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1 Manual Prático Reconhecimento de tempo especial para fins de aposentadoria Denise Batista Cunha René Pessoa Coelho Júnior

Manual Aposentadoria Especial

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Manual Prático

Reconhecimento de tempo especial para fins de

aposentadoria

Denise Batista Cunha René Pessoa Coelho Júnior

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Introdução

O presente manual prático tem por objetivos a simplificação, a uniformização e a adequação do trabalho médico­pericial quando do reconhecimento de tempo especial para fins de aposentadoria, sob a ótica da atual legislação e nível de conhecimento dos agentes nocivos, de conformidade com as Normas Previdenciárias e MTE.

Esse trabalho resultou da iniciativa da Gerência de Belo Horizonte, tendo ela, num louvável gesto de atenção às expectativas dos segurados no tocante à brevidade nas respostas às suas reivindicações, solicitado o seu desenvolvimento, buscando capacitar novos médicos peritos em razão da crescente demanda de pedidos de análises de períodos laborais alegados como exercido em condições especiais.

Constituiu­se, assim, uma tarefa que certamente expressa uma colaboração dos profissionais autores do presente manual, com o único sentido de estender aos demais colegas peritos os conhecimentos teóricos e práticos adquiridos durante esses anos vivenciando a prática diária das análises técnicas.

A metodologia utilizada teve como princípio o interesse em transformar este manual num instrumento simples e objetivo, encerrando em seu conteúdo respostas seguras às questões médico­periciais relacionadas à aposentadoria especial.

Gostaríamos de ressaltar, ainda, que esse manual tem caráter dinâmico, deixando aberto a possibilidade de futuras revisões, vez que novos elementos técnico/legais poderão motiva­la.

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APOSENTADORIA ESPECIAL PROCEDIMENTOS PARA ANÁLISE TÉCNICA

A. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Decreto 3048 de 06/05/99 Decreto 4882 de 18/11/03 Decreto 4.827 de 03/09/03 IN INSS/PR n° 11 ­ de 20 de setembro de 2006 . Resolução 1715 de 08/01/04 (Memorando Circular N.º 02/INSS/DIRBEN/DCREP de 15/01/04)

B. CONSIDERAÇÕES GERAIS: 1­ Obrigator iedade da elabor ação do PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário) a partir de 01/01/2004

conforme Anexo XV para: (IN INSS/PR n° 11/06 Art.178):

• Nível de ação: Entende­se por nível de ação, o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas, tais como monitoramento periódico da exposição, controle médico, informação ao trabalhador.

• Limite de tolerância: Entende­se por "Limite de Tolerância", para os fins desta Norma, a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.

• Agente físico r uído: Deverá ser exigido o PPP para os casos em que houver exposição ao agente físico ruído acima dos níveis de ação de que trata a NR9 subitem 9.3.6 do MTE. Nível de ação do ruído: Dose de 50% ou nível de pressão sonora de 80,0 dB (A).

• Agente químico: Deverá ser exigido o PPP para os casos em que houver exposição ao agente químico a níveis superiores ao nível de ação de que trata ao NR9 subitem 9.3.6 do MTE. Nível de ação: Metade dos Limites de Tolerância considerados de acordo com a alínea C, subitem 9.3.5.1 (valores previstos na NR 15 ou ACGIH).

• Demais agentes: Exigência do PPP condicionada à simples presença no ambiente de trabalho.

2­ Direito à aposentador ia especial: (IN INSS/PR N° 11/06 Art.157) • Nocividade ­ Capaz de ocasionar danos à saúde e integridade física do trabalhador (concentração

ou intensidade e tempo de exposição que ultrapasse os limites de tolerância ou que, dependendo do agente, torne a simples exposição em condição especial prejudicial à saúde).

• Permanência ­ Trabalho não ocasional nem intermitente no qual a exposição ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação de serviço.

• Contemporâneo: laudo realizado durante o período em que o segurado laborou na empresa. • Extemporâneo: laudo realizado em data anterior ou posterior ao período laborado. Observar se

está expressamente indicado que o layout do posto de trabalho e as condições de trabalho não sofreram alterações.

• Só serão considerados os agentes nocivos arrolados no Anexo IV do RPS (IN INSS/PR n° 11/06 Art. 156 § 2).

• As atividades constantes do Anexo IV são exemplificativas, salvo para os agentes biológicos.

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C. ANÁLISE TÉCNICA 1. Análise dos per íodos trabalhados:

Independentemente da data do requerimento do benefício, deverá ser efetuada obedecendo ao disposto na legislação em vigor à época da pr estação do serviço (Decreto n° 4.827 de 03/09/2003).

Per íodo Trabalhado ­ Lei n° 3.807, de 26/08/60 ­ de 05/09/1960 a 28/04/1995: Enquadr amento ­ Cabe enquadramento por categoria/ocupação e por agentes nocivos: Quadro Anexo ao Decreto n°

53.831/64. Anexos I e II do RBPS, aprovado pelo Decreto n° 83.080/79. ­ (*) Exigência de Formulário para requerimento da aposentadoria especial e LTCAT

obrigatoriamente para o agente nocivo ruído ou PPP (**). ­ Ruído acima de 80 dB (A).

Per íodo t rabalhado ­ Lei 9.032/95 ­ de 29/04/1995 a 13/10/1996: Enquadr amento ­ A partir de 29/04/95, somente agentes nocivos: Código 1.0.0 do Quadro Anexo ao Decreto n°

53.831/64 e Anexo I do RBPS, aprovado pelo Decreto n° 83.080/79. ­ Extingue o enquadramento por categoria ­ (*) Exigência de Formulário para requerimento da aposentadoria especial e LTCAT ou demais

Demonstrações Ambientais, obrigatoriamente para o agente nocivo ruído ou PPP (**). ­ Ruído acima de 80 dB (A).

Per íodo t rabalhado ­ MP n° 1.523/96(Lei 9.528/97) ­ de 14/10/1996 a 05/03/1997: Enquadr amento ­ Código 1.0.0 do Quadro Anexo ao Decreto n° 53.831/64. Anexo I do RBPS, aprovado pelo Decreto

n° 83.080/79. ­ (*) Exigência de Formulário para requerimento da aposentadoria especial e LTCAT ou demais

Demonstrações Ambientais, para todos os agentes nocivos ou PPP (**). ­ Ruído acima de 80 dB (A). ­ Ag. Biológicos: Período até 05/03/97, exposição permanente com doentes ou materiais infecto­

contagiantes, independente de a atividade ter sido exercida em estabelecimento de saúde (IN INSS/PR N° 11/06 Art.170­V).

Per íodo t rabalhado ­ Decreto 2172/97 ­ de 06/03/1997 a 05/05/99: Enquadr amento ­ Anexo IV do RBPS, aprovado pelo Decreto n° 2.172/97. ­ (*) Exigência do Formulário e LTCAT ou demais Demonstrações Ambientais, para todos os

agentes nocivos ou PPP (**). ­ Extingue: eletricidade, radiação não ionizante, umidade e frio. ­ Ag. Biológico: exposição exclusiva com doenças infecto­contagiosas em estabelecimentos de

saúde. Considerar apenas as atividades relacionadas no Anexo IV do RPS (IN INSS/PR N° 11/06 Art.170­V e 156).

­ Ruído acima de 90 dB (A).

Lei 9732 de 11/12/1998 ­ Obrigatoriedade da informação do uso do EPI a partir de 14/12/98. ­ Cria a alíquota proporcional, conforme a redução do tempo de trabalho – GFIP.

Per íodo t rabalhado ­ Decreto 3048/99 ­ de 06/05/991999 a 18/11/2003: Enquadr amento

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­ Anexo IV do RBPS, aprovado pelo Decreto n° 3.048 de 1999. ­ (*) Exigência do Formulário e LTCAT ou demais Demonstrações Ambientais, para todos os

agentes nocivos ou PPP (**). ­ Os períodos considerados para enquadramento deverão ser confrontados com as informações

relativas ao CNIS para homologação da contagem do tempo de serviço especial.

Per íodo t rabalhado Decreto n° 4.882, de 18/11/2003­ A par tir de 19/11/2003: Enquadr amento ­ Anexo IV do RBPS, aprovado pelo Decreto n° 3.048/99 com alterações dos itens 2.0.1, 3.0.1 e

4.0.0 dadas pelo Dec.4882/03: ­ (*) Exigência do Formulário e LTCAT ou demais Demonstrações Ambientais, para todos os

agentes nocivos até 31/12/2003 ou PPP (**). ­ Ruído: NEN acima de 85 dB (A) ou Dose > 1. ­ Introduz o conceito de permanência como “Trabalho não ocasional nem intermitente no qual a

exposição ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação de serviço”. ­ Os períodos trabalhados anteriores a esta data serão analisados com o entendimento anterior (IN

INSS/PR n° 11/06 Art.168 § 1º).

Per íodo t rabalhado ­ A par tir de 01/01/2004: Enquadr amento ­ Apresentação apenas do PPP, que deverá ser confrontado com as informações relativas ao CNIS. ­ Não serão aceitos os formulários SB40, DISES BE 5235, DSS8030 ou DIRBEN8030, se emitidos a

partir de 01/01/2004. Em caso de formulários referentes a períodos laborados até 31/12/03 e que foram emitidos até essa data, os mesmos deverão ser aceitos pelo INSS para análise.

­ A partir de 01/01/2004 será dispensada a apresentação do Laudo Técnico de Condições Ambientais (LTCAT) para requerimento do benefício.

­ O LTCAT ou demais demonstrações ambientais deverão ficar na empresa a disposição do INSS.

D. ANÁLISE DO LAUDO TÉCNICO PERICIAL

Per íodo até 28/04/1995: (Trabalho exercido de modo habitual e permanente em serviços penosos, perigosos ou insalubres). Deverão ser observados os seguintes itens:

1) Dados da Empresa;

2) Setor de trabalho, descrição dos locais e dos serviços realizados em cada setor;

3) Condições ambientais do local de trabalho;

4) Registro dos agentes nocivos, concentração, intensidade e tempo de exposição;

5) Duração da jornada de trabalho;

6) Métodos, técnica, aparelhagens e equipamentos utilizados para a elaboração do Laudo Técnico;

Per íodo após 28/04/1995: Deverão ser observados os seguintes itens:

1) Dados da Empresa;

2) Setor de trabalho, descrição dos locais e dos serviços realizados em cada setor;

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3) Condições ambientais do local de trabalho;

4) Registro dos agentes nocivos, concentração, intensidade, tempo de exposição, conforme o caso;

5) Duração do trabalho que expôs o trabalhador aos agentes nocivos;

6) Informação sobre a existência e aplicação efetiva de EPI a partir de 14/12/98, ou EPC a partir de 13/10/96, devendo constar se o EPI/EPC reduz a nocividade do agente nocivo de modo a atenuar ou a neutralizar seus efeitos em relação aos limites de tolerância legais estabelecidos. Listar os Certificados de Aprovação (CA) e respectivamente os prazos de validade, a periodicidade das trocas e o controle de fornecimentos aos trabalhadores;

7) Não caberá o enquadramento se, independente da data de emissão, constar do laudo técnico, a confirmação que o uso de EPI ou de EPC neutraliza a nocividade do agente;

8) Métodos, técnica, aparelhagens e equipamentos utilizados para a elaboração do Laudo Técnico;

9) Data e local da realização da Perícia;

10) Conclusão no laudo devendo conter informação clara e objetiva a respeito dos agentes nocivos, referente à potencialidade de causar prejuízo à saúde ou à integridade física do trabalhador.

(*) Consideram­se formulários para requerimento de aposentadoria especial, segundo seus períodos de vigência, observando para tanto a data de emissão do documento: antigo SB­40, DISES BE 5235, DSS­8030 e DIRBEN 8030, bem como o atual formulário PPP (Anexo XV).

(**) Se apresentado o PPP contemplando também os períodos laborados até 31/12/2003, serão dispensados os demais documentos acima referidos.

Poderão ser aceitos em substituição ao LTCAT ou ainda de forma complementar (IN INSS/PR N° 11/06 Art.155)

­ Laudos técnicos judiciais (ações trabalhistas, acordos ou dissídios coletivos) ­ Laudos emitidos pela FUNDACENTRO ­ Laudos emitidos pelo MTE ou, ainda, pelas DRT ­ Laudos individuais ­ Os programas PPRA, PGR, PCMAT e PCMSO a partir de 01/01/2004.

OBS: A partir da publicação da IN INSS/PR N° 11/06 para as empresas obrigadas ao cumprimento MTE (nos termos da NR­01 item 1.1) o LTCAT será substituído pelos programas de prevenção PPRA, PGR e PCMAT. As demais empresas poderão optar pela implementação dos programas referidos acima em substituição ao LTCAT.

Não serão aceitos: (IN INSS/PR N° 11/06 Art.155) ­ Laudo elaborado por solicitação do próprio segurado. ­ Laudo relativo à atividade diversa salvo quando efetuada no mesmo setor. ­ Laudo relativo a equipamento ou setor similar. ­ Laudo realizado em localidade diversa daquela em que houve o exercício da atividade. ­ Laudo de empresa diversa.

E. ANÁLISE DOS AGENTES NOCIVOS: I. Ruído:

a) Até 5 de março de 1997: será efetuado o enquadramento quando a exposição for superior a 80 dB(A) ­ histograma ou memória de cálculos;

b) De 6 de março de 1997 até 18 de novembro de 2003, será efetuado o enquadramento quando a exposição for superior a 90 dB(A) ­ histograma ou memória de cálculos;

c) A partir de 19 de novembro de 2003, será efetuado o enquadramento quando o NEN se situar acima de 85 dB (A) ou for ultrapassada a dose unitária, aplicando­se a NHO­01 da FUNDACENTRO, que define as metodologias e os procedimentos de avaliação;

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EPI ­ Equipamento de Proteção individual: Será considerada a adoção de Equipamento de Proteção Individual (EPI) que atenue a nocividade aos limites de tolerância, desde que respeitado o disposto na NR­06 do MTE e assegurada e devidamente registrada pela empresa a observância:

a) Da hierarquia estabelecida no item 9.3.5.4 da NR­09 do MTE (medidas de proteção coletiva, medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho e utilização de EPI, nesta ordem).

b) Das condições de funcionamento e do uso ininterrupto do EPI, conforme especificação técnica do fabricante, ajustada às condições de campo;

c) Do prazo de validade, conforme Certificado de Aprovação do MTE; d) Da periodicidade de troca definida pelos programas ambientais, comprovadas mediante recibo

assinado pelo usuário em época própria; e) Da higienização.

II. Temperatur as anormais, or iundas de fontes ar tificiais, dará ensejo à aposentador ia especial quando: (IN INSS/PR N° 11/06 Art.172)

­ Para o agente físico calor, se forem ultrapassados os limites de tolerância definidos no Anexo 3 da NR­15 do MTE ou NHO­06 da FUNDACENTRO. Os períodos de descanso são considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais. (Quadro I do Anexo 3 da NR­15 do MTE e no artigo 253 da CLT)

­ Para o agente físico frio, até 05/03/97, cabe enquadramento quando nas atividades exercidas em locais com temperaturas inferiores a 12 º centígrados.

III. Radiações ionizantes e vibrações localizadas ou de corpo inteir o

Avaliações realizadas após 01/01/2004:

a) Radiações ionizantes ­ Análise conforme os limites de tolerância estabelecidos no Anexo 5 da NR­15/ MTE. ­ Quando se tratar de exposição ao Rx em serviços de radiologia, deverá ser obedecida a metodologia

e os procedimentos de avaliação constantes na NHO­05 da FUNDACENTRO e para os demais casos, aqueles constantes na Resolução CNEN ­ NE­3. 01.

b) Vibrações localizadas ou de corpo inteiro ­ Considerar os limites de tolerância definidos pela Organização Internacional para Normalização–

ISO, em suas Normas ISO n° 2.631 e ISO/DIS n° 5.349, respeitando­se as metodologias e os procedimentos de avaliação que elas autorizam.

Para avaliações realizadas até 31/12/2003:

­ Vibrações, radiações ionizantes e pressão atmosférica anormal (pressão hiperbárica), conforme a IN 95 Art. 182 e IN INSS/PR N° 11/06 Art. 170 § 5º: “o enquadramento como especial, em função desses agentes será devido se as tarefas executadas estiverem descritas nas atividades e nos códigos específicos dos Anexos dos RPS vigentes à época dos períodos laborados, independentemente de limites de tolerância...”

­ OBS: IN INSS/PR N° 11/06 Art.170 § 5º: As metodologias e os procedimentos de avaliação que foram alterados pela IN INSS/PR N° 11/06 somente serão exigidos para as avaliações realizadas a partir de 1º de janeiro de 2004, sendo facultado à empresa a sua utilização antes desta data.

IV. Agentes químicos e poeir as miner ais constantes do Anexo IV do RPS

a) Avaliação qualitativa: (IN INSS/PR N° 11/06 Art.151) Nocividade presumida e independente de mensuração, constatada pela simples presença do agente no ambiente de trabalho conforme constante nos Anexos da NR­15 do MTE e no Anexo IV do RPS para os agentes iodo e níquel.

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­ Anexo 13: Arsênico, chumbo, cromo, fósforo, hidrocarbonetos e outros compostos de carbono, mercúrio, silicatos, substâncias cancerígenas.

­ Anexo 13­A: Benzeno ­ Iodo­Anexo IV ­ Níquel­Anexo IV

b) Avaliação quantitativa: Considerar os limites de tolerância definidos nos Anexos 11 e 12 da NR­15 do MTE, sendo avaliada segundo as metodologias e procedimentos adotados pelas NHO­02, NHO­03, NHO­04 e NHO­07 da FUNDACENTRO.

­ Anexo 11 – ag. químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de tolerância. ­ Anexo 12 – poeiras minerais (asbesto, manganês e seus compostos, sílica)

V. Agentes nocivos de natureza biológica ­ Considerar apenas as atividades relacionadas no Anexo IV do RPS. ­ Período até 05/03/97: exposição habitual e permanente a doentes ou materiais infecto­contagiantes,

independente de a atividade ter sido exercida em estabelecimento de saúde. ­ Períodos a partir de 06/03/97: Tratando­se de estabelecimentos de saúde, a aposentadoria especial

ficará restrita aos segurados que trabalhem de modo permanente com pacientes portadores de doenças infecto­contagiosas, segregados em áreas ou ambulatórios específicos, e aos que manuseiam exclusivamente materiais contaminados provenientes dessas áreas.

F. RESOLUÇÃO N° 1.715 DE 08 DE JANEIRO DE 2004.

­ Art. 2º ­ É vedado ao médico do Trabalho, sob pena de violação do sigilo médico profissional, disponibilizar, à empresa ou ao empregador equiparado à empresa, as informações exigidas no anexo XV da seção III, “SEÇÃO DE RESULTADOS DE MONITORAÇÃO BIOLÓGICA”, campo 17 e seguintes, do PPP, previstos na IN n° 99/2003. Parágr afo único – Fica o médico do Trabalho responsável pelo encaminhamento das informações supradestacadas diretamente à perícia do INSS.

­ Memorando­Circular n.º 02/INSS/DIRBEN/DIREP de 15/01/2004 6. I – Pela área de benefícios: quando do requerimento de benefício, analisar o documento PPP sem a observância das informações da Seção III, abstendo­se de negar o benefício ou gerar exigências em razão da falta dessas informações.

G. GFIP ­ Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social

­ É um documento que tem duas finalidades distintas: permitir o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço dos trabalhadores e prestar as informações de todos os fatos geradores de contribuições à Previdência Social, envolvendo as remunerações dos trabalhadores, cujos valores servirão de base para o cálculo dos benefícios, quando a eles tiverem direito e as condições especiais de trabalho, dentre outras.

­ O preenchimento da GFIP é feito por meio de um programa específico chamado Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social ­ SEFIP.

No campo Ocorrência o empregador/contribuinte presta, ao mesmo tempo, duas informações:

­ a exposição ou não do trabalhador, de modo permanente, a agentes nocivos prejudiciais à sua saúde ou à sua integridade física, e que enseje a concessão de aposentadoria especial;

­ se o trabalhador tem um ou mais vínculos empregatícios (ou fontes pagadoras).

Para os trabalhadores com apenas um vínculo empregatício (ou uma fonte pagadora), informar os códigos a seguir, conforme o caso:

­ (em branco) ­ Sem exposição a agente nocivo. Trabalhador nunca esteve exposto;

­ 01 ­ Não exposição a agente nocivo. Trabalhador já esteve exposto;

­ 02 ­ Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 15 anos de trabalho);

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­ 03 ­ Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 20 anos de trabalho);

­ 04 ­ Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 25 anos de trabalho).

