Manga Pós Colheita

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  • MANGAPs-Colheita

    Helosa Almeida Cunha Filgueiras Organizadora

    Embrapa Comunicao para Tranferncia de TecnologiaBraslia - DF

    2000

    Ministrio da Agricultura e do AbastecimentoEmpresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria

  • Srie Frutas do Brasil, ?

    Copyright 2000 Embrapa/MA

    Exemplares desta publicao podem ser solicitados a:

    Embrapa Comunicao para Transferncia de TecnologiaSAIN Parque Rural - W/3 Norte (final)Caixa Postal: 040315CEP 70770-901 - Braslia-DFFone: (61) 348-4236Fax: (61) [email protected]

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    Responsvel pela edio: Jos Mrcio de Moura SilvaCoordenao editorial: Embrapa Comunicao para Transferncia de TecnologiaReviso e edio: Norma Azeredo e Vitria RodriguesPlanejamento grfico e editorao: Marcelo Mancuso da Cunha e Luciano Mancuso da Cunha

    1 edio1 impresso (2000): 3.000 exemplares

    Todos os direitos reservados.A reproduo no autorizada desta publicao, no todo ou em parte,

    constitui violao do Copyright (Lei n.9.610).

    CIP-Brasil. Catalogao-na-publicao.Embrapa Comunicao para Transferncia de Tecnologia.

    Manga. Ps-colheita / Helosa Almeida Cunha Filgueiras, organizadora; Embrapa. Braslia: Embrapa Comunicao para Transferncia de Tecnologia, 2000.

    ????p. ; (Frutas do Brasil ; 1).

    Inclui bibliografia.ISBN 85-7383-070-0

    1. Manga - Cultivo. 2. Manga - Ps-colheita. I. Filgueiras, Heloisa AlmeidaCunha. org. II. Embrapa (BraSlia, DF). III. Srie.

    CDD 634.772

    Embrapa 2000

  • AAUTUTORESORES

  • APRESENTAPRESENTAOAO

    Uma das caratersticas do Programa Avana Brasil a de conduzir os empreendi-mentos do Estado, concretizando as metas que propiciem ganhos sociais e institucionaispara as comunidades s quais se destinam. O trabalho feito para que, ao final daimplantao de uma infra-estrutura de produo, as comunidades envolvidas acrescen-tem, s obras de engenharia civil requeridas, o aprendizado em habilitao e organizao,que lhes permita gerar emprego e renda, agregando valor aos bens e servios produzidos.

    O Ministrio da Agricultura e do Abastecimento participa desse esforo, com oobjetivo de qualificar nossas frutas para vencer as barreiras que lhes so impostas nocomrcio internacional. O zelo e a segurana alimentar que ajudam a compor umdiagnstico de qualidade com sanidade so itens muito importantes na competio comoutros pases produtores.

    Essas preocupaes orientaram a concepo e a implantao do Programa de Apoio Produo e Exportao de Frutas, Hortalias, Flores e Plantas Ornamentais FRUPEX.O Programa Avana Brasil, com esses mesmos fins, promove o empreendimentoInovao Tecnolgica para a Fruticultura Irrigada no Semi-rido Nordestino.

    Este Manual rene conhecimentos tcnicos sobre colheita e ps-colheita de manga.Tais conhecimentos foram reunidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria Embrapa em parceria com as demais instituies do Sistema Nacional de PesquisaAgropecuria, para dar melhores condies de trabalho ao setor produtivo, preocupadoem alcanar padres adequados para a exportao.

    As orientaes que se encontram neste Manual so o resultado da parceria entre oEstado e o setor produtivo. As grandes beneficiadas sero as comunidades para as quaisas obras de engenharia tambm levaro ganhos sociais e institucionais incontestveis.

    Tirem todo o proveito possvel desses conhecimentos.

    Marcus Vinicius Pratini de Moraes

    Ministro da Agricultura e do Abastecimento

  • SUMRIOSUMRIO

    1. MERCADO INTERNACIONAL DE MANGA: SITUAO ATUAL E PERSPECTIVAS ...... 9

    2.CARACTERSTICAS DA FRUTA PARA EXPORTAO ....................................................... 14

    3. COLHEITA E MANUSEIO PS-COLHEITA ......................................................................... 22

    4.REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ........................................................................................ 38

  • 99Frutas do BrasilFrutas do Brasil Manga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita

    1MERCADOINTERNACIONAL DEMANGA: SITUAOATUAL E PERSPECTIVAS

    Carlos Roberto Machado PimentelRicardo Elesbo Alves

    Helosa Almeida Cunha Filgueiras

    INTRODUOINTRODUO

    Do conjunto de frutas atualmentecomercializado, a manga uma das maispopulares do mundo, em funo do seuamplo consumo nos pases asiticos e daAmrica Latina.

    Ocupando em 1999 uma rea de 2,74milhes de hectares e uma produo de23,85 milhes de toneladas, a manga cultivada em 85 pases, sendo a ndia oprincipal produtor com 50,3% do total(FAO 2000). A China o segundo produ-tor com 9,0%, seguida do Mxico com6,4% e da Tailndia com 5,2%. Os pasesasiticos: ndia, China, Paquisto, Indonsia,Tailndia e Filipinas foram responsveispor 75% da produo mundial (Figura 1).O Brasil, com uma produo de 600 miltoneladas e uma rea plantada de 62 milhectares, o nono produtor (Figura 2).

    Apesar de sua importncia para al-guns pases, a cultura da mangueira emgeral apresenta um rendimento mdio porhectare relativamente pequeno, o que de-monstra a baixa adoo das novastecnologias atualmente disponveis. Amaior produtividade a das Filipinas com11,87 t/ha, seguida da do Mxico com10,24 t/ha, e da do Paquisto com 10,17 t/ha. O Brasil, apesar do bom nveltecnolgico adotado em algumas regies,como no vale do Rio So Francisco(Petrolina/PE-Juazeiro-BA) e no PloAgrcola Mossor-Au (RN), apresenta umrendimento mdio de 9,67 t/ha (Figura 3).

    Figura 2.Figura 2. rea cultivada com manga pelos principais produtoresem 1999.

    Considerando-se a atual disponibili-dade de tecnologias para o cultivo da man-gueira, a produo mundial poder serduplicada sem necessidade de expanso darea plantada.

    Figura 1Figura 1 . Produo de manga pelos principais pases produtoresem 1999.

  • Frutas do BrasilFrutas do BrasilManga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita1010

    Diante da perspectiva de um aumentono mercado mundial, tem-se observado umaexpanso da produo de manga tanto nospases tradicionalmente produtores quantoem pases com menos tradio, como algunsdo continente africano. Como resultado dessaexpanso, o mercado tornou-se mais com-petitivo, particularmente durante os mesesde maio a julho, que correspondem ao verodo hemisfrio norte. Durante a baixa estaotem-se observado uma maior oferta do Peru,do Equador e do Haiti.

    EXPORTEXPORTAO E IMPORTAO E IMPORTAOAODE MANGA NO MUNDODE MANGA NO MUNDO

    O comrcio externo de manga pou-co significativo quando comparado pro-duo. De acordo com as ltimas estatsti-cas disponveis para exportao, referentesao ano de 1998 (Figura 4), o volume expor-tado foi de 510 mil toneladas, para umaproduo de 23,8 milhes de toneladas, ouseja, apenas 2,1% da manga produzida comercializada internacionalmente. Estefato demonstra que quase toda a produoainda destinada ao mercado interno dospases produtores e que a exportao dessafruta ainda pode ser incrementada.

    O Mxico o principal exportador,responsvel, em 1998, por 41,1% das ex-portaes mundiais, que atingiram 510milhes de toneladas, seguido das Filipinascom 10,3%; Brasil, com 7,7%; ndia, com5,3% e Holanda, com 3,4%. Os trs princi-pais produtores vm tendo uma participa-o cada vez maior nos ltimos anos.Observa-se, tambm, que a ndia, que con-tribui com 50,0% da oferta global de man-ga, no se destaca como um grande ex-portador. Por sua vez, a Holanda, que no produtora e sim distribuidora, aparece nasestatsticas como o terceiro pas exporta-dor, o que se deve ao fato de que o porto deRoterd serve como um dos principaisportes de entrada da manga na Europa. Amesma situao observada para Frana eBlgica, classificadas como sexto e stimoexportadores mundiais respectivamente.

    Figura 3.Figura 3. Rendimento mdio por hectare de mangueira nosprincipais pases produtores em 1999.

    Figura 4.Figura 4. Volume de manga comercializado pelos principaispases exportadores de 1990 a 1998.

    Figura 5. Figura 5. Valores comercializados pelos principais pases expor-tadores de manga de 1990 a 1998.

