Manual da formaçao ST

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Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho Manual da Formao Tcnico Superior de Segurana e Higiene no Trabalho Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 2 Objectivos Pretende-se que, no final da aco de formao, os formandos sejam capazes de: Processos de identificao e avaliao dos riscos de operao existentes nas reas de trabalho;Medidas tcnicas de controlo dos riscos de operao;Processos de avaliao e controlo de determinado tipo de riscos especficos.Condies de utilizaoEstemanualfoiconcebidonombitodaacodeformaoemTCNICO SUPERIORDESEGURANAEHIGIENENOTRABALHOAco1/2009para Bacharis e Licenciados com idades compreendidas entre os 29 e 61 anos. Modalidades de desenvolvimento Aprendizagem/Aperfeioamento Este manual da responsabilidade de Antnio Oliveira Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 3 SEGURANA NO TRABALHO Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 4 Contedo 1.Avaliao e Controlo de Riscos Associados .................................................................... 8 1.1.Circulao, Riscos Horizontais e Verticais ..................................................................................................... 8 1.1.1.Introduo ......................................................................................................................................... 8 1.1.2.Riscos de circulao ......................................................................................................................... 8 1.1.3.Riscos horizontais ............................................................................................................................. 9 1.1.3.1.Andaimes ..................................................................................................................................... 9 1.1.4.Riscos verticais ............................................................................................................................... 10 1.1.4.1.Escadas de mo ......................................................................................................................... 10 1.1.4.2.Equipamentos de elevao de cargas ....................................................................................... 10 1.1.5.Legislao aplicvel ........................................................................................................................ 11 1.1.6.Normalizao aplicvel ................................................................................................................... 11 1.2.Movimentao manual de cargas ................................................................................................................ 12 1.2.1.Introduo ....................................................................................................................................... 12 1.2.2.Medidas de preveno .................................................................................................................... 13 1.2.3.Avaliao de referencia do risco ..................................................................................................... 14 1.2.3.1.Cargas mximas permitidas ....................................................................................................... 14 1.2.3.2.Caractersticas da carga ............................................................................................................ 15 1.2.3.3.Esforo excessivo ...................................................................................................................... 16 1.2.3.4.Medidas adequadas ................................................................................................................... 16 1.2.4.Mecnica corporal ........................................................................................................................... 17 1.2.4.1.Princpios bsicos ...................................................................................................................... 17 1.3.Equipamentos dotados de visor ................................................................................................................... 20 1.3.1.Introduo ....................................................................................................................................... 20 1.3.2.Efeitos no organismo ...................................................................................................................... 20 1.3.3.Medidas de preveno .................................................................................................................... 20 1.3.3.1.Medidas gerais de preveno .................................................................................................... 20 1.3.3.2.Vigilncia de sade .................................................................................................................... 22 1.3.3.3.Formao e informao dos trabalhadores ................................................................................ 22 1.3.4.Legislao aplicvel ........................................................................................................................ 22 1.4.Movimentao mecnica de cargas ............................................................................................................. 23 1.4.1.Introduo ....................................................................................................................................... 23 1.4.2.Componentes em interaco .......................................................................................................... 23 1.4.2.1.Material ....................................................................................................................................... 23 1.4.2.2.Deslocamento ............................................................................................................................ 23 1.4.2.3.Mtodo ....................................................................................................................................... 24 1.4.3.Equipamentos de manobra ............................................................................................................. 24 Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 5 1.4.3.1.Equipamentos ............................................................................................................................ 25 1.4.3.2.Acessrios .................................................................................................................................. 27 1.4.4.Manuteno ................................................................................................................................ 28 1.4.5.Medidas bsicas de segurana ....................................................................................................... 28 1.4.6.Legislao aplicvel ........................................................................................................................ 29 1.4.7.Normalizao aplicvel ................................................................................................................... 29 1.5.Mquinas ...................................................................................................................................................... 31 1.5.1.Introduo ....................................................................................................................................... 31 1.5.2.Definies ....................................................................................................................................... 31 1.5.2.1.Aquisio de mquinas .............................................................................................................. 33 1.5.3.Equipamento de trabalho ................................................................................................................ 33 1.5.3.1.Princpios de concepo ............................................................................................................ 33 1.5.3.2.Comandos .................................................................................................................................. 35 1.5.3.3.Avisos ......................................................................................................................................... 35 1.6.Segurana para mquinas ........................................................................................................................... 36 1.6.1.Riscos ............................................................................................................................................. 36 1.6.1.1.Riscos mecnicos ...................................................................................................................... 36 1.6.1.2.Outros tipos de riscos ................................................................................................................. 36 1.6.2.Caractersticas dos protectores e dispositivos de proteco .......................................................... 37 1.6.3.Manuteno .................................................................................................................................... 39 1.6.4.Manual de instrues ...................................................................................................................... 39 1.6.5.Legislao aplicvel ........................................................................................................................ 40 1.6.6.Normalizao aplicvel ................................................................................................................... 41 1.7.Manuteno .................................................................................................................................................. 42 1.7.1.Introduo ....................................................................................................................................... 42 1.7.2.Ferramentas manuais ..................................................................................................................... 43 1.7.3.Manuteno elctrica ...................................................................................................................... 43 1.7.3.1.Introduo .................................................................................................................................. 43 1.7.3.2.Consignao .............................................................................................................................. 44 1.7.3.3.Fusveis ...................................................................................................................................... 45 1.7.3.4.Condutores ................................................................................................................................. 45 1.7.3.5.Gambiarras ................................................................................................................................. 