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RELATÓRIO DE AUDITORIA MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E INDICADORES PARA PLANTAÇÕES FLORESTAIS. PADRÃO NORMATIVO: NBR 14.789: 2007 - CERFLOR EMPRESA AUDITADA: ASPEX- Associação dos Produtores de Eucalipto do Extremo Sul da Bahia ESCOPO DE CERTIFICAÇÃO: Manejo de Florestas plantadas nos municípios de: Belmonte Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália, Itabela, Mascote, Itagimirim , Guaratinga e Eunápolis. Data: de 11/06/2012 A15/06/2012 AUDITORIA DE AMPLIAÇÃO DE ESCOPO DE CERTIFICAÇÃO Programa de Produtor Florestal (PPF) Grupo 3 ANTONIO DE OLIVEIRA Auditor Líder Bureau Veritas Certification Praça Pio X, 17 8 o andar RIO DE JANEIRO/RJ BRASIL

MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

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Page 1: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

RELATÓRIO DE AUDITORIA

MANEJO FLORESTAL – PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

INDICADORES PARA PLANTAÇÕES FLORESTAIS.

PADRÃO NORMATIVO: NBR 14.789: 2007 - CERFLOR

EMPRESA AUDITADA: ASPEX- Associação dos Produtores de Eucalipto do

Extremo Sul da Bahia

ESCOPO DE CERTIFICAÇÃO:

“Manejo de Florestas plantadas nos municípios de: Belmonte Porto Seguro,

Santa Cruz de Cabrália, Itabela, Mascote, Itagimirim , Guaratinga e Eunápolis”.

Data: de 11/06/2012 A15/06/2012

AUDITORIA DE AMPLIAÇÃO DE ESCOPO DE CERTIFICAÇÃO

Programa de Produtor Florestal (PPF) Grupo 3

ANTONIO DE OLIVEIRA

Auditor Líder

Bureau Veritas Certification

Praça Pio X, 17 – 8o andar

RIO DE JANEIRO/RJ – BRASIL

Page 2: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

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SUMÁRIO

1 INFORMAÇÕES GERAIS ............................................................................................................... 8

1.1 Histórico da organização ..................................................................................................... 8

1.2 Contatos na Organização para o processo de Certificação ............................................... 11

1.4 Localização e Distribuição de Terras de Florestas Plantadas ............................................ 12

1.5 Distribuição de Florestas Plantadas e Áreas Naturais ....................................................... 13

2. Manejo Florestal ..................................................................................................................... 13

2.1 Características Regionais................................................................................................... 17

2.1.1. Biomas e Ecossistemas presentes ............................................................................. 17

2.1.2 Geologia e Solo ........................................................................................................... 20

2.1.3 Clima ........................................................................................................................... 21

2.1.4 Recursos Hídricos Disponíveis .................................................................................... 21

2.1.5 Unidades de Conservação e Locais de Interesse Comunitário................................... 22

2.1.6 Perfil e Condições Sócio-econômicas das Áreas adjacentes ...................................... 22

2.1.7 Construção e Manutenção de Estradas ..................................................................... 22

2.1.8 Identificação de Vestígios Arqueológicos e Paleontológicos ..................................... 23

3-PROCESSO DE AVALIAÇÃO ....................................................................................................... 24

3.1 Norma ou Padrão Normativo utilizado para avaliação ..................................................... 24

3.2. Identificação do OCF – Organismo de Certificação .......................................................... 26

3.3. Responsável pelo OCF ...................................................................................................... 27

3.4. Descrição do Processo de Auditoria ................................................................................. 27

3.4.1 Definição da Equipe de Auditoria ............................................................................... 28

3.4.2. Planejamento de Reuniões Públicas ......................................................................... 29

3.4.3 Planejamento e Realização da Auditoria.................................................................... 30

3.5 Relatório Detalhado .......................................................................................................... 32

Page 3: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

3

3.5.1. Resultado da Avaliação dos Princípios e Critérios Cerflor – Manejo Florestal ......... 54

3.5.2. Relatório Detalhado – Evidências da Equipe de Auditoria ........................................ 58

3.5.3. Lista de pessoal auditado durante toda a auditoria: ................................................ 94

3.6 Não Conformidades Registradas ....................................................................................... 94

3.7. Oportunidades de Melhoria e Observações Registradas ................................................. 95

4. Consulta aos órgãos públicos .................................................................................................. 95

4.1 Reuniões Públicas .............................................................................................................. 95

4.1.1 Planejamento, Objetivo e Realização de Reuniões Públicas ...................................... 96

4.1.2 Entidades e pessoas contatadas ................................................................................ 98

4.1.3 Relação dos Participantes nas Reuniões Públicas ...................................................... 98

4.1.4 Respostas aos Questionamentos de Partes Interessadas por parte da Empresa e

parecer Bureau Veritas Certification. .................................................................................. 98

5. CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 101

6. CONCLUSÃO FINAL ................................................................................................................ 103

7. ANEXOS ................................................................................................................................. 104

7.1. ANEXO I: Carta Convite de Reunião Pública e Questionário enviado às partes

interessadas .......................................................................................................................... 104

7.2. ANEXO II: Pareceres de revisores técnicos ..................................................................... 104

7.3-OUTROS ANEXO .............................................................................................................. 104

Page 4: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

4

RESUMO

O Bureau Veritas Certification (BVC) é um organismo de certificação

reconhecido pelo INMETRO, que atua como organismo acreditador e é

atualmente responsável por executar os procedimentos de auditorias anuais

pelos próximos 05 anos na empresa ASPEX- Associação dos Produtores de

Eucalipto no Extremo Sul da Bahia. Essas auditorias são feitas para avaliar

as atividades relacionadas ao à gestão florestal de acordo com os

Princípios e Critérios do CERFLOR, NBR 14.789/2007.

A empresa ASPEX - Associação dos Produtores de Eucalipto no

Extremo Sul da Bahia,congrega todos produtores vinculados ao Programa

Florestal da VERACEL.Este programa está baseado na prática de plantio

de florestas em parceria com a VERACEL, para suprimento de parte da

demanda de sua fábrica, o que representa uma nova oportunidade de

agronegócio na região. Numa primeira etapa de certificação houve a

certificação do grupo 1 composto pelos produtores Antonio José Elias e

esposa, Iêdo J. Menezes e Elias J. Elias, José Nivaldo Pianizoli e esposa,

Carlos Alberto Mantovani e esposa, Antônio Gimenez dos Santos,Carlos

Renato Pinto Viana, Almir Santos Gigante,Rubens Jacinto Baioco/Israel

Eduardo Baioco, Armando Rodrigues Gomes, Celcemy Manoel Andrade e

esposa, A ldir Maria Grillo Bortot,Arlindo Tedesco e esposa,Gilberto Lopes

de Jesus e Maria Madalena Araújo de Jesus,Ronaldo Athayde da Cunha

Peixoto e esposa, Alzimery Lima Vieira Cruz e Arlindo Tedesco e esposa.

Numa segunda etapa,optou-se por certificar o grupo composto por 11

produtores florestais, abaixo nominados, para os quais o processo ainda se

encontra em andamento, esperando a análise e o parecer do grupo de

análise de certificação do Bureau Veritas Certification.

O grupo 2 compõe-se dos seguintes produtores:Arlindo Tedesco e

esposa, Tarsila B. Sartório, Ronaldo Peixoto e outros,Vera Ivone, João

Page 5: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

5

Batista Almeida, Diego Pires Brito e outra, Laurito Rigoni, Arquilino Canal,

Regina Tavares Picoli e João Hornóbio Campo Dall’forto.

Por meio deste Programa Produtor Florestal, a VERACEL fornece, como

incentivo, mudas, formicidas, fertilizantes e assistência técnica ao

empreendimento. E quando necessário para o custeio das florestas, a

empresa realiza um adiantamento financeiro, o qual é atualizado ao fim do

contrato de compra e venda da madeira.

Na segunda etapa de certificação houve uma ampliação de escopo

abrangendo mais 11 Produtores Florestais, somando-se 3075,00 há aos

2651,41 ha de efetivo plantio já anteriormente certificados na primeira

certificação. Para esta etapa de ampliação de escopo (grupo 3) , somamos

mais 2.049,90 ha,abrangendo o escopo da Certificação atualmente

7.776,31 ha, em 41 Unidades de Manejo Florestal pertencentes a 39

produtores.

Page 6: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

Produtores Florestais Integrados - G3

GRUPO Nº PPF Nome do Produtor Nome da(s) Fazenda(s)

Município Efetivo Plantio

(ha)

Reserva legal (ha)

Preservação Permanente (ha)

Infra-Estrutura

(ha)

Outros Usos (ha)

Total do Imóvel (ha)

3 003 Instituto Educacional de Porto

Seguro (Uldurico Pinto) Harmonia Belmonte 306,13 139,61 54,13 26,69 156,55 683,10

3 006 José Nivaldo Pianizoli e esposa Curubá I Porto Seguro 21,46 10,74 6,56 1,00 2,43 42,19

3 009 Edmar Gilberto Lembrance e

Antônio Vítor Lembrance Santa Fé Eunápolis 31,48 12,23 8,63 3,18 3,82 59,34

3 033 João Batista Almeida Esperança Eunápolis 195,27 82,46 30,33 12,01 43,05 363,13

3**** 038 José Geraldo Bortot Cruzeiro do Sul Belmonte 273,92 88,93 54,95 24,10 2,53 444,43

3 040 Giovani Lazzarini Grippa Monte Pascoal Itabela 163,96 60,63 33,76 12,66 32,08 303,10

3 041 Melfi Patrimonial Ltda Nossa Senhora

das Graças Belmonte 46,77 29,24 14,71 5,28 14,02 110,01

3 042 Delcina Pereira Santos Preciosa Itabela 19,36 31,35 28,67 2,49 60,84 142,71

3 045/104 Angelo Gabriel Speradio Conj. São José Itabela 78,06 40,81 26,16 7,43 28,22 180,67

3 048 Laert Grassi (Ruberci Casagrande e outros)

Nordestina / Montes Claros

Porto Seguro 201,58 101,85 68,63 25,03 95,64 492,73

3 049 Meta Agropecuária Ltda Boa Sorte Belmonte 304,87 129,30 38,44 17,86 154,38 644,84

3 068 Aldo Ronconi Campo das

Ovelhas Belmonte 52,23 32,21 19,67 6,29 50,53 160,93

total 1.695,69 775,36 384,64 144,02 644,09 3.627,18

3**** reserva legal de 16,00 ha compensada

Page 7: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

As auditorias feitas pelos auditores do Bureau Veritas certification

durante os dias 11 a 15 de junho de 2012, basearam-se na adaptação do

Padrão Normativo NBR 14.789:2007 – Manejo Florestal –Princípios,

critérios e indicadores para plantações florestais, conhecido como

CERFLOR, elaborado pela ABNT - Associação Brasileira de Normas

Técnicas.

A equipe de auditoria avaliou todos os requisitos do padrão e constatou

que a empresa ASPEX – Associação dos Produtores de Eucalipto do

Extremo Sul da Bahia atende às exigências em suas unidades de gestão.

Apesar de 4 (quatro) observações levantadas, o sistema de gestão está

implementado de forma adequada nas áreas cobertas pelo escopo do

certificado. Assim a ASPEX –Associação dos Produtores de Eucaliptos do

Extremo Sul da Bahia, está dispensada de até o final da primeira etapa de

auditoria para apresentar as ações corretivas.

Este relatório apresenta as observações dos auditores coletadas durante

as avaliações de campo, bem como os resultados da consulta pública.

Page 8: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

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1 INFORMAÇÕES GERAIS

1.1 Histórico da organização

Associação dos Produtores de Eucalipto do Extremo Sul da Bahia -

ASPEX

Tendo em vista o aumento da atividade de produção de florestas

plantadas de eucalipto na região do extremo sul da Bahia, os produtores

florestais da região, perceberam a necessidade de se organizar em grupo, de

modo a compartilhar conhecimento, melhores práticas para a atividade, além

de fortalecer o mercado madeireiro da região.

Dentro deste contexto surge a ASPEX - Associação dos Produtores de

Eucalipto do Extremo Sul da Bahia - fundada em 26/08/2006, com sede no

município de Eunápolis /BA. Atualmente a associação reúne 50 associados,

todos os produtores de eucalipto da região, sendo estes plantios particulares

ou vinculados a indústrias.

Como missão, a Associação busca atuar no agronegócio do Extremo Sul

da Bahia, pautados no profissionalismo e embasados no tripé da

sustentabilidade. Portanto, os produtores associados praticam a atividade rural

por meio de processos socialmente justos, ambientalmente adequados e

economicamente viáveis, posto que compete à ASPEX atender aos interesses

econômicos de seus associados.

Sobre a estrutura da associação, temos que a ASPEX conta com uma

diretoria composta por seis membros (presidente, vice-presidente, dois

secretários e dois tesoureiros) e um conselho deliberativo composto por 07

(sete) membros.

Segue abaixo a atual composição da diretoria e conselho deliberativo

Page 9: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

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DIRETORIA BIÊNIO 2012-2014

CARGO NOME

Presidente Gleyson Araújo de Jesus

Vice-Presidente Albert Franco Sartório

1° Secretário Paulo Koji Eizuka

2° Secretário Erton Sesquin Sanches

1° Tesoureiro Érico Bittencourt Shigeto

2° Tesoureiro José Nivaldo Pianizoli

CONSELHO DELIBERATIVO

PERIODO CONSELHO NOME

6 ANOS

1° Posição Armando Rodrigues Gomes

2° Posição Antônio Costa Cruz

3° Posição Celsemy Manoel Andrade

3 ANOS

4° Posição Flamarion Souza Matos

5° Posição Ademir Milanezi

6° Posição Jair Passamani

7° Posição Robson de Andrade Costa

Com esta base e com as experiências absorvidas por seus associados a

Associação percebeu a necessidade de adotar alguns valores para melhoria da

atividade individual. Assim surgiram os compromissos da ASPEX, os quais

pautam a atuação de seus associados:

Crença no associativismo

Contribuição ao desenvolvimento sustentável regional

Valorização da atividade rural

Desenvolvimento das pessoas

Competitividade e produtividade das propriedades rurais

Responsabilidade socioambiental

Respeito às instituições

Page 10: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

10

Para assegurar a incorporação destes valores, a ASPEX desenvolve ações

para que todos os seus associados incorporem princípios e critérios de

certificações florestais. Neste sentido, no ano de 2010 a ASPEX iniciou um

processo de adequação e aprimoramento das técnicas de manejo florestal

aplicadas por seus associados, o que resultou na formação do 1º grupo de

produtores que voluntariamente se submeteram a um processo de auditoria

para certificação florestal, o que ocorreu no ano de 2011.

Este grupo de 16 produtores florestais foi denominado Grupo de Produtores

Florestais Integrados- G1, que recebeu auditorias de certificação nos meses de

setembro e outubro, culminando na obtenção dos certificados FSC® e

CERFLOR emitidos em dezembro/2011.

Cominado ao processo de aprimoramento das técnicas de seus associados,

a ASPEX também se percebe um integrante das comunidades em que atua,

portanto, de acordo com os padrões de Responsabilidade Social, a associação

vem realizando ações sociais de cunho educacional, capacitação profissional e

de saúde, buscando contribuir com a região em que opera. Além disso, a

ASPEX busca interagir com as demais organizações do setor, fazendo parte,

inclusive, da câmara setorial florestal, fórum florestal da Bahia, entre outros.

Tendo sido esta uma experiência de diversos ganhos e aprendizados para

associação e seus associados, a ASPEX tem por objetivo garantir a

certificação da totalidade dos produtores florestais associados, mantendo

assim o seu objetivo de aplicar as melhoras práticas de manejo florestal em

suas áreas, reafirmando o fato de que a ASPEX, prioriza o conceito de

sustentabilidade não de forma isolada, mas em conjunto com a importância do

Associativismo e valorização da atividade rural.

Page 11: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

11

1.2 Contatos na Organização para o processo de Certificação

Luiz Tápia – Coordenador de Sistema de Gestão Florestal

E-mail:[email protected]

Rua Floriano Peixoto 266-

Município :Eunápolis BA

Fone: + 55 73 3166-808

Page 12: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

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1.4 Localização e Distribuição de Terras de Florestas Plantadas

Page 13: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

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1.5 Distribuição de Florestas Plantadas e Áreas Naturais

Área total auditada no grupo 3 é de: 3.627,18 ha, que somados aos grupos

anteriores, (Grupo 2 = 6.552 há e Grupo 1 = 5.838,94 há ) que atualmente

totalizariam uma área auditada de 16.618,12 ha

Áreas de Manejo Florestal: grupo 3 =1.695,69 há , que somados aos grupos

anteriores,( Grupo 2=3.075,00 há e Grupo 1=2.651,41 há) que atualmente

totalizariam uma área total de manejo florestal de 7.422,10 há de efetivo plantio

Descrição do total das áreas do grupo 3

Área de efetivo plantio: 1.695,69 há

Áreas de reserva legal : 775,36 há

Áreas de preservação permanente: 384,64 há

Áreas com infraestrutura : 144,02 há

Áreas com outros usos : 644,09 há

Área total auditada : 3.627,18 há

2. Manejo Florestal

Descrição das Áreas Manejadas e seus Processos

Os plantios de eucalipto dos Produtores Florestais estão localizados

num polígono de aproximadamente dois milhões de hectares entre os paralelos

15° 20´ S e 17° 20´ S e os meridianos 39◦ 00´ W e 40° 00° W. As propriedades

estão inseridas em 06(seis) municípios do Estado da Bahia e a distância média

da Fábrica da VERACEL é de 50 Km.

As propriedades auditadas no grupo 3, possuem as seguintes

coordenadas

Page 14: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

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Produtores Florestais Integrados - G3

Coodenadas UTM

Nº PPF Nome do Produtor Nome da(s) Fazenda(s) Município Coordenadas UTM Leste

Coordenadas UTM Norte

003 Instituto Educacional de Porto Seguro (Uldurico

Pinto) Harmonia Belmonte 487622,92 8230101,48

006 José Nivaldo Pianizoli e

esposa Curubá I Porto Seguro 476268,39 8151440,64

009 Edmar Gilberto Lembrance e Antônio Vítor Lembrance

Santa Fé Eunápolis 440621,92 8188651,13

033 João Batista Almeida Esperança Eunápolis 449618,22 8203523,09

038 José Geraldo Bortot Cruzeiro do Sul Belmonte 460411,59 8232071,74

040 Giovani Lazzarini Grippa Monte Pascoal Itabela 450072,93 8150300,45

041 Melfi Patrimonial Ltda Nossa Senhora das

Graças Belmonte 471439,08 8245764,37

042 Delcina Pereira Santos Preciosa Itabela 436342,29 8176724,48

045/104 Angelo Gabriel Speradio Conj. São José Itabela 450340,38 8162415,60

048 Laert Grassi (Ruberci Casagrande e outros)

Nordestina / Montes Claros

Porto Seguro 455660,27 8161664,24

049 Meta Agropecuária Ltda Boa Sorte Belmonte 469884,93 8238162,26

068 Aldo Ronconi Campo das Ovelhas Belmonte 467234,90 8230365,36

Os plantios da floresta de eucaliptos dos produtores florestais são

originários de clones fornecidos pela VERACEL, obtidos do cruzamento de

Eucaliptus grandis com Eucaliptus urophyla, recebendo a denominação de

urograndis.

A técnica utilizada para a implantação de eucalipto é a de cultivo

mínimo, isto minimiza a interferência na estrutura do solo, somente removendo

a estrutura na linha de plantio.

Sistematicamente em cada plantio realiza-se uma análise de solo,

visando recompor /adicionar os nutrientes apontados como necessários ou

faltantes para o cultivo de eucalipto.

