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Distribuio el;): 24106/2009 .

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1312MANDADO DE INJUNOPROCEDo :DISTRlTO FEDERA.LORIGEM :MI-78926-STF

RELATOR : l\UN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) ASSOCIAO NACIONAL DOS AGENTES DE SEGURANA DO PODER

JUDICIRIO DAUNL~O .. /IGEPOLJUSADV.(fVS) R1JOl }'fEIRA CASSEL E OUTRO(AiS)HvIPDOJAlS) PRESIDENTE DA RFPBl.ICA,,---------_ ._------

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CASSEtECARNEIROA 'D :V9 "'(j'A :0 0,'5

Excelentssimo SenhorMinistroGILMARMENDESPresidente do Supremo Tribunal FederalBraslia-DF

SUPREMO TRIBUNAL FEDERALCoordenadoria de

Processamento Inicial23/08/2009 18:40 78928

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EMENTA: AGEPOLJUS. Mandado de injuno coletivo. Associados Agentes deSegurana do Poder Judicirio da Unio. Atividade de risco. Exerccio do direitoconstitucional .aposentadoria especial obstado pela moralegislativanaedi0delei complementar. Provimento mandamental para suprir a lacuna legislativa.Precedentes do STF. Aposentadoria especial aos 15 ou, sucessivamente, aos 20anos de atividade de risco. Possibilidade de deciso monocrtica. MI 795, 914, 834e 840.

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A ASSOCIAO NACIONAL DOS AGENTES DE SEGURANA DO PODERJUDICIRIO DA UNIO - AGEPOLJUS, inscrita no CNPJ sob n05.824.002/0001-19, com sede na SCS, quadra 01, bloco L, n 17, salas 213/214,Edifcio Mrcia, Asa Sul, Braslia/DF, por seu procurador que recebe intimaes enotificaes no SHS, Quadra 6, Conjunto "A", Bloco "E", Salas 408/410, EdifcioBusiness Center Park, Complexo Brasil 21, CEP 70.322-915, na quaJidade deSUBSTITUTO PROCESSUAL dos seus associados, com suporte no artigo 5,LXXI e9 1, c/c o artigo 5, LXX, da Constituio da Repblica, impetra MANDADO DEINJUNO COLETIVO em face da omisso do PRESIDENTE DAREPBLICA, do PRESIDENTE DA CMARA DOS IlEPUTADOS e doPRESIDENTE DO SENADO FEDERAL, conforme segue:

1. DOS FATOS

A Impetrante associao de classe que representa os Agentes deSegurana do Poder Judicirio da Unio, regidos pela Lei 8.112/90 e pela Lei nO11.41612006, substitudos processualmente neste mandado de injunO.

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Tais servidores, por desempenharem funo legalmente definida comosujeita a risco de vida, encontram-se albergados pela exceo constante do artigo 40, S4, inciso II, da Constituio Federal de 1988, que lhes permite a aposentadoriaespecial, mediante lei complementar.

Ocorre que h omisso legislativa na edio da lei complementarexigida, o que inviabiliza o exerccio do direito assegurado na Constituio daRepblica.

Com efeito, a pretenso se justifica pela jurisprudncia da SupremaCorteI, que no controle difuso afirma a impossibilidade de concesso da aposentadoriaespecial, enquanto ausente a lei regulamentadora da matria.

Eis os fatos que suscitam este mandado de Injuno, destinado obteno de provimento mandamental que assegure a obteno da aposentadoriaespecial aos Substitudos, outorgando-se o direito reclamado2.

2. DO CABIMENTO, DA LEGITIMIDADE ATIVA E DA LEGITIMIDADEPASSIVA

O mandado de injuno proposto encontra previso no inciso LXXI eS 1 do artigo 5 da Constituio:

"Art. 50 ( ... )LXXI - conceder-se- mandado de injuno sempre que a falta de normaregulamentadora torne invivel o exerccio dos direitos e liberdades constitucionaise das prerrogativas inerentes nacionalidade, soberania e cidadania; (...)9 10 As normas definidoras de direitos e garantias fundamentais tm aplicao

1 Exemplos de julgados do STF no controle difuso: "O direito contagem especial do tempo de servio prestadosob condies insalubres pela servidora pblica celetista, poca em que a legislao ento vigente permitia talbenesse, incorporou-se ao seU patrimnio jurdico. No obstante, para o perodo posterior ao advento da Lei8.112/90, necessria a regulamentao do art. 40, S 4 da Carta Magna. Precedentes. Recurso extraordinrioconhecido e parcialmente provido;" (RE 382.352/SC, Ellen Gracie, Segunda Turma, Dl 06/02/2004); "1.Servidor pblico federal: contagem especial de tempo de servio prestado enquanto celetista, antes; portanto, desua transformao em estatutrio: direito adquirido, para todos os efeitos, desde que comprovado o efetivoexerCcio de atividade considerada insalubre, perigosa ou penosa. Com relao ao direito contagem de temporeferente ao perodo posterior L. 8.112/90, firmou esta Corte entendimento no sentido de que, para concessode tal benefcio, necessria a complementao legislativa de que trata o artigo 40, S 4, da CF. Precedentes. 2.Agravo Regimental provido, em parte, para, alterando-se a parte dispositiva da deciso agravada, dar parcialprovimento ao extraordinrio e reconhecer ao agravado o direito contagem especial do tempo de servioprestado sob efetivas condies insalubres no perodo anterior L. 8.112/90." (RE 367.314AgRlSC, SplvedaPertence, PrimeiraTlirma, Dl 14/05/2004).2 SILVA, Jos Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 27" edio. So Paulo: Malheiros, 2006, p.451.

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imediata. "

A competncia para o conhecimento e julgamento da impetrao doSupremo Tribunal Federal, vez que a omisso deriva de autoridades ou rgossubmetidos jurisdio dessa Corte, conforme artigo 102, I, "q", da Constituio daRepblica:

"Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda daConstituio, cabendo~lhe: I~processar e julgar, originariamente:(...)q) o mandado de injuno, quando a elaborao da norma regulamentadora foratribuio do Presidente da Repblica, do Congresso Nacional, da Cmara dosDeputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, doTribunal de Contas da Unio, de um dos Tribunais Superiores, ou do prprioSupremo Tribunal Federal;"

A legitimidade ativa da AGEPOLJUS se sustenta pela pretenso deobter o suprimento da lacuna normativa que impede a manifestao do direito aposentadoria especial de seus associados, Agentes de Segurana do Poder Judidrioda Unio, processualmente substitudos.

Para tanto, o artigo 5, inciso LXXI, deve ser lido em conjunto com asdisposies do mandado de segurana coletivo previsto no artigo 5, inciso LXX, daConstituio, aplicvel por analogia aos mandados de injuno3:

"Art. 5 (...)LXX - o mandado de segurana coletivo pode ser impetrado por:(...)b) organizao sindical, entidade de classe ou associao legalmente constituda eem funcionamento h pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seusmembros ou associados;"

A determinao da analogia que permite este mandado de injunocoletivo, titularizado pela AGEPOLJUS, encontra-se no pargrafo nico do artigo 24da Lei n 8.038/90:

"Art. 24. ( ...)Pargrafo nico. No mandado de injuno e no habeas corpus, sero observadas,no que couber, as normas do mandado de segurana, enquanto no editada

A respeito da aplica analgica do artigo 5, LXX, ao mandado de injuno, vide julgamentoproferido pelo STF no MI 361/RJ, d qual se retira o trecho seguinte: "I - MANDADO DE INJUNOCOLETIVO: ADMISSIBILIDADE, POR APLICAO ANALOGICA DO ART. 5, LXX, DACONSTITUIO;" (STF, MI 361/RJ, ReI. Min. NRI DA SILVEIRA, j. 08/04/1994, DJ 17/06/1994, p.15707).

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legislao especfica."

Ao tratar da matria, por reiteradas vezes o SUPREMO TRIBUNALFEDERAL reconheceu a legitimidade ativa para o mandado de injuno coletivo desindicatos, entidades de classe e associaes legalmente constitudas e emfuncionamento h pelo menos um ano, como demonstram os trechos dos precedentesabaixo:

"1. O acesso de entidades de classe via do mandado de injuno coletivo processualmente admissvel, desde que legalmente constitudas e emfuncionamento h pelo menos um ano. ( ... )" (STF, MI 689/PB, ReI. Min. EROSGRAU, j, 07/06/2006, DJ 18/08/2006, p. 19).

"MANDADO DE INJUNO COLETIVO: A jurisprudncia do SupremoTribunal Federal firmou-se no sentido de admitir a utilizao, pelos organismossindicais e pelas entidades de classe, do manddo de injuno coletivo, com afinalidade de viabilizar, em favor dos membros ou associados dessas instituies, oexerccio de direitos assegurados pela Constituio. Precedentes e doutrina."(STF, MI 20/DF, ReI. Min. CELSO DE MELLO, j. 19/05/1994, DJ 22/11/'1)996,p.45690)

Fixada a legitimidade ativa da Impetrante, a legitimidade passiva dosImpetrados demonstrada sob dois aspectos, face natureza complexa dos atos quecompreendem a produo legislativa exigida.

A legitimidade passiva do Presidente da Repblica manifesta, poisna forma do artigo 61, 9) l, inciso II, letra c, da Constituio da Repblica4, aautoridade responsvel pela iniciativa privativa para a deflagrao de processolegislativo que trate sobre aposentadoria dos servidores pblicos da Unio.

Tambm os Presidentes da Cmara dos Deputados e do SenadoFederal devem figurar no plo passivo, pois so a autoridades mximas das casaslegislativas responsveis pela discusso e votao das leis de iniciativa do Presidenteda Repblica, de acordo com os artigos 64 e 65 da Constitui05.

4 Constituio Federal: "Art. 61 A iniciativa das leis complementares e ordinrias cabe a qualquer membro ouComisso da Cmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da Repblica,ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da Repblica e aos cidados, naforma e nos casos previstos nesta Constituio. 9 10 - So de iniciativa privativa do Presidente da Repblica asleis que: ( ... ) II - disponham sobre: ( ... ) c) servidores pblicos da Unio e Territrios, seu regime jurdico,provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria; ( ... )".5 Constituio Federal: "Art. 64. A discusso e votao dos projetos de lei de iniciativa do Presidente daRepblica, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores tero incio na Cmara dos Deputados (...)Art. 65. o projeto de leiaprovado por uma Casa ser revisto pela outra, em um s turno de discusso e votao,e enviado sano ou promulgao, se a Casa revisora o aprovar, aLi arquivado, se o rejeitar."

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or

Dessa forma, resta evidente a legitimidade passiva conjunta do.Presidente da Repblica e dos Presidentes da Cmara dos Deputados e do SenadoFederal.

