totalmente verdade, porque …só em subsídios à agricultura que o governo deu para o concelho, ou seja, diretamente para o bolso das pessoas que o requereram, o valor de 2 milhões e 685 mil euros, que não passaram pela Câmara, e certamente se fossem investidos pelas pessoas teríamos o concelho ainda mais verde, e estas verbas só vieram porque lamentavelmen-te morreram pessoas”. Continuou informando que a Câmara está apoiar a reconstrução de casas de segunda habitação, “num esforço financeiro que ronda o 400 mil euros…mas para dar um sinal a todas estas pessoas que a casa que lá tinham dos pais ou avós, é o tal cordão umbilical que os liga à aldeia, sendo assim um forte sinal da Câmara para que essas pessoas não abandonem as suas terras”.

Jorge Custódio sublinhou ainda a aposta da autarquia no setor do turismo no concelho, “sendo o principal criador de emprego nos

CASA DO CONCELHO FESTEJA 78.º ANIVERSÁRIO E OS 20 ANOS DO “SERRAS”

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CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 11

Actualidade

“Por um país com bom ar”. A APA – Agência Portuguesa do Ambiente, em conjunto com a CCRR - Comissão de Coordenação Regional do Centro, escolheram Pampilhosa da Serra para levar a cabo cerimónia simbólica de assi-natura dos protocolos de coope-ração “Por um país com bom ar”, iniciativa que surgiu no seguimen-to da evocação pioneira do dia 12 de abril como Dia Nacional do Ar, e que conta já com “cerca de 100 entidades parceiras”, conforme frisou João Ataíde, Secretário de Estado do Ambiente.

De facto, as questões associa-das à poluição do ar têm vindo a merecer um crescente interesse e preocupação por parte de diversos intervenientes, desde entidades públicas e privadas a associações não governamentais. Reflexo disso mesmo são os 26 protocolos que foram hoje assinados, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, onde as entidades envolvidas reiteraram oficialmente o desejo de seguir o repto lançado pela APA, cuja finali-dade maior é a de atingir, gradual-mente, um ar tão bom quanto possível a nível nacional.

Nesse sentido, Ana Teresa Perez, vogal do conselho directi-vo da APA, sugeriu na cerimónia que “é muito importante que se reitere que a responsabilidade pela qualidade do ar é de todos”, explicando depois que esta é “uma campanha que não pede nem manda”, apenas pretende “motivar 10.000.000 de portu-gueses a apostar na preservação de um bom ar”, e com isso dimi-nuir o número de pessoas (6.000) que, anualmente, no nosso país, morrem prematuramente devido à poluição atmosférica.

Urge, pois, uma “atitude imedia-ta e efetiva”, e que o protocolo “não fique só no papel”, uma vez que as “gerações futuras” depen-dem da forma como diariamente lidamos com esta problemática, disse José Brito, Presidente da Câmara Municipal de Pampilho-sa da Serra, acrescentando ainda que é fundamental “inverter o caminho” e, para que isso aconte-ça, é preciso “valorizar aquilo que temos nos nossos territórios e que o poder central perceba que tem investir nestes valores que são funda-mentais para a vida, tanto daqueles que cá moram como dos que estão mais longe”.

No discurso subse-

quente à assinatura dos protoco-los e que acabaria por encerrar a sessão, João Ataíde, dirigindo--se particularmente aos diversos autarcas presentes, expressou a sua “satisfação” pelo vasto número de “adesões espontâneas ao proje-to”, que fazem jus à velha máxima: “as políticas fazem-se do territó-rio e para o território”. O secretá-rio de estado do ambiente frisou ainda que é necessário intervir numa perspetiva não só individual, mas também “num compromisso conjunto” e “transversal a áreas como os transportes e a energia”, de modo a que Portugal atinja o ambicionado top 10 de países com melhor qualidade do ar, entre os 41 países presentes no relatório da Agência Europeia do Ambiente.

A cerimónia contou ainda com a intervenção de Veiga Simão, Vice-Presidente da CCDR Centro, na qual explanou a importância do Sistema de Monitorização da Qualidade do Ar e do Sistema de Monitorização das Chaminés Industrias, ambos fundamentais para conjeturar comportamentos e redefinir estratégias que visem a conservação de padrões desejáveis de qualidade do ar. Intervieram ainda na sessão Fernando Caçoilo, Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, e Cláudia Lima, repre-sentante da Câmara Municipal de Castelo Branco.

Os protocolos de cooperação “Por um bom ar”, foram assinados entre a APA e as seguintes enti-dades: Agrupamento de Escolas da Gafanha da Nazaré; Associação de Municípios do Planalto Beirão; Centro de Serviços e Ambientes; Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro; Fundação Mata do Buçaco; Instituto Politécnico de Coimbra; Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré e as Câmaras Municipais de Castanheira de Pêra, Lousã, Pampilhosa da Serra, Sertã, Arganil, Castelo Branco, Gouveia, Ílhavo, Mira, Mortágua, Oleiros, Oliveira do Hospital, Penacova, Penela, Tábua, Tondela, Vila Nova de Poiares, Fundão, e Figueira da Foz.

REGIÃO CENTRO REÚNE NA VILA “POR UM PAÍS COM BOM AR”

Realizou-se nos dias 24, 25 e 26 de maio de 2019, a 5ª edição da Festa das Cole-

tividades e das Casas Regionais em Lisboa, numa organização da ACCL (Associação das Colectivida-des do Concelho de Lisboa), ACRL (Associação das Casas Regionais em Lisboa) e da FCDL (Federação das Colectividades do Distrito de Lisboa) com o apoio das Juntas de Freguesia do Areeiro, da Penha de França e de Arroios e dos serviços técnicos da Câmara Municipal de Lisboa.

O espaço escolhido foi a Alame-da D. Afonso Henriques, junto à Fonte Luminosa, onde foi possível disfrutar de 19 horas de excelen-tes actuações em palco; 29 horas de tasquinhas abertas ao serviço da JF Areeiro, Casas Regionais de Tondela, Tábua, Castanheira de Pêra, Arronches, Tomar, Beiras, Alentejo, Aguiar da Beira, Penaco-va, Cerveira, Pampilhosa da Serra, Gouveia, Ponte de Lima, Alvaiá-zere, Castro Daire, Valença, Góis, Comarca da Sertã, Arganil, Ferreira do Zêzere, Comércio da Covilhã, Casa do Brasil, Grupo Escorpiões FC do bairro Padre Cruz, propor-cionaram aos visitantes momentos de grande convívio, conhecimento

recíproco, diversão e arte de canto, dança e execução musical, em que as origens da população da Grande Lisboa esteve presente.

O evento incluiu grandes espe-táculos de concertinas a 24 de maio (21H-24H); noite de fados no sábado, dia 25 de maio, entre as 21H30 e as 24H; e vários espe-táculos de dança e atuações de ranchos, canto coral e música tradicional portuguesa. A par da oferta cultural, houve jogos tradi-cionais, animação e tasquinhas com iguarias e produtos tradicio-nais de norte a sul do País

Os dias estavam quentes, convi-dando uma ida à praia, as noites estavam frias, convidando a ficar

em casa. Mesmo assim, ainda foram vários milhares de pessoas que se deslocaram ao espaço da Festa.

O cansaço para quem esteve a trabalhar ao fim de semana, muitos, depois de uma semana de trabalho e antecipando outra, foi grande, mas a satisfação do dever cumprido recompensou tal cansa-ço e desgaste. Do evento ficam memórias para quem marcou presença.

O Programa em palco foi cumprido exemplarmente, com as actuações artísticas a correspon-der às melhores expectativas. O forte vento prejudicou um pouco a qualidade do som, mas, mesmo assim deu para saborear o som emitido por vozes e instrumentos completados com o aspecto visual das danças.

Palmas, muitas palmas para todas as actuações em palco, respeitando o programa, à assis-tência deliciando e às suas origens honrando.

Pais de Almeida

CASA CONCELHIA MARCA PRESENÇA NA 5.ª FESTA DAS COLETIVIDADES E DAS CASAS REGIONAIS

últimos anos, justificando assim o forte investimento no setor, como são exemplo os eventos de refe-rência”. A justificar a sua opinião informou que “só em levanta-mentos nos multibancos da vila no último mês de agosto de 2018, foi levantado 1 milhão e 200 mil euros, quando a média mensal ronda os 300 mil euros, por isso, continuamos a dizer que somos o Centro Comercial da Natureza. Viva a Casa do Concelho, viva a

Pampilhosa da Serra”, rematou o autarca a terminar.

De seguida, o vice-presidente da direção, Sérgio Vicente, procedeu á entrega dos troféus e diplomas referentes ao Torneio de Futsal Intercoletividades 2019 (ver noti-cia nesta edição), salientando--se que se sagrou vencedora do torneio a equipa da Comissão de Melhoramentos de Malhadas da Serra, “sendo orgulhosamente a terceira mais antiga do concelho”,

conforme referiu a sua presidente da direção no momento de rece-ber o troféu, orgulhando-se dos fundadores e por ali estar. Dedi-cou o troféu a Izidro Marques, um malhadense que é presiden-te da assembleia geral e também do Conselho Regional da Casa do Concelho, que não pode estar por motivos de saúde.