  • 1111Frutas do BrasilFrutas do Brasil Manga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita

    Em relao aos valores exportados, noano de 1998 foram comercializados 375,5milhes de dlares. A classificao em rela-o a esses valores (Figura 5) obedece mesma seqncia quanto aos pases, pormo Brasil, principalmente por conseguir pro-duzir em uma poca de pouca oferta, ob-tm preos mdios bem melhores por suasmangas (Figura 6). Isto, no entanto, podeser modificado com o passar do tempo, jque a concorrncia tambm est buscandoproduzir nesses perodos.

    Quanto s importaes, em 1998 osEstados Unidos foram responsveis por33% do valor total importado (Figura 7),seguidos da China, com 10,8%, e de Holandae Frana, que atuam como intermediriosneste mercado. Nos Estados Unidos, oconsumo de manga concentra-se nos esta-dos da Califrnia, do Texas e da Flrida, enas cidades de Chicago e Nova Iorque,principalmente na comunidade de origemlatino-americana.

    Com relao quantidade importada(Figura 8), com exceo da Holanda, osprincipais compradores vm aumentandosua demanda por manga nos ltimos anos.Desde o incio da dcada ocorreu um incre-mento de quase trs vezes na quantidadeimportada, ou seja, de 154,5 milhes detoneladas, em 1990, para 456,8 milhes detoneladas em 1998.

    COMPORTCOMPORTAMENTAMENTO DOSO DOSPREOSPREOS

    Em qualquer produto agrcola, os pre-os so um reflexo da oferta. Em geral, umaelevao na oferta acarreta reduo nospreos. No caso da manga, os preos obti-dos pelos pases exportadores elevaram-se29% entre 1990 e 1994 e reduziram-se em16% entre 1994 e 1998 (Figura 9), o querepresentou um aumento global de cerca de10% no perodo. Os preos de importao,por sua vez, decresceram em 24%, no mes-mo perodo.

    Tal situao reflete um aumento daoferta inferior ao da demanda. Para contera reduo nos preos no mercado inter-

    Figura 6.Figura 6. Preo mdio de venda da manga pelos principaispases exportadores em 1998.

    Figura 7.Figura 7. Valores pagos pelos principais pases importadores demanga de 1990 a 1998.

    Figura 8 .Figura 8 . Quantidade adquirida pelos principais pases impor-tadores de manga de 1990 a 1998.

  • Frutas do BrasilFrutas do BrasilManga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita1212

    nacional a partir da dcada de 80, com osurgimento de diversos blocos econmicose a consolidao dos existentes, tem pro-porcionado uma reduo das barreirastarifrias. Concomitantemente, tem-se ob-servado um crescimento de barreiras notarifrias, sobretudo nos pases de maiorrenda per capita . Observa-se, ainda, um tra-tamento no tarifrio diferenciado para ummesmo produto em pases diferentes.

    No caso da manga brasileira, a principalbarreira so as exigncias relacionadas com oaspecto fitossanitrio que vo da proibioaplicada por China e Coria, imposio deinspeo na origem e destino, certificaosanitria e de qualidade, tratamento especiale outras exigncias relativas embalagem. OQuadro 1 mostra as exigncias tarifrias eno tarifrias impostas manga brasileirapelos principais pases importadores.

    Considerando-se a tendncia globalde aumento das exigncias no tarifrias, osexportadores brasileiros precisam manter-se atentos a qualquer mudana, para desen-volver aes neutralizadoras com os rgosgovernamentais.

    nacional, os pases produtores necessitamcontrolar a expanso da oferta nos mesesde alta estao, estimulando o consumointerno e/ou ofertando produtos deriva-dos de manga.

    BARREIRAS COMERCIAISBARREIRAS COMERCIAIS

    A intensificao do comrcio inter-

    Pas Tratamentos tarifrios Medidas no tarifrias

    Argentina

    Regime de livre comrcio no Mercosul. Emtodas as importaes argentinas socobrados IVA de 21% e um adicional IVAde 10%, ambos sobre valor CIF.

    Certificado de origem MercosulCertificado de exame pr-embarqueCertificados fitossanitrios

    Chile No tem Controle fitossanitrio

    CanadImposto de Mercadorias e Servios comalquota de 7%, calculado no valor FOBmais a alquota aduaneira.

    Proibida importao de frutas noembaladas para venda sob consignaoCertificado que so livres de doenas e deresduos de terra

    Estados Unidos

    Alquota ad valorem de 0%; Taxa deProcessamento de Mercadorias de 0,21%;Taxa de Movimentao Porturia e umataxa ad valorem de 0,125%.

    Licenciamento prvioTratamento com gua quente; inspeonas reas de origem e nos portos dedesembarque

    UnioEuropia

    No temLicena prvia de importaesCertificado sanitrio de exportao

    JapoAlquota de 4% CIF + 5% sobre valor CIFacrescido de imposto aduaneiro

    Proibio de importao de regies ondeh incidncia de insetos ou pragasCertificado sanitrio pelo pas exportadorInspeo sanitria no desembarque.

    Quadro 1. Principais barreiras exportao de manga brasileira.

    Fonte: Radar (1999)

    Figura 9.Figura 9. Comportamento dos preos de manga no mercadointernacional, em U$/kg no perodo de 1990 a 1998.

  • 1313Frutas do BrasilFrutas do Brasil Manga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita

    POPOTENCIAL E PERSPECTIVTENCIAL E PERSPECTIVASASPPARA A MANGA BRASILEIRAARA A MANGA BRASILEIRA

    Com base nas estatsticas para o anode 1997, os Estados Unidos importaram43% da manga no mercado mundial, en-quanto a Unio Europia importou 28%.

    Considerando-se as importaes mun-diais e as projees da FAO, de um aumen-to na demanda mundial de manga de 34%,no ano 2000 haver um aumento de 134 miltoneladas na procura desta fruta, tendocomo principais mercados os Estados Uni-dos e a Unio Europia. Associando-se essatendncia com a elasticidade de renda de1,39 a 1,73 e a elasticidade de preo de 0,74e -2,49 para os Estados Unidos e UnioEuropia, respectivamente, observa-se que,no mdio prazo, o mercado europeu maispromissor para a manga brasileira.

    O Brasil um dos maiores fornecedo-res de manga para o Reino Unido, cujasimportaes so realizadas diretamente ouvia Holanda. Nesse mercado, seus principaisconcorrentes so o Peru e o Equador, cujapoca de colheita coincide com a do Brasil.

    Apesar do sucesso da manga brasileirano mercado europeu, para que sua presenaseja consolidada, vrios obstculos aindadevem ser superados:

    Reduo da dependncia em rela-o variedade Tommy Atkins e utilizaode variedades mais ricas em sabor e menosfibrosas;

    os exportadores devem manter con-tato permanente com os importadores;

    os produtores devem, no curto pra-zo, encontrar novas formas de adicionarvalor ao produto;

    os exportadores devem promovercampanhas, participando de encontros efeiras nacionais e internacionais;

    os produtores/exportadores devemprocurar ofertar manga durante todos osmeses do ano.

    No mdio prazo, a manga brasileiradever enfrentar uma concorrncia maisacirrada, nos mercados dos Estados Uni-dos e da Europa, no perodo de setembro amaro, quando em geral os preos so maiselevados.

    Tem-se observado uma expanso narea plantada no Mxico, com o objetivo deestender a temporada de fornecimento parao perodo de preos mais altos, e o Equadorplaneja incrementar sua produo no curtoprazo, para participar mais ativamente domercado mundial.

    Dentro deste contexto, os exportado-res brasileiros devem procurar diversificaro mercado, oferecendo uma manga de qua-lidade e de acordo com as exigncias dosmercados consumidores, oferecendo aomesmo tempo produtos processados emforma de polpa/pur/concentrado, utiliza-dos na composio de sucos, sorvetes,molhos e chutneys. Observa-se, tambm, umamplo mercado para fatias de manga con-gelada nos Estados Unidos e na Europa.

    Entretanto, para que o Brasil participemais efetivamente desse mercado, ne-cessrio o desenvolvimento de novastecnologias e/ou aprimoramento das exis-tentes, principalmente nas reas de ps-colheita e processamento.

  • Frutas do BrasilFrutas do BrasilManga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita1414

    2 CARACTERSTICASDA FRUTA PARAEXPORTAO

    Helosa Almeida Cunha FilgueirasJosivan Barbosa Menezes

    Tnia Ben Florncio AmorimRicardo Elesbo Alves

    Elenimar Barbosa de Castro

    ATRIBUTATRIBUTOS DE QUOS DE QUALIDALIDADEADE

    Padres mnimosPadres mnimos

    O fruto deve apresentar-se inteiro;firme; fresco; sadio; livre de materiais estra-nhos; isento de umidade externa anormal, ano ser a condensao que se segue remo-o da cmara; sem manchas ou danosmecnicos; sem danos causados por pragasou por baixas temperaturas; isento de sabore odor estranhos; deve estar suficientemen-te desenvolvido e apresentar maturaoadequada; o tamanho do pednculo nodeve exceder 1,0 cm.

