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RISCOS, INCÊNDIOS FLORESTAIS E TERRITÓRIO (RESUMOS) I Seminário da Rede Incêndios-Solo I Simpósio Ibero-Afro-Americano de Riscos Universidade do Algarve Faro, 2015

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RISCOS, INCÊNDIOS FLORESTAISE

TERRITÓRIO

(RESUMOS)

I Seminário da Rede Incêndios-SoloI Simpósio Ibero-Afro-Americano de Riscos

Universidade do AlgarveFaro, 2015

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Título: Riscos, Incêndios Florestais e Território (Resumos)

Editor: ©RISCOS – Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança

Coordenador Editorial: Luciano Lourenço

Composição: Fernando Félix

ISBN: 978-989-96253-6-5

Este trabalho é financiado por Fundos Nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, no âmbito do projeto com a referência UID/GEO/04084/2013.

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NOTA DE ABERTURA

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Tendo em consideração que a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou, na sua 68.ª Sessão, o ano de 2015 como sendo o Ano Internacional dos Solos e porque o solo continua a ser um recurso pouco valorizado e subaproveitado, apesar de poder demorar milhares de anos para se formar, mas que, pelo contrário, em poucas horas, por vezes em escassos minutos, pode ser perdido irremediavelmente nas áreas afetadas por incêndios florestais, a RISCOS entendeu associar a sua Rede Incêndios-Solo (RIS) à iniciativa do ONU, organizando a realização de um Seminário sobre esta temática, precisamente com o objetivo de melhor estudar a conservação do solo nas áreas queimadas para, deste modo, também contribuir para a sobrevivência da humanidade.

Por outro lado, tendo em consideração o êxito que foi a realização do I Simpósio Ibero-Americano de Riscos, a RISCOS decidiu não só repetir a iniciativa, associando o carácter internacional ao Seminário antes referido, mas também alargá-la ao continente africano, tendo em conta a boa representação dos países do Norte de África no anterior Simpósio e, ao mesmo tempo, com a expectativa de incentivar a participação da comunidade de países africanos de língua portuguesa (CPLP), pelo que foi designada por I Simpósio Ibero-Afro-Americano de Riscos.

Todavia, nuns casos por dificuldade de comunicação e, noutras situações, por questões de natureza financeira, a representação destes países acabou por não se concretizar, mas tal não significa que não se tenham estabelecido alguns contactos que poderão dar frutos numa próxima oportunidade.

Foi decidido estender também a área geográfica que tem sido palco dos Encontros de Riscos, que têm decorrido entre Lisboa e Guimarães, passando por Coimbra, Aveiro e Porto, rumando desta vez ao sul do país, com realização na cidade de Faro, em colaboração com a Universidade do Algarve.

Esta decisão acabou por penalizar um pouco a organização, em termos de número de participantes, já que sair da zona de conforto antes referida (Lisboa a Braga) acarreta alguns problemas logísticos e, também, de mobilidade, por implicarem maiores gastos, que tiveram consequências no número de participantes que, embora ultrapasse uma centena, é mais reduzido do que em acontecimentos similares antes realizados, tendo-se mesmo registado a desistência de quatro das comunicações que tinham submetido resumos.

Contudo, mesmo nestas condições de grandes restrições financeiras, a realização conjunta destas duas reuniões científicas, permitiu reunir um número razoável de comunicações: 64, sendo 53 orais e 11 em poster, o que, apesar das limitações sentidas a vários níveis, atesta bem a importância destes pontos de encontro para discussão de diferentes temáticas relacionadas com diversos tipos de riscos.

Acresce ainda que esta reunião científica ficará também marcada não só pela apresentação e lançamento do número da revista Territorium referente ao ano em curso, como habitualmente, neste caso o n.º 22, relativo a 2015, que assim assegura a sua publicação anual em tempo oportuno, mas também e sobretudo pelo lançamento, em colaboração com a Imprensa da Universidade de Coimbra (IUC), de uma nova série temática de livros, designada “Riscos e Catástrofes”, cujo primeiro número se dedica ao Terramoto de Lisboa de 1755, quando se comemoram 260 anos sobre esta plena manifestação de risco, uma iniciativa proposta pela associada Doutora Ângela Santos e que por ter sido dada à estampa no tempo previsto, esperamos que sirva de incentivo a outros associados para publicarem os seus trabalhos nesta série ou a proporem a edição de outros estudos concretos sobre catástrofes.

Com efeito, esta nova série da IUC, que foi iniciativa da RISCOS, conta já com um segundo livro no prelo, dedicado à Sociologia do Risco, da autoria do Prof. Doutor José Manuel Mendes, da Universidade de Coimbra que deverá ser ainda publicado no corrente ano de 2015, augurando assim um início auspicioso para esta Série sobre “Riscos e Catástrofes”, dado que outros títulos estão já em preparação e, naturalmente, estamos abertos a novas propostas.

Seminário da Rede Incêndios-Solo e I Simpósio Ibero-Afro-Americano de Riscos“Riscos, Incêndios Florestais e Território“

Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Nota de Abertura

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Concomitantemente, aproveitando a vinda de uma reputada investigadora brasileira na área da sociologia do risco, a Professora Doutora Norma Valêncio, para proferir a conferência de encerramento, será feita também a apresentação de um livro acabado de sair no Brasil e de que ela é editora, sobre Riscos de desastres relacionados à água. Aplicabilidade de bases conceituais das Ciências Humanas e Sociais para a análise de casos concretos e, ainda sobre o tema da água, será também apresentado o n.º 1 da revista TA8 — Water-related Disasters, integrada nas séries de áreas temáticas (SATAD) dos designados Working Papers da rede Waterlat-Gobacit Network, de que a Professora Norma também é editora, publicado em Newcastle, em setembro de 2014, igualmente sobre o tema dos Desastres relacionados à água: dos desafios transescalares à multivocalidade interpretativa. Pela importância dos temas tratados nestas obras e pelo facto de estarem redigidas em português, interessam à generalidade dos presentes, pelo que bem merecem ser divulgadas.

Para concluir, resta-nos informar de que, à semelhança das anteriores reuniões científicas, as apresentações ao Seminário/Simpósio serão disponibilizadas na página web da RISCOS, muitas das quais forma transformadas em artigos científicos e submetidas para publicação no próximo número da revista Territorium.

Estamos certos de que a manutenção deste tipo de encontros contribuirá para, paulatinamente, incentivar o aumento e fortalecimento da colaboração entre investigadores, técnicos e operacionais que atuam nas diversas áreas das ciências cindínicas, que se traduzirá num claro contributo para ajudar a prevenir as manifestações dos diferentes riscos, através da redução das vulnerabilidades, de modo a minimizar as consequências das catástrofes e, ao mesmo tempo, aumentando a segurança das pessoas e bens.

Faro, 4 de novembro de 2015

(Luciano Fernandes Lourenço)

Presidente da Comissão Organizadora

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ORGANIZAÇÃO

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Comissão Científica

Ana Meira e CastroUniversidade do Porto

Adélia NunesUniversidade de Coimbra

Ana Monteiro(Univ. do Porto)

Ângela Santos(Univ. de Lisboa)

António Amaro(Escola Superior de Saúde e Alcoitão)

António Bento Gonçalves(Univ. do Minho)

António Vieira(Univ. do Minho)

Bruno Martins(Univ. de Coimbra)

Cármen Ferreira(Univ. do Porto)

Cármen Gonçalves(Univ. de Coimbra)

Celestina Pedras(Univ. do Algarve)

Cristina Queirós(Univ. do Porto)

Elisa Silva(Univ. do Algarve)

Fantina Tedim(Univ. do Porto)

Fátima Velez de Castro(Univ. de Coimbra)

Felícia Foneca(Inst. Politéc. de Bragança)

Fernando Martins(Univ. do Algarve)

Seminário da Rede Incêndios-Solo e I Simpósio Ibero-Afro-Americano de Riscos“Riscos, Incêndios Florestais e Território“

Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Comissão Científica

Francisco Costa(Univ. do Minho)

Helena Fernandez(Univ. do Algarve)

Humberto Varum(Univ. de Aveiro)

Isabel Margarida Antunes(Inst. Politécnico de Castelo Branco)

João Victor Silva Pereira(Univ. de Coimbra e ISCIA)

Luciano Lourenço(Univ. de Coimbra)

Luís Miguel Brito(Inst. Politéc. de Viana do Castelo)

Maria José Roxo(Univ. Nova de Lisboa)

Mário Talaia(Univ. de Aveiro)

Miguel Tato(Univ. Fernando Pessoa)

Natália Vara(Univ. do Porto)

Paula Remoaldo(Univ. do Minho)

Romeu Vicente(Univ. de Aveiro)

Rui Lança(Univ. do Algarve)

Teresa Albuquerque(Inst. Politéc. de Castelo Branco)

Tiago Ferreira(Univ. de Aveiro)

Tomás de Figueiredo(Inst. Politéc. de Bragança)

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Comissão Organizadora

Luciano Lourenço(Universidade de Coimbra, Portugal, RISCOS, CEGOT)

António Bento Gonçalves(Universidade do Minho, RISCOS, CEGOT)

António Betâmio de Almeida(Universidade de Lisboa, RISCOS)

Fernando Martins(Universidade do Algarve, RISCOS)

Helena Fernandez(Universidade do Algarve, RISCOS)

Adélia Nunes(Universidade de Coimbra, Portugal, RISCOS, CEGOT)

António Amaro(Escola Superior de Saúde de Alcoitão, RISCOS)

António Vieira(Universidade do Minho, RISCOS, CEGOT)

Celestina Pedras(Universidade do Algarve, RISCOS)

Elisa Silva(Universidade do Algarve, RISCOS)

Rui Lança(Universidade do Algarve, RISCOS)

Seminário da Rede Incêndios-Solo e I Simpósio Ibero-Afro-Americano de Riscos“Riscos, Incêndios Florestais e Território“

Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Comissão Organizadora

Secretariado

André Martins(Universidade do Algarve)

Claudia Nunes(Universidade do Algarve)

Evylen Sardinha de Araújo(Universidade do Algarve)

Fernando Félix(Universidade de Coimbra, RISCOS)

Gonçalo Lopes(Universidade do Algarve)

Maria Silva(Universidade do Algarve)

Mónica Ferreira(Universidade do Algarve)

Sofia Fernandes(Universidade de Coimbra, RISCOS)

Wagner Alves(Universidade do Algarve)

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PROGRAMA

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I Seminar of the Forest Fires - Soils Network and I Ibero-Afro-American Symposium of Risks“Risks, Forest Fires and Territory”

Faro, 4th, 5th and 6th of November of 2014

Programme

4 de novembro de 2015

09:00 - Abertura do secretariado. Distribuição de documentação

10:00 - Sessão de Abertura (Anfiteatro)

Conferência de Abertura: A prevenção operacional de incêndios no espaço florestal da ilha de Madeira desenvolvida no âmbito do POCIF 2015, pelo Coronel Luís Neri, seguida de Debate, com moderação do Eng.º Maia e Costa

11:30 - Intervalo para café

12:00 - Sessão de Posters

12:30 - Almoço14:00 - Sessão Plenária: (Sala: 2.01) Painel 2 - Geotecnologias Aplicadas à Análise e Gestão de Riscos

15:45 - Intervalo para café

16:00 - Sessões Paralelas: Painel 1 - Incêndios Florestais e Efeitos no Solo (Sala: 2.04) Painel 4 - Prevenção, Segurança e Mitigação (Sala: 2.01)

18:15 - Fim dos trabalhos do 1.º dia

20:00 - Jantar Social (Ponto de encontro: Largo da Câmara Municipal de Faro)

5 de novembro de 2015

08:30 - Abertura do secretariado

09:00 - Sessões Paralelas:Painel 3 - Riscos Naturais e Antrópicos (Sala: 2.01)Painel 5 - Análise, Governança e Comunicação de Riscos (Sala: 2.04)

10:45 - Intervalo para café e Sessão de Posters

11:00 - Sessões Paralelas:Painel 3 - Riscos Naturais e Antrópicos (Sala: 2.01)Painel 5 - Análise, Governança e Comunicação de Riscos (Sala: 2.04)

12:45 - Almoço

14:00 - Sessão Plenária: (Sala: 2.01)Painel 3 - Riscos Naturais e Antrópicos

15:30 - Intervalo para café

16:00 - Lançamento do n.º 22 da revista Territorium e do Livro Comemorativo dos 260 anos do Tremor de Terra de 1755 (Lisboa), da série temática “Riscos e Catástrofes” (Sala 2.01)

16:30 - Conferência de Encerramento: (Sala 2.01)

O sofrimento da população afetada por situações de catástrofe: em busca do fortalecimento de abordagens multiculturais e transdisciplinares, pela Prof.ª Doutora Norma Valêncio, seguida de Debate com moderação do Prof. Doutor A. Betâmio de Almeida

17:30 - Sessão de Encerramento (Sala 2.01)

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6 de novembro de 2015

Viagem de Estudo: Manifestação de Riscos no Sul de Portugal

09:15 - Ponto de encontro: Entrada do Hotel EVA, Faro

09:30 - Saída em autocarro para S. Brás de Alportel

10:00 - Receção pela Câmara Municipal S. Brás de Alportel e sessão de degustação de produtos regionais “The Algarve Sweetest City – S. Brás de Alportel”

10:30 - Apresentação técnica do Incêndio “Catraia (Tavira)”

11:30 - Visita I: Saída do autocarro em direção a Parizes, Cabeça do Velho e Lajes (localidades situadas às cotas mais elevadas e no centro da área ardida)

13:30 - Almoço no Restaurante “Sabores do Campo”, sítio dos Machados, S. Brás de Alportel.

14:30 - Visita II: Saída em direção a Bengado, Mesquita Baixa e Desbarato (localidades situadas a cotas mais baixas e na zona limítrofe do incêndio)

16:00 - Regresso a São Brás de Alportel para visita e passeio pela Vila

17:00 - Regresso a Faro

7 de novembro de 2015

Viagem de barco pela Ria Formosa

09:00 - Concentração no Terminal rodoviário EVA

09:30 - Saída para Olhão

10:00 - Passeio barco: Saída da Marina de Olhão, com destino à ilha do Farol

11:30 - Visita ao Farol do Cabo de Santa Maria (230 degraus)

12:30 - Saída para a ilha da Culatra. Almoço

14:30 - Regresso ao barco, com destino à ilha da Armona

16:00 - Regresso a Olhão

16:30 - Regresso a Faro

17:00 - Chegada a Faro

Seminário da Rede Incêndios-Solo e I Simpósio Ibero-Afro-Americano de Riscos“Riscos, Incêndios Florestais e Território“

Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Programa

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CONFERÊNCIAS

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Norma Valêncio

BIOGRAFIA

Brasileira, Bacharel em Ciências Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUCCAMP (1985), Mestre em Filosofia e História da Educação (1988) e Doutora em Ciências Humanas, na área de Sociologia (1993), ambos pela Universidade de Campinas - UNICAMP. Realizou estágios de pós-doutoramento em ecologia de água doce e pesca interior (INPA, 1998), hidráulica e saneamento (USP, 2002) e em geografia (UNICAMP, 2012).

É Professora Associada aposentada do Departamento de Sociologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), onde fundou e coordenou o Núcleo de Estudos e Pesquisas Sociais em Desastres, foi chefe de departamento e vice coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Sociologia. É Professora Colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental da Universidade de São Paulo (USP) desde 1996.

É membro da Rede Waterlat-Gobacit, onde exerce o papel de editora da Série Água e Desastres dos seus Cadernos de Trabalho.

Em 2009, recebeu o grau de Cavaleiro Oficial da Defesa Civil pelo Ministério da Integração Nacional do Governo Federal do Brasil devido ao reconhecimento público dos serviços relevantes prestados ao país.

Tem como objeto de pesquisa aspectos psicossociais, socioculturais, sociopolíticos e socioambientais de catástrofes.

Orientou 25 mestrados e 12 doutorados em temas socioambientais com abordagens interdisciplinares.

Publicou cerca de 130 textos, entre artigos em periódicos e capítulos de livros. Participou da organização de 14 livros e publicou outros 4 livros de sua autoria individual.

Desse elenco de livros, coletivos e individuais, se destacam os títulos:

• “Riscos de desastres relacionados à água: aplicabilidade de bases conceituais das Ciências Humanas e Sociais para a análise de casos concretos” (2015);

• “Formas de matar, de morrer e de resistir: limites da resolução negociada de conflitos ambientais” (2014);

• “Para além do ‘dia do desastre’: o caso brasileiro” (2012);

• “São Tomé e Príncipe, África: desafios socioambientais no alvorecer do sec. XXI” (2010).

Seminário da Rede Incêndios-Solo e I Simpósio Ibero-Afro-Americano de Riscos“Riscos, Incêndios Florestais e Território“

Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Conferências

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I Seminar of the Forest Fires - Soils Network and I Ibero-Afro-American Symposium of Risks“Risks, Forest Fires and Territory”

Faro, 4th, 5th and 6th of November of 2014

Conferences

O SOFRIMENTO DA POPULAÇÃO AFETADA POR SITUAÇÕES DE CATÁSTROFE: EM BUSCA DO FORTALECIMENTO DE ABORDAGENS MULTICULTURAIS E TRANSDISCIPLINARES

Norma Valêncio Programa de Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental, USP-São Carlos

[email protected]

RESUMO

As abordagens científicas prevalentes sobre catástrofes, tanto no Brasil como em Portugal, sobretudo as que norteiam os discursos e as práticas dos principais atores que atuam em tais emergências – como os órgãos de defesa civil, de proteção civil e bombeiros – tendem a colocar o seu foco principal de preocupação e discussão em torno da circunscrição geográfica física do evento e, desde aí, passam a discriminar as perdas materiais e econômicas ocorridas.

Por seu turno, as narrativas sobre as perdas humanas porventura havidas tendem a se restringir à quantificação de mortos, feridos ou desaparecidos. Embora tais elementos sejam de vital importância, tudo se passa, estranhamente, como se a complexidade das interações sociais constitutivas do espaço - então convertido numa estática “cena desoladora” propícia ao “teatro de operações” dos órgãos de emergência - não fosse assaz relevante para explicar tanto as causas do que sucedeu quanto medir as suas amplas consequências para os grupos sociais envolvidos e afetados, direta ou indiretamente.