Page 15: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

15

Após o plantio, são iniciadas as atividades de manutenção do primeiro

ano, incluindo a manutenção de combate a formiga e capinas tanto na linha

como na área, (entrelinha) e adubação de cobertura (que normalmente ocorre

aos seis meses após o plantio).

Após o primeiro ano temos o período de manutenção da floresta, que

acompanha o tempo de desenvolvimento da floresta até o final do ciclo, quando

ocorre a colheita.

Neste período ocorre o repasse/combate as formigas cortadeiras,

manutenção dos aceiros/estradas, sendo que operações são geridas pela

empresa VERACEL e executadas por seus prestadores de serviços, sendo

empresas qualificadas e constantes do seu cadastro, a quem também prestam

serviços.

O período médio e desejável da rotação/ciclo das florestas é o período

de sete anos, mas dependendo das necessidades ao manejo florestal do

consumidor ( neste caso a VERACEL), este período pode oscilar entre seis e

nove anos.

Executada a colheita deste primeiro ciclo, estas plantações podem ser

manejadas através de regime de talhadia (conduzindo-se a brotação) ou a

simples reforma, baseando-se nos dados resultantes da avaliação do inventário

pré-corte e outras informações relevantes, constantes do plano de manejo

florestal.

Este plano de manejo florestal apóia-se no inventário florestal contínuo

realizado em cada produtor florestal, que tem por objetivo construir modelos

matemáticos capazes de estimar o volume de madeira para o futuro.

A produtividade média dos plantios dos Produtores Florestais, tido como

amostragem do PPF 009 é de 42,87 m³/há/ano (sem casca) perfazendo o

volume de 329,60 m³sc/ha aos 7,7 anos de idade e no caso do PPF 042 é de

42,43 m³sc /ha/ano , com um volume de 326,70 m³sc /ha, aos sete anos e sete

meses de idade.

Page 16: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

16

O manejo contempla o desenvolvimento das atividades operacionais de

produção de mudas, reflorestamento e colheita florestal, bem como as

atividades florestais de suporte como inventário e planejamento florestal,

Geoprocessamento, pesquisa e desenvolvimento florestal (melhoramento

florestal, solos e manejo, biotecnologia, proteção florestal e meio ambiente)

O PTEAS- Projeto Técnico, Econômico, Ambiental e Social: é o

procedimento aplicável ao Produtor Florestal, que estabelece e ordena as

operações para cada talhão, indicando o manejo da floresta para cada Produtor

Florestal, estimativas de produtividade e rendimentos operacionais, bem como

levantamento dos impactos a ações mitigadoras para as questões sociais e

ambientais, como também orientar as operações florestais.

A prevenção e combate a incêndios florestais se vale da estrutura de

torres e organizacional da VERACEL.

A sistemática de combate a pragas e doenças nas florestas dos

Produtores Florestais é realizada através dos procedimentos de combate

integrado de pragas e doenças da VERACEL.

Situação Fundiária

Os Produtores Florestais da ASPEX possuem, para todas as suas

propriedades, matrículas imobiliárias devidamente registradas nos cartórios de

registros de imóveis dos municípios em que possui suas terras.

As áreas manejadas pela ASPEX , neste grupo objeto de ampliação de

escopo , denominado de grupo 3 compõem se de 12 Produtores Florestais

As averbações das reservas legais estão sendo tratada de acordo com a

legislação pertinente, obedecendo às premissas do órgão competente.

Page 17: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

17

2.1 Características Regionais

O descobrimento do Brasil, no século XVI, aconteceu no sul da Bahia.

A colonização começou com a instalação de entrepostos comerciais, no litoral,

por onde eram embarcados os produtos originados da floresta, entre eles, o

pau-brasil.

Em contrapartida, os navios aportavam descarregando mudas de cana

de açúcar, contrabalançando a exportação de madeiras nobres, em troca do

algodão, do cacau e do café.

No século XIX, houve a consolidação da cultura do cacau, mas no

século XX, começou o declínio da atividade, em função da baixa produtividade

e violenta onda de pragas e doenças.

No século passado, com a demanda da utilização de maneira predatória

das madeiras nobres da Mata Atlântica, fez com que este bioma sofresse uma

violenta degradação, praticamente exaurindo os remanescentes da Mata

Atlântica, cujo pico se deu entre 1960 e 1970.

Sem alternativa de renda na região, iniciou-se uma pecuária extensiva e

de maneira predatória e os poucos remanescentes de Mata Atlântica foram

substituídos, por imensos campos com pastagens nativas de baixa

rentabilidade, fazendas com queimas sistemáticas para renovação das

pastagens.

2.1.1. Biomas e Ecossistemas presentes

As unidades de manejo florestal da ASPEX localizam-se em zona de

domínio da Mata Atlântica (Floresta Ombrófila Densa) ou transição dos biomas

brasileiros, cerrado e mata atlântica, segundo o mapa da vegetação brasileira

do IBGE.

A região possui várias unidades de conservação destacando-se o

Parque Nacional de Monte Pascoal, a Estação Ecológica do Pau Brasil, o

Page 18: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

18

Parque Nacional do Pau Brasil e Parque Nacional do Descobrimento na esfera

do poder pública.

No tocante a reservas particulares destaca-se Reserva Particular do

Patrimônio Natural RPPN –Estação Veracel.

Caracterização da Vegetação

A Estação Veracel é um dos remanescentes mais bem conservados e

que expressa à diversidade da flora existente na região, onde foram realizados

levantamentos para caracterização de espécies existentes em sua área de

influência. Nesta Estação ocorrem várias espécies raras e ameaçadas de

extinção, como o pau Brasil (Caesalpinia echinata), o jacarandá da Bahia

(Dalbergia nigra) e a maçaranduba (Manikara subcericea), além de uma grande

variedade de orquídeas e filodendros., palmeiras e bromélias

De acordo com a predominância de características do ambiente físico,

ocorre a distinção dos ecossistemas associados a estes biomas, a exemplo

das matas ciliares e florestas riparias. A disposição dos fragmentos florestais

existentes nas unidades de manejo florestal ocorre nos mapas localizados na

intranet. Neles estão dispostas as áreas de preservação permanente e reserva

legal da empresa.

Caracterização da Fauna:

Considerando a alta diversidade da fauna característica da área do

Corredor Central da Mata Atlântica, a Estação Veracel tem demonstrado em

seus levantamentos faunísticos grande representatividade e riqueza de

espécies. São cerca de 350 espécies de vertebrados já catalogados de

interesse para a conservação, sejam elas espécies raras, ameaçadas,

endêmicas ou até mesmo novas espécies.

Aves:

A área de influência dos Produtores Florestais apresenta uma grande

diversidade de aves, predominando as espécies típicas de ambientes florestais,

Page 19: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

19

como a araponga (Procnias nudicolis), o papagaio-chauá (Amazona

rhodocorytha), o gavião-sovi (Ictinea plumbea) entre outras.

Ocorrem espécies de aves que se fixam somente nas mussunungas,

como o caso da patativa (Sporophila leucoptera) e da tesourinha-do-campo

(Tyrannus savana). Outras espécies como o dançador-de-cabeça-encarnada

(Pripa rubrocapila), dançador-de-cabeça-branca (Pipra pipra) e o tangará-

rajado (Machaeropterus regulus), preferem exclusivamente a vegetação mais

úmida das galerias.

Existem ainda espécies restritas aos brejos, como a andorinha-do-rio

(Tachycineta albiventris) e a saracura-lisa (Amaurolimnas concolor). Merece

destaque a ocorrência de espécies raras como o anambé-azul (Cotinga

maculata), o escarro (Xipholena atropurpurea) e o beija-florcanela (Ramphodon

dohrnii).

Mamíferos:

A maioria dos mamíferos que ocorre na Estação Veracel é comum a

outros ecossistemas do país. Merecem destaque quatro espécies endêmicas

da Floresta Atlântica: o macaco-prego (Cebus robustus), a preguiça comum

(Bradypus variegatus), o sagui-da-carabranca (Callithrix geoffroyi) e o ouriço-

preto (Chaetomys subspinosus). As espécies mais ameaçadas pela caça são

os herbívoros de maior porte, como a anta (Tapirus terrestris), a paca (Agouti

paca) e o veado-mateiro (Mazama americana).

Répteis e Anfíbios:

A Estação Veracel, devido à variedade de tipologias vegetais e sua

extensa rede hidrográfica, apresenta a maior diversidade de répteis conhecida

para a Floresta Atlântica. Das 50 espécies de lagartos registradas, pelo menos

16 delas (32%) ocorrem na Estação Veracel. Além destas, há duas espécies de

quelônios e 35 de serpentes.

Page 20: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

20

Ameaças à Biodiversidade:

O fogo e o desmatamento ilegal de floresta nativa são os principais

fatores associados à destruição dos habitats. Além disso, a caça e o comércio

de animais silvestres para abastecer o mercado interno e externo e o furto de

madeiras e plantas ornamentais são fatores de risco para a preservação da rica

biodiversidade da Floresta Atlântica.

2.1.2 Geologia e Solo

Geologia:

Quanto aos aspectos estratigráficos, a área dos Produtores Florestais

possui limites ao norte com as litologias integrantes do Grupo Rio Pardo e do

Cinturão Itabuna.

O oeste e ao sul ocorrem o domínio do Cinturão Itabuna e das micas-

xisto da região de Itagimirim. O leste é limitado pelas seqüências que compõem

o Grupo Barreiras e os sedimentos fluvio-marinhos da área litorânea.

O Grupo Barreiras é a unidade litológica de maior expressão aflorante na

área estudada. É encontrado desde a região de Itapebi, Eunápolis e

Guaratinga próximo à extremidade oeste, até a faixa litorânea na extremidade

leste, mostrando largura máxima de exposição da ordem de 80 km e média de

40 km.

Apresenta um relevo de tabuleiros de topo plano e/ou abaulado,

localmente dissecado pelas bacias hidrográficas principais em diferentes graus

de densidade e aprofundamento. Suas altitudes alcançam valores de 100 m e

decrescem suavemente em direção ao litoral, onde formam falésias e

paleofalésias.

Solo:

Predominam nas áreas viáveis para reflorestamento solos da classe

Argissolos Amarelos, apresentando horizonte B textural, com muitas

derivações nas classes texturais, desde arenosos a muito argilosos, com

ocorrência freqüente de camada adensada em subsuperfície com alto grau de

Page 21: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

21

coesão. São, na maior parte das vezes, altamente susceptíveis à compactação,

se manejados de forma intensiva e sob condições de elevada umidade. É típica

da região a existência pontual de espodosolos (as chamadas mussunungas)

que supõe impedimento para o plantio de eucaliptos, podendo ser utilizados em

outras culturas.

2.1.3 Clima

A precipitação média anual na região é de 1.200 mm, com extremos de

1.600 mm junto ao litoral e de 900 mm no setor noroeste da área licenciada. A

distribuição das chuvas é favorável à cultura de eucalipto em grande parte da

área, praticamente sem meses secos ou déficit hídrico, exceto na região

noroeste.

A temperatura média é de 24ºC, com pequena amplitude. A

luminosidade (brilho solar) possui variações de 5 a 8 horas diárias. Segundo

Köppen, o clima da região é classificado em dois tipos:

- Af: chuvoso, quente e úmido, característico do litoral, envolvendo uma faixa

de aproximadamente 50 km de largura, com precipitações elevadas, variáveis

entre 900 a 2.000mm anuais e temperatura média de 23,8ºC; e

- Am: formando uma estreita faixa paralela à anterior, também quente e úmido,

mas com precipitações inferiores ao Af, porém compensadas pela elevada

média anual.

2.1.4 Recursos Hídricos Disponíveis

Em sua maioria os rios da região têm direção geral de oeste para leste,

desaguando no Oceano Atlântico. As bacias presentes na região de influência

dos produtores florestais do grupo 3 da ASPEX são as dos rios: Barra,

Buranhém, Caraíva, Frades, Jequitinhonha, João de Tiba, Jurema, Pardo,

Salsa, Santo Antônio, Setiquara, Sucuriúba e Trancoso.

Page 22: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

22

2.1.5 Unidades de Conservação e Locais de Interesse Comunitário

A região conta com várias unidades de conservação, como o Parque

Nacional de Monte Pascoal, a Estação Ecológica do Pau Brasil, o Parque

Nacional do Pau Brasil, localizado em Porto Seguro, com 9,2 mil hectares, e o

Parque Nacional do Descobrimento, em Prado, com 21 mil hectares e a

Reserva Particular do Patrimônio Natural Estação Veracel, com 6.069 há.

2.1.6 Perfil e Condições Sócio-econômicas das Áreas adjacentes

A região onde estão inseridos os Produtores Florestais do Grupo 3 da

ASPEX está próxima à Costa do Descobrimento e tem forte potencial turístico

pela diversidade de suas praias, dunas e falésias. Entretanto, as principais

atividades econômicas da região, em termos de ocupação de área, são a

pecuária e o plantio de cacau. Devido às características da região e às técnicas

empregadas, essas atividades têm um baixo rendimento por hectare e baixa

capacidade de geração de emprego. A população residente na região de

entorno dos Produtores Florestais do grupo 3 da ASPEX, na sua maioria, está

lotada em áreas urbanas. O nível de renda per capita é inferior à média do sul

da Bahia e a estrutura de serviços de saneamento e saúde não é suficiente

para atender toda demanda.

Atualmente, a pecuária extensiva é a principal atividade em termos de

ocupação de área (75%). Contudo, devido às características da região e das

técnicas empregadas, tem um baixo rendimento por hectare e baixa taxa de

emprego.

2.1.7 Construção e Manutenção de Estradas

Com base na seqüência de corte estabelecida em conjunto, entre a

gerência da área florestal da VERACEL e os produtores florestais, são

definidos os investimentos em obras de arte e estradas necessárias para

viabilizar as operações de colheita e o escoamento da madeira para a fábrica.

Na abertura de novas estradas e na melhoria das estradas já existentes, são

Page 23: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

23

utilizados cuidados construtivos para minimizar a erosão dos solos,

destacando-se:

- com base em estudos hidrológicos, topográficos e geotécnicos, especificam-

se os padrões construtivos para a conformação dos taludes, construção de

bueiros e de outras obras para drenagem, execução de terraplenagem e

pavimentação e ainda o revestimento dos taludes através de hidrossemeadura;

- elaboração de projeto construtivo para travessias de vales, definindo o

traçado, volume de movimentação de material e dimensionamento de obras de

arte (bueiros ou pontes); e

- impedimento de tráfego de máquinas e equipamentos ou da disposição de

resíduos de obras ou de manutenção mecânica de máquinas em áreas com

remanescentes de Mata Atlântica.

Quando da necessidade de intervenção nas áreas de preservação

permanente, são firmados termos de compromisso com o órgão ambiental,

visando a restauração ecológica destas áreas.

Quando da necessidade de consumo de água para as atividades

operacionais, protocola-se um processo no órgão ambiental competente,

objetivando a obtenção da outorga de uso dos recursos hídricos ou dispensa

da mesma.

Os aspectos e impactos ambientais das atividades florestais sobre os

recursos hídricos são identificados pela empresa, havendo a implementação de

controles operacionais, monitoramentos e controle de registros, afim de garantir

a eficácia da gestão dos recursos hídricos.

2.1.8 Identificação de Vestígios Arqueológicos e Paleontológicos

A ASPEX utiliza-se da base cartográficas e a existência dos

procedimentos da VERACEL para a identificação e registro, porém não foram

identificadas áreas com estas características nos hortos e fazendas.

Page 24: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

24

3-PROCESSO DE AVALIAÇÃO

3.1 Norma ou Padrão Normativo utilizado para avaliação

O processo de avaliação foi efetuado com base no Escopo de

Certificação descrito acima, conforme o Padrão Normativo NBR 14.789:2007 –

Manejo Florestal – Princípios, critérios e indicadores para plantações

florestais conhecido como CERFLOR, elaborado pela ABNT - Associação

Brasileira de Normas Técnicas.

A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é uma entidade

não-governamental, sem fins lucrativos, reconhecida pelo Conmetro como

Fórum Nacional de Normalização. A ABNT é o organismo responsável pelo

processo de elaboração e revisão das normas do Programa Cerflor.

As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos

Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial

(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por

representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores,

consumidores e partes interessadas (universidades, laboratórios, organizações

não governamentais e outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no

âmbito dos ABNT/CB e ABNT/NOS, circulam para Consulta Pública entre os

associados da ABNT e demais interessados.

A Norma NBR 14.789:2007 foi elaborada pela Comissão de Estudo

Especial Temporária (CEET) de Manejo Florestal, formada por especialistas

brasileiros representantes dos setores envolvidos. A revisão de 2007 da norma

circulou em consulta nacional conforme Edital Nº 08, de 21/07/2007 a

20/08/2008 com o número do projeto ABNT NBR 14789. Esta segunda edição

cancela e substitui a edição anterior de 2001.

O Padrão Normativo aqui utilizado faz parte do Sistema Brasileiro de

Certificação, em que o INMETRO estabelece as regras para o processo de

Certificação.

Page 25: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

25

Em 19 de outubro de 2005 o CERFLOR passou a ser reconhecido pelo

Programme for the Endorsement of Forest Certification (PEFC). O PEFC é um

conselho sem fins lucrativos, que atua de forma independente, tendo sido

fundado em 1999 com o objetivo de promover o manejo florestal sustentável

em todo o mundo.

Atualmente conta com 25 sistemas de certificação florestal reconhecidos

que passaram por avaliações técnicas. No Brasil o reconhecimento se deu por

intermédio do INMETRO, que atua como organismo acreditador, estabelecendo

regras específicas para o sistema de certificação do CERFLOR. Maiores

informações podem ser obtidas pelo website www.pefc.org.

O CERFLOR contempla um conjunto de princípios, critérios e

indicadores, incluindo requisitos ambientais e sociais, a serem atendidos pela

organização auditada. No processo de avaliação todos os requisitos normativos

são verificados nas unidades de manejo, objeto da certificação.

São ao todo 05 (cinco) Princípios, relacionados às atividades de manejo

florestal, como indicado a seguir:

Princípio 1: Cumprimento da Legislação;

Princípio 2: Racionalidade no uso dos recursos florestais a curto, médio e

longo prazos, em busca da sua sustentabilidade;

Princípio 3: Zelo pela diversidade biológica;

Princípio 4: Respeito às águas, ao solo e ao ar;

Princípio 5: Desenvolvimento ambiental, econômico e social das regiões em

que se insere a atividade florestal.

Os princípios estabelecidos nesta norma constituem a referência para o

manejo florestal.

De acordo com o estabelecido no próprio padrão normativo NBR

14789:07, destacamos que:

Page 26: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

26

“Os princípios são desdobrados em critérios, que são a expressão dos

requisitos que descrevem os estados ou dinâmicos de um ecossistema florestal

e do sistema social a ele associado”.

“A verificação do cumprimento de cada critério é estabelecida mediante

a avaliação do atendimento de um conjunto de indicadores específicos, que

podem ser quantitativos ou qualitativos”.

“Dependendo da localização e da finalidade da unidade de manejo

florestal, nem todos os indicadores serão aplicáveis. Contudo será sempre

necessário avaliar todos aqueles pertinentes à situação local”.

3.2. Identificação do OCF – Organismo de Certificação

O BUREAU VERITAS CERTIFICATION (BVC) está credenciado pelo

INMETRO para realização de certificações de manejo de florestas plantadas

com base na norma NBR 14789:2007, podendo emitir certificados com a

logomarca deste organismo credenciador.