Na ocasião, Sérgio Vicente agra-deceu a todos os que participaram e colaboraram na organização do Torneio de Futsal, em especial a Joaquim Simão e ao Tiago, deixan-do a esperança de que para o ano se volte a realizar e que seja ainda melhor.

Seguiu-se a parte musical da comemoração, com a animada exibição do Rancho Folclórico da Casa do Concelho que contribuí-ram para um resto de tarde muito alegre, onde foi bom de ver soltar as danças e cantares da nossa terra, onde todos foram convida-dos a participar.

Na hora de cantar os para-béns, brindar e cortar o bolo aos aniversariantes, João Ramos, José Ferreira e Carlos Simões, tiveram essa missão, acompanhados pelas concertinas dos “Serranitos” e por um coro devidamente afinado. Parabéns a todos e temos encon-tro marcado para 2020.

Carlos Simões

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12 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

Regionalismo Cultura

Um ano após a comemo-ração das Bodas de Ouro, a União e Progresso de Vale

Derradeiro - UPVD (Cabril) tinha novamente razões para comemo-rar, assinalando com um grande almoço de convívio e festa rija o seu 51º aniversário, evento que se reali-zou no dia 19 de maio de 2019, pelas 13:00 horas, na sede da Associação da Força Aérea, em Lisboa.

Contando este ano com mais de uma centena de pessoas partici-pantes e pela primeira vez naquele agradável espaço, os convivas foram recebidos com entradas diversas e logo se distribuíram pelo salão. Na mesa de honra esteve a presidir Jorge Barata Martins, na qualidade de presidente da assem-bleia geral, sendo acompa-nhado por Anabela Martins, presidente da Junta de Freguesia de Cabril, José Ferreira presidente da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, Vitor Domingues pela Liga de Melhoramentos de Cabril, Isau-ra Fernandes e António Manuel pela Liga Pró-melhoramentos da freguesia de Fajão, Maurício Mendes, presidente da direção e os associados António Catraia e Abel Carlos de Almeida, assim como esteve presente o diretor do jornal Serras da Pampilhosa.

Foram muitas as coletividades congéneres ali representadas, fruto da simpatia que os valeder-radeirenses espalham pela região. Assim, além das instituições já referidas, registámos a presença das coletividades de Cabril, Fajão, Ponte de Fajão, Castanheira da Serra, Covanca, Camba, Ceiroco, Gra-lhas, Porto da Balsa, Boiças, Sobral Bendito, Soeirinho, Cava-leiros e pessoas naturais de Açor de Boiças.

Como é habitual nestes eventos, várias pessoas tiveram oportuni-dade de transmitir o seu apreço pela colectividade em festa, iniciando o período de interven-ções o presidente da assembleia-geral, Jorge Martins, que deu as boas vindas a todos, passou de imediato a palavra ao presiden-te da direção anfitriã, Maurício Mendes que começou por felicitar e cumprimentar a mesa de honra, coletividades e entidades, e infor-mou das mensagens recebidas das entidades oficiais manifestando o seu apreço. O presidente lembrou e salientou a importância de “todos aqueles que mesmo antes da existência da coletividade tanto lutaram e sofreram pela nossa aldeia. para eles e por eles a nossa gratidão será eterna”. Homenag-eando de seguida “os homens e

mulheres que sonharam, projeta-ram e levaram por diante o sonho de fundar a nossa coletividade. O nosso sentido Obrigado e admiração pelo esforço desen-volvido”, agradecendo de seguida a todos os dirigentes que durante os 51 anos de existência “pugnar-am de forma extraordinária pela melhoria das condições de vida em Vale Derradeiro, dizemos que a gratidão é imensa e prometemos honrar a coragem com que sempre lutaram para conseguir aquilo que é hoje a nossa terra.”

Continuou Maurício Mendes agradecendo todos os apoios concedidos pelas autarquias locais, Casa conce-lhia, imprensa regional e todas as coletividades congé-neres, afirmando que “muito difi-cilmente conseguiríamos chegar até onde chegámos sem a vossa prestimosa ajuda. Obrigado a todos.”, deixando um agradeci-mento muito especial á presi-dente da junta de Cabril, Anabela Martins, sublinhando “o orgulho que nos devolveu em pertencer-mos à freguesia de Cabril.”, colo-cando a coletividade ao dispor da autarquia para colaborar.

Enalteceu ainda os seus cole-gas de direção pelo seu trabalho e entrega, salientando Xana Pires pela sua “máxima dedicação e disponibilidade”, e deixou rasga-dos elogios ao seu antecessor no cargo de presidente durante oito anos, Sérgio Trindade, “pela forma extraordinária que exerceu a função”, deixando a sua maior gratidão. Chamou de seguida todos os membros da direção e a Inês, em nome da coletividade, entregou uma prenda ao Sérgio, composto por uma camisola personalizada do SL Benfica, seu clube do coração e que acabava de se sagrar campeão nacional, o que arrancou enorme aplauso, prin-cipalmente dos adeptos daquele clube. Terminando com um forte abraço ao Sérgio afirmando que “é um abraço da coletividade para todos vós aqui presentes. Obriga-do”. Na ocasião Sérgio Trindade agradeceu de forma emocionada as palavras a si dirigidas e a pren-da recebida, reafirmando a sua disponibilidade para colaborar.

De seguida procedeu-se à entre-ga dos emblemas de prata e ouro aos associados que completaram 25 e 50 anos de inscrição na cole-tividade, respetivamente. Assim com emblema de 50 anos foram agraciados: Maria de Lurdes de Almeida Ilhéu, Maria de Fátima Ramos de Almeida, António de Almeida, Juvelina dos Santos Paiva, Inácio Antunes Miguel, António

Costa Barata de Almeida, Germano Antunes Mendes e José Gonçalves do Espirito Santo. Com emblema de 25 anos foram chamados: Laurindo Pires Felipe, Dalila Paula Reis e Silva, Inês Beatriz da Silva Bento, Isabel Maria de Almeida Martins, Paula Cristina de Almeida Martins. A terminar o presidente homenageou os associados agraci-ados e agradeceu a sua dedicação.

Isaura Fernandes usou da pala-vra começando por cumprimentar os membros da mesa de honra, deixou os parabéns e felicitações à U.P. Vale Derradeiro em nome da Liga de Fajão e de todas as cole-tividades congéneres ali represen-tadas. Salientou a importância que ainda nos tempos de hoje têm os convívios regionalistas, permitin-do manter ativo o associativismo regio-nalista, o que na sua opinião contraria algumas vozes que dizem “as coletividades estão a acabar”. Deu como exemplo de vitalidade a coletividade de Vle Derradeiro, “que tem tido grandes regionalis-tas na sua terra”, citando o nome de Luciano Nunes de Almeida, como um desses grandes exemp-los. Referiu-se também a António de Almeida, do Açor de Boiças, ali presente, “que muito lutou para ter uma casa de convívio na sua aldeia”, felicitando-o pela sua presença e pela luta regionalista. A concluir deixou os votos de muitos sucessos ao novo presidente Maurício e terminou nomeando as coletividades que representava, e anunciou o 14º Convivo dos Cole-tividades Fajaenses e Amigas, no dia 9 de junho, em Fajão.

Carla Melo agradeceu o traba-lho realizado pela direção da UPVD e por todas as direções anteriores desde a fundação, “que se envolv-eram num objetivo comum que foi a União e Progresso da nossa aldeia e consequentemente de toda a nossa região pampilhosense”. Como todas as aldeias e todas as famílias têm histórias, deixou um convite para todas as pessoas de Vale Derradeiro procurem conhec-er um pouco da história dos seus antepassados, para se conhecer a história de cada casa, de modo a fortalecer a família.

José Ferreira transmitiu os para-béns pelos 51 anos de fundação em nome da Casa concelhia e teve uma palavra especial para a presi-dente da junta de Cabril. Salientou a “solidariedade entre as aldeias criada através do regiona-lismo, o que é muito evidenciado nos almoços de convívio”, deixando o desejo que esta solidariedade se estenda a todo o território do concelho. Anunciou e convidou todos para estarem no dia 2 de junho, no 78º aniversário da Casa, terminando com um brinde ao Vale Derradeiro que foi participado por todos.

A presidente da junta Anabe-la Martins, interveio de seguida para cumprimentar os membros da mesa, coletividades e todos os presentes. Deu os parabéns à cole-tividade e deixou a mensagem que a junta a que preside continua a trabalhar para a população resi-dente e a criar condições para que os que residem na aldeia lá vão

mais vezes. Saudou o apoio que a U.P. Vale Derradeiro tem dado à junta e ao concelho para “ajudar a fazer renascer as nossas terras”. Lembrou que ainda há muito a fazer dado a gravidade dos incên-dios, e disse contar com a coletivi-dade “para encher as nossas serras de alegria e tentar reanimar aquela região. Conto convosco. Da nossa parte temos já projetos com vista à conservação e preservação do património histórico e gastronómi-co”, disse a presidente, terminando os parabéns a todos os valeder-radeirenses.

