26
MANEJO DE CULTURAS NA INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA Ademir Hugo Zimmer 1 Manuel Claudio Motta Macedo 2 Edimilson Volpe 3 Armindo Neivo Kichel 4 Isabela Madureira Barbosa 5 INTRODUÇÃO O manejo de culturas de grãos, na integração lavoura-pecuária, segue basicamente as mesmas práticas agrícolas dos sistemas tradicionais, com algumas variações em função do sistema de produção adotado na propriedade ou na região. O cultivo pode ser convencional, com preparo de solo, ou em plantio direto. O convencional é mais utilizado na fase inicial de estabelecimento, na recuperação da pastagem degradada ou em áreas novas, objetivando a incorporação de corretivos e fertilizantes e uma melhor sistematização da superfície do solo. Já o sistema de plantio direto (SPD) passa a ser mais eficiente após a correção da fertilidade e da adoção de praticas de conservação do solo. Tendo em vista os benefícios que o SPD proporciona, tanto as culturas anuais como as forrageiras, podem se beneficiar do mesmo e serem estabelecidas nesse sistema de plantio. Diversas culturas anuais são utilizadas com a integração lavoura-pecuária na região dos Cerrados, como aveia, milheto, sorgo, milho, soja, algodão, feijão, trigo, e mais recentemente, a cana-de-açúcar. Mas as de maior destaque são: a soja e o milho, pela área, produção e importância econômica. Os sistemas de produção utilizados dependem do foco de produção e objetivos da propriedade. Em propriedades cujo objetivo primordial é a produção de carne ou leite, e sem interesse pela produção de grãos ou forragem conservada, por falta de equipamentos, 1 Eng. Agrônomo, Dr., pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Campo Grande, MS, [email protected] 2 Eng. Agrônomo, Ph.D., pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Campo Grande, MS, [email protected] 3 Eng. Agrônomo, Dr., pesquisador da Agraer/Seprotur, Campo Grande, MS, [email protected] 4 Eng. Agrônomo, M.Sc., pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Campo Grande, MS, [email protected] 5 Acadêmica de Zootecnia da UFMS, Campo Grande, MS.

MANEJO DE CULTURAS NA INTEGRAÇÃO LAVOURA … · 2013-10-16 · Diversas culturas anuais são utilizadas com a integração lavoura ... cultura for destinada a confecção de silagem

  • Upload
    trananh

  • View
    212

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

MANEJO DE CULTURAS NA INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA

Ademir Hugo Zimmer1

Manuel Claudio Motta Macedo2

Edimilson Volpe3

Armindo Neivo Kichel4

Isabela Madureira Barbosa5

INTRODUÇÃO

O manejo de culturas de grãos, na integração lavoura-pecuária, segue basicamente

as mesmas práticas agrícolas dos sistemas tradicionais, com algumas variações em função

do sistema de produção adotado na propriedade ou na região. O cultivo pode ser

convencional, com preparo de solo, ou em plantio direto. O convencional é mais utilizado

na fase inicial de estabelecimento, na recuperação da pastagem degradada ou em áreas

novas, objetivando a incorporação de corretivos e fertilizantes e uma melhor sistematização

da superfície do solo. Já o sistema de plantio direto (SPD) passa a ser mais eficiente após a

correção da fertilidade e da adoção de praticas de conservação do solo. Tendo em vista os

benefícios que o SPD proporciona, tanto as culturas anuais como as forrageiras, podem se

beneficiar do mesmo e serem estabelecidas nesse sistema de plantio.

Diversas culturas anuais são utilizadas com a integração lavoura-pecuária na região

dos Cerrados, como aveia, milheto, sorgo, milho, soja, algodão, feijão, trigo, e mais

recentemente, a cana-de-açúcar. Mas as de maior destaque são: a soja e o milho, pela área,

produção e importância econômica.

Os sistemas de produção utilizados dependem do foco de produção e objetivos da

propriedade. Em propriedades cujo objetivo primordial é a produção de carne ou leite, e

sem interesse pela produção de grãos ou forragem conservada, por falta de equipamentos,

1 Eng. Agrônomo, Dr., pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Campo Grande, MS, [email protected] Eng. Agrônomo, Ph.D., pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Campo Grande, MS, [email protected] Eng. Agrônomo, Dr., pesquisador da Agraer/Seprotur, Campo Grande, MS, [email protected] Eng. Agrônomo, M.Sc., pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Campo Grande, MS, [email protected] Acadêmica de Zootecnia da UFMS, Campo Grande, MS.

os cultivos anuais mais utilizados são a aveia, milheto ou sorgo para pastejo, sendo que

junto ou após estes cultivos já podem ser estabelecidas forrageiras como panicuns e

braquiárias. Já em sistemas mais complexos podem ser utilizadas as mesmas culturas, e

outras, como o milho e a soja, que elevam a fertilidade do solo para níveis superiores, e

proporcionam condições para a produção de feno, silagens ou grãos, destinados à produção

animal ou para comercialização.

Por outro lado, em propriedades cujo foco principal é produção de grãos, o plantio

simultâneo com forrageiras, ou em sucessão, tem como objetivo o incremento da produção

de palha para o plantio direto, e em menor escala a exploração de forragem, o que

caracteriza uma produção animal apenas complementar.

MILHETO

O milheto é uma forrageira de clima tropical, anual, de hábito ereto, porte alto, com

desenvolvimento uniforme e bom perfilhamento. Nos sistemas de integração é utilizado em

pastejo, produção de silagem, grãos e palha para cobertura.

O milheto pode compor os sistemas de integração de diversas formas. Nos Cerrados,

inicialmente, o milheto esteve mais voltado para recuperação de pastagens degradadas, com

utilização em pastejo para produção de carne e leite durante a estação de chuvas.

Posteriormente, com a adoção do plantio direto nas áreas de lavouras de grãos, passou a ser

utilizado como planta de cobertura em sucessão a soja como safrinha, ou logo no início da

estação de chuvas para produção de palha em setembro-outubro, para dessecação em

novembro, e plantio subseqüente da cultura de verão.

A produção de grãos varia entre 500 e 1500 kg/ha. Apresenta excelente valor

nutritivo, com até 24% de proteína bruta, boa palatabilidade, e digestibilidade que varia

entre 60 e 78%. A produção de forragem pode alcançar até 60 t/ha de massa verde e 20 t/ha

de massa seca, quando cultivado no início da primavera. Sob pastejo, pode proporcionar

ganhos de até 600 kg/ha/ano de peso vivo, e ganhos médios diários de 950 g/animal, com

4,2 animais/ha, (KICHEL e MIRANDA, 2000 b).

No mercado brasileiro estão disponíveis diversas cultivares de milheto destinadas à

produção de grãos, forragem e biomassa, adaptadas aos diversos sistemas de produção

(Pereira filho et.al 2000). Estes autores descrevem diversas variedades: Comum, IPA-Bulk

1, Synthetic-1 BN-1, BN-2, BRS 15001, ENA-1 e ADR- 300 e ADR-500, sendo que a

maioria lançada em anos recentes.

O milheto é uma planta adaptada a solos de media fertilidade, sendo capaz de

produzir razoavelmente mesmo em solos relativamente pobres. Por outro lado, apresenta

alta resposta de produção se cultivado em solos mais férteis ou adubados.

Na recuperação de pastagens degradadas, com plantio na primavera/verão, o solo

deve ser corrigido conforme as recomendações para o milheto, pois estes níveis são

apropriados para a maioria das forrageiras tropicais. Em solos de textura média a saturação

por base deverá ser elevada para cerca de 40 a 50%, o fósforo para 12 a 20 ppm, o potássio

para 40 a 70 ppm. O nitrogênio deverá ser usado na base de 20 a 30 kg/ha no plantio e de

60 a 80 Kg/ha em cobertura ( PEREIRA FILHO et al. 2005).

Em plantio de safrinha após a cultura de soja ou milho, o milheto vem sendo

cultivado utilizando o resíduo da adubação dessas culturas. Entretanto, a aplicação, em

cobertura, de 30 a 60 kg de nitrogênio/ha, contribuem para aumentar a produtividade e

qualidade de matéria seca, a produção de grãos e estender o período de pastejo. Quando a

cultura for destinada a confecção de silagem as adubações do milheto e das culturas

subseqüentes necessitam ser aumentadas, devido a elevada retirada de nutrientes.

