Trabalhando com arquivos pós-processado de GPS Li+L2. Programa EZSURV

-Procedimentos escritório:

1. Primeiro passo é configurar o programa EZSurv e as antenas dos aparelhos utilizados.

Abra o programa EZSurv Post Processor. Vá ao menu FERRAMENTAS/OPÇÕES, na caixa que abrirá va na guia GERAL e

marque todas as opções. Na guia PLANO, marque todas as opções, em ALTURA DO SIMBOLO, deixa em

30pixel. Guia TEMPO, coloca HORA LOCAL. Em COMPENSAR GPS-UTC 13 SEGUNDOS. Agora a parte mais importante e principal da configuração, as antenas: Nessa

parte é preciso estar com as antenas que serão usadas para poder ler e configurar os parâmetros. Para os GTR-a e GTR-1, usei as configurações de raio e constante de cada antena, dando o nome individualmente. Na hora de descarregar os dados do coletor para o PC, deve-se ter especial atenção na antena que foi usada em cada coletor. Aconselho a fazer uma marca no coletor e na antena, para não confundir. Clique em NOVO, dê um nome pra cada antena configurada. Depois na caixa MODELO DE ANTENA, selecione a antena criada e vá nas caixas com o campo pra RAIO e CONST e preencha conforme o modelo.GTR-1 A = Raio(R) 0.057 ; Const. (K) 0.061 Unidade METROS.GTR-1 R = Raio(R) 0.036 ; Const. (K) 0.062 Unidade METROS.GTR-A ou Base = Raio(R) 0.057 ; Const. (K) 0.207 Unidade METROS.

Guia COMBINAÇÕES, marque todas as caixas e deixe tudo com 1 Minutos. Distância Máxima para Base, pode colocar um valor que achar necessário, eu deixei em 100km, não é recomendado usar valores maiores que 200km.

Guia Geoide, precisa baixar um arquivo próprio, ou do IBGE ou de algum site conhecido. O arquivo é extensão. BIN. Clique em Adicionar e vá no local onde salvou o arquivo de GEÓIDE. (MapGeo.bin)

Guia ARQUIVOS DE DADOS: Configuração Padrão do Movel: Essa parte depende do trabalho que se vai realizar com os GPS, no caso o padrão é ficar ARQUIVO NÃO CONTÉM MARCO = Móvel;ARQUIVO CONTÉM UM MARCO = ESTÁTICO;ARQUIVO CONTÉM MAIS DE UM MARCO = MÓVEL. Porém no trabalho de cadastro de marcos, podemos ter um arquivo com mais de uma observação sendo que foi pelo fato do aparelho ter dado algum erro e ser necessário se desligar e ligar novamente ou pelo fato do aparelho ter sido desligado e novamente feito nova leitura. Além disso, todos os dados serão usados como estático, mesmo que não se tenha criado um marco no momento da observação, isso usando o GTR-1. No momento do cálculo, pode ser criado um marco dentro do tempo de observação de um único arquivo.

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Guia LIMITES. Marcar a opção ATIVAR validação da distancia.... Em Limite de Distancia colocar 10 metros; Tolerância dos vetores comuns, deixa o valor de 0.020 metros. RELATIVO deixa em 2 ppm (SERIA UMA PRECISÃO DE 2CM POR 100KM) Como estamos com as base a no máximo 5 km, estamos falando numa precisão milimétrica.

As Guias BASE e INTERNET, não iremos mexer nas configurações. Guia REDE. Deixe desmarcada a opção AJUSTAR A REDE AUTOMATICAMENTE

APÓS PROCESSAMENTO AUTOMÁTICO. TIPO DE AJUSTAMENTO Deixe em Estações fixas. CONFIANÇA, deixa em 68%, TIPO DE REGISTRO SEGURA 2D+1D. SEÇÕES DE SUMARIO, deixa tudo marcado. ELIPSES NA PLANTA deixa tudo marcado e ESCALA DOS ELIPSES, 1:1. VALIDAÇÃO DE VETORES, deixa desmarcado. Feche a caixa e terminado essa parte.

