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Manual Corte e Poda...5"! APRESENTAÇÃO ! ASecretaria Municipal! de Meio! Ambiente e Sustentabilidade P! SEMMAS nos! últimos! anos! vem! desenvolvendo! ações! que visam! à melhoria!da!arborização!urbana!da!cidade!de!Manaus!coma!criação!do!

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    Sumário    

    APRESENTAÇÃO  .....................................................................................  5  

    1. BASE LEGAL  .................................................................................  6  

    CAPÍTULO II - DA POLITICA DO MEIO AMBIENTE  ...............  7  

    CAPÍTULO V - DA FAUNA E DA FLORA  ...................................  8  

    RESOLUÇÃO Nº 001/2012  ..........................................................  8  

    CAPÍTULO VI  ..................................................................................  9  

    Seção IV - Da Poda  ....................................................................  9  

    Seção V - Do Corte  ..................................................................  12  

    Seção VI - Das Árvores Imunes ao Corte  .........................  18  

    2. CORTE E PODA  ...........................................................................  21  

    2.1 CORTE  .....................................................................................  21  

    2.2 PODA  ........................................................................................  23  

    POR  QUE  PODAR?  .........................................................................  23  

    2.2.1. COMO EFETUAR OS CORTES  ..................................  24  

    2.2.2. TIPOS DE PODA  ...........................................................  25  

    Poda de formação  ...................................................................  25  

    Poda de limpeza e manutenção  ..........................................  26  

    Poda de adequação  ................................................................  26  

    Poda de emergência  ...............................................................  26  

    - Parcial em v  ............................................................................  27  

    - Poda parcial em furo  ............................................................  27  

    - Poda parcial de afastamento secundário  ......................  28  

    - Poda drástica  .........................................................................  29  

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    QUANTIDADE PERMITIDA DA PODA  .................................  30  

    3. FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS  ......................................  32  

    Ferramentas  Adequadas  para  o  serviço  de  poda  .............................  32  

    Podas de árvores em logradouros públicos  ........................  34  

    Ferramentas não recomendadas para a poda  ...................  34  

    4. INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA  .............................................  35  

    5. CUIDADOS NA PODA DE ÁRVORES COM REDES SECUNDÁRIA E/OU PRIMÁRIA ENERGIZADAS  .....................  36  

    6. PROCEDIMENTOS PARA EMISSÃO DE AUTORIZAÇÃO DE CORTE E PODA DE ÁRVORES  ..............................................  37  

    Locais  ................................................................................................  37  

    Documentação  Necessária  ...............................................................  38  

    Areas  Verdes  .....................................................................................  38  

    ASPECTOS IMPORTANTES  ......................................................  38  

    BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS  ...............................................  41  

     

       

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    APRESENTAÇÃO  

    A   Secretaria   Municipal   de   Meio   Ambiente   e   Sustentabilidade   -‐  SEMMAS   nos   últimos   anos   vem   desenvolvendo   ações   que   visam   à  melhoria  da  arborização  urbana  da  cidade  de  Manaus  com  a  criação  do  “Programa  Manaus  Mais  Verde”,  que  visa  à  preservação  e  manutenção  dos   indivíduos   arbóreos   em   logradouros   na   cidade   de   Manaus,  aumentando   assim   a   vida   útil   das   árvores   e   contribuindo   de   forma  significativa  no  embelezamento  (paisagismo)  da  Cidade.  

    Diariamente  esta  SEMMAS  recebe  solicitações  de  corte  e  poda  de  árvores,   seja   em  área   privada   ou   logradouro   público.   Logo,   é   preciso  analisar   previamente   uma   árvore   para   definir   com   maior   precisão   a  necessidade  e  o  momento  da  intervenção  (poda  ou  corte),  bem  como  as  partes  a  serem  eliminadas.    Tendo  em  vista,  que  a  escolha  do  tipo  de  poda,  a  técnica  de  corte  e  a  época  da  intervenção  são  decisões  que  podem   condenar   uma   árvore   à  morte   lenta   ou   contribuir   para   o   seu  desenvolvimento  biológico.    

    Nesse   sentido,   esta   cartilha   apresenta   orientações   que  subsidiarão  as  ações  das  pessoas  que  atuam  diretamente  no  trato  com  a   arborização,   bem   como,   os   funcionários   de   concessionários   de  serviços   públicos.   O   material   é   composto   por   textos   técnicos   e  ilustrações   esquemáticas   sobre   os   principais   tipos   de   corte   e   poda,  ferramentas   adequadas,   procedimentos   adotados   para   solicitação   de  autorização   junto  esta  SEMMAS,  a   legislação  que  rege  o  corte  e  poda  de  árvores  na  cidade  entre  outros.        

      Todos  os  procedimentos  e  técnicas  citadas  neste  manual  poderão  –  e  deverão  -‐  ser  revistos  e  reeditados  sempre  que  se  mostrarem,  através  de  seu  uso,  ultrapassadas  para  o  fim  ao  qual  se  destinam.  

  • 6    

    1. BASE LEGAL  

    a. –  Código  Florestal.  Lei  nº  4.771,  de  15  de  setembro  de  1965;  

    Art.  4o.    A   supressão   de   vegetação   em   área   de   preservação  permanente   somente   poderá   ser   autorizada   em   caso   de   utilidade  pública   ou   de   interesse   sociais,   devidamente   caracterizados   e  motivados   em   procedimento   administrativo   próprio,   quando   inexistir  alternativa   técnica   e   locacional   ao   empreendimento   proposto.  (Redação  dada  pela  Medida  Provisória  nº  2.166-‐67,  de  2001).  

    §  1o    A   supressão   de   que   trata   o   caput   deste   artigo   dependerá  de   autorização   do   órgão   ambiental   estadual   competente,   com  anuência   prévia,   quando   couber,   do   órgão   federal   ou   municipal   de  meio   ambiente,   ressalvado   o   disposto   no   §   2o   deste   artigo.   (Incluído  pela  Medida  Provisória  nº  2.166-‐67,  de  2001).  

    §  2o    A   supressão   de   vegetação   em   área   de   preservação  permanente   situada   em   área   urbana   dependerá   de   autorização   do  órgão  ambiental  competente,  desde  que  o  município  possua  conselho  de  meio  ambiente  com  caráter  deliberativo  e  plano  diretor,  mediante  anuência   prévia   do   órgão   ambiental   estadual   competente  fundamentada   em   parecer   técnico.   (Incluído   pela  Medida   Provisória  nº  2.166-‐67,  de  2001).  

    §  3o    O   órgão   ambiental   competente   poderá   autorizar   a  supressão  eventual   e  de  baixo   impacto  ambiental,   assim  definido  em  regulamento,   da   vegetação   em   área   de   preservação   permanente.  (Incluído  pela  Medida  Provisória  nº  2.166-‐67,  de  2001).  

    §  4o    O   órgão   ambiental   competente   indicará   previamente   à  emissão   da   autorização   para   a   supressão   de   vegetação   em   área   de  

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    preservação   permanente,   as   medidas   mitigadoras   e   compensatórias  que  deverão   ser  adotadas  pelo  empreendedor.   (Incluído  pela  Medida  Provisória  nº  2.166-‐67,  de  2001).  

    §  5o    A   supressão   de   vegetação   nativa   protetora   de   nascentes,  ou   de   dunas   e  mangues,   de   que   tratam,   respectivamente,   as   alíneas  "c"   e   "f"   do   art.   2o   deste   Código,   somente   poderá   ser   autorizada   em  caso  de  utilidade  pública.  (Incluído  pela  Medida  Provisória  nº  2.166-‐67,  de  2001).  

    B.-‐   Lei   Orgânica   do   Município   de   Manaus.   9ª   edição,  maio  de  2010;    

    CAPÍTULO II - DA POLITICA DO MEIO AMBIENTE

    Art.  290.  O  Município,  em  seu  território,  de  modo  a  resguardar  a  Floresta  Amazônica  da  destruição,  atuará  cooperativamente,  com  o  Estado   e   com   a   União,   adotando   medidas   que   visem   a   coibir   o  desmatamento   indiscriminado,   reduzir   o   impacto   da   exploração   dos  adensamentos  vegetais  nativos,  proceder  à  arborização  e  restauração  das   áreas   verdes   no   ambiente   urbano   e   garantir   a   racionalidade   na  utilização  dos  recursos  naturais.  

