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Manual de aplicação de projeto gráfico do livro de Adilson Batista, desenvolvildo pelos alunos da disciplina de Gráfica 3, na Ufes.
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Manual de Aplicação do Projeto Gráfico
Memória do Primeiro Tempo - Quase Contos
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
GRÁFICA 3
Grupo 4
Hudson José Gomes CoelhoMariana Machado
Paulo Fernando Reckel SantosThaís Pacheco Coelho Leite
Wellington Luiz Oliveira Conceição
Prof.ª Sandra Medeiros
APRESENTAÇÃO
Este manual apresenta as informações necessárias para a aplicação do projeto gráfico do livroMemória do Primeiro Tempo - Quase Contos, de Adilson Vilaça.
O público-alvo definido para o livro são alunos que prestarão vestibular para ingressar na Universidade Federal do Espírito Santo (cerca de 15.000 cópias).
As principais características adotadas para atingir o público-alvo são:uso de monocromia no miolo do livro, policromia na capa e ilustração a traço.
A tipografia escolhida e o corpo de texto aplicado contruibui para a leitura de textos longos,por apresentar serifas e numerais clássicos, além de hastes de média espessura e pouco contraste.
O formato do livro é 14,5 x 21 cm e o acabamento utilizado será costura com cola fria,lombada quadrada e orelhas. A capa possui aplicação de laminação brilho.
O livro possui 108 páginas e o sistema de impressão utilizado é a impressão off-set.
CAPAS
Marca de vincoMarca de corte
Marca de dobraGeorgia, 12/14, regular,caixa-alta e baixa
Georgia, 10/14, bold,caixa-alta e baixa
Georgia, 10/14, regular,caixa-alta e baixa
Georgia, 9/11, regular,caixa-alta e baixa
Bank Gothic Md Bt Medium, 8, medium,caixa-alta e baixa
MS Reference Sans Serif, 16, regular,caixa-alta e baixa
MS Reference Sans Serif, 13, regular,caixa-alta e baixaC= 87,11, M=25, Y=100, K=11,33
MS Reference Sans Serif, 12, regular,caixa-alta e baixa
MS Reference Sans Serif, 12, regular,caixa-alta e baixaC=69,53; M=67,19; Y=63,67; K=73,83
C= 87,11, M=25, Y=100, K=11,33
C= 41,8; M=20,31; Y=86,72; K=1,17
C= 16,41;M=12,5;Y=53,91;K=0
14,5 cm 14,5 cm0,6757,5 CM 7,5 CM
21,1
CM
1 CM
* Os elementos sem indicação de cor serão vazados.
FOLHA DE ROSTO E CRÉDITO
1
Adilson Vilaça
Memória do Primeiro Tempo― Quase contos ―
Vitória2011
EDUFES
MS Reference Sans Serif, 16, regular,caixa-alta e baixa
MS Reference Sans Serif, 17, regular,caixa-alta e baixa
MS Reference Sans Serif, 13,regular,caixa-alta e baixa
Georgia, 14, regular,caixa-alta e baixa
Bank Gothic Md Bt Medium, 8, medium,caixa-alta e baixa
* Todas as páginas do miolo são impressas em monocromia (C=0; M=0; Y=0; K=100)
Box com fio de 1 pt.
Arial, 8/10, regular,caixa-alta e baixa
Georgia, 12, bold,caixa-alta e baixa
Georgia, 12, regular,caixa-alta e baixa
Ilustração a traço
2
Edição e Projeto Gráfico:Hudson José Gomes Coelho
Mariana MachadoPaulo Fernando Reckel Santos
Thaís Pacheco Coelho LeiteWellington Luiz Oliveira Conceição
Revisão do texto:Hudson José Gomes Coelho
Paulo Fernando Reckel SantosWellington Luiz Oliveira Conceição
Capa:Mariana Machado
Thaís Pacheco Coelho LeiteWellington Luiz Oliveira Conceição
Orientação:Prof.ª Sandra Medeiros
Freitas, Adilson Vilaça de, 1956-Memória do primeiro tempo : quase contos / Adilson Vilaça. -
Vitória : EDUFES, 2011.108 p.
1. Contos brasileiros. I. Título
CDU: 821.134.3(81)-34
F866m
DEDICATÓRIA FRENTE E VERSO
3
Ao técnico de anjose seus craques
4
Em branco
Georgia, 12/10, italic,caixa-alta e baixa
* A dedicatória está alinhada à direita e ao meio. Disposta a 1,5 cm do limite lateral direito da página.
APRESENTAÇÃO
5
O primeiro tempo
Os textos que aqui vão reunidos são encomenda da Você, revista de cultura da Universidade Federal do Espírito Santo, e da seção Colunas, de A Gazeta On-Line. Apenas três deles, listados no final do índice, não saíram na Você - o agressivo vírus da extinção de veículos culturais contaminou a revista, e seu falecimento teve obituário no segundo semestre de 1998. Depois de oito anos, deixou de comparecer ao prelo, como quem deixa de fazer fandango à vida. Já A Gazeta On-Line segue firme sua existência virtual, e escreveu a inteira legião de lembramentos.
