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Manual das Eleições 2016
Manual das Eleições 2016
Supervisão Geral
Guilherme de Castro Couto Santos
Secretário Executivo | PSDB-MG
Elaboração de Conteúdos
Bruno Augusto Soares
Coordenador Financeiro | PSDB-MG
Reginaldo Nunes
Assessor Jurídico | PSDB-MG
Eveline Oliveira
Delegada do PSDB junto ao TRE-MG
Edição/Revisão
José Edward Lima
Magna Alvim
Assessoria de Comunicação | PSDB-MG
Projeto Gráfico
Otacílio Neto
Apresentação
Este Manual das Eleições 2016, produzido pela equipe técnica do
PSDB-MG, reúne as principais orientações para a campanha municipal de
2016, tomando por base a atual legislação eleitoral, que teve várias altera-
ções nos últimos anos.
Nesta publicação estão contidas as regras sobre convenções partidárias,
registro de candidaturas, inelegibilidades e prazos de desincompatibiliza-
ção, propaganda eleitoral, prestação de contas, orientações sobre Lei da
Ficha Limpa e um completo calendário do ano eleitoral.
Renovamos, assim, o compromisso da atual Executiva estadual do PSDB
de Minas Gerais com todo(a)s o(a)s candidato(a)s do partido que irão dis-
putar as eleições municipais de 2016 em todas as regiões do Estado.
Estaremos juntos nessa empreitada democrática, que certamente culmi-
nará com a eleição de grande número de prefeito(a)s, vice-prefeito(a)s e
vereadore(a)s tucano(a|)s. Este será o ponto de partida para a caminhada
que levará o nosso partido à vitória também nas eleições de 2018, a favor
de Minas e do Brasil.
Boa leitura e bom proveito!
Um grande abraço,
Deputado Federal Domingos Sávio
Presidente do PSDB-MG
Sumário
Calendário Eleitoral .................................................................................7
Prazos de Desincompatibilização ............................................................13
Convenções Partidárias ...........................................................................21
Convenção para a escolha de candidatos ....................................................23
Resolução CEN-PSDB n° 003/2016 ............................................................26
Modelo de edital de convocação da convenção municipal ............................35
Modelo de ata da convenção ......................................................................36
Registro de Candidaturas ........................................................................41
Escolha e registro de candidaturas ..............................................................43
Prestação de Contas ................................................................................53
Introdução ................................................................................................55
Conta bancária .........................................................................................55
Recibo eleitoral ..........................................................................................59
Recursos de campanha...............................................................................60
Gastos Eleitorais .......................................................................................65
Prestação de Contas ..................................................................................71
Julgamento de Contas ................................................................................78
Fiscalização ..............................................................................................80
Propaganda Eleitoral ..............................................................................87
Propaganda eleitoral ..................................................................................89
Regras sobre a Propaganda Eleitoral ...........................................................89
Sanção por propaganda antecipada ............................................................97
Comícios, reuniões públicas e utilização de aparelhagem de sonorização .....97
Alto-falantes e carros de som .....................................................................99
Propaganda em geral .................................................................................100
Bens de uso comum ...................................................................................101
Novidades para as eleições 2016 ................................................................103
Retirada de propaganda irregular ...............................................................104
Propaganda eleitoral na imprensa ..............................................................105
Propaganda na internet .............................................................................105
Propaganda eleitoral no rádio e na televisão ...............................................108
Propaganda na véspera da eleição ..............................................................110
Propaganda no dia da eleição ....................................................................110
Lei da ficha limpa ....................................................................................113
Lei da Ficha Limpa ...................................................................................115
Crimes passíveis de gerar inelegibilidade pela lei da ficha limpa ..................115
Obrigações gerais dos diretórios e comissões municipais ......................117
Obrigações a serem cumpridas ...................................................................119
PSDB-MG Institucional ............................................................................123
Comissão Executiva do PSDB-MG (Biênio 2015-2017) ..............................125
Bancadas PSDB-MG ..................................................................................126
Contatos e Conexões .................................................................................128
Calendário Eleitoral
9CALENDÁRIO ELEITORAL
02 de abrilPrazo final para o candidato estar filiado ao partido pelo qual vai disputar as eleições.
4 de maioData final para o eleitor pedir inscrição ou alterar o título de eleitor, transferir o domicílio, requerer a transição para seção especial para eleitores com deficiência ou mobilidade reduzida e regularizar sua situação junto à Justiça Eleitoral.
13 de junho a 3 de agostoPeríodo em que são escolhidos os mesários.
30 de junhoFica proibida a exibição, por parte de emissoras de rádio e de televisão, de programas apresentados ou comentados por pré-candidatos, sob pena, no caso de sua escolha na convenção partidária, de imposição da multa e de cancelamento do registro da candidatura do beneficiário.
1º julhoFica proibida a veiculação de propaganda partidária gratuita. Também não será permitido nenhum tipo de propaganda política paga no rádio e na televisão.
Confira os principais prazos e datas referentes às eleições municipais de 2016
5 julhoA partir desta data, é permitida a propaganda de pré-candidatos nas convenções partidárias. O uso de rádio, televisão e outdoor ainda não é permitido nessa fase.
10
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
20 de julho a 5 de agostoPeríodo para realização de convenções partidárias e definição dos candidatos.
3 de agostoÚltimo dia para o eleitor solicitar a segunda via do título fora do seu domicílio eleitoral.
15 de agostoFim do prazo para partidos políticos e coligações registrarem seus candidatos.
16 de agostoInício do período de propaganda eleitoral.
26 de agostoComeça a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.
13 de setembroPrazo-limite para a definição dos gastos de campanha dos candidatos, bem como para a comunicação dos mesmos à Justiça Eleitoral pelos partidos.
15 de setembroDia em que a Justiça Eleitoral publica o relatório das receitas em dinheiro coletadas pelos partidos políticos para as campanhas eleitorais.
11CALENDÁRIO ELEITORAL
22 de setembroPrazo final para o eleitor requisitar a segunda via do título de eleitor em seu domicílio eleitoral.
29 de setembroFim da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.
30 de setembroFim do período da exibição de propaganda eleitoral paga.
2 de outubroData da votação do primeiro turno das eleições. A votação começa às 8h e termina às 17h (horário em que começa a apuração dos votos).
15 de outubroData para retomada das inserções gratuitas no rádio e na TV, nas cidades onde será realizado segundo turno.
28 de outubroEncerramento da propaganda eleitoral por meio do rádio e TV, tanto do horário eleitoral gratuito quanto do pago.
30 de outubroDia da votação em segundo turno. A votação começa às 8h e termina às 17h (horário em que começa a apuração dos votos).
A íntegra da Resolução 23.450/2015, do TSE, que regulamenta o calendário eleitoral das eleições municipais de 2016, pode ser acessada por meio o seguinte link:
www.tse.jus.br/arquivos/arquivos/tse-instrucao-calendario-eleitoral-versao-consolidada
Prazos de Desincompatibilização
15PRAZOS DE DESINCOMPATIBILIZAÇÃO
Quadro das inelegibilidades e o prazo de sua cessação, à luz do que
dispõem os artigos 14, §§ 5º, 6º,7º e 9º da Constituição Federal e o
artigo 1º,§§ 1º a 3º, e incisos II a VII Lei Complementar nº 64/90.
Desincompatibilização de agentes políticos:
Em razão do cargo:
Situação (Candidato) Cargo Eletivo Prazo
PrefeitoReeleição Mesmo
MunicípioPermitida
PrefeitoPrefeito em
Município diverso6 – Meses (Renúncia)
Prefeito Vice-Prefeito 6 – Meses (Renúncia)
Prefeito Qualquer outro cargo 6 – Meses (Renúncia)
Vice-prefeitoReeleição no mesmo
Município
Não há
desincompatibilização,
Vice-prefeito Prefeito e Vereador
desde que não tenha
sucedido ou substituído
o Prefeito nos 6 Meses
anteriores ao pleito.
Vereador Presidente
da CâmaraPrefeito
Não há
desincompatibilização,
desde que não tenha
sucedido ou substituído
o Prefeito nos 6 Meses
anteriores ao pleito.
Demais VereadoresPrefeito, vice-
prefeito, vereador
Não precisa se
desincompatibilizar.
Secretários Municipais
e Órgãos congêneres.Prefeito, Vice-Prefeito 4 Meses
Secretários Municipais
e Órgãos congêneres.Vereador 6 Meses
Secretários Municipais
Prefeito, Vice-
Prefeito e Vereador
(Município diverso)
Não há necessidade de
desincompatibilização.
16
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
Quadro de inelegibilidades em função da relação de parentes-
co, por consanguineidade, com titular do cargo executivo, ou
de quem os haja substituído ou sucedido nos 6 meses anteriores
ao pleito:
Situação (Candidato) Cargo Eletivo Prazo
Cônjuge (Titular- Prefeito) Prefeito Inelegível
Filho (a) (Titular- Prefeito) Prefeito Inelegível (1º Grau)
Irmão (a) (Titular Prefeito) Prefeito Inelegível (2º Grau)
Pai ou Mãe
(Titular- Prefeito)Prefeito Inelegível (1º Grau)
Tio (a) (Titular Prefeito) Prefeito Elegível (3º Grau)
Sobrinho (a)
(Titular-Prefeito)Prefeito Elegível (3º Grau)
Primo (a)
(Titular- Prefeito)Prefeito Elegível (4º Grau)
Desincompatibilização de agentes públicos (administrativos):
Em razão de emprego ou funções públicos:
Situação (Candidato) Cargo Eletivo Prazo
Membros do
Ministério Público e
Defensoria Pública.
Prefeito , Vice-
Prefeito e Vereador.
04 Meses antes do
pleito, desde que em
exercício na Comarca
(Remuneração Integral)
Autoridades Policiais
Civis ou Militares.
Obs. Aut.Civis-
(Delegado) Aut. Militares
(De Tenente P/ Cima).
Prefeito e Vice-Prefeito.
04 Meses antes do
pleito, desde que em
exercício no Município.
Se funcionário de carreira
(Delegado) mantêm a
remuneração integral.
Se comissionado, não.
17PRAZOS DE DESINCOMPATIBILIZAÇÃO
Situação (Candidato) Cargo Eletivo Prazo
Autoridades Policiais
Civis ou Militares.
Obs. Aut.Civis-
(Delegado), Aut.Militares-
(De Tenente P/ Cima)
Vereador
06 Meses antes do
pleito, desde que em
exercício no Município.
Se funcionário de
carreira, mantêm a
remuneração integral.
Se comissionado, não.
Policiais Civis e
Militares (Que não
sejam Autoridades)
Prefeito, Vice-
Prefeito, Vereador
04 Meses antes do
pleito, desde que em
exercício no Município.
Se funcionário de
carreira, mantêm a
remuneração integral.
Se comissionado,não.
Dirigentes de Autarquias,
Fundações Públicas,
Empresas Públicas
e Sociedades de
Economia Mista.
Prefeito e Vice-Prefeito04 Meses
Dirigentes de Autarquias,
Fundações Públicas,
Empresas Públicas
e Sociedades de
Economia Mista.
Vereador 06 Meses
Servidores Públicos
Estatutários ou não dos
Órgãos ou Entidades da
Administração Direta
ou Indireta da União,
dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.
Prefeito, Vice-Prefeito
e Vereador.
3-Meses (Remuneração
integral somente P/
servidores efetivos))
- Aplica-se esta regra
desde que vinculado o
servidor: à repartição,
fundação pública ou
empresa que opere no
território do município.
18
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
Situação (Candidato) Cargo Eletivo Prazo
Servidores Titulares de
Cargos em Comissão-
(de livre Exoneração).
Prefeito, Vice-Prefeito
e Vereador
03 Meses
Obs. O afastamento dar-
se-á por exoneração,
sem direito à percepção
de vencimentos.
Servidores do Fisco Prefeito e Vice-Prefeito.
04 Meses
Obs. Não fazem jus ao
afastamento remunerado,
que beneficia os
servidores em geral
-Não está sujeito à
desincompatibilização
o funcionário do
Fisco que exerça suas
atribuições em município
diverso daquele no qual
pretenda candidatar-se.
Quadro de inelegibilidades em função da relação de parentesco,
por afinidade, com titular do cargo executivo, ou de quem os
haja substituído ou sucedido nos 6 meses anteriores ao pleito:
Situação (Candidato) Cargo Eletivo Prazo
Sogro (a) (Titular-Prefeito) Prefeito Inelegível (1º Grau)
Nora e Genro
(Titular-Prefeito)Prefeito Inelegível (1º Grau)
Avós do Cônjuge
(Titular-Prefeito)Prefeito Inelegível (2º Grau)
Concubina
(Titular-Prefeito)Prefeito Inelegível.
19PRAZOS DE DESINCOMPATIBILIZAÇÃO
Situação (Candidato) Cargo Eletivo Prazo
Cunhado (a)
(Titular-Prefeito)Prefeito
Inelegível (2º Grau)
Obs. Tramita no Senado
Federal, projeto de
Emenda Constitucional,
visando a excluir o
parente por afinidade
em 2º Grau, de titulares
do Executivo, (Cunhado,
por exemplo) da vedação
constante do Art. l4, §7º
da Constituição Federal.
Quadro de inelegibilidades em função da relação de parentes-
co, por adoção, com titular do cargo executivo, ou de quem os
haja substituído ou sucedido nos 6 meses anteriores ao pleito:
Situação (Candidato) Cargo Eletivo Prazo
Parentes até o 2º grau
(Titular-Prefeito)Prefeito Inelegível
Situações de inelegibilidade por parentesco, de que trata o § 7º do art. 14
da Constituição Federal, combinado com os arts. 1.591 a 1.595 do Código
Civil, a seguir transcritos.
Observações
No caso de parentes candidatos de Vice-Prefeito, não há que se falar em
inelegibilidade em razão de parentesco em qualquer grau, seja por con-
sanguineidade, seja por afinidade ou adoção, desde que o titular do cargo
executivo de vice não tenha assumido, nos 6 meses anteriores ao pleito, o
cargo de prefeito municipal.
A mesma situação ocorrente no comentário anterior se dará no caso dos
parentes do Presidente da Câmara Municipal, caso este venha a substituir
20
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
ou suceder o prefeito no período agudo eleitoral (seis meses antes do plei-
to) ainda que por um único dia, tornar-se-ão inelegíveis o cônjuge, bem
como os parentes por consanguineidade ou por afinidade até o 2º grau
daquele .
Convém ainda salientar que tanto o cônjuge ou concubina, como os pa-
rentes até o 2º grau dos chefes do executivo serão inelegíveis no território
de jurisdição destes (municípios onde sejam prefeitos), conforme dispõe o
artigo l4, parágrafo 7º da Constituição Federal.
Art. 14, § 7º da Constituição Federal: “São inelegíveis, no território de
jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até
o segundo grau ou por adoção, do residente da República, de Governador
de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja
substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de
mandato eletivo e candidato à reeleição”.
Quadro e informações organizadas pelo advogado Reginaldo Nunes
OAB-MG nº 69.039
Convenções Partidárias
23CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS
Convenção para a escolha de candidatos
A escolha de candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coliga-
ções deverão ser feitas no período de 20 de julho a 5 de agosto de 2016,
obedecidas as normas estabelecidas no estatuto partidário, lavrando-se a
respectiva ata e a lista de presença em livro aberto e rubricado pela Justiça
Eleitoral (Lei nº 9.504/1997, arts. 7º e 8º).
• O art. 8º da Resolução TSE nº 23.455, de 15.12.2015, disciplina:
§ 1º - A ata da convenção, digitada e assinada em duas vias, será
encaminhada ao Juízo Eleitoral, em vinte e quatro horas após a
convenção, para:
I - publicação em cartório (art. 8º da Lei nº 9.504/1997); e
II - arquivamento em cartório, para integrar os autos de registro
de candidatura, nos termos do parágrafo único do art. 25.
§ 2º - O livro de que trata o caput poderá ser requerido pelo Juiz
Eleitoral para conferência da veracidade das atas apresentadas.
§ 3º - Em caso de omissão do estatuto sobre normas para escolha e
substituição dos candidatos e para a formação de coligações, cabe-
rá ao órgão de direção nacional do partido político estabelecê-las,
publicando-as no Diário Oficial da União até 5 de abril de 2016 e
encaminhando-as ao TSE antes da realização das convenções (Lei
nº 9.504/1997, art. 7º, § 1º; e Lei nº 9.096/1995, art. 10)”.
• O edital de convocação deverá atender o disposto no art. 32 do
Estatuto Partidário, sob pena de nulidade, aos seguintes requisitos:
1. Publicação do edital na imprensa local, quando existente, e afi-
xação na sede do Partido e Câmara Municipal ou no Fórum
local ou no Cartório Eleitoral;
2. observar o prazo de antecedência mínima de 3 (três) dias da
data fixada para a Convenção Municipal para publicação do
24
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
Edital de Convocação. (Leia com atenção os art. 32 e 96 do
Estatuto do PSDB).
• Os partidos poderão utilizar, gratuitamente, prédios públicos, ape-
nas e tão-somente, para a realização das convenções partidárias,
desde que comuniquem por escrito ao responsável pelo estabeleci-
mento público, com antecedência mínima de 72 (setenta e duas)
horas, a intenção de realizar a sua convenção, responsabilizando-
se por eventuais danos causados ao patrimônio público em ques-
tão. Terá preferência de uso do prédio público, o partido que fizer
o protocolo do pedido de cessão de uso gratuito em primeiro lugar.
• Compete à convenção municipal deliberar sobre os seguintes assuntos:
1. celebração ou não de coligações;
2. definir os cargos que o partido irá disputar/concorrer;
3. escolher os candidatos às eleições majoritárias e/ou
proporcionais;
4. sortear os números com o qual cada um dos candidatos irá
concorrer;
5. escolher um representante ou três delegados perante o Juízo
Eleitoral (Ver Incisos II, III e IV, do §3º, do art. 6º, da Lei
9.504/97).
• Os candidatos ao cargo de Prefeito e Vice-Prefeito, concorrem com
o número do Partido a que pertencer o candidato a Prefeito - ca-
beça de chapa;
• O candidato ao cargo de Vereador concorre com o número de seu
partido acrescido de mais 3 (três) algarismos – (45 _ _ _). (A ADIN
2.530-9, suspendeu a eficácia do §1º, do art. 8º da Lei 9.504/97, que
assegurava aos detentores de mandado o registro de candidatura
para o mesmo cargo, ou seja, não existe candidatura nata, todos
os pré-candidatos deverão submeter os seus nomes à aprovação ou
não da Convenção Municipal)
25CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS
• O §1º, do art. 36, da Lei 9.504/97, permite ao postulante de cargo
eletivo, na quinzena anterior à convenção, a realização de propa-
ganda intrapartidária com vista à indicação de seu nome, vedado
o uso de rádio, televisão e outdoor.