Caso isso fosse levado em conta, supomos que maiores seriam as chances de que ângulos originais do problema surgissem podendo, então, gerar subsídios para o melhoramento das políticas públicas de prevenção e preparação frente a riscos graves, como os relacionados aos incêndios florestais.

Contudo, contemporaneamente, vigora certa resistência sociocultural, oriunda do meio científico e técnico-operacional, para aceitar uma mudança de abordagem em seu modo de ver o problema e atuar sobre o mesmo. A que se deve tal resistência? Objetivando trazer à tona respostas tentativas e suscitar um ambiente favorável a uma reorientação do debate, inicia-se por trazer uma perspectiva sociológica de catástrofe, no bojo da qual são recuperados importantes pressupostos filosóficos para identificar a multidimensionalidade do sofrimento social e a tendência de indiferença social frente ao mesmo (a fadiga da compaixão que sobrevém após breve solidariedade).

Dentro desse quadro analítico, surgem duas novas exigências para se calibrar a investigação científica e a prática técnica com vistas a uma mudança de paradigma no tema das catástrofes, a saber:

a) a de reconhecimento da multiculturalidade para possibilitar a construção de diferentes lugares de verdades sobre o mundo produzido, vivido e refletido, desde onde se exercita a validação política dos diferentes sujeitos sociais envolvidos e se afirma um novo projeto civilizacional;

b) a de ruptura de estranhamentos disciplinares quando estes são convocados a se debruçar sobre um objeto complexo e, sobre o mesmo, entrelaçarem os seus conteúdos teóricos e metodológicos, o que demanda uma disposição à superação de bloqueios atitudinais corporativos como também de pensamento

A fim de ilustrar alguns passos nesse exercício polifônico e polissêmico, é trazida uma síntese de dois casos de catástrofes relacionadas com incêndios florestais ocorridos, respectivamente, no Brasil (na Região Amazônica) e em Portugal (no Distrito de Coimbra).

Para finalizar, em contraponto à questão central voltada para a relação entre lugar e fogo, menciona-se sinteticamente discussões multiculturais e transdisciplinares exitosas ao redor da relação entre lugar e água, ocorridas no Brasil e em São Tomé e Príncipe.

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Coronel Luís Guerra Neri

BIOGRAFIA

Oficial do Exército Português, entrou para a Academia Militar em 1979 e foi promovido a Alferes da Arma de Infantaria em 1984 tendo sido colocado na Escola Prática de Infantaria. Até 1995 esteve colocado em várias unidades onde foi desempenhando funções operacionais e ligadas aos recursos humanos, formação.

Em 1995 frequentou o Curso de Estado Maior no Instituto de Altos Estudos Militares e, a partir de 1997, esteve colocado no Estado Maior do Exército (Repartição de Operações), no Quartel General e Comando Operacional da Madeira, onde foi Chefe do Estado Maior, no Instituto de Altos Estudos Militares, como Professor dos vários cursos e Director do 1º Curso de Estado Maior Conjunto e no Regimento de Guarnição N.º 3, como 2.º Comandante.

Participou em alguns grupos de planeamento para exercícios conjuntos e combinados ao nível da NATO.

Em Maio de 2006 foi convidado para as funções de Director do Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros da Madeira onde esteve em Comissão de Serviço; em Outubro de 2009 iniciou a 2ª Comissão de Serviço, agora como Presidente do Serviço Regional de Protecção Civil, Instituto Público da Região Autónoma da Madeira, onde ainda se mantém.

Tem vários louvores e condecorações.

Possui uma Pós Graduação em Ordenamento do Território e Desenvolvimento Sustentável do Instituto de Ciências Sociais e Políticas e a Pós Graduação, na modalidade de Especialização, em Gestão da Emergência da Escola Nacional de Bombeiros.

Frequentou com aproveitamento o Curso Avançado de Gestão Pública (CAGEP), ministrado pelo Instituto Nacional de Administração, entre Outubro de 2008 e Fevereiro de 2009.

Em Novembro de 2011 frequentou o Community Mechanism Induction Course do European Civil Protection Trainning Programme, em Hamburgo, na Fire Serviçe Academy. Em Abril de 2014 participou no Operational Management Course do European Civil Protection Trainning Programme, que decorreu na THW, na Alemanha, e na DEMA, na Dinamarca. Em Setembro de 2014 integrou o Information Management Course do European Civil Protection Trainning Programme, que decorreu na Danish Emergency Managment Agency, na Dinamarca. Frequentou o High Level Coordination Course, entre 13 e 17 de Abril de 2015, na Academy for Crises Management, Emergency Planning and Civil Protection, em Bad Neuenahr-Ahrweiler, Alemanha, integrado no European Civil Protection Trainning Programme.

É o representante do Governo Regional da Madeira em várias Comissões Nacionais e Grupos de Trabalho sobre temáticas relacionadas com o socorro e emergência.

Tem participado como orador e/ou moderador em vários Seminários e Foros onde têm sido discutidas as temáticas relativas ao Socorro e Emergência e tem escrito alguns artigos em revistas da especialidade.

Conferências

Seminário da Rede Incêndios-Solo e I Simpósio Ibero-Afro-Americano de Riscos“Riscos, Incêndios Florestais e Território“

Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

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A PREVENÇÃO OPERACIONAL DE INCÊNDIOS NO ESPAÇO FLORESTAL DA ILHA DA MADEIRA, DESENVOLVIDA NO ÂMBITO DO POCIF 2015

Luís Neri Serviço Regional de Proteção Civil, IP-RAM

[email protected]

RESUMO

1. Introdução

O Arquipélago da Madeira tem uma área florestal natural que se aproxima de 16 200 hectares, o que corresponde a cerca de 47% da área de “Floresta e outras áreas arborizadas”; em termos de área de floresta cultivada, os valores rondam 16 500 hectares, correspondendo a cerca de 48% do espaço com aptidão florestal. Salientam-se os grupos de concelhos do Norte, Oeste e Este com valores de áreas consideráveis, tanto no que diz respeito a “Floresta e outras áreas arborizadas” como a “matos e herbáceas”.

Tendo em linha de conta que os concelhos do Funchal, Santa Cruz e Câmara de Lobos são os que detêm a maior percentagem de área habitável (cerca de 190 000 habitantes – 70% da população da ilha) e que, por sua vez, nestes concelhos também se verifica uma grande parte de povoamentos de pinheiro-bravo, eucalipto e outras espécies (excluindo a Laurisilva), é aqui que a fronteira entre o meio urbano e o meio florestal se nos apresenta como um dos fatores mais constrangedor, para o planeamento e intervenção dos corpos de bombeiros em incêndios florestais.

Por outro lado, não se pode deixar de considerar a orografia da RAM que, também nestes concelhos, é potenciadora da dificuldade sentida nas intervenções em incêndios florestais.

2. Medidas tendentes a minimizar os incêndios florestais

A incidência de incêndios florestais que, nos últimos cinco anos, fustigaram a ilha da Madeira, aliada às condições favoráveis à sua ocorrência, determinaram uma maior frequência, que tem motivado os responsáveis pelo socorro e emergência da RAM ao desenvolvimento de várias ações tendentes a minimizar a intervenção em meios de difícil acesso/combate, das quais podemos salientar: Formação, equipamentos, viaturas de intervenção e de sustentação, gestão de operações e comunicações.

Para além do referido, deve também salientar-se que a prevenção é fundamental e podem indicar-se algumas das ações que se concretizaram (ou estão em vias disso) em dois tipos de medidas – ativas e passivas. Nas Medidas ativas podemos incluir:

• Recuperação de áreas ardidas através de arborização de áreas anteriormente ocupadas por espécies invasoras;

• Incremento da vigilância fixa e móvel, agregando vários agentes mediante informação transmitida pelo Comando Regional de Operações de Socorro (com base no risco de incêndio florestal);

• Limpeza e apropriação de itinerários/faixas de terreno em áreas cuja proximidade de zonas urbanas possam limitar a intervenção dos agentes de proteção civil.

Relativamente às Medidas Passivas

Informação e sensibilização através do projeto “Segurança, em casa, na escola e na rua” que, desde 2010, já se materializa junto dos alunos dos vários níveis de escolaridade do pessoal docente

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Conferences

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e não docente e dos pais e encarregados de educação, abrangendo cerca de 15 000 pessoas até ao momento, para além das intervenções da DRFCN junto das Câmaras Municipais e de outros organismos/entidades.

3. Plano Operacional de Combate a incêndios Florestais 2015 (POCIF 2015)

O SRPC, IP-RAM, tendo em consideração a necessidade de contribuir para a diminuição dos incêndios florestais planeou dando cumprimento à Resolução Nº380/2015 do Governo Regional da Madeira, um reforço do Dispositivo de Resposta Operacional Regional (DROR), com especial incidência nos Corpos de Bombeiros, que foi designado por POCIF 2015.

Finalidade

• Criar um conjunto de Equipas de Intervenção Florestal (EIF) nos Corpos de Bombeiros com o objetivo principal de reforçar, nos meses de julho, agosto e setembro, o dispositivo em prontidão.

Objetivos

• Assegurar em a vigilância e deteção de incêndios florestais, em coordenação com a DRFCN;

• Garantir uma pronta resposta de ataque inicial a Incêndios Florestais;

• Contribuir para o rápido acionamento de meios de reforço, sempre que se preveja o esgotamento da capacidade das equipas;

Composição

• 2 Equipas de Combate a Incêndios Florestais (ECIF) por Corpo de Bombeiros, com 3 elementos cada;

• 2 Equipas de Combate a Incêndios Florestais do Exército;

• 2 Equipas de Combate a Incêndios Florestais da GNR.

Funcionamento

• Face ao histórico de ocorrências registadas nos últimos anos nas respetivas áreas de atuação própria, foram constituídas 2 ECIF em todos os concelhos, através dos corpos de bombeiros, com o reforço da GNR e das Forças Armadas, embora a 2ª equipa só é acionada pelo CROS em função do índice de risco de incêndio florestal apurado através do FWI – Fire Weather Index - pelo Observatório Meteorológico do Funchal;

• Houve provas de seleção, incluindo físicas, que obedeceram a critérios definidos pelo SRPC e IRB, dados a conhecer aos Comandos dos CB, de modo a que fossem selecionados os bombeiros que estivessem disponíveis para este trabalho, cujo turno é de 24 horas, gerido pelo seu CB. Não podem ser integrados estagiários ou elementos de comando. Foi elaborado um programa de formação destinado a estes intervenientes, focado nos objetivos do POCIF 2015;

• O planeamento traduziu-se num esquema de vigilância fixa e móvel, com base num mapeamento efetuado pela DRFCN, com duas faixas – uma até aos 700 metros, da responsabilidade do SRPC, IP-RAM e, outra, acima dessa altitude, através de vigilância móvel e fixa em torres através da DRFCN -. É precisamente nesta faixa de altitude que os eventos relacionados com o interface urbano-florestal mais se fazem sentir e onde a 1ª intervenção é fundamental;

Conferências

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• No que ao SRPC diz respeito, foi produzida uma Diretiva Operacional, que incluiu as Câmaras Municipais como parceiras neste projeto, especialmente ao nível do apoio logístico e na definição de pontos e áreas de importância municipal que se incluíram no POCIF 2015;

• As comunicações que apoiam este projeto são efetuadas com o recurso ao SIRESP e aos relatórios (de observação/relato de ocorrência ou fim do serviço), com base num modelo cuja transmissão é feita com recurso a smartphone, permitindo uma maior rapidez e facilidade na análise dos dados

• A sensibilização da população resultou de uma forma muito positiva.

4. Conclusão

A articulação entre todos os intervenientes que se faz no Centro de Coordenação Operacional Regional (nível institucional) e no Comando Regional de Operações de Socorro (nível operacional) tem sido cada vez mais afinada e a presença das pessoas indicadas nesses órgãos tem possibilitado melhores resultados.

A inclusão nas ações de formação de técnicos da Direção Regional de Florestas e Conservação da Natureza e do Exército, tem sido fundamental para que se reconheçam formas de trabalhar e de coordenação, muito úteis aquando da intervenção.

A introdução do POCIF 2015 revelou-se extremamente adequada e conseguiu dinamizar a relação de trabalho conjunta entre vários agentes de proteção civil, especialmente a utilização dos bombeiros num trabalho de patrulhamento indutor de uma primeira intervenção mais rápida e objetiva, mesmo com uma orografia difícil e complexa para o combate aos incêndios.

Como resultado final do POCIF podemos referir que a redução do número de incêndios foi de 48% nos incêndios em mato e de 78% em incêndios florestais, comparativamente com 2013 e em condições de temperatura, vento e humidade muito semelhantes. Na área ardida os valores também traduzem a eficácia da metodologia utilizada dado que em 2015 arderam 338 hectares (fora da época do POCIF), contra 1250 hectares em 2013, apresentando, por isso, uma redução de 27%.

Bibliografia

DRFCN (Dezembro 2008). IFRAM 1- Inventário Florestal da Região Autónoma da Madeira 1.

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COMUNICAÇÕES ORAIS

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Painel 1: Incêndios Florestais e Efeitos no Solo

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Painel 1: Incêndios Florestais e Efeitos no Solo 29

VULNERABILIDADE A INCÊNDIOS FLORESTAIS NA REGIÃO DO MINHO, PORTUGAL

Adélia NunesNICIF – Universidade de Coimbra, Aeródromo da Lousã, Chã do Freixo, 3200-395 Lousã, Portugal

CEGOT, Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território, Univ. de Coimbra

[email protected]

Luciano LourençoNICIF – Universidade de Coimbra

CEGOT, Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território, Univ. de Coimbra

[email protected]

Sandra OliveiraNICIF – Universidade de Coimbra,

[email protected]

António Bento-GonçalvesNICIF – Universidade de Coimbra

CEGOT, Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território, Univ.do Minho

[email protected]

António VieiraNICIF – Universidade de Coimbra

CEGOT, Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território, Univ. do Minho

[email protected]

Fernando FélixNICIF – Universidade de Coimbra

[email protected]

Sofia FernandesNICIF – Universidade de Coimbra

[email protected]

RESUMO

Na Europa Mediterrânea, os incêndios florestais representam uma das principais ameaças à sustentabilidade dos espaços florestais e à segurança das populações. Face à variabilidade espaciotemporal da ocorrência de incêndios e à diversidade de fatores que os influenciam, torna-se necessário a regular atualização de informação e a melhoria do suporte técnico de análise de dados, de modo a apoiar a distribuição atempada dos diferentes tipos de recursos disponíveis e a aumentar eficácia dos meios colocados no terreno. O projeto PREFER pretende responder a estas necessidades, tanto através da disponibilização de informação harmonizada à escala europeia e atualizada sistematicamente com base em dados de satélite e tecnologias avançadas, como na produção de cartografia aplicada a diversas fases de gestão de incêndios, nomeadamente na prevenção e preparação para situações de emergência e na fase de recuperação pós-incêndios. A vulnerabilidade é uma componente fundamental na avaliação do risco de incêndio, representando, em sentido lato, o potencial de perda de uma determinada área. Na sua análise, para a região do Minho, combinaram-se três componentes principais, à escala de 1 ha: i) exposição (presença de elementos com potencial de perda); ii) sensibilidade (propensão dos elementos expostos a sofrerem um certo tipo e magnitude de perdas); iii) capacidade de antecipação e de resposta (atividades que aumentam a preparação, resiliência e adaptação dos elementos expostos). No processamento do modelo de vulnerabilidade teve-se em consideração: i) a necessidade de agregar variáveis de fontes diversas, transformando os dados numa escala numérica comum; ii) a definição de variáveis, para cada componente, as quais representam diferentes dimensões de vulnerabilidade (ambiental, social, institucional ou económica), agregadas num índice composto, de escala ascendente; iii) a possibilidade de integrar novos dados ou com mais qualidade, sempre que disponíveis, através de ferramentas SIG. Neste trabalho, apresentam-se os resultados cartográficos obtidos para algumas das variáveis referentes a cada uma das componentes identificadas, bem como o mapa final de vulnerabilidade, que resulta da soma ponderada dos valores finais das diversas variáveis e componentes. Para além disso, baseado nos custos de recuperação de cobertura do solo (com vegetação) e no preço dos alojamentos a partir de avaliação bancária, foi criado um mapa com estimativas do valor económico dos elementos expostos, que mostra variações espaciais significativas na região.

Palavras-chave: Exposição, sensibilidade, valor económico, vulnerabilidade, região do Minho; Portugal.

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Panel 1: Forest Fires and Effects on Soils30

INCÊNDIOS FLORESTAIS FORA DO “PERÍODO CRÍTICO”: O CASO DE PORTUGAL CONTINENTAL ENTRE O ÚLTIMO QUARTEL DO SÉCULO XX E A ATUALIDADE (2014)

Sofia FernandesNúcleo de Investigação Científica de Incêndios Florestais

Faculdade de Letras da Universidade de [email protected]

Luciano LourençoDepartamento de Geografia e CEGOT

Faculdade de Letras da Universidade de [email protected]

RESUMO

Em Portugal, os incêndios florestais tendem a manifestar-se, maioritariamente, durante o período estival, habitualmente caracterizado por ventos do quadrante leste, elevadas temperaturas e baixos valores de humidade relativa do ar. Uma vez reunidas estas condições, tem sido normal que em apenas três meses, ou seja, entre julho e setembro, ardam milhares de hectares de floresta e mato, geralmente muito mais do que aquilo que arde nos restantes nove meses do ano.

Assim, fora dessa época crítica também ocorrem incêndios, mas como eles representam apenas uma pequena percentagem da área ardida anual e, sobretudo, porque são de menor dimensão, quase sempre acabam por ser considerados como “situações pouco relevantes”.

Porém, as estatísticas mostram que, nos últimos anos, se tem vindo a assistir a um aumento crescente do número de ocorrências fora do “período crítico”, sendo exemplo disso os anos de 2007, 2008, 2011, 2012, 2013 e 2014, uma vez que registaram mais incêndios entre outubro e junho do que durante os meses de julho a setembro. Esta situação parece manter-se dado que, segundo a Autoridade Nacional Proteção Civil, só no início deste ano de 2015, o número de incêndios ocorridos até 5 de maio representaram um aumento de cinco vezes, face ao mesmo período do ano passado, ou seja, de 2014.

