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MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RISCOS · O Manual de Riscos se aplica a ... Deliberar sobre as ações de enquadramento e prazos no caso de excesso de ... utilizando-se 95% de intervalo

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MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RISCOS

MANUAL de Gerenciamento de Riscos Data da publicação:

30 de março de 2018

Documento públco 2

Sumário 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................. 3

2. ABRANGÊNCIA ............................................................................................................................................... 3

3. PRINCÍPIOS ..................................................................................................................................................... 3

4. RESPONSABILIDADE POR RISCOS .................................................................................................................. 4

5. COMITÊ DE INVESTIMENTOS E RISCOS ......................................................................................................... 5

6. CONCEITOS ..................................................................................................................................................... 6

7. METODOLOGIA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS ........................................................................................ 7

8. RELATÓRIOS DE RISCO ................................................................................................................................. 14

9. TESTES DE ADERÊNCIA ................................................................................................................................. 14

10. MAUTENÇÃO DE ARQUIVOS ................................................................................................................... 14

11. CONTROLE DO MANUAL DE RISCOS ....................................................................................................... 15

ANEXO I ................................................................................................................................................................. 16

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30 de março de 2018

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1. INTRODUÇÃO

O MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RISCOS “Manual de Riscos” tem por objetivo descrever os

processos adotados pela SIMÉTRICA INVESTIMENTOS LTDA “SIMÉTRICA” relacionadas ao

gerenciamento dos riscos inerentes às atividades desenvolvidas.

A SIMÉTRICA possui uma estrutura de gerenciamento de riscos compatível com a natureza de

suas operações e a complexidade dos produtos e serviços oferecidos.

O sistema de controle de riscos da SIMÉTRICA está em estrita aderência à Instrução CVM 558/15

e 555/14, e demais normas e recomendações relacionadas, inclusive as promulgadas aquelas

promulgadas pela Anbima.

2. ABRANGÊNCIA

O Manual de Riscos se aplica a todos os diretores, sócios e colaboradores da SIMÉTRICA e deve

ser utilizado no controle dos negócios e processos da gestora.

3. PRINCÍPIOS

A estrutura de gestão de riscos da SIMÉTRICA é parte integrante da estrutura de controles

internos e tem como objetivo assegurar um processo efetivo de identificação, mensuração,

mitigação e verificação dos riscos inerentes a cada uma das carteiras de valores mobiliários.

Todos os procedimentos descritos neste Manual de Riscos são passíveis de verificação e reporte

e contam com 2 fóruns para discussão: i) o Comitê de Investimentos e Riscos “Comitê de

Investimentos”; ii) o Comitê de Controles Internos e Compliance “Comitê de Compliance”,

permitindo o ajuste permanente de acordo com a complexidade das operações e as condições

do mercado.

A SIMÉTRICA adota metodologia para identificação e tratamento da exposição aos riscos de

mercado, de liquidez, de concentração, de contraparte, operacionais e de crédito, que sejam

relevantes para as carteiras de valores mobiliários e fundos de Investimento.

Esta metodologia contempla as técnicas, modelos e ferramentas utilizadas no controle de riscos

e nos limites de exposição.

O Comitê de Investimentos é responsável pela aprovação de ativos, estratégias e limites de

exposição de acordo com sugestão apresentada pelo Diretor de Gestão.

Todos os limites devem estar de acordo com o regulamento dos fundos de investimento e o

contrato da carteira administrada. Quando o contrato de carteira administrada não prever

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limites, estes estão obrigatoriamente listados no Anexo I. O Anexo I deste resume os valores

numéricos dos limites de exposição e dos Indicadores descritos neste Manual.