3. DO DIREITO

A aposentadoria especial dos Inspetores e Agentes de SeguranaJudiciria, servidores pblicos titulares de cargos efetivos do Poder Judicirio da.Unio, est prevista no artigo 40,S 4, inciso lI, da Constituio da Repblica de 1988,na redao dada pela Emenda Constitucional 47/2005:

"Art. 40 ( ... ) 9 4 vedada a adoo de requisitos e critrios diferenciados para aconcesso de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo,ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de.servidores:(...)II - que exeram atividades de risco;"

Na redao dada~-a esse dispositivo pela Emenda Constitudonal.20/1998, a questo vinha disciplinada no grupamento das atividades exercidas" sobcondies especiais que prejudicassem a integridade fsica6:

"Art. 40 ( ... ) 94 vedada a adoo de requisitos e critrios diferenciados para aconcesso de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, .ressalvados os casos de atividades exercidas exclusivamente sob condiesespeciais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica, definidos em leicomplementar."

Na hiptese antiga, constava que as atividades deveriam ser exercidasexclusivamente sob condies especiais, requisito que foi suprimido na redao dadapela Emenda Constitucional 47/2005.

Em relao ao que importa para este mandado de injuno, pode-seafirmar que as atividades de risco integram exceo (modalidade de aposentadoriaespecial) s regras constitucionais que vedam a adoo de requisitos e critriosdiferenciados para a concesso de aposentadoria.

6 Na redao original a Constituio da Repblica no vedava a adoo de critrios e requisitos diferenciadospara concesso de aposentadoria de servidores pblicos, no entanto o S IOdo seu artigo 40 previa o seguinte:"Lei complementar poder estabelecer excees ao disposto no inciso IH, 'a' e 'c'. no caso de exerccio deatividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas." O inciso III tratava da aposentadoria voluntria doservidor pblico e as referidas alneas tratavam das hipteses de aposentadoria com proventos integrais eproporcionais.

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Esse direito aposentadoria especial configura direito fundamental,cuja eficcia deve ser assegurada, na lio de GILMAR MENDES:

"Verifica-se marcado zelo nos sistemas jurdicos democrticos em evitar que asposies afirmadas como essenciais da pessoa quedem como letra morta ou que sganhem eficcia a partir da atuao do legislador. Essa preocupao liga-se necessidade de superar, em definitivo, a concepo do Estado de Direito formal,em que os direitos fundamentais somente ganham expresso quando regulados porlei, com o que se expem ao esvaziamento de contedo pela atuao ou inao dolegis ladoro"

Essa concluso requer o desdobramento do fundamento jurdico emtrs grupos, quais sejam:

(1) Sobre a aposentadoria especial do servidor submetido atividadede risco;

(2) sbre a conceituao legal da funo dos In~petores e Agentes deSegurana Judiciria como atividade de risco;

(3) Sobre a aplicao analgica da aposentadoria especial da Lei8.213/1991 com o limite de carncia da Lei Complementar 51/1985;

(4) Sobre os precedentes do Supremo Tribunal Federal resultantes dojulgamento dos Mandados de Injuno 721,795,914,834 e 840.

Tais abordagens constam dos prximos tpicos.

3.1. Sobre a aposentadoria especial de servidor submetido atividade de risco

A aposentadoria especial dos Inspetores e Agentes de Segurana,servidores pblicos titulares de cargos efetivos do Poder Judicirio da Unio, estprevista no artigo 40, S 4, inciso I~, da Constituio da Repblica de 1988, na redaodada pela Emenda Constitucional 47/2005:

"Art. 40 ( .. o) S 4 vedada a adoo de requisitos e critrios diferenciados para aconcesso de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo,ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos deservidores:(0.0)11 - que exeram atividades de risco;"

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Na redao dada a esse dispositivo pela Emenda Constitucional20/1998, ,a questo vinha disciplinada no grupamento das atividades exercidas sobcondies especiais que prejudicassem a integridade fsica?:

"Art 40 ( ... ) S 4 vedada a adoo de requisitos e critrios diferenciados para aconcesso de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo,ressalvados os casos de atividades exercidas exclusivamente sob condiesespeciais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica, definidos em leicomplementar."

Na hiptese antiga, constava que as atividades deveriam ser exercidasexclusivamente sob condies especiais, requisito que foi suprimido na redao dadapela Emenda Constitucional 47/2005.

Em relao ao que importa para este mandado de injuno, pode-seafirmar que as atividades de risco integram exceo (modalidade de aposentadoriaespecial) ,s regras constitucionais que vedam a adoo de requisitos e critriosdiferenciados para a concesso de aposentadoria.

Esse direito aposentadoria especial configura direito fundamental,cuja eficcia deve ser assegurada, na lio de GILMAR MENDES:

"Verifica-se marcado zelo nos sistemas jurdicos democrticos em evitar que asposies afirmadas como essenciais da pessoa quedem como letra morta ou que sganhem eficcia a partir da atuao do legislador. Essa preocupao liga-se necessid'adede superar, em definitivo, a concepo do Estado de Direito formal,em que os direitos fundamentais somente ganham expresso quando regulados porlei, com o que se expem ao esvaziamento de contedo pela atuao ou inao dolegislador. "

No entanto, desde 1988 a matria carece de regulamentao,impedindo que os servidores pblicos sujeitos atividade de risco possam exercer odireito aposentadoria especial (exceo feita ao policial abrangido pela LeiComplementar 51/85).

Ao se analisar devidamente a questo, percebe-se que, apesar dapreviso constitucional, no h legislao que regulamente a contagem especial do

Na redao original a Constituio da Repblica no vedava a adoo de critrios e requIsitosdiferenciados para cOncessode aposentadoria de servidores pblicos, no entanto o S IOdo seu artigo 40 previa oseguinte: "Lei complementar poder estabelecer excees ao disposto no inciso III, 'a' e 'c', no caso deexerccio de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas." O inciso III tratava da aposentadoriavoluntria do servidor pblico e as referidas alneas tratavam das hipteses de aposentadoria com proventosintegrais e proporcionais.

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tempo de servio para fins de aposentadoria dos servidores pblicos, em nenhuma dashipteses constitucionais, quais sejam:- (a) servidores portadores de deficincia (40, 94, I), (b) servidores que exeram atividades de risco (40, 9 4, 11) e (c) servidorescujas atividades sejam exercidas sob condies especiais que prejudiquem a sade ou aintegridade fsica (40, 94,111).

Por isso a impetrao do mandado de injuno, que busca osuprimento da lacuna normativa pela ordem judicial de regramento in concreto,permitindo aos servidores substitudos a aposentadoria especial por atividade de risco,independente de idade mnima e com integralidade e paridade plenas.

3.2. Sobre a conceituao legal das funes exercidas pelos Inspetores e Agentesde Segurana Judiciria.como atividade. de risco

A especificidade das funes dos Inspetores e Agentes de SeguranaJudiciria e a sua conceituao como atividade de risco, pode ser demonstrada nodecorrer de um resumo que passa pelas Leis 11.416/2006, 10.82612003 e 8.112/90,associado Instruo Normativa n 023/2005-DG/DPF, de 1 de setembro de 2005(anexa).

A Lei 11.41612006, atual plano de cargos e salrios dos servidores doPoder Judicirio da Unio, definiu o ocupante do cargo de Analista e TcnicoJudicirio, rea administrativa, cujas atribuies estejam relacionadas s funes desegurana, como Inspetores e Agentes de Segurana Judiciria, para fins deidentificao funcional.

A previso consta do 9 2 do artigo 4 da Lei n 11.416/2006:

"Art. 4 (...) ~ 2 Aos ocupantes do cargo da Carreira de Analista Judicirio - reaadministrativa e da Carreira de Tcnico Judicirio - rea administrativa cujasatribuies estejam relacionadas s funes de segurana so conferid.as asdenominaes de Inspetor e Agente de SeguranaJudiciria, respectivamente,para fins de identificao funcional."

Alm disso, o artigo 17 da Lei 11.416/2006 criou a Gratificao deAtividade de Segurana (GAS), devida aos Inspetores e Agentes de SeguranaJudiciria:

"Art. 17. Fica instituda a Gratificao de Atividade de Segurana - GAS, devidaexclusivamente aos ocupantes dos cargos de Analista Judicirio e de TcnicoJudicirio referidos no ~ 22 do art. 42 desta Lei."

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No Projeto de Lei n 5.845/2005 (anexo), de iniciativa do SupremoTribunal Federal, que originou a Lei 11.416/2006, o risco envolvido na atividade doInspetor e Agente de Segurana Judiciria destacado:

"( ...) em virtude dos mais diversos riscos inerentes ao exerccio de atividadesexternas, foram institudas pelos artigos 17 e 18 as gratificaes de AtividadeExterna - GAE e de Atividade de Segurana - GAS (...) A segunda,exclusivamente aos ocupantes do cargo de Analista Judicirio e de TcnicoJudicirio cujas atribuies estejam relacionadas s funes de segurana (...)"8

Antes da Lei n 11.416/2006, em atendimento s prescries da Lei n10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento), o artigo 18, inciso I, da InstruoNormativa n 023/2005-DG/DF, de 1 de setembro de 2005 (anexa), previu:

"Art. 18 (...) S 20 So consideradas atividade profissional de risco, nos termos doinciso I do S IOdo art. 10 da Lei 10.826 de 2003, alm de outras, a critrio daautoridade concedente aquelasl realizadas por:I - servidor pblico que exerce cargo efetivo ou comissionado nas reas desegurana, fiscalizao, auditoria ou execuo de ordensjudiciais~"

-No poderia ser diferente, pois a criao da GAS decorre de: umconjunto de critrios que remuneram diferenciadamente aqueles que exencem.atividades sujeitas a risco de vida, conforme a orientao firmada pelo artigo 68 da LeinO8.112/90:

"Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ouemcontalo permanente com substncias txicas, radioativas ou com risco de vida,fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo."

Diante desse quadro, no h dvida de que a atividade dosSubstitudos classificada como atividade de risco, para a incidncia do artigo 40, 94, inciso 11,da Constituio da Repblica.

3.3. Sobre a aplicao analgica das carncias para aposentadoria especial da Lei8.213/1991 cornos mnites da Lei Complementar 51/1985

Tratar-se- da legislao infraconstitucional aplicvel aosbeneficirios do regime geral de previdncia social e ao funcionrio policial,separadamente, pois constituem' casos legislativos diversos, porm aplicveis poranalogia, a exemplo do julgamento dos recentes Mandados de Injuno 795, 914 e834.

8 O art. 18 do Projeto de Lei 5845/2005, transformou-se no art. 17 da Lei 11.146/2006.

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o essencial perceber que, por analogia, h duas possibilidadessucessivas: (i) a fixao da carncia para aposentadoria especial por atividade de riscoem 15 anos; ou, sucessivamente Cii)a fixao da carncia para aposentadoria especialpor atividade de risco em 20 anos.

Os dois prazos esto previstos na Lei 8.213/91, mas apenas um deveser adotado (j que os Inspetores e Agentes de Segurana do Poder Judicirio estoexpostos a mesma atividade de risco decorrente do exerccio da funo, com direitosiguais aposentadoria especial).

O limite mximo se situa na carncia de 20 anos na atividade deAgente de Segurana, pois esse o teto estabelecido pela Lei Complementar 51/85,que prev a aposentadoria especial por atividade de risco de funcionrio policial.

