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i UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO BIOMÉDICO INSTITUTO DE NUTRIÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM NUTRIÇÃO MATERNO-INFANTIL Manual de atividades de educação nutricional para pré-escolares em creches Autor: Juliana Silva da Matta ORIENTADOR: Nadima Zeidan Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Nutrição Materno-Infantil desenvolvida no Instituto de Nutrição da Universidade do Estado do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2008

Manual de Ed. Nutricional Creche

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  • i

    UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO BIOMDICO

    INSTITUTO DE NUTRIO PROGRAMA DE PS-GRADUAO

    CURSO DE ESPECIALIZAO EM NUTRIO MATERNO-INFANTIL

    Manual de atividades de educao nutricional para pr-escolares em creches

    Autor: Juliana Silva da Matta

    ORIENTADOR: Nadima Zeidan

    Monografia apresentada como

    requisito parcial para obteno do ttulo de Especialista em Nutrio Materno-Infantil desenvolvida no Instituto de Nutrio da Universidade do Estado do Rio de Janeiro

    Rio de Janeiro 2008

  • ii

    CATALOGAO NA FONTE UERJ / REDE SIRIUS / BIBLIOTECA CEH/A

    Autorizo, apenas para fins acadmicos e cientficos, a reproduo total ou parcial desta tese.

    ___________________________________________ _______________

    Assinatura Data

    M 435 Matta, Juliana Silva da. Manual de atividades de educao nutricional para pr-

    escolares em creches / Juliana Silva da Matta. Rio de Janeiro : UERJ, Instituto de Nutrio, 2008.

    73 f.

    Orientadora: Nadima Zeidan. Monografia apresentada para concluso do Curso de

    Especializao em Nutrio Materno-Infantil.

    1. Crianas Nutrio. 2. Pr-escolares - Nutrio. 3. Hbitos alimentares. I. Zeidan, Nadima. II. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Nutrio. III. Ttulo.

    CDU 613.22

  • iii

    Este trabalho dedicado a todas as pessoas que me acompanharam e apoiaram

    durante toda a graduao e ps-graduao.

  • iv

    Agradeo a Deus, ao meu noivo Renan, aos meus pais Marinilce e Lauro, minha

    orientadora, Nadima, professores e amigos.

    Sumrio

  • v

    Pgina

    Apresentao ix

    Resumo x

    Abstract xi

    1. Introduo 1

    2. Objetivos 6

    2.1 Objetivos especficos 6

    3. Metodologia 6

    3.1 Educao nutricional 7

    3.2 Caractersticas de crescimento e desenvolvimento fsico do pr-

    escolar.

    10

    3.3 Etapas do desenvolvimento motor e cognitivo do pr-escolar 11

    3.3.1 2 anos a 2 anos e 11 meses 11

    3.3.2 3 anos a 3 anos e 11 meses 13

    3.3.3 4 anos a 4 anos e 11 meses 14

    3.3.4 5 anos a 6 anos 15

    3.3.5 6 anos a 6 anos e 11 meses 15

    3.4 Importncia da alimentao saudvel para os pr-escolares 16

    3.5 Importncia do trabalho em educao nutricional junto aos pais

    dos alunos e funcionrios das creches

    17

    3.6 Atividades de educao nutricional para pr-escolares de

    creches

    19

    3.6.1 Atividades propostas 20

  • vi

    3.6.1.1 Teatro de fantoches 20

    3.6.1.2 Pirmide alimentar 21

    3.6.1.3 Os sentidos: A Viso, o Paladar e a Olfato

    Vendo, Comendo e Sentindo aromas dos alimentos!

    22

    3.6.1.4 Desvendando os mistrios dos legumes 24

    3.6.1.5 rvores de frutas 25

    3.6.1.6 Brincando com alimentos 28

    3.6.1.7 Fruta Laranja 29

    3.6.1.8 Alimentos de consumo moderado 31

    3.6.1.9 Self-service 32

    3.6.1.10 lbum Seriado 33

    3.6.1.11 Jogo da Memria 33

    3.6.1.12 Ilustraes 34

    3.6.1.13 Mural 35

    3.6.1.14 Oficina Culinria 36

    3.6.1.15 Horticulturas 37

    3.6.1.16 Jogos interativos 38

    3.6.1.17 Avaliao Antropomtrica 39

    3.6.1.18 Carnaval: Inicio das aulas! - Os alimentos que

    devem ser consumidos nessa poca de folia!

    40

    3.6.1.19 Semana da pscoa: A cenoura , o alimento do

    Coelhinho!

    41

    3.6.1.20 Semana das Mes: A comida preferida da 42

  • vii

    Mame!

    3.6.1.21 Festa Junina: Os alimentos tpicos! 43

    3.6.1.22 Dia do Nutricionista: O papel do Nutricionista

    na creche!

    44

    3.6.1.23 Semana da criana: O que as crianas mais

    gostam de comer e faz bem?

    45

    3.6.1.24 Ms da Nutrio: O que so alimentos

    saudveis?

    46

    3.6.1.25 Semana da Bandeira: Os alimentos tpicos

    brasileiros!

    46

    3.6.1.26 Pintando a pirmide de alimentos 48

    3.6.1.27 Conhecendo os grupos alimentares 49

    3.6.1.28 Desenhando os alimentos 50

    3.6.1.29 Liga-pontos: Que alimento esse? 51

    3.6.1.30 A origem dos alimentos 51

    3.6.1.31 Em busca dos alimentos 52

    3.6.1.32 Descobrindo os alimentos de fonte vegetal e

    animal

    53

    3.6.1.33 Sesso de cinema 54

    3.6.1.34 Fazendo compras no supermercado 55

    3.6.1.35 O Dia da Gostosura 55

    3.6.1.36 Colando os gros 56

    3.6.1.37 Livro de receitas 57

  • viii

    3.6.1.38 As regies do Brasil 58

    3.6.1.39 Visita feira 59

    3.6.1.40 Ouvindo a msica 60

    3.6.1.41 Brincadeiras populares 60

    3.6.1.42 Trabalhando para uma alimentao saudvel 61

    3.6.1.43 Procurando os utenslios de cozinha 62

    4.0 Concluso 63

    5.0 Referncias 65

  • ix

    Apresentao

    Esta monografia inclui ao seu final o trabalho intitulado Manual de Atividades de

    Educao Nutricional para Pr-escolares em Creches. O objetivo foi contribuir junto aos

    nutricionistas e profissionais que atuam em creches para promoo de hbitos alimentares

    saudveis, tendo por grupo alvo os pr-escolares.

    O material tem por autoras Juliana Silva da Matta (aluna) e Nadima Zeidan

    (orientadora), e foi produzido nos anos de 2007 e 2008.

  • x

    Resumo

    Alimentao adequada essencial para o crescimento das crianas. Entre os pr-

    escolares, ocorre incorporao de hbitos alimentares, conhecimento de sabores, texturas e

    cores, sendo essencial, a realizao de programas de educao nutricional neste perodo. O

    atendimento das crianas nesta faixa etria realizado, em sua maioria, por creches. O

    objetivo deste trabalho foi elaborar Manual de Atividades de Educao Nutricional para

    Pr-escolares em Creches visando promoo da alimentao saudvel. Foram coletadas na

    literatura, prticas de educao nutricional para pr-escolares com finalidade de elaborar o

    manual. A educao nutricional pode ser definida como processo de ensino, treinamento e

    facilitao. O desenvolvimento da criana processo de aprendizagem, vinculado ao

    amadurecimento do sistema nervoso e aquisio de habilidades motoras, mentais e sociais

    bsicas. Pais, nutricionistas e profissionais que lidam com a criana na creche devem estar

    conscientes da importncia da alimentao saudvel para pleno crescimento e

    desenvolvimento do pr-escolar. Atividades educativas dirigidas a este grupo devem

    explorar todos os sentidos na busca do conhecimento sobre o alimento e sobre prticas

    alimentares saudveis. H necessidade de maior divulgao da promoo da alimentao

    saudvel na fase pr-escolar como forma de no s garantir crescimento e desenvolvimento

    adequados, mas tambm qualidade na vida adulta.

    Palavras-chave: Educao nutricional, Educao infantil, Creches e Pr-escolares

  • xi

    Abstract

    Suitable food is essential for the children's growth. There is a kind of incorporation

    food habits with the pre-school pupils,the knowledge of tastes, textures and colors, where

    it's essential to the realization of the nutritional education programs in this time. The

    treatment of the children that are at this age is done by day care center. The objective of this

    research was to do Activities Guides of Nutritional Education to Pre-school Pupils that are

    on Day Care Center to aim them to get a healthy eating habit promotion. In the

    literature,nutrional education activities to pre school pupils were colected to make the

    guide. The nutritional education can be defined as a teaching method, training and ease.

    The children's growth is a learning process, connected to the mature of the nervous system

    and acquisition of physical coordernation,mental and basic social. Parents, nutricionists and

    professionals that work with children at day care center must be aware of the importance of

    healthy eating habits for the full growth and development of the pre-shool pupils.

    Educational activities specially to these groups must explore everything in pursuit of

    knowledge of the food and about activities not only to guarantee the suitable growth and

    development,but also quality in adult's life.

    Key-words: Nutritional education, Children education, Day care center and Pre-schools

  • xii

    1. Introduo

    fato incontestvel a importncia da alimentao saudvel, completa, variada e

    agradvel ao paladar para a promoo da sade, sobretudo dos organismos jovens, em fase

    de desenvolvimento, e para a preveno e controle de doenas crnicas no transmissveis,

    cuja prevalncia vem aumentando significativamente (BOOG, 1999).

    Nos primeiros anos de vida, essencial para o crescimento e desenvolvimento da

    criana uma alimentao qualitativa e quantitativamente adequada, pois proporciona ao

    organismo a energia e os nutrientes necessrios para o bom desempenho de suas funes e

    para a manuteno de um bom estado de sade (MONTEIRO et al, 1995).

    Isto particularmente verdade para os pr-escolares, que compreendem crianas de

    2 a 6 anos, os quais, alm de serem biologicamente vulnerveis, constituem um dos grupos

    populacionais que mais necessitam de atendimento (AMARAL, 1996).

    A necessidade de maior cuidado em relao alimentao do pr-escolar decorre

    principalmente do fato de nessa faixa etria ocorrer a incorporao de novos hbitos

    alimentares, implicando o conhecimento de novos sabores, texturas e cores, experincias

    sensoriais que influenciaro diretamente o padro alimentar a ser adotado pelo infante

    (ALVIA, 1996). Nesta fase inicia-se o vnculo entre as crianas e os alimentos, sendo ele

    o responsvel pelo incio dos hbitos alimentares (FAGIOLI, 2006).

    Depois do primeiro ano de vida as crianas comeam a desenvolver suas

    habilidades e aumenta o interesse pelo ambiente que a cerca. Nesta fase, a criana est

    aprendendo a usar os cinco sentidos - viso, tato, audio, olfato e paladar - para se

    relacionar com o mundo, inclusive com a alimentao. Uma atividade tpica do pr-escolar

  • xiii

    a manipulao dos alimentos antes de comer, situao que no deve ser reprimida, nem

    mesmo quando ele amassa uma banana entre os dedos para com-la, isso um prazer para

    a criana e ajuda no seu desenvolvimento (CTENAS, 1999).