    Todas as normas referentes a padres dequalidade de manga para os mercados inter-nacionais, como por exemplo a FFV-45, daComisso Econmica para a Europa, daONU, estabelecem como padres mnimosque os frutos para consumo in natura, aps apreparao e embalagem, devem estar:

    intactos

    firmes

    com aparncia fresca

    sadios os frutos afetados por po-drides ou deteriorao que os torneminadequados para consumo devem ser eli-minados

    limpos praticamente livres de qual-quer matria estranha visvel

    praticamente livres de pragas

    praticamente livres de danos causa-dos por pragas

    livres de manchas negras que seprolonguem para abaixo da casca

    livres de bruising acentuados

    livres de danos causados por tem-peratura baixa

    livres de umidade externa anormal

    livres de quaisquer cheiro ou gostoestranhos

    satisfatoriamente desenvolvidos eapresentando estdio de maturaosatisfatrio.

    FAFATTORES QUE AFETORES QUE AFETAM AAM AQUQUALIDALIDADEADE

    Os atributos de qualidade do fruto sedesenvolvem ainda na planta, durante asfases de crescimento e maturao. Portan-to, para a obteno de frutos de qualidadeh necessidade de:

    mudas de boa qualidade e proce-dncia garantida;

    florao plena e equilibrada floressadias do frutos sadios;

    polinizao adequada se os embri-es contidos nas sementes forem vigoro-sos, garantem uma produo adequada dehormnios que induzem a frutificao;

    condies de irrigao, insolao enutrio adequadas planta. Para que ofruto se desenvolva plenamente e acumuletodas as reservas necessrias ao desenvolvi-mento das caractersticas de qualidade, in-cluindo a cor, indispensvel que sejamsupridas todas as necessidades de gua,nutrientes, sol e ar puro;

    a cor da casca influi no valor demercado da manga (Figura 10), e afetada

  • 1515Frutas do BrasilFrutas do Brasil Manga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita

    pela exposio ao sol - os frutos mais expos-tos colorem melhor, e pelo nvel de nitrog-nio. Se o nvel de nitrognio for alto, duranteo desenvolvimento do fruto, poder havercomprometimento da cor, da sensibilidade queima pelo ltex e ao colapso interno;

    manejo fitossanitrio pr-colheitado pomar - determinante para a qualidadeps-colheita, pois as principais doenas epragas atacam o fruto antes da colheita e ossintomas podem vir a se manifestar apenasdepois de iniciado o amadurecimento;

    colheita no estdio de maturaoadequado s assim pode-se conseguirfrutos que amadurecem com qualidade apsa colheita;

    observar as precaues para evitar oescorrimento de ltex no momento da co-lheita, para evitar queimaduras no fruto;

    evitar qualquer tipo de estresse aofruto durante o manuseio ps-colheita danos mecnicos, temperatura alta, falta deventilao, contato com materiais contami-nados ou frutos estragados;

    adotar as tcnicas e procedimentosmais adequados para prolongar a vida tildos frutos;

    ter sempre em mente que a qualida-de do fruto definida enquanto ele estligado planta. Aps a colheita s possvelmanter a qualidade, nunca melhor-la.

    Principais doenas que afetam aPrincipais doenas que afetam aqualidade ps-colheita da mangaqualidade ps-colheita da manga

    As fontes de infeco por fungos quecausam doenas na manga encontram-se,sobretudo, nos ramos mortos e frutos mu-mificados, que devem ser removidosfreqentemente do pomar. As doenas quemais causam perdas em manga so aantracnose (Figura 11), a podrido dopednculo e a podrido por Alternaria.

    AntracnoseAntracnose

    causada pelo fungo Colletotrichumgloeosporioides Penz. O fungo afeta folhas eflores da mangueira, e seus esporos so leva-dos at o fruto por meio da gua de chuva ou

    orvalho, razo pela qual a disseminao maior em locais midos ou perodos chuvo-sos. O fungo transportado at o fruto naforma de esporos, que germinam e so capa-zes de penetrar na epiderme, ficando emestado latente at o incio do amadurecimen-to, quando comeam a aparecer os sintomas.

    Figura 10.Figura 10. Desenvolvimento de colorao avermelhadaem manga.

    Figura 11.Figura 11. Sintomas de antracnose em manga.

  • Frutas do BrasilFrutas do BrasilManga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita1616

    A antracnose provoca manchas escu-ras, marrons ou negras, de contornos bemdefinidos, que vo crescendo e se juntam,podendo causar rapidamente o apodreci-mento do fruto.

    O tratamento mais recomendado paracontrole da antracnose aplicado aps acolheita, por imerso dos frutos em guaquente pura ou combinada com fungicidas.Quando se usa apenas a gua quente, a tem-peratura deve ser de 54 1C por 5 minutos,tomando-se o cuidado de no exceder 55C.Quando a imerso em gua quente combi-nada com fungicida, as temperaturas devemser reduzidas para 52C a 53C. Os fungicidasmais empregados comercialmente no mo-mento para essa finalidade so o Procloraz, naconcentrao de 300 ppm, ou o Imazalil, naconcentrao de 2000 ppm.

    As mangas Tommy Atkins e Keittsuportam bem o tratamento a 54 1C,porm a Haden, que tem casca mais fina,deve ser tratada a 52C.

    Para o controle mais eficiente dessadoena, so necessrias aplicaes defungicidas durante o cultivo para assegurar orendimento. Asperses antes do final daflorao aumentam o pegamento dos frutos.Todas as aplicaes de fungicidas antes dacolheita devem ser informadas ao agrnomoresponsvel pela colheita e ps-colheita, paraque sejam respeitados os prazos de carnciae no ocorram problemas de nveis de res-duos acima dos limites permitidos.

    Podrido-do-pednculoPodrido-do-pednculo

    Causada principalmente pelo fungoLasiodiplodia theobromae (Pat.) Griffin & Maulb,essa doena desenvolve-se aps a colheita e mais severa em pomares antigos. O fungopenetra atravs da cicatriz deixada no localde corte do pednculo, e a umidade altafavorece a infeco. Os sintomas iniciamcom o amolecimento da casca ao redor dacicatriz do pednculo, depois esta parte es-curece e as manchas se juntam. Pode crescerum miclio ao redor do pednculo, emalguma ruptura da casca, com liberao de

    um lquido aquoso. A doena pode afetaroutros frutos por contato com o miclio oucom o lquido que sai da parte afetada.

    Se os frutos forem tratados com etilenoe em seguida armazenados a 13oC, o desen-volvimento da infeco se acelera.

    O tratamento com gua quente a 52oCpor cinco minutos eficiente para o contro-le dessa doena. Se houver necessidade detransporte dos frutos por longas distnciasou de armazenamento por perodo superi-or a trs semanas, necessrio o uso defungicidas. Com certeza as boas prticas demanejo, irrigao, nutrio reduzem consi-deravelmente a infeco.

    Podrido por Podrido por AlternariaAlternaria

    Causada por Alternaria alternata (Fr.:Fr.)Keissl., pode originar podrido embrotamentos, porm mais importante eco-nomicamente na podrido ps-colheita dosfrutos. A fonte inicial de contaminao sofolhas e brotos doentes. A infeco podeacontecer em qualquer fase do desenvolvi-mento do fruto, sendo que os sintomas vose manifestar quando se aproxima o ama-durecimento.

    Os sintomas so manchas circularesque se formam ao redor das lenticelas, que por onde o fungo penetra. As manchascrescem e se juntam, formando uma s quepode cobrir grande parte do fruto. Noincio, a leso afeta pouco a polpa, mas medida que evolui vai tornando-se maisprofunda. Em comparao com aantracnose, a mancha causada por Alterna-ria tem as bordas mais definidas, maisescura e mais firme.

    O desenvolvimento dessa doena tam-bm favorecido por umidade alta duranteo crescimento do fruto.

    Como a A. alternata penetra no frutodurante o crescimento, os danos podem serdiminudos com a aplicao de fungicidasno pomar, porm os tratamentos ps-co-lheita podem inibir o desenvolvimento dasleses durante o amadurecimento. Reco-

  • 1717Frutas do BrasilFrutas do Brasil Manga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita

    mendam-se aplicaes de Maneb durante odesenvolvimento, iniciado duas semanasaps o pegamento. Como tratamento ps-colheita pode-se aplicar Iprodione.