Este trabalho pretende, assim, mostrar a importância de determinadas condições meteorológicas, semelhantes às registadas no período estival, que embora ocorram fora dele, não deverão ser descuradas, pois podem originar situações deveras preocupantes, muito semelhantes às vivenciadas durante o “período crítico”, sendo disso exemplo algumas das que acompanhámos ao longo dos últimos anos, como foram os casos do grande incêndio de Castanheira de Pera (536 ha), em outubro de 2011, ou dos dois grandes ocorridos em Penela (respetivamente com 967 e 830 ha), nos finais de março de 2012, os quais destruíram mais de 2 300 ha de floresta e ameaçado várias povoações.

Assim, com base na análise duma série de dados estatísticos, referentes ao período de 1980 a 2014, e através da sua distribuição espacial à escala distrital, procurar-se-á dar a conhecer a ocorrência de incêndios florestais fora do “período crítico”, bem como as suas principais fontes de ignição.

Palavras-chave: Incêndios florestais, período crítico, fontes de ignição, causas, área ardida.

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Painel 1: Incêndios Florestais e Efeitos no Solo 31

AS CRENÇAS POPULARES RURAIS NA ORIGEM DE DOIS GRANDES INCÊNDIOS FLORESTAIS EM BARCELOS

Flora Ferreira-LeiteCEGOT, Universidade do Minho

[email protected]

António Bento-GonçalvesDepartamento de Geografia, CEGOT, Universidade do Minho

[email protected]

Luciano LourençoDepartamento de Geografia, CEGOT, Universidade de Coimbra

[email protected]

RESUMO

Com o aparecimento da “broca do Eucalipto” (Phoracanta semipunctata F.) no concelho de Barcelos, em 2006, enraizou-se na população a ideia de que a única forma de erradicar essa praga seria através do recurso ao uso do fogo.

A praga, ao instalar-se em povoamentos de eucalipto e ao ser combatida com recurso a fogo, aumentou o risco de incêndio, dado que nos eucaliptais o combate aos incêndios florestais se torna particularmente complicado, devido à elevada carga térmica, bem como à elevada densidade populacional e à grande dispersão das habitações.

Assim, com origem na freguesia de Fragoso (concelho de Barcelos), assistimos a dois grandes incêndios florestais em povoamentos de eucalipto atingidos pela praga.

Assim, propomo-nos analisar em detalhe esses grandes incêndios florestais, ocorridos em junho de 2006 (2.537 ha) e março-abril de 2012 (1.885,5ha), enquadrados na realidade dendrocaustológica do concelho de Barcelos, bem como destacar a dupla origem, biológica (praga) e social (crenças populares rurais), do risco de incêndio na freguesia de Fragoso.

Palavras-chave: Grandes incêndios florestais, Barcelos, praga, crenças populares rurais.

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Panel 1: Forest Fires and Effects on Soils32

CARACTERISATION ET SUIVI DE LA DYNAMIQUE DU PAYSAGE A L’AIDE DE LA TELEDETECTION DANS LA REGION OUEST ALGERIENNE: APPLICATION AU RISQUE D’INCENDIE DE FORËT

Benbakkar Hadj Ali Département de biologie, Faculté des sciences de la nature et de la vie

Université Mustapha Stambouli de Mascara, [email protected]

Souidi Zahira Faculté des sciences de la nature et de la vie

Université Mustapha Stambouli de Mascara, LRSBG [email protected]

RESUMÉ

En Algérie, l’évolution du contexte agricole depuis l’indépendance jusqu’à nos jours s’est accompagnée d’une forte dynamique paysagère.

Notre objectif est de caractériser les transformations paysagères qui se sont opérés au cours des trente dernières années dans la région ouest algérienne. Afin de cerner cette problématique nous avons choisis deux forêts dans la wilaya de Mascara, la forêt domaniale de Guetarnia et la forêt communale de Beni Khneiss.

Le suivi de la dynamique du paysage a été réalisé à partir d’une étude multidates de trois images, une image Landsat (1984), une image Landsat (2002) et une image Landsat (2014). L’indice de végétation NDVI a donné des résultats très pertinents.

Malgré la faible résolution des images utilisées (30 m), nous avons pu mettre en évidence les formations végétales les plus sensibles aux feux présentant une combustibilité assez forte à modérée caractérisée par des lisières fortement combustibles (landes et résineux) provoquant l’accélération de la propagation du feu.

L’utilisation des outils d’analyse spatiale, pourrait être valorisée pour la gestion des espaces forestiers et aider à la conception de projets d’aménagement, en permettant une caractérisation des territoires et le suivi de leur évolution.

Mots-clés: Paysage, feux de forêts, NDVI, SIG, Algérie.

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Painel 1: Incêndios Florestais e Efeitos no Solo 33

EFEITO DO INCÊNDIO DE CATRAIA-TAVIRA NO COMPORTAMENTO HIDROLÓGICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÉQUA

Soraia AlmeidaAluna do Mestrado em Engenharia Civil,

Universidade do [email protected]

Fernando MartinsInstituto Superior de Engenharia,

Universidade do Algarve [email protected]

Helena FernandezInstituto Superior de Engenharia,

Universidade do [email protected]

Rui CostaInstituto Superior de Engenharia,

Universidade do [email protected]

Celestina PedrasFaculdade de Ciências e Tecnologia,

Universidade do [email protected]

Elisa SilvaInstituto Superior de Engenharia,

Universidade do [email protected]

Rui LançaInstituto Superior de Engenharia,

Universidade do [email protected]

RESUMO

As cheias são fenómenos naturais que ocorrem devido a precipitações intensas. O uso e ocupação do solo, bem como a ocorrência de incêndios florestais influenciam a relação entre precipitação e escoamento superficial e consequentemente o regime de cheias num curso de água.

Neste estudo utilizou-se o modelo Hydrologic Engineering Center - Hydrologic Modeling System (HEC - HMS) para simular a resposta hidrológica da bacia hidrográfica do Rio Séqua em cenário pré-incêndio e pós-incêndio. Os solos foram caracterizados de acordo com a carta de solos de Portugal e os usos determinados com base na carta de uso e ocupação do solo de Portugal. Para além disso, foram identificadas as áreas queimadas pelo incêndio, aplicando o índice Normalized Burn Ratio (NBR), obtido através das bandas 4 e 7 das imagens LANDSAT_7. A severidade do incêndio foi avaliada com base no cálculo da diferença do NBR (dNBR) no pré e pós incêndio, sendo classificada em quatro classes: recuperada, média, baixa e alta.

A biomassa acima do solo foi obtida através de medições de campo e extrapolada para a escala da bacia hidrográfica através do índice Normalized Difference Vegetation Index (NDVI) obtido a partir de imagens LANDSAT_7. Os valores da curva número (CN) do Soil Conservation Service (SCS) foram relacionados com o efeito dos incêndios florestais no solo e nos usos do solo, sendo que a precipitação efetiva para a geração de escoamento superficial foi determinada pelo método da curva número do Soil Conservation Service com valores de CNpré-incêndio e CNpós-incêndio.

Os resultados obtidos revelam que os caudais de ponta de cheia podem ter um incremento de aproximadamente 25% nas sub-bacias hidrográficas onde o incêndio de Catraia teve efeitos mais severos.

Palavras-chave: Precipitação, infiltração; bacia hidrográfica, incêndio florestal, hidrograma de cheia.

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Panel 1: Forest Fires and Effects on Soils34

COMPARAÇÃO ENTRE FIRE RADIATIVE POWER (FRP) COM AS ÁREAS ARDIDAS DE PORTUGAL ENTRE 2012 E 2013

Nuno SimõesDivisão de Previsão Meteorológica, Vigilância e Serviços Espaciais

Instituto Português do Mar e da [email protected]

Isabel TrigoDivisão de Previsão Meteorológica, Vigilância e Serviços Espaciais

Instituto Português do Mar e da Atmosfera [email protected]

Helena FernandezInstituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve

[email protected]

Fernando MartinsInstituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve

[email protected]

RESUMO

Em Portugal, entre 2012 e 2013 arderam 469.908 hectares de floresta devido a incêndios florestais (2010 – 133.091 ha; 2011 – 73.829 ha; 2012 – 110.232 ha; 2013 – 152.756 ha; (Fonte: ICNF). Todavia, inúmeras investigações têm vindo a ser realizadas, de modo a, diminuir os impactos negativos desta catástrofe natural (Cerdà e Jordan, 2010; Gonçalves e Vieira, 2013). Estas investigações são realizadas no aperfeiçoamento de técnicas de prevenção a incêndios, de técnicas de combate a incêndios e também em técnicas na fase de pós incêndio. Contudo, mesmo com a melhoria das técnicas de prevenção é sempre difícil detetar um incêndio florestal na sua fase inicial.

O projeto LSA SAF disponibiliza um produto denominado por Fire Radiative Power (FRP) que foi desenvolvido por Wooster et al., 2005, Woster et al., 2003 (King’s College London) e Roberts et al., 2005. Este produto é produzido de 15 em 15 minutos e identifica fogos ativos a partir do SEVIRI a bordo do satélite Meteosat Second Generation (MSG) disponibilizando também a potência emitida por cada evento.

Desta forma, o presente estudo pretende cruzar a informação de áreas ardidas do ICNF e dos eventos detetados com o MSG, identificando o limiar minimo de potência para o qual a deteção remota é eficaz. Deste modo propõe-se avaliar de forma quantitativa a utilidade do produto FRP.

Palavras-chave: Incêndios florestais, áreas ardidas, fire radiative power, prevenção, monitorização.

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Painel 1: Incêndios Florestais e Efeitos no Solo 35

LES INCENDIES DE FORET DANS LA REGION MEDITERRANEENNE: LE CAS DE L’ALGERIE

Souidi ZahiraDépartement de biologie, Faculté SNV

Université de Mustapha Stambouli Mascara, Laboratoire LRSBG [email protected]

Hamimed AbderrahmaneUniversité de Mascara, Laboratoire LRSBG

[email protected]

Benbakakr Hadj AliUniversité de [email protected]

RESUMÉ

Le feu est la menace naturelle la plus importante pour les forêts et les zones boisées du bassin méditerranéen. Comme dans de nombreux pays de la Méditerranée, les zones boisées en Algérie sont soumises à un risque récurrent des incendies de forêt qui est favorisée par l’extrême inflammabilité des espèces forestières méditerranéennes durant l’été.

Les forêts en Algérie sont principalement résineuses (très inflammables) et sont inégalement réparties dans le pays. De plus, la forêt est un espace ouvert où l’accès (à l’exception de rares cas) est libre. A cet effet, les incendies de forêts peuvent avoir des conséquences préjudiciables en termes de composantes sociales, économiques et environnementales.

Ce travail tente de clarifier l’évolution et les causes des feux de forêt en Algérie et de donner un aperçu des efforts déployés au niveau national pour réduire le risque d’incendie de forêt en particulier pour améliorer les actions de prévention.

Mots-clés: Forêt méditerranéenne, incendie, causes, prévention, Algérie.

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Panel 1: Forest Fires and Effects on Soils36

EFEITO DOS INCÊNDIOS NAS PROPRIEDADES HIDRÁULICAS DOS SOLOS DA SERRA E LITORAL ALGARVIO

Soraia AlmeidaAluna do Mestrado em Engenharia Civil, Universidade do Algarve

[email protected]

Fernando MartinsInstituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve

[email protected]

Helena FernandezInstituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve

[email protected]

Rui CostaInstituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve

[email protected]

Celestina PedrasFaculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade do Algarve

[email protected]

Elisa SilvaInstituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve

[email protected]

Rui LançaInstituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve

[email protected]

RESUMO

Os incêndios florestais provocam alterações nos solos devido às temperaturas muito elevadas, ao depósito de cinzas, e aos compostos voláteis. O solo pós-incêndio apresenta um incremento da repelência à água e uma baixa capacidade de infiltração. Tal facto, contribui para o potencial de escoamento superficial, inundação e transporte de sedimentos à escala da bacia hidrográfica.

Na campanha experimental do presente estudo, recolheram-se 4 amostras de solo não perturbado do litoral algarvio, com as dimensões, 0,50x0,50x0,20 m, as quais foram colocadas em caixas metálicas. Em 3 das 4 amostras de solo, foram colocadas diferentes quantidades de material combustível, levando a diferentes tempos de exposição ao calor e temperaturas durante a combustão e diferentes quantidade de cinzas depositadas.

Posteriormente, foram realizados ensaios com infiltrómetro de duplo anel, de modo a determinar a modificação da condutividade hidráulica quase saturada, Kf, sorvidade, S, porosidade efetiva, μ, e potencial matricial do solo, ψ devido ao incêndio através da correlação das curvas de infiltração observadas com os modelos de Philips e Green-Ampt.

Na análise também foram utilizados dados obtidos através de ensaios semelhantes realizados em solos da serra algarvia por Lança et al. (2014). Os resultados permitem determinar a variação nas propriedades hidráulicas em solos ardidos do Algarve, o que se torna relevante para a aferição de modelos hidrológicos aplicados em zonas ardidas.

Palavras-chave: Incêndios, condutividade hidráulica, sorvidade, infiltração, potencial matricial do solo.

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Painel 2: Geotecnologias Aplicadas à Análise e Gestão de Riscos

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Painel 2: Geotecnologias Aplicadas à Análise e Gestão de Riscos 39

GEOLOCALIZACIÓN DE LLAMADAS IDENTIFICADAS COMO “MAL USO” DE LA LÍNEA ÚNICA PARA EMERGENCIAS

Wilson Fernando Rivera MontesdeocaEstudiante de Maestría de UNIGIS MSC, Universidad de Salzburgo Austria

SIS ECU 911 – Zonal Ibarra, Ecuador [email protected]

María Augusta Fernández MorenoPrometeo/SENESCYT – Ecuador SIS ECU 911 Zonal Ibarra

PUCESI – CITTA Research Center [email protected]

RESUMEN

Esta investigación aborda el problema del mal uso de la línea única para emergencias 911 (intencionales y no intencionales) desde un punto de vista tecnológico. Hay poca investigación evaluativa sobre el mal uso del 911 y los cambios tecnológicos imponen nuevos desafíos, dejando por verificar muchas de las respuestas que se han venido dando a este problema. En Estados Unidos, la Asociación Nacional de Números de Emergencia reporta llamadas de mal uso entre 25 y 70% del total de llamadas recibidas. Ecuador recibe entre 50 y 70% de este tipo.

Uno de los problemas es la localización de las llamadas, ya que la mayoría de ellas proviene de telefonía móvil. La localización está sujeta, en primer lugar, a la disponibilidad de datos que depende de acuerdos entre corporaciones - cada una con diferente tecnología - y gobierno. Otro problema está en la precisión de la localización, ya que no se registra la localización de la llamada sino de la antena más cercana del proveedor de dicha llamada. La densidad de antenas en terreno difiere entre proveedores.

Los proveedores entregan los datos de todas las llamadas. Es necesario filtrar los datos en función del tipo de llamadas que se requiere estudiar.

El presente análisis tiene como objetivo diseñar e implementar una aplicación que permita la geolocalización de la información de estos números celulares de manera que sea posible identificar las unidades territoriales de riesgo –TRUE- de estas llamadas.

Palabras clave: 911, emergencias, patrones territoriales, TRUE, unidades territoriales de riesgo.

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I Seminar of the Forest Fires - Soils Network and I Ibero-Afro-American Symposium of Risks“Risks, Forest Fires and Territory”

Faro, 4th, 5th and 6th of November of 2014

Panel 2: Geo-technologies applied to the Analysis and Management of Risks40

RISCOS DE INCÊNDIOS FLORESTAIS NO PARQUE NACIONAL DE BRASÍLIA - BRASIL

Gervásio Barbosa Soares Neto Instituto Federal de Brasília, Campus Riacho Fundo

[email protected]

Erivan Germano de OlivieraUniversidade de Brasília, Especialização em Geoprocessamento e Sensoroiamento Remoto

[email protected]

Karla Maria Silva de FariaUniversidade Federal de Goiás, Instituto de Estudos Sócio Ambientais

[email protected]

Adriana Panhol BaymaMinistério do Meio Ambiente, Secretaria de Biodiversidade e Florestas

[email protected]

Paulo Henrique Bretanha Junker MenezesUniversidade Federal de Alfenas, Instituto de Ciência e Tecnologia

[email protected]

RESUMO

Os incêndios florestais resultam em curto, médio e longo prazo uma gama variada de impactos socioambientais. No Brasil a variação geoambientes e distintas estações climáticas, condicionam a propagação de incêndios no período de estiagem (maio e setembro) e a vegetações que apresentam acúmulo de biomassa combustível, o que mobiliza o setor público nas atividades de combate e prevenção aos incêndios.

Entretanto, o avanço do Sistema de Informações Geográficas (SIG) permite o mapeamento otimizado dos riscos de incêndios, pois analisa informações diferenciadas de acordo com cada tipo de região, utilizando fatores inerentes ao uso da terra, cobertura vegetal e características do relevo, auxiliando na tomada de decisão na mobilização das ações de combate e prevenção.

O objetivo deste trabalho foi, portanto, o de definir uma modelagem com base em SIG para o Parque Nacional de Brasília, situado a noroeste do Distrito Federal/Brasil. Foram preparados mapas de risco preliminares para cada variável em estudo referentes a uso e ocupação do solo, declividade do terreno, orientação das encostas e rede viária, os dados foram reclassificados em cinco níveis nas classes: baixo, moderado, alto, muito alto e extremo; que foram posteriormente integrados resultando no mapa de risco de incêndio.

O zoneamento das áreas de risco de incêndios florestais classificou cada região em função da vulnerabilidade do material combustível e dos agentes de ignição, a fim de minimizar a ocorrência de incêndios. Os resultados indicaram que 83% da área do parque encontravam-se sob risco alto e muito alto de incêndio e que 3% indicaram risco extremo. A metodologia foi replicada em outras áreas no Bioma Cerrado e validada ao avaliar os focos de incendios ocorridos em 2014.

Palavras-chave: Sistema de informações geográficas, Parque Nacional de Brasília, mapas de risco, risco de incêndio, incêndios florestais.

