Manual Convenio

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APRESENTAO

Aps a seleo dos projetos culturais dos Pontos de Cultura, o MinC trabalha para formalizar a parceria entre o Governo Federal e outras entidades da sociedade civil ou governamental. No MinC, a formalizao de parcerias acontece por convnios. Porm, antes de realizar esses convnios, o MinC obrigado a exigir da entidade uma srie de documentos que comprovem que esta confivel e cumpre seus compromissos. O presente roteiro bsico de Convnios tem por finalidade estabelecer e ordenar os procedimentos a serem seguidos pela SCC. PRINCIPAIS CONCEITOS SOBRE CONVNIO

Descentralizao de Recursos Federais

A descentralizao ocorre quando o Governo Federal, por meio de seus rgos ou entidades, visando melhor gesto de seus programas de governo, transfere recursos alocados a programas de trabalho aprovados na Lei Oramentria para entidades pblicas ou privadas com o propsito de realizar aes pblicas de interesse comum. De acordo com a Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO), os recursos da Unio podem ser descentralizados por meio de celebrao de convnio ou outros instrumentos congneres, a rgos e/ou entidades da administrao pblica direta ou indireta dos governos estaduais, municipais ou do Distrito Federal, e as entidades privadas (atuando no plo convenente). Quando a descentralizao ocorrer entre entes da Unio, no h a necessidade de celebrao de convnio. A transferncia de recursos, neste caso, se dar, por meio de nota de crdito oramentrio. Convnios

So acordos firmados por entes da unio com rgos e/ou entidades da administrao direta ou indireta dos governos estaduais, municipais ou do Distrito Federal, e as entidades privadas (atuando no plo convenente), para realizao de objetivos de interesse comum dos partcipes. Por sua vez, o rgo federal chamado de concedente (ou repassador), ou seja, quem concede (ou repassa) o recurso, enquanto a secretaria estadual, rgo municipal ou instituio privada denominado convenente (ou beneficiado), visto que recebe o recurso. Os termos de Convnio so elaborados pelo concedente e enviados ao convenente para assinatura e posterior publicao no Dirio Oficial da Unio. Concedente

A Unio, por intermdio do Ministrio da Cultura MinC, responsvel pela transferncia dos recursos financeiros de descentralizao dos crditos oramentrios destinados execuo do objeto do convnio. Convenente

Estados, Municpios ou Distrito Federal, com o qual o concedente pactua a execuo de programa, projeto/atividade ou evento mediante a celebrao de convnio.

Contrapartida

a parcela de recursos financeiros prprios que os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, bem como as entidades privadas devem aplicar na execuo do objeto do convnio, podendo ser atendida por meio de recursos financeiros, de bens ou de servios, desde que economicamente mensurveis, devendo ser estabelecida de modo compatvel com a capacidade financeira da respectiva unidade beneficiada, em conformidade com os percentuais fixados na Lei de Diretrizes Oramentrias para o exerccio. Em se tratando de entidades privadas o valor da contrapartida decorrer de negociao entre as partes no podendo ser inferior ao mnimo estabelecido na LDO para Estados, Distrito Federal e municpios.

PRINCIPAIS NORMAS A SEREM OBSERVADAS NA CELEBRAO DE CONVNIOS

Decreto n 6.170/2007

Este o diploma que inicia uma nova fase para os convnios e cotnratos de repasse. O Decreto estabelece as normas gerais relativas s transferncias voluntrias de recursos da Unio mediante convnios e contratos de repasse, e d outras providncias. Portaria Interministerial MP/MF/MCT N 127/2008

Esta Portaria regula os convnios, os contratos de repasse e os termos de cooperao celebrados pelos rgos e entidades da Administrao Pblica Federal com rgos ou entidades pblicas ou privadas sem fins lucrativos para a execuo de programas, projetos e atividades de interesse recproco que envolvam a transferncia de recursos financeiros oriundos do Oramento Fiscal e da Seguridade Social da Unio. Hoje o principal ato normativo para as transferncias voluntrias a serem realizadas pela Unio. onde se encontra regulada grande parte das questes formais e operacionais em torno dos convnios e contratos de repasse. Alm do Decreto n 6.170/2007 e da Portaria Interministerial n 127/2008, outras normas importantes no emprego das transferncias voluntrias devem ser observadas, que dizem respeito atuao da Administrao Pblica, contratao de servios e compra de bens, transferncia de recursos, entre outras. Constituio Federal