Para os trabalhadores com mais de um vínculo empregatício (ou mais de uma fonte pagadora), informar os códigos a seguir:

­ 05 ­ Não exposto a agente nocivo;

­ 06 ­ Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 15 anos de trabalho);

­ 07 ­ Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 20 anos de trabalho);

­ 08 ­ Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 25 anos de trabalho).

H. QUANTO ÀS REVISÕES:

(a) Nos casos de períodos já reconhecidos como de atividade especial, deverão ser respeitadas as orientações vigentes à época, sendo que a análise pela Perícia Médica dar­se­á nas situações em que houver períodos com agentes nocivos a serem enquadrados, por motivo de requerimento de revisão ou mesmo de recurso.

(b) Os pedidos de revisão protocolados até 7 de agosto de 2003, efetuados com fundamento nas decisões proferidas na Ação Civil Pública­ ACP n° 2000.71.00.030435­2 (liminar, sentença e acórdão regional), pendentes de decisão final, devem ser analisados de acordo com os dispositivos constantes nesta IN 11.

(c) Aplica­se o disposto acima aos processos com decisões definitivas das Juntas de Recurso da Previdência Social (JRPS) ou das Câmaras de Julgamento­CAJ, cujo acórdão não contemplou os critérios da referida ACP ­ Ação Civil Pública.

(d) Não será permitida revisão para períodos de tempo especial reconhecidos e amparados pela legislação vigente à época, em benefícios já concedidos, salvo se identificada irregularidade.

(e) A revisão prevista no item (b) não será objeto de reforma do benefício, se ocasionar prejuízo ao segurado.

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CHECK LIST – APOSENTADORIA ESPECIAL

ANÁLISE

OBJETIVOS: O check list abaixo é um instrumento simples, servindo para orientar o perito nas análises e decisões

técnicas dos períodos alegados como exercidos em condições especiais, bastando para isso responder aos questionários específicos quando da análise dos agentes nocivos, ou de forma genérica, verificando a consistência dos documentos apresentados, quando da análise do processo em si.

O questionário deverá ser utilizado para cada período individualmente, devendo o perito concluir seu parecer de forma consubstanciada, objetiva, clara e congruente, obedecendo ao disposto no §1º do artigo 50 da Lei 9.784 de 29/01/99, que exige tal posicionamento, especialmente quando nega direitos.

QUESITOS: Nesta parte do check list, qualquer resposta assinalada na coluna “NÃO”, implicará necessariamente na

remessa do processo ao órgão de origem para atendimento das exigências formuladas pelo setor de perícia médica, ou no não reconhecimento do período alegado como exercido em condições especiais.

A. QUESITOS SOBRE O PROCESSO: QUESITOS: Não Sim

1. As páginas do processo estão numeradas?

2. Os documentos apresentados quando em cópias, estão autenticados (por cartório ou feita pelo profissional da habilitação do INSS)?

3. Consta nos documentos apresentados a assinatura e identificação do responsável pela sua emissão?

4. Os formulários SB­40, DISES BE 5235, DSS­8030 e DIRBEN 8030 foram emitidos em data anterior à 01/01/2004 ?

5. Os formulários apresentados contêm rasuras?

6. Para os períodos até 28/04/95 há registro no formulário “Despacho e Análise” administrativa (DIRBEN­8247) quanto ao enquadramento ou o não enquadramento por categoria profissional / ocupação?

7. Os formulários anexados ao processo apresentam agentes nocivos para análise?

B. QUESITOS SOBRE O LAUDO TÉCNICO(LTCAT): QUESITOS Não Sim 1. O laudo técnico foi emitido após 01/01/2004? Em caso de resposta positiva, o segurado

anexou o PPP? 2. A exposição ao agente nocivo, se ocorrida até 18/11/2003, acontece de forma habitual e

permanente, não ocasional e nem intermitente? 3. A exposição ao agente nocivo, se ocorrida após 18/11/2003, acontece de forma habitual e

permanente, sendo indissociável do processo produtivo? 4. Existe manifestação expressa no formulário de que o agente é potencialmente capaz de

produzir danos a saúde ou à integridade física do trabalhador? 5. O agente nocivo descrito no item anterior está listado nos anexos dos Regulamentos da

Previdência Social? 6. Foi apresentado LTCAT para períodos trabalhados até 31/12/2003 ou PPP no caso de

exposição ao ruído? 7. No caso dos demais agentes, em períodos trabalhados após 14/10/96, a empresa emitiu o

LTCAT, limitado a 31/12/2003, ou PPP?

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8. O LTCAT é contemporâneo?

9. Não sendo o LTCAT contemporâneo ao período laborado, há Informação de mudança de endereço/alterações do layout ou de processo de produção?

10. O LTCAT descreve as condições ambientais do período a que se refere, não tendo sido elaborado por similaridade? (atividade, equipamento, setor ou empresa diversa)

11. O LTCAT foi elaborado por solicitação da empresa?

12. A especialização do signatário do LTCAT está devidamente comprovada na documentação apresentada?

13. No caso do signatário do LTCAT não ser funcionário da empresa, existe contratação formal deste profissional por parte da empresa?

14. O LTCAT está assinado por Médico de Trabalho ou Engenheiro de Segurança do Trabalho?

15. O LTCAT descreve os métodos, técnicas, aparelhagens e equipamentos utilizados na avaliação pericial?

16. O LTCAT descreve a existência de Tecnologia de Proteção Coletiva(EPC)?

17. O LTCAT descreve a existência de tecnologia de proteção individual (EPI) a partir de 14/12/98, especificando as condições de funcionamento, validade, certificado do aprovação do EPI(CA) e periodicidade de troca?

C. QUESITOS SOBRE O PPP: QUESITOS Não Sim

1) Todos os campos do PPP estão preenchidos?

2) Em caso de empresa sucessora, o campo “observações” está preenchido e contém essa informação?

3) Consta do PPP a identificação dos responsáveis pelos registros ambientais?

4) Existe coerência entre as informações dos campos 15.4 a 15.8 e o código constante da GFIP, campo 13.7 do PPP?

5) A empresa informa uso de EPI eficaz(campo 15.7)?

6) Em caso afirmativo, em períodos após 13/12/98, a empresa comprova a existência de tecnologia de proteção individual (EPI) a partir de 14/12/98, especificando as condições de funcionamento, validade, certificado do aprovação do EPI(CA) e periodicidade de troca?

D. QUESITOS SOBRE O RUÍDO QUESITOS Não Sim 1) No período trabalhado até 05/03/97, a exposição ao ruído ultrapassa o limite de tolerância

de 80,0 dB(A)? 2) No período trabalhado entre 06/03/97 a 17/11/03, a exposição ao ruído ultrapassa o limite

de tolerância de 90,0 dB(A)? 3) No período trabalhado após 18/11/2003, a exposição ao ruído ultrapassa o limite de

tolerância de 85,0 dB(A)?

4) Os níveis de ruído são compatíveis com as fontes informadas?

5) Há informação sobre a existência de tecnologia de proteção individual (EPI) a partir de 14/12/98?

6) Havendo informação da eficácia do EPI a partir de 14/12/98, a empresa comprova as condições de funcionamento, validade, certificado do aprovação do EPI(CA) e periodicidade de troca?

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D. QUESITOS SOBRE O AGENTE BIOLÓGICO QUESITOS Não Sim 1) Para períodos trabalhados após 14/10/96, a empresa emitiu o LTCAT, limitado a

31/12/2003, ou PPP? 2) Para os períodos trabalhados após 06/03/97, as atividades descritas estão previstas no

anexo IV do RPS? 3) Tratando­se de estabelecimento de saúde, em períodos após 06/03/97, há contato

permanente e exclusivo com pacientes portadores de doenças infecto­contagiosas ou manuseio de materiais contaminados?

E. QUESITOS SOBRE O CALOR QUESITOS Não Sim

1) O calor informado é proveniente de fontes artificiais?

2) Para períodos trabalhados após 14/10/96, a empresa emitiu o LTCAT, limitado a 31/12/2003, ou PPP?

3) Para períodos trabalhados até 05/03/97, há informação de exposição à temperaturas acima de 28° C ?

4) Para períodos trabalhados após 06/03/97, os níveis de calor ultrapassam os limites de tolerância definidos no anexo 03, da NR15?

F. QUESITOS SOBRE O FRIO QUESITOS Não Sim 1) Para períodos trabalhados após 14/10/96, a empresa emitiu o LTCAT, limitado a

31/12/2003, ou PPP? 2) Para períodos trabalhados até 05/03/97, há informação de exposição a temperaturas

inferiores a 12° C, de forma habitual e permanente?

E. QUESITOS SOBRE ELETRICIDADE QUESITOS Não Sim 1) Para períodos trabalhados após 14/10/96, a empresa emitiu o LTCAT, limitado a

31/12/2003, ou PPP? 2) Para períodos trabalhados até 05/03/97, há informação de exposição a tensões superior a

250 volts, de forma habitual e permanente?

F. QUESITOS RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE QUESITOS Não Sim 1) Para períodos trabalhados após 14/10/96, a empresa emitiu o LTCAT, limitado a

31/12/2003, ou PPP? 2) Para períodos trabalhados até 05/03/97, há informação de exposição de forma habitual e

permanente?

G. QUESITOS SOBRE RADIAÇÃO IONIZANTE QUESITOS Não Sim 1) Para períodos trabalhados após 14/10/96, a empresa emitiu o LTCAT, limitado a

31/12/2003, ou PPP? 2) Para períodos trabalhados até 31/12/2003, as tarefas executadas estão descritas nas

atividades específicos dos Anexos dos RPS vigentes à época dos períodos laborados? 3) Para períodos trabalhados após 01/01/2004, o agente agressivo está acima dos limites de

tolerância estabelecidos no Anexo 5 da NR­15/ MTE 4) Para períodos trabalhados após 01/01/2004, em se tratando de exposição aos Rx em

serviços de radiologia, foi observada a metodologia e os procedimentos de avaliação constantes na NHO­05 da FUNDACENTRO

5) Para períodos trabalhados após 01/01/2004, em se tratando de exposição aos Rx para os demais casos, foi obedecida a metodologia constante na Resolução CNEN ­ NE­3. 01?

H. QUESITOS SOBRE PRESSÃO ATMOSFÉRICA ANORMAL QUESITOS Não Sim

Page 13: Manual Aposentadoria Especial

13

1) Para períodos trabalhados após 14/10/96, a empresa emitiu o LTCAT, limitado a 31/12/2003, ou PPP?

2) As tarefas executadas estão descritas nas atividades específicos dos Anexos dos RPS vigentes à época dos períodos laborados(trabalhos sob ar comprimido ou submersos?

I. QUESITOS SOBRE VIBRAÇÕES QUESITOS Não Sim 1) Para períodos trabalhados após 14/10/96, a empresa emitiu o LTCAT, limitado a

31/12/2003, ou PPP? 2) Para períodos trabalhados até 31/12/2003, as tarefas executadas estão descritas nas

atividades específicos dos Anexos dos RPS vigentes à época dos períodos laborados? 3) Para períodos trabalhados após 01/01/2004, o agente agressivo está acima dos limites de

tolerância definidos pela Organização Internacional para Normalização–ISO, em suas Normas ISO n° 2.631 e ISO/DIS n° 5.349

J . QUESITOS SOBRE UMIDADE QUESITOS Não Sim 1) Para períodos trabalhados após 14/10/96, a empresa emitiu o LTCAT, limitado a

31/12/2003, ou PPP? 2) Para períodos trabalhados até 05/03/97, há informação de exposição de forma habitual e

permanente a umidade excessiva proveniente de fontes artificiais?

K. QUESITOS SOBRE AGENTES QUÍMICOS (AVALIAÇÃO QUALITATIVA): ­ Anexo 13: Arsênico, chumbo, cromo, fósforo, hidrocarbonetos e outros compostos de carbono,

mercúrio, silicatos, substâncias cancerígenas; ­ Anexo 13­A: Benzeno; ­ Anexo IV ­ Iodo; ­ Anexo IV ­ Níquel

QUESITOS Não Sim 1) Para períodos trabalhados após 14/10/96, a empresa emitiu o LTCAT, limitado a

31/12/2003, ou PPP? 2) A exposição ao agente nocivo, se ocorrida até 18/11/2003, acontece de forma habitual e

permanente, não ocasional e nem intermitente? 3) A exposição ao agente nocivo, se ocorrida após 18/11/2003, acontece de forma habitual e

permanente, sendo indissociável do processo produtivo? 4) O agente agressivo citado consta dos Anexos dos RPS vigentes à época dos períodos

laborados?

L. QUESITOS SOBRE AGENTES QUÍMICOS (AVALIAÇÃO QUANTITATIVA): ­ Anexo 11 – agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de tolerância. ­ Anexo 12 – poeiras minerais (asbesto, manganês e seus compostos, sílica)

QUESITOS Não Sim 1) Para períodos trabalhados após 14/10/96, a empresa emitiu o LTCAT, limitado a

31/12/2003, ou PPP? 2) O agente agressivo citado consta dos Anexos dos RPS vigentes à época dos períodos

laborados? 3) O agente nocivo informado encontra­se acima dos limites de tolerância definidos nos

Anexos 11 e 12 da NR­15 do MTE? 4) A exposição ao agente nocivo, se ocorrida até 18/11/2003, acontece de forma habitual e

permanente, não ocasional e nem intermitente? 5) A exposição ao agente nocivo, se ocorrida após 18/11/2003, acontece de forma habitual e

permanente, sendo indissociável do processo produtivo?

M. QUESITOS SOBRE AGENTES QUÍMICOS (AVALIAÇÃO QUANTITATIVA): ­ Anexo 11 – agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de tolerância. ­ Anexo 12 – poeiras minerais (asbesto, manganês e seus compostos, sílica)

QUESITOS Não Sim 1) Para períodos trabalhados após 14/10/96, a empresa emitiu o LTCAT, limitado a

31/12/2003, ou PPP?

Page 14: Manual Aposentadoria Especial

14

2) O agente agressivo citado consta dos Anexos dos RPS vigentes à época dos períodos laborados?

3) O agente nocivo informado encontra­se acima dos limites de tolerância definidos nos Anexos 11 e 12 da NR­15 do MTE?

4) A exposição ao agente nocivo, se ocorrida até 18/11/2003, acontece de forma habitual e permanente, não ocasional e nem intermitente?

5) A exposição ao agente nocivo, se ocorrida após 18/11/2003, acontece de forma habitual e permanente, sendo indissociável do processo produtivo?

N. QUESITOS ASSOCIAÇÃO DE AGENTES(NÃO HÁ LIMITE DE TOLERÂNCIA): QUESITOS Não Sim 1) Para períodos trabalhados após 14/10/96, a empresa emitiu o LTCAT, limitado a

31/12/2003, ou PPP? 2) Para os períodos trabalhados até 06/03/97, as atividades de mineração citadas constam do

código 1.2.10, do Decreto 53.831/64? 3) Para os períodos trabalhados após 06/03/97, as atividades de mineração citadas constam

do código os agentes combinados estão exclusivamente especificados nas atividades previstas no anexo IV do Decreto 2172/97?

DECRETO N.º 53.831 ­ DE 25 DE MARÇO DE 1964 ­ DOU DE 10/04/64

Dispõe sobr e a aposentador ia especial instituída pela Lei 3.807, de 26 agosto de 1960.

Legislação Correlata: DECRETO N.º 53.831 ­ DE 25 DE MARÇO DE 1964 ­ DOU E 30/03/64 – Retificação

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA usando da atribuição que lhe confere o artigo 87, inciso I da Constituição e tendo em vista o que dispõe o art. 31, da Lei n.º 3.807, de 26 de agosto de 1960, decreta:

Art. 1º A Aposentadoria Especial, a que se refere o art. 31 da Lei n.º 3.807, de 26 de agosto de 1960, será concedida ao segurado que exerça ou tenha exercido atividade profissional em serviços considerados insalubres, perigosos ou penosos nos termos deste decreto.

Art. 2º Para os efeitos da concessão da Aposentadoria Especial, serão considerados serviços insalubres, perigosos ou penosos, os constantes do Quadro anexo em que se estabelece também a correspondência com os prazos referidos no art. 31 da citada Lei.

Art. 3º A concessão do benefício de que trata este decreto, dependerá de comprovação pelo segurado, efetuado na forma prescrita pelo art. 60, do Regulamento Geral da Previdência Social, perante o Instituto de Aposentadoria e Pensões a que Estiver filiado do tempo de trabalho permanente e habitualmente prestado no serviço ou serviços, considerados insalubres, perigosos ou penosos, durante o prazo mínimo fixado.

Art. 4º Os Institutos de Aposentadoria e Pensões enviarão semestralmente à Divisão de Higiene e Segurança do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Previdência Social na forma do modelo a ser apresentado por essa Divisão, relação das empresas que empregavam os segurados, a que tenha sido concedida aposentadoria especial.

Art. 5º As dúvidas suscitadas na aplicação do presente Decreto serão resolvidas pelo Departamento Nacional da Previdência Social ouvida sempre a Divisão de Higiene e Segurança do Trabalho, no âmbito de suas atividades.

Art. 6º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Brasília ­ DF, em 25 de março de 1964; 143º da Independência e 76º da República.

JOÃO GOULART Amaury Silva

Page 15: Manual Aposentadoria Especial

15

QUADRO A QUE SE REFERE O ART. 2º DO DECRETO N.º 53.831, DE 25 DE MARÇO DE 1964 REGULAMENTO GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

CÓD CAMPO DE APLICAÇÃO

SERVIÇOS E ATIVIDADES PROFISSIONAIS

CLASSIFI CAÇÃO

TEMPO DE TRABALHO MÍNIMO

OBSERVAÇÕES

1.0.0 AGENTES 1.1.0 FÍSICOS

1.1.1 CALOR Operações em locais com temperatura excessivamente alta, capaz de ser nociva à saúde e proveniente de fontes artificiais.

Insalubre 25 anos

Jornada normal em locais com TE acima de 28º. Artigos 165, 187 e 234, da CLT. Portaria Ministerial 30 de 7­2­58 e 262, de 6­ 8­62.

1.1.2 FRIO

Operações em locais com temperatura excessivamente baixa, capaz de ser nociva à saúde e proveniente de fontes artificiais. Trabalhos na indústria do frio ­ operadores de câmaras frigoríficas e outros.

Insalubre 25 anos

Jornada normal em locais com temperatura inferior a 12º centígrados. Art. 165 e 187, da CLT e Portaria Ministerial 262, de 6­8­62.

1.1.3 UMIDADE

Operações em locais com umidade excessiva, capaz de ser nociva à saúde e proveniente de fontes artificiais. Trabalhos em contato direto e permanente com água ­ lavadores, tintureiros, operários nas salinas e outros.

Insalubre 25 anos

Jornada normal em locais com umidade excessiva. Art. 187 da CLT e Portaria Ministerial 262, de 6­8­62.

1.1.4 RADIAÇÃO

Operações em locais com radiações capazes de serem nocivas à saúde ­ infra­vermelho, ultra­ violeta, raios X, rádium e substâncias radiativas. Trabalhos expostos a radiações para fins industriais, diagnósticos e terapéuticos ­ Operadores de raio X, de rádium e substâncias radiativas, soldadores com arco elétrico e com oxiacetilênio, aeroviários de manutenção de aeronaves e motores, turbo­hélices e outros.

Insalubre 25 anos

Jornada normal ou especial fixada em lei ­ Lei 1.234 (*) de 14 de novembro de 1950; Lei 3.999 (*) de 15­12­61; Art. 187, da CLT; Decreto n.º 1.232, de 22 de junho de 1962 e Portaria Ministerial 262, de 6 de agosto de 1962.

1.1.5 TREPIDAÇÃO

Operações em trepidações capazes de serem nocivas a saúde. Trepidações e vibrações industriais ­ Operadores de perfuratrizes e marteletes pneumáticos, e outros.

Insalubre 25 anos

Jornada normal com máquinas acionadas por ar comprimido e velocidade acima de 120 golpes por minutos. Art. 187 CLT. Portaria Ministerial 262, de 6­8­62.

1.1.6 RUÍDO

Operações em locais com ruído excessivo capas de ser nocivo à saúde. Trepidações sujeitos aos efeitos de ruídos industriais excessivos ­ caldereiros, operadores de máquinas pneumáticas, de motores ­ turbinas e outros.

Insalubre 25 anos

Jornada normal ou especial fixada em lei em locais com ruídos acima de 80 decibéis. Decreto número 1.232, de 22 de junho de 1962. Portaria Ministerial 262, de 6­8­62 e Art. 187 da CLT.

