Upload
dinhdang
View
221
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
1
Manual de Arborização
Urbana
Prefeitura de Araçoiaba da Serra
Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente
2
Introdução
A arborização urbana, definida como toda vegetação que compõe o cenário ou a
paisagem urbana, é um dos componentes bióticos mais importantes das cidades.
Tecnicamente, a arborização urbana é dividida em áreas verdes (parques, bosques,
praças e jardins) e arborização de ruas (vias públicas).
Muitos pesquisadores chamam-na de florestas urbanas, conceito mais amplo que
engloba os diversos espaços no tecido urbano passíveis de serem trabalhados com o
elemento árvore, tais como arborização de rua, praça, parque, jardim, lote, terreno
baldio, quintal, talude de corte e aterro, estacionamento, canteiro central de ruas e
avenidas e margens de corpos d'água.
A arborização de vias públicas, objeto deste Guia, refere-se às árvores plantadas
linearmente nas calçadas ao longo de ruas e avenidas. Trata-se da vegetação mais
próxima da população urbana, e, também, da que mais sofre com a falta de
planejamento dos órgãos públicos e com a falta de conscientização ambiental.
Grande parte da população mundial vive hoje em cidades, com acesso contínuo a
serviços públicos essenciais, fundamentais para o conforto e a qualidade de vida das
pessoas. Em um mundo globalizado e altamente competitivo, a disponibilidade de
serviços com a qualidade necessária passa a representar um diferencial estratégico e de
desenvolvimento. Neste sentido, a implantação e o manejo da arborização das cidades
constituem-se em mais um serviço público ofertado, como estratégia de amenização de
impactos ambientais adversos devido às condições de artificialidade do meio urbano,
além dos aspectos ecológico, histórico, cultural, social, estético e paisagístico, que
influenciam a sensação de conforto ou desconforto das pessoas. E como serviço,
necessita de conhecimento e capacitação técnica de profissionais habilitados, para sua
execução.
O objetivo da criação desse manual, é que as pessoas se familiarizem cada vez mais
com as arvores, e que tratem a arborização urbana como uma chave importante para a
melhor qualidade de vida. Sempre procurando a harmonia entre ser humano e o meio
em que vive.
3
Porque arborizar?
Há muito tempo, o homem tem se afastado do meio rural para residir no meio urbano. A
partir dos anos 60, houve um intenso crescimento das cidades. Com isso, o
desenvolvimento imobiliário acabou com várias áreas de vegetação natura lexistentes
dentro e ao redor das cidades. Várias árvores existentes em ruas e bairros foram
derrubadas, o que causou um sério aumento da impermeabilização do solo, bem como o
seu revolvimento, como causa da baixa fertilidade e erosões. Para sanar tais problemas,
a arborização urbana abre uma série de oportunidades nas cidades para um bom
negócio. Além de manter a natureza em contato com o homem, aumentando a sua
qualidade de vida.
As árvores, no meio urbano, desempenham vários papéis fundamentais e vantajosos.
Proporcionam melhoria da estética; servem de sombreamento; amortecem o som,
diminuindo a poluição sonora; protegem e direcionam o vento; diminuem o impacto da
água de chuva e seu escorrimento superficial; diminuem a temperatura, absorvendo os
raios solares; e melhoram a qualidade do ar. E o mais importante: preservam a fauna
silvestre e proporcionam bem-estar psicológico ao homem.