    O pr-escolar aos poucos vai descobrindo o seu poder de deciso na escolha de sua

    alimentao. comum um dia a criana aceitar o alimento e no outro rejeit-lo, o que

    perfeitamente normal e faz parte do aprendizado e da relao que ele est estabelecendo

    com o alimento (CTENAS, 1999).

    As prticas alimentares, compreendidas da amamentao alimentao cotidiana da

    famlia, so oriundas de conhecimentos, vivncias, experincias, construdas a partir das

    condies de vida, da cultura, das redes sociais e do saber cientfico de cada poca histrica

    e cultural. Um estudo identificou que os hbitos e as prticas alimentares so permeados

    pelo aprendizado materno, que tem incio na infncia e est associado aos hbitos urbanos

    de consumo. Assim, os profissionais de sade podem intervir na realidade tendo em vista a

    melhoria da sade da criana e da famlia. (ROTENBERG, 2004)

    Comportamento alimentar tem suas bases fixadas na infncia, transmitidas pela

    famlia e sustentadas por tradies. Dessa forma, a freqncia com que os pais demonstram

    hbitos alimentares saudveis pode estar associada ingesto alimentar e ter implicaes de

    longo prazo sobre o desenvolvimento do comportamento alimentar dos filhos (TIBBS,

    2001). Porm, ao longo da vida, o comportamento alimentar pode vir a modificar-se em

    conseqncia de mudanas do meio, relativas escolaridade ou relacionadas s mudanas

    psicolgicas dos indivduos (DAVANCO, 2007).

    A partir dessa crescente preocupao com a alimentao torna-se cada vez mais

    necessria insero das aes em atividades em educao nutricional para crianas da

    fase pr-escolar.

  • xiv

    A educao nutricional tem um papel importante em relao promoo de hbitos

    alimentares saudveis desde a infncia. Cerqueira (1985) a considera medida de alcance

    coletivo com o fim primordial de proporcionar os conhecimentos necessrios e a

    motivao coletiva para formar atitudes e hbitos de uma alimentao sadia, completa,

    adequada e variada.

    Como forma de prevenir doenas crnicas, apontadas como a principal causa de

    morte na idade adulta, programas de educao nutricional vm sendo criados em diversos

    pases. Tais programas beneficiam as crianas, por meio de orientao sobre adequada

    ingesto energtica e de micronutrientes e favorecem a boa forma fsica. Promovem

    tambm a reduo dos riscos de doenas que se manifestariam na maturidade, por meio da

    modificao de determinados comportamentos na infncia (BARANOWSKI,2000).

    Alm disso, o conhecimento, as atitudes, comportamentos e habilidades

    desenvolvidas por meio de efetivos programas de sade em escolas, voltados para a

    conscientizao de que a adoo de hbitos saudveis trar melhor qualidade de vida,

    capacitam crianas e jovens para fazer escolhas corretas sobre comportamentos que

    promovem a sade do indivduo, famlia e comunidade (MCGINNIS, 1991). Por meio do

    trabalho nas preferncias alimentares de crianas, que so determinantes importantes da

    ingesto alimentar, promove-se o balanceamento na composio da dieta em relao aos

    macronutrientes e ao total energtico (BIRCH, 1998).

    Apesar de bem estabelecidas as vantagens da educao nutricional para a promoo

    da sade individual e coletiva, promover a adoo de hbitos alimentares saudveis

    representa um grande desafio para profissionais da sade. Sabe-se que aspectos da

    alimentao e da nutrio so difceis de serem mudados, pois alm de tentar mudar antigos

    padres, estes so considerados como componentes da histria individual, da famlia ou do

  • xv

    grupo social (FREITAS, 1997). Por outro lado, a infncia representa o perodo no qual

    esto sendo estabelecidas as bases para comportamentos, incluindo os relativos

    alimentao. Intervir precocemente neste processo de formao por meio de aes

    educativas pode influir positivamente na formao dos hbitos alimentares, contribuindo

    para o estabelecimento de comportamento alimentar saudvel e, ainda, para uma atitude

    positiva diante da adoo do mesmo (DUYN, 1998).

    Martins (1997) refora que a interveno, da educao nutricional, em um estgio

    mais precoce, previne doenas, promove uma vida mais saudvel e uma sensao de bem-

    estar geral. Esse enfoque da educao nutricional como proteo e promoo da sade, e

    como preveno de doenas e complicaes possui um papel reconhecidamente vital.

    Oliveira e Thbaud-Mony (1997) assinalam que a alimentao um fato social, no

    qual interagem o homem biolgico e o homem social. Dessa forma a escola um ambiente

    propcio para a aplicao de programas de educao em sade, pois a mesma est inserida

    em todas as dimenses do aprendizado: ensino, relaes lar-escola-comunidade e ambiente

    fsico e emocional (FOCESI, 1990). Segundo Vilar et al (2002) a escola o segundo local

    socializado para as crianas, aps a famlia. O ambiente escolar um marco para a

    aquisio de novos conhecimentos e habilidades, dentro do ponto de vista cognitivo e

    produtivo. O meio escolar projeta a figura familiar ao exterior sendo o marco social mais

    prximo no que se refere ao desenvolvimento da criana. A educao nutricional visando

    promoo da sade deveria ser inserida dentro de uma perspectiva formal no currculo

    escolar.

    Dentro deste contexto, a escola ou creche torna-se o melhor agente promotor da

    Educao Nutricional (BONATO, 2004).

  • xvi

    Segundo documento elaborado pelo Ministrio da Sade (1986), a realidade

    brasileira mostra-nos que o atendimento s crianas, do primeiro ano de vida at a idade de

    seis anos, realizado, na maioria das vezes, por creches, que tm por objetivo proteger e

    propiciar cuidados integrais de higiene, alimentao, educao e sade, em um clima

    afetivo, estimulante e seguro a essas crianas.

    No Brasil, as creches passaram, desde sua criao, de um carter filantrpico de

    atendimento a uma preocupao educacional, buscando suprir, alm das necessidades

    alimentares e de higiene, aspectos mais abrangentes do desenvolvimento, como

    socializao, autonomia e segurana (CNDM, 1988).

    Portanto, a creche tambm exerce um papel facilitador na formao do hbito

    alimentar, pois tambm dela o papel de oferecer aos alunos um cardpio nutritivo e

    balanceado, alm de promover a educao nutricional das crianas. A prtica profissional do

    nutricionista neste local visa uma alimentao equilibrada, atuando com educao nutricional,

    realizando uma avaliao nutricional peridica, acompanhando o crescimento e o

    desenvolvimento das crianas, contribuindo para a formao de hbitos alimentares, por

    meio de programas voltados para alunos, professores, pais e funcionrios.

    Pelo exposto acima, vale ressaltar a importncia da necessidade de educao

    nutricional para promoo de alimentao saudvel entre pr-escolares. Como nutricionista,

    proponho a elaborao de um Manual de Atividades de Educao Nutricional para Pr-

    escolares em Creches com a finalidade de auxiliar no s os nutricionistas como os outros

    profissionais que atuam nesta rea.

  • xvii

    2. Objetivos

    Elaborar Manual de Atividades de Educao Nutricional para Pr-escolares em

    Creches visando auxiliar no s os nutricionistas como os outros profissionais que atuam

    nesta rea, na promoo da alimentao saudvel nesta faixa etria.

    2.1. Objetivos especficos

    Realizar reviso bibliogrfica para fundamentar a base conceitual e terica.

    Descrever as caractersticas de crescimento e desenvolvimento fsico do pr-escolar.

    Descrever as etapas do desenvolvimento motor e cognitivo do pr-escolar.

    Discutir a importncia da alimentao saudvel para o crescimento e

    desenvolvimento na fase pr-escolar.

    Esclarecer a importncia da educao nutricional junto aos pais e funcionrios das

    creches.

    Orientar nutricionistas e outros profissionais que atuam com pr-escolares no

    desenvolvimento de atividades de educao nutricional.

    Estabelecer as atividades de educao nutricional de acordo com a faixa etria dos

    pr-escolares.

    3. Metodologia

    O trabalho inclui estudo bibliogrfico referente a temas sobre nutrio do pr-

    escolar e educao nutricional. Este trabalho foi realizado nas bases de dados eletrnicas

  • xviii

    Scielo, Lilacs, MedLine, no perodo de julho de 2007 a fevereiro de 2008. As lnguas

    englobadas foram portugus, ingls e espanhol e as palavras chaves empregadas foram:

    educao nutricional, educao infantil, creches e pr-escolares. Foram tambm utilizadas

    algumas referncias de artigos pesquisados, alm de livros de educao e nutrio na

    infncia.

    Para a elaborao do manual foram necessrios a abordagem de temas como

    educao nutricional, as caractersticas de crescimento e desenvolvimento fsico de cada

    etapa da vida pr-escolar, a importncia da alimentao saudvel para os pr-escolares, a

    importncia do trabalho em educao nutricional junto aos pais dos alunos e funcionrios

    das creches e orientaes sobres atividades de educao nutricional para pr-escolares de

    creches.

    Atravs disto, diversas prticas de educao nutricional para pr-escolares foram

    coletadas na literatura, que uma vez selecionadas e organizadas fizeram parte da elaborao

    de Manual de Atividades de Educao Nutricional para Pr-escolares em Creches (anexo)

    de forma a subsidiar o trabalho de nutricionistas e outros profissionais que atuam nesta

    rea.

    3.1 Educao nutricional

    O interesse pela educao nutricional surgiu na dcada de 40, e a primeira

    publicao da Organizao Mundial da Sade (OMS) a respeito data do incio dos anos 50

    (RITCHIE, 1951). No Brasil, esta poca, o interesse pela nutrio surgia com Josu de

    Castro, que foi sempre um defensor do planejamento econmico e da reestruturao

  • xix

    agrcola para solucionar o problema da fome, porm sem descartar o papel da educao

    (LABBATE, 1982 citado por BOOG, 1999).

    Na dcada de 70, a poltica alimentar no Brasil, que, at ento, fora centrado no

    binmio alimentao-educao, tomou novo rumo em face dos resultados de pesquisas

    realizadas na poca (ALVES, 1977; VIACAVA et al., 1983 citados por BOOG, 1999), que

    mostraram que o principal obstculo alimentao adequada a renda e que somente

    transformaes estruturais no modelo econmico teriam efetivamente poder de

    resolutividade diante dos problemas alimentares. Assim, o binmio anterior foi substitudo

    pelo binmio alimentao-renda, e a educao nutricional partiu para o exlio como muito

    bem referiram Castro & Peliano (1985) citados por Boog (1999). Como decorrncia,

    intensas crticas foram feitas educao alimentar e nutricional que vinha sendo

    desenvolvida, avaliada como meio de ensinar ao pobre a comer alimentos de baixo valor

    nutricional (BOOG, 1997; VALENTE, 1986; LIMA, 2000 citados por SANTOS, 2005).

