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CENTRO DE PROMOÇÃO SOCIAL MUNICIPAL DE LIMEIRA CEPROSOM FUNDO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 2016 - 2017 Manual das Parcerias Segundo a Lei 13019/2014

Manual das Parcerias - ceprosom.sp.gov.br · contabilidade e às normas brasileiras de contabilidade - apresentar declaração firmada pelo contador da entidade de que a mesma faz

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CENTRO DE PROMOÇÃO SOCIAL MUNICIPAL DE LIMEIRA CEPROSOM

FUNDO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

2016 - 2017

Manual das Parcerias

Segundo a Lei 13019/2014

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Manual das Parcerias

Segundo a Lei 13019/2014

1 REQUISITOS PARA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DO MUNICÍPIO

A organização da sociedade civil1, a partir da vigência da Lei 13.019/2014, ressalvadas algumas

situações específicas de dispensa e inexigibilidade constantes dos artigos 30 e 31, somente poderá ser parceira

do Município após participação do Processo de Chamamento Público quando escolhida a sua proposta como

vencedora do Certame.

Para que a parceria possa ser celebrada as Organizações deverão se expressar sobre as próprias

condições de organização interna, seus requisitos estatutários e suas regras contábeis a saber:

Requisitos Base Legal Atende Não atende

1. ESTATUTO

1.1 Objetivos voltados à promoção de atividades e finalidades de relevância pública e social.

Art. 33, I

1.2 Em caso de dissolução da entidade, o respectivo patrimônio líquido será transferido a outra pessoa jurídica de igual natureza e cujo objeto social seja, preferencialmente, o mesmo da entidade extinta.

Art. 33, III

1.3 Manter contabilidade regular com

observância aos princípios fundamentais de contabilidade e às normas brasileiras de contabilidade - apresentar declaração firmada pelo contador da entidade de que a mesma faz observância aos princípios e normas de contabilidade - apresentar as demonstrações contábeis do último exercício.

Art. 33, IV

2. CAPACIDADE GERENCIAL

2.1 Evidenciar no mínimo 1 (um) ano de existência,

com cadastro ativo, comprovados por meio de

documentação emitida pela Secretaria da Receita

Federal do Brasil, com base no Cadastro Nacional

da Pessoa Jurídica.

2.2 Evidenciar experiência prévia na realização, com

efetividade, do objeto da parceria ou de natureza

semelhante.

2.3 Evidenciar instalações, condições materiais e

capacidade técnica e operacional para o

desenvolvimento das atividades previstas e o

cumprimento das metas estabelecidas.

Art. 33, V, a

Art. 33, V, b

Art. 33, V, c

1 Doravante designada simplesmente OSC ou OSCs.

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1.1 DOCUMENTOS A APRESENTAR

a. Cópia do Estatuto da OSC registrado e eventuais alterações (Art. 34,III);

b. Declaração de atendimento aos requisitos estatutários, conforme disposto no Art. 33 da 13.019/2014;

c. Comprovante de CNPJ da OSC, emitida pela Receita Federal do Brasil (Art. 33, V, a);

d. Cópia da Ata de Eleição e Posse da Diretoria atual, registrada (Art. 34, V);

e. Relação nominal atualizada dos dirigentes da OSC (Art. 34,VI);

f. Relatório de Atividades do Exercício Anterior, assinado pelo representante legal e pelo responsável técnico (Art. 33, 5, b);

g. Balanço Patrimonial do último exercício, assinado pelo representante legal e por profissional registrado no CRC, atualizado até a data da assinatura;

h. Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas – CNDT, emitida pelo Tribunal Superior do Trabalho, em cumprimento à Resolução Administrativa TST nº 1470/2011 (Art. 34, II);

i. Certidão Conjunta Negativa de Tributos Federais relativos às contribuições previdenciárias e às de Terceiros, emitida pela Receita Federal do Brasil (Art. 34, II);

j. Certidão Negativa de Débito da Receita Estadual (Art. 34, II);

k. Certificado de Regularidade do FGTS (Art. 34, II);

l. Certidões Negativas Municipais (imobiliária e mobiliária) (Art. 34, II);

m. Declaração de capacidade técnica e operacional dando conta de que a OSC está em pleno e regular funcionamento, com instalações, condições materiais e capacidade técnica e operacional para o desenvolvimento das atividades ou projetos previstos na parceria e o cumprimento das metas estabelecidas (Art.33, 5, c).