A princípio pretendia escrevê-los na roupagem de crônicas. Porém as historinhas assanharam-se em ter fiapo de condução, passando, sem titubeio, da fronteira demarcada pelo varal cronista. Voaram do varal. Trapos ao vento, além da pretensão primeira, mas imprecisos ainda para o gênero conto. Que fazer? Confesso que a questão, intimamente debatida, aflorava a cada no-vo filhote da ninhada. Que crescia, alimentada pela inesgotável fonte da memória. Indeciso, decidi-me a prosseguir.
No final de 1998, herdei a singela coletânea deste escrito patrimônio da lembrança. Tinha-os todos, estes textos que são quase contos. Então, acometeu-me o ânimo sacrílego de refazê-los, em interminável jogo de palimpsesto que substituísse a primeira pessoa, o eu que sou, pela impessoalidade de outros moleques. Seria como emprestar-lhes, aos moleques do estranhamento, vara de condão que usei para futucar o nariz. Um acinte!
6
– e não a eles, mas a mim. A opção seria deixar como estava, a despeito do desrespeito ao gênero conto. E foi, como irá testemunhar o leitor, do jeito que ficou.
Para meu socorro, fiz peregrinação à Teoria Geral do Quase, de Carlos Heitor Cony, estampada na intro-dução de seu quase-romance, o Quase Memória. Tudo certo? Digo sim, porque a transgressão literária foi come-tida com refinada traquinagem. Foi como ir à tourada e voltar de pé descalço. Coisa que eu merecia e mereço fazer mais vezes. Antes que me surpreenda, escrevendo a memória da terceira idade.
Para apito final, confesso que já dei pontapé inicial na memória do segundo tempo.
O Autor.
Georgia, 12/16, regular,caixa-alta e baixa
Georgia, 12/16, regular,caixa-alta e baixa
SUMÁRIO
7
SUMÁRIO
JOÃO, JOANA 9
NOITE CARNEIRINHA 15
DIA DE TRAIÇÃO 22
TÉCNICO DE ANJOS 30
LIBÉLULA LILÁS 38
O MAL DE CATARINA 46
VIDA DE TOUREIRO, OLÉ! 54
UM DRIBLE NA FRONTEIRA 64
TETAS DA FANTASIA 74
ENFIM, DEPOIS DO FIM 83
O LEÃO DA MADRUGADA 90
BANDO, BANDA 98
4
Em branco
Georgia, 14/16, boldcaixa-alta
Georgia, 12/16, regularcaixa-alta
Trajan Pro, 12/16, regular,caixa-alta
Fio de 1 pt.
INDICAÇÃO DE CAPÍTULO E VERSO
9
JOÃO, JOANA
4
Em branco
* Quando o capítulo se inicia à direita, o verso da página é em branco, porém quando o capítulo se inicia à esquerda, o verso é o final do capítulo anterior.* Título alinhado à direita e ao meio da página. Quando a página é a esquerda, o alinhamento é à esquerda e ao meio.
Georgia, 14/16, regular,caixa-alta
OUTRAS PÁGINAS
13
— Queria o marido de Joana.Assim tanto pareceu, que ficou verdade. E o mari-
do de Joana deixou aquelas cercanias, entre Imburana e Ecoporanga, sumindo para lonjura de Rondônia. Mais tarde voltaria para buscar a mulher e o filho, curuquinha então entretido na arte de equilibrar passos. Quem viu a despedida, viu Joana chorar muito. Era a segunda vez que o marido ia de casa, a primeira para juntar-se aos posseiros revoltosos do Córrego do Limão. A primeira fez a segunda, que era fuga de derrotado.
— Eu volto. Venho buscar você e meu filho — pro-meteu, para cumprir.
E Joana ficou pranteando a saudade do assobio domarido, e quem sabe mais o quê. Foram rolando colheitas, feito abóboras que se desprendem dos talos e brincam de avalancha na encosta rechonchuda.
Meu tio João Vilaça, recém-chegado ao Rancho das flores, ajudava as abóboras a suicidarem-se no des-penhadeiro, que ia de aplainar o tombo em nosso quintal. Dizia que nada de carregar, porque eram abóboras pa-ra porcos, não importava que se machucassem na cor-reria da ladeira. Mas, de uns tempos daquele tempo,deu de carregar uma abóbora sempre bem escolhida.Era para Joana.
Domingo, dia de missa. Minha família ia para Ecoporanga, rezar e rever as novidades. Eu ficava. Tio João ficava, e vinha a Joana para fazer almoço. Logo meu tio providenciou uma espingarda chumbeira, ensinou-me a fazer o carrego, dosando pólvora e chumbo, socando bem que bem a bucha com a vareta. Depois era espoletar, engatilhar, mirar e matar o vôo dos passarinhos.