especialmente importante o artigo 241, a partir da redao estabelecida pela Emenda Constitucional n 19/98, que faz aluso aos convnios como instrumentos destinados transferncia de encargos, servios, pessoal e bens essenciais continuidade dos servios transferidos. Art. 241 A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios disciplinaro por meio de lei os consrcios pblicos e os convnios de cooperao entre os entes federados, autorizando a gesto associada de servios pblicos, bem como a transferncia total ou parcial de encargos, servios, pessoal e bens essenciais continuidade dos servios transferidos.

Lei Complementar n 101/2000

A denominada Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) traz um captulo especfico sobre as transferncias voluntrias. O artigo 25 e condiciona as transferncias voluntrias existncia de dotao especfica, e os seguintes aspectos: Art. 25 - Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferncia voluntria a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federao, a ttulo de cooperao, auxlio ou assistncia financeira, que no decorra de determinao constitucional, legal ou os destinados ao Sistema nico de Sade. 1o So exigncias para a realizao de transferncia voluntria, alm das estabelecidas na lei de diretrizes oramentrias: I - existncia de dotao especfica; II - (VETADO) III - observncia do disposto no inciso X do art. 167 da Constituio; IV - comprovao, por parte do beneficirio, de: a) que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, emprstimos e financiamentos devidos ao ente transferidor, bem como quanto prestao de contas de recursos anteriormente dele recebidos; b) cumprimento dos limites constitucionais relativos educao e sade; c) observncia dos limites das dvidas consolidada e mobiliria, de operaes de crdito, inclusive por antecipao de receita, de inscrio em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal; d) previso oramentria de contrapartida. 2o vedada a utilizao de recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada. 3o Para fins da aplicao das sanes de suspenso de transferncias voluntrias constantes desta Lei Complementar, excetuam-se aquelas relativas a aes de educao, sade e assistncia social. Lei Oramentria Anual (LOA)

Contempla a previso de receita e a autorizao de despesas para cada exerccio fiscal, que corresponde ao ano civil. , portanto, um plano geral de alocao dos recursos pblicos para cada ano, identificando as aes a realizar com a finalidade de atender s demandas da comunidade, bem como definindo-se os montantes que sero disponibilizados para cada demanda. A divulgao dos programas elaborados pelos rgos e entidades da Administrao Pblica Federal deve ser realizada at 60 (sessenta) dias aps a sano da LOA (22.12). Lei Federal n 8.666/93

A denominada Lei de Licitaes e Contratos da Administrao Pblica contm, em seu artigo 116, normas sobre a celebrao de convnios a saber: Art. 116. Aplicam-se as disposies desta Lei, no que couber, aos convnios, acordos, ajustes e outros instrumentos congneres celebrados por rgos e entidades da Administrao. 1o A celebrao de convnio, acordo ou ajuste pelos rgos ou entidades da Administrao Pblica depende de prvia aprovao de competente plano de trabalho proposto pela organizao interessada, o qual dever conter, no mnimo, as seguintes informaes: I - identificao do objeto a ser executado; II - metas a serem atingidas; III - etapas ou fases de execuo; IV - plano de aplicao dos recursos financeiros; V - cronograma de desembolso; VI - previso de incio e fim da execuo do objeto, bem assim da concluso das etapas ou fases