n. Declaração de Adimplência firmada pelo representante legal da organização Social, de que a OSC não se encontra em nenhuma das situações de impedimento tipificadas no art. 39 da Lei n° 13.019/2014;

o. Declaração de comprovação de endereço da Sede da Organização da Sociedade Civil, acompanhada de comprovante de conta água, energia elétrica ou telefone (Art. 34, VII);

p. Declaração de Atendimento da divulgação da parceria na internet (Art.11);

q. Declaração de Gratuidade;

r. Declaração do Quadro Diretivo;

s. Declaração de inscrição no Conselho Municipal de Assistência Social;

t. Declaração de inscrição no Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, para OSCs que atendem Crianças e Adolescentes;

u. Declaração de inscrição no Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa para OSCs que atendem idosos;

v. Declaração de contrapartida, quando for o caso, e

x. Plano de Trabalho devidamente preenchido conforme termos do Art.22, assinado pelo representante legal e responsável técnico.

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2 DOS IMPEDIMENTOS PARA A CELEBRAÇÃO DA PARCERIA

Ficará impedida de celebrar qualquer modalidade de parceria prevista na Lei 13.019/2014 em consonância com seu art. 39 a organização da sociedade civil que:

I - Não esteja regularmente constituída ou, se estrangeira, não esteja autorizada a funcionar no território nacional;

II - Esteja omissa no dever de prestar contas de parceria anteriormente celebrada;

III - Tenha como dirigente membro de Poder ou do Ministério Público, ou dirigente de órgão ou entidade da administração pública da mesma esfera governamental na qual será celebrado o termo de colaboração ou de fomento, estendendo-se a vedação aos respectivos cônjuges ou companheiros, bem como parentes em linha reta, colateral ou por afinidade, até o segundo grau;

IV - tenha tido as contas rejeitadas pela administração pública nos últimos cinco anos, exceto se:

a) for sanada a irregularidade que motivou a rejeição e quitados os débitos eventualmente imputados;

b) for reconsiderada ou revista a decisão pela rejeição;

c) a apreciação das contas estiver pendente de decisão sobre recurso com efeito suspensivo;

V - Tenha sido punida com uma das seguintes sanções, pelo período que durar a penalidade:

a) Suspensão de participação em licitação e impedimento de contratar com administrações;

a) Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública;

b) Suspensão temporária da participação em chamamento público e impedimento de celebrar termos de fomento, termos de colaboração e contratos com órgãos e entidades da esfera do governo da administração pública sancionadora, por prazo não superior a 2 anos;

c) Declaração de inidoneidade para participar em chamamento público ou celebrar termos de fomento, termos de colaboração e contratos com órgãos e entidades de todas as esferas de governo, enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade.

VI - Tenha tido parcerias julgadas irregulares ou rejeitadas por Tribunal ou Conselho de Contas de qualquer esfera da Federação, em decisão irrecorrível, nos últimos 8 (oito) anos;

VII - Tenha entre seus dirigentes pessoa:

a) Cujas contas relativas a parcerias tenham sido julgadas irregularmente ou rejeitadas por Tribunal ou Conselho de Contas de qualquer esfera da Federação, em decisão irrecorrível, nos últimos 8 (oito) anos;

b) Julgada responsável por falta grave e inabilitada para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança, enquanto durar a inabilitação;

c) Considerada responsável por ato de improbidade, enquanto durarem os prazos estabelecidos nos incisos I, II e III do art. 12 da lei n° 8.429 de, 2 de junho de1992.

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3 DAS DESPESAS

As compras e contratações realizadas pelas OSCs com os recursos das parcerias, deverão observar os

princípios da impessoalidade, moralidade e economicidade, devendo ser precedidas de no mínimo 3 (três)

cotações prévias de preços, demonstrando a compatibilidade destes com os praticados no mercado.

A compatibilidade de preços com os praticados pelo mercado poderá ser demonstrada por meio de

cotações, tabelas de preços de associações profissionais , publicações especializadas ou quaisquer outras fontes

de informação disponíveis ao público; podendo ser realizadas através de meio, sítios eletrônicos e outros.

Poderão ser pagas com recursos vinculados à parceria, as despesas descritas no Plano de Trabalho,

segundo as rubricas em que estiverem inscritas, podendo se constituir das categorias abaixo discriminadas.