Jorge Martins, presidente da assembleia geral encerrou o perío-do de intervenções, começando por se referir ao legado históri-

co que as coletividades têm no desenvolvimento da região. Mais especificamente, referiu-se á U.P. Vale Derradeiro e aos “51 anos a bata-lhar contra as dificuldades e a remar contra as marés que têm assolado as serras da Pampilhosa, nomeadamente os incêndios e outras, e sempre resistiu desde os anos 60, onde cada obra era uma vitória.”. Enalteceu a aldeia que sempre teve “pessoas batalhado-ras” para vencer as dificuldades que se colocavam no caminho, consid-erando que essa é uma das razões que ali estavam, sendo essa já uma razão mais que suficiente para realizar aquele almoço. Constatou com agrado que a faixa etária dos órgãos sociais da coletividade é ainda jovem, o que deixa muito boas perspetivas para o futuro da coletividade e da aldeia. Lembrou a necessidade de as aldeias enca-rarem agora desafios de caracter ambiental, “se não tomarmos conta das nossas aldeias, qualquer dia estamos engolidos por espé-cies vegetais infestantes, como as acácias e outras”, disse o presi-dente, terminando com um abraço de parabéns.

Pela voz de Carlos Simões, realizou-se um bem animado e produtivo leilão que rendeu mais

de dois mil euros, e de seguida todos puderam dançar com músi-ca tradicional da Pampilhosa da Serra, com o grupo de concerti-nas “Os Serranitos” a terem uma atuação de grande nível que originou animado baile. A festa terminou após todos cantarem os parabéns à coletividade, estourar o champanhe e partir o bolo de aniversário.

Os nossos votos de muitos anos cheios de sucessos e que Vale Derradeiro continue e ser uma aldeia onde perdure a união, se goste de viver e visitar.

Carlos SimõesFotos: Armandino Trindade

GRANDE CONVÍVIO MARCA OS 51 ANOS DA UNIÃO E PROGRESSO DE VALE DERRADEIRO

XXIPelas tuas serras altasGuardam as suas cabrinhasOs pastores com as flautasTocam ao som das campainhas

XXIIPor esses vales e outeirosNa época de tanto calorPercorrem os resineirosUma vida de terror

XXIIIOs teus campos no InvernoFormam um lindo prantoPorque o gelo é um infernoNos dias em que o frio é tanto

XXIVNessas vinhas e searasPlantadas por mão de mestresO que há muito e não rarasSão as auroras silvestres

XXVTuas nogueiras velhinhasOs teus filhos têm lembrançaSe faziam partidinhasNesses tempos de criança

XXVITens eucaliptos gigantesEspalhados pela serraSobreiros muito possantesTens tu minha linda terra

XXVIINos tempos que já lá vãoPodia-se andar na ruaNaquelas noites de verãoCantando versos à lua

XXVIIISe os teus antepassadosAinda pudessem voltarFicariam admiradosCom tantos a querer mandar

XXIXÓ Quinta de S. MartinhoPertences a gente nobreOnde há o melhor vinhoQue regala todo o pobre

XXXAdeus fonte do BarreiroBeijada por olivaisOnde começa um ribeiroQue passa pelos Cortinhais

(Continua…)Jaime Espanhol

A MINHA QUERIDA TERRA E RECORDANDO A INFÂNCIANO CANTINHO DO POETA

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CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 13

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14 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

Regionalismo

No domingo dia 26 de maio de 2019, houve motivo de festa para a Comissão

Associativa de Melhoramentos de Porto da Balsa, com um grande almoço de convívio para celebrar os 40 anos de atividade, realizado na sede da Associação da Força Aérea, em Lisboa, contando com cerca de oito dezenas de pessoas.

Na mesa de honra estiveram João Adrião Lopes, presidente da assembleia-geral da coletividade em festa, estando acompanhado por Lourdes Adrião Maia, presi-dente da direção, José Anjos Adrião tesoureiro da direção e esposa, Júlio Adrião e esposa pela delegação, Carlos Simões repre-sentante da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra e diretor do jornal Serras da Pampilhosa, Isau-ra Fernandes representando a Liga pró-Melhoramentos da Freguesia de Fajão e António Lopes, repre-sentando a Comissão de Melho-ramentos de Piodão e a Casa da Comarca de Arganil.

Para além das personalidades atrás referidas, estiveram repre-sentadas várias coletividades congéneres, associando-se assim ao ato festivo, representando as aldeias de Camba, Covanca, Ponte de Fajão, Gralhas, Ceiroco, Casta-nheira da Serra, Vale Derradeiro e Piodão.

No início da comemoração, os convivas foram recebidos com uma excelente mesa de entradas e aperitivos, seguindo-se um agra-dável almoço. Terminada a refei-ção várias personalidades usaram da palavra sendo unânimes em saudar a dinâmica e coragem da presidente da direção e sua equi-

pa, dando seguimento ao trabalho dos fundadores há 40 anos atrás.

Lourdes Maia, na qualidade de presidente da direção apresen-tou as boas vindas e mostrou-se muito feliz por ali ver muita gente, embora gosta-se de ali ver mais conterrâneos, agradecendo em especial a presença das entidades, coletividades e muitos amigos que ali vieram dar o seu apoio, e teve palavras amigas para a imprensa regional.

Na sua intervenção a presi-dente informou os presentes do falecimento do vice presidente da direção e grande amigo de Porto da Balsa de onde era oriundo e tinha família conhecida na região. Assim, foi guardado um minu-to de silêncio em memória dos sócios falecidos e do Engº António Joaquim Sanches do Valle, com um agradecimento e homenagem em nome de todos os portabal-senses por tudo o que deu em prol da aldeia e da região. (ver caixa)

Pela Casa concelhia Carlos Simões deu os parabéns à coletivi-dade de Porto da Balsa e colocou a instituição que representava ao dispor para apoiar a sua filiada em festa. Não deixou de salientar e dar os parabéns a todos regiona-listas que lutam em prol da comu-nidade, em especial aos fundado-res da coletividade aniversariante. Convidou todos os presentes para participarem nas comemorações dos 78 anos da Casa do Conce-lho e 20 anos do jornal Serras da Pampilhosa, a realizar no dia 2 de junho, na sede.

Isaura Fernandes, pela Liga de Fajão e em representação das restantes coletividades presentes,

PORTO DA BALSA COMEMORA 40 ANOSdeu os parabéns à coletividade em festa. Sublinhou o trabalho da coletividade numa terra pequena como o Porto da Balsa. Enalteceu o trabalho realizado pela presi-dente Lourdes Maia e evidenciou a grande obra da Casa de Conví-vio na aldeia, considerando que a aldeia renasceu graças ao seu trabalho e luta. Anunciou que vai deixar de ser tão assídua como de costume aos eventos regionalistas em virtude de ir viver para Fajão, mas disse não deixar de apoiar agradecendo a simpatia que tem recebido. Terminou dando os parabéns aos portabalsenses e à sua coletividade pelo aniversário e pela obra realizada, desejando que continuem por muitos anos. Convidou ainda os presentes para estarem no 14º Encontro Convívio das Coletividades Regionalistas Fajaenses e amigas, a realizar no dia 9 de junho, em Fajão, poden-do já fazer-se inscrição para os autocarros.

António Lopes, pela Comissão de Melhoramentos de Piodão deu os parabéns pelos 40 anos de fundação, considerando um enorme prazer ali estar também em nome dos piodenses. Desejou que as comemorações se repi-tam por muitos anos. Anunciou o almoço do 67º aniversário da sua coletividade para dia 2 de julho, naquele local.

José dos Anjos Adrião, como dirigente e também em nome do presidente da assembleia geral, interveio para lembrar as obras realizadas, como foi a reabilitação da antiga escola para converter em Casa de Convívio, e anunciou os novos projetos de construção de uma escadaria desde a Barroca até ao Rio Ceira e possivelmente com passagem para o lado da capela e arranjar o rio. Anunciou a sua retirada da atividade regio-nalista, afirmando que já anda nas lides regionalistas há muitos anos e quer dar o lugar aos mais jovens. Mostrou a sua tristeza por ali ver poucas pessoas de Porto da Balsa, afirmando que “as pessoas estão cada vez mais a desinteressar-se pela aldeia. Estamos aqui poucos mas somos bons. Os outros não

vieram mas só faz falta quem cá está”, lamentou José Adrião, considerando muito negativa a situação. Agradeceu a presença de muitos amigos, em especial a Júlio Adrião e esposa por terem vindo desde a aldeia.

Pela voz de Carlos Simões reali-zou-se de seguida um animado leilão de ofertas que foi bastan-te concorrido somando no final cerca de mil euros, quantia precio-sa para financiar os melhoramen-tos necessários na aldeia.