1.1.7 PRESSÃO

Operações em locais com pressão atmosférica anormal capaz de ser nociva à saúde. Trabalhos em ambientes com alta ou baixa pressão ­ escafandristas, mergulhadores, operadores em caixões ou tubulações pneumáticos e outros.

Insalubre 25 anos

Jornada normal ou especial fixada em lei ­ Artigos 187 e 219 CLT. Portaria Ministerial 73, de 2 de janeiro de 1960 e 262, de 6­8­62.

1.1.8 ELETRICIDADE

Operações em locais com eletricidade em condições de perigo de vida. Trabalhos permanentes em instalações ou equipamentos elétricos com riscos de acidentes ­ Eletricistas, cabistas, montadores e outros.

Perigoso 25 anos

Jornada normal ou especial fixada em lei em serviços expostos a tensão superior a 250 volts. Arts. 187, 195 e 196 da CLT. Portaria Ministerial 34, de 8­4­54.

1.2.0 QUÍMICOS

1.2.1

ARSÊNICO Operações com arsênico e seus compostos.

I ­ Extração. Insalubre 20 anos Jornada normal. Art. 187 CLT. Portaria Ministerial 262, de 6/8/62.

Page 16: Manual Aposentadoria Especial

16

1.2.1

ARSÊNICO Operações com arsênico e seus compostos.

II ­ Fabricação de seus compostos e derivados ­ Tintas, parasiticidas e inseticidas etc. Insalubre 20 anos

Jornada normal. Art. 187 CLT. Portaria Ministerial 262, de 6/8/62.

1.2.1

ARSÊNICO Operações com arsênico e seus compostos.

III ­ Emprego de derivados arsenicais ­ Pintura, galvanotécnica, depilação, empalhamento, etc. Insalubre 25 anos

Jornada normal. Art. 187 CLT. Portaria Ministerial 262, de 6/8/62.

1.2.2 BERÍLIO Operações com berílio e seus compostos.

Trabalhos permanentes expostos a poeiras e fumos ­ Fundição de ligas metálicas. Insalubre 25 anos

Jornada normal. Art. 187 CLT. Portaria Ministerial 262, de 6­8­62.

1.2.3 CÁDMIO Operações com cádmio e seus compostos. Trabalhos permanentes expostos a poeiras e fumos ­ Fundição de ligas metálicas.

Insalubre 25 anos Jornada normal. Art. 187 CLT. Portaria Ministerial 262, de 6­8­62.

1.2.4 CHUMBO Operações com chumbo, seus sais e ligas.

I Fundição, refino, moldagens, trefiliação e laminação. Insalubre 20 anos

Jornada normal. Art. 187 CLT. Portaria Ministerial 262, de 6/8/62.

1.2.4 CHUMBO Operações com chumbo, seus sais e ligas.

II Fabricação de artefatos e de produtos de chumbo ­ baterias, acumuladores, tintas e etc. Insalubre 25 anos

Jornada normal. Art. 187 CLT. Portaria Ministerial 262, de 6/8/62.

1.2.4 CHUMBO Operações com chumbo, seus sais e ligas.

III Limpeza, raspagens e demais trabalhos em tanques de gasolina contendo chumbo, tetra etil, polimento e acabamento de ligas de chumbo etc.

Insalubre 25 anos Jornada normal. Art. 187 CLT. Portaria Ministerial 262, de 6/8/62.

1.2.4 CHUMBO Operações com chumbo, seus sais e ligas.

IV Soldagem e dessoldagem com ligas à base de chumbo, vulcanização da borracha, tinturaria, estamparia, pintura e outros.

Insalubre 25 anos Jornada normal. Art. 187 CLT. Portaria Ministerial 262, de 6/8/62.

1.2.5 CROMO

Operações com cromo e seus sais. Trabalhos permanentes expostos ao tóxico ­ Fabricação, tanagem de couros, cromagem eletrolítica de metais e outras.

Insalubre 25 anos Jornada normal. Art. 187 CLT. Portaria Ministerial 262, de 6­8­62.

1.2.6 FÓSFORO Operações com fósforo e seus compostos.

I Extração e depuração do fósforo branco e seus compostos. Insalubre 20 anos

Jornada normal. Art. 187 CLT. Portaria Ministerial 262, de 6/8/62.

1.2.6 FÓSFORO Operações com fósforo e seus compostos.

II Fabricação de produtos fosforados asfixiantes, tóxicos, incendiários ou explosivos.

Insalubre perigoso 20 anos

Jornada normal. Art. 187 CLT. Portaria Ministerial 262, de 6/8/62.

1.2.6 FÓSFORO Operações com fósforo e seus compostos.

III Emprego de líquidos, pastas, pós e gases à base de fósforo branco para destruição de ratos e parasitas.

Insalubre 25 anos Jornada normal. Art. 187 CLT. Portaria Ministerial 262, de 6/8/62.

1.2.7 MANGANÊS

Operações com o manganês. Trabalhos permanentes expostos à poeiras ou fumos do manganês e seus compostos (bióxido) ­ Metalurgia, cerâmica, indústria de vidros e outras.

Insalubre 25 anos Jornada normal. Art. 187 CLT. Portaria Ministerial 262, de 6­8­62.

1.2.8

MERCÚRIO Operações com mercúrio, seus sais e amálgamas.

I Extração e tratamento de amálgamas e compostos ­ Cloreto e fulminato de Hg. Insalubre Perigoso

Jornada normal. Art. 187 CLT. Portaria Ministerial 262, de 6/8/62.

1.2.8

MERCÚRIO Operações com mercúrio, seus sais e amálgamas.

II Emprego de amálgama e derivados, galvanoplastia, estanhagem e outros. Insalubre 25 anos

Jornada normal. Art. 187 CLT. Portaria Ministerial 262, de 6/8/62.

1.2.9 OUTROS TÓXICOS INOGÂNICOS

Operações com outros tóxicos inogârnicos capazes de fazerem mal à saúde. Trabalhos permanentes expostos às poeiras, gazes, vapores, neblina e fumos de outros metais, metalóide halogenos e seus eletrólitos tóxicos ­ ácidos, base e sais ­ Relação das substâncias nocivas publicadas no Regulamento Tipo de Segurança da O.I.T.

Insalubre 25 anos Jornada normal. Art. 187 CLT. Portaria Ministerial 262, de 6­8­62.

1.2.10

POEIRAS MINERAIS NOCIVAS Operações industriais com despreendimento de poeiras capazes de fazerem mal à saúde ­ Silica, carvão, cimento, asbesto e talco.

I Trabalhos permanentes no subsolo em operações de corte, furação, desmonte e carregamento nas frentes de trabalho.

Insalubre/P erigoso/Pen

oso 15 anos

Jornada normal especial fixada em Lei. Arts. 187 e 293 da Portaria Ministerial 262, de 5­1­60: 49 e 31, de 25­3­60: e 6­8­62.

Page 17: Manual Aposentadoria Especial

17

1.2.10

POEIRAS MINERAIS NOCIVAS Operações industriais com despreendimento de poeiras capazes de fazerem mal à saúde ­ Silica, carvão, cimento, asbesto e talco.

II Trabalhos permanentes em locais de subsolo afastados das frentes de trabalho, galerias, rampas, poços, depósitos, etc ...

Insalubre/P enoso 20 anos

1.2.10

POEIRAS MINERAIS NOCIVAS Operações industriais com despreendimento de poeiras capazes de fazerem mal à saúde ­ Silica, carvão, cimento, asbesto e talco.

III ­ Trabalhos permanentes a céu aberto. Corte, furação, desmonte, carregamento, britagem, classificação, carga e descarga de silos, transportadores de correias e teleférreos, moagem, calcinação, ensacamento e outras.

Insalubre 25 anos

1.2.11

TÓXICOS ORGÂNICOS Operações executadas com derivados tóxicos do carbono ­ Nomenclatura Internacional. I ­ Hidrocarbonetos (ano, eno, ino) II ­ Ácidos carboxílicos (oico) III ­ Alcoois (ol) IV ­ Aldehydos (al) V ­ Cetona (ona) VI ­ Esteres (com sais em ato ­ ilia) VII ­ Éteres (óxidos ­ oxi) VIII ­ Amidas – amidos IX ­ Aminas – aminas X ­ Nitrilas e isonitrilas (nitrilas e carbilaminas) XI ­ Compostos organo ­ metálicos halogenados, metalódicos halogenados, metalóidicos e nitrados.

Trabalhos permanentes expostos às poereiras: gases, vapores, neblinas e fumos de derivados do carbono constantes da Relação Internancional das Substâncias Nocivas publicada no Regulamento Tipo de Segurança da O.I.T Tais como: cloreto de metila, tetracloreto de carbono, tricoloroetileno, clorofórmio, bromureto de netila, nitrobenzeno, gasolina, alcoois, acetona, acetatos, pentano, metano, hexano, sulfureto de carbono, etc.

Insalubre 25 anos Jornada normal. Art. 187 CLT. Portaria Ministerial 262, de 6­8­62.

1.3.0 BIOLÓGICOS

1.3.1 CARBÚNCULO, BRUCELA MORNO E TÉTANO

Operações industriais com animais ou produtos oriundos de animais infectados. Trabalhos permanentes expostos ao contato direto com germes infecciosos ­ Assistência Veterinária, serviços em matadouros, cavalariças e outros.

Insalubre 25 anos Jornada normal. Art. 187 CLT. Portaria Ministerial 262, de 6­8­62.

1.3.2 GERMES INFECCIOSOS OU PARASITÁRIOS HUMANOS ­ ANIMAIS

Serviços de Assistência Médica, Odontológica e Hospitalar em que haja contato obrigatório com organismos doentes ou com materiais infecto­ contagiantes. Trabalhos permanentes expostos ao contato com doentes ou materiais infecto­contagiantes ­ assistência médico, odontológica, hospitalar e outras atividades afins.

Insalubre 25 anos

Jornada normal ou especial fixada em Lei. Lei n.º 3.999, de 15­12­61. Art. 187 CLT. Portaria Ministerial 262, de 6­8­62.

2.0.0 OCUPAÇÕES 2.1.0 LIBERAIS, TÉCNICOS, ASSEMELHADAS

Page 18: Manual Aposentadoria Especial

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2.1.1 ENGENHARIA Engenheiros de Construção Civil, de minas, de metalurgia, Eletricistas. Insalubre 25 anos

Jornada normal ou especial fixada em Lei. Decreto n.º 46.131 (*), de 3­6­59.

2.1.2 QUÍMICA Químicos, Toxicologistas, Podologistas. Insalubre 25 anos

Jornada normal ou especial fixada em Lei. Decreto n.º 48.285 (*), de 1960.

2.1.3 MEDICINA, ODONTOLOGIA, ENFERMAGEM

Médicos, Dentistas, Enfermeiros. Insalubre 25 anos Jornada normal ou especial fixada em Lei. Decreto n.º 43.185 (*), de 6­2­58.

2.1.4 MAGISTÉRIO Professores. Penoso 25 anos

Jornada normal ou especial fixada em Lei Estadual, GB, 286; RJ, 1.870, de 25­4. Art. 318, da Consolidação das Leis do Trabalho.

2.2.0 AGRÍCOLAS, FLORESTAIS, AQUÁTICAS 2.2.1 AGRICULTURA Trabalhadores na agropecuária. Insalubre 25 anos Jornada normal. 2.2.2 CAÇA Trabalhadores florestais, caçadores. Perigoso 25 anos Jornada normal. 2.2.3 PESCA Pescadores Perigoso 25 anos Jornada normal. 2.3.0 PERFURAÇÃO, CONSTRUÇÃO CIVIL. ASSEMELHADOS

2.3.1 ESCAVAÇÕES DE SUPERFÍCIE ­ POÇOS Trabalhadores em túneis e galerias. Insalubre/ Perigoso 20 anos

Jornada normal ou especial, fixada em Lei. Artigo 295. CLT

2.3.2 ESCAVAÇÕES DE SUBSOLO ­ TÚNEIS Trabalhadores em escavações à céu aberto. Insalubre 25 anos Jornada normal.

2.3.3 EDIFÍCIOS, BARRAGENS, PONTES Trabalhadores em edifícios, barragens, pontes, torres. Perigoso 25 anos Jornada normal.

2.4.0 TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

2.4.1 TRANSPORTES AÉREO

Aeronautas, Aeroviários de serviços de pista e de oficinas, de manutenção, de conservação, de carga e descarga, de recepção e de despacho de aeronaves.

Perigoso 25 anos

Jornada normal ou especial, fixada em Lei. Lei n.º 3.501, (*) de 21­12­58; Lei n.º 2.573, (*) de 15­8­55; Decretos nºs 50.660 (*), de 26­6­61 e 1.232, de 22­6­62.

2.4.2 TRANSPORTES MARÍTIMO, FLUVIAL E LACUSTRE

Marítimos de convés de máquinas, de câmara e de saúde ­ Operários de construção e reparos navais.

Insalubre1 25 anos

Jornada normal ou especial fixada em Lei. Art. 243 CLT. Decretos n.º 52.475 (*). de 13­9­63; 52.700 (*) de 18­10­63 e 53.514 (*), de 30­1­64.

2.4.3 TRANSPORTES FERROVIÁRIO Maquinistas, Guarda­freios, trabalhadores da via permanente. Insalubre 25 anos

Jornada normal ou especial fixada em Lei. Artigo 238, CLT.

2.4.4 TRANSPORTES RODOVIÁRIO

Motorneiros e condutores de bondes. Motoristas e cobradores de ônibus. Motoristas e ajudantes de caminhão.

Penoso 25 anos Jornada normal.

2.4.5 TELEGRAFIA, TELEFONIA, RÁDIO COMUNICAÇÃO. Telegrafista, telefonista, rádio operadores de telecomunicações. Insalubre 25 anos

Jornada normal ou especial, fixada em Lei. Artigo 227 da CLT. Portaria Ministerial 20, de 6­8­62.

2.5.0 ARTESANATO E OUTRAS OCUPAÇÕES QUALIFICADAS

2.5.1 LAVANDERIA E TINTURARIA

Lavadores, passadores, calandristas, tintureiros. Insalubre 25 anos Jornada normal.

2.5.2

FUNDIÇÃO, COZIMENTO, LAMINAÇÃO, TREFILAÇÃO, MOLDAGEM

Trabalhadores nas indústrias metalúrgicas, de vidro, de cerâmica e de plásticos­fundidores, laminadores, moldadores, trefiladores, forjadores.

Insalubre 25 anos Jornada normal.

2.5.3 SOLDAGEM, GALVANIZAÇÃO, CALDERARIA

Trabalhadores nas indústrias metalúrgicas, de vidro, de cerâmica e de plásticos ­ soldadores, galvanizadores, chapeadores, caldeireiros.

Insalubre 25 anos Jornada normal.

2.5.4 PINTURA Pintores de Pistola. Insalubre 25 anos Jornada normal.

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2.5.5 COMPOSIÇÃO TIPOGRÁFICA E MACÂNICA, LINOTIPIA, ESTEREOTIPIA, ELETROTIPIA, LITOGRAFIA E OFF­SETT, FOTOGRAVURA, ROTOGRAVURA E GRAVURA, ENCADERNAÇÃO E IMPRESSÃO EM GERAL.

Trabalhadores permanentes nas indústrias poligráficas: Linotipistas, monotipistas, tipográficas, impressores, margeadores, montadores, compositores, pautadores, gravadores, granitadores, galvanotipistas, frezadores, titulistas.

Insalubre 25 anos Jornada normal.

2.5.6

ESTIVA E ARMAZENAMENTO.

Estivadores, Arrumadores, Trabalhadores de capatazia, Consertadores, Conferentes.

Perigoso 25 anos

Jornada normal ou especial, fixada em Lei. Art. 278, CLT; item VII quadro II, do Art. 65 do Decreto 48.959­A (*), de 29­9­60.

2.5.7 EXTINÇÃO DE FOGO, GUARDA. Bombeiros, Investigadores, Guardas Perigoso 25 anos Jornada normal.

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DECRETO N.º 83.080 ­ DE 24 DE JANEIRO DE 1979 ­ DOU DE 29/01/79

Aprova o Regulamento dos Benefícios da Previdência Social.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o item III do artigo 81 da Constituição e tendo em vista a Lei n.º 6.439, de 1º de setembro de 1977, que instituiu o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social ­ SINPAS, decreta:

Art. 1º Fica aprovado o Regulamento dos Benefícios da Previdência Social, que acompanha este Decreto, com seus 9 (nove) anexos.

Art. 2º A matéria referente a assistência médica, assistência social, custeio, administração e gestão econômico­ financeira e patrimonial das entidades integrantes do SINPAS será objeto de regulamentação específica, aplicável, no que couber, aos benefícios da previdência social.

Art. 3º Ficam revogadas as disposições em contrário, especialmente os dispositivos regulamentares referentes a benefícios.

Art. 4º Este decreto entrará em vigor em 1º de março de 1979.

Brasília, 24 de janeiro de 1979; 158º da Independência e 91º da República.

ERNESTO GEISEL L. G. do Nascimento e Si lva

ANEXOS

I. Classificação das atividades profissionais segundo os agentes nocivos; II. Classificação das atividades profissionais segundo os grupos profissionais; III. Certidão de tempo de serviço para os efeitos da Lei n.º 6.226, de 14 de junho de 1975; IV. Certidão de tempo de serviço para efeitos da Lei n.º 6.226/75; V. Acidentes do Trabalho (Urbanos) ­ Relação de doenças profissionais ou do trabalho; VI. Acidentes do Trabalho (Urbanos) ­ Relação das situações em que o aposentado tem direito a

majoração prevista no artigo 235; VII. Acidente do Trabalho (Urbano) ­ Relação das situações que dão direito ao auxílio­suplementar; VIII. Doença profissionais ou do trabalho (Rurais); IX. Relação dos órgãos transformados em sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação

(item IV do § 1º do artigo 428);

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ANEXO I REGULAMENTO DOS BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

(DECRETO N.º 83.080 DE 24 DE JANEIRO DE 1979) CLASSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS SEGUNDO OS AGENTES NOCIVOS

COD CAMPO DE APLICAÇÃO

ATIVIDADE PROFISSIONAL (TRABALHADORES OCUPADOS EM CARÁTER PERMANENTE)

TEMPO MÍNIMO DE TRABALHO

1.0.0 AGENTES NOCIVOS 1.1.0 FÍSICOS

1.1.1 CALOR

Industria metalúrgica e mecânica (atividades discriminadas nos códigos 2.5.1 e 2.5.2 do Anexo II). Fabricação de vidros e cristais (atividades discriminadas no código 2.5.5 do Anexo II). Alimentação de caldeiras a vapor a carvão ou a lenha.

25 anos

1.1.2 FRIO Câmaras frigoríficas e fabricação de gelo. 25 anos

1.1.3 RADIAÇÕES IONIZANTES

Extração de minerais radioativos (tratamento, purificação, isolamento e preparo para distribuição). Operações com reatores nucleares com fontes de nêutrons ou de outras radiações corpusculares. Trabalhos executados com exposições aos raios X, rádio e substâncias radioativas para fins industriais, terapêuticos e diagnósticos. Fabricação de ampolas de raios x e radioterapia (inspeção de qualidade). Fabricação e manipulação de produtos químicos e farmacêuticos radioativos (urânio, rádon, mesotório, tório x, césio 137 e outros). Fabricação e aplicação de produtos luminescentes radíferos. Pesquisas e estudos dos raios x e substâncias radioativas em laboratórios.

25 anos

1.1.4 TREPIDAÇÃO Trabalhos com perfuratrizes e marteletes pneumáticos. 25 anos

1.1.5 RUÍDO

Calderaria (atividades discriminadas no código 2.5.2 do Anexo II). Trabalhos em usinas geradoras de eletricidade (sala de turbinas e geradores). Trabalhos com exposição permanente a ruído acima de 90 db. Operação com máquinas pneumáticas (atividades discriminadas entre as do código 2.5.3 do Anexo II). Trabalhos em cabinas de prova de motores de avião.

25 anos

1.1.6 PRESSÃO ATMOSFÉRICA

Trabalhos em caixões ou câmaras pneumáticas subaquáticas e em tubulações pneumáticos. Operação com uso de escafandro. Operação de mergulho Trabalho sob ar comprimido em túneis pressurizados.

20 anos

1.2.0 QUÍMICOS

1.2.1 ARSÊNICO

Metalurgia de minérios arsenicais. Extração de arsênico. Fabricação de compostos de arsênico. Fabricação de tintas à base de compostos de arsênico (atividades discriminadas no Código 2.5.6 do Anexo II). Fabricação e aplicação de produtos inseticidas, parasiticidas e raticidas à base de compostos de arsênico.