• Número de candidatos a serem indicados pelos partidos e coliga-
ções (inovação introduzida pela Lei 13.165/2015, no art. 10 da Lei
9.504/97); e percentual mínimo de candidaturas por cada sexo:
1. Para Prefeito e Vice-Prefeito: cada partido ou coligação pode
lançar apenas 1 (um) candidato a Prefeito e um candidato a
Vice-Prefeito em chapa única;
2. Para Vereador: nos municípios com menos de 100.000 elei-
tores -, cada partido que concorrer individualmente, poderá
lançar até 150% (centro e cinqüenta por cento) do número de
vagas/cadeiras em disputa ou, no caso de coligação, poderá lan-
çar até 200% (duzentos por cento), o dobro do número de ca-
deiras em disputa;
3. Para Vereador, nos municípios com mais de 100.000 eleito-
res: cada partido ou coligação poderá lançar até 150% (cento e
cinqüenta por cento), do número de vagas/cadeiras em disputa;
• No cálculo do número total de candidatos a serem apresentados
pelo Partido ou Coligação, a fração resultante será sempre despre-
zada, se inferior a meio; e igualada a um, se igual ou superior;
• Em relação às cotas de gênero, cada Partido ou Coligação deverá
preencher o mínimo de 30% (trinta por cento) e no máximo de
70% (setenta por cento) do número de vagas apresentadas ao re-
gistro, para candidaturas de cada sexo.
• Toda fração resultante do cálculo do percentual mínimo de 30%
(trinta por cento) será sempre igualada a um e, desprezada, no cál-
culo do percentual máximo de 70% (setenta por cento). Os referi-
dos percentuais serão apurados tendo como referência o número
de candidatos efetivamente indicados, pelo Partido ou Coligação,
para registro;
26
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
• Se as convenções não indicarem o número máximo de candidatos
permitidos no art. 10, §5º, da Lei 9.504/97, os órgãos de direção
dos respectivos partidos poderão preencher as vagas remanescen-
tes até 30 (trinta) dias antes do pleito, ou seja, até 02/09/2016.
Importante!
O Diretório Nacional do PSDB, em cumprimento ao disposto no art.
7º, da Lei 9.504/97, com o objetivo de estabelecer normas para a es-
colha e substituição dos candidatos e a formação de coligações para
as eleições de 2 de outubro de 2016, baixou a Resolução CEN-PSDB
nº 003/2016, de 22.3.2016, cuja íntegra segue abaixo transcrita,
para conhecimento e leitura atenta dos dirigentes partidários:
Resolução CEN-PSDB n° 003/2016
A Comissão Executiva Nacional do Partido da Social Democracia
Brasileira - PSDB, no uso da competência que lhe confere o art. 65 c/c o
art. 61 do Estatuto, e na forma do que dispõe o § 1º, do art. 7°, da Lei n°
9.504/97, com o objetivo de estabelecer normas para a escolha e substi-
tuição dos candidatos e a formação de coligações para as eleições de 02 de
outubro de 2016, resolve expedir as seguintes normas:
CAPÍTULO I
Do lançamento de candidaturas, escolha de candidatos e cele-
bração de coligações
Art. 1º. O lançamento de candidaturas e a celebração de coligações para
as eleições majoritárias e proporcionais nos municípios deve garantir a
difusão da doutrina e princípios partidários, refletir a imagem da sua uni-
dade nacional, resguardar seus objetivos estratégicos e aliados em nível
nacional.
27CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS
Art. 2º. A composição de chapa às eleições majoritária e proporcional
no município, seja com candidatura exclusiva de filiados, ou em celebra-
ção de coligações, ficam submetidas a aprovação da Comissão Executiva
Nacional, da Comissão Executiva Estadual ou da Comissão Provisória
Estadual correspondente, sendo que o seu anúncio e formalização depen-
de da respectiva anuência, observados os seguintes critérios:
I. Nos municípios com mais de 100.000 eleitores e que naqueles
contemplados com a propaganda eleitoral gratuita de televisão,
a Comissão Executiva Nacional deve ser consultada para análise
e aprovação;
II. Nos demais municípios, a análise e aprovação compete à
Comissão Executiva Estadual ou Comissão Provisória Estadual
correspondente.
Art. 3º. A Comissão Executiva Nacional, a Comissão Executiva Estadual
ou a Comissão Provisória Estadual podem, a qualquer tempo, orientar e
intervir na escolha de candidatos e na celebração de coligação, poden-
do, até mesmo, proibir o lançamento de candidatura no município, para
atender a seus interesses estratégicos.
Art. 4º. Se a convenção municipal desobedecer as decisões e diretrizes
da Comissão Executiva Nacional, da Comissão Executiva Estadual ou da
Comissão Provisória Estadual, conforme o disposto nos artigos anteriores,
pode ter todos os seus atos anulados (§§ 2º e 3º do art. 7º, da Lei 9.504/97).
CAPÍTULO II
Das normas para a escolha de candidatos e formação de coliga-
ções em nível municipal
Art. 5º. As Convenções Municipais destinadas à escolha dos candidatos
a Prefeito, Vice-Prefeito, Vereador e formação de coligações serão reali-
zadas no período de 20 de julho a 05 de agosto de 2016, mediante con-
vocação das Comissões Executivas Municipais ou Comissões Provisórias
Municipais, em data por elas fixadas, observado o que estabelece o art.
153 c/c o art. 20, do Estatuto do PSDB, e as disposições da Lei n° 9.504/97.
28
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
Art. 6°. As convenções municipais serão constituídas nos termos do art.
96 do Estatuto:
I. dos membros do Diretório Municipal;
II. dos Vereadores, dos Deputados Estaduais e Federais e Senadores
com domicílio eleitoral no município;
III. dos membros do Diretório Estadual ou da Comissão Provisória
Estadual com domicílio eleitoral no município;
IV. dos Delegados do Município à Convenção Estadual.
Parágrafo Único. Nos municípios com mais de quinhentos mil
eleitores, integram a Convenção Municipal os Delegados dos
Diretórios Zonais, na conformidade do que dispõe o § 3º, do art.
78 e art. 114, do Estatuto.
Art. 7°. As convenções nos municípios onde não houver Diretório Municipal
organizado serão convocadas pela Comissão Provisória Municipal desig-
nada pela Comissão Executiva Estadual ou Comissão Provisória Estadual,
nos termos do art. 44, do Estatuto do PSDB, e constituídas:
I. dos membros da Comissão Provisória Municipal designada;
II. dos representantes, membros e delegados a que se referem os inci-
sos II, III e IV, do art. 5º desta resolução.
Art. 8º. A convenção municipal será realizada na comarca do pleito,
em local designado no Edital, por deliberação da Comissão Executiva
Municipal ou Comissão Provisória Municipal, em qualquer dia da sema-
na, observadas, na sua convocação, as disposições do art. 32, do Estatuto.
Art. 9°. A convenção municipal instala-se com a presença de qualquer nú-
mero de convencionais, mas as deliberações somente podem ser tomadas
com a presença de pelo menos 30% (trinta por cento) dos convencionais
com direito a voto, nos termos do § 2º, do art. 33, do Estatuto.
§ 1°. A convenção municipal é presidida pelo presidente do
Comissão Executiva Municipal ou Comissão Provisória Municipal.
29CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS
§ 2°. As deliberações sobre escolha de candidatos e formação de
coligações são tomadas por voto direto e secreto, proibidos o voto
por procuração e o voto cumulativo, observado o que dispõem os
§§ 1° e 2°, do art. 31, do Estatuto do PSDB.
Art. 10. As deliberações e os nomes dos pré-candidatos constarão da ata
da convenção, digitada e assinada em duas vias, lavrada no livro próprio,
aberto e rubricado pela Justiça Eleitoral, podendo ser utilizado o livro
existente e já formalizado, devendo a ata ser subscrita pelo presidente
da Comissão Executiva Municipal ou da Comissão Provisória Municipal,
pelo secretário-geral e pelos convencionais que desejarem, a qual será en-
caminhada ao Juízo Eleitoral da Comarca, em 24h (vinte e quatro horas)
após a convenção, para publicação em cartório, observado o que dispõe o
art. 8°, da Lei n° 9.504/97, a e Resolução TSE nº 23.455/2016 e o art. 36, §§
3° e 4° do Estatuto, bem como arquivamento em cartório, para integrar os
autos de registro de candidatura.
§ 1º. A ata da convenção de que trata o caput deve, ainda, ser pu-
blicada no mesmo prazo na página na internet do órgão municipal
ou do órgão estadual correspondente.
§ 2º. As presenças dos convencionais são registradas em lista auxi-
liar de presenças, que será autenticada e encerrada pelo presidente
da Convenção.
Art. 11. A inscrição de candidatos à eleição majoritária e de chapas à elei-
ção proporcional, pode ser feita pela Comissão Executiva Municipal ou
Comissão Provisória Municipal ou por grupo de 20% (vinte por cento) dos
convencionais, até às 18 horas do 5º (quinto) dia anterior à Convenção.
§ 1°. Nenhum convencional pode subscrever mais de uma cha-
pa, sob pena de ficarem anuladas todas as assinaturas, bem como
nenhum candidato pode concorrer ao mesmo cargo em chapas
diferentes.
§ 2°. A inscrição de candidatos e de chapas é instruída com decla-
rações individuais ou coletivas de consentimento dos candidatos
e pode indicar o subscritor que, como fiscal, pode acompanhar a
votação, apuração e proclamação dos resultados.
30
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
Art. 12. Até às 20h (vinte horas) do 5º (quinto) dia anterior à Convenção,
a Comissão Executiva Municipal ou a Comissão Provisória Municipal en-
caminha, obrigatoriamente, à Comissão Executiva Nacional, à Comissão
Executiva Estadual ou à Comissão Provisória Estadual, conforme o caso,
análise da conjuntura política no município e situação das potenciais
alianças com outros partidos e candidatos às eleições majoritária e
proporcional.
§ 1º. Para a Comissão Executiva Nacional, a comunicação deve ser
feita por meio de correspondência eletrônica, e-mail, para o ende-
reço [email protected].
§ 2º. Para a Comissão Executiva Estadual ou Comissão Provisória
Estadual, a comunicação deve ser feita por meio de correspondên-
cia eletrônica, e-mail, para endereço fornecido pelo órgão estadual,
ou por ofício protocolizado na sede estadual.
§ 3º. Da comunicação feita pela Comissão Executiva Municipal
ou Comissão Provisória Municipal devem constar as seguintes
informações:
I. No caso de lançamento de candidaturas: nome completo do
candidato, nome de como concorrerá às eleições, endereço
completo do candidato, endereço eletrônico (e-mail) e telefone
para contato;
II. No caso de proposta de coligações: partidos integrantes da co-
ligação, nome e partido do candidato a prefeito da coligação,
bem como nome e partido do candidato a vice-prefeito da
coligação.
§ 4º. Cumpridas as exigências e os prazos fixados, a Comissão
Executiva Nacional, a Comissão Executiva Estadual ou a Comissão
Provisória Estadual aprecia e decide sobre o lançamento de candi-
daturas e propostas de coligações, bem como comunica sua deci-
são ao órgão municipal até às 12h (doze horas) do dia anterior ao
da Convenção.
31CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS
§ 5º. O órgão municipal que cumprir os prazos definidos nos pa-
rágrafos anteriores e não receber resposta da Comissão Executiva
Nacional, da Comissão Executiva Estadual ou da Comissão
Provisória Estadual, está autorizado a realizar sua Convenção.
§ 6º. O órgão municipal que não encaminhar a comunicação esta-
belecida no caput deste artigo ou realizar a Convenção sem aten-
der as diretrizes e ponderações da Comissão Executiva Nacional, da
Comissão Executiva Estadual ou da Comissão Provisória Estadual,
pode ter sua Convenção Municipal anulada, mediante ato do seu
Presidente, até às 19h (dezenove horas) do dia 13.09.2016.
§ 7º. Se da anulação decorrer a necessidade de escolha de novos can-
didatos, o pedido de registro deve ser apresentado à Justiça Eleitoral
nos termos da Lei nº 9.504/97 e Resolução TSE nº 23.455/2016,
competindo ao Presidente da Comissão Executiva Nacional, da
Comissão Executiva Estadual ou da Comissão Provisória Estadual,
conforme o caso, indicar o representante legal para fazer o referido
registro.
Art. 13. Se houver mais de um candidato ao mesmo cargo ou mais de
uma chapa para a eleição proporcional, o presidente da convenção man-
dará numerar as indicações e as chapas, observada a ordem decrescente
do número de seus subscritores; a seguir, procederá à leitura dos nomes
inscritos, observada a ordem numérica que tiver recebido as indicações
ou chapas.
§ 1°. Cada convencional vota somente em um candidato a Prefeito
e Vice-Prefeito, se for o caso.
§ 2°. Havendo mais de uma chapa, cada convencional vota em
um dos nomes integrantes da chapa para os cargos proporcionais,
sendo o seu voto computado para o candidato indicado e para a
chapa, para os fins de cálculo da proporcionalidade.
Art. 14. Havendo mais de uma chapa inscrita para os cargos proporcio-
nais, é considerada eleita, em toda a sua composição, a chapa que alcançar
mais de 80% (oitenta por cento) dos votos válidos apurados, excluídos os
votos nulos e brancos.
32
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
§ 1°. Se houver uma só chapa, é considerada eleita em toda a sua
composição, desde que alcance 20% (vinte por cento), pelo me-
nos, da votação válida apurada.
§ 2°. Não atingindo qualquer das chapas concorrentes o percen-
tual de que trata o caput deste artigo, os lugares a preencher serão
divididos proporcionalmente, mediante cálculo dos quocientes da
convenção e das chapas, entre as que tenham recebido, no míni-
mo, 20% (vinte por cento) dos votos dos convencionais.
§ 3°. Obtém-se o quociente da convenção, dividindo-se o total
de votos válidos dados a todas as chapas pelo número de lugares
a preencher; obtém-se o quociente de chapa, dividindo-se o nú-
mero de votos válidos atribuídos a cada chapa pelo quociente da
convenção.
§ 4°. No cálculo dos quocientes, despreza-se a fração se igual ou
inferior a meio, e considera-se equivalente a um, se superior.
Art. 15. Estarão escolhidos de cada chapa tantos candidatos quantos o seu
quociente indicar, observada a ordem de votação nominal e, se necessário
para completar o número, a ordem de colocação na chapa.
Parágrafo Único. Os lugares que não forem distribuídos com a
aplicação dos quocientes das chapas serão atribuídos mediante a
observância das seguintes normas:
I. Dividir-se-á o número de votos válidos atribuídos a cada chapa
pelo número de lugares por ela obtido, mais um, cabendo à cha-
pa que apresentar a maior média um dos lugares a preencher;
II. Repetir-se-á a operação para a distribuição de cada um dos
lugares.
Art. 16. Considerar-se-ão escolhidos os candidatos a Prefeito, Vice-Prefeito
e a Vereador aqueles que obtiverem a maioria de votos dos presentes à
Convenção, em votação direta e secreta.
Art. 17. As propostas de coligação podem ser apresentadas pela Comissão
Executiva Municipal ou Comissão Provisória Municipal ou por 30% (trinta
33CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS
por cento) dos convencionais, e dependem da aprovação da maioria de
votos dos membros da Convenção, observadas as normas estabelecidas
nos arts. 1º a 4º e 12 desta Resolução, e do art. 6°, da Lei n° 9.504/97.
Art. 18. A Convenção Municipal pode fixar, no caso de aprovação de coli-
gações proporcionais, quantos candidatos deseja registrar, dentro do limi-
te máximo estabelecido no art. 10, da Lei n° 9.504/97, antes de proceder à
votação da sua relação de candidatos.
Art. 19. Cabe à Comissão Executiva Municipal ou Comissão Provisória
Municipal a decisão, pela maioria absoluta de seus membros, quanto à
substituição de candidatos às eleições majoritárias e proporcionais que fo-
rem considerados inelegíveis, que renunciarem ou falecerem após o termo
final do prazo de registro ou, ainda, que tiverem seu registro indeferido
ou cancelado, conforme o disposto no art. 13, da Lei nº 9.504/97 e no art.
153, § 2°, do Estatuto do PSDB.
CAPÍTULO III
Das disposições gerais
Art. 20. O Presidente da Comissão Executiva Nacional, da Comissão
Executiva Estadual ou da Comissão Provisória Estadual, conforme o caso,
pode, a seu critério, designar um representante para acompanhar o pro-
cesso convencional, ao qual pode ser atribuída competência para tomada
de decisões em nome da Comissão Executiva correspondente, para efeitos
de cumprimento desta norma, inclusive os estabelecidos no seu art. 2º.
Art. 21. No município que tenha propaganda eleitoral gratuita na tele-
visão, os candidatos a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador pelo PSDB estão
obrigados a integrar em sua propaganda eleitoral material publicitário en-
viado pela Comissão Executiva Nacional do PSDB.
Art. 22. Não respondem solidariamente, em qualquer hipótese, por dí-
vidas decorrentes das contratações de prestadores de serviços nas cam-
panhas eleitorais, responsabilizações civis, trabalhistas, criminais ou de
qualquer outra natureza, a Comissão Executiva Nacional, a Comissão
Executiva Estadual ou a Comissão Provisória Estadual.
34
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
Art. 23. Em nenhuma hipótese candidatos, Comissão Executiva Municipal
e Comissão Provisória Municipal podem autorizar, reconhecer ou emitir
documento fiscal referente a qualquer tipo de gasto de natureza eleito-
ral em nome da Comissão Executiva Nacional, da Comissão Executiva
Estadual ou da Comissão Provisória Estadual.
Art. 24. Os casos omissos ou duvidosos na presente Resolução serão deci-
didos pelo Presidente da Comissão Executiva Nacional e a publicados na
página do Partido na internet (www.psdb.org.br).
Art. 25. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 22 de março de 2016
Senador AÉCIO NEVES - Presidente Nacional do PSDB
Deputado SILVIO TORRES - Secretário Geral Nacional do PSDB
35CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS
Modelo de edital de convocação da convenção municipal
EDITAL DE CONVENÇÃO(Modelo Sugerido)
Nos termos da legislação em vigor, e na conformidade dos Artigos 32 e 96
do Estatuto do PSDB, ficam convocados por este Edital para a Convenção
Municipal, os membros do Diretório Municipal ou Comissão Provisória
Municipal, os Vereadores, Deputados Estaduais e Federais, Senadores,
Governador e membros do Diretório Estadual do PSDB, com domicílio eleitoral
neste Município e o(s) Delegados do Município à Convenção Estadual ( ape-
nas no caso de Diretório Municipal), a participarem da Convenção Municipal
que será realizada no dia ____/Julho OU Agosto/2016, com início às _____/
horas e encerramento às ____/horas, no(a) _____________________________,
localizado(a) na Rua/Av. _____________________________, nesta Cidade com
a seguinte ORDEM DO DIA:
1-Deliberar sobre propostas de coligação;
2-Escolha de candidatos a Prefeito e Vice-Prefeito e Vereadores;
3-Sorteio dos números com que concorrerão os candidatos.
Os suplentes do Diretório Municipal e dos Delegados do Município à
Convenção Estadual terão direito a voto a partir das ____/horas.
Cidade (_________________), ____ de Julho OU Agosto de 2016.