Os pagamentos deverão ser realizados crédito na conta bancária de titularidade de fornecedores de

bens e prestadores de serviços.

“O atraso na disponibilidade dos recursos da parceria autoriza o reembolso das despesas realizadas

após a publicação do termo de colaboração ou de fomento na imprensa oficial, bem como das despesas

realizadas entre o período da liberação das parcelas subsequentes, desde que devidamente comprovadas pela

organização, no cumprimento das obrigações assumidas por meio do plano de trabalho.” Desse modo, “(...) o

crédito poderá ser realizado em conta bancária de titularidade da organização da sociedade civil e o

beneficiário final da despesa deverá ser registrado”.

Segundo a Lei 4320/64, disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm>, a

qual reza em seu artigo nº 13:

“Art. 13. Observadas as categorias econômicas do art. 12, a discriminação ou especificação da despesa por elementos, em cada unidade administrativa ou órgão de governo, obedecerá ao seguinte esquema:

DESPESAS CORRENTES - Despesas de Custeio - Pessoa Civil - Pessoal Militar - Material de Consumo - Serviços de Terceiros - Encargos Diversos (....)

DESPESAS DE CAPITAL - Investimentos - Obras Públicas - Serviços em Regime de Programação Especial - Equipamentos e Instalações - Material Permanente (...)” Segundo a Portaria 448 de 13/9/2002, disponível no endereço abaixo, reza: http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/download/contabilidade/Port_448_2002.pdf:

“ Art. 2º - Para efeito desta Portaria, entende-se como material de consumo e material permanente:

I - Material de Consumo, aquele que, em razão de seu uso corrente e da definição da Lei n. 4.320/64, perde normalmente sua identidade física e/ou tem sua utilização limitada a dois anos;

II - Material Permanente, aquele que, em razão de seu uso corrente, não perde a sua identidade física, e/ou tem uma durabilidade superior a dois anos.

Art. 3º - Na classificação da despesa serão adotados os seguintes parâmetros excludentes, tomados em conjunto, para a identificação do material permanente:

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I - Durabilidade, quando o material em uso normal perde ou tem reduzidas as suas condições de funcionamento, no prazo máximo de dois anos;

II - Fragilidade, cuja estrutura esteja sujeita a modificação, por ser quebradiço ou deformável, caracterizando-se pela irrecuperabilidade e/ou perda de sua identidade;

III - Perecibilidade, quando sujeito a modificações (químicas ou físicas) ou que se deteriora ou perde sua característica normal de uso;

IV - Incorporabilidade, quando destinado à incorporação a outro bem, não podendo ser retirado sem prejuízo das características do principal; e

V - Transformabilidade, quando adquirido para fim de transformação.”

3.1 Despesas correntes (de custeio):

I ­ Recursos humanos

a) Profissionais contratados (e, ou da própria OSC) para a execução das atividades previstas,

incluindo-se: férias, décimo terceiro salário, verbas rescisórias,

b) Encargos sociais: contribuições sociais, fundo de garantia por tempo de serviço.

II - Diárias referentes a deslocamentos, hospedagem e alimentação nos casos em que a execução do

objeto da parceria assim o exija;

III - Custos indiretos necessários à execução do objeto, seja qual for a proporção em relação ao valor

total da parceria.

Exemplos de despesas correntes:

NATUREZA DESPESA ESPECIFICIDADES DA DESPESA TIPOS DE DOCUMENTOS

Recursos Humanos Pessoal contratado CLT (férias, 13º sal., rescisão trab.) Estagiários

Holerite assinado, ou c/comprovante de depósito/transferência. Recibo de estágio assinado Contrato de estágio

Encargos Sociais INSS, FGTS Guia de recolhimento autenticada ou com comprovante de pagamento e demonstrativo do cálculo, se não for integral.