programadas; VII - se o ajuste compreender obra ou servio de engenharia, comprovao de que os recursos prprios para complementar a execuo do objeto esto devidamente assegurados, salvo se o custo total do empreendimento recair sobre a entidade ou rgo descentralizador. 2o Assinado o convnio, a entidade ou rgo repassador dar cincia do mesmo Assemblia Legislativa ou Cmara Municipal respectiva. 3o As parcelas do convnio sero liberadas em estrita conformidade com o plano de aplicao aprovado, exceto nos casos a seguir, em que as mesmas ficaro retidas at o saneamento das impropriedades ocorrentes: I - quando no tiver havido comprovao da boa e regular aplicao da parcela anteriormente recebida, na forma da legislao aplicvel, inclusive mediante procedimentos de fiscalizao local, realizados periodicamente pela entidade ou rgo descentralizador dos recursos ou pelo rgo competente do sistema de controle interno da Administrao Pblica; II - quando verificado desvio de finalidade na aplicao dos recursos, atrasos no justificados no cumprimento das etapas ou fases programadas, prticas atentatrias aos princpios fundamentais de Administrao Pblica nas contrataes e demais atos praticados na execuo do convnio, ou o inadimplemento do executor com relao a outras clusulas conveniais bsicas; III - quando o executor deixar de adotar as medidas saneadoras apontadas pelo partcipe repassador dos recursos ou por integrantes do respectivo sistema de controle interno. 4o Os saldos de convnio, enquanto no utilizados, sero obrigatoriamente aplicados em cadernetas de poupana de instituio financeira oficial se a previso de seu uso for igual ou superior a um ms, ou em fundo de aplicao financeira de curto prazo ou operao de mercado aberto lastreada em ttulos da dvida pblica, quando a utilizao dos mesmos verificar-se em prazos menores que um ms. 5o As receitas financeiras auferidas na forma do pargrafo anterior sero obrigatoriamente computadas a crdito do convnio e aplicadas, exclusivamente, no objeto de sua finalidade, devendo constar de demonstrativo especfico que integrar as prestaes de contas do ajuste. 6o Quando da concluso, denncia, resciso ou extino do convnio, acordo ou ajuste, os saldos financeiros remanescentes, inclusive os provenientes das receitas obtidas das aplicaes financeiras realizadas, sero devolvidos entidade ou rgo repassador dos recursos, no prazo improrrogvel de 30 (trinta) dias do evento, sob pena da imediata instaurao de tomada de contas especial do responsvel, providenciada pela autoridade competente do rgo ou entidade titular dos recursos. Decreto n 5.504/2005

Este ato normativo impe a exigncia de utilizao do prego, preferencialmente na forma eletrnica, para entes pblicos ou privados, nas contrataes de bens e servios comuns, realizadas em decorrncia de transferncias voluntrias de recursos pblicos da Unio, decorrentes de convnios ou instrumentos congneres, ou consrcios pblicos. Esta imposio foi reiterada pela Portaria Interministerial (art 49 e ). Lei Federal n 9.452/97

O diploma legal em destaque estabelece duas exigncias remarcadas na Portaria Interministerial (arts 35 e 36). Na primeira delas, prev-se que os rgos e as entidades da Administrao Pblica Federal direta e as autarquias, fundaes pblicas, empresas pblicas e sociedades de economia mista federais notificaro as respectivas Cmaras Municipais quanto liberao de recursos financeiros que tenham efetuado, a qualquer ttulo, para os Municpios, no prazo de dois dias teis, contados da data da liberao. Na segunda, exige-se que a Prefeitura do Municpio beneficirio da liberao de recursos notifique os partidos polticos, os sindicatos de trabalhadores e as entidades empresariais, com sede no Municpio, da respectiva liberao, no prazo de dois dias teis, contados da data de recebimento dos recursos.

OPERACIONALIZAO A indicao do passo a passo a seguir esboado, tem dois objetivos: o primeiro informar sobre os mecanismos que at hoje esto em vigor administrao dos conveniamentos diretos e facilitar o entendimento de todos aqueles que necessitam dos servios da rea de convnio.DISPOSIES GERAIS