46 1.7.3.6.Formao ................................................................................................................................... 46 1.7.4.Manuteno mecnica, hidrulica e pneumtica ............................................................................ 47 1.7.5.Soldadura ........................................................................................................................................ 47 1.7.6.Trabalhos de manuteno em espaos confinados ........................................................................ 49 1.7.7.Lubrificao ..................................................................................................................................... 49 Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 6 1.7.8.Normalizao aplicvel ................................................................................................................... 50 1.8.Manuteno mecnica ................................................................................................................................. 51 1.8.1.Tipos de Mquinas Transportadoras .............................................................................................. 51 1.8.2.Aparelhos de Funcionamento Contnuo .......................................................................................... 51 1.8.3.Aparelhos de Funcionamento Descontnuo .................................................................................... 53 1.8.4.Portas e vias de circulao ............................................................................................................. 54 1.9.Armazenagem .............................................................................................................................................. 55 1.9.1.Introduo ....................................................................................................................................... 55 1.9.2.Armazenagem de produtos quimicos perigosos ............................................................................. 57 1.9.3.Armazenagem de materiais secos a granel .................................................................................... 57 1.9.4.Armazenagem de liquidos ............................................................................................................... 59 1.9.5.Armazenagem de gases ................................................................................................................. 59 1.9.6.Locais tcnicos ................................................................................................................................ 59 1.9.6.1.Compressores ............................................................................................................................ 59 1.9.6.2.Recipientes sob presso ............................................................................................................ 59 1.9.6.3.Fornos e estufas ......................................................................................................................... 59 1.9.6.4.Instalaes frigorificas ................................................................................................................ 60 1.9.6.5.Locais de carga de baterias e acumuladores ............................................................................. 60 2.Avaliao e Controlo de Riscos especficos .................................................................. 61 2.1.Riscos elctricos .......................................................................................................................................... 61 2.1.1.Introduo ....................................................................................................................................... 61 2.1.2.Riscos elctricos ............................................................................................................................. 62 2.1.3.Risco de incndio devido corrente elctrica ................................................................................. 62 2.1.4.Causas de sobreaquecimento ........................................................................................................ 62 2.1.5.Arco elctrico .................................................................................................................................. 63 2.1.6.Atmosferas explosivas .................................................................................................................... 63 2.1.7.Concepo da instalao ................................................................................................................ 63 2.1.8.Quadro elctrico .............................................................................................................................. 64 2.1.9.Proteco da instalao e canalizaes ......................................................................................... 64 2.1.10.Efeitos principais de uma corrente elctrica ................................................................................... 64 2.1.11.Riscos de electrizao .................................................................................................................... 69 2.1.11.1.Choque Elctrico ................................................................................................................... 69 2.1.11.2.Efeitos do Choque Elctrico .................................................................................................. 69 2.1.12.Proteco contra choques elctricos .............................................................................................. 72 2.1.12.1.Contactos directos ................................................................................................................. 72 2.1.12.2.Contactos indirectos .............................................................................................................. 73 2.1.13.Origem da electricidade esttica ..................................................................................................... 76 Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 7 2.1.13.1.Medidas preventivas contra electricidade esttica ................................................................ 76 2.1.14.Utilizao e manuteno da instalao ........................................................................................... 77 2.1.15.Proteco contra descargas atmosfricas ...................................................................................... 77 2.1.16.Periodicidade aconselhvel das verificaes .................................................................................. 77 2.1.17.Cuidados teis com a electricidade ................................................................................................ 79 2.1.18.Actuao em caso de acidentes elctricos ..................................................................................... 80 2.1.19.Proteger-se e proteger a vitima de novo acidente .......................................................................... 80 2.1.20.Aplicao dos primeiros socorros ................................................................................................... 81 2.2.Substncias Perigosas ................................................................................................................................. 83 2.2.1.Introduo ....................................................................................................................................... 83 2.2.2.Classificao de substancias qumicas de grande risco ................................................................. 85 2.2.3.Slidos inflamveis ......................................................................................................................... 85 2.2.3.1.Plsticos e filmes ........................................................................................................................ 86 2.2.3.2.Metais ......................................................................................................................................... 88 2.2.3.3.Poeiras ....................................................................................................................................... 88 2.2.4.Equipamentos de proteco individual para emergncias qumicas .............................................. 89 2.2.4.1.Introduo .................................................................................................................................. 89 2.2.4.2.Vantagens e desvantagens dos vrios nveis de proteco ...................................................... 91 3.Instrumentos de Medio e Deteco ............................................................................. 92 3.1.Explosivmetro .............................................................................................................................................. 92 3.1.1.Caractersticas ................................................................................................................................ 92 3.1.2.Acessrios ....................................................................................................................................... 93 3.2.Detectores de gs ........................................................................................................................................ 95 3.2.1.Detectores de um s gs ................................................................................................................ 95 3.2.2.Detector Porttil de Mltiplos Gases ............................................................................................... 95 3.2.3.Detectores de Vida Limitada de um s sensor ............................................................................... 95 3.2.4.Detectores Fixos ............................................................................................................................. 96 4.Bibliografia ........................................................................................................................ 97 Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 8 1.Avaliao e Controlo de Riscos Associados1.1.Circulao, Riscos Horizontais e Verticais 1.1.1.Introduo Uma grande percentagem dos acidentes que ocorrem provocada por quedas ou escorregamentos. As quedas no precisamdesergrandesparaserfatais,soimprevisveise,habitualmente,aszonasdocorpohumanomais atingidas so: CCabea,quepodesofrerfracturasavelocidadesdeimpactode15a24 km/h, ou seja, a uma queda equivalente de im de altura; CPs e tornozelos, que podem fracturar-se velocidade de impacto de 13 a 15 km/h ou uma queda equivalente de 0,6 a 0,75 m altura; CPernas e braos; CColunavertebral,quesepodefracturarvelocidadedeimpactode10 km/h ou queda equivalente de 0,3 m de altura. Asquedassoumdostiposdeacidentesmaisfrequenteseasuaprevenodependefundamentalmenteda organizao da empresa. Os riscos de queda podem ser devidos a trs situaes: Riscos de circulao; Riscos horizontais; Riscos verticais. 