Serviços Terceiros – Pessoa física Prestação de serviços de áreas diversas, capacitações

Nota fiscal válida

Serviço Terceiros – Pessoa jurídica

Transporte, frete, gráfica e impressão, medicina ocupacional, contabilidade, locação de veículos e imóveis, seguros, instalações, consertos, reparos, reformas e adaptações

Nota fiscal válida

Contrato e recibo

Material de consumo Alimentação, higiene e limpeza, expediente, manutenção, pedagógico e oficinas

Nota fiscal válida

OBSERVAÇÕES:

1) Os recursos humanos indicados no Plano de Trabalho deverão corresponder às atividades previstas, à qualificação

técnica, ao valor de mercado da região onde a OSC atua, e o valor bruto e individual deverá observar o limite

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estabelecido para a renumeração dos servidores do Poder Executivo municipal e ser proporcional ao tempo de

trabalho dedicado à parceria;

2) A equipe remunerada com recursos da parceria deverá estar equiparada às especificidades da Tipificação da

PNAS, incluindo-se a NOB RH e complementações;

3) As verbas rescisórias poderão ser pagas com recursos da parceria, sendo proporcionais à atuação do profissional na

execução das metas previstas;

4) Os documentos deverão estar legíveis, sem rasuras, escriturados, com data, valor, nome e CNPJ da OSC;

5) As Notas fiscais de prestação de serviços de pessoa física deverão ser emitidas atendendo dos postulados das

legislações cabíveis, incluindo-se a Lei Complementar 116/2003 sobre o Imposto sobre Serviços de Qualquer

Natureza - ISSQN, o Código Tributário Municipal, no qual estão inscritas todas as atividades que podem ser

cadastradas;

6) Para os recibo de pagamento de autônomo é necessário que se apresente o comprovante de recolhimento do INSS;

7) As notas fiscais deverão conter a discriminação do serviço executado e, ou estarem acompanhadas de relatório dos

serviços realizados; ou ainda deverão conter a discriminação de todos os itens adquiridos;

8) Quando ocorrerem despesas pagas proporcionalmente com recursos da parceria, a OSC deverá apresentar

memória de cálculo do rateio da despesa, e deverá haver a inscrição no documento da parte do “valor que foi

utilizado” na parceria;

9) As OSCs que contarem com cofinanciamento em mais de uma instância governamental deverão apresentar

planilha demonstrativa dos componentes considerados em cada instância, demonstrando o compartilhamento dos

componentes em mais de uma dessas instâncias, se houver.

3.2 Despesas de capital:

I - Aquisição de equipamentos e materiais permanentes essenciais à consecução do objeto, e serviços

de adequação de espaço físico, desde que necessários à instalação referidos equipamentos e materiais.

Exemplos de despesas de capital (somente na concessão municipal):

NATUREZA DESPESA ESPECIFICIDADES DA DESPESA TIPOS DE DOCUMENTOS

Equipamentos Equipamentos necessários ao atendimento do

público-alvo considerando a tipificação e natureza do serviço/projeto.

Nota fiscal válida

Material permanente Móveis, obras de construção e, ou ampliação. NF e outros.

3.3 Norma Operacional Básica de Recursos Humanos - NOB RH

Os recursos humanos passíveis de cofinanciamento com os recursos concedidos através da PNAS, são aqueles

indicados pela legislação, conforme segue abaixo, salvo outros programas não tipificados regidos por normas específicas.

As categorias profissionais estabelecidas nesta norma para a composição das equipes de referência tanto da

proteção social Básica, como da proteção social especial consideraram entre outros fatores, as profissões regulamentadas

em lei.

3.3.1. Proteção Social Básica

Composição da equipe de referência dos Centros de Referência da Assistência Social - CRAS para a prestação de serviços e

execução das ações no âmbito da Proteção Social Básica nos municípios:

A Tipificação de Serviços Socioassistenciais (2009), pactuada na Comissão Intergestores Tripartite (CIT) e aprovada pelo

Conselho Nacional de Assistência Social, define e detalha três serviços de proteção social básica: a) Serviço de Proteção e

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Atendimento Integral à Família (PAIF); b) Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos; c) Serviço de Proteção

Social Básica no domicílio para pessoas com deficiência e idosas.

3.3.2 Proteção Social Especial Média Complexidade

Equipe de referência para a prestação de serviços e execução das ações no âmbito da Proteção Social Especial de

Média e Alta Complexidade.

Média Complexidade:

O Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS é uma unidade pública que se constitui como polo

de referência, coordenador e articulador da proteção social especial de média complexidade.

A Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (2009) prevê quais serviços de proteção social especial devem ser

prestados nos CREAS e os que podem ser realizados mediante parceria das entidades com os órgãos gestores. As entidades

de atendimento, conforme artigo 3º, parágrafo 1o da Lei 8.742/93, alterada pela Lei 12.435/2011, devem respeitar os

parâmetros de composição de equipe de referência do serviço, conforme consta desta Norma.

3.3.3 Proteção Social de Alta Complexidade

A Portaria nº 843, de 28 de dezembro de 2010, ao dispor sobre a composição das equipes de referência dos CREAS, passou

a considerar, para além do nível de gestão, disposto nesta Norma, o Porte dos municípios como um elemento fundamental

no planejamento da capacidade de atendimento e da definição das equipes de referência do CREAS.

As Orientações Técnicas para os Centros de Referência Especializados para População em Situação de Rua (MDS, 2011),

recomenda a equipe de referência necessária para seu funcionamento, de acordo com a capacidade de atendimento.

Esta Orientação Técnica está em consonância com o prescrito nesta Norma e na Resolução CNAS nº 17/2011.

1) Atendimento em Pequenos Grupos (abrigo institucional, casa-lar e casa de passagem).

Equipe de referência para atendimento direto:

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Equipe de Referência para atendimento psicossocial, vinculada ao órgão gestor:

2) Família Acolhedora

Equipe de Referência para atendimento psicossocial, vinculada ao órgão gestor:

3) República

Equipe de Referência para atendimento psicossocial, vinculada ao órgão gestor:

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4) Instituições de Longa Permanência para Idosos – ILPI’s

Equipe de Referência para Atendimento Direto:

RESOLUÇÃO 17/2011:

RESOLVE:

Art. 1º Ratificar a equipe de referência, no que tange às categorias profissionais de nível superior, definida pela Norma

Operacional Básica de Recursos Humanos do Sistema Único de Assistência Social – NOB-RH/SUAS, aprovada por

meio da Resolução nº269, de 13 de dezembro de 2006, do Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS.

Parágrafo Único. Compõem obrigatoriamente as equipes de referência:

I - da Proteção Social Básica:

Assistente Social;

Psicólogo.

II - da Proteção Social Especial de Média Complexidade :

Assistente Social;

Psicólogo;

Advogado.

III - da Proteção Social Especial de Alta Complexidade:

Assistente Social;

Psicólogo.

Art. 2º Em atendimento às requisições específicas dos serviços socioassistenciais, as categorias profissionais de nível

superior reconhecidas por esta Resolução poderão integrar as equipes de referência, observando as exigências do art.

1º desta Resolução.

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§1º Essas categorias profissionais de nível superior poderão integrar as equipes de referência considerando a

necessidade de estruturação e composição, a partir das especificidades e particularidades locais e regionais, do

território e das necessidades dos usuários, com a finalidade de aprimorar e qualificar os serviços socioassistenciais.

§2º Entende-se por categorias profissionais de nível superior para atender as especificidades dos serviços aquelas que

possuem formação e habilidades para o desenvolvimento de atividades específicas e/ou de assessoria à equipe técnica

de referência.

§3º São categorias profissionais de nível superior que, preferencialmente, poderão atender as especificidades dos

serviços socioassistenciais:

Antropólogo;

Economista Doméstico;

Pedagogo;

Sociólogo;

Terapeuta ocupacional; e

Musicoterapeuta.

Art. 4º Os profissionais de nível superior que integram as equipes de referência e gestão do

SUAS deverão possuir:

I - Diploma de curso de graduação emitido por instituição de ensino superior devidamente credenciada pelo

Ministério da Educação – MEC;

II – Registro profissional no respectivo Conselho Regional, quando houver.

3.4 Custos indiretos

Art. 46. Poderão ser pagas, entre outras despesas, com recursos vinculados à parceria: (...)

III - custos indiretos necessários à execução do objeto, seja qual for a proporção em relação ao valor total da

parceria;

NATUREZA DESPESA CUSTO DIRETO CUSTO INDIRETO

Recursos Humanos Coordenador Assistente Social Psicólogo Outros (dependendo da proteção) Oficineiros/orientadores (ensino médio)

Assistente Administrativo Auxiliar Geral Recepcionista/telefonista Cozinheiro Porteiro Motorista

Material de Consumo Material pedagógico/de oficinas Expediente Higiene/limpeza Manutenção

Tarifas Água Luz Telefone

Serviço Terceiros – Pessoa jurídica

Aluguel, contabilidade, transporte, frete, gráfica e impressão, medicina ocupacional, locação de veículos e imóveis, seguros, instalações, consertos, reparos, reformas e adaptações

OBSERVAÇÕES:

1) A OSC deverá ter claro os serviços e projetos que desenvolve e seus respectivos custos, que resultará no índice

de proporcionalidade, o qual possibilitará os cálculos para as prestações de contas;

2) Os custos indiretos necessários à execução do objeto deverão estar previstos no Plano de Trabalho.