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Seminário da Rede Incêndios-Solo e I Simpósio Ibero-Afro-Americano de Riscos“Riscos, Incêndios Florestais e Território“

Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Painel 2: Geotecnologias Aplicadas à Análise e Gestão de Riscos 41

O ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO COMO FORMA DE PREVENIR O RISCO DE INUNDAÇÕES URBANAS. O PASSADO E AS PERSPETIVAS FUTURAS PARA A CIDADE DE MIRANDELA

Maria GouveiaAluna de Doutoramento, Departamento de Geografia e CEGOT

Faculdade de Letras da Universidade de [email protected]

Luciano LourençoDepartamento de Geografia e CEGOT

Faculdade de Letras da Universidade de [email protected]

RESUMO

A ocorrência de inundações na cidade de Mirandela é um fator condicionante para a vida dos cidadãos que aí residem, trabalham ou se deslocam para a visitar, surgindo a necessidade de se conhecer a manifestação deste fenómeno.

A caraterização dos fatores de escoamento da cidade de Mirandela e da área envolvente (desde a Foz do rio Tua até às províncias espanholas de Ourense e Zamora) permitiu o conhecimento das condições em que o fenómeno ocorre, compreendendo-se as suas condições físicas e as caraterísticas de ocupação e uso solo e de intervenção humana. A análise histórica da manifestação das cheias contribuiu para o conhecimento da sua distribuição temporal e espacial, bem como das causas e consequências das inundações. Nas áreas “Três rios” e “Oito Pontes”, estudou-se o processo de urbanização, o escoamento superficial e o risco de inundação.

O conhecimento dos fatores de escoamento, do historial de ocorrência de cheias e consequentes inundações, das condições do processo de urbanização, da direção e velocidade do escoamento superficial e das áreas de baixo, médio e elevado risco de inundação, possibilitou perspetivar o futuro, criando-se cenários de evolução e a definição de medidas de mitigação para a redução dos efeitos nefastos das inundações, através da leitura do ordenamento do território afetado. Deste modo, pretende contribuir-se para a uma mais eficaz proteção de pessoas, animais e bens patrimoniais.

Palavras-chave: Inundação urbana, ordenamento do território, Mirandela.

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Panel 2: Geo-technologies applied to the Analysis and Management of Risks42

ANÁLISE DE RISCO A ALAGAMENTO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIACHO FUNDO – DISTRITO FEDERAL BRASIL POR MEIO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA – SIG

Gervásio Barbosa Soares Neto Instituto Federal de Brasília, Campus Riacho Fundo

[email protected]

Stefano Babinski NetoUniversidade de Brasília, Especialização em Geoprocessamento e Sensoroiamento Remoto

[email protected]

Henrique Llacer RoigUniversidade de Brasília, Instituto de Geociências

[email protected]

Adriana Panhol BaymaMinistério do Meio Ambiente, Secretaria de Biodiversidade e Florestas

[email protected]

Paulo Henrique Bretanha Junker MenezesUniversidade Federal de Alfenas, Instituto de Ciência e Tecnologia

[email protected]

RESUMO

Tem-se o Sistema de Informação Geográfica (SIG) como uma vasta e poderosa ferramenta de suporte ao planejamento urbano. Nesse sentido, a análise de susceptibilidade a alagamentos de regiões através do SIG, apenas uma das várias aplicações possíveis deste, representa um dado de alta importância para o poder público como suporte ao processo de zoneamento urbano, delimitação de áreas de risco e alocação de recursos com finalidade corretiva e preventiva.

O estudo em pauta objetiva a determinação de áreas susceptíveis a alagamentos na Unidade Hidrográfica do Riacho Fundo e se baseou na geração de mapas temáticos e a integração deles, através do algoritmo de média ponderada, das variáveis Solo, Uso e Ocupação, Declividade e Fluxo Acumulado de Água, aqui considerados como essenciais ao processo de alagamento de áreas.

Como resultado, foram obtidos a delimitação gráfica das áreas em três níveis de susceptibilidade, apontando quais regiões demandam maior atenção nesse quesito, levando em consideração a ocupação humana dessas áreas de risco.

Palavras-chave: Sistema de informações geográficas, alagamento, mapas de suscetibilidade, risco de alagamento.

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Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Painel 2: Geotecnologias Aplicadas à Análise e Gestão de Riscos 43

O USO DE GEOTECNOLOGIAS PARA A ANÁLISE DA GESTÃO DE RISCO PROSPECTIVA: AS DOENÇAS E A OCORRÊCIA DAS INUNDAÇÕES POR PRECIPITAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS NO

ESTADO DE SANTA CATARINA - SUL DO BRASIL

Lilian Elizabeth DieselInstituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE

[email protected]

Jean Pierre Henry Balbaud OmettoInstituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE

[email protected]

RESUMO

A presente pesquisa objetiva o uso das geotecnologias para a análise da gestão de risco prospectiva, relacionadas as doenças e as inundações por precipitaçoes pluviométricas no estado de Santa Catarina, Sul do Brasil, durante o período de 2008 à 2012. Evidenciou-se nesta pesquisa que as geotecnologias associadas à gestão de risco prospectivo (GRP), para a análise temporal de casos de doenças ocorridas durante os eventos de inundações por precipitações pluviométricas, demonstraram as relações existentes no aumento destas durante a ocorrência das inundações. As relações foram observadas através da geração de coeficientes e indicadores.

O uso das geotecnologias para a gestão de risco contribuem para as definições das intervenções em diversas áreas do conhecimento, em especial nesta pesquisa a epidemiologia dos desastres, com o propósito de minimizar as ocorrências das doenças em casos de inundações, bem como, no auxílio das atividades de prevenção, monitoramento e resposta.

Palavras-chave: Gestão de Risco. Geotecnologias. Epidemiologia dos desastres. Inundações.

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Panel 2: Geo-technologies applied to the Analysis and Management of Risks44

OPTIMIZACIÓN DEL USO DE AMBULANCIAS DENTRO DE UN SISTEMA INTEGRADO DE GESTIÓN DE EMERGENCIAS: CASO IMBABURA, ECUADOR

Esteban Aguirre IEstudiante ENCI, Pontificia Universidad Católica de Ecuador

[email protected]

María Augusta Fernández MorenoPrometeo/SENESCYT – Ecuador SIS ECU 911 Zonal Ibarra - PUCESI – CITTA Research Center

[email protected]

Diego Mafla RivadeneiraProfesor PUCE-SI/[email protected]

RESUMEN

Se propone el diseño de una metodología para la optimización del uso de las ambulancias para casos de emergencia.

La metodología considera la ubicación y número de ambulancias requeridas por horas y zonas, minimizando el tiempo y costo en la atención prehospitalaria. Se determinan las localizaciones base de las ambulancias, entidades, caracterización de las rutas, recursos, procesos, frecuencias.

El prototipo está diseñado para un territorio de 4 616 km2 con declives entre 0% y 45%, con una densidad de carreteras promedio de 10 km/km2. Cuenta con 28 ambulancias asignadas al servicio de emergencias para atender a una población de 418 357 habitantes.

Las ambulancias pertenecen a tres tipos de instituciones; existen dos tipos de ambulancias según el equipamiento médico que llevan; están montadas en dos tipos de vehículos.

Se cuenta con la información completa de atención prehospitalaria despachada por el SIS ECU 911 correspondiente al período entre 01-05-2014 y 30-04-2015, información que incluye fecha, dirección de la base, hora de despacho, hora de llegada al destino, tiempo total de utilización de la ambulancia.

Se trata de una propuesta de cadena de procesos y de la aplicación de programación lineal. Se espera que el prototipo sea replicado a nivel nacional.

Palabras clave: Emergencias, ambulancias, prehospitalaria, gestión de tiempo, gestión de recursos.

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Painel 3: Riscos Naturais e Antropogénicos

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Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Painel 3: Riscos Naturais e Antropogénicos 47

RESILIÊNCIA, POPULAÇÃO E TERRITÓRIO: CONTRIBUTO CONCEPTUAL PARA A TERMINOLOGIA DOS RISCOS

Fátima Velez de CastroDepartamento de Geografia, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra/CEGOT

[email protected]

Luciano LourençoDepartamento de Geografia, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra/CEGOT

[email protected]

RESUMO

A emergência do estudo e da discussão de casos práticos associados a riscos naturais, atrópicos e mistos, tem em conta uma abordagem conceptual específica, a qual clarifica dinâmicas, processos e linhas de acção. Considerando-se que a alteração de factores sistémicos, num determinado ambiente, pode gerar situações de risco, as quais, no limiar de perigosidade, poderão despoletar crises mais ou menos intensas, interessa perceber como é que as populações e os territórios são capazes de dar resposta a estas situações em diferentes contextos de vulnerabilidade.

Neste sentido, o trabalho proposto pretende discutir o conceito de “resiliência”, encarando-o como um conjunto de capacidades e características inerentes ao meio físico e aos seres humanos, as quais se poderão modificar, com vista à redução da vulnerabilidade em contexto de recuperação, registada na sequência de perturbações dos sistemas naturais e antrópicos. Com base no efeito de antecipação-reação-recuperação, será abordada a génese do conceito, a sua apropriação terminológica por diversas ciências, assim como a derivação epistemológica, que resultou numa tipologia de resiliência(s) associadas às populações e aos territórios.

Palavras-chave: Resiliência, vulnerabilidade, riscos, população, território.

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Panel 3: Natural and Anthropogenic Risks48

ALTERAÇÕES GLOBAIS E RISCO DE ESCASSEZ DE ÁGUA NUMA CIDADE COSTEIRA MEDITERRÂNICA – FARO, PORTUGAL

Manuela Moreira da Silva Instituto Superior de Engenharia da Universidade do Algarve

CIMA- Centro de Investigação Marinha e [email protected]

Ana Teresa LimaUniversidade de Waterloo

Departamento do Ambiente e Ciências da Terra, Ontário, Canadá[email protected]

Luís ChícharoFaculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve

CIMA- Centro de Investigação Marinha e [email protected]

RESUMO

Localizada no sudoeste europeu, Faro é capital de distrito da região algarvia, no sul de Portugal, junto ao Parque Natural da Ria Formosa. Com um clima tipicamente mediterrânico, constitui um dos principais destinos turísticos europeus, sendo esta a principal atividade económica de toda a região algarvia.

Sem considerar as flutuações sazonais associadas ao turismo, a população residente no Algarve sofreu o maior aumento do panorama nacional, cerca de 14% nos últimos 10 anos. Os atuais 65000 habitantes de Faro têm uma estreita dependência dos serviços assegurados pela Ria Formosa, nomeadamente da pesca, aquacultura e atividades recreativas.

A principal origem de água para os diversos consumos urbanos, é superficial, a partir das albufeiras das barragens de Odeleite, Beliche, Odelouca e Funcho, construídas nos últimos 30 anos.

Apesar de Faro não ser tradicionalmente um destino de sol e praia nem de golfe, tem desenvolvido nos últimos anos, um conjunto de serviços associados a turismo New Wave, baseado na exploração da cultura local, suportado pelo fluxo de companhias de aviação Low Cost, unidades hoteleiras de baixo custo, espaços alternativos de restauração e grande proximidade à população local.

No atual cenário de alterações globais, o grande desafio é definir a gestão sustentável da água nesta nova realidade que a cidade enfrenta, tomando decisões de base científica e recorrendo a novas respostas tecnológicas, sempre que possível numa abordagem ecohidrológica.

Palavras-chave: Água e sociedade, alterações globais, ecohidrologia.

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Painel 3: Riscos Naturais e Antropogénicos 49

A INVISIBILIDADE DOS RISCOS DA/NA CIDADE: IMPACTE DO RUÍDO DE BAIXA FREQUÊNCIA NAS POPULAÇÕES NO NORTE DE PORTUGAL

Juliana Araújo AlvesDoutoranda em Geografia, Universidade do Minho

[email protected]

Paula Cristina A. Cadima RemoaldoInstituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho

[email protected]

Lígia Torres SilvaEscola de Engenharia, Universidade do Minho

[email protected]

RESUMO

Dada a sua complexidade, o conceito de risco tem sido debatido em diversas áreas do conhecimento, especialmente nas Ciências Sociais, Económicas, na Epidemiologia e nas Engenharias. Para alguns autores, a atual configuração social reflete uma sociedade de risco devido ao intenso processo de urbanização e modernização capitalista que, por um lado, promove mais segurança e, por outro, intensifica os processos que geram os riscos.

Na presente pesquisa, abordam-se os riscos invisíveis provenientes da exposição ao ruído de baixa frequência em territórios densamente ocupados por postes de alta e muito alta tensão.

A exposição ao ruído de baixa frequência tem efeitos danosos e assume-se como num fator de risco para a saúde humana. Partindo deste pressuposto foram realizadas, em 2014 e 2015, medições em nove pontos da freguesia de Serzedelo, município de Guimarães (Noroeste de Portugal), usando dois grupos de exposição: o “próximo da fonte” (raio de até 50 metros) e o “distante da fonte” (a mais de 250 metros de distância).

Os valores dos pontos de medição foram comparados com os valores de referência, segundo metodologia do DEFRA, da Universiade de Salford (UK). Independentemente do grupo (“próximo da fonte” e “distante da fonte”) os valores de referência do critério da curva foram ultrapassados, Leq 40Hz até 160Hz na banda de 1/3 de oitava, o que torna o ruído incomodativo, segundo a metodologia de Salford.

Palavras-chave: Risco, saúde, ruído de baixa frequência, DEFRA, Portugal.

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Panel 3: Natural and Anthropogenic Risks50

A CRISE MIGRATÓRIA DO MEDITERRÂNEO E OS RISCOS ANTROPOSOCIAIS

Fátima Velez de CastroDepartamento de Geografia, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra/CEGOT

[email protected]

RESUMO

A insegurança gerada por conflitos bélicos e por crises económicas e sociais, em especial na Síria e no continente africano, tem levado muitos indivíduos a empreenderem longas viagens, sob o jugo de redes de passadores, que culminam na perigosíssima travessia do Mediterrâneo. Será sobre esta viagem, com um elevado grau de risco, e por conseguinte de insegurança, que se irá centrar a atenção.

A forma intensa e descontrolada como aumenta o número de clandestinos, a elevada mortalidade na viagem, assim como a alteração do padrão de chegada e do perfil dos migrantes, têm gerado na União Europeia uma discussão em torno da crise humanitária, da sustentabilidade dos territórios e das populações receptoras de primeira linha, bem como da atribuição do estatuto de refugiado e da participação dos Estados-Membros no processo de acolhimento.

Assim, este trabalho tem como objectivo refletir sobre a crise migratória do Mediterrâneo e os riscos sociais inerentes à população migrante, bem como ponderar sobre as consequências da des/reterritorialização destes indivíduos, tendo em conta possíveis estratégias de mitigação de projectos migratórios baseados em ambientes de carência, criminalidade, insegurança e tumulto social.

Palavras-chave: Riscos sociais, convulsões sociais, crise, migrações, mediterrâneo.

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Painel 3: Riscos Naturais e Antropogénicos 51

CLIMATOLOGIA E DOENÇA: VÍRUS DO NILO OCIDENTAL (WNV)

Carla G. SoaresAtlantic International University

[email protected]

Cristina Silva PereiraCHUC – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

[email protected]

João Victor Silva PereiraFaculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

RESUMO

O vírus do Oeste do Nilo Ocidental provoca doença que afeta o sistema nervoso central, transmitido por mosquitos do género Culex pipiens, em climas ou estações quentes. Existe em África, Ásia tropical ou mediterrânia e América do Norte. Em Portugal, surgiu no Alentejo e Algarve, em 2004 e em 2010.

As pessoas desenvolvem sintomas entre 3 e 14 dias após picada do mosquito infetado. Cerca de 1/150 pessoas infetadas desenvolve doença grave. Até 20% das pessoas infetadas exibem sintomas moderados: febre, dor de cabeça, dores no corpo, náuseas, vómitos, e aumento dos gânglios linfáticos ou erupção cutânea. Os sintomas duram poucos dias, embora possam prolongar-se por várias semanas. Cerca de 80% das pessoas infetadas não apresentam qualquer sintoma.

Os mosquitos infetados podem então transmitir o WNV a humanos, cavalos e a outros animais que venham a picar. Detetaram-se casos em que o WNV se propaga através de transfusões sanguíneas, transplante de órgãos, amamentação e até durante a gravidez.

Este trabalho visa consciencializar e informar sobre esta doença presente em Portugal pela 3ª vez em condições climáticas semelhantes às anteriores, mas em diferentes condições do hospedeiro. A sua propagação depende de uma tempertura acima dos 27.2ºC, havendo necessidade de tomar medidas preventivas.

A WHO definiu para Portugal em 2015, devido à presença da doença no Algarve as seguintes medidas: atenção reforçada dos responsáveis pela saúde pública; medidas de segurança relacionadas com componentes sanguíneos e transplantação; notificação, hemovigilância e controle da ação dos mosquitos.

Esta dificuldade na compreensão da parasitologia e ecologia, leva-nos à necessidade do desenvolvimento tecnológico, análise social e ecológica e das consequências na saúde, para melhor compreensão e controle desta doença.

Palavras-chave: WNV, clima, temperatura, clínica.

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Panel 3: Natural and Anthropogenic Risks52

PATOLOGIA INFECCIOSA OCUPACIONAL EM BOMBEIROS: DO DECRETO REGULAMENTAR 76/2007 AO CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION (CDC) 2015

Rui Ponce Leão Hospital de Santa Maria do Porto

Unidade Experimental de Formação em Socorro da A. H. C. B. V. São Pedro da Cova [email protected]

Romero BandeiraMestrado em Medicina de Catástrofe - Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar Unidade Experimental de Formação em Socorro da A. H. C. B. V. São Pedro da Cova

[email protected]

RESUMO

O conceito de Patologia Ocupacional, num sentido lato, pode ser aplicado aos diversos tipos de Bombeiros, nomeadamente Profissionais e Voluntários, sendo utilizável, para tal, o Decreto Regulamentar n.º 76/2007 (DR 76/2007), de 17 de Julho, do Ministério do Trabalho e da Solidariedade, que actualiza o Decreto Regulamentar n.º 6/2001, que contém a Lista das Doenças Profissionais e o respectivo Índice Codificado.

Do Código 51.01 ao 52.07 são enumerados agentes patológicos infecciosos que podem ser causa de Doença Profissional. Contudo, face à realidade da fácil circulação não controlada de pessoas e outros seres vivos e de bens, podem surgir outros agentes, não descritos no DR 76/2007.

O CDC (acedido em 2015-05-09) apresenta na sua lista vários agentes, sob o título Healthcare-Associated Infections (HAIs), Diseases and Organisms in Healthcare Settings, sendo alguns diferentes dos do DR 76/2007. Por outro lado, para além destes, deve ser incluído o Vírus Ébola, conforme a realidade tem demonstrado, por exemplo através dos trabalhadores de Saúde mortos noutros países.