Em qualquer hiptese, necessrio que a aposentadoria especial se dindepeQdente de idade minirlla e goze dos mesmos beneficios da aposentadoriaintegral plena, COTil paridade assegurada para que os proventos dos Substitudossofram os reflexos de qualquer alterao na~temunerao dos servidores em ativiiiade,inclusive por reestruturao de carreira.

3.3.1. Sobre a analogia com a Lei 8.213/91 para fixar a aposentadoria especial aos15 ou, sucessivamente, aos 20 anos de atividade de risco

A Lei 8.213/1991 dispe sobre a aposentadoria especil para osbeneficirios do regime geral de previdncia social, nos termos dos seus artigos 57 e58. E assim por fora do disposto no artigo 15 da Emenda Constitucional 20/1998,que assegura a aplicabilidade desses dispositivos, at a publicao da exigida LeiComplementar, o que no ainda no ocorteu9.

A partir da Lei 9.032/1995, que alterou a Lei 8.213/1991, houvesignificativa mudana na concesso da aposentadoria especial, no mais sendoconcedida em funo do exerccio de atividade profissional que prejudique a sade oua integridade fsica.

Conforme a atual redao do artigo 57 da Lei 8.213/1991, agora, aaposentadoria especial aos segurados do regime geral de previdncia social concedida ao empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual Cesta hiptese

9 Emenda Constitucional 20/1998: "Art. 15 - At que a lei complementar a que se refere o art. 201, S 1, daConstituio Federal, seja publicada, permanece em vigor o disposto nos arts. 57 e 58 da Lei n 8213, de 24 dejulho de 1991, na redao vigente data da publicao desta Emenda."

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somente quando cooperado filiado cooperativa de trabalho ou de produo), quetenha trabalhado sujeito a condies especiais que prejudiquem a sade ou aintegridade fsica, duranteguinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme o casolO

Na hiptese da atividade de risco, a carncia uniforme e, poranalogia, deve ser fixada em 15 (quinze) ou, sucessivamente, 20 (vinte) anos deatividade especial, pois o prazo no comporta diferenciao entre os servidores,tampouco pode ser superior a 20 anos, prazo fixado na Lei Complementar 51/85.

No caso do Regime Geral de Previdncia Social, o beneficio passou aser concedido em funo (a) da comprovao de tempo de trabalho em condiesespeciais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica e (b) da efetiva exposiodos trabalhadores aos agentes nocivos qumicos, fsicos, biolgicos ou associao deagentes prejudiciais sade, pelo perodo equivalente ao exigido para a concesso dobenefcio.

A definio de trabalho permanente consta do Decreto 3.04811~999,assim: "aquele que exercido de fonna no ocasional nem intermitent.!(.:l.no qual aexposio do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo sejaindissocivel da produo do bem ou da prestao do servio" (artigo 65). LI

10 Lei 8213/1991, na redao dada pelas Leis 9.032/1995, e 9.732/1998: "Art. 57. A aposentadoria especial serdevida, uma vez cumprida a carncia exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condiesespeciais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco)anos, conforme dispuser a lei.gl A aposentadoria especial, observado o disposto no art. 33 desta Lei, consistirnuma rend'a mensal equivalente a 100% (cem por cento) do salrio-de-bertefcio. 9 2 A data de incio dobenefcio ser fixada da mesma forma que a da aposentadoria por idade, conforme o disposto no art. 49. 9 3 Aconcesso da aposentadoria especial depender de comprovao pelo segurado, perante o Instituto Nacional doSeguro Social-INSS, do tempo de trabalho permanente, no ocasional nem intermitente, em condies especiaisque prejudiquem a sade ou a integridade fsica, durante o perodo mnimo fixado. 9 4 O segurado devercomprovar, alm db tempo de trabalho, exposio aos agentes nocivos qumicos, fsicos, biolgicos ouassociao de agentes prejudiciais sade ou integridade fsica, pelo perodo equivalente ao exigido para aconcesso do benefcio, 9 5 O tempo de trabalho exercido sob condies especiais que sejam ou venham a serconsideradas prejudiciais sade ou integridade fsica ser somado, aps a respectiva converso ao tempo detrabalho exercido em atividade comum, segundo critrios estabelecidos pelo Ministrio da Previdncia eAssistncia Social, para efeito de concesso de qualquer benefcio. 9 6 O benefcio previsto neste artigo serfinanciado com os recursos provenientes da contribuio de que trata o inciso TIdo art. 22 da Lei nO8.212, de 24de julho de 1991, cujas alquotas sero acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a atividadeexercida pelo segurado a servio da empresapermita a concesso de aposentadoria especial aps quinze, vinte ouvinte e cinco anos de contribuio, respectivamente.g 7 O acrscimo de que trata o pargrafo anterior incideexclusivamente sobre a remunerao do segurado sujeito s condies especiais referidas no caput. 9 8 Aplica-se o disposto no art. 46 ao segurado aposentado nos termos deste artigo que continuar no exerccio de atividadeou operao que o.sujeite aos agentes nocivos constantes da relao referida no art. 58 desta Lei."11 O Decreto 3.048, de 1999, na Subseo IV, Da Aposentadoria Especial, contm o seguinte: "Art. 65.Considera-se trabalho. permanente, para efeito desta Subseo, aquele que exercido de forma no ocasionalnem intermitente, no qual a exposio do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivoseja indissocivel da produo do bem ou da prestao do servio,"

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Ob.serve-se que para o segurado do Regime Geral de PrevidnciaSocial que houver exercido, sucessivamente, duas ou mais atividades sujeitas acondies especiais pn~judiciais sade ou integridade fsica, sem completar emqualquer delas o prazo mnimo exigido para a aposentadoria especial, os respectivosperodos sero somados aps converso, considerada a atividade preponderante (artigo66 do Decreto 3.048/1999).

Por analogia, a converso de tempo de atividade sob condieseSpeCIaiS em tempo de atividade comum, no que interessa aos que desempenhamatividade de risco, dar-se- de acordo com a seguinte tabela, prevista no artigo 70 doDecreto 3.048/1999:

. Tempo a Multiplicadores.Converter

Mulher (para 30) Homem (para 35)

De 15 anos 2,00 2,33

De 20 anos 1,50 1,75

A ltima hiptese de converso acontece com suporte no S 5 doartigo 57 da Lei 8.213/1991, assim redigido: 12

"Art. 57 ( ... ) ~ 5 O tempo de trabalho exercido sob condies especiais que sejamou venham a ser consideradas prejudiciais sade ou integridade fsica sersomado, aps a respectiva converso ao tempo de trabalho exercido em atividadecomum, segundo critrios estabelecidos pelo Ministrio da Previdncia eAssistncia Social, para efeito de concesso de qualquer benefcio."

Percebe-se, portanto, que favorecendo os beneficirios do RegimeGeral da Previdncia, nos casos de atividades exercidas sob condies especiais queprejudiquem a sade ou a integridade jlsica, h extensa regulamentao de

12 As discusses em torno revogao tcita ou no do 9 5 do artigo 57 da Lei 8.213/1991, no obsta ojulgamento de procedncia deste mandado de injuno, sendo que, na hiptese de ser o dispositivo daLei 8.213adotado como norma adequada regulao que se busca, at a edio da lei complementar pertinente, arevogao ou no do pargrafo em comento estar sujeita interpretao pelo aplicador, conforme observadopelo Min. Eros Grau, no julgamento do MI 721 (" este Tribunal incumbir - permito-me repetir - se concedidaa injuno, remover o obstculo decorrente da omisso, definindo a norma adequada regulao do casoconcreto, norma enunciada como texto normativo, logo sujeito a interpretao pelo seu aplicador"). Sobre aausncia de revogao tcita da disposio, veja-se a Apelao Cvel 1221609, do Tribunal Regional Federal da3" Regio e a Apelao Cvel 200204010248301, do Tribunal Regional Federal da 4" Regio.

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aposentadoria especial, o que constitui apenas a primeira hiptese da ressalva do ~ 1do artigo 201 da Constituio da Repblica.

No que diz respeito aposentadoria especial de segurados do regimegeral portadores de deficincia - segunda hiptese da ressalva do ~ 1 do artigo 201 daConstituio da Repblica, criada pela Emenda Constitucional 47, de 2005 -, aindano h regulamentao.

Diferente no a situao das hipteses de aposentadoria especialpara os Inspetores e Agentes de Segurana do Poder Judicirio, motivo pelo qual permitida a analogia com os dois primeiros prazos fixados pela Lei 8.213/90, que deveser reinterpretada para oferecer o tempo especial (entre 15 e 20 anos) para a atividadede risco, sem olvidar dos limites da Lei Complementar 51/85 (mximo de 20 anos).

3.3.2. Da apUcae do limite de 20 anos na atividade de risco, decorrente da LeiComplementar 51/85

Paralelamente aos fundamentos que demonstram que a aposentadoriaespecial dos Substitudos deve ocorrer aos 15. (quinze) anos de atividade de risco,concorre a fixao do limite de 20 (vinte) anos na atividade de risco, previsto noartigo 1, inciso I, da Lei Complementar 51/85:

"Art.l - O funcionrio policial ser aposentado:I - voluntariamente, com proventos integrais, aps 30 (trinta) anos de servio,desde que conte, pelo menos 20 (vinte) anos de exerccio em cargo de naturezaestritamente policial;"

A Lei Complementar 51/1985, que o Plenrio do Supremo TribunalFederal consolidou como recepcionada pela Constituio da Repblica de 1988,contempla requisitos e critrios diferenciados para a aposentadoria dos servidorespoliciais; atualmente autorizada pelo artigo 40, ~. 4, inciso II (atividade de risco),estabelecendo em 20 (vinte) anos a carncia na atividade policial, para a percepo deproventos integrais, sem estipular idade mnima.

LENZA:No outro o entendimento doutrinrio, a exemplo de PEDRO

"( ...) em relao aos servidores que exeram atividades de risco, podemos lembrar,para se ter um exemplo, a situao particular dos servidores policiais civis. Muitoembora se possa dizer que eles j estivessem englobados pela regra do art. 40, S 4,IH (atividades que prejudiquem a integridade fsica), muito bem-vinda a novidade

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j que explicita a hiptese de aposentadoria especial, sem deixar qualquer tipo ded' 'd ( ),,13UVI a ...

Portanto, a exegese adequada a que estipula que o Oficial de JustiaAvaliador, independente de idade mnima, poder se aposentar aos 15 (quinze) anos deatividade de risco (analogia com o artigo 57 da Lei 8.213/91) ou, sucessivamente, aos20 (vinte) anos de atividade de risco, pois esse o limite que se incorpora questo, apartir da anlise do artigo 1, inciso I, da Lei Complementar 51/1985, combinado como artigo 57 da Lei 8.213/90. .

Evidente que na aposentadoria por idade, deferida a partir dos 65(sessenta e cinco) anos de idade ao homem e 60 (sessenta) anos de idade mulher,proporcional ao tempo de contribuio (artigo 40, S 1, inciso IIl, letra b, daConstituio), o tempo de contribuio para a referncia da proporcionalidade ser de15 (quinze) anos ou, sucessivamente, 20 (vinte) anos.