    DISTRBIOS FSICOS EDISTRBIOS FSICOS EFISIOLGICOSFISIOLGICOS

    Colapso internoColapso interno

    O principal problema fisiolgico queafeta a manga o chamado colapso interno(Figura 12), com suas diferentes manifesta-es. O termo colapso interno (internalbreakdown) utilizado para se referir a um oumais distrbios fisiolgicos caracterizadospelo amadurecimento prematuro e desigualda polpa. Alguns termos como sementegelatinosa (jelly seed), nariz mole (softnose), tecido esponjoso (spongy tissue) ecavidade na extremidade do pednculo(stem-end cavity) tm sido utilizados para de-finir os distrbios das mangas.

    O colapso interno do fruto ocorre emtodas as regies produtoras de manga, nosmais variados nveis, dependendo da varie-dade, das condies do ambiente e do ma-nejo da cultura.

    O colapso interno consiste, inicial-mente, na desintegrao do sistema vascularna regio de ligao entre o pednculo e oendocarpo, na fase pr-colheita. Essa de-sintegrao seguida da formao de umespao vazio, podendo ocorrerescurecimento do tecido. Esse sintoma descrito na literatura internacional comostem-end cavity (Figura 13). Em estdio maisavanado pode ocorrer necrose ou forma-o de tecido seco circundando o espaovazio e, mesmo que o tecido fibroso no sedesintegre, em muitos casos, a polpa dafruta muda de colorao, passando paraalaranjado-escura, com aspecto aquoso eodor de tecido fermentado.

    Os sintomas do colapso interno noso facilmente detectados externamente, amenos que a incidncia seja bastante seve-ra, o que exterioriza o sintoma.

    Figura 13.Figura 13. Cavidade na extremidade do pednculo(stem-end cavity) da manga.

    Figura 12 . Figura 12 . Sintoma generalizado de colapso interno emmanga.

  • Frutas do BrasilFrutas do BrasilManga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita1818

    Alm desses sintomas, pode ocorrer,com menor freqncia, a rachadura docaroo. Normalmente, quando isso ocorre,a polpa ao redor desta rachadura j encon-tra-se estragada.

    O colapso interno da manga podemanifestar-se com outros sintomas:

    Nariz mole: amadurecimento parci-al da polpa na extremidade oposta aopednculo. Em estdios precoces podemsurgir reas amarelas entre o caroo e acasca (Figura 14).

    Semente gelatinosa: superamadu-recimento prximo ao caroo. Intensifica-sea colorao amarela na rea afetada, que tor-na-se escura e amolecida at o ponto deapresentar a consistncia de gelia (Figura 15).

    Tecido esponjoso: caracteriza-sepelo aparecimento de reas na polpa queparecem esponja com colorao acinzentada(Figura 16).

    O tecido esponjoso e a podridopeduncular em manga podem, s vezes,serem detectados na colheita pela ausnciade fluxo de ltex e produo de uma levedepresso em torno do pednculo.

    H um certo consenso de que o pro-blema seja decorrente de desequilbrionutricional. Fruto grande e com gravidadeespecfica elevada, ou fruto colhido madu-ro, so condies favorveis incidncia detecido esponjoso. J foi verificado, tam-bm, que os frutos expostos ao sol aps acolheita apresentam incidncia de narizmole mais elevada do que os frutos man-tidos na sombra. Alm disso, h uma ten-dncia de os primeiros frutos (mais preco-ces) da mesma planta apresentarem inci-dncia de colapso interno mais elevada.

    Comparando tecidos sadios e afeta-dos, constatou-se que a deficincia de cl-cio pode ser importante. J foi verificado,experimentalmente, em manga cultivadaem solo arenoso e pobre em clcio, que seo nvel de nitrognio for baixo, a ocorrnciade colapso pode ser baixa tambm, mas se

    Figura 14.Figura 14. Nariz mole ( soft nose) em manga.

    Figura 15.Figura 15. Semente gelatinosa ( jelly seed) em manga.Fonte: Ploetz et al. (1994).

    Figura 16. Figura 16. Tecido esponjoso ( spongy tissue) em manga.

  • 1919Frutas do BrasilFrutas do Brasil Manga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita

    no mesmo solo o nvel de nitrognio forelevado, a ocorrncia aumenta muito. Emsolo calcrio, a incidncia de colapso geral-mente baixa.

    Quanto s diferenas entre varieda-des, j foi observado que as variedadesmelhoradas (Tommy Atkins, Kent, Irwin,Sensation e Keitt) em geral apresentam oproblema, enquanto que nas variedadespoliembrinicas e fibrosas (Espada,Coquinho, Rosinha) a ocorrncia menosfreqente.

    A relao entre os nveis de clcio napolpa do fruto e a presena do colapsoprecisa ser melhor definida antes que sepossam recomendar medidas de controleapropriadas. O problema tem sido corrigi-do em manga Keitt cultivada em soloscidos e arenosos com aplicaes via solode CaCO

    3 (carbonato de clcio) ou aplica-

    o foliar de Ca(NO3)

    2 (nitrato de clcio).

    As anlises de folhas de diferentes varieda-des de manga, plantadas em vrias regiesbrasileiras, mostraram que o colapso podeestar mais relacionado com o desequilbrio narelao Ca:N do que com o teor de Ca isolado,ou seja, se o nvel de nitrognio for alto e o declcio baixo, o problema mais grave.

    Entretanto, com o que se conhece atu-almente sobre o problema, pode-se sugerir:

    Controle nutricional: deve-se elevara saturao de bases para 70%, pela aplica-o de calcrio e complementao comaplicao sobre a planta de nitrato de clcio.Valores iguais ou superiores a 2,5% declcio, na matria seca das folhas, reduzema ocorrncia do colapso.

    Controle cultural: colher os frutoso mais precocemente possvel, desde quetenham completado o desenvolvimentofisiolgico (ver indicadores de colheita),prtica que tambm reduz o ndice decolapso interno.

    Queimadura por ltexQueimadura por ltex

    O ltex um lquido viscoso de aparn-cia leitosa, que liberado quando se rompe

    o pednculo no momento da colheita. Quan-do o ltex entra em contato com a casca dofruto pode provocar queimadura, deixandomanchas escuras que comprometem severa-mente o valor da manga (Figura 17).

    Figura 17.Figura 17. Queima por ltex em manga. Fonte: Cunhaet al. (1993).

    Uma das recomendaes para reduzira queima por ltex evitar a colheita damanga nas primeiras horas da manh ou emdias de chuva, pois os frutos esto maistrgidos, e o fluxo de ltex maior. Ohorrio mais conveniente para colheita se-ria entre 10 e 15 horas, quando o fluxo deltex mnimo.

    Imediatamente depois da colheita, re-comenda-se deixar os frutos na sombra,com o pednculo voltado para baixo, parafacilitar a sada do ltex e evitar seu contatocom a casca.

  • Frutas do BrasilFrutas do BrasilManga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita2020

    Outra prtica para reduzir o problemade queimadura colher as mangas com pelomenos 5 cm de pednculo, cortando-osomente no galpo de embalagem.

    Logo aps o corte do pednculo, pode-se fazer a imerso dos frutos em gua com1% de hidrxido de clcio (cal) antes dalavagem.

    Danos mecnicosDanos mecnicos

    Os danos mecnicos so provocadospelo manuseio inadequado da fruta e po-dem causar ferimentos, manchas, abrasesetc. Qualquer dano mecnico acelera oamadurecimento e a perda de gua na man-ga. O dano mecnico por impacto ou com-presso ocorre quando o fruto cai ou jogado de distncia superior a 30 cm, ouquando se coloca grande quantidade defrutos em uma caixa, de modo que o pesoseja grande sobre os que esto por baixo.Pode tambm ocorrer durante o transpor-te, se as condies das vias de acesso foremruins ou se os frutos forem transportados agranel havendo vibrao da carga. O danopor impacto, vibrao ou compresso pro-voca manchas na casca e amolecimento dapolpa no local, que pode ser acompanhadopor escurecimento e, conforme a gravidadee as condies de armazenamento, leva produo de sabor desagradvel.

    A distncia limite para queda de frutoscom pouco impacto mecnico de 30 cmpara frutos na maturidade fisiolgica, eainda menor para frutos mais maduros.Mesmo respeitando-se esses limites, emtodos os pontos de impacto nas linhas dogalpo de embalagem, deve haver revesti-mento de forraes de espuma.