___________________________________________________________
(Nome do Presidente)
Presidente do Diretório Municipal do PSDB OU Comissão Provisória
36
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
Os convencionais são, de acordo com o art. 96 do Estatuto Partidário, os
membros do diretório municipal, os vereadores, deputados federais e es-
taduais, senadores com domicilio eleitoral no município, os membros do
diretório estadual com domicilio eleitoral no município e os delegados do
município a Convenção Estadual.
Nos municípios onde o partido esta organizado como Comissão Provisória,
a convenção é constituída pelos membros da referida comissão e os verea-
dores, deputados federais e estaduais, senadores com domicilio eleitoral
no município, os membros do diretório estadual com domicilio eleitoral
no município.
É importante ressaltar que o Livro de Atas que será utilizado nesta conven-
ção tem que estar obrigatoriamente assinado pelo Juiz Eleitoral. Caso o
Livro de Atas de seu diretório/comissão provisória não esteja devidamente
assinado, providencie a assinatura do Juiz Eleitoral ANTES da Convenção
Partidária.
A seguir, apresentaremos o modelo sugerido da Ata a ser lavrada.
Modelo de ata da convenção
Ata da convenção partidária para indicação de candidatos e
celebração de coligações às eleições municipais de 2016.
(Modelo Sugerido)
Aos ..... do mês de junho de 2016, à Av/Rua ......., nº ......, na cidade de
....., sob a presidência do Sr. ...... e tendo como secretário o Sr. ......., reu-
niu-se a Convenção Municipal do PSDB de .........., com o objetivo de defi-
nir os procedimentos de participação do Partido nas Eleições Municipais de
2016, conforme Edital de Convocação já publicado, nos termos do Art. 32 do
Estatuto Partidário. Foi informado aos presentes que fora registrada, junto à
Comissão Executiva Municipal ou Comissão Provisória Municipal, as seguintes
propostas:
37CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS
1 - Indicação do nome do filiado Sr. .................., para Candidato a Prefeito e do Sr. ............, para Vice-Prefeito;
OU
1 - Indicação do nome do filiado Sr. ............., para Candidato a Prefeito e do Sr. .............., Vice-Prefeito, em Coligação com os Partidos: ........, ......., ........ e .........;
OU
1 - Indicação do nome do filiado Sr. .........., como Candidato a Prefeito, em Coligação com os partidos .....,......,......e......, um dos quais indicará o candi-dato à Vice-Prefeito;
OU
1 - Indicação do nome do filiado Sr. .........., como Candidato a Vice-Prefeito, em Coligação os Partidos ......,......,......e ......., um dos quais indicará o Candidato a Prefeito;
OU
1 - Celebração de Coligação para as Eleições Majoritárias com os seguintes Partidos: .....,......,......e ......, os quais deverão indicar os Candidatos à Prefeito e Vice-Prefeito.
2 - Coligação para as Eleições Proporcionais com os seguintes Partidos: ....,....,.....e ....., com os Candidatos relacionados abaixo:
Candidatos a Vereador pelo PSDB e respectivo número:
1)-
2)-
3)- .... (e assim por diante até o número convencionado entre os partidos).
Candidatas a Vereadoras pelo PSDB e respectivo número:
1)-
2)-
3)- .... (e assim por diante até o número convencionado entre os partidos).
38
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
OU
2) - Lançamento de chapa completa de Candidatos a Vereadores com os can-
didatos relacionados abaixo:
Candidatos a Vereador pelo PSDB e respectivo número:
1)-
2)-
3)-
Candidatas a Vereadora pelo PSDB e respectivo número:
1)-
2)-
3)- .... e assim por diante até o limite legal ou até o número que o Partido quer
lançar, observado o §3º, do Art. 10, da Lei 9.504/97, que diz: (...) “cada parti-
do ou coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo
de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo.”
3 - Delegação de Poderes à Comissão Executiva Municipal para tomar as pro-
vidências que se façam necessárias para a participação do Partido nas Eleições,
podendo para isso completar chapas, substituir candidatos e tomar outras
medidas que se fizerem necessárias.
Tendo os presentes se mostrado esclarecidos sobre os pontos a serem vo-
tados, foram recolhidas as assinaturas de presenças no livro próprio, devi-
damente visado/rubricado pela Justiça Eleitoral, e chamados, nominalmente,
para exercerem seu voto, secreto e direto. Ao fim da votação, foram convida-
dos os filiados .......... e ..........., para atuarem como escrutinadores. Abrindo a
urna e contando as cédulas, verificou-se que o número de cédulas era coinci-
dente com o número de votantes e o resultado da apuração foi de ........ Sim
à proposta 1 (entre as possibilidades de número 1 elencadas acima), ....... Sim
à proposta 2 (entre as possibilidades de número 2 elencadas acima) e, ........
Sim à proposta 3, (caso haja votos contrários às propostas acima, mencionar
o número de votos Não a cada proposta), sendo assim aprovado: (repete o
texto da opção escolhida para cada uma das propostas).
39CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS
O Presidente esclareceu aos convencionais, acerca da definição legal dos va-
lores máximos de gastos por cargo eletivo em cada eleição (majoritária e
proporcional), ficando estabelecido o valor de R$...........................para candi-
dato a Prefeito e Vice-Prefeito e de R$.....................para Candidato a Vereador.
O Presidente lembrou aos candidatos que a data de registro das candidaturas
encerra-se no dia 15/08/2016 às 19 horas e da urgência de todos providen-
ciarem a documentação necessária para o referido registro e alertou que a
campanha eleitoral só pode ir para as ruas a partir do dia 16/08/2016, sendo
a propaganda feita anterior a este dia autuada com pesadas multas. Desejou
a todos muito sucesso e se colocou à disposição juntamente com a Comissão
Executiva para trabalhar para a vitória do Partido nas eleições. Tendo cumpri-
do a pauta, o Presidente suspendeu a Convenção para lavratura desta ata que,
lida e aprovada, vai assinada por mim, secretário, e pelo Presidente.
_____________________________________________________
Presidente
_____________________________________________________
Secretário
Registro de Candidaturas
43REGISTRO DE CANDIDATURAS
Escolha e registro de candidaturas
Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus
candidatos até as dezenove horas do dia 15 de agosto de 2016. Para que
tudo ocorra bem, é importante providenciar a documentação com an-
tecedência. Observem abaixo os artigos mais relevantes da Resolução
do TSE n. 23.455, de 15.12.2015, que regulamenta a Lei 9.504/97 e
tratam das providencias para o registro de candidaturas. Chamamos
a atenção dos Dirigentes do PSDB para a necessidade e importância da
leitura de todos os artigos da referida Resolução, (cuja íntegra está dis-
ponível no sitio do TSE – http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-2016/
normas-e-documentacoes-eleicoes-2016).
Resolução TSE n. 23.455, de 15.12.2015 - Registro de candidaturas
“(...)
Art. 22. O pedido de registro deverá ser gerado obrigatoriamente em
meio digital e impresso pelo Sistema de Candidaturas Módulo Externo
(CANDex), desenvolvido pelo TSE, observados os arts. 23 a 27.
§ 1º O Sistema CANDex poderá ser obtido nos sítios eletrônicos
dos tribunais eleitorais.
§ 2º Os formulários de requerimento gerados pelo Sistema
CANDex são:
I. Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP);
II. Requerimento de Registro de Candidatura (RRC); e
III. Requerimento de Registro de Candidatura Individual (RRCI).
Art. 23. O pedido de registro será subscrito:
I. no caso de partido isolado, pelo presidente do diretório munici-
pal, ou da respectiva comissão diretora provisória, ou por delegado
municipal devidamente registrado no SGIP, ou por representante
autorizado;
44
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
II. na hipótese de coligação, pelos presidentes dos partidos políticos
coligados, ou por seus delegados, ou pela maioria dos membros
dos respectivos órgãos executivos de direção, ou por representan-
te, ou delegado da coligação designados na forma do inciso I do
art. 7º (Lei nº 9.504/1997, art. 6º, § 3º, inciso II).
Parágrafo único. Os subscritores do pedido de registro deverão informar,
no Sistema CANDex, os números de seu título eleitoral e CPF.
Art. 24. O formulário DRAP deve ser preenchido com as seguintes
informações:
I. nome e sigla do partido político;
II. na hipótese de coligação, o nome desta e as siglas dos partidos polí-
ticos que a compõem;
III. data da(s) convenção(ões);
IV. cargos pleiteados;
V. na hipótese de coligação, nome de seu representante e de seus dele-
gados (Lei nº 9.504/1997, art. 6º, § 3º, inciso IV, alínea a);
VI. endereço completo, endereço eletrônico, telefones e telefone de fac-
símile (Lei nº 9.504/1997, art. 96-A);
VII. lista dos nomes, números e cargos pleiteados pelos candidatos;
Art. 25. A via impressa do formulário DRAP deve ser assinada nos termos
do art. 23 e entregue ao Juízo Eleitoral competente, no momento do pe-
dido de registro, com a cópia da ata da convenção, digitada, assinada e
acompanhada da lista de presença dos convencionais com as respectivas
assinaturas (Lei nº 9.504/1997, arts. 8º, caput, e art. 11, § 1°, inciso I).
Parágrafo único. As atas das convenções, acompanhadas das respectivas
listas de presenças, previamente entregues nos termos do § 1º do art. 8º,
comporão, junto ao formulário DRAP, o processo principal.
Art. 26. O formulário RRC conterá as seguintes informações:
45REGISTRO DE CANDIDATURAS
I. autorização do candidato (Código Eleitoral, art. 94, § 1º, inciso II;
e Lei nº 9.504/1997, art. 11, § 1º, inciso II);
II. endereço completo, endereço eletrônico, telefones e telefone de
fac-símile nos quais o candidato poderá eventualmente receber in-
timações, notificações e comunicados da Justiça Eleitoral;
III. dados pessoais: título de eleitor, nome completo, data de nasci-
mento, unidade da Federação e município de nascimento, na-
cionalidade, sexo, cor ou raça, estado civil, ocupação, número
da carteira de identidade com o órgão expedidor e a unidade da
Federação, número de registro no Cadastro de Pessoa Física (CPF),
endereço completo e números de telefone;
IV. dados do candidato: partido político, cargo pleiteado, número do
candidato, nome para constar da urna eletrônica, se é candidato à
reeleição, qual cargo eletivo ocupa e a quais eleições já concorreu.
Parágrafo único. O RRC ou RRCI, assim como a declaração de bens do
candidato de que trata o inciso I do art. 27, pode ser subscrito por procu-
rador constituído por instrumento particular, com poder específico para o
ato (Acórdão no REspe nº 2765-24.2014.6.26.0000).
Art. 27. O formulário de RRC será apresentado com os seguintes
documentos:
I. declaração atual de bens, preenchida no Sistema CANDex e assi-
nada pelo candidato (Lei nº 9.504/1997, art. 11, § 1º, inciso IV);
II. certidões criminais fornecidas (Lei nº 9.504/1997, art. 11, § 1º, in-
ciso VII):
a. pela Justiça Federal de 1º e 2º graus da circunscrição na qual o
candidato tenha o seu domicílio eleitoral;
b. pela Justiça Estadual de 1º e 2º graus da circunscrição na qual o
candidato tenha o seu domicílio eleitoral;
c. pelos Tribunais competentes, quando os candidatos gozarem
de foro especial.
46
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
III. fotografia recente do candidato, inclusive dos candidatos a vi-
ce-prefeito, obrigatoriamente em formato digital e anexada ao
CANDex, preferencialmente em preto e branco, observado o se-
guinte (Lei nº 9.504/1997, art. 11, § 1º, inciso VIII):
a. dimensões: 161 x 225 pixels (L x A), sem moldura;
b. profundidade de cor: 8bpp em escala de cinza;
c. cor de fundo: uniforme, preferencialmente branca;
d. características: frontal (busto), trajes adequados para fotografia
oficial e sem adornos, especialmente aqueles que tenham cono-
tação de propaganda eleitoral ou que induzam ou dificultem o
reconhecimento pelo eleitor.
IV. comprovante de escolaridade;
V. prova de desincompatibilização, quando for o caso;
VI. propostas defendidas pelos candidatos a prefeito (Lei nº 9.504/1997,
art. 11, § 1º, inciso IX); e
VII. cópia de documento oficial de identificação.
§ 1º Os requisitos legais referentes à filiação partidária, domicílio
e quitação eleitoral e à inexistência de crimes eleitorais serão aferi-
dos com base nas informações constantes dos bancos de dados da
Justiça Eleitoral, sendo dispensada a apresentação de documentos
comprobatórios pelos requerentes (Lei nº 9.504/1997, art. 11, § 1º,
incisos III, V, VI e VII).
§ 2º A quitação eleitoral de que trata o § 1º abrangerá exclusiva-
mente a plenitude do gozo dos direitos políticos, o regular exer-
cício do voto, o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral
para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito, a inexistência de
multas aplicadas em caráter definitivo pela Justiça Eleitoral e não
remitidas e a apresentação de contas de campanha eleitoral (Lei nº
9.504/1997, art. 11, § 7º).
47REGISTRO DE CANDIDATURAS
§ 3º Para fins de expedição da certidão de quitação eleitoral, serão
considerados quites aqueles que (Lei nº 9.504/1997, art. 11, § 8º,
incisos I e II):
I. condenados ao pagamento de multa, tenham, até a data de for-
malização do seu pedido de registro de candidatura, comprova-
do o pagamento ou o cumprimento regular do parcelamento
da dívida;
II. pagarem a multa que lhes couber individualmente, excluindo-
se qualquer modalidade de responsabilidade solidária, mesmo
quando imposta concomitantemente a outros candidatos e em
razão do mesmo fato.
§ 4º A Justiça Eleitoral observará, no parcelamento da dívida a que
se refere o § 3º, as regras de parcelamento previstas na legislação
tributária federal (Lei nº 9.504/1997, art. 11, § 11).
§ 5º A Justiça Eleitoral disponibilizará aos partidos políticos, na
respectiva circunscrição, até 5 de junho de 2016, a relação de todos
os devedores de multa eleitoral, a qual embasará a expedição das
certidões de quitação eleitoral (Lei nº 9.504/1997, art. 11, § 9º).
§ 6º Fica facultada aos Tribunais Eleitorais a celebração de convê-
nios para o fornecimento de certidões de que trata o inciso II do
caput.
§ 7º Quando as certidões criminais a que se refere o inciso II do
caput forem positivas, o RRC também deverá ser instruído com
as respectivas certidões de objeto e pé atualizadas de cada um dos
processos indicados.
§ 8º No caso de as certidões a que se refere o inciso II do caput se-
rem positivas em decorrência de homonímia e não se referirem ao
candidato, este poderá apresentar declaração de homonímia a fim
de afastar as ocorrências verificadas (Lei nº 7.115/1983; e Decreto
85.708/1981).
48
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
§ 9º As certidões e as propostas de governo deverão ser apresen-
tadas em uma via impressa e em outra digitalizada e anexada ao
CANDex.
§ 10. Se a fotografia de que trata o inciso III do caput não esti-
ver nos moldes exigidos, o Juiz Eleitoral determinará a apresenta-
ção de outra, e, caso não seja suprida a falha, o registro deverá ser
indeferido.
§ 11. A ausência do comprovante de escolaridade a que se refere o
inciso IV do caput poderá ser suprida por declaração de próprio pu-
nho, podendo a exigência de alfabetização do candidato ser com-
provada por outros meios, desde que individual e reservadamente.
§ 12. As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade
devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de re-
gistro da candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas,
supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade (Lei nº
9.504/1997, art. 11, § 10).
§ 13. As ressalvas previstas no § 12 também se aplicam às hipóte-
ses em que seja afastada a ausência de condições de elegibilidade.
Art. 28. Na hipótese de o partido político ou a coligação não requerer
o registro de seus candidatos, estes poderão fazê-lo no prazo máximo de
quarenta e oito horas seguintes à publicação da lista dos candidatos pelo
Juízo Eleitoral competente para receber e processar os pedidos de registro,
apresentando o formulário RRCI, na forma prevista no art. 22, com as
informações e documentos previstos nos arts. 26 e 27 (Lei nº 9.504/1997,
art. 11, § 4º).
§ 1º Caso o partido político ou a coligação não tenha apresentado
o formulário DRAP, o respectivo representante da agremiação será
intimado, pelo Juízo Eleitoral competente, para fazê-lo no prazo
de setenta e duas horas.
§ 2º Apresentado o DRAP do respectivo partido ou coligação, nos
termos do § 1º, será formado o processo principal de acordo com
o inciso I do art. 35.
49REGISTRO DE CANDIDATURAS
Art. 29. Os formulários e todos os documentos que acompanham o pe-
dido de registro são públicos e podem ser livremente consultados pelos
interessados, que poderão obter cópia de suas peças, respondendo pelos
respectivos custos e pela utilização que derem aos documentos recebidos
(Lei nº 9.504/1997, art. 11, § 6º).
Art. 30. O candidato será identificado pelo nome escolhido para constar
na urna e pelo número indicado no pedido de registro.
Art. 31. O nome indicado, que será também utilizado na urna eletrônica,
terá no máximo trinta caracteres, incluindo-se o espaço entre os nomes,
podendo ser o prenome, sobrenome, cognome, nome abreviado, apelido
ou nome pelo qual o candidato é mais conhecido, desde que não se esta-
beleça dúvida quanto a sua identidade, não atente contra o pudor e não
seja ridículo ou irreverente.
§ 1º O candidato que, mesmo depois de intimado, não indicar o
nome que deverá constar da urna eletrônica concorrerá com seu
nome próprio, o qual, no caso de homonímia ou de excesso de ca-
racteres, será adaptado pelo Juiz Eleitoral no julgamento do pedido
de registro.
§ 2º Não será permitido, na composição do nome a ser inserido
na urna eletrônica, o uso de expressão ou de siglas pertencentes a
qualquer órgão da administração pública direta, indireta federal,
estadual, distrital e municipal.
Art. 32. Verificada a ocorrência de homonímia, o Juiz Eleitoral compe-
tente procederá atendendo ao seguinte (Lei nº 9.504/1997, art. 12, § 1º,
incisos I a V):
I. havendo dúvida, poderá exigir do candidato prova de que é co-
nhecido pela opção de nome indicada no pedido de registro;
II. ao candidato que, até 15 de agosto de 2016, estiver exercendo
mandato eletivo, ou o tenha exercido nos últimos quatro anos, ou
que se tenha candidatado, nesse mesmo prazo, com o nome que
indicou, será deferido o seu uso, ficando outros candidatos impe-
didos de fazer propaganda com esse mesmo nome;
50
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
III. Será deferido ao candidato o uso do nome que tiver indicado, des-
de que este o identifique por sua vida política, social ou profis-
sional, ficando outros candidatos impedidos de fazer propaganda
com o mesmo nome;
IV. tratando-se de candidatos cuja homonímia não se resolva pelas
regras dos incisos II e III, o Juiz Eleitoral deverá notificá-los para
que, em dois dias, cheguem a acordo sobre os respectivos nomes a
serem usados;
V. não havendo acordo no caso do inciso IV, a Justiça Eleitoral re-
gistrará cada candidato com o nome e sobrenome constantes do
pedido de registro.
§ 1º A Justiça Eleitoral poderá exigir do candidato prova de que é
conhecido por determinado nome por ele indicado, quando seu
uso puder confundir o eleitor (Lei nº 9.504/1997, art. 12, § 2º).
