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 ESTE LIVRO TEM O  APOIO DA AA30470C  AA30470C COVER POR D ENNIS  P . C URTIN  - S EGUNDA  E DIÇÃO Manual de Fotograa Digital APOIO

Manual de Fotografia Digital.pdf

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Un manual para desarrollar el "ojo y la imaginación fotogtáficos"

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  • EstE livro tEm o apoio da

    AA30470C

    aa30470C

    Cover

    Por D e n n i s P . C u r t i n - segunDa eDio

    Manual deFotografia Digital

    aPoio

  • EstE livro tEm o apoio da

    http://www.photocourse.com/itext/copyright/circ01.pdf

    ISBN: 1-928873-75-8

    Copyright (dirEitos dE autor)

    Se desejar pode imprimir este livro, mas esta edio em PDF eText inclui algumas hiperligaes devidamente assinaladas.

    PubliCaes shortCourses e PhotoCourses

    AShortCourses e o site PhotoCourse.com, so uns dos mais importantes editores de livros, manuais e guias simples de cmaras especficas. Os livros da PhotoCourse e da ShortCouses so utilizados por centenas de escolas, adultos e programas comunitrios de

    educao, bem como pela maioria das empresas de cmaras e programas de instruo policial e militar.

    Esta edio em lingua portuguesa da responsabilidade da Goody S.A.

    ContaCto/informaes

    ShortCourses.com 16 Preston Beach Road Marblehead, Massachusetts 01945 E-mail: [email protected]

    nota De CoPyright (Direitos De autor)

    Copyright 2007 de Dennis P. Curtin. Todos os direitos reservados. Impresso nos Estados Unidos da Amrica.Com a excepo do permitido pelo decreto-lei de Copyright dos Estados Unidos da Amrica, de 1976, esta publicao, ou o recurso s hiperligaes nela integrados, no pode ser reproduzidos na integra ou em partes, nem distribudos, independentemente do meio ou da forma, ou colocada numa base de dados ou sistema de extraco, sem a prvia permisso por escrito da editora.

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    utilizao dEstE tExto numa sala dE aulas

    utilizao Deste texto numa sala De aulas

    OPhotoCourse.com foi instaurado pelo ShortCourses.com para desenvolver e publicar contedos acessveis e de alta qualidade sobre fotografia digital, quer para o estudo escolar quer independente. Com os textos sobre fotografia de editoras tradicionais a exceder os 50, a altura de experimentar uma nova abordagem, altura da era digital colorida, animada e disponvel na integra em PDF eTexts, que pode ser visualizado em qualquer computador atravs do software gratuito Adobe Acrobat Reader. Os documentos em eTexts e PDF vieram revolucionar os negcios editorial e de impresso de vrias formas, incluindo as seguintes:

    Actualizao. Desde que no sejam necessrias actualizaes de fundo, os contedos podem ser revistos e actualizados sempre que necessrio, e no apenas nos prazos previstos de 2 ou trs anos. Numa rea em rpido crescimento como a fotografia digital, estas revises frequentes so muitas vezes necessrias para manter os contedos actualizados.

    Distribuio e impresso. As editoras de manuais funcionam com base num sistema de impresso e distribuio. Isso significa que correm grandes riscos, investem milhes de dlares em marketing, promoo, armazenamento, transporte e custos de publicidade. Todos esses custos acabam por ser suportados pelos alunos, ou outros utilizadores. O novo modelo utilizado neste eText (texto electrnico), no precisa de distribuio nem impresso. Desta forma, os contedos so distribudos electronicamente, a nvel mundial, e impressos apenas consoante as necessidades do utilizador.

    Impresso medida. Em vez da impresso em massa, o modelo de impresso medida baseia-se na impresso dos contedos apenas quando necessrios neste caso, pode imprimir apenas as pginas ou captulos que esto a ser estudados na altura. J no necessrio carregar uma mochila cheia de livros e, se os contedos se perderem ou danificarem, basta imprimir uma nova cpia. Nada mais simples.

    Contedos distncia de um click. A edio em eText deste texto permitindo-lhe a ligao a outros recursos de aprendizagem na Internet, ou a animaes. Atravs do eText pode clicar em botes para aceder a outros contedos, disponveis na pgina Web PhotoCourse.com. Para isso, basta ter uma ligao Internet.

    Botes para animaes. Se estiver a utilizar a edio impressa deste texto pode aceder s animaes, em Ingls, em www.photocourse.com/itext/pdf/pdf.pdf.

    Este texto d-lhe a conhecer o panorama completo da fotografia digital e inclui os seguintes tpicos:

    Cmaras e imagens digitais (Captulo 1) Fluxo de trabalho digital (Captulo 2) Controlos da cmara e fotografia criativa (Captulo 36) Flash e iluminao de estdio (Captulo 7-8) Partilhar e visualizar imagens digitais (Captulo 910) Explorar para alm das convencionais imagens estticas (Captulo 11)

    iii

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    As tabuletas das lojas de fotografia rapidamente passaram a anunciar a impresso de ficheiros digitais em vez da revelao de rolos. A partir de hoje, a pintura est morta! proferiu o pintor Paul Delaroche, quando viu o primeiro daguerretipo, em 1839. Estava enganado, mas poderemos reformular a sentena para A partir de hoje, o filme est morto!

    prEfCio

    PrefCio

    Ninda h pouco tempo, um curso de Fotografia Digital, por norma, implicava um curso de Photoshop. medida que as cmaras se tornaram cada vez mais populares, o curso de introduo tornou-se partida digital, uma vez que, actualmente,

    a aprendizagem da fotografia comea com a utilizao de uma cmara digital. Com o amadurecimento desta nova era da fotografia digital, no tardar at que o termo digital na fotografia digital acabe por se tornar redundante. Ele ser assumido partida, j que esse ser o meio pelo qual a grande maioria da fotografia ser obtida. Uma das principais razes para esta rpida passagem da imagem em pelcula para o digital deve-se ao facto de a fotografia estar inserida num mundo que se tornou digital. Para tirar o mximo partido deste mundo digital onde vivemos, os fotgrafos tambm precisam de ser digitais. Por enquanto, captar imagens em filme e depois digitaliz-las uma soluo. No entanto, este processo caro e moroso. As cmaras digitais acabam com essas limitaes e captam partida imagens num formato digital universalmente reconhecido, o que torna mais fcil a sua visualizao e partilha. Pode inserir fotografias digitais em documentos do Word ou em apresentaes em PowerPoint , imprimi-las praticamente em qualquer suporte, envi-las por e-mail, integr-las num slide show para serem vista na TV, public-las numa pgina Web onde qualquer pessoa no mundo pode v-las e at mesmo grav-las a laser em vidro ou em granito. Uma cmara digital, um computador e uma ligao de alta velocidade Internet tornam cada um de ns um membro de uma rede, ou comunidade em expanso, de fotgrafos e visualizadores.

    Da mesma forma que as imagens digitais tornam mais simples a integrao de fotos em muitas outras coisas que fazemos, a tecnologia digital torna mais fcil combinar cmaras com outros dispositivos. Uma das tendncias actuais, consiste em integrar cmaras em telemveis e outros dispositivos mveis. Atravs de apenas alguns botes, pode captar uma imagem e envi-la imediatamente por e-mail ou public-la numa pgina Web. No demorar at haver cmaras digitais em qualquer lado, e a qualquer hora. Que impacto isso ter nas fotografias, ainda no sabemos ao certo, mas se a histria no mente, em breve as pessoas vo descobrir formas prticas, criativas e at artsticas de utilizar estas novas ferramentas.

    A evoluo tecnolgica sempre abriu novas oportunidades e apresentou diferentes abordagens que alteraram a forma como as imagens so vistas e utilizadas. Por exemplo, a introduo de uma cmara Leica de 35 mm, em 1930, representou uma mudana revolucionria, que facilitava a captura de objectos em movimento. As imagens tornaram-se mais espontneas e fluidas, bem diferentes das imagens de poses formais conseguidas com cmaras grandes e incmodas. As cmaras mais pequenas permitiram aos fotgrafos captar discretamente a vida nas ruas e as pessoas em movimento, sem interferir no curso da aco com a sua simples presena. A realidade pde ento ser captada inaltervel e sem encenaes. Num futuro prximo, com cmaras incorporadas em praticamente todos os telemveis, isso ter um impacto ainda maior. Apesar de ter sido quer a disponibilidade imediata quer a flexibilidade da fotografia digital a tornar o sistema to popular, h um aspecto que raramente mencionado: a nova liberdade que isso nos d para explorar a fotografia criativa.

    Em 1870, quando William Henry Jackson transportava, numa mula, negativos de vidro de 20 x 24 cm ao logo do West americano, a sua hesitao

    ExpErimEntE com filmE!

    No Vero de 2003, a Associated Press noticiou que um rapaz de 15 anos denunciou um rapto utilizando o seu telemvel para captar fotos do indivduo e da matrcula do seu carro. O homem foi detido no dia seguinte.

    Um homem encalhado numa massa de gelo flutuante, durante uma expedio ao Polo Norte, tirou uma fotografia digital pista de mil ps que tinha escavado mo e enviou-a por e-mail equipa de salvamento areo, mostrando-lhes que era possvel uma aterragem.

    iv

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    http://www.photocourse.com/itext/glossary/glossary.pdf

    antes de tirar uma fotografia era natural. Ele tinha de montar uma cmara escura, sensibilizar a placa de vidro, expor a imagem, revelar o negativo e depois desmontar e voltar a empacotar todo o material. Ns podemos no carregar placas de vidro do tamanho de uma janela, mas continuamos a hesitar antes de captar uma imagem. Fazemos sempre a mesma pergunta mentalmente valer a pena?. Subconscientemente avaliamos os custos, o tempo, o esforo e por a fora. Durante esse momento decisivo, muitas vezes perdemos a oportunidade para registar aquela imagem ou somos incapazes de experimentar coisas novas.

    Perdemos a oportunidade de evoluir criativamente e optamos por ficar por algo que nos familiar e j fizemos anteriormente. Surpreendentemente, Jackson teve uma grande vantagem que perdemos durante algum tempo. Se uma imagem no sasse, ou se no tivesse mais placas de vidro, podia simplesmente raspar a emulso de um negativo j exposto, voltar a sensibilizar a placa e tentar novamente. A fotografia digital, para alm de eliminar a velha questo ser que vale a pena?, tambm nos faz retomar essa era em que o suporte podia ser continuamente reutilizado (e nem precisamos de uma mula para carregar o material). Entregue a cmara a uma criana, aborde ngulos inslitos e originais, dispare sem olhar pelo visor e ignore todas as ideias preconcebidas sobre como fotografar. Poder surpreender-se com as suas fotos ao explorar esta nova era dos disparos sem limites.

