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CR$ 10.500 ANO 1 Nº5 JUNHO 1994 MAC MANIA MAC MANIA MAC MANIA MAC MANIA ~ OKMAKERS BO BBS MANIA COMPRAS E DIVERSÃO VIA MODEM BUREAUS CHECK LIST PARA EVITAR PROBLEMAS UMA REVISTA QUE TEM TUDO AV DEBULHAMOS O CD-ROM MYST RESENHAMOS O SPECULAR COLLAGE DESKTOP VIDEO A NOVA MINA DE OURO

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CR$ 10.500 ANO1 Nº5 JUNHO 1994

MACMANIAMACMANIAMACMANIAMACMANIA

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MAC MANIA

PIADAS DE PCComecei a assinar a revista MACMA-NIA em março, recebendo no primeironúmero o disquete com programasvariados. Eu tenho um PowerBook145, contudo não consegui rodar oambiente Windows, onde recebivárias mensagens de erro conforme osdocumentos que tentei abrir: “Noapplication is associated with this file”,“Obtain an updated version forWindows 3.0”, “Clock caused a gene-ral protection fault in moduleCLOCK.EXE at 0001:D8E” e “The pathC:/BIN/ROOTGDI.PIF is invalid”. Háalguma maneira possível de abrir estesdocumentos com o meu equipamento? Alexandre F. TravassosSão Paulo - SPNão há nenhum problema com o seuequipamento, Alexandre. Nem com oprograma. Tudo está funcionando per-feitamente. Esqueça essa história defazer o Windows funcionar direito.Nem a Microsoft conseguiu.

~LEITOR ZURETA

Estou com a nº4 da MACMANIA namão e não consigo acreditar, vocêsrealmente estão mantendo o pique. Euconheci a revista no segundo número,e até agora estou zureta com a facili-dade com que vocês escrevem. Mas oque me impressionou e ainda impres-siona é a quantidade de dicas que sedá para o melhor aproveitamento doMac, principalmente para quem,como eu, descobriu o Mac há apenassete meses. Portanto, desde já, querogarantir minha assinatura, ganhar omeu disquete e, se possível, receberum exemplar da nº1, que não encon-tro em lugar nenhum.Marcos FáveroSanto André - SPFacilidade coisa nenhuma. Escreveresta revista dá um trabalho do cão.

~PERIGO, PERIGO!!!

Antes de mais nada, parabenizamosa revista pelas matérias e dicas comque vocês bombardeiam os usuários.A diagramação da revista é muitointeressante. Jurávamos que estáva-mos tendo alucinações, mas não, as

Além do que, se fosse tão simplesassim, o fabricante de software não oteria batizado de RAM Doubler, e simde RAM Multiplier, o que não é o caso.Um forte abraço e muito obrigadopela atenção.Luciano Kubrusly eElisabete PriedolsAlphaville - SPCrianças, não brinquem com tesouracom ponta. O Luciano (que, paraquem não sabe, é uma das cabeçaspor trás do System 7 em português)está certo. O ResEdit é um programaque pode escangalhar seu sistema eseus softwares, por isso deve ser utili-zado com cuidado, sempre em cópias,nunca no arquivo original. A seçãoHard Tips foi criada para atender aosmacmaníacos que gostam de viverperigosamente. Nosso objetivo é mos-trar que o Mac não é um computador“mãezinha” como muitos pecezistasgostam de afirmar. As engrenagensestão muito bem escondidas do usuá-rio, mas estão lá para quem quisersujar as mãos de graxa.

~Escreva para a revista MACMANIA:Rua do Paraíso, 706 AclimaçãoCEP 04103-010 São Paulo SP

linhas são tortas mesmo!!!No entanto, temos algumas restriçõesquanto a determinadas alterações emsoftwares publicadas por vocês. Naedição nº 4, vocês sugeriram umaalteração no software RAM Doubler, oqual, simplesmente por pequenos tes-tes de instalação e desempenho, feitospara uma outra edição, não sabemosexatamente como funciona nem quaisalterações são efetuadas no sistema,além de duplicar a memória RAM.No caso, parece uma alteração ino-fensiva, uma vez que só afeta o tama-nho exibido na janela “About ThisMacintosh...” ou “Sobre Este Ma-cintosh...” (se você já tem o System7.1 em português) e não tem nenhumefeito sobre a funcionalidade do pro-grama; mas, uma alteração feita atra-vés do ResEdit, em qualquer software,é altamente perigosa. Principalmente,se feita por leitores leigos, mas muitocuriosos e fuceiros.

AS CARTAS NÃO MENTEM

E OUTROS TRUQUES ~

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GET INFOEDITOR DE TEXTO

HEINAR MARACY

EDITOR DE ARTETONY DE MARCO

CONSELHO EDITORIALCAIO BARRA COSTA (Cabaret Voltaire)

CARLOS FREITAS (Trattoria Di Frame)

VALTER HARASAKI (Idea Visual)

OSWALDO BUENO (Carpintaria do Software)

MARCOS SMIRKOFF (Vetor Zero)

DIMITRI LEE (MacBBS)

RICARDO TANNUS JR. (Esferas Software)

EDITORA EXECUTIVABELINDA SANTOS

EDITORAÇÃOCRISTINA MILHEIRO

REVISÃOBERNADETTE SOUZA

CORRESPONDENTE NA INGLATERRAROSA FREITAG

CORRESPONDENTE NA ALEMANHATERESA NUNES

CAPATOM BOJARCZUK

COLABORADORESFABIO GRANJA, RODRIGO SANTALIESTRA,NEDER ABDALLA, LUZANSELMO SINACHI,ZILDA LOPES, BENÍCIO BATISTA SANTOS,MICHELLI DEJULIO, RODRIGO MEDEIROS

FOTÓGRAFOSRICARDO TELES E HANS GEORG

GERÊNCIA DE VENDASNELSON DEJULIO

GERÊNCIA DE ASSINATURASEGLY DEJULIO

GERÊNCIA DE DISTRIBUIÇÃOMINA

SOFTWAREQUARKXPRESS 3.2, FONTOGRAPHER 4.0,

WORD 5.1, ILLUSTRATOR 5.0,FREEHAND 4.0, PAGEMAKER 5.0,

MICROPHONE II 4.0, PHOTOSHOP 2.5,DESKPAINT 1.05, FILEMAKER PRO 2.0

HARDWAREQUADRA 700, QUADRA 605, IISI, SE,SCANMAKER II, ABATON FAXMODEM,LASERJET 4, PERSONAL LASERWRITER

FOTOLITOSPAPER EXPRESS

IMPRESSÃOMINDEN

DISTRIBUIÇÃOBH DISTRIBUIDORA

EDITORA BOOKMAKERSDIRETORES

BELINDA SANTOSHEINAR MARACY

As fontes PostScript Futura Vítima, Futura Vítima Light,Futura Vítima Bold, Futura Vítima Extra Bold, Zine Fina,Zine Grossa, Pinups, Memphis Vítima e Rex Dingbatssão marcas registradas da Zap Design.MacMania e Macintóshico são marcas registradas daEditora Bookmakers.

MACMANIA é uma publicação mensal da EditoraBookmakers Ltda. Rua do Paraíso, 706 – AclimaçãoCEP 04103-010 – São Paulo SPTel: (011) 284 8590 – Tel/Fax: (011) 284 6597Opiniões emitidas em artigos assinados não refletem aopinião da revista, podendo até ser contrárias à mesma.

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Este é o power assinante que foi abençoadocom o Newton, verdadeiro objeto do desejo.

Sucesso incomensurável a brutal campanha de assinaturas realizada pela MACMANIA durante afeira Macworld em abril. Foram mais de US$ 5.000 em prêmios distribuídos entre os novos assi-nantes da revista. O vídeo promocional da MACMANIA, veiculado ininterruptamente em um moni-

tor de 29 polegadas, quase levou à loucura o pes-soal dos stands vizinhos. Aproveitamos o momentoe a boa vontade da CompuSource para fazer umteste de campo da câmera digital da Apple, aQuickTake. Veja o resultado nesta página.

Os camisetas da MACMANIA nãolargavam do pé até os caras

assinarem a revista.

O novo assinante ri à toa.Esse aí saiu da feira com um

WordPerfect na sacola.

Muita gente recebeu os prêmios no ato.Sorteou, levou!

Edwin Estrada, gerente de treinamento daApple Latin America, mostra que sabe das

coisas e veste a camisa da MACMANIA.

O momento mais esperado:Quem ganhou o Newton?

Estande lotado! A marca registrada da MACMANIA.

Eduardo Carvalho (à esquerda) confere deperto o estrondoso sucesso da campanha

de assinaturas.

Convocado, Edwin Estrada reforça otime de vendedores da MACMANIA.

Lista dos ganhadores: PROTV Engenharia e Vídeo Ltda–SP¢Newton / Oscar R. Alves–SP¢MacromediaAction / Fernando Flauta Junior–SP¢Camiseta / Luiz Turano–RJ¢Livro / Antonio Tavares Neto–SP¢Word Perfect/ Roberto Petrone–SP¢Stacker / Hugo Prata–SP¢Livro / André Abujamra–SP¢Livro / Daniel AlvesJunior–MG¢Livro / Jeferson Ferreira–SP¢Banco Fácil / Paulo Milani–SP¢System 7 em português / AlvaroVianna–RJ¢Banco Fácil / Michael Catunda–PR¢Aldus IntelliDraw / Kleber de Oliveira–SP¢Aldus Persuasion /Caio Luiz Ávila–SP¢WordPerfect / Marcello G. Tassara–SP¢Lemmings / Alex F. Almeida–SP¢Norton Utilities /Sergio Souza–SP¢Banco Fácil / Julio Carneiro–SP¢Claris Works / Tarri Quadros Filho–SP¢Lemmings / RogerioVarela–RJ¢Livro / Nadia Petean–SP¢Microsoft Power Point / Marcelo Dantas–RJ¢Microsoft Project

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Também agitadíssimo o estandeda concorrência.

