Manual de Fundamentos Da Pedagogia

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Neste manual caro estudante, irá estudar aspectos relacionados com:1-O objecto de estudo da Pedagogia como Disciplina Cientifica e sua evolução histórica;2-A importância do estudo da Pedagogia no processo de ensino-aprendizagem e os seus métodos de estudo;3-Caracterização da educação como processo e fenómeno social;4-Descrição dos diferentes tipos de educação, nomeadamente: formal, não formal, bem como o papel dos agentes de socialização;5-Caracterização da educação como um processo de formação de valores, atitudes e convicções morais e patrióticas.

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FACULDADE DE CINCIAS DE EDUCAO E PSICOLOGIA

LICENCIATURA/BACHARELATO EM ENSINO BSICO

M A N U A L I ID EFUNDAMENTOS DA PEDAGOGIA

M A P U T O / 2 0 1 5FUNDAMENTOS DA pedagogia

Viso geral do curso

Neste manual caro estudante, ir estudar aspectos relacionados com:1-O objecto de estudo da Pedagogia como Disciplina Cientifica e sua evoluo histrica;2-A importncia do estudo da Pedagogia no processo de ensino-aprendizagem e os seus mtodos de estudo;

3-Caracterizao da educao como processo e fenmeno social;4-Descrio dos diferentes tipos de educao, nomeadamente: formal, no formal, bem como o papel dos agentes de socializao;5-Caracterizao da educao como um processo de formao de valores, atitudes e convices morais e patriticas.

Objectivos de aprendizagem:Ao concluir o estudo dos temas constantes deste manual voc ser/dever ser capaz de:1-Definir o objecto de estudo da Pedagogia como Disciplina Cientifica e sua evoluo histrica;2-Descrever a importncia do estudo da Pedagogia no processo de ensino-aprendizagem e os seus mtodos de estudo,Caracterizar a educao como processo e fenmenos social;3-Descrever os diferentes tipos de educao, nomeadamente: formal, no formal, bem como o papel dos agentes de socializao;4-Caracterizar a educao como um processo de formao de valores, atitudes e convices morais e patriticas.

7Lio 1 -A Pedagogia como Cincia Lio 2- O objecto de estudo9Lio 3 -Ramos de estudo da Pedagogia11Lio 4 -O papel da Pedagogia13Lio 5 -Mtodos de estudo da Pedagogia15Lio 6 -A educao como processo e fenmeno social17Lio 7 -Tipos de educao Formal19Lio 8 -Tipos de educao No -Formal21Lio 9 -Tipos de educao Informal23Lio 10 -Influencia dos agentes de socializao a famlia25Lio 11 -Influencia dos agentes de socializao a comunidade27Lio 12 -Influencia dos agentes de socializao os grupos de coetneos29Lio 13 -Influencia dos agentes de socializao a escola31Lio 14 -Influncia dos agentes de socializao os grupos sociais33Lio 15 -Influncia dos agentes de socializao os meios de comunicao de massas35Lio 16 -A educao com um processo multifacetado37Lio 17 -Viso geral da Histria da Educao39Lio 18 -Histria da Educao em Moambique41Lio 19 -Histria da Educao Tradicional em Moambique43Lio 20 -Histria da Educao Colonial em Moambique45

No h nem nas cincias experimentais, nem mesmo na matemtica, posies definitivas e irreformveis. Toda a verdade cientfica aparece, em certo sentido, como provisria, susceptvel de reviso, de aperfeioamento, s vezes mesmo de uma completa reposio em causa. Todos os conhecimentos cientficos so aproximados, quer pela imperfeio das observaes experimentais em que se fundam, quer pela necessria abstraco e esquematizao com que so tratados. Os conceitos de adequao total e perfeita devem ser substitudos pelos de aproximao e validez limitada. Esta nova mentalidade cientfica que deve ser mantida num s equilbrio principalmente o fruto de numerosas crises e revolues da cincia (...).

Finalmente, um ltimo carcter do conhecimento cientfico a autonomia relativamente Filosofia e f. A cincia tem o seu prprio campo de estudo, o seu mtodo prprio de pesquisa, uma fonte independente de informaes que a Natureza. (...) Isto no significa que a Filosofia no possa e no deva levar a termo uma indagao crtica sobre a natureza da cincia, sobre os seus mtodos e os seus princpios [uma indagao levada a cabo pela Epistemologia -- nota d'O Canto] e que o cientista no possa tirar vantagem do conhecimento reflexivo, filosfico e crtico da mesma actividade de cientista. (...) Mas em nenhum caso a cincia poder dizer-se dependente de um sistema filosfico ou poder encontrar numa tese filosfica uma barreira-limite que impea a priori a aplicao livre e integral do seu mtodo de pesquisa. E o mesmo se dir no que respeita f: ela poder constituir uma norma directriz e prudencial para o cientista, enquanto homem e crente, nunca ser uma norma positiva ou restritiva para a cincia enquanto tal.

O conhecimento multifacetado e com vrias classificaes. Segundo Morin, no se tem mais um porte seguro para o mesmo. Mas dentro da tradio positivista, o conhecimento precisa de alguns pr-requisitos para ser cientfico. Dentro das Cincias Naturais, este so os critrios para ser cientfico. No entanto, em outras reas, segue outros critrios.

O conhecimento cientfico fctico: Parte dos factos, respeita-os at certo ponto e sempre retorna a eles. A cincia procura descobrir os factos tais como so, independentemente do seu valor emocional ou comercial: a cincia no poetiza os factos. Em todos os campos, a cincia comea por estabelecer os factos: isto requer curiosidade impessoal, desconfiana pela opinio prevalecente e sensibilidade novidade. (...). Nem sempre possvel, nem sequer desejvel, respeitar inteiramente os factos quando se analisam, e no h cincia sem anlise, mesmo quando a anlise apenas um meio para a reconstruo final do todo. O fsico perturba o tomo que deseja espiar; o bilogo modifica e pode inclusive matar o ser vivo que analisa; o antroplogo, empenhado no seu estudo de campo de uma comunidade, provoca nele certas modificaes. Nenhum deles apreende o seu objecto tal como , mas tal como fica modificado pela suas prprias operaes. (...) O conhecimento cientfico transcende os factos: pe de lado os factos, produz factos novos e explica-os. O senso comum parte dos factos e atm-se a eles: amide, limita-se ao facto isolado, sem ir muito longe no trabalho de o correlacionar com outros, ou de o explicar. Pelo contrrio, a investigao cientfica no se limita aos factos observados: os cientistas exprimem a realidade a fim de ir mais alm das aparncias; recusam o grosso dos factos percebidos, por serem um monto de acidentes, seleccionam os que julgam relevantes, controlam factos e, se possvel, reproduzem-nos. Inclusive, produzem coisas novas, desde instrumentos at partculas elementares; obtm novos compostos qumicos, novas variedades vegetais e animais e, pelo menos em princpio, criam novas regras de conduta individual e social. (...) H mais: o conhecimento cientfico racionaliza a experincia, em vez de se limitar a descrev-la; a cincia d conta dos factos, no os inventariando, mas explicando-os por meio de hipteses (em particular, enunciados e leis) e sistemas de hipteses (teorias). Os cientistas conjecturam o que h por detrs dos factos observados e, em seguida, inventam conceitos (como os de tomo, campo, classe social, ou tendncia histrica), que carecem de correlato emprico, isto , que no correspondem a perceptos, ainda que presumivelmente se referem a coisas, qualidades ou relaes existentes objectivamente. (...)

A investigao cientfica especializada: uma consequncia da focagem cientfica dos problemas a especializao. No obstante a unidade do mtodo cientfico, a sua aplicao depende, em grande medida, do assunto; isto explica a multiplicidade de tcnicas e a relativa independncia dos diversos sectores da cincia. (...) A especializao no impediu a formao de campos interdisciplinares, como a biofsica, a bioqumica, a psicofisiologia, a psicologia social, a teoria da informao, a ciberntica ou a investigao operacional. Contudo, a especializao tende a estreitar a viso do cientista individual (...).

O conhecimento cientfico claro e preciso: os seus problemas so distintos, os seus resultados so claros. (...) A cincia torna preciso o que o senso comum conhece de maneira nebulosa. (...)

O conhecimento cientfico comunicvel: no inefvel, mas expressvel; no privado, mas pblico. A linguagem cientfica comunica informaes a quem quer que tenha sido preparado para a entender. (...) O que inefvel pode ser prprio da poesia ou da msica, no da cincia, cuja linguagem informativa e no expressiva ou imperativa. (...)

O conhecimento cientfico verificvel: deve passar pelo exame da experincia. Para explicar um conjunto de fenmenos, o cientista inventa conjecturas fundadas de algum modo no saber adquirido. As suas suposies podem ser cautelosas ou ousadas, simples ou complexas; em todo o caso, devem pr-se prova. O teste das hipteses fcticas emprico, isto , observacional ou experimental. (...) Nem todas as cincias podem experimentar; e em certas reas da astronomia e da economia, alcana-se uma grande exactido sem ajuda da experimentao. (...)

A investigao cientfica metdica: no errtica, mas planeada. Os investigadores no tacteiam na obscuridade; sabem o que buscam e como o encontrar. A planificao da investigao no exclui o azar; s que, ao deixar lugar para os acontecimentos imprevistos, possvel aproveitar a interferncia do azar e a novidade inesperada. (...)Todo o trabalho de investigao se baseia no conhecimento anterior e, em particular, nas conjecturas melhor confirmadas. (...) Mais ainda, a investigao procede de acordo com regras e tcnicas que se revelaram eficazes no passado, mas que so aperfeioadas continuamente, no s luz de novas experincias, mas tambm de resultados do exame matemtico e filosfico.

O conhecimento cientfico sistemtico: uma cincia no um agregado de informaes desconexas, mas um sistema de ideias ligadas logicamente entre si. Todo o sistema de ideias, caracterizado por um certo conjunto bsico (mas refutvel) de hipteses peculiares, e que procura adequar-se a uma classe de factos, uma teoria. (...) O carcter matemtico do conhecimento cientfico -- isto , o facto de ser fundado, ordenado e coerente -- que o torna racional. A racionalidade permite que o progresso cientfico se efectue no s pela acumulao gradual de resultados, mas tambm por revolues. (...)

O conhecimento cientfico geral: situa os factos singulares em hipteses gerais, os enunciados particulares em esquemas amplos. O cientista ocupa-se do facto singular na medida em que este membro de uma classe, ou caso de uma lei; mais ainda, pressupe que todo o facto classificvel, o que ignora o facto isolado. Por isso, a cincia no se serve dos dados empirstico-- que sempre so singulares -- como tais; estes so mudos enquanto no se manipulam e convertem em peas de estrutura tericas. (...)