É da maior relevância estar alerta relativamente a novas patologias e agentes que podem afectar os Bombeiros, Profissionais ou Voluntários, relacionados com o socorro e transporte de doentes, para além dos indicados DR 76/2007.

Efectua-se estudo e comparação dos agentes inumerados no DR 76/2007 com a lista existente no sítio dos Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e inclui-se o Vírus Ébola.

Palavras-chave: Patologia ocupacional, infecção, bombeiros.

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Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Painel 3: Riscos Naturais e Antropogénicos 53

CATÁSTROFES HIDROCLIMÁTICAS EM PORTUGAL CONTINENTAL: ANÁLISE AOS ÚLTIMOS 50 ANOS

Adélia NunesDepartamento de Geografia, CEGOT, Faculdade de Letras da Univ. de Coimbra

NICIF – Univ.de Coimbra, Aeródromo da Lousã, Chã do Freixo, 3200-395 Lousã, [email protected]

Luciano LourençoDepartamento de Geografia, CEGOT, Faculdade de Letras da Univ. de Coimbra

NICIF – Univ. de Coimbra, Aeródromo da Lousã, Chã do Freixo, 3200-395 Lousã, [email protected]

RESUMO

Localizado no extremo SW da Europa e a ocidente da Península Ibérica, Portugal continental revela importantes contrastes espaciotemporais na precipitação e na temperatura. Em média, a precipitação anual varia entre valores acima de 2000 mm e abaixo de 600 mm, respetivamente no noroeste (entre os rios Minho e Douro) e a sul-sueste do país. Este padrão é inverso quando se observa a variação espacial da temperatura média anual, com os maiores valores a serem registados nas regiões do Sul, designadamente do Alentejo e Algarve, e com os menores valores a coincidirem com os territórios mais setentrionais. Apesar desta variação, o país reflete o padrão sazonal típico do clima mediterrâneo, caracterizado por invernos frescos e húmidos e verões quentes e secos.

Deste modo, com exceção da região noroeste, todo o território apresenta uma estação seca razoavelmente longa, com uma duração de três a cinco meses, aumentando de norte para sul e do litoral para o interior. Por conseguinte, várias regiões apresentam-se particularmente suscetíveis à manifestação de fenómenos hidroclimáticos extremos, dos quais resultam elevadas perdas de vidas humanas, afetados/desalojados e danos socioeconómicos muito avultados.

Para que um determinado evento possa ser classificado de catástrofe e ser incluído na EM-DAT (Emergency Events Database, em www.emdat.be) é necessário satisfazer, pelo menos, um dos seguintes critérios: ocorrência de 10 ou mais mortes; existência de 100 ou mais pessoas afetadas; declaração do estado de emergência; ou pedido de ajuda internacional. Na caracterização dos episódios catastróficos foram utilizadas outras fontes, nomeadamente jornais e relatórios.

Assim, nos últimos 50 anos, ocorreram mais de 30 catástrofes de natureza hidroclimática, incluindo cheias e inundações, tempestades, temperaturas extremas, incêndios florestais e secas, resultando em quase 10 000 vítimas mortais, a que acrescem mais de 30 000 afetados/desalojados.

O objetivo do presente trabalho é compreender a incidência espacial e a recorrência das diferentes tipologias de catástrofes hidroclimáticas e relacioná-las com a vulnerabilidade sócio-ecológica do território nacional.

Palavras-chave: Catástrofes hidroclimáticas, vulnerabilidade sócio-ecológica, Portugal continental.

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Panel 3: Natural and Anthropogenic Risks54

A AMEAÇA QUE VEM DO MAR: A ÁREA DE RISCO DA PRAIA DE ATAFONA (RJ-BRASIL)

Claudio Henrique Reis Departamento de Geografia de Campos

Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento RegionalUniversidade Federal Fluminense (UFF)

[email protected]

Raul Reis AmorimDepartamento de Geografia, Instituto de Geociências

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)[email protected]

Cármen FerreiraDepartamento de Geografia, Faculdade de Letras da Universidade do Porto

Investigadora do [email protected]

RESUMO

A praia de Atafona, em São João da Barra (RJ-Brasil), onde se situa a foz do Rio Paraíba do Sul, é um dos locais onde o avanço do mar, nas últimas décadas, deixou fortes marcas numa extensão de 1.200 metros de praia. Cerca de 500 imóveis foram destruídos pelas forças das águas, comprometendo aproximadamente 800 metros de faixa de areia. Por outro lado, as dunas de areia avançam cada vez mais para o continente e novas áreas de risco surgem.

O presente trabalho tem como objetivo apresentar os elementos presentes na paisagem natural e antrópica que são indicativos de área de risco.

Para atender ao objetivo proposto utilizou-se imagens Landsat de diferentes períodos temporais para mapear a evolução da linha de costa. Também se realizou trabalhos de campo portando uma ficha de observação da paisagem afim de identificar elementos naturais e sociais que evidenciem o risco a que está sujeito o edificado e as populações, e a sua amplitude, relacionado com o avanço do mar e das dunas nesta área.

Um inventário de fotografias antigas foi realizado, e para o mesmo sítio novas fotografias foram tiradas afim de comparar a evolução da erosão costeira na área. Foi possível identificar através da análise de imagens de satélite, confirmadas com documentos fotográficos antigos, as áreas com risco a erosão costeira e acumulação de areias na localidade estudada que devem ser sujeitas a um plano de defesa civil.

Palavras-chave: Riscos, dinâmica litoral, praia de Atafona (RJ-Brasil).

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Seminário da Rede Incêndios-Solo e I Simpósio Ibero-Afro-Americano de Riscos“Riscos, Incêndios Florestais e Território“

Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Painel 3: Riscos Naturais e Antropogénicos 55

TSUNAMI HAZARD ASSESSMENT AT SESIMBRA MUNICIPALITY – PRELIMINARY RESULTS

Angela SantosCentre for Geographical Studies, Institute of Geography and Spatial Planning

Universidade de Lisboa, Edifício da Faculdade de Letras, Alameda da Universidade1600-214, Lisboa, Portugal

[email protected]

José Luís ZêzereCentre for Geographical Studies, Institute of Geography and Spatial Planning

Universidade de Lisboa, Edifício da Faculdade de Letras, Alameda da Universidade1600-214, Lisboa, Portugal

[email protected]

ABSTRACT

The numerical modeling of the 1755 Lisbon has been validated at both regional and local scale, showing it is an important tool for reproducing the tsunami parameters described by the witnesses’ accounts, as well as geological records. Therefore, the above results provide a strong support to carry out the tsunami numerical model at Sesimbra municipality. The witnesses’ accounts reported damages on the boats that were standing on the beach, with no fatalities. However, this municipality has developed significantly, and today it has an important harbor with several activities (fishery, industrial and recreation), famous beaches all over the coastline, intense commercial businesses located nearby the coastline at low topography levels, and marine activities, which include marine sightseeing and diving. Therefore, the aim of this study is to assess the impact of the 1755 Lisbon Tsunami (as the worst case scenario) in the modern Sesimbra.

The tsunami numerical model will be carried out in order to calculate the inundated areas. Then, a criterion for tsunami hazard assessment is applied, by the combination between modeled travel times and maximum water level height.

Preliminary results show that the tsunami reaches the coastline from 18 minutes after the earthquake, inundating the low coastal areas, with an inundation depth up to 9.8 m. The tsunami hazard is classified between moderate and high.

Keywords: 1755 Lisbon Tsunami, numerical model, risk, Sesimbra.

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I Seminar of the Forest Fires - Soils Network and I Ibero-Afro-American Symposium of Risks“Risks, Forest Fires and Territory”

Faro, 4th, 5th and 6th of November of 2014

Panel 3: Natural and Anthropogenic Risks56

FLASH FLOODS IN ARID REGIONS: CONCEPT AND EXPLAINING ELEMENTS ON THEIR OCCURRENCE

Bensaid Mosbah Science Research Center of Arid Regions of Algeria, CRSTRA

[email protected]

Amine Hafnaoui Science Research Center of Arid Regions of Algeria, CRSTRA

[email protected]

Madi Mouhamed Said Science Research Center of Arid Regions of Algeria, CRSTRA

[email protected]

Abderahmane Noui Science Research Center of Arid Regions of Algeria, CRSTRA

[email protected]

A. Hachemi Science Research Center of Arid Regions of Algeria, CRSTRA

[email protected]

Nora Bouchahm Science Research Center of Arid Regions of Algeria, CRSTRA

[email protected]

FantinaTedim Faculty of Arts, University of Porto, CEGOT

[email protected]

ABSTRACT

Floods rank highly among natural disasters in terms of the number of people affected and the number of fatalities. In several countries all over the world, governments are paying increasing attention to research on flash floods. Flash floods are not specific to humid regions but also reach the arid regions such as China, Saudi Arabia, Morocco and Algeria.

Most of the Algerian territory is classified as arid lands. The country has known several floods that caused significant human and material damages. Severe flooding has been reported namely those of Adrar (October 2004 and January 2009), Ghardaia (October 2008) and Bechar (October 2008).

Considering as case-studies the mentioned events, this paper discusses the conceptualization of flash floods in arid regions using a disaster risk reduction approach. The relation between the characteristics (e.g., duration, magnitude, speed, precipitation values) of the physical process and the morphology and land use of the watershed is analysed. Predicting the occurrence of flash floods and mitigate the impact is a fundamental issue that deserves to be discussed by the scientific and political communities in order to develop measures to decrease the impacts of flash flood events even in a context of uncertainty related with land use and climate changes.

Keywords: Flash floods, arid regions, disaster risk reduction, Algeria.

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Seminário da Rede Incêndios-Solo e I Simpósio Ibero-Afro-Americano de Riscos“Riscos, Incêndios Florestais e Território“

Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Painel 3: Riscos Naturais e Antropogénicos 57

EVIDÊNCIAS DE RISCOS A INUNDAÇÕES E ALAGAMENTOS A PARTIR DA LEITURA DA PAISAGEM NO BAIXO CURSO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MURIAÉ (RIO DE JANEIRO – BRASIL)

Cármen FerreiraDepartamento de Geografia, Faculdade de Letras da Universidade do Porto

Investigadora do [email protected]

Raul Reis AmorimDepartamento de Geografia, Instituto de Geociências

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)[email protected]

Claudio Henrique Reis Departamento de Geografia de Campos

Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento RegionalUniversidade Federal Fluminense (UFF)

[email protected]

RESUMO

As áreas com riscos a inundações e alagamentos estão situadas, preferencialmente, nos fundos de vale e áreas depressionais. A ocupação de áreas sujeitas a inundação e alagamento ocorrem, na maioria das vezes, de forma espontânea, sem o devido planejamento, que poderia evitar danos para as populações ali sitiadas.

O presente trabalho tem como objetivo apresentar que elementos presentes na paisagem natural e antrópica podem ser indicativos de áreas sujeitas a inundações e alagamentos no baixo curso da Bacia Hidrográfica do Rio Muriaé (RJ). Para atender ao objetivo proposto elaboramos o mapeamento temático que, acompanhado da ficha de observação da paisagem, tornou possível identificar elementos naturais e sociais que evidenciam o risco a inundação e alagamentos e a sua amplitude. Durante os trabalhos de campo, observaram-se os elementos naturais e antrópicos da paisagem.

No que se refere aos aspetos naturais, observou-se o modelado da área, anteriormente analisado na etapa de gabinete a partir do Modelo Digital de Elevação (MDE), no qual se demarcaram as áreas de inundação, bem como as áreas de alagamentos situadas nas depressões não inundáveis. As evidências naturais das áreas inundáveis são: evidências de erosão das margens e presença de depósitos fluviais e, para as áreas de alagamento, presença de canais e marcas de erosão decorrentes do escoamento superficial.

No que tange aos elementos antrópicos observou-se: forma, disposição e ocupação das edificações ao longo das áreas inundáveis e de alagamentos, marcas das inundações e alagamentos presentes nas edificações ocupadas e abandonadas. Nos resultados obtidos foi possível identificar, com exatidão, as áreas com risco a inundações e alagamentos nas localidades estudadas.

Palavras-chave: Riscos, inundações, alagamentos, paisagem.

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Faro, 4th, 5th and 6th of November of 2014

Panel 3: Natural and Anthropogenic Risks58

CHANGEMENT CLIMATIQUE ET INONDATIONS URBAINES AU MAGHREB CENTRAL

Zeineddine Nouaceur UMR CNRS 6226 IDÉES ROUEN, Université de Rouen,

1 Rue Thomas Becket 76821 Mont –Saint - Aignan – Cedex, [email protected]

RESUMÉ

Situé sur la Rive-Sud du bassin méditerranéen, le Maghreb central (Maroc, Algérie et Tunisie) représente une zone très vulnérable aux conséquences environnementales induites par les changements climatiques actuels. Depuis quelques années, cette grande zone de l’Afrique du Nord est soumise à des bouleversements climatiques sans précédent. On note ainsi un retour des pluies après plus de deux décennies de sécheresse. Les cumuls pluviométriques enregistrés à partir de l’année 2008 au Maroc sont supérieurs à la normale et sont même parfois, qualifiés d’exceptionnels et historiques. La situation est similaire en Algérie puisque nous retrouvons les mêmes dispositions pluviométriques (des saisons agricoles satisfaisantes et des productions céréalières jamais égalées).

Ce grand retour des pluies est cependant accompagné d’une nette recrudescence des inondations dans pratiquement toute la région maghrébine (conséquence de l’intensification du cycle pluviométrique)

Afin d’illustrer ces changements, deux méthodes d’analyse et de représentation spatiale sont utilisées :

• Une représentation graphique (Méthode Graphique Chronologique de Traitement de l’Information de Type Bertin);

• Une représentation cartographique sous Système d’Information Géographique (SIG)

La synthèse issue de ces deux traitements permet d’appréhender la réalité des changements climatiques qui affectent cette grande région de l’Afrique du Nord et d’estimer la vulnérabilité à l’aléa de type « inondation ».

Mots-clés: MGCTI (Matrice Graphique Chronologique de Traitement de l’Information), changements climatiques, inondations urbaines, SIG (Système d’Information Géographique.

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Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Painel 3: Riscos Naturais e Antropogénicos 59

CONTRIBUIÇÕES PARA UMA APRECIAÇÃO NACIONAL DO RISCO SÍSMICO

Luis SáDivisão de Riscos e Ordenamento, Autoridade Nacional de Proteção Civil

[email protected]

Patrícia PiresDivisão de Riscos e Ordenamento, Autoridade Nacional de Proteção Civil

[email protected]

Paulo Henriques Serviço Municipal de Proteção Civil, Câmara Municipal de Lisboa

[email protected]

Maria João Telhado Serviço Municipal de Proteção Civil, Câmara Municipal de Lisboa

[email protected]

RESUMO

Face à inevitabilidade da ocorrência de sismos é inestimável a existência e a manutenção de um simulador de danos resultantes de um sismo com a capacidade de visualização de um cenário, com indicação de danos potenciais, cuja tipologia possui uma incerteza difícil de determinar empiricamente.

Atualmente existem duas regiões do país abrangidas por tais ferramentas, Lisboa e o Algarve, perdurando uma omissão no que respeita ao restante território. Atendendo a essa necessidade, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) e a Câmara Municipal de Lisboa (CML) através do seu Serviço Municipal de Proteção Civil, unindo esforços e conhecimento técnico-científico, desenvolveram um de simulador de Risco Sísmico cuja metodologia é ajustável transversalmente ao país.

Palavras-chave: Avaliação, risco sísmico, Portugal.

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Panel 3: Natural and Anthropogenic Risks60

O ESTUDO DAS RAVINAS DE SEIRÓS – NORTE DE RIBEIRA DE PENA

Bruno Martins Departamento de Geografia

Faculdade de Letras da Universidade de [email protected]

Felícia FonsecaCentro de Investigação de Montanha – CIMO/ESA/IPB

Campus de Santa Apolónia, Apartado 1172, 5301-855 Bragança, [email protected]

Tomás de FigueiredoCentro de Investigação de Montanha – CIMO/ESA/IPB

Campus de Santa Apolónia, Apartado 1172, 5301-855 Bragança, [email protected]

RESUMO

Vários estudos têm demonstrado que a produção de sedimentos associado aos ravinamentos deverá implicar uma maior atenção (Poesen et al. 1998; Kheir et al. 2007), em especial nas regiões semi-húmidas e semiáridas dos países Mediterrâneos (Villevieille 1997; Martinez-Casasnovas e Poch 1998; Vandekerckhovea et al. 1998; Martinez-Casasnovas et al. 2003; Vandekerckhove et al. 2003; Lourenço, 2004; Castillo et al. 2007; Rebelo 2008; Nunes et al. 2008, 2009; Figueiredo, 2009; Tsimi et al. 2012; Frankl et al. 2012).

Os processos de erosão hídrica associados aos ravinamento traduzem-se em prejuízos agrícolas, perda da capacidade produtiva dos solos e de perda de qualidade da água, em especial nos rios, lagos e reservatórios (Bufalo e Nahon 1992; DeRose et al. 1998; Martinez-Casasnovas et al. 2003) arrogando-se como um dos fenómenos mais limitantes à ocupação do território e ao desenvolvimento rural, por redução do espaço agrícola útil. Associado às características climáticas, a formação de ravinas está relacionada com fatores físicos como o declive, forma e tamanho da bacia hidrográfica, propriedades físicas, químicas e mineralógicas dos solos ou a presença de material pouco coeso a regularizar as vertentes, como mantos de alteração ou depósitos de vertente.

Os factores antropogénicos são fundamentais na instalação e evolução das ravinas e na capacidade erosiva das mesmas, através da desflorestação, incêndios, mobilização do solo, pastagens, remoção da vegetação remanescente ou construção de estradas. Na maioria das vezes, promovem a concentração da escorrência e a diminuição da infiltração.

Com este trabalho pretende-se identificar os principais fatores que estão na origem da formação e desenvolvimento das ravinas, assim como, as principais implicações sobre o solo a partir do estudo das ravinas de Seirós (norte de Ribeira de Pena).

Palavras-chave: Ravinamentos, solo, seirós (norte de ribeira de Pena), norte de Portugal.