Benefícios da Arborização Urbana
Importância e benefícios da arborização Conforme CEMIG (2011), a arborização das
cidades, além da estratégia de amenização de aspectos ambientais adversos, é
importante sob os aspectos ecológico, histórico, cultural, social, estético e paisagístico,
contribuindo para:
A estabilidade do solo onde está inserida: as raízes das árvores propiciam a maior
fixação da terra, diminuído os riscos de deslizamentos;
O conforto térmico associado à umidade do ar e à sombra: melhora o macroclima com o
equilíbrio da temperatura através da sombra e da evapotranspiração;
A redução da poluição: está diretamente relacionada com as características da espécie,
quanto mais pilosa, cerosa ou espinhosa, mais absorve gases e folículos poluentes nas
superfícies;
A melhoria da infiltração da água no solo: evita erosões associadas ao escoamento
superficial das águas das chuvas;
A proteção e direcionamento do vento: apresenta-se como barreira natural, criando
obstáculo entre as edificações e as rajadas de vento;
A proteção dos corpos d’água e do solo: filtra as impurezas das águas, além de impedir
a condução direta de poluentes ao lençol freático;
4
A conservação genética da flora nativa: com a proliferação das espécies nativas,
salvaguardamos os exemplares da própria região;
O abrigo à fauna silvestre: contribui para o equilíbrio das cadeias alimentares,
diminuindo pragas e agentes vetores de doenças;
A formação de barreiras visuais e/ou sonoras, proporcionando privacidade: funciona
como obstáculos para que os ruídos não reflitam continuamente entre as paredes das
casas e edifícios, além de oferecer proteção visual;
O embelezamento da cidade, proporcionando prazer estético e bem-estar psicológico:
com texturas, cores e formas diferentes propiciam a quebra da monotonia da paisagem
arquitetônica na urbe, conferindo novos campos visuais;
A melhoria da saúde física e mental da população: proporciona o aumento da umidade
relativa do ar, a despoluição das cidades, além de proporcionar apelo ornamental a urbe;
São importantes agentes na infiltração das águas pluviais: evitam o escoamento
superficial das águas e contribuindo para que não ocorram alagamentos e enchentes no
meio urbano.
As árvores já foram mais presentes na paisagem urbana e com a gradual progressão
econômica e populacional, a subtração das mesmas tornou-se indispensável para o
desenvolvimento, este é claro, sem planejamento, que resulta hoje na má arborização
nos centros, na impermeabilização dos solos e até mesmo na extinção de algumas
espécies nativas. Logo, cada município é responsável pelo planejamento e a gestão da
arborização urbana, devendo disponibilizar técnicos e agentes ambientais habilitados
para fiscalizar os problemas decorrentes do plantio, pode ou retirada indevida, assim
como, promulgar a educação ambiental dos cidadãos, levando até os mesmos as
informações pertinentes quanto a valorização e proliferação das árvores na cidade.
5
Fonte: Caderno de Educação Ambiental – Volume 21 Arborização Urbana Secretaria
Estadual de Meio Ambiente
6
Fatores que dificultam a arborização urbana
Vários fatores dificultam o desenvolvimento de árvores nas cidades:
Compactação do solo, para se fazer calçamento e construções, de um modo
geral, mas, que prejudica o crescimento das árvores;
Depósitos de resíduos e entulhos de obras no subsolo;
Pavimentação excessiva e calçadas, impossibilitando a penetração de água e ar
no solo.
Foto: Fabrício Aquino
7
Planejamento da Arborização Urbana
O planejamento da arborização urbana gera benefícios ambientais e conseqüentemente
contribui para melhoria da qualidade devida na cidade.
A escolha do local e da espécie de árvore adequados proporciona melhores condições
para o desenvolvimento da árvore minimizando riscos de acidentes, reduzindo a
necessidade de podas, sem causar prejuízos à acessibilidade entre outros benefícios.
Uma arborização adequada diminui os conflitos com a infraestrutura urbana, reduzindo
os custos com manutenção, indenizações e atendimentos de emergência, todavia é
importante levar em conta que muitas vezes os conflitos existentes têm origem nos
equipamentos, não nas árvores.
Para a ideal gestão da arborização do município é preciso começar pelo plantio de
espécies nas áreas que não possuem uma arborização satisfatória. Para isso, deve ser
observado o diagnóstico realizado, de forma a possibilitar a verificação das áreas que
não possuem uma arborização satisfatória, por isso sendo o plantio nessas áreas
entendido como de caráter emergencial.
Espaço Arvore
Para uma melhor arborização deve ser delimitado o Espaço Arvore que é um espaço
destinado a plantio de árvores compatível com o crescimento do tronco e das raízes e
tem como finalidade melhorar as condições do espaçamento adequado em sua base,
permitindo o desenvolvimento em diâmetro, sem comprometer a infraestrutura do
calçamento, promovendo o crescimento saudável e garantindo a integridade arbórea.