1.1.2.Riscos de circulao Acirculaodizrespeitosactividadesrealizadasnosolocomo,porexemplo,circulaodeveculosoupees, circulao em corredores no interior das instalaes, etc.. O transporte de materiais e de produtos responsvel pela ocorrncia de muitos acidentes, pelo que os corredores e vias de circulao devem ser planeados de um modo simples e de fcil compreenso para os utilizadores. Em relao s vias de circulao devem, para se evitar riscos, ser tomados em considerao os seguintes pontos:C Estar perfeitamente identificadas e sinalizadas; C Nohaverresduos,lquidosderramadosouzonasobstrudascom materiais empilhados; C Os pavimentas no devem ter buracos, lajes danificadas ou solo irregular; C Haverumantidaseparaoentreaszonasdestinadasaoperarcom mquinas e as destinadas circulao de pessoas; C Haverzonasdecirculaoprpriasediferenciadasparapeesepara veculos; C Proporcionar formao adequada aos condutores dos veculos de transporte interno da empresa; C Informar as pessoas exteriores empresa das regras internas de circulao; C Delimitar reas destinadas ao armazenamento e estacionamento; Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 9 C Desimpedir completamente as sadas de emergncia; C Dimensionar correctamente as vias de circulao para se proceder a trabalhos de manuteno e de reviso dos equipamentos de forma segura e eficiente; devem ser suficientemente largas para comportar o movimento a que se destinam e a evitar coliso de veculos; C Iluminar as vias de circulao de forma adequada, principalmente em escadas e rampas; C Colocar grades de proteco nos locais que ofeream risco de queda; C Sinalizar os locais a que do acesso; C Adaptar as vias de circulao utilizao de deficientes fsicos. 1.1.3.Riscos horizontais Osriscoshorizontaissodevidosaactividadesefectuadasmesmaalturaacimadosolocomo,porexemplo, trabalhos em pontes rolantes, armazenagem suspensa, circulao em andaimes, etc. Perante estes riscos, devem ser tomadas em considerao as seguintes recomendaes: C Para proteger os trabalhadores contra o risco de queda livre, as passagens situa das acima do solo devero ter dispositivos de proteco; C Todosostrabalhadoresqueexecutemtarefasacimadosolodeveropossuirequipamentosindividuaisde proteco (cintos e cabos de segurana); C O risco de coliso ou emaranhamento de dois equipamentos que operam mesma altura dever ser analisado antes dos mesmos entrarem em funcionamento; C Osoperadoresquetrabalhemcomequipamentosquefuncionememalturadeveroterformaoespecfica para os trabalhos a executar. 1.1.3.1.Andaimes Trata-sedeumequipamentosusceptveldeprovocaracidentesgravessenofor convenientemente montado e instalado com as proteces adequadas. Os pontos a seguir indicados devem ser tomados em considerao:C Devem ser montados e instalados por trabalhadores com formao adequada; C Devem serslidos, resistentes e apresentar todas as garantias necessrias de forma a impedir quedas de pessoas, materiais e ferramentas; C Antesdeseremmontados,deveverificar-seoterrenoondevoserinstalados,escolhendoouconstruindo pontos slidos de fixao; C Quandodasuamontagem,deveserutilizadoequipamentodeprotecoadequadocontraquedasedeve impedir-se a circulao de pessoas por baixo deles; C Devem instalar-se guarda-corpos para impedir a queda de pessoas, materiais ou ferramentas; C Os andaimes no devem ser utilizados antes de completamente montados; C Astbuas-de-pdosandaimesdevemserrobustas,nodevendosercarregadasexageradamentemassim com as cargas repartidas ao longo do seu comprimento; Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 10 C Os andaimes rolantes s devem ser deslocados lentamente, de preferncia no sentido do seu comprimento, em pavimentos desimpedidos e sem ningum ou qual quer carga sobre eles; C Os andaimes rolantes devero ter as rodas bloqueadas antes de serem utilizados. 1.1.4.Riscos verticais Os riscos verticais so resultantes de actividades que necessitam de um acesso em altura ou envolvam um risco de queda de material, por exemplo, utilizao de escadas, elevao de cargas, etc.. Osmeiosdecirculaoqaverticaldeveroseradaptadosaonmerodepessoasqueosutilizameassuas dimenses adequadas aos objectos que por eles circulam. 1.1.4.1.Escadas de mo Asescadasdemosocausadorasdeumelevadonmerodeacidentes,devidoprincipalmente sua m utilizao e ao seu deficiente estado de conservao. Os pontos a seguir indicados devem ser tomados em considerao:C As escadas devem ser montadas num pavimento estvel, horizontal, contra uma superfcie slida e lisa de modo a no escorregarem ou tombarem; devem ultrapassar, pelo menos em um metro o pavimento de trabalho a que do acesso; C Comoqualquerequipamentosdevemserutilizadasescadasembomestadodeconservao.Montantese degraus danificados devem ser substitudos; C A base da escada deve estar suficientemente afastada da superfcie de apoio; C Para que as escadas duplas no escorreguem, devem os dois montantes ser ligados por correntes ou cordas; C Quando houver necessidade de se emendarem escadas, deve haver uma sobre posio de, pelo menos, cinco degraus. 1.1.4.2.Equipamentos de elevao de cargas Os equipamentos de elevao de cargas so, devido sua funo, susceptveis de provocar acidentes Assim, para os evitar, h que ter em considerao os pontos a seguir indicados: C Qualquerequipamentodeelevaodecarganodeverserutilizadoparamovimentarvalores superiores aos indicados; C Osequipamentosdeveroserinspeccionadosregularmenteporpessoalqualificadodevendopara isso existir procedimentos bastante rigorosos pois desgastes e falhas de material no so por vezes detectveis com facilidade; C Devemsersutilizadosganchosquenopermitamoescapedoaneloudaaladesegurana(ganchos abertos no devem ser usados); C Osequipamentosdeelevaodecargassdevemsermanuseadosporpessoalhabilitadoedevidamente treinado. Pessoal no qualificado no sabe amarrar e empilhar correctamente cargas, o que pode dar origem a acidentes graves; Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 11 C Asoperaesdeelevaoemovimentaodecargasvolumosasepesadas,pormeiodeguindastesfixosou mveisoupontesrolantes,deveroseracompanhadasporumsegundotrabalhadorque,pormeiode sinalizao adequada, orientar o trabalhador que comanda o equipamento de elevao 1.1.5.Legislao aplicvel C Decreto-Lei n 286/91 de 9 de Agosto Estabeleceasprescriestcnicasdeconstruo,verificaoefuncionamentoaquedevemobedeceros aparelhos de elevao e movimentao C Portaria n 1209/91, de 19 de Dezembro Regulamenta o contedo de declarao do fabricante e a marcao dos cabos metlicos, correntes de varo redondo de ao e ganchos, destinados a operaes de elevao e movimentao C Decreto-Lei n 378/93 de 5 de Novembro, alterado pelos Decretos-Lei n 139/95 de 14 de Junho e n 374/98, de 24 de Novembro TranspeparaodireitointernoaDirectiva89/392/CEE,doConselho,de14deJunho,alteradapelas Directivas91/368/CEE,doConselho,de20deJunho,93/44/CEE,doConselho,de14deJunhoe 93/68/CEE, do Conselho, de 22 de Junho, relativas concepo e fabrico de mquinas e componentes de segurana quando sejam colocados no mercado isoladamente, com vista a eliminar ou diminuir riscos para a sade e segurana quando utilizadas nas condies previstas pelo fabricante e de acordo com o fim a que se destinam Revoga: Decreto-Lei n 386/88 de 25 de Outubro, Decreto Lei n 273/91 de 7 de Agosto, Portaria n 736/88 de10deNovembro,DecretoLein47575de3deMarode1967,Portariasn933/91e934/91de13de Setembro e Portaria n 1214/91 de 20 de Dezembro 1.1.6.Normalizao aplicvel C Norma Portuguesa NP EN115:1996 C Regras de segurana para o fabrico e instalao de escadas mecnicas e tapetes rolantes C Norma Portuguesa NP 1939:1988 C Aparelhos de elevao e movimentao. Aparelhos pesados. Regras de segurana Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 12 1.2.Movimentao manual de cargas 1.2.1.Introduo O transporte manual de cargas envolve partes ou todo o corpo, e mesmo que a carga a movimentar no seja muito pesadaouvolumosa,abaixaeficinciadosistemamuscularhumanotornaestetrabalhopesado,provocando rapidamentefadigacomconsequnciasgravosas,nomeadamenteaumentandooriscodeocorrnciadeacidentes detrabalhooudeincidnciadedoenasprofissionais.Osestudosbiomecnicosassumemparticularimportncia nas tarefas de transporte e levantamento de cargas, comuns a um grande nmero de actividades, nas quais se inclui a Industria Metalomecnica, responsveis por varias leses, por vezes irreversveis ou de difcil tratamento, sobretudo ao nvel da coluna. Acolunavertebral,devidosuaestruturaemdiscos,poucoresistenteaforascontrriasaoseueixo,comose pode observar: Quando se levanta a carga na posio o mais erecta possvel, o esforo de compresso distribui-se uniformemente sobre a superfcie total de vrtebras e discos. Nestaposioconsegue-sereduziremcercade20%acompressonosdiscos,emrelaoaolevantamentona posio curvada. Nosmovimentosdeflexo,oncleonoestalinhadocomocentrododiscointervertebral,peloquesedesloca pelo efeito de cunha que exercem as vrtebras sobre ele. Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 13 Esteefeitoreveste-sedeumaespecialimportncianaregiolombarcujasvrtebrastmpoucolimitadoo movimentodeflexo.Nestascondies,asfibrasconcntricasdoanelfibrosocomprimem-senapartedianteirae dilatam-se na parte posterior.O ncleo deslocado para trs acrescenta tenso a estas fibras provocando sobre elas una presso anormal. Ao endireitar a coluna at posio vertical, num disco em bomestado, o ncleo regressa ao centro do disco por efeitodoimpulsoqueseexercesobreasfibraselsticasdoanelfibroso.Osmovimentosderotaodacoluna resultam perigosos porque provocam um efeito de cizalha sobre os discos intervertebrais da regio lombar.Podemos intuir que os esforos realizados com o tronco flexionado podem ser extremamente perigosos. A repetio demovimentosqueimpemaosdiscosesforosanormais(flexodegrandeamplitude,rotaes,etc.)conduza deterioramentoprogressivodosdiscosintervertebrais.Asfibraselsticasdoanelfibroso,emparticular,tendema romper-se.Aoendireitarocorpodepoisdeumaflexo,umapartedoncleopodesertrilhadanessasfibrasdeterioradas.Os nervossensitivosdaperiferiadodisco,irritados,provocamumadorviolentaquedesencadeia,porreflexo,o bloqueio dos msculos em posio de semiflexo. Este o mecanismo do lumbago, to frequente hoje em dia. Otransportemanualdecargasquasesempreumtrabalhopesado,aindaqueacargaamovimentarnoseja pesadaouvolumosa,sobretudoquandohnecessidadedeelevaoetransporteparaplataformasoudesubir escadas. Durante o esforo muscular esttico os vasos sanguneos do tecido muscular so comprimidos e o fluxode sangue, e com ele o fornecimento de oxignio e acar, diminudo. Surge ento a fadiga, que tem consequncias gravosas, no sporque reduz a eficincia do trabalho, como pode conduzir a acidentes. A frequncia destes acidentes , geralmente, elevada e aumenta para o fim do dia de trabalho. Existem dois tipos de levantamento de cargas no trabalho: +LEVANTAMENTO ESPORDICO: relacionado com a capacidade muscular; +LEVANTAMENTOREPETITIVO:ondeacresceacapacidadeenergticadotrabalhadoreafadiga fsica. Outros riscos associados elevao e transporte manual de cargas so: Queda de objectos nos ps; Ferimentos causados por marcha sobre, choque contra, ou pancada por objectos penetrantes; Contuses provocadas por objectos penetrantes ou contundentes. MOVIMENTAO MANUAL DE CARGAS: Qualquer operao de transporte e sustentao de uma carga, por um ou mais trabalhadores,incluindolevantar,colocar,empurrar,puxar,transportaredeslocar,quedevidossuas caractersticas,ouscondiesergonmicasdesfavorveiscomporteriscosparaosmesmos,nomeadamentena regio dorso-lombar. 