    O dano mecnico pode se manifestar,tambm, na forma de ferimentos ou cortes,se o fruto entrar em contato com objetospontiagudos, arestas nas caixas, farpas demadeira etc. Esses ferimentos so portas deentrada para microrganismos que provo-cam o apodrecimento da polpa.

    Danos mecnicos nem sempre afetama polpa, mas podem provocar manchas e

    imperfeies na casca que diminuem o va-lor comercial dos frutos.

    A forma de controle de danos mecni-cos o manuseio cuidadoso dos frutos.

    Injria pelo frioInjria pelo frio

    A manga no suporta baixas tempera-turas. A sensibilidade ao frio depende davariedade, sendo que algumas toleram at10oC, outras apresentam sintomas de inj-ria ou queima pelo frio a 15oC. Em geral, asensibilidade afetada tambm pelo est-dio de maturao, sendo maior nos frutosmais verdes. As mangas mais maduras somenos sensveis ao frio. Mangasamadurecidas em temperaturas mais altasso mais sensveis ao frio.

    Os sintomas de injria pelo frio mani-festam-se como escurecimento da casca,pequenas concavidades chamadas pitting,alteraes no amadurecimento, ou at co-lapso interno, conforme a gravidade.

    No estdio de maturao de colheita,se no for de variedade muito sensvel, amanga pode ser conservada a 10oC e umida-de relativa de 90% por pelo menos trssemanas, tempo suficiente para o transpor-te martimo.

    O pr-condicionamento, pela redu-o gradual da temperatura, pode aumentara resistncia ao frio.

    A aplicao de cera, pelo fato demodificar a atmosfera interna do fruto,pode proteger um pouco contra a queimapelo frio.

    Injria pelo calorInjria pelo calor

    O colapso de polpa provocado pelocalor em frutos no submetidos a atmosfe-ra modificada pode ser conseqncia dealtas temperaturas durante o manuseio eembalagem, ou exposio ao sol.

    Os tratamentos com calor so usadospara controle fitossanitrio de mangas. Omanejo inadequado da temperatura podeprovocar injria hipertrmica. A sensibili-dade tambm depende da variedade e do

  • 2121Frutas do BrasilFrutas do Brasil Manga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita

    estdio de maturao e do ambiente pr-colheita, e dentre os sintomas verificam-seo colapso de polpa, sabor fraco e, em casosgraves, sinais de anaerobiose, como produ-o de etanol e acetaldedo, que so txicospara a polpa. O tratamento com vaporaumenta a respirao e, portanto, o consu-mo de oxignio, levando anaerobiose.Assim sendo, o tratamento trmico de fru-tos armazenados em atmosfera modificadapode agravar a injria.

    Ainda que o tratamento trmico nochegue a causar colapso, pode provocar

    alteraes mais sutis, como inibio da que-da de acidez durante o amadurecimento, ainibio do amaciamento, ou um efeitosuperficial como escurecimento delenticelas.

    A forma de controle desse tipo dedistrbio evitar a exposio desnecessriados frutos ao calor: mant-los sempre sombra enquanto estiverem no pomar; bai-xar a temperatura da polpa antes do trata-mento trmico; controlar rigorosamente otempo e temperatura de tratamento; resfri-ar os frutos logo aps o tratamento.

  • Frutas do BrasilFrutas do BrasilManga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita2222

    3 COLHEITA EMANUSEIOPS-COLHEITA

    Figura 18.Figura 18. Pancula antes (A) e depois (B) da limpeza.

    Figura 19.Figura 19. Planta antes (A) e depois (B) daretirada das folhas.

    Figura 20 .Figura 20 . Frutos aps a aplicao de cal.

    Helosa Almeida Cunha FilgueirasTnia Ben Florncio Amorim

    Josivan Barbosa Menezes

    Ricardo Elesbo AlvesCUIDCUIDADOS ANTES DADOS ANTES DAACOLHEITCOLHEITAA

    Limpeza da pancula e raleamentoLimpeza da pancula e raleamentodos frutosdos frutos

    O processo de limpeza da panculaconsiste em eliminar os restos florais (Figu-ra 18), folhas em excesso (Figura 19) efrutos com problemas fitossanitrios, me-cnicos e fisiolgicos, utilizando uma te-

    AA

    BB

    AA

    BB

  • 2323Frutas do BrasilFrutas do Brasil Manga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita

    soura de raleio ou de poda. A retirada dosrestos florais deve ser feita quando o frutoest no estdio conhecido como ovo.Recomenda-se, tambm, 30 dias antes dacolheita, pincelar os frutos com hidrxidode clcio (cal) a 5% (1kg/20 l) para protegercontra queima pelo sol (Figura 20). Essaprtica permite uma maior penetrao dosraios solares e, conseqentemente, frutoscom colorao avermelhada mais intensa(Figura 21).

    Anlise do pomarAnlise do pomar

    O agrnomo ou o tcnico agrcoladeve fazer uma anlise global do pomar 15a 20 dias antes da colheita, verificando aaparncia dos frutos, a maturao, a colora-o, aproveitando a ocasio para fazer umaestimativa da produtividade.

    2. ndices e procedimentos de colheita

    Os frutos colhidos prematuramenteno amadurecem, ou o fazem de forma

    Figura 21 Frutos aps o manejo que inclui limpeza de restos florais, retirada doexcesso de folhas e aplicao de cal.

    irregular. Quanto mais imaturo o fruto,maior a sensibilidade a baixas temperatu-ras, e maior a perda de gua por transpirao.As deficincias no amadurecimento damanga colhida prematuramente manifes-tam-se, entre outros aspectos, na cor, nafirmeza, no contedo de acares e naacidez. Por outro lado, uma colheita tardiareduz a vida til e torna o fruto mais sens-vel a danos mecnicos e ao ataque de mi-crorganismos.

    O estdio de maturao no momentoda colheita deve ser tal que:

    permita a continuao do processode amadurecimento at que se desenvol-vam todas as caractersticas corresponden-tes variedade da manga;

    a manga suporte o transporte e omanuseio, e

    chegue em condio satisfatria aolocal de destino.

  • Frutas do BrasilFrutas do BrasilManga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita2424

    NDICES DE COLHEITNDICES DE COLHEITAA

    Indicadores fsicosIndicadores fsicos

    So baseados, em sua maioria, emcaractersticas relacionadas com a forma ecom o aspecto do fruto (Figura 22), quepodem ser percebidas visualmente sememprego de mtodos destrutivos:

    conformao do ombro: na frutaverde est em linha com o ponto de inser-o do pednculo, elevando-se com o avan-o do processo de maturao.

    Na tabela 2 encontram-se algumasrecomendaes das caractersticas externasdo fruto que podem auxiliar os operrios nadeciso por ocasio da colheita.

    A mudana de cor da polpa de brancopara amarelo e a firmeza do fruto so indi-cadores fsicos e objetivos do ponto decolheita, porm envolvem mtodosdestrutivos, que devem ser usados comsistemas de amostragem.

    Se as variveis responsveis pela apa-rncia externa no forem suficientes para otcnico definir o ponto de colheita, ele deveatentar para as variaes da cor da polpa,conforme Figura 23 e definies a seguir.

    1. Cor creme: A polpa apresenta a corcreme por completo, podendo variar decreme-claro a creme-escuro. No se deveconfundir a cor creme com a cor branca.

    2. Mudanas da cor creme: H umamudana em at 30% da rea com corcreme para a cor amarela, partindo do cen-tro do fruto.

    3. Amarelo: Corresponde a 30% a60% da polpa com cor amarela.

    4. Amarelo-laranja: Corresponde amais de 60% da cor amarela e menos de30% de cor laranja.

    5. Laranja: Corresponde a mais de90% da cor laranja.

    Na Tabela 3 encontram-se algumasvariveis que podem auxiliar na definio

    Figura 22.Figura 22. Aspecto e formato do fruto por ocasio dacolheita.

    Tabela 2 Caractersticas externas dos frutos por ocasio da colheita.

    Caractersticas ideais para colheita Caractersticas fora do padro de colheita'Ombros' cheios Fruto com formato tipo 'canivete'Casca lisa Casca rugosa

    Casca com brilho Casca sem brilho (opaca)Pontuaes brancas espaadas Pontuaes brancas prximas'Nariz' do fruto achatado 'Nariz' do fruto afilado

    colorao e aspecto da casca: a to-nalidade verde-oliva passa a verde-clara bri-lhante, livre da cerosidade (pruna);

    aspecto das lenticelas: elas se fe-cham com a maturidade da fruta;

    forma do pice: mais cheio e arre-dondado;

    forma do bico: comea a aparecerem algumas cultivares e

  • 2525Frutas do BrasilFrutas do Brasil Manga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita

    do ponto de colheita mnimo para as varie-dades Tommy Atkins, Haden, Kent e Keitt.