O conhecimento cientfico legislador: busca leis (da natureza e da cultura) e aplica-as. O conhecimento cientfico insere os factos singulares em regras gerais chamadas "leis naturais" ou "leis sociais". Por detrs da fluncia ou da desordem das aparncias, a cincia factual descobre os elementos regulares da estrutura e do processo do ser e do devir. (...)

A cincia explicativa: tenta explicar os factos em termos de leis e as leis em termos de princpios. Os cientistas no se conformam com descries pormenorizadas; alm de inquirir como so as coisas, procuram responder ao porqu: porque que ocorrem os factos tal como ocorrem e no de outra maneira. A cincia deduzas proposies relativas aos factos singulares a partir de leis gerais, e deduz as leis a partir de enunciados nomolgicos ainda mais gerais (princpios).

O conhecimento cientfico preditivo: transcende a massa dos factos de experincia, imaginando como pode ter sido o passado e como poder ser o futuro. A previso , em primeiro lugar, uma maneira eficaz de pr prova as hipteses; mas tambm a chave do controlo ou ainda da modificao do curso dos acontecimentos. A previso cientfica, em contraste com a profecia, funda-se em leis e em informaes especficas fidedignas, relativas ao estado de coisas actual ou passado. (...)

A cincia aberta: no reconhece barreiras a priori, que limitem o conhecimento: Se o conhecimento fctico no refutvel em princpio, ento no pertence cincia, mas a algum outro campo. As noes acerca do nosso meio natural ou social, ou acerca do nosso eu, no so finais; esto todas em movimento, todas so falveis. Sempre possvel que possa surgir uma nova situao (novas informaes ou novos trabalhos tericos) em que as nossas ideias, por firmemente estabelecidas que paream, se revelem inadequadas em algum sentido. A cincia carece de axiomas evidentes; inclusive, os princpios mais gerais e seguros so postulados que podem ser corrigidos ou substitudos. Em virtude do carcter hipottico dos enunciados de leis, e da natureza perfectvel dos dados empricos, a cincia no um sistema dogmtico e fechado, mas controvertido e aberto. Ou melhor, a cincia aberta como sistema, porque falvel, por conseguinte, capaz de progredir.

Conceitos principais no estudo da Pedagogia

Considerando que na lngua cientfica no se admite a sinonmia, se pode dizer, cientificamente "falando", que educao, ensino e instruo no so sinnimos.

1-O QUE EDUCAO ?

Desde a poca de Plato, o termo educao foi centro dos debates.

Para ele era dar ao corpo e a alma toda beleza e perfeio que seja possvel.

mile Durkheim a considerava a preparao para a vida. Para Pestalozzi, a educao do ser humano deve responder s necessidades de seu destino e s leis de sua natureza.

Para Jos Mart, depositar em cada homem toda a obra da humanidade vivida, preparar o ser humano para a vida.

Segundo o ICCP (1988) se entende por educao o conjunto de influncias que exerce a sociedade sobre o indivduo. Isso implica que o ser humano se educa durante toda a vida.

A educao consiste, ante todo, em um fenmeno social historicamente condicionado e com um marcado carcter classista. Atravs da educao se garantir a transmisso de experincias de uma gerao outra. (ICCP, 1988, p.31)

Segundo Lnin, V (apud. ICCP, 1988), a educao uma categoria geral e eterna, pois parte inerente da sociedade desde seu surgimento. Tambm, a educao constitui um elo essencial no sucessivo desenvolvimento dessa sociedade, a ponto de no conceber progresso histrico-social sem sua presena.

Para Martins,J (1990), a educao um processo de aco da sociedade sobre o educando, visando entreg-lo segundo seus padres sociais, econmicos, polticos, e seus interesses. Reconhece-se aqui a necessria preparao para a vida, j referida em outras definies e que s se logra a atravs de convices fortes e bem definidas de acordo com esses padres.

Para uns, Educao processo, para outros categoria, ou fenmeno social, ou preparao, ou conjunto de influncias, e muitos conceitos mais.

Ainda seguindo a linha de pensamento de J. Martins, (1990),se concorda que a educao tem as seguintes caractersticas:

fato histrico, pois se realiza no tempo;

um processo que se preocupa com a formao do homem em sua plenitude;

Busca a integrao dos membros de uma sociedade ao modelo social vigente;

Simultaneamente, busca a transformao da sociedade em benefcio de seus membros;

um fenmeno cultural, pois transmite a cultura de um contexto de forma global;

Direcciona o educando para o auto conscincia;

ao mesmo tempo, conservadora e inovadora. (MARTINS, J, 1990, p.23)

Deve-se analisar que a educao, mais que processo, mais que conjunto de influncias, e outras, uma actividade. Como toda actividade tem orientao, por tanto pode ser planejada.

processo, pois est constituda por aces e operaes que devem ser executadas no tempo e no espao concreto. resultado que expressa ou manifesta uma cultura, como fato scio-histrico.

Portanto, a educao uma actividade social, poltica e econmica, que se manifesta de diversas formas e que seu sistema de aces e operaes exercem influncias na formao de convices para o desenvolvimento humano do ser social e do ser individual.

Neste ltimo aspecto vale destacar que o ser humano que se pretende construir, desde a ptica como ser social deve ser desenvolvido simultaneamente nos planos, fsico e intelectual, que tem conscincia clara de suas possibilidades e limitaes. Um homem munido de uma cultura que lhe permita conhecer, compreender e reflectir sobre o mundo. (MARTINS,J 1990, p. 22)

O processo pedaggico, como aspecto consciente dentro do planeamento educacional, surge a partir das mudanas sofridas pela sociedade e com o objectivo de construir determinado prottipo de ser humano. Por isso, um dos meios importantes para influir na construo desse novo ser, atravs do adequado planeamento educacional. Os programas, planos, e projectos, resultados dessas actividades de gesto educativa, sejam introduzidos e generalizados como forma ideal para orientar, executar e controlar o trabalho educativo.2-O QUE ENSINO?

Segundo Baranov, S.P. et al (1989, p. 75) o ensino "um processo bilateral de ensino e aprendizagem". Da, que seja axiomtico explicitar que no existe ensino sem "aprendizagem".

Para Neuner, G. et al (1981, p. 254) "a linha fundamental do processo de ensino a transmisso e apropriao de um slido sistema de conhecimentos e capacidades duradouras e aplicveis." Destaca-se, por um lado, neste conceito a meno de "um slido sistema de conhecimento", e por outro lado, as "capacidades duradouras e aplicveis". No primeiro caso, referindo-se ao processo de instruo que procura atingir a superao dos discentes e o segundo caso ao treino, como forma de desenvolver as capacidades.

O ICCP (1988, p. 31) define " o ensino como o processo de organizao da actividade cognoscitiva" processo que se manifesta de uma forma bilateral: a aprendizagem, como assimilao do material estudado ou actividade do aluno, e o ensino como direco deste processo ou actividade do professor.

Portanto, o ensino, como objecto de estudo e pesquisa da Didctica, uma actividade direccionada por docentes formao qualificada dos discentes. Por isso, na implementao do ensino se do a instruo e o treino, como formas de manifestar-se, concretamente, este processo na realidade objectiva.

Diferenciando Educao, de Ensino, seria interessante reflectir com as palavras de J.M. Guyau, quando diz que "educar a um homem no ensinar alguma coisa que no sabia, seno fazer dele o homem que no existia." (GUYAU, J apud. ISIS, J. 1976, p. 14)

3-O QUE INSTRUO?

Este um termo que tem sido utilizado indistintamente para se referir ao que se define como educao, e tambm tem sido empregado com a denotao dada aqui de ensino. Isso traz consigo um grande dilema. Suma-se a essa ambiguidade do termo, o fato de erros de traduo de um idioma a outro. Mas como o objectivo no fazer a histria das denotaes desta palavra, se passa a delimitar sua concepo neste trabalho.

Segundo Baranov, et al. (1989, p. 22) "a instruo constitui o aspecto da educao que compreende o sistema de valores cientficos culturais, acumulados pela humanidade". Nesta perspectiva nota-se a coincidncia com o prprio termo de educao. A instruo, no directamente um aspecto da educao, mas bem, deve ser considerado como um elemento que aperfeioa o processo educativo, o que diferente

Se estes autores estiveram certos, no existiriam pessoas bem instrudas, pessoas j formadas, mas mal educadas. Ou tambm, no existiriam analfabetos, sem alguma instruo, com uma boa educao.

muito mais preciso, desde a ptica deste trabalho, o conceito de instruo valorado pelos alemes Neuner, G, et al. (1981, p. 112) enfatizando que na literatura pedaggica o conceito de instruo se emprega, na maioria das vezes, com a significao de ministrar e assimilar conhecimentos e habilidades, com a formao de interesses cognoscitivos e talentos, e com a preparao para as actividades profissional.

O ICCP (1988), tambm valora a instruo com essa mesma perspectiva profissionalizante quando expressa que:

O conceito expressa o resultado da assimilao de conhecimentos, hbitos, e habilidades; se caracteriza pelo nvel de desenvolvimento do intelecto e das capacidades criadoras do homem. A instruo pressupe determinado nvel de preparao do individuo para sua participao numa ou outra esfera da actividade social.

Portanto, a instruo, como manifestao concreta do ensino, uma aco didctica que desenvolve o intelecto e a criatividade dos seres humanos com conhecimentos e habilidades que os prepara para desenvolver actividades scio-culturais. Como o dissemos anteriormente que na lngua cientfica no admite os conceitos de Educao, Ensino e Instruo como sinnimos, pois designam realidades diferentes. A Educao se centra na formao do ser humano, especificamente na construo da personalidade, enquanto o Ensino reflecte o processo de optimizao da aprendizagem, a qual ajuda na formao do ser humano, j a Instruo uma forma de manifestar-se o ensino, onde se focaliza os aspectos de conhecimentos e saberes da realidade objectiva e subjectiva.4-Personalidade- o conjunto de qualidades politicas, sociais, culturais, que se formam pela interacao entre o individuo e a sociedade onde se encontra integrado.5-Socializacao o processo de aquisio das manifestaes scio-culturais da sociedade por parte indivduos, relativamente mais novos ou recm - chegados;

Licao 1A PEDAGOGIA COMO CINCIA, BREVE HISTORIALIntroduoA Pedagogia como cincia, tem uma longa histria. Os seus primeiros estudos emergiram, com a origem e o desenvolvimento da prpria civilizao, como alis aconteceu com outras cincias. A Pedagogia teve os seus primeiros grandes estudos nas obras dos clssicos da antiguidade: Plato (427-347); Aristteles (384-322); entre outros.

Seu surgimento sustenta-se a partir da definio de seu objecto de estudo a educao.

O progresso da educao no poderia se fundamentar s com a experincia do dia-a-dia e conjecturas de pensadores. Era necessrio o surgimento de uma cincia que desse a esse objecto de estudo uma sustentao cientifica e tecnolgica.