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•••••••••••••••••••OBJETO•DO•DESEJO•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••7

MAC MANIA

TID BITS

Segundo o fabricante, osdois painéis que compõemo SunPack são capazes degerar energia suficientepara fazer funcionar umPowerBook em dias enso-larados ou recarregá-loem dias nublados. Os pai-néis são equipados comresistores e diodos queregulam a quantidade deenergia que é mandadaao computador para impe-dir que ela descarregue oufique sobrecarregada.A propaganda do SunPacké digna das facas Ginsu.“Estes painéis são extrema-mente resistentes”, diz opresidente da companhia,Jerry Spencer, “devido ao

processo patenteado utili-zado para construí-los,eles são duros como fibrade vidro. Eles podem serentortados, sofrer batidase arranhões. Você pratica-mente pode dançar sobreeles sem danificá-los.”O SunPack é vendido pelaKISS por US$ 189. Tam-bém está disponível umaversão menor, o SunPackJr., que funciona com oNewton Message Pad, porUS$ 119.KKeeeepp IItt SSiimmppllee SSooffttwwaarree32 S. Ewing, Ste. #211Helena, MT 59601Tel: 001-800-327-6882Internet: [email protected]

SOMANDO ECONFUNDINDO

O casamento entre a AldusCorp. e a Adobe Systems,previsto para julho, já cau-sou sua primeira criseextraconjugal. A AltSys,empresa que desenvolveuo FreeHand, impetrou umaação contra a Aldus paraimpedir que segredos doseu software parem emmãos erradas. Para aAltSys, não há sentido emdeixar o FreeHand nasmãos de uma empresacontrolada pela Adobe,criadora de seu principalconcorrente, o Illustrator.Analistas acham que aAldus vai arranjar umasolução para o problemaque não deverá afetar onascimento da novaempresa (que tal batizá-lade Adobus?), avaliada emmais de US$ 500 milhões.

CRESCENDO E MULTIPLICANDO

Se você não aguenta espe-rar um mês para se abas-tecer com os comentáriosimpagáveis do editor detexto da MACMANIA, seusproblemas estão resol-vidos. Toda terça, no Jornalda Tarde, o jornalista Hei-nar Maracy assina sua co-luna na seção Apple/Ma-cintosh do suplementoJornal de Informática.

DIVIDINDO ECONQUISTANDO

Divide & Conquer é o pri-meiro software desenvolvi-do para Macintosh noBrasil comprado por umasoftware house americana.A Sunburst Communica-tions comprou o progra-ma, que também deveráser incluído em um CD-ROM da Apple, destinado

ao mercado educacional.Divide & Conquer é umprograma para aprendermatemática que discípulode Paulo Freire nenhum vaibotar defeito. Você temdez ícones que represen-tam os algarismos de 0 a9. Seu objetivo é descobriros números que correspon-dem aos ícones com omenor número possível depistas. O jogo tem dez ní-

veis de dificuldade, quevão de rookie a phantom.A concepção do programaé de David William Carra-her, professor da Universi-dade Federal de Pernam-buco, e a versão para Macfoi fei ta por FernandoFonseca Jr. e Ricardo Tan-nus Jr., o homem que nosdeu o Banco Fácil – o pri-meiro software tupiniquimpara Macintosh.

Dia de luz, festa de sol,você em um barquinho eum PowerBook a traba-lhar… movido a energiasolar! É isso mesmo, com o

SUNPACK, da KISS (KeepIt Simple Software), vocêpode dar adeus às bate-rias que descarregam nashoras mais inconvenientes.

Agora, as férias em Jericoaquara estão garantidas

Apesar de ser um game educativo, o Divide não é chato

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MAC MANIA

TID BITS

POWERMACMANIA

POWERBOOKS COMPOWERPREÇOS

Como anunciado no últimonúmero, a Apple lançouuma nova linha de Power-Books, a linha 500. Sãoquatro modelos com telade 9,5 polegadas (240mm)– 520 e 520c (matriz pas-siva) e 540 e 540c (matrizativa) – e dois Duos – o280 e o 280c. Todos osmodelos funcionam com ochip 68LC040 (sem FPU) epermitem o upgrade parao PowerPC 603. É possíveltambém fazer o upgradedos modelos 520, 520c e540 para tela colorida dematriz ativa, como a domodelo 540c.Os novos Powerbooks sãobonitos, ergonômicos, rá-pidos, eficientes e caros. AApple optou por incluircomo standard característi-cas que são opcionais emoutros laptops como gran-

des hard disks, som de 16bits e auto-falantes estéreoe Ethernet. E tem tambémas novidades como suportepara car tões PCMCIA,baterias inteligentes e onovo Trackpad, onde vocêempurra o cursor com odedo. O objetivo é compe-tir com laptops de topo delinha, como o IBM ThinkPad,e esquecer que existem osToshibinhas e CompaqsContura da vida.Por razões que a própriarazão desconhece, a Applesó liberou para a venda naAmérica Latina um dosmodelos de PowerBook, o520c, que será vendido noBrasil pela módica quantiade US$ 6.300, com 4Mbde RAM e 160 Mb dedisco. O modelo Duo 280custará aqui US$ 5.720(com 4Mb de RAM e240Mb de disco) e o280c, US$ 7.800.

MACNOTÍCIAO primeiro jornal brasilei-ro totalmente informatiza-do com Macintosh é o “ANotícia”, de Joinville (SC).São mais de 70 Macs liga-dos em rede, atendendo àsáreas de redação, arte,fotografia e classificados.O sistema utilizado para ainformatização é da em-presa nor te-americanaBaseview – representadano Brasi l pela Mult iso-luções – e utiliza o Quark-XPress como paginador.Os redatores do jornal uti-l izam Macs LC I I I com

monitores P&B para digita-rem suas matérias e a dia-gramação é fei ta emQuadras 800 e 950. Segundo Luis Meneghim,diretor de redação do jor-nal, a opção pelo Macin-tosh foi feita porque “era osistema que apresentava amelhor relação custo/benefício e o que possui ossoftwares mais intuitivos efáceis de utilizar, reduzin-do os custos e tempo detreinamento”. Os custos deimpor tação de equipa-mento giraram em tornode US$ 500 mil.

A revista que mais inaugura seções acada número inaugura aqui mais umaseção, destinada a monitorar a transi-ção dos macmaníacos do Brasil e domundo que estão se transformando emPowermacmaníacos. Cartas (reais ouvirtuais) para a redação.Até o presente momento, as maioresreclamações entre os novos usuários dePower Macintosh têm sido (como eraprevisto) sobre o atraso no lançamentodos softwares nativos. A campeã doatraso é a Microsoft, o que tem deixadoirritados os usuários da planilha Excel,que roda devagar no modo emuladodos Power Macs.A coisa complica para quem trabalhacom programas 3D, CAD ou qualquer

outro que necessite de co-processadormatemático (FPU). A maioria dessesprogramas nem roda no Power Maci-ntosh. Por isso, é bom checar a disponi-bilidade do seu programa favorito,antes de investir num desses novos bóli-dos. Ele pode vir com rodinhas de rolimã.Aos interessados, é sempre bom lembrarque os assinantes da MACMANIA rece-bem inteiramente grátis um disquetecontendo vários softwares shareware,entre eles a versão compatível com osPower Macs do Software FPU, um pro-grama que emula um co-processadormatemático. Com ele, os programas queprecisam de FPU abrem, mas rodammuito lentamente. Em alguns casos, issojá é uma grande ajuda.

Adobe PhotoshopAldus FreeHandBungie Software Pathways Into DarknessCanto Software CumulusClaris Corp. ClarisWorksDeltapoint DeltaGraph Pro 3Diehl Graphsoft MiniCAD+Domark Flying NightmaresFractal Design Dabbler 1.0Fractal Design Painter 2.0Frame FrameMakerGryphon Morph!Insignia SoftWindowsOrange OrangePCSpecular Infini-DVideoFusion RecorderVideoFusion VideoFusionWordPerfect WordPerfect

Trackball já era. A nova onda é o Trackpad

Aqui estão alguns programas jádisponíveis para Power Macintosh

desde o início de maio nos EUA

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MAC MANIA

Desktop Video está para osanos 90 assim como oDesktop Publishing estevepara os anos 80. Essa afir-mação já está virando umchavão, mas é impressionan-

te, quando se começa a analisar a trajetória do DTV, comoé forte a sensação de já se ter ouvido essa mesma históriaem algum lugar.Nos primórdios da editoração eletrônica, os equipamentose softwares eram caríssimos e a qualidade deixava muito adesejar, principalmente no que se referia a produçõessofisticadas. As empresas que trabalhavam com editoraçãopelo processo convencional tinham muita resistência à con-versão ao DTP, apesar da comprovada economia de custos

DESKTOP VIDEOUM MOUSE NA MÃO E UMA IDÉIA NA CABEÇA

e aumento da produtividade. Mas em pouco tempo os cus-tos mais baixos da produção digital tornaram a concorrên-cia desleal e todos acabaram subindo no barco do DTPpara não morrerem afogados.Com o DTV, a história vem se repetindo, ipsis litteris. Asprodutoras de vídeo, agências de propaganda e redes detelevisão ainda torcem o nariz para os sistemas atuais,afirmando que eles não têm broadcast quality (qualidadede transmissão). O motivo é a perda de qualidade geradapela compressão de dados necessária para que o compu-tador rode imagens em tempo real, a 30 frames (quadros)por segundo. Só que as tecnologias de compressão de vídeo têm evoluí-do muito rapidamente. Mesmo o mais ortodoxo dos profis-sionais de vídeo já percebeu que a edição digital traz van-

CCaammppoo ddee vvííddeeoo:: Uma imagem emvídeo é formada por 30 quadros porsegundo. Mas cada quadro temdois campos alternados, o que dáum total de 60 campos por segundo.EEddiiççããoo OOfffflliinnee:: Etapa de edição,onde são tomadas decisões sobre aforma e o conteúdo do vídeo a serproduzido. O resultado pode sertanto uma cópia em baixa resolu-ção ou um EDL que servirá paraorientar a edição online.EEddiiççããoo OOnnlliinnee:: É a edição final,onde são acrescentados efeitos edetalhes de acabamento, feita emequipamento high-end.EEDDLL ((EEddiitt DDeecciissiioonn LLiisstt)):: Arquivo de

texto, criado pelo programa de edi-ção, onde estão indicações de cor-tes e fusões baseadas no time codedo material gravado original. Umsistema de edição online utiliza oEDL para criar o produto final.JJPPEEGG ((JJooiinntt PPhhoottooggrraapphhiicc EExxppeerrttssGGrroouupp)):: Padrão para compressãode dados de imagens aceito porempresas de informática em todo omundo.MMPPEEGG ((MMoottiioonn PPiiccttuurreess EExxppeerrttGGrroouupp)):: É uma espécie de JPEG emmovimento. Padrão para compres-são para vídeo digital. Permiteuma compressão maior, commelhor qualidade que o JPEG.