§ 2º A Justiça Eleitoral indeferirá todo pedido de nome coincidente
com nome de candidato à eleição majoritária, salvo para candida-
to que esteja exercendo mandato eletivo ou o tenha exercido nos
últimos quatro anos, ou que, nesse mesmo prazo, tenha concor-
rido em eleição com o nome coincidente (Lei nº 9.504/1997, art.
12, § 3º).
§ 3º Não havendo preferência entre candidatos que pretendam o
registro da mesma variação nominal, será deferido o do que pri-
meiro o tenha requerido (Súmula nº 4/TSE).
Art. 33. No caso de ser requerido pelo mesmo partido político mais de
um pedido de registro de candidatura para o mesmo cargo, caracterizando
dissidência partidária, o Cartório Eleitoral procederá à inclusão de todos
os pedidos no Sistema de Candidaturas, certificando a ocorrência em cada
um dos pedidos.
Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput, serão observadas as se-
guintes regras:
51REGISTRO DE CANDIDATURAS
I. serão inseridos, na urna eletrônica, apenas os dados do candidato
vinculado ao DRAP que tenha sido julgado regular;
II. Não havendo decisão até o fechamento do Sistema de Candidaturas
e na hipótese de haver coincidência de números de candidatos,
competirá ao Juiz Eleitoral decidir, de imediato, qual dos candi-
datos com o mesmo número terá seus dados inseridos na urna
eletrônica.
(...)”
Importante
O registro deve ser feito, obrigatoriamente, utilizando-se o modulo externo do sistema de candidaturas denominado CANDex, disponível nos sitios do TSE (www.tse.jus.br) e do TRE (www.tre-mg.jus.br) ou no Cartório Eleitoral, bastando para tal fornecer a mídia (CD) para gravação;
O pedido de registro poderá ser requerido até às 19 horas do dia 15 de agosto de 2016, pelo Partido ou pela Coligação (art.11, da Lei 9.504/97) e, em caso de desídia, pelo próprio candidato, até 48 horas após a publicação do edital coletivo. (§4º, do art. 11, da Lei 9.504/97);
Após a realização da convenção, o registro poderá ser requerido, de-vendo ser digitalizadas no CANDex a fotografia, as certidões apre-sentadas e a proposta de governo, esta última apenas para o candi-dato ao cargo de Prefeito;
As substituições de candidatos por coligação ou partido, para os car-gos majoritários ou proporcionais, só se efetivará se o novo pedido for apresentado até 20 (vinte) dias antes do pleito, exceto em caso de falecimento de candidato, quando a substituição poderá ser efetiva-da após esse prazo;
A escolha do substituto far-se-á na forma estabelecida no estatuto do partido a que pertencer o substituído, e o registro deverá ser requeri-do até 10 (dez) dias contados do fato ou da notificação do partido da decisão judicial que deu origem à substituição – (§1º do art. 13
da Lei 9.504/97);
Prestação de Contas
Legislação aplicável:
Lei nº 9.504/1997
Res.-TSE nº 23.463/2015
Instrução Normativa Conjunta-
RFB/TSE nº 1.019/2010
Instrução Normativa-RFB nº 1.634,
de 9 de maio de 2016
Comunicado-Bacen nº 29.108/2016
55PRESTAÇÃO DE CONTAS
Introdução
O que é preciso fazer antes de iniciar a campanha eleitoral?
Só é possível arrecadar recursos ou efetivar gastos eleitorais após:
9 Solicitação de registro de candidatura junto à Justiça Eleitoral, em
caso de candidato;
9 Obtenção do número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa
Jurídica (CNPJ);
9 Abertura de conta bancária específica para a campanha;
9 Emissão de recibos eleitorais.
Como se obtém um CNPJ de campanha?
A Justiça Eleitoral repassa as informações constantes dos registros dos
candidatos à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), que gera au-
tomaticamente o CNPJ e divulga o número em sua página na Internet:
http://www.receita.fazenda.gov.br.
Se após 48 horas do pedido de registro de candidatura a Secretaria da
Receita Federal do Brasil não conceder o CNPJ, o candidato deve verificar
na página de Internet da Justiça Eleitoral o motivo que inviabilizou a con-
cessão e regularizar a pendência.
Importante!
Os órgãos partidários devem utilizar o CNPJ já existente.
Conta bancária
Quem está obrigado a abrir a conta bancária?
Todos os candidatos e partidos políticos, mesmo que não ocorra arrecada-
ção ou movimentação de recursos financeiros.
56
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
Importante!
As doações realizadas por pessoas físicas ou outros partidos políticos
que sejam destinadas para campanhas eleitorais devem ser credita-
das na conta Doações para Campanha, que deverá ser aberta pelo
partido previamente ao recebimento da receita.
Quem não é obrigado a abrir a conta bancária de campanha?
Candidatos a vice-prefeito, a quem será facultada a abertura de conta
bancária. A obrigatoriedade de abertura da conta não se aplica às can-
didaturas em municípios onde não haja agência bancária ou posto de
atendimento bancário.
Qual o prazo fixado para abertura da conta bancária?
9 Para candidatos: até dez dias após a data da concessão do CNPJ,
a qual consta no comprovante de inscrição emitido pela Receita
Federal do Brasil, no campo Data de abertura.
9 Para partidos políticos: até 15 de agosto de 2016, com a utilização
do CNPJ já existente.
E se a conta bancária não for aberta no prazo fixado pela norma?
Os bancos aceitarão a abertura tardia das contas, mas isso poderá gerar de-
saprovação da prestação de contas caso o juiz entenda que não foi possível
comprovar a movimentação financeira havida ou sua ausência em razão
da intempestividade da abertura.
Onde abrir a conta bancária?
Preferencialmente em bancos oficiais (Caixa Econômica Federal ou
Banco do Brasil). Caso não exista agencias bancárias de bancos oficiais
em seu município, a conta de campanha poderá ser aberta em outra
instituição financeira com carteira comercial reconhecida pelo Banco
Central do Brasil.
57PRESTAÇÃO DE CONTAS
Quais os documentos necessários para abrir a conta bancária?
Para candidatos:
9 Requerimento de Abertura de Conta Bancária, obtido na pá-
gina de Internet dos tribunais eleitorais, disponível em
http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-suplementares/
requerimento-de-abertura-da-conta-bancaria-eleitoral
9 Comprovante de inscrição no CNPJ para as eleições, disponível na
página da Secretaria da Receita Federal do Brasil na Internet (www.
receita.fazenda.gov.br).
Para partidos políticos:
9 Requerimento de Abertura de Conta Bancária, obtido na pá-
gina de Internet do Tribunal Superior Eleitoral, disponível
em http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-suplementares/
requerimento-de-abertura-da-conta-bancaria-eleitoral
9 Comprovante de inscrição no CNPJ, disponível na página da
Receita Federal do Brasil (www.receita.fazenda.gov.br).
9 Certidão de Composição Partidária, que pode ser obtida na pági-
na de Internet do TSE, disponível em http://www.tre-mg.jus.br/
partidos/partidos-politicos/orgao-partidario
Em ambos os casos (candidatos ou partidos políticos), o nome dos responsá-
veis pela movimentação da conta bancária deverá ter o endereço atualizado.
Importante!
O prazo legal para que os bancos abram as contas de campanha
eleitoral é de até três dias, contados a partir da data do pedido de
abertura. As instituições bancárias não podem se negar a abrir a
conta de campanha ou condicionar a abertura à efetivação de de-
pósitos, de qualquer quantia. Também é vedado cobrar taxas e/ou
outras despesas de manutenção.
58
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
Como os candidatos e os partidos farão a movimentação de re-
cursos do Fundo Partidário aplicados nas campanhas eleitorais?
Candidatos: Para utilizarem recursos do Fundo Partidário na campa-
nha, os candidatos devem abrir conta bancária específica e exclusiva para
movimentá-los.
Partidos políticos: Os partidos políticos que aplicarem recursos do Fundo
Partidário na campanha eleitoral devem fazer a movimentação financei-
ra diretamente na própria conta bancária existente, especialmente aberta
para esse tipo de recurso.
Importante!
Se a abertura da conta bancária para movimentar recursos do Fun-
do Partidário ocorrer na mesma agência onde foi aberta a conta
bancária de campanha, a reapresentação dos documentos pode ser
dispensada, a critério do banco.
É proibida a transferência de recursos da conta do Fundo Partidário
para a conta Doações para Campanha e vice-versa.
Qualquer depósito/crédito efetuado na conta de campanha deve
identificar o doador pelo nome ou razão social e pelo respectivo nú-
mero de inscrição no CPF ou no CNPJ, no caso de partidos políticos
e candidatos.
A movimentação de recursos financeiros fora da conta bancária es-
pecífica de campanha implica a desaprovação das contas eleitorais.
Como deverá ser feito o encerramento das contas bancárias
abertas para movimentação dos recursos de campanha?
Candidato: A conta bancária deve ser encerrada pelos candidatos após a
quitação de todos os débitos da campanha eleitoral, com a transferência
das sobras de campanha para a conta específica – que varia conforme a
59PRESTAÇÃO DE CONTAS
origem dos recursos – do diretório municipal do partido na cidade onde
ocorreu a eleição.
Partidos políticos: A conta bancária de campanha dos partidos políticos
tem caráter permanente e não deve ser encerrada.
Importante!
Inexistindo conta bancária do órgão municipal do partido, a transfe-
rência das sobras de campanha deverá ser feita para a conta bancária
do órgão nacional, que varia de acordo com a natureza dos recursos.
Recibo eleitoral
Quando é obrigatório a emissão do recibo eleitoral?
Os recibos eleitorais deverão ser emitidos para toda arrecadação de recur-
sos de campanha eleitoral (financeiros ou estimáveis em dinheiro), inclu-
sive os recursos próprios e aqueles arrecadados por meio da Internet.
Importante!
A emissão de recibos eleitorais se dará em ordem cronológica e de
forma concomitante à arrecadação de recursos.
Os recibos eleitorais devem ser emitidos tanto para arrecadação de
recursos financeiros (dinheiro, cheques, cartões de crédito ou de débi-
to, transferências bancárias, etc.) como para recursos estimáveis em
dinheiro (bens ou serviços).
A emissão de recibos eleitorais é obrigatória, ainda que os recursos
sejam do próprio candidato.
As arrecadações de campanha realizadas pelo vice-prefeito devem
utilizar os recibos eleitorais do titular.
60
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
Para quais arrecadações é dispensada a emissão do recibo eleitoral?
Cessão de bens móveis, limitada ao valor de R$4.000,00 por cedente, e doações estimáveis em dinheiro entre candidatos e partidos, decorrentes
do uso comum de sedes e de materiais de propaganda eleitoral.
Importante!
Considera-se uso comum de:
Sede: o compartilhamento do mesmo espaço físico para atividades de campanha eleitoral, compreendidas a doação estimável referente à locação e a manutenção do espaço físico;
Materiais de propaganda eleitoral: a produção conjunta de mate-riais publicitários impressos.
Como serão impressos os recibos eleitorais?
Os candidatos e os partidos políticos deverão imprimir os recibos eleitorais
diretamente no Sistema de Prestação de Contas Eleitorais (SPCE 2016).
Recursos de campanha
O que são recursos de campanha?
São todos os bens, valores e serviços aplicados em campanha por partidos políticos e candidatos.
O que são recursos financeiros de campanha?
São as arrecadações em dinheiro, cheques, transferências eletrônicas, bo-letos de cobrança, cartões de débito e de crédito, que servem para efetivar os gastos de campanha.
Quais os documentos necessários à comprovação dos recursos
financeiros?
Os recursos financeiros são comprovados por meio dos canhotos dos reci-
bos eleitorais emitidos e dos extratos bancários.
61PRESTAÇÃO DE CONTAS
Importante!
Todos os recursos financeiros têm que, obrigatoriamente, transitar pela
conta bancária de campanha, sob pena de desaprovação das contas.
O que são recursos estimáveis em dinheiro?
São os bens e serviços doados ou cedidos para as campanhas eleitorais (veí-
culos cedidos para uso na campanha; imóveis cedidos para abrigar comi-
tês de campanha; serviços de contabilidade ou de advocacia, doados pelos
contabilistas/advogados; entre outros). Não se traduzem em dinheiro, mas
possuem valor econômico, o qual deve ser estipulado com base nos valores
de mercado, para fins de contabilização na prestação de contas.
Importante!
A descrição das receitas estimáveis em dinheiro deve conter o serviço prestado e a avaliação realizada em conformidade com os preços habitualmente praticados pelos prestadores ou adequados aos prati-cados no mercado, com indicação da fonte de avaliação.
Os bens e os serviços estimáveis em dinheiro doados por pessoas físi-cas devem ser aqueles frutos do seu próprio serviço ou de suas ativi-dades econômicas. No caso dos bens permanentes, eles devem fazer parte do patrimônio do doador. Assim, os profissionais somente po-dem doar os seus próprios serviços.
No que tange aos bens próprios dos candidatos, eles devem integrar o seu patrimônio antes dos registros de candidatura para poderem ser doados como bens estimáveis em dinheiro.
Partidos políticos e candidatos podem doar entre si bens próprios ou serviços estimáveis em dinheiro, ou ceder seu uso, ainda que não constituam produtos de seus próprios serviços ou de suas atividades.
Exceção: os bens ou serviços que se destinam à manutenção da es-trutura do partido durante a campanha eleitoral devem ser devi-damente contratados pela agremiação partidária e registrados nas
suas contas de campanha eleitoral como gastos realizados.
62
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
Quais os documentos necessários à comprovação dos recursos
estimáveis em dinheiro?
Devem ser comprovados pelos recibos eleitorais emitidos, além de:
9 Documento fiscal ou, quando dispensado, comprovante emitido em nome do doador ou instrumento de doação, quando se tratar de doação de bens de propriedade do doador pessoa física em favor do candidato ou partido político.
9 Instrumento de cessão e comprovante de propriedade do bem ce-dido pelo doador, quando se tratar de bens cedidos temporaria-mente ao candidato ou ao partido político.
9 Instrumento de prestação de serviços, quando se tratar de produto ou atividades econômicas prestadas por pessoa física em favor de
candidato ou partido.
Quais recursos podem ser destinados às campanhas eleitorais?
9 Recursos próprios dos candidatos.
9 Doações financeiras ou estimáveis em dinheiro de pessoas físicas.
9 Doações de outros partidos políticos e de outros candidatos.
9 Recursos próprios dos partidos políticos.
9 Receitas decorrentes da comercialização de bens/serviços e/ou da promoção de eventos de arrecadação realizados pelo candidato ou pelo partido político.
9 Recursos decorrentes da aplicação financeira dos recursos de
campanha
Importante!
Os recursos próprios dos partidos políticos devem ter sua ori-
gem identificada e serem provenientes:
• do Fundo Partidário;
• de doações de pessoas físicas efetuadas aos partidos políticos;
63PRESTAÇÃO DE CONTAS
• de contribuições de filiados;
• da comercialização de bens/serviços ou da promoção de eventos de arrecadação.
Quais são os limites para as doações?
9 Para pessoas físicas: recursos financeiros: até 10% dos rendimen-tos brutos recebidos no ano de 2015;
9 Para candidatos: aplicação de recursos próprios em sua campanha: até o limite de gasto estabelecido pelo TSE.
Exceção ao limite de doações: recursos estimáveis (bens móveis e imó-veis de propriedade do doador) de até R$80.000,00.
Quais são as exceções às regras dos limites de doações para a campanha?
As doações de recursos captados para campanha eleitoral entre partidos políticos, entre partido político e candidato e entre candidatos não se sub-metem aos limites legalmente fixados para pessoas físicas.
EXCEÇÃO: As doações realizadas com recursos próprios por candidatos para outro candidato ou partido estão sujeitas ao limite de 10% dos rendi-mentos brutos auferidos no ano anterior à eleição.
Importante!
A doação acima dos limites legais sujeita o infrator ao pagamento de multa de cinco a dez vezes a quantia em excesso, sem prejuízo de o candidato responder por abuso de poder econômico.
O que é necessário para que candidatos e partidos políticos ar-recadem recursos pela Internet?
9 Tornar disponível mecanismo em página eletrônica, observando-se os seguintes requisitos;
9 Identificação do doador pelo nome e pelo CPF;
9 Emissão do recibo eleitoral para cada doação realizada, dispensada
a assinatura do doador;
64
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
9 Utilização do terminal de captura de transações para as doações por meio de cartões de crédito ou de débito.
Importante!
As doações por meio de cartão de crédito ou cartão de débito somen-te serão admitidas quando realizadas pelo titular do cartão.
De quem os candidatos e partidos políticos estão proibidos de receber doações para campanhas eleitorais?
Candidatos e partidos políticos não podem receber doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedentes de:
9 pessoas jurídicas;
9 origem estrangeira;
9 pessoa física que exerça atividade comercial decorrente de conces-são ou permissão pública.
Importante!
Se partidos políticos ou candidatos identificarem recursos oriundos de fonte vedada devem devolvê-los imediatamente ao doador. É ve-dada a utilização ou aplicação financeira desses recursos.
O comprovante da devolução pode ser apresentado em qualquer fase da prestação de contas ou até cinco dias após o trânsito em julgado da decisão que julgar as contas.
Novo!
Nas eleições de 2016 não será permitido aos candidatos e partidos
receberem doações de pessoas jurídicas.
Até quando é permitido arrecadar recursos?
Até a data da eleição: 2 de outubro de 2016.
65PRESTAÇÃO DE CONTAS
Os candidatos que concorrerem ao 2º turno de votação e seus respectivos
partidos políticos podem arrecadar recursos até o dia 30 de outubro de 2016.
Importante!
É permitida a arrecadação de recursos após os prazos acima, exclu-sivamente no caso de pagamento de despesas já contraídas e não pagas até o dia da eleição, as quais devem estar totalmente quitadas
até a data de entrega da prestação de contas à Justiça Eleitoral.
As dívidas não quitadas podem ser assumidas pelo partido político:
• por decisão de seu órgão nacional de direção partidária;
• desde que haja anuência expressa dos credores em acordo expressamente formalizado;
• desde que seja apresentado cronograma de pagamento, cuja quitação não pode ultrapassar o prazo fixado para presta-ção de contas da eleição subsequente para o mesmo cargo;
• se for indicada a fonte dos recursos que serão utilizados para a quitação do débito assumido;
• se forem comprovadas por documento fiscal hábil e idôneo ou por outro meio de prova permitido, emitido na data da realização da despesa.
Gastos Eleitorais
Quais despesas são consideradas gastos eleitorais?
9 Confecção de material impresso de qualquer natureza, observado
o tamanho fixado no § 2º do art. 37 e nos §§ 3º e 4º do art. 38 da
Lei nº 9.504/1997.