As obras de Comenius, Rousseau, Kant, Hegel, Herbart, Chemischevski, Pestalozzi, Diesterweg e Ushinski, entre outros intelectuais, ajudaram a independncia da Pedagogia como cincia particular.

Os clssicos do Materialismo Histrico e Dialctico, Marx e Engels, elaboraram os fundamentos que permitiram sustentar a cientificidade desta.

Ao concluir esta unidade voc ser capaz de:

A Pedagogia do grego: peids+Agog = (criana+conduo) a cincia que estuda, teoriza sobre a educao, investigando sua natureza, finalidades e contedos.

Assim, a Pedagogia aparece como cincia ou disciplina cujo objectivo a reflexo, ordenao, a sistematizao e a crtica do processo educativo.

No cumprimento do seu papel a Pedagogia conta com os seguintes ramos de estudos prprios:

- Teoria da Educao, Didcticas, Organizao Escolar, que integra a Administrao Escolar, Orientao pedaggica e Superviso Educacional; Histria da Educao, Filosofia da Educao, e busca em outras cincias esclarecimento que concorrerem para a elucidao de fenmenos educativos como: Antropologia Cultural, Sociologia de Educao e outras.

A Pedagogia apresenta-se simultaneamente como uma filosofia, uma cincia, uma arte e uma tcnica de educao.

Existem muitas pedagogias conforme as ideologias: Crista, Progressista, Positiva, Negativa ou mtodos e finalidades de estudos:

1. Pedagogia compressiva -Pedagogia Preventiva; - Pedagogia Correctiva; - Pedagogia Emprica; -Pedagogia Experienciada; -Pedagogia Experimental e -Pedagogia Institucional;

2. A Pedagogia Compressiva constitui um procedimento preventivo, tomando em ateno todas as intervenes que caracterizam cada uma das fases no sentido de se evitar os obstculos eventuais a sua realizao. Ope-se em teoria a pedagogia correctiva.

3. Pedagogia Correctiva: - desempenha uma funo reconhecida ao tratamento pedaggico pela qual a partir dos dados de um teste diagnostico e do conhecimento experimental das causas das deficincias registadas e do valor das intervenes se pretende preencher o afastamento entre aquilo que e obtido e aquilo que e esperado.

4. Diz-se da Pedagogia que recorre ao resultado imediato sem ter em conta o estabelecimento da ligao com as leis ou teorias e sem se preocupar com a verificao. A Pedagogia Emprica visa directamente a aco, enquanto a Experimental, visa a descoberta e a verificao das causas, das determinadas condies. Distingue-se, igualmente da Pedagogia Experimental pelo facto desta dar mais importncia aos resultados enquanto a segunda considera mais o vivido pelo indivduo.

5. A Pedagogia Experienciada- e aquela que resulta da transposio por vezes prematura das teorias pertencentes as cincias conexas tais como: a Biologia, a sociologia, a Psicologia, etc, dando esta transposio lugar a situaes ou experiencias pedaggicas vividas, por vezes intransmissveis e jamais submetidas ao controlo experimental.

6. Pedagogia Institucional corrente pedaggica que procura aplicar a analise institucional as formaes escolares e elaborada a partir da constatao de que as estruturas actuais das instituies pedaggicas visam exclusivamente submeter os alunos as normas sociais sem se preocuparem com o seu desenvolvimento individual.

7. Pedagogia Experimental, nome dado a investigao em pedagogia que utiliza o mtodo experimental quer dizer aquele que supe a verificao de uma hiptese ou uma lei conforme o tema em estudo.

Resumo A Pedagogia do grego: peidos Agog criana conduo uma cincia que estuda, teoriza sobre a educao, investigando sua natureza e finalidades e contedos.

A Pedagogia ocupa-se tambm da reflexo, ordenao, a sistematizao e a crtica do processo educativo

A Pedagogia como cincia, tem uma longa histria. Os seus primeiros estudos emergiram, com a origem e o desenvolvimento da prpria civilizao. como aconteceu com outras cincias. A Pedagogia teve os seus primeiros grandes estudos nas obras dos clssicos da antiguidade: Plato) 427-347; Aristteles 384-322-, entre outros.

Seu surgimento sustenta-se a partir da definio de seu objecto de estudo a educao progresso da educao no poderia se fundamentar s com a experincia do dia-a-dia e conjecturas de pensadores. Era necessrio o surgimento de uma cincia que desse a esse objecto de estudo uma sustentao cientifico tecnolgico.

As obras de Comenius, Rousseau, Kant, Hegel, Herbart, Chemischevski, Pestalozzi, Diesterweg e Ushinski e dos clssicos do Materialismo Histrico e Dialctico, Marx e Engels entre outros intelectuais, ajudaram a independncia da Pedagogia como cincia particular.

Exemplos de tipos de Pedagogias:

Pedagogia compressiva -Pedagogia Preventiva; - Pedagogia Correctiva; - Pedagogia Emprica; -Pedagogia Experienciada; -Pedagogia Experimental e -Pedagogia Institucional cuja caracterizao foi feita na parte inicial da lio;

Lio 2

O Objecto de estudo da pedagogiaIntroduo

A Pedagogia enquanto rea de conhecimento aplicado, que tem por objeto a compreenso e a interveno construtiva nos processos educativos, eminentemente multidisciplinar fundamentando-se na Filosofia e em diversas Cincias. O seu campo especfico se constitui de teorias e prticas que se articulam cada vez mais com outras reas do conhecimento permitindo assim o desenvolvimento de lastros cognoscitivos e das competncias e habilidades requeridas ao Pedagogo.

Ao concluir esta unidade voc ser capaz de: Identificar o objecto de estudo da pedagogiaA Pedagogia a cincia ou disciplina cujo objectivo a reflexo, ordenao, a sistematizao e a critica do processo educativo.

A Pedagogia do grego: peids+Agog = (criana+conduo) a cincia que estuda, teoriza sobre a educao, investigando sua natureza, finalidades, contedos e mtodos. Ocupa-se do estudo sistemtico das prticas educativas que se realizam em sociedade como processos fundamentais da condio humana.

Ela investiga a natureza, finalidades e os processos necessrios as prticas educativas com o objectivo de propor a realizao qualitativa desses processos nos vrios contextos em que essas prticas ocorrem.

No cumprimento do seu papel a Pedagogia conta com os seguintes ramos de estudos prprios:

- Teoria da Educao que estuda os aspectos essenciais do processo educativo como os objectivos, princpios, contedos da educao;

- Didctica Geral que trata das tcnicas ou arte de ensinar; fundamentalmente, sobre a planificao e realizao do ensino, os mtodos, meios didcticos e avaliao, entre outros aspectos.

- Organizao Escolar que integra a administrao escolar, orientao pedaggica, e superviso educacional; que se ocupa da criao de condies humanas, materiais e organizacionais do processo de ensino e aprendizagem;

- Histria da Educao que estuda e analisa as prticas, a evoluo histrica da educao no mundo, envolvendo diversos povos.

- Filosofia da Educao que se ocupa da definio das metas (objectivos) finais que um dado sistema educacional deve atingir num dado Pas ou perodo histrico.

Portanto a Pedagogia ocupa-se do estudo sistemtico das prticas educativas que se realizam em sociedade como processos fundamentais da condio humana.

Ela investiga a natureza, finalidades e os processos necessrios as prticas educativas com o objectivo de propor a realizao qualitativa desses processos nos vrios contextos em que essas prticas ocorrem.

ResumoA Pedagogia ocupa-se do estudo sistemtico das prticas educativas que se realizam em sociedade como processos fundamentais da condio humana. Ela investiga a natureza, finalidades e os processos necessrios as prticas educativas com o objectivo de propor a realizao qualitativa desses processos nos vrios contextos em que essas prticas ocorrem.

Lio 3

Ramos de estudo da pedagogiaIntroduo

A Pedagogia, como vimos, um ramo das cincias de educao que ocupa do estudo/pesquisa dos processos relacionados com a educao do Homem. Analisa os objectivos, os contedos e mtodos de educao, visando a sua melhoria.Mas o processo de educao pela sua natureza e complexo, envolve muitas reas de conhecimentos e elementos participantes, para conseguir resultados desejados.Ao concluir esta unidade voc ser capaz de: Descrever os principais ramos da PedagogiaNo cumprimento do seu papel a Pedagogia conta com os seguintes ramos de estudos prprios:

Teoria da Educao, Didcticas, Organizao Escolar, que integra a administrao escolar, orientao pedaggica, e superviso educacional; Histria da Educao, Filosofia da Educao, e busca em outras cincias, esclarecimentos que concorrerem para a elucidao de fenmenos educativos como: Antropologia Cultural, Sociologia de Educao e outras.

A Pedagogia apresenta-se simultaneamente como uma filosofia, uma cincia, uma arte e uma tcnica de educao.

Existem muitas pedagogias conforme as ideologias: Crista, progressista, positiva, negativa, ou mtodos e finalidades de estudos:

Pedagogia compressiva, Pedagogia Preventiva; Pedagogia Correctiva; Pedagogia Emprica; Pedagogia Experienciada; Pedagogia Experimental e -Pedagogia Institucional;

1. A pedagogia compressiva constitui um procedimento preventivo, tomando em ateno todas as intervenes que caracterizam cada uma das fases no sentido de se evitar os obstculos eventuais a sua realizao. Ope-se em teoria a pedagogia correctiva.

2. A Pedagogia Correctiva: - desempenha uma funo reconhecida ao tratamento pedaggico pela qual a partir dos dados de um teste diagnostico e do conhecimento experimental das causas das deficincias registadas e do valor das intervenes se pretende preencher o afastamento entre aquilo que e obtido e aquilo que e esperado.

3. A Pedagogia Emprica - Diz-se da Pedagogia que recorre ao resultado imediato sem ter em conta o estabelecimento da ligao com as leis ou teorias e sem se preocupar com a verificao. visa directamente a aco, enquanto a Experimental, visa a descoberta e a verificao das causas, das determinadas condies. Distingue-se, igualmente da Pedagogia Experimental pelo facto desta dar mais importncia aos resultados enquanto a segunda considera mais o vivido pelo indivduo.

4. A Pedagogia Experienciada- e aquela que resulta da transposio por vezes prematura das teorias pertencentes as cincias conexas tais como: a Biologia, a sociologia, a Psicologia, etc, dando esta transposio lugar a situaes ou experiencias pedaggicas vividas, por vezes intransmissveis e jamais submetidas ao controlo experimental.

5. Pedagogia Institucional corrente pedaggica que procura aplicar a analise institucional as formaes escolares e elaborada a partir da constatao de que as estruturas actuais das instituies pedaggicas visam exclusivamente submeter os alunos as normas sociais sem se preocuparem com o seu desenvolvimento individual.

6. Pedagogia Experimental, nome dado a investigao em pedagogia que utiliza o mtodo experimental quer dizer aquele que supe a verificao de uma hiptese ou uma lei conforme o tema em estudo.