O objetivo do BVC é realizar serviços de certificação com alta

credibilidade, sendo este o motivo pelo qual optou em realizar tais certificações

de acordo com os requisitos do Sistema Brasileiro de Certificação

Dados para Contato

Escritório São Paulo:

BUREAU VERITAS CERTIFICATION (BVC)

Sr. José Antônio Ferreira da Cunha: Certification Technical Manager

Av. do Café 277 – Torre B – 5o andar

04311-000 SÃO PAULO/SP

Fone: (0**11) 5070-9800 Fax: (0**11) 5070-9000

E-mail: [email protected]

Page 27: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

27

3.3. Responsável pelo OCF

BUREAU VERITAS CERTIFICATION (BVC)

Sr Luiz Roberto Duarte Pinho (Diretor de Certificação)

Av. do Café 277 – Torre B – 5o andar

04311-000 SÃO PAULO/SP

Fone: (0**11) 5070-9800

Fax: (0**11) 5070-9000

E-mail: [email protected]

3.4. Descrição do Processo de Auditoria

Trata-se de uma auditoria de ampliação para certificação de um grupo

de 12(doze) produtores florestais nominados no resumo deste relatório

Durante esta auditoria foram realizadas duas reuniões públicas ,nos

Municípios de Belmonte 12 de junho e Eunápolis em 14 de junho de 2012,

com o intuito de se ouvir as partes interessadas em relação ao desempenho da

ASPEX na região em relação ao cumprimento dos princípios do CERFLOR.

Este grupo irá se juntar ao grupo 1 da ASPEX que recebeu seu primeiro

certificado pelo CERFLOR,no ano de 2011e ao grupo 2, cujo processo de

certificação está em andamento, para suas plantações florestais no sul do

Estado da Bahia.

O processo de auditoria de certificação do CERFLOR compreende:

Planejamento inicial da auditoria;

Planejamento e realização das reuniões públicas;

Definição da equipe de auditoria;

Page 28: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

28

Avaliação documental quanto ao atendimento do CERFLOR;

Avaliações de campo quanto ao atendimento do CERFLOR;

Emissão e publicação do relatório de auditoria;

Planejamento de auditoria complementar e/ou de Follow-up (não

aplicável a este caso);

Apreciação do processo de auditoria por parte da Comissão de

Certificação;

Emissão de relatório final após avaliação de ações corretivas (não

aplicável a este caso )e demais questões pertinentes.

Adicionalmente em uma auditoria de certificação deve ser realizada uma

auditoria inicial (de 1ª fase), com o objetivo de avaliar o plano de manejo, a

legalização das unidades de manejo e demais documentações requeridas pela

NBR 14789

Neste caso, como ocorreu com o grupo 2 ,se trata de uma ampliação de

escopo, não houve esta auditoria inicial..

3.4.1 Definição da Equipe de Auditoria

A seguinte equipe foi designada para a realização desta auditoria:

Nome Função na Equipe Formação Acadêmica

Antonio de Oliveira Auditor líder Engenheiro florestal

Rafaela Guimarães Auditora Engenheira florestal

Nelsom Bastos Auditor Engenheiro florestal

Fábio Dib especialista em direito Advogado

Page 29: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

29

3.4.2. Planejamento de Reuniões Públicas

As reuniões públicas têm como objetivo identificar recomendações,

questionamentos, denúncias e demais demandas das partes interessadas,

referentes aos princípios do CERFLOR, permitindo ao Bureau Veritas

Certification avaliar, durante o processo de auditoria, as questões relevantes

registradas.

É importante esclarecer que a empresa auditada (ASPEX) não participa

ativamente das reuniões em função do objetivo destas.

Foram realizadas duas reuniões públicas conduzidas pelos membros da

equipe de auditoria.

A escolha dos municípios foi feita em função da representatividade

regional destes, considerando ainda as atividades da empresa auditada,

também a realização das reuniões públicas realizadas na certificação do grupo

1 e 2, facilidade de acesso e existência de instalações adequadas para a

realização das reuniões.

Os municípios escolhidos foram: Belmonte na data de 12 de junho e

Eunápolis na data de 14 de junho de 2012.

A documentação gerada no planejamento e realização das reuniões

públicas compreende: convites emitidos, questionários de consulta pública

preenchidos por partes interessadas, listas de presença nas reuniões públicas

e Questionamento de partes interessadas. Todos estes registros estão

mantidos pelo Bureau Veritas Certification como parte do processo de auditoria

da empresa.

A divulgação destas reuniões se deu através de envio de 783 convites e

cartas enviadas às partes interessadas, divulgação em rádios e carro de som

nos municípios mencionados.

No município de Belmonte houve quórum de 16(dezesseis) pessoas

para reunião e na cidade de Eunápolis houve a presença de 12 pessoas.

Page 30: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

30

Os questionamentos pertinentes, gerados nas reuniões públicas, foram

inseridos neste relatório, contemplando as respostas da empresa, assim como

avaliação por parte do Bureau Veritas Certification. É importante ressaltar que

apenas questões relacionadas aos Princípios do CERFLOR foram

contempladas neste relatório.

3.4.3 Planejamento e Realização da Auditoria

De acordo com a ampliação de Escopo de Certificação pretendida,(mais

12(doze) produtores denominado grupo 3, foram executadas as seguintes

atividades: análise de documentação, verificações em campo, entrevistas com

colaboradores dos produtores florestais, empresa de assessoria, prestadores

de serviços e partes interessadas.

Foi também avaliado o parecer da empresa sobre os questionamentos,

recomendações e comentários das partes interessadas, enviados através de

questionários específicos do CERFLOR e identificados nas Reuniões Públicas,

referentes ao manejo florestal da empresa frente os critérios do CERFLOR.

Como todo o processo de Auditoria, as avaliações ocorreram conforme

plano de auditoria estabelecido previamente, considerando o tamanho e

complexidade das atividades da empresa e caráter amostral de um processo

de auditoria.

Ao longo das avaliações nas instalações e propriedades da empresa,

foram realizadas consultas formais aos órgãos públicos, relacionados com

licenciamentos ambientais,(IBAMA,INEMA e MINISTËRIO PÚBLICO de

EUNÁPOLIS) prefeituras municipais(CÂMARA DE VEREADORES de SANTA

CRUZ de CABRÁLIA)

Nesta fase de ampliação de escopo todos os 12(doze) produtores

florestais que buscam a certificação foram auditados e vistoriados em campo.

Page 31: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

31

PROGRAMAÇÃO DA AUDITORIA

Auditores/dias da semana ADO

Especialista (Fábio Dib) RPG NMB

12/06/2012 terça-feira

Manhã

8:30 reunião de abertura na ASPEX/ Critério 4.1,4.2,4.3 e 4.4

acompanha ADO

8:30-Reunião de Abertura na ASPEX/ critérios 3.1,3.2 e3.3

8:30- reunião de abertura na ASPEX/critérios 2.1 e 2.2

Tarde

Visita ao PPF 009 e PPf 042 Reunião pública em Belmonte (cine teatro)

acompanha Rafaela

Visita ao PPF 048 e 045

Visita ao PPF 033 E 003

Guia Jovane+Rodrigo+ Daniela

Washington+Vitoria Raniere+Tápia+Migray

13/06/2012 quart

a-feira

Manhã Visita ao produtor 049

acompanha ADO

visita ao produtor 038

Câmara Municipal de Cabráliia Secretaria M.A. de Belmonte

Tarde

Ministério Público de Eunápolis-IBAMA e INEMA

acompanha ADO

COMDAU, POLÏCIA MILITAR STTR Eunápolis

Reunião c/ Imprensa News e Grupo Ambiental Vale do Jequitinhonha

Guia Rodrigo=Carlos Gomes e João Guilherme+ João Victória+Isabel

14/06/2012 quint

a-feira

Manhã Projex- critério 1.3 e 1.2

Acompanha ADO

Auditoria critério 1.1 e1.2 Critérios 2.3 e 2.4

Tarde

Alinhamento de pendências e reunião pública em Eunápolis

acompanha Rafaela

Relatório e alinhamento de pendências

Critério 5.1 e 5.2 e alinhamento de pendências

Guia

15/06/2012

sexta-feira

Manhã

Relatório e reunião de encerramento

Reunião de encerramento

Relatório e reunião de encerramento

Relatório e reunião de encerramento

Tarde Retorno retorno retorno Retorno

Page 32: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

32

3.5 Relatório Detalhado

Esta seção demonstra as evidências coletadas pela equipe de auditoria

durante o processo de avaliação. A abordagem de auditoria se deu a partir dos

processos da organização, de acordo com um plano de trabalho previamente

elaborado. Em cada processo auditado foi dada ênfase aos princípios e

critérios do CERFLOR pertinentes, conforme demonstrado abaixo.

Deve ser esclarecido que em todas as visitas realizadas nas atividades

silviculturais, foram verificados os respectivos mapas com detalhes dos talhões,

hortos, reservas legais, áreas de preservação permanente e recursos hídricos,

em consonância com o critério 3.5 da NBR 14789:2007.

A respeito do critério 3.1 entendemos que as atividades realizadas pela ASPEX

sucedem aquelas realizadas pelos prestadores de serviço da VERACEL, onde

se pode afirmar que existe experiência prévia suficiente para comprovação do

potencial de produção dos materiais genéticos utilizados em larga escala.

Quanto ao critério 4.1 esclarecemos que evidenciamos no sistema de

informação geográfico da empresa o mapeamento dos recursos hídricos em

nível de microbacia. Durante as visitas em campo as informações dos mapas

foram validadas por nossa equipe de auditoria.

PRINCÍPIO 1

PRINCÍPIO 1 - ASPECTOS LEGAIS (3.1. da ABNT NDR 14789) 1

1 A documentação de domínio inclusive das propriedades e posses foram analisadas por outro auditor

em decorrência da alteração de minhas atribuições. Todavia, no que tange, aos documentos dos PPFs 12

e 50 nos avaliamos e abaixo são indicados em tabela própria. A título de exemplo á possível citar duas

medidas recentes adotadas uma pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ, a partir de sua Corregedoria,

que editou a recomendação 03/2012 relativa aos cuidados a serem adotados por Cartórios de Registros

de Imóveis quando dos registros ou averbações de escrituras, especialmente no que tange indicação de

CNDTs; e a decisão do Supremo Tribunal Federal – STF, que decidiu a Ação Cível Originária 312, julgando

nulos os títulos de propriedade de terras concedidas a fazendeiros e agricultores na Reserva Indígena

Caramuru-Catarina Paraguassu, localizada no sul da Bahia.

Page 33: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

33

Critério 1.1 – indicador “a” - foi evidenciado que existe uma empresa de

advocacia que presta consultoria e assessoria para o fim de manter os

produtores florestais atualizados quanto a legislação específica (Mosello,

Trindade, Sena e Calvo advocacia – fantasia: Mosello Lima). Pelo que

pudemos aferir a prestação de serviços é bastante profissional e mantém

sistemas de atualização de normas (Âmbito), repassando à ASPEX eventuais

alterações normativas que possam incidir sobre as atividades sobre as

atividades de manejo florestal.

O procedimento se mostra eficiente na medida em que são repassadas as

alterações de importância à ASPEX, com cópia para as demais consultorias

contratadas (Two Tree e PROJEX). Existem registros que demonstram os

necessários repasses de informações e mesmo indicações de providências a

serem adotadas. Foi evidenciado o encaminhamento do conteúdo do Decreto

Estadual 14024/2012, que altera a redação s a indicação da Resolução

CEPRAM 3925/2009 que gerou a necessidade de protocolo de novos pedidos

de licenças perante outros órgãos da administração ambiental que não os

municipais.

Critério 1.1 – indicador “b” – foi evidenciado que o PPF possui registro dominial

que segue os princípios do direito imobiliário, a exemplo do princípio da

continuidade registraria. A certidão apresentada datada de 24/02/2012 e

contém, em síntese, as seguintes informações:

Cadeia dominial (Certidões imobiliárias de registro no CRI e de Compra e

Venda em Cartórios de Títulos e Notas):

Certidão do CRI de Porto Seguro, datada de 24.2.12, ref. Matricula nº 207 de

12.03.1976, da Fazenda Nordestina, com área de 457,4 ha, aproximadamente.

Trata-se de transmissão do Estado da Bahia para os adquirentes originários, tal

qual consta do registro 01-207 de 12.03.12. Os registros 02, 04, 06, 07 e 10

indicam o encadeamento sucessório que sob o aspecto formal encontra-se em

perfeito, considerando a devida continuidade registraria. O último registro, de nº

10 confirma a transmissão da propriedade ao PPF;

O registro 03 e transcreve hipoteca datada de 31.03.1978, cancelada por

autorização do banco em 05.06.1979;

Page 34: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

34

A averbação 05-207, de 06.04.1982 confirma a existência de termo de

preservação de floresta, dispondo sobre a área de 91,4 ha, cf. instrução

normativa 01/80 do IBDF;

O registro 08-207, de 20.05.2004 confirma o contrato de implantação de

floresta pela VERACEL S/A, numa área de aproximadamente 263,5 ha;

Consta recolhimento do ITR no importe de R$ 1.008,60, recolhido por meio de

DARF datada de 30/09/2011, exercício de 2011.

Referido DARF contempla o total de 507,3 ha, considerando as 2 áreas que

compõem a unidade de manejo florestal, conforme recibo de declaração do

ITR, controle nº RBF: 18.67.32.77.00;

Consta que no Documento de Informação e atualização Cadastral do ITR –

DIAC, de 2011 não houve alteração cadastral, sendo o imóvel cadastrado da

receita federal sob o nº 5.981.349-0;

Consta o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural - CCIR do INCRA

(2006/2009), ainda no nome dos proprietários anteriores, devidamente quitado,

registrado sob o nº 10250.13760.07457.02270

A certidão do Cartório de Registro de Títulos e Documentos de Porto Seguro,

Livro C-2, lavrada em 24.02.2012, ordenada sob o nº 8486, de 06.12.2006,

certifica que que o PPF 48 adquiriu o imóvel denominado Montes Claros, num

total de 50 ha;

Consta da certidão que a av. 01-8.486, lavrada sob o nº do registro nº 119,

Livro C-1 do referido Cartório, que foi averbada na forma da Portaria 01.80 do

IBDF, 10 ha, relativos a Termo de Preservação de Floresta.

Regularização ambiental – Prev/Rl, APPs: 2

Consta cópia simples de Licença Ambiental Simplificada – LS 2008/068, com

data de emissão de 10/10/2008;

2 A regularização ambiental das áreas em que foram instaladas as UMFs dos PPFs, dependem da

aprovação dos processos administrativos protocolizados junto o órgão ambiental estadual. Todavia,

nenhum PPF logrou êxito em obter a resposta do órgão à proposta apresentada. Diante desta situação

se faz necessário manter procedimentos de estímulo ao órgão ambiental que impeçam a ocorrência de

fragilidade do sistema sob o foco do controle operacional necessário à gestão deste importante

aspecto da regularização fundiária e ambiental. Este tema suscita cuidados no que tange à possíveis

Não-conformidades ou Observações que devem ser levadas em consideração para o fim de

recomendação ou não dos PPFs.

Page 35: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

35

Consta cópia simples de pedido de licença simplificada – LS protocolizado no

IMA em 14.07.2010, sob o nº 2010-011544/TEC/LS-0449;

Critério 1.2

Evidenciado que , são atendidos e respeitados os direitos das comunidades

locais pelos registros de que as áreas vizinhas ou limítrofes são respeitadas e

estão devidamente identificadas localizadas e respeitadas.

Constatada a existência de documentos de posse e de domínio comprovando a

demarcação das unidades dos Produtores Florestais. Examinada a

documentação de propriedades, constantes na planilha de controle de

patrimônio imobiliário, cuja documentação arquivada pode chegar a fase

vintenária, que entre as quais destacamos: terras próprias, terras arrendadas,

terras em parceria, terras em comodato.

Para definir o aproveitamento da propriedade a empresa estabelece um estudo

prévio quanto ao potencial da propriedade.

As áreas ainda com cobertura vegetal ,são representadas pela reserva legal e

áreas de preservação permanente compondo-se de florestas em estágio

avançado campo natural e campo úmido

PROCESSOS TRABALHISTAS

Prontuários individuais, Pagamento de salários, Registro de freqüência, Guias

FGTS/IRRF/INSS, folha de pagamento, férias, 13º salário, rescisões,

contribuição sindical, Convenção coletiva, Tributos, SESMT, Reclamatórias

trabalhistas, Benefícios, Sindicato (contr. Patronal) e Livro de inspeção do

trabalho.

Horas in itinere: Por não exercer atividades laborais rurais a ASPEX não

possui os acordos coletivos prevêem critérios de adicional para estas horas.

Page 36: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

36

Sistema de controle e avaliação de requisitos legais

Pelo sistema Âmbito foi constatada listagem atualizada de requisitos legais a

serem atendidos pelo empreendimento florestal.

Evidenciada verificação quanto ao atendimento dos requisitos legais, realizada

em abril de 2012.

Res ANP 15/2005

ReS 157/2004 Contram

Res 168/2004 Contram

Lei 8212/1991: Seguridade social

NR 01

NR 02

NR 06

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

A ASPEX terá suas atividades de colheita florestal regularizadas a partir do

cumprimento do licenciamento/registro dependendo do entendimento das duas

sistemáticas de licenciamento aplicadas pelo INEMA, conforme segue:

Licenças/registros dos processos a serem colhidos , pois os mesmos foram

implantados sob a égide das licenças municipais revogadas.

Com relação às áreas antigas, existe uma recomendação do Ministério Público

Estadual de Eunápolis a respeito da obrigação de buscar o devido

licenciamento e neste aspecto são desenvolvidos esforços nos sentido de obter

junto ao INEMA o licenciamento ambiental (EIA-RIMA) previsto na legislação

pertinente.

A ASPEX realizou o cadastro de todas as áreas antigas objeto do processo de

certificação e está enviando informações complementares de acordo com os

critérios do INEMA.Para Tanto foi elaborado um programa para atender estes

requisitos.

Page 37: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

37

Critérios 1.3

Evidenciados:

PROGRAMA DE GESTÃO DE SAÚDE E SEGURANÇA

VERIFICADOS:

- Programa de gestão de saúde e segurança do trabalho da ASPEX(

PPRA,LTCAT,APA,PCMSO, AET),elaborados em maio/junho de 2012 para 4

(PPF 003, PPF 042, PPF 033 e PPF 048) dos 12 Produtores Florestais que

estão sendo trabalhados em segurança do trabalho: Investigação e análise de

acidentes/incidentes; mapeamento de riscos ambientais; análise da

aplicabilidade da legislação; avaliação e acompanhamento do PPRA e PCMSO

dos Produtores Florestais e também dos prestadores de serviços; coordenação

dos programas de prevenção contra incêndio e atendimento a emergências.

- Planilhas de controle do status dos PPRA e PCMSO dos Produtores

Florestais e das empresas contratadas.

-Foram evidenciados os ASOS de:José Alfredo Batista( elaborado por Gustavo

Maia Pedroni )Valdomiro Patrício Dias (elaborado por Juliana C.

Pacheco)Joaquim Barbosa Jr e Gilmar de Faria (ambos elaborados por

Gustavo Maia Pedroni)

PRINCÍPIO 2

Critério 2.1:

Evidenciados procedimentos:

ASPEX Colheita Florestal ASP 08 Rev03 de 20.04.2012;

Veracel Estradas Florestais PO-03-EFL-001;

Veracel Formação de Plantios de Eucalipto PO-03-SIL-008;

A ASPEX utiliza os melhores clones desenvolvidos e adaptados pela

VERACEL para a região.

Planilhas de aspectos ambientais e impactos associados (Colheita, Estradas,

Gestão de resíduos, Silvicultura, Transporte de madeira e Viveiro).

Page 38: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

38

Evidenciado s os clones 975, 1006, 1004 e 865, representam 70% do plantio

comercial da Veracel. Verificado o relatório interno da Veracel: “Recomendação

de clones para plantio comercial da Veracel e produtores florestais em 2012”.

Sede das fazendas e residências dos funcionários

- residência de funcionários( área de vivência) contendo banheiro, água

potável, caixa de primeiros socorros, mesa e cadeiras.