TTiimmee CCooddee:: Marcação de tempoquadro a quadro do material gra-vado. Serve para identificar comprecisão os cortes da edição.VVííddeeoo CCoommppoonneennttee:: Sinal de vídeoonde a luminância (preto, branco ecinza), o vermelho, o verde e o azulsão processados como componen-tes distintos, gerando uma maiorqualidade de imagem. Encontradoapenas em equipamentos profis-sionais.VVííddeeoo CCoommppoossttoo:: Sinal de vídeoque combina informações de croma(cor) e luminância (preto, branco ecinza) em um único sinal. Utilizadoem produtos domésticos.

POR DENTRO DO JARGÃO

Heinar Maracy*

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MAC MANIA

tagens incomparáveis e que esse é um caminho sem volta.A edição digital é, no mínimo, três vezes mais rápida quea convencional e permite a adição imediata de efeitos detransição, gráficos, títulos e animações geradas em compu-tador. Além disso, enquanto no vídeo tradicional você temque fazer uma cópia do seu filme toda vez que quiser adi-cionar um efeito ou um letreiro, causando perda de quali-dade, no DTV tudo acontece no hard disk, sem alterar aqualidade da imagem original.“Hoje estamos vivendo um boom do Desktop Video, tantoaqui no Brasil quanto lá fora”, diz Marco Fadiga, gerentede integração de mídias da Crosspoint, representante daAvid Technology no país. Os sistemas de edição digital devídeo já estão sendo utilizados em produções que não exi-gem um nível extremamente alto de qualidade de imagem.Comerciais locais, vídeos institucionais, programas eleito-rais, telejornalismo, enfim, todo o tipo de produção queexige mais rapidez e baixo custo do que um acabamentorefinado forma o mercado atual do DTV.O fato é que estamos em um momento de transição. Naúltima feira da NAB (National Association of Broadcasters)– realizada em Las Vegas, em março último –, vários fabri-cantes prometeram que seus sistemas atingirão ainda esteano uma qualidade de imagem do nível de uma ilha Beta,equipamento de topo de linha da edição de vídeo analógi-co. Outra novidade são os sistemas abertos de edição pro-fissional. Até pouco tempo atrás, os sistemas que existiameram verdadeiras “caixas pretas”, onde todo o hardware,software e acessórios tinham que ser comprados do mesmofabricante. Este ano, começaram a surgir produtos quepermitem ao usuário montar sua estação de trabalho como equipamento que ele quiser e ampliar suas possibilida-des com softwares de terceiros.O Macintosh foi o computador que introduziu o conceitode Desktop Publishing e até hoje domina esse mercado,quando se fala em editoração eletrônica feita a sério. Como DTV, a coisa não é muito diferente. A hegemonia do Macno mercado de Desktop Video se deve, além do seu pionei-rismo, a ele ter um padrão único para a manipulação deimagens em tempo real, o QuickTime. Existem produtosmais baratos para outras plataformas, como PC e Amiga,mas os sistemas baseados no Mac têm uma relaçãocusto/benefício melhor, devido à sua maior versatilidade ecompatibilidade com outros programas de animação, pin-tura e desenho, obtida através do QuickTime.A Apple está prometendo para os próximos meses o lança-mento do QuickTime 2.0. A nova versão, elaborada exata-mente para dar maior suporte à utilização de vídeo noMac, deverá rodar filmes ao dobro da velocidade da ver-são atual (1.6.1), aumentando a velocidade de transmis-são de dados de 1Mb para 3Mb por segundo. O suportepara compressão de vídeo MPEG (Motion Picture Expert

NÃO-LINEAR X LINEAROs softwares de edição digital de vídeo seguem, emsua maioria, uma estrutura básica formada por trêsjanelas. A primeira é um banco de dados, onde você armazenapedaços de vídeo digitalizados (clips). A segunda é a janela de edição, composta por váriastrilhas de áudio, vídeo e efeitos de transição. Paramontar seu filme, você arrasta os clips para as trilhasde vídeo da janela de edição e atribui efeitos de transi-ção (fades, wipes etc) entre eles. É aí que está a maiordiferença entre o sistema digital e o analógico. O siste-ma digital é não-linear: você pode pegar um clip queestá no meio da sua trilha e arrastá-lo para outra posi-ção. Já o sistema convencional é linear. Se no meio docaminho você mudar de idéia, o único jeito é começartudo de novo, pois as imagens estão gravadas em umafita magnética.A edição não-linear resgata o conceito de montagem,que surgiu com o cinema e foi perdido na transiçãopara o vídeo. Uma fita de vídeo é uma obra, digamosassim, “imexível”. Você não pode cortar um pedaçodela e colar em outro lugar, nem alterar sua duração,como é possível em uma película cinematográfica. Poressa razão, os softwares de edição de vídeo estão bemmais para moviola que para ilha de edição. A terceira janela é a de Preview, onde você pode teruma idéia de como estão os cortes e efeitos de seufilme. Você pode utilizar um segundo monitor ou atémesmo um televisor NTSC para abrir a janela dePreview. Produtos high-end permitem que você veja opreview em tempo real, ao mesmo tempo em que reali-za a montagem. Softwares menos sofisticados, como oAdobe Premiere, exigem um certo tempo para o com-putador gerar o preview para poder mostrá-lo.

O Premiere virou um paradigma para edição no Mac

Clip de Chico Science e Nação Zumbi, realizado pela Trattoria di Frame, utilizando animações em QuickTime

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MAC MANIA

Group) vai melhorar notavelmente aqualidade dos filmes que rodam noMac e provocar uma enxurrada denovos softwares, filmes em CD-ROMe placas digitalizadoras baseadosem QuickTime.O Power Macintosh também prometecausar uma reviravolta no mercadode DTV. A grande mudança ocorreráem 1995, quando deverão ser lan-çados Power Macs com uma novaarquitetura de Input/Output. Atual-mente o maior gargalo para a pro-dução de vídeo digital com qualida-de está na baixa taxa de transferên-cia de dados do SCSI. A nova arqui-tetura I/O que será utilizada nosPower Macs deverá incorporar astecnologias PCI e FireWire, que vãopermitir edição e transmissão devídeo digital com mais velocidade,viabilizando a execução de filmesmaiores, com um “Play” mais suave(rodando com menos trepidação).

BRINCANDO DESPIELBERG

Ao contrário do que se pensa, não épreciso ter rios de dinheiro paracomeçar a se aventurar no maravi-lhoso mundo do Desktop Video. Sevocê tem um Mac colorido e umvideocassete, já é um bom começo.Com pouco mais de US$ 1 mil, vocêpode comprar uma placa de digitali-zação de vídeo, como a VideoSpigot(US$ 350/EUA), da SuperMac, ou aMovieMovie (US$ 349/EUA), daSigma Designs, e um software deedição de vídeo como o AdobePremiere 3.0 (US$ 850/BR) ou oAvid VideoShop 2.0 (US$ 600/BR).Como provavelmente você não deveter 200Mb sobrando no seu discorígido, convém adquirir uma mídiaalternativa, como um disco externo,um disco ótico ou um SyQuest.Lembre-se que um minuto de filmeQuickTime pode equivaler de 5Mb a40Mb, dependendo da qualidade deimagem em que for gerado. A maio-ria dos fabricantes de programas e

placas de digitalização low-endrecomendam 8Mb de RAM comoconfiguração mínima, mas é melhorvocê começar com uns 20Mb.Memória nunca é demais.Com esse equipamento, você já vaipoder transformar em fi lminhosQuickTime de 320 x 240 pixels ovídeo de seu casamento, das férias,os primeiros passos do bebê e utili-zá-los em uma multimídia ou comoStartupMovie na abertura do seuMac. Só não dá para dar saída emvídeo, a não ser que você tenha umMac AV que, além da placa digitali-zadora, tem entrada e saída devídeo. Mas já dá para brincar de Spielbergou Einsenstein. Quem trabalha comfilme publicitário ou produção devídeo, pode editar o material brutoem casa, testando e experimentandoefeitos, e apresentar uma propostaao cliente direto do próprio Mac ouutilizar a montagem como guia paraa edição final.O Premiere já se tornou o padrão desoftware de edição de vídeo para oMacintosh. Sua interface bem bola-da e intuitiva, aliada a ferramentaspoderosas para utilização de efeitos,animações e capacidade para até99 trilhas de vídeo e áudio, tornam aedição no Mac fácil como dar Copye Paste. A nova versão 4.0 já foianunciada pela Adobe e deverá tra-zer uma melhor precisão na transi-ção entre dois clips e um previewmais rápido. O Premiere pode gerartambém um EDL (Edit Decision List),uma lista com marcações do materialbruto para posterior edição final emuma ilha de edição profissional.Outra opção de software entry-levelé o Videoshop 2.0, da Avid. Ele émais barato, mas não é tão versátilcomo o Premiere. Se ele comparti-lhasse de algumas funções e caracte-rísticas dos produtos high-end daAvid, seria uma alternativa interes-sante, por permitir ao pessoal quetrabalha com vídeo convencional tra-

var contato com a edição não-lineara um custo inexpressivo, antes degastar dezenas de milhares de dóla-res em um sistema profissional. Masisso não acontece. O VideoShop étotalmente diferente dos sistemasmais avançados da Avid. E o que émais estranho, ele não suporta EDL,o que o torna inviável para utiliza-ção em edição de vídeo offline.