3:4~'-Bbbre osiirececrentes do 'Supremo'-TrHJunaC Federal .res~lintes:: dojulgamento dos Mandados de Injuno 721, 795, 914, 834 e 840

Em 30 de agosto de 2007, o plenrio do Supremo Tribunal Federaljulgou o Mandado de Injuno, 721, relator o Ministro Marco Aurlio, oportunidadeem que se acolheu o pedido formulado por servidora pblica federal, para suprir amora legislativa e adotar o sistema do regime geral de previdncia social (Lei8.213/1991, artigo 57), assentando o direito aposentadoria especial de que trata oS 4do artigo 40 da Constituio.

A Suprema Corte adotou a corrente que admite a remoo da omissolegislativa pelo Poder Judicirio, viabilizando o exerccio do direito no caso concreto,ao conferir sua deciso natureza mandamental, no simplesmente declaratria dainrcia legislativa.

No MI 721 o Supremo Tribunal Federal asseverou caber-lhe noapenas a declarao da omisso do poder incumbido de regulamentar o direito, masviabilizar, no caso concreto, o exerccio desse direito, afastando as conseqncias dainrcia do legislador.

Para a deciso do MI 721 foi elaborada a ementa seguinte (publicadaem 30 de novembro de 2007):

13LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 12' edio. So Paulo. Saraiva: 2008, p. 785.

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"MANDADO DE INJUNO - NATUREZA. Conforme disposto no inciso LXXIdo artigo 5 da Constituio Federal, conceder-se- mandado de injuno quandonecessrio ao exerccio dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativasinerentes nacionalidade, soberania e cidadania. H ao mandamental e nosimplesmente declaratria de omisso. A carga de declarao no objeto daimpetrao, mas premissa da ordem a ser formalizada. MANDADO DEINJUNO - DECISO - BALIZAS. Tratando-se de processo subjetivo, adeciso possui eficcia considerada a relao jurdica nele revelada.APOSENTADORIA - TRABALHO EM CONDIES ESPECIAIS - PREJuzo SADE DO SERVIDOR - INEXISTNCIA DE LEI COMPLEMENTAR _ARTIGO 40, 9 4, DA CONSTITUIO FEDERAL. Inexistente a disciplinaespecfica da aposentadoria especial do servidor, impe-se a adoo, viapronunciamento judicial, daquela prpria aos trabalhadores em geral - artigo57, ~ JO, da Lei nO 8.213/91."

o precedente fundamental, pois modificou a compreenso doSupremo Tribunal Federal acerca do direito de servidor aposentadoria especial,admitindo a procedncia do pedido mandamental para remover o obstculo criado pelaomisso e tornar. vivel o exerccio das excees previstas no art. 40, g 4, DJ;daConstituio

l4, como se infere do voto proferido pelo,:ninistro Marco Aurlio, re.lator

do MI 721, com relao ao papel do Supremo nos mandados de injuno:

" tempo de se refletir sobre a timidez inicial do Supremo quanto ao alcance domandado de injuno, ao excesso de zelo, tendo em vista a separao e harmoniaentre os Poderes. tempo de se perceber a frustrao gerada pela postura inicial,trai1sformando o mandado de injuno em ao simplesmente declaratria do atoomissivo, resultando em algo que no interessa, em si, no tocante prestaojurisdicional, tal como consta no inciso LXXI do artigo 5 da Constituio Federal,ao cidado. Impetra-se este mandado de injuno no para lograr-se simplescertido de omisso do Poder incumbido de regulamentar o direito a liberdadesconstitucionais, a prerrogativas inerentes a nacionalidade, soberania e cidadania. Busca-se o Judicirio na crena de lograr a supremacia da LeiFundamental, a prestao jurisdicional que afaste as nefastas conseqncias dainrcia do legislador."

Preocupao idntica se verifica no voto do ministro Eros Grau, nomesmo mandado de injuno:

"8. Havendo, portanto, sem qualquer dvida, mora legislativa na regulamentaodo preceito veiculado pelo artigo 40, 9 4, a questo que se coloca a seguinte:

14 Anteriormente, o entendimento da Suprema Corte era outro, pois no permitia a concesso de mandado deinjuno aos servidores pblicos, conforme restava claro nas decises do M1425/0F, Min. Sydney Sanches (Dl1l/11/1994); MI 462/MG,Moreira Alves (01 24/11/1995); MI 446/Rl, Nri da Silveira (Dl 04/04/1997); MI484/RJ, Nri da Silveira (OJ03/1 0/1997) e; MI 494/MT, Sydney Sanches (Dl 12/12/1997).

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presta,..se, esta Corte, quando se trate da apreciao de mandados de injuno, aemitir decises desnutridas de eficcia?"9. Esta a questo fundamental a considerarmos. J no se trata de saber se otexto normativo de que se cuida - Artigo 40, S 4 - dotado de eficcia. Importaverificarmos se o Supremo Tribunal Federal emite decises ineficazes; decis0esque se bastam em solicitar ao Poder Legislativo que cumpra o seu dever,inutilmente. Se admissvel o entendimento segundo o qual, nas palavras doMinistro Nri da Silveira, 'a Suprema Corte do Pas decide sem qlle seu julgadotenha eficcia'. Ou, alternativamente, se o Supremo Tribunal Federal deve emitirdecises que efetivamente surtam efeito, no sentido de suprir aquela omisso."

o ministro Carlos Britto reconheceu a carga mandamental que deveconter a deciso proferida em mandado de injuno, de modo a garantir-lhe eficcia,observando:

"( ... ) nas discusses anteriores, observei que somente cabe mandado de injunoperarrte uma norma constitucional de eficcia limitada. Sendo assim, no fazsentido proferir uma deciso judicial tambm de eficcia limitada. umacontradio nos termos. A deciso judicial h de ser plenoperante, marcada~pelasua carga de concretude, ou seja, tem de ser mandamental, como da natureza.sIaao constitucional agora sob julgamento."

Para confirmar esse entendimento, citem-se mais algumas decises doSupremo, como nos Mandados de Injuno 670/ES e 708/DF. Nesses acrdos, oSupremo reconheceu a ausncia de norma regulamentando o exerccio do direito degreve dos servidores pblicos e supriu o defeito, admitindo, como disciplina vlida daprerrogativa, a lei'aplicvel aos demais trabalhadores.

Essa posio foi confirmada em vrios mandados de injuno julgadosno dia 15 de abril de 2009~ mencionados na notcia abaixo, retirada do site do STF:

Qi.Jarta~feira, 15 de Abril de 2009STF permite aplicao de lei da Previdncia Social para concesso de aposentadoriaespecial a servidoresNesta quarta-feira (15), o Supremo Tribunal Federal (STF) permitiu que pedidos deaposentadoria de servidores pblicos que trabalham em situao de insalubridade e depericulosidade sejam concedidos de acordo com as regras do artigo 57 da Lei 8.213/91, queregulamenta a aposentadoria especial de celetistas. Os pedidos devem ser analisados caso acaso e dependem de o interessado provar que cumpre os requisitos legais previstos para aconcesso do benefcio;A deciso seguiu precedente (M! 721) do Plenrio que, em agosto de 2007, permitiu aaplicao da norma a uma servidora da rea da sade. Ela teve sua aposentadoria negadapor falta de regulamentao do dispositivo constitucional que permite a aposentadoriaespecial no caso de trabalho insalubre e de atividades de risco.A regra est disposta no pargrafo 4"do artigo 40 da Constituio Federal, mas depende deregulamentao. Por isso, pedidos de aposentadoria feitos por servidores pblicos acabamsendo rejeitados pela Administrao. Para garantir a concesso do benefcio, o Supremo

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est permitindo a aplicao da Lei 8.213/91, que regulamenta a concesso de beneficios daPrevidncia Social.Ao todo, foram julgados 18 processos de servidores, todos mandados de injuno,instrumento juridico apropriado para garantir o direito de algum prejudicado diante daomisso legislativa na regulamentao de normas da Constituio. Nesta tarde; os ministrosdecretaram a omisso legislativa do presidente da Repblica em propor lei que trate damatria, que est sem regulamentao h mais de 10 anos.A Corte tambm determinou que os ministros podero aplicar monocraticamente essadeciso aos processos que se encontram em seus gabinetes, sem necessidade de levar cadacaso para o Plenrio.RRlLFLeia mais:30/08/07 - Plenrio determina aposentadoria especial por insalubridade para servidora dasadeProcessos julgados:MI 795, 797, 809, 828, 841, 850, 857, 879, 905, 927, 938, 962, 998. 788, 796, 808, 815 e825.

Abaixo, seguem resumos das decises do Mandado de Injuno 795(publicada no Dl em 27 de .abril de 2009) e do Mand:ado de Injuno 914 (ementapublicada no Dl em 28 de abril de 2009), ambos da relataria da Ministra CrmenLcia:

MI -795"Deciso: O Tribunal, por unanimidade, concedeu a ordem, nos termos do voto daRelatora. Em seguida, resolvendo questo de ordem suscitada pelo' Senhor MinistroJoaquim Barbosa, autorizou que os Ministros decidam monocrtica edefinitivamente os casos idnticos. Votou o Presidente, Ministro Cezar Peluso(Vice-Presidente). Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Gilmar Mendes(Presidente),. em representao do Tribunal no exterior, e a Senhora Ministra EllenGracie. Plenrio, 15.04.2009."Ml- 914"MANDADO DE INJUNO COLETIVO. ALEGADA AUSNCIA DENORMA REGULAMENTADORA DO ART. 40, ~ 4, INe. lI, DACONSTITUIO DA REPBLICA. MANDADO DE INJUNOCONCEDIDO EM PARTE PARA ASSEGURAR A APLICAO DO ART. 57DA LEI N. 8.213/91, NO QUE COUBER.Relatrio 1. Mandado de injuno coletivo impetrado pelo Sindicato dosServidores do Poder Judicirio Federal do Estado de Mato Grosso, em 17.1 1.2008,contra o que seria falta de norma regulamentadora do art. 40, ~ 4, da Constituioda Repblica, cuja iniciativa seria do Presidente da Repblica, aqui apontado comoautoridade coatora. .(...)21. Em 15.4.2009, o Plenrio do Supremo Tribunal Federal julgou os Mandados deInjuno ns. 795, 797, 809, 828, 841, 850, 857, 879, 905, 927, 938, 962 e 998,todos de minha relatoria, em que se discutia a ausncia de norma regulamentadorado art. 40,~ 4, que torne vivel a aposentadoria especial do servidor pblico queexera atividade de risco ou sob condies especiais que prejudiquem a sua sadeou a sua integridade fsica (art. 40, ~ 4, da Constituio da Repblica). Naquelamesma sesso de julgamento e ainda sobre a ausncia de lei complementar a

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disciplinar a mencionada aposentadoria especial do servidor pblico, foramjulgados os Mand.ados de Injuno ns. 788, 796, 808 e 825, Relator o MinistroCarlos Britto. Os mandados de injuno foram conhecidos e concedidos, emparte, para comunicar a mora legislativa autoridade competente edeterminar a aplicado, no que couber, do art.' 57. da Lei n. 8.213191. Decidiu-se, ainda, em questo de ordem, que os Ministros deste Supremo T'ibunalFed'eral poderiam decidir, monocrtica edefinitivmente,os casos idnticos.22. Dessa forma, reconhecida a mora legislativa e a necessidade de se dareficcia s normas constitucionais e efetividade ao alegado direito dosrepresentados do Impetrante, concedo parcialinente a ordem pleiteada para,integrando-se a norma constitucional, e, garantindo-se a viabilidade do direitoassegurado aos substitudos do Impetrante e efetividade do que lhes assegurado pelo art. 40, ~ 4, da Constituio brasileira, assegurar a aplicaodo art. 57 da Lei n. 8.213/91, no que couber e a partir da comprovao dosdados dos substitudos do Impetrante perante a autoridade administrativacompetente. Comunique-se. Publique-se.( ...)"