- Uso de EPIs regulamentados;

- Controle de inspeção de extintores de incêndio de 03/08/2010;

- Extintores de incêndio nas residências e conscientização dos operários;

- Registro de treinamento de operários do PPF 049 quanto a incêndios

florestais e emergências

CAPINA QUÍMICA

Verificada a atividade de aplicação manual de herbicida (Scout) com

pulverizador costal no Produtor Florestal

- Registros de avaliação da operação: dosagem aplicada, cobertura, plantas

atingidas.

Critério 2.2

Verificado o Plano de Manejo Integrado, Grupo de Produtores Integrados –

G3, Rev. 02 de 11/06/2012. Abrange 12 proprietários e 13 PPF´s (contratos).

Evidenciados:

- condições de manejo em função de peculiaridades regionais e locais

- esquema de manejo silvicultural

- justificativa da viabilidade econômica do manejo

- sistema de malha viária

- idade de colheita

- estimativa de crescimento e produção

Page 39: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

39

- mapas e croquis da área de manejo com ocupação e uso de solo, tipos de

solo, vegetação e recursos hídricos estão linkados ao geoprocessamento.

- Evidenciado programa plurianual de plantio ou reforma, colheita e

manutenção,

segundo a Veracel, é difícil saber quando o produtor vai reformar, plantar ou

colher.

- em caso de contingências que comprometam o suprimento de madeira, a

empresa monitora fontes alternativas de matéria-prima no mercado,

identificados no estudo “ Disponibilidade de Madeira e Atualização das

Informações Gerais sobre Plantios de Eucalyptus spp e produção de madeira”

(versão 01/2006).

- inventário florestal contínuo existente.

- plano elaborado e monitorado por profissional legalmente habilitado

- plano monitorado, revisado, com resultados do monitoramento incorporado ao

plano.

- resumo do plano na internet e plano na integra e resumo na intranet.

- programas de treinamento evidenciados: questões ambientais, diálogo sobre

direitos e condições de trabalho, interpretação das normas, plano de manejo

florestal , noções de certificação, alimentação saudável. Verificadas também

as listas de presenças dos treinamentos

Critério 2.3

Evidenciada a aplicação e transferência de tecnologia da Veracel para

produtores florestais.

O mesmo padrão tecnológico é adotado. Todos os PPF´s dentro dos tabuleiros

costeiros.

Verificado os documentos:

“Recomendações técnicas para manejo florestal” , janeiro de 2011.

PETFLO – “Plano estratégico de tecnologia florestal , março de 2012.

Sergio Ricardo – Gerente de tecnologia

Page 40: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

40

Critério 2.4:

O SAP é usado para o controle de estoque dos insumos, é possível visualizar

até o nível de PPF.

Verificado que a empreiteira INFLORS atende exclusivamente aos produtores.

Além desta as empresas BONELA e KTM também podem atender.

Evidenciado também o controle das embalagens utilizadas.

Welington Santos - estoque

PRINCÍPIO 3

Critério 3.1.

Ampliação da base genética

Evidenciado que o uso de materiais genéticos utilizados previamente e em fase

de testes pela VERACEL e são usados pela ASPEX ,para a qual a VERACEL

o uso destes materiais. Os clones novos que venham a ser desenvolvidos pela

empresa VERACEL são de uso exclusivo da mesma, mas poderão ser

solicitados para uso em suas atividades de pesquisa pela ASPEX, através de

acordos e contratos.

Experiência Prévia

A VERACEL já possui um programa de melhoramento, com clones híbridos

das espécies de E. saligna, E. dunni, E.urophlylla, E. glóbulos.

Avaliação contínua de material genético alternativo

Os materiais genéticos em utilização são anualmente monitorados pela

VERACEL, onde são elaborados relatórios anuais de desenvolvimento dos

trabalhos em reuniões trimestrais e anuais para discutir a estratégia de

melhoramento florestal da organização.

Page 41: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

41

Organismos geneticamente modificados

A ASPEX , por usufruir do melhoramento genético da VERACEL não faz uso

comercial ou pesquisa com Organismos Geneticamente Modificados.

CRITÉRIO 3.2

Existência de mapeamento, demarcação e proteção dos sítios históricos,

arqueológicos, de valor cultural ou social:

Os ecossistemas com importância ambiental, arqueológica, histórica, cultural

ou social foram avaliados pela empresa VERACEL conforme pode ser

evidenciado no programa da empresa. Em sítios arqueológicos inicialmente se

localiza e identifica a área dos sítios, que são numerados e protocolados junto

ao IPHAN, na fase de diagnóstico.

A organização define as paisagens levando em conta os ecossistemas, as

unidades de uso (florestas em estágio inicial, florestas em estágio avançado,

campo , campos úmidos).

Nas unidades onde se encontram plantios antigos foi evidenciada uma política

para a criação dos corredores ou stepping Stones, plantio para proteção dos

fragmentos já existentes, diminuição do efeito de borda, aumento da área

nuclear, recuperação de áreas legais: APP e reserva legal.

Os plantios florestais estão estabelecidos em áreas já antropizadas, tendo em

vista que o Órgão Ambiental Estadual, atualmente não concede autorização

para ampliação de implantação de florestas homogêneas, em áreas onde ainda

existe vegetação arbórea de qualquer tipo, ensejando assim a manutenção da

floresta nativa.

O delineamento das plantações florestais é intercalado com a vegetação de

ocorrência natural, tendo em vista o alto grau de ocorrência de áreas de

preservação permanente contribuindo assim para a formação de corredores

ecológicos, para a fauna residente e migratória,inclusive com o

Page 42: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

42

estabelecimento de florestas naturais , favorecendo a permeabilidade entre os

remanescentes florestais nativos.

Critérios 3.2 e 3.5

RECUPERAÇÃO DE APP

Verificado no PPF 009 que após o plantio efetuado em 2006, aliado à

regeneração natural, foi realizado o plantio de espécies nativas. O

desenvolvimento destas é lento, porém é o esperado para a região.

Critério 3.6

Em todas as fazendas visitadas evidenciamos cancelas nas entradas bem

como placas com indicativos de restrição de acesso a caça e pesca.

PRINCÍPIO 4

Critérios 4.2

MONITORAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS E EDÁFICOS

VERIFICADOS:

- O monitoramento de recursos hídricos é realizado em 02 vertedouros

instalados em cursos de água localizados em plantios de eucalipto e na

Estação Ambiental Veracel

-Estação Ambiental Veracel: Barragem de alvenaria com vertedouro onde se

realizam as medições de vazão e análise da qualidade de um curso de água

sem nome que corta a unidade de Conservação e um plantio de eucalipto da

empresa. Instalado no local um linígrafo que mede a altura da régua na

barragem de 10 em 10 minutos.

- Projeto conservação de solos da ASPEX em convênio com VERACEL

referente a compactação , erosão e conservação de matéria orgânica conclui

que as técnicas até então utilizadas (cultivo mínimo e plantio em nível) não

comprometem a sustentabilidade do solo.

Page 43: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

43

- Avaliação dos impactos da colheita na compactação do solo serão avaliadas

em convênio com a VERACEL , quando da colheita da madeira , definindo o

número critico de passadas de máquinas (harvester; forwarder) na qual ocorre

compactação.

- Impacto do Manejo de Resíduos Florestais é realizado conforme o

procedimento da VERACEL.

- Baseado nas análises de solo e experimentos de fertilização obtêm-se tabelas

de recomendação de adubação (por talhão) para NPK e Ca. Micronutrientes

são avaliados via análise foliar.

- Relatório de monitoramento da vazão e qualidade de água (VERACEL)

conclui que as vazões apresentam distribuição regular ao longo do ano;

presença de ferro, alumínio, mercúrio e chumbo em valores acima dos

parâmetros para classe 2.

Critério 4.4

GESTÃO DE RESÍDUOS

- Planilha anual da VERACEL referente a remessa dos produtos enviados aos

produtores 009 e 042 e também a planilha de devolução referente aos

resíduos sólidos enviados para destinação final no ano de 2011/2012.

- Depósito de armazenamento temporário de resíduos perigosos em local

fechado, com piso impermeabilizado e ventilado.

MONITORAMENTO DE FUMAÇA PRETA

Não é realizada pelos produtores, pois todas as atividades silviculturais, que

incluem veículos diesel são realizadas por empresas terceirizadas vinculadas a

VERACEL.e nesta fase, nenhuma atividade encontra-se em execução.

Quando houver atividades de colheita , a VERACEL assume junto ao produtor

a responsabilidade de fazer a medição anual de fumaça preta de seus veículos

e manter esses dados disponíveis;

Page 44: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

44

Critério 4.3

ARMAZENAMENTO DE AGROTÓXICOS E RESÍDUOS CONTAMINADOS

- Verificado depósito da VERACEL onde os resíduos contaminados com óleo

são acondicionados em galpão fechado, piso impermeabilizado, ventilado,

sistema de combate a incêndio. Os principais resíduos armazenados são: óleo

usado, embalagens de óleo, EPIs, outros materiais contaminados com óleo. Os

defensivos agrícolas estão neste depósito em local separado, sob paletes,

identificados e com FISPQ disponível.

- Verificado depósito de insumos onde se armazena defensivos agrícolas em

local isolado, acesso restrito, ventilação forçada, material para contenção e

piso impermeabilizado.

Princípio 5 (Ações Sociais)

Atua basicamente em capacitação profissional, educação e saúde.

A ASPEX inicialmente estabeleceu parcerias com 4 sindicatos de produtores

rurais : Porto Seguro, Belmonte, Guaratinga e Itabela.

Dos 12 produtores do grupo 3, apenas 5 tem empregados.

Evidenciados:

Doação para Sociedade São Vicente de Paulo de Belmonte;

Lista de presença Cozinha Brasil de 17 a 20/04/12, outro curso está

sendo conduzido no período desta auditoria em Cabrália;

Doações mensais para ACRNSV –Associação Casa de Recuperação

Nutricional S.O.S. Vida;

Lista de presença Curso de Apicultura 19 a 21/09/2011 – Itabela,

promovido pelo SENAR; outro curso está sendo conduzido no período

desta auditoria em Eunápolis;

Lista de presença visita de Fazenda Genebra Sta. Rosa, 04/11/2011;

Fotos sobre visitas de campo Fazenda Genebra Sta. Rosa, 04/11/2011;

Parceria ASPEX com União de Educação e Cultura – UNECE

(Faculdade UNISULBAHIA);

Parceria ASPEX com ACRNSV – Associação Casa de Recuperação

Nutricional SOS Vida;

Parceria ASPEX com Sindicato dos Produtores Rurais de Itabela – BA.

Page 45: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

45

Princípio 5.

critérios 5.1 e 5.2

A ASPEX/VERACEL estimula pequenos produtores de mel a colocar suas

caixas de abelhas junto aos plantios de eucalipto. A empresa só fornece o

pasto apícola .

Evidenciando ações que incentivam empreendimentos locais.

São produzidas campanhas com parcerias locais sobre: doenças em geral,

doenças sexualmente transmissíveis, dependência química acidentes com

animais peçonhentos, acidentes domésticos e de trânsito. Evidenciando

programas de saúde aos trabalhadores e seus dependentes.

A empresa atua também na conscientização ecológica via publicidade na

mídia. Os alunos recebem orientações gerais sobre a empresa, além de

coletas orientadas e oficinas de atividades práticas.

Princípio 3

Critério 3.2

Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas

Visitada a Agência do INEMA em Eunápolis, entrevistado o técnico responsável

pelo escritório local. Atividades relativas a recuperação ambiental no município

de Eunápolis encontram-se fase de implantação.

Previstas ações de educação ambiental, cercamento das áreas ciliares a

recuperar, restauração da mata ciliar e implementação de estrutura mínima

para destinação adequada de resíduos.

Colheita

Nenhum Produtor nesta fase de auditoria está realizando colheita florestal.

Toda a colheita , quando houver será colheita terceirizada,devidamente

coordenada pela empresa VERACEL e a retirada da madeira pela mesma.

Evidenciado a existência de check lists da qualidade da colheita florestal (corte

mecanizado, baldeio, carregamento, transporte, construção e manutenção de

Page 46: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

46

estradas), retratando a avaliação da performance do fornecedor. Avaliações

mensais e trimestrais, realizada pela VERACEL

A verificação de primeiro nível é realizada diariamente (Avaliação da atividade

de corte de madeira), a VERACEL faz avaliações mensais. (Verificação mensal

–Colheita florestal-Operação baldeio).

Silvicultura

Módulo composto de trator com tanque (3300 l) abastecido de herbicida Scout

(glifosato).

24 operadores, atuando em duplas (1 pulverizador costal, outro com

motoroçadeira), realizando a eliminação da brotação.

Dosagem de aplicação do herbicida: 2,5 kg/ha, concentração 8%.

Macacões dos operadores lavados diariamente.

Princípio 3

Critério 3.3

Evidenciado programa de proteção florestal para controle integrado de pragas

e doenças, abrangendo o monitoramento de pragas e doenças ocasionais,

monitoramento e controle de pragas exóticas, assim como diagnóstico e

resistência a doenças.

O objetivo do monitoramento é a detecção de insetos e doenças causadores de

injúrias às plantas e o nível de dano da população, detectando de maneira

rápida a ocorrência de danos causados por agentes bióticos. O sistema de

monitoramento agiliza o processo de avaliação, tomada de decisão e eficiência

das medidas de controle, reduzindo o consumo de produtos agrotóxicos e o

risco de danos econômicos.

Com as informações levantadas pelas equipes evidenciamos um banco de

dados sobre as vistorias e ocorrências.

O procedimento analisado traz a metodologia completa em relação ao objetivo

do programa.

Princípios 2 e 4

Page 47: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

47

Critério 2.3 e 4.1

MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DE ESTRADAS

Evidenciado Relatório de programa de conservação e manutenção de estradas

na VERACEL.

Evidenciado controle em planilha Excel demonstrando pontos da malha viária

que necessitam de intervenção.

Gestão rede viária, adequação ambiental: Sistemática para classificação

quanto à criticidade de estradas por produtor florestal. Atualmente a empresa

conta com uma equipe para realização de conservação e manutenção de

estradas.

Esta seção demonstra as evidências coletadas pela equipe de auditoria

durante o processo de avaliação. A abordagem de auditoria se deu a partir dos

processos da organização, de acordo com um plano de trabalho previamente

elaborado. Em cada processo auditado foi dada ênfase aos princípios e

critérios do CERFLOR pertinentes, conforme demonstrado abaixo.

Devemos esclarecer que as inspeções realizadas nos povoamentos em

cada Produtor Florestal do grupo 3 da ASPEX, foram verificados os mapas

detalhados com a locação dos talhões implantados, com os aceiros, corpos

hídricos, mussurungas e outras áreas não utilizáveis, ou ainda reserva legal ,

áreas de preservação permanentes e outras utilizadas para atividades

diversas.

Princípio 1

Critérios 1.1- 1.2- 1.3.

PRINCÍPIO 1 - ASPECTOS LEGAIS

Critério 1.1 - foi evidenciado que existe uma empresa de advocacia que

presta consultoria e assessoria para o fim de manter os produtores florestais

atualizados quanto a legislação específica. Pelo que pudemos aferir a

prestação de serviços é bastante profissional e mantém sistemas de

Page 48: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

48

atualização de normas, repassando à ASPEX eventuais alterações normativas

que possam incidir sobre as atividades sobre as atividades de manejo florestal.

O procedimento parece ser bastante eficiente na medida em que

repassadas as alterações de importância à ASPEX, com cópia para a

consultoria ambiental contratada, esta cuida de sua implementação (Two Tree).

Existem registros que demonstram os necessários repasses de

informações e mesmo indicações de providências a serem adotadas. Foram

evidenciadas a indicação da Resolução CEPRAM 3925/2009 que gerou a

necessidade de protocolo de novos pedidos de licenças perante outros órgãos

da administração ambiental que não os municipais.

A gestão da ASPEX, com a finalidade de atender as exigências para a

certificação pelo CERFLOR, a assessoria para tal é exercida pela Two Tree

Consultoria e Meio Ambiente Ltda, que se utiliza do Sistema “SHE-Q-LEGAL”

de atualização de Legislação, cujo custo é dividido entre os Produtores

Florestais.

Mensalmente a Âmbito faz o envio da legislação atualizada, nominando

as eventuais alterações ocorridas durante o mês em curso. A triagem da

legislação aplicável é realizada por um comitê dentro da Two Tree.

A Two Tree possui uma pasta para cada Produtor Florestal,

organizando, todos os documentos quanto à dominialidade dos imóveis,

licenças ambientais, documentos trabalhistas, fundiários, fiscais, tributários,

relacionados a cada propriedade.

Para maior conforto e tranqüilidade na auditoria este princípio foi

acompanhado por um especialista da área, com formação jurídica, conforme

pode ser constatado na formação da equipe de auditoria.

CRITÉRIO 1.2

Reserva Legal e Documentação de Terras

Page 49: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

49

Georreferenciamento

- Georreferenciamento de áreas com menos de 250 até 500 ha deve ser

realizado até 2013.

Controle de pragas e doenças

Daniela Andrade Neves – Especialista em sanidade florestal

Evidenciado o Plano de proteção que direciona todas as nossas práticas.

Plano Integrado de Proteção Florestal – Revisão 06 – Junho/2011.

A praga mais comum é a formiga cortadeira.

O monitoramento de pragas e doenças do viveiro está ocorrendo

semanalmente.

Anualmente para Ralstonia solanacearum, causadora a “murcha

bacteriana” é realizado monitoramento bimestral, através de análise

microscópica, avaliando 15 mudas (aleatório) de cada clone na fase de

rustificação (60 a 80 dias) e 5 cepas (aleatório) de cada clone no minijardim

clonal.

Seis clones de eucalipto estão sendo utilizados atualmente e entrarão

mais quatro clones no processo posteriormente.

Procedimento PO-03-SIL-004: Monitoramento de formigas cortadeiras.

Equipes de monitoramento estão sendo lotadas para os PPF’s para

observação de formigas cortadeiras em campo.

DICE – Danos, infestação, controle e eficiência

As áreas do PPF serão divididas em blocos para diagnóstico e serão

monitoradas em vários estágios: controle inicial, repasse, controle de

manutenção.

Page 50: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

50

A sulfuramida usado por ha é de 1,15 a 1,2 kg (atualmente). Com o

início do monitoramento eram 3Kg (em 2004).

Monitoramento de pragas exóticas, desde 2004.

Contratação das equipes de monitoramento da equipe de formiga cortadeira–

evidência.

Monitoramento de Formigas

Requisição de compra: Nº 1000074434

Data 25/04/2012

Para contratação da “Equilíbrio Florestal” para a realização de serviços

de monitoramento de formigas nas áreas do programa produtos florestal.

Informado pela ASPEX que o monitoramento deve iniciar em até 30 dias.

CRITÉRIO 3.2

Existência de mapeamento, demarcação e proteção dos sítios históricos,

arqueológicos, de valor cultural ou social:

Os ecossistemas com importância ambiental, arqueológica, histórica, cultural

ou social foram avaliados pela empresa VERACEL conforme pode ser

evidenciado no programa da empresa. Em sítios arqueológicos inicialmente se

localiza e identifica a área dos sítios, que são numerados e protocolados junto

ao IPHAN, na fase de diagnóstico.

A organização define as paisagens levando em conta os ecossistemas, as

unidades de uso (florestas em estágio inicial, florestas em estágio avançado,

campo , campos úmidos).

Nas unidades onde se encontram plantios antigos foi evidenciada uma política

para a criação dos corredores ou stepping Stones, plantio para proteção dos

Page 51: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

51

fragmentos já existentes, diminuição do efeito de borda, aumento da área

nuclear, recuperação de áreas legais: APP e reserva legal.

Os plantios florestais estão estabelecidos em áreas já antropizadas, tendo em

vista que o Órgão Ambiental Estadual, atualmente não concede autorização

para ampliação de implantação de florestas homogêneas, em áreas onde ainda

existe vegetação arbórea de qualquer tipo, ensejando assim a manutenção da

floresta nativa.