PISANDOFUNDO

Com um pouco mais de investimento,já é possível editar vídeo no Mac edar saída com qualidade de VHS.Essa é a solução ideal para empre-sas que queiram realizar interna-mente vídeos institucionais ou de trei-namento. Para isso, basta adquiriruma placa de digitalização, como aVideoVision da Radius, a Digital Film1.5 da SuperMac ou a MoviePack 2da RasterOps. Todas usam a mesmatecnologia de compressão e têmpreço (ao redor de US$ 3.500/EUA), qualidade e característicassemelhantes. Essas placas são vendidas em bundlecom softwares de edição, como oPremiere, After Effects e o Video-Shop, e contam com caixas decodifi-cadoras para entrada e saída deáudio e vídeo. Todo cuidado é poucona compra de uma placa dessas,principalmente porque, como já foidito antes, estamos em um períodode transição. É muito provável quesurjam em breve novos produtoscriados com o objetivo de aproveitaro melhor desempenho proporciona-do pelo QuickTime 2.0 e pelo PowerMacintosh. Quem quiser aprimorar sua produ-ção com efeitos especiais, podeoptar pela compra do After Effects2.0 (US$ 1.995/BR) da CoSA. OAfter Effects é um “Photoshop emmovimento” com capacidade paraaplicar efeitos especiais em vídeo,editáveis frame-a-frame, e animartextos e imagens. Com ele, é possível

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MAC MANIA

É difícil encontrar hoje em diaquem duvide do Macintosh comoplataforma para Desktop Video emultimídia. Mas quando o assun-to é 3D muita gente ainda torce onariz. É chato admitir, mas nestaárea o Mac andava apanhandofeio dos PCs baseados nos chipsIntel e das workstations (leia-seSilicon Graphics).Os culpados desta situação sãoos chips da família Motorola680x0, simplesmente muito anê-micos para darem conta do reca-do. Animação 3D é uma das apli-cações mais exigentes em poderde processamento de operaçõesde ponto flutuante, exatamente oponto fraco dos 680x0.Isto não quer dizer que o Mac sejauma completa negação no assun-to, muito longe disto. O ElectricImage, talvez o melhor (e maiscaro) software de animação 3Dpara computadores pessoais, foicriado para o Mac. Ele tem umaqualidade de imagem compará-vel e até superior a de algunssoftwares para estações SiliconGraphics. Foi usado para produ-zir a sequência de “O Extermi-nador do Futuro II” em que LosAngeles é destruída por umaexplosão nuclear. Custa US$ 7mil e não tem modelador próprio.Pode parecer caro, mas compara-do com os softwares para Silicon,pode acreditar, é uma pechincha.Quem usa este tipo de softwaregeralmente é o animador profis-sional que pode passar sobre oproblema da lentidão do rende-ring (geração final de imagem)dividindo o processamento emvárias máquinas. Para os menosabonados, existem softwarescomo o Strata Vision e Infini D,pacotes menos profissionais, masnão com menos recursos, umaboa opção para quem quer pro-duzir animação 3D para multimí-dia (os cenários do CD Myst

foram produzidos com Strata) eDTV. Todos estes pacotes ofere-cem recursos antes encontradosapenas em sistemas high-end,como ray tracing, múltiplas fon-tes e tipos de luz, texturas proce-durais, sombras etc. A chegada dos Power Macs devesignificar um salto do Mac paraoutro patamar como plataformapara aplicações 3D. Os chipsRISC são hoje o padrão em todasas estações de trabalho de altodesempenho e têm um grandeespaço para desenvolvimento, aocontrário dos baseados na arqui-tetura CISC, como o Pentium. Istodeve tornar o Mac um real com-petidor para os PCs Intel rodando3DStudio e Topas, os sistemasmais populares entre os anima-dores profissionais que não que-rem ou não podem gastar umcaminhão de dinheiro para saltarpara plataformas Silicon.Sendo um pouco mais pretensio-so, pode-se dizer que até a SiliconGraphics deve começar a ficarpreocupada também. Muitas pro-dutoras que usam seus sistemashá um bom tempo já vêm usandoMacs como sistemas de apoiopara funções específicas. A ver-dade é que, em muitos usos, oMac tem uma relação custo/bene-fício imbatível, e os animadoresacostumados à sofisticação dos sistemas da Silicon não sen-tem muita atração pelos verda-deiros Frankensteins que são osPCs Intel configurados para apli-cações em vídeo, vendo os Macscomo irmãos menores de suasestações. Acontece que agora oirmão menor está ficando grandee um Power Mac, rodando ElectricImage, pode ser considerado umsistema realmente profissionalpor um baixo custo.A própria Silicon, desde que com-prou a fábrica de chips Mips, estáde olho no mercado dos Macs,

como prova a estação Indy, lan-çada por US$ 5 mil. O problema éque a configuração obtida poreste preço não roda nem editorde texto, não incluindo sequer umhard disk! Uma Indy bem configu-rada custa por volta de US$ 22 mil(EUA). Já uma Indigo pode passarde US$ 50 mil. O grande diferen-cial destas máquinas, além dopoder de suas CPUs, está naexistência de chips dedicados àmanipulação de modelos emtempo real, o que leva muitagente a pagar estes preços. Comrelação aos softwares, então, adiferença de custos é muito maisdramática, sem falar no númerorelativamente pequeno de opçõesoferecidas. Os pacotes de anima-ção 3D para Silicon variam deUS$ 20 a US$ 60 mil. O softwarede morph Elastic Reality, daASDG, custa em sua versãoSilicon US$ 3 mil; a versão paraMac custa US$ 99. Mesmo com o grande ganho emdesempenho conseguido com oPower PC, os Macs e praticamen-te todos os computadores do“mundo real” ainda vão estarlonge do desempenho que os ani-madores gostariam de ter. Não éà toa que existe gente que gastaUS$ 400 mil em estações commúltiplos processadores paragerar animação 3D. Nesta área éassim, quanto mais desempenhose tem, mais se precisa. Masquem tem uma estação deDesktop Video, rodando os óti-mos softwares de edição e efei-tos existentes para o Mac, comcerteza já não vai ser obrigado amigrar para outra plataformaquando quiser partir para produ-ções mais sérias em 3D.

Sergio Salles é diretor da Vetor Zero,empresa especializada em computaçãográfica, onde estações Silicon e Macin-tosh trabalham harmoniosamente.

UMA NOVA DIMENSÃO PARA O MACINTOSHSergio Salles

Comercial da Coca-Cola produzido pela Vetor Zero, com computadores Silicon Graphics e Macintosh

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MAC MANIA

sobrepor camadas devídeo sobre vídeo em umnúmero limitado apenaspela capacidade de pro-cessamento do Mac. Éuma excelente compa-nhia para o AdobePremiere.Uma opção um poucomais sofist icada é oMedia Sui te Pro 2.0(US$ 9.995/EUA) daAvid, um sistema que une placas de digitaliza-ção de vídeo, áudio ecompressão JPEG e umsoftware integrado de edição, comopcionais para captura de 60 cam-pos por segundo (US$ 3.995/ EUA)e EDL (US$ 995/EUA). Sem sombrade dúvida, ele é a melhor opçãopara edição offline, graças à preci-são de seu software. O único proble-ma é que, como os produtos high-end da Avid, ele exige hard disksaprovados pela Avid e, em sua con-figuração de alta qualidade, só fun-ciona em um Quadra 950, que já foidescontinuado. O sistema completocusta um pouco mais de US$ 30 milnos EUA.

APOSTANDOALTO

O broadcast quality é a fronteirafinal. Todos os fabricantes de siste-mas de DTV almejam chegar a umnível de qualidade que nem o maisperspicaz dos profissionais de vídeopossa diferenciar de um vídeo edita-do em uma ilha Beta. Só assim elespoderão convencer grandes redes detelevisão e produtoras de vídeo queo equipamento analógico em queeles investiram milhões de dólaresdeve ser trocado por uma estaçãodigital não-linear. É nesse nicho queentram as workstations de DTV, solu-ções fechadas com softwares pro-prietários, que possibilitam um gran-de número de efeitos executadoscom grande agilidade e têm uma

interface muito semelhante aos con-troles que os profissionais de vídeoestão acostumados.Quem está mais à frente neste mer-cado é a Avid Technology, exatamen-te por ter sido uma das primeirasempresas a apresentar soluções deedição não-linear, primeiro offline e,mais recentemente, online. Calcula-se que existam mais de 4.000 equi-pamentos Avid em funcionamentoem todo mundo, sendo utilizadospara a edição de vídeo e de cinema.A larga base instalada fez com quea Avid se tornasse a empresa com omaior número de soluções para pro-dução e pós-produção de vídeo. Ocarro-chefe da Avid é o Media Com-poser, um sistema formado por umafamília de seis produtos, indo domodelo entry-level, o 400S (US$14.995/EUA), até o topo de linha, oMedia Composer 8000 (US$89.900/EUA).A briga atual da Avid é pela adoçãode um padrão da indústria paratroca entre plataformas de informa-ções multimídia (áudio, vídeo, gráfi-cos e animações), o OMF (OpenMedia Framework), no que estásendo apoiada pela Apple e pelaSilicon Graphics. Só que a Sony, omaior fabricante de equipamentos devídeo profissional do mundo, já disseque não vai seguir o OMF. O motivoé que a Sony vai lançar no segundo