O milheto pode ser semeado no início da primavera, por ocasião das primeiras

chuvas, até início do outono, entretanto, Bonamigo (1999) e Isepon e Matsumoto (1998),

citados por Pereira Filho (2005), obtiveram produções decrescentes de plantios realizados

da primavera até o outono, pois plantios tardios encurtam o ciclo da cultura.

A semeadura poderá ser efetuada a lanço ou em linha, como também pode ser feita

em plantio direto. A densidade de semeadura deve considerar a finalidade do cultivo. Esta

cultura apresenta uma grade plasticidade pois a planta ajusta o seu número de perfilhos em

função da quantidade de sementes e do espaçamento. Gontijo Neto et. al. (2006), indicam

espaçamento de 0,40 m e 8 a 12 Kg/ha de sementes, 0,70 m e 15 a 20 Kg/ha e 0,17 a 0,35

m e 10 a 15 Kg/ha para produção de grãos, silagem e pastejo, respectivamente. A

profundidade de semeadura pode variar de 2 a 4 cm. Na semeadura a lanço deve-se

aumentar a taxa de semeadura em 20% . No caso de sobre-semeadura em lavouras de soja

ou algodão utiliza-se de 30 a 35 Kg/ha de sementes.

Outra prática também utilizada é semeadura simultânea de milheto com forrageiras

tropicais como braquiárias e panicuns, sendo que na recuperação de pastagens pode haver o

retorno da forrageira por sementes existentes no solo. Na semeadura do consórcio

adicionam-se as sementes da pastagem perene às sementes do milheto. Em espaçamentos

maiores que 0,50 m podem ser adicionadas linhas extras da pastagem nas entrelinhas do

milheto. A quantidade de sementes da forrageira varia conforme a espécie. Para

braquiárias, Gontijo Neto et.al.(2006), recomendam a semeadura de 3,0 a 3,5 kg/ha de

sementes puras viáveis (SPV) no plantio no sulco e 4,5 a 6,0 kg/ha na semeadura a lanço; já

para os panicuns a recomendação é de 2,5 a 3,0 Kg/ha no plantio no sulco e de 4,0 a 5,0

kg/ha na semeadura a lanço.

Há relatos de produtores que semeiam uma mistura de milheto, aveia e forrageiras

tropicais. Considerando-se que determinadas condições climáticas podem ser mais

favoráveis a uma ou outra espécie, tal prática reduz os riscos e assegura uma produção mais

estável.

O controle de plantas daninhas, sem danos, para a cultura pode ser obtido com a

aplicação de herbicidas à base de Atrazine em pós-emergência, quando as plantas estiverem

no estádio de duas a quatro folhas, segundo Pereira Filho (2005). O controle cultural pode

ser benéfico, com aumento na taxa de semeadura do milheto e/ou das outras forrageiras

associadas aliado ao manejo adequado.

As pragas mais comuns do milheto são aquelas mais comuns ao sorgo e milho,

(VIANA et.al. 2005). Estes citam diversas pragas de sementes e raízes, colmo e folha e

panícula e recomenda os mesmos inseticidas utilizados nas culturas de sorgo e milho. Da

mesma forma acontece com doenças (FERREIRA e CASELA (2005). Estes autores

também relatam a presença de diversos fitopatógenos que podem causar danos à cultura e

recomendam como principal forma de controle a utilização de cultivares resistentes.

O início do pastejo de milheto pode se dar entre 30 e 40 dias após a emergência, este

pode ser contínuo ou rotacionado. É recomendável que os animais entrem quando o milheto

atingir uma altura entre 50 a 70 cm do solo, e saim quando houver rebaixamento para 20 a

30 cm. Deve-se dar um período de descanso de 18 a 24 dias após o pastejo inicial.

O tempo de utilização do milheto em pastejo vai depender principalmente da época

de semeadura, manejo, estado nutricional da planta e condições climáticas. No Brasil

Central, o período de utilização é variavel: em semeadura realizada no início da primavera,

de 80 a 150 dias; no início do verão, de 50 a 100 dias; no início do outono, variará de 30 a

60 dias.

Na implantação e na recuperação de pastagens, considerando-se o rápido

crescimento inicial, pode-se antecipar a utilização da pastagem principalmente para

forrageiras do gênero Brachiaria, tais como B. brizantha e B. decumbens. Semeia-se a

braquiaria consorciada com o milheto no início do período das águas, o que proporcionará

um período de pastejo de 80 a 120 dias. Após o ciclo vegetativo do milheto, a pastagem

estará formada ou recuperada. Kichel e Miranda (2000b), por exemplo, descrevem que na

recuperação de pastagens de braquiária, o período de pastejo do consorcio foi de 114 dias, e

a lotação de 4,81 animais/ha, ganho de peso vivo diário de 852 g, e ganho total por área

de 470 kg/ha.

No plantio de safrinha, de fevereiro a abril, em sucessão as culturas de verão: soja e

milho, o milheto pode ser pastejado por um período de 40 a 60 dias, do outono até o início

do inverno. Neste período pode atingir uma produtividade de 30 a 75 Kg de carne/ha. Por

outro lado, neste sistema a quantidade de palha para cobertura na estação seguinte fica

prejudicada. (KICHEL e MIRANDA, 2000 b).

Além do pastejo, o milheto é uma boa alternativa para produção de silagem, pois

pode proporcionar de um a três cortes para esse fim. Em Rio Brilhante, MS, obteve-se

produções de 31, 27 e 19 t/ha , respectivamente para milheto, milho e sorgo, em plantio de

safrinha no final de fevereiro ( KICHEL e MIRANDA, 2000 b).

Para produção de palha e uso do plantio direto, as produções variam de 2,0 a mais

de 10,0 t/ha, em função de clima e condições de cultivo. Portanto, o milheto neste sistema

tem grande importância na ciclagem de nutrientes. Segundo Martins Neto e Bonamigo

(2005), o milheto com produção de 7,1 t/ha de MS, reciclou 122 Kg/ha de N, 16 de P, e

124 de K; já o milho, com 7,65 t/ha de MS, nas mesmas condições reciclou, 78 Kg/ha de

N, 16 de P e 90 de K. Ambas as culturas foram superiores a aveia e a soja nas condições

estudadas.

A dessecação é realizada com os herbicidas Glyphosate ou Paraquat nas dosagens

de 3,0 2,0 litros/ha, respectivamente (BORGES e BORDIN, 1997). Esta é feita

preferencialmente quando a cultura estiver com 5 a 10% de floração. Para uma melhor

dessecação é recomendável que a biomassa seja picada e após a rebrota aplicar o herbicida

dessecante (MARTINS NETO e BONAMIGO, 2005), pois esta pratica evita o efeito

guarda chuva sobre as planta daninhas infestantes.

Em algumas situações associa-se a produção de palhada, com a produção de grãos,

estes são colhidos e o plantio da cultura e feita sobre o resíduo pós-colheita.

SORGO

O sorgo é uma espécie de origem tropical que se adapta, com relativa facilidade ao

clima e aos solos da região dos Cerrados. È uma planta de via fotossintética C4, adaptada a

dias curtos. A planta de sorgo tolera mais o déficit de água e o excesso de umidade no solo

do que a maioria dos outros cereais e pode ser cultivada numa ampla faixa de condições de

solo (MAGALHÃES et al. 2003 a).

A cultura do sorgo é utilizada preferencialmente para produção de grãos, mas também

para produção de forragem e em pastejo nos sistemas de integração. Os seus resíduos

culturais e rebrota após a colheita podem ser destinados a produção de biomassa para o

SPD. Na região dos Cerrados seu cultivo era pouco expressivo até os anos 80, mas

posteriormente houve incremento na área de plantio desta cultura, especialmente como

safrinha, devido a sua maior tolerância à seca do que a cultura do milho. Na atualidade esta

região contribui com mais de 60% da área e produção nacional de sorgo. Esta cultura é

mais utilizada para plantios em rotação com soja especialmente na safrinha, onde se destina

à produção de grãos, mas também é utilizado para pastejo, produção de forragem e silagens

objetivando a produção de carne e leite.