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3.5 Despesas vedadas

As parcerias serão executadas em observância às cláusulas pactuadas sendo vedado:

a) Utilizar recursos para finalidade alheia ao objeto da parceria: A entidade definirá no plano de trabalho os itens de

gastos e seus detalhamentos, somente podendo realizar a aplicação em despesas que abranjam tais definições;

b) Pagar, a qualquer titulo, serviço ou empregado público com recursos vinculados à parceria, salvo nas hipóteses

previstas em lei especifica e na lei de diretrizes orçamentárias: servidores ou empregados públicos serão custeados

diretamente pelo ente convenente podendo ser esta uma das obrigações do ente no instrumento de parceria,

sendo que somente em situações legalmente previstas em lei específica e na lei de diretrizes orçamentárias

servidores e empregados públicos poderão ser custeados com recursos das parcerias;

c) É vedado à OSC remunerar, com recursos da parceria, cônjuge, companheiro ou parente, em linha reta ou

colateral, por consanguinidade ou afinidade, até o terceiro grau, de agente público que exerça a Administração

Pública, cargo de natureza especial, cargo de provimento em comissão ou função de direção, chefia ou

assessoramento;

d) É vedado o pagamento de juros, multas ou correção monetária, inclusive referente a pagamentos ou a

recolhimentos fora do prazo, com recursos da parceria.

4 MOVIMENTAÇÃO E APLICAÇÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS E ALTERAÇÕES NO PLANO DE

TRABALHO

A utilização dos recursos deverá iniciar a partir da data da disponibilização dos valores ao proponente, findando

no prazo estabelecido no Termo de Parceria.

Os recursos recebidos pela organização social em decorrência da parceria serão depositados e geridos em conta

bancária específica indicada no Plano de Trabalho, isenta de tarifa bancária, em instituição financeira pública entre as quais

indicadas pela administração pública. Os rendimentos das aplicações financeiras serão obrigatoriamente aplicados no objeto

da parceria, estando sujeitos às mesmas condições de prestação de contas exigidas para os recursos transferidos.

A transferência de recursos ocorrerá em periodicidade mensal, salvo aquelas que decorrerem de instrumentais de

aditamento com indicações específicas de desembolso. A liberação de cada parcela se realizará mediante a comprovação da

regularidade fiscal da OSC, mediante a entrega da prestação de conta do período anterior e da apresentação das certidões

negativas de tributos federais e do FGTS.

O Plano de Trabalho poderá sofrer alterações mediante ofício enviado ao órgão concessor, que passará por análise

e será homologado ou não em suas alterações.

A alteração do prazo de vigência poderá ser solicitada no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes de seu término.

5 PRESTAÇÃO DE CONTAS

O dever de prestar contas se inicia a partir da liberação da primeira parcela do total de recursos a serem

repassados, quando os profissionais da OSC deverão estar dando andamento a todos os procedimentos previstos no Plano

de Trabalho visando a regular aplicação de recursos repassados e competente prestação de contas, portanto, as atividades

previstas deverão estar em pleno andamento, inclusive aquelas de acompanhamento, monitoramente e avaliação.

Conforme a Lei 13019, em seu Art. 64: “A prestação de contas apresentada pela organização da sociedade civil

deverá conter elementos que permitam ao gestor da parceria avaliar o andamento ou concluir que o seu objeto foi

executado conforme pactuado, com a descrição pormenorizada das atividades realizadas e a comprovação do alcance das

metas e dos resultados esperados, até o período de que trata a prestação de contas. Desse modo:

§ 1o Serão glosados valores relacionados a metas e resultados descumpridos sem justificativa suficiente.

§ 2o Os dados financeiros serão analisados com o intuito de estabelecer o nexo de causalidade entre a receita e a

despesa realizada, a sua conformidade e o cumprimento das normas pertinentes.