No menu EDITAR/SISTEMAS DE COORDENADAS, clique em adicionar e procure UTM – Universal Transverse Marcator, depois dentro da caixa CONFIGURAÇÃO UTM, VÁ EM PARÂMETROS DE PROJEÇÃO E COLOCA UTM, SELECIONA AUTO, SE FOR NECESSÁRIO MUDAR ESSES DADOS, COLOCA EM ZONA, seleciona o fuso, no nosso caso 23 ou 24 e coloca HEMISFÉRIO SUL. EM DATUM, DATUM SELECIONADO, coloca o SAD69. UNIDADES DE PROJEÇÃO É EM METROS. (JÁ ESTÁ CRIADO DOIS SISTEMAS, O FUSO 23 E FUSO 24. ATENTAR PARA MUDAR QUANDO CALCULAR OS DADOS NO FUSO CORRESPONDENTE. Clica em Confirmar e terminamos esses parâmetros

Vamos agora para o menu EDITAR/PARÂMETROS DE PROCESSAMENTO... Na guia BÁSICO, PARÂMETROS BÁSICOS, coloca o valor 10, em corte de

elevação. Em GERAÇÃO DE RESÍDUOS, marcar Gerar resíduos da Linha Base- (são os marcos usados no cálculo. O programa vai usar a posição e os dados de observação de cada um e de todos juntos para melhorar a precisão. GERAR RESÍDUOS DA TRAJETÓRIA pode ficar desmarcado, pois não estamos coletando dados móveis, fazendo Stop and Go, então não existirá trajetória.

Na guia AVANÇANDO, PARÂMETROS DE PROCESSAMENTO, use Geometria de corte PDOP VALOR 10. NUM. SAT de Corte 4, SOLUÇÃO DIFERENCIAL, AUTOMATICO, SESSÕES ESTÁTICAS, marque a opção MARCO. Marque a opção : Computar Marco de Trajetória e ponto médio. Em CATEGORIA, escolha DESVIO PADRÃO: PSEUDO-DISTANCIA 5.000. L1 0.0100. CLIQUE OK.

IMPORTANTE:

Lembrar sempre de colocar a mesma antena conectada no mesmo coletor sempre, para evitar confusão e erros nos cálculos.

Muito importante cadastrar a altura da antena de cada GPS, bem como o nome do ponto ou marco, ex,: AUX 01, AUX02 etc.

Utilizar uma planilha própria para lembrar sempre de anotar os dados necessários para fazer os levantamentos em campo.

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2- Descarregar e calcular os dados do coletor GPS

Muito importante descarregar cada coletor GPS numa pasta separada com o nome da antena, para não ter erros na hora de configurar a antena com o arquivo descarregado. Junte as pastas dentro de outra pasta com o nome do Marco calculado, ou data da operação; sempre bom ter essa organização.

Em primeiro lugar os serviços de campo devem ter seguido todo um procedimento para instalação dos GPS, tempo mínimo de 2 a 3 horas, além de partir de um ou dois marcos conhecidos. O ideal é partir com dois GPS em marcos conhecidos e instalar em um marco que se quer cadastrar. Pegar Marcos do IBGE, lembrar de usar a ALTURA ORTOMÉTRICA.

Qualquer GPS trabalha dessa forma, necessitando de um marco conhecido para estacionar um aparelho, sem isso a precisão fica em 1 metro de erro. Com marco pode chegar a menos 0.5cm de erro para distancias de até 20km(precisão horizontal, vertical é 1,5 vezes a horizontal).

Calculando os dados:

Abra o software Ezsurv post processor: Vá em ARQUIVOS/ARQUIVOS DE DADOS, na caixa que se abriu, uma janela chamada GERENCIAR OBSERVAÇÕES E ORBITAS, vá em IMPORTAR, vai abrir uma janela onde iremos procurar os arquivos onde calcularemos os arquivos GPS. ATENÇÃO: NESSE MOMENTO VAMOS TER A PRIMEIRA OPÇÃO DE SELECIONAR O MODELO DE ANTENA, ISSO É FUNDAMENTAL PARA O CORRETO PROCEDIMENTO DE CÁLCULO. É IMPORTANTE TER ATENÇÃO NESSA PARTE.

Vamos começar pelo arquivo da estação que é a base. Vá no diretório onde descarregou os dados do GPS específico da base. Nesse momento depois que importar os arquivos de base e móvel, ou no caso os arquivos de base. Vá na caixa de rolagem TIPO DE DADOS NO escolha BASE. O Base será aquele GPS que ficou estacionado numa coordenada conhecida, que depois iremos editar as mesmas e colocar as coordenadas reais. Continue importando todos os dados dos GPS usados dentro daquele período para o cálculo.

Determinar as coordenadas do ponto estático da Base. Ir ao menu EDITAR/MARCO. Na barra de rolagem selecionar o nome do arquivo que é o base e, se quiser é possível renomear, ex.: AUX01. Na guia INFORMAÇÕES DO MARCO, OPÇÕES DE PROCESSAMENTO DE MARCO, marque a opção USAR COMO COORDENADA DE REFERENCIA. Confirme se o sistema de coordenadas é o mesmo que configuramos no início, EX.: UTM F 23. Nesse momento entramos com as coordenadas conhecidas do ponto Base. Nesse momento deve se ter a máxima atenção, se a coordenada é base de outra calculada, melhor usar a opção copiar e colar(Ctrl+C Ctrl+V).