A tarde foi animada com muita festa e alegria, onde se assistiu a um show musical, pelo agrupa-mento “Zé Variações e Compa-

nhia” que alegraram e animaram o evento com a sua atuação, com momento de fado e lembran-do músicas do agrado de todos dando vida a um animado baile à moda dos anos 60 e 70. Nesta atuação, o artista tinha uma surpresa e deu vida a diversas personagens bem divertidas e que divertiu todos aqueles que partici-param nesta festa.

A festa terminou com o bolo de aniversário e brinde com cham-panhe para todos, com votos de muitos êxitos, saúde e alegria.

Carlos Simões

No seguimento da elei-ção dos novos Órgãos Sociais da Comissão de

Melhoramentos de Malhadas da Serra (CMMS) em Assembleia Geral, os novos representantes dos Malhadenses eleitos para o próximo biénio de 2019-2020 são os seguintes:

Assembleia-GeralPresidente: Isidro Alves

Marques 1º Secretário: Ana Paula Jesus

Marques2º Secretário: Júlio Barata

Almeida ToméDireção

Presidente: Sara Alexandra Sampaio Mariano

Vice-Presidente: Manuel Santos Alves

Secretária: Ilda Barata Domin-gues Rodrigues

Tesoureiro: Vítor Manuel Alves dos Santos

1º Vogal: Octávio Barata Domingues

2º Vogal: Eduardo Lima dos Santos Vieira

3º Vogal: Sérgio Paulo Cortez Barbosa

Conselho FiscalPresidente: Paulo Jorge Alves

de SousaSecretário: Vítor Manuel

Conceição Antunes RosaRelator: António de SousaA nova Direção aproveita para

anunciar o Plano de Atividades da CMMS aprovado para o ano de 2019 que contará com a reali-zação dos seguintes eventos:

• 13 Julho - Almoço do 85.º Aniversário da CMMS

• 24 Agosto - Almoço Convívio• 9 Novembro - Magusto• 7 Dezembro - Almoço de

NatalDeixamos o convite a todos

para virem ter connosco.

P´la Direção da CMMSSara Mariano

O Porto da Balsa ficou mais pobre, perdeu um grande amigo da sua aldeia, António Joaquim Sanches do Valle, sempre disposto a ajudar e cola-borar, fazia parte da Comissão Asso-ciativa de Melhoramentos de Porto da Balsa como vice presidente da direção. O Porto da Balsa vai sentir muito a sua falta. Paz à sua alma, e os mais sentidos pêsames a toda a sua família.

A direção da CAM Porto da Balsa

COMISSÃO DE MELHORAMENTOS DE MALHADAS DA SERRA ELEGE CORPOS SOCIAIS

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Regionalismo

CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 15

O dia 8 de Junho de 2019 foi dia de festa em honra do padroeiro Santo António na

aldeia de Boiças, da freguesia de Fajão-Vidual, coincidindo com a comemoração do 69º aniversário da fundação da União e Progresso de Boiças, tudo num grande conví-vio que encheu por completo a rua principal da aldeia, frente à sua Casa de Convívio.

Mantendo a tradição dos anos anteriores, o programa iniciou-se pela manhã na bonita capela da aldeia que se encheu para celebrar Missa em honra e louvor ao santo padroeiro da aldeia, a cargo do Padre Orlando Henriques. Termi-nada a celebração por volta das 12:30 h, todos desceram até ao centro da aldeia onde se localiza a nova Casa de Convívio, desta-cando-se um belo edifício em xisto, mantendo a característica arquitetónica do casario da aldeia. Com a rua engalanada a preceito, todos os habitantes e convidados se juntaram frente à entrada prin-cipal do edifício onde se realizaria um magnifico almoço de convívio.

Estiveram presentes o presi-dente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, José Brito, o presidente da assembleia geral da coletividade local António Catraia, o presidente da direção, Humberto Almeida, Sérgio Trindade represen-tando a Casa do Concelho, o Padre Orlando, Isaura Fernandes e mari-do pela Liga de Fajão, José Augusto Costa, vice presidente da direção, Carlos Simões pelo jornal Serras da Pampilhosa e José Vasconcelos pelo jornal a Comarca de Arganil.

No final do excelente almoço, o presidente da direção Humberto Almeida usou da palavra, come-

çando por agradecer a presença de José Brito pela primeira vez naque-la comemoração, aos elementos da mesa, coletividades e a todos os presentes, destacando o núme-ro elevado de boiçenses e amigos mostrando-se radiante.

Salientou a comemoração dos 69 anos da coletividade e também os 25 anos da reconstrução da capela que um violento incêndio destruiu. Agradeceu a boa vonta-de e tenacidade de todos os que tornaram possível a realização daquela festa e referiu que podiam realizar o festejo noutro local “…mas que não era a mesma coisa, nas Boiças é que deve ser onde temos as nossas raízes”. Recordou os fundadores que começaram por lutar pela construção da estrada de acesso, “tendo chegado aqui o primeiro automóvel em 1957. Aludiu á desertificação das aldeias, devido a vários fatores incluindo os incêndios, o que leva ao aban-dono da aldeia e do património dos antepassados, afirmando que tudo tem feito em diálogo com as autarquias no sentido de realizar melhoramentos na aldeia e torná--la atrativa. Informou ter solicita-do à autarquia o alargamento da estrada, assim como a constru-ção de um tanque de água para combate a incêndios, cujo terreno foi oferecido por Maria da Graça Almeida e Reinaldo dos Santos e ainda o alargamento da rua desde a capela até ao fundo da aldeia. Aproveitando a presença do presi-dente da Câmara pediu o apoio necessário para concretizar essas obras. Lembrou todos os associa-dos e familiares que já partiram e o apoio do presidente António Catraia, e a Isaura Fernandes pela

dedicação ao regionalismo. Agra-deceu o apoio do município na construção da casa de convívio da aldeia e a terminar agradeceu ainda a todos os que apoiaram, nomeando todos e pedindo um forte aplauso.

Carlos Simões dirigiu-se de seguida aos presentes para salien-tar a qualidade daquele evento e a simpatia com que sempre foi recebido há vários anos, ligando--o à aldeia uma forte amizade. Destacou o trabalho desenvolvi-do pela coletividade, apontando como exemplo a bonita casa de convívio. Deu os parabéns à coleti-vidade pelo aniversário e convívio e enalteceu a obra do presidente Humberto Almeida e sua direção.

Isaura Fernandes, pela Liga de Fajão cumprimentou a coletivida-de e todos os presentes. Deu os parabéns à coletividade e destacou que se tratava de uma excelente festa e almoço, com muito gosto e cuidado, pedindo aplauso para as e os boiçenses que a conceberam. Destacou o elevado número de presenças e desejou à direção e ao seu presidente muitos sucessos e votos de que a festa se repita no próximo ano.

Pela Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, Sérgio Trin-dade, deu os parabéns à coletivi-dade e deixou a disponibilidade da Casa concelhia. Disse que aquele almoço era um exemplo pela orga-nização, qualidade e bom gosto na decoração.

Maurício Mendes, presiden-te da União e Progresso de Vale Derradeiro interveio para dar os cumprimentos e parabéns à congénere de Boiças, colocan-do-se ao dispor para colaborar. Também Abel Carlos de Almeida interveio para dar os parabéns à coletividade e alertou o presidente da Câmara para a necessidade de recuperação do abrigo à entrada de Vale Derradeiro.

Pela voz do seu presidente José Brito, a Câmara Municipal asso-ciou-se à festa mostrando gratidão à União e Progresso de Boiças e todos os boiçenses, pela forma que o receberam e pelo que tem feito em prol do desenvolvimento

da aldeia e do concelho. Salientou o empenhamento das gentes das boiças e lembrou os tempos que ali esteve aquando da captação da água, e disse fazer questão de estar ali naquele dia da comemo-ração do 69º aniversário. Lembrou o flagelo dos incêndios e todo o sofrimento dos pampilhosenses, mostrando-se muito agradado por ali ver muita dinâmica.

Relativamente aos pedidos do presidente da direção, José Brito lembrou que o Município está a fazer um grande esforço no senti-do de repor as infraestruturas danificados pelos incêndios, mas adiantou que “em tudo o que o município puder ajudar cá estare-mos”, mas em relação ao pedido do alargamento da estrada das Boiças disse que “não vai ser possí-vel o alargamento para já, contu-do poderemos colocar guardas metálicas para o qual já foi lança-do concurso, assim como para a sinalização ardida no concelho”. Relativamente ao tanque para apoio ao combate de incêndios “poderemos pensar nisso e vamos apoiar e fazer o que é possível”. A terminar deixou o apelo para que

“não esqueçam as raízes”.A encerrar o período de inter-

venções, António Catraia desdo-brou-se em agradecimentos e cumprimentou as personalidades e entidades presentes, em especial a José Brito e a Isaura Fernan-des pela sua tenacidade. Deixou o desejo de que o alargamento da estrada seja uma realidade em breve. Deu os parabéns aos e às jovens que serviram o almoço e aos menos jovens que o prepa-raram, pedindo um aplauso para todos, considerando ser um incen-tivo para que continuem a vir e a gostar das Boiças.