O delineamento das plantações florestais é intercalado com a vegetação de

ocorrência natural, tendo em vista o alto grau de ocorrência de áreas de

preservação permanente contribuindo assim para a formação de corredores

ecológicos, para a fauna residente e migratória,inclusive com o

estabelecimento de florestas naturais , favorecendo a permeabilidade entre os

remanescentes florestais nativos.

treinamentos

Verificados treinamentos conduzidos em abril de 2012: saúde e segurança do

trabalho – empregados, noções de primeiros socorros, prevenção e combate a

princípio de incêndios e uso de produtos químicos.

Outros treinamentos: questões ambientais, diálogo sobre direitos e condições

de trabalho, interpretação das normas, plano de manejo florestal , noções de

certificação, alimentação saudável e programa de educação ambiental na

Veracel. Verificadas também as listas de presenças de cada treinamento.

Entrevistados:

Victoria Rizo – Tree

Luiz Tapia – Veracel

Page 52: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

52

Critério 2.3

Transferência de tecnologia (melhoramento florestal)

A ASPEX utiliza os melhores clones desenvolvidos e adaptados pela

VERACEL para a região.

Evidenciado s os clones 975, 1006, 1004 e 865, representam 70% do

plantio comercial da Veracel. Verificado o relatório interno da Veracel:

“Recomendação de clones para plantio comercial da Veracel e produtores

florestais em 2012”.

PRINCÍPIO 3

Critério 3.2 e 3.4.

P 3 - Monitoramento de Fauna e Flora

Critério 3.2 e 3.4

Monitoramento de Fauna

- Realizado pela Veracel – devido estar dentro da área de influência.

Monitoramento de fauna das propriedades. Local: AAVCs Ipê, Sucupira,

Taquara, Santa Cruz, próximos à PPFs.

- Identificados espécies da fauna e flora ameaçados, endêmicos ou raros nas

áreas vistoriadas.

- Registros de avistamentos de fauna nos PPFs – planilha – evidenciar nos

PPFs.

- Corredores Ecológicos: APPs e Reservas legais formam corredores

ecológicos

- Termo de aditamento entre Veracel e Aspex contempla os seguintes estudos

compartilhados:

- monitoramento de fauna e flora;

Page 53: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

53

- monitoramento edáfico-hídrico;

- monitoramento da potabilidade da água;

- aspectos e impactos ambientais;

- monitoramento de indicadores sociais;

- outros.

EVIDENCIADA: Proposta de diagnóstico dos PPFs – Empresa Casa da

Floresta Assessoria Ambiental Ltda

Critério 3.2

Recuperação de áreas Degradadas

Entrevistado: João Carlos Rocha Jr.- Projex Consultoria

PREVs- Planos de Revegetação, recuperação ou enriquecimento de vegetação

- dos PPFs – alguns protocolados no órgão estadual.

- Realizado em Abril de 2012 – fauna e flora.

- 25 PPFs vistoriados em 2012 – com a metodologia de aspectos da paisagem,

com a análise de remanescentes florestais de vegetação nativa. Os fragmentos

com no mínimo 200 m de largura e 100m de comprimento foram priorizados

(corredores ecológicos). Avifauna, Mastofauna, Mimecofauna.

Verificação do diagnóstico:

- tamanho dos fragmentos, APPs e RL, proporção de vegetação nativa em

relação à área da fazenda, conectividade.

- atividades de campo - estrutura e estado da vegetação, fisionomias.

Page 54: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

54

Caça e pesca

Procedimento de Monitoramento e Controle ASP-04, ver. 03 – Indica que

boletins de ocorrência devem ser abertos por ocasião da ocorrência de caça ou

pesca ilegal nos PPFs.

Placas de Aviso – Proibido Caça e Pesca nos PPFs 14 e 35.

Unidades de Conservação

- Unidades de Conservação do entorno: Parque Nacional Pau-Brasil, PN Monte

Pascoal, RPPN Estação Veracel, Parque Nacional Alto Cariri, APA Caraíva

Trancoso, APA Itapebi Sede.

CRITÉRIO 4.2

Solos e Recursos Hídricos

- Proposta de monitoramento edáfico hídrico para PPFs da Veracel pela

Empresa Cetrel, de 01 de Março de 2012.

- Email de 23/04/2012 – aprova o aditivo no contrato n°46000000612 para o

Programa de Monitoramento Edáfico Hídrico dos PPFs. Aprovado pelo

Coordenador de Controle Florestal – Tarciso Andrade Matos.

3.5.1. Resultado da Avaliação dos Princípios e Critérios Cerflor – Manejo

Florestal

3.5.1.1. Princípio 1

Evidenciado que a Promotoria Pública de Eunápolis , possui uma questão com a

empresa VERACEL e por extensão também estende para a ASPEX,mas nada

evidenciamos de concreto (transitado em juízo)quanto as ações mencionadas pelo

Promotor.

Junto aos Órgãos Públicos vimos que todos os procedimentos para que os

fomentados possam operar dentro da legislação vigente, vêem sendo tomados, pois

Page 55: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

55

a implantação das florestas se deram sob a égide das licenças municipais,

suspensas no ano de 2010.Segundo o INEMA as licenças estão devidamente

instruídas, mas não foram operadas dentro do prazo previsto em lei, por deficiências

do Órgão.

A parte fundiária das propriedades auditadas encontram-se dentro da normalidade,

com as reservas legais em tramitação, bem como o recolhimento de tributos se faz

normalmente.

O acesso a legislação e sua aplicabilidade segue rigidamente a orientação da

VERACEL.

O programa de saúde e segurança ocupacional para os fomentados são cumpridos

pelos poucos funcionários das propriedades, pois todas as operações florestais e

administrativas são geridas por terceirizadas que participam do quadro de

contratados da VERACEL

Foram auditados os critérios 1,1-1.2 e 1.3, nada constando como não conforme.

3.5.1.2. Princípio 2

Plano de manejo

O plano de manejo florestal trata de desenvolvimento e da aplicação de técnicas de

análise quantitativa nas decisões da localização, da estrutura e da composição de

um recurso florestal de maneira a possibilitar a produção de produtos, serviços e

benefícios diretos ou/ indiretos, na qualidade e na quantidade requeridas pela

empresa.

Por análise quantitativa, a empresa entendeu o conjunto de disciplinas que

enfatizaram o uso de métodos quantitativos tais como mensuração florestal,

estatística, biometria, inventário florestal, sensoriamento remoto e pesquisa

operacional.Este conjunto de disciplinas proporcionou o instrumental quantitativo

utilizado como suporte para o processo de decisão na seleção de alternativas

gerenciais

Page 56: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

56

Obviamente, no manejo de florestas oplantadas, tais decisões devem ser

subordinadas a condicionantes silviculturais e ambientais, mas estas são apenas

restrições ou limitações `a produção.

A implementação das ações silviculturais previstas no plano de manejo e o

monitoramento de seu efeito na prática, no tempo e no espaço,são atividades tão

importantes como a prévia elaboração do dito plano. A verificação periódica dos

efeitos práticos e das conseqüências da execução são ações previstas no plano.

As alterações previstas no plano, durante a execução serão introduzidas de sorte a

contemplar os objetivos anteriormente estabelecidos.

A estrutura básica do Plano de Manejo conta com os seguintes elementos

fundamentais documentação das propriedades, descrição das áreas,caracterização

da infraestrutura, inventário florestal contínuo(sistema de amostragem, unidades

amostrais, monitoramento da regeneração natural)

Descrição dos procedimentos para o calculo de corte permissível, determinação do

ciclo de corte, estrutura e composição de estoque de reserva, prescrição dos

tratamentos silviculturais, cronograma de execução, averbação de reservas legais

das áreas sob manejo no respectivo cartório de registro de imóveis e

responsabilidade técnica.

3.5.1.3- princípio 3

Diversidade biológica

O plano de manejo trata do estudo e do entendimento de todos os elementos

bióticos que compõem o ecossistema, sejam eles desejáveis ou não, deixando de

apreciar apenas a variabilidade das espécies florestais que apresentam valor

comercial, tratando da sustentabilidade do manejo florestal,deixando um claro

entendimento dos processos ecológicos fundamentais.

Flora e Fauna

As atividades humanas sobre a superfície do planeta têm acelerado, cada vez

mais, o ritmo de destruição dos ecossistemas naturais e concomitantemente as

taxas de extinção de espécies. Desta forma, o grande desafio da conservação

Page 57: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

57

da diversidade de espécies, incluindo os seres humanos, tem sido reduzir as

pressões negativas sobre elas e seu habitat.

Para a análise da sustentabilidade ecológica de atividades antrópicas, em

longo prazo, os diagnósticos da situação ambiental, dos fatores de impacto e o

monitoramento de indicadores biológicos apresentam-se como os mais

adequados.

As avaliações das perturbações ambientais, tanto no espaço quanto no tempo,

permitem verificar na estrutura das comunidades,composição, abundância,

freqüência, distribuição, dominância das mpopulações,riqueza de

espécies,presença de espécies raras, em perigo, ameaçadas de extinção,

endêmicas,exóticas e migratórias, integridade e a diversidade dos habitats.

Restauração ecológica nas unidades de Manejo Florestal

Devido as unidades de manejo florestal estarem inseridas numa mesma região

ecológicas do Estado, as mesmas possuem idênticas formações vegetais

representativas de um único bioma(mata Atlântica). Em função disto a

estratégia de restauração ambiental está diretamente relacionada com a

capacidade de resiliência de ecossistema, sendo adotado o plantio

heterogêneo com espécies nativas arbóreas ou a indução/condução da

regeneração natural como mecanismos de retro-alimentação deste processo.

3.5.1.4. Princípio 4

Respeito às águas

Monitoramento de microbacias

A organização (VERACEL) faz parte da Rede de Monitoramento de

Microbacias (ReMAN), que atualmente se compõe de 18 microbacias

experimentais, localizadas em áreas de reflorestamento, sob diferentes

condições edafo-climáticas em todo o pais. O monitoramento ambiental das

Page 58: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

58

microbacias visa a obtenção contínua de informações sobre o funcionamento

hidrológicos de manejo sustentável de florestas plantadas.

Cada uma das microbacias experimentais integrantes do ReMAN constitui, em

si,um trabalho de pesquisa na âmbito de um convênio entre a empresa florestal

e o departamento de ciências florestais do IPEF, ou seja , cada projeto é

coordenado, mantido e analisado individualmente

No tocante a parte edáfica, foram constados alguns pontos de erosão que

ensejaram duas observações , para que o produtores florestais do grupo 3,

envidem esforços para sanar esta anormalidade.

Na parte de gerenciamento de resíduos sólidos gerados na propriedade aplica-

se a política da VERACEL.

3.5.1.5. Princípio 5

As iniciativas do princípio 5 foram verificados , em base amostral,o atendimento aos

critérios 5.1, onde os produtores florestais incentivam os programas de interesse

comunitário, com a finalidade de melhorar as condições da população

No critério 5.2 foi evidenciado que os costumes e hábitos não predatórios das

comunidades locais são respeitados.-

3.5.2. Relatório Detalhado – Evidências da Equipe de Auditoria

Critério 2.1:

Evidenciados procedimentos:

ASPEX Colheita Florestal ASP 08 Rev03 de 20.04.2012;

Veracel Estradas Florestais PO-03-EFL-001;

Veracel Formação de Plantios de Eucalipto PO-03-SIL-008;

A ASPEX utiliza os melhores clones desenvolvidos e adaptados pela

VERACEL para a região.

Page 59: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

59

Planilhas de aspectos ambientais e impactos associados (Colheita, Estradas,

Gestão de resíduos, Silvicultura, Transporte de madeira e Viveiro).

Evidenciado s os clones 975, 1006, 1004 e 865, representam 70% do plantio

comercial da Veracel. Verificado o relatório interno da Veracel: “Recomendação

de clones para plantio comercial da Veracel e produtores florestais em 2012”.

Critério 2.2:

Verificado o Plano de Manejo Integrado, Grupo de Produtores Integrados –

G3, Rev. 02 de 11/06/2012. Abrange 12 proprietários e 13 PPF´s (contratos).

Evidenciados:

- condições de manejo em função de peculiaridades regionais e locais

- esquema de manejo silvicultural

- justificativa da viabilidade econômica do manejo

- sistema de malha viária

- idade de colheita

- estimativa de crescimento e produção

- mapas e croquis da área de manejo com ocupação e uso de solo, tipos de

solo, vegetação e recursos hídricos estão linkados ao geoprocessamento.

- Evidenciado programa plurianual de plantio ou reforma, colheita e

manutenção,

segundo a Veracel, é difícil saber quando o produtor vai reformar, plantar ou

colher.

- em caso de contingências que comprometam o suprimento de madeira, a

empresa monitora fontes alternativas de matéria-prima no mercado,

Page 60: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

60

identificados no estudo “ Disponibilidade de Madeira e Atualização das

Informações Gerais sobre Plantios de Eucalyptus spp e produção de madeira”

(versão 01/2006).

- inventário florestal contínuo existente.

- plano elaborado e monitorado por profissional legalmente habilitado

- plano monitorado, revisado, com resultados do monitoramento incorporado ao

plano.

- resumo do plano na internet e plano na integra e resumo na intranet.

- programas de treinamento evidenciados: questões ambientais, diálogo sobre

direitos e condições de trabalho, interpretação das normas, plano de manejo

florestal , noções de certificação, alimentação saudável. Verificadas também

as listas de presenças de cada treinamento.

- programas de saúde junto às populações locais: Cozinha Brasil (parceria co

SESI).

Critério 2.3:

Evidenciada a aplicação e transferência de tecnologia da Veracel para

produtores florestais.

O mesmo padrão tecnológico é adotado. Todos os PPF´s dentro dos tabuleiros

costeiros.

Verificado os documentos:

“Recomendações técnicas para manejo florestal” , janeiro de 2011.

PETFLO – “Plano estratégico de tecnologia florestal , março de 2012.

Page 61: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

61

Sergio Ricardo – Gerente de tecnologia

Critério 2.4:

O SAP é usado para o controle de estoque dos insumos, é possível visualizar

até o nível de PPF.

Verificado que a empreiteira INFLORS atende exclusivamente aos produtores.

Além desta as empresas BONELA e KTM também podem atender.

Evidenciado também o controle das embalagens utilizadas.

Welington Santos - estoque

Visita de campo PPF 033

Fazenda Esperança, município Eunápolis.

Proprietário João Batista de Almeida

Áreas florestais reflorestadas de média produtividade com bom aspecto

fitossanitário.

Reserva legal e APPs estabelecidas e preservadas.

Boa rede viária e aceiros.

Necessidade de obras de retificação de estradas em local de difícil

transposição. (pré colheita)

Não verificada degradação da vegetação natural.

Não estavam ocorrendo operações florestais no momento da visita.

Existência de placas de identificação da propriedade e placas de advertência

de caça e pesca.

Page 62: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

62

PTEAS evidenciado.

Relatos de presença de fauna silvestre.

Não existem trabalhadores na propriedade.

Apenas 1 funcionário (vigia), não estava presente na auditoria.

Entrevistados:

Luiz Tapia-Veracel

Luis Migrai – Veracel

Ranieri Ornelas - Veracel

João Batista de Almeida - proprietário

Visita de campo PPF 003

Fazenda Harmonia, município Belmonte

Proprietário Instituto Educacional Porto Seguro

Apenas 1 funcionário

Áreas florestais reflorestadas de baixa produtividade, muitas árvores mortas.

Reserva legal e APPs estabelecidas e preservadas.

Boa rede viária e aceiros.

Não estavam ocorrendo operações florestais no momento da visita.

Não verificada degradação da vegetação natural.

Existência de placas de identificação da propriedade e placas de advertência

de caça e pesca.

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63

PTEAS evidenciado.

Evidenciados: carteira de trabalho, contrato de trabalho, FGTS, certidão

negativa de débitos relativos as contribuições previdenciárias, certificado de

reguralidade no FGTS e ASO.

Entrevistados:

Luiz Tapia-Veracel

Ranieri Ornelas – Veracel

José Alfredo Batista - administrador

Visita a partes interessadas:

Câmara Municipal de Santa Cruz de Cabrália – Vereador Vavá Viana

Secretaria de Meio Ambiente e Infra estrutura de Belmonte – Thais Lima

Secretaria de Agricultura de Belmonte e Grupo Ambiental Vale do

Jequitinhonha – Waldomiro Fernandes Mello

Evidenciado atraso no recebimento dos convites para as reuniões públicas dos

grupos 2 e 3.

Descontentamento manifestado pelo vereador Vavá Viana em relação ao não

recebimento dos convites em tempo hábil.

Principio 5 (Ações Sociais)

Atua basicamente em capacitação profissional, educação e saúde.

A ASPEX inicialmente estabeleceu parcerias com 4 sindicatos de produtores

rurais : Porto Seguro, Belmonte, Guaratinga e Itabela.

Page 64: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

64

Dos 12 produtores do grupo 3, apenas 5 tem empregados.

Evidenciados:

Doação para Sociedade São Vicente de Paulo de Belmonte;

Lista de presença Cozinha Brasil de 17 a 20/04/12, outro curso está

sendo conduzido no período desta auditoria em Cabrália;

Doações mensais para ACRNSV –Associação Casa de Recuperação

Nutricional S.O.S. Vida;

Lista de presença Curso de Apicultura 19 a 21/09/2011 – Itabela,

promovido pelo SENAR; outro curso está sendo conduzido no período

desta auditoria em Eunápolis;

Lista de presença visita de Fazenda Genebra Sta. Rosa, 04/11/2011;

Fotos sobre visitas de campo Fazenda Genebra Sta. Rosa, 04/11/2011;

Parceria ASPEX com União de Educação e Cultura – UNECE

(Faculdade UNISULBAHIA);

Parceria ASPEX com ACRNSV – Associação Casa de Recuperação

Nutricional SOS Vida;

Parceria ASPEX com Sindicato dos Produtores Rurais de Itabela – BA.

Treinamentos específicos (capacitação profissional), SENAR promove cursos

profissionalizantes.

RELATÓRIO JURÍDICO CIRCUNSTANCIADO DE AUDITORIA

Cliente: BUREAU VERITAS - BVC

Interessado: ASPEX – todos os grupos

Referência: verificação da viabilidade da certificação florestal relativa ao

processo que engloba todos os grupos de produtores florestais associados da

ASPEX, relativamente ao Programa Produtor Florestal – PPF - da VERACEL

CELULOSE S/A - VERACEL

Colocação do tema: trata-se de relatório jurídico circunstanciado de auditoria

– RJCA, que visa levar ao conhecimento da Gerência Técnica elementos

Page 65: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

65

importantes para análise da criticidade do processo de certificação do

programa de fomento implementado pela VERACEL.

Considerando que a participação do subscritor no processo de auditoria

florestal (CERFLOR) deflagrado - segundo informações - no ano de 2003, se

deu a partir no ano de 2011, tendo em vista a existência de potenciais repercus

sões de conflitos decorrentes de embates entre a VERACEL e a Promotoria de

Justiça de Eunápolis;

Considerando o atual estágio em que se encontra o processo de auditoria, no

qual vêm sendo realizadas auditorias do 3º grupo de fomentados;

Considerando o fato de que por ocasião da auditoria do 2º grupo de fomenta

dos, a vice-presidência do BV recebeu a Recomendação 01/2012 (ofício

20/2012 de 20/04/2012) do Ministério Público da Bahia, especificamente do

Escritório Regional do Ministério Público de Eunápolis, nos foi solicitada a

feitura de um Relatório Técnico Jurídico – RTJ acerca do teor da mesma, o

qual foi oportunamente encaminhado para a gerência técnica;

Considerando que em relação ao referido RTJ não se teve posicionamento

conclusivo para efeito das atividades a serem realizadas na auditoria do 3º

grupo, seguramente por se tratar de matéria de grande complexidade que se

encontra em discussão junto ao comitê de certificação;

Considerando informações no sentido de que houve contratação de consultoria

jurídica pelo BVC, com o objetivo de auxiliar a apreciação e posicionamento do

comitê de certificação;

Considerando as conclusões do RTJ, bem como as ressalvas apresentadas,

que apontavam a necessidade de aprofundar o conhecimento quanto aos fatos

apontados na recomendação;

Considerando que na reunião de abertura da auditoria do 3º grupo de fomenta

dos ,as equipes de auditores e prestadores de serviços da ASPEX, como é de

praxe, alinharam informações;

Considerando que a ASPEX possui prestadores de serviços na área jurídica,

os quais acompanham de forma assídua a defesa do interesses dos

associados, tendo os mesmos nos apresentado o parecer da Veirano contrata

da pelo BV, bem como os documentos por nós solicitados.