    Assim, as estratgias de suplementao alimentar passaram a ser o eixo norteador das

    polticas (SANTOS, 2005).

    Importante contribuio para a discusso sobre novas perspectivas da educao

    alimentar e nutricional se consolidou em meados de 1980, com a educao nutricional

    crtica. Tal concepo identificava haver uma incapacidade da educao alimentar e

    nutricional em, de forma isolada, promover alteraes em prticas alimentares (SANTOS,

    2005).

    Como conseqncia, passa-se a discutir a fome e no apenas a desnutrio, e a

    educao alimentar passa a contemplar no somente as prticas alimentares, pressupondo,

    tambm, a tarefa de esclarecer a populao sobre os direitos de cidadania (LIMA, 2003).

  • xx

    Essa perspectiva resultou em parte das discusses sobre segurana alimentar que

    integraram o cenrio internacional e nacional nos anos 1990, concebendo a alimentao

    como um direito humano. nesse contexto que tambm emerge a concepo da promoo

    das prticas alimentares saudveis, na qual a alimentao tem sido colocada como uma das

    estratgias para a promoo da sade (SANTOS, 2005). A alimentao cumpre funes

    socioculturais e psicolgicas como identidade, comensalidade, interao social, satisfao

    de desejos, alm da funo de proporcionar prazer para o sentido do paladar e para os

    sentidos de modo geral (ARNAIZ, 1996).

    As atividades de educao em sade, direcionadas, por exemplo, rea materno-

    infantil, dentro de uma proposta pedaggica de ensino baseada na situao concreta de

    vida, desempenham papis de enfrentamento de situaes adversas, sobretudo quando

    realizadas em grupo (BOOG, 1999).

    Segundo Freire (1988) a educao comunicao, dilogo, na medida em que

    no transferncia de saber, mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam a

    significao dos significados.

    Martins (1997) afirma que a educao nutricional pode ser definida como processo

    de ensino, treinamento e facilitao. a troca de informaes entre o educador e o aluno

    utilizando uma linguagem entendvel, dentro de um ambiente que conduz ao aprendizado.

    Neste texto, o termo conselheiro nutricional muitas vezes utilizado como sinnimo de

    educador ou professor, e o termo cliente utilizado em preferncia a aluno ou

    paciente. Conselheiro ou educador nutricional descreve qualquer profissional da sade

    envolvido na educao ou aconselhamento de informaes relacionadas nutrio e/ou aos

    aspectos que levam aderncia de um novo comportamento alimentar.

  • xxi

    3.2 Caractersticas de crescimento e desenvolvimento fsico do pr-escolar.

    Entre as crianas de 2 a 6 anos, o primeiro processo o da formao, quando os

    tecidos se organizam e as funes celulares e tissulares se definem por meio de

    substituies que decorrem de atividades fisio-metablicas destinadas a manter, em

    funcionamento, todo o complexo bio-orgnico do indivduo. Para conseguir tal desiderato,

    entretanto, deve o pr-escolar contar com sistema regular de abastecimento de nutrientes

    capaz de propiciar seu pleno desenvolvimento (GANDRA, 2008 (a)).

    A velocidade de crescimento no decorrer da vida no uniforme. A fase pr-escolar

    caracteriza-se por irregularidade no crescimento (o ganho em altura de cerca de 12cm no

    segundo ano, 8 a 9cm no terceiro ano e 7 cm nos anos restantes) e o ganho de peso varia de

    2 a 2,5 kg/ano, equivalente a um tero do ganho ocorrido no primeiro ano de vida

    (LACERDA, 2002).

    A reduo da velocidade de ganho de peso e estatura, observada nesta fase da vida,

    condiciona a uma reduo do apetite. Os pr-escolares necessitam de menos energia por

    unidade de peso para cobrir seus requerimentos energticos dirios, comparada a

    quantidade necessria no primeiro ano de vida. Neste perodo o apetite irregular,

    apresentando flutuaes dirias ou at mesmo de uma refeio para outra. A maturidade

    neurolgica alcanada pela criana permite livre deambulao a fim de explorar o mundo

    que a rodeia, buscar o alimento por si s e expressar aceitao e recusa pelos alimentos.

    Todos estes aspectos geram ansiedade nas pessoas responsveis pelo cuidado da criana,

    que antes tinham domnio da situao, podendo gerar intervenes negativas e

    desnecessrias, como, por exemplo, forar a criana a comer determinados alimentos ou

    quantidades exageradas. Em linhas gerais, uma boa progresso do peso e estatura

  • xxii

    representa uma adequada nutrio, mesmo que o consumo habitual da criana no aparente

    tal adequao (ACCIOLY, 2004).

    A cavidade oral do ser humano sofre alteraes em forma e funo nos dois

    primeiros anos de vida. Em relao dentio, durante o segundo ano, h erupo de oito

    dentes, totalizando 14 a 16, incluindo os primeiros molares decduos e os caninos

    (ACCIOLY, 2004).

    3.3 Etapas do desenvolvimento motor e cognitivo do pr-escolar

    Desenvolvimento da criana um processo de aprendizagem, vinculado ao

    amadurecimento do sistema nervoso e caracterizado pela aquisio de habilidades motoras,

    mentais e sociais bsicas, como engatinhar, sorrir, piscar os olhos, andar, reconhecer cores

    e sons, entre outras (CTENAS, 1999).

    Sabe-se que o desenvolvimento da criana se processa por etapas cuja instalao

    obedece a uma certa ordem seqencial idntica para todos os indivduos. Esta seqncia

    tem carter somatrio (GANDRA, 2008(a)).

    Por outro lado, existe um ritmo nesta ordenao, ritmo este varivel de acordo com

    a densidade de estimulaes que o ambiente oferece. Quanto mais freqentes, quanto mais

    adequadas forem estas estimulaes, mais acelerado ser o ritmo do desenvolvimento. Pr-

    escolares que cresceram em ambientes carentes de estmulos no apresentam facilidade

    para a aprendizagem uma vez que no possuem estruturas operacionais aptas a

    equacionarem novos eventos e seqncias (GANDRA, 2008(a)).

    Nessa fase pr-escolar a criana aperfeioa a destreza manual e a destreza fsica

    (fica em p, anda sozinha, adquire controle das aes). Alm disso, apresenta maior

  • xxiii

    eficincia da mastigao, e desenvolve a linguagem e o comportamento exploratrio

    (MACEDO, 1999).

    3.3.1 2 anos a 2 anos e 11 meses

    Segundo Rizzo (1992) j empilha 5 ou 6 blocos no jogo da construo. Seus

    brinquedos preferidos alm dos blocos so bolas, brinquedos de puxar e brinquedos

    sonoros. Quando pra para brincar com o lpis, j apresenta uma rabiscao contnua em

    vrias direes, o que demonstra um certo domnio sobre a manipulao do instrumento.

    Sua linguagem apresenta um desenvolvimento simblico: fala de coisas ausentes e

    enumera pessoas e coisas graficamente representadas em livros, revistas e lbuns de

    retratos (RIZZO, 1992).

    J se interessa por ouvir histrias de livros ilustrados que o permitem explorar um

    mundo maior, atravs do faz-de-conta e da fantasia ao mesmo tempo que fica seguro, em

    proximidade fsica e afetiva com o narrador. Perto dos 3 anos j repete canezinhas e

    poesias aprendidas em companhia dos coleguinhas (RIZZO, 1992).

    A criana comea a imitar os hbitos dos pais. Essa fase difcil, pois os maus

    hbitos alimentares so facilmente assimilados pela criana, sendo que a criana se distrai

    com facilidade, d opinio no cardpio e geralmente tem perda de apetite, conhecida como

    anorexia fisiolgica (uma vez que o interesse pelo alimento substitudo pela

    enormidade de descobertas que a criana faz no dia-a-dia, alm do aumento da atividade

    alimentar). A diminuio do apetite que se manifesta nessa poca, tambm resulta da

    desacelerao do ritmo de crescimento, no significando que a criana desta fase esteja se

    alimentando de maneira insuficiente. As necessidades alimentares so proporcionais ao

  • xxiv

    ritmo de crescimento menos rpido. A aparente falta de interesse em alimentar-se costuma

    causar grandes preocupaes aos pais. Pode manifestar-se pela recusa de provar pratos

    novos, pelo desejo de repetir indefinidamente os mesmos alimentos e pela revolta contra a

    administrao forada de determinada dieta. A oferta de uma seleo de alimentos

    nutritivos, dentro de limites razoveis, uma medida que por vezes surte efeito. Pode-se

    permitir certo grau de repetio, desde que a criana receba um cardpio balanceado. A

    maioria das crianas capaz de comer sem nenhuma ajuda, no final do segundo ano de vida

    (MACEDO, 1999). Se colocado vontade junto com outras crianas, revela bom

    desempenho no uso do copo e da colher, comendo sozinho sem espalhar alimento para fora

    do prato (RIZZO, 1992).

    3.3.2 3 anos a 3 anos e 11 meses

    No jogo de construo livre, arruma os blocos utilizando-os na horizontal e vertical,

    simultaneamente, e no desenho sua rabiscao se fecha formando clulas. Agora, no

    apenas nomeia pessoas e coisas, graficamente representadas, como distingue e nomeia as

    atividades graficamente representadas (RIZZO, 1992).

    Segundo Piaget, nesta poca percebe-se as diferenas entre: muito e pouco; igual,

    maior e menor; mais e menos; grande e pequeno; fino e groso; alto e baixo; gordo e magro;

    em cima e embaixo. A percepo de volume e capacidade vai ocorrer mais tarde (RIZZO,

    1992).

    O dilogo se aperfeioa em conversinhas mais longas. Aprende, com facilidade, a

    reconhecer o seu nome e o de todos os coleguinhas (RIZZO, 1992).

  • xxv

    O fator principal a aparncia dos alimentos, amenizado quando a criana se torna

    segura de suas preferncias (MACEDO, 1999). Adquire suficincia para se alimentar e

    capaz de usar o garfo, porm ainda com superviso (EUCLYDES, 2000).

    3.3.3 4 anos a 4 anos e 11 meses

    As clulas do seu desenho ganham radiais e se transformam em garatujas da figura

    humana. Aos poucos, medida que seu pensamento se organiza, ele ir construir cenas,

    mas, no h perodos organizados, e frases coordenadas. Seu desenho aperfeioa-se em

    figuras isoladas e soltas no espao. No h trao de unio entre elas (RIZZO, 1992).

    Percebe com maior preciso cores, formas, tamanhos e espessuras e comea a

    demonstrar possibilidade em reconhecer quantidades pequenas (at 5 elementos) (RIZZO,

    1992) .

    Aprecia histrias mais longas, revelando maior preferncia pelas da vida real e

    bichinhos humanizados (RIZZO, 1992).