A festa continuou, e na presença do sócio fundador António Augus-to Almeida, procedeu-se ao corte do bolo de aniversário com um brinde e todos a cantarem os para-béns, com votos de muitos anos de União e Progresso.

De seguida realizou-se um animado leilão de ofertas para angariação de fundos e funcionou uma bem recheada quermesse e venda de rifas. Parabéns às Boiças.

Carlos Simões

BOIÇAS SOPRA 69 VELAS E CELEBRA O SANTO ANTÓNIO

Realizou-se no dia 1 de maio de 2019 o 9.º Torneio de Futsal, organizado pela Associação

Desportiva “OS DE BÀBA”, um clube de Lisboa sediado na freguesia do Beato, num evento desportivo que contou com a participação de oito equipas que jogaram nos pavilhões do Clube de Futebol Varejense e do Sport Lisboa e Olivais.

Este torneio reservado ao escalão de Veteranos contou com o apoio da Junta de Freguesia do Beato, e mais um ano a Comissão Associativa de Melho-ramentos de Camba (CAM Camba) participou neste Torneio que, apesar de ter ficado em penúltimo lugar, teve uma participação excelente, com poucos jogadores, mas que participar-am, deram o seu melhor e estiveram em bom nível apesar da idade e da “barriguinha”.

Este ano o Torneio teve como Patro-no o Vogal da Junta de Freguesia do Beato, com o Pelouro do Desporto Bruno Moutinho, ao qual a organização muito agradeceu pela sua colaboração e apoio.

O Torneio teve a participação de oito equipas divididas em duas séries, com jogos a serem disputados em simultâ-neo nos Pavilhões do Varejense e Sport Lisboa e Olivais.

A Camba (CAM) participou na Série A com as equipas da Associação Desportiva “OS DE BÀBA”, Leões das Furnas e C.F.Varejense. Na Série B no Pavilhão do Sport Lisboa e Olivais, competiram as equipas do Sport Lisboa e Olivais, Junta de Freguesia do Beato, Dragões F.F. Clube e C.F.Faifa que por motivos alheios à organização tiveram falta de comparência.

A Camba (CAM) perdeu o seu jogo

por cinco bolas a zero com a equipa do C.F.Varejense, ficando desde logo arredada da final, que se disputou no recinto do adversário. Disputaram o troféu do 1º lugar os Leões das Furnas e Dragões F.F.Clube, os vencedores das duas séries, sendo vencedores deste IX Torneio, a equipa dos Leões das Furnas que ganharam por duas bolas a zero.

Este torneio correu dentro de um espírito de convívio onde houve sempre bons momentos de amizade e de associativismo.

Parabéns à equipa da Camba (CAM), e ao seu guarda-redes Paulo Francisco, pelas excelentes defesas. Continua em grande forma.

No final houve um almoço de confraternização com todas as equipas que quiseram estar presentes de segui-da tomou a palavra o Vice-Presidente “OS DE BÀBA” que agradeceu a partici-

pação de todas as equipas e o saudável desportivismo como decorreu o Torneio, e agradecimento muito especial à Associação das Coletividades do Concelho de Lisboa (ACCL) pela oferta do Troféu Fair Play que foi entregue na presença de Pedro Franco, presidente da ACCL, e pelo nosso representante e dirigente da ACCL José Maria Bento ao C.F. Varejense.

Foi oferecida uma bola de futsal pelos dirigentes Judite e Luís Esteves da ACCL à capitã Rita da equipa feminina de Futsal da Associação Desportiva “OS DE BÀBA”.

O Troféu do sétimo lugar, foi entregue a Vitor Machado, na quali-dade de representante da equipa da CAMBA, ficando a promessa que para o ano haverá o X Torneio.

Vitor Manuel MachadoFoto: Jorge Delgado

VETERANOS DA CAMBA PARTICIPAM NO 9.º TORNEIO FUTSAL DA ASSOCIAÇÃO “OS DE BÀBA”

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16 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

Realizou-se no dia 18 de maio de 2019, na Junta de Freguesia de Corroios,

Seixal, a sessão de apresentação do livro “Os meus Rabiscos Desencalhados”, primeira obra da poetisa pampilhosense São Pereira.

Contando com a presença de muitos amigos e familiares, São Pereira viu realizado um dos seus sonhos, apresentando um livro que junta uma pequena parte da sua vasta obra poética, composta por poemas que vem há alguns anos dando a conhec-er através da internet e muitos outros que vão surgindo fruto da sua motivação, estado de espirito e inspiração.

A acompanhar a autora neste dia marcante da sua vida, estiveram na mesa de honra o poeta Comandante Jaime Lopes, que prefaciou a obra, a poetisa e amiga Rosete Cansa-do, algarvia de Salema, Lagos, e a professora e amiga pampilho-sense Maria do Céu Brito.

Foi um dia marcante para a São, onde ouviu a leitura de

alguns dos poemas do seu livro proferidos por amigos e famil-iares, como foram o caso das netas.

A mais nova foi ler “Amor de Mãe”:

Amor de mãe,É sol, estrelas, luar,Amparo, amor, proteção,E ter quem acompanhar,Num incondicional amar, Em seu mundo de uniãoPronta, anos segurar Acompanhando-nos tambémNum novo trilho a trilharE as nossas lágrimas secarCom o seu amor de mãe.Conforme podemos ler no

prefácio, a autora mostra nesta coletânea de versos, “um bom exemplo de poetisa popular, inspirando-se no povo a que pertence com mensagem dire-tas sobre a sua aldeia, Ceiroco, o seu concelho, Pampilhosa da Serra e a serra do Açor, banha-das de luz e de cor, mas também aos que a rodeiam nas andan-ças do tempo passado, tirando ensinamentos e construindo a sua própria filosofia de vida,

também no campo do amor, a sonhar palavras.”

O livro divide-se em quatro partes, sendo na primeira incluí-do e sublinhado o amor e a vida. A segunda parte é dedicada ao sonho e às imagens serranas, onde demonstra o amor à sua terra e lembra a sua infância. Aqui São Pereira escreve:

“Minha terra, meu chão,/ Chão que um dia pisei / E muitos anos já lá vão / Nas minhas memórias lá estão,/ Na terra que amo e amei. (…)”

Também a Pampilhosa da Serra é referida na sua poesia…

“A Pampilhosa de que se gosta / Não é imaginação ou tela / É o centro da natureza / O que lhe evidencia beleza / E a mostra assim tão bela…”

A terceira parte a poesia dedi-ca-se a sonhar palavras, termi-nando na última parte com o mar a marcar a sua poesia e a sua espiritualidade, influenciado pela sua forte ligação ao Algarve e à cidade de Lagos.

Carlos Simões

Cultura Opinião

PERFILSÃO PEREIRA, de seu nome completo Maria da Conceição Antunes Pereira, é natural da pequena aldeia de Ceiroco, freguesia de Fajão Vidual, concelho de Pampilhosa da Serra.Frequentou a escola primária na aldeia de Porto da Balsa, indo de seguida para Coimbra, seguindo-se Lisboa e passado pouco tempo, quando tinha dezassete anos, a família fixou-se em Corroios, concelho do Seixal, onde o pai, empresário da construção civil, mantinha atividade profissional.Em Corroios conheceu um jovem da Marinha de Guerra Portuguesa acabado de chegar da Guiné.Passados alguns anos de namoro, até ao casamento, que aconteceu faz precisamente este ano de 2019 cinquenta anos de vida intensamente

partilhada, de coisas boas e menos boas, dois filhos casados e quatro netos, toda uma família e amigos de envolvência são o seu orgulho.Adora a Aldeia, a Natureza, a Serra, a gente das suas raízes. E gosta muito de Lagos, cidade da naturalidade do marido e onde se sente um bocadinho Lacobrigense, atraída pela cidade, mas principalmente pela magia do mar que a inspira.

De forma poética a autora sintetiza assim este livro: “Os meus rabiscos desencal-hados/ Deixaram de estar presos/ Dispersos…ignora-dos…/ Foram trabalho de castores / Que fechando a represa / Criaram casa, família, amores, / foram da alegria à tristeza / Mas abrindo a represa / Em sentires libertadores / Da corrente que se desprendia / Degustei os sabores / E sem

me sentir poeta / Eu gosto de poesia…”

Este livro de cerca de centena e meia de páginas é uma edição de autor muito bem apresentado grafica-mente, tem ainda várias gravuras de Nuray Art. Está de parabéns a autora por este seu excelente trabalho de deliciosa leitura. Espera-mos que seja o primeiro de vários e recomendamos viva-mente a sua leitura.