Interface do Media Composer, da Avid

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MAC MANIA

VERDADES E VERDADES SOBRE O DTVO conceito de broadcast quality, no frigir dos ovos, acabou virando uma coisa meio subjetiva. A qualidade dos sistemas high-end de edição, tanto analógicos quanto digitais, supera em muito o resultado que aparece na tela da sua TV. Quem consegue descobrir qual comercial foi editado no Mac e qual passou por uma ilha Beta? Ou qual novela está sendo gerada direta-mente do Avid?“A verdade depende muito mais da necessidade do trabalho e do cliente doque de um conceito ideal de qualidade”, diz Guto Carvalho, da Trattoria diFrame. “A verdadeira revolução do Desktop Video é a mudança no processode se fazer vídeo. O computador desapropriou os meios de produção devídeo e está multiplicando o número de pessoas que podem trabalhar comele. E aí o vídeo deixou de ter uma verdade única. As soluções são diferen-tes, os conceitos, necessidades e preços são diferentes. Video Machine,Video Toaster, Avid, Premiere, Editing Box, ImMIX... cada um pode ter a suaopção e ela será a melhor. Uns acham que workstation é que é bacana.Outros acham que para fazer um bom trabalho, você precisa de um confiá-vel equipamento analógico. Outros acham que fazer vídeo hoje em dia éfácil. Basta um Mac, uma placa de vídeo, um belo disco, meia dúzia de soft-wares e voilá: efeitos, letreiros, som, tudo lindo. Todos estão satisfeitos como trabalho que fazem. Quem está com a verdade?”A Arquimagem é uma das primeiras produtoras de vídeo no Brasil a editarno Mac uma série extensa de programas para transmissão de TV. A empre-sa fechou um contrato com a TV Educativa para a finalização de 1.500 capí-tulos da série “Telecurso”, que começarão a ir ao ar em agosto. A empresatrabalha com um Media Composer 1000 instalado em um Quadra 950 e temmais dois Quadras 650, onde faz processamento de imagens no Photoshop,gera títulos e vinhetas; e cinco PCs 486, para geração de animações 3D. Para Fernando Weisberg, diretor da Arquimagem, a edição online no Aviddos espisódios do “Telecurso” vai agilizar o trabalho. Segundo ele, a transi-ção para a edição digital online ainda não está afetando os custos de umaprodução de vídeo. “Os equipamentos são muito caros. Além dos sistemas,existem vários outros gastos, como por exemplo, com mídia para armazena-mento de dados (a Arquimagem trabalha com nove gigabytes espalhadosentre discos rígidos e drives óticos e está adquirindo mais seis).Weisberg considera que a adoção da edição não-linear pelas redes de TV éuma questão de tempo. Pouco tempo. “O telejornalismo deverá ser uma dasprimeiras áreas a adotarem o sistema não-linear, devido à necessidade deagilidade na produção de matérias, exatamente como foi uma das primei-ras áreas a adotar o videotape. Em breve, as TVs estarão utilizando câmerasdigitais e não precisarão nem digitalizar vídeo. Será preciso apenas retiraro hard disk da câmera e ligá-lo ao computador.”

Clip da banda Perroloco, editado no Avid Media Composer pela Arquimagem

semestre seu próprio sistema de DTV,o Destiny, baseado em Windows.O VideoCube 1.1 (US$ 48.500/EUA) da ImMIX é hoje o principalconcorrente da Avid no mercado deworkstations. O VideoCube é umaestação formada por um computadorproprietário (o tal Cubo) que faz todoo processamento de áudio e vídeo,ligado a um Quadra 650 que contro-la a interface do software de edição.

No afã de tornar seu equipamentomais palatável aos editores de vídeo,a ImMIX incluiu no sistema um painelde controle com jog wheel, botõespara selecionar pontos de corte equatro botões deslizantes para áudio.Como o Media Composer, ele permi-te a aplicação de efeitos quase ins-tantâneos, mas tem um númeromenor de efeitos que o concorrente.Até o momento, a ImMIX não tem

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MAC MANIA

A ESTRATÉGIAALEMÃ

Enquanto a maioria dos siste-mas de DTV começaram comosoluções de edição linear offli-ne e estão fazendo a transiçãopara o online, uma empresaalemã está fazendo o caminhotransversal. A Video Machineda Fast, representada no Brasilpela XPlus, é um sistema deedição linear online que agoraestá se tornando não-linear. A Video Machine é, basica-mente, um controlador de ilhade edição, como a VideoToaster (do Amiga) ou a extintaVideo F/X. Na última NAB, aFast lançou um acessório cha-mado Digital Player/Recorder(DPR) que transforma a VideoMachine em um editor não-linear. Por enquanto, o DPR sóexiste em versão PC; o softwa-re para Mac deve sair nocomeço do segundo semestre.Segundo a Fast, o sistemapode ser utilizado ao vivo, comimagens transmitidas direto dohard disk através do DPRsendo mixadas com vídeo aovivo na Video Machine, semperda de qualidade. A VideoMachine, em conjunto com oDPR, deverá custar entre US$16 mil e US$ 20 mil. A versatili-dade da Video Machine e obaixo preço fazem com que elapossa vir a ser consideradacomo uma séria alternativapara redes locais de TV.

ONDECOMPRAR

Caps ..............(011) 240-8079Crosspoint ......(021) 325-1363

(021) 325-0761Intek...............(011) 574-5840Multisoluções ..(011) 816-6355XPlus ..............(011) 725-4480

(011) 535-3535

nenhum representante no Brasil.O azarão do high-end DTV sechama Media 100. Fabricado pelaData Translation, ele é um sistemaaberto, formado por duas placasNuBus e um software de edição, comum preço de produto intermediário(US$ 16.790/BR), mas que se desta-ca dos concorrentes devido à suaexcelente qualidade de imagem.Suas principais vantagens são acapacidade para opções variáveisde compressão (de 9 a 27 minutospor gigabyte) e a interface, que con-segue ser mais simples que a doPremiere. O Media 100 é totalmentemodular, com um opcional para ageração de caracteres (US$2.093/BR), efeitos (US$ 1.393/BR) e supor-te a EDL (US$ 1.393/BR).O Media 100 possui apenas doiscanais de vídeo (o Media Composerpode chegar a 24), mas isso é com-pensado pela integração do seu soft-ware com o CoSA After Effects, quepode salvar imagens em formatoMedia 100. A maior deficiência dosoftware atual é a falta de precisãode corte frame-a-frame, mas a DataTranslation já anunciou para o próxi-mo semestre o lançamento da versão2.0, que terá melhorias nas funçõesde edição e aceleração da execuçãode vários efeitos. Junto com a novaversão, serão lançados novos módu-los opcionais como entrada e saídapara vídeo componente e mixageme tratamento de áudio.

PREVENDO O FUTURO

No futuro, todos seremos cineastas,videomakers, músicos e designers.Pelo menos é essa a impressão quese tem ao observar a rapidez dosavanços tecnológicos e a consequen-te redução de custos e populariza-ção dos meios de produção devídeos, revistas, CDs e obras de arte. Há dois anos, a produção digital devídeo era um sonho, um nicho demercado formado apenas por gran-des empresas dispostas a gastarsomas vultuosas em tecnologia deponta. Daqui a dois anos, o vídeodigital provavelmente será a realidadee os sistemas de edição linear de hojeserão considerados peças de museu.Não seria de se estranhar se, numfuturo próximo, da mesma formaque hoje existem bureaus de editora-ção eletrônica, surgissem bureaus deedição de vídeo. Você chegaria nobureau com algumas fitas de vídeodebaixo do braço e sairia de lá comuma cópia digitalizada em baixaresolução. Em casa, você iria montarseu filme no Mac, experimentando ecolocando todos os efeitos, letreiros eanimações a que teria direito. O pro-jeto final seria entregue novamenteao bureau para que ele gerasse umacópia em alta resolução, pronta parair ao ar. No futuro, todos seremosSpielbergs. Ou J. B. Tankos. ~

**CCoollaabboorroouu CCaarrllooss FFrreeiittaass

Estas são as janelas do Media 100; uma interface mais simples que a do Premiere

Comercial da Semp Toshiba, realizado pela Trattoria di Frame

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DESKTOP PUBLISHING

Valter Harasaki

Após dias de trabalho, seu serviço já está revisado, com ascores e imagens aplicadas, tudo pronto para ser fotolitado.Você envia o trabalho para o bureau, avisa-o de que pre-cisa dele sem falta para o dia seguinte, o panga-amigo-do-peito diz que está difícil, mas vai quebrar seu galho.Você vai dormir tranquilo.De manhã, você telefona para o bureau, achando que seuserviço está pronto, e recebe a seguinte resposta: “Estavafaltando um TIFF e o trabalho ainda não está pronto”.Pronto, começa o desespero, o cliente vindo buscar o foto-lito etc.Por essas e outras, prepare seu documento com cuidado.O esquecimento de algum arquivo pode atrasar aqueleserviço urgente e colocar você em apuros. Para evitardores de cabeça, siga o Check List sugerido abaixo.

Verifique item por item, principalmente se vocêestá enviando todas as imagens (TIFFs, EPSs etc.).Caso o trabalho esteja em PageMaker, você pode

salvar o arquivo com as imagens incorporadas (linkadas),mas lembre-se que ele pode ficar um bocado grande. Sevocê é usuário do QuarkXPress versão 3.2 ou mais recente,existe uma ferramenta (Collect to Output no menu File), quecria um novo folder e copia dentro dele todos osarquivos necessários para gerar o documento.É muito útil quando você faz, por exemplo,uma revista mensal, com uma master jádefinida com logotipos, vinhetas etc.Não é preciso lembrar onde é queestá guardado o arquivo original, opróprio Quark encarrega-se deprocurar e copiar para você.

Se for necessário compac-tar ou dividir um documen-to em vários arquivos (split),

certifique-se de que o processoque você for usar seja compatívelcom o do bureau (normalmentetodos trabalham com DiskDoubler eStuffIt, mas é recomendável mandar

sempre em versão self-extracting, que se descompactaautomaticamente).