É uma cultura que pode ser totalmente mecanizável utilizado-se os mesmos

equipamentos de plantio, cultivo ou colheita utilizados para outras culturas de grãos como

a soja, arroz e trigo. Por outro lado, a cultura também pode ser conduzida manualmente

com boa adaptação à sistemas utilizados por pequenos produtores. Pode ser plantado da

forma convencional ou em plantio direto na palha (SPD).

A produção de grãos normalmente varia entre 1.000 a 4.000 kg/ha, mas pode chegar a

mais de 7.000 Kg/ha em boas condições de cultivo. O cultivo consorciado resulta em

produções idênticas ao cultivo puro em lavouras adequadamente conduzidas. Kluthcouski e

Aidar (2003), em diversas condições de cultivo, obtiveram produções que variaram de

2.300 a 6.300 kg/ha, com diferenças pouco expressivas entre os diferentes sistemas de

cultivo puro ou consorciado. As produções de forragem em geral variam 6.000 a 12.000

kg/ha.

No mercado brasileiro estão disponíveis diversos cultivares e híbridos de sorgo,

destinadas a produção de grãos, forragem para corte ou silagem ou ainda cultivares mais

apropriadas a pastejo. Estas podem ser utilizadas nos diversos de sistemas de produção e

finalidade de utilização. Para a escolha das cultivares adequadas a cada região e condição

de cultivo atenção especial deve ser dada a outras características agronômicas, como

resistência a doenças, insetos-pragas, resistência à seca, tolerância à acidez do solo.

O sorgo é uma planta mais exigente em solo do que o milheto e o seu cultivo só é

recomendado em solos devidamente corrigidos. Na recuperação de pastagens degradadas,

com plantio na primavera/verão, o solo deve ser corrigido com antecedência mínima de 90

a 120 dias, para que ocorra uma adequada reação do calcário, nas dosagens recomendadas

para esta cultura, pois estes níveis são apropriados para as forrageiras tropicais. Em solos

de textura média a saturação por base deverá ser elevada para cerca 50% a 60%, sendo

fósforo, potássio e nitrogênio deverão ser corrigidos em função da cultivar e objetivo da

produção.

Em plantio de safrinha após a cultura de soja, o sorgo vem sendo cultivado apenas na

adubação residual desta cultura, com produção bastante satisfatória. Entretanto, a adubação

pode proporcionar incrementos na produção. Coelho et. al.(2002) obtiveram aumentos de

produção de grãos de 10% e 30 % com a aplicação de 200 e 400 kg/ha de 04-14-8

respectivamente. Por outro lado a aplicação, entretanto a aplicação em cobertura de

somente 40 kg/ha de N também resultou em aumento de produção de 30 %. Segundo estes

autores em condições de estresse hídrico os aumentos de produção foram de 7,8 vezes com

a aplicação de 100 kg/ha de 04-30-16 e somente 1,32 vezes sem déficit hídrico. A aplicação

de N em cobertura contribui para aumentar a produtividade de grãos e quantidade de

forragem e estender o período de pastejo nos sorgos forrageiros. Quando a cultura for

destina a confecção de silagem as adubações do sorgo e da cultura subseqüente necessitam

ser aumentadas em função da maior retirada de nutrientes neste processo.

O sorgo pode ser semeado no início da primavera, por ocasião das primeiras

chuvas, até início do outono. Entretanto Coelho et al. (2003), em plantios realizados de

fevereiro até abril, obtiveram menores produções nos plantios de final de março e abril, as

quais foram mais acentuado nas cultivares de ciclo médio/tardio.

A semeadura poderá ser efetuada a lanço ou em linha, como também em plantio

direto, inclusive sobre pastagens. A densidade de semeadura deve ser em função da

finalidade do cultivo. Esta também apresenta certa plasticidade, o que possibilita um ajuste

no seu número de perfilhos em função da quantidade de sementes e do espaçamento.

Gontijo Neto et. al. (2006), indicam espaçamento de 0,50 a 070 m e 6 a 8 kg/ha de

sementes para graníferos, 0,70 a 0,80 m e 6 a 8 Kg/ha sementes para duplo propósito, 0,80

a 0,90 m e 5 a 7 kg/ha para produção de silagem, e semeadura a lanço ou linhas de ate 0,30

m e 12 a 20 kg/ha para pastejo ou fenação. A profundidade de semeadura pode variar de 3

a 5 cm.

O sorgo também é utilizado na semeadura conjunta com forrageiras tropicais como

braquiárias e panicuns, sendo que na recuperação de pastagens pode haver o retorno da

forrageira por sementes existentes no solo. No plantio conjunto, em espaçamentos menores

que 0,40 m, adicionam-se as sementes da pastagem perene as sementes do sorgo ou ao

adubo, seguindo os mesmos procedimentos citados para o milheto. Em espaçamentos

maiores podem ser adicionadas linhas extras da pastagem nas entrelinhas do sorgo. Para

isto podem ser utilizadas semeadeiras com caixas independentes, ou semear a pastagem e

logo a seguir a cultura. Em áreas onde o cultivo é mecânico ou é feita capina, a semeadura

pode ser realizada feita junto com estas práticas, para favorecer a incorporação das

sementes. A taxa de semeadura das forrageiras é a mesma recomendada para o plantio com

milheto.

O controle de plantas daninhas pode ser feito com herbicidas a base de Atrazine em

pós-emergência, quando as plantas estiverem no estádio de duas a quatro folhas. É

importante fazer a aplicação correta para que estes produtos não afetem as forrageiras.

Também é muito importante o controle prévio das invasoras, para reduzir a infestação do

consórcio. O controle cultural pode ser benéfico, com aumento na taxa de semeadura do

sorgo e/ou das outras forrageiras associadas aliado ao manejo adequado.

As pragas mais comuns da cultura do sorgo são aquelas do milho, usando-se os

mesmos controles são os recomendados para esta cultura. Da mesma forma quanto à

fitopatógenos, recomenda-se a utilização de cultivares resistentes. Por isso não é

recomendável o cultivo do sorgo após o milho, devido aos diversos problemas fitosanitários

que são comuns às duas culturas.

A colheita dos grãos é feita quando estes apresentarem um teor de umidade em

torno de 14 a 17%, e a colheita para silagem quando as plantas apresentarem entre 30% ea

35% de matéria seca.

A utilização do sorgo para pastejo é idêntica ao milheto. Este pode ser contínuo ou

rotacionado. O manejo rotacionado proporciona ganhos superiores ao contínuo em

produtividade de carne hectare e longevidade de pastagem, devido a favorecer altas taxas

de rebrote. A forragem apresenta bom valor nutritivo e boa palatabilidade. Em pastejo pode

ser e tóxica aos animais, pela presença de ácido cianídrico nas fases mais jovens de alguns

materiais.

É recomendável que os animais entrem para pastejo quando as plantas atingirem a

altura entre 70 80 m do solo, saindo quando houver rebaixamento para 20 a 30 cm. Deve-

se dar um período de descanso de 18 a 24 dias após o pastejo inicial. No início do pastejo

deve-se utilizar uma maior taxa de lotação, reduzindo-a gradualmente em função da

disponibilidade de forragem. As restevas das áreas de colheita de grãos bem como as

rebrotas destas áreas e áreas de silagem também poderão ser utilizadas sob pastejo.

A dessecação do sorgo como planta de cobertura ou suas restevas seguem os mesmos

procedimentos indicados para o milheto.

MILHO

O milho a segunda cultura em importância, depois da soja no Brasil, e destina-se

principalmente a produção de grãos, e somente uma pequena proporção é destinada a

elaboração de silagens. Além da grande importância econômica na agricultura brasileira,

tem grande importância na rotação de culturas, especialmente com a soja, como safrinha,

ou mesmo na época normal de plantio, devido grande biomassa dos seus restos culturais e

não favorecer o desenvolvimento de certas pragas e fitopatógenos da cultura da soja. O seu

cultivo na região dos Cerrados, além da contribuição nos sistemas agrícolas, possibilitou

grandes incrementos na suinocultura, avicultura, suplementação e confinamento de bovinos

de corte e produção de leite.