4. RESPONSABILIDADE POR RISCOS

A área de gestão de riscos da SIMÉTRICA está estruturada conforme diagrama abaixo:

É de responsabilidade do Diretor de Riscos e Compliance “Diretor de Riscos”:

• Verificar o cumprimento deste Manual de Riscos e dos limites de exposição acordados

• Acompanhar a regularização e/ou a implementação os planos de ação acordados

• Aprovar qualquer alteração nos limites e nos indicadores detalhados no Anexo I

• Certificar-se que o Relatório de Riscos foi produzido e encaminhado aos destinatários;

• Revisar e apresentar o Relatório Resumo de Riscos no Comitê de investimentos;

• Supervisionar diligentemente, se houver, terceiro contratado para mensurar os riscos

inerentes a cada uma das carteiras de valores mobiliários.

A Independência do Diretor de Riscos é garantida por seu reporte ao Comitê de Administração e

através do poder de veto nos Comitê de Investimento e de Compliance.

É de responsabilidade das áreas de Risco e BackOffice:

Comitê de Administração

Diretoria de Riscos e

Compliance

Analista de Riscos

Analista de BackOffice

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• Efetuar a conciliação diária das carteiras;

• Verificar os preços utilizados na valorização dos ativos;

• Calcular, na periodicidade definida no Manual de Riscos o Relatório de Riscos, contendo

no mínimo, os limites e indicadores descritos neste documento;

• Circular o Relatório de Riscos entre os diretores e administradores e a área de gestão de

carteiras;

• Analisar as considerações e prazos para adequação apresentados pela área de gestão de

carteiras, no caso de desenquadramento aos limites acordados;

• Preparar o relatório Resumo de Riscos com as principais ocorrências, a evolução dos

indicadores e outras análises conforme solicitado pelo Diretor de Riscos e Controles

Internos.

É de responsabilidade do Diretor de Gestão de Recursos de Terceiros “Diretor de Gestão”:

• Estabelecer as estratégias e Políticas de investimento

• Propor alterações nos limites e nos indicadores previstos neste manual;

• Submeter à aprovação do Comitê de Riscos as contrapartes de mercado e emissores

previamente avaliados, juntamente com o limite a ser atribuído a estes;

• adotar as providências necessárias para ajustar a exposição a risco das carteiras, com base

nos limites previstos no Manual de Riscos.

5. COMITÊ DE INVESTIMENTOS E RISCOS

São atribuições do Comitê de Investimentos e Riscos “Comitê de Investimentos” :

I. Aprovar novos ativos passíveis de admissão nas carteiras dos fundos e carteiras

administradas;

II. Discutir a conjuntura econômica de curto e médio prazo e as estratégias de

investimento para cada classe de fundos e carteiras;

III. Deliberar sobre o rateio de ordens entre as corretoras /intermediários aprovados no

Comitê de Compliance; gerenciar a atuação de tais intermediários e certificar-se do

cumprimento dos volumes rateados;

IV. Deliberar alterações no Manual de Gerenciamento de Riscos “Manual de Riscos”;

V. Monitorar o cumprimento do regulamento e dos limites estabelecidos nas normas e no

Manual de Gerenciamento de Riscos;

VI. Deliberar sobre os planos de ação para reenquadramento das carteiras e fundos, no

caso de desenquadramentos;

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VII. Revisar o Relatório de Riscos encaminhado pela área de riscos;

i. Deliberar sobre as ações de enquadramento e prazos no caso de excesso de limites;

ii. Aprovar comunicados aos investidores e conteúdo de lâminas mensais e demais

documentos dos fundos.

Participam do Comitê de Investimentos e Riscos, o Diretor de Gestão e o Diretor de Riscos e

demais colaboradores das áreas de risco e gestão, a critério dos diretores mencionados. O

Comitê de Investimentos irá se reunir semanalmente e suas deliberações serão registradas em

ata distribuída aos participantes via correio eletrônico.

6. CONCEITOS

Risco de Mercado: consiste no risco de variação no valor dos ativos financeiros constantes das

carteiras dos Fundos de Investimento e Carteiras Administradas motivadas pela variação no

preço de outros ativos. O valor dos ativos financeiros pode aumentar ou diminuir, de acordo

com as flutuações dos preços e cotações dos demais ativos como o câmbio, as taxas de juros e

as commodities. Em determinados momentos de mercado, a volatilidade dos preços dos ativos

financeiros e dos derivativos pode ser elevada, podendo acarretar em oscilações bruscas na

rentabilidade das carteiras.