9 Propaganda e publicidade direta ou indireta, por qualquer meio de divulgação.
9 Aluguel de locais para promoção de atos de campanha eleitoral.
66
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
9 Despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de pes-soal a serviço das candidaturas.
9 Correspondências e despesas postais.
9 Despesas de instalação, organização e funcionamento de comitês e serviços necessários às eleições.
9 Remuneração ou gratificação de qualquer espécie paga a quem preste serviços a candidatos e a partidos políticos.
9 Montagem e operação de carros de som, de propaganda e de assemelhados.
9 Realização de comícios ou eventos destinados à promoção de candidatura.
9 Produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, inclusive os destinados à propaganda gratuita.
9 Realização de pesquisa ou testes pré-eleitorais.
9 Custos com criação e inclusão de páginas na Internet.
9 Multas aplicadas, até as eleições, aos candidatos e partidos políti-cos por infração do disposto na legislação eleitoral.
9 Doações para outros partidos políticos ou outros candidatos.
9 Produção de jingles, vinhetas e slogans para a propaganda eleitoral
Importante!
As multas aplicadas por propaganda antecipada devem ser custea-das pelos responsáveis, não podendo ser computadas como despesas de campanha, mesmo se forem aplicadas a quem venha a se tornar candidato.
Os limites de gastos para os cargos de prefeito e vereador foram esta-belecidos pela Resolução-TSE nº 23.459/2015, e os valores atualiza-dos serão disponibilizados até o dia 20 de julho de 2016, na página do TSE (www.tse. jus.br).
No limite de gastos fixado para o cargo de prefeito está incluído o do
candidato ao cargo de vice-prefeito.
67PRESTAÇÃO DE CONTAS
Novo!
Gastar recursos além do limite estabelecido sujeita os responsáveis
ao pagamento de multa no valor equivalente a 100% da quantia
que exceder esse valor, podendo os responsáveis responder ainda por
abuso de poder econômico, na forma do art. 22 da Lei Complemen-
tar nº 64/1990.
Os repasses financeiros realizados pelo partido político à conta ban-
cária do seu candidato não serão computados para aferição do li-
mite de gastos de campanha. No entanto, no caso inverso – valores
transferidos pelo candidato para a conta bancária do seu partido –,
os repasses serão computados, no montante que exceder as despesas
realizadas pelo partido em prol de sua candidatura.
Serviços prestados por advogados e profissionais de contabilidade
não são considerados gastos de campanha se estiverem relacionados
com o processo judicial da prestação de contas. Já as contratações
dos serviços de consultoria jurídica e de contabilidade relativos a ati-
vidade-meio da campanha são considerados gastos de campanha.
Como devem ser pagos os gastos eleitorais realizados?
Por meio de cheques nominais ou de transferências bancárias. Apenas as
despesas de pequeno valor, ou seja, aquelas que não ultrapassem o limite
de R$300,00, podem ser pagas com fundo de caixa.
O que é fundo de caixa?
É uma reserva individual em dinheiro que candidatos e partidos políticos
podem constituir para pagamento das despesas de pequeno valor.
Novo!
O limite para pagamento de despesas individuais em espécie
passa a ser de R$300,00.
68
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
Fundo de caixa:
Partidos: não deve ser superior a 2% do total dos gastos contrata-
dos ou a R$5.000,00 (ao menor valor);
Candidatos: não deve ser superior a 2% do total do limite de gastos
estipulado para sua candidatura ou a R$2.000,00 (ao menor valor).
Importante!
Os recursos que constituírem o fundo de caixa devem transitar previa-mente pela conta bancária de campanha e podem ser recompostos mensalmente para complementação do seu limite, conforme os recur-sos gastos no mês anterior.
Candidatos ao cargo de vice-prefeito não podem constituir fundo de caixa.
Podem ser realizados gastos com a preparação da campanha, de instalação física de comitês para campanha de candidatos e
partidos políticos ou de página de Internet?
Sim, a partir de 20 de julho de 2016, considerada a data efetiva da rea-lização da respectiva convenção partidária. Contudo, podem apenas ser contratados; o respectivo pagamento só pode ocorrer depois da obtenção do CNPJ, da abertura de conta de campanha eleitoral e da emissão dos recibos eleitorais.
Novo!
A contratação de pessoal para realizar atividades de militância e
mobilização de rua durante a campanha eleitoral observará limites
quantitativos por candidatura e por município, os quais serão divul-
gados na página da Internet do Tribunal Superior Eleitoral (www.
tse.jus.br).
A contratação de pessoal pelos diretórios municipais dos partidos po-
líticos está vinculada aos limites impostos aos seus candidatos.
69PRESTAÇÃO DE CONTAS
Não são computados para aferição dos limites de contratação de
pessoal: militância não remunerada; pessoal contratado para apoio
administrativo e operacional; fiscais e delegados credenciados para
trabalhar nas eleições; e advogados dos candidatos ou dos partidos
e das coligações.
Limite de gastos com alimentação de pessoal: 10% do total das des-
pesas de campanha contratadas.
Limite de gastos com aluguel de veículos: 20% do total das despesas
de campanha contratadas.
O eleitor pode realizar gastos pessoais em favor de candidatos?
Sim, desde que:
9 não ultrapassem o valor de R$1.064,10;
9 a emissão da nota fiscal seja realizada em seu nome;
9 e os bens e serviços adquiridos ou prestados não sejam entregues
aos candidatos.
Nessas hipóteses, não estão sujeitos a registro na prestação de contas, des-
de que não sejam reembolsados.
Quais os documentos necessários à comprovação dos gastos?
Os gastos são comprovados por meio de documentos fiscais ou recibos, no
caso destes últimos, apenas nas hipóteses permitidas pela legislação fiscal.
Os documentos fiscais comprobatórios dos gastos com Fundo Partidário e
daqueles já contraídos e não pagos até a data da eleição devem compor a
prestação de contas a ser entregue à Justiça Eleitoral.
Importante!
Toda documentação fiscal relacionada aos gastos eleitorais deve
ser emitida em nome dos candidatos e partidos políticos e conter
70
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
a descrição detalhada, a data de emissão, o valor do gasto e a
identificação do emitente, do destinatário ou dos contraentes pelo
nome ou razão social, pelo CPF ou CNPJ e pelo endereço.
Todo material impresso de campanha deverá conter o número do
CNPJ ou CPF do responsável pela confecção, bem como os dados de
quem o contratou, além da respectiva tiragem.
A comprovação das despesas com passagens aéreas deve ser reali-
zada através da apresentação de fatura ou duplicata emitida por
agência de viagem, se for o caso, detalhando os beneficiários, as
datas e os itinerários.
Novo!
A Justiça Eleitoral poderá exigir a apresentação de documentos com-
probatórios da origem e disponibilidade dos recursos financeiros pró-
prios aplicados na campanha eleitoral. Os documentos apresentados
devem demonstrar a licitude dos recursos próprios.
Até quando se podem realizar gastos eleitorais?
As despesas podem ser realizadas até a data da eleição. Os gastos se efe-
tivam na data da sua contratação, independentemente da realização do
pagamento.
Novo!
O juiz ou os tribunais eleitorais podem, a qualquer tempo, median-
te provocação ou de ofício, determinar diligências, com objetivo de
verificar a regularidade e a efetiva realização dos gastos informados
pelos partidos políticos ou candidatos.
71PRESTAÇÃO DE CONTAS
Prestação de Contas
Quem deve prestar contas à Justiça Eleitoral?
Os candidatos e os diretórios partidários, nacionais, estaduais, distritais e
municipais.
Importante!
As contas dos candidatos titulares abrangerão as dos seus vices.
Novo!
Os partidos políticos, as coligações e os candidatos devem informar
à Justiça Eleitoral, através do SPCE, todos os recursos em dinheiro
recebidos para financiamento de sua campanha eleitoral, no prazo
de até 72 horas a partir da data do crédito da doação na conta
bancária. O Tribunal Superior Eleitoral disponibilizará, na página da
Internet, em até 48 horas, o relatório financeiro contendo os créditos
informados, podendo divulgar também os gastos realizados.
Os partidos políticos, as coligações e os candidatos devem encami-
nhar, pela Internet, por meio do SPCE, a prestação de contas parcial
durante o período de 9 a 13 de setembro de 2016 contendo toda
movimentação financeira realizada desde o início de campanha até
o dia 8 de setembro de 2016. Os respectivos dados serão divulgados
pelo Tribunal Superior Eleitoral até o dia 15 de setembro.
Importante!
Os candidatos que renunciarem à candidatura e dela desistirem, fo-
rem substituídos ou tiverem os seus registros indeferidos pela Justiça
Eleitoral devem prestar contas correspondentes ao período em que
participaram do processo eleitoral, mesmo que não tenham realiza-
do campanha.
72
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
Se o candidato falecer, deve seu administrador financeiro prestar as contas ou, na ausência dele, deve fazê-lo a respectiva direção partidária.
Como elaborar as prestações de contas?
Todas as prestações de contas, parciais e finais, devem ser elaboradas por meio do Sistema de Prestação de Contas Eleitorais (SPCE 2016), disponibi-lizado na página de Internet do TSE.
Qual o prazo para prestar contas à Justiça Eleitoral?
9 Prestação de contas parcial: 9 a 13.9.2016.
9 Prestações de contas finais:
• 1º.11.2016 – todos os candidatos que não concorrerem ao 2º turno e os partidos políticos em todas as esferas;
• 19.11.2016 – candidatos que disputarem o 2° turno e respec-tivos partidos políticos, em todas as esferas, ainda que coliga-dos, bem como os demais partidos que realizarem doações ou gastos em benefício dessas candidaturas.
Importante!
As prestações de contas (parcial e final) serão enviadas à Justiça Elei-toral pela Internet.
A apresentação intempestiva da prestação de contas parcial ou seu envio com registros que não correspondam à efetiva movimentação de recursos pode caracterizar infração grave, que será apurada no julgamento da prestação de contas final.
Candidatos e partidos que disputarem o 2º turno devem informar à Justiça Eleitoral, até 1º.11.2016, as doações e os gastos realizados que beneficiaram candidatos eleitos no 1º turno. As informações de-
vem ser inseridas através de formulário próprio disponível no SPCE
2016 e enviadas pela Internet.
73PRESTAÇÃO DE CONTAS
Os candidatos e partidos políticos que não entregarem a prestação
de contas final no prazo estipulado pela Justiça Eleitoral serão noti-
ficados para prestá-las em até 72 horas, sob pena de tê-las julgadas
como não prestadas.
Caso o titular não preste contas no prazo legal, o vice-prefeito, mes-
mo que substituído, poderá apresentar as contas isoladamente, no
prazo de 72 horas da notificação encaminhada pela Justiça Eleitoral.
Enquanto permanecerem omissos ante o dever legal de prestar con-
tas, os candidatos eleitos não serão diplomados.
As prestações de contas finais podem ser impugnadas por qualquer
partido político, candidato, coligação, Ministério Público ou qual-
quer outro interessado, no prazo de três dias, contados da publica-
ção de edital pela Justiça Eleitoral. A impugnação deve ser formulada
em petição fundamentada, relatando fatos e indicando provas, indí-
cios e circunstâncias.
Como encaminhar a prestação de contas final à Justiça Eleitoral?
9 1º passo: gerar a prestação de contas no SPCE 2016 e encaminhá-la
eletronicamente, via Internet, para a Justiça Eleitoral, utilizando o
mesmo sistema.
9 2º passo: imprimir e assinar o Extrato da Prestação de Contas, que
será emitido pelo referido sistema.
9 3º passo: protocolizar, no tribunal eleitoral ou no cartório eleitoral
competente, o Extrato da Prestação de Contas, juntamente com os
seguintes documentos:
• Extratos da conta bancária aberta em nome dos candidatos e partidos políticos, inclusive da conta aberta para movimenta-ção de recursos do Fundo Partidário, quando for o caso, de-monstrando a movimentação financeira ou a sua ausência, em sua forma definitiva, e contemplando todo o período de
74
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
campanha, vedada a apresentação de extratos sem validade legal, adulterados, parciais, ou que omitam qualquer movi-mentação financeira;
• Comprovantes de recolhimento (depósitos/transferências) à respectiva direção partidária das sobras financeiras de campanha;
• Documentos fiscais que comprovem a regularidade dos gastos eleitorais realizados com recursos do Fundo Partidário;
• Declaração firmada pela direção partidária comprovando o recebimento das sobras de campanha constituídas por bens e/ou materiais permanentes, quando houver;
• Autorização do diretório nacional do partido, na hipótese de assunção de dívida de campanha pelo partido;
• Instrumento de mandato para constituição de advogado para a prestação de contas;
• Comprovantes bancários de devolução dos recursos recebidos de fonte vedada ou guia de recolhimento do Tesouro Nacional de recursos de origem não identificada;
• Notas explicativas, com as justificações pertinentes.
Importante!
O recibo de entrega só será gerado pela Justiça Eleitoral após a cer-tificação de que o número de controle do Extrato da Prestação de Contas é idêntico àquele constante na sua base de dados.
Devem assinar a prestação de contas:
• O candidato titular e o vice, se houver;
• O administrador financeiro, se constituído;
• O presidente e o tesoureiro do partido político; e
• O profissional de contabilidade.
É obrigatória a constituição de advogado para a prestação de contas.
75PRESTAÇÃO DE CONTAS
Ausente o número de controle no Extrato da Prestação de Contas ou sendo divergente daquele constante da base de dados da Justiça Eleitoral, o SPCE 2016 emitirá aviso com a informação de impossibi-lidade técnica de recep ção, sendo necessária a reapresentação, sob pena de serem as contas julgadas como não prestadas.
Ainda que não tenha havido movimentação de recursos de campa-nha, é obrigatório prestar contas. A comprovação de ausência de movimentação financeira é feita mediante a apresentação dos extra-tos bancários zerados ou da declaração devidamente assinada pelo gerente da instituição financeira.
As sobras financeiras originadas do Fundo Partidário devem ser depositadas na respectiva conta bancária do partido destinada à movimentação de recursos dessa natureza. As sobras financeiras de outros recursos devem ser depositadas na conta bancária do partido
destinada à movimentação de “Outros Recursos”.
A Justiça Eleitoral pode requisitar outros documentos e infor-
mações adicionais?
Sim, sempre que houver indício de irregularidades ou for necessária a apresentação de informações complementares, a Justiça Eleitoral pode de-terminar que o prestador de contas manifeste-se, em até 72 horas, para apresentação de justificativas e/ou documentos, conforme o caso.
Também para subsidiar o exame das contas, poderá ser requerida a apre-sentação dos documentos fiscais que comprovem a regularidade das des-pesas realizadas ou outros elementos que comprovem a movimentação realizada na campanha, inclusive a oriunda de bens ou serviços estimáveis em dinheiro.
Importante
As intimações relativas aos processos de prestação de contas devem
ser realizadas ao advogado constituído pelo candidato e pelo parti-
do político.
76
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
Não havendo advogado regularmente constituído nos autos, o can-didato e/ou partido político devem ser notificados pessoalmente para que constituam defensor no prazo de três dias.
Na prestação de contas do candidato eleito e de seu respectivo par-tido político, a intimação deve ser realizada, preferencialmente, por edital eletrônico, podendo também ser feita por fac-símile.
Na prestação de contas do candidato não eleito, a intimação deve ser feita através do órgão oficial de imprensa do município. Não ha-vendo publicação em órgão oficial, o advogado será intimado pes-soalmente, caso tenha domicílio na sede do juízo, ou por carta regis-trada com aviso de recebimento, caso não tenha.
As prestações de contas podem ser retificadas?
Sim, mas apenas nas hipóteses de:
9 Cumprimento de diligências que implicar em alteração das peças apresentadas inicialmente;
9 Realização voluntária, caso se trate de erro material detectado an-tes do parecer técnico;
9 Impugnação, irregularidade detectada durante a análise ou mani-festação do Ministério Público Eleitoral desfavorável à aprovação das contas, quando se tratar de prestação de contas simplificada, em que, não sendo possível ao juiz decidir sobre a regularidade das contas, ele converterá o feito para o rito ordinário e determinará a intimação do prestador de contas para que apresente a retificadora
juntamente com as informações e os documentos obrigatórios.
Importante!
A prestação de contas retificadora deve ser encaminhada via Inter-net, através do SPCE, devendo o extrato da prestação de contas ser protocolizado no tribunal eleitoral ou nos cartórios eleitorais com-petentes, com as justificativas e os documentos que comprovem a alteração realizada, caso necessário.
77PRESTAÇÃO DE CONTAS
Findo o prazo para apresentação da prestação de contas final, não é admitido retificar a prestação de contas parcial, devendo as alte-rações serem realizadas na prestação de contas final com a devida nota explicativa.
Novo!
Prestação de contas simplificada:
Candidatos ao cargo de prefeito e vereador, em municípios com me-nos de 50 mil eleitores, devem elaborar prestação de contas simplifi-cada utilizando o SPCE 2016.
Quais informações e documentos que devem compor a presta-ção de contas simplificada?
• A prestação de contas simplificada será composta pelas infor-mações prestadas no SPCE 2016 e pelos seguintes documentos:
• Extratos bancários;
• Comprovantes de recolhimento à respectiva direção partidária das sobras financeiras de campanha;
• Declaração do partido comprovando o recebimento das so-bras de bens e/ ou materiais permanentes, quando houver; e
instrumento de mandato para constituição de advogado.
Importante!
Havendo utilização de recursos oriundos do Fundo Partidário, deve-rão ser encaminhados à Justiça Eleitoral os respectivos documentos fiscais dos gastos realizados.
A prestação de contas de candidatos com movimentação financeira até R$20.000,00 será analisada pelo sistema simplificado.
A análise técnica simplificada das contas será realizada através do sistema informatizado e tem por objetivo verificar as seguintes in-consistências:
• recebimento direto ou indireto de fontes vedadas;
78
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
• recebimento de recursos de origem não identificada;
• extrapolação do limite de gastos;
• omissão de receitas e gastos eleitorais e não identificação de
doadores originários;
• não identificação de doadores originários, nas doações recebi-
das de outros prestadores de contas.
Em caso de inexistência de impugnação, não identificação – na aná-
lise técnica – de nenhuma das irregularidades mencionadas acima,
e havendo parecer favorável do Ministério Público, as contas serão
julgadas sem a realização de diligência.
Julgamento de Contas
Quais as hipóteses de julgamento das contas?
9 Pela aprovação, quando estiverem regulares.
9 Pela aprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não
comprometam a sua regularidade.
9 Pela desaprovação, quando constatadas falhas que comprometam
a sua regularidade.
9 Pela não prestação, quando:
• Após serem intimados, partidos e candidatos permanecerem
omissos, ou as suas justificativas não forem aceitas;
• Não forem apresentadas as informações e os documen-tos obrigatórios de que trata o art. 48 da Resolução-TSE nº 23.463/2015;
• Não forem atendidas as diligências visando suprir a ausên-cia de documento que impeça a análise da movimentação financeira.
79PRESTAÇÃO DE CONTAS
Novo!
Na hipótese de infração às normas legais, os dirigentes partidários
poderão ser responsabilizados pessoalmente, em processos específi-
cos a serem instaurados nos foros competentes.
Importante!
A ausência parcial dos documentos e informações de que trata o art. 48 da Resolução-TSE nº 23.463/2015 ou o não atendimento das di-ligências realizadas não enseja o julgamento da prestação de contas como não prestadas, caso os autos tenham elementos mínimos que permitam a análise das contas.