O milho é uma planta C4, com crescimento no período de primavera-verão, de hábito

ereto. Nos sistemas de integração é utilizado na recuperação de pastagens degradadas ou

para cultivo em consorcio com forrageiras e por ser de crescimento inicial rápido e as

forrageiras mais lentas presta se modo especial a essa pratica. As condições de fertilidade

do solo exigidas pelo milho são adequadas para o cultivo de todas as forrageiras tropicais,

mesmo as de maior exigência como os panicuns. Por outro lado, a cultura pode ser,

também, conduzida manualmente com boa adaptação a sistemas utilizados por pequenos

produtores.

Para o plantio da cultura do milho estavam disponíveis 237 cultivares na safra

005/2006, entre as quais variedades, híbridos simples, híbridos duplos e híbridos triplos

adaptados ao cultivo em distintas condições, Cruz et al. (2006). Na escolha dos cultivares

deve ser levando em conta o seu potencial produtivo, observando sempre suas

características como: ciclo, altura da planta, resistência pragas a doenças, tolerância à seca,

qualidade do produto e produtividade. Para o cultivo conjunto com forrageiras, recomenda-

se o plantio de cultivares de ciclo curto ou médio, para evitar a competição final entre a

cultura e a forrageira e evitar dificuldades na colheita.

A produção de grãos normalmente varia 2.000 a 6.000 kg/ha, mas pode chegar a mais

de 10.000 kg/ha em boas condições de cultivo. O cultivo consorciado resulta em produções

idênticas ao cultivo puro em lavouras adequadamente conduzidas. Em diversos locais e

condições de cultivo Kluthcouski e Aidar (2003), obtiveram produções que variaram de

3.000 a 9.200 kg/ha, com produções semelhantes para os cultivos consorciados ou solteiros.

Também Alvarenga et al. (2006), relatam diferenças pouco expressiva entre os dois

sistemas de cultivo.

O milho é uma planta mais exigente em fertilidade do solo do que o milheto e o

sorgo, e o seu cultivo só é recomendado em solos devidamente corrigidos. Na recuperação

de pastagens degradadas, com plantio na primavera/verão, o solo deve ser corrigido com

antecedência mínima de 90 a 120 dias, para que ocorra uma adequada reação do calcário. A

saturação por bases deverá ser elevada para cerca 50 a 60%, e o fósforo, potássio e

nitrogênio deverão ser corrigidos em função da cultivar e meta de produção, sendo este

ultimo fundamental para obtenção de altas produtividades.

Em plantio de safrinha após a cultura de soja, o milho vem sendo cultivado apenas

com a adubação residual desta cultura, com produções satisfatórias. Entretanto, a adubação

pode proporcionar incrementos na produção. Em função das incertezas quanto a

produtividades desta cultura, Broch e Ranno (2007), sugerem que a mesma seja implantada

em áreas já corrigidas e com boa fertilidade e a adubação deve ser em função das metas de

produção. Para manter os teores de fósforo e potássio no solo para a cultura subseqüente

recomendam a aplicação de 25 a 35 Kg/ha de N, 60 kg/ha de P2O5 e 40 kg/ha de K2O,

quando a meta de produção for de 4.800 kg/ha, já para a produção de 6.000 kg/ha a

adubação deve ser 35 a 45 kg/ha de N, 75 kg/ha de P2O5 e 50 kg/ha de K20. Quando a

cultura for destina a elaboração de silagem as adubações necessitam ser aumentadas em

função da maior retirada de nutrientes neste processo.

O milho pode ser semeado no início da primavera, por ocasião das primeiras chuvas,

até início do outono, entretanto a produção pode ser afetada em plantios realizados no

cedo ou tardios devido a variações na luminosidade e disponibilidade hídrica.

A semeadura é feita em covas ou em linhas, pode ser com preparo convencional do

solo ou em SPD. A densidade e o espaçamento de plantio deve ser em função da cultivar e

finalidade do cultivo e também em função dos equipamentos disponíveis para plantio e

colheita. Gontijo Neto et. al. (2006), indicam 40.000 a 50.000 plantas para variedades,

45.000 a 55.000 para híbridos duplos e 50.000 a 70.000 para híbridos triplos e simples.

Na recuperação de pastagens o banco de sementes da forrageira no solo pode ser

elevado e resultar em grande competição com o milho. Em área com pastagem de B.

brizantha cv. Marandu, com banco de sementes de 25 kg/ha de SPV e preparo convencional

do solo, Zimmer et. al. (1994) , obtiveram reduções na produção do milho de 50 % onde

houve o retorno espontâneo da braquiaria, em relação a área capinada. O controle parcial

da forrageira pode ser feito com herbicidas. Em B. brizantha, Zimmer et al. (2004),

obtiveram produção de 5.700 kg/ha de milho com controle total da forrageira, e 4.860 kg/ha

de grãos 1.700 kg/ha de MS da forrageira com a aplicação dos herbicidas atrazina +

metalaclhor. No cultivo sem controle da braquiaria a produção de milho foi de 3.060 kg/ha

e 4.800 kg/ha de MS da forrageira, por ocasião da colheita das culturas.

O excesso de plantas da forrageira e invasoras,também pode ser reduzido pelo

preparo do solo, como no sistema Barreirão, onde é feita uma pré-incorporação da

pastagem e posterior aração profunda. Neste processo Oliveira e Yokoyma (2003)

recomendam, que 60 % do calcário seja aplicado antes da gradagem e o restante após a

aração.

Na semeadura conjunta de milho com forrageiras tropicais, adiciona-se as sementes

da pastagem perene ao adubo, porque estas tem a capacidade de germinar a profundidades

maiores, devido ao alongamento do seu mesocótilo. Em espaçamentos maiores podem ser

adicionadas linhas extras da pastagem nas entrelinhas do milho. Para isto podem ser

utilizadas semeadoras com caixas independentes, ou semear a pastagem e logo a seguir a

cultura. Em áreas onde o cultivo e mecânico ou capina a semeadura pode ser feita junto

com estas práticas para favorecer a incorporação das sementes.

O cultivo simultâneo é mais recomendado para regiões com reduções drásticas das

chuvas no inicio do outono, e não é possível o plantio do milho safrinha, ou as culturas de

cobertura não tem bom desempenho. Nas regiões tradicionais de produção de milho

safrinha o plantio conjunto de forrageiras segue os mesmos procedimentos, para o plantio

em época normal.

O sistema Santa Fé preconiza a utilização de gramíneas forrageiras perenes,

especialmente Brachiaria brizantha cv Marandu, consorciada com culturas anuais para a

formação de pastagens em áreas com fertilidade do solo já corrigidas, no período de verão,

com os objetivos de produção de forragem para a entressafra e, ou, palhada em quantidade

e qualidade para o SPD (Kluthcouski & Aidar, 2003).

Um aspecto importante que alicerça o plantio consorciado de lavouras anuais e

gramíneas forrageiras perenes é o fato que estas últimas apresentam lento acúmulo de

massa seca da parte aérea até aproximadamente 50 dias após a emergência, período em que

as culturas anuais sofrem maior interferência por competição. (COBUCCI e PORTELA,

2003).

O controle das invasoras já deve ser iniciado previamente objetivando reduzir a

infestação no consorcio. O controle cultural pode ser benéfico, com redução no

espaçamento ou aumento na população de plantas do milho e/ou das outras forrageiras

associadas aliado ao manejo adequado. As forrageiras dos gêneros Panicum e Brachiaria

mais utilizadas no Brasil têm boa tolerância a sombreamento, pois mesmo com até 50 % da

interceptação da luz solar não ocorre redução significativa da sua taxa de crescimento,

Carvalho et al.(1999) e Laura et al. (2006), mas mesmo com sombreamento do milho estas

persistem com porte reduzido e aceleram o seu crescimento a partir da maturação e colheita

da cultura.