Risco de Liquidez: é definido como: i) a possibilidade de a um fundo ou carteira não ser capaz

de honrar eficientemente suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras,

inclusive as decorrentes de vinculação de garantias, sem afetar suas operações diárias e sem

incorrer em perdas significativas; e ii) a possibilidade de uma posição não ser negociada ao seu

preço de mercado, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente

transacionado ou em razão de alguma descontinuidade no mercado.

Risco de Crédito: o risco de crédito é a probabilidade de ocorrência de perdas significativas no

valor dos ativos decorrente do não cumprimento pelo emissor de suas respectivas obrigações

financeiras nos termos pactuados. O risco de crédito está presente também pela possibilidade

de desvalorização de um contrato de crédito em consequência da deterioração na classificação

de risco do emissor e da redução de ganhos ou remunerações, considerando-se vantagens

concedidas em renegociações posteriores ou dos custos de recuperação.

Risco de Concentração de ativos financeiros de um mesmo emissor: é a possibilidade de

perdas significativas nos fundos e carteiras decorrentes da concentração em ativos financeiros

de um mesmo emissor. Alterações na condição financeira do emissor, alterações na expectativa

de desempenho/resultados deste e da capacidade competitiva do setor investido podem,

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isolada ou cumulativamente, afetar adversamente o preço e/ou rendimento dos ativos. Nestes

casos, a SIMÉTRICA pode ser obrigada a liquidar ou reduzir a posição em determinado ativo a

preços depreciados, podendo, com isso, influenciar negativamente a rentabilidade da carteira.

Risco de Contraparte: o risco de contraparte busca refletir a perda estimada em caso de não

cumprimento, dos termos previstos no contrato, por uma (ou mais) contrapartes. Este risco

está presente em operações bilaterais ou de balcão onde não exista um agente de cálculo e

garantidor externo.

Risco Operacional: define-se o risco operacional como a possibilidade de perdas resultantes de

falha, deficiência ou processos internos inadequados, provocadas por fraudes, erros humanos

ou até mesmo tecnológicos, ou de eventos externos que impactem na realização dos objetivos

do fundo ou carteira.

7. METODOLOGIA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS

• Risco de Mercado

Indicadores

Para efeito do gerenciamento e enquadramento das carteiras, serão calculados o ““value at risk”

(v@r)” para 1 dia para todas as carteiras sob gestão, fundos e carteiras administradas, e o teste

de “stress” também para os fundos de investimento.

Para o “value at risk” será usado o desvio padrão estatístico das últimas 21 oscilações diárias dos

ativos das carteiras, utilizando-se 95% de intervalo de confiança, para os fundos de investimentos

e, para as carteiras administradas, será utilizado o mesmo cálculo. No cenário de “stress” será

utilizada a maior variação de cada ativo, em módulo, contra a posição detida pela carteira,

variação essa ocorrida em uma janela de 21 dias úteis utilizando-se como espaço amostral os

últimos 2 anos (505 dias). Em determinados casos, a área de risco poderá utilizar modelos e

cenários mais sofisticados para o cálculo da variação a ser submetida na carteira.

Limites

Os limites de exposição ao risco de mercado são definidos de acordo com o tipo de carteira, sua

classificação e Anbima, CVM e o perfil de risco do público alvo.

Os limites são propostos pelo Diretor de Gestão para aprovação do Comitê de Riscos. Os valores

adotados para as medidas de VaR e Stress constam do Anexo I.

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Os Limites aplicados às carteiras administradas deverão ser aqueles expressos no contrato da

carteira. Caso não haja esta previsão no contrato, serão utilizados os limites previstos no Anexo

I.