Espaço Arvore – Fonte: Secretaria e Agricultura e Meio Ambiente/Prefeitura de
Araçoiaba da Serra
8
Quando o espaço de infiltração é insuficiente para o desenvolvimento da árvore, o
sistema radicular acaba danificando a calçada, em sua busca de água.
Fonte: Secretaria e Agricultura e Meio Ambiente/Prefeitura de Araçoiaba da Serra
O espaço arvore tem que ser dimensionado para que se possa ter uma noção do que esta
projetando para aquele local, uma calçada com medidas de 2,50m de largura deve
delimitar 40% da largura da calçada, sendo que o espaço para o pedestre deve ter no
mínimo 1,20m de largura.
Fonte: Manual de Arborização Para Prefeituras - SP
9
O plantio deve ser projetado sempre a longo prazo, tendo em vista o local onde o
espécime arbóreo será plantado e a dimensão que essa arvore deverá ter no futuro.Para
uma arvore de grande porte devem ser delimitados 3,0m² de Espaço Árvore na calçada
e para uma arvore de porte pequeno deveram ser considerados 2,0m².
Calçada Ecológica
A falta de material permeável nas construções das calçadas é um dos grandes problemas
nas áreas urbanas na atualidade, gerando alagamento, alteração do microclima, dentre
outros.
A implantação da calçada ecológica ajuda na redução do processo de
impermeabilização dos passeios públicos e privados, através de uso de material
permeável como os concregramas, entretravados e faixas de gramados ou jardins;
juntamente com uma arborização adequada no calçamento, isso proporciona à cidade
uma valorização nos seus aspectos estéticos, paisagístico, melhora o meio ambiente
urbano quebrando um pouco da frieza das ruas, dando-lhes um charme. É necessária a
implantação de uma correta sinalização para portadores de necessidades especiais,
através dos pisos táteis contribuindo para o sucesso da calçada.
Calçada Ecológica – Fonte: Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente/Prefeitura de
Araçoiaba da Serra.
10
Rede Elétrica
Sob a rede elétrica, recomenda-se apenas o plantio de árvores de pequeno porte.
Fonte: Manual de Arborização para Prefeituras - SP
É possível o plantio de árvores de grande porte desde que a muda não seja plantada no
alinhamento da rede e que a copa das árvores seja conduzida precocemente, através do
trato cultural adequado, acima dessa rede.
Fonte: Manual de Arborização para Prefeituras – SP
11
Legislação municipal de arborização urbana
Lei complementar 139 de 22 de fevereiro de 2008 em seu artigo 11º, inciso VII
“São de responsabilidade do loteador a execução e o custeio de: (...) VII –
Arborização das calçadas conforme disposto na lei municipal nº 1452/05;
(...)” sendo a disposição o Anexo I
Lei 190 de 10 de julho de 2012 em seu artigo 37 diz: “Todo loteamento deverá
ser entregue com a infraestrutura básica implantada: pavimentação, sistema de
drenagem, abastecimento de água e coleta de esgoto, redes de energia elétrica e
de iluminação pública, arborização das calçadas; sendo de responsabilidade
do loteador tal implantação.
Espécies Adequadas para o Plantio na Área Urbana
Tabela 1 - Espécies em Geral
Nome Popular Nome Científico Altura (m) Fenologia
(mês)
Acácia-mimosa Acacia podalytifolia
Araçá-Rosa Psidium cattleianum 3-8 Jun-Dez
Aroeira-salsa SchinusmolleL. 8 Ago –Nov Aroeira-vermelha Schinustere binthifoliusRaddi 10 Set–Jan Canafistula Peltophorum dubium 15-25 Dez-Fev Chal-Chal Allophyllusedulis 10 Set–Nov Chuva de ouro Cassia fistula 5 Dez - Abr Corticeira Erytrinacrista-galliL. 10 Set–Dez
Falso-Barbatimão Cassia leptophylla 14 Nov-Jan
Gabirobeira Campomanesia rhombea 10-20 Set–Nov
Goiabeira PsidiumguajavaL. 6 Set–Nov Ingá-feijão Ingámarginata 15 Out–Fev Ipê-amarelo-Paulista
Handroanthuschrysotricha
10
Ago –Set
Ipê-roxo Handroanthusavellanedae 35
Jun –Ago Jaboticabeira Myrciariatrunciflora Berg
Jacarandá de Minas
Jacaranda cuspidifolia 5-10 Set - Out
Mulungú Erythrinafalcata 30 Jun –Nov Oiti Licania tomentosa 8-15 Paineira ChorisiaspeciosaSt. Hill. 30 Dez –Abr Pata-de-vaca Bauhinia candicansBenth. 9 Out–Jan Pitangueira Eugenia uniflora L. 12 Ago –Nov
12
Nome Popular Nome Científico Altura (m) Fenologia
(mês)
Pinheirinho Podocarpuslambertii
18
Set–Dez
Sina-sina/Espinho-de- Jerusalém
Parkinsoniaaculeata L.