Se seu arquivo for enorme e você pretende enviarseu documento em uma mídia diferente dos popula-res disquetes, confira se o bureau utiliza o mesmo

equipamento. No Brasil, cartuchos SyQuest de 44Mb e88Mb são quase uma unanimidade; porém, se você possuium drive de SyQuest de 105Mb ou 270Mb, já diminui aquantidade de bureaus que aceitam este formato. Com dis-cos óticos aumenta esse problema, já que existem inúmerospadrões (ou falta de padrão). Se o seu bureau aceita serviços via modem, tenha cuidadopara não enviar arquivos muito grandes. A economia que vocêobtém pode se transformar numa gorda conta telefônica!

Aprenda a usar corretamente as ordens de serviços(OS) dos bureaus. Elas costumam pedir informaçõesimportantes, como resolução, linhagem, halftone

screen, se é fotolito para silk-screen ou offset etc. Se vocênão compreender algum dos itens, tire sua dúvida com eles.Imprima o documento final. Se não imprimir na suaimpressora, é muito provável que ele também não imprimana imagesetter.

Em caso de trabalhos coloridos, procure saber se oequipamento do seu bureau é calibrado. Muitasvezes aquele bureau que sempre fez serviços para

você em uma ou duas cores com qualidade e precinhocamarada não possui equipamentos adequados

para um trabalho mais sofisticado. Se tiver separações de cores, é prudente

fazer um teste da separação na suaimpressora laser. Muitas vezes os

softwares podem interpretar erradoalguma sobreposição de cores ecausar erros grosseiros.Outro erro comum é você esque-cer de transformar alguma corem Process Color (quadricromia)num trabalho a 4 cores e receberdo bureau 7 ou mais lâminas de

cores ao invés das tradicionaisciano, amarelo, magenta e preto.

Se o orçamento permitir, é semprebom pedir uma prova colorida

Como e ıtar

Bill Mc Gregor

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(Cromalin, Match Print ou equivalente) para ter certeza deque as cores estão certas.Se você usou algum tipo de fonte exótica ou TrueType, veri-fique se o bureau dá suporte, ou a imagesetter poderá tro-car de fonte. O ideal é sempre mandar as fontes utilizadaspara o bureau. Há sempre o risco de você estar trabalhan-do com uma fonte harmonizada (com número trocado), oque pode gerar confusões na imagesetter.Confira o fotolito pronto. Pronto não significa necessaria-mente que ele está OK. Verifique se o tamanho está corre-to, se o texto não recorreu etc. Reclame imediatamente sehouver algum problema. É seu direito que o trabalho sejaexecutado com correção pelo bureau. É muito melhor des-

cobrir algum problema antes do material ficar pronto nagráfica.A maioria dos programas de editoracão permite que vocêsalve os documentos em um arquivo PostScript fechado(PostScript Dump) que facilita o trabalho da imagesetter. Seo seu bureau prefere que enviem arquivos PostScript, peçaa ele que forneça o driver adequado da imagesetter. Vocênão precisa dele necessariamente, já que toda imagesetterPostScript não deixa de ser uma impressora laser, masvocê terá disponível mais possibilidades de formatos deimpressão.Esses cuidados, apesar de simples, podem ser a diferençaentre o lucro e prejuízo, portanto fique sempre atento! ~

dor de cabeça

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~ PROCURE A CIDADE MID NO

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HA

R O

MEI

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E LU

GA

R N

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UM

~Geralmente, as fontes

bitmap são encontradasdentro de maletinhas(suitcases) como esta.

Algumas fontesTrueType também vêm

em suitcases.

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MAC MANIA

BÊ-A-BÁ DO MAC

Instalar e manipular fontes no Macsão uma eterna fonte de problemas.Textos que não imprimem, fontes quetrocam por Courier, conflitos, screenfonts, printer fonts, TrueType, Post-Script. Seguramente as fontes sãouma das partes menos intuitivas dese trabalhar no Macintosh.Para começar, existem dois tiposbásicos de fonte: a fonte bitmap ouscreen font e a fonte de impressora(printer ou outline font). Nos primór-dios do Macintosh, tudo era muitomais fácil, só existiam fontes bitmap.Cada letra (ou número ou símbolo)de uma fonte bitmap é formada poruma série de pontos necessáriospara mostrá-la a 72 pontos por pole-gada (dpi), a resolução da tela doMac. Em resumo, fonte bitmap é aque você vê na tela, por isso ela tam-bém é conhecida como screen font(fonte de tela). Com a chegada das impressorasLaserWriter, surgiu um novo tipo defonte, a fonte PostScript. A fonte bit-map, com resolução de 72 dpi, erainadequada para as impressoras de300 dpi. Além disso, as fontes bit-map têm tamanho fixo. Se você usarum tamanho de bitmap que não está

instalado, o Mac reescala a fonte apartir do tamanho instalado comresultados no mínimo indesejáveis.As fontes PostScript, criadas pelaAdobe Systems, são também conhe-cidas como outline fonts ou Type 1fonts. Os caracteres de uma fontePostScript não são formados porpontos. Eles são compostos de instru-ções matemáticas de como desenharo contorno de cada caractere. Vocêpode alterar o tamanho deste tipo defonte à vontade, sem medo. Quantomelhor a impressora, melhor a defi-nição da fonte impressa.

Na hora da impressão de uma fontePostScript, a fonte screen é utilizadapelo Mac para encontrar a fonteprinter. A printer pode estar em doislugares; na memória da impressoraou instalada no sistema do Mac. Sea printer não estiver instalada, seu

trabalho será impresso com a bitmape você terá um lindo texto serrilhado.Você pode pedir no menu PageSetup de alguns programas que, aoinvés da versão bitmap, a fonte sejatrocada por Courier (Font Substitu-tion) para alertá-lo de que algo estáerrado.Para acabar com a farra da Adobe,que recebia royalties por toda fontedistribuída em cada produto Appleque utilizasse fontes PostScript, aApple se uniu à Microsoft e criou umnovo tipo de fonte: o TrueType. Não há muita diferença entre traba-lhar com fontes PostScript e TrueType,é uma questão de opção. Você podeaté ter fontes de ambos os tipos noseu sistema (tomando cuidado paranão ter a mesma fonte duas vezes, éclaro). A maior vantagem da fonteTrueType é que – salvo algumas exce-ções – para cada fonte TrueType exis-te apenas um arquivo que servetanto para ser visto na tela comopara ser impresso em alta qualida-de. Com as fontes PostScript, vocêprecisa de uma extension chamadaAdobe Type Manager (ATM) parafazer sua fonte ficar bonita na telaem qualquer tamanho e para impri-mir com maior qualidade em im-pressoras não-PostScript. Com asTrueType, basta ter o arquivo da fon-te e o assunto morreu. Por outro la-do, as fontes Adobe ainda são bemmais populares que as TrueType.Cedo ou tarde você acaba tendoduas versões da mesma fonte na suamáquina e tem que encarar o fatídi-co “conflito de fontes”. Mas isso éassunto para o próximo número…

Esta é a cara deuma fonte bitmap(System 7).

Fontebitmapreescalada

FontePostScript

Os três tamanhos de “A”do ícone de uma fonteTrueType indica que ela éuma fonte escalável.

Muitos podem pensar queesse é um ícone genéricopara printer fonts. Errado.O “A” é de Adobe e só asprinters fabricadas por essaempresa têm este símbolo.

Aqui estãoalguns ícones

de printer fontsque você

pode vir aencontrar no seu

dia-a-dia.

S

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MAC MANIA

SIMPATIPS

FOI EM PERNAMBUCO QUE JERRYHALL DEGUSTOU KIWI COM XEREZO ResEdit é um programa poderoso que podedanificar seus softwares, seu sistema opera-cional. Use-o apenas em cópias, nunca no arqui-vo original. Tenha sempre à mão um becape eum disco de Startup de emergência. Execute adica abaixo por sua própria conta e risco.Cansado de ver a enigmática frase “How razor-back-jumping frogs can level six piquedgymnasts” toda vez que abre uma fonte bitmap?Com o ResEdit é possível mudar o texto de amos-tra. Veja como:1) Faça uma cópia do Finder2) Abra a cópia com o ResEdit3) Abra o STR# 145164) Mude “How razorback-jumping frogscan level six piqued gymnasts” para afrase que você quiser5) Salve a cópia6) Arraste o velho Finder para fora do SystemFolder7) Mude o nome do Finder Copy para Finder ecoloque-o no Sistem Folder e dê RestartFácil, não? Difícil mesmo é bolar uma frase emportuguês que tenha todas as letras do alfabeto.Nós quebramos a cabeça e chegamos a “Foi emPernambuco que Jerry Hall degustou kiwi comxerez”. Alguém tem uma sugestão melhor?

REBUILD SEM AS MÃOSDar um rebuild no desktop éuma atitude saudável que deveser realizada periodicamente ousempre que você achar que seuMac está “naqueles dias” e nãoestá rendendo o que deveriarender. Mas o que fazer se vocêcoordena uma rede com 20 ou30 Macs e não tem saco para irde um em um dando Restartsegurando Ω-Option ? Simples.Coloque um folder vazio cha-mado Desktop no hard disk doMac cujo desktop você quer“reconstruir”. Isso engana o sis-tema, fazendo-o pensar que odiscão foi formatado com oSystem 6. Da próxima vez queo desktop entrar, ele seráreconstruído automaticamente.Aí é só jogar o folder no lixo.

JUSTIFICANDO À FORÇAAlguma vez você quis fazeruma coluna tipo tijolinho noQuarkXPress 3.1, com todas aslinhas justificadas, e teve quepastar aumentando o track – oupior, acrescentando palavras –até fazer a última linha bater

com as outras? Nãoperca mais tempo.Mesmo não tendo umcomando específico deForce Justify, o Quarkpermite que você justifi-

que à força a última linha, colo-cando o cursor no final do textoe aper tando Shif t-Return.