Alguns fundos ou carteiras poderão ter transitoriamente limites diferentes dos constantes no

Anexo I, desde que aprovados e registrado em ata pelo Comitê de Riscos.

• Risco de Liquidez

As práticas de gerenciamento do risco de liquidez consideram a liquidez dos ativos e

características do passivo, através da adoção das práticas operacionais aqui descritas. A

SIMÉTRICA adota naquilo que for aplicável às Diretrizes para Gerenciamento do Risco de Liquidez

da Anbima.

Liquidez dos Ativos O risco de Liquidez dos ativos está relacionado as características do ativo, seu prazo de

vencimento e o volume transacionado no mercado. Variações bruscas nas condições de mercado

podem alongar o prazo para a saída de uma determinada posição e por isto precisam ser

continuamente monitoradas.

São considerados como medidas de liquidez do ativo:

i. A liquidez dos diferentes ativos financeiros do Fundo; e ii. As obrigações do Fundo, incluindo depósitos de margem esperados e outras

garantias.

Limites adotados para cada tipo de ativo encontram-se detalhados no Anexo I.

Adicionalmente, é utilizado o limite de exposição total da carteira a ativos ilíquidos ou de baixa

liquidez. A partir da análise da média de volume de mercado dos últimos 21 dias é determinado

quais ativos podem ser considerados ilíquidos e por fim é calculado a participação máxima destes

ativos em relação ao patrimônio líquido do fundo ou valor da carteira. Os limites de composição

das carteiras em ativos ilíquidos estão relacionados com as características e classificação de cada

fundo e constam do Anexo I deste.

Com relação aos depósitos de margens e garantias, o back office e a área de riscos controlam o

caixa de todos os fundos de investimento e carteiras de modo a garantir a liquidez necessária

para o cumprimento das liquidações e pagamentos. Da mesma forma, é monitorada a posição

da carteira aliada ao fluxo de resgates em relação à quantidade de títulos livres a fim de que

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todas as obrigações possam ser cumpridas. A liquidez considerada para os títulos públicos

depositados como margem de garantia será de 21 dias úteis.

É importante destacar que algumas das medidas de controle do risco de liquidez de

financiamento se situam na zona de interseção entre a gestão da liquidez de ativos e de passivos

como, por exemplo, a diversificação, não sendo possível analisar um lado sem observar para o

outro. Por exemplo, um fundo poderá ter uma concentração de resgate muito alta porem se a

maior parte dos seus ativos possuírem alta liquidez não será difícil sua venda pelo valor registrado

na carteira, o que não gerará impacto no valor das cotas dos demais investidores desse fundo.

Liquidez do passivo

O Risco de Liquidez do passivo está relacionado com a capacidade dos fundos de honrar o

pagamento dos resgates de cotistas.

Indicadores e Limites

Para determinar o comportamento do passivo de um fundo de investimento são considerados os seguintes aspectos:

i. Tipo de fundo; ii. Política de investimento; iii. Regras de movimentação; e iv. Público-alvo. v. Os valores de resgate esperados em condições ordinárias, calculados com critérios

estatísticos consistentes e verificáveis; vi. O grau de dispersão da propriedade das cotas

O limite mínimo de liquidez é definido como base nos 3 maiores resgates históricos, ocorridos

dentro de um intervalo de tempo relevante para o fundo, o limite mínimo deverá estar mantido

em ativos de liquidez imediata, ou inferior ao prazo de liquidação dos resgates.

Para cenários de stress considera um resgate de 25% do fundo. Também é monitorada a

concentração do passivo de cada fundo. Caso os 10 maiores cotistas do fundo detenham mais de

50% das cotas, o cenário de stress aumenta para 35% do patrimônio do fundo. Essa regra não se

aplica a fundos exclusivos ou restritos. São considerados ainda, limites para os descasamentos

dos fluxos de caixa e o planejamento das estratégias para levantar de novos recursos que venham

a suprir demandas eventuais e repentinas.