SINOPSE

O prazer da leitura e da escrita vêm-me dos tempos da juventude,

fazendo parte integrante das tarefas que gosto de fazer e que poderão ser avaliadas atra-vés duma análise dos milhares de artigos que escrevi para a imprensa regional nas últimas quatro décadas, E, em tal contex-to, a abordagem de qualquer problemática que tenha a ver com a vida e o desenvolvimen-to do concelho onde mergu-lham as minhas raízes sempre foi motivadora para continuar a verter para o papel não somen-te a satisfação de quanto se foi

fazendo desde há vários anos na promoção do município, e tanto foi, como a preocupação no que respeita à construção do futuro perante o grave proble-ma de um despovoamento que comporta naturais repercussões e riscos não só de natureza social e económica como na própria vertente politica. O que, no meio de tudo isto me dá imensa satis-fação, em termos de produção literária, não deixa de ser o facto de ser cada vez mais elevado o número de conterrâneos a publicar livros. É um aconteci-mento cultural que merece ser sublinhado, ficando aqui o meu aplauso a todos os pampilho-senses que ousam deixar o seu nome inscrito no mundo das letras como está a acontecer de há vários anos a esta parte.

Desta vez, é na esfera da poesia, que acaba de me chegar o livro “A sombra da mão” em que o poeta Izidro Alves, natural de Malhadas da Serra e que, como tantos outros pampilho-senses, se fixou em Lisboa à

procura dum futuro que a sua aldeia ou concelho não estava em condições de lhe garantir. Agradecendo tanto o interessan-te livro como a amável dedicató-ria que o acompanhou, come-çarei por felicitar o autor pala sua publicação, partilhando com todos nós a qualidade do seu labor poético.

De entre os diversos poemas que preenchem as páginas de “A sombra da mão” selecciono dois, não por serem melhores do que os restantes em termos de criação artística, mas por fazerem eco das memórias duma ruralidade distante e por reflectirem sentimentos que eram maraca identitárias das comunidades serranas, onde a realidade do quotidiano se cruzava com valores que ainda vão resistindo à mudança, como o amor às raízes e à estrutura familiar.

Infância (pág.50)De colmoOs telhados dos currais

No cimo da serraAo pé do poste dos fiosAs cabras.E no fundo muito ao fundoMinha mãe com uma cesta à cabeçaChama por mimAntes que eu adormeçaAtrás das cabras.

À memória de meu pai (pág.60)Demorou tantoA chegar ao tanque da fragaQue eu cresci e fiqueiDo tamanho do milho.

Mas quando vemPelos espelhos da tardeDeitar-se nos ramos dos pinhei-rosUma criançaNasce em mim.

Trata-se de um livro de fácil leitura, não apressada, mas pesando cada palavra, verso ou estrofe que comportam memó-rias, sentimentos e referências afectivas, numa combinação

de sonoridades e ritmos que evocam imagens e emoções a que a sua vasta cultura poéti-ca confere expressão literária. Izidro Alves é mais um escri-tor a juntar ao já extenso rol de pampilhosenses dedicados à escrita, com obra publicada tanto em prosa como na arte poética. Bem-vindo. Izidro, fica-mos à espera que outros livros se sigam a esta primeira aventu-ra no campo das letras.

Aníbal Pacheco

SÃO PEREIRA LANÇA O SEU PRIMEIRO LIVRO

LIVROS & AUTORES"A SOMBRA DA MÃO" - UM LIVRO DE IZIDRO ALVES

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CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 17

AS NOSSAS MONTANHAS E A NOSSA GENTE – 38

Insisto e repito: a maldade de que o povo do Vidual de Baixo foi vítima constitui talvez a maior

ofensa, o maior ultraje e o crime mais hediondo contra a dignidade humana que as nossas montanhas presenciaram.

Apoiando-me nos testemunhos das pessoas oriundas do Vidual de Baixo que conheci (principalmente da minha mãe, do meu padrinho e do meu primo Jaime) e também de pessoas de outras terras (princi-palmente das minhas tias, que, com frequência, falam comigo sobre este assunto), destaco três caraterísticas da população daquela aldeia. Claro que não eram caraterísticas exclusi-vas do povo do Vidual de Baixo, mas eram caraterísticas muito marcantes e constitutivas da “identidade” e da “alma” daquele povo.

Primeira: o povo do Vidual de Baixo era, em geral, um povo muito unido, com um elevado espírito de entreajuda.

Segunda: as pessoas do Vidual de Baixo eram, na sua maioria, pessoas simples, alegres, “sem maldade”. A minha mãe e o meu primo Jaime enfatizavam muito estas caraterísticas:

- Era uma gente simples! Uma gente sem maldade!

- E alegre! Era uma gente alegre!...- Lá isso era! Uma gente alegre!

Juntávamo-nos todos, aos domin-gos…

Uma vez que várias pessoas sabiam tocar instrumentos musicais, os encontros festivos eram frequentes e eram, sobretudo, germinadores e revitalizadores de

uma forma específica de ser e de estar.

O bom humor era um elemen-to constitutivo de uma saudável atmosfera de relações sociais, capaz de integrar ações que, noutros contextos, seriam reprováveis, como a do “Peidorrão” da Estal-agem que, quotidia-namente, da “quinta” que ficava em frente da povoação – a “Estalagem” (na colina da atual ilha da albufeira) –, com sonoros e estrondosos “espeidor-ranços” interpelava o povo do lado de cá, que, invariavelmente, com o estribilho a uma só voz pro-clam-ado, lhe respondia: “É p’rà carga!”

- Prrrrrepum-pum-pum!- É p’rà carga!- PUUUUMMM!- É P’RÀ CARGA!Ou a forma descontraída como

as crianças, nas sessões de cate-quese de preparação para a Profis-são de Fé, se relacionavam com o Ti Joaquim da Capela, o catequista:

- “Credes em Deus Pai, Todo-Poderoso, Criador do Céu e da Terra”? Respondei comigo, meus meninos: “Sim, padre!”

- E não, que vossemecê não é padre! Vossemecê é o T’Jaquim da Capela!

Terceira: a pobreza. Mas, sobre esta caraterística,

pronunciar-me-ei na próxima cróni-ca, pois ela serviu de argumento decisivo para a humilhação defini-tiva daquele povo: um povo, em geral, unido, simples, alegre, “sem maldade”…

Manuel Nunes

Conforme o previsto, conti-nuam em bom ritmo em Sobral Valado, no Bairro

Novo, propriamente na encosta da Vinha, os necessários trabalhos para a realização da programada homenagem póstuma ao grande sobralvaladense, pampilhosense e arganilense, que foi o Profes-sor JOSÉ RAMOS MENDES. Obra a cargo do nosso município pampi-lhosense e da União Progressiva de Sobral Valado, num local exce-lente e de uma vista panorâmica sobre todo o povoado. Bom gosto, quanto a mim, tiveram os organi-zadores.

Sobralvaladense incansável, sacerdote, professor, jornalista e autarca, sempre presente nas iniciativas boas ou menos boas, sempre compareceu com a sua força ou com o seu conselho acer-tado e apaziguador, procurando consensos e novos caminhos a seguir. Sempre disse presente e sempre esteve com a sua União Progressiva, da qual era o associa-do nº 64, tendo tomado parte em várias direções, especialmente na delegação em Sobral Valado, da qual estava mais perto. Foi durante muitos anos e até à sua morte, o mordomo do Santíssimo Sacra-mento da nossa Igreja de Sobral Valado, onde deixou obra muito válida, deixando com a sua morte, o problema da sua substituição como de difícil solução.

O Professor Ramos Mendes, através dos seus muitíssimos arti-gos publicados nos jornais Correio da Serra, A Comarca de Arganil, Serras da Pampilhosa, etc. divul-gou incansavelmente a sua aldeia e transmitiu aos seus inúmeros leitores o grande amor «ao seu» Sobral Valado, onde vinha perio-dicamente saborear o sossego e a paz, «carregando baterias» com novo fôlego e pulmões cheios de puro ar, para enfrentar novos desa-fios, lá na sua acolhedora e bela vivenda da Rua das Flores onde, carinhosamente, recebia os seus conterrâneos e amigos, além dos passeios que fazia pelas ruas e ruelas, que bem conhecia, da bela aldeia, cumprimentando todos sem exceção e tendo sempre aquela expressão de alegria ao encontrar os seus conterrâneos, recordando os tempos da sua juventude passados entre aque-las altas e belas serranias. Muito gostava ele de lembrar os nomes dos sítios, das hortas, do povoado e recordar com saudade os nossos antepassados. Recordar é viver, e ele vivia tudo isto.

A nível autárquico, foi presiden-te da Mesa da Assembleia Munici-pal de Pampilhosa da Serra, cargo que desempenhou desde 31 de Outubro de 2009, até à sua morte no dia 11 de Setembro de 2016, tendo deixado obra de relevo. “Partiu o grande homem que foi

HOMENAGEM PÓSTUMA A JOSÉ RAMOS MENDES NA SUA ALDEIA NATALsacerdote, professor, pai e muito nosso amigo. Partiu um grande homem, da fácil discurso e sempre com grande sabedoria. Partiu o nosso Presidente da Assembleia Municipal cuja liderança sempre primou por elevada compreen-são, enorme espírito democrático, procurando consensos e colocan-do sempre os interesses do conce-lho acima de quaisquer cores partidárias.” Palavras proferidas pelo nosso Presidente de Câma-ra, senhor José Brito, na primei-ra reunião municipal, após a sua morte, onde foi também guarda-do um minuto de silêncio em sua memória.