    As cmaras digitais surgiram apenas h alguns anos e estamos apenas no despontar desta nova era. Onde ela nos pode levar, ningum sabe ao certo, mas inevitvel o entusiasmo de participar neste mundo em constante mutao. Assim que comear a explorar o terreno, j estar rodeado desta linguagem tcnica, mas, na verdade, grande parte dela pode obviamente ser ignorada. Para demonstrar que na verdade h coisas que nunca mudam, aqui fica algo que Jacob Deschin, o fotgrafo editor do New York Times, escreveu em 1952 sobre a nova era, quando a Leica veio revolucionar a fotografia:

    Quando o 35 mm atingiu o auge, os fotgrafos de prestgio transformaram-se, de um dia para o outro, em autnticos peritos do novo suporte falando com vontade do gro pequeno e das grandes ampliaes possveis. Na verdade, eles precisavam de o fazer, em legtima defesa, pois, para quem tinha dominado anteriormente a tcnica de miniaturas, parecia importante ser tecnicamente entendido, pelo menos nas conversas. As imagens no interessavam realmente! Mas apesar desse vazio, muitas coisas boas vieram superfcie e exerceram uma influncia benfica na fotografia em geral.

    prEfCio

    A Leica original mudou a forma como os fotgrafos captavam as suas imagens e agora, com a M8, isso tambm se aplica ao digital.

    A vantagem de uma cmara no se resume ao seu poder em transformar o fotgrafo num artista, mas no impulso que esta lhe d para continuar a olhar, e a olhar.

    Brooks Atkinson Once Around the Sun

    v

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    ContEdos

    capa...ipublicaes Shortcourses e photocourse...iiUtilizao deste texto numa sala de aulas...iiiprefcio...iVcontedos...Vilista de Animaes e Extenses...Viii

    Captulo 1 Cmaras e Imagens DIgItaIs...9

    no incio...10O que uma Fotografia Digital...11Fotografia Digital O Passado e o Futuro...12Porqu o Digital? ...14Tipos de Cmaras Digitais...15O comeo Tirar fotos em Modo Automtico...19Os Controlos da Cmara...21Enquadrar Imagens...22Capturar Imagens...25Fotografia Contnua...26Modo de Reproduo...27Quando as coisas correm mal...28Sensores de Imagem - Introduo...29Sensores de imagem - tipos...30Sensores de Imagem Tamanho da Imagem...31Sensores de Imagem Tamanhos e Propores (Aspect

    Ratios)...35Sensores de Imagem Sensibilidade e Rudo...37Sensores de Imagem Afinal tudo a Preto e

    Branco...38Sensores de Imagem Limpeza...41

    Captulo 2 Fluxo De trabalho DIgItal ...42

    Fluxo de Trabalho Digital...43Formatos de Imagem...44Dispositivos de Armazenamento da Cmara...48como so armazenadas as imagens na cmara e no

    Computador...50Transferir Imagens...53Armazenar Imagens No seu Sistema...56Armazenar Imagens Na Rua...59Organizar os seus Ficheiros de Imagem...60Gestores de Imagem...61Avaliar as suas Imagens Bsico...66Avaliar as suas Imagens Histogramas...69Edio Fotogrfica Edio Geral...73Edio Fotogrfica Edio Local...78Gesto de Cor Modelos de Cor e Espaos de Cor...80Gesto de Cor O Fluxo de Trabalho...82

    Captulo 3 Controlar a exposIo...85

    A Importncia da Exposio...86Como que a Exposio afecta as suas Imagens...87Controlos de Exposio O Obturador e a Abertura...88Controlos de Exposio Porqu tantas opes?...89Modos de Exposio...90Usar os Modos de Cena...91O Obturador Controla a Luz e o Movimento...92A Abertura controla a luz e a profundidade de

    Campo...95Utilizar a Velocidade do obturador e a Abertura em

    Simultneo...97Como Funciona o seu Sistema de Exposio...99Quando a Exposio Automtica resulta...103

    Quando Ignorar a Exposio Automtica...104como funciona a prioridade Exposio

    Automtica...108Como avaliar a Exposio Automtica...109

    Captulo 4 Controlar a nItIDez...112

    Eliminar o Desfoco Provocado pelo Movimento da cmara...113

    Estabilizao de Imagem...115Aumentar a Sensibilidade (ISO)...116A nitidez no tudo...117Como fotografar Movimento com Nitidez...118Focagem O plano de foco principal...120Focagem reas de Foco...121Foco - Tcnicas...122Profundidade de Campo...125Crculos de Confuso...126Controlar a Profundidade De Campo...127Utilizar a Profundidade de Campo Mxima...128Utilizar uma profundidade de campo curta...130Captar a Expresso do Movimento...131

    Captulo 5 Captar luz e Cor...132

    De Onde Vem a Cor?...133Balano de Brancos...134O Balano de Brancos e a Hora do Dia...138Nascer e Pr-do-sol...139Condies Meteorolgicas...141Fotografar Noite...143A Direco da Luz...145A Qualidade da Luz...147

    Captulo 6 CompreenDer as objeCtIvas...149

    Introduo s Objectivas...150Compreender a Distncia Focal...151Objectivas Zoom...154Distncia Focal Normal...155Distncia Focal Curta...156Distncia Focal Longa...158Retratos e Distncia Focal...160Modo Macro e Objectivas Macro...161A Perspectiva numa Fotografia...163Acessrios para Objectivas...164

    Captulo 7 FotograFIa Com o Flash Da Cmara...165

    Potncia e Alcance do Flash...166Sincronizao do flash e Velocidades de

    Obturao...167Flash Automtico...168Reduo de Olhos Vermelhos...169Utilizar o Flash de Enchimento...170Flash Desligado...171Utilizar o Flash de Sincronizao Lenta...172Controlar a Exposio do Flash...173Utilizar um Flash Externo...175Flash Externo e Acessrios...177

    Captulo 8 FotograFIa De estDIo...178

    Utilizar a Iluminao Contnua...179Utilizar a Iluminao do Flash...181

    Contents

    vi

  • EstE livro tEm o apoio da vii

    ContEdos

    Ligar a Cmara s Luzes de Estdio...182Compreender a Luz Dura e Suave...183Utilizar Cartes de Enchimento e Reflectores...185Utilizar Difusores...187Outros Controlos de Iluminao...189Colocar tudo junto Exposio e Balano de

    Brancos...190Escolher um Plano de Fundo...192Posicionar a Cmara...194Retrato e Fotografia de Produto - Introduo...197A Luz Principal...198A Luz de Enchimento...199A Luz de Fundo...200A luz de Recorte...201Pensar a sua Fotografia...202

    Captulo 9 exIbIr e partIlhar Fotos no eCran ...204

    Enviar Fotos E-mail...205Enviar Fotos Mensagens Instantneas...207A luz de Recorte...201Slide Shows - Na TV...209Slide Shows No Ecr do Computador...212Slide Shows Edio e Arranjo...213Formatos de Ficheiros O ajuste final...217Slide Shows Projectores Digitais...218Slide Shows Molduras Digitais...220Publicar as Suas Fotos eBooks...224publicar as Suas fotos pginas de partilha de

    Fotos...227publicar as Suas fotos A Sua prpria pgina

    Web...231Publicar as Suas Fotos Blogs Fotogrficos...233Publicar as Suas Fotos RS...235Entretenimento pessoal Gestores de Wallpapers e

    Fundos do Ambiente de Trabalho...236Entretenimento Pessoal Proteco do Ecr...237

    Mapear as suas Fotos...238

    Captulo 10 exIbIr e partIlhar Fotos Impressas...241

    Como so Impressas as Fotos a Cores...242Imprimir Online...244Imprimir Na loja...246Imprimir Localmente...247Imprimir Faa voc mesmo...248Jacto de Tinta Papis de Impresso...252Jacto de Tinta Tinteiros...257Jacto de Tinta Durabilidade...258Emoldurar e Montar de Impresses...259Emoldurar, Pendurar e Arquivar Impresses...261Livros de Fotografia Faa voc mesmo...263Livros de Fotografia Mandar Fazer...265lbuns Ilustrados...268Fotos em Tecido...269Fotos em Superfcies Lisas...271Presentes Fotogrficos e Originalidade...272Gravao Laser e Cermica...274

    Captulo 11 para alm Da Imagem esttICa...275

    Fotografia Panormica...276Fotografia Estereoscpica...279Animaes...282Captar vdeos...284Efeitos de Panning e Movimento com Zoom...285Metamorfose286Fotografia Lenticular Impresses em movimento...287Livros de Imagens Animadas Animaes

    Portteis...289Fotografar a Preto e Branco e com Infravermelhos...290Viso Nocturna...292Fotografia Pin Hole (Estenopeica)...294

  • EstE livro tEm o apoio daviii

  • EstE livro tEm o apoio da

    Captulo 1 Cmaras e Imagens Digitais

    As imagens digitais so formadas por minsculos pontos de cor. Esses pontos, que normalmente existem aos milhes numa imagem, so to pequenos e esto to juntos que se combinam e transformam nos tons suaves e contnuos que estamos habituados

    a ver nas fotografias captadas em filme. As imagens digitais podem ser captadas directamente com cmaras digitais, ou atravs da digitalizao de transparncias, negativos, ou provas impressas. O resultado final uma imagem num formato universalmente reconhecido, que pode ser facilmente manipulado, distribudo e utilizado. Este formato digital de imagem, e em particular o desenvolvimento da Internet, abriram novas portas para a fotografia, como mostraremos neste texto. Vamos comear por dar uma vista de olhos s cmaras e imagens digitais. Neste captulo encontrar as bases para a compreenso da fotografia digital.

    Capitulo 1. Cmaras E imagEns digitais

  • Captulo 1. Cmaras E imagEns digitais

    10 EstE livro tEm o apoio da

    http://www.photocourse.com/itext/boxcamera/

    Abu Ali Hasan Ibn al-Haitham, tambm conhecido Alhazen, que vemos nesta nota de 10.000 dinares iraquianos, apresentou a primeira explicao correcta sobre a viso, demonstrando que a luz reflectida para os olhos a partir de um objecto. Ele afirmou ter inventado a camera obscura.

    As cmaras foram descobertas antes da fotografia. Centenas de anos antes de conseguirem registar directamente as imagens, as pessoas j viam as imagens projectadas.

    No INcIo

    Muito antes da descoberta da fotografia, os artista j utilizavam cmaras escuras (ou camera obscuras, em Italiano). A luz entrava na cmara atravs de uma pequena abertura, chamada pinhole (buraco de agulha ou orifcio estenopeico), projectando uma imagem de uma cena na parede oposta.

    Inicialmente, estas cmaras especiais eram desenhadas apenas para demonstrar este fenmeno mgico mas, no sculo XVI, os artistas italianos diminuram o tamanho das enormes cmaras e criaram caixas portteis, substituindo os buracos de agulha por uma objectiva, adicionando um espelho para inverter a imagem e uma superfcie de vidro translcido onde a imagem era projectada e visualizada. Desta forma podiam desenhar manualmente as imagens projectadas.

    Mas Henry Fox Talbot pretendia captar directamente as imagens e, foi esse impulso que, mais tarde, levou inveno da fotografia. No entanto, apesar das enormes evolues tecnolgicas ao longo dos anos, a caixa escura e as objectivas continuam a ser as bases da fotografia moderna.

    Esta a vista de uma cmara fotogrfica. Com os seus foles flexveis removidos, podemos ver o vidro, que funciona como o plano de focagem e que, quando se tira a fotografia, substitudo por pelcula ou por um sensor digital. A objectiva projecta a cena invertida nesse plano. Imagem cortesia HP.

    Clique para ver como que todas as cmaras so caixas escuras.