Page 66: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

66

Considerando que o líder da auditoria, que recebeu cópia do RTJ decidiu por

bem entrevistar vários “stakeholders”, dentre os quais estavam listados o

IBAMA, o INEMA e o Ministério Público Estadual, tendo as entrevistas transcor

ridas de acordo com os ajustes prévios de data,horário e local, contando com a

presença do subscritor;

Considerando que, na qualidade de auditor especialista, sentimos a necessida

de de transmitir nossas impressões aos demais membros da equipe, de modo

que todos pudessem conhecer os resultados das entrevistas.

Apresento, a pedido do líder da auditoria, Relatório Jurídico Circunstanciado de

Auditoria –RJCA para conhecimento, análise e encaminhamento à gerência

técnica, lavrado eletronicamente e copiado para a equipe de auditoria, nos

termos que seguem:

Das informações obtidas junto ao IBAMA:

Entrevistado: Sr. Antônio Marco no Nascimento, gerente regional.

Suma da entrevista realizada na sede do órgão em 13/06/2012:

Perguntado sobre as atribuições do IBAMA no que tange às atividades de

silvicultura, o entrevistado respondeu que: possui limitações legais que o

impedem de atuar nos processos de licenciamento de atividades silviculturais,

cuja competência é, a princípio, estadual, a não ser que ocorram determinadas

circunstâncias.

Perguntado sobre a posição oficial do órgão quanto aos limites de competência

funcional esclareceu que: tanto o MPE quanto o MPF recomendaram a atua

ção do IBAMA no licenciamento da VERACEL. Perguntado sobre o posiciona

mento da procuradoria jurídica do IBAMA informou que levou as recomenda

ções aos AGUs lotados no órgão, e que estes firmaram posição no sentido de

que haveria, a princípio, a ausência de atribuições e competências quanto ao

licenciamento de atividades silviculturais desvinculada à reposição florestal;

Comentário: em nossa visão não há reparos quanto a posição do agente

que representa o órgão e mesmo da procuradoria do IBAMA. Isto porque

as atribuições relativas ao poder de polícia administrativa, que inclui a

competência para licenciar atividades potencialmente impactantes estão

Page 67: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

67

bem definidas tanto no art. 23 da Constituição Federal, quanto na Lei

Complementar 140/2011.

Perguntado sobre quais as potenciais formas de atuação do órgão quanto às

atividades de silvicultura informou que: (1) sua atuação é meramente supletiva

nos casos em que ocorra irregularidades decorrentes das atividades licencia

das e desrespeito à condicionantes de licenciamentos; (2) tem atribuição direta

no que tange à atividades que envolvam fauna silvestre e supressão de vegeta

ção em Mata Atlântica; (3) tem atribuição direta de fiscalização de atividades

situadas em zonas de amortecimento de Unidades de Conservação,Atuando

em cooperação com o Instituto Chico Mendes - ICMBIO; (4) pode ter interesse

na atuação em casos relacionados ao Cadastro Técnico Federal de Atividades

e Instrumentos de Defesa Ambiental – CTF e a Taxa de Controle e Fiscaliza

ção Ambiental – TCFA.2

Comentário: em nossa visão está correta a postura adotada pelo órgão,

ressalvando o fato de que a competência não é meramente supletiva,

mas comum em alguns casos, não podendo o órgão se furtar, caso insta

do, a atuar com seu poder de polícia para o fim de coibir ilícitos, ainda

que seja atribuição previamente definida - em caráter “preferencial” - ao

estado ou ao município. Por outro lado, as questões relacionadas à fauna

decorrem de lei que lhe atribui competência exclusiva. O mesmo se diga

quanto a questão de supressão de vegetação de Mata Atlântica, nos

casos em que se estiver diante de vegetação que cujas características

decorram de estágio superior ao inicial de regeneração. Por fim, a quês

tão do CTF e do TCFA se resolve por mera leitura dos arts.17 e ss. da Lei

nº 6938/1981, que estabelece ser do IBAMA o interesse na taxa.

Das informações obtidas junto ao INEMA:

Entrevistados: Srs. Sebastião Firmino e Florisval Lima

Analistas

Suma da entrevista realizada na sede do órgão em 13/06/2012:

Perguntados sobre a posição oficial do órgão quanto aos limites de compe

tência funcional

Page 68: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

68

esclareceram que: (1) somente a partir da Resolução CEPRAM, de 3925/2009

passaram a ter atribuição normativa para licenciar a atividade de silvicultura

não destinada a reposição florestal; (2) que os municípios detinham a compe

tência e que recordavam que houve treinamento realizado pelo Centro de

Recursos Ambientais – CRA do Estado e que a partir de então passou a ser

deles (municípios) a competência; (3) que não participaram de qualquer etapa

do processo de licenciamento municipal; (4) que acreditam que ao tempo das

licenças concedidas os municípios dificilmente teriam estrutura técnica sufici

ente para licenciar as atividades, mas que não lhes competia questionar este

fato; (5) que não podem convalidar as licenças municipais e que por isso tive

ram que iniciar o processo de licenciamento a partir das fases iniciais na forma

da lei; (6) que não têm condições de avaliar se as licenças municipais levaram

em consideração todos os aspectos técnicos e legais que entendem necessá

rios para a concessão de uma licença ambiental; (7) que não têm em seu local

de trabalho pessoal suficiente para realizar seu serviço a contento; (8) que

entendem que as preocupações dos administrados são legítimas mas pouco

podem fazer a respeito da estrutura funcional; (9) que as demandas existentes

são muitas e superam os interesses exclusivos dos Fomentados, devendo ser

respeitadas, sempre que possível, a ordem cronológica dos processos;

Comentário: se realmente entendem os entrevistados que anteriormente

não tinha o INEMA (ou seu equivalente predecessor) atribuição para

conceder licença, mas em os municípios, a estes deveriam se dirigir os

fomentados. Igualmente, concordamos que não cabe ao funcionário do

órgão estadual se imiscuir na estrutura municipal a fim de analisar sua

suficiência para a emissão das licenças ambientais. Esta é uma questão

que ultrapassa suas atribuições funcionais, ainda que pudessem levar

esta questão aos órgãos competentes para tanto, o que não foi

evidenciado ter ocorrido. Concordamos com a impossibilidade de

convalidação de um ato jurídico perfeito realizado por outro órgão

pertencente à estrutura federativa, razão pela qual suas atividades devem

Page 69: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

69

respeitar o procedimento do órgão ao qual pertencem. Também já nos

manifestamos acerca dos direitos assegurados aos administrados no que

diz respeito à ineficiência da administração pública.

Perguntados sobre o processo de licenciamento perante o órgão responderam

que: (1) estão na busca pelo encaminhamento dos processos; (2) que acredi

tam poderão encaminhar cerca de 35 (trinta e cinco) Processos Administrativos

– PAs dos fomentados à sede do órgão em Salvador ainda esta semana; (3)

que não têm ingerência sobre o deferimento das licenças a partir do encami

nhamento dos autos dos PAs contendo pareceres à Diretoria em Salvador; (4)

que por conveniência da Administração Pública os PAs seriam anexados para

o fim de avaliação do pedido de licença e de aceitação da proposta de reserva

legal; (5) que estão 3 Importante lembrar que havia convênios entre diversos

municípios e o Estado da Bahia (4) aplicando o disposto na Lei nº 12651/ 2012,

com redação alterada pela Medida Provisória nº 671/2012, no que tange à

desnecessidade de averbação da Reserva Legal anterior ao licenciamento,

todavia, no caso dos fomentados, dada a gravidade de sua situação pela

demora do órgão na aprovação das reservas legais e licenças, haveria sido

determinada pela diretoria do órgão, procedimento que contemplasse

concomitantemente a emissão da licença e a certidão de aprovação da RL para

encaminhamento ao CRI para averbação; (6) que não houve, até o momento e

considerando os processos analisados, a indicação de exigências a serem

cumpridas; (7) que não apreciaram a questão dos corpos d’água efêmeros;5

(8) que não analisaram as ortofotos condicionantes dos licenciamentos por

força do empreendimento da VERACEL;6 (9) nos PAs dos fomentados e em

quaisquer outros, não estão exigindo certidões com validade trimestral ou

mensal, inclusive as de inteiro teor imobiliárias, uma vez que tal exigência

“atrapalharia” os respectivos andamentos, consignando que somente a partir

da análise documental imobiliária apresentada é que, em determinados casos,

fazem exigências de apresentação de documento atualizado.7

Comentário: a partir das entrevistas entendo ser possível considerar que

há evidência de que os processos estão em andamento. Não há razão

para desacreditar nas informações dos funcionários entrevistados.

Page 70: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

70

Quanto ao procedimento relatado acerca da conveniência da administra

ção, a partir de ato da direção do órgão no qual se aplica a Legislação

nova, nada temos a opor, desde que o ato seja realizado enquanto vigente

a lei.

Assim, se o órgão não vai condicionar a licença à averbação prévia da

Reserva Legal e poderá conceder a licença acompanhada de certidão a

ser levada ao CRI, entendemos se tratar de ato perfeitamente lícito. Não

podemos nos manifestar acerca dos pareceres ou eventuais ausências de

exigências, uma vez que não conhecemos o teor dos pareceres juntados

aos autos dos PAs aos quais não tivemos acesso ao teor. Ressalto que

me preocupa a informação de que não têm nada a declarar acerca dos

corpos d’água efêmeros e da não verificação das RLs em face das ortofo

tos de 1996, que condicionam o uso de quaisquer áreas à ausência de

derrubada de mata antes da referida foto. Por fim, o procedimento do

órgão no que tange a não exigência de certidões dentro da validade de 30

dias, entendo ser incorreta esta postura, que é passível de apresentar pro

blemas futuros de dominialidade.

Das informações obtidas junto ao Ministério Público Estadual:

Entrevistado: Dr. João Alves da Silva Neto

Promotor de Justiça do Escritório Regional de Eunápoles

Suma da entrevista realizada na sede do órgão em 13/06/2012:

Perguntado sobre seu entendimento sobre as atividades de silvicultura

respondeu que:

Desde que feitas de forma lícita e sem prejuízo à sociedade não teria, enquan

to agente fiscal, da lei nada a opor;

Perguntado acerca da existência de problemas na região quanto às atividades

de fomento florestal afirmou que: (1) todas as “propriedades” que integram o

PPF padecem de ilegalidades decorrentes de sua origem em face da

“ausência” de licença válida, asseverando Art. 14, § § 1º e 2º c.c. art. 18

Este tema já foi apontado nos relatórios anteriormente encaminhados.

Page 71: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

71

Este tema nos parece da mais alta relevância, todavia deverá ser objeto de

análise nas próximas auditorias, caso se confirme a informação.

Este nos parece ser outro ponto relevante, na medida em que, a rigor, as

certidões imobiliárias têm validade de 30 dias e que o licenciamento da

VERACEL seria ilegal e condicionaria o licenciamento dos fomentados;

A empresa possui milhares de ações judiciais na seara trabalhista e que a

empresa teria desrespeitado várias normas, inclusive de direito ambiental,

imobiliário, trabalhista, tributário, dentre outros; A empresa teria adquirido e

utilizado cerca de 37.000 ha de áreas devolutas, assim como 5.000 ha de

áreas indígenas; Que a empresa utiliza fomentados e terceiros para lesar o

fisco, calçando e adulterando notas fiscais, manifestos de carga;

Que a empresa lesa consumidores no Brasil e no exterior utilizando “selos” que

acobertam venda de produtos que utilizam madeira de florestas ilicitamente

plantadas; Que a empresa recebe madeira cortada ilicitamente para sua

produção; Que suas consultorias ambientais, jurídicas e outras, juntamente

com a diretoria da empresa agem em conluio a fim de perpetrar ilegalidades e

lesar a sociedade local e consumidores dentro e fora do país; Que a empresa e

suas assessorias e consultorias utilizam de práticas ilícitas de natureza penal,

a exemplo de tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção passiva; Que a

ASPEX encobre as atividades da VERACEL; Que a ASPEX é testa de ferro da

VERACEL e atua como interposta pessoa facilitando a prática de atividades

ilícitas com o fim de ludibriar a sociedade e órgãos públicos; Q que a empresa

estaria envolvida em perseguições aos membros no “movimento dos sem

terra”, asseverando que a mesma estará por traz de crime de homicídio e que

haveria um procedimento da PGR provocado pela Comissão de Direitos

Humanos vinculada à Presidência da República; Que havia ajuizado diversas

ações judiciais de caráter criminal contra a empresa, a diretoria e alguns de

seus funcionários; Que teria instaurado diversos inquéritos civis com o fim de

apurar as ilegalidades, alguns passíveis de ser disponibilizados e outros ainda

em segredo, dando a entender que haveria interceptações telefônicas e mesmo

quebra de sigilos bancários e fiscais de diversas pessoas; Que a empresa pré

tende desmoralizá-lo e tenta afastá-lo de suas atribuições, inclusive utilizando

Page 72: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

72

de expedientes tais como: (a) tráfico de influência junto ao Governador do

Estado, ao Procurador Geral de Justiça e ao Secretário de Meio Ambiente do

Estado; (b) atuação de suas consultorias e assessorias; (c) utilização de alguns

fomentados, dentre outras queixas.

Perguntado sobre a atividade específica de fomento e sobre os fomentados

responde que:

(1) não possui nada contra a atividade desde que realizada de forma lícita; (2)

que em seu entendimento todas as licenças até hoje concedidas são ilegais,

pois estão atreladas ao licenciamento da VERACEL, que seria ilegal, contami

nando as demais licenças; (3) estão sendo utilizados como instrumento de

práticas ilegais da VERACEL e da ASPEX; (4) que alguns dos fomentados

praticam atos ilícitos com o fim de obter licenças de forma ilegal; (5)

que alguns têm cortado madeira de forma ilícita e participado de crimes

diversos, inclusive ambientais e tributários; reproduzindo algumas das queixas

contra a VERACEL

Perguntado sobre o processo de certificação assevera que: (1) que se não

observa o princípio 1 da ABNT NBR 14789 na medida em que: (a) considera

lícitas as licenças municipais; (b) certifica madeira plantada ilegalmente; (c)

certifica fomentados cujas licenças são ilegais; (2) a recomendação ludibria a

sociedade e permite o enriquecimento ilícito da VERACEL, dos fomentados e

dos demais pessoas físicas ou jurídicas que participam do processo; (3) conva

lida práticas de crimes ambientais, corrupção ativa e passiva, sonegação fiscal,

perseguições e homicídios, dentre outros argumentos; (4) que não se respeita

o princípio 5 porquanto as comunidades locais e os movimentos sociais são

afetados diretamente de forma contrária por práticas excludentes e pela

ausência de benefícios reais, além de outras observações

Indicação de nossa posição:

Este entendimento teria sido convalidado pelo judiciário local no caso do

fomentado PPF 18

Page 73: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

73

Trata-se de caso que envolve o PPF 6, sobre o qual existem referências

abaixo

Em contraposição a algumas colocações feitas pelo Promotor de Justiça,

explicamos que no processo de certificação, os auditores fazem uma análise

amostral e situacional destinada a obter evidências de que comprovem o

cumprimento dos princípios, critérios e indicadores da ABNT NBR 14789.

Igualmente esclarecemos que as atividades dos auditores são pautadas

por norma própria da ABNT que regula os procedimentos dos auditores,

inclusive estabelecendo limites de atuação.

Esclarecemos tratar-se de uma certificação voluntária. Como tal, a organização

busca obter, a partir do processo de certificação, os benefícios próprios do

certificado, o que foi inclusive objeto de reconhecimento por ele próprio no bojo

da recomendação feita à vice-presidência do BV.

Também foi objeto de esclarecimento o fato de que as atividades dos auditores

não ultrapassam os limites da busca de evidências objetivas, que decorrem do

disposto no Princípio 1 da norma, que exige à verificação da observância de

requisitos legais. Esta atividade não passaria, por exemplo, pelo exame de méri

to acerca da substância, da conveniência ou da oportunidade da concessão de

uma licença, ou da aprovação do local para servir de base para fixação e poste

rior averbação da Reserva Legal.

O aprofundamento relativo ao conteúdo material das licenças e aprovações

compete aos órgãos públicos e não à certificadora, ou aos auditores. Estes, por

sua vez, não possuem poder de polícia, que é prerrogativa do estado. Assim,

desde que observada a regularidade formal dos documentos exigidos para o

fim de comprovação da regularidade normativa, não caberiam aos auditores

glosar ou desqualificar documentos públicos apresentados como evidências.

Este papel caberia (e cabe) aos órgãos de proteção ambiental, ministério

público , advogados de estado (procuradorias, defensorias, corregedorias,

etc.). Somente diante da suspensão,cassação ou revogação de um ato auto

rizativo, ou a anulação de um alvará de licença, por ato próprio da administra

ção pública ou por determinação judicial, é que se poderia recusar como evidên

Page 74: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

74

cia de auditoria um documento oficial apresentado ao auditor por parte de um

auditado.

De outro lado, se deixou claro que assim como ocorre em caso de conces

são indevida de licenças ambientais, os certificados ou selos de certifica

ção podem ser suspensos ou retirados a qualquer momento, desde que

evidenciada a existência ilegalidade passível de suspender ou retirar o

certificado. Todavia, assim como ocorre nos casos de suspensão,Revogação

ou cassação de alvarás de licença, seja por ato próprio da administração

pública, ou por decisão judicial, os processos de certificações voluntárias

exigem a adoção de um procedimento próprio. Vale dizer: há devido proces

so normatizado que regula a ampla defesa e o contraditório.

Diante dessas informações, também esclarecemos quanto a recomendação,

que os produtores rurais fomentados que constam da Recomendação, deverão

se adequar à lei caso estejam desconformes. Sob este aspecto, no processo

de auditoria de manutenção do 1º grupo do PPF, todos os produtores certifica

dos deverão apresentar adequação aos requisitos legais, sob pena de não ser

renovado o certificado.

Por fim, manifestamos pleno interesse em conhecer os procedimentos já adota

dos pelo Ministério Público local, assim como os processos judiciais existentes,

tal qual comentados na entrevista. Ressaltamos que é de interesse do BV em

conhecê-los e acessá-los como o fim de obter evidências que permitam conhe

cer a realidade fática narrada para efeitos de providências.

Nossas impressões:

A conversa com o promotor de justiça foi franca. As assertivas narradas pelo

mesmo, se comprovadas, dão conta não de uma, mas de inúmeras situações

da mais alta relevância e gravidade. A possibilidade aberta pelo promotor de

conhecimento do que de fato ocorreu ou ocorre é essencial para se ter plena

segurança do processo. Em nossa opinião, somente a partir da verificação de

cada fato, procedimento e processo indicado, é que será possível abalizar o

processo de certificação de modo a reduzir ou neutralizar riscos.