Resumo No cumprimento do seu papel a Pedagogia conta com os seguintes ramos de estudos prprios:

Teoria da Educao, Didcticas, Organizao Escolar, que integra a administrao escolar, orientao pedaggica, e superviso educacional; Historia da Educao, Filosofia da Educao, e busca em outras cincias como: Antropologia Cultural, Sociologia de Educao esclarecimentos que concorrerem para a elucidao de fenmenos educativos.

A Pedagogia apresenta-se simultaneamente como uma filosofia, uma cincia, uma arte e uma tcnica de educao.

Lio 4

O papel da pedagogia no Processo de Ensino-AprendizagemIntroduo

Qualquer actividade humana realizada tendo em conta determinados procedimentos, regras ou principios. O processo de ensino-aprendizagem no constitui uma excepo.A pedagogia apresenta os seus resultados de pesquisa aos fazedores da educao como forma de melhorar cada vez mais os resultados da educao das geraes mais novas.Ao concluir esta unidade voc ser capaz de: Descrever o papel dapedagogia no Processo de Ensino-Aprendizagem.A Pedagogia como o dissemos na lio 2, estuda as relaes gerais do ensino e educao do homem, em qualquer idade e compreende duas reas: a teoria da educao e didctica geral.

A diviso em duas partes reflecte na essncia as diferenas objectivas existentes entre os dois conceitos e as actividades relativas a educao e ao ensino que se realizam. Enquanto o ensino tem a ver com a criao e transmisso de conhecimentos, formao e desenvolvimento de capacidades e habilidades cognitivas e prticas, a educao consiste em formar boas atitudes, convices concretas sobre aspecto poltico - ideolgico, etc da vida social.

O facto de a Pedagogia integrar os contedos abordados na teoria da educao e didctica geral, examinando a essncia do processo educativo, seus objectivos, contedos, princpios, mtodos formas adequadas de organizao do processo de ensino aprendizagem, faz da Pedagogia matria bsica para a formao e o exerccio com sucesso da carreira profissional docente.

Portanto a Pedagogia ocupa-se do estudo sistemtico das prticas educativas que se realizam em sociedade como processos fundamentais da condio humana.

Ela investiga a natureza, finalidades e os processos necessrios as prticas educativas com o objectivo de propor a realizao qualitativa desses processos nos vrios contextos em que essas prticas ocorrem.

Ela cumpre o terceiro pilar das competncias necessrias para o exerccio do magistrio a competncia pedaggico - didctica que visa saber organizar e ministrar o ensino, para criar, transmitir conhecimentos, criar e desenvolver capacidades intelectuais e formar boa personalidade socialmente til nos alunos.

Resumo A Pedagogia integra os contedos abordados na teoria da educao e didctica geral, examina a essncia do processo educativo, seus objectivos, contedos, princpios, mtodos formas adequadas de organizao do processo de ensino aprendizagem. Ela constitui matria bsica para a formao e o exerccio com sucesso da carreira profissional docente, uma vez que se ocupa do estudo sistemtico das prticas educativas; investigando a natureza, as finalidades e os procedimentos, etc necessrios as prticas educativas com o objectivo de propor a realizao qualitativa desses processos nos vrios contextos em que essas prticas ocorrem.

Lio 5

Mtodos de estudo da PedagogiaIntroduo

Todas as ciencias diferenciam-se entre si essencialmente, pelo objecto de estudo e pelos mtodos de pesquisa dos conteudos que lhes so destinados a estudar. Alguns mtodos podem ser comuns a outras cincias, outros so considerados mtodos auxiliares e h queles que podem ser considerados bsicos, essenciais ou especficos.Ao concluir esta unidade voc ser capaz de: Conhecer e aplicar os mtodos de estudo da Pedagogia no processo de trabalhoO mtodo a forma racional, objectiva e social de desenvolver uma actividade que estabelece o caminho, atravs de tcnicas, e passos com marcado nvel de probabilidade de verificao para atingir um objectivo definido.

As formas concretas de realizar as aces do mtodo cientfico, constituem as tcnicas cientficas desse mtodo. Concretizam nos passos que do lugar aos procedimentos.

Considerando as tcnicas segundo este sentido especfico, a relao existente entre o mtodo cientfico e as tcnicas cientficas parece clara. Sua natureza a mesma, ambos so procedimentos, formas de actuao cientfica e sua diferena consiste na abrangncia do mtodo.

A seguir, se expem as tcnicas de pesquisa que se empregam em pedagogia:1-A observao o mtodo de recompilao de informaes educacionais primrias mediante a percepo directa dos elementos do objecto estudado ou pesquisado. Consiste no registo sistemtico, vlido e confivel de comportamentos ou condutas manifestas. A experimentao o mtodo onde se cria uma situao no laboratrio, no contexto escolar, na sociedade ou natureza com a finalidade de observar, sob controlo.

2-A sondagem tambm, conhecida como levantamento o mtodo onde a informao requerida procura-se atravs de respostas e perguntas orais, escritas no momento de pesquisa ou j recolhida com anterioridade. Existem trs tcnicas deste mtodo: o uso de fontes bibliogrficas, o questionrio e da entrevista.

Os mtodos tericos permitem revelar as relaes essenciais do objecto de pesquisa no observveis directamente.

Os mtodos tericos cumprem uma funo epistemolgica importante j que possibilitam as condies para ir alm das caractersticas superficiais da realidade objectiva. Tambm permitem explicar os factos e aprofundar nas relaes essenciais e qualidades dos processos, factos e fenmenos educacionais.

Os mtodos mais usados so:

1) Mtodos analticos - a analisam e um procedimento terico mediante o qual um todo complexo se decompe nas suas diversas partes ou elementos;

2) Mtodo sinttico - estabelece mentalmente, a unio entre as partes, previamente analisadas e possibilita descobrir as relaes essenciais e caractersticas gerais entre elas.

3) Mtodo abstracto - um mtodo mediante o qual se destaca a propriedade ou relao das coisas e fenmenos a partir de uma a perspectiva subjectiva.

4) Mtodo concreto a sntese de muitos conceitos e por seguinte das partes. As definies abstractas conduzem reproduo do concreto por meio do pensamento. O concreto do pensamento conhecido mais profundamente e de maior contedo essencial.

5) Mtodo indutivo: a induo um procedimento mediante o qual a partir dos factores particulares se passa a proposies gerais. Este mtodo sempre esta unido ao processo mental deduo, ambos so momentos do conhecimento dialctico da realidade condicionados entre si.

6) Mtodo dedutivo: a deduo um procedimento que se apoia nas asseveraes generalizadoras a partir das quais se realizam demonstraes ou inferncias particulares.

7) Mtodo histrico: onde se vincula ao conhecimento das distintas etapas dos objectos em sua sucesso cronolgica. E o estudo diacrnico dos fenmenos educacionais.

8) Mtodo moderativo: a modelagem opera em forma terica e prtica, com o objecto, no directamente mas atravs de um sistema auxiliar. Existe no procedimento deste mtodo uma estrita relao entre a realidade educacional e o modelo ideado para substituir na pesquisa, essa realidade.

9) Mtodo sistmico: procura revelar o sistema existente a partir da estrutura e as funes dos seus componentes.

10) Mtodo comparativo: consiste naquele mtodo aonde se vo seguindo determinados padres ou princpios comuns a dois ou mais elementos. Ex. Comparar os resultados de aproveitamento escolar duma escola rural com uma outra situada numa cidade, mas tratando os mesmos indicadores:- numero e percentagem de desistncias, reprovaes, frequncia por turma, etc.

Resumo O mtodo a forma racional, objectiva e social de desenvolver uma actividade que estabelece o caminho, atravs de tcnicas e passos com marcado nvel de probabilidade de verificao para atingir um objectivo definido.-A observao o mtodo de recompilao de informaes educacionais primrias mediante a percepo directa dos elementos do objecto estudado ou pesquisado. Consiste no registo sistemtico, vlido e confivel de comportamentos ou condutas manifestas. A experimentao o mtodo onde se cria uma situao no laboratrio, no contexto escolar, na sociedade ou natureza com a finalidade de observar, sob controlo.

-A sondagem e tambm, conhecida como levantamento o mtodo onde a informao requerida procura-se atravs de respostas e perguntas orais, escritas no momento de pesquisa ou j recolhida com anterioridade. Existem trs tcnicas deste mtodo: o uso de fontes bibliogrficas, o questionrio e da entrevista.

-Os mtodos mais usados so: Mtodos analticos; mtodo sinttico; mtodo abstracto; mtodo concreto; mtodo indutivo; mtodo dedutivo; mtodo histrico mtodo moderativo; mtodo sistmico e mtodo comparativo.

Lio 6

Educao como fenmeno e processo socialIntroduo

O processo de educao ocorre no meio ambiente social e natural, no qual intervm muitos agentes como a familia, a escola/professor, comunidades compostas de diversos tipos de elementos como organizaes sociais. Politicas, religiosas, desportivas, culturais , etc.Ao concluir esta unidade voc ser capaz de: Caracterizar a educao como um processo e fenmeno socialA natureza social da educao pode ser definida ou apresentada a partir de vrios parmetro ou contextos. Ela social porque envolve pessoas que esto em interaco, desempenhando diversos papis e influencias e por essa via socializam os indivduos nos modos desejados. social tambm porque o prprio contedo objecto de educao baseado na realidade (politica ideologia, cultural etc.) da sociedade onde os educandos vivem.

As afirmaes atrs referidas encontram a sua ilustrao na apresentao das funes que a educao desempenha na sociedade:

1. Funo cultural, a transmisso de valores, normas, modo de pensar e agir caracterstico da comunidade social que o sistema serve; a escola atravs do currculo, um veculo de socializao das crianas e jovens;

2. Funo social, permite a seleco e orientao para o desempenho de papis ou funes a exercer na sociedade, os factores de seleco social favorecido pelos seus sistemas, mrito/competncia versos classe ou privilgio social;

3. Funo econmica, preparao dos indivduos para o exerccio profissional e ocupaes sociais servindo necessidades do desenvolvimento econmico-social;

4. Funo poltica -institucional contribui para a coeso e identidades nacionais assim como para a participao social, cvica e poltica dos indivduos nos campos e nveis da actuao em que se inserem.

As funes sociais do sistema educativo, articulam-se entre s em funo da formao do indivduo na sua qualidade de pessoa; de cidado e de profissional. Mas para que a educao cumpra o seu papel social ele precisa de ter os seguintes subsistemas em funcionamento:

a) Subsistema curricular e pedaggico (planos de estudo, programas, avaliao, mtodos e materiais de ensino, actividade do cumprimento curricular, organizao pedaggica do ensino);

b) Recursos humanos (em especial a formao e regime do funcionamento do pessoal docente e outros agentes educativos);

c) Recursos materiais (rede escola, instalaes, equipamentos escolares e demais recursos educativos);

d) Subsistema de administrao educacional (nvel nacional, regional, local e de estabelecimento de ensino);

e) Servios de apoio e complementos educativos (sade escolar, aco escolar, apoio psicolgico e de orientao escolar e profissional, actividades de apoio e complemento a aluno com necessidades escolares especficos).