  • 11 EstE livro tEm o apoio da

    http://www.photocourse.com/itext/dots/

    o que uma FotograFIa DIgItal

    Este livro sobre fotografia digital e pretende ajudar a compreender o produto final, logo, a questo emergente : saber o que uma fotografia digital propriamente dita. Basicamente, tudo se resume a pontos. As fotografias sempre foram compostas por minsculos pontos, quer se trate dos sais de prata da pelcula, quer dos pontos de tinta de uma pgina impressa. As cmaras digitais simplesmente levaram este princpio a um novo nvel, convertendo electronicamente uma cena em milhes de pontos quase instantaneamente, e utilizando depois o poder do computador para os organizar, editar, melhorar, armazenar e distribuir.

    Nas fotografias digitais, os milhes de pontos captados pela cmara so chamados de pictures elements (elementos da imagem) comummente conhecidos por pxeis. Tal como os Pontilhistas pintavam belssimas cenas com pequenas gotas de tinta, o seu computador e a sua impressora utilizam estes pxeis minsculos para apresentar ou imprimir fotografias. Para as apresentar, o computador divide o ecr numa grelha de pxeis, em que cada um desses pxeis composto por um ponto vermelho, um verde e um azul chamados subpxeis. Depois, utiliza os valores contidos na fotografia digital para especificar o brilho de cada um dos trs subpxeis, e essa combinao d-nos a percepo do pxel como uma cor nica. As provas impressas so obtidas por um processo semelhante, mas utilizam diferentes definies de cores, e por cada pxel so misturados mais pontos. Para ver estes pontos com os seus prprios olhos, utilize uma lupa para examinar o monitor do seu computador ou uma fotografia a cores numa revista, livro, ou jornal. Em alternativa utilize um programa de edio fotogrfica para ampliar uma imagem no ecr at que os pxeis apaream.

    Esta reproduo da famosa pintura The Spirit of 76, foi feita com gomas jelly beans. Imagine cada uma dessas gomas como um pixel, e ver que fcil perceber como que os pontos ou os pxeis podem formar imagens. Jelly Bean Spirit of 76, cortesia de Herman Goelitz Candy Company, Inc - Fabricante de gomas (jelly beans) Jelly Belly.

    Clique para ver como que os pxeis so impressos atravs de pontos de tinta com diferentes cores.

    Aqui, temos uma fotografia de um globo ocular (em cima), com os pxeis visveis (ao centro) e como na impresso (em baixo). Imagem cortesia webweaver.nu.

    o quE uma FotograFia digital

  • Captulo 1. Cmaras E imagEns digitais

    12 EstE livro tEm o apoio da

    FotograFIa DIgItal o PassaDo e o Futuro

    No foi h muito tempo que muitos de ns ficaram ao corrente da existncia da fotografia digital (cerca de 1995). Esse foi o ano em que a Apple QuickTake 100 e a Kodak DC40 foram lanadas para o mercado, com preos relativamente acessveis. Estas cmaras, ainda parecidas com as de filme, captavam imagens muito pequenas, mas foram um sucesso imediato. Algumas pequenas empresas, agentes imobilirios e de seguros, e outros consumidores vidos por novidades, rapidamente se interessaram por elas. Elas tornaram-se de tal forma populares que, a estes modelos iniciais, logo se seguiu o lanamento de cmaras de outros fabricantes como a Casio, a Sony, a Olympus, entre outros. A corrida continuou e esta enchente de novas cmaras est cada vez mais acelerada. As coisas evoluram to rapidamente que, pelo mesmo dinheiro que anteriormente podamos comprar uma daquelas novidades, agora possvel comprar cmaras com um rol infindvel de caractersticas e especificaes, como vdeo, som e controlos de nvel profissional, que captam imagens vinte vezes maiores.

    Estas primeiras cmaras de consumo no evoluram isoladamente. As cmaras profissionais, baseadas nas cmaras de filme, mas com sensores de imagem para captar imagens digitais, cresceram em popularidade no meio profissional. No entanto, os preos eram demasiado elevados, o que as tornava acessveis apenas a uma elite. A Kodak lanou tambm o Photo CD, permitindo aos fotgrafos digitalizar as suas coleces de negativos e diapositivos a baixo custo. O processo fez sucesso entre os profissionais mas entre os amadores no foi to bem aceite como a Kodak previra. Entretanto, as reas editorial, da publicidade, da medicina, e muitas outras, adoptaram o digital. As imagens digitais rapidamente conquistaram esses ramos, por poderem ser instantaneamente visualizadas, enviadas por e-mail, ou inseridas em documentos. Inicialmente, foram sobretudo os profissionais que conduziram mudana da pelcula para o digital, mas no tardou at que a maioria dos consumidores seguissem a mesma direco. Actualmente, a indstria de pelcula j no est no seu auge, ao invs, est a esmorecer continuamente.

    Mas, dada a escala desta mudana, como que tudo isso passou a pertencer ao passado?

    Esta ilustrao mostra o tamanho proporcional das fotografias captadas com as primeiras cmaras digitais (pequena) e com os modelos mais recentes (grande).

    A cmara digital Canon EOS DCS 3, foi lanada em Julho de 1995 e captava imagens de 1,3 megapxeis. Custava cerca de 17 000 dlares.

    A cmara digitalCanon PowerShot 600, foi lanada em Julho de 1996 e captava imagens com 500 pxeis. Custava mais de 1 000 dlares.

    Willard Boyle ( esquerda) e George Smith ( direita). Cortesia da Lucent Technologies.

  • 13 EstE livro tEm o apoio da

    http://www.photocourse.com/itext/dc40/DC40.pdf

    George Smith e Willard Boyle, do Bell Labs, foram os co-inventores do sensor CCD (chage-coupled device) e os grandes responsveis pela mudana mas, na verdade, nunca tiveram o merecido reconhecimento pblico. Na altura estavam a tentar criar um novo tipo de memria semicondutor para computadores. Secundariamente, havia a necessidade de desenvolver uma cmara com circuito integrado para utilizar em servios de vdeo-telefone. No espao de uma hora, a 17 de Outubro de 1969, fizeram o esboo da estrutura bsica do CCD, definindo os seus princpios operacionais e aplicaes gerais, incluindo a formao da imagem e a memria.

    Por volta de 1970, os investigadores dos Bell Labs incorporaram o CCD na primeira cmara de vdeo com circuito integrado. Em 1975, deram a conhecer a primeira cmara CCD com uma qualidade de imagem suficientemente boa para emisso televisiva. Os sensores CCD rapidamente viriam a revolucionar o fax, o scanner, as fotocopiadoras, os cdigos de barras e os campos da fotografia mdica. Uma das aplicaes mais representativas e exigentes foi a astronomia. Desde 1983, quando os telescpios foram pela primeira vez equipados com cmaras de circuito integrado, os sensores CCD permitiram aos astrnomos estudar objectos mais aperfeioadamente. Com eles, era possvel obter uma nitidez milhares de vezes superior das chapas fotogrficas mais sensveis, bem como, capturar em segundos imagens que levariam horas a ser registadas em pelcula.

    Actualmente, todos os observatrios pticos, incluindo o Hubble Space Telescope, contam com sistemas de informao digital, construdos com base nos mosaicos dos sensores CCD.

    Os investigadores de outras reas integraram os CCD em aplicaes to diversas como na observao de reaces qumicas em laboratrios e no estudo da fraca luminosidade emitida pelos jorros de gua quente, expelidos pelas aberturas da crosta ocenica. As cmaras CCD tambm foram utilizadas na observao da Terra via satlite, para controlo ambiental, inspeco e vigilncia.

    A qualidade de imagem foi incrivelmente melhorada ao longo dos anos e, actualmente, a maioria das pessoas est satisfeita com a qualidade e com a nitidez das suas fotos. Por esta razo, a batalha do marketing, sobretudo no que respeita s cmaras de apontar-e-disparar ou cmaras de bolso, centra-se sobretudo nas caractersticas e especificaes. Visto que as cmaras digitais so semelhantes a computadores, os fabricantes podem program-las para fazer todo o tipo de coisas que as antigas cmaras mecnicas jamais poderiam fazer. Elas so capazes de identificar rostos numa cena para foc-los, detectar e eliminar olhos vermelhos, ou permitir ao utilizador ajustar as cores e os tons das suas imagens. Algures na infindvel lista de possveis caractersticas, haver um ponto de viragem em que a complexidade das funcionalidades ser tal que ultrapassar a utilidade

    das mesmas, tornando-as desnecessrias. Provavelmente j chegamos a esse ponto, ou at j o tenhamos ultrapassado. Quando se informa sobre o rol de funcionalidades, experimente perguntar a si mesmo se usar realmente essas funes e qual o grau de controlo que pretende ter sobre a sua cmara. Ao avaliar as funes, tenha em mente que muitas das fotografias mais marcantes da histria da fotografia foram registadas com cmaras que apenas permitiam controlar o foco, a abertura do diafragma e a velocidade do obturador.

    A fotografia digital comeou por ser aplicada em astronomia, e continua a ser utilizada nessa rea. Aqui est uma imagem fantstica das colunas de gs, em Eagle Nbula. O pilar maior ( esquerda) est a cerca de quatro anos-luz de distncia da base. No interior esto a formar-se estrelas embrionrias. Crdito: Jeff Hester e Paul Scowen (Universidade do Estado de Arizona) e NASA(http://hubblesite.org).

    Agora, com as cmaras integradas em telemveis, como o Apple iPhone, possvel captar fotos e envi-las a um amigo, ou public-las numa pgina Web. Imagem cortesia da Apple.

    Crdito

    O material desta seco, relativo a Willard Boyle e George Smith, adaptado dos contedos escritos por Patrick Regan, do Departamento de Comunicao dos Bell Labs.

    FotograFia digital o passado E o Futuro

  • Captulo 1. Cmaras E imagEns digitais

    14 EstE livro tEm o apoio da

    Porqu o DIgItal?

    Neste livro assume-se que, ou j , ou decidiu tornar-se um fotgrafo digital. Se ainda no est completamente convertido e se se pergunta porque que a fotografia digital substituiu o filme quase totalmente em menos de uma dcada, aqui esto algumas razes. Poderiamos assumir que por causa da qualidade da imagem, j que as imagens digitais so equivalentes, e por vezes melhores do que as imagens realizadas em filme. Todavia, a verdadeira razo para a mudana vai noutro sentido: no facto de que, logo que so capturadas, as fotografias digitais esto j num formato que as torna incrivelmente fceis de partilhar e usar. Por exemplo, podem-se inserir fotografias digitais em documentos, imprimi-las num quiosque, envi-las por e-mail aos amigos ou public-las numa pgina Web, onde podem ser vistas por qualquer pessoa no mundo. Na maioria das cmaras, possvel visualizar imediatamente as imagens num monitor LCD na parte de trs da cmara, ou lig-las a um televisor e ver as imagens em slide show. Algumas cmaras podem at ser ligadas a um telescpio ou microscpio para mostrar imagens radicalmente ampliadas num televisor com ecr de grandes dimenses. esta possibilidade de partilhar constantemente fotografias com qualquer pessoa, em qualquer lugar, que torna a fotografia digital to atractiva.

    Aqui esto mais algumas razes pelas quais esta mudana foi to radical:

    Optar pelo digital possibilita-lhe poupar dinheiro a longo prazo, j que no tem que comprar rolos de filme e pagar pela sua revelao e impresso.