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Seminário da Rede Incêndios-Solo e I Simpósio Ibero-Afro-Americano de Riscos“Riscos, Incêndios Florestais e Território“

Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Painel 3: Riscos Naturais e Antropogénicos 61

CAMBIOS DE USO Y EROSIÓN DE SUELOS: ANÁLISIS DIACRÓNICO (1960-2012) MEDIANTE SIG EN LA CUENCA DEL GUINIGUADA (GRAN CANARIA, ISLAS CANARIAS, ESPAÑA)

Lidia Esther Romero MartínInstituto de Oceanografía y Cambio Global (IOCAG)

Departamento de Geografía. Universidad de Las Palmas de Gran [email protected]

Leví García RomeroInstituto de Oceanografía y Cambio Global (IOCAG)

Departamento de Geografía. Universidad de Las Palmas de Gran Canaria [email protected]

Antonio Hernández Cordero Instituto de Oceanografía y Cambio Global (IOCAG)

Departamento de Geografía. Universidad de Las Palmas de Gran [email protected]

Emma Pérez-Chacón Espino Instituto de Oceanografía y Cambio Global (IOCAG)

Departamento de Geografía. Universidad de Las Palmas de Gran [email protected]

RESUMEN

El objetivo de este trabajo es analizar la evolución de la pérdida de suelo (erosión hídrica superficial) producida por los cambios de usos entre 1960 y 2012.

Durante este período se produce el abandono agrario generalizado y la progresiva implantación de un modelo territorial urbano-turístico en la isla de Gran Canaria.

El área de estudio es una cuenca hidrográfica (Guiniguada) situada en el norte de Gran Canaria, una de las islas más pobladas de Canarias. La metodología utilizada se basa en la adaptación del modelo empírico USLE (Ecuación Universal de Pérdida de Suelos) a las especificidades de Gran Canaria, así como en su implementación mediante un Sistema de Información Geográfica.

Los resultados muestran que el abandono agrario ha afectado a la eficacia de la práctica de conservación de suelos más extendida en esta cuenca, el sistema de terrazas.

Se constatan diferentes tipos o grados de abandono (oculto, transitorio, definitivo e irreversible), de los que se derivan.

Comportamientos erosivos diferenciados. Los cambios de cobertura, las condiciones ambientales y el estado de conservación de los bancales inciden en las tasas de erosión entre ambas fechas. También se observan comportamientos diferenciados según geoambientes, siendo los más vulnerables las medianías altas (800 m – 1.500 m) y las cumbres (> 1.500 m).

Palabras-clave: Cambios de coberturas del suelo, USLE, SIG, abandono agrícola, bancales.

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Faro, 4th, 5th and 6th of November of 2014

Panel 3: Natural and Anthropogenic Risks62

RISCO DE INTRUSÃO SALINA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - GESTÃO INTEGRADA DE ÁGUA SUBTERRÂNEAS -

Henrique CarvalhoFaculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve

[email protected]

Nuno VelosoFaculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve

[email protected]

Carita PonteFaculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve

[email protected]

Edite ReisAgência Portuguesa do Ambiente – ARHAlgarve

[email protected]

Pedro CoelhoAgência Portuguesa do Ambiente – ARHAlgarve

[email protected]

Manuela Moreira da SilvaInstituto Superior de Engenharia da Universidade do Algarve

CIMA- Centro de Investigação Marinha e Ambiental, University of [email protected]

RESUMO

A intrusão salina nos aquíferos costeiros é uma ameaça à disponibilidade de água para rega e daí ao desenvolvimento de novos projeto agrícolas. Cabe às entidades competentes a definição e o uso de critérios de base científica, que assegurem a proteção dos recursos hídricos e a sua utilização sustentável, permitindo responder às necessidades económicas e sociais, potenciando o desenvolvimento da região.

O objetivo deste estudo foi a atualização de dados relativos à qualidade da água do Sistema Aquífero da Mexilhoeira Grande (Algarve), para se fazer um ponto de situação quanto ao avanço da intrusão salina e à pressão agrícola a que está sujeito.

Fez-se uma amostragem em 2014, representativa de todo o aquífero, tendo sido determinados como indicadores de intrusão salina, Ca, Mg, SO4

2-, HCO3-, pH, CE, temperatura e Cl-, e como indicadores da pressão agrícola, os NO3

2-.

Recolheram-se dados de qualidade da água relativos ao período entre 1981 e 2012, e caracterizaram-se os usos do solo na região.

A evolução dos resultados, evidenciou melhoria na qualidade da água em várias zonas do aquífero. Verificou-se que a salinidade devida à intrusão salina e/ou à existência de diapiros está confinada a zonas restritas, e que não tem aumentado, e que os teores de NO3

2- só pontualmente foram elevados.

Assim, desde que devidamente monitorizado, este aquífero pode constituir um importante contributo para o desenvolvimento económico da região, permitindo a viabilização de novos projetos agrícolas.

Palavras-chave: Água, gestão sustentável, desenvolvimento económico.

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Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Painel 3: Riscos Naturais e Antropogénicos 63

O RISCO DE RAVINAMENTO APÓS INCÊNDIOS FLORESTAIS: O EXEMPLO DA RAVINA DO CORGO (RIO ALVA)

Bruno MartinsDepartamento de Geografia, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

Luciano LourençoDepartamento de Geografia, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

Hudson Rodrigues LimaUniversidade Federal de Uberlândia, Programa de pós-graduação do Instituto de Geografia

Bolsista da CAPES – Proc. no BEX 3121/[email protected]

RESUMO

Os ravinamentos são formas de erosão resultantes da atuação de processos morfogenéticos que contribuem para a evolução das vertentes e, quando existem, podem contribuir para a perda de solo. De per si, nem sempre afetam áreas de elevado interesse económico. No entanto, mesmo quando a perda de solo por ravinamento e, por conseguinte, também a de produtividade de um campo agrícola sejam consideradas de menor importância, os efeitos secundários dos ravinamentos podem traduzir-se em grandes prejuízos.

Uma forma de identificar estas situações é através da cartografia deste tipo de processos, entendido como um risco geomorfológico, que é proporcional à dificuldade da sua execução.

A análise da ravina do Corgo, localizada na margem direita do rio Alva, pretende analisar a multiplicidade de factores que estiveram na sua génese, bem como a arduidade de os representar espacialmente.

Palavras-chave: Ravinamentos, riscos geomorfológicos, cartografia, Alva; centro de Portugal.

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Painel 4: Prevenção, Segurança e Mitigação

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Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Painel 4: Prevenção, Segurança e Mitigação 67

ANÁLSIS DE RIESGO SÍSMICO, SU AFECTACIÓN A LOS CENTROS DE ATENCIÓN A EMERGENCIAS EN ECUADOR Y CONTINUIDAD DE SERVICIO

Danilo Corral de WittDoctorando en Telecomunicaciones, Universidad Rey Juan Carlos

[email protected]

Alexander DueñasEstudiante Ingeniería Electrónica, Universidad de las Fuerzas Armadas - ESPE

[email protected]

José Matamoros VargasInvestigador, Servicio Integrado de Seguridad ECU 911

[email protected]

María Augusta Fernández MorenoPrometeo/SENESCYT – Ecuador SIS ECU 911 Zonal Ibarra - PUCESI – CITTA Research Center

[email protected]

RESUMEN

El Ecuador está ubicado en el Anillo de Fuego del Pacífico, zona que registra la mayor actividad sísmica del planeta. Aquí se han registrado sismos de gran magnitud que han ocasionado numerosas víctimas y cuantiosos daños materiales. Se trata de desarrollar una plataforma tecnológica para la visualización de la peligrosidad sísmica.

Esta plataforma se basa en software de código abierto, el cual se encarga de evaluar los niveles de riesgo en base a un catálogo sísmico histórico e instrumental desde el año de 1540 hasta el 2009. Dichos registros instrumentales se obtienen de las redes sísmicas del Instituto Geofísico de la Escuela Politécnica Nacional, Instituto Geofísico de Perú y del National Earthquake Information Center. Se definen 11 zonas fuentes asociadas a fallas locales y 9 zonas fuentes asociadas a subducción. Se trabaja con la ley de atenuación inferida a partir de curvas de isosistas. Los mapas de zonificación sísmica generados individualizan zonas con diferentes niveles de peligro sísmico, las cuales son asociadas a los centros de atención a emergencias.

Esta investigación se considera prioritaria, en vista que en el Servicio Integrado de Seguridad no cuenta con herramientas de planificación para responder a eventos sísmicos. Los mapas servirán de insumo para implementar políticas de gestión preventiva ante desastres sísmicos y asegurar la continuidad de servicio a la ciudadanía.

Palabras clave: Plataforma tecnológica, software abierto, peligrosidad sísmica, zonificación sísmica, gestión preventiva, servicio integrado de seguridad, continuidad de servicio.

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Faro, 4th, 5th and 6th of November of 2014

Panel 4: Prevention, Security and Mitigation68

MODELO DE ARTICULACIÓN PARA LA SEGURIDAD INTEGRAL: CASO SIS ECU 911 CENTRO ZONAL IBARRA, ECUADOR

Marjorie Reinoso MorenoEstudiante de Maestría en Derechos Humanos y Democracia

Universidad Andina Simón Bolívar, Ecuador [email protected]

María Augusta Fernández MorenoPrometeo/SENESCYT – Ecuador SIS ECU 911 Zonal Ibarra - PUCESI – CITTA Research Center

[email protected]

RESUMEN

La atención a emergencias y desastres cuenta con un cuerpo conceptual, modelos y procedimientos robustos. Sin embargo, existen problemas comunes a los organismos de primera respuesta para llevarlos a la práctica. El más relevante de estos es la articulación, que involucra recursos humanos, materiales y de experticia mediados por ejercicios de poder. En efecto, si el trabajo mancomunado es difícil de implementar en escenarios de estabilidad, aún es más difícil lograrlo en escenarios de crisis.

Después de varias décadas de intentos por conseguir un modelo de gestión de emergencias articulado, a partir de 2013, Ecuador ha puesto a funcionar un sistema de seguridad integrado en cuya concepción se tomaron en cuenta todos los conceptos propuestos para obtener un sistema teóricamente ideal. Este servicio se ha implementado de forma progresiva en el país, en un escenario políticamente favorable, y ha ido ganando reconocimiento como pionero en América Latina. El Centro Zonal Ibarra del SIS ECU 911, habiendo cumplido un año de funcionamiento, es analizado para conocer hasta qué punto es posible llevar la teoría de la articulación a la práctica.

Palabras clave: Emergencias, descentralización y desconcentración, territorio, 911, coordinación, atención prehospitalaria.

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Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Painel 4: Prevenção, Segurança e Mitigação 69

OS INCÊNDIOS E O STRESS DOS BOMBEIROS COMO OBJETO DE INVESTIGAÇÃO CIENTIFICA

Cristina QueirósFaculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

[email protected]

Iolanda Braga PereiraFaculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

[email protected]

Natália VaraInstituto Politécnico de Bragança

[email protected]

RESUMO

Em Portugal tem crescido o número de incêndios, sobretudo florestais, com trágicas consequências financeiras, ambientais e humanas. Numa sociedade pouco preparada para lidar com esta ameaça constante, é fundamental a investigação sobre o fenómeno, abrangendo todas as dimensões, desde o risco natural do incêndio ao risco psicossocial vivido pelos bombeiros. A Comissão Europeia tem financiado investigação sobre incêndios, geralmente no âmbito das alterações climáticas ou da tecnologia.

Descrevem-se alguns projetos financiados (ex: FIRESMART, FIRESENSE, TRANSFEU, FUME, FORFIRE, FIREPARADOX, FIRE-RSIST, PREFER, FIRE STAR), concluindo-se que o fator humano não é prioridade. Contudo, no combate aos incêndios os bombeiros enfrentam riscos físicos já bem discutidos, desvalorizando-se a dimensão emocional da tarefa e o desgaste/stress.

A European Agency for Safety and Health at Work lançou para 2014/15 a campanha “Managing stress and psychosocial risks at work” para estimular locais de trabalho saudáveis, dificilmente aplicados aos bombeiros, cujos níveis de stress/burnout não diminuem.

Descrevem-se estudos de Vara, que encontrou em 2006 3% de inquiridos em exaustão e em 2013 4%, concluindo-se que é necessário monitorizar o stress em situação real (tal como o projeto VitalResponders) e investir em formação que previna o trauma/stress/burnout (ex: modelo Critical Incident Stress Management) dos profissionais de socorro.

Palavras-chave: Stress, bombeiros, projetos, investigação.

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Faro, 4th, 5th and 6th of November of 2014

Panel 4: Prevention, Security and Mitigation70

SITUAÇÕES STRESSANTES NOS BOMBEIROS E IDENTIFICAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE COPING

Natália VaraInstituto Politécnico de Bragança

[email protected]

Cristina QueirósFaculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

[email protected]

RESUMO

A “missão de socorro” dos bombeiros alicerça-se no altruísmo e no saber para servir, o que implica possuir competências técnicas de intervenção (saber e saber fazer), mas também aptidões e competências pessoais e sociais (saber ser e saber estar) para desempenhar as funções, estabelecer relações interpessoais eficazes com vítimas e com a própria equipa.

Lidar com incidentes críticos e ser capaz de os gerir apela a todas estas aptidões, supondo que estão sempre aptos. Contudo, estudos referem que existem situações (ex: memória de incidentes críticos), que, não conduzindo à interrupção da atividade normal, aumentam o risco de acidentes, reduzem as potencialidades do indivíduo e perturbam a produtividade, as relações sociais e o equilíbrio social e familiar (Ro et al., 2010, Shapiro et al., 2011).

Pretende-se identificar as situações mais stressantes que 213 bombeiros vivenciam no seu trabalho e perceber quais as estratégias de coping a que recorrem. Verificou-se que o tipo de situação (incêndios, acidente rodoviário, pré-hospitalar), grau de gravidade (morte, ferido grave, risco de vida) e envolvimento emocional (crianças, colega, imagem chocante) ao qual a ocorrência está associada são importantes para as estratégias de coping utilizadas. A criação de unidades de suporte de pares (CISM) nos CB pode significar a diferença no apoio após os incidentes críticos, capacitando as equipas para um coping mais adaptativo (Costa, Passos & Bakker, 2014).

Palavras-chave: Situações stressantes, coping, bombeiros.

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Seminário da Rede Incêndios-Solo e I Simpósio Ibero-Afro-Americano de Riscos“Riscos, Incêndios Florestais e Território“

Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Painel 4: Prevenção, Segurança e Mitigação 71

A INFLUÊNCIA DA SATISFAÇÃO NO TRABALHO SOBRE A DEDICAÇÃO DOS BOMBEIROS

Iolanda Braga PereiraFaculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

[email protected]

Natália VaraInstituto Politécnico de Bragança

[email protected]

Cristina QueirósFaculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

[email protected]

RESUMO

Apesar de exercerem a sua atividade em condições de risco e de perigo, os bombeiros apresentam elevada dedicação ao trabalho (Milen, 2009; NVFC, 2015). Analisou-se em 240 bombeiros voluntários assalariados (todos do sexo masculino e com média de idades de 34 anos e cerca de 10 anos de experiência profissional) a relação entre a satisfação no trabalho e dedicação e vigor.

Foram utilizados os questionários Utrecht Work Engagement Scale (Schaufeli & Bakker, 2003, Marques-Pinto & Picado, 2011) e Questionário de Satisfação Laboral (Meliá & Peiró, 1989; Carlotto & Câmara, 2008).

Encontraram-se elevados valores de satisfação profissional e de dedicação ao trabalho (respectivamente entre 4,66 a 5,5 numa escala de 1 a 7, e entre 4,8 e 5,4 numa escala de 0-6). A satisfação no trabalho apresenta correlações positivas com a dedicação e o vigor e explica 28% da dedicação e 25% do vigor sentidos no trabalho.

Alerta-se que os bombeiros assalariados constituem um grupo de profissionais onde o risco de stress ocupacional é grande (Lourel et al., 2008), podendo este fazer diminuir a satisfação no trabalho e a dedicação, com custos na saúde do profissional e na qualidade do serviço prestado (Lopez-Araujo et al., 2007).

A constante solicitação que a sociedade faz aos bombeiros implica que estes sejam também formados para saber gerir o stress no trabalho e continuem a sentir satisfação e dedicação nas suas tarefas (Wagner & O’Neill, 2012).

Palavras-chave: Satisfação no trabalho, engagement, bombeiros, preditores.

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I Seminar of the Forest Fires - Soils Network and I Ibero-Afro-American Symposium of Risks“Risks, Forest Fires and Territory”

Faro, 4th, 5th and 6th of November of 2014

Panel 4: Prevention, Security and Mitigation72

ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E PLANEAMENTO DE EMERGENCIA – AÇÕES DA PROTEÇÃO CIVIL NA REGIÃO AUTONOMA DA MADEIRA -

Ana PinheiroServiço Regional de Proteção Civil

[email protected]

RESUMO

Na sequência do tema do painel 4, propõe-se apresentar a forma como são realizadas as ações de proteção civil, nos seguintes domínios:

• Processos de gestão territorial, em particular de âmbito municipal – Planos Diretores Municipais;

• Articulação entre as estruturas regional e municipais de proteção civil - Trabalho desenvolvido junto dos Serviços Municipais de Proteção Civil;

• Processo de planeamento de emergência – elaboração do Plano Regional de Proteção Civil e acompanhamento da elaboração dos Planos Municipais de Emergência de Proteção Civil.

O resultado pretendido é transmitir aos participantes, das especificidades destas ações de proteção civil, na Região Autónoma da Madeira.

Palavras-chave: Ordenamento, território, planos, emergência.

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Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Painel 4: Prevenção, Segurança e Mitigação 73

RISCOS DE APLICAÇÃO DE LAMAS DE DEPURAÇÃO / COMPOSTO NOS SOLOS ARDIDOS

Carla CaroçaDepartamento de Geologia

Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa Fundação para a Ciência e Tecnologia

[email protected]

RESUMO

O solo, camada superficial da crosta terrestre, é considerado um recurso não renovável e fundamental para a subsistência de todos os seres vivos. Na última década, Portugal tem sofrido grandes incêndios florestais, intensificando a perda de solos e consequentemente o aumento de erosão e de inundações, quando chove.

Segundo Gouveia e Lourenço (2013), tem sido adoptado colocar barreiras utilizando diversos materiais naturais em canais, caminhos, vertentes e/ou nas curvas de nível para minimizar a erosão do solo, a escorrência superficial e a inundação. A medida usada para aumentar a cobertura vegetal, tem sido a aplicação de resíduos vegetais (palha, caruma) em simultâneo com a sementeira.