    Parágrafo  único.  É  vedado  o  abate,  corte  ou  poda  de  árvores  ou  arbustos   frutíferos   ou   ornamentais   sem   autorização   no   órgão   de  defesa  ambiental  do  Município.    

    c. –  Código  Ambiental  do  Município  de  Manaus.  Lei  nº  605,  de  24  de  julho  de  2001;      

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    CAPÍTULO V - DA FAUNA E DA FLORA  

    Art.   105  As   florestas  e  demais   formas  de   vegetação  natural   ou  plantada   no   território   municipal,   reconhecida   de   utilidade   às   terras  que   revestem,   são   bens   de   interesse   comum   a   todos   os   habitantes,  exercendo-‐se   os   direitos   de   propriedade   com   as   limitações  estabelecidas  pela  legislação  em  geral  e,  especialmente,  por  esta  lei.    

    §  1º  -‐  Depende  de  autorização  da  SEDEMA  a  poda,  o  transplante  ou  a  supressão  de  espécimes  arbóreos  em  áreas  de  domínio  público  ou  privado,  podendo  ser  exigida  a  reposição  dos  espécimes  suprimidos.  

     §  2º  -‐  As  exigências  e  providências  para  a  poda  e  corte  ou  abate  

    de   vegetação  de  porte   arbóreo   serão   estabelecidas   por   resolução  do  COMDEMA.  

     RESOLUÇÃO Nº 001/2012 - COMDEMA, DE 03 DE

    JANEIRO DE 2012.

     Dispõe  sobre  o  Plano  Diretor  de  Arborização  Urbana  da  cidade  de  

    Manaus/AM.    

    O  CONSELHO  MUNICIPAL  DE  DESENVOLVIMENTO  E  MEIO  AMBIENTE  -‐  no   uso   das   competências   que   lhe   confere   a   Lei   Complementar  Municipal  219/1993  e  alterações  da  Lei  no  1403/2010,  tendo  em  vista  o  disposto  em  seu  Regimento  Interno,  no  Decreto  municipal  0144/2009  e  conforme  o  disposto  no  art.105  da  Lei  municipal  605/2001:  

     CONSIDERANDO  o  Princípio  do  Desenvolvimento  Sustentável;    

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    CONSIDERANDO  os  princípios  da  precaução  e  da  prevenção  que  visam  evitar   danos   ao   meio   ambiente,   de   modo   a   reduzir   ou   eliminar   as  causas  de  ações  suscetíveis  de  alterar  a  sua  qualidade;    CONSIDERANDO   que   a   existência   de   árvores   urbanas   na   cidade   é  fundamental  para  a  manutenção  da  qualidade  de  vida  da  população  e  para  o  equilíbrio  ecológico  do  meio  ambiente  urbano  de  Manaus;    CONSIDERANDO  a  necessidade  de  conservar  o  patrimônio  da   floresta  amazônica   e   os   fragmentos   florestais   urbanos   remanescentes   na  cidade  de  Manaus,  resolve:  (...)  

    CAPÍTULO VI  

    Da  Instrumentação  do  Plano  Diretor  de  Arborização  Urbana  (...).  

    Seção IV - Da Poda  Art.   23   -‐   As   podas   de   ramos   de   espécie   arbóreas   de   pequeno,  

    médio   e   grande   porte,   situadas   em   áreas   públicas   deverão   ser  autorizadas   pela   Secretaria   Municipal   do   Meio   Ambiente   e  Sustentabilidade   -‐   SEMMAS   e   executadas   conforme   a   legislação   em  vigor.  Parágrafo   Único.   Em   áreas   particulares,   incide   na   necessidade   de  obtenção  de  autorização  da  Secretaria  Municipal  do  Meio  Ambiente  e  Sustentabilidade   -‐   SEMMAS,   somente   quando   da   poda   de   espécie  arbórea  (frutíferas  e  florestais).    

    Art.   24   -‐   A   poda   de   raízes   só   será   possível,   se   executada  mediante   a   presença   de   técnicos   da   Secretaria   Municipal   do   Meio  Ambiente  e  Sustentabilidade  -‐  SEMMAS  ou  de  profissionais  legalmente  habilitados,  sob  orientação  desta  Secretaria.    

  • 10    

    Art.   25   -‐   Compete  a  poda  de  espécime  arbórea  da  arborização  pública  a:  

     I-‐   servidores   da   Prefeitura   Municipal,   devidamente   treinados  

    mediante   ordem  de   serviços   escrita   da   Secretaria  Municipal   de  Meio  Ambiente  e  Sustentabilidade  -‐  SEMMAS  ou  da  Secretaria  Municipal  de  Limpeza  Pública  SEMULSP;  

    II-‐   servidores  de  empresas   concessionárias  de   serviços  públicos  ou  contratados  pela  Prefeitura.  

    III-‐  Corpo  de  Bombeiros  e  Defesa  Civil.    

    Art.   26   -‐   Nos   casos   de   podas   ordinárias   programadas,   deverão  cumprir  as  seguintes  exigências:    

    I-‐  obtenção  de  autorização,  por  escrito,  da  Secretaria  Municipal  de  Meio  Ambiente  e   Sustentabilidade-‐   SEMMAS,   contendo  o  número  de   árvores,   a   identificação   das   espécies,   a   localização,   a   data   de  execução  e  o  motivo  da  poda;  

    II-‐   cumprimento   das   normas   técnicas   de   poda,   exigidas   pela  legislação  em  vigor,  exceto  nos  casos  de  podas  de  segurança  em  que  prevaleçam   a   segurança   da   população   e   o   bom   funcionamento   dos  equipamentos  públicos.    

    Art.   27   -‐   No   caso   de   necessidade   de   poda   extraordinária   de  segurança,   que   vise   garantir   a   segurança   da   população   e   o   bom  funcionamento   dos   bens   públicos   em   face   da   necessidade   de  restabelecimento   do   bem   estar   da   população,   esta   poderá   ser  executada  por  profissionais  previstos  nos  incisos  I,  II  e  III  do  artigo  25  e,  posteriormente,   no   prazo   máximo   de   05   dias   úteis   comunicada   à  Secretaria  Municipal  de  Meio  Ambiente  e  Sustentabilidade  -‐  SEMMAS.    

    Art.  28  -‐  O  pedido  de  autorização  para  a  poda  de  árvore  em  área  pública  deverá   ser   encaminhado  em   formulário  próprio  da   Secretaria  

  • 11    

    Municipal   de   Meio   Ambiente   e   Sustentabilidade   -‐   SEMMAS,   que  adotará,   quando   do   seu   recebimento,   as   seguintes   providências  obrigatórias:    

    I-‐   a   vistoria   da   vegetação   a   que   se   refere   o   pedido,   visando   a  aferir  a  real  necessidade  da  poda;    

    II-‐   após  a  vistoria  da  vegetação  a  Secretaria  Municipal  de  Meio  Ambiente  e  Sustentabilidade  -‐  SEMMAS  emitirá  parecer  definitivo,  com  Laudo   Técnico   assinado   por   um   de   seus   Engenheiros   Florestais,  Agrônomos,   Biólogos   ou   credenciados,   indicando   a   técnica   a   ser  utilizada,   em   prazo   não   superior   a   10   (dez)   dias   úteis,   notificando   o  requerente  do  deferimento  ou  não  da  autorização  pretendida.    

    §   1°   Os   requerimentos   de   autorização   relativos   a   áreas  particulares  deverão  ser  formalizados  na  Secretaria  Municipal  de  Meio  Ambiente   e   Sustentabilidade   -‐   SEMMAS   em   processo   administrativo  exclusivo  para  este  fim.  

     I-‐   Nos   casos   em   que   o   requerente   não   seja   o   proprietário   do  

    imóvel   deverá   apresentar   declaração,   registrada   em   Cartório,   de  autorização   do   proprietário   para   o   procedimento   solicitado,   ou   o  contrato   de   locação   válido,   com   cláusula   que   preveja   esse   tipo   de  intervenção;  

    II-‐  A  autorização  de  poda  terá  validade  de  06  (seis)  meses,  findo  os  quais  deverá  o   requerente  solicitar  a   renovação  da  autorização  ou  uma  nova  solicitação.  