§ 3o A análise da prestação de contas deverá considerar a verdade real e os resultados alcançados.”

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A prestação de contas dos recursos recebidos abrangerá as receitas e despesas realizadas no período de vigência do

Termo de Parceria, não sendo aceitas despesas realizadas em data anterior ou posterior à mesma. O Plano de Trabalho

contém as datas de início e do fim da parceria, possuindo a entidade um prazo de até 90 dias a partir do término da

vigência, para a prestação de contas anual. As despesas somente poderão ser contratadas e pagas na vigência do Termo de

Parceria, não podendo ser realizados pagamentos no prazo destinado para a realização da prestação de contas.

5.1 Prestação de contas parcial

Considerando que a periodicidade do repasse de recursos será mensal e havendo previsão de repasse de mais de

1(uma) parcela, a OSC deverá apresentar prestações de contas parciais que serão protocoladas no Fundo Municipal de

Assistência Social, mensalmente até o dia 15, ficando disponíveis para análise da Comissão de Monitoramente e Avaliação e

do Gestor constituída para esse fim. As prestações de contas parciais se constituirão dos documentos abaixo relacionados,

elaborados por fontes de recursos:

a) Relatório de atividades (trimestral – assinado pelo responsável técnico), elaborado pela OSC, contendo as

atividades ou projetos desenvolvidos e o comparativo de metas propostas com os resultados alcançados;

b) Demonstrativo de receitas e despesas (modelo TCE RP20) de cada período (mensal – assinado por um

dirigente da OSC) devidamente preenchido, acompanhado das vias originais dos documentos fiscais lançados

no mesmo e respectivas cotações de preços, dos extratos bancários de conta específica vinculada à execução

da parceria e da conciliação bancária do período que se trata a prestação de contas;

c) Os documentos originais citados no item anterior deverão conter a indicação do número da norma

autorizadora e a identificação do órgão concessor.

5.2 Prestação de contas anual

A prestação de contas anual deverá ser protocolada junto ao Fundo Municipal de Assistência Social, devendo estar

composta dos documentos abaixo relacionados.

O prazo de entrega da prestação de contas anual é de no máximo 45 dias após o término da vigência, ou seja, até

15 de fevereiro do ano subsequente ao da parceria, podendo haver um prazo adicional de mais 45 dias para regularização,

no caso de processos de prestação de contas analisados com ressalvas ou como irregulares. Nesses casos será possível ainda

uma nova prorrogação com o mesmo prazo (45 dias, ou 31de março do ano subsequente ao da parceria firmada). Este

último prazo poderá ainda ser prorrogado de ofício por um período novo adicional de 30 dias, caso seja devidamente

justificado.

Transcorrido os prazos para correção das irregularidades verificadas e não havendo a correção das mesmas, a

autoridade administrativa competente, sob pena de responsabilidade solidária, adotará as providências para apuração dos

fatos, identificação dos responsáveis, quantificação do dano e obtenção do ressarcimento, nos termos da legislação vigente.

Relação de documentos:

a) Ofício de encaminhamento dirigido ao Centro de Promoção Social Municipal - CEPROSOM, contendo a

indicação do número do Termo de Parceria e os documentos que estão sendo enviados em anexo;

b) Relatório de atividades, elaborado pela OSC e assinado pelo seu representante legal, bem como pelo

responsável técnico, contendo as atividades desenvolvidas para o cumprimento do objeto e o comparativo de metas

propostas com os resultados alcançados, a partir do cronograma acordado, anexando-se documentos de comprovação da

realização das ações, tais como listas de presença, fotos e vídeos, se for o caso; com a indicação das atividades custeadas

com recursos próprios e as atividades custeadas com os recursos transferidos ;

c) Relatório de execução financeira anual, assinado pelo seu representante legal e pelo contador responsável, com

a descrição das despesas e receitas efetivamente realizadas (modelo TCE RP 20);

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d) Quando for o caso, relatório de bens materiais adquiridos com a prova dos respectivos registros contábil, e

relatório de melhorias realizadas, à conta dos recursos do repasse, indicando o seu destino final, conforme estabelecido no

Termo de Parceria;

e) Relação dos beneficiários;

f) Comprovante da devolução de eventuais recursos não aplicados;

g) Extratos bancários mensais das contas correntes e de aplicação financeira, abrangendo todo o período da

execução do objeto pactuado, e a respectiva conciliação bancária;

h) Balanço Patrimonial do exercício;

i) Certidão expedida pelo Conselho Regional de Contabilidade – CRC do contador responsável pelos balanços e

demonstrações contábeis;

j) Parecer do Conselho Fiscal sobre a exatidão do montante comprovado, atestando que os recursos foram

movimentados em conta específica aberta em instituição financeira oficial;

i) Declaração de guarda dos documentos originais que foram apresentados na Prestação de Contas.