    No apenas conversa, mas capaz de dar recados, receb-los e transmiti-los.

    Reconhece inmeras palavras que v atravs da propaganda e anncios da televiso

    (RIZZO, 1992).

    Nessa idade as crianas so capazes de perceber a noo de pertinncia de um

    elemento em relao a um determinado conjunto, pela sua propriedade (RIZZO, 1992).

    Surge o interesse em preparar as refeies. Aos 4 anos e meio nota-se melhora na

    alimentao (MACEDO, 1999).

  • xxvi

    3.3.4 5 anos a 6 anos

    Firma-se essa melhora na alimentao (MACEDO, 1999).

    Nas histrias que criam, o bem sempre apresentado bem definido por personagens

    que praticam boas aes e o mau sempre punido, e de preferncia perdoado aps

    retratao (RIZZO, 1992).

    As meninas agora, em geral, revelam-se mais habilidosas que os meninos. Os

    meninos so nessa fase, em geral, bastante agitados e preferem brincadeiras de carros,

    caminhes, trens e corridas e qualquer outra atividade(RIZZO, 1992).

    O grafismo alcana a cena j organizada em conjunto nico, o que prova o nvel de

    organizao do pensamento e a orientao espacial j estabelecida. Agora descobrem,

    atravs da comparao, relaes de tamanho e quantidade e maior segurana na noo de

    vazio (RIZZO, 1992).

    3.3.5 6 anos a 6 anos e 11 meses

    Crianas que passaram por um bom programa de atividades de Jardim de Infncia

    revelam-se normalmente prontas para leitura e escrita entre seis e sete anos (RIZZO, 1992).

    Ela j veste e come inteiramente sozinha; capaz de organizar sua atividade,

    planejando-a primeiro; trabalha bem em grupo; consegue servir mesa utilizando-se de

    bandejas, sem derramar os alimentos; capaz de limpar mesas e materiais que tiver usado;

    capaz de seguir ordens mais complexas, que incluam a memorizao de detalhes em

    seqncia (RIZZO, 1992).

  • xxvii

    Cria histrias mais longas o que revela percepo e memria de seqncia e

    interessa-se por histrias de encantamento e aventuras (RIZZO, 1992).

    Seus desenhos livres, cenas completas com detalhes, revelam no apenas seu nvel

    de organizao de idias e orientao espacial, mas tambm memrias de detalhes, que se

    faz necessria aprendizagem da leitura (RIZZO, 1992).

    3.4 Importncia da alimentao saudvel para os pr-escolares

    Sade e alimentao caminham juntas. O alimento condio essencial para a

    manuteno da vida. a substncia retirada da natureza que serve para nutrir os seres

    vivos. Uma alimentao saudvel pr-condio para uma vida plena. No possvel

    imaginar que uma pessoa se mantenha saudvel se sua alimentao for inadequada por

    muito tempo. Isso porque por intermdio da alimentao que suprimos as necessidades

    nutricionais de nosso corpo concorrendo para que ele possa realizar suas funes. por

    isso que o acesso alimentao reconhecido como um direito humano fundamental e

    imprescindvel para a construo da cidadania (PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO,

    2000(b)).

    Os pr-escolares de 2 a 6 anos de idade constituem faixa populacional de grande

    importncia, quer devido ao processo de maturao biolgica por que passam, durante o

    qual a alimentao desempenha papel decisivo, quer pelo desenvolvimento scio-

    psicomotor, para o qual contribuem fundamentalmente os meios familiar e comunitrio em

    que vivem e; complementarmente, as instituies que os assistem (GANDRA, 2008 (a)).

  • xxviii

    O perodo crtico do desenvolvimento por que passam os pr-escolares exige

    intervenes adequadas, em momentos oportunos, sob pena de se instalarem dficits

    cumulativos no compensveis no futuro (GANDRA, 2008 (b)). Relembra-se que aos 2

    anos de idade o peso da criana j o qudruplo daquele do nascimento, aumentando, em

    continuao, cerca de dois quilos por ano de idade. Aos 6 anos j pesa cerca de seis vezes

    mais e o seu permetro craniano atinge a nove dcimos de seu valor adulto. Quando o pr-

    escolar chega aos 4 anos, j possui cerca de 90% da massa cerebral do adulto. Esta ,

    portanto, uma fase de rpido desenvolvimento antomo-fisiolgico para a qual a nutrio

    tem importncia fundamental (GANDRA, 2008 (a)).

    Alimentao saudvel possibilita o crescimento e o desenvolvimento em toda a sua

    potencialidade, a profilaxia de doenas causadas por escassez de nutrientes e excesso de

    nutrientes e a preveno nutricional das doenas crnicas no transmissveis. Se a

    alimentao for adequada, a sade estar presente em todas as fases da vida (CTENAS,

    1999).

    3.5 Importncia do trabalho em educao nutricional junto aos pais dos alunos e

    funcionrios das creches

    O desenvolvimento integral infantil leva em conta os diversos contextos onde a

    criana se insere. Baseado na perspectiva ecolgica de desenvolvimento de Bronfenbrenner

    (1996) sobre os diferentes contextos que o indivduo freqenta, Epstein (1987) aponta que a

    famlia um dos contextos mais importantes do mundo ecolgico da criana, pois atravs

    dela que a criana apresentada ao mundo ao seu redor. A famlia proporciona o primeiro e

    mais importante contexto interpessoal para o desenvolvimento humano e, como resultado,

  • xxix

    as relaes familiares tm uma profunda influncia sobre a sade mental das crianas

    (GOMIDE, 2004).

    A importncia do envolvimento de pais nesta fase ento auto-explicativa: famlia e

    escola/creche, juntas, podem promover situaes complementares e significativas de

    aprendizagem e convivncia que realmente vo de encontro s necessidades e demandas

    das crianas e de ambas instituies.

    Embora as relaes familiares sejam importantes, os pais geralmente recebem pouca

    preparao, alm da prpria experincia como pais, produzindo-se a maior parte da

    aprendizagem durante a realizao da tarefa por meio do ensaio e erro (OLIVARES,

    MENDEZ & ROS, 2005). Os pais so, usualmente, o principal agente de mudana no

    processo teraputico de seus filhos, atuando como mediadores entre a orientao

    profissional e a implementao de contingncias favorveis mudana da criana em seu

    ambiente natural (MESTRE & CORASSA, 2002; SILVARES, 1995).

    A mudana que se deseja produzir nos filhos ir requerer mudanas no modo de

    comunicao dos pais com seus filhos, tais como em suas habilidades de expressar

    sentimentos positivos e negativos, ouvir com empatia, fazer e responder a perguntas,

    admitir erro e pedir desculpas, dar e pedir feedback e demonstrar aceitao ou reprovao

    do comportamento dos filhos de maneira assertiva (DEL PRETTE & DEL PRETTE, no

    prelo). Essas so consideradas habilidades sociais educativas por serem direcionadas

    promoo de desenvolvimento e aprendizagem (DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2001). A

    criana cujos pais apresentam um repertrio mais desenvolvido de habilidades sociais

    educativas tem mais chances de desenvolver autonomia, competncia social, auto-eficcia e

    melhor desempenho acadmico (MARTURANO & LOUREIRO, 2003; SILVA &

    MARTURANO, 2002).

  • xxx

    O ambiente de ensino, ao articular de forma dinmica alunos e familiares,

    professores, funcionrios tcnico-administrativos e profissionais de sade, proporciona as

    condies para desenvolver atividades que reforam a capacidade da escola de se

    transformar em um local favorvel convivncia saudvel, ao desenvolvimento psico-

    afetivo, ao aprendizado e ao trabalho de todos os envolvidos nesse processo podendo, como

    conseqncia, constituir-se em um ncleo de promoo de sade local (COSTA, 2001).

    Pais, nutricionistas, merendeiras, auxiliares, professores, coordenadores entre outros

    profissionais que lidam com a criana na creche devem estar conscientes da importncia da

    alimentao saudvel para o pr-escolar, ter o mesmo propsito de compartilhar

    conhecimento e voltar os esforos para favorecimento da educao nutricional. Para isso,

    necessrio que sejam realizados encontros peridicos para esclarecimentos, debates e trocas

    de informaes entre todos com a finalidade de divulgar a necessidade de promoo da

    sade e hbitos alimentares saudveis atravs de cada um na creche.

    3.6 Atividades de educao nutricional para pr-escolares de creches

    Os principais objetivos da educao nutricional para pr-escolar devem ser:

    - Desenvolver atitude favorvel com relao a alimentos variados e nutritivos;

    - Encorajar a experimentao de alimentos variados;

    - Promover a compreenso sobre a associao entre alimentao e sade;

    - Promover o conhecimento de pais, professores, administradores pblicos; setor de

    alimentao, sobre os princpios da nutrio;

    - Desenvolver, promover e disseminar materiais e contedos de nutrio

    (FAGILOLI, 2006).

  • xxxi

    As crianas no nascem com habilidade inata de escolher alimentos nutritivos, esta

    habilidade aprendida por meio das experincias sociais e educativas. Portanto, as

    atividades educativas dirigidas a este grupo devem envolver a explorao de todos os

    sentidos na busca do conhecimento sobre o alimento e sobre prticas alimentares saudveis

    (FAGILOLI, 2006).

    So fatores que contribuem para ao sucesso das intervenes educativas em nutrio

    e alimentao:

    - Envolvimento dos pais e familiares;

    - Comportamento e atitudes exemplares de familiares e adultos;

    - Atividades adequadas ao nvel de desenvolvimento psicomotor da criana;

    - Atividades baseadas em alimentos como: culinria; cuidado com hortas

    envolvendo os cinco sentidos, juntamente com refeies nutritivas favorecem o

    desenvolvimento da preferncia por alimentos saudveis.

    - Estratgias educativas que envolvam atividade corporal, tais como: projetos de

    arte, msica, teatro, marionetes e quebra-cabea (FAGILOLI, 2006).

    Em virtude do exposto acima, importante incluir as atividades de educao

    nutricional no contexto pedaggico da creche, tornando a instituio uma defensora da

    promoo de hbitos alimentares saudveis desde os primeiros anos de vida.

    A seguir, so apresentadas atividades de educao nutricional para os pr-escolares

    de creches.

    3.6.1 Atividades propostas

    3.6.1.1 Teatro de fantoches

  • xxxii

    Objetivos: Explicar a importncia da ingesto dos alimentos presentes no teatro de

    fantoche e o que pode ser prejudicial no seu dia-dia.

    Metodologia:

    1. Contar histrias apresentando os personagens do teatro para os alunos (Cenoura,

    Batata, Laranja, Abacaxi, Melancia, Morango, Uva, Abbora, Peixe, Queijo,

    Beterraba, Feijo, Alface, Banana, Brcolis, Po, Couve, Salsa, Sorvete, Bala,

    Chocolate, Biscoito recheado, etc...);

    2. Explicar a importncia desses alimentos para a sade, informando as preparaes

    comumente realizadas com eles;

    3. Distribuir desenhos dos alimentos ou papel em branco para que as crianas possam

    desenhar e pintar os alimentos que mais gostaram.