Salgado et al. (2014) sugerem para a protecção e fertilização dos solos, a aplicação de resíduos têxteis biodegradáveis (industriais) na forma de composto com palha e caruma. Medida a pensar em evitar o envio de milhares de toneladas de resíduos para os aterros sanitários, aumentando o seu tempo útil e diminuindo o custo económico.

No entanto, valorizar os resíduos e/ou a sua forma melhorada (composto) não deve ser imediatamente aplicado e/ou legislado, sem antes existirem estudos técnico-científicos de forma a evitar o aparecimento de outros graves problemas – a contaminação de solo, água, ambiente e seres vivos.

A apresentação incidirá nos perigos de aplicação de lamas de depuração e/ou composto nos terrenos ardidos. O risco deve-se à sua composição química e bacteriológica.

Palavras-chave: Solo, lama de depuração, composto.

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Faro, 4th, 5th and 6th of November of 2014

Panel 4: Prevention, Security and Mitigation74

ÀREAS DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIA PARA A MITIGAÇÃO DO RISCO DE INCÊNDIO FLORESTAL. O MUNICIPIO DE GÓIS COMO ESTUDO DE CASO

Marco DiasNúcleo de Investigação Científica de Incêndios Florestais

Faculdade de Letras da Universidade de [email protected]

Luciano LourençoDepartamento de Geografia e CEGOT

Universidade de [email protected]

RESUMO

Ano após ano e com especial incidência na época de Verão, Portugal é afetado por incêndios florestais. O fogo em si mesmo, não é um problema, mas antes a forma como é utilizado pelo ser humano, que muitas vezes escapa ao seu controlo, sobretudo tendo em conta o modo como é gerido o território com aptidão florestal. O aumento do número de incêndios e, também da extensão das áreas ardidas, principalmente nas regiões de matriz rural, do interior norte e centro de Portugal, tem na sua base diversos fatores, a que não é alheio o elevado despovoamento ocorrido nas últimas décadas.

A mitigação dos efeitos negativos decorrentes do despovoamento passará, entre outras e em grande medida, pelo estabelecimento de melhores políticas de prevenção que, partindo de uma definição, o mais rigorosa possível, das áreas mais sensíveis, implemente medidas de gestão das áreas com aptidão florestal envolventes e crie estratégias eficazes na redução do risco de incêndio florestal.

Deste modo, o objetivo deste trabalho passa por identificar grandes áreas que, no município de Góis, sejam mais suscetíveis à ocorrência de incêndios, e, a partir da sua, delimitação, propor uma atuação mais consistente, que permita aumentar a resiliência dessas áreas aos incêndios florestais.

Assim procedeu-se à elaboração de mapas de severidade e de vulnerabilidade, a partir dos quais se construiu um mapa de risco de incêndio florestal, a partir do qual se definiram as áreas de intervenção prioritária no município de Góis.

Estas áreas apresentam sempre proximidade de aglomerados populacionais ou, então, presença de uma via rodoviária relevante no quadro municipal, situação que reforça a importância do ser humano na génese dos incêndios florestais.

Palavras-chave: Áreas prioritárias de intervenção, risco de incêndio florestal, resiliência.

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Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Painel 4: Prevenção, Segurança e Mitigação 75

ANÁLISE DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PROVOCADOS PELO LIXÃO DO MUNICÍPO DE BARBALHA-CEARÁ-BRASIL

Wesley de Sousa LimaDepartamento de Geociências

Universidade Regional do Cariri-Universidade Trás-os-Montes e Alto [email protected]

Mazinho Valdemar Viana Universidade Regional do [email protected]

RESUMO

Um dos graves problemas que aflige os governos municipais no Brasil e no mundo, sobretudo aquelas dos países subdesenvolvidos é a destinação dos rejeitos gerados nas mais diversas atividades humanas. Esses resíduos, que podem ser líquidos, gasosos ou sólidos, quando eliminados inadequadamente, traduzem-se em poluição, contaminação e, sobretudo, no desperdício de recursos naturais, como o ar, os mananciais e o solo.

Nesse sentido, o tratamento e o destino final adequado dos resíduos gerados pelas atividades antrópicas têm sido uma das preocupações mais importantes da atualidade devido aos volumes produzidos em quantidades cada vez maiores, em decorrência da utilização massiva de recursos naturais, do elevado consumo e da grande concentração populacional nas cidades.

O presente trabalho pretende apresentar um diagnóstico socioambiental dos resíduos sólidos no município de Barbalha/Ceará tendo em vista o lixão a céu aberto, que se encontra em uma Área de Proteção Ambiental-APA e posteriormente detectar os males que esse fator pode causar na população que reside nessa área.

Visando à solução do grave problema, esperamos ser esse trabalho como um alerta aos gestores públicos, os quais devem procurar enxergar e promover soluções diante das adversidades encontradas nos municípios, estados e países, pois caso contrário, estaremos caminhando e provocando o fim de nossa existência.

Palavras-chave: Impactos socioambientais, lixão a céu aberto, resíduos sólidos.

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Painel 5: Análise, Governança e Comunicação de Riscos

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Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Painel 5: Análise, Governança e Comunicação de Riscos 79

OS INCÊNDIOS FLORESTAIS, COMO PREVENIR E PROTEGER?

Salvador AlmeidaBombeiros Sapadores e Proteção Civil de Vila Nova de Gaia

[email protected]

RESUMO

A Floresta em Portugal tem um elevado valor económico, ambiental, paisagístico, recreativo e é o suporte de vida e de diversidade animal e vegetal garantindo a qualidade da água e do ar. Apesar desta realidade objetiva constata-se que os incêndios florestais são uma das maiores ameaças à floresta portuguesa.

Ano após ano, ardem milhares de hectares de floresta, morrem bombeiros e o país está necessariamente mais pobre.

Não são os bombeiros responsáveis pelo atual modelo de floresta, pelo des(ordenamento), pela falta de aceiros, pela falta de caminhos, pela falta de um efetivo plano de prevenção operacional.

Após os incêndios, quantos anos são necessários para a reflorestação? Quem lucra com os incêndios? Ao nível do combate parece estar a ser feito tudo o que é possível. Pergunta-se, o que falta fazer então? Faltam fazer muitas coisas na floresta mas uma das essenciais para evitar os incêndios será como vamos prevenir e proteger. Assim, proponho-me apresentar um conjunto de propostas, ideias simples, exequíveis que aplicadas poderão diminuir a “praga” dos incêndios florestais.

Palavras-chave: Incêndios florestais, prevenção, proteção e propostas.

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Faro, 4th, 5th and 6th of November of 2014

Panel 5: Analysis, Governance and Communication of Risks80

FOREST FIRE RISK IN PORTUGAL

Mário PereiraCentro de Investigação e de Tecnologias Agro-Ambientais e Biológicas (CITAB),

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal and Instituto Dom Luiz, IDL, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal

[email protected]

Marj ToniniInstitute of Earth Surface Dynamics (IDYST),

Faculty of Geosciences, University of Lausanne, Switzerland [email protected]

Joana ParenteCentro de Investigação e de Tecnologias Agro-Ambientais e Biológicas (CITAB),

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, [email protected]

Carmen Vega OrozcoInstitute of Earth Surface Dynamics (IDYST),

Faculty of Geosciences, University of Lausanne, [email protected]

ABSTRACT

Fire risk should consider not only the probability of ignition but also include the values of the expected losses. This probability represents the chance that a firebrand will cause an ignition on receptive fuels. Fire hazard is defined by the fuel characteristics (volume, type, condition, arrangement and location) which determine the degree of ease of ignition and the resistance to control while the fire danger is defined as the sum of constant and variable danger factors affecting all the phases of fire event.

Forest fires occur worldwide but Portugal is particularly affected by a large number of forest fires every year causing high human, environmental, ecological and socio-economic losses.

Fire risk is estimated from recent past conditions and assuming that the distribution of danger factors is stationary.

However in Portugal both the “constant” (e.g. land use / land cover, population density) and variable (weather, management) factors, as well as the fire regime changed in the last decades, as shown by the occurrence of abnormal events of burnt area recorded in 2003 and 2005.

In this sense, the general objective of this study is to assess the fire risk in Portugal compiling and integrating up-to-date, complete and high resolution databases with the recent findings of the fire research community on the fire regime.

We will discuss the process of integrating all fire danger factors to support the decision-making process toward a more successful forest and fire management in Portugal.

Keywords: Fire risk, fire danger, Portugal.

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Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Painel 5: Análise, Governança e Comunicação de Riscos 81

ANÁLISE DA PERIGOSIDADE AO DESPRENDIMENTO DE BLOCOS ROCHOSOS NAS ARRIBAS DA ORLA COSTEIRA DO ALGARVE: APLICAÇÃO DO MÉTODO ROCK ENGINEERING SYSTEM (RES)

José ViegasDepartamento de Eng.ª Civil, Instituo Superior de Engenharia da Universidade do Algarve

[email protected]

Delminda MouraCIMA, Universidade do Algarve

[email protected]

Luís PaisDepartamento de Eng.ª Civil e Arquitetura, Universidade da Beira Interior

[email protected]

RESUMO

Nas zonas costeiras alcantiladas a erosão dá lugar à desintegração granular, descompressão, desarticulação e a eventos de instabilidade por movimentos de massa, sendo a incidência espacial, a frequência e a severidade dos mecanismos de instabilidade controlados pelas propriedades geomecânicas dos maciços expostos e pelas interações com as condições ambientais.

São muitos os fatores responsáveis pela ocorrência, frequência, tipologia e magnitude/intensidade dos eventos de movimentos de massa e, muitas vezes, aquando da atuação dos fatores desencadeantes, a arriba já se encontra numa condição de equilíbrio limite. Esta grande diversidade de fatores dificulta a análise da suscetibilidade e da perigosidade, de tal forma que, num mesmo sector costeiro, diferentes combinações de fatores condicionantes podem controlar diferentes tipologias de movimentos e mecanismos de rotura.

No presente trabalho é aplicado o método Rock Engineering System – RES (Hudson, 1992), com o objetivo de identificar os parâmetros que desempenham um papel mais relevante no comportamento das arribas, perceber as interações binárias existentes entre esses parâmetros, quantificar a sua importância relativa, e calcular o índice de instabilidade e a perigosidade de alguns sectores do litoral rochoso do Algarve Central, ao longo dos quais ocorre, maioritariamente, a Formação Carbonatada de Lagos-Portimão, de idade Miocénica.

Palavras-chave: Arriba rochosa, desprendimentos, suscetibilidade, perigosidade, matriz de interação.

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Panel 5: Analysis, Governance and Communication of Risks82

LA COMUNICACIÓN ALERTANTE – OPERADOR EN UN SISTEMA INTEGRADO DE GESTIÓN DE EMERGENCIAS

Viviana CalderónEducación para un Desarrollo Sostenible, Universidad Técnica del Norte, Ecuador

[email protected]

María Augusta Fernández MorenoPrometeo/SENESCYT – Ecuador SIS ECU 911 Zonal Ibarra - PUCESI – CITTA Research Center

[email protected]

Wilmer LópezDirección de Tecnología - SIS ECU 911 Zonal Ibarra

[email protected]

Wilson Fernando Rivera MontesdeocaEstudiante de Maestría de UNIGIS MSC, Universidad de Salzburgo Austria

SIS ECU 911 – Zonal Ibarra, Ecuador [email protected]

RESUMEN

Big data es un término amplio para conjuntos de datos muy grandes o complejos en los que los procesamientos tradicionales de información son inadecuados y para los que se han desarrollado herramientas que permiten su aprovechamiento. Este es el caso de la información que se registra en el sistema de atención telefónica de emergencias en el que los volúmenes de información registrados, 24 horas por día 7 días por semana, alcanzan dimensiones tales que obliga a las instituciones a borrarlos a partir de un determinado período.

De otra parte, un punto sensible de la atención a emergencias, todavía poco estudiado, es la calidad de la comunicación entre el alertante y el operador, lo que determina la calidad de la respuesta a la emergencia. Hasta ahora, la calidad es controlada por muestreo y a partir de las quejas que se presentan al servicio.

En la comunicación en emergencias existen dos presupuestos: a) el operador se comunica siguiendo el protocolo y b) el alertante, por la condición de estrés en la que se encuentra, tiene dificultad en proveer la información ¿qué? ¿quién? ¿dónde? que le es solicitada. Del control de calidad realizado, se ha identificado que uno de los problemas comunes es la localización del lugar de la emergencia a partir de la descripción que proporciona el alertante que por la vaguedad de la información es interpretada por el operador. Otro de los problemas es el uso de una toponimia propia de los ciudadanos que no corresponde con la registrada en la cartografía. Además, nos parece que existen patrones de lenguaje utilizados en la comunicación de la emergencia, sea del alertante como del operador, que estudiados pueden ayudar a mejorar la localización de la emergencia.

Con el análisis de los datos proporcionados por el alertante e interpretados por el operador, en un período de un año, es posible identificar patrones de comunicación alertante – operador que lleven a comprender los límites y potencialidades del protocolo de comunicación, así como generar estrategias para educar al alertante de tal forma que pueda proporcionar la información necesaria para que reciba el servicio que necesita.

Se cuenta con 100.000 fichas de emergencias, de las cuales se extraen los textos producto de la información proporcionada por el alertante. Para el análisis se cuenta con el software Atlas.ti.

Palabras clave: Emergencias, 911, crisis, operador de emergencias, comunicación.

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Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Painel 5: Análise, Governança e Comunicação de Riscos 83

COMPLEXO ENERGÉTICO AMADOR AGUIAR, MINAS GERAIS, BRASIL: GESTÃO DE RISCOS, POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE E GOVERNANÇA

Hudson Rodrigues LimaUniversidade Federal de Uberlândia, Programa de pós-graduação do Instituto de Geografia

Bolsista da CAPES – Proc. no BEX 3121/[email protected]

Vicente de Paulo da SilvaUniversidade Federal de Uberlândia, Instituto de Geografia

[email protected]

RESUMO

A investigação realizada diz respeito à análise da Área de Entorno de dois reservatórios de um Complexo Energético chamado Amador Aguiar, constituído por duas grandes usinas hidrelétricas no rio Araguari, municípios de Uberlândia, Araguari e Indianópolis em Minas Gerais, Brasil.

Entre as descobertas obtidas, verificou-se a existência de baixo investimento em segurança e nenhuma referência à gestão de riscos, situação que não se coaduna com os discursos veiculados de política de sustentabilidade no Setor Elétrico Brasileiro. Daqui resulta uma situação complexa, quer em relação à vulnerabilidade a que estão submetidas as pessoas e os meios físico e biótico, em espaços apropriados para a geração de energia hidrelétrica, quer no que diz respeito às transformações intensas e incertas dos territórios atingidos por estes grandes empreendimentos.

No cruzamento dos dados de discursos e práticas corporativas, municipais e das comunidades atingidas/afetadas, verificou-se o esvaziamento de sentido de uma ideia, a de desenvolvimento sustentável. Isso aponta para a necessidade do Poder Público e da Iniciativa Privada estabelecerem relações de poder democráticas e participativas nas definições e execuções de programas, projetos, planos e ações que efetivamente construam um desenvolvimento territorial saudável, a respeitar a vida humana, a vida dos animais e dos vegetais, por meio de políticas explícitas de segurança e gestão de riscos, tanto em áreas a montante quanto a jusante de usinas hidrelétricas.

Palavras-chave: Riscos, gestão, segurança em barragens, governança territorial.

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Panel 5: Analysis, Governance and Communication of Risks84

PROTEÇÃO CIVIL MUNICIPAL – O ELO MAIS FRACO

António Duarte AmaroEscola Superior de Saúde de Alcoitão

[email protected]

RESUMO

Nesta exposição, faz-se uma leitura crítica do pacote legislativo da proteção civil e da sua organização no plano nacional, dando particular relevo à proteção civil municipal que se encontra, a vários títulos, mais fragilizada.

Por outro lado, realça a necessidade de uma organização da proteção civil baseada na prevenção e menos na reação, o que implica uma articulação cada vez mais estreita entre os organismos centrais do Estado, as unidades locais de proteção civil, e os planos metropolitanos e intermunicipais de proteção e segurança, sem esquecer as infraestruturas críticas, no âmbito do planeamento civil de emergência.

Palavras-chave: Proteção civil, proteção civil municipal, prevenção, socorro.

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Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Painel 5: Análise, Governança e Comunicação de Riscos 85

RISCOS E SEGURANÇA DE BARRAGENS: RESULTADOS PRELIMINARES DA INVESTIGAÇÃO EM CURSO NA ÁREA DE ENTORNO DO RESERVATÓRIO DA USINA HIDRELÉTRICA (UHE) DE

MIRANDA EM MINAS GERAIS, BRASIL

Hudson Rodrigues LimaUniversidade Federal de Uberlândia, Programa de pós-graduação do Instituto de Geografia

Bolsista da CAPES – Proc. no BEX 3121/[email protected]

Vicente de Paulo da SilvaUniversidade Federal de Uberlândia, Instituto de Geografia

[email protected]

Luciano LourençoUniversidade de Coimbra, Departamento de Geografia

[email protected]

RESUMO

A investigação em curso, no âmbito do doutoramento, busca identificar e mapear os potenciais riscos existentes, mas ainda desconhecidos, na Área de Entorno do reservatório da Usina Hidrelétrica (UHE) de Miranda, localizada a jusante de outra grande UHE, a de Nova Ponte, no rio Araguari, em Minas Gerais, Brasil.

Em consequência da construção destes empreendimentos, existe crescente movimento social no estabelecimento de políticas de gestão de riscos que ofereçam segurança referenciada e qualificada. Assim, no ano de 2010, o Governo brasileiro criou a Lei 12 334, para propor uma Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB) e criar o Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB). No entanto, é possível observar em dados de Comitês de Bacias Hidrográficas de diversas regiões hidrográficas do Brasil que o foco de aplicação da Lei tem sido a construção tanto dos reservatórios de acumulação de rejeitos e resíduos diversos, como de irrigação e abastecimento.

Por outro lado, prevalece o mito social de que as barragens de UHE são sempre seguras e livres de qualquer risco. É fato que a arquitetura das barragens no Brasil vem a aprimorar, mas é inegável também o fato de que multiplicam-se os eventos inesperados oriundos de ações antrópicas e/ou naturais, que revelam o imprevisto impondo prejuízos diversos, até mesmo com perdas de vidas humanas, animais e vegetais.