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Os indicadores de risco de liquidez são auferidos na periodicidade estabelecida para o Relatório

de Riscos e revisados no mínimo anualmente. O Comitê de Riscos é o fórum definido para

discussões desta natureza.

Diariamente, a área de BackOffice executa a conciliação do fluxo de caixa futuro, considerando

as liquidações agendas e o resgates solicitados, eventuais descasamentos são informados ao

Diretor de Riscos e ao Diretor de Gestão para providencias.

• Risco de Crédito

Risco de crédito pode ser definido como a perda potencial proveniente do não cumprimento pelo

tomador, emissor ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos

pactuados, ou a desvalorização de um ativo em função da deterioração em sua classificação de

risco ou da percepção desta pelos agentes de mercado relacionados ao ativo, tomador, emissor

ou contraparte. Também fazem parte dessas perdas potenciais, a redução de ganhos ou

remunerações, e vantagens concedidas em renegociações e aos custos de recuperação.

Indicadores

Para a análise de limite de exposição, a área de risco classifica os emissores em classificações

internas que correspondem a limites de exposição nas carteiras sob gestão.

Para a determinação da classificação interna são usados ratings emitidos por agências de

classificação de risco. A SIMÉTRICA trabalha com as classificações A B, C, D conforme detalhado

no Anexo 1.

Limites

Inicialmente a contraparte, o emissor precisa ser aprovado no Comitê de Riscos. A aprovação virá

acompanhada do limite, ou da classificação interna sugerida. A aprovação de ativos e

contrapartes está descrita no item Risco de Contraparte deste manual e na Política de Seleção

de Prestadores de Serviço.

O ativo aprovado é classificado de acordo com a sua qualidade de credito nos níveis descrito no

Anexo 1, posteriormente é atribuído um limite máximo individual e conjunto de acordo com o

perfil de risco do fundo ou carteira.

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Alguns ativos, fundos ou carteiras poderão ter limites diferentes dos constantes deste

documento, desde que aprovados pelo Comitê de Riscos

• Risco de Concentração

A possibilidade de concentração da carteira dos fundos em ativos financeiros de um mesmo

emissor representa risco de liquidez e de mercado dos referidos ativos financeiros. Alterações da

condição financeira de uma companhia ou de um grupo de companhias, alterações na

expectativa de desempenho/resultados das companhias e da capacidade competitiva do setor

investido podem, isolada ou cumulativamente, afetar adversamente o preço e/ou rendimento

dos ativos financeiros da carteira dos fundos. Nestes casos, o gestor pode ser obrigado a liquidar

os ativos financeiros dos fundos a preços depreciados podendo, com isso, influenciar

negativamente o valor da cota dos fundos.

A gestão do risco de concentração pode-se confundir muitas vezes, com à observação dos limites

de concentração e diversificação requeridos pelos órgãos reguladores, mas vai além deste.

Uma análise complementar é adotada pela SIMÉTRICA e aborda outros aspectos de

concentração os quais podem tornar-se potenciais fontes de perda para as carteiras. A

abordagem será específica para cada fundo ou carteira e dependerá de sua política de

investimento e compreenderá os seguintes aspectos: a) Avaliação da concentração setorial; b)

Avaliação da concentração por fator de risco dentro de um determinado mercado.

• Risco de Contraparte São 2 os processos adotados pela SIMÉTRICA para controlar o risco de contraparte:

• Realização, sempre que possível, de operações onde exista a garantia e agente de cálculo independente, tais como: câmaras de liquidação e bolsas de valores.

• Aprovação das prévia das contrapartes no caso de operações que envolvam ativos de balcão.

O processo de aprovação de contrapartes é semelhante ao processo de aprovação de corretoras,

utilizado os mesmos documentos e questionário de Due Diligencie e está descrito na Política de

Seleção de prestadores de serviço. Neste caso, o interessado deve submeter a operação

pretendida e a contraparte a aprovação do Comitê de Riscos ou a outro órgão colegiado, que

venha a ser criado com este propósito.