     Parágrafo   único.   Somente   após   a   adoção   das   providências  

    estabelecidas   acima,   a   Secretaria   Municipal   de   Meio   Ambiente   e  Sustentabilidade  -‐  SEMMAS  emitirá  a  autorização  de  poda.  A  execução  da   poda   de   árvores   em   áreas   privadas   urbanizadas   é   de  responsabilidade  do  proprietário.  

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    Art.   29   -‐   A   limpeza   dos   restos   vegetais,   após   a   realização   da  poda,  caberá  ao  seu  executor.  Parágrafo  único.  Os   restos   vegetais   resultantes  de  poda  não  poderão  ser  colocados  em  vias  públicas,  devendo  ser  estes  dispostos  no  Aterro  Municipal  ou  em  área  indicada  para  tal  conforme  o  disposto  no  Plano  Diretor  de  Resíduos  Sólidos  de  Manaus  sob  pena  de  multa  prevista  na  Lei  Orgânica  do  Município  de  Manaus  e  na  Lei  n°605/2001.    

    Art.   30   -‐   No   caso   da   execução   da   poda   resultar   em  morte   da  árvore,   adotar-‐se-‐á   medida   compensatória   conforme   estabelecido  nesta  resolução.    

    Art.  31  -‐  Compete  ao  Município  fiscalizar  as  podas  realizadas  em  áreas   particulares,   podendo   a   qualquer   momento   interferir   e/ou  multar   o   munícipe   que   realizar   a   poda   em   desacordo   com   o  estabelecido  nesta  Resolução.    

    Art.   32   -‐   Compete   ao   Município   realizar   e   manter   o  credenciamento   atualizado   de   profissionais   ou   empresas   capacitadas  para  realizar  poda.  

    Seção V - Do Corte  

    Art.   33   -‐   É   proibido   o   corte   de   árvores   em   logradouros   e   vias  públicas,  e  em  espaços  territoriais  especialmente  protegidos,  conforme  a   Lei  n°  605/  2001  e  a   Lei  n°  4771/65,   sem  autorização  da  Secretaria  Municipal  de  Meio  Ambiente  e  Sustentabilidade  -‐  SEMMAS.  

     I-‐   o   corte   de   árvores   em   áreas   privadas   urbanizadas   é   de  

    responsabilidade  do  proprietário,  seguindo  os  seguintes  critérios:  a. De  01  (uma)  a  10  (dez)  árvores  solicitação  de  autorização;  b. Mais  de  10  (dez)  árvores,  solicitação  de  licenciamento;  

     

  • 13    

    II-‐   as   solicitações   de   autorização   para   corte   de   01   (uma)   a   10  (dez)   árvores   e/ou   remoção   de   vegetação,   motivadas   por   risco   à  integridade   física   ou   prejuízos   econômicos   ao   imóvel,   construção,  modificação   com  acréscimo   e   parcelamento   do   solo   e   obras   públicas  serão   submetidas   à   aprovação   da   Secretaria   Municipal   de   Meio  Ambiente   e   Sustentabilidade   -‐   SEMMAS,   que   se   dará   mediante   a  emissão  de  Parecer  Técnico  conclusivo,  nas  condições  a  seguir:  

    a. Em  áreas  públicas  legalmente  protegidas,  inseridas  ou  lindeiras  a  Unidades  de  Conservação  Ambiental,  respeitando  o  efeito  de  borda  e  zona  de  amortecimento;  

    b. Em   terrenos   com   declividade   superior   ou   igual   a   45   graus,  conforme  Resolução  CONAMA  n°  303/2002.    

    §   1°   -‐   Caberá   à   Secretaria   Municipal   de   Meio   Ambiente   e  Sustentabilidade   -‐   SEMMAS  avaliar   as   solicitações  de   corte  de   árvore  e/ou  remoção  de  vegetação  em  situações  não  contempladas  no  caput  deste  artigo.    

    §  2°   -‐   Serão  ouvidos  os  demais   setores  da  Secretaria  Municipal  de  Meio  Ambiente  e  Sustentabilidade  -‐  SEMMAS  e  outras  Secretariais  Municipais  envolvidas,  nos  casos  em  que  a  vegetação  analisada  estiver  diretamente   relacionada   à   atividade   ou   projeto   desenvolvido   pelos  mesmos.    

    Art.   34   -‐   Os   requerimentos   de   autorização   relativos   a   áreas  particulares   que   dispõe   o   inciso   I   do   artigo   anterior   deverão   ser  formalizados   na   Secretaria   Municipal   de   Meio   Ambiente   e  Sustentabilidade  -‐  SEMMAS  em  processo  administrativo  exclusivo  para  este  fim.  

     §   1°   -‐   A   autorização   de   corte   no   limite   máximo   de   10   (dez)  

    árvores  na  mesma  propriedade,  respeitado  o  período  de  um  ano,  não  

  • 14    

    acarretará  ônus  com  taxas  administrativas  ao  requerente,  devendo  ser  instruída  com  a  seguinte  documentação:  

     I. Requerimento;  II. RG  e  CPF  (original  e  cópia);  III. Título   de   propriedade   ou   IPTU   pago   do   imóvel,   ou   outro  

    documento  que  comprove  a  posse  mansa  e  pacífica  do  imóvel,  podendo,   todavia,   ser   dispensado   nos   casos   em   que   haja  impossibilidade   de   pagamento   e   desde   que   justificado   pelo  requerente  (original  e  cópia);  

    IV. Nos   casos   em   que   o   requerente   não   seja   o   proprietário   do  imóvel   deverá   apresentar   declaração,   registrada   em  Cartório,  de  autorização  do  proprietário  para  o  procedimento  solicitado,  ou  o  contrato  de  locação  válido,  com  cláusula  que  preveja  esse  tipo  de  intervenção;  

    V. A  autorização  de  corte  terá  validade  de  06  (seis)  meses,  findo  os   quais   deverá   o   requerente   solicitar   a   renovação   da  autorização  ou  uma  nova  solicitação.  

     §   2°   -‐   A   autorização   de   corte   superior   a   10   (dez)   árvores   na  

    mesma   propriedade,   requer   prévio   licenciamento   ambiental   da  Secretaria  Municipal  de  Meio  Ambiente  e  Sustentabilidade  -‐  SEMMAS,  com  ônus  ao  requerente.    

    §   3°   -‐   Poderão   ser   exigidos   outros   documentos   e   informações  complementares   que   visem   a   total   compreensão   do   requerido,   tais  como   corte   longitudinal   indicando   o   perfil   natural   do   terreno   e   do  imóvel  a  ser  construído,  inclusive  subsolo,  bem  como  Laudo  Técnico  de  profissional   legalmente   habilitado   e   credenciado   na   Secretaria  Municipal   de   Meio   Ambiente   e   Sustentabilidade   -‐   SEMMAS,   para  caracterização  precisa  da  cobertura  vegetal  existente.    

  • 15    

    Art.  35  -‐  Somente  poderá  ser  autorizado  o  corte  de  árvore  e/ou  remoção   de   vegetação,   para   construção   ou   parcelamento   do   solo,  inclusive  em  obras  públicas  desde  que:  

     I. Seja   comprovada   a   impossibilidade   de   sua  manutenção   e/ou  

    transplante;  II. O   responsável   pelo   corte   de   árvore   e/ou   supressão   de  

    vegetação  apresente  quando  for  o  caso,  Proposta  de  Execução  de   Cumprimento   de   Medida   Compensatória,   aprovada   pela  Secretaria   Municipal   de   Meio   Ambiente   e   Sustentabilidade   -‐  SEMMAS.  

     Art.  36  -‐  O  corte  ou  remoção  de  vegetação  em  lotes  autônomos  

    de   condomínios   residenciais   unifamiliares   ou   multifamiliares   e  loteamento,   devidamente   aprovados   pela   Secretaria   Municipal   de  Meio  Ambiente  e  Sustentabilidade  -‐  SEMMAS  e  Instituto  Municipal  de  Planejamento   Urbano   -‐   IMPLURB   com   áreas   verdes   já   delimitadas   é  autorizado   mediante   requerimento   quando   da   implantação   da  primeira  ocupação.    