No dia 06 de maio de 2009, tambm o Ministro RicardoLewandowski, nos autos do Mandado de Injuno 834, decidiu monocrtica efavoravelmente aposentadoria especial por atividade de risco dos Oficiais de JustiaAvaliadores Federais associados ao Sindicato dos Servidores do Poder JudicirioFederal em Gois (documento anexo).

Disse o Ministro:

"No caso sob exame, o impetrante pleiteia a aplicao do artigo 1, I e lI, da LeiComplementar 51/1985 ou outra norma pertinente. Entendo que deve ser aplicado,como nos citados precedentes, o art. 57, S 1, da Lei 8.213/91, que disciplina oregime geral de previdncia social, que assim se encontra vazado: (...)Isso posto, concedo a ordem em parte para, nos termos do Parecer do MinistrioPblico, reconhecer o direito dos substitudos pelo impetrante de terem os seuspleitos aposentadoria especial analisados pela autoridade administrativacompetente, luz do art. 57 da Lei 8.213/91, considerada a falta do diplomaregulamentador a que se refere o art. 40, S 4, da Constituio Federal."

Recentemente, no dia 12 de junho de 2009, o Ministro Celso de Mello,nos autos do Mandado de Injuno 840, tambm decidiu monocrtica efavoravelmente aposentadoria por atividade de Risco dos Inspetores e Agentes deSegurana associados ao Sindicato dos Servidores das Justias Federais no Estado doRio de Janeiro (documento anexo), nos seguintes termos:

"Registro, preliminarmente, que o Supremo Tribunal Federal, apreciando questode ordem suscitada, em sesso plenria, no MI 795/DF, ReI. Min. CRMENLCIA, reconheceu assistir, ao Relator da causa, competncia para julgar,monocraticamente, em carter definitivo, os mandados de injuno que objetivemgarantir, ao impetrante, o direito aposentadoria especial aque se refere o art. 40, S

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4, da Constituio da Repblica. O caso em exame ajusta-se aos pressupostosque, estabelecidos na questo de ordem ora referida, legitimam a atuaomo.nocrtica do Relator da causa, razo pela qual passo a analisar, singularmente, apresente impetrao injuncional. Trata-se de mandado de injuno q).leobjetiva acolmatao de alegada omisso estatal no adimplemento de prestao legislativadeterminada no art. 40, S 4, inciso lI, da Constituio da Repblica. A parte oraimpetrante enfatiza o carter lesivo da omisso imputada ao Senhor Presidente daRepblica, assinalando que a lacuna normativa existente, passvel de integraomediante edio da faltante lei complementar, tem inviabiJizado o seu acesso aobenefcio da aposentadoria especial. O Senhor Presidente da Repblica _.autoridade impetrada - encaminhou informaes prestadas pela douta Advocacia-Geral da Unio, propugnando pela denegao deste mandado de injuno. Cabereconhecer, desde logo, a possibilidade jurdico- -processual de utilizao domandado de injuno coletivo. Com efeito, a jurisprudncia do Supremo TribunalFederal firmou-se no sentido de admitir o ajuizamento da aoinjuncional coletiva por parte de organizaes sindicais, como a de que ora se trata,e entidades de classe.(...)Essa omisso inconstitucional, derivada do inaceitvel inadimplemento do dever.estatal de emanar regramentos normativos - encargo jurdico que no foi cumpridona espcie -,encontra, neste "writ" injuncional, um poderoso fator de neutralizaoda inrcia legiferante -i da absteno normatizadora do Estado. O mandado deinjuno, desse modo, deve traduzir significativa ,reao jurisdicional autorizadapela Carta Poltica, que, nesse "writ" processual, forjou o instrumento destinado aimpedir o desprestgio da prpria Constituio, consideradas as gravesconseqncias que decorrem do desrespeito ao texto da Lei Fundamental, seja porao do Estado, seja, como no caso, por omisso - e prolongada inrcia - do PoderPblico. fsso significa, portanto; que o mandado de injuno deve. ser visto equaHficado como instrumento de concretizao das clsulas constitucionaisfrustradas, em sua eficcia, pela inaceitvel omisso do Poder Pblico, impedindo-se, desse modo, que se degrade, a Constituio, inadmissvel condio subalternade um estatuto subordinado vontade ordinria do legislador comum. Na verdade,o mandado de injuno busca neutralizar as conseqncias lesivas decorrentes daausncia de regulamentao normativa de preceitos constitucionais revestidos deeficcia limitada, cuja incidncia - necessria ao exerccio efetivo de determinadosdireitos neles diretamente fundados - depende, essencialmente, da intervenoconcretizadora do legislador. preciso ter presente, pois, que o direito legislao s pode ser invocado pelo interessado, quando tambm existir _simultaneamente imposta pelo prprio texto constitucional - a previso do deverestatal de emanar normas legais. Isso significa, portanto, que o direito individual atividade legislativa do Estado apenas se evidenciar naquelas estritas hipteses emque o desempenho da funo de legislar refletir, por efeito de exclusivadeterminao constitucional, uma obrigao jurdica indeclinvel imposta ao PoderPblico, consoante adverte o magistrio jurisprudencial desta Suprema Corte (Mf633/DF, ReI. Min. CELSO DE MELLO, v.g.). Desse modo, e para que possaatuar a norma pertinente ao instituto do mandado de injuno, revela~se essencialque se estabelea a necessria correlao entre a imposio constitucional delegislar, de um lado, e o conseqente reconhecimento do direito pblico subjetivo

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legislao, de outro, de tal forma que, ausente a obrigao jurdico-constitucionalde emanar provimentos legislativos, no se tornar possvel imputarcomportamento moroso ao Estado, nem pretender acesso legtimo via injuncional(MI 463/MG, ReI. Min. CELSO DE MELLO - MI 542/SP, ReI. Min. CELSO DEMELLO ~MI 642/DF, ReI. Min. CELSO DE MELLO). O exame dos elementosconstantes deste processo, no entanto, evidencia que existe, na espcie, o necessriovnculo de causalidade entre o direito subjetivo legislao, invocado pela parteimpetrante, e o dever do Poder Pblico de editar a lei complementar a que alude oart. 40, 9 4, da Carta da Repblica, em contexto que torna plenamente admissvel autilizao do "writ" injuncional. Passo, desse modo, a analisar a pretensoinjuncional em causa. Cumpre assinalar, nesse contexto, que o Plenrio doSupremo Tribunal Federal, ao apreciar ao injuncional em que tambm sepretendia a concesso de aposentadoria especial, no s reconheceu a mora doPresidente da Repblica ("mora agendi") na apresentao de projeto de leidispondo sobre a regulamentao do art. 40, 9 4, da Constituio, como, ainda,determinou a aplicao analgica do art. 57, 9 l, da Lei nO 8.213/91, com oobjetivo de colmatar a lacuna normativa existente: "(00.) APOSENTADORIA _TRABALHO EM CONDIES ESPECIAIS - PREJuzo SADE DOSERVIDOR - INEXISTNCIA DE LEI COMPLEMENTAR - ARTIGO 40,9 4,DA CONSTITUIO FEDERAL. Inexistente a disciplina especfica-. daaposentadoria especial do servidor, impe~se a. adoo, via pronunciamentojudicial, daquela prpria aos trabalhadores em geral - artigo 57, 9 1, da Lei nO8.213/91." (MI 721/DF, ReI. Min. MARCO AURLIO, Pleno - grifei) Registro,ainda, que esta Suprema Corte, em sucessivas decises, reafirmou essa orientao(MI 758/DF, ReI. Min. MARCO AURLIO - MI 796/DF, ReI.' Min. CARLOSBRITTO - M1809/SP, ReI. Min. CRMEN LCIA - MI 824/DF, ReI. Min. EROSGRAU - MI 834/DF, ReI. Min. RICARDO LEW ANDOWSKI - MI 874/DF, ReI.Min. CELSO DE MELLO - MI912/DF, ReI. Min. CEZAR PELUSO _MI970/DF, ReI. Min. ELLEN GRACIE - MI 1.00l/DF, ReI. Min. CELSO DE

J\A.J;:;"LJ".t::\"~,.l\A'.T~.h.t:\:C.Q",""iE'....,,,,= ..I~::,,"'K;':":::'''-:''''-:'L' SO D'E M'ELLO ) a nt' do e"~'-'----C-C-----"-""--"""~~'~"'~-', .,'''' 'UH'. "-'C , V.g. , g ra In , m

conseqncia, aos servidores pblicos que se enquadrem nas hiptesesprevistas nos incisos II e III do 9 4 do art. 40 da Constituio (execuo detrabalhos em ambientes insalubres ou exerccio de atividades de risco), o direito aposentadoria especial:(00. )Sendo assim, em face das razes expostas, e acolhendo, ainda, o parecer da doutaProcuradoria.Geral da Repblica, concedo a ordem injuncional, para, reconhecidoo estado de mora que se imputou ao Senhor Presidente da Repblica, garantir, aosfiliados entidade sindical ora impetrante, o direito de ter os seus pedidos deaposentadoria especial analisados, pela autoridade administrativa competente, luzdo art. 57 da Lei nO8.213/91. Comunique-se ao Excelentssimo Senhor Presidenteda Repblica. Arquivem~se os presentes autos. Publiquecse. Braslia, 12 dejunho de 2009.

Como se pode observar, manifesta a procedncia dos -pedidos dopresente mandado de injuno.