A decisão que julgar as contas do candidato ao cargo de prefeito
abrangerá as do vice-prefeito.
Qual a conseqüência da decisão que julgar as contas como não prestadas?
Ao candidato: implicará o impedimento à obtenção da certidão de qui-tação eleitoral até o final da legislatura, perdurando esse efeito até que as contas sejam apresentadas.
Ao partido político: acarretará a perda do direito ao recebimento de re-cursos do Fundo Partidário enquanto perdurar a inadimplência.
Qual a sanção aplicada aos candidatos que tiverem as contas de campanha desaprovadas?
A Justiça Eleitoral encaminhará cópia do processo ao Ministério Público
Eleitoral para apuração de eventuais crimes de abuso do poder econômico.
Qual a sanção aplicada aos partidos políticos que tiverem as contas de campanha desaprovadas?
Os partidos perderão o direito ao recebimento de quotas do Fundo Partidário no ano seguinte ao trânsito em julgado da decisão, de forma proporcional e razoável, pelo período de 1 a 12 meses, ou será aplicada
80
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
a sanção por meio do desconto no valor a ser repassado da importância julgada como irregular.
Cabem recursos das decisões dos juízes eleitorais sobre as contas
de campanha eleitoral 2016?
Das decisões dos juízes eleitorais caberá recurso para o Tribunal Regional
Eleitoral, no prazo de três dias, contados da publicação da decisão no
Diário da Justiça Eletrônico (DJE). Do acórdão do Tribunal Regional
Eleitoral cabe recurso especial para o Tribunal Superior Eleitoral, no prazo
de três dias contados da publicação no Diário da Justiça Eletrônico, quan-
do contrariarem a Constituição Federal.
Por quanto tempo os candidatos e partidos políticos devem
conservar a documentação concernente às suas prestações de
contas?
Por até 180 dias após a diplomação ou até a conclusão de quaisquer pro-
cessos judiciais relativos às suas prestações de contas.
Fiscalização
Como a Justiça Eleitoral fiscalizará a arrecadação e a aplicação
de recursos de campanha?
A fiscalização durante a campanha eleitoral deve ser precedida de autori-
zação do presidente do tribunal ou do relator do processo, caso já tenha
sido designado, bem como do juiz eleitoral, que designará os servidores
da Justiça Eleitoral para atuarem como fiscais para esse fim. O trabalho de
fiscalização realizado pelos servidores será registrado no SPCE 2016 visan-
do confrontar os dados com as informações registradas nas prestações de
contas de candidatos e partidos políticos.
81PRESTAÇÃO DE CONTAS
ANEXO
COMUNICADO BACEN Nº 29.108, DE 16 DE FEVEREIRO DE 2016
Divulga orientações sobre a abertura, a movimentação e o encerramento
de contas de depósitos à vista de partidos políticos e de candidatos, bem
como sobre os extratos eletrônicos dessas contas.
Considerando o disposto na Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, na
Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995, na Instrução Normativa Conjunta
RFB/TSE nº 1.019, de 10 de março de 2010, da Secretaria da Receita Federal
do Brasil e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e no Ofício TSE nº 277
GAB-SPR, de 1º de fevereiro de 2016, desse Tribunal, comunico:
1. Os bancos comerciais, os bancos múltiplos com carteira comercial
e a Caixa Econômica Federal devem proceder à abertura de contas
de depósitos à vista quando solicitada por partidos políticos e can-
didatos, observadas as orientações deste Comunicado.
2. As contas de depósitos mencionadas no parágrafo 1 não podem ser
abertas por meio de correspondentes no País.
3. As instituições mencionadas no parágrafo 1 devem realizar, a qual-
quer tempo, por solicitação de partidos políticos, em qualquer es-
fera de direção, a abertura de contas de depósitos à vista para a
movimentação de recursos originários das seguintes fontes:
I. Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos
(art. 6º, I, da Resolução-TSE nº 23.464, de 21 de dezembro de
2015);
II. doações privadas destinadas às campanhas eleitorais (art. 6º,
II, da Resolução-TSE nº 23.464, de 2015);
III. outros recursos destinados à manutenção ordinária do parti-
do (art. 6º, III, da Resolução-TSE nº 23.464, de 2015); e
IV. recursos destinados ao programa de promoção e difusão da
participação política das mulheres (art. 6º, IV, da Resolução-
TSE nº 23.464, de 2015).
82
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
4. No ano em que forem realizadas eleições ordinárias ou eleições su-
plementares, os candidatos poderão solicitar a abertura de contas
de depósito à vista para a movimentação de recursos originários
das seguintes fontes:
I. Fundo de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, para
aplicação em campanha eleitoral; e
II. doações privadas recebidas, para aplicação em campanha
eleitoral.
5. As contas de depósitos referidas nos parágrafos 3 e 4 devem ser es-
pecíficas e individualizadas de acordo com a origem dos recursos.
6. As instituições mencionadas no parágrafo 1 devem realizar a aber-
tura da conta de depósito à vista nos seguintes prazos:
I. em até três dias úteis, para a conta destinada às campanhas
eleitorais, conforme o disposto no art. 22, § 1º, I, da Lei nº
9.504, de 30 de setembro de 1997; e
II. em até cinco dias úteis, para as demais contas.
7. Na cobrança de tarifas pela prestação de serviços referentes às con-
tas de depósito à vista de que trata o parágrafo 1, as instituições
financeiras devem observar as disposições da Resolução nº 3.919,
de 25 de novembro de 2010.
8. No caso das contas de depósitos à vista a que se refere o parágrafo
4, é vedada a exigência de depósito mínimo e a cobrança de tarifas
para confecção de cadastro e de manutenção da conta, bem como
a concessão de qualquer benefício ou crédito não contratado espe-
cificamente pelo titular.
9. Para a abertura das contas de depósito à vista de partidos políticos
devem ser apresentados os seguintes documentos e informações:
I. Requerimento de Abertura de Conta Bancária (RAC), que de-
verá ser validado pela instituição financeira no sítio do TSE,
na internet;
83PRESTAÇÃO DE CONTAS
II. comprovante de inscrição do interessado no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ);
III. Certidão de Composição Partidária, disponível no sítio do
TSE, na internet;
IV. endereço atualizado de funcionamento da sede do partido
político; e
V. nome dos responsáveis pela movimentação da conta de depó-
sitos à vista e endereço atualizado do órgão partidário e dos
seus dirigentes.
10. As contas de depósito à vista dos partidos políticos possuem cará-
ter permanente e só poderão ser encerradas por requerimento do
partido ou de ofício pela instituição financeira, neste último caso,
desde que observados os seguintes requisitos:
I. ausência de saldo na conta por doze meses consecutivos; e
II. envio de notificação ao partido cientificando-o quanto ao
encerramento da conta de depósito à vista por desinteresse
comercial, após vencido o prazo do item anterior.
11. Para a abertura das contas de depósito à vista de candidatos devem
ser apresentados os seguintes documentos e informações:
I. RAC, que deverá ser validado pela instituição financeira no
sítio do Tribunal Superior Eleitoral, na internet;
II. comprovante de inscrição do interessado no CNPJ; e
III. nome dos responsáveis pela movimentação da conta de depó-
sitos à vista com endereço atualizado.
12. As instituições referidas no parágrafo 1 devem observar, em rela-
ção às contas de depósito à vista de partidos políticos e candidatos,
independentemente da sua natureza e finalidade:
I. a proibição do fornecimento de folhas de cheques a candida-
to ou representantes que figurarem no Cadastro de Emitentes
84
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
de Cheques sem Fundos (CCF), nos termos da Resolução nº
2.025, de 24 de novembro de 1993;
II. a qualificação e a identificação dos candidatos e dos repre-
sentantes autorizados a movimentar a conta de depósito à
vista, conforme o disposto no art. 1º da Resolução nº 2.025,
de 1993;
III. a disciplina estabelecida pelas instituições financeiras para o
uso do cheque, conforme o disposto na Resolução nº 3.972,
de 28 de abril de 2011;
IV. os procedimentos de prevenção à prática dos crimes de “lava-
gem” ou ocultação de bens, direitos e valores de que trata a
Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, especialmente quanto à
exigência de identificação da origem e do destino de recursos,
conforme estabelecido nas Circulares ns. 3.461, de 24 de ju-
lho de 2009, e 3.290, de 5 de setembro de 2005;
V. as regras de devolução de cheques, conforme regulamentação
em vigor, em especial a utilização do motivo de devolução
13 no caso de cheques apresentados após o encerramento da
conta; e
VI. a identificação da conta de depósito à vista de acordo com o
nome fiscal vinculado à inscrição no CNPJ.
13. As instituições mencionadas no parágrafo 1 devem assegurar que
as operações de depósitos e de transferência de recursos realizadas
por meio das contas de depósito à vista, de qualquer natureza e
finalidade, de partidos políticos e de candidatos, sejam identifi-
cadas na forma mencionada no inciso IV do parágrafo 12 deste
Comunicado.
14. As instituições referidas no parágrafo 1 que mantiverem contas
de depósitos à vista de qualquer natureza de partido político ou
candidato devem fornecer mensalmente os extratos eletrônicos
dessas contas ao TSE, até o último dia útil do mês seguinte ao que
se referem, observado o seguinte:
85PRESTAÇÃO DE CONTAS
I. os extratos eletrônicos devem conter identificação e registro
de depósitos, de liquidação de cheques depositados em outras
instituições financeiras e de emissão de instrumentos de trans-
ferência de recursos, conforme o estabelecido na Circular nº
3.290, de 2005, e de acordo com o leiaute definido na Carta
Circular nº 3.454, de 14 de junho de 2010;
II. os envios mensais dos extratos eletrônicos não são acumula-
tivos; e
III. a lista contendo a identificação do número de CNPJ de par-
tidos políticos e de candidatos para o envio dos extratos ele-
trônicos, bem como as orientações técnicas para o envio dos
extratos eletrônicos, será publicada pelo TSE em seu sítio na
internet.
15. As disposições estabelecidas neste Comunicado aplicam-se, no que
couber, às eleições suplementares, aos plebiscitos e aos referendos.
Sílvia Marques de Brito e SilvaChefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro
Propaganda Eleitoral
89PROPAGANDA ELEITORAL
Propaganda eleitoral
Diante da crescente judicialização das Eleições, é muito importante estar
atento às normas legais que disciplinam e regulamentam a propaganda
eleitoral (Lei 9.504/97 e Res. TSE n. 23.457 de 15.12.2015). As multas de-
correntes da não observância das referidas normas legais são altas e po-
dem inviabilizar uma campanha.
O Tribunal Superior Eleitoral define como ato de propaganda eleitoral
aquele que leva ao conhecimento geral, ainda que de forma dissimulada,
a candidatura, mesmo que apenas postulada, a ação política que se pre-
tende desenvolver ou razões que induzam a concluir que o beneficiário é
o mais apto ao exercício de função pública.
Sem tais características, poderá haver mera promoção pessoal, apta, em
determinadas circunstâncias, a configurar abuso de poder econômico.
Regras sobre a Propaganda Eleitoral
• A propaganda eleitoral somente é permitida após o dia 15 de agosto
do ano da eleição;
• Ao postulante a candidatura a cargo eletivo é permitida a realização,
na quinzena anterior à escolha pelo partido, de propaganda intrapar-
tidária com vista à indicação de seu nome, vedado o uso de rádio,
televisão e outdoor;
• Na propaganda dos candidatos a cargo majoritário deverão constar,
também, o nome do candidato a vice-prefeito, de modo claro e legí-
vel, em tamanho não inferior a 30% (trinta por cento) do nome do
titular. (redação dada pela Lei 13.165, de 2015);
• Na propaganda para a eleição majoritária, a coligação usará, obrigato-
riamente, sob sua denominação, as legendas de todos os partidos que
a integram; na propaganda para eleição proporcional, cada partido
90
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
usará apenas sua legenda sob o nome da coligação. (§2º, do art. 6º, da
Lei 9.504/97);
• Nas dependências do Poder Legislativo, a veiculação de propagan-
da eleitoral ficará à critério da Mesa Diretora (§3º, do art. 37, da Lei.
9.504/97);
(Arts. 36-A, 37 e 38 da Lei 9.504/97 – Inovações introduzidas
pela Lei 13.165/2015 e Jurisprudências do TSE):
“Art. 36-A. Não configuram propaganda eleitoral antecipada, desde
que não envolvam pedido explícito de voto, a menção à pretensa can-
didatura, a exaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos e os
seguintes atos, que poderão ter cobertura dos meios de comunicação
social, inclusive via internet:
• Caput com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 13.165/2015.
• Ac.-TSE, de 24.2.2015, no AgR-REspe nº 27354 e, de 5.8.2014, no
REspe nº 2949: a propaganda eleitoral antecipada por meio de
manifestações dos partidos políticos ou de possíveis futuros can-
didatos na Internet somente resta caracterizada quando há propa-
ganda ostensiva, com pedido de voto e referência expressa à futura
candidatura.
• Ac.-TSE, de 12.9.2013, no REspe nº 7464: não há que falar em pro-
paganda eleitoral realizada por meio do Twitter.
I. a participação de filiados a partidos políticos ou de pré-candidatos em
entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na televisão
e na Internet, inclusive com a exposição de plataformas e projetos
políticos, observado pelas emissoras de rádio e de televisão o dever de
conferir tratamento isonômico;
• Inciso I com redação dada pelo art. 3º da Lei nº 12.891/2013.
• Ac.-TSE, de 24.6.2014, na Cta nº 100075: inaplicabilidade da Lei nº
12.891/2013 às eleições de 2014.
91PROPAGANDA ELEITORAL
• Ac.-TSE, de 5.8.2010, no R-Rp nº 165552: “A entrevista concedida a
órgão de imprensa, com manifesto teor jornalístico, inserida num
contexto de debate político, com perguntas formuladas aleatoria-
mente pelos ouvintes, não caracteriza a ocorrência de propaganda
eleitoral extemporânea, tampouco tratamento privilegiado.”
• Ac.-TSE, de 5.8.2010, no R-Rp nº 134631: entrevista de nature-
za jornalística com político de realce no Estado não caracteriza
propaganda eleitoral antecipada, ainda que nela existam referên-
cias aos planos para a eleição presidencial; a regra deste inciso se
aplica especialmente quando a mesma emissora realiza programas
semelhantes com diversos políticos, demonstrando tratamento
isonômico.
• Ac.-TSE, de 16.6.2010, na Cta nº 79636: possibilidade de realiza-
ção, em qualquer época, de debate na Internet, com transmissão
ao vivo, sem a condição imposta ao rádio e à televisão, de trata-
mento isonômico entre os candidatos.
• Ac.-TSE, de 25.3.2010, na AgR-Rp nº 20574: discurso proferido em
inauguração, que tenha sido transmitido ao vivo por meio de rede
de TV pública, não se insere na exceção prevista neste inciso.
• Ac.-TSE, de 31.5.2011, no REspe nº 251287: entrevista concedida
em programa de televisão com promoção pessoal e enaltecimen-
to de realizações pessoais em detrimento dos possíveis adversários
no pleito e com expresso pedido de votos caracteriza propaganda
eleitoral antecipada.
• Ac.-TSE, de 16.10.2012, no AgR-REspe nº 394274: propaganda ins-
titucional que veicule discurso de pré-candidatos sem pedido de
votos não configura propaganda eleitoral antecipada.
II. a realização de encontros, seminários ou congressos, em ambiente
fechado e a expensas dos partidos políticos, para tratar da organi-
zação dos processos eleitorais, discussão de políticas públicas, pla-
nos de governo ou alianças partidárias visando às eleições, podendo
tais atividades ser divulgadas pelos instrumentos de comunicação
intrapartidária;
92
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
• Inciso II com redação dada pelo art. 3º da Lei nº 12.891/2013.
• Ac.-TSE, de 24.6.2014, na Cta nº 100075: inaplicabilidade da Lei nº
12.891/2013 às eleições de 2014.
• Ac.-TSE, de 16.11.2010, no R-Rp nº 259954: discurso realizado em
encontro partidário, em ambiente fechado, no qual filiado ma-
nifesta apoio à candidatura de outro não caracteriza propagan-
da eleitoral antecipada; a sua posterior divulgação pela Internet,
contudo, extrapola os limites da exceção prevista neste inciso, res-
pondendo pela divulgação do discurso proferido no âmbito intra-
partidário o provedor de conteúdo da página da Internet.
• Ac.-TSE, de 24.4.2014, no REspe nº 1034: realização de audiências
públicas para a discussão de questões de interesse da população
não configura propaganda eleitoral antecipada, caso não haja pe-
dido de votos ou referência à eleição.
III. a realização de prévias partidárias e a respectiva distribuição de mate-
rial informativo, a divulgação dos nomes dos filiados que participarão
da disputa e a realização de debates entre os pré-candidatos;
• Inciso III com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 13.165/2015.
IV. a divulgação de atos de parlamentares e debates legislativos, desde
que não se faça pedido de votos;
• Inciso IV com redação dada pelo art. 3º da Lei nº 12.891/2013.
• Ac.-TSE, de 24.6.2014, na Cta nº 100075: inaplicabilidade da Lei nº
12.891/2013 às eleições de 2014.
V. a divulgação de posicionamento pessoal sobre questões políticas, in-
clusive nas redes sociais;
• Inciso V com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 13.165/2015.
VI. a realização, a expensas de partido político, de reuniões de iniciativa
da sociedade civil, de veículo ou meio de comunicação ou do próprio
partido, em qualquer localidade, para divulgar ideias, objetivos e pro-
postas partidárias.
93PROPAGANDA ELEITORAL
• Inciso VI acrescido pelo art. 2º da Lei nº 13.165/2015.
§ 1º É vedada a transmissão ao vivo por emissoras de rádio e de televisão
das prévias partidárias, sem prejuízo da cobertura dos meios de comuni-
cação social.
Parágrafo único renumerado como § 1º com redação dada pelo art. 2º da
Lei nº 13.165/2015.
§ 2º Nas hipóteses dos incisos I a VI do caput, são permitidos o pedido
de apoio político e a divulgação da pré-candidatura, das ações políticas
desenvolvidas e das que se pretende desenvolver.
§ 3º O disposto no § 2º não se aplica aos profissionais de comunicação
social no exercício da profissão.
• Parágrafos 2º e 3º acrescidos pelo art. 2º da Lei nº 13.165/2015.
“Art. 37. Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder
público, ou que a ele pertençam, e nos bens de uso comum, inclusive
postes de iluminação pública, sinalização de tráfego, viadutos, pas-
sarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos, é
vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza, inclusive
pichação, inscrição a tinta e exposição de placas, estandartes, faixas,
cavaletes, bonecos e assemelhados.
• Caput com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 13.165/2015.
• Ac.-TSE, de 28.6.2001, no AG nº 2890: a permissão prevista neste
artigo inclui a licença para o serviço de táxi.