    Art.   37   -‐   Somente   será  permitido  o   corte  de  espécime  arbórea  da  arborização  pública  a:  

     I. Servidores   da   Prefeitura   Municipal,   devidamente   treinados  

    mediante  ordem  de  serviços  escrita  da  Secretaria  Municipal  de  Meio  Ambiente  e  Sustentabilidade  -‐  SEMMAS  ou  da  Secretaria  Municipal  de  Limpeza  Pública  SEMULSP;  

    II. Servidores   de   empresas   concessionárias   de   serviços   públicos  ou  contratados  pela  Prefeitura.  

    III. Corpo  de  Bombeiro  e  Defesa  Civil.    

    Art.  38  -‐  O  pedido  de  autorização  para  o  corte  de  árvore  em  área  de  domínio  público,  deverá  ser  encaminhado  em  formulário  próprio  da  

  • 16    

    Secretaria  Municipal  de  Meio  Ambiente  e  Sustentabilidade  -‐  SEMMAS,  que   adotará,   quando   do   seu   recebimento,   as   seguintes   providências  obrigatórias:  

     I. A   vistoria   da   vegetação   a   que   se   refere   o   pedido,   visando   a  

    aferir  a  real  necessidade  do  corte;  II. A   publicidade   da   relação   dos   pedidos   de   autorização   e   do  

    relatório  de  vistoria  correspondente,  por  prazo  não  inferior  a  5  (cinco)   dias   úteis,   para   o   recebimento   de   eventuais  impugnações  ou  manifestações  da  comunidade;  

    III. Findo   o   prazo   do   recebimento   de   manifestações   públicas   a  Secretaria   Municipal   de   Meio   Ambiente   e   Sustentabilidade   -‐  SEMMAS   emitirá   parecer   definitivo,   com   Laudo   Técnico  assinado  por  um  profissional  legalmente  habilitado  e  indicação  da  técnica  a  ser  utilizada,  em  prazo  não  superior  a  10  (dez)  dias  úteis,   notificando   o   requerente   do   deferimento   ou   não   da  autorização  pretendida.    

    §   1°   -‐   Qualquer   pessoa   ou   entidade   poderá,   dentro   do   prazo  fixado  neste  artigo,  apresentar  argumentação  por  escrito  à  Secretaria  Municipal   de  Meio   Ambiente   e   Sustentabilidade-‐   SEMMAS,   contrária  ou   favorável   à   autorização   pretendida,   a   qual   deverá   constar   do  respectivo  processo  administrativo.  

     §  2°  -‐  O  Laudo  Técnico  do  profissional  a  que  se  refere  o  inciso  III  

    deste   artigo,   também   poderá   ser   contestado   por   meio   de   processo  administrativo   que  deverá   ser   instruído   com,   no  mínimo,   dois   outros  Laudos   Técnicos   de   Engenheiros   Florestais,   Agrônomos   ou   Biólogos,  com   registro   no   Conselho   respectivo   e   devidamente   credenciado   na  Secretaria  Municipal  de  Meio  Ambiente  e  Sustentabilidade  -‐  SEMMAS.  

     §   3°   -‐   O   profissional   credenciado   na   Secretaria   Municipal   de  

    Meio  Ambiente  e  Sustentabilidade  -‐  SEMMAS  que  agir  de  má-‐fé,  será  

  • 17    

    descredenciado   da   Prefeitura,   ficando   impedido   de   renovar   o  credenciamento  pelo  período  mínimo  de  02  (dois)  anos.    

    Art.   39-‐   No   caso   de   necessidade   de   corte   extraordinário   de  segurança,   que   vise   garantir   a   segurança   da   população   e   o   bom  funcionamento   dos   bens   públicos   em   face   da   necessidade   de  restabelecimento   do   bem   estar   da   população,   este   poderá   ser  executado   e,   posteriormente,   no   prazo   máximo   de   05   dias   úteis  comunicada   à   Secretaria   Municipal   de   Meio   Ambiente   e  Sustentabilidade  -‐  SEMMAS.    

    Art.   40   -‐   As   solicitações   de   autorização   para   corte   de   árvore,  decorrente  de  risco  de  queda  natural,  tanto  em  área  pública  como  em  área  privada,  terão  prioridade  no  atendimento.    

    Art.   41   -‐   A   limpeza   dos   restos   vegetais,   após   a   realização   do  corte,  caberá  ao  seu  executor.  

     Parágrafo   único.   Os   restos   vegetais   resultantes   de   corte   não  

    poderão   ser   colocados  em  vias  públicas,   devendo   ser   estes  dispostos  no  Aterro  Municipal  ou  em  área  indicada  para  tal  pelo  Plano  Diretor  de  Resíduos   Sólidos   de   Manaus   sob   pena   de   multa   prevista   na   Lei  Orgânica  do  Município  de  Manaus  e  na  Lei  n°605/2001.    

    Art.   42   -‐   Poderá   ser   solicitada   pelo   Poder   Público  Municipal   a  adequação   no   projeto   arquitetônico   ou   urbanístico,   dentro   dos  parâmetros   legais   vigentes,   com   o   objetivo   de   preservar   espécimes  significativos   ou   elemento   de   relevância   ambiental,   paisagística   ou  científica.    

    Art.   43   -‐   Detectado   o   dano   ambiental   proveniente   do   corte  inadequado  de  árvores,  aplicar-‐se-‐á  medida  compensatória  nos  termos  desta  Resolução,  sem  prejuízo  das  demais  das  penalidades  cabíveis.  

  • 18    

    Seção VI - Das Árvores Imunes ao Corte  

    Art.   44   -‐   A   declaração  de   imunidade   ao   corte   de  um  espécime  vegetal   (indivíduo),   de   um   conjunto   de   espécimes   vegetais   (conjunto  da  mesma  espécie)  ou  de  um  fragmento  vegetal  (ecossistema),  se  dará  por  decreto  após  análise  e  pronunciamento  favorável  dos  técnicos  da  Secretaria  Municipal  de  Meio  Ambiente  e  Sustentabilidade  -‐  SEMMAS.    

    Art.  45  -‐  A  imunidade  ao  corte  de  espécimes  vegetais  conjuntos  ou  fragmentos  serão  definidas  mediante  a  emissão  de  Parecer  Técnico  conclusivo   em   processo   administrativo   autuado   na   Secretaria  Municipal   de   Meio   Ambiente   e   Sustentabilidade   -‐   SEMMAS  exclusivamente  para  este  fim.  

     §1º   -‐  O  Parecer  Técnico  de  que   trata  o   caput  deste  artigo   será  

    elaborado  por  profissional  legalmente  habilitado.    

    §   2º   -‐   Poderão   ser   exigidos   outros   documentos   e   informações  complementares  que  visem  à  total  compreensão  do  pretendido.    

    Art.   46   -‐   São   considerados   profissionais   habilitados,   para  avaliação   da   solicitação   de   imunidade   ao   corte,   os   Engenheiros  Florestais,   Agrônomos   e   Biólogos   da   Secretaria   Municipal   de   Meio  Ambiente   e   Sustentabilidade   -‐   SEMMAS   ou   os   contratados   por   esta  para  tal  fim.  

     Art.   47   -‐   Por  meio   de   qualquer   cidadão,   instituição   pública   ou  

    privada,  ou  por   iniciativa  do  Poder   Executivo,  poderá   ser   requerida  a  análise  para  verificação  da  viabilidade  de  declaração  de  imunidade  ao  corte  de  espécimes  vegetais  ou  fragmento.  

     Art.   48   -‐   A   declaração   de   imunidade   à   corte   de   vegetação  

    poderá   atingir   área   pertencente   a   local   público   ou   a   propriedade  

  • 19    

    privada,   devendo   o   seu   proprietário   ser   informado   oficialmente  quando   da   autuação   do   requerimento,   e   posteriormente   será  informado  mediante  a  publicação  de  ato  competente  no  Diário  Oficial  do  Município.  

     Parágrafo   único.     Para   análise   da   imunidade   de   corte   de  

    espécimes   vegetais   ou   fragmento   em   área   pública,   caberá   o  pronunciamento   da   Secretaria   Municipal   de   Meio   Ambiente   e  Sustentabilidade  -‐  SEMMAS.  

     Art.   49   -‐   Do   ato   de   declaração   de   imunidade   ao   corte   de  

    espécimes   vegetais   ou   fragmento   caberá   recurso   ao   COMDEMA,   no  prazo  de  trinta  dias.  