    Deve-se ressaltar que os dados apre-sentados na Tabela 3 referem-se maturao mnima para colheita. Hoje, en-tretanto, recomenda-se que as mangas quese destinam Europa e ao Canad sejamcolhidas com cor de polpa correspondenteao grau entre 2 e 3 da escala.

    A idade do fruto um mtodo bastan-te seguro para avaliar a maturao de man-gas, porm seu uso mais confivel emregies onde chove pouco e h pouca alte-rao da temperatura durante o perodo defrutificao, pois leva-se em conta, tam-bm, o efeito de fatores ambientais, espe-

    cialmente temperatura. Um outro indica-dor relacionado com o tempo de cresci-mento, quando ocorrem variaes de tem-peratura, expressa-se como dias-graus cen-tgrados, e determinado somando-se asdiferenas entre a temperatura mdia decada dia e aquela tida como base, ou amnima em que se registra crescimento dacultura.

    Indicadores qumicosIndicadores qumicos

    De forma abrangente pode-se dizerque durante a maturao da manga h umaumento na gravidade especfica e no teorde slidos solveis, e diminuio da acidez.

    Recomenda-se a colheita do fruto paraconsumo mais rpido quando o teor de

    Figura 23.Figura 23. Escala de colorao da casca e da polpa. Fonte: GTZ (1992).

    VariedadeCor da polpa

    (escala)Cor da casca

    (escala)Firmeza

    (kgf)Slidos Solveis

    (Brix)Tommy Atkins 1 2 13.2 7.3Haden 1 2 12.2 7.3Kent 1 2 12.4 7.4

    Keitt 1 2 11.0 6.6

    Tabela 3 Mnimo de maturao das mangas das variedades Tommy Atkins, Haden, Kent e Keitt.

  • Frutas do BrasilFrutas do BrasilManga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita2626

    slidos solveis alcanar 10oBrix e paraarmazenar ou para mercados distantes, 7-8oBrix (Tabela 3). A acidez total titulvelpara colheita depende da variedade domercado a ser alcanado. Os consumidoresestrangeiros preferem frutas com acidezmais elevada.

    COLHEITCOLHEITAA

    O tcnico agrcola deve estar atentoaos fatores climticos, pois a maturaodos frutos tende a acelerar nas pocas maisquentes do ano ou a atrasar nas pocasmais frias.

    Procedimentos na colheitaProcedimentos na colheita

    Os contentores (caixas plsticas) de-vem estar limpos, sanitizados (lavados emtneis de gua clorada) e em bom estado deconservao (Figura 24). Devem ser colo-cados ao longo da linha de plantio, protegi-dos pela sombra das rvores e, se possvel,sem contato com o solo, com bastantecuidado para no danific-los. Evitar a de-posio de restos culturais dentro doscontentores. Se forem usados contentoresde madeira, deve-se observar se no harestas, rachaduras ou pregos que possammachucar a fruta. E, de preferncia, forraras caixas.

    Deixar um espao vazio de pelomenos 10 centmetros acima dos frutos noscontentores. Isto evita que as frutas semachuquem ou sejam comprimidas quan-

    do se colocar um contentor sobre o outro.

    Colheita propriamente ditaColheita propriamente dita

    Os frutos devem ser colhidos ma-nualmente, usando-se uma tesoura de podasanitizada com gua quente (Figura 25). Osfrutos da parte alta da planta devem sercolhidos com vara de colheita, contendocesta, evitando-se danos por corte (Figura26). O corte do pednculo deve ser feito

    Figura 24. Figura 24. Caixa de colheita.

    Figura 25.Figura 25. Colheita manual de manga.

    Figura 26.Figura 26. Colheita com auxlio de umavara

  • 2727Frutas do BrasilFrutas do Brasil Manga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita

    acima da primeira insero, evitando-se ovazamento de ltex.

    O uso de bolsas (ou sacolas) decolheita, com abertura na parte inferior,para colocar os frutos que vo sendocoletados, de grande utilidade, pois per-mite passar as mangas para os contentoressem que sofram golpes e se danifiquem.

    Os frutos manchados com ltex de-vem ser enviados para o galpo de embala-gem em contentores separados para noestragar os frutos limpos.

    Os frutos colhidos devem ser man-tidos sob a sombra das rvores at o trans-porte para o galpo de embalagem.

    TRANSPORTE PTRANSPORTE PARA O GALPOARA O GALPODE EMBALADE EMBALAGEMGEM

    As frutas no devem ser transporta-das a granel, pois a quantidade que se estra-ga muito grande e no compensa a econo-mia no custo do transporte.

    Os contentores devem ser coloca-

    Figura 27. Figura 27. Transporte do campo para o galpo de embalagem.

    dos no caminho com cuidado. O tcnicodeve orientar o motorista do caminhopara transportar os frutos com bastantecuidado, evitando velocidade alta e estradasruins. Nessa etapa ocorrem os maiores pro-blemas de injrias mecnicas (Figura 27).

    Se a carga no for coberta, as man-gas das camadas de cima perdem muitagua e podem at murchar. Deve-se usarcobertura de lona de cor clara, deixando umespao de 40 cm a 50 cm entre a lona e osfrutos para proteger do sol e manter aventilao. Se a lona puder ser umedecida,a evaporao da gua reduz ainda mais oaquecimento da fruta e protege contra aperda de gua.

    Os caminhes que esto aguardan-do o descarregamento devem ser manti-dos na sombra. Os contentores devemser retirados manualmente e acomoda-dos com bastante cuidado. Deve-se evi-tar o manejo com elevadores, que podemprovocar danos fsicos por vibrao ouchoque das caixas.

  • Frutas do BrasilFrutas do BrasilManga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita2828

    DETDETALHES DO GALPO DEALHES DO GALPO DEEMBALAEMBALAGEMGEM

    As instalaes do galpo de embala-gem (Figura 28) devem garantir a seguran-a, sinalizando pontos de risco (esteiras,mquinas) e perigo de incndio.

    A rea externa deve ser protegidacom quebra-ventos, calamentos e dotadade sistema de drenagem.

    As paredes internas devem ser decor clara, o piso nivelado e resistente ao usode empilhadeiras, a iluminao deve ser deboa qualidade, com lmpadas dotadas decalhas de acrlico.

    Todas as mquinas devem possuircertificado de inspeo e serem devida-mente sanitizadas. As balanas devem pos-suir certificado de calibrao.

    Toda a linha deve ser protegida comespuma para evitar danos mecnicos.

    A rea de embalagem deve ser deli-mitada, livre de insetos e roedores, e ascaixas devem ser mantidas sempre protegi-

    das contra invasores, sobre as bases dospallets. A rea de estocagem tambm deveser limpa e mantida em ordem.

    Os utenslios e as ferramentas de-vem ser protegidos contra quedas, evitan-do-se machucaduras ou arranhes nos fru-tos.

    Os frutos descartados devem serretirados do galpo de embalagem, paraevitar a contaminao dos frutos sadios.

    As sinalizaes devem ser acompa-nhadas de figuras ilustrativas para facilitar acompreenso.

    Os operrios do galpo de embala-gem que manuseiam os frutos devem apre-sentar higiene pessoal, como: mos limpas,unhas cortadas, cabelo protegido, dentreoutros aspectos.

    Os operrios necessitam de treina-mento constante, o que facilitar e garantira qualidade do fruto no tocante aos aspec-tos de limpeza, tratamentos, seleo, classi-ficao, embalagem, paletizao, pr-resfriamento etc.

    Figura 28. Figura 28. Galpo de embalagem em funcionamento.

  • 2929Frutas do BrasilFrutas do Brasil Manga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita

    Os banheiros do galpo de embala-gem devem ser mantidos limpos e ter tama-nho adequado para o nmero de operrios.

    As operaes de resfriamento e amanuteno da cadeia de frio so funda-mentais para garantir a qualidade e a vidatil da manga. As cmaras devem ser equi-padas com sistemas de registro e controlede umidade, temperatura e circulao de ar.

    OPERAES NO GALPO DEOPERAES NO GALPO DEEMBALAEMBALAGEMGEM

    RecepoRecepo

    Cada lote de fruta que chega ao galpo(Figura 29) deve ser identificado, com in-formaes sobre a procedncia, manejoantes e durante a colheita e a hora dechegada, para processar por ordem de che-gada. A manga destinada a mercados queexigem controle de moscas-das-frutas, aochegar ao galpo deve ser imediatamenteinspecionada. Para isso corta-se um fruto

    Figura 29.Figura 29. Chegada dos frutos no galpo de embala-gem.