    Materiais:

    Personagens de teatro de fantoche;

    Papel

    Lpis de cor, canetinha ou giz de cera.

    Pblico alvo: alunos de 3 a 6 anos.

    Tempo previsto: 40 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devero reconhecer as caractersticas,

    benefcios e malefcios dos alimentos/personagens apresentados.

    (Adaptado de FAGILOLI, 2006)

    3.6.1.2 Pirmide alimentar

  • xxxiii

    Objetivo: Apresentar para os alunos a pirmide alimentar quanto a sua diviso, hierarquia,

    poro e grupo, demonstrando suas diferenas e importncia.

    Metodologia:

    1. Apresentar a pirmide alimentar que ser elaborada pelo educador, baseada na

    pirmide estabelecida para a faixa etria;

    2. Explicar a importncia de cada grupo perante sua classificao;

    3. Desenvolver dinmicas com os alunos, para o preenchimento do desenho da

    pirmide em branco, para elas fixarem cada grupo.

    Materiais:

    Pirmide alimentar;

    Desenho da pirmide alimentar em branco para os alunos colarem figuras;

    Cola;

    Tesoura

    Jornal de mercado para recortar os alimentos.

    Pblico alvo: alunos de 4 a 6 anos.

    Tempo previsto: 30 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem compreender o conceito, a importncia e

    a hierarquia da pirmide alimentar.

    (FAGILOLI, 2006)

    3.6.1.3 Os sentidos: A Viso, o Paladar e a Olfato Vendo, Comendo e Sentindo

    aromas dos alimentos!

  • xxxiv

    Objetivo: Fazer com que as crianas reconheam os alimentos de uma forma diferente

    usando os sentidos

    Metodologia:

    1. Solicitar s crianas que levem alimentos in natura variados possveis de serem

    ingeridos crus;

    2. Higienizar os alimentos;

    3. Passar os alimentos pelas mos de cada aluno, sendo estes inteiros e cortados em

    pedaos;

    4. Fazer com que cada criana identifique cada alimento, utilizando o olfato, a viso e

    por fim o paladar quando cada alimento ser experimentado;

    5. Anotar em uma ficha a aceitao de cada um.

    6. Orientar os alunos suas formas de consumo;

    7. Distribuir desenhos dos alimentos trabalhados na atividade para os alunos pintarem,

    orientando-os a utilizarem as cores caractersticas de cada alimento;

    8. Montar uma exposio com os desenhos decorados.

    Materiais:

    Alimentos in natura

    Guardanapos

    Tigelas

    Faca sem ponta

    Colheres

    Materiais para higienizao das frutas (detergente, esponja e gua sanitria)

    Pblico alvo: alunos de 2 a 6 anos.

  • xxxv

    Tempo previsto: 30 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem reconhecer alguns alimentos in natura e

    suas caractersticas.

    (Adaptado de MARQUES, 2006)

    3.6.1.4 Desvendando os mistrios dos legumes

    Objetivo: Apresentar algumas variedades de legumes, demonstrando suas diferenas de

    cores, sabores, odores e preparo bem como a importncia de seu consumo dirio.

    Metodologia:

    1. Mostrar para os alunos algumas variedades de legumes como: batata, cenoura,

    berinjela, pepino, milho e chuchu, verificando se estes reconhecem todas ou se h

    algum legume desconhecido pelo grupo;

    2. Demonstrar suas diferenas quanto cor, textura e sabor, considerando o doce e o

    azedo;

    3. Explicar a importncia do consumo dirio relatando os nutrientes presentes e a

    funo destes no organismo;

    4. Aplicar uma atividade com os alunos para modelar com massinha os legumes que

    mais gostam.

    Materiais:

    Massinha de modelar;

    Lpis de cor, canetinha ou giz de cera;

    Legumes in natura.

    Pblico alvo: alunos de 4 6 anos.

    Tempo previsto: 30 minutos/sala

  • xxxvi

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem saber reconhecer algumas variedades de

    legumes e a importncia de seu consumo dirio e variado.

    Observao: O mesmo poder ser feito com as verduras e frutas.

    (Adaptado de FAGILOLI, 2006)

    3.6.1.5 rvores de frutas A curiosidade uma das grandes virtudes das crianas, por isso, devemos aproveitar

    esse momento para explorar essa curiosidade com a apresentao das frutas e das suas

    origens.

    Por exemplo:

    Abacate originrio do Mxico e da Amrica Central, vem de um abacateiro que

    uma rvore de grande porte;

    Abacaxi tem sua origem no Brasil e no Paraguai, vem de um abacaxizeiro que um

    arbusto baixo, possui 3 tipos: caiena lisa, prola-de-pernambuco e abacaxi de

    boituva, a sua variedade mais azeda conhecida como Anans;

    Acerola originria das Antilhas e parecida com a cereja europia, nasce de uma

    aceroleira (rvore de mdio porte);

    Ameixa pode ser de origem europia ou japonesa e vem de uma ameixeira que

    uma rvore de mdio porte;

    Amora-preta vem de amoreiras (rvore de mdio porte) nativas do Brasil;

    Banana tem sua origem no sudeste asitico e nasce de uma bananeira que produz

    cachos formando pencas, que pode chegar a 200 bananas; possui diversas

    variedades: nanica, prata, ma, ouro, banana-da-terra e So Tom;

    Caqui vem do caquizeiro (rvore de mdio porte) originrio da ndia;

  • xxxvii

    Carambola originria da sia Tropical e veio para o Brasil em 1817, vem da

    caramboleira, rvore ornamental de pequeno porte;

    Coco tambm vem da sia e nasce de um coqueiro que considerado uma rvore

    de grande porte;

    Goiaba vem da goiabeira, rvore de grande porte, e tem sua origem na Amrica

    Tropical, principalmente no Brasil;

    Jabuticaba vem da jabuticabeira, uma rvore de grande porte e originria do centro

    sul do Brasil;

    Kiwi vem de uma trepadeira originria da China;

    Laranja vem da laranjeira, uma rvore de mdio porte, originria do Brasil; possui

    uma grande variedade como: baa, baro, lima, pra, da terra e seleta;

    Limo vem do limoeiro, rvore de mdio porte e possui grande variedade como:

    galego, siciliano, tahiti e cravo;

    Ma vem da macieira, rvore de grande porte, que tem sua origem na Europa e

    sia, mas veio para o Brasil h 40 anos; possui a variedade: gala, golden delicious,

    Fuji e ma verde;

    Mamo vem do mamoeiro (rvore de mdio porte) que originrio da Amrica

    Tropical, possui como variedade: formosa e papaya;

    Manga vem da mangueira (rvore de grande porte) que originria da sia, possui

    como variedades: coquinho, haden, rosa, espada e corao-de-boi;

    Maracuj vem de uma trepadeira chamada maracujazeiro e originrio de regies

    tropicais e subtropicais brasileiras, possui duas variedades: cido e doce;

    Melancia vem de uma melancieira que uma planta rasteira, originria da ndia;

  • xxxviii

    Melo teve sua origem na sia Tropical e na frica, nasce de um meloeiro que

    uma planta rasteira;

    Mexerica ou tangerina originria da Itlia, vem de uma mexeriqueira ou

    tangerineira, rvore de mdio porte;

    Morango vem do morangueiro (planta rasteira) que originrio das Amricas;

    Pra originria da Grcia, vem da pereira (rvore de grande porte) e no Brasil

    possui as variedades: pra dgua, da aguieira e p curto;

    Pssego vem do pessegueiro (rvore de mdio porte) originrio da Europa e Adia

    Ocidental, possui duas variedades: solta caroo e caroo aderente;

    Uva vem da videira (planta trepadeira) que teve grande importncia desde a

    antiguidade na regio mediterrnea e no norte da sia.

    Objetivo: Explicar a origem das frutas para os alunos.

    Metodologia:

    1. Apresentar as frutas in natura para os alunos reconhecerem suas formas e cores;

    2. Explicar a importncia das frutas para a sade;

    3. Relacionar quais frutas nascem em rvore e descrever seus nomes; sugesto:

    apresentar fotos dos ps de frutas, de preferncia quando estiverem carregados de

    frutas;

    4. Confeccionar juntamente com os alunos uma rvore para cada sala, sendo que as

    frutas sero colhidas e decoradas pelos mesmos.

    Materiais:

    Papel verde;

    Papel marrom;

  • xxxix

    Desenho de frutas;

    Frutas in natura;

    Lpis de cor, canetinha ou giz de cera;

    Cola.

    Pblico alvo: alunos de 5 a 6 anos.

    Tempo previsto: 30 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem saber identificar as diferentes frutas,

    suas caractersticas e qual a rvore/arbusto responsvel pela sua produo.

    (Adaptado de FAGILOLI, 2006)

    3.6.1.6 Brincando com alimentos

    Objetivo: Proporcionar um maior contato dos alunos com os alimentos, utilizando

    desenhos de alimentos impressos para que os alunos pintem de acordo com as cores

    correspondentes, facilitando o reconhecimento destes.

    Metodologia:

    1. Entregar o desenho de alimentos para os alunos;

    2. Incentivar os alunos a pintar o desenho de acordo com as cores correspondentes de

    cada alimento;

    3. Orient-los e auxili-los durante todo o desenvolvimento da atividade;

    4. Fixar os desenhos no refeitrio, de modo a incentivar o consumo dos alimentos

    presentes.

    Materiais:

    Desenho de alimentos;

  • xl

    Lpis de cor, canetinha ou giz de cera.

    Pblico alvo: alunos de 4 a 6 anos.

    Tempo previsto: 30 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem reconhecer os nomes dos diferentes

    alimentos, bem como suas cores.

    (Adaptado de FAGILOLI, 2006)

    3.6.1.7 Fruta Laranja

    A laranja uma fruta pertencente ao grupo citrus, quase todas as variedades

    possuem forma arredondada e casca fibrosa. bem conhecida no Brasil, mas bom

    lembrar que ela pode ser consumida de diversas maneiras: in natura, suco puro ou com

    demais frutas e/ou legumes, como molhos, em doces (podendo utilizar a casca), etc.

    E ainda, possui uma grande variedade para agradar todos os paladares:

    Laranja-da-baia: tambm conhecida como laranja-de-umbigo, tem sabor adocicado,

    com polpa muito suculenta e casca amarelo-gema. usada em sucos ou como

    ingrediente de preparaes.

    Laranja-baro: possui formato semelhante ao da laranja-pra, mas menor e possui

    uma cor mais clara. A sua casca muito fina e lisa, a sua polpa suculenta e

    recomendada para preparar sucos.

    Laranja-lima: a menos cida, muito utilizada nas refeies para crianas. Tem

    casca fina, de cor amarela clara; polpa muito suculenta com sabor suave doce. Pode

    ser consumida ao natural ou como suco.

  • xli

    Laranja-pra: a menor em tamanho, possui casca lisa e fina e sua cor amarela-

    avermelhada. Tem sabor adocicado e polpa muito suculenta, amplamente utilizada

    como suco.