As forrageiras cultivadas em consorcio podem auxiliar na supressão de invasoras no

milho. A cultura de milho teve o desenvolvimento prejudicado pela presença das plantas

daninho corda-de-viola, caruru-roxo ou capim-colchão, o que provocou uma significativa

redução na produtividade, de cerca de 2.000 kg/hade grãos, em relação ao milho capinado

com cerca de 7.000 kg/ha, enquanto que nos consórcios com as forrageiras, B. decumbens,

B. brizantha e P. maximum as produções foram de 4.000 a 5.000 Kg/ha. Cabe ressaltar

que nos consórcios com as forrageiras ficou evidente a supressão das invasoras por todas

forrageiras, mas isto foi mais marcante na B. brizantha que aos 60 dias apresentava do

numero plantas invasoras 90% menor do que a área sem controle ( SEVERINO et. al

(2006).

Na utilização de herbicidas deve-se levar em conta as invasoras presentes e nos

plantios consorciados utilizar herbicidas aos quais a forrageira seja tolerante. O controle de

plantas daninhas pode ser feito com herbicidas aplicados em pós-emergência das plantas

daninhas e do milho. Segundo Alvarenga et.al. (2006) são recomendados herbicidas a base

atrazina e alguns do grupo das sulfonilúreias, como nicusulfuron, foramsulfuron e

iodosulfuron methyl sodium. Estes são aplicados quando as plantas estiverem no estádio

de duas a quatro folhas.

Como período critico de competição das plantas daninhas ou forrageiras com milho

ocorre entre ou entre 20 a 40 dias após a emergência, aplicar nesta fase 1500 g i.a./ha de

atrazina para o controle de monocotiledôneas e o nicosulfuron é recomendado na dose de 4

a 8 g i. a,/ha objetivando retardar o crescimento das forrageiras. Uma dose maior é

recomendada quando a forrageira e plantas daninhas estão em estágios mais avançados.

Para consorcio de milho com Panicuns a dose nicosulfuron não deve ultrapassar 6 g. i.a.

/ha (Alvarenga et al. 2006)

O controle pragas na integração segue os mesmos procedimentos básicos

recomendados para a cultura em PD. Quanto a fitopatógenos que possam causar danos a

cultura optar pela utilização de cultivares resistentes.

A colheita dos grãos e feita quando estes apresentarem um teor de umidade em

torno de 14 a 17%, e a colheita para silagem quando as plantas apresentarem de 30 a 35 %

de matéria seca.

SOJA

A soja é a cultura de grãos de maior importância no Brasil, seus grãos e produtos

derivados são destinados a alimentação humana e tem grande importância na produção

animal do país. Além da importância econômica na agricultura brasileira, tem largo uso na

rotação de cultivos, especialmente com gramíneas, por ser planta fixadora de nitrogênio. O

seu cultivo na Região dos Cerrados, além da contribuição nos sistemas agrícolas e

recuperação de pastagens degradadas, possibilitou grandes incrementos na suinocultura,

avicultura, suplementação e confinamento de bovinos de corte e produção de leite

A soja uma planta C3, com crescimento no período de primavera-verão, de hábito

herbáceo. Nos sistemas de integração é utilizado na recuperação de pastagens degradadas,

em rotação, após culturas de safrinha e de inverno, ou para PD sobre pastagens, desde que o

solo tenha sido corrigido previamente. O cultivo em consorcio com forrageiras tem sido

tentado sem resultados muito animadores. As condições de fertilidade do solo exigidas

pela soja são adequadas para o cultivo de todas as forrageiras tropicais, mesmo as de maior

exigência como os panicuns. Esta cultura também pode ser conduzida manualmente com

boa adaptação a sistemas utilizados por pequenos produtores, mas essa forma de cultivo é

mais restrita.

Para o plantio da cultura da soja estão disponíveis várias cultivares a cada safra, e

para cada região devem ser utilizados os materiais recomendados, levando-se conta o seu

potencial produtivo para as condições locais, observando-se sempre suas características

como: ciclo, altura da planta, resistência pragas e doenças, tolerância a seca qualidade do

produto e produtividade.

A produção de grãos normalmente varia 2.000 a 3.000 kg/ha, mas pode chegar a

produtividades superiores a 4.000 kg/ha em boas condições de cultivo. O cultivo

consorciado e pouco utilizado pelas dificuldades no manjo da cultura e na colheita que é

feita ao nível do solo. Kluthcouski e Aidar (2003), observaram reduções na produção,

devido a competição da braquiaria, em diversos locais em relação ao cultivo puro.

A cultura da soja tem exigências em solo, idênticas ao sorgo e milho a exceção do N.

O seu cultivo só é recomendado em solos devidamente corrigidos. Na recuperação de

pastagens degradadas, com plantio na primavera/verão, o solo deve ser corrigido com

antecedência mínima de 60 dias, para que ocorra uma adequada reação do calcário, nas

dosagens recomendações para esta cultura. Estes níveis também são apropriados para as

forrageiras tropicais. Em solos de textura média a saturação por base deverá ser elevada

para cerca 50 a 60%, o fósforo, potássio e micronutrientes deverão ser corrigidos em

função da cultivar e objetivo da produção.

Como o N é o elemento requerido em maior quantidade pela soja e este é obtido por

fixação biológica, torna-se relevante portanto fazer uma boa inoculação da semente com

bactérias do gênero Bradyrhizobium. A quantidade mínima de inoculante a ser utilizada é

de 600.000 celulas/semente, mas os beneficios são crescentes até 1.200.000 celulas/semente

(EMBRAPA SOJA, 2007). Portanto é muinto importante dobrar a quantidade de

inoculante no primeiro plantio na renovação de pastagens para que ocorra uma boa

nodulação e fixação de N.

A época de semeadura da soja, na Região Centro-Oeste vai de 20 de outubro ate 10

de dezembro, podendo se estender em áreas bem fertilizadas, mas no mês de novembro que

são obtidas as melhores produtividades.

A semeadura é feita em covas ou em linhas, com preparo convencional do solo ou

em PD. Os espaçamentos de plantio variam de 40 a 50 cm entre linhas e de 10 a 18

plantas/m2 o que resulta em populações de 200.000 a 450.000 plantas/ha (EMBRAPA

SOJA, 2007). Estas densidades populacionais devem ser em função da cultivar, finalidade

do cultivo e equipamentos disponíveis para plantio.

Na recuperação de pastagens, onde se faz o preparo convencional do solo, pode

haver uma grande competição da pastagem com a cultura. Este excesso de plantas pode ser

controlado pelo preparo do solo, como no sistema Barreirão seguindo as mesmas

recomendações indicadas para a cultura do milho, ou pela aplicação de herbicidas.

O cultivo simultâneo de soja com forrageiras tropicais é pouco utilizada, devido a

grande competição exercida pelas forrageiras. No entanto, Kluthcouski & Aidar, (2003)

apresentam algumas alternativas. Estes autores recomendam o plantio da pastagem 20 a 30

dias após a emergência da soja ou a utilização de subdoses de herbicida. Em avaliações de

campo observou-se que cultivares de porte alto e ciclo precoce sofreram menor competição

da gramínea.

A cultura da soja é mais adequada para o cultivo de pastagens em sucessão o que

pode ser feito de diversas formas: plantio de pastagem safrinha, milho ou sorgo safrinha

com pastagem ou a pastagem ou com as culturas na estação de chuvas seguinte.

O controle das invasoras já deve ser iniciado previamente objetivando reduzir a

infestação, com bom preparo do solo, época e densidade de plantio adequada. Em função

das invasoras presentes, o seu controle com herbicidas aplicados em pré ou pós-emergência

das plantas daninhas e da soja, com produtos recomendados para a cultura. A utilização de

cultivares Roundup Ready tem facilitado o controle de certas invasoras, especialmente

forrageiras que além da sua dessecação em certas situações necessitam ser controladas em

pós-emergência. Mas é importante fazer a alternância na utilização de cultivares Roundup

Ready e convencionais.

O controle pragas na integração segue os mesmos procedimentos básicos

recomendados para a cultura em plantio direto. Quanto a fitopatógenos que possam causar

danos a cultura optar pela utilização de cultivares resistentes e rotação de cultivos.