    No obrigado a perder tempo a deslocar-se duas vezes loja para deixar e depois levantar as imagens (se bem que pode faz-lo com um carto de memria).

    As cmaras digitais mostram instantaneamente o aspecto das fotografias, pelo que, pode poupar-se desiluso um ou dois dias depois do filme ser revelado.

    Pode visualizar as imagens antes de as imprimir e, caso no lhe agradem, pode melhor-las, ou ento poupar dinheiro e no imprimi-las ou apag-las.

    A fotografia digital (pelo menos no caso do consumidor) no usa os qumicos txicos que geralmente acabam por desaguar nos nossos cursos de gua, rios e lagos.

    No necessrio esperar para acabar um rolo para revel-lo (ou desperdiar filme quando no se pode esperar).

    Muitas das cmaras digitais so capazes de capturar no s imagens estticas, mas tambm som e vdeo tm tanto de gravadores multimdia como de cmaras.

    Pode usar-se um programa de edio de imagem para melhorar ou alterar imagens digitais, por vezes directamente na cmara. Por exemplo, possvel reenquadrar, remover os olhos vermelhos, mudar as cores ou o contraste, e at adicionar ou eliminar elementos. como usar uma cmara escura com as luzes ligadas e sem os qumicos.

    possvel publicar imagens numa pgina Web, para que outras pessoas possam v-las ou mesmo imprimi-las.

    As imagens podem ser impressas nas pginas de um livro encadernado, semelhante aos que se vem nas livrarias.

    Podem criar-se slide shows e grav-los num DVD, para reproduzir num televisor, com msica de fundo ou narrao.

    Muitas das lojas tm quiosques que lhe permitem imprimir as fotografias no local.

    Podem colocar-se imagens em mapas interactivos, simplesmente arrastando-as e soltando-as a.

    possvel imprimir e encadernar as imagens num lbum digital. Imagem cortesia dePhotoWorks.com.

  • 15 EstE livro tEm o apoio da

    http://www.photocourse.com/itext/buying/buying.pdf

    tIPos De cmaras DIgItaIs

    Na altura de escolher uma cmara h uma srie de caractersticas de design, tamanho e funcionalidades a considerar. As cmaras de tamanho de bolso normalmente no tm todas as funcionalidades dos modelos maiores, mas so mais fceis de transportar. A boa notcia que, no obstante as suas enormes diferenas, a maioria das cmaras conseguem captar imagens com ptima qualidade, especialmente para os formatos de impresso mais vulgares.

    As cmaras de apontar-e-disparar normalmente tm menos controlos que outras cmaras digitais mas, a grande maioria, tambm so mais pequenas, ou quase minsculas. Com uma cmara que pode guardar no bolso, sabe que pode t-la sempre mo quando precisar.

    De entre os modelos digitais de apontar-e-disparar, as mais procuradas pelo consumidor so as incorporadas nos telemveis. O grande problema destas cmaras o facto de a qualidade de imagem ter sido melhorada muito lentamente, no correspondendo obtida com uma cmara estritamente fotogrfica.

    A fotografia digital amadureceu ao ponto de j haver cmaras de apontar-e-disparar descartveis.

    A qualidade dos telemveis com cmara integrada tem melhorado, com modelos de 10 megapxeis j disponveis em alguns pases. Estas cmaras podero at vir a competir com os modelos de apontar-e-disparar. Este Nokia N95 tem uma cmara de 5 MP e sistema GPS.

    As cmaras descartveis conseguem imagens surpreendentemente boas e muitas at tm um ecr onde pode visualizar os resultados.

    Este antigo slogan da Kodak agora inteiramente aplicado fotografia digital. Com quiosques de impresso por toda a parte, fcil disparar e imprimir imagens sem recorrer ao computador.

    tipos dE Cmaras digitais

  • Captulo 1. Cmaras E imagEns digitais

    16 EstE livro tEm o apoio da

    http://www.photocourse.com/itext/canonlenses/canoneflenses.pdf

    As cmaras topo de gama, de objectiva fixa, normalmente tm um zoom e muitos dos controlos de exposio e focagem que podemos encontrar nas cmaras reflex.

    Um dos tipos de cmaras mais populares no meio profissional e amador avanados as SLR (single-lens refex). Estas cmaras so caras mas oferecem vantagens relativamente a outros tipos de cmaras, como:

    Pode trocar as objectivas.

    Normalmente focam com maior rapidez e preciso e captam imagens com menos rudo.

    O enquadramento feito atravs da objectiva, por isso, o que v aquilo que ir registar.

    Tem disponveis vrios acessrios, entre os quais poderosos flashes externos.

    As cmaras de objectiva fixa tm ptimos zoom e captam imagens grandes.

    As cmaras reflex so as mais flexveis, mas tambm as mais caras.

    As cmaras reflex dos principais fabricantes so compatveis com mais objectivas que as que algum dia vai precisar.

    A Canon TX1 tem um design vertical exclusivo, capta imagens com 7 megapxeis e vdeos de alta definio (HDTV).

  • 17 EstE livro tEm o apoio da

    http://www.photocourse.com/itext/cases/cases.pdf

    As cmaras telemtricas, como a Leica, dominaram as reas do jornalismo e da fotografia de autor durante dcadas. Elas eram silenciosas, pequenas e os seus visores grandes e luminosos tornavam mais fcil a focagem e a composio da imagem. Ainda no h muitas cmaras telemtricas digitais mas, no seguimento da tradio das suas cmaras de filme, a Leica lanou a primeira a M8. O mais interessante na designao do modelo que se trata do seguimento numrico da cmara de filme M7, e no propriamente de um nome digital. obvio que a Leica encara o digital como o caminho a seguir. Parece que alcanamos um ponto em que, quando se trata de cmaras, o sistema digital j assumido sem ter de ser mencionado.

    Dificilmente se esquecer da cmarase a trouxer noporta-chaves.

    As cmaras de vdeo muitas vezes oferecem tambm opes de imagem esttica (fotografia). As imagens so mais pequenas que as conseguidas por cmaras exclusivamente fotogrficas, mas bom ter esta opo quando se est a gravar um evento. Grande parte das cmaras digitais tambm tm um modo de vdeo que permite captar vdeos curtos. Para muitos de ns, o segredo para conseguir vdeos interessantes mant-los curtos. Uma cmara de vdeo pode ter a capacidade de gravar uma autntica longa metragem, mas, quem querer v-la? Os pequenos vdeos de pouco mais de um minuto podem captar os momentos mais importantes e ser partilhados por e-mail ou publicados em conhecidas pginas da Internet, como YouTube.com.

    A Minox produziu uma Leica M3 em miniatura, com um sensor de imagem de 3,2 megapxeis. Imagem cortesia da Minox(www.minox.com).

    o tamanho da Cmara

    Quando se trata de cmaras digitais, o tamanho no importa tanto quanto possa crer. As pequenas cmaras de bolso podem captar imagens to boas quanto as cmaras maiores. A nica diferena que normalmente tm menos funcionalidades e uma resoluo mais baixa.

    tipos dE Cmaras digitais

  • Captulo 1. Cmaras E imagEns digitais

    18 EstE livro tEm o apoio da

    http://www.photocourse.com/itext/care/care.pdf Tal como a maioria de ns, os fotgrafos profissionais utilizam cmaras reflex e at de apontar-e-disparar. No entanto, quando vo para o estdio, ou exploram determinadas reas especializadas, muitas vezes usam outras cmaras. Isso deve-se sobretudo ao facto de precisarem de sensores de imagem maiores e com mais pxeis.

    Algumas cmaras profissionais, incluindo esta Hasselblad de mdio formato, funcionam da mesma forma que a sua cmara digital. Quando o obturador premido a fotografia captada automaticamente.

    Outras cmaras profissionais, com esta Linhof que v na imagem, so convertidas para digital atravs da simples adio de um back digital, que substitui o tradicional carregador de filme. Alguns backs funcionam por varrimento, como os scanners. Quando o obturador disparado, o back digitaliza uma linha da imagem de cada vez, at construir a imagem na totalidade, linha a linha. Algumas registam a imagem num nico passo e outras em trs passos um para a luz vermelha, outro para a luz azul e outra para a luz verde reflectidas pelo objecto. Estas cmaras so lentas, por isso no podem ser utilizadas para captar objectos em movimento ou cenas com luz estroboscpica.

  • 1 EstE livro tEm o apoio da

    o comeo tIrar FotograFIas em moDo automtIco

    Todas as cmaras digitais tm um modo Automtico que define o foco e a exposio. Com a cmara neste modo, tudo o que tem que fazer enquadrar a imagem e carregar no boto do obturador. Vai perceber que este modo ideal na vasta maioria das situaes, porque lhe permite concentrar-se no objecto e no na cmara. Aqui esto algumas coisas que deve fazer quando usa o modo Automtico, em quase qualquer cmara digital.

    Preparar a cmara. Ligue a cmara e coloque-a em modo Automtico. Sempre que possvel, desligue o monitor e enquadre a imagem no visor. Se a cmara tem uma tampa na objectiva, certifique-se que a retira. A primeira vez que usar a cmara ou se as baterias foram retiradas ou descarregadas por um perodo longo, dever introduzir a data e a hora. Quando a data e a hora esto correctamente gravadas nas imagens, isso pode ajud-lo a organizar, localizar e identific-las mais tarde.

    Verificar os parmetros. Verifique sempre os parmetros da cmara antes de uma sesso. Confirme quantas fotografias pode captar com os parmetros estabelecidos, e o estado da bateria. Aprenda o significado dos cones, porque usual mudar um parmetro e mais tarde esquecer-se que o fez. Alguns destes parmetros mantm-se alterados mesmo quando desliga e volta a ligar a cmara e vo afectar todas as fotografias seguintes.

    Segurar a cmara. Quando tira fotografias, segure a cmara com a mo direita e a objectiva com a mo esquerda. Certifique-se que ao segurar a cmara no bloqueia o flash, o sensor ou a objectiva com as mos.

    Enquadrar a imagem. Use o monitor, ou o visor, se a sua cmara tiver, para compor a cena que pretende capturar. Se a cmara tiver uma objectiva zoom pode aproximar e afastar a imagem, carregando no boto ou alavanca, ou rodando o anel da objectiva. Fazer zoom out alarga o ngulo de viso, e fazer zoom in estreita-o. Se a imagem no visor estiver pouco ntida, verifique se a cmara tem um regulador de dioptrias, para ajustar a imagem aos seus olhos

    Muitas cmaras digitais tm um disco selector de modos de cena, que pode rodar para seleccionar vrios modos, incluindo o Automtico.

    Algumas cmaras digitais tm mais que uma rea de foco, e aquela que est a ser usada acende-se ou pisca quando pressiona o boto do obturador at meio (seta em cima). Quando o foco se fixa, habitualmente mostrada uma luz indicadora (seta em baixo) e possvel que a cmara emita um som de aviso.

    o ComEo tirar FotograFias Em modo automtiCo

  • Captulo 1. Cmaras E imagEns digitais

    20 EstE livro tEm o apoio da

    Quando tira uma fotografia, no carregue com demasiada fora no boto do obturador. Pressione-o suavemente at meio e aguarde at que a cmara estabelea o foco e a exposio. S a dever tirar a fotografia, pressionando-o delicadamente at ao fim.