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4. DOS PEDIDOS

Ante o exposto, pede:

(a) a notificao das autoridades impetradas, para que prestem asinformaes que entenderem necessrias;

opme;(b) a intimao do representante do Ministrio Pblico, para que

(c) a concesso da injuno para reconhecer a inadimplncialegislativa dos Impetrados na regulamentao do direito aposentadoria especial dosSubstitudos, que esto submetidos atividade de risco prevista no artigo AO, ~ 4,inciso lI, da Constituio Federal de 1988, suprindo a lacuna normativa peladeterminao de aplicao analgica da aposentadoria especial aos 15 (q~inze) anosde atividade ou, sucessivamente, aos 20 (vinte) anos de atividade, com suporte noartigo 57 da Lei 8.213/91 combinado com a parte final do artigo l da LeiComplementar 51/85, ou. sucessivamente ainda, no prazo reduzido que VossaExcelncia entender cabvel, com base na Lei 8.213/91 e na Lei Complementar 51/85,com a finalidade de:

(e.l) viabilizar aos Substitudos beneficiados o exerccio do direito aposentadoria especial prevista no artigo 40, S 4, inciso lI, daConstituio da Repblica, com proventos alcanados pelaintegralidade e paridade plenas, independente de idade mnima;

(c.2) viabilizar aos Substitudos beneficiados, no tocante aposentadoria por idade (a partir dos 65 anos para homem e 60 anospara mulher), compulsria (70 anos) e por invalidez, proporcionais aotempo de contribuio, que os valores sejam calculados a partir daltima remunerao percebida em atividade, com resguardo daparidade, tendo por tempo integral de referncia o tempo especialfixado neste manda,do de injuno;

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(c.3) diante da ausncia de requisito de exclusividade no artigo 40, S4, inciso Il, da Constituio da Repblica, viabilizar a converso dotempo especial em tempo comum, para averbao em outra atividade;

(d) atribuio causa do valor de R$ 1.000,00 (mil reais);

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RELAO DE DOCUMENTOS ANEXADOS

1) Procurao;

2) Cpia autenticad,a do Estatuto do AGEPOLJUS;

3) Cp'ias autenticadas das atas de eleio e posse da atual diretoria doAGEPOLJUS;

4) Cpia autenticada de inscrio e de situao cadastral no CPF e cpiaautenticada do RG do Presidente do AGEPOLJUS;

5) Comprovante de inscrio e situao cadastral do AGEPOLJUS noCNPJ;

6) Instruo Normativa n 23/2005-DGIDPF, de 1 de seteUlbro de 2005;

7) Projeto de Lei n 5845/2005;

8) Lei Complementar nO51/85.

9) Fotocpia da deciso proferida no MI 834, relator Ministro RicardoLewandowski.

10) Fotocpia da deciso proferida no MI 840, relator Ministro Celso deMello.

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PROCURAO

ASSOCIAO NACIONAL DOS AGENTES DE SEGURANA DOPODER JUDICIRIO DA UNIO, inscrita no CNPJ 05.824.003/0001-19.,devidamente registrada em 14/08/2003, com sede no SCS - Qd. 01 - Bloco L -Ed. Mrcia Salas 213/214 - Braslia - DF - CEP.: 70307-900, neste atorepresentada por seu Presidente, EDMIL TON GOMES DE OLIVEIRA,Brasileiro, Solteiro, Agente de Segurana, RG 3064827 SSP/PE CPF478.314.564-49, nomeia e constitui seus procuradores o Dr.RUDI MEIRA CASSEL, advogado inscrito na OAB/DF sob n 22.256 e naOAB/RS nO49.862; e o Dr. RICARDO QUINTAS CARNEIRO, advogadoinscrito na OAB/DF sob nO 1.445-A, integrantes do escritrio CASSEL ECARNEIRO ADVOGADOS, sociedade registrada na OAB/DF sob o nmeron 1124/06, .com telefone/fax (61) 3039-9559 e com endereo profissional emBraslia - DF, no SHS, Quadra 6, Conjunto A, Bloco E, Edifcio BusinessCenter Park, Complexo Brasil 21, salas 408/410, CEP 70322-915, onde recebemintimaes e notificaes, para o fim de propor mandado de injuno paraviabilizar a aposentadoria especial dos Agentes e Inspetores de SeguranaJudiciria, podendo adotar todos os procedimentos necessrios para tanto, peloque concede os poderes constantes das clusulas ad judicia e extra judicia, bemcomo os especiais de transigir, desistir, firmar termos de compromisso, acordar,levantar suspeies, requerer desistncia em processos diversos em que estejapleiteando () mesmo direito, requerer cpia de contracheques e de fichafuncional e todos os demais que se faam necessrios ao bom e completodesempenho deste mandato, inclusive substabelec-lo, com ou sem reserva depoderes.

Braslia, ;(tf: ..4..2u::(!.~de 2009.

~ ~;%tvPRESIDENTE~OCIAO f=-.

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geral;

1

"I.'

. ESTATUTO DA AGEPOLJUSASSOCIAO NACIONAL DOS AGENTES DE SEGURANA DO

PODER JUDICIRIO DA UNIO

CAPTULO I

DA ASSOCIAO E DOS SEUS OBJETIVOS:

Art. 1. A AGEPOlJUS - ASsociao Nacional dos Agentes de Segurana doPoder Judicirio da Unio, criada pela Assemblia Geral de 13/06/2003, teve seu Estatutoreformado pela Assemblia Geral do dia 27/10/2006, marcada com essa finalidade, umasociedade civil de natureza representativa, social, cultural, educacional, assistencial eesportiva, sem fins lucrativos, de carter nacional, com sede no SCS Quadra 01, Bloco L, sala510 Ed. Mrcia - Asa Sul na Cidade de Braslia, no Distrito Federal. Foro de Braslia.

Art. 2. O prazo de durao da AGEPOLJUS indeterminado.

Art. 3. A AGEPOLJUS rege-se por este Estatuto e demais disposies legais vigentes.

Art. 4. So objetivos da AGEPOLJUS:I - promover o segmento dos Agentes de Segurana do Poder Judicirio Federal,

atravs de sua valorizao tica e profissional;11 - representar os interesses dos seus associados perante o Judicirio e demais

rgos da Administrao Pblica e do Setor Privado;111- impulsionar a integrao dos Agentes de Segurana do Poder Judicirio da Unio;IV - prestar assistncia a seus associados e dependentes, de forma direta ou

complementar;V - divulgar as atividades dos associados quando envolverem assuntos de interesse

VI - fomentar e estimular aes ligadas ao desenvolvimento cultural, cientfico etecnolgico do pas, notadamente na rea jurdica e da Segurana Judiciria;

VII - manter intercmbio com Associaes congneres e afins, visando a atender aassistncia recreativa, cultural, esportiva, social, a sade, educacional e jurdica;

VIII - prestar consultoria e servios em geral, promover e administrar cursos educativose profissionalizantes, seminrios e convenes para os associados e comunidade;

IV - firmar contatos e celebrar convnios com Entes Pblicos das esferas Municipal,Estadual, Distrital e Federal, com entidades pblicas e privadas, organizaes nogovernamentais nacionais e internacionais e demais entidades regularmente constitudas eenvolvidas em projetos de interesse da categoria;

X - proporcionar atravs de convnio com os governos Municipal, Estadual, do DistritoFederal e Federal, a aquisio de imveis residenciais a preo de custo;

XI - promover a especializao do Agente de Segurana para o exerccio de suaprofisso.";';;l'''', .'. ;', .. ,pargr:af.;'tJ,r.i~'",..l>OStObjetivos da AGEPOLJUS so desenvolvidos por meio de

diretrizes Et'prg'i:mas:de'trab!ho, .em consonncia com as deliberaes e recomendaes,quan'al'houverc,'da:ssemblia Geral e dos Conselhos Geral e Fiscal.

CAPTULO 11DA ORGANIZAO

'''.a.rt:,!;i~.S~-'r9-os?~'Administrao da AGEPOLJUS:1'~'~;,'AssertiDlra'(Gral'II~o Chselho,:c;"e'ral; .'

'III~ o Gonsell1cfFiscal. .. "IV - a Diretoria; .

/ ..,,

1." nCIG - E:F~~SILI;\ 21~ ~EGI::3Tr;~GCI~iIL i);~f;i:f3S4J{~S JH.RIi}?CnS(._ .~ .~~ __ '_"'."R"" ~'''~. __ '_~.~~._'_' ... _ ...~ ......_ .' . '__ ,..__...,~,........_.~.'._._

{ficou ::rf

; f:'

;---j~ nt:1'r'W1 - ~,;:,.,,~-, -, 2~i REGISTRu-CIVIL~DAS ~fssns~fvRID:~S!- _._--'-- _..........-_ -~_~.~~~-

Geral;

f--,--------~:Lj 1: GFICPJ - ~~E:~~SI~Tc~ "/'- .I HEGISTRU CIVIL D{~SPES3f~S .JURIDIC[~Sl- ..~- -_ _.-'-"~'-'---'-'-'-"'--.~ ~.__"'_"_'~'_'_'._'__~._,,~_

. Par~rafo nico. No caso de destituio automtica de seu 11~~!si~t-eu~3~91i!:$!2!110:::;rr,Fiscal s~ reune para eleg.er s~u substitu~o entre seus membros titulares lefi.Hpr~sso de ,preenchimento de vagas Idntico ao previsto nos ~2 e ~3 do art. 17. -' ----- ._,

Art. 19. O Conselho Fiscal deve reunir, ordinariamente, uma vez por ms e,extraordinariamente" quando convocado pelo Presidente.

~1 As reunies do Conselho Fiscal so convocadas pelo seu Presidente ou, naausncia ou omisso, por qlJa1queroutro membro do Conselho Fiscal.

~2 As reunies do Conselho Fiscal so dirigidas pelo seu Presidente ou, na suaausncia, por membro eleito entre os presentes.

Art. 20. As decises tomadas em reunio do Conselho Fiscal so registradas em ata,onde so tambm consignadas as presenas dos participantes.

Art.21. Quaisquer decises do Conselho Fiscal, inclusive as de natureza eletiva, sotomadas por maioria simples de votos, observadas a presena mnima de dois membros.

Pargrafo nico. O suplente tem efetivamente direito a voto quando substituir ummembro titular, mas em quaisquer casos pode se manifestar.