25 anos

1.2.2 BERÍLIO OU GLICINIO

Extração, trituração e tratamento de berílio: Fabricação de ligas de berílio e seus compostos. Fundição de ligas metálicas. Utilização do berílio ou seus compostos na fabricação de tubos fluorescentes, de ampolas de raios x e de vidros especiais.

25 anos

1.2.3 CÁDMIO

Extração, tratamento e preparação de ligas de cádmio. Fundição de ligas metálicas. Fabricação de compostos de cádmio. Solda com cádmio. Utilização de cádmio em revestimentos metálicos.

25 anos

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1.2.4 CHUMBO

Extração de chumbo. Fabricação e emprego de chumbo tetraetila ou tetramatila. Fabricação de objetos e artefatos de chumbo. Fabricação de acumuladores, pilhas e baterias elétricas contendo chumbo ou compostos de chumbo. Fabricação de tintas, esmaltes e vernizes à base de compostos de chumbo (atividades discriminadas no código 2.5.6 do Anexo II). Fundição e laminação de chumbo, zinco­velho, cobre e latão. Limpeza, raspagem e reparação de tanques de mistura e armazenamento de gasolina contendo chumbo tetraetila. Metalurgia e refinação de chumbo. Vulcanização de borracha pelo litargírio ou outros comp. de chumbo.

25 anos

1.2.5 CROMO Fabricação de ácimo crômico, de cromatos e bicromatos. 25 anos

1.2.6 FÓSFORO

Extração e preparação de fósforo branco e seus compostos. Fabricação e aplicação de produtos fosforados e organofosforados, inseticidas, parasíticidas e ratívidas. Fabricação de projéteis incendiários, explosivos e gases asfixiantes à base de fósforo branco.

25 anos

1.2.7 MANGANÊS

Extração, tratamento e trituração do minério por processos manuais ou semi­ aumáticos. Fabricação de compostos de manganês. Fabricação de pilhas secas contendo compostos de manganês. Fabricação de vidros especiais, indústrias de cerâmica e outras operações com exposição permanente a poeiras de pirolusita ou de outros compostos de manganês.

25 anos

1.2.8 MERCÚRIO

Extração e fabricação de compostos de mercúrio. Fabricação de espoletas com fulminato de mercúrio. Fabricação de tintas à base de composto de mercúrio. Fabricação de solda à base de mercúrio. Fabricação de aparelhos de mercúrio: Barômetro, manômetro, termômetro, interruptor, lâmpadas, válvulas eletrônicas, ampolas de raios x e outros. Amalgamação de zinco para fabricação de eletródios, pilhas e acumuladores. Douração e estanhagem de espelhos à base de mercúrio. Empalhamento de animais com sais de mercúrio. Recuperação de mercúrio por destilação de resíduos industriais. Tratamento a quente das amálgamas de ouro e prata para recuperação desses metais preciosos. Secretagem de pelos, crinas e plumas, feltragem à base de compostos de mercúrio.

25 anos

1.2.9 OURO Redução, separação e fundição do ouro 25 anos

1.2.10 HIDROCARBONETOS E OUTROS COMPOSTOS DE CARBONO

Fabricação de benzol, toluoi, xilol (benzeno, tolueno e xileno). Fabricação e aplicação de inseticidas clorados derivados de hidrocarbonetos. Fabricação e aplicação de inseticidas e fungicidas derivados de ácido carbônico. Fabricação de derivados halogenados de hidrocarbonetos alifáticos: cloreto de metila, brometo de metila, clorofórmio, tetracloreto de carbono, dicloretano, tetracloretano, tricloretileno e bromofórmio. Fabricação e aplicação de inseticida à base de sulfeto de carbono. Fabricação de seda artificial (viscose) Fabricação de sulfeto de carbono. Fabricação de carbonilida. Fabricação de gás de iluminação. Fabricação de solventes para tintas, lacas e vernizes, contendo benzol, toluol e xilol.

25 anos

1.2.11 OUTROS TÓXICOS, ASSOCIAÇÃO DE AGENTES

Fabricação de flúor e ácido fluorídrico, cloro e ácido clorídrico e bromo e ácido bromídrico. Aplicação de revestimentos metálicos, eletroplastia, compreendendo: niquelagem, cromagem, douração, anodização de alumínio e outras operações assemelhadas (atividades discriminadas no código 2.5.4 do Anexo II). Pintura a pistola – associação de solventes e hidrocarbonados e partículas suspensas (atividades discriminadas entre as do código 2.5.3 do Anexo II). Trabalhos em galerias e tanques de esgoto (monóxido de carbono, gás metano, gás sulfídrico e outros). Solda elétrica e a oxiacetileno (fumos metálicos). Indústrias têxteis: alvejadores, tintureiros, lavadores e estampadores a mão.

25 anos

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1.2.12 SÍLICA, SILICATOS, CARVÃO, CIMENTO E AMIANTO

Extração de minérios (atividades discriminadas nos códigos 2.3.1 a 2.3.5 do anexo II). Extração de rochas amiantíferas (furação, corte, desmonte, trituração, peneiramento e manipulação). Extração, trituração e moagem de talco. Decapagem, limpeza de metais, foscamento de vidros com jatos de areia (atividades discriminadas entre as do código 2.5.3 do Anexo II). Fabricação de cimento Fabricação de guarnições para freios, materiais isolantes e produtos de fibrocimento. Fabricação de material refratário para fornos, chaminés e cadinhos, recuperação de resíduos. Fabricação de mós, rebolos, saponáceos, pós e pastas para polimento de metais. Moagem e manipulação de sílica na indústria de vidros, porcelana e outros produtos cerâmicos. Mistura, cardagem, fiação e tecelagem de amianto. Trabalho em pedreiras (atividades discriminadas no código 2.3.4 do anexo II). Trabalho em construção de túneis (atividades discriminadas nos códigos 2.3.3 e 2.3.4 do Anexo II).

15, 20 ou 25 anos

1.3.0 BIOLÓGICOS

1.3.1

CARBÚNCULO BRUCELA, MORMO, TUBERCULOSE E TÉTANO

Trabalhos permanentes em que haja contato com produtos de animais infectados. Trabalhos permanentes em que haja contados com carnes, vísceras, glândulas, sangue, ossos, pelos dejeções de animais infectados (atividades discriminadas entre as do código 2.1.3 do Anexo II: médicos, veterinários, enfermeiros e técnicos de laboratório).

25 anos

1.3.2

ANIMAIS DOENTES E MATERIAIS NFECTO­ CONTAGIANTES

Trabalhos permanentes expostos ao contato com animais doentes ou materiais infecto­contagiantes (atividades discriminadas entre as do código 2.1.3 do Anexo II: médicos, veterinários, enfermeiros e técnicos de laboratório).

1.3.3 PREPARAÇÃO DE SOROS, VACINAS, E OUTROS PRODUTOS

Trabalhos permanentes em laboratórios com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e outros produtos (atividades discriminadas entre as do código 2.1.3 do Anexo II: médicos­laboratoristas, técnicos de laboratórios, biologistas).

25 anos

1.3.4 DOENTES OU MATERIAIS INFECTO­ CONTAGIANTES

Trabalhos em que haja contato permanente com doentes ou materiais infecto­ contagiantes (atividades discriminadas entre as do código 2.1.3 do Anexo II: médicos­laboratoristas (patologistas), técnicos de laboratório, dentistas, enfermeiros).

25 anos

1.3.5 GERMES

Trabalhos nos gabinetes de autópsia, de anatomia e anátomo­histopatologia (atividades discriminadas entre as do código 2.1.3 do Anexo II: médicos­ toxicologistas, técnicos de laboratório de anatomopatologia ou histopatologia, técnicos de laboratório de gabinetes de necropsia, técnicos de anatomia).

25 anos

ANEXO II REGULAMENTO DOS BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (DECRETO N.º 83.080 DE 24 DE JANEIRO DE 1979)

CLASSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS SEGUNDO OS GRUPOS PROFISSIONAIS

COD ATIVIDADE PROFISSIONAL TEMPO MÍNIMO DE TRABALHO

2.0.0 GRUPOS PROFISSIONAIS 2.1.0 PROFISSIONAIS LIBERAIS E TÉCNICAS

2.1.1

ENGENHARIA Engenheiros­químicos. Engenheiros­metalúrgicos. Engenheiros de minas.

25 anos

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2.1.2

QUÍMICA­RADIOATIVIDADE Químicos­industriais. Químicos­toxicologistas. Técnicos em laboratórios de análises. Técnicos em laboratórios químicos Técnicos em radioatividade.

25 anos

2.1.3

MEDICINA­ODONTOLOGIA­FARMÁCIA/BIOQUÍMICA­ENFERMAGEM­VETERINÁRIA Médicos (expostos aos agentes nocivos ­ Código 1.3.0 do Anexo I). Médicos­anatomopatologistas ou histopatologistas. Médicos­toxicologistas. Médicos­laboratoristas (patologistas). Médicos­radiologistas ou radioterapeutas. Técnicos de raio x. Técnicos de laboratório de anatomopatologia ou histopatologia. Farmacêuticos­toxicologistas e bioquímicos. Técnicos de laboratório de gabinete de necropsia. Técnicos de anatomia. Dentistas (expostos aos agentes nocivos – código 1.3.0 do Anexo I). Enfermeiros (expostos aos agentes nocivos – código 1.3.0 do Anexo I). Médicos­veterinários (expostos aos agentes nocivos – código 1.3.0 do Anexo I).

25 anos

2.2.0 PESCA 2.2.1 PESCADORES 25 anos 2.3.0 EXTRAÇÃO DE MINÉRIOS

2.3.1

MINEIROS DE SUBSOLO (Operações de corte, furação e desmonte e atividades de manobras nos pontos de transferências de cargas e viradores e outras atividades exercidas na frente de trabalho) Perfuradores de rochas, cortadores de rochas, carregadores, britadores, cavouqueiros e choqueiros.

15 anos

2.3.2

TRABALHADORES PERMANENTES EM LOCAIS DE SUBSOLO, AFASTADOS DAS FRENTES DE TRABALHO (GALERIAS, RAMPAS, POÇOS, DEPÓSITOS)

Motoristas, carregadores, condutores de vagonetas, carregadores de explosivos, encarregados do fogo (blasters), eletricistas, engatores, bombeiros, madeireiros e outros profissionais com atribuições permanentes em minas de subsolo.

20 anos

2.3.3

MINEIROS DE SUPERFÍCIE Trabalhadores no exercício de atividades de extração em minas ou depósitos minerais na superfície. Perfuradores de rochas, cortadores de rochas, carregadores, operadores de escavadeiras, motoreiros, condutores de vagonetas, britadores, carregadores de explosivos, encarregados do fogo (blastera) e outros profissionais com atribuições permanentes de extração em minas ou depósitos minerais na superfície.

25 anos

2.3.4

2.3.5

TRABALHADORES EM PEDREIRAS, TÚNEIS, GALERIAS Perfuradores, covouqueiros, canteiros, encarregados do fogo (blasters) e operadores de pás mecânicas.

TRABALHADORES EM EXTRAÇÃO DE PETRÓLEO Trabalhadores ocupados em caráter permanente na perfuração de poços petrolíferos e na extração de petróleo.

25 anos

25 anos

2.4.0 TRANSPORTES

2.4.1 TRANSPORTE FERROVIÁRIO

Maquinista de máquinas acionadas a lenha ou a carvão. Foguista:

25 anos

2.4.2 TRANSPORTE URBANO E RODOVIÁRIO Motorista de ônibus e de caminhões de cargas (ocupados em caráter permanente). 25 anos

2.4.3 TRANSPORTE AÉREO Aeronautas 25 anos

2.4.4 TRANSPORTE MARÍTIMO

Foguistas. Trabalhadores em casa de máquinas.

25 anos

2.4.5

TRANSPORTE MANUAL DE CARGA NA ÁREA PORTUÁRIA. Estivadores (trabalhadores ocupados em caráter permanente, em embarcações, no carregamento e descarregamento de carga.) Arrumadores e ensacadores. Operadores de carga e descarga nos portos.

25 anos

2.5.0 ARTÍFICES, TRABALHADORES OCUPADOS EM DIVERSOS PROCESSOS DE PRODUÇÃO E OUTROS

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2.5.1

INDÚSTRIAS METALÚRGICAS E MECÂNICAS (Aciarias, fundições de ferro e metais não ferrosos, laminações, forneiros, mãos de forno, reservas de forno, fundidores, soldadores, lingoteiros, tenazeiros, caçambeiros, amarradores, dobradores e desbastadores. Rebarbadores, esmerilhadores, marteleteiros de rebarbação. Operadores de tambores rotativos e outras máquinas de rebarbação. Operadores de máquinas para fabricação de tubos por centrifugação. Operadores de pontes rolantes ou de equipamentos para transporte de peças e caçambas com metal liquefeito, nos recintos de aciarias, fundições e laminações. Operadores nos fornos de recozimento ou de têmpera­recozedores, temperadores.

25 anos

2.5.2

FERRARIAS, ESTAMPARIAS DE METAL À QUENTE E CALDEIRARIA. Ferreiros, marteleiros, forjadores, estampadores, caldeireiros e prensadores. Operadores de forno de recozimento, de têmpera, de cementação, forneiros, recozedores, temperadores, cementadores. Operadores de pontes rolantes ou talha elétrica.

25 anos

2.5.3

OERAÇÕES DIVERSAS Operadores de máquinas pneumáticas. Rebitadores com marteletes pneumáticos. Cortadores de chapa a oxiacetileno. Esmerilhadores. Soldadores (solda elétrica e a oxiacetileno). Operadores de jatos de areia com exposição direta à poeira. Pintores a pistola (com solventes hidrocarbonados e tintas tóxicas). Foguistas.

25 anos

2.5.4

APLICAÇÃO DE REVESTIMENTOS METÁLICOS E ELETROPLASTIA Galvanizadores, niqueladores, cromadores, cobreadores, estanhadores, douradores e profissionais em trabalhos de exposição permanente nos locais. 25 anos

2.5.5

FABRICAÇÃO DE VIDROS E CRISTAIS Vidreiros, operadores de forno, forneiros, sopradores de vidros e cristais. Operadores de máquinas de fabricação de vidro plano, sacadores de vidros e cristais, operadores de máquinas de soprar vidros e outros profissionais em trabalhos permanentes nos recintos de fabricação de vidros e cristais.

25 anos

2.5.6

FABRICAÇÃO DE TINTAS, ESMALTES E VERNIZES Trituradores, moedores, operadores de máquinas moedoras, misturadores, preparadores, envasilhadores e outros profissionais em trabalhos de exposição permanente nos recintos de fabricação.

25 anos

2.5.7

PREPARAÇÃO DE COUROS Caleadores de couros. Curtidores de couros. Trabalhadores em tanagem de couros.

25 anos

2.5.8

INDÚSTRIA GRÁFICA E EDITORIAL Monotipistas, linotipistas, fundidores de monotipo, fundidores de linotipo, fundidores de estereotipia, eletrotipistas, estereotipistas, galvanotipistas, titulistas, compositores, biqueiros, chapistas, tipógrafos, caixistas, distribuidores, paginadores, emendadores, impressores, minervistas, prelistas, ludistas, litógrafos e fotogravadores.

25 anos

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REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL ­ DECRETO 3.048, DE 06 DE MAIO DE 1999

ANEXO IV ­ CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES NOCIVOS

1.0.0 AGENTES QUÍMICOS O que determina o direito ao benefício é a exposição do trabalhador ao agente nocivo presente no

ambiente de trabalho e no processo produtivo, em nível de concentração superior aos limites de tolerância estabelecidos. O rol de agentes nocivos é exaustivo, enquanto que as atividades listadas, nas quais pode haver a exposição, é exemplificativa. (Redação dada pelo Decreto n.º 3.265, de 29.11.99).

1.0.1 ARSÊNICO E SEUS COMPOSTOS 25 ANOS a) extração de arsênico e seus compostos tóxicos; b) metalurgia de minérios arsenicais; c) utilização de hidrogênio arseniado (arsina) em sínteses orgânicas e no processamento de componentes

eletrônicos; d) fabricação e preparação de tintas e lacas; e) fabricação, preparação e aplicação de inseticidas, herbicidas, parasiticidas e raticidas com a utilização de

compostos de arsênico; f) produção de vidros, ligas de chumbo e medicamentos com a utilização de compostos de arsênico; g) conservação e curtume de peles, tratamento e preservação da madeira com a utilização de compostos de

arsênico.

1.0.2 ASBESTOS 20 ANOS a) extração, processamento e manipulação de rochas amiantíferas; b) fabricação de guarnições para freios, embreagens e materiais isolantes contendo asbestos; c) fabricação de produtos de fibrocimento; d) mistura, cardagem, fiação e tecelagem de fibras de asbestos.

1.0.3 BENZENO E SEUS COMPOSTOS TÓXICOS 25 ANOS a) produção e processamento de benzeno; b) utilização de benzeno como matéria­prima em sínteses orgânicas e na produção de derivados; c) utilização de benzeno como insumo na extração de óleos vegetais e álcoois; d) utilização de produtos que contenham benzeno, como colas, tintas, vernizes, produtos gráficos e solventes; e) produção e utilização de clorobenzenos e derivados; f) fabricação e vulcanização de artefatos de borracha; g) fabricação e recauchutagem de pneumáticos.

1.0.4 BERÍLIO E SEUS COMPOSTOS TÓXICOS 25 ANOS a) extração, trituração e tratamento de berílio; b) fabricação de compostos e ligas de berílio; c) fabricação de tubos fluorescentes e de ampolas de raio X; d) fabricação de queimadores e moderadores de reatores nucleares; e) fabricação de vidros e porcelanas para isolantes térmicos; f) utilização do berílio na indústria aeroespacial.

1.0.5 BROMO E SEUS COMPOSTOS TÓXICOS 25 ANOS a) fabricação e emprego do bromo e do ácido brômico.

1.0.6 CÁDMIO E SEUS COMPOSTOS TÓXICOS 25 ANOS a) extração, tratamento e preparação de ligas de cádmio; b) fabricação de compostos de cádmio; c) utilização de eletrodos de cádmio em soldas; d) utilização de cádmio no revestimento eletrolítico de metais; e) utilização de cádmio como pigmento e estabilizador na indústria do plástico; f) fabricação de eletrodos de baterias alcalinas de níquel­cádmio.

1.0.7 CARVÃO MINERAL E SEUS DERIVADOS 25 ANOS a) extração, fabricação, beneficiam. e utilização de carvão mineral, piche, alcatrão, betume e breu;

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b) extração, produção e utilização de óleos minerais e parafinas; c) extração e utilização de antraceno e negro de fumo; d) produção de coque.

1.0.8 CHUMBO E SEUS COMPOSTOS TÓXICOS 25 ANOS a) extração e processamento de minério de chumbo; b) metalurgia e fabricação de ligas e compostos de chumbo; c) fabricação e reformas de acumuladores elétricos; d) fabricação e emprego de chumbo­tetraetila e chumbo­tetrametila; e) fabricação de tintas, esmaltes e vernizes à base de compostos de chumbo; f) pintura com pistola empregando tintas com pigmentos de chumbo; g) fabricação de objetos e artefatos de chumbo e suas ligas; h) vulcanização da borracha pelo litargírio ou outros compostos de chumbo; i) utilização de chumbo em processos de soldagem; j) fabricação de vidro, cristal e esmalte vitrificado; k) fabricação de pérolas artificiais; l) fabricação e utilização de aditivos à base de chumbo para a indústria de plásticos.

1.0.9 CLORO E SEUS COMPOSTOS TÓXICOS 25 ANOS a) fabricação e emprego de defensivos organoclorados; b) fabricação e emprego de cloroetilaminas (mostardas nitrogenadas); c) fabricação e manuseio de bifenis policlorados (PCB); d) fabricação e emprego de cloreto de vinil como monômero na fabricação de policloreto de vinil (PVC) e

outras resinas e como intermediário em produções químicas ou como solvente orgânico; e) fabricação de policloroprene; f) fabricação e emprego de clorofórmio (triclorometano) e de tetracloreto de carbono.

1.0.10 CROMO E SEUS COMPOSTOS TÓXICOS 25 ANOS a) fabricação, emprego industrial, manipulação de cromo, ácido crômico, cromatos e bicromatos; b) fabricação de ligas de ferro­cromo; c) revestimento eletrolítico de metais e polimento de superfícies cromadas; d) pintura com pistola utilizando tintas com pigmentos de cromo; e) soldagem de aço inoxidável.