    Foco automtico. Componha a imagem de forma a que o objecto que pretende que fique mais ntido, esteja coberto por uma das reas de foco no visor ou no ecr. Algumas cmaras tm mais que uma rea de foco opcional e focam a imagem que est mais prxima. Outras tm apenas uma rea de foco, mas permitem que as mova de forma a apontar para qualquer parte da cena. Estas opes facilitam o foco num objecto que no esteja no centro do enquadramento basta focar, bloquear o foco e voltar a reenquadrar.

    Exposio automtica. O sistema de exposio mede a quantidade de luz reflectida por vrias partes da cena e usa essas leituras para calcular e estabelecer a melhor exposio possvel. Isto acontece ao mesmo tempo em que o foco se fixa quando pressiona o boto do obturador at meio.

    Flash automtico. Se a luz for demasiado fraca, o sistema de exposio automtica, vai geralmente fazer disparar o flash integrado da cmara, de modo a iluminar a cena. Se o flash vai disparar, este abre-se, ou ilumina-se uma lmpada de flash quando carrega no boto do obturador at meio. Caso a lmpada de flash pisque, significa que o flash est a carregar. Solte o boto do obturador por alguns segundos e tente de novo.

    Balano de brancos automtico. Como a tonalidade de uma fotografia afectada pela cor da luz que ilumina a cena, a cmara ajusta automaticamente o balano de brancos, de modo a que os objectos brancos da cena apaream da mesma cor na fotografia.

    Tirar a fotografia. O boto do obturador tem duas fases. Quando o pressiona at meio, a cmara estabelece o foco e a exposio e acende-se uma luz indicadora, ou emitido um som de aviso. (Caso a luz indicadora fique intermitente, significa que a cmara est a ter dificuldades em focar). Depois, basta pressionar o boto do obturador at ao fim para tirar a fotografia. As fotografias capturadas so inicialmente armazenadas na memria temporria (buffer) da cmara. Quando esta est cheia, ter que aguardar at que uma ou mais fotografias sejam transferidas para o carto de memria, para poder tirar mais fotografias.

    Reviso das imagens. Muitas das cmaras mostram brevemente a imagem assim que capturada. Isto permite-lhe decidir se a imagem est suficientemente boa ou se melhor capt-la de novo.

    Aumente as probabilidades de obter uma foto excelente, capturando o mximo de imagens que conseguir imaginar de uma qualquer cena - altere o seu posicionamento, a distncia, e os ngulos. Pode vir a surpreender-se mais tarde com os resultados obtidos.

    Parar. Quando terminar a sua sesso fotogrfica, desligue a cmara para conservar a carga da bateria. Se uma imagem est a ser armazenada quando desliga a cmara, esta ser totalmente armazenada, antes que a cmara se desligue.

  • 21 EstE livro tEm o apoio da

    http://www.photocourse.com/itext/icons/iconography.pdf

    coNtrolos Da cmara

    Existem duas maneiras de mudar os parmetros numa cmara usando os comandos do menu ou uma combinao de botes. Os comandos do menu so normalmente mais lentos e podem ser de difcil leitura no caso de a luz ambiente ser to forte que impossibilita a visualizao do monitor. Os botes so mais rpidos, porque pode familiarizar-se com eles o suficiente para us-los sem olhar para eles, mas no princpio, as suas funes so difceis de decorar.

    A maioria das cmaras usa ambos os mtodos, colocando o controlo das funes mais utilizadas nos botes, e as menos usadas nos menus. Uma recente adio famlia dos botes/discos selectores, um boto ou disco de direco. Ao pressionar qualquer um dos pontos, ou em alguns casos rodando o disco, move a seleco de um menu para cima, para baixo ou para os lados, ou visualiza as imagens em modo de reproduo. Um boto ou joystick no centro deste boto actua como a tecla Enter de um computador, activando os comandos.

    Em muitas cmaras, os cones indicativos dos parmetros em curso so mostrados num painel LCD separado. Alguns modelos recentes abdicam deste segundo ecr e exibem os cones no monitor.

    Ao alterar os parmetros, por vezes fcil esquecer aquilo que fez, ou moroso repor os valores originais de uma s vez. Por esta razo, algumas cmaras tm um boto ou comando no menu que lhe permite regular a cmara para os parmetros originais de fbrica.

    Os botes ou discos selectores variam de cmara para cmara, mas aqui so mencionados aqueles que so mais ou menos comuns em todas as cmaras, excepo dos modelos de apontar-e-disparar mais simples. Em alguns casos, o mesmo boto executa funes diferentes nos modos de disparo e de reproduo de imagens.

    As alavancas ou botes de zoom permitem ajustar a distncia focal da objectiva. (Em cmaras reflex ajusta-se a distncia focal rodando o anel de zoom).

    O boto do obturador estabelece a exposio e o foco quando pressionado at meio, e tira a fotografia quando pressionado at ao fim.

    O boto de modo de disparo contnuo/temporizador leva a cmara a captar sequncias de imagens umas atrs das outras, ou acciona o temporizador.

    O disco selector de modo selecciona vrios modos de cena, tais como Automtico ou Programa. A mesma alavanca ou boto alterna entre modos de disparo e de reproduo de imagens.

    O boto ou alavanca ON/OFF liga e desliga a cmara.

    O boto do flash selecciona os modos de flash.

    O boto de macro liga e desliga o modo macro.

    O boto MENU mostra ou apaga o menu.

    O boto Imprimir/Partilhar permite-lhe imprimir ou transferir imagens, quando a cmara est ligada a uma impressora ou a um computador.

    O boto Apagar ou Eliminar elimina a imagem seleccionada no modo de reproduo.

    A Kodak Easyshare possui um ecr tctil onde se podem fazer seleces nos menus com um estilete.

    Muitas cmaras possuem um painel LCD que exibe os parmetros e um monitor LCD que mostra as imagens e menus.

    Algumas cmaras mostram os parmetros no monitor quando so usadosos botes ou discos selectores.

    Controlos da Cmara

  • Captulo 1. Cmaras E imagEns digitais

    22 EstE livro tEm o apoio da

    eNquaDrar ImageNs

    Para escolher uma cmara digital, uma das primeiras coisas a decidir se pretende um modelo com ecr e visor. Muitas das cmaras pequenas mais recentes abdicaram do visor, em parte para terem mais espao disponvel para ecrs maiores. Isso uma espcie de presente envenenado, uma vez que o papel de cada um deles bastante diferente, embora tenham coisas em comum. Se a sua cmara no tiver um visor, ser forado a compor todas as suas imagens atravs do ecr. Isso significa que ter de lidar com luminosidade excessiva em dias de sol forte e encontrar uma forma de evitar o desfoco causado pelo movimento da cmara enquanto a segura de braos esticados.

    Ecrs

    Os monitores so pequenos ecrs LCD a cores incorporados na maioria das cmaras. O seu tamanho, normalmente entre 1,5 e 4 polegadas, definido a partir da medida diagonal. A maior parte deles permitem-lhe fazer ajustes de brilho manualmente, ou ento a cmara faz os ajustes para as diferentes condies de iluminao automaticamente. Estes ecrs so utilizados para apresentar menus e reproduzir as imagens que captou. No entanto, em muitas, mas no em todas as cmaras, pode tambm enquadrar a imagem atravs do monitor. Grande parte das cmaras reflex no o permite, porque utilizam um espelho para reflectir a imagem formada pela objectiva no visor. O sensor de imagem apenas gera a imagem quando o espelho levanta e o obturador abre. Algumas cmaras reflex utilizam um segundo sensor no visor para que a imagem seja apresentada continuamente no ecr LCD um processo chamado live view (visualizao directa). Isso, para alm de lhe permitir enquadrar a imagem a partir do ecr, pode ser utilizado para gravar vdeos, algo que as outras reflex no conseguem. S o tempo poder dizer se esta funcionalidade ser amplamente adoptada.

    O modo de reviso da imagem apresenta uma fotografia no ecr durante alguns segundos, imediatamente aps a captura. Algumas cmaras permitem-lhe manter a imagem no ecr durante mais tempo para que possa apag-las, ou executar outras funes de controlo da imagem. Algumas cmaras integram em simultneo os modos de reviso e reproduo da imagem, por isso, depois de rever a foto que captou pode percorrer as outras e utilizar os comandos disponveis no modo de reproduo.

    Os histogramas so grficos que mostram a distribuio de brilhos na sua imagem, para que possa verificar se a exposio est correcta. A maioria das cmaras com esta funcionalidade permitem-lhe apenas ver o histograma depois de captar a fotografia, mas algumas permitem aceder ao histograma durante o enquadramento.

    Se a sua cmara permitir enquadrar a imagem a partir do ecr (nem todas o permitem), a imagem apresentada provm directamente do sensor de imagem, ou seja, trata-se de um sistema de visualizao TTL (trough-the-lens ou atravs da objectiva). No entanto, h alturas em que pode no querer utilizar o ecr para compor a imagem, pelas seguintes razes:

    Poupar a bateria. Os ecrs grandes consomem rapidamente as baterias, por isso, o melhor mant-los desligados sempre que possvel e utilizar o visor para enquadrar as fotografias.

    O brilho dos dias de sol intenso torna difcil a visualizao da imagem no ecr.

    A estabilidade diminui quando segura a cmara de braos esticados. Desta forma, a trepidao da cmara pode fazer com que a imagem fique tremida.

    Apesar dos inconvenientes, h vrias situaes em que utilizar o ecr para enquadrar muito til.

    Os ecrs mostram-lhe como ficar a imagem vista a partir da objectiva.

    Os melhores ecrs so flexveis (giratrios e inclinveis sobre qualquer ngulo), chamados ecrs de ngulo varivel.

    Com um ecr giratrio, pode colocar a cmara no cho e levantar o LCD para ver o enquadramento, tal como aconteceu com este trito.

    O modo de retrato mostra a imagem na vertical.

    O modo de paisagem mostra a imagem na horizontal.

  • 23 EstE livro tEm o apoio da

    http://www.photocourse.com/itext/parallax/

    Enquadrar imagEns

    http://www.photocourse.com/itext/SLR/

    Close-ups. Quando capta planos fechados (close-ups) o ecr a opo ideal para enquadrar e focar a imagem, uma vez que a cena que v precisamente igual imagem que ir obter. Um visor ptico no permite essa visualizao, porque est descentrado relativamente objectiva.

    ngulos invulgares. Ao fotografar acima de uma multido, ao nvel do cho, ou a partir de uma esquina, uma cmara com ecr rotativo e inclinvel permite-lhe compor a imagem sem que tenha de ter o olho no visor.