     Art.   50   -‐   A(s)   espécie(s)   vegetal   (ais)   ou   fragmento   declarado  

    imune   a   corte,   será   circundada   por   faixa   “non   aedificandi”,   cujas  dimensões,  determinadas  pela  Secretaria  Municipal  de  Meio  Ambiente  e   Sustentabilidade   -‐   SEMMAS,   resguardando   a   proteção   das   raízes,  serão  publicadas  no  Diário  Oficial  do  Município.  

     Art.   51   -‐   A   partir   do   momento   da   abertura   do   processo  

    administrativo   e   durante   a   etapa   de   tramitação   da   análise   sobre   a  declaração  de   imunidade  de  corte  de  vegetação,  ou   fragmento,  estas  não  poderão  sofrer  qualquer  alteração  que  as  descaracterizem.    

    Art.   52   -‐   Para   identificação   da(s)   espécie(s)   vegetal   (ais)   ou  fragmento   declarado   oficialmente   imune   ao   corte,   fica   obrigatória   a  fixação   de   placa   informativa   para   visualização   pública   em   modelo  definido   pela   Secretaria   Municipal   de   Meio   Ambiente   e  Sustentabilidade  -‐  SEMMAS.  

     Art.   53   -‐   As   espécies   vegetais   declaradas   imunes   à   corte   só  

    poderão   ter  permissão  de  poda  ou  outro   tipo  de  manutenção  que  se  

  • 20    

    faça  necessário,  mediante  autorização  da  Secretaria  Municipal  de  Meio  Ambiente  e  Sustentabilidade  -‐  SEMMAS.    

    Art.   54   -‐   Todas   as   árvores   imunes   à   corte   estarão   sujeitas   a  critérios  específicos  para  poda  e  sua  manutenção.  §  1°-‐  Deverá  ser  emitido  um  laudo  indicando  qual  o  tipo  de  poda  a  ser  aplicado  à  espécie,  observando  os  seguintes  itens:    

    I. Idade  do  indivíduo;  II. Características  da  espécie;    III. Estado  fitossanitário;  IV. Tipo  de  recinto  onde  a  planta  se  encontra;  V. Forma  da  copa  original  (natural);  VI. Forma  da  copa  pós-‐poda;    VII. Motivo  da  poda.  

     §   2°   -‐   Somente   após   a   adoção   das   providências   estabelecidas  

    acima,  a   Secretaria  Municipal  de  Meio  Ambiente  e  Sustentabilidade   -‐  SEMMAS  emitirá  a  autorização  de  poda.    

    Art.  55  -‐  O  proprietário  de  área  que  contenha  espécie(s)  vegetal  (ais)   ou   fragmento,   declarado   oficialmente   imune   à   corte,  apresentando   este(s)   características   de   degeneração,   deverá  comunicar   o   fato   imediatamente   à   Secretaria   Municipal   de   Meio  Ambiente  e  Sustentabilidade  -‐  SEMMAS.  

     Parágrafo   único.   Se   for   constatado,   por   técnico   da   Secretaria  

    Municipal   de   Meio   Ambiente   e   Sustentabilidade   -‐   SEMMAS,   que   a  causa   da   degeneração   não   foi   natural,   será   exigido   ao   proprietário   à  implantação   de   medida   compensatória   no   caso   de   morte   da  vegetação,   sem   prejuízo   da   aplicação   das   sanções   previstas   na  legislação  em  vigor.    

  • 21    

    Art.  56  -‐  No  fiel  cumprimento  da  legislação  vigente,  a  nenhuma  autoridade   é   dado   considerar   ou   reconhecer   qualquer   direito   de  edificação   sobre   as   áreas   que   tiverem   vegetação   imune   ao   corte,  conforme   Lei   Federal   n°   9.605/98   (Lei   de   Crimes   Ambientais)   e   Lei  Municipal  n°605/  01  (Código  Ambiental  do  Município  de  Manaus).              

    2. CORTE E PODA

    2.1 CORTE    Processo   de   retirada   da   árvore   do   local,   por   meio   de   uso   de  

    motosserra  ou  similares,  deixando  sua  raiz  presa  no  local.        Será   permitido   o   corte   de   árvores   em   logradouros   públicos   ou  

    demais   locais,   com   a   prévia   autorização   expedida   pela   Secretaria   do  Meio  Ambiente   e   devidamente   referendada  pelo   Conselho  Municipal  do  Meio  Ambiente,  somente  quando:      • O  estado  fitossanitário  de  a  árvore  justificar;  • A  árvore,  ou  parte  dela,  apresentar  risco  de  queda;  • A   árvore   constituir   risco   à   segurança   das   edificações,   sem   que  

    haja  outra  solução  para  o  problema;  • A   árvore   estiver   causando   danos   comprovado   ao   patrimônio  

    público  ou  privado,  não  havendo  alternativa  para  solução;  • O   plantio   irregular   ou   a   propagação   espontânea   de   espécies  

    impossibilitarem   o   desenvolvimento   adequado   de   árvores  vizinhas;  

    Observação:   A   Secretaria   Municipal   de   Meio   Ambiente   e  Sustentabilidade/SEMMAS,  dispõe  para  distribuição  a  cartilha  do   Plano   Diretor   de   Arborização   Urbana   da   Cidade   de  Manaus,  na  íntegra.  

  • 22    

    • Se   tratar   de   espécie   invasora,   tóxica   e/ou   com   princípio  alergênico,  com  propagação  prejudicial  comprovada;  

    • Da  implantação  de  empreendimentos  públicos  ou  privados,  não  havendo   solução   técnica   comprovada   que   evite   a   necessidade  da  supressão  ou  corte,  implicando  no  transplante  ou  reposição;  

    • A   árvore   constituir   obstáculo   fisicamente   incontornável   ao  acesso  de  veículos  e  pessoas;  

    • A  poda  e/ou  corte  poderão  ser  executadas  por  terceiros,  pessoa  física   ou   jurídica,   desde   que   credenciados   pela   Secretaria   do  Meio  Ambiente;  

    • As   reposições   indicadas   são   de   cumprimento   obrigatório,  constituindo-‐se  infração  leve  a  sua  não  observância;  

    • As  despesas  decorrentes  da  reposição  de  espécimes  suprimidos  irregularmente,   inclusive   decorrentes   de   acidentes   de   trânsito,  correrão   por   conta   do   responsável   pela   infração   ou   fato,   sem  prejuízo  das  demais  sanções  legais  cabíveis.  

     Cortes   e/ou   extrações,   que   são   atividades  mais   danosas   do  

    ponto   de   vista   ambiental,   é   realizada   inicialmente   uma   avaliação  técnica,   visando-‐se   diagnosticar   o   estado   da   planta,   ou   seja,   se   sadia  ou   doente.   Essa   avaliação   é   muito   complexa,   pois   muitas   vezes   as  plantas   não   apresentam   sinais   visíveis   de   seu   estado   fitossanitário.  Uma   árvore   aparentemente   sadia   pode,   na   verdade,   estar  comprometida   se   possuir   grande   parte   de   seu   sistema   radicular  danificado.   Entretanto,   essa  mesma   árvore   poderá  manter-‐se   em   pé  ou   mesmo   sobreviver   por   certo   tempo.   Uma   planta   com   tronco   e  galhos   secos,   sem   folhas,   com  uma   aparência   de   ‘morte’,   pode   estar  viva,  adquirindo  folhagem  verde  e  viçosa  em  outra  época  do  ano.    

     Assim,   considera-‐se   como   planta   sadia   aquela   que   apresenta  

    integridade  nos  tecidos  das  partes  aéreas  (copa  e  caule)  e  do  sistema  radicular;   ausência   de   agentes   patogênicos   ou   parasitas;   e,   funções  

  • 23    

    vitais   não   alteradas;   considera-‐se   como   planta   DOENTE   aquela   que  manifesta   alterações   nos   processos   fisiológicos,   metabólicos   e   de  crescimento   e   desenvolvimento   através   de:   ressecamento   de   folhas,  galhos;  queda  anormal  de  folhas,   flores  ou  frutos;   inclinação  da  parte  aérea;   lesões   e   anelamentos;   infestação   por   pragas   e   agentes  patogênicos.   As   plantas   doentes   devem   ser   avaliadas   quanto   à  reversibilidade  de  seu  estado  e  condições  de  tratamento.  