Em seguida apresentamos a lista dos principais elementos que actuam como agentes da educao, bem como os seus contextos ou ambientes restritos:

AgentesQuadro da vida

FamliaVida familiar e prtica

Comunidade local Vida comunitria

EscolaVida escolar e acadmica

Igreja e instituies religiosasVida spiritual

Locais de trabalhoVida profissional e econmica.

Associaes profissionais; organizaes culturais, etcVida cultural e cientfica

Associaes cvicas e polticasVida cvica e poltica

Pequenos grupos de refernciaVida associativa de recreio e de tempos livres

Meios de comunicao social, sociedade em geralVida social em sentido lato

Fonte: Ribeiro e Ribeiro (1989: 27-34

Resumo A educao constitui uma actividade, um processo que envolve sujeitos como pessoas que constituem nova gerao, agentes como famlias, professores, escolas, colectivos e um meio social baseado em caractersticas scio - econmicas e culturais especficas. Por isso ela constitui um processo e fenmeno social a partir da sua natureza em termos de objectivos, passando pelos contedos at pelas personagens envolvidas.

Lio 7

Educao Formal Introduo

Sabemos atravs de lies anteriores que o processo de educao do Homem existiu sempre desde as primeiras socidades primitivas at actualidade. As modalidades, os objectivos, os contedos e os mtodos de educao que foram mudando de um perodo para perodo.Ao concluir esta unidade voc ser capaz de: Caracterizar a educao formal.A educao formal pode ser definida como quela que est presente no ensino realizado pelas escolas, portanto de modo institucionalizado, oficializado, cronolgica, gradual e hierarquicamente, estruturado.

Uma pessoa est tendo uma educao formal quando estuda numa escola criada, oficialmente quer seja privada ou estatal. Nestas escolas existem contedos de ensino (matrias, disciplinas aprovadas pelos rgos competentes do Estado), estes contedos esto estruturados de simples para mais complicado, indicando a sua sequncia de concretizao (Cronologia) de que resultam as classes de frequncia ou anos ex 1, 2 3 Classes ou 1 ano, 2 do curso de contabilidade. Tem regulamentos de funcionamento e no final h uma certificao dos nveis frequentados ou concludos possuem rgos fiscalizadores que no nosso caso a Inspeco Geral da Educao.

A Educao formal tem objectivos claros e especficos e representada, principalmente pelas escolas de diferentes tipos e graus e pelas universidades estatais e privadas, leccionando vrios cursos, para a obteno de diversos graus acadmicos e profissionais.

Podemos dizer que no nosso pais a via mais frequente e preferida de escolarizao da nossa populao atravs da educao formal. Por isso o Governo est preocupado em construir mais escolas e em formar mais professores para responder a esta necessidade.

Resumo

Na Educao Formal temos espaos: as escolas, sendo instituies escolares regulamentadas por lei, no final do processo h certificao da frequncia ou concluso dos estudos, so organizadas segundo directrizes nacionais, possuem normas para o seu funcionamento com regras e padres comportamentais definidas, previamente. Os contedos a leccionar so historicamente sistematizados e normalizados, destacando aqueles destinados a formar o indivduo como um cidado activo, desenvolver habilidades e varias competncias, necessrias para a sua participao activa na vida do Pais.

Lio 8

Educao No FormalIntroduo

Caro estudante aprendeu antes que a educao do Homem existiu sempre desde as primeiras socidades primitivas at actualidade. As modalidades, os objectivos, os contedos e os mtodos de educao que foram mudando de um perodo para perodo, uma comunidade para outra, etc.Ao concluir esta unidade voc ser capaz de: Caracterizar a educao no formal.

Quando tratamos da Educao No Formal a comparao com a Educao Formal quase automtica. O termo No Formal , tambm usado por alguns investigadores como sinnimo de informal. -contudo consideramos pertinente distingui e demarcar as diferenas as diferenas entre estes conceitos.

A Educao Formal como vimos na lio 21, aquela que desenvolvida nas escolas, com contedos, previamente seleccionados e demais caractersticas, enquanto a Educao No Formal aquela que se aprende no Mundo da Vida atravs de partilha de experiencias, principalmente em espaos e aces colectivas quotidianas.As actividades ou programas so organizados fora dos sistema regular de ensino, com objectivos educacionais bem definidos;Qualquer actividade educacional organizada e estruturada que no corresponde exactamente a definio de educao formal,Processo de formao que acontece fora do sistema de ensino.

Na educao no formal, os espaos educativos localizam-se em territrios que acompanham as trajectrias de vida dos grupos e indivduos envolvidos, fora das escolas, em locais informais, locais onde h interaco intencional.

A educao no formal visa capacitar os indivduos a se tornarem cidados do mundo, abrir as janelas de conhecimentos sobre o mundo que os circunda e suas relaes sociais. Os seus objectivos no so vistos logo a prior, eles se constroem no processo interactivo, gerando um processo educativo. Portanto um modo de educar cujo resultado do processo est voltado aos interesses e necessidades dos participantes.

A educao no formal designa um processo que decorre em quatro campos ou dimenses:

Primeiro envolve a aprendizagem poltica dos direitos dos indivduos enquanto cidados;

A capacitao dos indivduos para um trabalho, por meio da aprendizagem e desenvolvimento de habilidades ou potencialidades;

A aprendizagem e exerccio de praticas que capacitam os indivduos a se organizarem com objectivos comunitrios, voltados para a soluo de problemas colectivos quotidianos,

A Educao No Formal permite a formao de conscincia e organizao de como agir em grupo, a construo e reconstruo de concepes de mundo e sobre o mundo, contribuio para um sentimento de identidade com uma dada comunidade, forma o indivduo para a vida e suas adversidades, quando presente em programas com crianas ou jovens adolescentes ela resgata o sentimento de valorizao de si prprio auto estima.

Resumo A construo de relaes sociais baseadas em princpios de igualdades e justia social, quando presentes num dado grupo social, fortalece o exerccio da cidadania. A transmisso de informaes e formao poltica/ cvica e scio cultural constitui a meta da educao no formal, pois prepara o cidado, educa o ser humano para a civilidade em oposio a barbrie, ao egosmo, individualismo, etc,.visa portanto:

Educao para a cidadania,

Educao para justia social,

Educao para os direitos humanos, sociais, polticos, culturais, etc,

Educao para a liberdade, igualdade e democracia.

Lio 9

Educao InformalIntroduo

J estudamos dois tipos de educao formal e no formal, na maioria de Pases do mundo utilizam-se estes dois tipos mas noutros empregam e valorizam outros sistemas adicionais de educao. Trata-se de educao informal, porque como sabemos nem tudo se aprende a partir de licoes nomais organizadas em salas de aula. Algum dizia que os alunos participam em aulas atravs de licoes dirias e so avaliados no final de um determinada perodo, na vida acontece o contrrio homem avaliado constantemente e deste processo tira as lies que lhe permite melhorar a sua condio.Ao concluir esta unidade voc ser capaz de: Caracterizar a educao informal.J estudamos dois tipos de educao formal e no formal, na maioria de Pases do mundo utilizam-se estes dois tipos mas noutros empregam e valorizam outros sistemas adicionais de educao. Trata-se de educao informal.

A educao informal aquela que os indivduos aprendem durante seu processo de socializao na famlia, bairro, clube, amigos igreja, etc, carregada de valores e culturas prprias de pertena e sentimentos herdados.

Diferentemente da educao no formal a educao informal possui o seu espao educativo demarcado por referncias de nacionalidade, localidade, idade, sexo, religio, etnia, etc. A casa onde se mora, a rua, o condomnio, o clube ou a igreja a que se vincula a sua crena, local onde se nasceu, etc.

O processo de educao ocorre em ambientes espontneos, onde as relaes sociais se desenvolvem segundo gostos, preferncias ou tradies herdadas. Por essa via a Educao. Informal socializa indivduos, desenvolve hbitos, atitudes, comportamentos, modos de pensar e de se expressar no uso da linguagem, segundo valores e crenas de grupos que se frequenta ou que pertence por herana desde nascimento.

A Educao. Informal no organizada, os conhecimentos no so sistematizados e so repassados a a partir das prticas e experincias anteriores. Ela actua mais no campo das emoes e sentimentos, por isso os seus resultados no so esperados pura e simplesmente acontece a partir do desenvolvimento do senso comum dos indivduos envolvidos, orientando-os na sua maneira de pensar e agir espontaneamente.

Resumo A Educao. Informal constitui um processo de aprendizagem contnuo e incidental que se realiza fora do esquema formal e no formal de ensino; um tipo de educao que recebe cada indivduo durante toda a sua vida ao adoptar atitudes, aceitar valores e adquirir conhecimentos e habilidades da vida diria e das influncias do meio ambiente que o rodeia.

Lio 10

O papel da famlia no processo da educaoIntroduo

A famlia constitui o ncleo da sociedade, as crianas antes de irem a escola so socializdas no meio familiar, onde adquirirem as primeiras habilidades de comunicao e outras normas ou valores sociais.Ao concluir esta unidade voc ser capaz de: Analisar e explicar os diferentes agentes de socializaoAs crianas so ao mesmo tempo, filhos e estudantes. Por isso, a escola e famlia se constituem em duas instituies mais importantes da criana por agirem simultaneamente em busca de um objectivo comum, a boa educao /aprendizagem. A tarefa de educar bem complexa e qualquer aco das entidades educativas por mais bem-intencionada que seja, pode tornar-se sem efeito se no houver acompanhamento da famlia.

Pelas leis sociais, os pais so responsveis por criar seus filhos e por orient-los em todas as actividades quotidianas. Com relao s actividades escolares, no diferente, uma vez que a criana passa menos de 20% do seu tempo na escola, enquanto o restante passa com a famlia. Da, torna-se imprescindvel uma participao activa dos pais e da famlia, no acompanhamento e na resoluo das tarefas escolares

Observa-se assim, que a participao da famlia na educao das crianas vai alm de ajudar a resolver as actividades que so propostas na sala de aulas.

Quando realizado com responsabilidade, o papel da famlia gera efeitos to significativos do que os alcanados pela escola. preciso que a famlia interaja com a escola, debata seus problemas, questione suas causas, sugira ideias que levem a resolues dos mesmos, fazendo com que a criana perceba que valorizada e que existe um sistema integrado, buscando desenvolver aces que propiciem condies ideais para uma boa aprendizagem.