• Ac.-TSE, de 12.8.2010, no PA nº 107267: aplicação deste artigo aos
estabelecimentos prisionais e às unidades de internação de adoles-
centes; nos estabelecimentos penais e em unidades de internação,
permite-se o acesso à propaganda veiculada no horário eleitoral
gratuito, no rádio e na televisão, bem como eventualmente àquela
veiculada na imprensa escrita; Ac.-TSE, de 14.8.2007, no REspe nº
25682: proibição de distribuição de panfletos com propaganda elei-
toral em escola pública; Res.-TSE nº 22303/2006: proibição de pro-
paganda eleitoral de qualquer natureza em veículos automotores
94
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
prestadores de serviços públicos, tais como os ônibus de transporte
coletivo urbano.
• Ac.-TSE, de 12.5.2011, no AgR-REspe nº 34515; de 17.2.2011, no
AgR-REspe nº 35134 e, de 14.3.2006, no REspe nº 24801: prevalên-
cia da lei de postura municipal sobre o art. 37 da Lei nº 9.504/1997
em hipótese de conflito. V., ainda, Ac.-TSE, de 29.10.2010, no RMS
nº 268445: prevalência da Lei Eleitoral sobre as leis de posturas
municipais, desde que a propaganda seja exercida dentro dos li-
mites legais.
§ 1º A veiculação de propaganda em desacordo com o disposto no caput
deste artigo sujeita o responsável, após a notificação e comprovação, à
restauração do bem e, caso não cumprida no prazo, a multa no valor de
R$ 2.000,00 (dois mil reais) a R$ 8.000,00 (oito mil reais).
• Parágrafo 1º com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 11.300/2006.
• Ac.-TSE, de 28.4.2011, no REspe nº 264105: veiculação de pro-
paganda eleitoral por meio de outdoor ou engenho assemelhado
acarreta a aplicação do § 8º do art. 39 e não deste parágrafo.
• Ac.-TSE, de 17.9.2013, no AgR-REspe nº 11377: inexistência de
natureza penal atribuída à presente norma, sendo desnecessário
aguardar o trânsito em julgado das condenações anteriores para
imposição da multa em valor acima do mínimo legal com base na
reincidência.
• Ac.-TSE, de 19.8.2014, no AgR-AI nº 231417: responsabilidade
solidária das coligações pela propaganda irregular de seus candi-
datos e possibilidade de aplicação da sanção individualmente aos
responsáveis.
§ 2º Em bens particulares, independe de obtenção de licença municipal
e de autorização da Justiça Eleitoral a veiculação de propaganda eleitoral,
desde que seja feita em adesivo ou papel, não exceda a 0,5 m² (meio metro
quadrado) e não contrarie a legislação eleitoral, sujeitando-se o infrator às
penalidades previstas no § 1º.
95PROPAGANDA ELEITORAL
• Parágrafo 2º com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 13.165/2015.
• Ac.-TSE, de 15.2.2011, no AgR-AI nº 369337: mesmo após as al-
terações introduzidas pela Lei nº 12.034/2009, em se tratando de
propaganda irregular realizada em bens particulares, a multa con-
tinua sendo devida, ainda que a publicidade seja removida após
eventual notificação.
• Ac.-TSE, de 7.10.2010, na R-Rp nº 276841: o ônus da prova é do
representante.
• Ac.-TSE, de 17.10.2013, no AgR-REspe nº 769497 e, de 23.6.2009,
no AgR-REspe nº 25643: os bens privados abertos ao público estão
compreendidos entre os bens de uso comum.
§ 3º Nas dependências do Poder Legislativo, a veiculação de propaganda
eleitoral fica a critério da Mesa Diretora.
§ 4º Bens de uso comum, para fins eleitorais, são os assim definidos pela
Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil e também aqueles
a que a população em geral tem acesso, tais como cinemas, clubes, lojas,
centros comerciais, templos, ginásios, estádios, ainda que de propriedade
privada.
• Parágrafo 4º acrescido pelo art. 3º da Lei nº 12.034/2009.
• Ac.-TSE, de 7.3.2006, no REspe nº 25428 e Ac. nºs 25263/2005,
21891/2004, 21241/2003: o conceito de bem de uso comum, para
fins eleitorais, alcança os de propriedade privada de livre acesso ao
público; Ac.-TSE, de 30.3.2006, no REspe nº 25615: é bem de uso
comum a banca de revista porque depende de autorização do po-
der público para funcionamento e situa-se em local privilegiado ao
acesso da população (veiculação na parte externa, no caso).
• Ac.-TSE, de 11.2.2014, no AgR-REspe nº 85130: condomínio resi-
dencial fechado não se enquadra na espécie de bem tratada neste
parágrafo.
§ 5º Nas árvores e nos jardins localizados em áreas públicas, bem como
em muros, cercas e tapumes divisórios, não é permitida a colocação de
96
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
propaganda eleitoral de qualquer natureza, mesmo que não lhes cause
dano.
• Parágrafo 5º acrescido pelo art. 3º da Lei nº 12.034/2009.
§ 6º É permitida a colocação de mesas para distribuição de material de
campanha e a utilização de bandeiras ao longo das vias públicas, desde
que móveis e que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas
e veículos.
• Parágrafo 6º com redação dada pelo art. 3º da Lei nº 12.891/2013.
• Ac.-TSE, de 24.6.2014, na Cta nº 100075: inaplicabilidade da Lei nº
12.891/2013 às eleições de 2014.
§ 7º A mobilidade referida no § 6º estará caracterizada com a colocação
e a retirada dos meios de propaganda entre as seis horas e as vinte e duas
horas.
• Parágrafo 7º acrescido pelo art. 3º da Lei nº 12.034/2009.
§ 8º A veiculação de propaganda eleitoral em bens particulares deve ser es-
pontânea e gratuita, sendo vedado qualquer tipo de pagamento em troca
de espaço para esta finalidade.
• Parágrafo 8º acrescido pelo art. 3º da Lei nº 12.034/2009.
Art. 38. Independe da obtenção de licença municipal e de autoriza-
ção da Justiça Eleitoral a veiculação de propaganda eleitoral pela dis-
tribuição de folhetos, adesivos, volantes e outros impressos, os quais
devem ser editados sob a responsabilidade do partido, coligação ou
candidato.
• Caput com redação dada pelo art. 3º da Lei nº 12.891/2013.
• Ac.-TSE, de 24.6.2014, na Cta nº 100075: inaplicabilidade da Lei nº
12.891/2013 às eleições de 2014.
§ 1º Todo material impresso de campanha eleitoral deverá conter o nú-
mero de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ ou o
97PROPAGANDA ELEITORAL
número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF do responsável
pela confecção, bem como de quem a contratou, e a respectiva tiragem.
• Parágrafo 1º acrescido pelo art. 3º da Lei nº 12.034/2009.
§ 2º Quando o material impresso veicular propaganda conjunta de di-versos candidatos, os gastos relativos a cada um deles deverão constar na respectiva prestação de contas, ou apenas naquela relativa ao que houver arcado com os custos.
• Parágrafo 2º acrescido pelo art. 3º da Lei nº 12.034/2009.
§ 3º Os adesivos de que trata o caput deste artigo poderão ter a dimensão máxima de 50 (cinquenta) centímetros por 40 (quarenta) centímetros.
• Parágrafo 3º acrescido pelo art. 3º da Lei nº 12.891/2013.
• Ac.-TSE, de 24.6.2014, na Cta nº 100075: inaplicabilidade da Lei nº 12.891/2013 às eleições de 2014.
§ 4º É proibido colar propaganda eleitoral em veículos, exceto adesivos microperfurados até a extensão total do para-brisa traseiro e, em outras posições, adesivos até a dimensão máxima fixada no § 3º.”
Sanção por propaganda antecipada
A violação do art. 36, da Lei 9.504/97, sujeitará o responsável pela divul-gação da propaganda e, quando comprovado o seu prévio conhecimento, o beneficiário à multa no valor de R$ 5.000,00 a R$ 25.000,00, ou equiva-lente ao custo da propaganda, se este for maior.
Comícios, reuniões públicas e utilização de aparelhagem de sonorização
Pode!
Permitido até o dia 29 de Setembro (3 dias antes) – comícios, reuniões pú-
blicas e a utilização de aparelhagem de sonorização fixa e trio elétrico,
(sonorização durante a realização de Comício) no horário compreendido
98
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
entre 8 horas às 24 horas, com exceção do comício de encerramento
da campanha, que poderá ser prorrogado por mais duas horas (Código
Eleitoral art. 240, e Lei 9.504/97, art. 39, §§4º e 5º, inciso I).
9 Não dependem de licença da Polícia ou da Justiça Eleitoral;
9 Devem ser comunicados à Autoridade Policial com, no mínimo,
24 horas de antecedência para que esta lhe garanta, segundo a
prioridade do aviso, o direito contra quem pretenda usar o local
no mesmo dia e horário;
9 Podem ocorrer entre 8 horas e às 24 horas;
9 A Autoridade Policial tomará as providências necessárias à garantia
da realização do ato e ao funcionamento do tráfego e dos serviços
públicos que o evento possa afetar;
Não pode!
9 Estão proibidos, a qualquer tempo da campanha eleitoral, a reali-
zação de showmícios e de eventos assemelhados, para a promoção
de candidatos, bem como a apresentação, remunerada ou não, de
artistas com a finalidade de animar comício e reunião eleitoral;
Pode!
9 Podem ser utilizados telões unicamente para a transmissão do co-
mício na qualidade de recurso audiovisual e com a finalidade de
facilitar a compreensão da mensagem que está sendo transmitida
pelo candidato, como são os microfones e alto-falantes que poten-
cializam a emissão da voz, não poderão, entretanto, ser retransmi-
tidos shows gravados ou em DVDs.
9 O uso de palcos fixos não encontra vedação legal, guardadas as
restrições aos shows e assemelhados, retransmissões de shows em
DVDs ou DJs, e, a depender de suas dimensões ou recursos tecno-
lógicos, não está imune a possível configuração de abuso de poder
econômico.
99PROPAGANDA ELEITORAL
9 Pode ser utilizada a aparelhagem de sonorização fixa e trio elétrico
durante a realização de comícios no horário compreendido entre
8 horas e às 24 horas.
Alto-falantes e carros de som
Pode!
9 A utilização de alto-falantes em comícios e a sonorização fixa são
permitidas das 8 horas às 24 horas;
9 Até as 22:00 horas do dia que antecede a eleição, serão permiti-
dos: distribuição de material gráfico, caminhada, carreata, passeata
ou carro de som que transite pela cidade divulgando jingles ou
mensagens de candidatos, desde que os microfones não sejam usa-
dos para transformar o ato em comício. (Res. TSE n. 22.829, de
5-6-2008);
Não pode!
9 Fica vedada a utilização de trios elétricos em campanhas eleitorais,
exceto para sonorização de comícios;
Pode!
9 É permitida a circulação de carros de som e minitrios como meio
de propaganda eleitoral, desde que observado o limite de 80 (oi-
tenta) decibéis de nível de pressão sonora, medido a 7 (sete) me-
tros de distância do veículo;
9 Considera-se carro de som, qualquer veículo, motorizado ou não,
ou ainda tracionado por animais, que transite divulgando jingles
ou mensagens de candidatos;
Não pode!
9 É proibido o uso de alto-falantes e carros de som em distância in-
ferior a 200 metros:
100
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
a. das sedes dos Poderes;
b. dos hospitais e casas de saúde;
c. das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando em
funcionamento;
Importante!
Considera-se:
Carro de Som: veículo automotor que usa equipamento de som com po-
tência nominal de amplificação de, no máximo, 10.000 (dez mil) watts;
Minitrio: veículo automotor que usa equipamento de som com po-
tência nominal de amplicação maior que 10.000 (dez mil) watts e até
20.000 (vinte mil) watts;
Trio elétrico: veículo automotor que usa equipamento de som com
potência nominal de amplificação maior que 20.000 (vinte mil) watts.
Propaganda em geral
Aos partidos políticos e às coligações é permitido, independen-
temente de licença da autoridade pública e de pagamento de
qualquer contribuição:
• fazer inscrever, na fachada de suas sedes e dependências, o nome
que os designe;
• instalar e fazer funcionar, normalmente, das 8h às 22h, no período
compreendido entre o início da propaganda eleitoral e a véspera
da eleição, alto-falantes ou amplificadores de voz, nos locais referi-
dos, assim como em veículos seus ou à sua disposição, em territó-
rio nacional, com observância da legislação comum;
101PROPAGANDA ELEITORAL
• comercializar material de divulgação institucional, desde que não
contenha nome e número de candidato, bem como cargo em
disputa.
Não pode!
É proibida a distribuição de brindes
O § 6º do art. 39 da Lei n. 9.504/1997, acrescido pela Lei n. 11.300/2006, veda na campanha eleitoral a confecção, utilização, distribuição por comi-tê, candidato, ou com a sua autorização, de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer outros bens ou materiais que possam proporcionar vantagem ao eleitor.
Bens de uso comum
Não pode!
(Art. 37 da Lei. 9.504/97)
Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público,
ou que a ele pertençam, e nos de uso comum, inclusive postes de ilu-
minação pública e sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes,
paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos, é vedada a veicula-
ção de propaganda de qualquer natureza, inclusive:
a. pichação;
b. inscrição à tinta;
c. exposição de placas;
d. estandartes;
e. faixas;
f. cavaletes;
g. bonecos e assemelhados.
A vedação acima se aplica também aos tapumes de obras ou prédios
públicos.
102
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
São considerados locais de livre acesso à população ainda que
pertencentes a particulares:
1. cinemas;
2. teatros;
3. igrejas;
4. clubes;
5. lojas;
6. centros comerciais;
7. ginásios;
8. estádios;
9. restaurantes e bares,
10. “boates”;
11. hotéis;
12. faculdades;
13. escolas;
14. ”shopping centers”
São bens cujo uso depende de cessão, permissão ou autorização
do Poder Público, dentre outros:
1. hospitais, clínicas, centros de tratamento ou de recuperação;
2. escolas;
3. ônibus, aviões, embarcações e qualquer meio de transporte de
acesso público;
4. transporte escolar;
5. táxis.
Outras proibições
1. Em bens tombados do patrimônio histórico, artístico ou paisagís-
tico ou que a ele pertençam.
2. Em tapumes de obras ou de prédios públicos.
3. Em árvores e jardins localizados em áreas públicas, como praças,
ruas e avenidas.
103PROPAGANDA ELEITORAL
Novidades para as eleições 2016
Modalidades de propagandas vedadas pela lei 13.165/15
Não pode!
Placas, faixas, estandartes, pichação, inscrição a tinta, cavaletes, bonecos
e assemelhados.
Propaganda permitida nas eleições de 2016
Pode!
Adesivo ou papel que não excedam 0,5 m2 (meio metro quadrado)
9 Em bens particulares, independe da obtenção de licença municipal e de autorização da Justiça Eleitoral, a veiculação de propaganda eleitoral, desde que seja feita em adesivo ou papel, não exceda a 0,5 m2 (meio metro quadrado) e não contrarie a legislação eleito-ral, sujeitando-se o infrator às penalidades previstas no § 1º do art. 37 da Lei 9.504/95 (multa de R$2.000,00 a R$8.000,00);
9 É permitida a colocação de mesas para distribuição de material de campanha e a utilização de bandeiras ao longo das vias públicas, desde que móveis e que não dificultem o bom andamento do trân-sito de pessoas e veículos. (mobilidade, colocação e retirada entre as 6:00 hs e as 22:00 hs);
9 A veiculação de propaganda eleitoral em bens particulares deve ser espontânea e gratuita, sendo vedado qualquer tipo de pagamento em troca de espaço para esta finalidade.
Pode!
Panfletos (Art. 38, da Lei 9.504/97)
9 Independe da obtenção de licença municipal e de autorização da
Justiça Eleitoral a veiculação de propaganda eleitoral pela distri-
buição de folhetos, volantes e outros impressos, os quais devem ser
104
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
editados sob a responsabilidade do partido político, da coligação
ou do candidato;
9 Todo material impresso de campanha eleitoral deverá conter o nú-
mero de inscrição no CNPJ ou o número de inscrição no CPF do
responsável pela confecção, bem como de quem a contratou, e a
respectiva tiragem;
9 Quando o material impresso veicular propaganda conjunta de
diversos candidatos, os gastos relativos a cada um deles deverão
constar na respectiva prestação de contas, ou apenas naquela rela-
tiva ao que houver arcado com os custos.
Pode!
Adesivos e Plotagens de Veículos
9 Os adesivos poderão ter a dimensão máxima de 50 (cinqüenta)
centímetros por 40 (quarenta) centímetros;
9 É proibido colar propaganda eleitoral em veículos, exceto adesivos
microperfurados até a extensão total do para-brisa traseiro.
Retirada de propaganda irregular
Na fiscalização da propaganda eleitoral, compete ao juiz eleitoral, no exer-
cício do poder de polícia, tomar as providências necessárias para coibir
práticas ilegais, comunicando-as ao Promotor Eleitoral.
Caso o candidato seja notificado para regularizar ou retirar a propaganda
irregular no prazo de 48 horas, e não o faça, estará caracterizado o prévio
conhecimento.
O prévio conhecimento é pressuposto indispensável à configuração de
propaganda irregular, ou seja, será utilizado para apurar e comprovar a
ilicitude.
105PROPAGANDA ELEITORAL
A caracterização do prévio conhecimento poderá ser utilizada como prova
para procedência de Representação e aplicação de multa.
Propaganda eleitoral na imprensa
Pode!
O art. 43 da Lei 9.504/97 permite, até a antevéspera das eleições (30.9.16),
a divulgação paga, na imprensa escrita e a reprodução na internet do jor-
nal impresso de até 10 (dez) anúncios de propaganda eleitoral, por veícu-
lo, em datas diversas para cada candidato, no espaço máximo, por edição,
de 1/8 (um oitavo) de página de jornal padrão e de ¼ (um quarto) de
página de revista ou tablóide.
1. deverá constar do anúncio, de forma visível, o valor pago pela
inserção.
2. a inobservância do disposto no referido art. 43 sujeita os responsá-
veis pelos veículos de divulgação e os partidos, coligações ou can-
didatos beneficiados a multa no valor de R$1.000,00 (mil reais) a
R$10.000,00 (dez mil reais) ou equivalente ao da divulgação da
propaganda paga, se este for maior.
Propaganda na internet
Pode!
É Permitida a propaganda eleitoral na Internet após o dia 15 de agosto
do ano da eleição.
Poderá ser realizada:
1. em sítio do candidato, com endereço eletrônico comunicado à
Justiça Eleitoral e hospedado, direta e indiretamente, em provedor
de serviço de internet estabelecido no País;
106
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
2. em sítio do partido ou coligação, com endereço eletrônico comu-
nicado à Justiça Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente,
em provedor de serviço de internet estabelecido no Páis;
3. por meio de mensagem eletrônica para endereços cadastrados gra-
tuitamente pelo candidato, partido ou coligação;
4. por meio de blogs, redes sociais, sítios de mensagens instantâneas
e assemelhados, cujo conteúdo seja gerado ou editado por candi-
datos, partidos ou coligações ou de iniciativa de qualquer pessoa
natural.
Não pode!
É vedada, ainda que gratuitamente, a veiculação de propaganda eleitoral
na internet em sítios de pessoas jurídicas e oficiais.
A violação do disposto no artigo sujeita o responsável pela divulgação da
propaganda e, quando comprovado seu prévio conhecimento, o benefi-
ciário à multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00
(trinta mil reais).