1.0.11 DISSULFETO DE CARBONO 25 ANOS a) fabricação e utilização de dissulfeto de carbono; b) fabricação de viscose e seda artificial (raiom) ; c) fabricação e emprego de solventes, inseticidas e herbicidas contendo dissulfeto de carbono; d) fabricação de vernizes, resinas, sais de amoníaco, de tetracloreto de carbono, de vidros óticos e produtos

têxteis com uso de dissulfeto de carbono.

1.0.12 FÓSFORO E SEUS COMPOSTOS TÓXICOS 25 ANOS a) extração e preparação de fósforo branco e seus compostos; b) fabricação e aplicação de produtos fosforados e organofosforados (sínteses orgânicas, fertilizantes e

praguicidas); c) fabricação de munições e armamentos explosivos.

1.0.13 IODO 25 ANOS a) fabricação e emprego industrial do iodo.

1.0.14 MANGANÊS E SEUS COMPOSTOS 25 ANOS a) extração e beneficiamento de minérios de manganês; b) fabricação de ligas e compostos de manganês; c) fabricação de pilhas secas e acumuladores; d) preparação de permanganato de potássio e de corantes; e) fabricação de vidros especiais e cerâmicas; f) utilização de eletrodos contendo manganês; g) fabricação de tintas e fertilizantes.

1.0.15 MERCÚRIO E SEUS COMPOSTOS 25 ANOS a) extração e utilização de mercúrio e fabricação de seus compostos;

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b) fabricação de espoletas com fulminato de mercúrio; c) fabricação de tintas com pigmento contendo mercúrio; d) fabricação e manutenção de aparelhos de medição e de laboratório; e) fabricação de lâmpadas, válvulas eletrônicas e ampolas de raio X; f) fabricação de minuterias, acumuladores e retificadores de corrente; g) utilização como agente catalítico e de eletrólise; h) douração, prateamento, bronzeamento e estanhagem de espelhos e metais; i) curtimento e feltragem do couro e conservação da madeira; j) recuperação do mercúrio; k) amalgamação do zinco. l) tratamento a quente de amálgamas de metais; m) fabricação e aplicação de fungicidas.

1.0.16 NÍQUEL E SEUS COMPOSTOS TÓXICOS 25 ANOS a) extração e beneficiamento do níquel; b) niquelagem de metais; c) fabricação de acumuladores de níquel­cádmio.

1.0.17 PETRÓLEO, XISTO BETUMINOSO, GÁS NATURAL E SEUS DERIVADOS 25 ANOS a) extração, processamento, beneficiamento e atividades de manutenção realizadas em unidades de extração,

plantas petrolíferas e petroquímicas; b) beneficiamento e aplicação de misturas asfálticas contendo hidrocarbonetos policíclicos.

1.0.18 SÍLICA LIVRE 25 ANOS a) extração de minérios a céu aberto; b) beneficiamento e tratamento de produtos minerais geradores de poeiras contendo sílica livre cristalizada; c) tratamento, decapagem e limpeza de metais e fosqueamento de vidros com jatos de areia; d) fabricação, processamento, aplicação e recuperação de materiais refratários; e) fabricação de mós, rebolos e de pós e pastas para polimento; f) fabricação de vidros e cerâmicas; g) construção de túneis; h) desbaste e corte a seco de materiais contendo sílica.

1.0.19 OUTRAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS 25 ANOS GRUPO I ­ ESTIRENO; BUTADIENO­ESTIRENO; ACRILONITRILA; 1­3 BUTADIENO; CLOROPRENO; MERCAPTANOS, N­ HEXANO, DIISOCIANATO DE TOLUENO (TDI); AMINAS AROMÁTICAS

a) fabricação e vulcanização de artefatos de borracha; b) fabricação e recauchutagem de pneus.

GRUPO II ­ AMINAS AROMÁTICAS, AMINOBIFENILA, AURAMINA, AZATIOPRINA, BIS (CLORO METIL) ÉTER, 1­4 BUTANODIOL, DIMETANOSULFONATO (MILERAN), CICLOFOSFAMIDA, CLOROAMBUCIL, DIETILESTIL­BESTROL, ACRONITRILA, NITRONAFTILAMINA 4­DIMETIL­AMINOAZOBENZENO, BENZOPIRENO, BETA­PROPIOLACTONA, BISCLOROETILETER, BISCLOROMETIL, CLOROMETILETER, DIANIZIDINA, DICLOROBENZIDINA, DIETILSULFATO, DIMETILSULFATO, ETILENOAMINA, ETILENOTIUREIA, FENACETINA, IODETO DE METILA, ETILNITROSURÉIAS, METILENO­ORTOCLOROANILINA (MOCA), NITROSAMINA, ORTOTOLUIDINA, OXIME­TALONA, PROCARBAZINA, PROPANOSULTONA, 1­3­BUTADIENO, ÓXIDO DE ETILENO, ESTILBENZENO, DIISOCIANATO DE TOLUENO (TDI), CREOSOTO, 4­AMINODIFENIL, BENZIDINA, BETANAFTILAMINA, ESTIRENO, 1­CLORO­2, 4 ­ NITRODIFENIL, 3­POXIPRO­ PANO

a) manufatura de magenta (anilina e ortotoluidina); b) fabricação de fibras sintéticas; c) sínteses químicas; d) fabricação da borracha e espumas; e) fabricação de plásticos; f) produção de medicamentos; g) operações de preservação da madeira com creosoto; h) esterilização de materiais cirúrgicos.

2.0.0 AGENTES FÍSICOS Exposição acima dos limites de tolerância especificados ou às atividades descritas.

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2.0.1 RUÍDO 25 ANOS exposição a Níveis de Exposição Normalizados (NEN) superiores a 85,0 dB(A). (Alterado pelo

DECRETO N.º 4.882, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2003 ­ DOU DE 19/11/2003)

2.0.2 VIBRAÇÕES 25 ANOS a) trabalhos com perfuratrizes e marteletes pneumáticos.

2.0.3 RADIAÇÕES IONIZANTES 25 ANOS a) extração e beneficiamento de minerais radioativos; b) atividades em minerações com exposição ao radônio; c) realização de manutenção e supervisão em unidades de extração, tratamento e beneficiamento de minerais

radioativos com exposição às radiações ionizantes; d) operações com reatores nucleares ou com fontes radioativas; e) trabalhos realizados com exposição aos raios Alfa, Beta, Gama e X, aos nêutrons e às substâncias radioativas

para fins industriais, terapêuticos e diagnósticos; f) fabricação e manipulação de produtos radioativos; g) pesquisas e estudos com radiações ionizantes em laboratórios.

2.0.4 TEMPERATURAS ANORMAIS 25 ANOS a) trabalhos com exposição ao calor acima dos limites de tolerância estabelecidos na NR­15, da Portaria n o

3.214/78.

2.0.5 PRESSÃO ATMOSFÉRICA ANORMAL 25 ANOS a) trabalhos em caixões ou câmaras hiperbáricas; b) trabalhos em tubulões ou túneis sob ar comprimido;

a) operações de mergulho com o uso de escafandros ou outros equipamentos .

3.0.0 BIOLÓGICOS Exposição aos agentes citados unicamente nas atividades relacionadas.

3.0.1 MICROORGANISMOS/PARASITAS INFECTO­CONTAGIOSOS VIVOS E SUAS TOXINAS 25 ANOS (Alterado pelo DECRETO N.º 4.882, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2003 ­ DOU DE 19/11/2003)

Texto anterior: microorganismos e parasitas infecciosos vivos e suas toxinas

a) trabalhos em estabelecimentos de saúde em contato com pacientes portadores de doenças infecto­contagiosas ou com manuseio de materiais contaminados;

b) trabalhos com animais infectados para tratamento ou para o preparo de soro, vacinas e outros produtos; c) trabalhos em laboratórios de autópsia, de anatomia e anátomo­histologia; d) trabalho de exumação de corpos e manipulação de resíduos de animais deteriorados; e) trabalhos em galerias, fossas e tanques de esgoto; f) esvaziamento de biodigestores; g) coleta e industrialização do lixo.

4.0.0 ASSOCIAÇÃO DE AGENTES Nas associações de agentes que estejam acima do nível de tolerância, será considerado o

enquadramento relativo ao que exigir menor tempo de exposição (Alterado pelo DECRETO N.º 4.882, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2003 ­ DOU DE 19/11/2003) Texto Anterior: Exposição aos agentes combinados exclusivamente nas atividades especificadas.

4.0.1 FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS 20 ANOS a) mineração subterrânea cujas atividades sejam exercidas afastadas das frentes de produção.

4.0.2 FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS 15 ANOS a) trabalhos em atividades permanentes no subsolo de minerações subterrâneas em frente de produção.

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DECRETO N.º 3.048 ­ DE 6 DE MAIO DE 1999 ­ (DOU N.º 86 DE 07/05/99 ­ Seção I PG. 50 a 108 ) – Republicado em 12/05/99 ­ Alterado pelos Decretos nºs 3.265/99, 3.298/99, 3.452/2000, 3.668/2000, 4.032/2001 e 4.079/2002 e 4.729/2003 ­ Atualização até Agosto/2004

Aprova o Regulamento da Previdência Social, e dá outras providências.

Subseção ­ IV­ Da Aposentadoria Especial

Art.64. A aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção, que tenha trabalhado durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.(Redação dada pelo Decreto n.º 4.729, de 9/06/2003)

§ 1º A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante o Instituto Nacional do Seguro Social, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, exercido em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo fixado no caput.

§ 2º O segurado deverá comprovar a efetiva exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do benefício. (Redação dada pelo Decreto n.º 4.079, de 9/01/2002)

Art. 65. Considera­se trabalho permanente, para efeito desta Subseção, aquele que é exercido de forma não ocasional nem intermitente, no qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço. (Alterado pelo DECRETO N.º 4.882, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2003 ­ DOU DE 19/11/2003)

Texto Anterior: Art.65. Considera­se tempo de trabalho, para efeito desta Subseção, os períodos correspondentes ao exercício de atividade permanente e habitual (não ocasional nem intermitente), durante toda a jornada de trabalho, em cada vínculo, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, inclusive férias, licença médica e auxílio­doença decorrente do exercício dessas atividades. (Redação dada pelo Decreto n.º 3.265, de 29/11/99)

Parágrafo único. Aplica­se o disposto no caput aos períodos de descanso determinados pela legislação trabalhista, inclusive férias, aos de afastamento decorrentes de gozo de benefícios de auxílio­doença ou aposentadoria por invalidez acidentários, bem como aos de percepção de salário­ maternidade, desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse exercendo atividade considerada especial (Texto Acrescido pelo DECRETO N.º 4.882, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2003 ­ DOU DE 19/11/2003)

Art.66. Para o segurado que houver exercido sucessivamente duas ou mais atividades sujeitas a condições especiais prejudiciais à saúde ou à integridade física, sem completar em qualquer delas o prazo mínimo exigido para a aposentadoria especial, os respectivos períodos serão somados após conversão, conforme tabela abaixo, considerada a atividade preponderante:

TEMPO A CONVERTER

MULTIPLICADORES

PARA 15 PARA 20 PARA 25 DE 15 ANOS ­ 1,33 1,67 DE 20 ANOS 0,75 ­ 1,25 DE 25 ANOS 0,60 0,80 ­

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Art.67. A aposentadoria especial consiste numa renda mensal calculada na forma do inciso V do caput do art. 39.

Art.68. A relação dos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, considerados para fins de concessão de aposentadoria especial, consta do Anexo IV.

§ 1º As dúvidas sobre o enquadramento dos agentes de que trata o caput, para efeito do disposto nesta Subseção, serão resolvidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e pelo Ministério da Previdência e Assistência Social.

§ 2º A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário denominado perfil profissiográfico previdenciário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. (Redação dada pelo Decreto n.º 4.032, de 26/11/2001)

§ 3 o Do laudo técnico referido no § 2 o deverá constar informação sobre a existência de tecnologia de proteção coletiva, de medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho, ou de tecnologia de proteção individual, que elimine, minimize ou controle a exposição a agentes nocivos aos limites de tolerância, respeitado o estabelecido na legislação trabalhista. (Alterado pelo DECRETO N.º 4.882, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2003 ­ DOU DE 19/11/2003)

Texto Anetrior: § 3º Do laudo técnico referido no parágrafo anterior deverão constar informação sobre a existência de tecnologia de proteção coletiva ou individual que diminua a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância e recomendação sobre a sua adoção pelo estabelecimento respectivo.

§ 4º A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo estará sujeita à multa prevista no art. 283.

§ 5 o O INSS definirá os procedimentos para fins de concessão do benefício de que trata esta Subseção, podendo, se necessário, inspecionar o local de trabalho do segurado para confirmar as informações contidas nos referidos documentos. (Alterado pelo DECRETO N.º 4.882, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2003 ­ DOU DE 19/11/2003)

Texto Anterior: § 5º Para fins de concessão do benefício de que trata esta Subseção e observado o disposto no parágrafo anterior, a perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social deverá analisar o formulário e o laudo técnico de que tratam os §§ 2º e 3º, podendo, se necessário, inspecionar o local de trabalho do segurado para confirmar as informações contidas nos referidos documentos. (Redação dada pelo Decreto n.º 3.668, de 22/11/2000)

§ 6º A empresa deverá elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico previdenciário, abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer a este, quando da rescisão do contrato de trabalho ou do desligamento do cooperado, cópia autêntica deste documento, sob pena da multa prevista no art. 283. (Redação dada pelo Decreto n.º 4.729, de 9/06/2003)

§ 7 o O laudo técnico de que tratam os §§ 2 o e 3 o deverá ser elaborado com observância das normas editadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e dos atos normativos expedidos pelo INSS. (Alterado pelo DECRETO N.º 4.882, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2003 ­ DOU DE 19/11/2003)

Texto Anterior: § 7º O laudo técnico de que tratam os §§2º e 3º deverá ser elaborado com observância das Normas Reguladoras editadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e demais orientações expedidas pelo Ministério da Previdência e Assistência Social. (Redação dada pelo Decreto n.º 4.032, de 26/11/2001)

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§ 8º Considera­se perfil profissiográfico previdenciário, para os efeitos do § 6º, o documento histórico­laboral do trabalhador, segundo modelo instituído pelo Instituto Nacional do Seguro Social, que, entre outras informações, deve conter registros ambientais, resultados de monitoração biológica e dados administrativos. (Parágrafo acrescentado pelo Decreto n.º 4.032, de 26/11/2001)

§ 9º A cooperativa de trabalho atenderá ao disposto nos §§ 2º e 6º com base nos laudos técnicos de condições ambientais de trabalho emitido pela empresa contratante, por seu intermédio, de cooperados para a prestação de serviços que os sujeitem a condições ambientais de trabalho que prejudiquem a saúde ou a integridade física, quando o serviço for prestado em estabelecimento da contratante. (Parágrafo acrescentado pelo Decreto n.º 4.729, de 9/06/2003)

§ 10. Aplica­se o disposto no § 9º à empresa contratada para prestar serviços mediante cessão ou empreitada de mão­de­obra. (Parágrafo acrescentado pelo Decreto n.º 4.729, de 9/06/2003)

§ 11. As avaliações ambientais deverão considerar a classificação dos agentes nocivos e os limites de tolerância estabelecidos pela legislação trabalhista, bem como a metodologia e os procedimentos de avaliação estabelecidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho ­ FUNDACENTRO. (Texto Acrescido DECRETO N.º 4.882, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2003 ­ DOU DE 19/11/2003)

Art.69. A data de início da aposentadoria especial será fixada conforme o disposto nos incisos I e II do art. 52.

Parágrafo único. Aplica­se o disposto no art. 48 ao segurado que retornar ao exercício de atividade ou operações que o sujeitem aos agentes nocivos constantes do Anexo IV, ou nele permanecer, na mesma ou em outra empresa, qualquer que seja a forma de prestação do serviço, ou categoria de segurado, a partir da data do retorno à atividade. (Redação dada pelo Decreto n.º 4.729, de 9/06/2003)

Art.70.A conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum dar­se­á de acordo com a seguinte tabela: (modificado pelo DECRETO N.º 4.827 ­ DE 3 DE SETEMBRO DE 2003)

Texto Anterior Art.70. É vedada a conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum.

Texto Anterior: Parágrafo único. O tempo de trabalho exercido até 5 de março de 1997, com efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes constantes do Quadro Anexo ao Decreto n.º 53.831, de 25 de março de 1964, e do Anexo I do Decreto n.º 83.080, de 24 de janeiro de 1979, e até 28 de maio de 1998, constantes do Anexo IV do Regulamento dos Benefícios da Previdência Social, aprovado pelo Decreto n.º 2.172, de 5 de março de 1997, será somado, após a respectiva conversão, ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, desde que o segurado tenha completado, até as referidas datas, pelo menos vinte por cento do tempo necessário para a obtenção da respectiva aposentadoria, observada a seguinte tabela:

TEMPO A CONVERTER MULTIPLICADORES MULHER (PARA 30) HOMEM (PARA 35)

DE 15 ANOS 2,00 2,33 DE 20 ANOS 1,50 1,75 DE 25 ANOS 1,20 1,40

(modificado pelo DECRETO N.º 4.827 ­ DE 3 DE SETEMBRO DE 2003)

Tabela Anterior TEMPO A

CONVERTER MULTIPLICADORES TEMPO MÍNIMO EXIGIDO

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MULHER (PARA 30) HOMEM (PARA 35)

DE 15 ANOS 2,00 2,33 3 ANOS DE 20 ANOS 1,50 1,75 4 ANOS DE 25 ANOS 1,20 1,40 5 ANOS

§1º A caracterização e a comprovação do tempo de atividade sob condições especiais obedecerá ao disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço. (Incluído pelo DECRETO N.º 4.827 ­ DE 3 DE SETEMBRO DE 2003)

§2º As regras de conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum constantes deste artigo aplicam­se ao trabalho prestado em qualquer período. (incluído pelo DECRETO N.º 4.827 ­ DE 3 DE SETEMBRO DE 2003

INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PR N.º 11 ­ DE 20 DE SETEMBRO DE 2006 DOU DE 21/09/2006

O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL­INSS, no uso da competência que lhe confere o Decreto n.º 5.870, de 8 de agosto de 2006, Considerando o disposto nas Leis n.º 8.212 e n.º 8.213, ambas de 24 de julho de 1991; Considerando o estabelecido no Regulamento da Previdência Social­RPS, aprovado pelo Decreto n.º 3.048, de 6 de maio de 1999; Considerando a necessidade de estabelecer rotinas para agilizar e uniformizar a análise dos processos de reconhecimento, manutenção e revisão de direitos dos beneficiários da Previdência Social, para a melhor aplicação das normas jurídicas pertinentes, com observância dos princípios estabelecidos no art. 37 da Constituição Federal, RESOLVE: Art. 1º Disciplinar procedimentos a serem adotados pela área de Benefícios.

Da Aposentadoria Especial Dos Conceitos Gerais

Art. 155. A aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção, que tenha trabalhado durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. § 1º A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante o INSS, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, exercido em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo fixado no caput. § 2º O segurado deverá comprovar a efetiva exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do benefício.

§ 3º O trabalho exercido em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, com exposição a agentes nocivos de modo permanente, não ocasional nem intermitente, está tutelado pela Previdência Social mediante concessão da aposentadoria especial, constituindo­se em fato gerador de contribuição previdenciária para custeio deste benefício.

Art. 156. São consideradas condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física, conforme definido no Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto n.º 3.048/99, a exposição a agentes nocivos químicos, físicos ou biológicos a exposição à associação desses agentes, em concentração ou intensidade e tempo de exposição que ultrapasse os limites de tolerância ou que, dependendo do agente, torne a simples exposição em condição especial prejudicial à saúde.

§ 1º Os agentes nocivos não arrolados no Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto n.º 3.048/1999, não serão considerados para fins de concessão da aposentadoria especial.

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§ 2º As atividades constantes no Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto n.º 3.048/1999, são exemplificativas, salvo para agentes biológicos.

Art. 157. O núcleo da hipótese de incidência tributária, objeto do direito à aposentadoria especial, é composto de:

I nocividade, que no ambiente de trabalho é entendida como situação combinada ou não de substâncias, energias e demais fatores de riscos reconhecidos, capazes de trazer ou ocasionar danos à saúde ou à integridade física do trabalhador; II permanência, assim entendida como o trabalho não ocasional nem intermitente, durante quinze, vinte ou vinte cinco anos, no qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço, em decorrência da subordinação jurídica a qual se submete.