A colheita dos grãos é feita quando estes apresentarem um teor de umidade em

torno de 13 a 15%, mas pode haver necessidade de se realizar uma dessecação da cultura se

a maturação não estiver uniforme ou com elevada população de gramíneas forrageiras.

ARROZ

A cultura do arroz é utilizada na integração lavoura pecuária desde o inicio do seu

cultivo no Brasil. As áreas de arroz irrigado eram utilizadas com pastagens durante o

pousio e áreas de sequeiro na formação de pastagens, isto ocorreu de modo mais expressivo

na década de setenta na Região dos Cerrados. Neste período parte expressiva das áreas de

braquiarias foi estabelecida em sucessão ou em consorcio com a cultura do arroz.

Na atualidade o seu cultivo está mais voltado para a recuperação de pastagens

degradadas, principalmente a partir do desenvolvimento do Sistema Barreirão pela

Embrapa Arroz e Feijão. Esta cultura também é utilizada em diversos sistemas de rotação

de culturas, especialmente com cultura da soja.

O arroz é uma planta C3, com crescimento no período de primavera-verão, de hábito

ereto e bom perfilhamento. Nos sistemas de integração é utilizado como cultura de abertura

de novas áreas, por sua adaptação a solos de menor fertilidade que as demais culturas, e na

recuperação de pastagens degradadas. As condições de fertilidade do solo exigidas pelo

arroz também são adequadas a grande parte das forrageiras, especialmente as braquiarias.

As variedades de arroz para cultivo em cada região devem ser as recomendadas,

observando as características de ciclo, altura da planta, resistência a doenças, qualidade do

produto e produtividade. Para o cultivo simultâneo com forrageiras, Oliveira et al. (1998),

recomendam o plantio de cultivares de ciclo curto ou médio, para evitar a competição final

entre a cultura e a forrageira.

A cultura do arroz é bastante tolerante a acidez do solo, pois segundo Fageria (1998)

tolera até 70 % de saturação por alumínio, condição esta também tolerada por braquiarias.

A correção do solo e adubação deve ser adequada para esta cultura, a elevação do pH para

5,6 e saturação por bases para 40 % é adequado para o cultivo do arroz em rotação com

feijão milho e soja, Fageria (1998). Os demais nutrientes devem ser aplicados em função

das metas de produtividade.

No Sistema Barreirão, em condições normais de pastagens degradadas no cerrado,

Oliveira et al. (1998), mediante a aplicação de 15 kg, 90 kg e 45 kg de N, P2O5, e K2O por

hectare respectivamente e micronutrientes, obtiveram boas produtividades do arroz de

sequeiro. Também recomendam a aplicação de 20 a 30 kg/ha de N, em até duas aplicações.

No cultivo de arroz em SPD sobre pastagens é importante aplicar quantidades

adequadas de N no plantio, pois seu efeito é mais marcante do que a aplicação em

cobertura. Guimarães e Yokoyma (1998), mediante a aplicação de incrementos sucessivos

na base de 12, 24, 36 e 48 Kg/ha de N os aumentos de produção foram de 20 %, 53 % e 80

% respectivamente, enquanto que a aplicação adicional em cobertura de 30 Kg/ha de N,

sobre os mesmos níveis, resultou em incrementos de somente 9 %, 18 % e 31 %

respectivamente.

Juntamente com cultura do arroz também pode ser feita a semeadura de forrageiras

tropicais como braquiárias e panicuns, sendo que na recuperação de pastagens pode haver o

retorno forrageira por ressemeadura a partir do banco sementes no solo. No plantio

consorciado, adicionam-se as sementes da pastagem perene as sementes do arroz ou ao

adubo. Como o arroz é plantado em espaçamentos de 30 a 50 cm na entrelinha, não é

necessário adicionar linhas extras da pastagem nas entrelinhas do arroz. Em áreas onde é

realizada capina ou cultivo mecânico a semeadura da forrageira pode ser feita junto com

estas práticas para favorecer a incorporação das sementes. As taxas de semeadura das

forrageiras são as mesmas recomendadas para o plantio com milheto.

Na recuperação de pastagens o banco de sementes da forrageira no solo pode ser

elevado e resultar em grande competição com o arroz. Em área com pastagem de B.

brizantha cv. Marandu, por 10 anos, com banco de sementes de 25 kg/ha de SPV e preparo

convencional do solo. Zimmer et. al. (1994) , obtiveram produções de somente 680 kg/ha

de arroz onde houve o retorno espontâneo da braquiaria, e 1780 Kg/ha na área com

controle da braquiaria. Nestas condições o controle parcial da forrageira pode ser feito com

herbicidas, Zimmer et,al. (2004), obtiveram produção de 1900 Kg/ha de arroz com controle

da forrageira e invasoras, 1840 Kg/ha de arroz e 3.470 Kg/ha de MS da forrageira com a

aplicação 2,5 L/ha do herbicida Pendimethalin, já no cultivo sem controle da braquiaria a

produção de arroz foi de somente 970 Kg/ha e 4.290 Kg/ha de MS da forrageira.

O excesso de plantas pode ser controlado pelo preparo do solo, como no sistema

Barreirão, onde é feita uma pré-incorporação da pastagem com grade aradora e posterior

aração profunda com arado de aiveca, que incorpora as sementes a uma profundidade de 35

cm. Neste processo, Oliveira e Yokoyma (2003), recomendam que 60 % do calcário seja

aplicado antes da gradagem, e o restante após a aração.

O controle de plantas daninhas, sem danos, para essa cultura pode ser por meio de

capinas, cultivo mecânico com a aplicação de herbicidas. A escolha dos herbicidas deve ser

em função das invasoras presentes, e dos plantios consorciados, de forma que as forrageira

sejam tolerantes a estes. O controle cultural pode ser a aração profunda, redução do

espaçamento, aumento na taxa de semeadura do arroz e/ou das forrageiras associadas.

O controle de pragas é feito conforme as recomendações para a cultura. Entretanto

atenção especial deve ser dada a cigarrinha das pastagens, que é praga comum, portanto

recomenda-se não plantar arroz próximo a áreas infestadas ou fazer o plantio antes do pico

da população de cigarrinhas. Quanto a fitopatógenos que possam causar danos a cultura

optar pela utilização de cultivares resistentes e rotação de cultivos.

A colheita dos grãos e feita quando estes apresentarem um teor de umidade em

torno de 18 a 23 %. Após a colheita em cultivos consorciados pode ser iniciado o pastejo

AVEIA

A aveia, por ser uma cultura de inverno, tem o seu cultivo restrito ao sul da região

dos Cerrados. Esta cultura teve a sua maior expansão na década de 1980, como planta de

cobertura após a colheita da soja ou do milho, sendo eventualmente era utilizada em

pastejo.

A aveia é uma forrageira de clima temperado e subtropical, anual, de hábito ereto,

com desenvolvimento uniforme e bom perfilhamento, com muitas cultivares em uso. Sua

utilização integração lavoura-pecuária é mais restrita, pois o milheto, sorgo ou forrageiras

tropicais tem proporcionado melhores resultados como plantas para cobertura do solo,

grãos, forragem, feno e silagem.

O plantio da aveia vai de 15 de março à 15 de abril quando o objetivo for pastejo e

até 15 de junho para produção de grãos ou palhada. O plantio pode ser feito através do

sistema convencional ou plantio direto, após a colheita da soja ou milho.

O plantio no sistema convencional pode ser feito em linha ou a lanço. Para o plantio

em linha, Kichel e Miranda (2000 a), recomendam um espaçamento de 17 a 20 cm entre

linhas, com taxa de semeadura de 75 Kg/ha; e para plantio a lanço recomenda-se o uso de

85 kg/ha de sementes, numa profundidade de 3 a 5 cm.

Para o plantio direto, o espaçamento e a profundidade da semeadura são os mesmos,

aumentando-se apenas a taxa de semeadura para 85 a 90 kg/ha de sementes.

Outra prática que vem sendo utilizada é a semeadura conjunta de aveia com

forrageiras tropicais como braquiárias e panicuns. Neste caso reduz-se a quantidade de

sementes de aveia e se adiciona a forrageira perene, seguindo-se os mesmos procedimentos

citados acima.