10
Ano inteiro
Quaresmeira Tibouchinasellowiana 12 Jun–Ago/Dez-Mar
Timbaúva Enterolobiumcontortisilicum
Uva-do-japão Hovenia dulcis
Espécies Indicadas para Redução da Poluição
Tabela 2 – Pequeno porte com folhagem permanente
Nome Popular Nome Científico Altura (m) Fenologia
Chal chal Allophyllusedulis 6 Jun- Dez Chuva-de-ouro Cassia multijuga 20 Set-Nov
Quaresmeira Tibouchina granulosa
10 Set-Jul
Manacá-da-Serra Tibouchinamutabilis 7-12 Jun–Ago/Dez-Mar
Tabela 3 – Meio porte com folhagem semi - caduca
Nome Popular Nome Científico Altura (m) Fenologia Cocão Erythroxylumargentinum 15 Set-Out
Goiabeira-da-serra Brittoaguazumifolia 10
Guarbiroba-de-folha-
miúda
Campomanesiarhombea 5 Jan- Fev
Manacá-da-serra Tibouchinamutabilis 12 Mai - Set Tarumã-preta Vitexmontevidensis 20 Out- Dez
Tabela 4 – Grande porte com folhagem permanente
Nome Popular Nome Científico Altura (m) Fenologia
Guajuvira Patagonulaamericana 25 Set-Dez Aguaí Pouteriagardneriana 8 Nov -Mai
Aguaí-folha-de-salsa
Pouteriasalicifolia 8 Out- Abr
Catiguá Trichiliaclauseni 20 Jul -Mar
Açoita-cavalo Lueheadivaricata 10 Out- Jan
Louro-preto Chordiaecalyculata
13
Nome Popular Nome Científico Altura (m) Fenologia
Louro Chordiatrychotoma
Caroba Jacarandamicrantha
Plantio
Qualquer pessoa poderá realizar o plantio de uma arvore desde que siga alguns fatores
básicos.
Preparo do berço:
Prepare a terra aproximadamente 20 dias antes do plantio;
Teste a drenagem natural da área da implantação;
Se necessário, é importante uma análise do solo para correção do ph; para
posterior retirada da terra e para executar o berço. As estacas devem possuir
dimensões mínimas de 70 centímetros de comprimento x70 centímetros de
profundidade x 50 centímetros de largura, caracterizando uma pequena faixa
verde. Caso o solo onde será plantada árvore apresente baixa fertilidade, como
em aterros, deve-se fazer uma cova com 140 x 100 x 100 cm;
Limpe a área de entulhos;
Execute uma cama de terra adubada de 20 cm de altura; e, se necessário,
preencha com brita no fundo da cova;
Retire o invólucro de proteção do entorno das raízes com cuidado para não
quebrar o torrão;
Nivele a base da coroa da muda à superfície e complete com terra enriquecida
com substrato (1/3 de terra argilosa, 1/3 de terra arenosa e 1/3 de esterco de
curral curtido ou húmus de minhoca);
Coloque um tutor de madeira enterrado cerca de 50 cm sem atingir o torrão e
amarrilhos de sisal ou barbante em forma de oito deitados;
Cubra com matéria vegetal morta (folhas secas, palha de arroz, casca de árvore)
para proteger, proporcionar umidade enriquecer o solo;
E, para finalizar, regue abundantemente para hidratar
14
Fonte: Cadernos de Educação Ambiental - 21 Arborização Urbana, Secretaria Estadual
de Meio Ambiente
Fonte: Cadernos de Educação Ambiental - 21 Arborização Urbana, Secretaria
Estadual de Meio Ambiente.