    2.2 PODA  A   poda   consiste   na   eliminação   seletiva   de   ramos   ou   partes   de  

    ramos  de  uma  planta,  com  o  objetivo  de  proporcionar  uma  estrutura  adequada   à   planta   e   equilibrar   sua   frutificação   e   seu   crescimento  vegetativo.  

    POR  QUE  PODAR?    ü A  poda  é  recomendada  para  reduzir  os  conflitos  da  árvore  com  

    a  rede  elétrica  ou  telefônica;  ü Diminuir   a   brotação   de   ramos   epicórmicos,   e  

    consequentemente  a  intensidade  de  podas  posteriores.  

     

     

     

     

     

     

     

    ALGUNS  OBJETIVOS  DA  PODA  

    -‐  Reduzir  riscos  de  quedas;  -‐  Oferecer  desobstrução;  

    -‐  Reduzir  o  sombreamento  e  a  resistência  ao  vento;  -‐  Manter  a  saúde;  

    -‐  Influenciar  a  produção  de  flores  ou  frutos;  -‐  Melhorar  a  vista;  

    -‐  Melhorar  a  estética.    

  • 24    

    2.2.1. COMO EFETUAR OS CORTES  

    A.  O  corte  deve  ser  sempre  acima  de  uma  gema  vegetativa,  pois  se   ficar   um   tronco   acima   da   gema,   esta   apodrecerá,   podendo  comprometer  toda  a  planta.  

     

    Figura  1  -‐  Cortes  

    B.   O   corte   sempre   deve   ser   feito   inclinado   para   facilitar   o  escoamento  da  água,  em  bisel  de  45°,  para  fora  da  gema.

     

    Por  motivos  econômicos,  só  se  pincela  as  áreas  dos  cortes  com  produtos  especiais  (elastômeros,  alvaiade,  calda  bordalesa,  fitilho,  mastique  etc.),  em  caso  de  ramos  grossos  de  árvores  de  alto  valor.  

    Essa   operação   tem   que   ser   feita   com  muito   critério,   pois  embora  proteja   o   local   contra   infecções,   atrasa  muito  o   tempo  

  • 25    

    de  cicatrização,  o  que  às  vezes  aumenta  o  risco  do  aparecimento  de  infecções.  

    A   poda   de   árvores   em   locais   onde   existir   condutores  elétricos   devem   ser   realizadas   de  maneira   a   não   deixar   galhos  acima  dos  condutores  primários  (AT)  ou  em  posição  que  o  vento  possa  fazer  tocá-‐los  no  condutor.  

    2.2.2. TIPOS DE PODA

    Poda de formação

     

    Figura  2  -‐  Medida  recomendável  para  poda  de  formação  

    Visa   basicamente   conferir   à   árvore   uma   forma   adequada  durante  o  seu  desenvolvimento,  compatibilizando  sua  presença  com  os  equipamentos  urbanos.  

     A   futura  árvore  deverá   ter  os  galhos  situados  sempre  acima  de  

    2,0  m.  Assim,  evitaremos  que  seus  galhos  atrapalhem  a  passagem  de  veículos   e   de   pedestres   e,   além   disso,   posteriormente   serão  desnecessárias  podas  drásticas  para  corrigir  a  sua  forma.  

  • 26    

    Poda de limpeza e manutenção  É  empregada  para  evitar  que  a  queda  de  ramos  mortos  coloque  

    em   risco   a   integridade   física   das   pessoas   e   do   patrimônio   público   e  particular,  bem  como  para  impedir  o  emprego  de  agrotóxicos  no  meio  urbano  e  evitar  que  a  permanência  de  ramos  danificados  comprometa  o  desenvolvimento  sadio  das  árvores.  

    Poda de adequação  

    Visa  remover  partes  da  árvore  que  interferem  ou  causam  danos  incontornáveis  às  edificações  ou  aos  equipamentos  urbanos.  

    Poda de emergência  A   mais   traumática   para   a   árvore   e   para   a   vida   urbana,   é  

    empregada   para   remover   partes   da   árvore   que   colocam   em   risco   a  integridade  física  das  pessoas  ou  do  patrimônio  público  ou  particular.  

     

    Figura  3  -‐  À  esquerda,  corte  padrão  para  poda  de  adequação.  À  direita,  resultado  final.  

  • 27    

     

    - Parcial em v

     Visa  eliminar  os  ramos  que  estão  prejudicando  a  fiação  elétrica  

    primária  e/ou  secundária.  A  figura  mostra  a  poda  em  "V"  com  afastamento  para  a  rede  primária.    

    - Poda parcial em furo  

    Figura  4  -‐  À  direita,  padrões  para  poda  de  emergência.  À  esquerda,  resultado.  

  • 28    

    Visa  eliminar  os  ramos  que  estão  prejudicando  a  fiação  elétrica  secundária  (baixa  tensão).  

     

     

     

     

     

     

     

    Figura  5  -‐  Poda  em  Furos  -‐  Secundária  

    - Poda parcial de afastamento secundário Visa   eliminar   os   ramos   que   estão   próximo   da   fiação   da   rede  

    elétrica  secundária  (baixa  tensão).      

    NOTA  Normalmente   a   poda   é   executada   em   "V".   Posteriormente   a  árvore  se  recompõe  fechando  a  copa  de  modo  a  tomar  a  forma  de   um   furo.   Somente   em   copas   muito   densas   é   possível  executar  de  inicio  a  poda  em  furo.      

  • 29    

       

     

    - Poda drástica  A   poda   drástica   ocorre   quando   há   o   corte   total   da   copa,  

    restando   apenas   o   tronco   da   árvore;   quando   há   o   corte   de   grandes  galhos   deixando   a   árvore   em   desequilíbrio;   e   ainda,   quando   há   a  retirada  de  mais  de  70%  da  copa.  

     Esse   tipo   de   poda   não   é   recomendado,   sendo   permitida,  

    somente,   em   condições   de   emergência.   A   poda   drástica   é   crime  ambiental,  constitui  infração  média  a  grave.      

    ATENÇÃO As   podas   em   "V"   em   "FURO"   e   de   afastamento   são   podas  emergenciais   e   não   habituais.   A   poda   complementar   de  conformação   ou   contenção   sempre   são   executadas   pelas  Prefeituras   Municipais.   A   distância   dos   condutores   aos  galhos  deve  ser  de  no  mínimo  2m  para  a  ALTA  TENSÃO  e  1m  para  a  BAIXA  TENSÃO.  

     

  • 30    

     Figura  6  -‐  Poda  drástica  realizada  na  Av.  ...  

                   

    QUANTIDADE PERMITIDA DA PODA  

         Em   qualquer   tipo   de   poda,   não   poderão   ser   removidos  mais  que   30%   (trinta   por   cento)   do   volume   total   da   copa,   sendo   o  descumprimento  considerado  infração  leve  a  média.  A  adoção  de  poda  drástica,   pela   remoção   de   mais   de   70%   da   copa,   constitui   infração  média  a  grave.  

    IMPORTANTE AVIFAUNA:   evitar   a   poda   das   árvores   que   estiverem   sendo  utilizadas  para  a  reprodução  das  aves,  salvo  os  casos  de  poda  emergencial,   onde   o   manejo   não   pode   ser   adiado   e   seria  plenamente  justificado.  

  • 31    

     Figura  7  -‐  Processo  para  a  realização  da  poda  

    O que fazer com os resíduos do manejo?

    Ao   concluir   o   serviço   de   poda   ou   corte,   o   local   deverá   ser  limpo  e  os   restos  vegetais  não  poderão  ser  colocados  em  via  pública,  devendo  ser  estes  dispostos  no  Aterro  Municipal  ou  em  área  indicada  para   tal  pelo  Plano  Diretor  de  Resíduos  Sólidos  de  Manaus,   sob  pena  

    VOCABULÁRIO  TÉCNICO  

    Crista:   parte   superior   da   inserção   de   um   galho   no   tronco,   com  papel  importante  na  cicatrização  da  base  do  galho  podado.  

    Colar:  parte   inferior  da   inserção  de  um  galho,  que  também  exerce  função   importante  na  cicatrização  da  base  do  galho  podado.  Pode  apresentar   saliência,   indicando   preparo   da   árvore   para   perda   do  galho.  