A aveia é adaptada a solos de média e alta fertilidade. Como o seu cultivo é

realizado após as culturas de verão, normalmente não é adubada. Mas, segundo Kichel e

Miranda (2000 a), é recomendado a aplicação de nitrogênio entre 50 e 100 kg/ha para se

aumentar a produção, especialmente se a cultura de verão for uma gramínea. Com a

adubação com 200 Kg/ha da formula 08-16-16, Rangel et al. (2002) obtiveram produção

de 4,37 Kg/ha de massa seca da aveia preta no emborrachamento e somente 2,95 Kg/ha em

área sem adubação em Dourados – MS. Entretanto não houve efeito residual desta

adubação na cultura subseqüente da soja.

CONSIDERAÇÕES GERAIS

Além destas, outras culturas também poderão ser incluídas nos sistemas de

integração lavoura-pecuária. O cultivo do feijão tem apresentado resultados promissores

especialmente em cultivo sobre braquiarias com redução na ocorrência de pragas e doenças.

A cultura do trigo tem importância em algumas áreas do Cerrado e seu cultivo é semelhante

ao da aveia. O algodão em certas áreas tem grande importância, sendo utilizado na rotação

com culturas como soja e milho e o seu plantio também e feito em SPD sobre pastagens. A

cana-de-açúcar, de uso tradicional em pequenas áreas na pecuária como planta forrageira,

em anos recentes vem tendo grande expansão como cultura comercial para produção de

açúcar e álcool e está associada a produção de bovinos de corte em muitas propriedades.

Nos sistemas de integração lavoura-pecuária, a correção da acidez do solo e a

adubação seguem basicamente os mesmos procedimentos adotados para os sistemas

convencionais, pelo menos até enquanto a pesquisa não tenha mais conhecimento para

ajustar de forma mais eficiente os benefícios que se advogam da adoção do referido

sistema. Na fase inicial, é recomenda-se uma correção da acidez em profundidade no solo,

e nas fases subseqüentes à aplicação de calcário, gesso e fertilizantes poderá ser superficial,

principalmente se adotado o SPD na integração lavoura-pecuária. Broch e Chuein (2007)

recomendam que em solos com fertilidade e teores de fósforo adequados, a adubação de

manutenção poderá ser a lanço em pré-semeadura ou no sulco de semeadura. Entretanto,

em solos de média e baixa fertilidade, pelo menos 50% da adubação de manutenção deverá

ser no sulco de semeadura, enquanto que em regiões com ocorrência de períodos

prolongados de déficit hídrico a aplicação deve ser, preferencialmente, no sulco.

O manejo das pastagens nos sistemas de integração lavoura-pecuária é idêntico ao

manejo de pastagens de sistemas tradicionais, mas alguns cuidados extras são necessários.

Logo após a colheita da cultura pode ser efetuado um pastejo rápido para estimular o

perfilhamento basal, tendo-se o cuidado de evitá-lo quando o solo estiver muito úmido; e

depois de algumas semanas, a pastagem pode ser utilizada normalmente. Em áreas onde se

deseja fazer SPD de culturas sobre a pastagem, iniciar um pastejo mais intenso na mesma

alguns meses antes, para uniformizar o relvado. Algumas semanas antes da dessecação

deve-se deixar a área em repouso para acúmulo de massa e favorecer a dessecação para o

plantio das culturas.

O manejo e adubação da pastagem podem ter grande efeito na produção de

biomassa aérea e de raízes destas plantas, bem como na produtividade das culturas

subseqüentes. Pastagem de B. brizantha, sob pastejo por três anos, com adubação de

manutenção anual de 200 kg/ha de N, 60 kg/ha de P2O5 e 60 kg/ha de K2O, proporcionaram

ganhos de peso no período de 1.605 Kg/ha de equivalente carcaça; já sem adubação o

ganho foi de somente 990 kg/ha. As produções de massa, aérea da B. brizantha foram de

11.600 kg/ha e de raízes 14.500 kg/ha. Já sem adubação estas quantidades foram de

somente 7.200 e 7.800 kg/ha respectivamente, por ocasião do plantio das culturas de soja e

milho, em Rio Brilhante - MS. As produções de soja e do milho cultivadas sobre a

pastagem adubada foram 27% 80% maiores respectivamente do que na pastagem sem

adubo (KICHEL e MIRANDA, 2004).

As forrageiras tropicais apresentam alta capacidade de produção de massa, e esta

tem degradação mais lenta que outras palhadas. Em dois locais, Sorriso e Primavera do

Leste, MT, Lamas e Staut (2005), objetivando o plantio de algodão, obtiveram produções

de massa da braquiaria de cerca de 10 t/ha em plantios de outono, enquanto que nos

plantios de primavera as produções foram de 3. a 5. t/ha. Estas quantidades foram

semelhantes a das outras culturas de cobertura, mas a palhada de braquiaria remanescente

após a colheita do algodão em maio foi maior do que a do milheto, sorgo e capim-pé-de-

galinha. A massa do milho, 14,5 t/ha, foi menor que a dos consórcios desta cultura com B.

brizantha com 16,0 t/ha e B. ruziziensis 17,6 t/ha no plantio. Após a colheita do feijão a

quantidades foram de 6,3; 8,8; e 9,3 respectivamente, indicando que as massas dos

consórcios apresentaram degradação mais lenta (KLUTHCOUSKI e STONE, 2003).

Quando o objetivo do plantio de braquiárias ou panicuns for o de plantas de

cobertura do solo, poderá haver um excesso de produção de fitomassa, se as condições

forem favoráveis. Neste caso o plantio da cultura subseqüente é dificultado, sendo

necessário então pastejar, roçar ou aplicar o herbicida dessecante com 30 a 40 dias de

antecedência. Isto ocorre com em forrageiras como B. decumbens, B. brizantha e P.

maximum cv Tanzânia, para as quais a dose de glyphosate necessita de ser de 4 a 5 L/ha da

formulação 360 g. de i.a. . Para B.humidocola, Paspalum notatum e P. maximum cv.

Mombaça a dose de glyphosate deve ser de 5 a 6 L/ha (EMBRAPA Soja, (2007)

Nos plantios em consorcio a colheita não poderá sofrer atrasos, pois com a

maturação da cultura a pastagem acelera o seu crescimento, o que poderá causar

dificuldades na colheita. Na presença de excesso de forragem será necessário fazer uma de

dessecação parcial para proceder à colheita.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

-ALVARENGA, R.; C. COBUCCI, T.; KLUTHCOUSKI, J.; WRUCK, F..J.; CRUZ, J.C.;

GONTIJO NETO, M. M. A cultura do Milho na Integração Lavoura-pecuária. Informe

Agropecuário, Belo Horizonte, V.27,n.233, p.106-126, 2006.

-BORGES, E.P.; BORDIN, A. C. M. Manejo químico da área de pousio visando o plantio

direto. Informações Agronômicas , Piracicaba, n.79, p. 10-11, 1997.

-BROCH. D.L.; CHUEIN, W.A.A, Estratégia de Adubação na Cultura da Soja em Plantio

Direto. In: FUNDAÇÃO MS. Tecnologia e Produção Soja Milho 2006/2007. Maracaju,

FUNDAÇÃO MS Para Pesquisa e Difusão de Tecnologias Agropecuárias, 2006. p. 26-42.

-BROCH. D.L.; RANNO, S.K. Fertilidade do Solo na Cultura do Milho. In: FUNDAÇÃO

MS. Tecnologia e Produção Soja Milho 2006/2007. Maracaju: FUNDAÇÃO MS Para

Pesquisa e Difusão de Tecnologias Agropecuárias, 2006. p. 159-163.

-CARVALHO, M. M.; SILVA, J. L. O.; CAMPOS JÚNIOR, B. A. Produção de matéria

seca e composição mineral da forragem de seis gramíneas tropicais estabelecidas em um

sub-bosque de angico-vermelho. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, MG, v. 26, n. 2,

p. 213-218, 1997.

-COBUCCI, T.; PORTELA, C.M. Manejo de Herbicidas no Sistema Santa Fé e na

Braquiária como Fonte de Cobertura Morta. In: KLUTHCOUSKI, J.; STONE, L.F.;

AIDAR, H. (Ed.) Integração Lavoura-Pecuária. Santo Antonio de Goiás: EMBRAPA

Arroz e Feijão, 2003. p. 444-458.