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A área de riscos monitora se apenas contrapartes aprovadas constam das operações dos fundos

e carteiras. Em caso de não observância, a ocorrência é encaminhada imediatamente ao Diretor

de Riscos para providências.

Fazem parte do Relatório de Riscos, a evolução dos ratings das contrapartes e mídias negativas

recentes que possam vir a influenciar na capacidade desta contraparte honrar seus

compromissos.

• Risco Operacional

Define-se como risco operacional a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Entre os eventos de risco operacional, incluem-se: I - fraudes internas; II - fraudes externas; III - demandas trabalhistas e segurança deficiente do local de trabalho; IV - práticas inadequadas relativas a clientes, produtos e serviços; V - danos a ativos físicos próprios ou em uso pela instituição; VI - aqueles que acarretem a interrupção das atividades da instituição; VII - falhas em sistemas de tecnologia da informação. A metodologia utilizada pela SIMÉTICA para gerenciamento do risco operacional tem como base

os princípios recomendados pelo COSO (Committee of Sponsoring Organizations):

i. Identificação dos riscos inerente à atividade da gestora conforme seus objetivos estratégicos;

ii. Avaliação dos controles existentes para mitigação dos riscos identificados iii. Medição e monitoramento dos riscos através da coleta de incidentes, realização de testes

e monitoramento de indicadores iv. Mitigação do risco residual através da implantação de ações acordadas para correção dos

problemas identificados durante os processos de medição; v. Reporte aos órgãos da administração, entidades reguladoras e autorreguladoras através

de relatórios periódicos e apresentação em fóruns específicos.

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Documento públco 13

A SIMÉTRICA tem por objetivo adotar o conceito das 3 linhas de defesa no gerenciamento dos riscos operacionais através do seu Sistema de Controle de Internos, este conceito será implantado com a contratação de uma auditoria externa, para a aferição do ambiente de controles, tão logo o volume e a complexidade dos fundos e carteiras o justifiquem.

Os principais instrumentos adotados pela SIMÉTRICA para controle do risco operacional são: i)

normas e procedimentos escritos e verificáveis; ii) implementação e teste periódicos dos

controles; iii) coleta e gestão de incidentes; iv) treinamentos periódicos; v) produção pelo Diretor

de Riscos dos relatórios de que trata o Art 22 da Instrução CVM n. 558/2015 e normas

relacionadas da Anbima.

Na pauta do Comitê de Riscos deverão constar no mínimo: os incidentes de risco operacional do

período e os progressos dos planos corretivos previamente acordados.

A mitigação dos riscos relacionados à infraestrutura física e lógica da Simétrica, tais como:

programas computacionais, acesso às instalações; sistema de telefonia, internet, entre outros;

contam com Plano de Contingência onde estão relacionados os cenários de risco assim como as

necessidades de recuperação de cada área operacional. O objetivo é minimizar o impacto de

ocorrências externas às atividades da gestora e garantir a continuidade de atividades críticas.

A área de tecnologia e os demais Diretores colaboram com o Diretor de Riscos na elaboração do

Plano de Contingência, manutenção dos recursos necessários, teste e aperfeiçoamento da

estrutura de contingência.

Identiicação dos riscos

Avaliação dos controles

Medição e Monitoramento

Mitigação dos riscos

Reporte

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• Tratamentos Especiais

Tratamentos diferenciados às regras estabelecidas por este Manual de Riscos poderão ocorrer

desde que, aprovados no âmbito do Comitê de Riscos, este também, poderá alterar a

classificação interna de algum ativo ou operação em relação àquela obtida pela modelagem da

área de risco.

O Comitê de Riscos poderá ainda determinar, para os casos de desenquadramento, o prazo que

a equipe de gestão terá para realizar o reenquadramento das carteiras.