§ 1º Para a apuração do disposto no inciso I, há que se considerar se o agente nocivo é:

I ­ apenas qualitativo, sendo a nocividade presumida e independente de mensuração, constatada pela simples presença do agente no ambiente de trabalho, conforme constante nos Anexos 6, 13, 13­A e 14 da Norma Regulamentadora n.º 15 (NR­15) do Ministério do Trabalho e Emprego­MTE, e no Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto n.º 3.048/1999, para os agentes iodo e níquel; II ­ quantitativo, sendo a nocividade considerada pela ultrapassagem dos limites de tolerância ou doses, dispostos nos Anexos 1, 2, 3, 5, 8, 11 e 12 da NR­15 do MTE, por meio da mensuração da intensidade ou da concentração, consideradas no tempo efetivo da exposição no ambiente de trabalho.

§ 2º Quanto ao disposto no inciso II, não quebra a permanência o exercício de função de supervisão, controle ou comando em geral ou outra atividade equivalente, desde que seja exclusivamente em ambientes de trabalho cuja nocividade tenha sido constatada.

Art. 158. As condições de trabalho, que dão ou não direito à aposentadoria especial, deverão ser comprovadas pelas demonstrações ambientais, que fazem parte das obrigações acessórias dispostas na legislação previdenciária e trabalhista.

Parágrafo único. As demonstrações ambientais de que trata o caput, constituem­se, entre outros, nos seguintes documentos:

I ­ Programa de Prevenção de Riscos Ambientais­PPRA; II Programa de Gerenciamento de Riscos­PGR; III Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção­PCMAT; IV Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional­PCMSO; V Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho­LTCAT; VI Perfil Profissiográfico Previdenciário­PPP; VII Comunicação de Acidente do Trabalho­CAT.

Art. 159. As informações constantes do CNIS serão observadas para fins do reconhecimento do direito à aposentadoria especial, nos termos do art.19 e § 2º do art. 68, ambos do RPS, aprovado pelo Decreto n.º 3.048/1999.

§ 1º Fica assegurado ao INSS a contraprova das informações referidas no caput no caso de dúvida justificada, promovendo de ofício a alteração no CNIS, desde que comprovada mediante o devido processo administrativo.

§ 2º As demonstrações ambientais de que trata o artigo 158 desta IN, deverão embasar o preenchimento da GFIP e do formulário para requerimento da aposentadoria especial, nos termos dos §§ 2º e 7º do art. 68, do RPS, aprovado pelo Decreto n.º 3.048/1999.

§ 3º Presumem­se verdadeiras as informações prestadas pela empresa na GFIP, para a concessão ou não da aposentadoria especial, constituindo crime a prestação de informações falsas neste documento.

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§ 4º A empresa deverá apresentar, sempre que solicitadas pelo INSS, as demonstrações ambientais de que trata o art. 158, desta IN, para fins de verificação das informações.

Da Habilitação ao Benefício

Art. 160. A partir de 29 de abril de 1995, data da publicação da Lei n.º 9.032, de 28 de abril de 1995, o trabalhador que estiver exposto, de modo permanente, não ocasional nem intermitente, a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos, terá direito à concessão de aposentadoria especial nos termos do art. 57 da Lei n.º 8.213, de 1991, observada a carência exigida.

Art. 161. Para instrução do requerimento da aposentadoria especial, deverão ser apresentados os seguintes documentos:

I ­ para períodos laborados até 28 de abril de 1995, será exigido do segurado o formulário para requerimento da aposentadoria especial e a CP ou a CTPS, bem como LTCAT, obrigatoriamente para o agente físico ruído; II ­ para períodos laborados entre 29 de abril de 1995 a 13 de outubro de 1996, será exigido do segurado formulário para requerimento da aposentadoria especial, bem como LTCAT ou demais demonstrações ambientais, obrigatoriamente para o agente físico ruído; III ­ para períodos laborados entre 14 de outubro de 1996 a 31 de dezembro de 2003, será exigido do segurado formulário para requerimento da aposentadoria especial, bem como LTCAT ou demais demonstrações ambientais, qualquer que seja o agente nocivo; IV ­ para períodos laborados a partir de 1º de janeiro de 2004, o único documento exigido do segurado será o formulário para requerimento deste benefício. Se necessário, será exigido o LTCAT.

§ 1º Quando for apresentado o documento que trata o parágrafo 14, do artigo 178 desta IN, contemplando também os períodos laborados até 31 de dezembro de 2003, serão dispensados os demais documentos referidos neste artigo.

§ 2º Poderão ser aceitos, em substituição ao LTCAT, ou ainda de forma complementar a este, os seguintes documentos: I laudos técnico­periciais emitidos por determinação da Justiça do Trabalho, em ações trabalhistas, acordos ou dissídios coletivos; II laudos emitidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO); III laudos emitidos pelo MTE ou, ainda, pelas DRT; IV laudos individuais acompanhados de: a) autorização escrita da empresa para efetuar o levantamento, quando o responsável técnico não for seu empregado; b) cópia do documento de habilitação profissional do engenheiro de segurança do trabalho ou médico do trabalho, indicando sua especialidade; c) nome e identificação do acompanhante da empresa, quando o responsável técnico não for seu empregado; d) data e local da realização da perícia. V os programas PPRA, PGR, PCMAT e PCMSO, de que trata o art. 161 desta IN.

§ 3º Para o disposto no parágrafo anterior, não será aceito:

I ­ laudo elaborado por solicitação do próprio segurado; II laudo relativo à atividade diversa, salvo quando efetuada no mesmo setor; III ­ laudo relativo a equipamento ou setor similar; IV laudo realizado em localidade diversa daquela em que houve o exercício da atividade; V ­ laudo de empresa diversa.

§ 4º Na impossibilidade de apresentação de algum dos documentos obrigatórios mencionados neste artigo, o segurado poderá protocolizar junto ao INSS processo de JA, conforme estabelecido por capítulo próprio desta IN, observado que:

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I tratando­se de empresa legalmente extinta, para fins de comprovação da atividade exercida em condições especiais, será dispensada a apresentação do formulário para requerimento da aposentadoria especial; II para períodos anteriores a 28 de abril de 1995, a JA deverá ser instruída com base nas informações constantes da CP ou da CTPS em que conste a função exercida, verificada a correlação entre a atividade da empresa e a profissão do segurado, salvo nos casos de exposição a agentes nocivos passíveis de avaliação quantitativa; III a partir de 28 de abril de 1995 e, em qualquer época, nos casos de exposição a agentes nocivos passíveis de avaliação quantitativa, a JA deverá ser instruída, obrigatoriamente, com laudo de avaliação ambiental, coletivo ou individual, nos termos dos §§ 2º e 3º.

§ 5º A empresa e o segurado deverão apresentar os originais ou cópias autênticas dos documentos previstos nesta Subseção.

Art. 162. Consideram­se formulários para requerimento da aposentadoria especial os antigos formulários SB­40, DISES­BE 5235, DSS­8030 e DIRBEN 8030, segundo seus períodos de vigência, observando­se, para tanto, a data de emissão do documento.

§ 1º Os formulários de que trata o caput deixaram de ter eficácia para os períodos laborados a partir de 1º de janeiro de 2004, conforme disposto no § 14 do art. 178, desta IN.

§ 2º Mesmo após 1º/1/2004 serão aceitos os formulários referidos no caput, referentes a períodos laborados até 31/12/2003 quando emitidos até esta data, observando as normas de regência vigentes nas respectivas datas de emissão.

Art. 163. A partir de 29 de abril de 1995, a aposentadoria especial somente será concedida aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e, a partir de 13 de dezembro de 2002, data da publicação da Medida Provisória­MP n.º 83, de 12 de dezembro de 2002, também aos cooperados filiados à cooperativa de trabalho ou de produção.

Parágrafo único. Os demais segurados classificados como contribuinte individual não têm direito à aposentadoria especial.

Art. 164. É considerado período de trabalho sob condições especiais, para fins desta Subseção, os períodos de descanso determinados pela legislação trabalhista, inclusive férias, os de afastamento decorrentes de gozo de benefícios de auxílio­doença ou aposentadoria por invalidez acidentárias, bem como os de percepção de salário­maternidade, desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse exercendo atividade considerada especial.

Art. 165. O direito à concessão de aposentadoria especial aos quinze e aos vinte anos, constatada a nocividade e a permanência nos termos do art. 157 desta IN, aplica­se às seguintes situações:

I quinze anos: trabalhos em mineração subterrânea, em frentes de produção, com exposição à associação de agentes físicos, químicos ou biológicos; II vinte anos: a) trabalhos com exposição ao agente químico asbestos (amianto); b) trabalhos em mineração subterrânea, afastados das frentes de produção, com exposição à associação de agentes físicos, químicos ou biológicos.

Art. 166. O direito à aposentadoria especial não fica prejudicado na hipótese de exercício de atividade em mais de um vínculo, com tempo de trabalho concomitante (comum e especial), desde que constatada a nocividade do agente e a permanência em, pelo menos, um dos vínculos nos termos do art. 160 desta IN.

Art. 167. A redução de jornada de trabalho por acordo, convenção coletiva de trabalho ou sentença normativa não descaracteriza a atividade exercida em condições especiais.

Art. 168. Qualquer que seja a data do requerimento dos benefícios previstos no Regime Geral da Previdência Social­RGPS, as atividades exercidas deverão ser analisadas, considerando no mínimo os elementos obrigatórios do art.161 desta IN, conforme quadro a seguir:

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§ 1º As alterações trazidas pelo Decreto n.º 4.882, de 18 de novembro de 2003, não geram efeitos retroativos em relação às alterações conceituais por ele introduzidas.

§ 2º Na hipótese de atividades concomitantes sob condições especiais, no mesmo ou em outro vínculo empregatício, será considerada aquela que exigir menor tempo para a aposentadoria especial.

§ 3º Quando for constatada divergência entre os registros constantes na CTPS ou CP e no Formulário, esta deverá ser esclarecida, por diligência prévia na empresa, a fim de verificar a evolução profissional do segurado, bem como os setores de trabalho, por meio de documentos contemporâneos aos períodos laborados.

§ 4º Em caso de divergência entre o formulário e o CNIS ou entre estes e outros documentos ou evidências, o INSS deverá analisar a questão no processo administrativo, com adoção das medidas necessárias.

§ 5º Serão consideradas evidências, de que trata o parágrafo anterior, entre outros, os indicadores epidemiológicos dos benefícios previdenciários cuja etiologia esteja relacionada com os agentes nocivos.

§ 6º Reconhecido o tempo especial sem correspondência com as informações constantes no CNIS, prestadas por meio da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social­GFIP, a Divisão/Serviço da Secretaria da Receita Previdenciária, será comunicada para providências a seu cargo.

Art. 169. Serão consideradas as atividades e os agentes arrolados em outros atos administrativos, decretos ou leis previdenciárias que determinem o enquadramento por atividade para fins de concessão de aposentadoria especial, exceto as circulares emitidas pelas então Regionais ou Superintendências Estaduais do INSS, que, de acordo com o Regimento Interno do INSS, não possuíam a competência necessária para expedi­las, ficando expressamente vedada a sua utilização.

Art. 170. Deverão ser observados os seguintes critérios para o enquadramento do tempo de serviço como especial nas categorias profissionais ou nas atividades abaixo relacionadas:

I telefonista em qualquer tipo de estabelecimento: a) o tempo de atividade de telefonista poderá ser enquadrado como especial no código 2.4.5 do quadro anexo ao Decreto n.º 53.831, de 25 de março de 1964, até 28 de abril de 1995; b) se completados os vinte e cinco anos, exclusivamente na atividade de telefonista, até 13 de outubro de 1996, poderá ser concedida a aposentadoria especial; c) a partir de 14 de outubro de 1996, data da publicação da MP n.º 1.523, de 11 de outubro de 1996, não será permitido o enquadramento em função da denominação profissional de telefonista. II guarda, vigia ou vigilante até 28 de abril de 1995: a) entende­se por guarda, vigia ou vigilante o empregado que tenha sido contratado para garantir a segurança patrimonial, impedindo ou inibindo a ação criminosa em patrimônio das instituições financeiras e de outros estabelecimentos públicos ou privados, comerciais, industriais ou entidades sem fins lucrativos, bem como pessoa contratada por empresa especializada em prestação de serviços de segurança, vigilância e transporte de valores, para prestar serviço relativo a atividade de segurança privada a pessoa e a residências; b) a atividade do guarda, vigia ou vigilante na condição de contribuinte individual não será considerada como especial; c) em relação ao empregado em empresa prestadora de serviços de vigilância, além das outras informações necessárias à caracterização da atividade, deverá constar no formulário para requerimento da aposentadoria especial os locais e empresas onde o segurado esteve desempenhando a atividade; III professor: a partir da Emenda Constitucional n.º 18, de 30 de junho de 1981, não é permitida a conversão do tempo de exercício de magistério para qualquer espécie de benefício, exceto se o segurado implementou todas as condições até 29 de junho de 1981, considerando que a Emenda Constitucional retirou esta categoria profissional do quadro anexo ao Decreto n.º 53.831, de 1964, para incluí­la em legislação especial e específica, que passou a ser regida por legislação própria;

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IV atividades, de modo permanente, com exposição aos agentes nocivos frio, eletricidade, radiações não ionizantes e umidade, o enquadramento somente será possível até 5 de março de 1997; V atividades, de modo permanente, com exposição a agentes biológicos: a) até 5 de março de 1997, o enquadramento poderá ser caracterizado, para trabalhadores expostos ao contato com doentes ou materiais infecto­contagiantes, de assistência médica, odontológica, hospitalar ou outras atividades afins, independentemente da atividade ter sido exercida em estabelecimentos de saúde; b) a partir de 6 de março de 1997, tratando­se de estabelecimentos de saúde, somente serão enquadradas as atividades exercidas em contato com pacientes portadores de doenças infecto­ contagiosas ou com manuseio de materiais contaminados, no código 3.0.1 do Anexo IV do RBPS, aprovado pelo Decreto n.º 2.172, de 5 de março de 1997, ou do Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto n.º 3.048, de 1999; c) as atividades de coleta, industrialização do lixo e trabalhos em galerias, fossas e tanques de esgoto, de modo permanente, poderão ser enquadradas no código 3.0.1 do Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto n.º 3.048, de 1999, mesmo que exercidas em períodos anteriores, desde que exista exposição a microorganismos e parasitas infecto­contagiosos vivos e suas toxinas;

§ 1º Também são considerados como tempo de serviço exercido em condições especiais:

I funções de chefe, de gerente, de supervisor ou outra atividade equivalente; II os períodos em que o segurado exerceu as funções de servente, auxiliar ou ajudante, de qualquer das atividades constantes dos quadros anexos ao Decreto n.º 53.831, de 1964, e ao Decreto n.º 83.080, de 24 de janeiro de 1979, até 28 de abril de 1995: o enquadramento será possível desde que o trabalho, nessas funções, seja exercido nas mesmas condições e no mesmo ambiente em que trabalha o profissional abrangido por esses Decretos.

§ 2º Existindo dúvidas com relação à atividade exercida ou com relação à efetiva exposição a agentes nocivos, de modo habitual e permanente, não ocasional nem intermitente, a partir das informações contidas no PPP e no LTCAT, quando estes forem exigidos, e se for o caso nos antigos formulários mencionados no art. 162 desta IN, quando esses forem apresentados pelo segurado, poderá ser solicitado pelo servidor do INSS esclarecimentos à empresa, relativos à atividade exercida pelo segurado, bem como solicitar a apresentação de outros registros existentes na empresa que venham a convalidar as informações prestadas.

Art. 171. O período em que o empregado esteve licenciado da atividade para exercer cargo de administração ou de representação sindical, exercido até 28 de abril de 1995, será computado como tempo de serviço especial, desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse exercendo atividade considerada especial.

Da Conversão do Tempo de Serviço

Art. 172. Somente será permitida a conversão de tempo especial em comum, sendo vedada a conversão de tempo comum em especial.

Art. 173. O tempo de trabalho exercido sob condições especiais prejudiciais à saúde ou à integridade física do trabalhador, conforme a legislação vigente à época da prestação do serviço, será somado, após a respectiva conversão, ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, qualquer que seja o período trabalhado, com base no Decreto n.º 4.827, de 3 de setembro de 2003, aplicando­se a seguinte tabela de conversão, para efeito de concessão de qualquer benefício:

Tempo de Atividade a ser Convertido Para 15

Para 20

Para 25

Para 30

Para 35

De 15 anos 1,00 1,33 1,67 2,00 2,33

De 20 anos 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75

De 25 anos 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40

Art. 174. Para o segurado que houver exercido sucessivamente duas ou mais atividades sujeitas a condições especiais prejudiciais à saúde ou à integridade física, sem completar em qualquer delas o prazo mínimo exigido para a aposentadoria especial, os respectivos períodos serão somados, após a

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conversão do tempo relativo às atividades não preponderantes, cabendo, dessa forma, a concessão da aposentadoria especial com o tempo exigido para a atividade preponderante não convertida.

Parágrafo único. Será considerada atividade preponderante aquela que, após a conversão para um mesmo referencial, tenha maior número de anos.

Art. 175. Serão considerados, para fins de alternância entre períodos comum e especial, o tempo de serviço militar, mandato eletivo, aprendizado profissional, tempo de atividade rural, contribuinte em dobro ou facultativo, período de certidão de tempo de serviço público (contagem recíproca), benefício por incapacidade previdenciário (intercalado).

Do Perfil Profissiográfico Previdenciário­PPP

Art. 176. O Perfil Profissiográfico Previdenciário­PPP, constitui­se em um documento histórico­laboral do trabalhador que reúne, entre outras informações, dados administrativos, registros ambientais e resultados de monitoração biológica, durante todo o período em que este exerceu suas atividades.

Art. 177. O PPP tem como finalidade:

I ­ comprovar as condições para habilitação de benefícios e serviços previdenciários, em especial, o benefício de que trata a Subseção V desta Seção; II ­ prover o trabalhador de meios de prova produzidos pelo empregador perante a Previdência Social, a outros órgãos públicos e aos sindicatos, de forma a garantir todo direito decorrente da relação de trabalho, seja ele individual, ou difuso e coletivo; III prover a empresa de meios de prova produzidos em tempo real, de modo a organizar e a individualizar as informações contidas em seus diversos setores ao longo dos anos, possibilitando que a empresa evite ações judiciais indevidas relativas a seus trabalhadores; IV ­ possibilitar aos administradores públicos e privados acessos a bases de informações fidedignas, como fonte primária de informação estatística, para desenvolvimento de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como definição de políticas em saúde coletiva.

Art. 178. A partir de 1º de janeiro de 2004, a empresa ou equiparada à empresa deverá elaborar PPP, conforme Anexo XV desta IN, de forma individualizada para seus empregados, trabalhadores avulsos e cooperados, que laborem expostos a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, considerados para fins de concessão de aposentadoria especial, ainda que não presentes os requisitos para a concessão desse benefício, seja pela eficácia dos equipamentos de proteção, coletivos ou individuais, seja por não se caracterizar a permanência.

§ 1º A exigência do PPP referida no caput, em relação aos agentes químicos e ao agente físico ruído, fica condicionada ao alcance dos níveis de ação de que trata o subitem 9.3.6, da Norma Regulamentadora­NR n.º 09, do Ministério do Trabalho e Emprego­MTE, e aos demais agentes, à simples presença no ambiente de trabalho.

§ 2º Após a implantação do PPP em meio magnético pela Previdência Social, este documento será exigido para todos os segurados, independentemente do ramo de atividade da empresa e da exposição a agentes nocivos, e deverá abranger também informações relativas aos fatores de riscos ergonômicos e mecânicos.

§ 3º A empresa ou equiparada à empresa deve elaborar, manter atualizado o PPP para os segurados referidos no caput, bem como fornecer a estes, quando da rescisão do contrato de trabalho ou da desfiliação da cooperativa, sindicato ou Órgão Gestor de Mão de Obra­OGMO, conforme o caso, cópia autêntica desse documento.

§ 4º O PPP deverá ser emitido pela empresa empregadora, no caso de empregado; pela cooperativa de trabalho ou de produção, no caso de cooperado filiado; pelo OGMO, no caso de trabalhador avulso portuário e pelo sindicato da categoria, no caso de trabalhador avulso não portuário.

§ 5º O sindicato de categoria ou OGMO estão autorizados a emitir o PPP, bem como o formulário que ele substitui, nos termos do § 14, somente para trabalhadores avulsos a eles vinculados.

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§ 6º O PPP deverá ser emitido com base nas demais demonstrações ambientais de que trata o artigo 161 desta IN.

§ 7º O PPP deverá ser atualizado sempre que houver alteração que implique mudança das informações contidas nas suas seções, com a atualização feita pelo menos uma vez ao ano, quando permanecerem inalteradas suas informações.