As crianas descobrem inicialmente a fala, os pais principalmente, devem aproveitar bastante esse recurso para despertar na criana, o gosto pela leitura. Sem dvida, a criana ao comear a ler as primeiras palavras, passa tambm a praticar a escrita, basta que para isso seja estimulada pelos pais e os irmos mais velhos.

Porm, apenas orientar no suficiente, os pais so os modelos perfeitos para os filhos. Portanto, suas atitudes sero sempre copiadas por eles; por isso, o pai deve estar sempre muito atento, pois est ensinado, a cada gesto seu. Cabe a ele se portar da melhor forma, dar bons exemplos, agir sempre com serenidade.

Com relao escola o filho atribuir a ela o mesmo valor que o pai atribui; portanto, o pai deve valoriz-la bastante e no esquecer que ela parceira incondicional para a boa formao moral e intelectual de seu filho.

Um outro segmento bastante significativo no processo de leitura e escrita nos anos iniciais, a comunidade a qual a escola est inserida.Quando formada por pessoas comprometidas e preocupadas com o bem-estar da colectividade, a comunidade busca atravs dos gestores, aces que possibilitem um benefcio comum. Devido a dimenso da sua importncia, o sistema educacional sempre um dos mais reivindicados, uma vez que qualquer pessoa sensata sabe que s pela educao que se consegue atingir qualquer objectivo. Uma sociedade consciente luta para implantar em sua comunidade um modelo de educao que atenda as necessidades locais e que oferea uma boa condio de aprendizagem.

Resumo As crianas desempenham vrios papis na sociedade. Elas so ao mesmo tempo, filhos e estudantes. Por isso, a escola e famlia se constituem em duas instituies mais importantes por agirem simultaneamente em busca de um objectivo comum, a boa aprendizagem das crianas.

Os pais so os primeiros responsveis por criar seus filhos e por orient-los em todas as actividades quotidianas. Com relao s actividades escolares, no diferente, uma vez que acriana passa menos de 20% do seu tempo na escola, enquanto o restante passa com a famlia. Da, torna-se imprescindvel uma participao activa dos pais e da famlia, no acompanhamento e na resoluo das tarefas escolares.

Lio 11

O papel da comunidade no processo da educao do homemIntroduo

Dissemos durante as lies anteriores que o processo de educao era social porque ocorre na sociedade/comunidade onde o prprio homem esta integrado. A comunidade tem os seus princpios, normas, valore, usos e costumes que a caracterizam/diferenciam de outras sociedades.

Ao concluir esta unidade voc ser capaz de: Analisar e explicar o papel dos diferentes agents de socializaoO homem cresce na comunidade atravs de um processo de socializao. A socializao pode ser definida como o processo de aprendizagem e interiorizao de normas e valores, caractersticos de determinado meio social, do qual os indivduos e os grupos so alvo, tendo assim como objectivo a integrao do indivduo na sociedade (no meio social).

Inicialmente, quando o ser humano nasce, apenas um organismo biolgico sendo, portanto, um ser culturalmente em branco. Estabelecendo relaes com o grupo social que a rodeia, a criana torna-se um ser cultural. Portanto, possvel afirmar que o comportamento do humano tem pouco de instintivo, resultando antes de um processo de aprendizagem. Este processo resulta da interaco e comunicao com outros homens na sociedade e pelo legado cultural (material ou imaterial) transmitido de gerao para gerao.

Atravs do contacto com os outros indivduos do ambiente grupal a que pertence, o ser humano adapta o seu comportamento s regras e aos valores implcitos no respectivo contexto social.

Assim sendo, a socializao no um acto determinado no tempo mas, pelo contrrio, um processo que decorre ao longo da vida de cada indivduo.

Geralmente considera-se a existncia de dois tipos de socializao:

1-Primria Processo pelo qual a criana estabelece relaes com os outros elementos da sociedade, tornando-se um membro participante e tendo como principal influncia o agente social famlia.

Este processo o mais importante, pois onde h a criao de uma estrutura fundamental para toda a socializao do indivduo e aqui que se centra fundamentalmente o nosso projecto, visto que estamos a estudar o comportamento das crianas, mais especificamente no seu incio de vida, onde os pais tm um papel muito importante no que diz respeito assimilao de normas, valores e padres comportamentais. A famlia o primeiro agente de socializao e tambm o mais importante, pois na fase inicial da vida das crianas que estas assimilam com mais facilidade os valores que lhes so incutidos, isto porque nessa fase as suas relaes baseiam-se nos afectos e, como tal, estas esto mais receptivas (funcionando como esponjas). No entanto, a famlia partilha cada vez mais a sua importncia, como agente de socializao primria, com os infantrios, onde as crianas passam a maior parte do tempo.

2-Secundria Processo posterior socializao primria, por meio do qual o indivduo aprende novos papeis, contribuindo para a formao complexa da personalidade do indivduo.

Este processo pode ser superficial no sentido de no exigir profundas mudanas mas, por outro lado, tambm pode comportar grandes alteraes na sua personalidade.

J sabemos que na socializao primria, a criana estabelece relaes com os indivduos integrantes de determinada cultura. Mas como se desenvolve o intelecto da criana?Jean Piaget, um psiclogo suo, defendia que a inteligncia era constituda progressivamente, desde uma fase inicial, qual chamou perodo sensrio-motor, at a fase da inteligncia operatria forma (conhecimento racional).

Definiu quatro estgios de desenvolvimento, sendo estes flexveis, pois o desenvolvimento do conhecimento em cada ser humano pode demorar mais ou menos tempo, de acordo com a sua cultura e o meio onde est inserido.

possvel concluir que a interaco com o que exterior criana um factor bastante importante para o seu desenvolvimento, podendo ser considerado como um dos mais importantes para a sua progresso intelectual.

Assim, sendo, o acto de brincar apresenta grande relevncia para a criana, pois desenvolve a sua capacidade cognitiva, isto , a sua capacidade de adquirir conhecimentos e a sua capacidade de relacionamento com outras pessoas (quando o tipo de brinquedos o permite) sendo estes dois factores imprescindveis para um futuro promissor.

Para interiorizao da cultura do grupo a que determinado indivduo pertence (grupo de pertena) ou deseja pertencer (grupo de referncia), necessrio recorrer a certos mecanismos, sendo eles os seguintes:

Aprendizagem, atravs da qual so incutidos no indivduo os valores, as regras sociais, consideradas correctas, e os modelos de comportamento, por vezes, alguns erros e repeties do que considerado socialmente correcto;

Imitao, que consiste na reproduo dos comportamentos observados sendo, assim, copiados;

Identificao, que se processa quando um indivduo se identifica com outra pessoa, desempenhando determinados papis considerados importantes. Essa identificao faz com que o indivduo em causa adquira, progressivamente, esses memos comportamentos.

Agentes de socializao na comunidade:

A integrao dos seres humanos em grupos exige que assimilem novas regras e padres para agirem de maneira correcta. Por isso, estes grupos so tambm considerados agentes de socializao. Os mais importantes destes so a famlia, pois tem um papel fundamental na formao das atitudes sociais e na transmisso de valores; a escola na medida em que treina os adolescentes com o objectivo de aprendizagem de habilidades particulares; e os meios de comunicao social, visto que so poderosos instrumentos de aprendizagem, pois modelam os comportamentos dos homens (ensinando normas, crenas, valores, modelos de conduta, entre outros).

Resumo A socializao pode ser definida como o processo de aprendizagem e interiorizao de normas e valores, caractersticos de determinado meio social, do qual os indivduos e os grupos so alvo, tendo como objectivo a integrao do indivduo na sociedade (no meio social).

Atravs do contacto com os outros indivduos do ambiente grupal a que pertence, o ser humano adapta o seu comportamento s regras e aos valores implcitos no respectivo contexto social.

Assim, a socializao no um acto determinado no tempo mas, pelo contrrio, um processo que decorre ao longo da vida de cada indivduo.

Lio 12

Influencia dos agentes de socializao os grupos de coetneosAo concluir esta unidade voc ser capaz de: Analisar e explicar o papel dos diferentes agentes da socializao, caso dos indivduos que possuem a mesma faixa etriaChamam-se grupos o conjunto de pessoas que se encontram para realizar uma determinada actividade quer seja produtiva, quer recreativa ou religiosa.

Assim, so chamados de grupos de coetneos aqueles que so constitudos por elementos da mesma faixa etria que no necessariamente a mesma idade.

Faixa etria significa perodo ou intervalo entre uma e uma outra idade e para o efeito no deve ser grande.

So grupos de coetneos quando por exemplo, compostos de crianas de 2-3; 3-5 anos ou por adolescentes de 10- 13 anos, jovens de 15- 17 por a adiante.

A constituio destes grupos normalmente espontnea, pois ningum diz aos seus constituintes em que grupos devem se integrar. O factor de escolha reside na identidade do tipo de actividade, os objectivos e a forma de os alcanar. Por experincia prpria sabe caro aluno que tipos de brincadeiras e outras actividades foram por si realizados, juntamente com os seus quando da infncia, adolescncia e na juventude.

Para cada um destes perodos de crescimento existem actividades que possuem exigncias prprias quer seja de natureza fsica (psico motor), moral ou afectivo e cognitivo (de conhecimentos, capacidades, etc), que constituem premissas para o entendimento no grupo e para o alcancem das suas aspiraes.

A organizao por parte dos adultos, professores, actividades, segundo as idades de extrema importncia porque evita-se que entre os componentes dos grupos hajam conflitos de interesse e de necessidades.

A organizao de actividades integrando crianas da mesma faixa etria tanto pela escola como por eles prprios constitui uma forma fcil e importante de integrao destes no meio social, pois permite:

Realizar jogos e outras brincadeiras de interesse para ambos os constituintes do grupo;

Por via dos jogos e outras actividades as crianas aprendem diversos tipos de regras que constituem a base das regras morais de conduta social;

Atravs via dos grupos e das actividades que realizam permite-se a criao e desenvolvimento de rudimentos do esprito de equipa, de inter-ajuda e de solidariedade;

Desenvolvem os seus nveis de vocabulrio e a correco no uso do cdigo lingustico necessrios para a correcta interaco com os adultos, sobretudo durante a aprendizagem.

As actividades dos grupos de coetneos variam segundo a quantidades dos seus membros, a idade ou nvel de desenvolvimento fsico e intelectual, as habilidades especficas requeridas para as actividades, o nvel scio econmico, a localizao, a linguagem ou tipo de comunicao estabelecido entre os membros, entre outros factores.

Resumo Chamam-se de grupos o conjunto de pessoas que se encontram para realizar uma determinada actividade quer seja produtiva, quer seja recreativa ou religiosa.

Chamam se os grupos de coetneos aqueles que so constitudos por elementos da mesma faixa etria

A constituio destes grupos normalmente espontnea, sendo factor de escolha a identidade do tipo de actividade, os objectivos e a forma de os alcanar.