    Relativamente ao ecr deve ter em conta os seguintes aspectos: O ecr recebe a imagem directamente a partir do sensor, por isso a imagem resultante vista atravs da objectiva (TTL). A maioria mostra a imagem na ntegra. Os ecrs normalmente permitem-lhe verificar de a imagem ficar sub ou sobreexposta. Assim pode usar o flash ou ajustar a exposio para conseguir melhores resultados. Os ecrs rotativos e inclinveis (de ngulo varivel) permitem-lhe fotografar a partir de ngulos diferentes. O tamanho e a resoluo do ecr so importantes no s para avaliar as imagens, como tambm para as partilhar com outros. Uma visualizao mais ampla permite-lhe ver as suas fotos com um grupo de amigos. Uma proteco transparente mantm o seu ecr livre de riscos. So baratas e fceis de colocar. Algumas cmaras podem ser ligadas ao televisor enquanto fotografa, por isso poder ver tudo num ecr muito maior. Uma superfcie anti-reflexos, combinada com os ajustes de brilho do ecr, permite-lhe ler os menus e visualizar as imagens mesmo debaixo de sol forte, quando muitos ecrs praticamente se transformam em espelhos.

    VisorEsOs visores oculares so a soluo ideal para seguir objectos em rpido movimento para conseguir captar o momento decisivo. Uma das vantagens de alguns, mas no todos, que no consomem bateria, por isso ela dura mais. Por outro lado, a maioria dos visores so conjugados com a objectiva zoom e mostram a mesma rea que ser registada na imagem final. H trs tipos de visores e muitos fotgrafos consideram o visor telemtrico o melhor, seguido do tipo de visor utilizado nas reflex.

    Os visores utilizados nas reflex digitais permitem visualizar a imagem atravs da objectiva (TTL). Um espelho reflecte a luz proveniente da objectiva para um prisma que a direcciona para o visor ocular. Quando tira uma fotografia o espelho levanta e o obturador abre, para que a luz atinja o sensor, criando a imagem. Com este tipo de visores aquilo que o fotgrafo v corresponde ao que a objectiva v e, por isso, ao que ficar registado. Algumas cmaras tm ecrs de focagem intermutveis para que possa adapt-las s suas preferncias. Por exemplo, para a fotografia de arquitectura ou de produto pode ser til ter uma grelha com linhas no visor para manter as coisas alinhadas. Algumas cmaras tambm permitem adicionar essa grelha digitalmente, atravs dos parmetros da cmara.

    Os visores pticos das cmaras de apontar-e-disparar e das telemtricas mostram a cena numa janela separada, ligeiramente descentrada relativamente objectiva. Essa visualizao no representa problema nenhum, excepto na fotografia de close-up onde o chamado erro de paralaxe gera uma visualizao ligeiramente diferente da que a objectiva v, por isso, um assunto que aparea centrado no visor no ficar centrado na imagem final. Os visores letemtricos, como os da Leica, tm uma rea mais luminosa que enquadra a rea da cena que ser captada por objectivas de diferentes distncias focais.

    possvel que veja sempre mais que o que a objectiva vai captar, por isso pode fazer ajustes precisos no enquadramento e antecipar os desvios no fotograma.

    Uma vez que um visor ptico est descentrado relativamente objectiva, o que v atravs dele (em cima) no corresponde imagem que regista (em baixo).

    Um cone comum do ecr.

    Clique para ver o percurso da luz dentro de uma reflex digital.

    Clique para explorar a forma como o erro de paralaxe afecta a sua visualizao do assunto.

    Os visores das cmaras reflex (SLR) mostram as reas de focagem e os parmetros da cmara.

  • Captulo 1. Cmaras E imagEns digitais

    24 EstE livro tEm o apoio da

    Nesta vista em corte de uma reflex da Canon podemos ver o espelho que direcciona a luz para o visor, atravs de um prisma. O espelho levanta quando tira a fotografia. Imagem cortesia da Canon.

    Os visores electrnicos utilizam um pequeno ecr LCD incorporado no visor, que apresenta o mesmo tipo de visualizao TTL (atravs da objectiva) registada pelo sensor de imagem. Muitas destas cmaras permitem-lhe escolher entre o ecr e o visor, e ambos mostram exactamente a mesma cena e a mesma informao. Uma vez que estes visores so electrnicos possvel ver os menus e alterar os parmetros sem tirar a cmara do olho. Isto extremamente til em dias muito luminosos, em que a leitura do ecr dificultada pelo brilho. Estes visores tambm so ptimos para quem usa culos, uma vez que tm um controlo de ajuste de dioptrias para o ajudar a focar os menus e as imagens, mesmo sem culos. As maiores lacunas destes visores so a sua taxa de refrescamento e a resoluo. Uma taxa de refrescamento lenta significa que quando move a cmara visualizao no ecr da cena para onde est a apontar a cmara retardada. Ao fazer panning, o ecr parece saltar entre fotogramas. Em algumas cmaras o refrescamento interrompido quando o obturador premido at meio para fixar o foco, por isso a imagem que capta pode ser diferente da imagem que viu. A baixa resoluo destes visores tornam difcil ter uma noo exacta daquilo que est a fotografar. No possvel ver os pequenos detalhes, as cores e os tons como eles so realmente.

    Relativamente ao visor, estes so alguns aspectos que dever considerar:

    Com a excepo dos visores telemtricos em que possvel ver uma rea maior que a que ser captada, a maioria dos visores mostram apenas 95% da cena.

    As proteces oculares so necessrias nas reflex, para impedir que a luz entre pelo visor quando utiliza o temporizador ou um controlo remoto e no est a bloquear a luz ao olhar pelo visor.

    Os visores das cmaras de apontar-e-disparar no mostram informaes importantes como os parmetros de focagem e exposio.

    As cmaras com objectivas fixas e visores electrnicos diferem das reflex na medida em que no utilizam um espelho mvel para direccionar a luz para o visor.

    Algumas cmaras podem ser conectadas ao televisor enquanto fotografa, permitindo partilh-las com outras pessoas medida que as vai captando. Isto facilita a interaco entre um grupo que esteja a acompanhar as suas sesses fotogrficas.

    Colocar uma proteco ocular sobre o visor bloqueia a entrada da luz quando utiliza o temporizador ou um controlo remoto - assim no afecta a exposio.

    Algumas cmaras de apontar-e-disparar no tm visor, por isso tem de enquadrar as imagens no ecr.

    Os visores electrnicos so pequenos ecrs planos colocados dentro do visor. Imagem cortesia da Zight.

    O visor da Leica tem linhas que indicam a cobertura de objectivas de 24 mm e 35 mm.

  • 25 EstE livro tEm o apoio da

    Capturar imagEns

    caPturar ImageNs

    Henri Cartier-Bresson famoso pelas suas fotografias que captam o momento decisivo, em que aces no relacionadas se interceptam num nico instante, o que produz uma imagem inesquecvel. A sua coordenao entre o olho e a mo no encontrou rival e ele conseguiu obter tais resultados porque estava sempre preparado. Nunca hesitou na utilizao dos controlos da cmara, ou no aproveitar das oportunidades. A maior parte das cmaras digitais tm sistemas de exposio e foco automticos, que o libertam da preocupao com os controlos. No entanto, estas cmaras tm outros problemas que tornam os momentos decisivos difceis de capturar. Muitos destes problemas foram resolvidos nas cmaras mais caras, mas permanecem nas mais econmicas.Uma das coisas que desorientou os fotgrafos o tempo de espera entre o pressionar do obturador e o momento em que a imagem realmente captada. Este e outros tempos de espera inerentes s cmaras digitais, afectam a capacidade de captar expresses fugazes ou dar resposta a aces rpidas quando se tiram fotografias.

    O tempo de arranque o tempo que demora a poder tirar uma fotografia depois de ligar a cmara. As cmaras digitais costumavam ter um tempo de arranque muito longo, mas agora, a maioria arranca quase instantaneamente.

    O atraso do obturador o tempo de espera entre o pressionar do boto do obturador e a real captao da imagem. Este compasso de espera acontece porque a cmara demora tempo a desimpedir o sensor da imagem, estabelecer o balano de brancos correcto e focar a imagem, antes de disparar o flash (quando necessrio) e tirar a fotografia. As melhores cmaras quase no tm atraso do obturador.

    O tempo de processamento ocorre quando uma imagem processada e armazenada, especialmente quando usada a funo de reduo de rudo. Este atraso foi reduzido significativamente atravs da introduo na cmara de uma memria interna ou intermdia (buffer). As imagens so temporariamente armazenadas na memria interna enquanto aguardam o processamento, j que podem ser armazenadas mais rapidamente na memria intermdia do que no carto de memria. possvel fotografar at encher a memria interna, e depois continuar a fotografar assim que algumas imagens tenham sido transferidas da para o carto de memria.

    O tempo de reciclagem do flash ocorre quando se captura uma sequncia de imagens com flash. Enquanto o flash est a carregar, geralmente no possvel tirar uma fotografia, ou quando possvel, esta fica subexposta. Em ambos os casos necessrio aguardar que o flash carregue para tentar de novo.

    Escurecimento do visor. Quando se tira uma fotografia com uma cmara reflex, o seu espelho levanta-se para permitir que a luz incida sobre o sensor. Enquanto o espelho est levantado no possvel ver atravs do visor. Este bloqueio deve ser o mais curto possvel. Todos estes atrasos afectam a velocidade com que se liberta da primeira fotografia, ou com que se captura uma srie de imagens (designado comummente como intervalo entre disparos). Se os atrasos forem demasiado longos, podem-se perder oportunidades de fazer boas fotografias.

    Para reduzir estes atrasos quando captura fotografias de aco, pode compor a imagem e pressionar o boto do obturador at meio para estabelecer os valores de foco e exposio. Esta posio deve ser mantida at que a aco antecipada acontea, e ento o boto deve ser premido at ao fim para tirar a fotografia. (Este procedimento gasta a bateria mais rapidamente). A cmara dispara imediatamente porque o foco e a exposio tinham j sido calculados.

    Em algumas cmaras tambm se pode pressionar o boto do obturador at ao fim, de uma vez, mas haver um compasso de espera at a fotografia ser tirada e possvel que fique desfocada.

    importante ter bons reflexos quando se fotografam objectos em movimento.

    Quando se antecipa a aco, compe-se a cena e foca-se a imagem. Assim que a aco acontece, possvel captar a imagem imediatamente.

  • Captulo 1. Cmaras E imagEns digitais

    26 EstE livro tEm o apoio da

    http://www.photocourse.com/itext/G-continuous/

    FotograFIa coNtNua

    Na maioria das situaes, s se tira uma fotografia de cada vez, mas esta no a nica forma de fotografar. Tambm possvel captar sequncias de fotografias. No modo Contnuo, basta manter a presso no boto do obturador e as imagens so captadas sequencialmente at se soltar o boto. O nmero de imagens que possvel capturar de uma s vez est limitado pela capacidade da memria intermdia da cmara (buffer) um tipo de memria que capaz de armazenar rapidamente as imagens capturadas sequencialmente. Nas cmaras mais econmicas, com memria intermdia pequena ou sem memria intermdia, possvel que a cmara use uma imagem de menores dimenses para capturar sequncias, j que isso reduz o tempo de processamento e de armazenamento.

    Depois de fotografar uma sequncia, pode escolher a melhor imagem, usar a totalidade das imagens para criar uma animao exibindo a sequncia rapidamente como fotogramas num filme, ou juntar uma srie de sequncias de forma a realizar um pequeno filme.

    O modo Contnuo permite capturar uma srie de imagens semelhantes s de um filme. Depois, pode escolher a melhor para imprimir, us-las todas para criar uma animao ou utilizar uma srie para analisar uma aco, como o movimento de um taco de golfe ou de um basto de basebol.

    cones dos modos de disparo Contnuo (em cima) e disparo nico (em baixo).