Page 75: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

75

De outra parte, do que se viu in loco até hoje, assim como do que se pôde Ana

lisar a partir dos documentos apresentados pelos fomentados, como também

aqueles decorrentes dos procedimentos e processos nos quais funciona a

assessoria jurídica dos mesmos, fica a impressão de que não existem óbices à

manutenção das atividades do BV no que tange ao processo de auditoria. Isto

porque para todos os fatos narrados foram apresentadas informações e docu

mentos consentâneos que não permite concluir pela prevalência dos relatos do

promotor de justiça entrevistado.

Todavia, no que tange aos fomentados Armando Rodrigues Gomes (PPF 18) e

José Nivaldo

Pianizoli (PPF 6),10 - 11 ambos do 1º grupo, acredito ser o caso de analisar a

situação de ambos e acompanhar de perto suas defesas judiciais. Pode-se,

ainda, ou aguardar a próxima auditoria de manutenção para levar a efeito as

medidas necessárias quanto a manutenção ou não do certificado tendo em

vista mesmos, ou analisadas as possibilidades e repercussões de sua suspen

são, desde que isso não implique na suspensão dos demais. Isto porque, é

possível que por se tratar de certificado que contempla o grupo, deve a gerên

cia técnica abalizar sua decisão.Isto porque ambos tiveram problemas em

virtude de atuação do promotor entrevistado. O primeiro teve a madeira seques

trada pela justiça a partir de uma ação criminal que possuía como fundamento

2 argumentos, quais sejam: um de que não teria licença para a atividade e

outro no sentido de que o corte da madeira teria sido ilícito, sem o devido

registro. O segundo foi autuado pelo INEMA e teve uma ação judicial na esfera

criminal, ainda não julgada, na qual responde como réu pelo tipo penal de

receptação de produto ilegal.

Estes dois casos remetem à questão essencial da validade das licenças

ambientais que foram questionadas na justiça, razão pela qual a entendemos

emblemática. No caso do PPF 18 a ação foi julgada procedente e está em fase

de recurso. De notar que a questão anteriormente indicada no RTJ foi enfren

tada, sendo convalidada pelo INEMA necessidade, apenas, de registro de

corte, o que derrubou o segundo argumento (registro). Todavia o primeiro

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76

argumento foi acatado no sentido de que a licença dada pelo município não

teria validade,devendo, pois, ser realizado Estudo de Impacto Ambiental por

ser atividade atrelada ao licenciamento da VERACEL.

O PPF 18 possui uma propriedade recomendada.

O fomentado do PPF 6 possui 2 fazendas que contém unidades de manejo

florestal e teve problema na

primeira fazenda recomendada à certificação. Hoje tem outra fazenda a ser

objeto de auditoria

Segundo consta, teria havido um equívoco no qual a acusação de receptação

ilegal de madeira, não subsistiria.

Isto porque a madeira seria dele próprio e não de terceiro.

Já o caso do PPF 6 também é emblemático porque o órgão ambiental anulou

o auto de infração, reconhecendo que a madeira não tinha procedência

ilegal. Por outro lado, o órgão ambiental informou que se tratava de caso de

Dispensa de Licença Ambiental – DLA. O processo crime não está findo,

uma vez que foi convertido em diligência para que o INEMA confirme que

anulou o auto de infração e a DLA, documentos cujas cópias foram juntadas no

processo.

Conclusão:

O subscritor do presente, em meio às atividades de auditoria, se viu na condi

ção de ter que realizar relatórios distintos. Um por ocasião da auditoria de certifi

cação do 1º grupo e outro por ocasião da auditoria de certificação do 2º grupo.

Em ambos os casos foram colhidas impressões acerca dos problemas como se

apresentaram no momento. Vale lembrar que nas duas oportunidades em que

se apresentaram relatórios, foi sinalizado o entendimento de que havia neces

sidade de se aprofundar no processo de auditoria com o objetivo de se aferir a

criticidade da certificação.

Até a presente data, como não foi possível levar a efeito a intenção de conhe

cer e estudar o processo sob o foco das implicações e/ou potenciais repercus

sões decorrentes da entrevista realizada. Logo, reiteramos que se trata de

Page 77: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

77

processo de certificação emblemático, no qual se faz necessário acompanha

mento próximo e assíduo.

Tendo em vista o fato de que o BV contratou consultoria jurídica, entendo

oportuno que sejam adotadas providências no sentido de que o acompanha

mento das questões levantadas ocorra na prática. Consigno, ainda, que tal

possibilidade de acompanhamento jurídico pode aprofundar as questões

apreendidas a partir das entrevistas, especialmente aquelas realizadas junto ao

INEMA e ao MPE.

Por fim, esclareço que a análise crítica das defesas apresentadas pela asses

soria jurídica deve ser feita, especialmente porque se trata de pessoal especia

lizado, cujas posturas em defesa dos associados me parece bem abalizada e

passível de atingir resultados satisfatórios quanto ao interesse dos associados

da ASPEX. Portanto, salvo juízo de melhor valor, estas são as considerações

que entendo necessárias, permanecendo, pois, à disposição para eventuais

esclarecimentos e atividades..

Eunápolis, 14 de junho de 2012.

Fabio Ribeiro Dib

Auditor especialista em Direito

RELATORIO DE CERTIFICAÇÃO FLORESTAL EM GRUPO FASE 3 –

ASPEX

NOTAS DE ESCLARECIMENTO:

1- Na qualidade de auditor especialista, após discussões iniciais em reunião de

alinhamento, ajustei com o auditor líder que dividiria meus trabalhos entre a

análise documental registraria e ambiental de alguns PPFs e analisaria daria

ênfase à questão documental relacionada com os desdobramentos do conflito

surgido a partir da recomendação do MPE, uma vez que foram feitas diversas

entrevistas com órgãos ambientais e com o próprio promotor de justiça que

elaborou a recomendação.

2- No que tange a análise documental, foram verificados os documentos dos

PPFs 48 e 06, tal qual indicado abaixo.

3- Por outro lado, a questão relacionada ao MPE foi tratada em separado, a

partir da elaboração de Relatório Circunstanciado a ser encaminhado à

Page 78: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

78

Gerência Técnica do BVC no intuito de auxiliar nos encaminhamentos

pertinentes.

4- A análise documental das propriedades rurais tem como foco os princípios

do direito imobiliário relativos à cadeia sucessória dominial, seja em

razão dos registros públicos, seja em razão do atendimento a questões

tributárias e cadastrais perante o INCRA, bem como as obrigações legais

decorrentes da regularidade ambiental das unidades de manejo florestal

(reservas legais – RLs Áreas de Preservação Permanente – APPs),

I relativamente a um grupo de PPFs escolhido por amostragem.

II Esta amostragem contempla unidades de manejo florestal com caracteristi

cas específicas, seja pela dimensão, seja pela sucessão imobiliária ou, ainda,

em decorrência dos comandos normativos dispostos nas seguintes normas

federais: Lei 4947/66;

III Lei 5868/1972;

IV Lei 6015/1973;

V Lei 6739/1979;

VI Lei 9393/96;

VII Lei 10267/2001;

VIII além do Decreto federal 449/2002 que regulamenta referidas leis.

5- A análise documental de evidências é realizada no intuito de verificar se há

indicadores que contemplem os critérios correlatos aos princípios das normas

ABNT NBR 14789 e 16789.

6- A avaliação documental é atividade complexa e decorre de evidências

colhidas a partir de documentos fornecidos pela ASPEX, razão pela qual tão

somente os aspectos formais foram passíveis de análise. Ainda que

apresentadas certidões de distribuição de ações, não só o conteúdo .

I Unidade de manejo florestal: Área, contínua ou não, claramente definida, onde está implementado o plano de

manejo florestal, conceito este decorrente da norma de referencia para a certificação.

II A documentação analisada foi apresentada pelas consultorias da ASPEX, tendo sido acompanhado por

consultores para o fim de sanar eventuais dúvidas acerca dos mesmos.

II I Institui normas de Direito Agrário

IV Institui o Sistema Nacional de Cadastro Rural e o Cadastro Nacional de Imóveis Rurais

V Lei dos Registros Públicos

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79

VI Lei que trata da Matrícula e Registro de imóveis rurais

VII Trata do Imposto Territorial Rural

VIII Altera dispositivos de algumas das leis antetiormente citadas.

Critério 1.1

Evidenciado o procedimento PC-02-SGI-006 (Análise de Legislação – Veracel),

data da emissão 10/11/2011, validade 10/11/2013. Número da revisão 00.

Evidenciadas:

PPF 003 – Fazenda Harmonia

IMA nº do processo: 2010-018214/TEC/LS-0688. Data 19/10/2010. LS para

silvicultura.

PPF 006 – Fazenda Corubá

Certidão de dispensa de licenciamento ambiental. Nº do requerimento: 2010-

007803/TEC/DLA-0127. Emissão em 04/08/2011.

PPF 009 – Fazenda Santa Fé

Certidão de dispensa de licenciamento ambiental. Nº do requerimento: 2009-

030833/TEC/DLA-0125. Emissão em 09/09/2009.

PPF 033 – Fazenda Esperança

IMA nº do processo: 2010-010507/TEC/LS-0384. Data 21/06/2010. LS para

silvicultura.

PPF 038 – Cruzeiro do Sul

Page 80: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

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IMA nº do processo: 2010-011541/TEC/LS-0448. Data 14/07/2010. LS para

silvicultura.

PPF 040 – Fazenda Conjunto Monte Pascoal

IMA nº do processo: 2010-009521/TEC/LS-0337. Data 31/05/2010. LS para

silvicultura.

PPF 045

Certidão de dispensa de licenciamento ambiental pelo Centro de Recursos

Hídricos Ambientais (CRA). Nº do requerimento: 2008-001124/TEC/DLA-004.

Emissão em 28/02/2008.

PPF 041 – Fazenda Nossa Senhora das Graças

Requerimento para dispensa de licenciamento ambiental, sob nº 0519, de

10/12/2010

PPF 042 – Fazenda Preciosa

Requerimento para dispensa de licenciamento ambiental, sob nº 0205, de

24/02/2010

PPF 049 – Fazenda Boa Sorte

IMA nº do processo: 2011-005938/TEC/DLA-0196. Data 01/04/2011. LS para

silvicultura.

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81

PPF 068 – Fazenda Campo das Ovelhas

IMA nº do processo: 2010-012723/TEC/LS-0252. Data 02/08/2010. LS para

silvicultura.

PPF 048 – Fazenda Nordestina Montes Claros

IMA nº do processo: 2010-011544/TEC/LS-0449. Data 14/07/2010. LS para

silvicultura.

Protocolo de recebimento do “Resumo do Plano de Manejo Integrado”,

referente ao Grupo de Produtores Florestais Integrados G3 associados à

ASPEX entregue ao sindicato dos trabalhadores rurais de Eunápolis, em

06/06/2012 e assinado pela responsável.

Evidenciado o contrato individual de trabalho por prazo indeterminado do

colaborador Joaquim Barbosa Júnior, o qual informa atividade do mesmo e

salário para o STTR. Recebido pelo sindicato e, 11/06/2012.

- Erosão

Nos PPF’s 048 e 045 foram evidenciados alguns pontos de erosão, sendo um

em cada.

Plano de Monitoramento de Erosões nos PPF’s está em andamento para todos

os grupos da ASPEX, entretanto, até o momento foram avaliados todos os

PPF’s dos grupos 02 e 03.

Atividades a serem realizadas ou já realizadas no plano acima descrito:

identificação das áreas para construção de barragem, quantificação das áreas

a serem identificadas, análise de campo para comprovação da condição de

recuperação da erosão, definição dos limites, demarcação e realização do

isolamento das áreas de erosão, manutenção quando necessário do

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82

isolamento, construção das atividades do plano de recuperação para redução

da ação erosiva, monitoramento e manutenção das calhas.

Segundo o Decreto 14.024 de 06/06/2012 Nova política ambiental da Bahia.

Fundiária do PPF 003 – Fazenda Harmonia

Ofício do registro de imóveis e hipotecas/Bahia. Matrícula sob nº 3.556, de

16/09/1993, com área total de 553, 1ha. Reserva legal de 110ha sob protocolo

do INEMA para averbação de reserva legal nº 2009-025800/TEC/ARL-2643, de

18/08/2009. O PREV foi vinculado a este processo, sendo que o nº é 2009-

025802/TEC/PREV-0033, data 10/08/2009.

Evidenciado o recibo de entrega da declaração do ITR, exercício 2011. Número

do imóvel da Receita Federal (Nirf): 4.027.009-2. Nº do recibo de entrega

24.91.30.66.04.81.

Evidenciado o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural – CCIR nº

04330303093, emissão 2006/2007/2008/2009, sob nº de autenticidade

07640.10600.01442.02364. Emissão em 14/12/2009.

Fundiária do PPF 042 – Fazenda Preciosa

Ofício do registro de imóveis e hipotecas/Bahia. Matrícula sob nº 1405, de

12/11/2003, com área total de 137ha. Foi averbada junto ao CRA a reserva

legal nº 2008-018784/TEC/ARL-0279, data 03/12/2008, em conjunto a esse

protocolo também foi colocado o PREV para autorização.

Evidenciada a ART nº ES0000004590-000615 para a fazenda acima

discriminada, de data 05/11/2008.

Page 83: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

83

Evidenciado o recibo de entrega da declaração do ITR (exercício/2011), sob

número do imóvel na Receita Federal (Nirf): 1.172.511-7. Controle

15.37.87.76.87.

Certificado de Cadastro de Imóvel Rural – CCIR, sob nº 02014034090, emissão

2006/2007/200/2009. Data de geração do CCIR 22/02/2010. Nº de

autenticidade 10420.07110.05048.02176.

CRITÉRIO 3.1

Transferência de tecnologia (melhoramento florestal)

A ASPEX utiliza os melhores clones desenvolvidos e adaptados pela

VERACEL para a região.

Evidenciado s os clones 975, 1006, 1004 e 865, representam 70% do plantio

comercial da Veracel. Verificado o relatório interno da Veracel: “Recomendação

de clones para plantio comercial da Veracel e produtores florestais em 2012”.

CRITÉRIO 3.2

- Realizado em Abril de 2012 – fauna e flora.

- 25 PPFs vistoriados em 2012 – com a metodologia de aspectos da paisagem,

com a análise de remanescentes florestais de vegetação nativa. Os fragmentos

com no mínimo 200 m de largura e 100m de comprimento foram priorizados

(corredores ecológicos). Avifauna, Mastofauna, Mimecofauna.

Verificação do diagnóstico:

- tamanho dos fragmentos, APPs e RL, proporção de vegetação nativa em

relação à área da fazenda, conectividade.

- atividades de campo - estrutura e estado da vegetação, fisionomias.

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84

CRITÉRIO 3.3

Evidenciado o Plano de proteção que direciona todas as nossas práticas.

Plano Integrado de Proteção Florestal – Revisão 06 – Junho/2011.

A praga mais comum é a formiga cortadeira.

O monitoramento de pragas e doenças do viveiro está ocorrendo

semanalmente.

Anualmente para Ralstonia solanacearum, causadora a “murcha bacteriana” é

realizado monitoramento bimestral, através de análise microscópica, avaliando

15 mudas (aleatório) de cada clone na fase de rustificação (60 a 80 dias) e 5

cepas (aleatório) de cada clone no minijardim clonal.

Seis clones de eucalipto estão sendo utilizados atualmente e entrarão mais

quatro clones no processo posteriormente.

Procedimento PO-03-SIL-004: Monitoramento de formigas cortadeiras.

Equipes de monitoramento estão sendo lotadas para os PPF’s para

observação de formigas cortadeiras em campo.

DICE – Danos, infestação, controle e eficiência

As áreas do PPF serão divididas em blocos para diagnóstico e serão

monitoradas em vários estágios: controle inicial, repasse, controle de

manutenção.

A sulfuramida usado por ha é de 1,15 a 1,2 kg (atualmente). Com o início do

monitoramento eram 3Kg (em 2004).

Monitoramento de pragas exóticas, desde 2004.

Contratação das equipes de monitoramento da equipe de formiga cortadeira –

evidência:

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85

Monitoramento de Formigas

Requisição de compra: Nº 1000074434

Data 25/04/2012

Para contratação da “Equilíbrio Florestal” para a realização de serviços de

monitoramento de formigas nas áreas do programa produtos florestal.

Informado pela ASPEX que o monitoramento deve iniciar em até 30 dias.

- Visitas aos PPF’s

PPF 045/104

Área total de 180,67ha, APP 26,16ha, Reserva legal 40,93ha, plantio na

propriedade 76,06ha. Evidenciado o PTEAS para esta propriedade.

Evidenciada um erosão dentro da reserva legal.

Nesta propriedade não tem funcionário.

A reserva legal está em estágio avançado de regeneração e bosque, as APP’s

também estão sendo respeitadas.

PPF 048

Área total de 492,73ha, APP 68,75ha, Reserva legal 101,78ha, plantio de

eucalipto na propriedade 201,48ha.

Nesta propriedade possui um funcionário.

Evidenciado em entrevista o procedimento que o funcionário deve seguir em

situação de emergência, onde o mesmo possui todos os telefones de contato.

Evidenciado em entrevista quais os EPI’s precisam ser utilizados durante

trabalho e atividades em campo.

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86

PPF 038

Nesta propriedade possui funcionário.

O mesmo apresentou sua carteira de trabalho, onde o registro confere e

alterações de salário também.

Evidenciado holerite de junho/2012 do funcionário.

Evidenciado em entrevista o procedimento que o funcionário deve seguir em

situação de emergência, onde o mesmo possui todos os telefones de contato.

Evidenciado em entrevista quais os EPI’s precisam ser utilizados durante

trabalho e atividades em campo.

Entrevista ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais – STTR

No sindicato foram levantadas algumas questões em relação aos

colaboradores que prestam serviço aos PPF’s, como: sindicalização,

convenções coletivas, situação de moradia, alimentação, salários, existência ou

não de plano de saúde, abono salarial, férias, dentre outros.

No sindicato nos foi informado que o mesmo almeja uma comunicação com a

ASPEX de forma mais aberta e próxima.

Entrevista ao COMMAM (Conselho Municipal de Meio Ambiente)

Foi explanado sobre a situação ambiental da região, o que é gerência do

estado e o que é gerência do município. Quais são as formas de arrecadação e

o que é passível de licenciamento pelo município.

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87

Lista de auditados:

Cosme Ribeiro da Silva – Trabalhador Florestal

Daniela Andrade Neves – Especialista em Sanidade Florestal

Virgínia Londe de Camargo – Especialista Ambiental da Veracel/ Suporte

Técnico Ambiental da Aspex.