    Figura 30.Figura 30. Descarregamento da manga no tanque de recepo e lavagem.

    por caixa, ou menos, conforme o tamanhodo lote, para verificar se h infestao.Qualquer lote infestado deve ser rejeitado.

    LavagemLavagem

    Os contentores devem ser esvaziadosmanualmente em gua (tanques de fibra oualvenaria) tratada com hipoclorito de sdio

  • Frutas do BrasilFrutas do BrasilManga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita3030

    ou hipoclorito de clcio numa concentra-o de 100 a 200 ppm de Cl- (Figura 30). Odescarregamento na gua reduz o impactomecnico. Pode-se optar por uma primeiraimerso em gua com cal para eliminar osproblemas com ltex (ver item sobrequeimadura por ltex). Recomenda-se queos tanques tenham bombas para agitao erecirculao da gua. Isto facilita a remoomecnica das sujidades. Recomenda-se, tam-bm, conferir periodicamente o pH, a con-centrao de cloro e a temperatura da gua,pois o cloro s ativo em pH entre 6 e 7, etemperatura entre 23C e 25oC. Quando ocomposto usado para clorar a gua elevar opH, recomenda-se corrigi-lo para 6,5 adici-onando cido clordrico diludo (cidomuritico). Se a gua utilizada provm defontes superficiais, recomendvel umaanlise de resduos de pesticidas.

    O uso de detergentes na gua de lava-gem pode ser eficiente, desde que de acor-do com as especificaes para aplicao,caso contrrio pode ser intil. Existem de-

    tergentes especficos conforme a dureza dagua. Para se definir o tipo de detergente aser utilizado, deve-se informar ao distribui-dor especializado a dureza da gua dispon-vel no galo de embalagem.

    As mangas devem ser de preferncialavadas com gua clorada. Se forem utiliza-dos detergentes, deve-se usar gua semclorar antes do tratamento hidrotrmico, j

    Figura 32.Figura 32. Fruto de manga com deforma-o.

    Figura 31. Figura 31. Corte mecnico do pednculo (A = antes e B = depois).

    AA BB

  • 3131Frutas do BrasilFrutas do Brasil Manga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita

    que os detergentes neutralizam a aogermicida do cloro.

    Eliminao de pednculoEliminao de pednculo

    A eliminao manual ou mecnica dopednculo (Figura 31) deve ser feita, sem-pre que possvel, no galpo de embalagem,logo aps a imerso em gua.

    SeleoSeleo

    Eliminao dos frutos sem valor co-mercial: imaturos, muito maduros, defor-mados (Figura 32), apresentando manchas,danos mecnicos ou defeitos nutricionais.No ponto de seleo deve haver intensida-de de luz superior dos outros locais,porm sem riscos de ofuscar ou causarcansao visual nos selecionadores. Oselecionador precisa ver todas as faces dofruto. A velocidade da esteira deve ser de 3m/min, e a largura deve ser tal que osselecionadores alcancem alm da metade.Os selecionadores devem estar posicionadoscomodamente, para que sua ateno noseja desviada, e devem ser bem treinados

    com relao aos critrios e padres de qua-lidade exigidos.

    Seleo por tamanho ou peso

    Este procedimento deve ser bastanterigoroso, principalmente para pases queexigem tratamento quarentenrio, pois asua durao baseada no peso dos frutos(Figura 33). A seleo pode ser mecnica,em mquinas selecionadoras, ou manual.No caso da manga destinada ao mercadoeuropeu, aps a seleo, os frutos devemser submetidos ao tratamento de controlede fungos.

    Tratamento fitossanitrioTratamento fitossanitrio

    As instalaes para tratamentofitossanitrio hidrotrmico (Figura 34) de-vem contar com capacidade adequada parao aquecimento da gua com isolamentotrmico e um controle termosttico quepermita manter uma temperatura determi-nada ou maior que esta durante o tempo detratamento estabelecido. necessrio umprojeto adequado dos componentes que

    Figura 33.Figura 33. Seleo mecnica por peso.

  • Frutas do BrasilFrutas do BrasilManga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita3232

    imersas em gua a 55oC por 5 minutos.Pode-se adicionar fungicida gua nessetratamento (ver item sobre doenas). Reco-menda-se o uso de um espalhante adesivo(20 ml para 100 l) para que haja aderncia dofungicida. O controle da temperatura e dotempo de imerso deve ser extremamenterigoroso, pois, se as condies forem abai-xo das recomendadas, no haver controle,e se forem acima, podero ocorrer danosna casca.

    Figura 34.Figura 34. Sistema para tratamento hidrotrmico.

    inclua uma equipamento de alta capacidadepara aquecer a gua e um sistema de circu-lao que assegure temperaturas uniformesem todo o produto ao tratamento.

    Tratamento para controle de fungos

    Este tratamento recomendado paraa manga destinada Europa e ao Canad. usado para evitar problemas de podrido.O tratamento feito mantendo-se as frutas

  • 3333Frutas do BrasilFrutas do Brasil Manga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita

    Tratamento para controle demoscas-das-frutas

    Aplica-se manga destinada aos Esta-dos Unidos, ao Japo e ao Chile. O trata-mento hidrotrmico consiste na imersodo fruto em gua quente (46,1C) durante75 minutos (frutos com peso inferior a 425g) ou 90 minutos (frutos com peso acima de425 g). Para a aplicao desse tratamento importante que a temperatura da polpaesteja prxima a 21oC, nunca mais baixa,caso contrrio podem ocorrer efeitos nega-tivos sobre a qualidade da polpa. O trata-mento deve ser rigoroso, pois o fruto muito susceptvel a alteraes na atividadeenzimtica, velocidade de respirao e aosurgimento de cavidades em torno dopednculo. Logo aps o tratamentohidrotrmico, o fruto deve ser imerso emgua fria, a 21oC. Aps esse tratamento, asmangas devem ser levadas para uma reaprotegida contra a entrada de qualquer inseto,principalmente mosca-das-frutas. Essa rea,chamada zona limpa, deve ser toda revestidacom telas de 30 mesh. As condies exigidaspara esse tratamento foram estabelecidas peloUSDA Departamento de Agricultura doGoverno dos Estados Unidos.

    T r a t a m e n t o s E s p e c i a i s o uT r a t a m e n t o s E s p e c i a i s o uComplementaresComplementares

    Aplicao de cera

    Tem a finalidade de melhorar a apa-rncia e diminuir a taxa de transpirao dosfrutos, reduzindo a perda de peso fisiolgi-ca. A formulao mais usada no Brasil uma emulso aquosa de grau alimentcio base de cera de carnaba, que aplicada emfrutos limpos e secos, atravs de bicos deasperso, medida que os frutos passampor esteira com roletes. A secagem feitaem tnel de ar aquecido a 45oC, com o fluxode ar em sentido contrrio ao dos frutos.Aps a secagem, o polimento feito comescovas de crina (Figura 35). Dependendoda especificao do fabricante da cera,empregam-se diluies de 1 parte de cera para3 ou at 6 partes de gua. O rendimento pode

    Figura 35.Figura 35. Sistema de aplicao de cera e polimento.

    ser de aproximadamente 1 litro de emulsopara 1.000 quilos de fruto, conforme aregulagem dos bicos e o tamanho dos frutos.

    EmbalagemEmbalagem

    As exigncias bsicas do material deembalagem para manga so:

    proteger contra danos mecnicos;

    dissipar os produtos da respirao,ou seja, permitir ventilao para evitaacmulo de gs carbnico e calor;

    ajustar-se s normas de manejo, ta-manho, peso e ser fcil de abrir;

    ser de custo compatvel com o doproduto.

    A embalagem deve ser homognea,obedecendo aos seguintes aspectos:

    O contedo deve ser homogneo econter unicamente frutos da mesma ori-gem, variedade, qualidade e tamanho. Aparte visvel da embalagem deve ser repre-sentativa de todo o contedo.

  • Frutas do BrasilFrutas do BrasilManga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita3434

    O material de embalagem deveser novo, limpo, de boa qualidade, paraevitar danos ao fruto. Os papis ou selosutilizados, contendo especificaes comer-ciais, devem ser impressos com produtosatxicos.

    Cada caixa deve conter, em letrasagrupadas do mesmo lado, por extenso,visveis e legveis, as seguintes informaes:

    a) identificao: exportador,embalador ou expedidor;

    b) natureza do produto: nome do pro-duto, variedade e tipo comercial;

    c) origem do produto: pas e regioonde o fruto foi produzido;

    d) identificao comercial: categoria,tipo e peso;

    e) na caixa permite-se tolerncia comrespeito qualidade e ao tipo em relao aosfrutos que no preenchem os requisitos dacategoria indicada. O contedo da caixa,sujeito a inspeo, pode apresentar at doisfrutos fora dos padres;

    f) dependendo da comercializao, amanga da variedade Tommy Atkins podeser classificada em termos prticos, comopadro TOP (>50% vermelha), padroMESCLA (25 50% vermelha) e padroVERDE (

  • 3535Frutas do BrasilFrutas do Brasil Manga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita

    Deve-se atentar para o uso de embala-gens resistentes ao empilhamento duranteo processo de refrigerao, armazenagem etransporte.