    Laranja-da-terra: possui cor amarela forte e tons avermelhados, forma achatada e

    grande. Seu sabor cido e sua polpa suculenta. mais utilizada para fazer

    compota com a sua casca, mas tambm pode ser usada como suco.

    Laranja-seleta: seu tamanho semelhante laranja-baa, possui casca amarela-clara.

    Seu sabor adocicado, um pouco cida e possui polpa suculenta. consumida in

    natura ou como suco.

    Sendo assim, importante mencionar que uma fruta rica em vitamina C que

    previne gripes e resfriados, alm de auxiliar na cicatrizao de feridas; possui tambm o

    potssio que auxilia nas contraes musculares e evita cimbra e, ainda, rica em fibras

    (principalmente na parte branca albedo) que auxiliam no funcionamento do intestino,

    prevenindo o cncer.

    Objetivo: Explicar as propriedades da laranja e sua importncia para a sade.

    Metodologia:

    1. Explicar as propriedades da laranja e quais os benefcios da sua ingesto atravs de

    um dilogo com os alunos utilizando o fantoche da laranja (Sra. Laranjinha)

    2. Abordar alguns temas como: preveno de gripes e resfriados;

    3. Entregar um desenho de laranja para os alunos pintarem.

  • xlii

    Obs: Pode-se solicitar previamente, na escola, alguns palitos (de sorvete) para que os

    alunos colem o desenho, formando uma mscara. Neste caso, os prprios alunos podem

    recortar o desenho.

    Materiais:

    Lpis de cor ou giz de cera;

    Tesoura sem ponta;

    Cola;

    Palito (de sorvete)

    Pblico alvo: alunos de 2 a 6 anos.

    Tempo previsto: 30 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem saber as principais propriedades da

    laranja.

    (FAGILOLI, 2006)

    3.6.1.8 Alimentos de consumo moderado

    Objetivo: Explicar a importncia de uma alimentao saudvel e favorecer o

    reconhecimento de alimentos que devem ser consumidos com moderao.

    Metodologia:

    1. Explicar a importncia de uma alimentao saudvel (o motivo de alguns alimentos

    terem de ser consumidos com moderao);

    2. Dividir uma placa de metal em duas partes: moderados e demais alimentos;

    3. Preparar mas de alimentos de consumo moderado e tambm de outros alimentos.

  • xliii

    4. Escolher aleatoriamente um aluno e entregar um m, este deve colocar na coluna

    correta.

    Materiais:

    Placa de metal;

    ms de alimentos.

    Pblico alvo: alunos de 4 a 6 anos.

    Tempo previsto: 30 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem saber a importncia de uma alimentao

    saudvel e reconhecer alimentos que devem ser consumidos com moderao.

    (Adaptado de FAGILOLI, 2006)

    3.6.1.9 Self-service

    Objetivo: Identificar os hbitos alimentares dos alunos, bem como suas preferncias e

    averses, visando avaliar os principais aspectos a serem trabalhados durante as atividades

    do programa de alimentao saudvel.

    Metodologia:

    1. Fixar uma placa de metal em local visvel;

    2. Disponibilizar aos alunos diversos tipos de preparaes para um almoo (saladas,

    guarnies, pratos principais, acompanhamentos, sucos, sobremesas);

    3. Pedir que os alunos montem sua prpria refeio;

    4. Observar os alimentos e preparaes menos aceitos e explicar a importncia destes

    para o organismo, bem como relatar os prejuzos do consumo excessivo de

    guloseimas.

    Materiais:

  • xliv

    Preparaes para um almoo;

    Pblico alvo: alunos de 4 a 6 anos.

    Tempo previsto: 20 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem citar suas preferncias e averses

    alimentares; enquanto o profissional deve realizar a anlise dos dados obtidos.

    (FAGILOLI, 2006)

    3.6.1.10 lbum Seriado Objetivo: Reconhecer alimentos que compem o cardpio. Apresentar as crianas os

    alimentos que esto fazendo parte do cardpio no seu dia-dia.

    Metodologia:

    1. Explicar o conceito de cardpio;

    2. Fornecer figuras de alimentos em branco para que sejam pintadas;

    3. Recortar e colar as figuras em folhas de A4;

    4. Confeccionar um bloco separando-as por cores.

    Materiais:

    Figuras de alimentos

    Tesoura

    Cola

    Folhas A4

    Lpis de cor ou giz de cera;

    Pblico alvo: alunos de 4 a 6 anos.

    Tempo previsto: 30 minutos/sala

  • xlv

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem saber reconhecer os principais alimentos

    que compem um cardpio do dia-a-dia.

    (Adaptado de MARQUES, 2006)

    3.6.1.11 Jogo da Memria

    Objetivo: Fazer com que a criana memorize visualmente os alimentos e seus nomes.

    Metodologia:

    1. Dividir os alunos em 2 grupos;

    2. Fornecer pares iguais de cartes com figuras de alimentos com seus respectivos

    nomes abaixo;

    3. Misturar os cartes e com a face da figura voltada para baixo, coloc-los lado a

    lado;

    4. Pedir que cada grupo por vez escolha dois cartes para formar pares. Caso no

    forme o par de figuras iguais, passar a vez para o outro grupo, caso forme, o grupo

    ter chance de jogar outra vez;

    5. O grupo que mais identificar os cartes com os alimentos iguais ser o vencedor.

    Materiais:

    Pares iguais de cartes com figuras e seus respectivos nomes abaixo

    Pblico alvo: alunos de 2 a 6 anos.

    Tempo previsto: 30 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem saber reconhecer visualmente os

    alimentos e caso tenham capacidade, tambm identificar as palavras dos nomes dos

    alimentos.

    (Adaptado de MARQUES, 2006)

  • xlvi

    3.6.1.12 Ilustraes

    Objetivo: Desenvolver funo motora da criana e com isso ter um contato visual maior

    com os alimentos.

    Metodologia:

    1. Dividir a turma em grupos;

    2. Fornecer para cada grupo uma cartolina com fotografias de cozinha e refeitrios

    coladas e com um tracejado ligando um local ao outro;

    3. Esclarecer o que significa cada fotografia;

    4. Pedir que as crianas identifiquem o local onde so preparadas e servidas as

    refeies;

    5. Fazer com que sigam o tracejado ligando um local ao outro;

    6. Os materiais podem ser utilizados em murais didticos, quadros de avisos, cartazes,

    jornais escolares, quadros de giz e outros.

    Materiais:

    Fotografias de cozinhas e refeitrios

    Cartolina

    Cola

    Canetinha

    Pblico alvo: alunos de 2 a 6 anos.

    Tempo previsto: 20 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem saber identificar os locais de produo e

    distribuio de refeies.

  • xlvii

    (Adaptado de MARQUES, 2006)

    3.6.1.13 Mural

    Objetivo: Elaborar um local para apresentar a todos os resultados dos trabalhos

    confeccionados pelas prprias crianas.

    Metodologia:

    1. Pedir que cada criana pense em alimentao saudvel e escolha um alimento para

    represent-la.

    2. Pedir que desenhem o alimento que escolheram em um quadro de cortia.

    3. Cada criana falar porque escolheu o alimento que desenhou.

    Materiais:

    Quadro grande de cortia

    Cola colorida

    Pblico alvo: alunos de 2 a 6 anos.

    Tempo previsto: 30 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem relembrar a importncia de alimentao

    saudvel e variada.

    (Adaptado de MARQUES, 2006)

    3.6.1.14 Oficina Culinria

    Objetivo: Conhecer melhor as frutas atravs da manipulao das mesmas, trabalhando com

    receitas que estimularo a curiosidade, com formas, sabores e nmeros.

    Metodologia:

  • xlviii

    1. Pedir que os alunos levem frutas variadas;

    2. Cada aluno dever higienizar e sanitizar as frutas, mostrando a importncia desse

    procedimento;

    3. Um adulto dever cortar as frutas;

    4. Os alunos iro experimentar cada fruta e identificando o aroma e o sabor;

    5. Pedir que observem cuidados na cozinha, abordar noes de higiene e conceitos de

    matemtica.

    6. As crianas prepararo salada de frutas.

    Materiais:

    Frutas

    Detergente

    gua sanitria

    Esponja

    Faca

    Vasilha

    Colher de servir

    Taas

    Colheres de sobremesa

    Pblico alvo: alunos de 4 a 6 anos.

    Tempo previsto: 60 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem conhecer melhor as frutas bem como ter

    noes de higiene e cuidados na cozinha.

    (Adaptado de MARQUES, 2006)

  • xlix

    3.6.1.15 Horticulturas

    Objetivo: Destacar para as crianas a importncia do processo de crescimento dos vegetais

    associado ao seu processo de crescimento e desenvolvimento.

    Metodologia:

    1. Levar sementes e mudas para que as crianas semeiem, cultivem e colham os

    alimentos que estaro fazendo parte do seu cardpio. A horticultura pode ser feita

    em um espao j destinado dentro da escola, ou utilizando vasos;

    2. Pedir para os alunos levarem para casa e introduzir no cardpio da famlia;

    3. As crianas devem observar e comparar seu processo de crescimento: assim como

    as plantas, precisamos nos alimentar todos os dias para crescermos fortes e sermos

    adultos saudveis;

    4. Os alimentos cultivados podem ser utilizados nas aulas de culinria e tambm nas

    refeies servidas as crianas.

    Materiais:

    Sementes e mudas

    P

    Terra

    Adubo

    Pblico alvo: alunos de 2 a 6 anos.

    Tempo previsto: 30 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem saber a importncia dos vegetais para

    seu processo de crescimento.

  • l

    (Adaptado de MARQUES, 2006)

    3.6.1.16 Jogos interativos

    Objetivo: Trazer para o dia-dia da criana assuntos relacionados alimentao aliada

    tecnologia despertando interesse de conhecimento

    Metodologia:

    1. Deve-se certificar anteriormente de que a escola possui os equipamentos antes de

    planejar as atividades;

    2. O nutricionista deve procurar jogos, programas e sites interativos, relacionados

    nutrio;

    3. Levar os alunos para uma sala com computadores e deixar que os alunos joguem;

    4. Pedir que os alunos comentem o que aprenderam com os jogos.

    Materiais:

    computadores

    Pblico alvo: alunos de 3 a 6 anos.

    Tempo previsto: 30 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem saber pequenos conceito sobre

    alimentao saudvel.

    (Adaptado de MARQUES, 2006)

    3.6.1.17 Avaliao Antropomtrica

    Objetivo: Verificar o estado nutricional das crianas e adotar atitudes para manter ou

    reverter a classificao nutricional. Estimular a criana para a importncia da alimentao

    no seu processo de crescimento e desenvolvimento.