1.2.2.Medidas de prevenoOdecreto-lein.330/93,de25deSetembro,transpeparaodireitointernoaDirectivan.90/269/CEE,do Conselho, relativa s prescries mnimas de segurana e de sade na movimentao manual de cargas: Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 14 Organizao do trabalho adequada ou utilizar os meios apropriados, nomeadamente mecnicos. Este preceito em obedincia aos princpios gerais da prevenoe ao critrio geral de eficincia que enquadra tais princpios estabelece que devero ser prioridades as medidas de ELIMINAO DO RISCO. Asoluopassapelaadopodemetodologiasquepermitamamecanizaoeautomatizaodaelevaoe transporte de cargas. Parte dos riscos podem ser controlados pela utilizao de dispositivos de proteco individual, tais como: Capacete; Luvas; Calado de proteco; Aparelhos auxiliares. 1.2.3.Avaliao de referencia do risco 1.2.3.1.Cargas mximas permitidas Seutilizamosummtodocorrectoparaelevaomanual,acargamximaadmissvelbastanteelevada,sendo limitada apenas pela resistncia dos msculos. A capacidade de elevao das mulheres cerca de 60% da capacidade de elevao dos homens, o que limita o seu emprego em operaes que envolvem movimentao manual. APortarian.186/73(alteradoon.1erevogadoon.4pelaPortarian.229/96,de26deDezembro),de13de Maro,queregulamentaotrabalhofeminino,limitaa27kgacargamximaqueumamulherpodedespender acidentalmenteea15kgquandoemesforomdioregular.Amesmaportarialimitaaindamulher,durantea gravidez e trs meses aps o parto, a 10 kg o transporte manual regular de cargas. Os valores limite para elevao e transporte manual de cargas dependem dos seguintes parmetros: Idade; Sexo; Durao da tarefa; Frequncia do movimento de elevao e transporte; Capacidade fsica do trabalhador. Atravs do seguinte quadro podemos obter aqueles valores com base numa combinao dos parmetros indicados. Valores limite em kg para a elevao e transporte manual de cargas para indivduos entre 25 e 45 anos. Frequncia de elevao e/ou transporte manual HOMENSMULHERES Em % de 1 dia de trabalho de 8 horas (ou turno) CAPACIDADE FSICACAPACIDADE FSICA ELEVADAMDIABAIXAELEVADAMDIABAIXA 0 a 17504030302015 18 a 5432251816129 55 a 8220149964 83 a 1001063531 Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 15 Estesvaloresdevemreduzir-sedecercade40%parajovenscomidadeinferiora15anosehomenscomidade superior a 60 anos. Para o transporte em percursos com comprimento superior a 2 metros devem reduzir-se os valores em questo, de: 20 % Para percursos de 2 a 10 m; 40 % Para percursos de 10 a 25 m; 60 % Para percursos de 25 e superiores. 1.2.3.2.Caractersticas da carga Caractersticas da carga: Carga pesada: o> 30 kg em operaes ocasionais; o> 20 kg em operaes frequentes. Carga volumosa ou difcil de agarrar; Carga em equilbrio instvel ou com contedo sujeito a deslocao; Carga colocada de tal modo que deve ser mantida ou manipulada distancia do tronco, ou com flexo do tronco; Cargasusceptvel,devidoaoseuaspectoexterioresuaconsistncia,deprovocarlesesao trabalhador, nomeadamente no caso de choque. Ainclinaodacolunaparaafrenteouparatrsoriginaumatensoelevadanosmsculoseligamentosdolado convexo e uma grande compresso nas extremidades das vrtebras e dos discos no lado concavo. Em tais posturas extremas os elementos elsticos da coluna vertebral no podem cumprir as suas funes. Ostrabalhadoresdevemmovimentar-sesuavecautelosamentequandoelevamoutransportamcargas,puxamou empurramveculosdemodoaevitaremaadopodeposturasperigosas.Quandoestiveremcausao desenvolvimento de grandes esforos fsicos, a coluna no deve ser inclinada, nem rodada sobre o seu eixo. Deve ser utilizada como um suporte e nunca como uma articulao. Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 16 A elevao e o transporte manual de cargas requerem um grau elevado de coordenao muscular. A desateno, a fadiga e a rigidez dos msculos e tendes sob influncia do frio, humidade e correntes de ar, quando o vesturio de trabalho no fornece proteco suficiente, podem impedir essa coordenao e conduzir a acidentes. Por outro lado, oexerccioeosmovimentosexecutadoscorrectaemoderadamentemelhoramaagilidadefsicaefortalecemos msculos locomotores e dorsais. 1.2.3.3.Esforo excessivo Quando seja excessivo para o trabalhador; Quando apenas possa ser realizado mediante um movimento de toro do tronco; Quando possa implicar um movimento brusco da carga; Quando seja realizada com o corpo em posio instvel. 1.2.3.4.Medidas adequadas Condies de risco: oEspao livre, nomeadamente vertical, insuficiente; oPavimento plano com desnveis; oLocal que no permite um m.m.c. a uma altura segura ou postura correcta; oPavimento ou pontos de apoio instveis. oFrequncia do trabalho; oPerodos insuficientes de descanso fisiolgico e recuperao; oGrandes distancias de elevao, abaixamento ou transporte; oCadencia que no possa ser controlada pelo trabalhador. Procedimentos a adoptar: oIdentificar as causas do risco e factores individuais de risco, nomeadamente aptido fsica; oProceder a nova avaliao aps aplicao das medidas adoptadas. Informao / Formao: oSobre os riscos potenciais para a sade devido incorrecta movimentao manual de cargas; oPeso mximo e caractersticas da carga; oCentro de gravidade da carga e trabalhador; oOutros riscos associados; oQueda de objectos sobre os ps; oFerimentos por marcha, choque ou pancada. Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 17 1.2.4.Mecnica corporal 1.2.4.1.Princpios bsicos +A utilizao dos msculos mais fortes e mais longos ao erguer ou movimentar objectos uma medida de segurana e torna o movimento mais eficiente; +A contraco dos msculos abdominais ao erguer ou puxar um peso, ajuda a estabilizar a pelve e proteger as vsceras; +A estabilidade de um corpo maior quando tem uma base de sustentao larga e um centro de gravidade baixo; +A fora requerida para manter o equilbrio de um corpo aumenta conforme a linha de gravidade se afasta do centro da base de apoio; +Puxaroudeslizarumcorporequermenosesforoquelevant-lo,porqueimplicaummovimentoopostoforada gravidade; +O atrito entre a fora e a superfcie sobre o qual se move, afecta o trabalho necessrio para mov-lo; +Servir-se do prprio peso para deslocar um objecto requer menos energia no movimento; +As mudanas de actividade e posio contribuem para conservar o tonus muscular e evitar a fadiga. POSTURA Uminter-relacionamentorelativodaspartesdocorpo,portanto,oequilbrioentreosossos,msculos,tendese ligamentos,estruturasquesustentameprotegemocorpocontraagentesexternosouinternos,queactuamna tentativa de quebrar a harmonia esttica ou dinmica deste equilbrio. a posio do corpo que envolve o mnimo de sobrecarga das estruturas com o menor gasto de energia para o mximo de eficincia na utilizao do corpo. a posio do corpo humano no espao, quer em movimento quer em repouso, sem que esta provoque dor, esforo ou fadiga. Os principais sistemas envolvidos na movimentao do corpo so: Sistema muscular; Sistema esqueltico; Sistema nervoso. NO SENDO POSSVEL MECANIZAR O LEVANTAMENTO DE CARGAS, para o levantamento manual podemos apontar algumas recomendaes: Posto de trabalho (bancadas, prateleiras, equipamentos, etc.) deve ser projectado tendo em conta a ocorrncia de tarefas que obrigam a levantamento de cargas; Limitarolevantamentodepesosa20kg,nomximo(estevalor,paralevantamentosfrequentes, resulta de estudos efectuados pelo NIOSH National Institute for Occupational and Health, USA), para levantamentos repetitivos em determinadas circunstncias; A carga deve possuir formas que facilitem pegar-lhes (furos laterais, pegas);Manter a carga na vertical; Manter os pesos prximos do corpo; Evitar tores do tronco; Manter os ps e as costas numa postura correcta;Evitar movimentos bruscos que provoquem picos de tenso; Alternar posturas e movimentos; Trabalhar em equipa. Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 18 NO SENDO POSSVEL MECANIZAR O TRANSPORTE DE CARGAS Devem adoptar-se alguns princpios, entre outros: Limitar a carga; Evitar carregar pesos s com uma mo; Utilizar equipamentos de transporte, de preferncia com rodas; Utilizar o movimento do corpo a favor do movimento; Utilizar um piso duro e nivelado. Haparelhosdevriostiposquepodemserutilizadosnaindstriacomoauxiliaresdamovimentaomanual.Os mais vulgares so os seguintes: +CARROS DE MO Podemter1,2ou4rodasesousadosparatransportarmateriaiseobjectosmaisoumenos volumosos ou pesados atravs de distncias curtas. Aspegasdevemterresguardossalientesparaevitarocontactocomportas,colunas,esquinasou outros obstculos. Acargadeveserdistribudauniformemente,mantendo-seoseucentrodegravidadeomaisbaixo possvel. A visibilidade do percurso a efectuar uma condio de segurana importante. +Rolos, tubos de pequeno dimetro So utilizados para o transporte de materiais e de peas mais ou menos volumosas. +Ventosas Soapropriadasparaotransportedepeasdevidro.Soconstitudasporumpunhodedupla ventosacomalavancas,sendoestasutilizadasparaadernciadopunhocargaeparaasua deslocao. Funciona por vcuo. Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 19 +Pinas ou Garras So utilizadas para o transporte de chapas, carris ou toros de madeira. +man Exercemumatracomagnticasobreosmateriaisemferro,servindoparaotransportedechapas de grande superfcie. +Sifes Servem para vazar lquidos corrosivos ou txicos de uns recipientes para os outros. Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 20 1.3.Equipamentos dotados de visor 1.3.1.Introduo Hojeemdia,grandepartedotrabalhofeitacomaajudadesuportesinformticos,sendoaapresentaoda informao feita atravs de visores. Nestestermos,tornou-senecessrioregularautilizaodeequipamentosdotadosdevisor,tendosurgidoo Decreto-lei n 349/93 de 1 de Outubro e a Portaria o 989/93 de 6 de Outubro. Noexistemcontra-indicaesformaisparatrabalharcomequipamentosdotadosdevisor,desdequeoutilizador disponhadevisonormal(ouqueamesmaseencontrebemcorrigida)enopossuadoenasespecficas(por exemplo, epilepsia sensvel a estmulos luminosos, doena grave do aparelho osteoarticular, etc.). Noentanto,hqueterematenoofactodequeaobservaodeumvisorporumlongoperododetempo contnuoimpeumesforoimportanteaosmsculosoculares,podendolevaroutilizadoraficarcomaviso desfocada, voltando ao normal aps um perodo de paragem para descanso, podendo ainda surgir outros sinais e sintomas, entre os quais se destaca a fadiga. Outroproblemaaterematenonestetipodetrabalhoomovimentorepetitivodosdedosedasmosea restrio imposta postura. 1.3.2.Efeitos no organismo Umaactividadequeimpliqueautilizaoprolongadadeequipamentosdotadosdevisorpodeconduzirao aparecimento de alguns sintomas, entre os quais se salientam: CLacrimejo, conjuntivite e fadiga visual; CCefaleias (dores de cabea); CArtralgiasemialgias(doresnasarticulaesemsculos)dossegmentosdocorpomaissolicitados (mos, antebraos, ombros e coluna). 