O procedimento de solicitao de apoio tcnico e financeiro divide-se em quatro fases: 1. 2. 3. 4. Proposio, Celebrao/Formalizao, Execuo e Prestao de Contas. 1 - Proposio o procedimento por meio do qual os entes da federao apresentam propostas para o financiamento de projetos para aplicao em Estados, Municpios e Distrito Federal, com base nas necessidades existentes na comunidade. O ente interessado na celebrao de convnios dever apresentar proposta de trabalho no SICONV, em conformidade com os programas disponveis no sistema. Para que o ente da federao insira sua proposio no SICONV, necessrio que esteja devidamente credenciado (insero dos dados cadastrais no portal do convnios) e cadastrado (apresentao dos documentos e informaes solicitadas no sistema). 2 Celebrao/Formalizao Aps a aprovao da proposta, o proponente deve anexar no SICONV, devidamente assinados os documentos necessrios. A formalizao do convnio ocorre por intermdio da assinatura do Termo de Convnio e publicao de extrato do mesmo no Dirio Oficial da Unio (DOU). Ao ato de celebrao do convnio ser dada publicidade no SICONV. 3 Execuo A liberao dos recursos obedecer ao cronograma de desembolso previsto no Plano de Trabalho e guardar consonncia com as metas e fases ou etapas de execuo do objeto. Os recursos sero depositados e geridos na conta bancria especfica do convnio exclusivamente em instituies financeiras controladas pela Unio e, enquanto no empregados na sua finalidade, sero obrigatoriamente aplicados: a) Em caderneta de poupana de instituio financeira pblica federal, se a previso de seu uso for igual ou superior a um ms; b) em fundo de aplicao financeira de curto prazo, ou operao de mercado aberto lastreada em ttulo da dvida pblica, quando sua utilizao estiver prevista para prazos menores. Todas as receitas obtidas com as aplicaes financeiras dos recursos repassados pelo MinC e da contrapartida sero utilizadas obrigatoriamente no objeto do convnio, e devero constar dos documentos e demonstrativos que integram a prestao de contas. 4 Prestao de Contas A prestao de contas obrigatria para todos os entes que recebem transferncias de recursos e dever ser apresentada SCC, devidamente identificada com os nmeros do processo, do Convnio, bem como o objeto e ano de competncia.

PASSO A PASSO PARA A CELEBRAO DE CONVNIOS Passos Responsvel 1 2 3 4 5 6 ProcedimentosSCC Lanamento do edital pela SCC. SCC/CGCONV Habilitao dos Programas no SICONV. Proponente Cadastra proposta no Programa desejado. SCC/CGCONV SCC/CGCONV

SCC/CGCONV

7 8 9 10 11 12SCC/CGCONV DGE SCC/CGCONV DGE

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SCC/CGCONV

14 15 16SCC/CGCONV CEF

Realiza anlise documental e de conformidade do projeto em consonncia com o Programa cadastrado no SICONV. Aps anlise da proposta, cadastra-se o projeto apresentado pelo proponente nos sistemas SAD e SALIC. Encaminha o projeto para o banco de pareceristas para anlise tcnica. Parecer Desfavorvel emite parecer Parecer favorvel sem ressalvas tcnico negando, submete-o a SCC, emite parecer tcnico conclusivo e que estando de acordo, informa oremete o projeto para a CGCONV proponente sobre a deciso epara dar continuidade ao trmite. arquivamento do processo. Parecer favorvel com ressalvas encaminhar as diligncias ou alteraes ao proponente via parecer no SICONV estabelecendo prazo de 10 dias (a contar do recebimento da comunicao). Aps decises tomadas posteriores a emisso do parecer tcnico encaminhase o processo DGE para a abertura do Plano Interno (PI). Emite PI via SIMC e posteriormente devolve SCC. Elabora compromisso oramentrio e encaminha DGE a fim de verificar disponibilidade oramentria. Havendo disponibilidade oramentria encaminha para a DGI/CGEX o projeto para anlise e emisso do nota de empenho e remete-o SCC. Elabora minuta do Termo de Convnio e encaminha o projeto a CONJUR para anlise. Parecer jurdico favorvel envia ao Parecer jurdico diligenciado deverproponente a minuta para colher ser comunicado ao proponente paraassinatura e solicita a verificao da o devido atendimento e apsregularidade fiscal. aprovado encaminha-se a minuta para assinatura. Constatando irregularidade fiscal Constatando-se regularidade fiscal comunica-se o proponente parapublica-se o convnio, realiza-se os tomar as providncias. No sendodevidos registros no SIAFI e insere-se satisfatria a resposta no serno SICONV o Termo de Convnio possvel a publicao do convnio nodigitalizado juntamente com a DOU. publicao no DOU. Aps publicao encaminha para a DGI/CGEX para a emisso da Programao Financeira (PF) e encaminha-se CEF. Verifica e libera o recurso financeiro e encaminha o processo para SCC.

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Aps a liberao do recurso, o processo devolvido SCC/CGCONV que SCC/CGCONV ir providenciar o envio do Termo de Convnio assinado juntamente com a publicao e Ordem Bancria (OB) ao convenente. Se houver atraso prorroga-se de ofcio e encaminha SCC/CAC para acompanhamento.