  • li

    Metodologia:

    1. Utilizar balana para aferio do peso, infantmetro para aferio da estatura da

    criana;

    2. Anotar os dados como nome, data de nascimento, peso e altura, em fichas de

    avaliao;

    3. Marcar os dados em grficos de crescimento e desenvolvimento infantil e comparar

    com os padres de referncia;

    4. Enviando aos pais relatrio informando se a criana est crescendo de uma forma

    saudvel;

    5. Repetir o procedimento trimestralmente.

    Materiais:

    Balana

    Infantmetro

    Fichas de avaliao

    Tabelas e grficos de crescimento e desenvolvimento infantil de acordo com o

    Ministrio da Sade atualizadas

    Pblico alvo: alunos de 2 a 6 anos.

    Tempo previsto: 30 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem saber a importncia da alimentao

    saudvel para seu timo crescimento e desenvolvimento.

    (Adaptado de MARQUES, 2006)

  • lii

    3.6.1.18 Carnaval: Inicio das aulas! - Os alimentos que devem ser consumidos nessa

    poca de folia!

    Objetivo: Incentivar as crianas a incluir alimentos saudveis no seu dia-a-dia e em

    especial nos dias de carnaval.

    Metodologia:

    1. Solicitar s crianas que levem frutas e dar sugestes de sucos;

    2. Higienizar as frutas;

    3. Fazer uma degustao com as crianas dos alimentos que devem ser consumidos

    nessa poca de folia;

    4. Incentivar o aumento da ingesto hdrica devido ao calor;

    5. Mostrando que nos dias de folia, no devemos descuidar da sade, aproveitando

    bem o carnaval.

    Materiais:

    Frutas

    Receitas de sucos

    Guardanapos

    Tigelas

    Faca

    Colheres

    Materiais para higienizao das frutas (detergente, esponja e gua sanitria)

    Pblico alvo: alunos de 2 a 6 anos.

    Tempo previsto: 40 minutos/sala

  • liii

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem saber a importncia das frutas no dia-a-

    dia e especialmente durante o carnaval.

    (Adaptado de MARQUES, 2006)

    3.6.1.19 Semana da pscoa: A cenoura , o alimento do Coelhinho!

    Objetivo: Auxiliar as crianas na percepo da importncia da cenoura na alimentao.

    Metodologia:

    1. O nutricionista colocar no cardpio mensal, preparaes como: bolo de cenoura

    com cobertura de chocolate, sufl de cenoura, suco de laranja com cenoura, sopa de

    cenoura com beterraba e estrelinhas, coelhinho na floresta (arroz habitual com

    cenoura, ervilha, passas e milho: fazendo assim um desenho no prato de coelho,

    etc...).

    2. Os professores estimularo o consumo das preparaes com cenoura no horrio das

    refeies explicando porque a cenoura faz bem sade.

    Materiais:

    Ingredientes para as preparaes base de cenoura

    Pblico alvo: alunos de 2 a 6 anos.

    Tempo previsto: 30 minutos/sala para debate com os alunos e apresentao da preparao

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem saber a importncia da cenoura.

    (Adaptado de MARQUES, 2006)

    3.6.1.20 Semana das Mes: A comida preferida da Mame!

    Objetivo: Fazer com que cada grupo escolha um prato ou preparao e se sintam

    estimulados a incorporarem em sua rotina alimentar,

  • liv

    Metodologia:

    1. Dividir a turma em grupos de 5 alunos;

    2. Cada grupo dever escolher 5 preparaes que a me goste de fazer em casa e

    comentar as escolhas;

    3. Oferecer de presente s mes um bloco de receita em forma de tbua de carne com

    pinturas das crianas.

    Materiais:

    Blocos de receitas em forma de tbuas de carne

    Pblico alvo: alunos de 4 a 6 anos.

    Tempo previsto: 30 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem incorporar algumas preparaes

    comentadas na aula em sua rotina alimentar, variando a alimentao.

    Observao: O mesmo poder ser feito na semana dos pais.

    (Adaptado de MARQUES, 2006)

    3.6.1.21 Festa Junina: Os alimentos tpicos!

    Objetivo: Facilitar s crianas o reconhecimento de alimentos tpicos de festa junina e

    incluso destes na alimentao.

    Metodologia:

    1. Explicar s crianas a origem da festa junina, relacionando dia de So Joo,

    alimentos tpicos, quadrilha, fogueira entre outras atividades praticadas e objetos

    presentes comumente festa.

    2. Pedir que cada aluno traga de casa uma preparao tpica como: Arroz doce, bolo de

    batata-doce, bolo de fub, bolo de macaxeira, bolo de milho, canjica, cuscuz de

  • lv

    milho, pamonha, pamonha com coco, p-de-moleque, p-de-moleque de rapadura,

    pipoca doce, pipoca salgada, sopa de milho verde.

    3. Realizar uma festa junina e incentivar os alunos a degustarem cada preparao e

    identificarem de que foram feitas.

    Materiais:

    Preparaes tpicas de festa junina

    Pratos descartveis

    Copos

    Talheres

    Guardanapo

    Bandeirinhas

    Pau-de-sebo

    Pblico alvo: alunos de 2 a 6 anos.

    Tempo previsto: 2 horas

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem reconhecer algumas preparaes tpicas

    de festa junina e variar a alimentao com estas.

    (Adaptado de MARQUES, 2006)

    3.6.1.22 Dia do Nutricionista: O papel do Nutricionista na creche!

    Objetivo: Explicar a importncia do nutricionista na creche.

    Metodologia:

    1. Explicar aos alunos as funes da nutricionista levando-os para conhecer as

    estruturas da cozinha, equipamentos, estoque e funcionrios;

  • lvi

    2. Pedir que os alunos cortem em revistas e jornais imagens que estejam relacionadas

    nutrio e que colem em uma folha de papel.

    Materiais:

    Revistas e jornais

    Tesoura

    Cola

    Folhas de papel

    Pblico alvo: alunos de 3 a 6 anos.

    Tempo previsto: 30 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem saber reconhecer algumas funes a

    atividades do nutricionista.

    (Adaptado de MARQUES, 2006)

    3.6.1.23 Semana da criana: O que as crianas mais gostam de comer e faz bem?

    Objetivo: Fazer da alimentao um ato de socializao e prazeroso.

    Metodologia:

    1. Pedir que aos alunos que digam os alimentos que mais gostam de comer;

    2. Fazer uma eleio com os mais votados;

    3. Fazer tarde de lanches com todas as preparaes escolhidas pelos mesmos.

    Materiais:

    Utenslios para preparo dos alimentos.

    Pblico alvo: alunos de 2 a 6 anos.

    Tempo previsto: 40 minutos/sala

  • lvii

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem entender o momento da alimentao

    como social e prazeroso.

    (Adaptado de MARQUES, 2006)

    3.6.1.24 Ms da Nutrio: O que so alimentos saudveis?

    Objetivo: Fazer com que as crianas saibam diferenciar o que saudvel e o que no .

    Facilitar a percepo da alimentao como um momento de satisfao, conhecendo novos

    sabores, evitando a monotonia alimentar.

    Metodologia:

    1. Apresentar ao longo do ms no cardpio da creche refeies saudveis em pratos

    coloridos, criativos e atraentes para as crianas como: Festinha dos Ratinhos,

    Sanduche do Caranguejo, Panqueca Divertida, Sininho, Jogo da Velha, Palhacinho,

    Carinha Feliz, Cestinha, Torta de Brcolis, Soufl de Batata-Baroa, Suco de

    Tomate, Inhoque de Abbora, Hambrguer Diferente, Creme do Popeye etc... .

    Materiais: no se aplica

    Pblico alvo: alunos de 2 a 6 anos.

    Tempo previsto: no se aplica

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem reconhecer a alimentao saudvel como

    prazerosa, conhecer novos sabores e variar a alimentao.

    (Adaptado de MARQUES, 2006)

  • lviii

    3.6.1.25 Semana da Bandeira: Os alimentos tpicos brasileiros!

    Nosso clima tropical possibilita o cultivo de diversas frutas, verduras e legumes em

    todas as estaes do ano. Com todas essas possibilidades, podemos desfrutar da diversidade

    dos pratos tpicos e da qualidade que nossa terra proporciona, resultando em uma dieta rica,

    gostosa e equilibrada fazendo assim com que as crianas conheam mesmo sem

    experimentar os pratos tpicos brasileiros.

    o Braslia = Arroz com Piqui;

    o Gois = Galinhada

    o Mato Grosso = Mojica de Pintado

    o Mato Grosso do Sul = Caribu

    o Paran = O Barreado

    o Santa Catarina = Polenta Brasileira

    o Esprito Santo = Moqueca capixaba

    o Minas Gerais = Vaca atolada

    o So Paulo = Feijoada

    o Amazonas = Caldeirada de Tucunar

    o Par = Pato no Tucupi

    o Bahia = Acaraj

    o Paraba = Buchada

    o Piau = Bolo de Puba

    o Rio Grande do Norte = Baio-de-dois

    Objetivo: Fazer com que as crianas conheam alguns alimentos (pratos) tpicos

    brasileiros.

    Metodologia:

  • lix

    1. Apresentar aos alunos preparaes que so tpicas da alimentao do brasileiro

    mostrando um pas de muitos sabores com grande disponibilidade e variedade de

    alimentos.

    2. Cada aluno dever experimentar as preparaes e descrever as caractersticas

    sensoriais.

    3. Incorporar algumas preparaes aos cardpios.

    Materiais:

    Pblico alvo: alunos de 4 a 6 anos.

    Tempo previsto: 30 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem reconhecer os alimentos tpicos

    brasileiros, observando a variedade de sabores.

    (Adaptado de MARQUES, 2006)

    3.6.1.26 Pintando a pirmide de alimentos

    Objetivo: Ajudar as crianas no reconhecimento dos grupos alimentares e alguns alimentos

    que o compem.

    Metodologia:

    1. Fazer uma legenda da seguinte forma:

    Grupo dos gros: amarelo

    Grupo das hortalias: verde

    Grupo das frutas: laranja

    Grupo do leite: azul

    Grupo das carnes: vermelho

  • lx

    2. Fazer cartes para cada grupo alimentar desenhando os alimentos que representam o

    grupo;

    3. Pedir para que os alunos pintem preenchendo os desenhos em branco com a cor da

    legenda o carto correspondente ao grupo.

    Materiais:

    Cartolina

    Canetinha preta

    Lpis de cor ou giz de cera coloridos

    Pblico alvo: alunos de 4 a 6 anos.

    Tempo previsto: 30 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem saber reconhecer alguns alimentos que

    compem os diferentes grupos alimentares.

    (Adaptado de MARTINS, 2001)

    3.6.1.27 Conhecendo os grupos alimentares

    Objetivo: Favorecer o reconhecimento de cada grupo da pirmide alimentar pelas crianas.

    Metodologia:

    1. Apresentar a pirmide alimentar para os alunos;

    2. Escolher um grupo alimentar (verduras, legumes, frutas, leite e derivados, carnes e

    ovos ou de consumo moderado) e apresentar os alimentos explicando porque esto

    no mesmo grupo;

  • lxi

    3. Oferecer aos alunos uma folha com o desenho de uma pirmide alimentar e abaixo

    de vrios alimentos de diferentes grupos (todos os desenhos devem estar em branco

    para serem preenchidos);

    4. Pedir que os alunos pintem somente na pirmide e nos alimentos abaixo dela o que

    representar o grupo escolhido.