    Caducidade  das  folhas:  diz-‐se  da  planta  ou  vegetação  que  perde  as  folhas  em  determinada  época  do  ano,  geralmente  na  estação  seca  ou  inverno.  

  • 32    

    de  multa  prevista  na  Lei  Orgânica  do  Município  de  Manaus  e  na  Lei  n°  605/2001.  

    3. FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS

    Ferramentas  Adequadas  para  o  serviço  de  poda    

    Inicialmente,  deve-‐se  garantir  a  segurança  por  meio  da  utilização  dos   equipamentos   de   proteção   individual   (EPIs),   que   consistem  basicamente   em   óculos,   capacetes,   cintos   de   segurança,   luvas   de  couro,   sapatos   com   solado   reforçado,   esporas   quando   tecnicamente  recomendáveis  e  protetores  auriculares.  

     As   ferramentas  e  equipamentos  utilizados  na  poda  das  árvores  

    urbanas   devem   ser   produtos   de   qualidade,   estar   em   bom   estado   de  conservação   e   dentro   das   normas   técnicas.   Essas   características   são  vitais  para  o  sucesso  da  poda.    

     A   forma   de   utilização   dessas   ferramentas   é   de   fundamental  

    importância  para  garantir  a  segurança  dos   funcionários  envolvidos  na  poda,  bem  como  dos  pedestres,  carros  e  tudo  que  esteja  no  entorno.  

     Cada  ferramenta  tem  suas  características  próprias,  servindo  para  

    realização   de   operações   específicas.   Algumas,   como   as   tesouras   de  poda,   são   utilizadas   para   o   corte   de   ramos   ainda   ligados   às   árvores,  sendo  específicas  para  os  ramos  pequenos  de  até  15mm  de  diâmetro.  Para   ramos   de   até   25mm,   recomenda-‐se   a   utilização   do   podão,   que  pode  ser  utilizado  para  podar  ramos  de  até  6  metros  de  altura.  Para  os  ramos   com   diâmetros   de   2,5   a   15   cm,   podem-‐se   utilizar   as   serras  manuais;  para  ramos  com  diâmetro  superior  a  15  cm,  recomenda-‐se  a  utilização  da  motosserra  por  operadores  capacitados.  Ferramentas  de  impacto  como  machado,   foice  e   facão  só  devem  ser  utilizadas  para  o  

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    corte   dos   ramos   que   foram   podados   e   já   estão   no   solo,   visando  diminuir  o  volume  de  material  a  ser  transportado.  

     O   mais   importante   equipamento/acessório,   e   de   grande  

    utilização,   é   a   corda   A   de   sisal   (confeccionada   em   fibras   naturais)   é  considerada   a  melhor,   por   ser   pouco   elástica   e  menos   escorregadia,  proporcionando   maior   segurança   ao   podador.   É   imprescindível   em  operações  nas  copas  das  árvores  e  na  segurança  pessoal.    

     Outros   equipamentos/acessórios   utilizados   na   operação   são  

    escadas,   andaimes   e   plataformas   elevatórias   que   facilitam   a  aproximação  aos  ramos  a  serem  podados.    

    FERRAMENTAS  

     Figura  8  -‐  1.  Serra  de  Arco;  2.  Serra  Lâmina  Rígida;  3.  Tesoura  de  Poda;  4.  Motosserra;  

    5.  Tesoura  de  Poda;  9.  Podão.  

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    Podas de árvores em logradouros públicos  Quando   a   operação   de   poda   for   realizada   em   vias   públicas,  

    devemos  tomar  certos  cuidados  adicionais.  A  área  de  trabalho  deve  ser  isolada   com   fitas   plásticas   de   cores   chamativas,   cones   e   placas   de  sinalização   para   proteger   os   operadores   concentrados   no   trabalho   e  também  para  garantir  a  segurança  de  pedestres/  veículos  e  animais.    

     É  aconselhável  que  todos  os  envolvidos  na  operação  de  poda  de  

    árvores   em   locais   públicos   utilizem   coletes   refletores   para   facilitar   a  sua   visualização.   Para   que   a   poda   seja   realizada   em   logradouros  públicos  é  importante  atender  à  legislação  vigente.  

     

     

    Ferramentas não recomendadas para a poda  Jamais   deverão   ser   usados   facões,   foices,  

    machados,   pois   além   dos   cortes   com   essas  ferramentas   serem   imprecisos,   existe   um   risco  maior   de   acidente   envolvendo   o   podador,  constituindo  infração  leve.  

    IMPORTANTE As  ferramentas  mais  utilizadas  nos  serviços  de  poda  são:  

    ü Serras  manuais                                                

    ü Serra  lâmina  rígida  

    ü Serra  de  arco  

    ü Tesouras  de  poda  de  cabo  longo  e  podão    

    ü Motosserra  

     

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    4. INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA  

    ü Somente  pessoas  autorizadas  e  devidamente  treinadas  é  que  deve  executar  os  serviços  de  corte  e  poda;  

    ü Não  operar  o  equipamento  sem  conhecimento  para  tal;  ü Verificar  se  os  galhos  a  serem  cortados  têm  possibilidade  de  

    atingir  os  condutores  ou  se  distância  de  trabalho  é  inferior  a  60  cm  em  Redes   de   13.800   volts.   Nestes   casos   a   rede   de   alta   deverá   ser  desligada,   ou   realizar   a   poda   por   profissionais   especializados   em  serviços  com  linhas  energizadas  (  Linha  Viva);  

    ü Sinalizar  convenientemente  o  local  de  serviço  mediante  o  uso  de  barreiras,  cordões  de  isolamento  e  cones  de  sinalização;  

    ü O  empregado  que  irá  efetuar  a  poda  de  árvores,  deverá  estar  utilizando  os  equipamentos  de  proteção  individual  adequado,  os  quais  se   constituem   de:   luvas,   capacete,   óculos   de   segurança   ou   capacete  com  protetor  facial  acoplado,  cinturão  de  segurança,  protetor  auricular  e  roupas  adequadas;  

    ü Antes   do   início   dos   serviços,   deverá   ser   constatada   a  existência  ou  não  de  casas  de  marimbondos  ou  abelhas  na  árvore  a  ser  podada.   Caso   da   existência,   além   dos   equipamentos   de   proteção   o  empregado   deverá   utilizar   roupas   protetoras   contra   tais   insetos,  extinguindo   os   mesmos   através   de   fumaça   ou   inseticidas.   Para  utilização   de   inseticidas   o   empregado   ainda   deverá   utilizar   máscara  protetora;  

    ü Cada   ferramenta  a   ser  utilizada  no   serviço,  deverá   ser   içada  por  meio  de  corda  em  baldes  de  lona  ou  bolsa;  

    ü A  distância  mínima  de  segurança  para  as  redes  de  alta  tensão  é  de  2,00  metros  e  1,00  para  a  baixa  tensão.  

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    5. CUIDADOS NA PODA DE ÁRVORES COM REDES SECUNDÁRIA E/OU PRIMÁRIA ENERGIZADAS  

    ü Utilizar  equipamentos  hidráulicos  com   lança  e  cestas   isoladas  (caso  não  possuam  solicitar  a  CONCESSIONÁRIA  de  energia  elétrica);  

    ü Estacionar  o   veículo  de   tal  modo  que  os  galhos   cortados  não  caiam  sobre  a  cabine  do  veículo  após  o  corte;  

    ü Proteger  os   condutores   elétricos   secundários   com  coberturas  flexíveis  no  sentido  de  baixo  para  cima,  e  finalmente  o  do  meio;  

    ü Instalar   as   coberturas   nos   condutores   fora   do   alcance   dos  galhos   e   depois   deslizá-‐las   sobre   esses   condutores,   usando-‐se   tantas  quantas  forem  necessárias  para  isolar  o  trecho  sob  alcance  dos  galhos;  

    ü Com   o   bastão   podador   ou   alicate   hidráulico,   o   empregado  deverá  proceder  ao  corte  dos  galhos;  

    ü Finalizada   a   poda,   retirar   as   coberturas   dos   condutores   no  sentido  inverso  à  instalação.  