Podas
Quem poderá realizar?
A poda de árvores nativas deverá ser licenciada junto à secretaria de Agricultura e Meio
Ambiente.
15
A poda poderá ser realizada por qualquer profissional que seja capacitado e tenha
experiência em podas de arvores, que tenha o equipamento necessário para a sua
segurança, a motosserra deve estar sempre licenciada.
Para a realização da poda o profissional deve ter uma noção do qual tipo arbóreo vai
trabalhar e a porcentagem que deve retirar para que não seja nocivo a arvore.
Para a realização de podas deve-se seguir a ABNT 16246 -1
Florestas Urbanas – Manejo de árvores, arbustos e outras plantas lenhosas
Equipamentos e Ferramentas
Algumas intervenções na arborização exigem ferramentas e equipamentos próprios,
garantindo assim um trabalho efetivo e seguro. Cada ferramenta e equipamento têm
uma função própria e a maneira certa de utilização. A capacidade para o uso desses
recursos, com segurança, é imprescindível antes do início das operações. Indicação de
ferramentas As ferramentas mais comumente utilizadas na poda são:
Tesouras de poda: usadas para cortar galhos finos, de até 1,5 cm de diâmetro.
Podão: é uma tesoura de poda montada sobre hastes de comprimentos
variáveis, acionada através de um cordel. Usada para cortar galhos mais altos,
de até 2,5 cm de diâmetro.
Serras manuais: de acordo com a finalidade de uso, podem ser retas ou curvas,
ter número de dentes variável, ter diferentes perfis, ser de corte unidirecional
ou bidirecional. Usadas para cortar galhos com diâmetros de 2 a 10 cm.
Motosserra: equipamento desenvolvido para cortes com apoio no solo e
adaptado para poda de árvores urbanas. Usado para cortes de galhos maiores,
o equipamento deve ser sustentado por uma corda auxiliar específica. É
imprescindível um curso de capacitação e licença para o uso de motosserras.
Foice e machado: ferramentas de impacto utilizadas somente para diminuir o
volume de galhos já cortados. Não devem ser utilizadas no corte de galhos.
A poda é uma prática antiga, utilizada em jardins clássicos europeus ou em frutíferas
visando uniformizar a produção de frutas. Devido a esta cultura, no meio urbano ainda
há muitas pessoas que fazem a poda com fins estéticos ou por acreditarem que a poda
16
poderá revigorar a árvore, entretanto, esteticamente, esta poda sem ser somente em
ambientes clássicos e ao contrário, causam estresse e deixam áreas expostas passíveis de
entrada de patógenos. Há muitas espécies que não se prestam à poda.
Além de interferir na estética e na fisiologia da planta,é uma operação onerosa e
perigosa,podendo causar diferentes acidentes;portanto,é uma ação que deve ser
minimizada e, o mais eficiente procedimento é a critérios a escolha de espécies a serem
plantadas.
Há vários tipos de poda que são feitas em árvores no meio urbano, algumas necessárias
como a poda de formação da muda e as podas de limpeza, para retirada de ramos
doentes, quebrados ou mal formados.
LEVANTAMENTODACOPA PODACENTRALDEILUMINAÇÃO PODALATERAL PODADETOPO
Há também a poda que é feita para solucionar problemas de correntes do plantio
inadequado,neste caso,embora seja inconveniente,também é necessária,pois,não é
possível retirar de uma só vez todas as árvores que foram plantadas de forma
inadequada,esta medida deve ser realizada gradativamente e enquanto isto não
acontece,devem ser feitas podas de adequação e rebaixamento,tomando-se o cuidado de
manter o máximo possível o formato original da árvore.Quando é realizada de maneira
incorreta,pode causar danos irreparáveis às árvores e afetar definitivamente a sua
estética.