§ 8º O PPP será impresso nas seguintes situações:

I ­ por ocasião da rescisão do contrato de trabalho ou da desfiliação da cooperativa, sindicato ou OGMO, em duas vias, com fornecimento de uma das vias para o trabalhador, mediante recibo; II ­ para fins de requerimento de reconhecimento de períodos laborados em condições especiais; III ­ para fins de análise de benefícios por incapacidade, a partir de 1º de janeiro de 2004, quando solicitado pelo INSS; IV ­ para simples conferência por parte do trabalhador, pelo menos uma vez ao ano, quando da avaliação global anual do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais­PPRA, até que seja implantado o PPP em meio magnético pela Previdência Social; V quando solicitado pelas autoridades competentes.

§ 9º O PPP deverá ser assinado por representante legal da empresa, com poderes específicos outorgados por procuração, contendo a indicação dos responsáveis técnicos legalmente habilitados, por período, pelos registros ambientais e resultados de monitoração biológica.

§ 10. A comprovação da entrega do PPP, na rescisão de contrato de trabalho ou da desfiliação da cooperativa, sindicato ou OGMO, poderá ser feita no próprio instrumento de rescisão ou de desfiliação, bem como em recibo à parte.

§ 11. O PPP e a comprovação de entrega ao trabalhador, na rescisão de contrato de trabalho ou da desfiliação da cooperativa, sindicato ou OGMO, deverão ser mantidos na empresa por vinte anos.

§ 12. A prestação de informações falsas no PPP constitui crime de falsidade ideológica, nos termos do art. 297 do Código Penal.

§ 13. As informações constantes no PPP são de caráter privativo do trabalhador, constituindo crime nos termos da Lei n.º 9.029, de 13 de abril de 1995, práticas discriminatórias decorrentes de sua exigibilidade por outrem, bem como de sua divulgação para terceiros, ressalvado quando exigida pelos órgãos públicos competentes.

§ 14. O PPP substitui o formulário para comprovação da efetiva exposição dos segurados aos agentes nocivos para fins de requerimento da aposentadoria especial, a partir de 1º de janeiro de 2004, conforme determinado pelo parágrafo 2º do art. 68 do RPS, aprovado pelo Decreto n.º 3.048/1999 e alterado pelo Decreto n.º 4.032, de 2001.

Dos Procedimentos Técnicos de Levantamento Ambiental

Art. 179. Os procedimentos técnicos de levantamento ambiental, ressalvada disposição em contrário, deverão considerar:

I a metodologia e os procedimentos de avaliação dos agentes nocivos estabelecidos pelas Normas de Higiene Ocupacional­NHO da FUNDACENTRO; II os limites de tolerância estabelecidos pela NR­15 do MTE.

§ 1º Para o agente químico benzeno, também deverão ser observados a metodologia e os procedimentos de avaliação, dispostos nas Instruções Normativas MTE/SSST n.º 1 e 2, de 20 de dezembro de 1995.

§ 2º As metodologias e procedimentos de avaliação não contemplados pelas NHO da FUNDACENTRO deverão estar definidos por órgão nacional ou internacional competente e a

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empresa deverá indicar quais as metodologias e os procedimentos adotados nas demonstrações ambientais de que trata o artigo 161.

§ 3º Deverão ser consideradas as normas referenciadas nesta Subseção, vigentes à época da avaliação ambiental.

§ 4º As metodologias e os procedimentos de avaliação que foram alterados por esta IN somente serão exigidos para as avaliações realizadas a partir de 1º de janeiro de 2004, sendo facultado à empresa a sua utilização antes desta data.

Art. 180. A exposição ocupacional a ruído dará ensejo à aposentadoria especial quando os níveis de pressão sonora estiverem acima de oitenta dB (A), noventa dB (A) ou oitenta e cinco dB (A), conforme o caso, observado o seguinte:

I ­ até 5 de março de 1997, será efetuado o enquadramento quando a exposição for superior a oitenta dB(A), devendo ser anexado o histograma ou memória de cálculos; II ­ a partir de 6 de março de 1997 e até 18 de novembro de 2003, será efetuado o enquadramento quando a exposição for superior a noventa dB(A), devendo ser anexado o histograma ou memória de cálculos; III a partir de 19 de novembro de 2003, será efetuado o enquadramento quando o NEN se situar acima de 85 (oitenta e cinco) dB (A) ou for ultrapassada a dose unitária, aplicando: a) os limites de tolerância definidos no Quadro Anexo I da NR­15 do MTE; b) as metodologias e os procedimentos definidos na NHO­01 da FUNDACENTRO, com as fórmulas ajustadas para incremento de duplicidade da dose igual a cinco; IV será considerada a adoção de Equipamento de Proteção Coletiva­EPC que elimine ou neutralize a nocividade, desde que asseguradas as condições de funcionamento do EPC ao longo do tempo, conforme especificação técnica do fabricante e respectivo plano de manutenção, estando essas devidamente registradas pela empresa; V será considerada a adoção de Equipamento de Proteção Individual­EPI que atenue a nocividade aos limites de tolerância, desde que respeitado o disposto na NR­06 do MTE e assegurada e devidamente registrada pela empresa a observância: a) da hierarquia estabelecida no item 9.3.5.4 da NR­09 do MTE (medidas de proteção coletiva, medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho e utilização de EPI, nesta ordem, admitindo­se a utilização de EPI somente em situações de inviabilidade técnica, insuficiência ou interinidade à implementação do EPC ou, ainda, em caráter complementar ou emergencial); b) das condições de funcionamento e do uso ininterrupto do EPI ao longo do tempo, conforme especificação técnica do fabricante, ajustada às condições de campo; c) do prazo de validade, conforme Certificado de Aprovação do MTE; d) da periodicidade de troca definida pelos programas ambientais, comprovada mediante recibo assinado pelo usuário em época própria; e) da higienização.

Art. 181. A exposição ocupacional a temperaturas anormais, oriundas de fontes artificiais, dará ensejo à aposentadoria especial quando: I para o agente físico calor, forem ultrapassados os limites de tolerância definidos no Anexo 3 da NR­ 15 do Ministério do Trabalho e Emprego­MTE, sendo avaliado segundo as metodologias e os procedimentos adotados pelas NHO­06 da FUNDACENTRO para períodos trabalhados a partir de 18/11/2003.

Parágrafo único. Considerando o disposto no item 2 do Quadro I do Anexo 3 da NR­15 do MTE e no art. 253 da CLT, os períodos de descanso são considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais.

Art. 182. A exposição ocupacional a radiações ionizantes dará ensejo à aposentadoria especial quando forem ultrapassados os limites de tolerância estabelecidos no Anexo 5 da NR­15 do MTE.

Parágrafo único. Quando se tratar de exposição ao raio X em serviços de radiologia, deverá ser obedecida a metodologia e os procedimentos de avaliação constantes na NHO­05 da FUNDACENTRO; para os demais casos, aqueles constantes na Resolução CNEN ­ NE­3. 01.

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Art. 183. A exposição ocupacional a vibrações localizadas ou no corpo inteiro dará ensejo à aposentadoria especial quando forem ultrapassados os limites de tolerância definidos pela Organização Internacional para Normalização ISO, em suas Normas ISO n.º 2.631 e ISSO/DIS n.º 5.349, respeitando­se as metodologias e os procedimentos de avaliação que elas autorizam.

Art. 184. A exposição ocupacional a agentes químicos e a poeiras minerais constantes do Anexo IV do RPS aprovado pelo Decreto n.º 3.048/1999, dará ensejo à aposentadoria especial, devendo considerar os limites de tolerância definidos nos Anexos 11 e 12 da NR­15 do MTE, sendo avaliada segundo as metodologias e procedimentos adotados pelas NHO­02, NHO­03, NHO­04 e NHO­07 da FUNDACENTRO.

Art. 185. A exposição ocupacional a agentes nocivos de natureza biológica infecto­contagiosa, constantes do Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto n.º 3.048/1999, dará ensejo à aposentadoria especial exclusivamente nas atividades previstas nesse Anexo.

Parágrafo único. Tratando­se de estabelecimentos de saúde, a aposentadoria especial ficará restrita aos segurados que trabalhem de modo permanente com pacientes portadores de doenças infecto­ contagiosas, segregados em áreas ou ambulatórios específicos, e aos que manuseiam exclusivamente materiais contaminados provenientes dessas áreas.

Da Evidenciação Técnica das Condições Ambientais do Trabalho

Art. 186. A partir da publicação da Instrução Normativa INSS/DC n.º 99, de 5 de setembro de 2003, para as empresas obrigadas ao cumprimento das Normas Regulamentadoras do MTE, nos termos do item 1.1 da NR­01 do MTE, o LTCAT será substituído pelos programas de prevenção PPRA, PGR e PCMAT.

§ 1º As demais empresas poderão optar pela implementação dos programas referidos no caput, em substituição ao LTCAT.

§ 2º Os documentos referidos no caput deverão ser atualizados pelo menos uma vez ao ano, quando da avaliação global, ou sempre que ocorrer qualquer alteração no ambiente de trabalho ou em sua organização, por força dos itens 9.2.1.1 da NR­09, 18.3.1.1 da NR­18 e da alínea “g” do item 22.3.7.1 e do item 22.3.7.1.3, todas do MTE.

Art. 187. As empresas desobrigadas ao cumprimento das NR do MTE, nos termos do item 1.1 da NR­ 01 do MTE, que não fizeram opção pelo disposto no § 1º do artigo anterior, deverão elaborar LTCAT, respeitada a seguinte estrutura:

I ­ reconhecimento dos fatores de riscos ambientais; II ­ estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; III ­ avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; IV especificação e implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia; V ­ monitoramento da exposição aos riscos; VI ­ registro e divulgação dos dados; VII avaliação global do seu desenvolvimento, pelo menos uma vez ao ano ou sempre que ocorrer qualquer alteração no ambiente de trabalho ou em sua organização, contemplando a realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades.

§ 1º Para o cumprimento do inciso I, deve­se contemplar:

a) a identificação do fator de risco; b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras; c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho; d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos; e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição; f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho; g) os possíveis danos à saúde, relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica;

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h) a descrição das medidas de controle já existentes.

§ 2º Quando não forem identificados fatores de riscos do inciso I, o LTCAT poderá resumir­se aos incisos I, VI e VII, declarando a ausência desses.

§ 3º O LTCAT deverá ser assinado por engenheiro de segurança do trabalho, com o respectivo número da Anotação de Responsabilidade Técnica­ART junto ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura­CREA ou por médico do trabalho, indicando os registros profissionais para ambos.

Art. 188. Considera­se o LTCAT atualizado aquele que corresponda às condições ambientais do período a que se refere, observado o disposto no § 2º do artigo 186 e inciso VII do artigo 187 desta IN.

Art. 189. São consideradas alterações no ambiente de trabalho ou em sua organização, entre outras, aquelas decorrentes de:

I mudança de layout; II ­ substituição de máquinas ou de equipamentos; III adoção ou alteração de tecnologia de proteção coletiva; IV ­ alcance dos níveis de ação estabelecidos no subitem 9.3.6 da NR­09, aprovadas pela Portaria n.º 3.214, de 1978, do MTE, se aplicável; V ­ extinção do pagamento do adicional de insalubridade.

Art. 190. Os documentos de que tratam os artigos 186 e 187 desta IN, emitidos em data anterior ou posterior ao exercício da atividade do segurado, poderão ser aceitos para garantir direito relativo ao enquadramento de tempo especial, após avaliação por parte do INSS.

Das Ações das APS

Art. 191. Caberá às APS a análise dos requerimentos de benefícios e dos pedidos de recurso e revisão, com inclusão de períodos de atividades exercidas em condições especiais, para fins de conversão de tempo de contribuição ou concessão de aposentadoria especial, com observação dos procedimentos a seguir:

I verificar o cumprimento das exigências das normas previdenciárias vigentes, no formulário para requerimento da aposentadoria especial e no LTCAT, quando exigido; II preencher o formulário “Despacho e Análise Administrativa da Atividade Especial” (DIRBEN­8247), com obrigatoriedade da indicação das informações do CNIS sobre a exposição do segurado a agentes nocivos, por período especial requerido; III encaminhar o formulário para requerimento da aposentadoria especial e o LTCAT, quando exigido, ao Serviço ou à Seção de Gerenciamento de Benefícios por Incapacidade­GBENIN, para análise técnica, somente para requerimento, revisão ou recurso relativo a enquadramento por exposição à agente nocivo; IV promover primeiramente o enquadramento, quando relativo à categoria profissional ou atividade, ainda que para o período analisado conste também exposição a agente nocivo.

§ 1º ­ Quando do não enquadramento por categoria profissional, o servidor administrativo deve registrar no processo o motivo e a fundamentação legal, de forma clara e objetiva.

§ 2º Ressalta­se que, nos casos de períodos já reconhecidos como de atividade especial, deverão ser respeitadas as orientações vigentes à época, sendo que a análise pela Perícia Médica dar­se­á nas situações em que houver períodos com agentes nocivos a serem enquadrados, por motivo de requerimento de revisão ou mesmo de recurso.

Art. 192. Observado o disposto no art. 333, quando for solicitado Certidão de Tempo de Contribuição­ CTC, com conversão do tempo de serviço prestado em condições perigosas ou insalubres, a APS deverá providenciar a análise do mérito da atividade cujo reconhecimento é pretendido como atividade especial e deixar registrado no processo se o enquadramento seria devido ou não, ainda que a CTC não seja emitida com a conversão na forma do inciso I do art. 96 da Lei n.º 8.213/91.

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Da Inspeção Médico Pericial do INSS

Art. 193. O Médico Perito da Previdência Social­MPPS, emitirá parecer técnico na avaliação dos benefícios por incapacidade e realizará análise médico­pericial dos benefícios de aposentadoria especial, proferindo despacho conclusivo no processo administrativo ou judicial que instrua concessão, revisão ou recurso dos referidos benefícios, inclusive para fins de custeio.

Art. 194. O MPPS poderá, sempre que julgar necessário, solicitar as demonstrações ambientais de que trata o art. 158 desta IN e outros documentos pertinentes à empresa responsável, bem como inspecionar o ambiente de trabalho.

§ 1º O MPPS não poderá realizar avaliação médico­pericial nem analisar qualquer das demonstrações ambientais de que trata o art. 158 desta IN, quando essas tiverem a sua participação, nos termos do art. 120 do Código de Ética Médica e do art. 12 da Resolução CFM N.º 1.488, de 11 de fevereiro de 1998.

§ 2º O campo “justificativas técnicas”, do Anexo XI desta IN, deve conter, parecer médico do Serviço/Seção de Gerenciamento de Benefícios por Incapacidade GBENIN, da Gerência­Executiva, de forma clara, objetiva e legível, a fundamentação que justifique a decisão.

§ 3º Quando da análise do EPI e níveis de pressão sonora, deve ser observado pelo GBENIN o contido no inciso V do art. 180 desta IN, solicitando à empresa a apresentação dos documentos que comprovem as condições de funcionamento, validade e certificado de aprovação do EPI, observando que:

I ­ caso a empresa não comprove todas as condições exigidas, será considerado o período, ainda que o uso de EPI atenue a nocividade aos limites de tolerância.

§ 4º Em caso de embaraço, inércia ou negativa por parte da empresa quanto à disponibilização ao MPPS da documentação mencionada no caput, o fato deverá ser comunicado à Divisão/Serviço da Secretaria da Receita Previdenciária, para providências.

Art. 195. Em análise médico­pericial, inclusive a relativa a benefício por incapacidade, além das outras providências cabíveis, o MPPS emitirá:

I Representação Administrativa­RA, ao Ministério Público do Trabalho­MPT competente e ao Serviço de Segurança e Saúde do Trabalho da Delegacia Regional do Trabalho do MTE, sempre que, em tese, ocorrer desrespeito às normas de segurança e saúde do trabalho que reduzem os riscos inerentes ao trabalho ou às normas previdenciárias relativas aos documentos LTCAT, CAT, PPP e GFIP, quando relacionadas ao gerenciamento dos riscos ocupacionais; II ­ Representação Administrativa­RA, aos Conselhos Regionais das categorias profissionais, com cópia para o MPT competente, sempre que a confrontação da MPPS, para fins de ajuizamento de ação regressiva contra os empregadores ou subempregadores, quando identificar indícios de dolo ou culpa destes, em relação aos acidentes ou às doenças ocupacionais, incluindo o gerenciamento ineficaz dos riscos ambientais, ergonômicos e mecânicos ou outras irregularidades afins.

§ 1º As representações deste artigo deverão ser remetidas por intermédio do Serviço ou Seção de Gerenciamento de Benefícios por Incapacidade­GBENIN.

§ 2º O Serviço ou Seção de Gerenciamento de Benefícios por Incapacidade deverá enviar cópia da representação de que trata este artigo à Divisão/Serviço da Secretaria da Receita Previdenciária, e à Procuradoria Federal Especializada­INSS, bem como remeter um comunicado, constante no Anexo XVIII desta IN, sobre sua emissão para o sindicato da categoria do trabalhador.

§ 3º A Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS deverá auxiliar e orientar a elaboração das representações de que trata este artigo, sempre que solicitado.

Da Perda do Direito ao Benefício

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Art. 196. A aposentadoria especial requerida e concedida a partir de 29 de abril de 1995, em virtude da exposição do trabalhador a agentes nocivos, será automaticamente cancelada pelo INSS, se o beneficiário permanecer ou retornar à atividade que enseje a concessão desse benefício, na mesma ou em outra empresa, qualquer que seja a forma de prestação de serviço ou categoria de segurado.

Parágrafo único. A cessação do benefício de que trata o caput ocorrerá da seguinte forma:

I em 14 de dezembro de 1998, data publicação da Lei n.º 9.732, de 11 de dezembro de 1998, para as aposentadorias concedidas a partir de 29 de abril de 1995 até 13 de dezembro de 1998; II a partir da data do efetivo retorno ou da permanência, para as aposentadorias concedidas a partir de 14 de dezembro de 1998.

Art. 197. Os valores indevidamente recebidos deverão ser devolvidos ao INSS, na forma dos artigos 154 e 365 do RPS.

Das Disposições Finais Transitórias

Art. 198. Os pedidos de revisão protocolados até 7 de agosto de 2003, efetuados com fundamento nas decisões proferidas na Ação Civil Pública­ACP n.º 2000.71.00.030435­2 (liminar, sentença e acórdão regional), pendentes de decisão final, devem ser analisados de acordo com os dispositivos constantes nesta IN.

§ 1º Aplica­se o disposto no caput aos processos com decisões definitivas das Juntas de Recurso da Previdência Social­JRPS ou das Câmaras de Julgamento­CaJ, cujo acórdão não contemplou os critérios da referida ACP.

§ 2º Não será permitida revisão para períodos de tempo especial reconhecidos e amparados pela legislação vigente à época, em benefícios já concedidos, salvo se identificada irregularidade.

§ 3º A revisão prevista no caput não será objeto de reforma do benefício, se ocasionar prejuízo ao segurado.

§ 4º A correção das parcelas decorrentes da revisão de que trata o caput deverá ocorrer:

I ­ a partir da data do pedido da revisão, se o segurado não tiver interposto recurso; II ­ de acordo com as normas estabelecidas para esse caso, se o benefício estiver em fase de recurso.

§ 5º Para pedidos de revisão que tenham por objeto outro elemento diverso do abrangido pela ACP referida no caput, deverão ser adotados os seguintes procedimentos:

I promover a revisão somente no que tange ao objeto da ACP e a correção das parcelas nos termos do disciplinado no caput; II após concluída a revisão referida no inciso anterior, deverá ser processada nova revisão relativa ao objeto diverso, devendo a correção obedecer aos critérios disciplinados para esse procedimento.

§ 6º Ficam convalidados os atos praticados com base nas decisões referidas no caput, disciplinados nas IN INSS/DC n.º 42, de 22 de janeiro de 2001; n.º 49, de 3 de maio de 2001; n.º 57, de 10 de outubro de 2001; n.º 78, de 16 de julho de 2002 e n.º 84, de 17 de dezembro de 2002.