8. RELATÓRIOS DE RISCO

O Relatório de Riscos terá periodicidade semanal, está periodicidade poderá ser alterada

conforme evoluírem os volumes e a complexidade das operações da SIMÉTRICA. Deste relatório,

constaram todas as medidas de risco e ocorrências de desequadramento mencionadas neste

Manual de Riscos, outros indicadores de poderão ser incluídos por solicitação dos diretores.

A área de Riscos é responsável por preparar também o Relatório Resumo de Riscos, com as

principais ocorrências, a evolução dos indicadores e outras análises conforme solicitado pelo

Diretor de Riscos. Este relatório será produzido a cada 60 dias e distribuído aos Diretores de

Gestão e Riscos, no dia anterior a realização do Comitê de Investimentos.

Anualmente, o Diretor de Riscos irá preparar o Relatório Anual de Controles Internos de que trata

o Art. 22 da Instrução CVM n. 558/2015, este relatório será suportado pelo resultado de testes

de aderência detalhados no item 9 e coleta de evidências e será distribuído ao Comitê de

Administração até o ultimo dia de janeiro, para maiores detalhes consulte o Manual de Controles

Internos.

9. TESTES DE ADERÊNCIA

No mínimo anualmente, devem ser realizados testes de aderência/eficácia das métricas e

procedimentos previstos neste Manual de Riscos. A realização dos testes é de responsabilidade

do Diretor de Riscos e seus resultados deverão ser objeto do Relatório Anual de Controles

Internos.

10. MAUTENÇÃO DE ARQUIVOS

Todos os documentos relacionados ao gerenciamento de riscos de que trata o presente Manual

devem ser mantidos pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos à disposição das autoridades. Os

documentos passiveis de retenção incluem: os relatórios de Risco elencados no item 8;

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comunicações internas; comunicação externa com o administrador e demais prestadores de

serviço contratos; atas de reunião; demais analises e controles aplicados.

11. CONTROLE DO MANUAL DE RISCOS

Este Manual de Riscos deve ser revisto no mínimo anualmente, levando-se em consideração (i) mudanças regulatórias; (ii) tendências de mercado; (iii) eventuais deficiências encontradas, dentre outras.

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Documento públco 16

ANEXO I

Segue o detalhamento dos valores e percentuais dos indicadores e limites referidos no corpo

deste Manual de Riscos:

1- Risco de Mercado

a) Carteiras Administradas (Perfil de Risco)

Perfil de Riscos Limite de V@R

Conservador 0,50% Moderado 1,50%

Arrojado 4,50%

Agressivo 8,00%

b) Fundos de Investimento (Classificação Interna)

Classificação Interna / Suitability

Limite de V@R Limite de Estresse

Preservação de Capital 0,05% 0,50%

Conservador 0,50% 2,00% Moderado I 1,00% 4,00%

Moderado II 1,50% 7,00%

Arrojado I 3,00% 12,50%

Arrojado II 4,50% 20,00% Arrojado III 6,00% 35,00%

Renda Variável 8,00% 50,00%

2- Risco de Credito e Concentração:

a) Ratings mínimos locais de longo prazo atribuídos por pelo menos uma das agências

classificadoras:

Classificação do Ativo Standard & Poors Moody’s Fitch

A AA Baa3 AAA B A Ba1 AA

C BB Ba3 A

D B B1 BBB

b) Limite de concentração nas carteiras conforme a classificação do ativo

Classificação Interna (Grupo) Máximo Individual Máximo do Grupo / por perf

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A 50,00% 100,00%

B 20,00% 50,00%

C 10,00% 15,00%

D 5,00% 5,00%

3- Risco de Liquidez

a) Volume de negociação

Ativo Limite Base

Títulos Públicos 1,00% média do volume de mercado nos últimos 21 dias

Derivativos e Ações 10,00% percentual do valor nocional do contrato negociado ou volume financeiro negociado.

Títulos privados 1,00% média do volume de mercado nos últimos 21 dias

b) Ativos ilíquidos

Perfil de Risco Limite Base

Todos 5,00% Patrimônio Líquido ou valor da carteira.