    A velocidade com que possvel capturar imagens em modo de disparo Contnuo especificada em fotogramas por segundo (fps). A velocidade normal encontra-se entre os 3 e os 5 fps.

    Clique para ver como possvel usar o modo Contnuo de uma forma criativa.

    A cmara capaz de armazenar as imagens na memria intermdia (buffer) mais rapidamente que no carto de memria. Uma memria interna de grande capacidade permite-lhe captar mais imagens no modo Contnuo.

    Sensor de imagem

    TransfernciaRpida

    TransfernciaLenta

    Carto de MemriaBuffer

  • 27 EstE livro tEm o apoio da

    moDo De reProDuo

    Quase todas as cmaras digitais possuem um ecr LCD e um modo de reproduo, para exibir e percorrer as fotografias tiradas. Apesar de ser muito til, difcil fazer decises de guardar ou apagar imagens, porque a dimenso e resoluo destes monitores est muito longe da dos monitores de computadores de qualidade.Apesar desta limitao, aqui esto algumas das caractersticas mais teis do modo de reproduo.

    A edio da imagem directamente na cmara permite-lhe remover olhos vermelhos, ajustar tons e cores, reduzir o tamanho de uma imagem, adicionar margens e usar efeitos especiais. Todas as alteraes so realizadas numa cpia, para que a imagem original se mantenha inalterada. Esta caracterstica relativamente nova torna-se cada vez mais importante, na medida em que as cmaras possibilitam o envio de fotografias directamente para pginas de partilha na Web, impressoras e endereos electrnicos.

    Os slide shows exibem as imagens em sequncia no monitor da cmara, mas muitas cmaras digitais tm uma sada de vdeo (NTSC ou PAL) que permite lig-las a um televisor usando uma entrada padro ou terminais de video-in. Algumas cmaras usam efeitos especiais tais como o Dissolve (transio suave entre as imagens), e alguns modelos permitem at acompanhar o slide show com msica. Todavia, a no ser que se copiem imagens mais antigas novamente para a cmara, esta apenas uma vantagem momentnea. A partir do momento em que se apagam imagens, para se obter mais espao para novas fotografias, deixa de ser possvel exibi-las na cmara. No entanto, possvel usar um programa no computador para criar slide shows e grav-los em DVD para reproduzir num leitor. Muitas cmaras permitem reproduzir som ou vdeo anteriormente capturados.

    lbuns fotogrficos. Se a cmara permite armazenar uma seleco de fotografias num lbum fotogrfico, possvel rever as imagens nesse modo.

    A gesto de imagens permite-lhe percorrer as imagens captadas e eliminar, rodar, renomear, imprimir, proteger, copiar ou geri-las de qualquer outra forma. Muitas cmaras tambm permitem a visualizao de grupos de imagens em mosaico, de forma a localizar e seleccionar rapidamente as imagens que procura. Muitas permitem at ampliar a imagem para ver os detalhes uma ptima forma de confirmar a nitidez, as cores e os tons. Algumas cmaras recentes possuem um ecr tctil permitindo gerir as imagens com um estilete em vez de botes ou discos selectores.

    A impresso directa das imagens permite usar o monitor da cmara para seleccionar as imagens a imprimir, quando se dispensa o computador para imprimir directamente a partir da cmara.

    Um sensor de orientao, usado em vrias cmaras, detecta o movimento de virar a cmara na vertical para tirar uma fotografia, e inclusivamente reconhece a orientao correcta da imagem. Quando a imagem reproduzida, esta aparece girada no ecr para que no tenha que rodar a cmara para v-la ou virar a cabea para o lado quando a visualiza no ecr do televisor. (A rotao automtica no funciona correctamente quando a cmara disparada directamente para cima ou para baixo, pelo que pode escolher desligar esta funo). As imagens podem ou no aparecer viradas no computador, porque isso depende do programa que usado.Tambm possvel usar um comando Rodar no menu de reproduo para rodar apenas imagens especficas captadas anteriormente.

    A informao sobre uma imagem pode ser exibida em muitas cmaras. Esta informao, chamada de metadata Exif, guardada no ficheiro de imagem no momento em que tira a fotografia. Pode incluir a data e a hora em que a imagem foi captada, o tempo de obturao e a abertura, e uma imagem em miniatura. Alguns modelos tambm realizam um histograma e um aviso de altas luzes (sobreexposio). Algumas cmaras permitem tambm seleccionar a quantidade de informao a ser mostrada, de forma a aceder a todos os dados quando rev as imagens, ou desligar essa funo quando visualiza as imagens em slide show.

    A Kodak Easyshare permite arrastar imagens para lbuns fotogrficos usando um estilete.

    possvel tirar uma fotografia em modo de Retrato (em cima) ou de Paisagem (em baixo).

    metadata?

    A informao metadata consiste em dados que se referem a outros dados. Em fotografia digital a informao associada a um ficheiro de imagem, que descreve os seus contedos, de onde vieram e o que fazer com eles. J est familiarizado com dois exemplos: o nome do ficheiro da imagem e a data e hora em que foi criada. Outras informaes metadata incluem os dados Exif, criados pela maioria das cmaras, e que informam sobre qual o modelo de cmara usado, quais os valores de exposio, e se foi usado ou no o flash.

    modo dE rEproduo

  • Captulo 1. Cmaras E imagEns digitais

    28 EstE livro tEm o apoio da

    quaNDo as coIsas correm mal

    De acordo com a lei de Murphy, se h alguma coisa que possa correr mal, isso acontecer certamente. Aqui esto algumas das barreiras que ter de enfrentar com uma cmara digital.

    Se a cmara parecer estar desligada, pode simplesmente estar em modo de descanso. Quando no utiliza nenhum controlo durante determinado espao de tempo, a cmara entra nesse modo para poupar a bateria. Para a reactivar basta premir o boto do obturador at meio. Aps um longo perodo de inactividade, algumas cmaras desligam-se completamente e ter de lig-las novamente. possvel alterar o intervalo de tempo necessrio para que qualquer uma destas aces ocorra.

    No conseguir ligar a cmara, as baterias estiveram descarregadas ou forem removidas, ou no tiver inserido o carto de memria.

    Se a sua bateria acaba rapidamente, pare de utilizar o ecr para enquadrar e reproduzir fotografias. Se estiver frio, mantenha as baterias ou a cmara dentro do casaco.

    Quando ligar a cmara, aparece um cone no painel de controlo que indica se a bateria est totalmente carregada, a ficar fraca, ou quase descarregada e a precisar de ser substituda imediatamente. aconselhvel levar sempre baterias suplentes com a carga completa.

    Quando liga a cmara pode ser apresentada uma mensagem de erro se houver algum problema com o carto de memria ou com a cmara.

    Se no conseguir captar imagens, isso pode dever-se ao facto de o carto de memria estar cheio. Para libertar espao para novas fotografias, transfira as imagens para um computador e formate o carto de memria, apague algumas fotos que no quer, ou mude para um tamanho de imagem inferior.Muitas cmaras tambm no disparam at que a imagem esteja focada.

    Para controlar qual a parte da cena que a cmara dever focar, leia o manual do utilizador da sua cmara para perceber como funciona o foco nos vrios modos de exposio.

    Se a luz auxiliar de focagem piscar quando pressiona o obturador at meio, a cmara pode estar com dificuldade em fixar o foco.

    Se a luz do flash piscar quando prime o boto do obturador at meio, o flash est a carregar. Liberte o obturador por alguns segundos e tente novamente.

    Se as fotografias com flash ficarem escuras, provavelmente estar demasiado distante do assunto. A maioria dos flashes incorporados s consegue iluminar assuntos a cerca de trs metros de distncia, no tm potncia suficiente para iluminar assuntos demasiado distantes.

    Se as fotografias ficarem demasiado claras quando utilizar o flash, pode ter de reduzir a potncia do flash.

    Se as suas fotografias ficarem desfocadas, pode no ter a cmara firme quando dispara o obturador. As maiorias das imagens desfocadas deve-se ao impulso demasiado brusco quando dispara o obturador. Mas tambm pode estar muito prximo do assunto, ou o motivo pode estar a deslocar-se demasiado rapidamente.

    Nunca tire fotografias ao sol ou a outras fontes de luz intensa. Isso pode prejudicar os seus olhos ou danificar o sensor de imagem da cmara.

    Se os resultados no forem os esperados, isso pode dever-se ao facto de a cmara estar a assumir parmetros que definiu anteriormente. Algumas cmaras memorizam as alteraes de parmetros que fez, mesmo depois de a desligar e voltar a ligar. Verifique se a sua cmara tem uma opo que reponha os parmetros predefinidos de origem.

    Pense bem antes de apagar ficheiros ou formatar o seu carto de memria. fcil perder ficheiros. Se alguma vez apagar fotos ou formatar um carto por engano, a nica alternativa tentar recuperar as imagens com um software - basta fazer uma pesquisa na internet por digital image recovery, para os encontrar online.

    Os cones do painel de controlo ou do ecr da cmara indicam o estado da bateria. Esses cones, muitas vezes semelhantes aos aqui apresentados, indicam quando a bateria est completamente carregada ( esquerda) e fraca ( direita).

    diCas

    Antes de cada sesso verifique que:

    A objectiva est limpa. A bateria est carregada. O carto de memria est na cmara e tem espao suficiente. Todos os parmetros esto em conformidade com o que pretende.

  • 2 EstE livro tEm o apoio da

    http://www.photocourse.com/itext/exposure/

    seNsores De Imagem - INtroDuo

    As origens da fotografia digital estendem-se a cerca de 200 anos. Comeando pela primeira cmara, que no era mais que uma caixa preta com uma objectiva para focar a imagem, uma abertura para determinar a intensidade da luz e um obturador para definir durante quanto tempo a luz entrava. A grande diferena entre uma cmara de filme tradicional e uma digital a forma como captam a imagem. Em vez de pelcula, as cmaras digitais utilizam um dispositivo de circuito integrado chamado sensor da imagem. Em algumas cmaras digitais utiliza-se um sensor CCD (charge-coupled device), enquanto noutras aplicado um sensor CMOS. Ambos os tipos de sensor permitem ptimos resultados. Na superfcie destes pequenos chips de silcio, do tamanho de uma unha, h milhes de dodos sensveis luz, cada um dos quais capta um nico pixel da imagem.

    Um sensor de imagem assenta sobre um fundo ampliado dos seus pxeis quadrados, cada um dos quais tem a capacidade de capturar um pxel da imagem final. Imagem cortesia da IBM.

    Quando tira uma fotografia, o obturador da cmara abre por instantes e cada pxel do sensor da imagem grava a intensidade da luz que o atinge, acumulando fotes. Quanto maior a quantidade de luz que atinge um pixel, mais fotes sero gravados. Os pxeis que captarem as altas luzes de uma cena tero muitos fotes e os que captarem as sombras tero menos.

    No final da exposio, quando o obturador fecha, os fotes de cada pxel so contabilizados e convertidos para valores digitais. Estas sries de nmeros so depois utilizadas para reconstruir a imagem, definindo a cor e o brilho da combinao dos pxeis num ecr ou numa prova impressa.