5.2.1 Análise e avaliação da Prestação de Contas Anual

A análise da prestação de contas anual será realizada levando-se em consideração todos os documentos acima

relacionados e ainda os seguintes relatórios elaborados internamente, quando houver:

a) Relatório de visita técnica in loco eventualmente realizada durante a execução da parceria;

b) Relatório técnico de monitoramento e avaliação, homologado pela comissão de monitoramento e avaliação

designada, sobre a conformidade do cumprimento do objeto e os resultados alcançados durante a execução do

termo de colaboração ou de fomento;

O parecer sobre a prestação de contas, após a análise acima citada concluirá sobre:

a) Aprovação da prestação de contas;

b) Aprovação da prestação de contas com ressalvas, ou

c) Rejeição da prestação de contas e determinação de imediata instauração de tomada de contas especial, com

concessão de prazo para a OSC regularizar as inconsistências encontradas.

A avaliação final, conferirá à prestação de contas anual os status de:

I - Regulares, quando expressarem, de forma clara e objetiva, o cumprimento dos objetivos e metas estabelecidos

no plano de trabalho;

II - Regulares com ressalva, quando evidenciarem impropriedade ou qualquer outra falta de natureza formal que

não resulte em dano ao erário;

III - Irregulares, quando comprovada qualquer das seguintes circunstâncias

a) omissão no dever de prestar contas;

b) descumprimento injustificado dos objetivos e metas estabelecidos no plano de trabalho;

c) dano ao erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ou antieconômico;

d) desfalque ou desvio de dinheiro, bens ou valores públicos.

Conforme dispõe a legislação 13.019/2014 se a duração da parceira exceder a um ano, a organização da sociedade

civil deverá apresentar prestação de contas ao fim de cada exercício, para fins de monitoramento do cumprimento das

metas nada mais dispondo a respeito dos períodos de prestação de contas para parcerias com duração inferior ou até um

ano.

No caso de rejeição da prestação de contas, deverá ser instaurada tomada de contas especial, podendo ser aplicadas

as sanções previstas no Art. 73 da Lei Federal 13019/14.

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Deverão ser registradas em bancos de dados público as causas das ressalvas ou de rejeição da prestação de contas

das OSCs para conhecimento público.

A manifestação conclusiva da prestação de contas será encaminhada para ciência da OSC e do responsável indicado

por ela no termo.

6. DIVULGAÇÃO

A administração pública deverá manter, em seu sítio oficial na internet, a relação das parcerias celebradas e dos

respectivos planos de trabalho, até cento e oitenta dias após o respectivo encerramento.

A organização da sociedade civil deverá divulgar na internet e em locais visíveis de suas sedes sociais e dos

estabelecimentos em que exerça suas ações todas as parcerias celebradas com a administração pública.

As informações a serem divulgadas são, no mínimo:

I - data de assinatura e identificação do instrumento de parceria e do órgão da administração pública responsável;

II - nome da organização da sociedade civil e seu número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica -

CNPJ da Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB;

III - descrição do objeto da parceria;

IV - valor total da parceria e valores liberados, quando for o caso;

V - situação da prestação de contas da parceria, que deverá informar a data prevista para a sua apresentação, a data

em que foi apresentada, o prazo para a sua análise e o resultado conclusivo.

VI - quando vinculados à execução do objeto e pagos com recursos da parceria, o valor total da remuneração da

equipe de trabalho, as funções que seus integrantes desempenham e a remuneração prevista para o respectivo

exercício.

ESTE MANUAL TEM COMO OBJETIVO DAR ORIENTAÇÕES GERAIS, ELE NÃO ESGOTA TODO O

CONTEÚDO DAS LEGISLAÇÕES AQUI INDICADAS, O QUAL DEVERÁ SER CONSIDERADO.