EXTRA! EXTRA! ESCÂNDALO NA PREFEITURAQue tal ser o prefeito de uma cidade, tomar decisões estra-tégicas, decidir os rumos de seu crescimento, ter o poder davida e da morte sobre seus habitantes e ainda contarcom uma polpuda sobra de campanha? Sim! Parater US$ 500.000 imediatamente depositados em suaconta em SimCity 2000, basta digitar, em qualquermomento do jogo, a senha porntipsguzzardo.Se você tem o SimCity clássico, basta digitar FUND.

WORD SALVA A TELASe você não tem um ScreenSaver e trabalha com oWord, não precisa mais termedo de que um deslizefaça com que suas palavrasacabem impressas na telado seu monitor. Vá até omenu Commands e procureo comando Screen Test.Clique no botão Add edepois clique no outro botão

Add mais embaixo edigite um comandode tecla (Ω-Control-S, por exemplo).Clique no botão DoIt. Pronto. Agoratoda vez que vocêfor tomar um cafezi-nho no meio de umaintensa sessão de digi-tação, basta dar ocomando escolhido.

QUICK DINGBATSVocê está digitando umtexto no Quark e resol-ve colocar um ícone dafonte Zapf Dingbats nomeio. Não é preciso iraté o menu Font. Bastadar o comando Ω-Shift-Z que o próximo carac-tere será digitado emZapf Dingbats. As letrasseguintes voltarão àfonte original. O truquetambém funciona comSymbol, bastando dar ocomando Ω-Shif t-S.

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de comunicação. Você tanto podeutilizar o programa que veio juntodo seu modem, como utilizar progra-mas comerciais, como o MicrophonePro, ou sharewares, como o ZTerm.Acessando pela primeira vez, vocêpoderá se cadastrar designando umhandle (o nome com o qual você iráacessar o BBS) e uma senha. Feitoisso, você poderá retirar o navega-dor ou software cliente do BBS quepermitirá que você tenha acesso àinterface gráfica.Normalmente os BBSs limitam a parti-cipação de seus sócios a uma horapor dia. A BBSzite é um vício comumentre os neófitos, que faz com queeles fiquem dependurados até o últi-mo segundo, sete dias por semana, oque gera contas telefônicas astronô-micas. O melhor horário para ligar éà noite, de preferência depois da umada manhã quando as linhas estãomais limpas e as tarifas são mais bai-xas. Isso vale principalmente parainterurbanos. Sábado depois das 14htambém é um bom horário, pois vocêsó paga um impulso por ligação.Até pouco tempo atrás, a únicaopção para os usuários de Mac eraacessar BBSs de PC, que em suamaioria não dispõem de interfacegráfica e raramente têm áreas espe-

ORDEM ALFABÉTICA ~

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MAC MANIA

BBS é para o mac-maníaco o mesmo que o shopping épara o mauricinho e o lixão para ofavelado: um lugar para se encontrarpessoas, fazer amigos e carregar ummonte de tralha para casa. UmBulletin Board System (Sistema deQuadro de Recados, para quemgosta de traduções literais) é um cen-tro de informações onde você podeligar seu computador aos de outrosusuários para trocar informações,arquivos e programas. Para acessar um BBS, basta um Mace um modem. Existem centenas demarcas de modem com preços quevariam de US$ 50 a US$ 800. Ospreços variam tanto, porque a veloci-dade dos modems pode variar de2400 bps a 14400 bps (bits porsegundo). Para conversas on-line,enviar e receber cartas e pequenosarquivos, um modem de 2400 dápara o gasto. Mas cedo ou tarde,você vai ter interesse em fazer odownload de um novo joguinho ouprograma de 1 ou 2 megabytes. Aívocê vai se arrepender de ter com-prado um modem lento, porque era

baratinho. A regra geral é não sedeixar levar pelo preço em conta. Àsvezes, as marcas mais baratas nãotêm uma qualidade de transmissãotão boa. Se você optar por um fax-modem então, os cuidados devem serdobrados, principalmente no que serefere ao software que acompanha oequipamento. Um programa de fax-modem mal-feito e pouco intuitivopode fazer você querer jogar o equi-pamento pela janela em horas deemergência. Faça uma pesquisa depreços entre as marcas mais famosascomo Hayes, Supra e USRobotics.Para acessar um BBS pela primeiravez, basta ligar para o número cor-respondente através de um software

No MacBBS, você pode votar em várias urnas e ver na hora o resultado parcial

BBSO VICIO VIA MODEM´

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MAC MANIA

A interface do CAPSLINK é mais classuda: cada pasta tem uma cara diferente

cíficas para Mac. Hoje a coisa jáestá um pouco diferente. Em SãoPaulo, já existem dois BBSs exclusi-vos de Mac: o MacBBS e o CapsLink.Além do fato de só falarem deassuntos que interessam ao usuáriode Mac, esses BBSs têm a grandevantagem de utilizarem uma interfa-ce totalmente Macintosh, com fol-ders, janelas e menus confortavel-mente familiares. Mesmo que vocênunca tenha se aventurado peloscaminhos da comunicação eletrôni-ca, você vai se achar em casa.O MacBBS é um BBS comercial queutiliza o software Novaterm. Ele temvários fóruns que tratam de diversosassuntos como: música, astrologia,Desktop Publishing, psicologia etc.Nele, você pode acessar o fórum daMACMANIA para ter um preview doque será editado no próximo númeroda revista, enviar cartas para a reda-ção, sugestões de pauta e contar casospara publicação na coluna Ombuds-mac. Estão sendo implantadas tambémáreas comerciais, onde os usuárioscadastrados poderão fazer comprasde equipamentos, discos, livros eartigos de papelaria, sem sair dafrente do computador. A assinaturado MacBBS custa 30 URV (trimestral)ou 60 URV (semestral). Assinantesda MACMANIA têm direito a partici-

par gratuitamente durante um mês.O CapsLink é um BBS montado pelaCaps, revenda autorizada Apple,que utiliza o software First Class epode ser acessado gratuitamente.Nele, você encontra informaçõessobre produtos Apple extraídas dire-tamente do AppleLink (o sistema deinformações da Apple), tem acesso aum banco de programas com 6gigabytes em arquivos, suporte técni-co fornecido pela própria Caps,além de informações sobre suas pro-moções, cursos e eventos. Tambémestá em funcionamento uma área daMACMANIA semelhante à doMacBBS.O BBS de Mac acaba com um pro-blema muito comum no Brasil, omacmaníaco solitário, aquele caraque mora em Santo Antonio doJaborandi do Norte e fez a opçãopolítica de comprar um Macintoshapesar de estar rodeado de pecezis-tas por todos os lados. Para quemmora longe dos grandes centroscomerciais, o BBS é a melhor saídapara se tirar dúvidas, conseguirsuporte técnico e conhecer outrosusuários. ~

CAPSLINK: 533-8248MacBBS:813-5053,

813-5059, 813-5672

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se trabalhar no Collage. E os pro-xies, mesmo em baixa resolução,ocupam um espaço razoável no seudisco. Infelizmente não é possível fa-zer retoques nem trabalhar com TIFFsCMYK, o que em alguns casos podeser problemático; porém, os recursose horizontes que este software trazvalem o investimento. É um parceiroimportante do Photoshop, tanto quenos EUA algumas empresas já ven-dem os dois juntos em pacotes.

Valter Harasaki

Specular International:Tel (001) 413-253-3100

SOUZA TOCAR INTEIRINHA ~

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MAC MANIA

RESENHAS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃODE SOFTWARES

INTUITIVIDADE- Até onde vocêpode ir, sem abrir o manual.INTERFACE- A cara do programa.O jeito com que ele se comunica como usuário.PODER- O quanto o programa seaprofunda em sua função.DIVERSÃO- Só para games, dis-pensa explicações.CUSTO/BENEFÍCIO- Veja aqui seo programa vale o quanto pesa.

Se você é usuário do Photoshop, dotipo que sempre pensa mais de duasvezes quando precisa trabalhar comimagens em alta resolução, vivesonhando com um Mac mais rápidoou em novas tecnologias como o LivePicture, o Collage pode ser a soluçãodos seus problemas.Usando uma idéia simples, que é tra-balhar com previews da imagem(chamados “proxies”), em baixa re-solução, o Collage é uma espécie deprograma de editoração de imagens.Quem for familiarizado com progra-mas de DTP ou de ilustração, vaiachar muito fácil usá-lo, graças aseus menus e palettes muito similares.O Collage cria imagens em baixaresolução a partir de arquivos em for-mato Photoshop, TIFF ou PICT, quepodem ser alteradas e finalizadasmuito rapidamente. Depois todo o tra-balho é automaticamente renderizadoem alta resolução (TIFF ou PICT) pelosoftware. Você não perde tempoenquanto trabalha. Todo o tempo deespera fica na finalização do trabalho.Você tem também a possibilidade detrabalhar com layers. Cada elementoé interpretado de maneira isolada,podendo ser manipulado indepen-dentemente. Por exemplo, digamosque você deseja fazer uma imagemfinal a partir de quatro imagens dis-tintas: um céu, uma montanha, umaárvore e uma casinha. Você podecolocar a casa na frente da árvore,depois mudar de idéia e trazer aárvore para a frente, “subir” a monta-nha ou aumentar o céu, esticar a

árvore, deixar a montanha transpa-rente sem modificar a imagem origi-nal. Se a composição não ficar de seuagrado, todas as imagens estarãointactas para serem refeitas e altera-das até que você mande finalizar.Além desses recursos, ele trabalhacom texto, possui fil tros (algunssemelhantes ao do próprio Photo-shop, como noise, sharpen e blur) emétodos de tranferências (multiplicar,adicionar etc.) com a vantagem devocê poder visualizar rapidamente oefeito final. O Collage permite quevocê importe alguns filtros de outrosprogramas, como os KPT e o PaintAlchemy, mas nem todos funcionamperfeitamente.Alguns efeitos requerem um conheci-mento maior do Photoshop, comopor exemplo criar e utilizar máscarasem alpha channels, para fazer som-bras (drop shadows) ou desfocar asbordas (feathering).Não espere milagres. Fusões compli-cadas podem ficar bem lentas para