PERFIL PROFISSIOGRAFICO PREVIDENCIÁRIO ­ PPP

I SEÇÃO DE DADOS ADMINISTRATIVOS 1 ­ CNPJ Domicílio Tributário CI 2 ­ Nome Empresarial 3 ­ CNAE

4 ­ Nome do Trabalhador 5 ­ BR/PDH 6 ­ NIT

7 ­ Data do Nascimento 8 ­ Sexo 9 ­ CTPS 10 ­ Data de Admissão 11 ­ Regime Revezamento

12 CAT REGISTRADA 12.1 ­ Data do Registro 12.2 ­ Número da CAT 12.1 ­ Data do Registro 12.2 ­ Número da CAT

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13 LOTAÇÃO E ATRIBUIÇÃO 13.1 Período

13.2 CNPJCI

13.3 Setor

13.4 Cargo

13.5 Função

13.6 CBO

13.7 GFIP

14 PROFISSIOGRAFIA 14.1 ­ Período 14.2 ­ Descrição das Atividades

II SEÇÃO DE REGISTROS AMBIENTAIS 15 EXPOSIÇÃO A FATORES DE RISCOS

15.1 Período

15.2 Tipo

15.3 Fator de Risco

15.4 Intens/Concentração

15.5 Técnica Utilizada

15.6 EPC Eficaz

15.7 EPI Eficaz

15.8 CA EPI

16 RESPONSÁVEL PELOS REGISTROS AMBIENTAIS 16.1 ­ Período 16.2 ­ NIT 16.3 ­ Registro Conselho de Classe 16.4 ­ Profissional Legalmente Habilitado

III SEÇÃO DE RESULTADOS DE MONITORAÇÃO BIOLÓGICA 17 EXAMES MÉDICOS CLÍNICOS E COMPLEMENTARES (Quadros I e II, da NR ­ 07)

17.1 ­ Data 17.2 ­ Tipo 17.3 ­ Natureza 17.4 ­ Exame 17.5 ­ Indicação de Resultados ********* ********* ********* ********* ********* 18 RESPONSÁVEL PELA MONITORAÇÃO BIOLÓGICA

18.1 ­ Período 18.2 ­ NIT 18.3 ­ Registro Conselho de Classe 18.4 ­ Profissional Legalmente Habilitado

IV RESPONSÁVEIS PELAS INFORMAÇÕES Declaramos, para todos os fins de direito, que as informações prestadas neste documento são verídicas e foram transcritas fielmente dos registros administrativos, das demonstrações ambientais e dos programas médicos de responsabilidade da empresa. É de nosso conhecimento que a prestação de informações falsas neste documento constitui crime de falsificação de documento público, nos termos do artigo 297 do Código Penal e, também, que tais informações são de caráter privativo do trabalhador, constituindo crime, nos termos da Lei n° 9.029/95, práticas discriminatórias decorrentes de sua exigibilidade por outrem, bem como de sua divulgação para terceiros, ressalvado quando exigida pelos órgãos públicos competentes. 19 Data Emissão PPP 20 REPRESENTANTE LEGAL DA EMPRESA

20.1 ­ 20.2 ­

____/____/____ (Carimbo)

__________________________________ (Assinatura)

OBSERVAÇÕES

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

CAMPO DESCRIÇÃO INSTRUÇÃO DE PREENCHIMENTO SEÇÃO I SEÇÃO DE DADOS ADMINISTRATIVOS

1 CNPJ do Domicílio Tributário/CEI

CNPJ relativo ao estabelecimento escolhido como domicílio tributário, nos termos do art. 127 do CTN, no formato XXXXXXXX/XXXX­XX; ou Matrícula no Cadastro Específico do INSS (Matrícula CEI) relativa à obra realizada por Contribuinte Individual ou ao estabelecimento escolhido como domicílio tributário que não possua CNPJ, no formato XX.XXX.XXXXX/XX, ambos compostos por caracteres numéricos.

2 Nome Empresarial Até 40 (quarenta) caracteres alfanuméricos.

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3 CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas da empresa, completo, com 7 (sete) caracteres numéricos, no formato XXXXXX­X, instituído pelo IBGE através da Resolução CONCLA n° 7, de 16/12/2002. A tabela de códigos CNAE­Fiscal pode ser consultada na Internet, no site www.cnae.ibge.gov.br.

4 Nome do Trabalhador Até 40 (quarenta) caracteres alfabéticos. 5 BR/PDH BR – Beneficiário Reabilitado; PDH – Portador de Deficiência Habilitado; NA – Não Aplicável.

Preencher com base no art. 93, da Lei n° 8.213, de 1991, que estabelece a obrigatoriedade do preenchimento dos cargos de empresas com 100 (cem) ou mais empregados com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção: I ­ até 200 empregados....................................................................2%; II ­ de 201 a 500...............................................................................3%; III ­ de 501 a 1.000...........................................................................4%; IV ­ de 1.001 em diante. ..................................................................5%.

6 NIT Número de Identificação do Trabalhador com 11 (onze) caracteres numéricos, no formato XXX.XXXXX.XX­X. O NIT corresponde ao número do PIS/PASEP/CI sendo que, no caso de Contribuinte Individual (CI), pode ser utilizado o número de inscrição no Sistema Único de Saúde (SUS) ou na Previdência Social.

7 Data do Nascimento No formato DD/MM/AAAA. 8 Sexo (F/M) F – Feminino; M – Masculino. 9 CTPS (N.º, Série e UF) Número, com 7 (sete) caracteres numéricos, Série, com 5 (cinco) caracteres numéricos e UF, com

2 (dois) caracteres alfabéticos, da Carteira de Trabalho e Previdência Social. 10 Data de Admissão No formato DD/MM/AAAA. 11 Regime de Revezamento Regime de Revezamento de trabalho, para trabalhos em turnos ou escala, especificando tempo

trabalhado e tempo de descanso, com até 15 (quinze) caracteres alfanuméricos. Exemplo: 24 x 72 horas; 14 x 21 dias; 2 x 1 meses. Se inexistente, preencher com NA – Não Aplicável.

12 CAT REGISTRADA Informações sobre as Comunicações de Acidente do Trabalho registradas pela empresa na Previdência Social, nos termos do art. 22 da Lei n° 8.213, de 1991, do art. 169 da CLT, do art. 336 do RPS, aprovado pelo Dec. n° 3.048, de 1999, do item 7.4.8, alínea “a” da NR­07 do MTE e dos itens 4.3.1 e 6.1.2 do Anexo 13­A da NR­15 do MTE, disciplinado pela Portaria MPAS n° 5.051, de 1999, que aprova o Manual de Instruções para Preenchimento da CAT.

12.1 Data do Registro No formato DD/MM/AAAA. 12.2 Número da CAT Com 13 (treze) caracteres numéricos, com formato XXXXXXXXXX­X/XX.

Os dois últimos caracteres correspondem a um número seqüencial relativo ao mesmo acidente, identificado por NIT, CNPJ e data do acidente.

13 LOTAÇÃO E ATRIBUIÇÃO

Informações sobre o histórico de lotação e atribuições do trabalhador, por período. A alteração de qualquer um dos campos ­ 13.2 a 13.7 ­ implica, obrigatoriamente, a criação de nova linha, com discriminação do período, repetindo as informações que não foram alteradas.

13.1 Período Data de início e data de fim do período, ambas no formato DD/MM/AAAA. No caso de trabalhador ativo, a data de fim do último período não deverá ser preenchida.

13.2 CNPJ/CEI Local onde efetivamente o trabalhador exerce suas atividades. Deverá ser informado o CNPJ do estabelecimento de lotação do trabalhador ou da empresa tomadora de serviços, no formato XXXXXXXX/XXXX­XX; ou Matrícula CEI da obra ou do estabelecimento que não possua CNPJ, no formato XX.XXX.XXXXX/XX, ambos compostos por caracteres numéricos.

13.3 Setor Lugar administrativo na estrutura organizacional da empresa, onde o trabalhador exerce suas atividades laborais, com até 15 (quinze) caracteres alfanuméricos.

13.4 Cargo Cargo do trabalhador, constante na CTPS, se empregado ou trabalhador avulso, ou constante no Recibo de Produção e Livro de Matrícula, se cooperado, com até 30 (trinta) caracteres alfanuméricos.

13.5 Função Lugar administrativo na estrutura organizacional da empresa, onde o trabalhador tenha atribuição de comando, chefia, coordenação, supervisão ou gerência. Quando inexistente a função, preencher com NA – Não Aplicável, com até 30 (trinta) caracteres alfanuméricos.

13.6 CBO Classificação Brasileira de Ocupação vigente à época, com 6 (seis) caracteres numéricos: 1­ No caso de utilização da tabela CBO relativa a 1994, utilizar a CBO completa com 5 (cinco) caracteres, completando com “0” (zero) a primeira posição; 2­ No caso de utilização da tabela CBO relativa a 2002, utilizar a CBO completa com 6 (seis) caracteres. Alternativamente, pode ser utilizada a CBO, com 5 (cinco) caracteres numéricos, conforme Manual da GFIP para usuários do SEFIP, publicado por Instrução Normativa da Diretoria Colegiada do INSS: 1­ No caso de utilização da tabela CBO relativa a 1994, utilizar a CBO completa com 5 (cinco) caracteres; 2­ No caso de utilização da tabela CBO relativa a 2002, utilizar a família do CBO com 4 (quatro) caracteres, completando com “0” (zero) a primeira posição. A tabela de CBO pode ser consultada na Internet, no site www.mtecbo.gov.br. OBS: Após a alteração da GFIP, somente será aceita a CBO completa, com 6 (seis) caracteres numéricos, conforme a nova tabela CBO relativa a 2002.

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13.7 Código Ocorrência da GFIP Código Ocorrência da GFIP para o trabalhador, com 2 (dois) caracteres numéricos, conforme Manual da GFIP para usuários do SEFIP, publicado por Instrução Normativa da Diretoria Colegiada do INSS.

14 PROFISSIOGRAFIA Informações sobre a profissiografia do trabalhador, por período. A alteração do campo 14.2 implica, obrigatoriamente, a criação de nova linha, com discriminação do período.

14.1 Período Data de início e data de fim do período, ambas no formato DD/MM/AAAA. No caso de trabalhador ativo, a data de fim do último período não deverá ser preenchida.

14.2 Descrição das Atividades Descrição das atividades, físicas ou mentais, realizadas pelo trabalhador, por força do poder de comando a que se submete, com até 400 (quatrocentos) caracteres alfanuméricos. As atividades deverão ser descritas com exatidão, e de forma sucinta, com a utilização de verbos no infinitivo impessoal.

SEÇÃO II SEÇÃO DE REGISTROS AMBIENTAIS 15 EXPOSIÇÃO A FATORES

DE RISCOS Informações sobre a exposição do trabalhador a fatores de riscos ambientais, por período, ainda que estejam neutralizados, atenuados ou exista proteção eficaz. Facultativamente, também poderão ser indicados os fatores de riscos ergonômicos e mecânicos. A alteração de qualquer um dos campos ­ 15.2 a 15.8 ­ implica, obrigatoriamente, a criação de nova linha, com discriminação do período, repetindo as informações que não foram alteradas. OBS.: Após a implantação da migração dos dados do PPP em meio magnético pela Previdência Social, as informações relativas aos fatores de riscos ergonômicos e mecânicos passarão a ser obrigatórias.

15.1 Período Data de início e data de fim do período, ambas no formato DD/MM/AAAA. No caso de trabalhador ativo, a data de fim do último período não deverá ser preenchida.

15.2 Tipo F – Físico; Q – Químico; B – Biológico; E – Ergonômico/Psicossocial, M – Mecânico/de Acidente, conforme classificação adotada pelo Ministério da Saúde, em “Doenças Relacionadas ao Trabalho: Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde”, de 2001. A indicação do Tipo “E” e “M” é facultativa. O que determina a associação de agentes é a superposição de períodos com fatores de risco diferentes.

15.3 Fator de Risco Descrição do fator de risco, com até 40 (quarenta) caracteres alfanuméricos. Em se tratando do Tipo “Q”, deverá ser informado o nome da substância ativa, não sendo aceitas citações de nomes comerciais.

15.4 Intensidade / Concentração Intensidade ou Concentração, dependendo do tipo de agente, com até 15 (quinze) caracteres alfanuméricos. Caso o fator de risco não seja passível de mensuração, preencher com NA – Não Aplicável.

15.5 Técnica Utilizada Técnica utilizada para apuração do item 15.4, com até 40 (quarenta) caracteres alfanuméricos. Caso o fator de risco não seja passível de mensuração, preencher com NA – Não Aplicável.

15.6 EPC Eficaz (S/N) S – Sim; N – Não, considerando se houve ou não a eliminação ou a neutralização, com base no informado nos itens 15.2 a 15.5, assegurada as condições de funcionamento do EPC ao longo do tempo, conforme especificação técnica do fabricante e respectivo plano de manutenção.

15.7 EPI Eficaz (S/N) S – Sim; N – Não, considerando se houve ou não a atenuação, com base no informado nos itens 15.2 a 15.5, observado o disposto na NR­06 do MTE, assegurada a observância: 1­ da hierarquia estabelecida no item 9.3.5.4 da NR­09 do MTE (medidas de proteção coletiva, medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho e utilização de EPI, nesta ordem, admitindo­se a utilização de EPI somente em situações de inviabilidade técnica, insuficiência ou interinidade à implementação do EPC, ou ainda em caráter complementar ou emergencial); 2­ das condições de funcionamento do EPI ao longo do tempo, conforme especificação técnica do fabricante ajustada às condições de campo; 3­ do prazo de validade, conforme Certificado de Aprovação do MTE; 4­ da periodicidade de troca definida pelos programas ambientais, devendo esta ser comprovada mediante recibo; e 5­ dos meios de higienização.

15.8 C.A. EPI Número do Certificado de Aprovação do MTE para o Equipamento de Proteção Individual referido no campo 154.7, com 5 (cinco) caracteres numéricos. Caso não seja utilizado EPI, preencher com NA – Não Aplicável.

16 RESPONSÁVEL PELOS REGISTROS AMBIENTAIS

Informações sobre os responsáveis pelos registros ambientais, por período.

16.1 Período Data de início e data de fim do período, ambas no formato DD/MM/AAAA. No caso de trabalhador ativo sem alteração do responsável, a data de fim do último período não deverá ser preenchida.

16.2 NIT Número de Identificação do Trabalhador com 11 (onze) caracteres numéricos, no formato XXX.XXXXX.XX­X. O NIT corresponde ao número do PIS/PASEP/CI sendo que, no caso de Contribuinte Individual (CI), pode ser utilizado o número de inscrição no Sistema Único de Saúde (SUS) ou na Previdência Social.

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16.3 Registro Conselho de Classe Número do registro profissional no Conselho de Classe, com 9 (nove) caracteres alfanuméricos, no formato XXXXXX­X/XX ou XXXXXXX/XX. A parte “­X” corresponde à D – Definitivo ou P – Provisório. A parte “/XX” deve ser preenchida com a UF, com 2 (dois) caracteres alfabéticos. A parte numérica deverá ser completada com zeros à esquerda.

16.4 Nome do Profissional Legalmente Habilitado

Até 40 (quarenta) caracteres alfabéticos.

SEÇÃO III SEÇÃO DE RESULTADOS DE MONITORAÇÃO BIOLÓGICA 17 EXAMES MÉDICOS

CLÍNICOS E COMPLEMENTARES

Informações sobre os exames médicos obrigatórios, clínicos e complementares, realizados para o trabalhador, constantes nos Quadros I e II, da NR­07 do MTE.

17.1 Data No formato DD/MM/AAAA. 17.2 Tipo A – Admissional; P – Periódico; R – Retorno ao Trabalho; M – Mudança de Função; D –

Demissional. 17.3 Natureza Natureza do exame realizado, com até 50 (cinqüenta) caracteres alfanuméricos.

No caso dos exames relacionados no Quadro I da NR­07, do MTE, deverá ser especificada a análise realizada, além do material biológico coletado.

17.4 Exame (R/S) R – Referencial; S – Seqüencial. 17.5 Indicação de Resultados Preencher Normal ou Alterado. Só deve ser preenchido Estável ou Agravamento no caso de

Alterado em exame Seqüencial. Só deve ser preenchido Ocupacional ou Não Ocupacional no caso de Agravamento. OBS: No caso de Natureza do Exame “Audiometria”, a alteração unilateral poderá ser classificada como ocupacional, apesar de a maioria das alterações ocupacionais serem constatadas bilateralmente.

18 RESPONSÁVEL PELA MONITORAÇÃO BIOLÓGICA

Informações sobre os responsáveis pela monitoração biológica, por período.

18.1 Período Data de início e data de fim do período, ambas no formato DD/MM/AAAA. No caso de trabalhador ativo sem alteração do responsável, a data de fim do último período não deverá ser preenchida.

18.2 NIT Número de Identificação do Trabalhador com 11 (onze) caracteres numéricos, no formato XXX.XXXXX.XX­X. O NIT corresponde ao número do PIS/PASEP/CI sendo que, no caso de Contribuinte Individual (CI), pode ser utilizado o número de inscrição no Sistema Único de Saúde (SUS) ou na Previdência Social.

18.3 Registro Conselho de Classe Número do registro profissional no Conselho de Classe, com 9 (nove) caracteres alfanuméricos, no formato XXXXXX­X/XX ou XXXXXXX/XX. A parte “­X” corresponde à D – Definitivo ou P – Provisório. A parte “/XX” deve ser preenchida com a UF, com 2 (dois) caracteres alfabéticos. A parte numérica deverá ser completada com zeros à esquerda.

18.4 Nome do Profissional Legalmente Habilitado

Até 40 (quarenta) caracteres alfabéticos.

SEÇÃO IV RESPONSÁVEIS PELAS INFORMAÇÕES 19 Data de Emissão do PPP Data em que o PPP é impresso e assinado pelos responsáveis, no formato DD/MM/AAAA. 20 REPRESENTANTE

LEGAL DA EMPRESA Informações sobre o Representante Legal da empresa, com poderes específicos outorgados por procuração.

20.1 NIT Número de Identificação do Trabalhador com 11 (onze) caracteres numéricos, no formato XXX.XXXXX.XX­X. O NIT corresponde ao número do PIS/PASEP/CI sendo que, no caso de contribuinte individual (CI), pode ser utilizado o número de inscrição no Sistema Único de Saúde (SUS) ou na Previdência Social.

20.2 Nome Até 40 caracteres alfabéticos. Carimbo e Assinatura Carimbo da Empresa e Assinatura do Representante Legal. OBSERVAÇÕES Devem ser incluídas neste campo, informações necessárias à análise do PPP, bem como facilitadoras do requerimento do benefício, como por exemplo, esclarecimento sobre alteração de razão social da empresa, no caso de sucessora ou indicador de empresa pertencente a grupo econômico.

OBS: É facultada a inclusão de informações complementar es ou adicionais ao PPP.

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ANEXO XI INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 11/INSSPRES, DE 20 DE SETEMBRO DE 2006.

ANÁLISE E DECISÃO TÉCNICA DE ATIVIDADE ESPECIAL NOME DO SEGURADO: NB/Nº DO PROCESSO:

Procedemos analise na documentação encaminhada ao Serviço/Seção de Gerenciamento de Benefício por Incapacidade ­GBENIN visando a concluir e informar se no(s) período(s) trabalhado(s), o segurado esteve efetivamente exposto aos agentes químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes nocivos, onde descrevemos: Relatório Conclusivo (justificativas técnicas/fundamentação legal)

REGISTRO DE EXIGÊNCIAS:

PERÍODO ENQUADRADO: EMPRESA PERÍODO AGENTE

NOCIVO CÓDIGO ANEXO

FLS. OBS

1 ­ 2 ­ 3 ­

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ANÁLISE E DECISÃO TÉCNICA DE ATIVIDADE ESPECIAL CONCLUSÃO

De acordo com o conteúdo dos documentos apresentados e dá análise técnica realizada, concluí­se quanto a exposição do trabalhador de modo habitual e permanente a agentes nocivos nos períodos citados: ( ) Esteve exposto ( ) O Perfil Profissiográfico Previdenciário­PPP e/ou o Laudo Técnico e/ou documento equivalente analisado, contém elementos para comprovação da efetiva exposição aos agentes nocivos contemplados na legislação.

PERÍODO NÃO ENQUADRADO EMPRESA PERÍODO AGENTE

NOCIVO FLS. OBS

1 ­ 2 ­ 3 ­

CONCLUSÃO De acordo com o conteúdo dos documentos apresentados e dá análise técnica realizada, concluí­se quanto a exposição do trabalhador de modo habitual e permanente a agentes nocivos nos períodos citados: ( ) Não esteve exposto ( ) O Perfil Profissiográfico Previdenciário­PPP e/ou o Laudo Técnico e/ou documento equivalente analisado, NÃO contém elementos para comprovação da efetiva exposição aos agentes nocivos contemplados na legislação. Encaminhe­se à Unidade de Origem.

_____________________________________________ LOCAL E DATA

___________________________ ASSINATURA/CARIMBO DO MÉDICO­

PERITO

DIRBEN­8248