CAPTULO VDA DIRETORIA

Art. 22. A Diretori, composta pelo Presidente, Vice-Presidente e pelos Diretores, orgo executivo da AGEPOLJUS, sendo de sua competncia;

1- cumprir e fazer cumprir este estatuto e as deliberaes da Assemblia Geral;" - propor Assemblia Geral a reforma total ou parcial deste estatuto;'" - propor Assemblia Geral a criao de contribuies e taxas adicionais, bem

como o aumento da mensalidade, nos termos do inciso VII do art. 70 do estatuto;IV - zelar pelo patrimnio da AGEPOLJUS, tomando medidas necessrias

indenizao de danos e prejuZos causados por associados ou terceiros;V - elaborar e propor ao Conselho Fiscal e ASsemblia Geral o Plano de trabalho e.o

oramento anual para0 exerccio subseqente, bem como suas eventuais alteraes;VI - elaborar e submeter ao Conselho Fiscal o balano anual e o balancete mensal

com as respectivas prestaes de contas e o relatrio anual de atividades da AGEPOLJUS;VII - submeter, para apreciao e aprovao da Assemblia Geral, o balano e o

relatrio anual de atividades daAGEPOLJUS, j com o parecer do Conselho Fiscal;VIII - executar o plano de trabalho e o oramento anual aprovados pela Assemblia

IX - prestar informaes aos associados nas Assemblias Gerais e atravs do rgode divulgao d AGEPOLJUS;

X - adquirir, construir, reformar, gravar, doar ou alienar bens mveis patrimoniais, bemcomo firmar cOntratas com entes pblicos ou privados, observados os limites deste estatuto eos objetivos.da ,t\GEPOLJUS;

XI ~expe'd'i~;:re~Ula!11entos;;xn:-. admitir:Ei"oispEmsarempregados da AGEPOLJUS.xllr- ~stal:Deleceras/normas internas para o seu funcionamentoXIV ~'Aprovar;_ propostas de novos associados nos trs meses antecedentes a

convocao daAs..semblia'Geral para eleio da nova Diretoria e Conselho Fiscal.~1 - drQ3al'lil'Oi'eo Relatrio anuais devem ser submetidos ao Conselho Fiscal na

prfmeira~:q!.JiniZena.99 ms;de abril de cada ano.~2,,....:Q:;PIno;de-;:\J'ral:>alho._egOramento anual devem ser submetidos Assemblia

Geral do,me's-de no'ver:r,otbde cada ano'com parecer do Conselho Fiscal.~3''-'oO B~lari~'mensal deve ser submetido ao Conselho Fiscal na primeira quinzena

do ms posterior. -.. ,~4-0s empregd'os,daAGEPOLJUS so contratados pelo regime da Consolidao

das Leis do Trabalho - CLt.~5 - vedada a admisso de associados no quadro de empregados da AGEPOLJUS, I!

como tambm, cnjuges, companheiro (a) e parentes at o terceiro grau de membros daDiretoria e do Conselho Fiscal.

twL'14 ~7-'P" ~

..... _'---_._-_ .._'_._----." ...._,----~-,----~

. Art. 23. Os membros da Diretoria no respondem solidariamente pelas obrigaescontradas em nome qa AGEPOLJUS no exerccio de ato regular de sua gesto, assumindo aresponsabilidade pelos prejuzos que causarem em virtude de infrao a este estatuto e a lei.

Art. 24. A Diretoria da AGEPOLJUS tem a seguinte composio:i-!---"""1:- OnCIf~SILF; ----,I - Presidente; i F:EGISTRO CIVIL DAS ?ES3GAS .iUT\IDICI~S" - Vice Presidente; i---.--.--.------------.----- ... . ..111- Diretor Financeiro; 1~~6~!;~;)H~11~tcF.ia'3~ ii1cf;Jfilrn2IV - Diretor Administrativo; _, . ~V - Diretor de Q\.lalificao e Treinamento;VI - Diretor JUrdico;VII - Diretor Social;VIII - Diretores Regionais.

~1- Cada Diretor Regional, componente efetivo da Diretoria, com direito de voz e votode forma paritria com os demais componentes da mesma e mesmo nvel hierrquico dosdemais diretores na estrutura da Diretoria, pode representar mais de um Estado da Federaoou o Distrito Federal, ou ainda pode haver mais de um Diretor Regional representante de ummesmo Estado, a critrio da piretoria a partir da 2 gesto de representantes, obedecidas anecessidade e representatividade de cada regio.

~~o - Ao eleger o Diretor Regional pelo maior nmero de votos, elege-se tambm osegundo mais votado para suplente, que assume o cargo em caso de afastamento provisrioou definitivo do Diretor titular.

s3. As deliberaes da Diretoria so tomadas por maioria simples dos presentes,sendo exigido o quorum de, no mnimo, 4(quatro) diretores para instalao da reunio daDiretoria, sendo registrados, em ocorrendo ou no a instalao, os presentes e consignadasas faltas e, se houver, suas justificativas.

Art. 25. Compete ao Presidente:I - administrar a AGEPOLJUS em conformidade com o presente estatuto e outras

normas que vierem a ser baixadas pela Assemblia Geral;" - propor Assemblia Geral a reforma total ou parcial deste estatuto;111- propor Assemblia Geral a criao de contribuies e taxas adicionais, nos

termos deste estatuto e observnciadas normas pertinentes;IV - zelar pelo patrimnio da AGEPOLJUS, buscando medidas indenizao de danos

e prejuzos causados por ass,ociadosou terceiros;V - elaborar e submeter; para parecer, ao Conselho Fiscal o balano anual e o

balancete mensal com as respectivas prestaes de contas, e o relatrio anual de atividadesda AGEPOLJUS;

VI - encaminhar para apreciao e aprovao da Assemblia Geral o disposto noinciso anterior;

VII - propor a criao de rgos auxiliares com o objetivo de dinamizar ofuncionamento da Diretoria;

VIII- articular-se com diretorias de outras associaes congneres;IX- propora.Il()meao ou dispensa dos Diretores dos rgos que forem criados na

formado. inciso VII:,geste'artigo;, . c', X'7""reeber:e.iprovar propostas de novos associados, com homologao do Diretor

Soci, e/O" Diretor::J:;iiianceiro;XI - contratar e 'dispensar funcionrios, respeitadas as normas legais e disponibilidades

financeiras; , A,( ic, "i ;. , " _ ".., ..XU- mantersmpreatualizados os livros de atas destinados s reunloes da Dlretona;

')(I:-..:.:::;;.adquiriri;~..9I'lstruir,reformar, locar, gravar, doar ou alienar bens mveispatrimoniais\':fprmar' contratoS;c(;)m-~rgosdas administraes pblicas ou setor privado, noihteresse,da AGE80C'JlJS oude seus associados;

XlV.':......r'eprese~tar AGEPOLJUS em juizo ou fora dele, delegando poderes sempreque necessrio; ,

XV - convocar' e presidir as reunies da Assemblia Geral de acordo com esteestatuto;

XVI - assinar toda correspondncia da AGEPOLJUS e as carteiras de seus scios,~membros e colaboradores eventuais; . '

,

5 ~I~(r-V-i.;::> ..

(')f\J~.,[-'.H.' ~.::

-,.-.------.-...-L! RfGT5TRnli~.Irl[J:~s-?t~~~i5jIPJuRIvICr'i- _-_..-.-,--~-'_.-_._.-_.__._-~".---_.~--'..- _-~__.._

. X~" - assinar, com o ~iretor Financeiro, todos os cheques ~tpe.trr.:tiW,?~.P.~r.l'"rits:~:gr;1L,:nJ"hlme ,rel~tlvo~ as. finan~as e ao patrimnio ~~,~GEPOLJU?, ~ais co~o: l\iisso':;fj'~i~~..9~es, .--._ ..."._w lapllcaoes financeiras, operaes de crlJtos, transferencla de tltulos de renda escrituraspblicas, etc. '

Art. 26. Compete ao Vice-Presidente:. . I - substituir o Presidente nos seus impedimentos e auxili-lo quando solicitado,

assistindo-o, acompanhando~o e assessorando-o na administrao e propondo as soluesque julgar conveniente;

11 - exercer as atribuies que lhe forem delegadas, na forma do inciso XVII do artigoanterior, podendo, nesses casos, assinar cheques e praticar os demais atos de interesse daadministrao;

111 - substituir o Diretor Financeiro nos seus eventuais impedimentos e nesta condio,assinando sempre em conjunto com o Presidente da AGEPOLJUS.

Art. 27. Compete ao Diretor Regional:I - representar a AGEPOLJUSnas solenidades e audincias na sua regio;11 - assinar documentos em nome da AGEPOLJUS, no mbito da sua regio, sempre

em acordo com a Diretoria, dando cincia AGEPOLJUS.111 - efetuar gastos de representao em nome da AGEPOLJUS, sempre em acordo e .

devidamente autorizado pela Diretoria, respeitando a cota que lhe for destinada emregulamento e prestando contas a AGEPOLJUS.

IV - representar sua regio nas reunies da Diretoria em paridade com os demaisDiretores, contando sua presena como quorum para as decises e no contando suaausncia como quorum deliberativo, o qual ser de 4 (quatro) membros da Diretoria.

Art. 28. Compete ao Diretor Administrativo:I - assistir o Presidente na administrao da AGEPOLJUS;" - dirigir os trabalhos administrativos; .111 - elaborar as correspondncias da AGEPOLJUS;IV - secretariar as reunies, Assemblia Geral e da Diretoria sempre que no houver

incompatibilidade ou quando no houver deliberao em contrrio, nos termos deste estatuto;V - lavrar e ler as atas das reunies referidas no inciso anterior, mantendo em dia os

livros respectivos;VI - manter em dia o calendrio dos eventos prescritos para o seu fiel cumprimento.

Art. 29. Compete ao Diretor Financeiro:I - dirigir o setor financeiro da AGEPOLJUS, fiscalizando servios de contabilidade e de

tesouraria, conferindoas.fichasde consignaes-para a rceita da Entidade;" - supervisionar a arrecadao da receita e deposit-Ia em conta bancria em nome

da AGEPOLJUS, nos bancos escolhidos pela Diretoria;111 - efetuar os pagamentos autorizados pelo Presidente, na forma do inciso XVII do

art.36; ..IV - assina!:" j!:,lntamentecom o Presidente, os cheques e demais expedientes relativos

s finanas e 'ptrimnioda AGEPOLJUS;'. >'11- 8J1)resentar;sempreque solicitado, as prestaes de contas da AGEPOLJUS;

VI - apreser:1tarao CnselhoFiscal, juntamente com o Presidente, ao final do exercciosocial de cada ano, o balano geral financeiro anterior e suas respectivas demonstraes decontas;:},'

'-"VII-apresentar Diretoria, ao final de novembro de cada ano, a proposta deoramento:par:b' ex~tcrcio seguinte;

. Vln;~;manter, sob'suaguard, -em caixa forte ou sob custdia, ttulos, valores e osdemaisd()'men,Qs'Te'lacionadoscomo patrimnio da AGEPOLJUS;

IX':::':Manter oJ?'t;esidente.informado de alteraes de carter contbillfinanceiro;X....:..Acompanhars 'servios, contbeis de auditoria que vier a ser contratada pela

AGEPOLJUS para fins de juzo motivado ao Conselho Fiscal;XI - abrir processos que envolvam quaisquer tipos de transaes comerciais no mbito~

da AGEPOLJUS, com as devidas justificativas, devendo constar numero, data e finalidade que "se destina o objeto. w

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Art. 30. Compete ao Diretor Social: i!5Qb!J n. 1- pro,"!,o~era integrao dos associados, por meio de aes qu'-eslejam dlretamente._ _ _-_. __ iligadas aos objetivos da AGEPOLJUS, no sentido de realizar tarefas, atividades correlatas eeventos sociais;

11- coordenar e organizar eventos festivos e datas comemorativas da AGEPOLJUS'111 - coordenar, implantar e fomentar a circulao de peridicos e informativo~ de

natureza cultural e artstica;

IV - organizar apresentaes artsticas e culturais, tais como bandas de musicasgrupos teatrais, msicos, interpretes, poetas, etc.; ,

V - organizar e fazer a composio da Mesa Diretora para reunies e Assemblias.