Quando a poda é inevitável, é necessário tomar algumas precauções.Dependendo do
local,será necessária a realização de manobras na rede elétrica,que devem ser feitas em
dias de pouco movimento,envolvendo a participação da concessionária de
energia,prefeitura municipal e órgãos responsáveis pelo trânsito.A eficiência é obtida
17
aperfeiçoando-se a mão- de - obra responsável pela execução dos serviços e a utilização
de ferramentas e equipamentos apropriados,que devem estar em boas condições de uso.
Na arborização, a poda é realizada basicamente com quatro finalidades:
Poda de formação:
Neste tipo de poda, ramos laterais são retirados até uma altura recomendada de1,80m
visando não prejudicar o futuro trânsito de pedestres e veículos sob a copa.Esta poda
normalmente é feita no viveiro ou no local definitivo quando a muda plantada é menor
do que o recomendado.
Poda de limpeza:
Neste tipo de poda eliminam-se os ramos velhos, em excesso, mortos,
lascados, doentes ou praguejados.
Poda de contenção:
Este tipo de poda é realizado visando adequar a copa da árvore ao espaço físico
disponível em função de um plantio inadequado. A recomendação geral é manter um
mínimo de 30% da copa, mantendo sempre que possível o formato original.
É de grande importância que as pessoas encarregadas pela poda nascida desejam
conhecedores de técnicas de poda para que não causem prejuízos a arborização.As
técnicas envolvem as seguintes ações:
Na poda, procurar eliminar sempre os ramos cruzados que se roçam e os
pendentes inadequados.
Deve-se preservar as estruturas de proteção do galho,como a crista(partes
uperior)e o colar (parte inferior)da inserção do galho no tronco que têm ação
decisiva na cicatrização;nunca deve-se deixar tocos que poderão apodrecer no
futuro,permitindo a entrada de patógenos.
O corte deve ser feito logo acima de uma gema vegetativa e em bisel de 45º,
para fora a gema.
Para a retirada deram os mais grossos e para preservar as estruturas de proteção
(crista e colar)o primeiro corte deverá ser feito de baixo para cima para evitar o
lascamento.
Para a retirada deram os com tesoura manual,a lâmina maior da tesoura deve ser
18
inserida no ângulo fechado do ramo, para que o corte seja adequado.
Ramos epicórmicos que se dirigem para a rede de distribuição devem ser
eliminados, sempre que possível, junto à base.
Para o corte de troncos ou galhos grossos,usar a“técnica dos três cortes”,ou seja,
comotroncoemposiçãovertical,estatécnicapermiteaorientaçãodaquedada árvore
por meio da“cunha”, reduzindo as chances de acidente.
Para a poda de um ramo de maior diâmetro, a“técnica dos quatro cortes”é a
mais recomendada.
Referencias:
Arborização de vias publicas, COPEL companhia paranaense de energia Acesso em:
18/09/2017 – Disponível em
:http://www.copel.com/hpcopel/guia_arb/a_arborizacao_urbana.html
Arborização Urbana: Importância E Benefícios No Planejamento Ambiental Das
Cidades – Acesso em: 21/09/2017 Disponível
em:https://www.unicruz.edu.br/mercosul/pagina/anais/2014/DIREITO%20A%20UMA
%20MORADIA%20ADEQUADA/ARTIGO/ARTIGO%20-
%20ARBORIZACAO%20URBANA%20IMPORTANCIA%20E%20BENEFICIOS%2
0NO%20PLANEJAMENTO%20AMBIENTAL%20DAS%20CIDADES.PDF
Caderno de arborização urbana do estado de São Paulo - Caderno 21 Acesso em:
25/09/2017 , Disponível em http://www.ambiente.sp.gov.br/cea/2014/11/19/21-caderno-
de-educacao-ambiental-arborizacao-urbana/
Manual de Arborização Urbana Cemig –Acesso em: 01/10/2017, Disponível em
http://www.cemig.com.br/sites/imprensa/pt-
br/Documents/Manual_Arborizacao_Cemig_Biodiversitas.pdf
Manual Técnico de Arborização Urbana Prefeitura de São Paulo –Acesso em:
22/09/2017, Disponível em:
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/meio_ambiente/MARBOUR
B.pdf
Plano Municipal de Arborização Urbana – Prefeitura Municipal de Araçoiaba da Serra.