     

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    6. PROCEDIMENTOS PARA EMISSÃO DE AUTORIZAÇÃO DE CORTE E PODA DE ÁRVORES

     A   SEMMAS   realiza   avaliações   técnicas   e   sócias   ambientais,  

    referentes   a   solicitações   recebidas   para   avaliação   da   necessidade   de  manejo   de   indivíduos   arbóreos   localizados   seja   em   via   pública,   área  verde,  propriedade  particular  ou  terreno  de  domínio  público,  mediante  situações  de  reforma  construção  ou  ampliação  de  edificações,  danos  a  integridade  física  ou  ao  patrimônio.  

    Na  avaliação  técnica  é  verificado:  necessidade  e  tipo  de  poda,  bem   como   consequências   dessa   poda   para   o   desenvolvimento   da  árvore.  Na  avaliação  socioambiental   são  avaliados:   localização,   riscos,  justificativas   para   os   pedidos   de   poda   e   possíveis   alternativas   para   o  manejo  solicitado.  

    A   tramitação   das   solicitações   realizadas   na   Gerencia   de  Corte/Poda  segue  uma  sequência,  a  seguir:  

    Locais      

    • Via  Pública:  Ruas,  Avenidas,  Praças,  Parques  e  etc.  

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    • Propriedade   Particular:   Residências,   Empresas,   Associações,  Igrejas,  Escolas  Particulares,  Condomínios  e  etc.  

    • Terreno   de   domínio   público:   Órgãos  Municipais,   Estaduais   e  Federais.  

    • Áreas  Verdes:  Formas  de  vegetação  primária,  secundária  e  etc.  

    Documentação  Necessária  

    • Via   Pública:   Solicitação   através   de   ofício,   por   telefone   ou  direto  na  Secretaria  com  vistoria  e  emissão  de  Laudo  Técnico.  

    • Propriedade  Particular  • -‐   Pessoa   Jurídica   (Empresas,   associações,   igrejas,   escolas  

    particulares,  condomínios  e  etc.)  • -‐Solicitação   por   meio   de   Oficio,   com   vistoria   e   emissão   de  

    Laudo  Técnico.  • -‐Pessoa   Física:   Requerimento.   R.G.   (Fotocópia),   C.P.F.  

    (Fotocópia),  IPTU  ou  comprovante  de  residência  (Fotocópia).    

    • Terreno  de  Domínio  Público    • -‐  Solicitação  através  de  ofício,  com  vistoria  e  emissão  de  Laudo  

    Técnico.    

    Areas  Verdes    • Requerimento,  R.G.  (Xerox),  CPF  (Xerox),  IPTU  ou  comprovante  

    de  residência  (Xerox),  com  vistoria  técnica  e  emissão  de  laudo.    

    • Terreno  de  Terceiros  (vizinho):  Somente  com  a  autorização  do  proprietário.    

    • -‐  CPF  (Xerox),  RG  (Xerox),   IPTU  ou  comprovante  de  residência  (Xerox),  com  vistoria  técnica  e  emissão  de  laudo  (CORTE).  

    ASPECTOS IMPORTANTES  

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    -‐   A   SEMMAS   emite   somente   a   autorização   de   corte   ou   poda   de  árvores,   logo,   esta   Secretaria   não   dispõe   de   uma   equipe   para   a  execução  do  serviço;  

    -‐   A   execução   do   serviço   de   corte   ou   poda   de   árvores   em  propriedade   privada   é   de   inteira   responsabilidade   do   proprietário  mediante  a  autorização  da  SEMMAS;  

    -‐   Quando   o   serviço   de   Corte/Poda   se   tratar   de   via   pública,   a  SEMMAS  autoriza  o  serviço  mediante  vistoria,  e  encaminha  a  SEMULSP  para  executar  o  serviço;    

    -‐  Toda  autorização  de  Corte  exige  uma  compensação  de  mudas  do  requerente,   que   deverá   ser   entregue   no   Viveiro  Municipal   no   IFAM,  antiga  escola  Agro  técnica  no  Bairro:  Zumbi;  

    Exceção:   a   compensação   de  mudas   não   será   permitida   quando   o  requerente  for  idoso  (a)  ou  a  árvore  encontra-‐se  morta;  

    -‐   A   quantidade   de  mudas   a   serem   doadas   será   determinada   pelo  técnico  ambiental  mediante  vistoria   in  loco,  conforme  especificado  na  tabela  de  compensação  publicado  na  Resolução  COMDEMA  001/2012;  

    -‐   As   Autorizações   de   Corte   que   requer   compensação   deverá   ser  entregue   ao   solicitante   no   Viveiro   Municipal   do   IFAM,   mediante  entrega   das   mudas.   As   demais   autorizações   de   corte   e   poda   serão  entregue   aos   requerentes   na   Gerência   de   Corte   e   Poda,   no   Parque  Lagoa  do  Japiim;    

    -‐  A  Gerência  de  Corte/Poda  não  estipula  prazo  para  a  realização  da  vistoria,   pois   não   trabalha   com   agendamento.   Visto   que,   ocorrem  alguns  imprevistos,  como  a  falta  de  transporte,  chuvas,  urgências  entre  outros   que   acabam   comprometendo   o   trabalho   de   vistorias  programado  para  determinado  dia;  

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    -‐   Árvores   que   se   encontram   em   “Áreas   de   Preservação  Permanente”   (APP’s),   como   nascentes,   córregos   e   lagos   e   os  remanescentes   de   vegetação   nativa,   não   devem   sofrer   qualquer   tipo  de   poda,   corte   ou   extração,   a   menos   que   apresentem   riscos   à  comunidade,   necessitando   sempre   a   autorização   expressa   do   órgão  ambiental  municipal  ou  estadual;    

    -‐  Quando  configurar  urgência/emergência  de  corte/poda  de  árvores  os   bombeiros,   Defesa   Civil   e   a   Eletrobrás   Amazonas   Energia   poderão  atuar   sem  autorização  desta  SEMMAS.  No  entanto,  deverão   informar  até  48  horas  a  execução  do  serviço  a  esta  Secretaria;  

    -‐   O   corte   em   propriedade   privadas   urbanizadas   é   de  responsabilidade  do  proprietário,  mediante  a  autorização;  

    -‐  A  retirada  dos  restos  vegetais,  após  a  realização  do  corte  ou  poda,  caberá  ao  seu  executor.  Os  mesmos  não  poderão  ser  colocados  em  via  publica,  devendo  ser  dispostos  no  Aterro  Municipal  sob  pena  de  multa  prevista   pela   Lei   Orgânica   do   Município   de   Manaus   e   na   Lei   nº.  605/2001.  

    -‐   A   autorização   de   corte   e   poda   terá   validade   de   06   (seis)  meses,  após  o  término  o  requerente  deverá  solicitar  renovação.  

     

       

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    BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS  

    Resolução  090/2006  Conselho  Municipal   de  Desenvolvimento  e  Meio  Ambiente-‐  COMDEMA.  Diário  Oficial  do  Município  de  Manaus,  27  set.,  n°  1572,  Ano  VII,  2006.  

    Resolução   n°   001/2012-‐   Conselho   Municipal   de   Desenvolvimento   e  Meio   Ambiente-‐   COMDEMA/Plano  Diretor   de   Arborização  Urbana   da  Cidade   de   Manaus/AM.   Diário   Oficial   do   Município   de   Manaus,   12  mar.,  n°  2886,  Ano,  2012.  

    SECRETARIA   MUNICIPAL   DE   MEIO   AMBIENTE   E   SUSTENTABILIDADE.  Cartilha  de  Corte  e  Poda  de  Árvores.  Manaus/AM,  2010.    PREFEITURA   DO   MUNICÍPIO   DE   SÃO   PAULO   \   Manual   Técnico   de  Arborização   Urbana.   Secretaria   Municipal   do   Verde   e   do   Meio  Ambiente.    EDWARD,   F.   G.   &   LILLY,   S.  Melhores   Práticas   de   Manejo-‐   Poda   de  Árvores.  Revisado  2008.    SEITZ,  R.A.  Manual  de  Poda  de  Espécies  Arbóreas  Florestais.  1º  Curso  em   Treinamento   sobre   Poda   em   Espécies   Arbóreas   Florestais   e   de  Arborização  Urbana.  Piracicaba/SP,  1996.  Disponívelem:  http://www.ipef.br/publicacoes/curso_arborizacao_urbana/cap08.pdf  Acesso  em:  27/11/2012.      

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