    As frutas so colocadas na embalagemconforme padro estabelecido de acordocom o nmero de frutos por caixa, de modoque o aproveitamento do espao seja mxi-mo. As caixas usadas para o mercado in-ternacional so confeccionadas em papeloondulado de parede dupla (350 mm x 285mm x 105 mm), do tipo pea nica (bande-ja), que comportam 4,2 kg (Figura 36).Nessas caixas so colocadas de 6 a 18mangas, e os tipos correspondem ao nme-ro de frutos por caixa (Figura 37). As caixasdevem ter orifcios para ventilao e aletasnas laterais que se encaixem no fundo dacaixa de cima quando for feito oempilhamento.

    PaletizaoPaletizao

    Deve-se atentar para a rigidez noempilhamento e na amarrao do pallet.Recomenda-se o empilhamento em colu-nas (Figura 38). As pilhas tranadas sofremreduo na resistncia. Deve-se evitar que apilha de caixas ultrapasse o limite do pallet etorne-se desalinhada. Utilizam-se, geralmen-te, pallets com 12 caixas na base e altura de20 caixas. A amarrao deve ser feita comfitas para arqueao, colocando-secantoneiras.

    Os pallets para o mercado dos Esta-dos Unidos devem ser revestidos com telapara proteo contra a entrada de mosca-das-frutas.

    Pr-resfriamentoPr-resfriamento

    O pr-resfriamento consiste em redu-zir rapidamente a temperatura da fruta jpal l e t izada at a temperatura dearmazenamento ou transporte. As cmarasde armazenamento e os contineres detransporte no so projetados para retirar ocalor com rapidez suficiente.

    A melhor maneira de se resfriar umacarga palletizada com ar forado em cma-ra fria (Figura 39). Nesse processo, o ar frio

    Figura 38.Figura 38. Pallets montados.

    Figura 39.Figura 39. Pr-resfriamento da manga.

    forado, por meio de ventiladores, a pas-sar atravs dos orifcios de ventilao dascaixas, nos espaos livres entre as frutas e,portanto, a troca de calor feita diretamen-te entre o ar e a fruta. O pr-resfriamentocom ar forado requer aproximadamente 4a 6 horas, enquanto que em cmara fria

  • Frutas do BrasilFrutas do BrasilManga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita3636

    demora de 18 a 24 horas. A umidade relati-va do ar durante o resfriamento deve sermantida em 85% a 95% para evitar perda degua nos frutos.

    ARMAZENAMENTARMAZENAMENTOO/TRANSPORTETRANSPORTE

    Nestas etapas no se deve interrompera cadeia de frio para a manga. Dessa forma,o carregamento dos contineres (capacida-de 20 pallets) deve ser feito de forma rpidae em local construdo especialmente paraeste fim (Figura 40). A temperatura idealest na faixa de 10C a 13C. Durante otransporte imprescindvel a renovao doar dentro dos contineres. O transportemartimo representa cerca de 90% em ter-mos de comrcio exterior. O transporteareo s utilizado quando a manga atingepreo diferenciado no mercado externo.

    NORMAS DE QUNORMAS DE QUALIDALIDADEADE

    As normas de qualidade estabelecemespecificaes que o produto deve apresen-tar para ser consumido in natura, visando aomercado externo.

    ClassificaoClassificao

    A classificao da manga, de acordocom as normas internacionais (CEE/ONU, FFV-45), feita conforme descritoa seguir.

    Classe Extra: A manga deve ser uni-forme, livre de danos e de odores estra-nhos, excelente apresentao, caractersti-ca da variedade, livre de defeitos, exceto osdefeitos provocados de forma superficialque no afetem o aspecto do fruto e suaqualidade, incluindo a conservao e a apre-sentao na embalagem.

    Classe I: O fruto deve ser uniforme;aparncia caracterstica da variedade; podeapresentar alguns defeitos leves de formatoou na casca devido a atritos, queimaduraspelo sol, manchas superficiais devido exsudao do ltex, danos cicatrizados queno ultrapassem a dimenso de uma pole-gada.

    Classe II: Apresentam defeitos deformato e defeitos da casca devido a atritose queimaduras pelo sol, manchas superfici-ais devido exsudao do ltex, danoscicatrizados que no ultrapassem a dimen-so de uma polegada.

    Com relao classificao por tama-nho, as normas estabelecem que o pesomnimo deve ser de 200 g e, uma vezclassificados, existem limites de tolernciapara as diferenas de peso encontradasentre frutas da mesma caixa, conformeagrupadas no Quadro 4.

    As normas de qualidade estabelecidaspara os exportadores de manga no Mxicodefinem limites ainda mais rigorosos quan-to diferena de peso entre frutos de cadatipo, sendo a tolerncia de 10 g para frutosque pesem at 270 g, de 15 g para frutosentre 281 g e 429 g, de 25 g para frutos entre436 g e 535 g e de 30 g para os frutosmaiores, at 700 g.

    As normas internacionais estabelecemlimites quantitativos de tolerncia tanto dequalidade quanto de peso para frutos que

    Figura 40.Figura 40. Porta de sada do ambiente refrigerado parao continer.

  • 3737Frutas do BrasilFrutas do Brasil Manga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita

    no satisfaam as exigncias para cada clas-se, conforme apresentado a seguir.

    Tolerncias de qualidade

    Classe Extra 5% em nmero oupeso, das mangas que no satisfaam osrequisitos desta classe mas sim os da classeI ou, excepcionalmente, estejam dentro doslimites de tolerncia daquela classe.

    Classe I - 10% em nmero ou peso,das mangas que no satisfaam os requisi-tos desta classe mas sim os da classe II ou,excepcionalmente, estejam dentro dos li-mites de tolerncia daquela classe.

    Classe II - 10% em nmero ou peso,das mangas que no satisfaam nem osrequisitos desta classe, nem os padresmnimos, com exceo dos frutos afetadospor podrido, dano acentuado ou qualqueroutra deteriorao que os torne inadequa-dos para consumo.

    Tolerncia de tamanho

    Para todas as classes: 10% em nmeroou peso das mangas correspondendo metade da diferena permitida para o res-pectivo grupo ou abaixo da faixa especificadana embalagem, com um mnimo de 180 gpara as da menor faixa de tamanho e ummximo de 925 g para as da faixa de maiortamanho.

    MEIO AMBIENTE EMEIO AMBIENTE ESEGURANA ALIMENTSEGURANA ALIMENTARAR

    Os produtores/embaladores de man-ga devem dirigir a ateno para proteger oambiente e valorizar os recursos naturais.Os frutos descartados e as embalagens deprodutos usados na empresa, na medida dopossvel, podem ser transformados em adu-bo orgnico. As embalagens dos produtosqumicos devem receber lavagem trplicecom gua, sendo retornadas para o pulveri-zador. As embalagens devem ser colocadasem local apropriado.

    O processo produtivo deve usar omnimo possvel de produtos qumicos. Oprodutor deve verificar a real necessidade,fazer o monitoramento por meio de arma-dilhas, controle biolgico e integrado, entreoutras prticas. Deve usar apenas produtosaprovados pela Legislao Brasileira. Asrecomendaes do rtulo e o prazo decarncia no devem ser ignorados.

    O produtor deve, periodicamente,submeter a manga anlise de resduos dosprodutos utilizados em pr e ps-colheita.

    Os limites mximos de resduos depesticidas, estabelecidos pelo CodexAlimentarius, para manga e, conseqentemen-te, utilizados pelos importadores paramonitoramento, encontram-se na Tabela 5.

    Tabela 4 - Limites permitidos para diferenas de peso entre mangas da mesma caixa.

    Grupo Peso (g) Diferena mxima permitida entre frutos da mesma caixa

    A 200 - 350 75B 351 - 550 100

    C 551 - 800 125

    Produto LMR (mg/kg)CARBENDAZIM 2DITHIOCARBAMATOS 2PROCHLORAZ 2

    PROPICONAZOL 0,05TRIADIMEFON 0,05TRIADIMENOL 0,05

    Quadro 5 - Limites mximos de resduos (LMR) de pesticidas em manga, conformeCodex Alimentarius.

  • Frutas do BrasilFrutas do BrasilManga Ps-ColheitaManga Ps-Colheita3838

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