É livre a manifestação do pensamento, vedado o anonimato durante a
campanha eleitoral, por meio da internet, assegurado o direito de respos-
ta, nos termos das alíneas a,b e c do inciso IV, do §º 3, do art. 58 e do 58-A,
da Lei 9.504/97, e por outros meios de comunicação interpessoal median-
te mensagem eletrônica.
Sem prejuízo das sanções civis e criminais aplicáveis ao responsável, a
Justiça Eleitoral poderá determinar, por solicitação do ofendido, a retirada
de publicações que contenham agressões ou ataques a candidatos em sí-
tios da internet, inclusive redes sociais.
Não pode!
É proibida a venda de cadastro de endereços eletrônicos
Aplicam-se ao provedor de conteúdo e de serviços multimídia que hos-
peda a divulgação da propaganda eleitoral de candidato, de partido ou
107PROPAGANDA ELEITORAL
de coligação as penalidades previstas nesta resolução, se, no prazo deter-
minado pela Justiça Eleitoral, contado a partir da notificação de decisão
sobre a existência de propaganda irregular, não tomar providências para a
cessação dessa divulgação.
Importante!
As mensagens eletrônicas enviadas por candidato, partido ou coli-
gação, por qualquer meio deverão dispor de mecanismo que permita
seu descadastramento pelo destinatário obrigado o remetente a pro-
videnciá-lo no prazo de 48 horas.
Mensagens eletrônicas enviadas após o prazo acima, sujeitam os respon-
sáveis ao pagamento de multa no valor de R$100,00, (cem reais) por
mensagem.
9 O §1º do art. 57-H, da Lei 9.504/97 estabelece que: “Constitui cri-
me a contratação direta ou indireta de grupo de pessoas com a
finalidade específica de emitir mensagens ou comentários na in-
ternet para ofender a honra ou denegrir a imagem de candidato,
partido ou coligação, punível com detenção de 2 (dois) a 4 (qua-
tro) anos e multa de R$15.000,00 (quinze mil reais) a R$50.000,00
(cinqüenta mil reais).” Já o § 2º, do mencionado artigo disciplina:
“Igualmente incorrem em crime, punível com detenção de 6 (seis)
meses a 1 (um) ano, com alternativa de prestação de serviços à
comunidade pelo mesmo período, e multa de R$5.000,00 (cinco
mil reais) a R$30.000,00 (trinta mil reais), as pessoas contratadas
na forma do §1º.”
9 O art. 57-I, da lei 9.504/97, estabelece: “A requerimento de candi-
dato, partido ou coligação, observado o rito previsto no art. 96, a
Justiça Eleitoral poderá determinar a suspensão, por vinte e quatro
horas, do acesso a todo conteúdo informativo dos sítios da inter-
net que deixarem de cumprir as disposições desta Lei.
9 §1º- A cada reiteração de conduta, será duplicado o período de sus-
pensão. - §2º- No período de suspensão a que se refere este artigo, a
empresa informará, a todos os usuários que tentarem acessar seus
108
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
serviços, que se encontra temporariamente inoperante por desobe-
diência à legislação eleitoral.”
Pode!
Não há vedação para o uso do TWITTER, FACEBOOK, WHATSAPP,
INSTAGRAM, entre outras redes sociais. O candidato pode se comunicar
livremente com seus amigos virtuais, manifestando e se posicionando so-
bre questões políticas.
Propaganda eleitoral no rádio e na televisão
Resolução TSE n. 23.457, de 15 de Dezembro de 2016.
Art. 36. A propaganda eleitoral no rádio e na televisão se restringirá ao
horário gratuito definido nesta resolução, vedada a veiculação de propa-
ganda paga, respondendo o candidato, o partido político e a coligação
pelo seu conteúdo (Lei nº 9.504/1997, art. 44).
§ 1º A propaganda no horário eleitoral gratuito será veiculada nas emis-
soras de rádio e de televisão, inclusive nas rádios comunitárias, nas emis-
soras de televisão que operam em VHF e UHF e nos canais de televisão por
assinatura, sob a responsabilidade das Câmaras Municipais.
§ 2º As emissoras de rádio sob responsabilidade do Senado Federal e da
Câmara dos Deputados instaladas em localidades fora do Distrito Federal
são dispensadas da veiculação da propaganda eleitoral gratuita (Lei nº
9.504/1997, art. 47, § 9º).
§ 3º A transmissão da propaganda no horário eleitoral gratuito será as-
segurada nos municípios em que haja emissora de rádio e de televisão e
naqueles de que trata o art. 40 (Lei nº 9.504/1997, art. 48).
§ 4º A propaganda eleitoral gratuita na televisão deverá utilizar, entre
outros recursos, subtitulação por meio de legenda oculta, janela com
109PROPAGANDA ELEITORAL
intérprete da Libras e audiodescrição (Lei nº 13.146/2015, arts. 67 e 76, §
1º, inciso III). (grifamos)
§ 5º No horário reservado para a propaganda eleitoral, não se permi-
tirá utilização comercial ou propaganda realizada com a intenção, ain-
da que disfarçada ou subliminar, de promover marca ou produto (Lei nº
9.504/1997, art. 44, § 2º).
§ 6º Será punida, nos termos do § 1º do art. 37 da Lei nº 9.504/1997, a
emissora que, não autorizada a funcionar pelo poder competente, veicular
propaganda eleitoral (Lei nº 9.504/1997, art. 44, § 3º).
§ 7º Na hipótese do § 6º, demonstrada a participação direta, anuência ou
benefício exclusivo de candidato, de partido político ou de coligação em
razão da transmissão de propaganda eleitoral por emissora não autoriza-
da, a gravidade dos fatos poderá ser apurada nos termos do art. 22 da Lei
Complementar nº 64/1990.
Art. 37. As emissoras de rádio e de televisão veicularão, no período de 26
de agosto a 29 de setembro de 2016, a propaganda eleitoral gratuita da
seguinte forma (Lei nº 9.504/1997, art. 47, caput, § 1º, incisos VI e VII):
I - em rede, nas eleições para prefeito, de segunda a sábado:
a) das 7 horas às 7 horas e 10 minutos e das 12 horas às 12
horas e 10 minutos, no rádio;
b) das 13 horas às 13 horas e 10 minutos e das 20 horas e 30
minutos às 20 horas e 40 minutos, na televisão.
II - em inserções de trinta e de sessenta segundos, nas eleições para
prefeito e vereador, de segunda a domingo, em um total de setenta
minutos diários, distribuídas ao longo da programação veiculada
entre as 5 e as 24 horas, na proporção de sessenta por cento para
prefeito e de quarenta por cento para vereador.
§ 1º Na veiculação da propaganda eleitoral gratuita, será considerado o
horário de Brasília.
110
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
§ 2º Somente serão exibidas as inserções de televisão a que se refere o inci-
so II do caput nos municípios em que houver estação geradora de serviços
de radiodifusão de sons e imagens (Lei nº 9.504/1997, art. 47, § 1º-A).
Propaganda na véspera da eleição
Pode!
1. caminhada;
2. carreata;
3. passeata;
4. carro de som que transite pela cidade divulgando jingles ou men-
sagens de candidatos, mediante alto-falantes ou amplificadores de
som, entre as 8 e as 22 horas;
Não pode!
1. comícios;
2. propaganda no rádio, TV, Internet, jornal e/ou revista.
3. divulgação paga na imprensa escrita, no espaço máximo, por edi-
ção, para cada candidato, partido ou coligação.
Propaganda no dia da eleição
Não pode!
1. Aglomeração de pessoas portando bandeiras e flâmulas ou com
roupas identificadas com candidato ou partido, de modo a carac-
terizar manifestação coletiva, com ou sem utilização de veículos,
tais como:
111PROPAGANDA ELEITORAL
• carreata;
• passeata;
• comício.
2. Distribuição de material de propaganda política, inclusive volan-
tes e outros impressos.
3. Aliciamento, coação ou manifestação tendentes a influir na von-
tade do eleitor.
4. Uso de alto-falantes e/ou amplificadores de som.
Importante!
É permitida, no dia das eleições, a manifestação individual e silen-ciosa da preferência do eleitor por partido político, coligação ou candidato, revelada exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, dísticos e adesivos. (art. 39-A, da Lei 9.504/97).
Lei da ficha limpa
115LEI DA FICHA LIMPA
Lei da Ficha Limpa
A decisão do STF de validar a Lei da Ficha Limpa pode tirar das eleições
de outubro 2016 – e pelos próximos oito anos – vários políticos mineiros;
réus em processos criminais, cíveis e eleitorais, estão a um passo se tornar
inelegíveis. Basta que os Tribunais onde tramitam suas ações os condenem
ou rejeitem recursos apresentados contra decisões contrárias na Justiça de
1ª Instância.
A Lei da Ficha Limpa torna inelegível, por 8 anos, um candidato que te-
nha condenação proferida por órgão colegiado, ainda que caiba recurso
da decisão.
Por esse critério, os mais “prejudicados” são os Deputados Federais e
Senadores que, por terem foro privilegiado, respondem a processos dire-
tamente no STF.
Crimes passíveis de gerar inelegibilidade pela lei da ficha limpa
1. Condenados em sentença transitada em julgado ou por Órgão
Colegiado por crime de corrupção eleitoral, incluindo a compra de
votos, caixa dois e condutas proibidas em campanhas para os que
já são agentes públicos. É necessário, entretanto, que o crime im-
plique cassação do registro ou diploma em julgamento na Justiça
Eleitoral.
2. Condenados por ato doloso de improbidade administrativa com
lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito.
3. Os políticos que renunciarem ao mandato para evitar abertura do
processo de cassação.
4. Condenados à perda do cargo ou impedidos de exercer Função
pública em ações de abuso de autoridade.
116
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
5. Pessoas físicas ou os dirigentes de pessoas jurídicas condenados
pela Justiça Eleitoral por doações ilegais.
6. Aqueles que tiverem a rejeição de contas por irregularidade incor-
rigível, desde que o ato seja considerado doloso de improbidade
administrativa.
7. Condenados por crimes contra a economia popular, a fé pública,
a administração, o patrimônio público, o meio ambiente, a saúde
pública, por lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, prática de tra-
balho escravo e delitos cometidos por organização criminosa ou
quadrilha.
Importante!
Ao recorrer contra uma condenação imposta por um órgão colegia-do, os candidatos podem pedir efeito suspensivo. No entanto, isso dará mais rapidez ao processo, que terá prioridade de julgamento. Se o recurso for negado, será cancelado o registro da candidatura ou o diploma do eleito.
Obrigações gerais dos diretórios e
comissões municipais
119
Obrigações a serem cumpridas
Responsabilidades administrativas dos dirigentes do PSDB:
1. Estar com o CNPJ em dia perante a Secretaria da Receita Federal;
(Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 e Resolução TSE nº
23.432/2014); Obs. A ausência no SGIP – Sistema de Gerenciamento
de Inf. Partidárias -, do nº do CNPJ das representações partidárias
impactará diretamente no processo eleitoral de 2016, pois se trata
de campo chave para a emissão de recibos eleitorais, abertura de
conta bancária e prestação de contas;
2. Ter a conta bancária aberta em nome do Diretório ou Comissão
Provisória Municipal do PSDB;
3. Apresentar ao Cartório Eleitoral até 30 de abril, a prestação de
contas do Diretório ou Comissão Provisória Municipal do ano/
exercício anterior, observados o rol de peças contábeis obrigatórias
previstas no art. 29 da Res. TSE nº 23.432/2014; Obs. A escritura-
ção digital através do sistema (SPED), prevista nos art. 26, §2º e 27
da Res. TSE 23.432/14 será obrigatória para a prestação de contas
dos ÓRGÃOS MUNICIPAIS somente a partir da apresentação das
contas do exercício de 2017, a ser realizada em 30/04/2018;
4. Os Diretórios e Comissões Provisórias que abriram conta bancária
e que NÃO tenham movimentado recursos financeiros ou es-
timáveis em dinheiro, em 2015, devem apresentar ao Cartório
Eleitoral apenas a Declaração de Ausência de Movimentação
no período – assinada pelo Presidente e Tesoureiro - (Modelo
disponível no sitio do TSE – http://www.tse.jus.br/partidos/con-
tas-partidaria/declaracao-de-ausencia-de-movimento-de-recursos);
encaminhar, através de seu contador, as seguintes Declarações:
Declarações à Receita Federal:
• GFIP/SEFIP: tem que transmitir arquivo (SEM MOVIMENTO)
no mês em que se iniciou a atividade (abertura do CNPJ);
120
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
• RAIS: Anualmente enviar RAIS NEGATIVA até o final da 1ª
quinzena do mês de março do ano seguinte;
• DSPJ: Inativa, o prazo de entrega é até o mês de MARÇO do
ano seguinte; se não tiver havido NENHUM MOVIMENTO
(para transmissão é necessário a assinatura digital da entidade
ou procuração para o contador), qualquer registro; mesmo que
seja de DOAÇÃO ESTIMADA, obriga a entrega de:
ECF: é a Escrituração Contábil Fiscal (para transmissão é ne-
cessário a assinatura digital da entidade ou procuração para
o contador), o prazo é até o mês de JUNHO do ano seguinte;
ECD: é a Escrituração Contábil Digital (para transmissão
é necessário a assinatura digital do responsável da entida-
de perante o CNPJ, para tanto é obrigatório o Certificado
Digital) que tem que ser entregue até o mês de JUNHO do
ano seguinte;
Importante!
A DSPJ ou a ECF substituíram a DIPJ.
• DCTF: Deverá ser transmitida trimestralmente até o 15º dia do
mês.
Declarações municipais:
• Devem ser observadas as exigências estabelecidas por cada
Município;
5. Enviar ao Cartório Eleitoral a listagem atualizada dos filiados na 2º
semana dos meses de Abril e Outubro de cada ano; Obs. (Submeter
a lista de filiados através do sistema Filiaweb, significa autorizar o
processamento da lista de filiados incluídos até a data limite fixada
pela Justiça Eleitoral - (2ª semana de Abril e Outubro), ou seja, pode-
rá haver várias submissões de Listas e inclusões de filiados até a data
limite, de forma que todos os filiados incluídos até o prazo final, irão
para lista oficial, mesmo que a submissão ocorra em data anterior.);
121
6. Informar ao Diretório Estadual, para atualização junto ao TRE-
MG, as mudanças havidas no Diretório Municipal (desfiliações de
membros do Diretório Municipal/Comissão Provisória, mudança
de endereço/telefone/e-mail dos dirigentes partidários e outras que
julgar necessário);
7. Manter atualizado o cadastro dos filiados – (os dados são coleta-
dos da ficha de filiação, que continua o meio hábil de se efetivar
a filiação);
PSDB-MG Institucional
125PSDB-MG | INSTITUCIONAL
Presidente: Dep. Federal Domingos Sávio
1º Vice-presidente: Dep. Federal Paulo Abi Ackel
2º Vice-presidente: Danilo de Castro
3º Vice-presidente: Dep. Federal Eduardo Barbosa
Secretário Geral: Dep. Estadual João Vítor Xavier
Secretária: Valéria Cordeiro
Tesoureiro: Rômulo Antônio Viegas
Tesoureiro Adjunto: Paulo Bregunci
Líder da Bancada: Dep. Estadual Gustavo Valadares
VogaisÁlvaro Brandão de Azeredo
Dep. Estadual João Leite
Dep. Estadual Tito Torres
José Maia
Dep. Antônio Carlos Arantes
SuplentesCélio Moreira
Cidinha Campos
Aristides Vieira
Conselho de ÉticaDep. Estadual Bonifácio Mourão
PSDB Mulher: Gláucia Brandão
PSDB Jovem: Reinaldo Belli
Tucanafro: Juvenal Araújo
PSDB Sindical: Rogério Fernandes
Comissão Executiva do PSDB-MG (Biênio 2015-2017)
126
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
Bancadas PSDB-MG
AÉCIO NEVES(61) 3303-6049 / [email protected]://aecioneves.com.br/AecioNevesOficial
ANTONIO ANASTASIA(61) [email protected]://antonioaugustoanastasia.com.br//AntonioAnastasiaOficial
Senadores
Deputados Federais
CAIO NARCIO(61) [email protected]/caionarcio
BONIFÁCIO DE ANDRADA(61) 3215-5208dep.bonifaciodeandrada@camara.leg.brwww.bonifacioandrada.com.br/Dep.BonifacioAndrada
D0MINGOS SÁVIO(61) [email protected]/domingossaviomg
EDUARDO BARBOSA(61) [email protected]://eduardobarbosa.com/deputadofederaleduardobarbosa
MARCUS PESTANA(61) [email protected]://www.marcuspestana.com.br/depmarcuspestana
PAULO ABI-ACKELTel: (61) [email protected]://pauloabiackel.com.br/abiackelpaulo
RODRIGO DE CASTRO(61) [email protected]://www.rodrigodecastro.com/rodrigodecastro45
Estes são os parlamentares do PSDB que trabalham em prol de Minas e dos mineiros
127PSDB-MG | INSTITUCIONAL
Os canais de comunicação
de nossos senadores e
deputados estão sempre
abertos aos militantes e aos
demais cidadãos de todas
as regiões de Minas Gerais.
Deputados Estaduais
BONIFÁCIO MOURÃO(31)[email protected]/deputadomourao
ANTONIO CARLOS ARANTES(31) [email protected]://antoniocarlosarantes.com.br/DeputadoAntonioCarlosArantes
DALMO RIBEIRO(31) [email protected]://deputadodalmoribeiro.com.br//DeputadoDalmoRibeiro
GUSTAVO VALADARES(31) [email protected]://gustavovaladares.com.br//DeputadoGustavoValadares
JOÃO LEITE(31) [email protected]/depjoaoleite
JOÃO VÍTOR [email protected]://joaovitorxavier.com.br//JoaoVitorXavier
LUIZ HUMBERTO CARNEIRO2108-5383dep.luiz.humberto@almg.gov.brwww.luizhumbertocarneiro.com.br/luizhumberto.carneiro
TITO TORRES(31) [email protected]//tito.torres45240
Acesse o portal MINAS DE VERDADE e saiba mais sobre a atuação dos deputados do PSDB-MG e do Bloco da Oposição - Verdade e Coerência na Assembléia Legislativa.
www.minasdeverdade.com.br
128
MANUAL DAS ELEIÇÕES 2016
PSDB-MG(31) 2125-4545WhatsApp: (31) [email protected]/PSDBMG@psdbmg
JUVENTUDE PSDB-MG(31) [email protected]://psdb-mg.org.br/psdb-jovem/ /JPSDBminas @jpsdbmg
PSDB MULHER(31) [email protected]/psdb-mulher/@psdbmulhermg
TUCANAFRO(31) [email protected]/tucanafro//TucanafroMG@tucanafromg
PSDB SINDICAL(31) [email protected]/psdb-sindical//psdbsindicalmgoficial@psdb_sindicalmg
ITV-MG(31) 2125-4545psdb-mg.org.br/itv//ITVMG@itv_mg
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(31) 99899-2786@psdbmg/PSDBMG
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Contatos e Conexões