Para cada um destes perodos de crescimento existem actividades que possuem exigncias prprias quer seja de natureza fsica (psico motor), moral ou afectivo e cognitivo (de conhecimentos, capacidades, etc), que constituem premissas para o entendimento no grupo e para o alcancem das suas aspiraes.

A organizao por parte dos adultos, professores, actividades, segundo as idades de extrema importncia porque evita-se que entre os componentes dos grupos hajam conflitos de interesse e de necessidades.

Lio 13

Influencia dos agentes de socializao o caso da Escola Introduo

A educao tem, a princpio, como finalidade, promover mudanas desejveis e relativamente permanentes nos indivduos, que venham a favorecer o desenvolvimento integral do homem e da sociedade. Por isso se empreendem esforos, visando compreender como as questes sociais, culturais e econmicas se encontram directamente relacionadas com o fracasso ou com o sucesso escolar.

Ao concluir esta unidade voc ser capaz de: Analisar e aplicar o papel da escola como um dos agentes de socializaoOs processos de socializao desenvolvidos em uma dada sociedade visam transmitir as novas geraes a tradio cultural dessa sociedade e formar os individuais segundo um modelo que simboliza os ideais ticos desse grupo.

A interiorizao dos valores morais se deu ao longo do tempo, atravs de processos de socializao desenvolvidos por instituies, como a famlia, a religio e profissionais especializados, como os filsofos e pedagogos, mais tarde, j na modernidade, atravs da escola

Na escola, a criana desenvolve, alm da educao intelectual, sua educao moral fundamental para a construo do carcter do homem, pois o homem no tem, de forma inata, o sentimento do dever e de conscincia moral, e a construo do carcter se faz pelo ensinamento a criana dos deveres que deve ter em relao a si mesma e do respeito pelos direitos dos outros que implica tolerncia, aceitao da diferena. Mas o processo educativo em geral e o papel da escola em particular tem um carcter histrico, na medida em que varia no tempo e espao histricos, e social pois no criao individual nem depende da vontade do indivduo. desenvolvido pela sociedade em funo das necessidades concretas dessa mesma sociedade, e tem carcter coercivo sobre os indivduos, que muitas vezes se iludem ao pensar poder educar os seus filhos conforme as suas convices e seus desejos.

Para Durkhein (1984, pg 15) a educao escolar desempenha uma dupla funo na sociedade ubano-industrial:

A funo de integrao, que pode ser entendida como uma funo de homogeneizao atravs da qual um certo numero de ideias, de sentimentos e praticas so inculcados em todas as crianas, indistintamente, qualquer que seja a categoria social a que pertenam; A funo de diferenciao que compreende a preparao da criana para a sua futura actividade ocupacional ou profissional

Assim, cabe a escola, na sociedade moderna, criar uma comunho de ideias e sentimentos entre os membros duma mesma sociedade, atravs da internalizao na criana da tradio cultural dessa sociedade, dos valores dos grupos aos quais a criana est integrada, em suma, contribuir para esta constituio do Eu social, assegurando, desse modo, a sobrevivncia da sociedade.

Em suma, a escola e reconhecida como uma instituio socializadora relevante para a formao do sujeito moral, cabendo-lhe fazer com que a criana internalize o conjunto de ideias, sentimentos, certas formas de ver, sentir que definem uma dada sociedade viva na criana, seja uma parte integrante dela, devendo am-la, e servi-la no futuro.

Resumo Na escola, a criana desenvolve, alm da educao intelectual, sua educao moral fundamental para a construo do carcter do homem, pois o homem no tem, de forma inata, o sentimento do dever e de conscincia moral, da construo do carcter se faz pelo ensinamento criana dos deveres que deve ter em relao a si mesma e do respeito pelos direitos dos outros que implica tolerncia, aceitao da diferena. Mas o processo educativo na escola desenvolvido tendo em conta as necessidades concretas da sociedade em que se encontra enquadrada.

Lio 14

A Influncia dos agentes de socializao caso dos grupos sociaisIntroduo

O Homem vive rodeado de muita gente, constuida em grupos de varios tipos, caracterizados pelo tipo de actividades que realizam ou pelos objectivos que pretendem atingir. Esses grupos exercem directa ou indirectamente influencia no desenvolvimento social do Homem.Ao concluir esta unidade voc ser capaz de: Analisar e explicar o papel dos grupos sociais no processo da socializao.Grupo social conjunto de duas ou mais pessoas ou organizaes que interagem entre si e por consequncia capazes de aces conjuntas, visando atingir um ou mais objectivos de interesse comum.

Existem vrios tipos de grupos sociais, nomeadamente:

Grupos familiares ou primrios, compostos essencialmente por pessoas da mesma origem parental;

Grupo vicinal composto pelas pessoas que vivem perto entre si ;

Grupos educativos ou escolares, constitudos por alunos ou estudantes de um determinado estabelecimento de ensino - escola, Universidade, Faculdade ou curso, etc;

Religiosos que integram pessoas que professam a mesma religio ou seita religiosa;

Grupos de lazer ou de interesse que integram pessoas apaixonadas em praticar um dado tipo de actividade ou desporto, exemplo clubes, associaes de defesa do meio ambiente ou de alguma espcie vegetal ou animal em extino, etc;

Grupos profissionais que integram pessoas que no seu dia-a-dia realizam a mesmo tipo de actividade laboral ou afins, exemplos de sindicatos de professores, associaes de enfermeiros, de advogados, de mdicos, etc.

Grupos polticos Estado, Partidos polticos, compostos de pessoas colectivas que defendem determinados interesses que ultrapassam as suas preocupaes pessoais.

Os grupos sociais caracterizam-se por:

Pluralidade de indivduos, pois mais de uma pessoa, h o chamado colectivismo;

Interaco social os indivduos integrantes de cada grupo comunicam-se entre si;

Organizao - todo o grupo para funcionar precisa de ordem interna, algum que organize, de ordens e outros para cumprir por boa vontade;

Exterioridade - a existncia dos grupos no depende de uma pessoa em particular mas si de um determinado objectivo comum, isso e que estes permanecem mesmo quando determinados indivduos saem destes grupos;

Objectividade os indivduos constituintes de um dado grupo agem para alcanar um determinado objectivo comum, mesmo que este no possua o mesmo significado ou importncia na vida pessoal de cada um dos componentes;

- Conscincia grupal todos os membros de um grupo criam e desenvolvem um sentimento colectivo; compartilham modos de agira, pensamentos; ideias; planos; momentos de alegria e tristeza, etc.

Continuidade Os grupos existem com mdia e longo tempo; s assim se formam nos indivduos sentimentos de solidariedade, de equipa e inter-ajuda;

Como vimos os grupos so constitudos com base num ideal, objectivos e em funo destes eles acolhem pessoas com determinadas caractersticas diferentes entre si, embora haja grupos constitudos de indivduos que pertenam a mais que um grupo.

Os indivduos: crianas e adultos, integrando nestes grupos em geral tornam possvel e fcil a sua socializao ou integrao nas comunidades em que vivem, sobretudo dos mais novos; criam e desenvolvem qualidades de carcter e de solidariedade para com os outros membros dos grupos, desenvolvem o esprito de equipa ou colectivo necessrio para a obteno dos seus objectivos bem como aprendem a saber ser e estar em ambientes em que se encontrem.

Resumo Grupo social e conjunto de duas ou mais pessoas ou organizaes que interagem entre si e por consequncia capazes de aces conjuntas, visando atingir um ou mais objectivos de interesse comum. Existem vrios tipos de grupos sociais, nomeadamente:

Grupos familiares ou primrios,

Grupo vicinal

Grupos educativos ou escolares,

Grupos religiosos; grupos de lazer ou de interesse; grupos profissionais e grupos polticos Estado, Partidos polticos.

Os indivduos crianas e adultos, integradas em grupos tem em geral a via fcil para a sua socializao ou integrao nas comunidades em que vivem, desenvolvem qualidades de carcter e de solidariedade, o esprito de equipa necessrios para a boa convivncia nos ambientes em que se encontrem.

Lio 15

A influncia dos meios de comunicao de massas na educao.Introduo

Todos ns vivemos sob influncia de vrios factores ou agentes sociais no processo de desenvolvimento, agindo favorvel ou desfavoravelmente. No grupo dos tantos factores figuram os meios de comunicao de massas.Ao concluir esta unidade voc ser capaz de: Analisar e explicar o papel dos diferentes agentes da socializao.Os meios de comunicao de massas so os diferentes tipos de instrumentos: a rdio TV, e outros, atravs dos quais os homens estabelecessem as suas relaes comerciais ou publicitrias, culturais, etc, transmitindo mensagens, imagens, visando ensinar, alertar, persuadir aos outros sobre um determinado assunto de interesse comum ou para um determinado grupo social.

Os meios de comunicao social, na crescente vastido das suas modalidades e das sofisticadas tecnologias que lhes esto associadas, constituem uma singular revelao do gnio inventivo da humanidade.

Os acontecimentos, as ideias e as imagens que constantemente transmitem, as descobertas cientficas e tcnicas que divulgam e as culturas que difundem dotam as pessoas de novos meios de percepo do mundo, contribuem para estreitar os laos de unio da humanidade, despertam atitudes de solidariedade e estimulam o progresso material e espiritual.

Podemos reconhecer que, dadas as caractersticas de expanso quase universal e de profunda influncia dos meios de comunicao social, no existe lugar onde no seja sentido o seu impacto no comportamento moral, nos sistemas polticos, sociais incluindo na educao.

Tal influncia reveste-se tambm de aspectos negativos que afectam o desenvolvimento pessoal, social e espiritual das pessoas, particularmente das mais jovens, e comprometem o progresso autntico da humanidade.

Traduzem-se na divulgao de modelos culturais que fomentam o individualismo e o relativismo moral, na criao de necessidades artificiais, na promoo de programas e de redes de contactos que ferem a dignidade humana, no uso e abuso das pessoas para fins predominantemente utilitaristas e economicistas.

Para ns professores e outros que queiram associar, a reflexo e aos desafios, visando tornar os meios de comunicao social mais educativos devemos:

Informar s crianas e aos jovens sobre a correcta utilizao dos meios de comunicao social;

Preparar os educadores para o conhecimento e o uso de novas tecnologias de comunicao;

Capacitar os homens material e tecnicamente para melhor responderem s novas exigncias de formao, com meios adequados.

Educar as crianas para o uso correcto dos meios de comunicao social uma responsabilidade irrenuncivel dos pais, da escola e da comunidade

O crescimento acelerado de novas formas de comunicao social que assume o seu expoente na internet e o acesso cada vez mais facilitado aos instrumentos tecnolgicos, sobretudo a televiso, o computador e o telemvel, conduzem a uma situao de concorrncia entre a influncia formativa dos meios de comunicao social, da famlia, da escola e da comunidade, por vezes geradora de conflitos.