Art. 31. Compete ao Diretor de Qualificao e Treinamento;I - buscar associa~o com instituies afins;11 - promover convnios assistenciais;111 - manter e zelar pelos equipamentos destinados promoo da assistncia e

benefcio dos associados;IV - indicar profissionais das reas diretamente ligadas assistncia e beneficio

necessrio para o bom desempenho das entidades;V - solicitar prestao de servios necessrios ampliao da assistncia social;VI - informar e colocar disposio dos associados relao dos benefcios e

assistncias a que eles tm direito;VII - promover estudos direcionados formao e implantao de instituto de

previdncia privada, de natureza complementar para os associados;VIII - promover ou solicitar ao rgo competente cursos de aperfeioamento dos

Agentes de Seguranas e outros que se fizerem necessrios.

Art. 32. Compete ao Diretor Jurdico:I - dar assistncia jurfdica AGEPOLJUS;11 - contratar, juntamente com o Presidente, caso seja necessrio, assessoria e

consultoria jurdica;111 - acompanhar, dar andam~nto e manter os dados atualizados dos processos de

interesse da AGEPOLJUS;IV - acompanhar o Presidente sempre que for necessrio.

CAPTULO VIDO CONSELHO GERAL:

Art. 33, O Conselho Geral rgo de deliberao coletiva dos associados:~ 1 O Conselho constitudo. de membros natos e eleitos em Assemblias Seccionais

convocadas pela AGEPOLJUS, com intuito de eleger um representante de cada rgo doJudicirio. Cada membro eleito faz parte do Conselho coincidentemente com o mandato daDiretoria.

~'l2?~o membros natos do Conselho Geral, os membros da Diretoria, inclusive cadaum dos ,reiores

CAPitULO VIIDAS ELEiES

Art. 34. As Eleies Gerais so realizadas atravs de escrutnio secreto emAssemblia Geral especificamente convocada para esta finalidade ou atravs de mecanismoseletrnicos dsde que garantido o sigilo, atravs de urnas instaladas em tribunais, a critrio daComisso Eleitoral, ou pode ser por aclamao, no caso de haver chapa nica.

Pargrafo nico. E eleitor todo associado que na data da eleio estiver em dia comsuas obrigaes para com a AGEPOLJUS, ou seja, que j tenha sido descontada pelo menossua primeira contribuio.

Art. 35. A Assemblia Geral convocada para as eleies gerais ser instalada em locale horrio a serem definidos pela Diretoria da AGEPOLJUS na segunda quinzena do ms emque ocorre a eleio.

Art. 36. A composio da mesa eleitoral de um coordenador e dois secretrios,designados por uma Assemblia Geral Extraordinria a ser convocada com 15 dias deantecedncia. Cada chapa pode indicar at 2 fiscais.

Art. 37. A Assemblia Geral para as eleies gerais convocada com antecednciamnima de trinta dias, devendo a notificao ser fixada em locais acessveis a todos osassociados,

Art. 38. Deve constar do Edital de Convocao das eleies:I - data das eleies;11 - local da Assemblia;111 - horrio de incio e trmino da votao;IV. informaes complementares.

Art. 39. A apurao realizada imediatamente aps o trmino da eleio com reuniode todas as urnas, nas presenas dos interessados, logo aps, o Presidente da ComissoEleitoral proclama os resultados, que devem ser publicados pelo rgo de divulgao daAGEPOLJUS.

Art. 40. As chapas para' a Diretoria e para o Conselho Fiscal da AGEPOLJUS, quedevem ser independentes, so obrigatoriamente registradas at dez dias antes da datamarcada para a eleio.

Art. 41. Deve constar nas chapas apresentadas, um candidato para cada cargodefinido para a Diretoria.

Pargrafo nico. O Conselho Fiscal ser composto de seis membros que so eleitosdiretamente por meios de votao individual simultaneamente com a Diretoria da AGEPOLJUS,sendo membros efetivos os mais votados e suplentes os trs subseqentes.

:A~'. ~~:','6~b."comiss~0. I;leitoral, no prazo mximo de 48(quarenta e oito) horas doencerramento' do' registrq; aprovar: oU' rejeitar as chapas registradas, observadas as seguintescondies: .' '; .

I - nenhum candidato pode figurar em mais de uma chapa;11 - somente pode ser candidato o associado que na data de realizao da eleio, tiver

mais'.de ..s~is meses de;jhscrio no quadro social e estiver em dia com suas obrigaes paracom a AGPOtJUS,

"'. Art.43j;'~Allo~aiDi;;~toria:~ o novo Conselho Fiscal tomam posse no prazo mximo detrinta diascortdos'd,da~adas eleies gerais .

.' - ":','.

CAPTULO VIIIDOS ASSOCIADOS

Art. 44. O quadro social da AGEPOLJUS compe-se das seguintes categorias:I - fundadores:

8

........_._-~---_._---_._---------~--

-e7~,

1,----~ DFICI - R!~SILTA~ !i fi:EGl~~TRQCIVIL 0riE ?ESS~;S JUF.~IDI(~'~S ~i.--- .-.-....-----.-.- ..............._..__.__....__.._.~Ficat~2:r~~Aivad.'3::,::ri.~em r;ctcrilmeiC;{ih :-: !-:

" - suspenso;111- desligamento.

Art. 51. As penalidades so aplicadas pela Diretoria,assegurados o contraditrio e a ampla defesa.

Pargrafo nico. Os associados que forem penalizados pela Diretoria nos termos dosart. 52 podem recorrer em ultima instncia, Assemblia Geral seguinte.

Art. 52. Os Convidados dos associados que infringirem as normas vigentes ficamproibidos de participar das atividades da AGEPOLJUS.

Art. 53. As penalidades de que trata este captulo so objeto de disciplinamento emnorma prpria, a ser baixada .pela Diretoria.

CAPTULO XDO PATRIMNIO

Art. 54. O patrimnio da AGEPOLJUS constitudo pelos bens mveis e imveis,receitas e titulas que a Associao possua ou venha a adquirir.

~1 Os bens imveis s podem ser alienados por deciso da Assemblia Geral.~2 Em caso de dissoluo da AGEPOLJUS, seu patrimnio distribuido no que

couber, a entidades filantrpicas, devidamente registradas no Conselho Nacional de ServioSocial e reconhecidas como de utilidade pblica.

Art. 55. Constituem-se receitas da AGEPOLJUS:1- as contribuies dos associados;,,- o produto da prestao de servios;111- as subvenes oriundas de rgos pblicos ou setores privados;IV - os legados e doaes; .V - recursos oriundos de aplicaes financeiras.

CAPiTULO XIDISPOSiES GERAIS E TRANSITRIAS

Art. 56. So smbolos da AGEPOLJUS o Estandarte, a Flmula e o Logotipo, cujaescolha ser regulamentada pela Diretoria.

Art. 57. O presente Estatuto entra em vigor na data de sua aprovao e, para fins dedireito, cabendo ao Presidente a iniciativa de sua inscrio em Cartrio de Registro Civil dasPessoas Jurdicas.

, ""B"'51:' 27 de outubro de~2006./.

"~~4 ."' /~~~~ '-L1C /'EDMll TON' G'O~ OC VEIRA

I?residnte

"' ...,

10

ASSOCIAO NACIONAL DOS AGENTES DE SEGURANADO PODER JUDICIRIO FEDERAL

ATA DE POSSE DA DIRETORIA E CONSELHO FISCAL DAASSOCJA;O NACIONAL DOS AGENTES DE SEGURANA DO PODERJUDICI:RIO DA UNIO, DE ACORDO COM .A ELEIO GERALREALIZADA NO DIA 15 DE AGOSTO DE 2008.

s dezoito horas do dia quatorze de setembro de dois mil e oito, na sede da AGEPOLJUS,com sede no SCS' Quadra 01, BI L, Salas 213/214, Braslia. Aps serem eleitos na AssembliaOrdinria Eletiva realizada em 15 de agosto de 2008, tomam posse para a Diretoria comoPresidente: EDMIL TON GOMES DE OLIVEIRA; Vice-Presidente: FTIMA MARIA DEARAJO ARANTES; Diretor Financeiro: ARMANDO LOPIS ESBALTAR; DiretorAdministrativo: DARNEY AUGUSTO BESSA; Diretor de Qualificao e Treinamento:EDILSON RICARDO; Diretor Jurdico: ANTNIO WALKER SILVA MATOS; Diretor Social:CLUDIO RENATO DE AZEVEDO e Conselho Fiscal Titulares: SILVNIA COSTA DASILVA SIQUEIRA, MIGUEL INCIO DE SOUZA NETO e ANTNIO CARLOS DEAQUINO CUSTDIO e Suplentes: LDIO RODRIGUES DA SILVA FILHO, NELBO ROCHAe VALMIR SOARES FERREIRA, para o ano trinio 2008/2011. Aps prestarem compromissode defender a categoria dos Agentes de Segurana do Poder Judicirio, do qual se comprometem atrabalhar pela melhoria prfissional, dentro da tica moral, bons costumes e em conformidadeco~ as. leis. E nad~ mais h endo a tratar, o Preside~t,~eu por encerrada a Assemb~ia G~ral ~ueVaIassmada~por mim! ~ . ~ , IVaIlZacanas GmmaraesGobbo, escolhido como secoetrio para este 1:o,pela 'Diretoria Executiva e Conselho Fisccd.; nestemomento empossados: ..,/

r;?//h '. // .,. ..' .... . . . . . . . ;::::? ~%,;;-- ...L/~ ~:;(tl /'1,

ASSOCIAONACIONA~D()S AGENTES DE SEGURANADO POD':R .JU.DICIRIO FEDERAL

ATA DE REUNIO DA DIRETORIA DA ASSOCIAO NACIONAL DOSAGENTES DE SEGURANA DO PODER JUDICIRIO DA UNIA PARADELIBERAR A MUDANA DE ENDEREO DA SEDE DA AGEPOLJUS

s quinze hras do dia onze de maro de dois mil e oito, com o objetivo dedeliberar. a mudana de endereo da sede da Agepoljus. Aberta pelo PresidenteEDMILTON GOMES DE OLIVEIRA, deliberou a mudana da Sede para o'endereo: SCS, Quadra 01, Bloco L, Nmero 17, Salas 213/214, Edificio Mrcia,Asa Sul~iBrasliaJl?F, CEP: 70.307-900, colocado em votao, s~ndo aprovadopelosPt:r.....entes. Nao tendo quem fize",se o uso da palavra o p.resldente deu porencerradJ a reunio, ) que vai assinada pormim \\

J ...

...

0,.

Comprovante de Inscrio e de Situao Cadas~ai .impresso Pgina 1 de 1

Receita Federal'

Comprovante de Inscrio e de Situao adstral

Contribuinte,

Confira os dados de Identificao da Pessoa Jurdica e, se houver qualquer divergncia, providencie junto RFB a sua atualizao cadastral.

REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

CADASTRO NACIONAL DA PESSOA JURDICA

NOME EMPRESARIALASSOCIACAO DOS AGENTES DE SEGURANCA DO PODER JUDICIARIO DA UNIAO

TiTULO DO ESTABEL