    Clique para explorar como a exposio determina o quo escuras ou claras ficaro as imagens.

    Um CCD semelhante a uma sanduche de trs camadas. A camada inferior contm os fotododos. Sobre ela est uma camada de filtros coloridos que determinam qual a cor que cada um dos dodos regista. Por fim, a camada do topo contm lentes microscpicas que concentram a luz. Imagem cortesia da Fujifilm.

    sEnsorEs dE imagEm - introduo

  • Captulo 1. Cmaras E imagEns digitais

    30 EstE livro tEm o apoio da

    http://www.photocourse.com/itext/CCD/

    seNsores De Imagem tIPos

    Com as cmaras de filme era possvel utilizar qualquer tipo de pelcula. Era a pelcula escolhida que dava ao fotgrafo determinado tipo de cores, tons e gro. Se um tipo de pelcula registava imagens com cores demasiado frias ou quentes, bastava mudar para outro tipo. Com as cmaras digitais a pelcula uma parte permanente da cmara, e comprar uma cmara assemelha-se em muito escolha da pelcula a usar. Tal como na era do filme, os diferentes sensores da imagem tambm interpretam as cores de formas diferentes, e o mesmo acontece com o gro, com a sensibilidade luz e por a fora. S poder avaliar esses aspectos examinando algumas fotografias captadas com determinada cmara ou lendo artigos de revistas da especialidade.

    Inicialmente os CCD eram os nicos sensores de imagem utilizados em cmaras digitais. J tinham sido desenvolvidos eficazmente para aplicar a telescpicos astronmicos, scanners e cmaras de vdeo. No entanto actualmente h uma alternativa bem implementada, o sensor de imagem CMOS. Tanto o sensor CCD como o CMOS captam a luz atravs de uma grelha de pequenos fotododos colocada na sua superfcie. Diferem apenas na forma como processam a imagem e so fabricados.

    O sensor de imagem CCD. O CCD (charged-couple device) recebeu esta designao devido forma como as cargas nos pxeis so lidas depois da exposio. As cargas da primeira fila so transferidas para um local do sensor chamado read out register. A partir da so encaminhados para um amplificador e depois para um conversor analgico-para-digital. Cada vez que uma fila lida e as suas cargas no read out register so eliminadas, a prxima fila introduzida e todas as outras acima descem uma fila. Desta forma, com cada fila associada fila superior, cada uma das filas de pxeis lida uma de cada vez.

    O sensor de imagem CMOS. Os sensores de imagem so produzidos em fbricas chamadas wafer foundries, onde os minsculos circuitos e os dispositivos so introduzidos em chips de silcio. O maior problema dos CCD reside no facto de serem criados em fundies que recorrem a processos especializados e caros, que apenas podem ser utilizador para fabricar outros CCD. Por outro lado, as fundies maiores adoptaram um processo diferente, chamado CMOS (Complementary Metal Oxide Semiconductos) para produzir milhes de chips para processadores de computadores e memrias. O CMOS de longe o mais comum e mais rentvel processo de produo de chips a nvel mundial. A utilizao dos mesmos processos e equipamentos para produzir os sensores de imagem CMOS, permitiu baixar incrivelmente os custos de produo, pois os custos fixos da instalao fabril so cobertos por um nmero muito maior de dispositivos. Como resultado desta economia, os custos de fabrico de uma bolacha (wafer) CMOS so significativamente mais baixos que os do fabrico de uma bolacha semelhante atravs do processo especializado do CCD. Os custos tornam-se ainda mais baixos porque no mesmo chip de um sensor de imagem CMOS possvel incluir circuitos de processamento. Com os CCD, estes circuitos de processamento tm de ser criados num outro chip.

    Apesar das diferenas, estes dois tipos de sensores so capazes de produzir excelentes resultados e ambos so utilizados pelas principais marcas de cmaras. A Canon e a Nikon utilizam sensores CMOS nas suas reflex digitais topo de gama, tal como muitos outros fabricantes.

    Esta imagem mostra uma ampliao dos pxeis de um sensor de imagem. Imagem cortesia da IBM.

    Uma bolacha de silcio, utilizada para fazer sensores de imagem.

    Clique para ver de onde provm o nome charge-coupled device.

  • 31 EstE livro tEm o apoio da

    http://www.photocourse.com/itext/pixels/pixels.pdf

    http://www.photocourse.com/itext/pixelresolution/

    Image seNsorsImage sIze

    Quando capturamos uma imagem, o nmero de pxeis usados para o fazer (s vezes referidos como resoluo ou contagem de pxeis (pixel count)), tem uma enorme influncia na dimenso da imagem impressa ou exibida no ecr. Quanto maior o nmero de pxeis utilizado maior ser o detalhe e nitidez dos contornos. Como os nmeros importam, o melhor fotografar partida com a melhor qualidade de imagem disponibilizada pela cmara. sempre possvel diminuir o tamanho da imagem num programa de edio, mas no aument-lo sem interferir na qualidade original.

    O tamanho em pxeis de uma imagem especificado de duas formas pelas suas dimenses em pxeis, ou pelo nmero total de pxeis que contm. Por exemplo, podemos dizer que uma imagem tem 4368 2915 pxeis (em que significa por, ou seja 4368 por 2912), ou 12,7 milhes de pxeis (4368 multiplicado por 2912). Como o termo megapxel usado para indicar um milho de pxeis, uma imagem com 12 milhes de pxeis pode ser designada como uma imagem com 12 megapxeis.

    As dimenses das imagens so expressas em pxeis (4368 2912) ou em nmero total de pxeis (12 719 616).

    Clique para ver como um nmero maior de pxeis forma uma imagem mais ntida.

    No importa quantos pxeis tem uma imagem, quando demasiado ampliada ela comea a perder nitidez e eventualmente, comeamos a ver os pxeis um efeito chamado pixelizao. como as impresses tradicionais com emulso de sais de prata, em que se comea a ver o gro quando a imagem ampliada a partir de um certo tamanho. Quanto maior for o nmero de pxeis de uma imagem maior pode ser a sua dimenso no ecr ou no papel antes de ficar pixelizada. No entanto, mesmo com cmaras acessveis de 6 e 8 megapxeis, a maior parte das imagens dificilmente chegar a esse ponto, mesmo quando ampliadas para 20 25 cm.

    Ao nvel da edio tambm vantajoso ter imagens de tamanhos superiores. No s porque assim possvel reenquadr-las, mas tambm porque mais fcil trabalhar o balano da cor, as matizes, a saturao, o brilho e o contraste, pois h mais informao na imagem.

    Os pxeis quadrados so organizados para formar linhas e contornos curvos numa imagem. Quanto mais pxeis forem usados, mais suaves sero essas curvas. Aqui, o mesmo crculo vermelho est representado por 4, 12 e 24 pxeis. Quando so adicionados mais pxeis, os contornos so redefinidos e a forma comea a parecer-se mais com o original.

    sEnsorEs dE imagEm. tamanho da imagEm

  • Captulo 1. Cmaras E imagEns digitais

    32 EstE livro tEm o apoio da

    http://www.photocourse.com/itext/pixels/pixels.pdf

    http://www.photocourse.com/itext/pixelzoom/

    Depois de realizar estes ajustes, possvel reduzir o ficheiro para o tamanho desejado.Como seria de esperar, o custo da cmara aumenta em proporo com o tamanho do sensor de imagem. Apesar dos sensores maiores poderem obter imagens mais ntidas e melhores ampliaes, tambm criam ficheiros de imagem mais pesados. Esses ficheiros no s ocupam mais espao de armazenamento, como tambm demoram mais a transferir, processar e editar, e so geralmente demasiado grandes para enviar por correio electrnico ou publicar numa pgina Web. As imagens mais pequenas, com 800 x 600 pixeis so perfeitas para publicao na Web, anexos de correio electrnico, pequenas impresses ou para inserir em documentos e apresentaes.Para estas funes, as resolues maiores apenas vo aumentar o tamanho do ficheiro, sem melhorar significativamente a qualidade das imagens.

    escolher tamaNhos De ImagemA cmara utilizada determina o tamanho mximo possvel para as imagens, mas tambm permite escolher tamanhos inferiores. Aqui esto algumas regras sobre o tamanho da imagem necessrio para determinados objectivos:

    Na Internet, as imagens publicadas tm dimenses de 1280 x 1024, 1152 x 864, 1024 x 768, 800 x 600, ou 640 x 480. H alguns anos atrs, um monitor de 1024 x 768 era invulgar, portanto a maior parte das pessoas assumiram que o menor denominador comum para a resoluo de monitores era de 640 x 480 ou, no mximo 800 x 600. Por esta razo, as imagens para enviar por correio electrnico ou publicar na Web, devero ter uma resoluo semelhante ou inferior a estas no mais de 800 pxeis de largura. Isso assegura que as imagens sero exibidas correctamente na maioria dos computadores. Se a imagem for demasiado grande, os utilizadores no podero visualiz-la de uma vez e sero obrigados a percorr-la no monitor. Se a imagem for demasiado pequena, perder pormenores.O tamanho tambm afecta a velocidade com que as imagens viajam na Web. Com imagens menores (e mais comprimidas) o processo mais rpido, pelo que as pessoas podero v-las mais depressa.

    Para impressoras a laser ou de jacto de tinta so necessrias imagens com dimenses entre os 200 e os 300 pxeis por polegada. Se a cmara capturar imagens com mais de 2400 pxeis de largura, pode-se esperar um bom resultado em impresses com at 30 cm de largura.

    Uma das vantagens de uma imagem maior que d a liberdade de a reenquadrar e ainda assim ficar com um tamanho razovel.

    Quando uma imagem digital exibida ou impressa com o tamanho correspondente ao seu nmero de pxeis (esquerda), aparece como uma fotografia normal. Quando demasiado ampliada (direita) os pxeis comeam a aparecer.

    Clique para ver os efeitos da pixelizao ao ampliar uma imagem.

  • 33 EstE livro tEm o apoio da

    http://www.photocourse.com/itext/imagesize/

    Aqui esto os tamanhos relativos das imagens impressas ou exibidas em 10 x 12 cm. A maior (1500 x 1200 pxeis) impressa a 300 pontos por polegada (dpi). A mais pequena (360 x 288) exibida num ecr a 72 pontos por polegada. Apesar de terem tamanhos muito diferentes em pxeis, as diferentes sadas iro apresent-las do mesmo tamanho.

    sEnsorEs dE imagEm. tamanho da imagEm

    Quando a imagem impressa numa grfica, como por exemplo, para um catlogo, os pxeis da imagem sero impressos como pontos numa pgina.

    O nmero de pxeis de uma imagem, por vezes referido como resoluo, determina o tamanho da imagem exibida no ecr ou o tamanho mximo para uma impresso ntida.

    resolues do eCr

    CGA 320 x 200 EGA 640 x 350 VGA 640 x 480 SVGA 800 x 600 XGA 1024 x 768 SXGA 1280 x 1024 WXGA 1366 x 768 SXGA+ 1400 x 1050 UXGA 1600 x 1200 WSXGA+ 1680 x 1050 WUXGA 1920 x 1200 QXGA 2048 x 1536 QSXGA 2560 x 2048 QUXGA 3200 x 2400 WQUXGA 3840 x 2400

    As fotografias impressas numa grfica so primeiramente filtra