Além de presidente da assem-bleia municipal, era presidente da Assembleia Geral do Grupo Musi-cal Fraternidade Pampilhosen-se. Assembleia Geral da Casa do Benfica em Pampilhosa da Serra e membro do Conselho Económico Paroquial, do Concelho.

Foi, com o também já falecido, padre Carlos Borges das Neves, fundador do extinto jornal “Correio da Serra”, que se publicou na Pampilhosa da Serra.

Em “A Comarca de Arganil”, especialmente na sua “Nota da semana”, publicou centenas de comentários sempre atuais e opor-tunos e de muito agrado dos seus leitores.

Na Escola Secundária da Arga-nil, onde lecionou durante muito

tempo, deixou páginas de ouro entre os colegas e alunos que com ele tiveram o privilégio de conviver e aprender.

O dia 18 de Agosto de 2019, em Sobral Valado, será o palco da grande e merecida homenagem póstuma prestada a este grande HOMEM, que ficará para sempre gravado na história da Beira Serra e da sua terra natal, que tanto amava.

Para terminar, não resisto à tentação de transcrever um seu escrito, em “A Comarca de Arga-nil”, nos últimos dias da sua vida e dirigido aos Pampilhosenses, aos seus amigos em tempo de férias. “Muito queria eu viver convos-co nestes dias...”. Esta é uma das muitas frases de saudade e amar-gura, de saudação que o Professor JOSÉ RAMOS MENDES se dirige aos Pampilhosenses, aos seus amigos, em tempo festivo. Caras e caros Pampilhosenses, meus conterrâneos:

“Embora muito debilitado, apro-veito este momento para vos dirigir uma simples e breve saudação, no momento em que iniciamos os festejos da nossa vila. Saúdo--vos a todos muito cordialmente e no meu sofrimento tenho-vos a todos no pensamento e no cora-ção. Como está linda a nossa vila, no refulgir das frescas e límpidas águas da nossa praia, bem como das outras praias fluviais espalha-

das pelo Concelho. Como é belo sentir o rumorejar das águas nas pedras da ribeira, beber a água pura das nossas fontes, sentir o ar fresco da manhã, qual bálsamo que nos vem aliviar o sofrimento.

Saúdo, também, todos os Visi-tantes que irão estar connosco nestes dias festivos. Venham até nós, pois temos para vos oferecer a gastronomia da nossa terra, puros ares da montanha e a quietude do nosso ambiente.

Muito queria viver convosco estes dias, porém, o meu estado de saúde não me o permite. Em espírito estarei convosco. Um forte abraço do vosso muito dedicado. Ramos Mendes.”

Perdi também um bom amigo, um conterrâneo, que ficará guar-dado para todo o sempre no meu coração. PAZ À SUA ALMA.

J. Marques de Almeida

Opinião Cultura

Decorreu, no passado dia 17 de maio, a atividade “Vem Cear à Biblioteca”, inserida

no âmbito da 13ª Feira do Livro de Pampilhosa da Serra. A ativi-dade, destinada às crianças da creche e do pré-escolar da ASSDZ e do 1º CEB do AEEPS, contou com cerca de 80 participantes e teve lugar na Escola Básica D. Eurico Dias Nogueira, em Dorne-las do Zêzere.

Às crianças, juntaram-se alguns representantes das instituições envolvidas na organização da iniciativa, como a Sr.ª Verea-dora do Município Alexandra Tomé, assim como Professores, Educadoras, Pais, Encarregados de Educação e Familiares e um

representante do Agrupamento de Escolas Escalada

Com esta iniciativa, habitual-mente realizada no âmbito da Feira do Livro de Pampilhosa da

Serra, pretendeu-se envolver toda a comunidade educativa, através de diversas da dinamiza-ção de diversas atividades relacio-nada com o livro e a leitura.

CERCA DE 80 PARTICIPANTES FORAM “CEAR À BIBLIOTECA”

Há 60 e 50 anos, a broa, era o pão e o alimento base do povo da serra, neste caso,

no concelho de Pampilhosa da Serra.

Era um processo penoso e moroso, até chegar à mesa. Come-çava por se lavrar ou cavar a terra, adubar com o estrume do mato, que se tinha roçado nas encos-tas e servido de cama às cabras, ovelhas e o porco, que depois se tirava dos currais, ficava na estru-meira e dai ia para as fazendas, em cestas, normalmente, em cima de rodilhas, à cabeça das mulheres, abriam-se os regos e semeava-se o

milho que depois de nascido era sachado e ia crescendo com rega controlada. Depois de já ter espi-ga, era a tirada a folha e cortada a bandeira. Só, então, se apanha-va as espigas que iam para casa, onde eram desfolhadas e debu-lhadas. Depois, o milho era seca-do na eira, recolhido nas arcas e ia para o moinho, onde era moído e transformado em fari-nha, transportada em sarrões, para ser amassada e depois de fintada, ia para o forno, de onde saíam as lindas broas, como as que se vêm na fotografia.

Abel Almeida

USOS E COSTUMES DO NOSSO POVO (26): A BROA, PÃO DE CADA DIA DO POVO

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18 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

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CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 19

Actualidade Desporto

No dia 26 de maio, pelas 17h00, o Estádio Munici-pal de Pampilhosa da Serra

recebeu a final da taça da Associa-ção de Futebol de Coimbra (AFC), colocou frente a frente as equi-pas do Clube Condeixa e do Grupo Desportivo Sourense.

Numa decisão conjunta entre a AF Coimbra e o Grupo Desportivo Pampilhosense, a receita prove-niente deste jogo, reverteu na ínte-gra a favor da Associação Humani-tária dos Bombeiros Voluntários de Pampilhosa da Serra.

No mesmo dia, as comitivas do Clube Condeixa e do Grupo Desportivo Sourense foram rece-bidas no Salão Nobre da Câma-ra Municipal, momentos antes do jogo da final da Taça da AFC. Também os Presidentes e alguns Vereadores das respetivas Câmaras Municipais, assim como dirigentes da AF Coimbra e do Grupo Despor-tivo Pampilhosense, acompanha-ram a cerimónia de receção e a troca de lembranças, num clima de grande cordialidade e Fair Play que dignificou o desporto do distrito.

Sérgio Fonseca, presidente do Clube Condeixa em declarações na página do clube agradeceu “forte-mente a receção proporcionada pelo Município de Pampilhosa da Serra, e atambém ao Grupo Desportivo Pampilhosense, todas as condições proporcionadas ao longo do dia para que o jogo fosse uma verdadeira festa, num clima de respeito e cordialidade de quem em muito dignificou o futebol distrital de Coimbra. Muito Obrigado”.

Num dia de festa, com excelente organização, a equipa de Condeixa foi quem saiu a sorrir e, com um triunfo por 3-0, juntou a conquista da Taça AFC ao triunfo no campeo-nato.

Assistiu-se a uma primeira

m e t a d e em que os homens de Soure foram um pouco melhores, mas sem golos, de parte a parte. No s e g u n d o tempo a equipa de Condeixa foi mais forte e, depois de marcar cedo, arrancou para uma exibição concludente e esclarecedora, conseguindo vencer por 3-0. Assim a equipa de Condei-xa, que relembramos afastou o Pampilhosense nas meias-finais, conquistou uma saborosa dobra-dinha.

As duas equipas estão de para-béns pela forma com que, ao longo do dia, demonstraram um enorme espirito de fair-play, valorizando a

modalidade e o troféu em disputa. Também os muitos adeptos que estiveram presentes, souberam estar à altura da festa e do momen-to. O trabalho da equipa de arbitra-gem foi exemplar.

De salientar a presença das mais altas figuras autárquicas de Pampi-lhosa da Serra, Condeixa-a-Nova e Soure, presidente da AF Coimbra e vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol.

Carlos Simões

CONDEIXA VENCE FINAL DA TAÇA DISPUTADA NA VILA

Supertaça de Futsal de Benjamins AF CoimbraPavilhão Municipal da Lousã

Depois de ter marcado presença

na final da Taça AFC, a nossa equi-pa de benjamins em futsal encer-rou a temporada com a presença na Supertaça, onde enfrentou o mesmo adversário da final da Taça.

Uma vez mais o conjunto do São João voltou a puxar dos galões de campeão, da Taça e do Campeona-to, e bateu a nossa equipa por uns

claros 9-2. Um resulta-do que em nada apaga a boa temporada dos nossos j o v e n s , que culmi-nou com a presença na final da Taça e consequente presença na Supertaça. Foi a primeira vez que

uma equipa pampilhosense alcan-ça estas duas fases.

Jorge Ramos

GDP FUTSAL - BENJAMINS PERDEM SUPERTAÇA AFCSÃO JOÃO 9-2 PAMPILHOSENSE

GDP FUTEBOLTRAQUINAS E PETIZES COM BOA PRESTAÇÃO EM ALVAIÁZERE

A convite da Escola de Fute-bol Benfica de Alvaiázere o Pampilhosense deslocou-se,

no passado sábado, aquela vila para participar num torneio nos escalões de Petizes e Traquinas.