OBS.:Caso se trabalhe sem essa coordenada conhecida, deve-se marcar a opção CALCULAR A MÉDIA DA POSIÇÃO DO MARCO. Que não é nosso caso, até porque queremos coord precisas.

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Verificar se na opção ONDULAÇÃO DO MARCO, estamos com o arquivo que foi enviado, aquele que podemos conseguir junto ao IBGE, GEOID (Map Geo.bin). Nesse momento vamos conferir se a altura da antena está correta, iremos fazer isso nos outros arquivos, para ter certeza que foi inserido os dados correto. Pega o croqui com as anotações de campo, para confirmar cada arquivo com a sua respectiva antena bem como a altura delas em campo.

Na guia OCUPAÇÕES, podemos ver a data e hora das medições, na parte de Medidas da Antena, é o último momento para corrigir a antena usada para o respectivo arquivo, vai no item INCLINAÇÃO, e digita a altura da antena(em metros). Na parte superior, onde se vê o nome MARCO, na barra de rolagem existe a opção de mudar para os outros arquivos importados para o cálculo. Pode-se selecionar outro arquivo, e corrigir o modelo da antena e altura. Da mesma forma que na guia anterior, INFORMAÇÃO DO MARCO, é possível checar se o sistema de coordenadas está correto e o geiod selecionado.

No início é bom perder tempo pra checar todos esses itens, para não errar por bobagem. Vale à pena checar essas informações novamente, pois o próximo passo agora é automático, é o calculo. Se o Ezsurv foi bem configurado, cada passo desde o momento de descarregar estiver sendo feito com atenção, nessa parte não se tem muito o que corrigir, apenas verificar. Clique em OK para fechar a caixa e confirmar todas as mudanças.

Para processar os dados, ir no ícone com uma bandeira quadriculada ou teclar CTRL +F9 ao mesmo tempo. Uma janela vai se abrir informando o que está sendo calculado. Quando acabar, uma janela vai se abrir e informar que o processo foi bem sucedido. Clique em OK, e depois aparece a janela Sumario de Processo. No relatório de processamento são informados o tipo de solução, o RMS e a precisão das coordenadas em cada eixo cartesiano

Vamos ler várias informações nessa janela, algumas são muito importantes para saber se teremos uma coordenada precisa ou não. Provavelmente vai estar tudo 100%.

3- Analisar os resultados do cálculo – Muito importante isso.

Olhando nessa primeira janela podemos ver que o ESTADO de todos os marcos calculados devem estar como SUCESSO.

SOLUÇÃO: Existem 3 respostas previstas para essa informação que mostra a precisão do cálculo, pois um processamento pode estar PRECISO, mas deslocado; ou pode estar PRECISO GEOREFERENCIADO.

1- Solução Fixada: essa é a melhor opção, estamos atrás desse resultado.2- Solução Flutuante: não é ruim, mas podemos estar com até 50 cm de precisão.3- Solução Pseudo-range: estouro. A precisão está em torno de 1 metro. Houve algum

problema no levantamento ou erro em algum parâmetro de configuração de antena etc.

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Vale a pena refazer o calculo, para ver se erramos ao digitar alguma coordenada ou erramos na informação da antena. Se voltar a esse erro, então o levantamento está condenado. Deve ser feito um novo levantamento de campo e analisar fatores externos (proximidade com interferência, rede elétrica, lagos, tempo com muitas nuvens etc. ).

Vale a pena olhar o RMS, estando entre 0.003 e 0.009 está muito bom, excelente. Acima desses valores, estando na média em torno de 0.023, estamos com coordenadas muito precisas.

RDOP indica a geometria dos satélites. Se a geometria estiver boa, com satélites observados em pontos opostos, num ângulo bom e o sinal chegou bem, então o RDOP deve ficar abaixo de 0.05, passando de 0.07 até 0.09 o resultado pode estar preciso, mas a geometria não era favorável (tivemos sorte por eu deixar o GPS 3 horas no ponto). Passando de 0.10 a geometria era muito ruins e os dados não são confiáveis.

Existem muitas outras opções e configurações. Muitas vezes um trabalho que não ficou muito preciso, eliminando alguns satélites que não ajudaram no cálculo e provavelmente somaram no processo para uma solução ruim, podem ser eliminados com uma análise mais criteriosa, que não vou entrar em detalhes aqui pois é mais difícil explicar.

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