1.3.3.Medidas de preveno 1.3.3.1.Medidas gerais de preveno Para minimizar os riscos deste tipo de actividade h que respeitar os seguintes princpios: COscomandosderegulaodebrilhoedecontrastedovisordeveroserpassveisdeadaptaoao padro individual de conforto de cada utilizador; COs caracteres devero ser ntidos e sem oscilaes. Recomenda-se trabalhar com caracteres negros em fundo claro, de forma a provocar menor fadiga visual; COusosimultneodemuitascoressdeverserutilizadoquandosepretendareferenciardiferentes classes de informao em textos extensos, chamando a ateno do utilizador; CDeverserdadaespecialatenoorganizaodopostodetrabalho,adaptando-oaopadro individual de conforto de cada utilizador e s necessidades de cada tarefa: +Distncia visual recomendvel: 30 a 70cm (fig. 1); +ngulo visual correcto: entre l5 a 30 abaixo da horizontal (fig. 1); Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 21 +Cadeiradotadademximaflexibilidadequantosvriaspossibilidadesderegulao(alturae inclinaodoassentoedoapoiolombar),possuindo,pelemenos,cincorodas,deformaa assegurar estabilidade (fig. 1); +Tecladomveleseparadodovisor,permitindoumaadequadahorizontalizaodosantebraos, pulsos e mos; +Possibilidadedeutilizaracessriosparamaiorconforto,seatarefaojustificar(porexemplo, suporte de documentos, filtros, apoia-ps); +Possibilidadedefazerpausas,permitindoadiferentesolicitaodavisoeamovimentao articular e muscular; +No devero ser esquecidos ospostos de trabalho de p, os quais devero ter o seu tratamento especfico,tendoemcontaacorrectacolocaodosvisoresnasmquinasoupainisde comando, de modo a serem asseguradas as condies essenciais de trabalho de cada operador, nomeadamente: Distncia visual; ngulo visual; Orientao de forma a evitar reflexos. Tambm o ambiente de trabalho dever ser o mais adequado possvel, no que diz respeito, fundamentalmente: +Espao de acordo com o tipo de trabalho dever permitir fcil mobilidade ao utilizador; +Dever ser usado tom claro e mate, tanto nos equipamentos como nos revestimentos das paredes e pavimentos, de forma a reduzir a possibilidade de encandeamento +Iluminao correcta de modo a reduzir a fadiga visual; devero ser usados estores para regular a intensidadedaluznatural,ovisordeverestarposicionadoperpendicularmentesjanelas, afastado delas o mais possvel e colocado paralelamente em relao iluminao do tecto (fig. 2); Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 22 +Nveis de rudo que no originem incmodo (nunca acima de 70 dB (A)); +Condiesdeconfortotrmicoemtermosdehumidaderelativaedetemperaturaambiente,em funo do tipo de actividade desenvolvida +Os efeitos de todos estes factores sobre a viso esto intimamente ligados durao do trabalho com equipamento dotado de visor; assim, quando surgirem picadas nos olhos, dores de cabea, doresnasarticulaesemsculosououtrassensaesdedesconforto,outilizadordeverdar conhecimento ao mdico do trabalho para que este possa analisar cada caso em concreto. 1.3.3.2.Vigilncia de sade Nos exames mdicos do trabalho, nomeadamente nos exames de admisso e peridicos, os trabalhadores devero ser submetidos a: CHistriaclnicaeexameobjectivodireccionadosparaossistemasnervoso,oftalmolgico,psquicoe osteoarticular; CRastreio adequado de viso e, quando tal se justifique, exame oftalmolgico de especialidade. Semprequeosresultadosexamesmdicosoexigiremeosdispositivosnormaisdecorreconopuderemser utilizados, devero ser facultados aos trabalhadores dispositivosespeciais de correco concebidos para o tipo de trabalho desenvolvido. 1.3.3.3.Formao e informao dos trabalhadores Todos os trabalhadores devem receber formao adequada antes da utilizao dos equipamentos dotados de visor e ser informados dos riscos para a sade inerentes a esta actividade e quais os meios de os minimizar. 1.3.4.Legislao aplicvel Decreto-lei n 349/93 de 1 de Outubro TranspeparaodireitointernoaDirectiva9012701CEE,doConselho,de29deMaio,relativasprescries mnimas de segurana e de sade para utilizao pelos trabalhadores de equipamentos dotados de visor Portaria n 989/93 de 6 de Outubro Regulamenta o Decreto-lei n 349/93 de 1 de Outubro Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 23 1.4.Movimentao mecnica de cargas 1.4.1.Introduo A movimentao e o manuseamento de cargas so responsveis por cerca de 30% dos acidentes de trabalho nas diferentes fases do processo produtivo, provocados por queda levantamento de objectos, entaladela entre objectos, etc. Apreocupaocomestesnmerosaindamaiorseseconsiderarqueestaactividadenavidadeumaempresa ocupacercade60a80%dociclodefabricaoequeopesodemateriaisnormalmentemovimentadosnuma indstria corresponde a cerca de cinquenta toneladas por cada tonelada de produto acabado. 1.4.2.Componentes em interaco Podemos dividir as variveis envolvidas neste processo em trs, cujas causas podem condicionar a movimentao mecnicadecargas:omaterial,odeslocamentoeomtodo,cadaumacomriscosinerenteseconsequncias diferentes. 1.4.2.1.Material O modo como se apresenta o material pode influenciar as tcnicas e recursos disponveis: a.O seu estado fsico, se este um slido ou um lquido; b.Anaturezadomaterial,porexemplo,seexplosivo,implicatcnicasespeciaisdearmazenageme movimentao; c.Ascaractersticasdoprpriomaterialquepodemcausardificuldadesdemanuseamentodevidossuas dimenses, peso, grau de perigosidade; d.Aquantidadedematerialamovimentaroutradascondicionantesarespeitar,especialmentequando existemlimitesimpostospelosequipamentos.Porexemplo,cadaaparelhodeelevaoaccionado mecanicamente(carrosautomotoresereboques)deveapresentar,deformabemvisvel,aindicaoda capacidade mxima admissvel de carga. 1.4.2.2.Deslocamento A movimentao dos materiais uma prtica constante no dia-a-dia, implicando cuida dos especiais que devem ser atempadamente previstos. a.importanteestardefinidoeserconhecidoolocaldeorigemedestinodamercadoria,parase seleccionaremconvenientementeosrecursos.Comoexistemvriostiposdeequipamentos,devero escolher-seaquelesquemelhorrespondemsnecessidadesconsiderandoadistnciaapercorrer,a inclinao e as caractersticas do local de origem e destino; b.Dever ser considerada a frequncia com que se efectua cada movimentao, para se adoptar a melhor viadecirculaoeotipodeequipamentoautilizar.Forexemplo,umdeslocamentofrequenterequer maiores cuidados do que um deslocamento ocasional, necessitando quaisquer deles regras de segurana adequadas; Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 24 c.A velocidade dos meios mecnicos de transporte dever ser condicionada s caractersticas do percurso, natureza da carga, possibilidade de travagem, tipo de locomoo e distncia; d.Dever estabelecer-se o itinerrio, antes de se iniciar qualquer actividade. Se o percurso habitual dever estar bem projectado e concebido de forma a: CReduzir os riscos resultantes do trfego; CConsiderar os diferentes tipos de veculos; CTer em conta o espao disponvel; CConsiderar a localizao de outras vias de trnsito. As vias de circulao de veculos devero estar concebidas de forma a evitar: Cngulos e curvas bruscas; CRampas muito inclinadas; CPassagens estreitas e tectos baixos. Estasviasdeverosermarcadasdecadaladoeatodooseucomprimentoporumtraocontnuoentidoe mantidas livres de qualquer obstculo. Assuperfciesdospavimentosemqueestejaprevistaacirculaodecarrosdetransportedeveroser suficientemente lisas e isentas de cavidades, salincias e outros obstculos, para que a circulao se efectue com toda a segurana. As vias-frreas fabris, se for o caso, devero ser construdas tendo em conta a resistncia do terreno, a qualidade e colocao das travessas e dos carris, a curvatura e o declive, a carga til e a velocidade do material rolante. Para o caso de existirem placas giratrias, estas devero ser equipadas com dispositivos de imobilizao. 1.4.2.3.Mtodo Omtodoaadoptar,comojhouveoportunidadedereferir,deverserescolhidoatendendoespecificidadedo material e ao deslocamento a efectuar. Dever sobretudo considerar-se: a.A carga a transportar, pode constituir um risco. Por exemplo, um dos cuida dos a ter baixar, tanto quanto possvel, o centro de gravidade da carga; b.O tipo de embalagem, se so caixas de carto, sacos ou a granel; c.Antes de efectuar um deslocamento, dever verificar-se se o equipamento adequado carga, ou seja, se o peso da carga no excede a capacidade do equipamento; d.O tipo de equipamento dever ser escolhido em funo da movimentao a efectuar. Dada a importncia desta componente, desenvolve-se em seguida este assunto. 1.4.3.Equipamentos de manobra Existem vrios tipos de equipamentos com caractersticas muito diferentes. A sua versatilidade permite uma eficaz adequao actividade desenvolvida. A melhor estratgia na reduo do risco escolher antecipadamente o meio mais eficaz e adaptado, capaz de responder s solicitaes. Paraefectuaralgumasmanobrasexistemequipamentosqueexigemdohomemsaconduo,outrosexigema conduo e a propulso, e ainda outros exigem a conduo, a propulso e a elevao parcial. Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 25 Os equipamentos dividem-se em trs grupos fundamentais e respectivos acessrios: 1.4.3.1.Equipamentos Carros de transporte manual e mecnico Deentreosvriosequipamentosdestegnerodisponveisnomercado,osmais conhecidos e utilizados so: + Carros de transporte manual COs carros de transporte manualmais utilizados so os porta-paletes, quedeveroserutilizadostendoemcontaaseguranaeotipode transporte a efectuar. CAs rodas devem ser adequadas aos ambientes e pavimentos. CDevemserdotadosdeumsistemadetravagemenodeveroser utilizados em rampas ou superfcies inclinadas. CAs pegas ou vares de empurrar devem dispor de guarda-mos. + Carros de transporte mecnico O empilhador provavelmente o transporte mecnico mais verstil e mais utilizado. Todososempilhadoressofabricadosdeacordocomnormas(ASME B56.1:1995,NFPA505:1996,NFPA70:1996;etc.)ondeseestabelecem as suas proteces, os ambientes de trabalho, os usos, as operaes e a sua manuteno. Sofabricadoscomespecificaestcnicasparaseadaptaremavrios tiposdecargas.Estasnormaspermitemescolherotipodeempilhadora utilizar em funo das necessidades e riscos existentes. Osempilhadorespodemserclassificadospelasuafontedeenergia, posio do operador e formas de transportar a carga. Quanto s fontes de energia, podem ser: CEnergia elctrica armazenada em bateria que fazem accionar motores elctricos; CMotores a gasolina ou a diesel; CMotores que queima GPL (gs) e combinaes mistas. Os empilhadores elctricos soos menos poluentes e ruidosos,prprios para o interior de edifcios apresentando, no entanto, alguns riscos em particular se no se respeitarem regras fundamentais como: a carga das baterias que deve ser efectuada num local limpo e ventilado (retirando os tampes dos elementos da bateria). Os empilhadores a dieselsoosmaispoluentespoisemitemaltaspercentagensdemonxidodecarbono.Osdegs,quandobem afinados, so pouco poluentes. Emrelaoposiodocondutor,estapodesernointeriordacabinadoempilhadorounoexteriordamquina. Tambmpodemexistirsistemasautomticosquedispensamcondutorequeusamsolueselectrnicaserotas preestabelecidas. Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 26 As formas de transportar as cargas so as mais diversas, desde o reboque em cima deplataformas mveis de um pontoparaooutronasinstalaes,ataousodegarfosparapegar,levantardosolo,transportar,elevare depositar cargas. Existe por vezes o perigo dos empilhadores capotarem, dado o peso da carga, velo cidade e o modo de execuo da manobra. Para estas circunstncias devem estar disponveis proteces para salvaguardar o operador como, por exemplo,guardaslateraise,emespecial,umaprotecoresistentesobreacabeadooperador,protegendo-o tambmdaquedadeobjectos.Autilizaodosgarfosdeveprovocaroafastamentodaverticaldocentrode gravidade da carga. Esta situao pode ser crtica, principalmente em terrenos inclinados. As cargas no devero ser levantadas ou descidas durante o trajecto e os garfos devem ser sempre colocados o maisbaixopossvelmassembaternasirregularidadesdopavimento.Quandoacargaformuitovolumosa,o empilhador dever ser conduzido de marcha-atrs, para permitir ao operador a visibilidade do trajecto. Duranteasoperaesdecargaedescargadecamies,utilizandoempilhador,oscamiesdeveroestarbem travados (de preferncia com calces) e as rampas de acesso ao seu interior devero ser anti-derrapantes, evitando ressaltos e encravamentos das rodas dos empilhadores. A segurana do operador deve estar salvaguardada, a sua posio deve permitir visibilidade em todas as direces e possibilidade de se escapar rapidamente em caso de acidente. Oempilhadordevepossuirvolanteespecial,buzina,pirilamposdesinalizaoesinalsonorodemarcha-atrs, devendo a indicao da sua capacidade estar bem visvel. Duranteasmanobras,ooperadordeveterematenoasestruturassuperioresouobjectosprximos,taiscomo caboselctricos,tubagens,sprinklers,colunas,contentores,quadroselctricos,extintoresdeincndio,portas corta-fogo,etc.Dequalquerforma,estasestruturasdeveroestarequipadascombarreirasdeprotecoe convenientemente sinalizadas. Parafacilitaravisibilidadedeveroinstalar-seespelhosdecantonasesquinasdasestruturas(semelhantesaos utilizados na circulao rodoviria). E aconselhvel a utilizao das buzinas sempre que o empilhador se aproximar de locais com pouca visibilidade. Os operadores e/ou condutores de empilhadores devem ser seleccionados, treina dos e s os qualificados devero exercer a actividade. No permitido o transporte de pessoas nos empilhadores, para alm do condutor. B.Equipamentos de elevao Para a elevao de materiais existem equipamentos to diversos como gruas, guinchos, guindastes, etc., que so comandados pelo homem. Asgruassoequipamentoscomestruturaspesadas,comcapacidadedcargaparavriastoneladas. Paraalmdaelevao,tmtranslaomotorizadaemumaouemduasdireces.Emvezdeduas direces,algumastmrotaoetranslaoradial.Maissofisticadassoasgruasautomveis,que operam praticamente em todo o terreno e cujas lanas so extensveis. As pontes rolantes so tambm exemplos de gruas. As gruas, como mquinas complexas que so, devem ser utilizadas de forma adequada para se evitarem acidentes. Ascargasdevemsercolocadasnaverticaldaslanas,demodoaevitarsolicitaeslaterais.Oscomandosdas gruas devem ser bimanuais ou incluir o pedal do morto para evitar manobras erradas. Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 27 Osguinchossoequipamentosdeelevaodecargascujatranslao,aexistir,efectuadamanualmente.A elevao pode ser feita por motor elctrico, por motor pneumtico ou manualmente, por cor rentes ou alavanca. A capacidade de carga do aparelho no deve ser excedida. Asmanobrasdasgruaseguinchosdevemsersuaves,evitandoarranques,paragensbruscasevelocidades elevadas, de modo a no baloiar demasiadamente a carga. No caso dos guinchos, fundamental a existncia de traves ou patilhas de segurana que impeam a queda intempestiva das cargas. Todos os componentes como tambores, cabos, correntes, polis e ganchos so elementos fundamentais para a boa operaodegruas,guinchoseoutrosequipamentosdeelevao.Todasestaspartesmveiseelementosde traco contribuem para um bom funcionamento do equipamento. Inspeces rigorosas e peridicas a estes elementos devero ser feitas para detectar eventuais fissuras, desgastes, deformaesedanosnosmateriaisquereduzemassuascapacidadesecondiesdeutilizao.Tantooscabos comoosganchosdeveroserobjectodeespecialateno,umavezquesooscomponentesdemaiordesgaste (destacando-se nos ganchos a possibilidade de deformao). C.Sistemas Transportadores Umsistematransportador,segundoaASME(AmericanSocietyofMechanicalEngineers)umdispositivo horizontal,inclinadoouverticalparamovimentaroutransportarmaterialagranel,embalagensouobjectosnuma cadncia pr-determinada pelo dispositivo que tem pontos de carga e descarga previamente seleccionados, fixos ou ajustveis. Podem ser sistemas de correias, correntes, parafusos sem fim, por gravidade, por rolos, etc. As engrenagens, correntes, rodas e outras partes mveis deste sistema devero estar protegidas de modo a evitar acidentes pessoais. Devero existir sinais de AVISO nos pontos de carga e descarga, proteces e dispositivos de paragemdeemergnciaaolongodetodoocomprimentodosistema,Osoperadoresnuncadeverocolocaros braos e a cabea debaixo das correias ou dos sistemas de propulso, ou ainda transpor o sistema de um lado para outro,semserpormeiodepassagensadequadascomguardasecorrimes,paraevitarquedassobreos transportadores. 1.4.3.2.Acessrios Algunsdosequipamentosatrsreferenciadosnecessitamdeacessrioscornocordas,esteiras,cintasepaletes para auxlio da manobra. Estes acessrios so os meios de ligao entre as cargas e os equipamentos de elevao que devem ser adaptados e manuseados correctamente pelos operadores. A sua correcta utilizao exige um treino especfico. As paletes, em especial, esto disponveis no mercado em muitos formatos e materiais devendo optar-se pela mais adequada em funo da tarefa, Dever, ainda, retirar-se de circulao toda e qualquer palete que apresente perigo devido ao seu estado de degradao. Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 28 1.4.4.Manuteno Todoselementosdaestrutura,mecanismos,fixadoreseacessriosdosequipamentosdemanobradevemserde boaconstruo,demateriaisapropriadoseresistentesesermantidosembomestadodeconservaoe funcionamento. Aps a fase de implementao, dever continuar-se a dar importncia ao equipamento, estabelecendo de imediato e cumprindo o plano de manuteno (controlo, limpeza, conservao). 1.4.5.Medidas bsicas de segurana Aseguranaoferecidapeloequipamentospotencializadaeefectivasesecumpriremosprocedimentosde utilizao da mquina e se o estado de sade do operador for adequado. Existem fundamentalmente trs processos atravs dos quais se assegura a integridade fsica das pessoas. a.Mantendo o homem afastado da mquina atravs de: CBarreiras; CVedaes; CElementos sensveis de deteco de movimento. Noentanto,esteprocessoapresentaumriscoresidualporquerequersempreintervenoactivaoupassivade pessoas. b.Mantendo a mquina afastada do homem atravs de: CInterruptores manuais e/ou automticos; CFreios manuais, auxiliados mecanicamente ou aplicados potencia. Porexemplo,oscarropormotoresdecombustonodevemserutilizadosnaproximidadedelocaiscompoeiras explosivas ou vapores inflamveis e/ou no interior de edifcios onde a ventilao no seja suficiente para eliminar os riscos ocasionados pelos gases de escapes. c.Osdispositivosdaprecauo,utilizandosinalizaoactivaepassiva.Algumassituaesfrente apresentadas demonstram a aplicao desta medida. Por exemplo: COscondutoresdosaparelhosdeelevaonoosdevemdeixarsemvigilnciaquandoestiver suspensa uma carga. Neste caso, o prprio condutor far o aviso necessrio; CQuando necessrio deslocar cargas perigosas por cima de locais de trabalho, tais como metal em fusoouobjectospresosaelectromanes,develanar-seumsinaldeadvertnciaeficazafimde alertar os trabalhadores para abandonar a zona perigosa; COssinaisqueindiquemcondiesdeperigoemzonasdetrnsitodevemserconvenientemente iluminados durante o servio nocturno; aelevaoetransportedecargasporaparelhosdeelevaodevemserreguladosporumcdigodesinalizao que comporte, para cada manobra, um sinal distinto feito, de preferncia, por movimentos dos braos ou das mos, devendo os sinaleiros ser facilmente identificveis vista. Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 29 1.4.6.Legislao aplicvel Portaria ri 53/71 de 3 de Fevereiro, na redaco dada pela Portaria n 702/80 de 22 de Setembro Aprova o Regulamento Geral de Segurana e Higiene do Trabalho nos Estabelecimentos Industriais Decreto-lei n 110/91, de 18 de Maro Aprova os Regulamentos de segurana de elevadores escadas mecnicas e tapetes rolantes Decreto-lei n 286/91, de 9 de Agosto Estabelece as prescries tcnicas de construo, verificao e funcionamento a que devem obedecer os aparelhos de elevao e movimentao Portaria n de 2 de Maro Aprova como Regulamento de Segurana de Ascensores Elctricos (RSAE) a norma NP-3163-1:1988 Decreto-lei n 378/93 de 5 de Novembro, alterado pelos Decretos-lei n 139/95 de 14 de Junho e n 374/98, de 24 de Novembro TranspeparaodireitointernoaDirectiva89/392/CEE,doConselho,de14deJunho,alteradapelasDirectivas 91/368/CEE, do Conselho, de 20 de Junho, 93/44/CEE, do Conselho, de 14 de Junho e 93/68/CEE, do Conselho, de 22deJunho,relativasconcepoefabricodemquinasecomponentesdeseguranaqsejamcolocadosno mercadoisoladamente,comvistaaeliminaroudiminuirriscosparaasadeeseguranaquandoutilizadasnas condies previstas pelo fabricante e de acordo com o fim a que se destinam. Revoga: Decreto-lei n 386/88 de 25 de Outubro, Decreto-lei n 273/91 de 7 de Agosto, Portaria n 736/88 de 10 de Novembro, Decreto-lei n 47575 de 3 de Maro de 1967, Portarias n 933/91 e 934/91 de 13 de Setembro e Portaria n 1214/91 de 20 de Dezembro Decreto-lei n 295/98, de 22 de Setembro Estabelece os princpios gerais de segurana relativos aos ascensores e respectivos componentes, transpondo para o direito interno a Directiva n 95/16/CE de 29 de Junho Decreto-lei n 82/99, de 16 de Maro TranspeparaaordemjurdicainternaaDirectivan89/655/CEE,doConselho,de30deNovembrode1989, alteradapelaDirectivan95/63/CE,doConselho,de5deDezembrode1995,relativasprescriesmnimasde segurana e de sade para a utilizao pelos trabalhadores de equipamentos de trabalho 1.4.7.Normalizao aplicvel CNorma Portuguesa NP 1748:1985 - Aparelhos de elevao e movimentao. Aparelhos de elevao de srie. Terminologia ilustrada: Lista de termos equivalentes CNorma Portuguesa NP 3163-1:1988 - Regras de Segurana para a construo e instalao de ascensores e monta-cargas.Parte 1: Ascensores Elctricos CNational Fire Protection Association NFPA 70:1996 - National Electrical Code CNational Fire Protection Association NFPA 505:1996 - Powered Industrial Trucks, including type designations, areas of use, maintenance, and operation CAmericanSocietyforMechanicalEngineersASMEB56.11.4:1994-Hook-typesandForkCarriersforPoweredIndustrial Forklifts Trucks Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 30 CAmerican Society for Mechanical Engineers ASME B56.1:1995 Safety Standards for Low Lift and High Lift Trucks Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 31 1.5. Mquinas 1.5.1.Introduo Associadosutilizaodemquinasestovriosriscosparaasadeeseguranadaspessoaspodendo,em certos casos, provocar acidentes de trabalho e doenas relacionadas com o trabalho Comodesenvolvimentotecnolgico,asmquinasatingirammelhoresnveisdeeficinciamas,poroutrolado, agravaram-se ou surgiram novos riscos inerentes sua utilizao. Por vezes, os dispositivos de segurana no so suficientesparaevitarocontactocomzonasperigosas,assimanecessidadedeasidentificarecontrolar importante para a preveno de acidentes. Com a abertura do mercado e a consequente possibilidade de livre circulao de produtos, houve necessidade de (in)formarosfabricanteseconsumidoresparaconhecererespeitarosrequisitosdesegurana,criando-se legislao especfica e normalizao. 