Efectivamente, essa desarmonia pode alterar a qualidade das relaes humanas, to necessria ao desenvolvimento equilibrado das personalidades.

No raro, pais, professores, outros educadores, sentem-se ultrapassados pelos seus filhos e educandos, sobretudo por trs factores: a vastido de informaes e de conhecimentos que adquirem atravs das novas tecnologias, que dominam de forma quase mecnica; os programas de entretenimento, que facilmente os isolam dos contactos interpessoais, privando-os, entre outras coisas, do dilogo familiar. Para essa corrida sedutora aos meios de comunicao contribui muito a influncia dos grupos de idades afins em que jovens e crianas esto inseridos.

O papel que os pais devem assumir neste ponto de importncia primordial, pois so os primeiros responsveis pela formao dos filhos para o uso prudente dos mecanismos oferecidos pelas novas tecnologias.

No campo da educao, h que estabelecer o equilbrio entre a formao adquirida pela imagem, predominante nas mensagens televisivas e que mobiliza, especialmente, emoes, sentimentos e afectos, e a formao veiculada pelos processos que valorizam a leitura, mais apta a estimular uma racionalidade e uma reflexo fundamentais num crescimento humanamente integral.

Resumo Os meios de comunicao de massas so os diferentes tipos de instrumentos: a rdio TV, e outros, atravs dos quais os homens estabelecessem as suas relaes comerciais ou publicitrias, culturais, etc, transmitindo mensagens, imagens, visando ensinar, alertar, persuadir aos outros sobre um determinado assunto de interesse comum ou para um determinado grupo social.

Os acontecimentos, as ideias e as imagens que constantemente transmitem, as descobertas cientficas e tcnicas que divulgam e as culturas que difundem dotam as pessoas de novos meios de percepo do mundo, contribuem para estreitar os laos de unio da humanidade, despertam atitudes de solidariedade e estimulam o progresso material e espiritual.

Podemos reconhecer que a comunicao social tem um impacto no comportamento moral, nos sistemas polticos e sociais e na educao, transmitindo valores positivos mas tambm influencias negativas.

Lio 16

A educao como um processo de formao de valores (atitudes e convices morais e patriticos)Introduo

As necessidades da sociedade so to diversas quantas so diferentes as caractersticas e problemas enfrentados pelos seus constituintes. Essas diferenas e necessidades fazem se sentir tambm no plano escolar. Mas a escola incapaz de solucionar ou satisfazer as expectativas de todos os componentes da sociedade de modo isolado.

Ao concluir esta unidade voc ser capaz de: Caracterizar a educao como um processo de formao de valores, atitudes e convices morais patriticos.Assim, a misso da escola est definida de modo global, quer dizer ela deve permitir, independentemente do tipo e nvel de ensino, alcanar os objectivos de natureza cognitivo (conhecimentos, capacidades intelectuais e fsicas, habilidades dos alunos para o se futuro profissional). Mas os homens no sobrevivem na sociedade criando e desenvolvendo apenas os aspectos mencionados, precisam tambm de viver e partilhar os sentimentos, emoes dos outros membros da sociedade, formando convices, aspiraes sobre o ideal da sociedade em que querem viver em termos polticos, ideolgicos, cvicos, ticos e socioeconmico, suportando assim as suas vidas.

Com estas qualidades eles participam activamente em actividades de natureza cvica (que envolvem assuntos do Estado, por exemplo a participao em actos eleitorais, ou em aces de natureza tica e moral como envolvimento deles em actos, visando a moralizao das novas geraes.

Por isso se diz que educao e processo formador multifacetado e o ensino que e a parte prtica da educao deve ser organizado tendo em conta a formao de todas as qualidades mencionadas, pois todas so necessrias para a sua vida futura na sociedade.

Resumo Como vimos nesta lio a misso da escola est definida de modo global, quer dizer ela deve permitir, independentemente do tipo e nvel de ensino, alcanar os objectivos de natureza cognitivo (conhecimentos, capacidades intelectuais e fsicas, habilidades dos alunos para o seu futuro profissional). Mas os homens precisam de resolver as suas prprias necessidades tanto cognitivas como as afectivas mencionadas. Precisam tambm de viver e partilhar os sentimentos, emoes dos outros membros da sociedade, formando convices, aspiraes sobre o ideal da sociedade em que querem viver em termos polticos, ideolgicos, cvicos, ticos e socioeconmico.

Com estas qualidades eles participam activamente em actividades de natureza cvica (que envolvem assuntos do Estado, por exemplo a participao em actos eleitorais, ou em aces de natureza tica/ moral como por ex. envolvimento em actos, visando a moralizao das novas geraes.

Por isso se diz que educao um processo formador multifacetado. O ensino tido como a forma prtica da educao e deve ser organizado tendo em conta a formao de todas as qualidades mencionadas, j que todas so necessrias para a vida futura dos cidados.

Lio 17

Histria da EducaoIntroduo

A Educao como processo social surgiu h bastante tempo, desde o aparecimento das famlias e sociedades humanas e cada uma das fases histricas possua caractersticas prprias.Ao concluir esta unidade voc ser capaz de: Descrever a histria da educao A Pedagogia a teoria crtica da educao, isto , da aco do homem quando transmite ou modifica a herana cultural. A educao no um fenmeno neutro, sofre os efeitos da ideologia, por estar de fato envolvida em decises, actividades determinadas pelas entidades que gerem politicamente os pases. A educao ser como histrica e politicamente forem organizadas as sociedades.1-Sociedades Tribais: a educao difusa

Nas comunidades tribais as crianas aprendem imitando os gestos dos adultos nas actividades dirias e nas cerimnias dos rituais. As crianas aprendem "para a vida e por meio da vida", sem que algum esteja especialmente destinado a tarefa de ensinar.

2-Antiguidade Oriental: a educao tradicionalista

Nas sociedades orientais, ao se criarem segmentos privilegiados, a populao, composta por lavradores, comerciantes e artesos, no tem direitos polticos nem acesso ao saber da classe dominante. A princpio o conhecimento da escrita bastante restrito, devido ao seu carcter sagrado e esotrico. Tem incio, ento, o dualismo escolar, que destina um tipo de ensino para o povo e outro para os filhos dos funcionrios. A grande massa excluda da escola e restringida educao familiar informal.

3-Antiguidade Grega: a paidia

A Grcia Clssica pode ser considerada o bero da pedagogia. A palavra pedagogos significa aquele que conduz a criana, no caso o escravo que acompanha a criana escola. Com o tempo, o sentido se amplia para designar toda a teoria da educao. De modo geral, a educao grega est constantemente centrada na formao integral corpo e esprito mesmo que, de fato, a nfase se deslocasse ora mais para o preparo desportivo ora para o debate intelectual, conforme a poca ou lugar. Nos primeiros tempos, quando no existia a escrita, a educao era ministrada pela prpria famlia, conforme a tradio religiosa.

4-Antiguidade Romana: a humanista

De maneira geral, podemos distinguir trs fases na educao romana: a latina original, de natureza patriarcal; depois, a influncia do helenismo criticada pelos defensores da tradio; por fim, d-se a fuso entre a cultura romana e a helenstica, que j supe elementos orientais, mas ntida supremacia dos valores gregos.

5-Idade Mdia: a formao do homem de f

Os parmetros da educao na idade mdia se fundam na concepo do homem como criatura divina, de passagem pela Terra e que deve cuidar, em primeiro lugar, da salvao da alma e da vida eterna. Tendo em vista as possveis contradies entre f e razo, recomenda-se respeitar sempre o princpio da autoridade, que exige humildade para consultar os grandes sbios e intrpretes, autorizados pela igreja, sobre a leitura dos clssicos e dos textos sagrados. Evita-se, assim, a pluralidade de interpretaes e se mantm a coeso da Igreja. Predomina a viso teocntrica, a de Deus como fundamento de toda a aco pedaggica e finalidade da formao do cristo.

Renascimento: humanismo e reforma

Educar torna-se questo de moda e uma exigncia, segundo a nova concepo de homem. O aparecimento dos colgios, do sculo XVI at o XVIII, fenmeno correlato ao surgimento de uma nova imagem da infncia e da famlia. A meta da escola no se restringe transmisso de conhecimentos, mas tambm a formao moral. Essa sociedade, embora rejeite a autoridade dogmtica da cultura eclesistica medieval, mantm-se ainda fortemente hierarquizada: exclui dos propsitos educacionais a grande massa popular, com excepo dos reformadores protestantes que agem por interesses religiosos.

Idade moderna: a pedagogia realista

De maneira geral as escolas continuam ministrando um ensino conservador, predominantemente nas mos dos jesutas, nascendo a escola tradicional, como se assistiu a partir do sculo XIX.

Sculo das Luzes: o ideal liberal de educao

O iluminismo um perodo muito rico em reflexes pedaggicas. Um de seus aspectos marcantes est na pedagogia poltica, centrada no esforo para tornar a escola leiga e funo do Estado. Apesar dos projectos de estender a educao a todos os cidados, prevaleceu a diferena de ensino, ou seja, uma escola para o povo e outra para a burguesia. Essa dualidade era aceita com grande tranquilidade, sem o temor de ferir o preceito de igualdade., afinal, para a doutrina liberal, o talento e a capacidade no so iguais, e portanto os homens no so iguais em riqueza.

Sculos XIX a XX: a educao nacional

no sc. XIX que se comea a concretizar, a interveno cada vez maior do Estado para estabelecer a escola elementar universal, leiga, gratuita e obrigatria metas que o nosso Pais tambm se prescreveu. Enfatiza-se a relao entre educao e bem-estar social, estabilidade, progresso e capacidade de transformao.Resumindo:A educao foi e continua a ser um processo que existiu sempre por isso nunca se deve confundir a existncia da educao com o surgimento da escola como instituio de educao e instruo. A educao teve que se adequar a cada fase histrica. Teve carcter de classe, quer dizer em cada fase histrica as classes dominantes tudo fizeram para educar as suas geraes em funo das caractersticas das classes dominantes e em defesa do que estes consideravam de seus ideais.

- Nas sociedades tradicionais a educao tem carcter geral, todos educavam a todos, independentemente de ser parente ou no, por imposio do seu elevado nvel de solidariedade,

- Nas sociedades esclavagistas os senhores donos de escravos no estavam preocupados com estes mas com os seus filhos, seus herdeiros. O mesmo aconteceu com a sociedade Feudal onde os senhores feudais e seus filhos detinham tempo e os privilgios a educao contra os servos.

- Nas sociedades capitalistas - os donos dos meios de produo, fbricas etc, criaram e defenderam melhores condies de escolarizao dos seus descendentes e deram o mnimo de instruo aos outros (operrios) por imposio tecnolgica, na qualidade de fora de trabalho. Foi o que aconteceu em Moambique no tempo colonial em que as esc