João Carlos Rocha Jr.- Projex Consultoria

Luis Migray – Veracel

Daniela Vilela – Veracel

Victoria Rizo – 2Tree

Washington Souza- Veracel

Raniere Ornelas – Veracel

Gilmar Faria - Serviços Gerais

Claudionor Lima Silva – Trabalhador Rural

Almir Souza Ramos – Secretário o STTR

Gélton Florindo de Freitas Júnior – Presidente do Conselho Municipal de Meio

Ambiente (COMMAM)

Critério 1.2

PROGRAMAÇÃO PARA PROTOCOLO DAS LICENÇAS AMBIENTAIS-

OBJETIVANDO A COLHEITA

jul/12 PPF 023 PPF 015 PPF 032 - - - -

ago/12 PPF 027 PPF 026 - - - - -

set/12 PPF 006 PPF 013 PPF 014 PPF 028 PPF 036 PPF 041 PPF 049

out/12 PPF 033 PPF 035 PPF 047 PPF 052 - - -

nov/12 PPF 008 PPF 009 PPF 034 PPF 042 PPF 048 PPF 054 PPF 058

dez/12 PPF 038 012/50 PPF 040 - -

jan/13 PPF 003 PPF 021 PPF 062

fev/13

mar/13 PPF 002

Page 88: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

88

abr/13 PPF 004 PPF022

Inventário

XXX Mapa Elaborados

Protocolado

FORA DA PROGRAMAÇÃO

PPF 087 só da área queimada 5,69ha

PPF 028 Biomassa

Critério 1.3

DOCUMENTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO

PPF 003 – INSTITUTO EDUCACIONAL DE PORTO SEGURO LTDA

PPRA

o Data de elaboração : 29/05/2012

o Validade: 29/05/2013

o Proprietário: Instituto Educacional de Porto Seguro Ltda

o Responsável Técnico: Silvio Roberto Zeni

LTCAT

o Data de elaboração: 30/05/2012

o Validade: 30/05/2013

o Responsável Técnico: Raymundo Washington Leal Junior

APA

o Data de elaboração: 29/05/2012

o Validade: 29/05/2013

o Responsável Técnico: Silvio Roberto Zeni

PCMSO

o Data de elaboração : 30/05/2012

o Validade: 30/05/2013

o Proprietário: Instituto Educacional de Porto Seguro Ltda

o Responsável Técnico: Raymundo Washington Leal Junior

AET

o Data de elaboração : 01/06/2012

o Validade: 01/06/2013

o Proprietário: Instituto Educacional de Porto Seguro Ltda

Page 89: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

89

o Responsável Técnico: Raymundo Washington Leal Junior

ASO

o Data de elaboração: 06/03/2012

o Data de validade: 06/03/2013

o Examinado: José Alfredo Batista

o Responsável Técnico: Gustavo Maia Pedroni

PPF 042 – GUTEMBERG PEREIRA SOUZA

PPRA

o Data de elaboração : 29/04/2012

o Validade: 29/04/2013

o Proprietário: Gutemberg Pereira Souza

o Responsável Técnico: Silvio Roberto Zeni

LTCAT

o Data de elaboração: 10/05/2012

o Validade: 10/05/2013

o Responsável Técnico: Raymundo Washington Leal Junior

APA

o Data de elaboração: 29/04/2012

o Validade: 29/04/2013

o Responsável Técnico: Silvio Roberto Zeni

PCMSO

o Data de elaboração : 03/05/2012

o Validade: 03/05/2013

o Proprietário: Gutemberg Pereira Souza

o Responsável Técnico: Raymundo Washington Leal Junior

AET

o Data de elaboração : 03/05/2012

o Validade: 03/05/2013

o Proprietário: Gutemberg Pereira Souza

o Responsável Técnico: Raymundo Washington Leal Junior

ASO

o Data de elaboração: 05/04/2012

o Data de validade: 05/04/2013

o Examinado: Valdomiro patrício Dias

o Responsável Técnico: Juliana C. Pacheco

PPF 033 – JOÃO BATISTA DE ALMEIDA

PPRA

o Data de elaboração : 29/04/2012

Page 90: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

90

o Validade: 29/04/2013

o Proprietário: João Batista de Almeida

o Responsável Técnico: Silvio Roberto Zeni

LTCAT

o Data de elaboração: 02/05/2012

o Validade: 02/05/2013

o Responsável Técnico: Raymundo Washington Leal Junior

APA

o Data de elaboração: 29/04/2012

o Validade: 29/04/2013

o Responsável Técnico: Silvio Roberto Zeni

PCMSO

o Data de elaboração : 03/05/2012

o Validade: 03/05/2013

o Proprietário: João Batista de Almeida

o Responsável Técnico: Raymundo Washington Leal Junior

AET

o Data de elaboração : 05/05/2012

o Validade: 05/05/2013

o Proprietário: João Batista de Almeida

o Responsável Técnico: Raymundo Washington Leal Junior

ASO

o Data de elaboração: 05/04/2012

o Data de validade: 05/04/2013

o Examinado: Joaquim Barbosa Junior

o Responsável Técnico: Gustavo Maia Pedroni

PPF 048 – LAERTE GRASSI

PPRA

o Data de elaboração : 30/04/2012

o Validade: 30/04/2013

o Proprietário: Laerte Grassi

o Responsável Técnico: Silvio Roberto Zeni

LTCAT

o Data de elaboração: 03/05/2012

o Validade: 03/05/2013

o Responsável Técnico: Raymundo Washington Leal Junior

APA

o Data de elaboração: 30/04/2012

o Validade: 30/04/2013

o Responsável Técnico: Silvio Roberto Zeni

Page 91: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

91

PCMSO

o Data de elaboração : 03/05/2012

o Validade: 03/05/2013

o Proprietário: Laerte Grassi

o Responsável Técnico: Raymundo Washington Leal Junior

AET

o Data de elaboração : 03/05/2012

o Validade: 03/05/2013

o Proprietário: Laerte Grassi

o Responsável Técnico: Raymundo Washington Leal Junior

ASO

o Data de elaboração: 05/04/2012

o Data de validade: 05/04/2013

o Examinado: Gilmar de Faria

o Responsável Técnico: Juliana C. Pacheco

Critério 1.2

Cronograma para elaboração das licenças ambientais e reserva legal dos

fomentados G3

fev/12 PPF 001 PPF 018 - - - - -

Mar/12 PPF 007 PPF 019 - - - - -

abr/12 PPF 030 PPF 017 - - - - -

mai/12 PPF 011 PPF 005 - - - - -

jun/12 PPF 010 PPF 031 PPF 086 - - - -

jul/12 PPF 023 PPF 015 PPF 032 - - - -

Ago/12 PPF 027 PPF 026 - - - - -

set/12 PPF 006 PPF 013 PPF 014 PPF 028 PPF 036 PPF 041 PPF 049

out/12 PPF 033 PPF 035 PPF 047 PPF 052 - - -

Nov/12 PPF 008 PPF 009 PPF 034 PPF 042 PPF 048 PPF 054 PPF 058

dez/12 PPF 038 012/50 PPF 040 - -

jan/13 PPF 003 PPF 021 PPF 062

fev/13

Page 92: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

92

Mar/13 PPF 002

abr/13 PPF 004 PPF022

Inventário

XXX Mapa Elaborados

Protocolado

FORA DA PROGRAMAÇÃO

PPF 087 só da área queimada 5,69ha

PPF 028 Biomassa

Critério 4.3 e 4.4

Page 93: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

93

Critério 4.3 e 4.4

Consumo de isca formicida - Grupo de Produtores Florestais Integrados G3 Produto Comercial Ingrediente ativo 2009 2010 2011 2012* 2009 2010 2011 2012* Área (ha)

3143,54 3143,54 3143,54 3143,54 Área (ha)

3143,54 3143,54 3143,54 3143,54

Isca (kg) 1000 1627 490 450 Sulfluramida (g)

3000 4881 1470 1350

kg/há 0,31811 0,51756 0,15587 0,14315 g/há 0,95433 1,55270 0,46762 0,42945 *Maio 2012 * Maio 2012 Consumo de herbicida – Grupo de Produtores Florestais Integrados G3 Produto Comercial Ingrediente ativo 2009 2010 2011 2012* 2009 2010 2011 2012* Área (ha)

3143,54 3143,54 3143,54 3143,54 Área (ha)

3143,54 3143,54 3143,54 3143,54

Scout (kg)

790 575 1705 1260 Glifosato (g)

568800 414000 122760 907200

Page 94: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

94

kg/há 0,25130 0,18291 0,54238 0,40082 g/há 180,942 131,698 390,515 288,591 *Maio 2012 * Maio 2012

3.5.3. Lista de pessoal auditado durante toda a auditoria:

Nome – função/cargo – empresa

NOME CARGO/FUNÇÃO EMPRESA

Luiz Tapia Rf Veracel

Jose Alfredo Batista Administrador

Sergio Ricardo Gerente Tecnologico Veracel

Welinton Santos Estoque Veracel

Daniela Andrade Neves Especialista Em Sanidade

Florestal

Victoria Rizza Advogada em sanidade

Florestal - 2Tree

João Carlos Rocha Jr. Projex Consultoria

João Batista de Almeida PPF

Luis Migray Engenheiro Florestal Veracel

Raniere Ornelas Técnico Veracel

Antonio Marcos Nascimentos Gerente

Sebastião Firmino Técnico Anemb

Florisial Lima Técnico Anemb

João Alves Silva Neto Promotor Eunapolis

3.6 Não Conformidades Registradas

Não foram registradas não conformidades nesta auditoria de certificação.

Page 95: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

95

3.7. Oportunidades de Melhoria e Observações Registradas

Durante a auditoria de certificação para ampliação de escopo foram

registradas 04 (quatro) Observações (OBS) que deverão ser analisadas

criticamente pela empresa quanto à tomada de ações pertinentes. Estas OBS

devem ser analisadas com foco em melhoria contínua dos processos

realizados pela empresa no âmbito do CERFLOR. Abaixo seguem as OBSs

registradas:

OBS 01= Alimento para consumo animal(milho em Grão) armazenado

juntamente com adubo fosfatado(NR 31.8.17)

OBS 02= Fossa negra em utilização no PPF 014. Plano de ação evidenciado

(RNC 14 –auditoria interna nos PPFs) para instalação da fossa séptica em

todos os PPFs . Já evidenciada a instalação da fossa séptica no PPF 035.

OBS 03= Os PPFs não possuem livros de registro para ocorrências de cada

PPF. Recomenda-se que cada PPF possua um livro para anotações de

acidentes, caso de ocorrências ambientais (abertura de boletim de

ocorrências), focos de incêndios etc.

OBS 04= Água potável para as propriedades onde não há água considerada potável é

fornecida em galões de litros,, onde é necessário o recebimento.4. CONSULTAS PÚBLICAS

4. Consulta aos órgãos públicos

Nesta etapa foram realizadas consulta a dois Órgãos Públicos (IBAMA e

INEMA).

4.1. Reuniões Públicas

Page 96: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

96

4.1.1. Planejamento, Objetivo e Realização de Reuniões Públicas

Durante o processo de divulgação das reuniões públicas o Bureau Veritas

Certification distribuiu um questionário de Consulta Pública que tem como

objetivo levantar dados e informações oriundas de pessoas e organizações da

sociedade civil para o processo de certificação do CERFLOR. Este questionário

permite a pessoas físicas e jurídicas se pronunciarem a respeito da empresa

de forma anônima. Por este motivo não estaremos divulgando a procedência

dos formulários recebidos.

De um total de aproximadamente 800(oitocentos) convites enviados por

correio e diversos correios eletrônicos enviados, o Bureau Veritas Certification

recebeu um pequeno número de formulários preenchidos. Observamos que o

envio destes formulários é uma das formas de se expressar em relação ao

desempenho da empresa, não sendo a única fonte de informações para a

equipe auditora.

O objetivo das reuniões públicas foi identificar questionamentos,

recomendações, denúncias e comentários das partes interessadas, referentes

aos princípios do CERFLOR que foram objeto de avaliação no processo de

certificação. As demandas pertinentes a respeito da empresa auditada foram

registradas. As respostas foram avaliadas quanto ao seu conteúdo e

verificadas durante a auditoria pela Equipe Auditora.

As perguntas que foram feitas sobre o processo de certificação ou sobre as

atividades do Bureau Veritas Certification foram respondidas ao longo das

reuniões.

É importante deixar claro que as reuniões públicas não contaram com a

participação ativa de funcionários da empresa auditada. As reuniões públicas

são conduzidas pela equipe de auditoria do BVC e buscam evidenciar, sob o

ponto de vista das partes interessadas, os aspectos positivos e negativos do

manejo florestal da empresa frente ao CERFLOR.

Page 97: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

97

As Reuniões Públicas foram divididas em duas partes sendo na primeira

apresentados os Princípios, Critérios e Indicadores da norma NBR 14789 e o

processo de certificação CERFLOR, segundo as regras estabelecidas pelo

INMETRO. A segunda parte das reuniões teve como objetivo o levantamento

de críticas, comentários, preocupações, sugestões, etc referentes aos

princípios abrangidos pelo CERFLOR.

Foram organizadas duas Reuniões Públicas nos municípios descritos abaixo:

Município Data Horário No. Pessoas

Belmonte 12.06..2012 18:30 h 0

Eunápolis 14.06.2012 18:30 h 12

Total de participantes 12

De forma geral observamos uma distribuição regular de representantes do poder

público e sociedade organizada, na forma de associações e ONGs. No município de

Porto Seguro, apesar de termos evidenciado a propaganda de forma ostensiva, com

carro de som, no domingo que antecedeu a auditoria .

Em Eunápolis observamos que as partes interessadas esperam uma atuação

responsável da empresa, nos moldes da VERACEL, no tocante às questões sociais

, ambientais e de saúde. A qualificação de mão de obra para poder atender as

demandas da ASPEX e seus prestadores de serviços.

No que diz respeito a reclamações entendemos que a maior parte se concentra na

área de comunicação da empresa com as partes interessadas. Os participantes

tinham suas dúvidas sobre as atividades da empresa no Município, possibilidade de

geração de empregos e existência de projetos sociais.

Page 98: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

98

4.1.2. Entidades e pessoas contatadas

A lista completa das partes interessadas contatadas durante o processo de

certificação está mantida como registro no BVC e não foi inserida neste

relatório, mas pode ser disponibilizada mediante solicitação.

4.1.3. Relação dos Participantes nas Reuniões Públicas

As reuniões Públicas totalizaram 12 participantes de diferentes entidades

governamentais e não governamentais.

Durante as reuniões foram registrados os nomes e assinaturas dos

participantes, gerando listas de presença que se encontram arquivadas sob

responsabilidade do Bureau Veritas Certification. Todas as reuniões públicas

foram gravadas (apenas áudio) de forma a permitir a rastreabilidade das

mesmas. Estas gravações serão mantidas em mídia digital pelo BVC, que tem

a responsabilidade de garantir seu sigilo e proteção.

4.1.4. Respostas aos Questionamentos de Partes Interessadas por parte

da Empresa e parecer Bureau Veritas Certification.

Os questionamentos levantados durante as Reuniões Públicas foram

relacionados abaixo, com as devidas respostas emitidas pela empresa.

4.1.4.1. Reunião Pública –

Questionamentos da Reunião Pública realizada em Belmonte no

processo de certificação CERFLOR do Grupo de Produtores Florestais

Integrados – G3

Page 99: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

99

1. Alice Elias (Vereadora): A Veracel chegou em um momento triste do

município, quando a vassoura de bruxa acabou com os plantios de cacau, e os

proprietários de terra da região não resistiram e venderam suas propriedades

para a empresa. A Veracel ajuda a cidade, mas poderia ajudar mais, ainda

existem pessoas passando fome. A prefeitura é a maior empregadora da

cidade. Precisamos de mais ajuda e maior conscientização da população.

2. Soldado Carvalho (Sociedade Civil Organizada): Todas as cobranças são

para a Veracel, mas esquecemos dos demais envolvidos, como os produtores.

Não sei atualmente responder se a ASPEX traz benefícios para a cidade.

Gostaria de saber de que forma a certificação dá respostas à população, como

cobrar da ASPEX ações e respostas.

3. Crissogno Gangá (CEPLAC): Existem exemplos de evolução nas

propriedades destes produtores, mas ainda tem muitas pessoas em

dificuldade. O homem do campo precisa de ajuda. Parece que a certificação dá

mais valor aos animais do que aos homens. Outras questões: Existe alguma

participação direta da Stora Enso neste processo de certificação? E se existe

um plano para diversificação de culturas nas propriedades dos fomentados

para não faltar alimentos?

4. Xxx (Secretaria de Meio Ambiente de Belmonte): Como é vista a questão de

titulação das áreas dos fomentados? As áreas possuem título? O CERFLOR

abrange tanto a floresta quanto a fábrica?

Questionamentos da Reunião Pública realizada em Eunápolis no

processo de certificação CERFLOR do Grupo de Produtores Florestais

Integrados – G3

Data: 14/06/2012

1. Sinvaldo Viana - Vavá (Vereador de Santa Cruz de Cabrália): Vemos o

descaso da Veracel e do Bureau Veritas com a cidade de Santa Cruz Cabrália.

O que mais me espanta é que a cidade tem a maior área com plantio de

Page 100: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

100

eucalipto na região, e por isso no futuro não teremos mais verduras e carne

para alimentar a população. Por este motivo os plantios de eucalipto estão

proibidos na cidade. A empresa não emprega pessoas que moram em minha

cidade, mas esta sofre com inchaço populacional por causa da empresa. Sem

que esta faça qualquer coisa pela cidade, nem ao menos participa das

atividades promovidas pela cidade. O que digo como descaso do BVC foi pelo

atraso e por vezes o não envio dos convites para estes eventos. Eu sou contra

a certificação, pois ainda tem muito coisa errada acontecendo. A Veracel joga

resíduos no rio Jequitinhonha, que muito reclamam os moradores de Belmonte;

embora ainda não tenha provas estão matando a nascente do rio São

Francisco, etc. Mas já fico muito satisfeito ao ouvir que Cabrália será ouvida na

reunião pública em setembro.

Page 101: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

101

5. CONCLUSÃO

Considerando:

A finalização do processo de auditoria, onde o BUREAU VERITAS

CERTIFICATION avaliou de forma consistente o atendimento aos critérios e

indicadores estabelecidos na norma NBR 14.789/07- Manejo Florestal-

Princípios, Critérios e Indicadores para as Plantações Florestais, nas unidades

de manejo da ASPEX

* A normalidade dos Produtores Florestais da ASPEX durante o período de

auditoria, o que permitiu a realização de uma amostragem representativa dos

processos da empresa.

*O estabelecimento de um escopo claro de atividades em busca de certificação

* Os Produtores definidos no capítulo 1.2, tabela 1 deste relatório, como sendo

aqueles em busca de certificação.

* A realização integral da auditoria conforme plano de auditoria elaborado pelo

auditor- líder do evento.

*A existência de um plano de Manejo documentado com objetivos definidos e

compatíveis com a escala do empreendimento avaliado;

*A existência de uma política ASPEX-VERACEL que incentiva e implementa

programas de interesse comunitário

* As respostas apresentadas pela ASPEX, que trazem informações

apropriadas em relação às perguntas formuladas.

* O registro de uma não conformidade menor, para a qual foi apresentado um

plano de ação,cuja eficácia será avaliada na próxima auditoria.

* O registro de 04(quatro) observações devem ser analisadas e tratadas pela

empresa.

Page 102: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

102

* A consulta formalizada para dois órgãos públicos, onde obtivemos

informações sobre o não cumprimento de requisitos legais aplicáveis às

atividades florestais da ASPEX (cujos Produtores Florestais, objeto da

presente auditoria, realizaram operações florestais até 2009, quando estavam

acobertados pelas licenças ambientais municipais)

* O pagamento de tributos municipais, estaduais e federais, demonstrados

através de certidões negativas de débitos dos Produtores Florestais.

*A necessidade de incremento das ações de comunicação e relacionamento

com partes interessadas inseridas nas áreas de influência do empreendimento

florestal.

* O caráter amostral do processo de auditoria, conforme normas estabelecidas

pelo INMETRO e PEFC.

O BUREAU VERITAS CERTIFICATION, seguindo os procedimentos de

auditoria do CERFLOR, é favorável recomendação para ampliação de

certificação para o grupo 2 da ASPEX, de acordo com o padrão normativo

NBR 14789:2007.

A continuidade do processo de auditoria consiste na disponibilização deste

Relatório de Auditoria para apreciação pública por 30 (trinta) dias.

Page 103: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

103

6. CONCLUSÃO FINAL

O BUREAU VERITAS CERTIFICATION, seguindo os procedimentos de

auditoria do CERFLOR, é favorável a recomendação para certificação da

ampliação de escopo para o Grupo 3 da ASPEX, de acordo com o padrão

normativo NBR 14789:2007.

Page 104: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E

104

7. ANEXOS

7.1. ANEXO I: Carta Convite de Reunião Pública e Questionário enviado às partes interessadas 7.2. ANEXO II: Pareceres de revisores técnicos 7.3-OUTROS ANEXO

Page 105: MANEJO FLORESTAL PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E