1.5.2.Definies Parafacilitaracomunicaonestamatria,sodefinidosseguidamentealgunsconceitosfundamentais, imprescindveis para gerir toda a informao disponvel nesta rea. a) Mquina: i)Conjunto,equipadooudestinadoaserequipadocomumsistemadeaccionamentodiferentedafora humana ou animal directamente aplicada, composto por peas ou componentes ligados entre si, dos quais pelo menos um mvel, reunidos de forma solidria com vista a uma aplicao definida; ii) Conjunto referido na subalnea anterior a que faltam apenas elementos de ligao ao local de utilizao ou de conexo com as fontes de energia e de movimento; iii) Conjunto referido nas subalneas i) e ii) pronto para ser instalado, que s pode funcionar no estado em que se encontra aps montagem num veculo ou instalao num edifcio ou numa construo; iv) Conjunto de mquinas referido nas subalneas i), ii) e iii) e ou quase -mquinas referidas na alnea g) que, para a obteno de um mesmo resultado, esto dispostas e so comandadas de modo a serem solidrias no seu funcionamento; v) Conjunto de peas ou de componentes ligados entre si, dos quais pelo menos um mvel, reunidos de formasolidriacomvistaaelevaremcargas,cujanicafontedeenergiaaforahumanaaplicada directamente; b) Equipamento intermutvelDispositivo que, aps a entrada em servio de uma mquina ou de um tractor, montado nesta ou neste peloprpriooperadorparamodificarasuafunoouintroduzirumanovafuno,desdequeoreferido equipamento no constitua uma ferramenta; c) Componente de seguranaQualquer componente: i) Que serve para garantir uma funo de segurana; e ii) Que colocado isoladamente no mercado; e Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 32 iii) Cuja avaria e ou mau funcionamento ponham em perigo a segurana das pessoas; e iv) Que no indispensvel para o funcionamento da mquina ou que pode ser substitudo por outros componentes que garantam o funcionamento da mquina; d) Acessrio de elevaoComponenteouequipamentonoligadomquinadeelevaoquepermiteapreensodacargae colocadoentreamquinaeacargaousobreaprpriacargaoudestinadoafazerparteintegranteda cargaequecolocadoisoladamentenomercado;soigualmenteconsideradoscomoacessriosde elevao as lingas e seus componentes; e) Correntes, cabos e correiasAscorrentes,oscaboseascorreiasconcebidaseconstrudasparaefeitosdeelevaocomo componentes das mquinas ou dos acessrios de elevao; f) Dispositivo amovvel de transmisso mecnicaOcomponenteamovveldestinadotransmissodepotnciaentreumamquinaautomotoraouum tractor e uma mquina receptora, ligando -os ao primeiro apoio fixo, sendo que sempre que seja colocado no mercado com o protector deve considerar -se como um s produto; g) Quase -mquinaOconjuntoquequaseconstituiumamquinamasquenopodeassegurarporsisumaaplicao especfica,comoocasodeumsistemadeaccionamentoequesedestinaaserexclusivamente incorporadaoumontadanoutrasmquinasounoutrasquasemquinasouequipamentoscomvista constituio de uma mquina qual aplicvel o presente decreto -lei; h) Colocao no mercadoAprimeiracolocaodisposionaComunidade,attuloonerosoougratuito,deumamquinaou quase-mquina com vista a distribuio ou utilizao; i) Fabricante: i)Qualquerpessoasingularoucolectivaresponsvelpelaconcepoeoupelofabricodeumamquina ouquasemquinaabrangidapelopresentedecreto-lei,bemcomopelaconformidadedamquinaou quase-mquinacomopresentedecreto-leitendoemvistaasuacolocaonomercado,comoseu prprio nome ou a sua prpria marca ou para seu uso prprio; ii)Nafaltadefabricantenaacepodasubalneaanterior,considera-sefabricantequalquerpessoa singular ou colectiva que proceda colocao no mercado ou entrada em servio de uma mquina ou quase-mquina abrangida pelo presente decreto-lei; j) MandatrioQualquerpessoasingularoucolectiva,estabelecidanaComunidade,quetenharecebidoummandato escritodofabricanteparacumprir,emseunome,atotalidadeoupartedasobrigaeseformalidades ligadas ao presente decreto -lei; l) Entrada em servioaprimeirautilizao,naComunidade,deumamquinaabrangidapelopresentedecreto--leideacordo com o fim a que se destina; Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 33 m) Norma harmonizadaa especificao tcnica, no obrigatria, adoptada por um organismo de normalizao, a saber, o Comit EuropeudeNormalizao(CEN),oComitEuropeudeNormalizaoElectrotcnica(CENELEC)ouo InstitutoEuropeudeNormasdeTelecomunicaes(ETSI),combasenummandatoconferidopela ComissodeacordocomosprocedimentosestabelecidosnaDirectivan.98/34/CE,doParlamento EuropeuedoConselho,de22deJunho,relativaaumprocedimentodeinformaonodomniodas normaseregulamentaestcnicasedasregrasrelativasaosserviosdasociedadedainformao, transposta para a ordem jurdica interna pelo Decreto-Lei n. 58/2000, de 18 de Abril, com as alteraes de que foi objecto. 1.5.2.1.Aquisio de mquinas A aquisio de qualquer equipamento deve ser precedida da elaborao de um caderno de encargos onde devero estarbemexplcitastodasasregrasdesegurana.Cadaequipamentoadquiridodeverpossuirummanualde instrues com informao precisa sobre a sua manipulao e componente de segurana, devendo ser redigido em Portugus e de fcil compreenso. 1.5.3.Equipamento de trabalho Os equipamentos de trabalho devem respeitar as regras tcnicas relativas s exigncias essenciais de segurana e protecodasade,nospelaexignciainerenteDirectivaMquinas(declaraodeconformidade, procedimentosdecomprovaocomplementaresemarcaoCE),mastambmpelofactodoscustosde execuoseremmaisbaixoseainstalaomaisfcilduranteafasedeconcepo.Quandonoforpossvel cumprir todos os requisitos legalmente estabelecidos, devero ser adoptadas de uma forma inequvoca, por parte do fabricante, medidas que garantam as condies de segurana. 1.5.3.1.Princpios de concepo Assoluesmaisfiveisdevemserconcebidasdeorigem,pelasuaeficinciaebaixocusto.Porisso,existem alguns princpios fundamentais que devem ser amplamente estudados, antes de se conceber um equipamento: CRespeitarprioridadesnaconcepo:paraqueoriscodeumequipamentosejaomaisbaixo possvel e a eficcia maior na preveno de acidentes, deve respeitar se a seguinte hierarquia: + Eliminar ou reduzir os riscos; + Adoptar medidas de proteco especiais para riscos que no possam ser eliminados; + Porltimo,informarosutentesdosseusperigos,darformaoespecficaedisponibilizar equipamento de proteco individual. CSeguranadeprodutoconceberumequipamentoprevendoutilizaesemcondiesnormais e/ou anormais para evitar a sua utilizao indevida; CErgonomiarespeitarosprincpiosergonmicos,ouseja,afadiga,constrangimentospsquicos (stress) devem ser reduzidos ao mnimo possvel Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 34 CEquipamentos de proteco individual Se for caso disso, o fabricante deve impor as limitaes necessrias ou previsveis utilizao de equipamentos de proteco individual; CAcessriosAsmquinasdevemserfornecidascomtodososequipamentoseacessrios especiais e essenciais para poderem ser utilizadas sem risco; CInstalaoAmquinadevepodersercolocadanumlugarsemriscos;casonopossaser transportada mo, deve estar equipada com acessrios que permitam a preenso por um meio de elevao, caso contrrio, deve ter disponvel pegas ou outros sistemas. Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 35 1.5.3.2.Comandos Os comandos devem ser seguros e fiveis de forma a no originar situaes perigosas em caso de erro de lgica nas manobras. Obotodearranquedeumamquinasdeveseraccionadoporumaaco voluntria sobre um rgo de comando previsto para o efeito. Cadamquinadeveestarequipadacomumouvriosdispositivosdeparagemde emergncia,pormeiodosquaispossamserevitadassituaesdeperigolatenteou existente. O modo de comando seleccionado deve ter prioridade sobre todos os outros sistemas de comando, com excepo da paragem de emergncia. Os suportes lgicos do dilogo entre o operador e o sistema de comando ou de controlo de uma mquina devem ser orientados para o utilizador. 1.5.3.3.Avisos As informaes disponveis para se operar com uma mquina devem ser precisas e de fcil compreenso. Se for caso disso, a mquina deve possuir dispositivos de alertaque no sejam ambguos e respeitem as cores e sinais de segurana. Mesmo assim, se continuarem a existir riscos pela especificidade do equipamento (por exemplo:armrio elctrico, fonte radioactiva), o aviso deve estar ilustrado com pictogramas e legendado em portugus. Em funo da sua natureza, a mquina deve possuir todas as indicaes indispensveis segurana de utilizao (porexemplo,frequnciamximaderotaodedeterminadoselementosrotativos,dimetromximode ferramentas que podem ser monta dos, massa, etc.). Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 36 1.6.Segurana para mquinas 1.6.1.Riscos 1.6.1.1.Riscos mecnicos Algunsdosriscosquepodemprovocarlesesfsicasoufuncionaisso descritos como: CFalta de estabilidade do equipamento; CResistncia dos materiais (fadiga, envelhecimento, corroso, abraso); CRiscodequedasouprojecesdeobjectos(peas maquinadas,ferramentas,aparas,fragmentos,resduos, etc.); CArestasvivas,ngulosvivosousuperfciesrugosas susceptveis de causarem ferimentos. 1.6.1.2.Outros tipos de riscos CFontes de alimentao: elctrica, hidrulica, pneumtica, trmica; CCargas electrostticas; CErros de montagem ou remontagem; CTemperaturas extremas, muito elevadas ou muito baixas; CIncndio e de exploso; CRudo e vibraes; CRadiaes; CEquipamento laser; CEmisses de poeiras e gases. CRegrageral,osprotectoresdevemserrobustosepermitir intervenes de manuteno. Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 37 1.6.2.Caractersticas dos protectores e dispositivos de proteco Os dispositivos de proteco devem ser inseridos nos sistemas de comando e garantir a impossibilidade de alcanar os elementos mveis. Em caso de avaria, devem provocar a paragem dos elementos mveis. Umprotectorumelementodeumamquinautilizadoespecificamenteparagarantirumaprotecopormeiode umabarreiramaterial.Consoanteasuaconstruo,umprotectorpodeterdesignaesdiferentes,taiscomo: crter, tampa, resguardo, porta, cercadura fechada e podem classificar-se em: Tipo de protector Protector fixoProtector mantido no seu lugar (i.e. fechado), quer de maneira permanente (por soldadura), querpormeiodeelementosdefixao(parafusos,porcas,etc.)quespermitemqueo protector seja remo vido ou aberto com auxlio de uma ferramenta. Protector mvelProtector que se pode abrir sem utilizar nenhuma ferramenta e que geralmente ligado por elementos mecnicos (por meiode dobradias, por exemplo) estrutura da mquina ou a um elemento fixo vizinho. Protector regulvelProtectorfixooumvelqueregulvelnoseuconjuntoouquecontmparteoupartes regulveis. A regulao mantm-se inalterada durante uma determinada operao. Protectores com dispositivos de: EncravamentoProtector associado a um dispositivo de encravamento de modo que: CAsfunesperigosasdamquinacobertaspeloprotectornopossamoperar enquanto o protector no estiver fechado; CSeoprotectorforabertoduranteaoperaodasfunesperigosasdamquina, dada uma ordem de paragem; CDesdequeoprotectorestejafechado,asfunesperigosasdamquinacobertas peloprotectorpodemoperar,masofechodoprotectornoiniciaporsiprprioa operaodetaisfunes(exemplo:amquinapraquandoalgumoualgoavana sobre a rea de perigo), BloqueioProtectorassociadoaumdispositivodeencravamentoeumdispositivodebloqueio mecnico, de modo que: CAsfunesperigosasdamquinacobertaspeloprotectornopossamoperar enquanto o protector no estiver fechado e bloqueado; Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 38 CO protector permanece bloqueado na posio de fechado at que tenha desaparecido o risco de ferimento devido s funes perigosas da mquina; CQuando o protector estiver bloqueado na posio de fechado, as funes perigosas da mquinapodemoperar,masofechoeobloqueiodoprotectornoiniciamporsi prpriosaoperaodetaisfunes(exemplo:umagradequespermiteo funcionamento da mquina quando est correctamente posicionada). Protectores com comando de arranque Protector associado a um dispositivo de encravamento (ou de bloqueio), de modo que: CAs funes perigosas da mquina cobertas pelo protector no possam operar at que o protector esteja fechado; CO fecho do protector inicie a operao da(s) funo(es) perigosa(s) da mquina; C(exemplo:painisautomticosmveisparaprotecodasmquinascomoprensas, mquinasdemoldarplsticoeborracha,porinjecooucompresso,comcargaou descarga manual). Dispositivos sensores:Porexemplo:dispositivoselectrossensveisespecialmenteconcebidosparaa detecodapresenadepessoas,nomeadamente,barreirasinvisveis,tapetes sensveis detectores electromagnticos. Estrutura de proteco contra o risco de viragem Dispositivos de comando: De aco continuadaManter o comando, boto, etc. premido. BimanuaisBlocoslgicosdestinadosaassegurarfunesdeseguranapormeiode comandos bimanuais. Por movimento limitado(passo a passo). Estruturas de proteco contra riscos de queda de objectos Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 39 1.6.3.Manuteno As operaes de manuteno, na grande maioria das vezes, so as principais causadoras de acidentes, devido ao factor surpresa e por serem, maioritariamente, tarefas no standardizadas. Por isso, estas operaes devem ser feitas com a mquina parada e com zonas de acesso prprias. Asfontesdeenergiadevemestaridentificadasepermitiroseubloqueamentoouinterrupocomfacilidade.De preferncia,devemcolocar-sedispositivosdeseguranaparaevitaroarranqueacidentalpoismuitosacidentes ocorrem quando uma mquina accionada por acaso durante o trabalho de manuteno. 1.6.4.Manual de instrues Cadamquinadeveseracompanhadadeummanualdeinstruescominformaesprecisassobreasua manipulaoecomponentedesegurana.Estedeveacompanharamquina,serredigidoemportugus(sese destinar ao mercado nacional) e de fcil compreenso. Omanualdeveestartocompletoquantopossvelecontemplarinformaescomoamovimentao(transporte), instalao,colocaoemservio,regulao,operao,manuteno,reparao,montagem,desmontagem, montagem de ferramentas e acessrios, etc., bem como as respectivas instrues de segurana. Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 40 1.6.5.Legislao aplicvel CDecreto-lei n 383/89 de 6 de Novembro TranspeparaaordemjurdicainternaaDirectiva85/374/CEE,doConselho,de25deJulho,relativa aproximao das disposies legislativas, regulamentares e administrativas dos Estados membros em matria de responsabilidade decorrente de produtos defeituosos. CDirectiva 92/31/CEE do conselho, de 28 de Abril de 1992 Altera a Directiva 89/336/CEE de 3 de Maio CDecreto-lei n 74/92 de 29 de Abril, alterado pelo Decreto-lei n 98/95 de 17 de Maio. TranspeparaaordemjurdicainternaaDirectiva89/336/CEEdoConselho,de3deMaio,respeitante compatibilidadeelectromagntica,comasalteraesquelheforamintroduzidaspelaDirectiva93/68/CEE,do Conselho, de 22 de Julho, respeitante marcao CE. C Decreto-lei n 378/93 de 5 de Novembro, alterado pelos Decretos-lei n 139/95 de 14 de Junho e n 374/98 de 24 de Novembro. Transpe para o direito interno a Directiva 89/392/CEE, do Conselho, de 14 de Junho, alterada pelas Directivas 91/368/CEE,doConselho,de20deJunho,93/44/CEE,doConselho,de14deJunhoe93/68/CEE,do Conselho, de 22 de Junho, relativas concepo e fabrico de mquinas e componentes de segurana quando sejam colocados no mercadoisoladamente, com vista a eliminarou diminuir riscos para a sadee segurana quando utilizadas nas condies previstas pelo fabricante e de acordo com o fim a que se destinam. Revoga: Decreto-lei n 386/88 de 25 de Outubro, Decreto-lei n 273/91 de 7 de Agosto, Portaria n 736188 de 10 de Novembro, Decreto-lei n 47575 de 3 de Maro de 1967, Portarias n 933/91 e 934/91 de 13 de Setembro e Portaria n 1214/91 de 20 de Dezembro. C Portaria n 145/94 de 12 de Maro, alterada pela Portaria n 280/96 de 22Julho Regulamenta o Decreto-lei n 378/93 de 5 de Novembro, alterado pelo Decreto-lei n 139/95 de 14 de Junho. C Decreto-lei n 214/95 de 18 de Agosto Estabelece as condies de utilizao e de comercializao de mquinas usadas, com vista a eliminar os riscos para a sade e segurana das pessoas, quando utilizadas de acordo com os fins a que se destinam CDecreto-Lei n. 50/2005 de 25 de Fevereiro ODecreto-Lein.82/99,de16deMaro,regulaasprescriesmnimasdeseguranaesadedos trabalhadores na utilizao de equipamentos de trabalho, transpondo para a ordem jurdica interna a Directiva n. 89/655/CEE, do Conselho, de 30 de Novembro, alterada pela Directiva n. 95/63/CE, do Conselho, de 5 de Dezembro CDecreto-Lei n. 103/2008 de 24 de Junho A Directiva n. 98/37/CE ser revogada, a partir de 29 de Dezembro de 2009, pela Directiva n. 2006/42/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de Maio, relativa s mquinas e que altera a Directiva n. 95/16/CE, doParlamentoEuropeuedoConselho,de29deJunho,relativaaproximaodaslegislaesdosEstados membrosrespeitantesaosascensores,transpostaparaaordemjurdicainternapeloDecreto-Lein.295/98, de 22 de Setembro. Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 41 1.6.6.Normalizao aplicvel C Norma Portuguesa NP EN 292-1:1993 C SeguranadeMquinas.Conceitosfundamentais,princpiosgeraisdeconcepo.Parte1: Terminologia bsica, metodologia C Norma Portuguesa NP EN 292-2:1993 C Segurana de Mquinas. Conceitos fundamentais, princpios gerais de concepo. Parte 2: princpios tcnicos e especificaes C Norma Portuguesa NP EN 294:1996 C Segurana de Mquinas. Distncias de segurana para impedir que os membros superiores alcancem zonas perigosas C Norma Portuguesa NP EN 349:1996 C Segurana de Mquinas. Distncias mnimas para evitar o esmagamento de partes do corpo humano C Norma Portuguesa NP EN 418:1996 Segurana de Mquinas. Equipamento de paragem de emergncia, aspectos funcionais Princpios de concepo C Norma Portuguesa NP ENV 1070:1996Segurana de Mquinas. Terminologia C B55304:1988 Code of practice for safety of machinery Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 42 1.7.Manuteno 1.7.1.Introduo Conjuntamentecomasverificaesprogramadas,fazempartedoprogramade manuteno de uma empresa os controlos peridicos e os trabalhos de reparao. Nodecursodamanuteno,ascondiesdetrabalhopodemsermuitodiferentes, apresentando novos riscos, uma vez que estas operaes no fazem parte das tarefas quotidianasnautilizaodosequipamentosepodemabrangerdesdeumsimples controlo dirio de funcionamento at ao restauro do prprio edifcio onde se situam as instalaes fabris. Porestemotivoedeumamaneirageral,utilizadaumagrandevariedadede ferramentas,mquinas,equipamentosdemovimentao,deelevao,decontrolo, etc., o que obriga aplicao de uma vasta gama de conhecimentos. Aofazer-seamanutenodeumamquinaferramentasonecessriosnos conhecimentosmecnicos,elctricos,electrnicosepneumticosmastambmde lubrificao e at de pintura muito vasto e complexo o campo da manuteno, o que obriga a adopo de procedimentos de segurana muito rigorosos, quer seja para uma simples manuteno de rotina, quer seja para uma operao de manuteno bastante profundadeumamquinaautomtica,naqualsejanecessriosubstituirpeas,oumesmopartescompletasda mquina. Por vezes, uma operao de rotina feita de modo descuidado pode ser responsvel por um acidente bastante grave. Antes de executar qualquer trabalho de manuteno, dever proceder-se a uma rpida planificao de segurana, com incluso dos seguintes pontos: 1.Identificar os riscos; 2.Avaliar solues alternativas; 3.Seleccionar a aco apropriada; 4.Programar os recursos a afectar; 5.Implementar a actuao; 6.Avaliar os resultados; 7.Ponderar o grau de eficcia obtido No possvel enumerar, no mbito de um trabalho deste tipo, todos os procedimentos de segurana a ter quando darealizaodeumaoperaodemanuteno,peloqueiremosfalardealgumassituaesmaiscomunse susceptveis de provocar acidentes. Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 43 1.7.2.Ferramentas manuais Devidoaoamplousodeferramentasmanuaiseelevadafrequnciaegravidadedosacidentesporelas provocados dever, quando da sua utilizao, ter-se em considerao os seguintes pontos: CSeleccionaraferramentacorrectaparaotrabalhoa executar, nunca ultrapassando a sua capacidade; CUtilizarsempreferramentasembomestadode conservao.Verificaroscabosepegasdasferra mentas,nocaindonatentaodeosfixarde maneiraartesanalcomemendas,pregosou parafusos,braadeirasoudequalqueroutramaneira menoscorrecta,poissosemprepontosfracosque, cedendo, podem ser a causa de acidentes; CUsar as ferramentas correctamente; CGuardar as ferramentas em locais apropriados. No devero estar amontoadas em caixas ou prateleiras, mas ter o seu Focal de guarda prprio, perfeitamente identificado; CTransportar as ferramentas em cintos prprios ou em bolsas agarradas cintura dos trabalhadores, o que lhes permitir ter as mos livres para subir escadas ou andai mes; CUtilizarsempreculosdeproteco,luvas,capaceteseoutrosequipamentosdeprotecoindividual adequados ao trabalho a executar; CProcederainspecesperidicasporpessoalespecializado,verificandoofuncionamentodasferramentase detectandopossveispontosdedesgasteederotura.Criarparacadaferramentaumafichaondeesteja indicado quando foi feita a ltima inspeco ou reparao, do que constou, peas substitudas e a data prevista para nova inspeco; CNasferramentasmanuaisdecorteverificarsempreoestadodalminaeosseusngulosdecorte,poisum ngulo errado pode ser responsvel por um grave acidente; CAsferramentasdepercusso(martelos,escopros,marretas,etc.)deveroserfabricadasemmaterial adequado, no devendo apresentar rebarbas que se podero soltar, causando leses. 1.7.3.Manuteno elctrica 1.7.3.1.Introduo Motores,interruptores,comutadores,disjuntoreseequipamentossimilaressofrem desgastes, quebras e necessitam de ajustamentos. Para serem seguros e prestarem umbomservio,estesequipamentoselctricosdeverotersempreumacorrecta manuteno. Reparaesemcircuitoseaparelhoselctricosdeverosersemprefeitospor pessoal tcnico experiente. Sdeverutilizar-seequipamentoelctriconormalizadoecertificado.Equipamento Manual da FormaoTcnico Superior de Higiene e Segurana no Trabalho amb.085.00 44 de qualidade inferior e no certificado poder ser perigoso devido a defeitos de projecto, material ou montagem. Antesdesecomearqualquertrabalhodemanutenoelctrica,opessoalqueoirexecutardevercertificar-se que a alimentao elctrica foi cortada, testando por meio de instrumento de medida adequado. Opessoaldemanutenodeverserinstrudonousodeequipamentoelctric