-COELHO, A,M.; WAQUIL, J.M.; KARAM, D. Seja Doutor do Seu Sorgo. Potafos -

Arquivo Agronômico Nº 14. Encarte do Informações Agronômicas, Nº. 100 p. 1-24. 2002.

-CRUZ, J.C .; PEREIRA FILHO, I.A,; ALVARENGA, R.; C. GONTIJO NETO, M. M.;

VIANA, J.H.M.; OLIVEIRA, M.F.; SANTANA, D.P. Manejo da Cultura do milho em

Sistema de Plantio Direto. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, V.27,n.233, p.42-53,

2006.

-EMBRAPA SOJA .Tecnologias de Produção de Soja Região Central do Brasil 2007.

Londrina, EMBRAPA Soja. 2007. 225 p.

-FAGERIA, N.K. Manejo da Calagem e Adubação do Arroz. In: BRESEGHELLO, F.;

STONE, L.F.(Ed.) Tecnologias Para Arroz de Terras Altas. Santo Antonio de Goiás:

EMBRAPA-CNPAF, 1998. p. 67-78.

-FERREIRA, A,S.; CASELA, C.R. Doenças do Milheto. In: MARTINS NETO, D.A.

DURÃES, F.O.M. (Ed.) Milheto: Tecnologias de Produção e Agronegócio. Brasilia :

EMBRAPA- Milho e Sorgo 2005. p. 145-157

-GONTIJO NETO, M. M.; ALVARENGA, R. C.; PEREIRA FILHO, I. A.; CRUZ, J. C.;

RODRIGUES, J. A. dos S. Recomendações de densidade de plantio e taxas de semeadura

de culturas anuais e forrageiras em plantio consorciado. Sete Lagoas: EMBRAPA Milho e

Sorgo, 2006. 6 p. (EMBRAPA Milho e Sorgo. Comunicado Técnico, 62).

-GUIMARÃES, C.M.; YOKOYMA, L.P. Arroz em Plantio Direto In: BRESEGHELLO,

F.; STONE, L.F. (Ed.) Tecnologias Para Arroz de Terras Altas. Santo Antonio de Goiás:

EMBRAPA-CNPAF, 1998. p. 25-30.

-KICHEL, A. N. & MIRANDA, C. H. B. Uso da aveia como planta forrageira. Campo

Grande: EMBRAPA Gado de Corte, 2000 (a) 5 p. (EMBRAPA Gado de Corte. Gado de

Corte Divulga, 45).

-KICHEL, A. N. & MIRANDA, C. H. B. Uso do milheto como planta forrageira. Campo

Grande: EMBRAPA Gado de Corte, 2000 (b) 6 p. (EMBRAPA Gado de Corte. Gado de

Corte Divulga, 46).

- KICHEL, A. N. & MIRANDA, C. H. B. Integração agro-pecuária. Integração lavoura-

pecuária no Cerrado brasileiro. In: 9º Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha

Chapecó, 2004 . Resumos do 9º Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha. Ponta

Grossa. Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha, 2004. p. 23-24.

-

-KLUTHCOUSKI, J.; AIDAR, H. Implantação, Condução e Resultados Obtidos com o

Sistema Santa Fé . In: KLUTHCOUSKI, J.; STONE, L.F.; AIDAR, H. (Ed.) Integração

Lavoura-Pecuàaria. Santo Antonio de Goiás: EMBRAPA Arroz e Feijão, 2003 p. 407-

441.

-LAMAS, F.M.; STAUT, LA. Espécies Vegetais para Cobertura do Solo no Cerrado de

Mato Grosso. Dourados: EMBRAPA Agropecuária Oeste , 2005. 4 p. (EMBRAPA

Agropecuária Oeste. Comunicado Técnico, 97) .

LAURA, V.A. ; JANK, L.; GONTIJO NETO, M.M. Área foliar específica, biomassa e taxa

de crescimento relativo de folhas de cultivares comerciais de Panicum maximum sob

sombreamento artificial. In: 43ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia,

2006, João Pessoa. Anais da 43ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia. João

Pessoa: Sociedade Brasileira de Zootecnia, 2006. CD-ROM. p. 1-4.

-MACHADO. L. A, Z. Avaliação de cultivares de Aveia preta para produção de forragem e

cobertura do solo. Dourados: EMBRAPA Agropecuária Oeste , 2000. 3 p. (EMBRAPA

Agropecuária Oeste. Comunicado Técnico, 26) .

-MARTINS NETO, D.A. ; BONAMIGO, L.A. Milheto: Características da Espécie e Usos.

In: MARTINS NETO, D.A. DURÃES, F.O.M. (Ed.) Milheto: Tecnologias de Produção e

Agronegócio. Brasilia : EMBRAPA Milho e Sorgo, 2005. p. 21-36.

-OLIVEIRA, I.F., YOKOYMA, L.P. Implantação e Condução do Sistema Barreirão. In:

KLUTHCOUSKI, J.; STONE, L.F.; AIDAR, H. (Ed.) Integração Lavoura-Pecuária.

Santo Antonio de Goiás: EMBRAPA Arroz e Feijão, 2003 p. 267-302.

-OLIVEIRA, I.F., KLUTHCOUSKI, J. YOKOYMA, L.P. SANTOS, R.S.M. Arroz na

Reforma de Pastagens: Sistema Barreirão In: BRESEGHELLO, F.; STONE, L.F. (Ed.)

Tecnologias Para Arroz de Terras Altas. Santo Antonio de Goiás: EMBRAPA-CNPAF,

1998. p. 35-40.

-PEREIRA FILHO, I.A.; RODRIGUES, J.A S.; KARA, D. COELHO, A M.;

ALVARENGA, R.A; CRUZ, J. C.; CABEZAS, W.L. Manejo da Cultura do Milheto In:

MARTINS NETO, D.A. DURÃES, F.O.M. Milheto: Tecnologias de Produção e

Agronegócio. Brasilia : EMBRAPA Milho Sorgo, 2005. p. 61-92.

-RANGEL, M.A, S.; MARANHO, E.; SILVA, F. O, Manejo da Aveia Preta em Sistema de

Produção Agropecuário Integrado. Dourados: EMBRAPA Agropecuária Oeste, 2002. 19 p.

(EMBRAPA Agropecuária Oeste. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento, 1397)

-SEVERINO, F.J.; CARVALHO, S.J.P.; CHRITOFFOLETI, P.J. Interferências Mutuas

Entre a Cultura do Milho, Espécies Forrageiras e Plantas Daninhas em Sistema de

Consorcio. III – Implicações Sobre as Plantas Daninhas. Planta Daninha, Viçosa, V.

24,n. 1, p.53-60, 2006.

-VIANA , P.A. WAQUIL, J.M.; CRUZ, J. C . Insetos-Praga na Cultura do Milheto. In:

MARTINS NETO, D.A. DURÃES, F.O.M. (Ed.) Milheto: Tecnologias de Produção e

Agronegócio. Brasilia : EMBRAPA Milho e Sorgo, 2005. p. 123-141.

-ZIMMER, A. H.; MACEDO, M. C. M.; BARCELLOS, A. de O.; KICHEL, A. N.

Estabelecimento e recuperação de pastagens de Bachiaria. In: PEIXITO, A., M.; MOURA,

J.C. FARIA, V.P. (Ed.). SIMPÓSIO SOBRE MANEJO DA PASTAGEM, 11º. Anais...

Piracicaba-SP: FEALQ, p.153-208, 1994 .

-ZIMMER, A. H.; MACEDO, M. C. M.; KICHEL, A. N.; EUCLIDES, V. P. B. Integratet

Agropastoral Production Systems. In: GUIMARÃES, E.P.; SANZ, J.I.; AMÉSQUITA,

M.C.; THOMAS, R.J. (Ed.). Agropastoral Systems For the Tropical Savanas of Latin

America. CIAT – Centro Internacional de Agricultura Tropical, Colômbia. EMBRAPA -

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Brasília, Brasil. p. 253-290, 2004.