JOÃO, JOANA
Trajan Pro, 6, regular,caixa-alta
Georgia, 12, 16, regular,caixa-alta e baixa
Trajan Pro, 12, regular,caixa-alta e baixa
Fio de 1 pt19
voltou, cuidou de nos levar nas viagens. Aborrecimento para ele, pancadas no nosso pêlo. Minha primeira viola, ele que deu. Estava alegre, arranjou noiva, quis mostrar bom coração. Casou, eu pulei. Depois, pulou meu irmão. Foi para São Paulo, cidade muito grande que eu tenho medo de ir.
— E o Antônio? — impeliu-me a curiosidade.— Dizem que bate na mulher. Já tem um nunca
mais que sei dele.Lá dentro, entre as quatro paredes de 1962, a festa
tomava zinebra, canelinha e xiboca. Tinha também vinho de jurubeba, mas só meu pai bebia — era beberagem não alcoólica, amarga que nem fel. Lá fora, entre o firmamen-to refrescado a bananeiras, o quintal ouvia Altamiro e Zé Pretinho ensaiando o São Benedito.
Meu São Benedito
É santo de preto;
Ele bebe garapa,
Ele ronca no peito.
Meu São Benedito
Faz favor de ouvir
Pelo amor de Deus
Vem dançar ticumbi.
O ano de 1962 marcou o fim da rebelião camponesa em Ecoporanga. As vidas da região estavam esfoladas de uma escaramuça iniciada em 1959. Morria gente, morria soldado, morria jagunço. No início do ano fim, estourou a ameaça: os camponeses irão invadir Ecoporanga! E foi
NOITE CARNEIRINHA
Georgia, 10/16, regular,caixa-alta e baixa
* O título do capítulo se encontra centralizado na parte superior, acima da mancha gráfica, em todas as páginas com texto.* Quando há citação de outros textos, o recuo do texto é de 1 cm, alinhado à direita.* A numeração das páginas também está fora da mancha gráfica.
O AUTOR CÓLOFON
105
O autor
Adilson Vilaça é mineiro, nascido em Conselheiro Pena (Cuparaque), no vale do Rio Doce, a 1 de agosto de 1956. Muito novo mudou-se de Minas Gerais para o Espírito Santo, vivendo a infância em Ecoporanga e a adolescência em Colatina. Mora em Vitória desde 1977, e fez Jornalismo na Universidade Federal do Espírito San-to. Iniciou na literatura em 1978, participando com outros autores da publicação de um livro de poesia. Entre os anos de 1980 e 1983, venceu três concursos literários no Estado, sendo o mais importante o Prêmio “Geraldo Costa Alves”, instituído em 1983. A premiação, concedida pela Fundação Ceciliano Abel de Almeida, foi ao livro de contos A Possível Fuga de Ana dos Arcos — a obra, primeiro livro do autor, foi publicada pela FCAA
em 1984, e, posteriormente, adotada no vestibular da Ufes, em 1992.Em 1997, Adilson Vilaça lançou Cotaxé, romance baseado
na história do Contestado entre Minas Gerais e Espírito Santo, que deu fôlego a homônimo do documentário média-metragem. Dez anos antes, na primeira experiência na linguagem audiovisual, venceria o concurso de roteiro para documentário curta-metragem, sobre o Espírito Santo, numa promoção do antigo Departamento Estadual de Cultura e da extinta Embrafilme. O documentário Receita Artesanal, que teve como tema a pesca artesanal e a moqueca capixaba, ganhou, no mesmo anos, o troféu Sol de Prata, premiação especial do IV Cine Fest-Rio.
Sua incursão no teatro é limitada a duas peças: A Turma da Marinalda, infantil, montada pelo grupo Toque de Caixa, e
Contradança, montada pelo grupo Boca de Cena.Adilson Vilaça foi editor da revista Você, publicação da
Ufes dedicada à cultura capixaba, que durou de 1992 a 1998; e foi editor-chefe inaugural da Editora da Ufes, em 1996. Criou para a Prefeitura de Vitória os projetos de publicação Escritos de Vitória, Esporte Memória, Série Cidade Cidadã, Coleção Roberto Almada, Coleção Elmo Elton e Coleção José Costa, todos em andamento.
Articulista de A Gazeta On-Line, Adilson Vilaça tam-
Georgia, 12, regular,caixa-alta e baixa
Georgia, 10/14, regular,caixa-alta e baixa
108
O livro foi impresso na Gráfica AlphaGraphics, em maio de 2011.O papel utilizado foi o Sulfite 75 g/m².
O texto foi composto na fonte Georgia e os títulos em Trajan Pro.Para a capa foi utilizada a fonte MS Reference Sans Serif.
Georgia, 10/12, regular,caixa-alta e baixa
* O cólofon está a 3,3 cm do limite inferior da página e o texto está centralizado.