Torre o espaço livre do seu hard disk fazendo colagens mutcho loucas

SPECULAR COLLAGESpecular InternationalPreço: US$ 349Configuração: Mac colorido,System 6.07 ou superiorIntuitividade: ¡¡¡™Interface: ¡¡™Poder: ¡¡™Custo/Benefício: ¡¡™

Ilustração: Heinar

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UM SOLO DE BATERIA ~

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MAC MANIA

RESENHAS

MYSTBroderbund SoftwarePreço: US$ 59,95Configuração: Maccolorido, 4Mb RAM (2500klivres), System 7.01 ou posteriorIntuitividade: ¡¡¡™Interface: ¡¡¡¡™Diversão: ¡¡¡¡™Custo/Benefício: ¡¡¡™

O Myst é o CD-ROMmais legal que eu jávi pro Macintosh.Neste jogo do tipo“adventure”, vocêcai numa ilha ondemorava um escritor

que, através de um processo mágico,conseguia materializar os mundosdescritos nos seus livros. Mas algumdesastre aconteceu e agora a suatarefa é percorrer esses mundos reco-lhendo pistas e as páginas arranca-das dos livros mágicos para tentardescobrir o que se passou. E como osujeito, além de escritor, também eraum inventor de mão cheia, os mun-dos são povoados de engenhocas

tecno-retrô fascinantes, meticulosa-mente modeladas em 3D no Strata.Aliás, se quando você ouve falar em3D o que vem à mente é cafonice aoestilo das vinhetas da Globo, vocêdefinitivamente precisa ver o Myst.Ele é 100% 3D, mas a direção dearte é de muito bom gosto. O nívelde detalhe dos objetos, as texturas, aluz e os sons fazem com que você,depois de algum tempo jogando,não note mais que aquilo é tudogerado em computador. A interface é despojada: apenas asua visão e um cursor de mãozinhapara navegar e manipular objetos.Se por um lado esse estilo limita aspossibilidades de interação, poroutro lado faz com que você se ate-nha ao essencial da história. Vocênão morre a cada cinco minutos por

alguma coisa estúpida como cair deum barranco. Não existe nada nomundo do Myst que não seja perti-nente ao desenrolar da trama e, aocontrário do que possa parecer, issonão torna o jogo óbvio. Todos osproblemas propostos seguem umadeterminada lógica e, para resolvê-los, você não precisa ser nenhumadolescente-fanático-por-RPG. Sevocê estiver realmente enrascado,basta apelar para o envelope lacradocom dicas que vem com o CD.O jogo é surpreendentemente rápidopara um CD-ROM. A parte que deveser copiada para o hard disk temapenas 3Mb e, mesmo assim, anavegação é bem esperta. Nada doesquema “um cliquinho, um cigarri-nho” da maioria dos CD-ROMs.Fora isso ainda há a função zipmode, que é muito bem-vinda emjogos desse tipo. Quando ativada, ocursor vira um raiozinho ao apontarpara lugares onde você já esteve.

Cuidado para não babar nos cenários

O imponente prédio “grego”, lá no fundo, é a biblioteca, o centro do jogo

Um quadro de Ingres. Detalhe chique de uma sala em algum lugar do jogo

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EU FUI ATÉ O FIM!Há umas cinco alternativas paraterminar o Myst; uma é a boa, asoutras são armadilhas. Mas bastater um pingo de calma e juízo paradescobrir qual é a que leva à chavedo enigma. Fiquei um poucodecepcionado nesse ponto. Decerta forma, a solução da trama étão evidente que ganhar o jogonão tem tanta graça quanto euesperava.Cair em alguma das armadilhasfinais, como conferi depois, acabasendo muito mais engraçado.Foram mais ou menos 16 horas dejogo, distribuídas em 8 dias, prapercorrer o Myst de cabo a rabo.Isso resultou em folhas e folhas deanotações, mapas cheios de rabis-cos, cálculos mirabolantes, chutesinacreditáveis. As melhores solu-ções vieram sempre enquantomatutava dirigindo para casadepois de mais uma sessão. Essa éuma boa dica para resolver qual-quer das empacadas que cada faseoferece: sair, dar uma volta pracoordenar as idéias. Myst dá umaprévia do que pode vir por aíquando for possível “entrar” nos jo-gos. Meus sonhos, durante o tempoem que joguei, se referiram invaria-velmente às paisagens e situaçõesdos mundos contidos no CD.Em suma: em caso de dúvida, Mystvale o sacrifício de seus dólares.

Marcos Smirkoff

Clicando, você pula direto para olugar, sem ter que passar pelas telasintermediárias.Desvantagens? Praticamente inexis-tentes. Você não interage comnenhum personagem vivo; os mun-dos, apesar de alguns QuickTimesestrategicamente colocados, sãoessencialmente estáticos; e em algunslugares dá pra perceber as limita-ções dos modelos do Strata; masisso, reconheço, já é exagero meu.Para o jogador brasileiro, a línguapode ser um problema. O jogo nãotem texto, mas mesmo assim na

biblioteca há os tais livros que preci-sam ser lidos (livros mesmo, comvárias páginas), algumas cartas quevão sendo achadas pelo caminho e– mais complicado – algumas infor-mações são dadas oralmente, emQuickTime.Dicas? A torre giratória é a chaveda passagem para os outros mun-dos. Como? Tem a ver com os inter-ruptores espalhados pela ilha. Mais?Descubra você mesmo; realmentevale a pena.

Tom Bojarczuk

Broderbund Software:500 Redwood Blvd.Novato, CA 94948/6121001-415-382-4400

Esse lugarzinho bonito é o único pedaço agradável da “Idade Selenítica”

Esta é a nave subterrânea. Prepare-se para andar muito até sair em algum lugar

Procure duas pistas neste quarto

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MAC MANIA

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é o tempo necessário para se consertar

um equipamento Apple no Brasil. Nos

EUA, não é raro que esse tipo de servi-

ço demore apenas um ou dois dias.

Aqui, se o problema é pequeno e exige

apenas mão-de-obra (sujeira no drive,

fios soltos, componentes fora de lugar)

a coisa é rápida. Mas se o conserto

exige a reposição de peças, pode se

preparar para um longo

período sem máquina.

Com muita boa sorte,

você receberá seu equi-

pamento de volta em

vinte dias.

O motivo principal para

tal morosidade é o fato

de a CompuSource ainda

não ter um estoque de

peças de reposição estru-

turado para atender ao

parque instalado de Macs

no Brasil. O Mac quebra-

do chega na assistência

técnica, que faz o pedido

de reposição da peça à

CompuSource, que tem

que importá-la seguindo

os trâmites burocráticos

para importação, que,

como todo mundo sabe,

obedecem à regra do

devagar-quase-parando

da burocracia brasilei-

ra.“A CompuSource tem

uma prioridade legítima,

que é ampliar a base instalada de

Macintosh no Brasil, mas não pode

deixar de lado o apoio logístico à

assistência técnica”, diz Murillo Leite

Jr., diretor da ServComp, assistência

exclusiva de Macintosh. “Vai chegar um

momento em que a falta desse apoio vai

acabar prejudicando a própria campa-

nha de vendas.”

Segundo Germeno, este problema está

sendo solucionado e a situação atual já

está “bem melhor do que estava há

alguns meses”. Ele afirma que a

CompuSource está investindo significa-

tivamente em um estoque expressivo de

peças de reposição, capaz de suprir os

Na seção de Cartas da última edição,

o leitor e assinante Sung Jin Won

escreveu uma longa missiva contando

o drama de seu monitor Apple 13"

assombrado. O monitor desligava

sozinho após algumas horas de uso e

Sung havia lido em uma MacUser que

isso era um defeito de fábrica que

poderia ser consertado de graça em

qualquer assistência técni-

ca autorizada. Imbuída do

espírito “russomânico” que

inspira esta coluna, a

MACMANIA entrou em

contato com Pedro Ger-

meno, responsável pelas

assistências técnicas da

CompuSource, represen-

tante da Apple no Brasil.

Segundo Germeno, a

CompuSource entrou em

contato com a Apple, que

afirmou desconhecer qual-

quer tipo de defeito de

fábrica nos referidos mo-

nitores. “A MacUser não é

um órgão oficial da Apple

e as informações ali veicu-

ladas podem não corres-

ponder à realidade da

empresa”, disse ele. Ger-

meno, no entanto, afirmou

que Sung poderia ter seu

monitor consertado gratui-

tamente, caso ele ainda

estivesse na garantia.

Infelizmente, esse não era o caso.

A Garantia Internacional da Apple é

simples. Ela garante o conserto gratuito

de qualquer equipamento por um ano

depois da data da compra, não impor-

tando em que lugar do mundo você o

comprou. O único documento que você

precisa apresentar é a nota fiscal, ou o

“invoice” ou qualquer documento que

comprove legalmente onde e quando

você adquiriu seu equipamento.

Até algum tempo

atrás,

o consumidor brasileiro que compras-

se seu Mac no exterior ou o adquirisse

através de uma importadora não-auto-

rizada pela Apple tinha que realizar

um longo caminho para consertar seu

Mac avariado. Ele precisava primeiro

consertar o equipamento em uma

assistência técnica autorizada e depois

enviar a fatura do conserto para a

Apple para ser posteriormente reem-

bolsado. Era um processo em que não

era incomum esperar alguns meses

para ter seu dinheiro de volta.

Hoje a coisa mudou de figura. A

CompuSource firmou um compromisso

com a Apple de se responsabilizar

pelo conserto de qualquer equipamen-

to quebrado no Brasil, desde que o

usuário tenha um comprovante legal

da data e local de compra. Você não

precisa comprar um Mac de uma

revenda autorizada para ter direito à

garantia local.O único problema que

persiste problemas internos, que deverá estar

estruturado já no começo

de junho. ~

OMBUDSMAC

30

MAC MANIA

VAMOS VER SE ESTA NA GARANTIA…

…OU NAS EXCEÇÕES!

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