Os nossos pequenos deram muito bem conta do recado, em ambos os escalões, dignificando o Grupo Desportivo Pampilhosense, sempre com enorme espirito de fair-play e respeito pelos “adver-sários”. Com uma excelente orga-nização, o Dia Da Criança foi cele-brado da forma que eles, crianças, mais gostam, divertindo-se a jogar futebol.

"PETIZES"No escalão de Petizes a nossa

equipa competia com outras 11 equipas, e no seu grupo classifi-

cou-se na segunda posição, não ficando em primeiro derivado à diferença de golos. Na segunda fase venceu o primeiro jogo para apuramento do 5º ao 8º lugar, perdendo depois no apuramento de 5º e 6º lugares, classificando-se na 6º posição só com uma derrota.

Fase de GrupoPampilhosense 2-0 Esc. Benfica

Alvaiázere – SálvioPampilhosense 3-3 União 1919Apuramento do 5º class. até ao

8º class.Pampilhosense 1-1 (2-1gp) Esc.

Benfica de Pedrogão GrandeApuramento do 5º e 6º class.Pampilhosense 1-8 Esc. Pedro

RomaClassificação Final:

1º Esc. Fut. Benfica da Pedrulha2º Fátima

3º Vasco da Gama4º União 1919

5º Esc. Pedro Roma6º Pampilhosense

7º Esc. Fut. Benfica Pedrogão Grande

8º Esc. Fut. Benfica Alvaiázere –

Jonas9º Esc. Fut Benfica da Lousã

10º Esc. Fut. Benfica Alvaiázere – Sálvio

11º Motor Club12º Avelarense

"TRAQUINAS"Relativamente ao escalão de

Traquinas os nossos meninos tiveram uma prestação brilhante, alcançando a final, no total de 12 equipas participantes. Na fase de grupos a equipa somou dois triun-fos, apurando-se para as meias--finais onde também somou mais uma vitória. A final não correu de feição, mas nada que apague esta fantástica prestação. A nível individual a nossa equipa também esteve em destaque, com Gustavo

Alegre a ser o melhor marcador neste escalão.

Fase de GrupoPampilhosense 6-0 GRAP

Pampilhosense 5-3 Académica OAF

Meias-finaisPampilhosense 2-0 União 1919

FinalPampilhosense 0-3 Esc. Fut. Benfi-

ca de Pedrogão Grande Classificação Final:

1º Esc. Fut. Benfica de Pedrogão Grande

2º Pampilhosense3º União 1919

4º Esc. Fut. Benfica Pedrulha5º Esc. Fut. Benfica Alvaiázere –

João Félix6º Esc. Fut. Benfica Alvaiázere –

Ruben Dias7º Ferreira do Zêzere8º Académica OAF9º Caranguejeira10º Avelarense

11º U. Leiria12º GRAP

Jorge Ramos

PETIZES

TRAQUINAS

CICLO DE TEATRO MISE EN SCÉNE"A CIGARRA E A FORMIGA"

No âmbito do ciclo de teatro "Mise en Scène", pelas 21h30 do dia 25 de maio

teve lugar no Auditório Municipal de Pampilhosa da Serra, o musical "A Cigarra e a Formiga", interpre-tado pela ProtagonizaMagia Asso-ciação Cultural.

A célebre fábula infantil, aqui apresentada em versão musical,

conta com músicas e letras originais, que prometem transportar as crianças para um mundo encantado, onde os animais são protagonistas. "Um mundo onde os valores do bem prevalecem sempre sobre o mal".

As entradas para esta peça desti-

nada a toda a família foram gratuitas.

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Desporto

Numa organização da direção da Casa do Concelho de Pampilho-

sa da Serra (CCPS), decorreu desde o dia 4 de Maio a 1 de Junho de 2019, mais uma edição do Torneio de Futsal Intercoletividades da CCPS, que teve lugar no pavilhão despor-tivo dos Bombeiros Voluntários de Loures.

Este torneio tinha como objetivo o reforço do convívio através do desporto entre coletividades, onde evoluíram no recinto de jogo quase 70 atletas em representação de quatro coletividades filiadas na Casa Concelhia, ao que se juntaram duas equipas convi-dadas do concelho de Arganil e várias dezenas de conterrâ-neos, familiares e amigos para assistir e aplaudir os atletas.

As equipas pampilhosens-es de Covanca, Malhadas da Serra, Aldeias e Vale de Perei-ras, e as arganilenses de Sard-al e Porto Silvado foram as participantes, que disputaram

o torneio durante 5 jornadas em uma volta.

Os jogos decorreram em bom ritmo e excelente disputa, tendo sido possível observar jogadas de grande qualidade técnica aplaudidas por muitos que ali se deslocaram para apoiar as suas equipas.

Foram momentos agradáveis onde foi possível rever velhos amigos e proporcionar a criação de laços entre os mais novos em torno das suas coletividades e entre coletivi-dades congéneres da região, o que contribuiu para manter e incentivar a ligação ao nosso concelho visando lutar contra o seu despovoamento e pelo seu desenvolvimento.

Neste sentido, esta inicia-tiva integra-se num conjunto de atividades previstas no âmbito da comemoração dos 78 anos da CCPS, ficando na organização a sensação de ter sido um êxito e ter atingido em pleno os objetivos que foram estabelecidos.

Como resultados despor-tivos a equipa de Malhadas da Serra alcançou o 1º lugar pela primeira vez nesta competição, classificou-se em 2º lugar a equipa de Porto Silvado e em 3º a equipa de Vale de Pereiras.

A Taça Disciplina foi atribuída à equipa do Sardal que tiveram excelente comportamento e deram um grande exemplo de fair-play, não tendo nenhum cartão ao longo do torneio nos 5 jogos que disputou, assim como a equipa de Vale de Pereiras.

O título de Melhor Marca-dor, foi para o jogador Fábio Mendes, de Malhadas da Serra, com 17 golos marcados, e o troféu de Melhor Defesa para a mesma equipa, com apenas 7 golos sofridos.

Para o jogador mais jovem Vasco Reis (Aldeias) e o joga-dor mais idoso Américo Pereira (Vale Pereiras), parabéns pela participação e pelo exemplo receberam troféus.

Foram atribuídos troféus a todas as equipas, patrocinados por empresas e empresários do concelho de Pampilhosa da Serra, a quem a organização agradece, designadamente às empresas: Adega das Grava-tas; A Socorsul; Pastelaria Viriato; Maisto – David Lopes; Restaurante Magano; Universe Defenders, Lda; Link Seguros; M3B; Lenda da Beira; Paste-laria Paulo Simão; Restaurante Forno da Calçada; Restaurante Miudinho; e Vigaprintes. Um agradecimento especial para os Bombeiros Voluntários de Loures, pela atenção na cedên-cia do pavilhão.

Os troféus relativos a todos os 6 lugares da classificação final, ao Melhor Marcador, Melhor defesa, Taça disciplina, jogador Mais Jovem, jogador Mais Idoso, foram entregues no almoço comemorativo do 78º aniversário da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, realizado no dia 2 de Junho, na sede, onde estiver-am os capitães ou dirigentes

de cada equipa para receber os respetivos troféus e diplomas de participação.

Como próximas iniciativas despor-tivas em 2019, está já programado um Torneio de Sueca e eventualmente uma maratona de futsal no ultimo trimestre do ano.

Parabéns a todos os partici-pantes e equipa de organizadores formada por Sérgio Vicente e Joaquim Simão.

As classificações finais foram as seguintes:

Classificação FinalResultados1ª jornada (4 Maio):Sardal 0 – 13 AldeiasVale de Pereiras 7 – 1 Covanca Malhadas da Serra 5 – 3 Porto Silvado

2ª jornada (11 Maio):Aldeias 7–4 Vale PereirasPorto Silvado 7–2 SardalCovanca 2–6 Malhadas da Serra

3º jornada (12 Maio):Malhadas da Serra 8–0 AldeiasVale Pereiras 7–1 SardalPorto Silvado 7–2 Covanca

4ª jornada (25 Maio)Aldeias 1-4 CovancaSardal 1-12 Malhadas da SerraVale Pereiras 3-9 Porto Silvado

5ª jornada (1 Junho)Porto Silvado 10-2 AldeiasCovanca 6-0 SardalMalhadas da Serra 6-1 Vale Pereiras

MELHOR MARCADOR1º - Fábio Mendes (Malhadas da Serra) – 17 golos2º - Filipe Lopes (Porto Silvado) – 10 golos3º - Roben Mendes (Vale Perei-ras) – 8 golos Melhor Defesa: Malhadas da Serra (7 golos sofridos)

TAÇA DISCIPLINA 1º Sardal2º Vale Pereiras3º CovancaJogador mais velho – Américo Pereira (V. Pereiras)Jogador mais jovem - Aldeias

Carlos Simões

MALHADAS DA SERRA VENCE TORNEIO DE FUTSAL DA CASA DO CONCELHO