    Materiais:

    Folhas ofcio

    Canetinha

    Lpis de cor ou giz de cera.

    Pirmide alimentar.

    Pblico alvo: alunos de 4 a 6 anos.

    Tempo previsto: 30 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem saber reconhecer alguns alimentos que

    fazem parte do grupo escolhido.

    (Adaptado de MARTINS, 2001)

    3.6.1.28 Desenhando os alimentos

    Objetivo: Reforar nos alunos alguns alimentos que compem os diferentes grupos

    alimentares e verificar se os reconhecem.

    Metodologia:

    1. Colocar uma grande pirmide alimentar vista de todos os alunos, no quadro negro

    por exemplo;

    2. Oferecer uma folha com o desenho de 5 pratos ou tigelas vazios;

  • lxii

    3. Pedir que os alunos desenhem em cada prato ou tigela alimentos dos grupos dos

    gros, frutas, hortalias, leite e carnes separando cada grupo em seu prato.

    Materiais:

    Pirmide alimentar;

    Folhas ofcio

    Canetinha, lpis de cor e giz de cera.

    Pblico alvo: alunos de 4 a 6 anos.

    Tempo previsto: 30 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem ter reforado alguns alimentos que

    pertencem aos grupos alimentares.

    (Adaptado de MARTINS, 2001)

    3.6.1.29 Liga-pontos: Que alimento esse?

    Objetivo: Auxiliar os alunos a reconhecerem alguns alimentos.

    Metodologia:

    1. Criar em folhas, pontilhados que ao serem ligados formam o desenho de algum

    alimento.

    2. Pedir que os alunos liguem os pontos e pintem o alimento que descobriram.

    Materiais:

    Folha ofcio

    Canetinha, lpis de cor e giz de cera

    Pblico alvo: alunos de 2 a 4 anos.

    Tempo previsto: 20 minutos/sala

  • lxiii

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem reconhecer os alimentos que pintaram.

    (Adaptado de MARTINS, 2001)

    3.6.1.30 A origem dos alimentos

    Objetivo: Explicar aos alunos a origem de alguns alimentos.

    Metodologia:

    1. Dividir uma folha em duas colunas. Na coluna da esquerda, desenhar alimentos

    variados (como um copo de leite, uma laranja, um ovo, cenouras e po) e na coluna

    da direita, desenhar (fora de ordem) de onde vem os alimentos da coluna da

    esquerda (como laranjeira, plantao de trigo, vaca, plantao de cenouras, galinha).

    2. Pedir que os alunos liguem o alimento da coluna da esquerda ao desenho que

    representa de onde vem na coluna da direita.

    3. Os alunos podero pintar preenchendo todos os desenhos em branco.

    Materiais:

    Folha ofcio

    Canetinha, lpis de cor e giz de cera

    Pblico alvo: alunos de 2 a 6 anos.

    Tempo previsto: 15 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem saber a origem de alguns alimentos.

    (Adaptado de MARTINS, 2001)

    3.6.1.31 Em busca dos alimentos

    Objetivo: Auxiliar as crianas a discernir alimentos do que no so alimentos.

  • lxiv

    Metodologia:

    1. Fazer desenhos sem preenchimento em uma folha alimentos como laranja, coxa de

    galinha, cenoura, caixa de leite e cereal matinal e no-alimentos como escova de

    cabelo, dados, livro e sapatos.

    2. Reproduzir para todos os alunos.

    3. Explicar aos alunos a diferena entre alimentos de origem vegetal e animal.

    4. Pedir que cada criana pinte somente o que for alimento.

    Materiais:

    Folha ofcio

    Canetinha, lpis de cor e giz de cera

    Pblico alvo: alunos de 2 a 6 anos.

    Tempo previsto: 20 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem saber diferenciar os alimentos do que

    no so alimentos.

    (Adaptado de MARTINS, 2001)

    3.6.1.32 Descobrindo os alimentos de fonte vegetal e animal

    Objetivo: Auxiliar as crianas a discernir alimentos de fonte vegetal dos alimentos de fonte

    animal.

    Metodologia:

    1. Em uma folha, fazer desenhos sem preenchimento de alimentos de fonte vegetal de

    fonte animal;

    2. Reproduzir para todos os alunos;

  • lxv

    3. Explicar aos alunos a diferena entre alimentos de origem vegetal e animal.

    4. Pedir que cada criana pinte de verde alimentos de fonte vegetal e de vermelho os

    de fonte animal.

    Materiais:

    Folha ofcio

    Canetinha, lpis de cor e giz de cera

    Pblico alvo: alunos de 2 a 6 anos.

    Tempo previsto: 20 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem saber diferenciar os alimentos de fonte

    vegetal dos alimentos de fonte animal.

    (Adaptado de MARTINS, 2001)

    3.6.1.33 Sesso de cinema

    Objetivo: provocar nos alunos reflexo sobre as escolhas alimentares, a imagem corporal

    ao longo da histria, evoluo dos hbitos alimentares etc.

    Metodologia:

    1. Colocar para os alunos assistirem algum filme ou vdeo que provoque reflexo

    sobre nutrio. Sugestes: "Como gua para chocolate"; "Chocolate"; "Casamento

    Grego"; "Casamento de Muriel"; "O Banquete de Vatel"; "A festa de Babete";

    Super Size Me.

    Materiais:

    Filme ou vdeo

  • lxvi

    Televiso

    Aparelho de DVD ou vdeo cassete

    Pblico alvo: alunos de 6 anos.

    Tempo previsto: 2 horas/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem despertar conscincia sobre o tema do

    filme relacionando a nutrio.

    (Adaptado de PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO, 2000 (c))

    3.6.1.34 Fazendo compras no supermercado

    Objetivo: Provocar reflexo nos alunos sobre suas escolhas alimentares e verificar os

    hbitos.

    Metodologia:

    1. Fazer cpias de dinheiro falso e entregar para os alunos quantidades iguais;

    2. Simular um supermercado onde os alunos faro compras com um valor em reais

    pr-estabelecido;

    3. Avaliar a proporo de alimentos saudveis e alimentos que ofeream risco sade

    e anotar os dados.

    Materiais:

    Alimentos saudveis (frutas, legumes, verduras, arroz, feijo, macarro, carnes,

    peixes, aves, gua, sucos, biscoitos integrais e simples, leite, cereais matinais,

    pes...)

    Guloseimas (balas, doces, biscoitos recheados, salgados, batatas chips...)

    Pblico alvo: alunos de 5 a 6 anos.

  • lxvii

    Tempo previsto: 30 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem refletir sobre suas escolhas alimentares e

    o profissional analisar os dados obtidos.

    (Adaptado de PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO, 2000 (c))

    3.6.1.35 O Dia da Gostosura

    Objetivo: Incentivar a variedade alimentar e incluso de novos alimentos.

    Metodologia:

    1. Cada aluno deve trazer um alimento que nunca comeu;

    2. Os alimentos devem ser expostos de modo atraente e os alunos devem ser

    estimulados a provar alguns deles;

    3. Discutir com a turma sobre a possibilidade de incluir novos alimentos em seus

    hbitos.

    Materiais:

    Guardanapos

    Copos

    Talheres

    Pratos descartveis

    Pblico alvo: alunos de 2 a 6 anos.

    Tempo previsto: 30 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem incluir alguns alimentos novos em seu

    hbito.

    (Adaptado de PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO, 2000 (c))

  • lxviii

    3.6.1.36 Colando os gros

    Objetivo: Explorar o alimento, observando caractersticas fsicas e modo de consumo do

    gro.

    Metodologia:

    1. Pedir que os alunos colem em uma folha diversos tipos de gros secos: milho, feijo

    (os vrios tipos), amendoim, ervilha, lentilha, arroz (os vrios tipos), canjica, trigo,

    etc.

    2. Observar as caractersticas fsicas de cada gro bem como seu modo de consumo.

    Materiais:

    Gros secos variados como: milho, feijo (os vrios tipos), amendoim, ervilha,

    lentilha, arroz (os vrios tipos), canjica, trigo, etc.

    Folha de papel

    Cola

    Pblico alvo: alunos de 2 a 4 anos.

    Tempo previsto: 30 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem saber identificar diversos tipos de gros.

    (Adaptado de PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO, 2000 (a))

    3.6.1.37 Livro de receitas

    Objetivo: incentivar os alunos a se interessarem pelos ingredientes, pr-preparo e preparo

    dos alimentos.

    Metodologia:

  • lxix

    1. Dividir a turma em dois grupos, sendo um grupo para receitas de preparaes de

    grandes refeies (almoo e jantar) e outro para receitas de preparaes de pequenas

    refeies (caf da manh e lanche);

    2. Pedir que cada aluno leve para a sala duas receitas de preparaes que gostem e que

    so saudveis, correspondentes ao seu grupo;

    3. Montar um grande livro de receitas, dividindo em receitas para grandes refeies e

    para pequenas refeies;

    4. Deixar que cada aluno leve um dia para casa o livro de receitas da turma.

    Materiais:

    Receitas recortadas de jornais ou revistas ou copiadas de livros ou feitas pela

    famlia e amigos.

    Folhas de papel

    Cola

    Furador de papel

    Fita de cetim para juntar as recitas

    Pblico alvo: alunos de 4 a 6 anos.

    Tempo previsto: 30 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem estar interessados pelos ingredientes,

    pr-preparo e preparo de preparaes.

    (Adaptado de PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO, 2000 (a))

    3.6.1.38 As regies do Brasil

  • lxx

    Objetivo: Explicar aos alunos algumas caractersticas da alimentao das diversas regies

    do Brasil.

    Metodologia:

    1. Pesquisar na comunidade ou na prpria turma, pessoas que vieram de outras regies

    brasileiras ou que tenham parentes em tal situao.

    2. Incentivar o relato de experincias e o conhecimento de outros hbitos alimentares,

    gneros e pratos tpicos.

    Materiais: no requer

    Pblico alvo: alunos de 4 a 6 anos.

    Tempo previsto: 30 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os alunos devem saber algumas caractersticas da

    alimentao das diversas regies do Brasil.

    (Adaptado de PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO, 2000 (a))

    3.6.1.39 Visita feira

    Objetivo: favorecer o conhecimento pelos alunos de alguns alimentos que no

    participavam de seu hbito alimentar.

    Metodologia:

    1. Organizar visita at a feira ou supermercado;

    2. Os alunos devem anotar o nome de frutas, legumes e outros alimentos que no

    conhece, pesquisar em casa sua forma de consumo;

    3. Apresentar aos colegas sua pesquisa.

    Materiais:

    Pranchetas

  • lxxi

    Folhas de papel

    Canetas

    Pblico alvo: alunos de 5 a 6 anos.

    Tempo previsto: 30 minutos/sala

    Avaliao: Ao final da dinmica os a