Deste modo, justifica-se a investigação a desenvolver sobre os reservatórios de UHE, tendo como foco a identificação dos riscos que acarretam, para ajudar a geri-los melhor, uma vez que não basta ponderar sobre tragédias, pois faz-se necessário identificar efeitos socioespaciais que esses riscos impõem sobre as populações atingidas, mas que não são considerados como tal, como parecem apontar os primeiros resultados obtidos.

Palavras-chave: Riscos, hidrelétricas, barragens, gestão de riscos, segurança.

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Panel 5: Analysis, Governance and Communication of Risks86

A INUNDAÇÃO DO DIA 31 DE JANEIRO DE 2015 NA BACIA INFERIOR DO RIO CEIRA. CONTRIBUTO PARA O CONHECIMENTO DESTE FENÓMENO E A IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO

PARA A GESTÃO DA EMERGÊNCIA

Carlos CruzSetor de Planeamento e Ordenamento

Comando Distrital de Operações de Socorro de CoimbraAutoridade Nacional de Proteção Civil

[email protected]

Luciano LourençoDepartamento de Geografia, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

RESUMO

Na madrugada de 31 de janeiro de 2015, assistiu-se a um episódio de inundação na bacia inferior do Rio Ceira, junto às povoações ribeirinhas de Foz de Arouce (Lousã), Segade (Miranda do Corvo) e Cabouco (Coimbra). Este evento foi amplamente dissecado pelos media e vivido pelas populações que, aliás, já estão habituadas a este tipo de manifestação da natureza. Contudo, segundo os populares, esta inundação terá sido motivada por uma rutura no transvase da barragem do Alto Ceira para a de Santa Luzia, o que aconteceu sem eles estarem preparados e sem terem sido avisados.

O fenómeno hidrológico foi rapidamente analisado pelas entidades competentes e com responsabilidade na matéria, designadamente: Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e EDP - Energias de Portugal, organismo responsável pela obra e pelo aproveitamento hidroelétrico de Santa Luzia. De acordo com as respetivas e diferentes atribuições, competências e responsabilidades, cada uma destas entidades elaborou um relatório, pois urgia compreender se o fenómeno teria resultado de causas meteorológicas extremas e da falta de ordenamento do território ou, porventura, de falta de informação e perceção do risco, ou, ainda, de um deficiente sistema de aviso e de falhas na gestão de emergência.

Após conjugar diversas variáveis, concluiu-se que não só o efeito da rutura da infraestrutura hidráulica não foi significativo para o nível de efeitos verificados, mas também que a monitorização, previsão e ação da resposta foram adequadas face à informação disponível.

Palavras-chave: Cheia, inundação, ordenamento do território, perceção do risco, gestão da emergênciao.

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Seminário da Rede Incêndios-Solo e I Simpósio Ibero-Afro-Americano de Riscos“Riscos, Incêndios Florestais e Território“

Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Painel 5: Análise, Governança e Comunicação de Riscos 87

ESTRATÉGIAS EDUCATIVAS PARA GESTÃO DE RISCOS: APLICAÇÃO NA UNIDADE DE SERVIÇO DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Elvira Fátima de Lima FernandesCurso de Pós-Graduação em Geografia,

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus Aquidauana [email protected]

Vicentina Socorro da AnunciaçãoUniversidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus Aquidauana

[email protected]

Jaime Ferreira da Silva Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus Aquidauana

[email protected]

RESUMO

Medida não estrutural, como a estratégia educativa para gestão de risco, surge como arte de coordenar ações de defesa favorável no auxílio às comunidades que enfrentam a problemática relacionada a desastres naturais. Neste sentido, buscou-se a realização de um projeto de ensino em uma unidade de acolhimento e proteção à criança e ao adolescente, inserida na área suscetível à inundação na cidade de Anastácio/MS/Brasil. Para alcançar os objetivos elegeu-se como área de estudo o baixo curso do rio Aquidauana.

A metodologia pautou-se em uma proposta alicerçada na pesquisa-ação onde os participantes interagem, trocam conhecimento cientifico e empírico, além de produção de maquete, através da representação tridimensional da área de estudo; as crianças e adolescentes participaram de aula de campo e promoveram uma noite cultural “A fluidez das águas: plantando, cultivando e colhendo”.

Os resultados apontaram necessidade de contextualizar, com os acolhidos, temas geográficos: bacia hidrográfica, espaço, desastre natural, clima e área de preservação permanente, para melhor compreensão da vulnerabilidade, perigo e risco a qual a sociedade encontra-se exposta. A aula interativa despertou a atenção dos participantes e a confecção da maquete instigou um maior interesse pela ciência geográfica e o lugar. Observou-se que o projeto foi relevante para o esclarecimento sobre a problemática das inundações, e que a comunidade não percebe os riscos existentes em habitar uma planície de inundação.

Palavras-chave: Ensino. Inundação. Vulnerabilidade. Rio Aquidauana.

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Panel 5: Analysis, Governance and Communication of Risks88

SÃO VICENTE DE CABO VERDE: TERITÓRIO, RISCOS E CRISES

Bruno MartinsDepartamento de Geografia, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

Luciano LourençoDepartamento de Geografia, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

[email protected]

RESUMO

Nesta comunicação são apresentados alguns exemplos de “crises” ocorridas na ilha de São Vicente (Cabo Verde), entendidas como manifestações de riscos, e também dos “perigos” a elas associados, presentes quer no final do risco, quando a crise já está iminente, quer, depois, no início da crise, quando se corre perigo efetivo.

A análise dos riscos elencados sugere, para além do conhecimento dos processos físicos, decompostos na sua localização no tempo (probabilidade) e no espaço (suscetibilidade), a inclusão das consequências previsíveis dessas ocorrências sobre a sociedade, o ambiente e o território, naturalmente dependentes das respetivas vulnerabilidades, que também poderão ser decompostas na exposição e na sensibilidade das pessoas e dos seus bens, bem como nas capacidades de antecipação e de resposta dos recursos envolvidos, consequências que se traduzem em danos potenciais, expressos em vítimas e valores.

Dito de outra forma, quer do ponto de vista teórico, quer fundamentalmente do ponto de vista da aplicação, a análise dos riscos naturais proposta inclui, para além do estudo dos processos naturais que configuram situações de risco, a vulnerabilidade dos indivíduos, sociedades e territórios, de forma a melhor otimizar a aplicação deste tipo de trabalhos ao planeamento do território e à promoção de políticas e práticas de socorro no âmbito da proteção civil.

Palavras-chave: São Vicente, Cabo Verde, riscos naturais, crise, perigo.

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Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Painel 5: Análise, Governança e Comunicação de Riscos 89

EDUCAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO PARA A DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS, A ACÇÃO DOS SERVIÇOS FLORESTAIS E DO ICNF

Rui QueirósInstituto da Conservação da Natureza e das Florestas

[email protected]

RESUMO

Devido ao nosso acentuado clima mediterrânico, os incêndios sempre estiveram presentes na floresta portuguesa, tendo o seu número e as áreas ardidas aumentado consideravelmente a partir dos anos 70 do Séc. XX.

A investigação da causa dos incêndios florestais teve um grande incremento a partir de 2005, apurando-se que 98% das ocorrências têm origem humana, das quais cerca de 42% são intencionais e 56% por negligência, estando quase todas relacionadas com o uso do fogo.

No âmbito do Sistema de Defesa da Floresta Contra Incêndios compete ao ICNF a coordenação das acções de prevenção estrutural, incluindo a sensibilização da população.

Historial das campanhas e acções de educação e sensibilização, no passado.

Campanhas e acções de educação e sensibilização no presente.

Objectivos operacionais das campanhas de educação e sensibilização.

Públicos-alvo: população urbana, população escolar, população rural, agricultores, proprietários e produtores florestais, prestadores de serviços florestais, caçadores e pescadores, pastores, emigrantes.

Slogan “Portugal sem fogos depende de todos”.

Mensagens no sentido da responsabilização individual, centrada na mudança de atitudes e na redução de comportamentos negligentes e de risco.

Canais de comunicação.

A sensibilização e o ensino.

Produtos e materiais de divulgação e sensibilização.

Parcerias.

Avaliação das campanhas e perspectivas futuras.

Palavras-chave: Prevenção dos incêndios florestais, educação, sensibilização, públicos-alvo.

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Panel 5: Analysis, Governance and Communication of Risks90

EDUCAÇÃO PARA O RISCO

Luciano LourençoUniversidade de Coimbra, Departamento de Geografia

[email protected]

RESUMO

A educação para o risco é um tema relativamente recente e tem vindo a ser abordado sob diferentes perspetivas, de entre as quais algumas delas têm a ver com a segurança na saúde e no trabalho, enquanto outras dizem respeito à redução do risco, quer de catástrofes, quer do rebentamento de minas, ou, então, versam sobre prevenção de incêndios florestais, para mencionar apenas algumas das mais conhecidas.

Embora a gestão destes riscos seja competência das entidades governamentais, por via de regra estas têm-se preocupado pouco com a educação, ficando-se quase sempre pelas ações de sensibilização, pelo que têm sido as organizações não governamentais a desenvolver a generalidade dos programas educativos existentes na atualidade.

Contrariando um pouco essa tendência, o Ministério da Educação e Ciência editou, através do Diretor-Geral da Direção-Geral de Educação (DGE), do Diretor-Geral da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) e do Presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), um Referencial de Educação para o Risco - Educação Pré-escolar, Ensino Básico (1.º, 2.º e 3.º ciclos) e Ensino Secundário, uma obra com 114 p., aprovada pelo Secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, no passado dia 28 de julho de 2015, obra que bem merece ser divulgada, apesar de não ter sabido aproveitar esta excelente oportunidade para corrigir alguns conceitos menos corretos que teimam em persistir, designadamente nos organismos responsáveis pela edição deste referencial e que, na nossa modesta opinião, mereciam ser corrigidos, até porque não são assim tantos, mesmo que tal viesse a implicar a alteração de diplomas atualmente em vigor.

Porque entendemos que, no âmbito de qualquer processo educativo, um referencial deve constituir-se como referência, enquanto instrumento de apoio que, no âmbito da autonomia de cada estabelecimento de ensino, pode ser utilizado e adaptado em função das opções a definir em cada contexto, enquadrando as práticas a desenvolver, achamos por isso que deveria ter sido dada mais atenção à clarificação de alguns conceitos, dado que a forma como alguns deles estão expressos só ajuda a confundir e a difundir terminologia incorreta, em vez de, como seria desejável, este referencial se constituir como uma referência na área dos riscos.

Por isso e até que nos seja demonstrado cientificamente que estamos errados, continuaremos, em diálogo e no respeito pelos outros, com espírito democrático e pluralista, mas também com sentido crítico e criativo, a tentar contribuir para a Educação para a Cidadania, área na qual se inscrevem os “Referenciais”, por forma a ajudar a formar pessoas conscientes e responsáveis, capazes de pensar por si, de decidir autonomamente e de ser solidárias, ajudando os outros, conhecendo e exercendo não só os seus direitos, mas também os seus deveres.

Palavras-chave: Formação, conhecimento, competência, autonomia, solidariedade.

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POSTERS

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Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Painel 1: Incêndios Florestais e Efeitos no Solo 93

EVOLUÇÃO TEMPORAL DAS PROPRIEDADES QUÍMICAS DO SOLO EM ÁREAS ARDIDAS DE MONTANHA DA REGIÃO MEDITERRÂNEA

Felícia FonsecaCentro de Investigação de Montanha – CIMO/ESA/IPB

Campus de Santa Apolónia, Apartado 1172, 5301-855 Braganç[email protected]

Tomás de FigueiredoCentro de Investigação de Montanha – CIMO/ESA/IPB

Campus de Santa Apolónia, Apartado 1172, 5301-855 Braganç[email protected]

Clotilde NogueiraCentro Ciência Viva de Bragança

Edifício Principal, Rua do Beato Nicolao Dinis, 5300-130 Braganç[email protected]

RESUMO

Os fogos florestais constituem um problema nos ecossistemas mediterrâneos. Muitas das áreas agrícolas abandonadas estão actualmente ocupadas por matos, conduzindo a um aumento da acumulação de biomassa combustível.

Uma das técnicas aplicadas na gestão da vegetação em espaços florestais é o fogo controlado, que visa reduzir o risco de incêndio. Esta técnica não reúne consenso relativamente aos impactos que causa nas propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. O presente trabalho tem como objectivo avaliar a evolução temporal do efeito do fogo controlado em algumas propriedades químicas do solo numa área de matos do Parque Natural de Montesinho (PNM), Nordeste de Portugal.

O PNM ocupa uma superfície de cerca de 75000 ha, estando aproximadamente um terço coberta por matos. Em 11 locais distribuídos aleatoriamente, foram colhidas amostras de solo nas profundidades 0-5, 5-10 e 10-20 cm, antes do fogo controlado, imediatamente após, dois meses, seis meses e três anos após o fogo controlado.

Os resultados obtidos mostram que imediatamente após o fogo controlado há uma redução das bases de troca, com exceção do K+. O teor de matéria orgânica, o potássio e o fósforo extraíveis, a condutividade eléctrica e a acidez de troca aumentaram após a passagem do fogo.

Três anos após o fogo controlado, os valores do grau de saturação em bases e do alumínio de troca, na camada 0-5 cm, apresentam-se significativamente diferentes dos valores determinados antes do fogo. Apesar da severidade do fogo controlado ter sido classificada de baixa, três anos após a sua ocorrência ainda são visíveis os efeitos nas propriedades químicas do solo.

Palavras-chave: Matos, fogo controlado, propriedades químicas do solo.

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Panel 1: Forest Fires and Effects on Soils94

WILDFIRE EFECTS ON SOIL ORGANIC MATTER OF A TYPICAL MEDITERRANEAN FOREST

ABSTRACT

Forest fires are a frequent phenomenon in Mediterranean ecosystems leading to the alteration of soil physical and chemical properties. In particular are well documented the fire induced changes in the composition and properties of soil organic matter (SOM). In addition, post fire soil erosion is usually a dramatic consequence of the above transformations, demanding the implementation of urgent restoration strategies, which needs to be scheduled and monitored. Taking the above considerations in mind, in this communication we report data on the alteration of fire affected soil properties along a time gradient. In August 2012, a wildfire affected a pine forest area (90 ha) in Montellano (Seville, SW Spain; longitude 37.00 º, latitude -5.56 º). Soil types in this area are Rendzic Leptosols and Calcaric Haplic Regosols. Soil samples were collected 1 month and 25 months after the wildfire. Control samples (unaffected by fire) were collected in an adjacent area. Branches, stems, bushes and plant residues on the fire-affected area were removed 16 months after the fire using heavy machinery as part of the post-fire management.

Soil samples were analysed by elemental analysis (C, N and OC), 13C NMR spectroscopy and analytical pyrolysis (Py-GC/MS). The results obtained showed that in the burnt soils taken 2 years after the fire, the total organic carbon (TOC) content decreased drastically compared with the pre-fire status. Similarly, the water holding capacity (WHC) of the burnt soils were reduced, which is probably due to their loss of OC. Heating increased soil pH. Two years after fire this increase of the soil pH was transferred to deeper soil horizons ( ≥10 cm), which is probably related with the leaching of ashes.

Concerning the analytical pyrolysis results, pyrochromatograms of the burnt soils taken two years after the fire were relatively enriched in aromatic compounds, whereas fatty acids and other lipids were reduced. The 13C NMR spectroscopy confirmed the increase in the aromaticity of the burnt SOM. It is assumed that these alterations on the SOM composition are contributing to an enhancement of the risk of soil erosion. Therefore in addition to the alteration of soil properties, it is expected an intensification of soil losses due to erosion. It is currently scheduled the monitoring of erosion risk in the fire affected area during the next years.

Keywords: Wildfire, analytical pyrolysis, 13C NMR spectroscopy.

Marco A. Jiménez-GonzálezInstitute of Natural Resources and

Agrobiology, IRNAS-CSIC,Reina Mercedes Av., 10, 41012, Sevilla (Spain)

MED_Soil Research Group, University of Seville, Sevilla (Spain)

[email protected]

José María De la RosaInstitute of Natural Resources and

Agrobiology, IRNAS-CSIC,Reina Mercedes Av., 10, 41012, Sevilla (Spain)

[email protected]

Nicasio T. Jiménez-MorilloInstitute of Natural Resources and

Agrobiology, IRNAS-CSIC,Reina Mercedes Av., 10, 41012, Sevilla (Spain)

José A. GonzálezInstitute of Natural Resources and

Agrobiology, IRNAS-CSIC,Reina Mercedes Av., 10, 41012, Sevilla (Spain)

Gonzalo AlmendrosMuseo Nacional de Ciencias Naturales, MNCN-CSIC,

Serrano Street, 115b, Madrid (Spain)

Heike KnickerInstitute of Natural Resources and

Agrobiology, IRNAS-CSIC,Reina Mercedes Av., 10, 41012, Sevilla (Spain)

Francisco J. González-VilaInstitute of Natural Resources and

Agrobiology, IRNAS-CSIC,Reina Mercedes Av., 10, 41012, Sevilla (Spain)

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Painel 1: Incêndios Florestais e Efeitos no Solo 95

FIRE OF TAVIRA/SÃO BRÁS DE ALPORTEL – SURVEY AND ANALYSIS

Domingos ViegasCentre for Forest Fire Research (CEIF) of

ADAI- LAETARua Pedro Hispano, 12, PT-3030-289 Coimbra,

Portugal [email protected]

William GabberSagacity Wildfire Services. Hot Springs

South Dakota 57747, USA [email protected]

Rui FigueiredoCentre for Forest Fire Research (CEIF) of

ADAI- LAETA [email protected]

Miguel AlmeidaCentre for Forest Fire Research (CEIF) of

ADAI- LAETA [email protected]

Valeria RevaCentre for Forest Fire Research (CEIF) of

ADAI- LAETA [email protected]

Luis Mário RibeiroCentre for Forest Fire Research (CEIF) of

ADAI- [email protected]

Maria Teresa ViegasCentre for Forest Fire Research (CEIF) of

ADAI- LAETA [email protected]

Ricardo OliveiraCentre for Forest Fire Research (CEIF) of

ADAI- LAETA [email protected]

Jorge RaposoCentre for Forest Fire Research (CEIF) of

ADAI- [email protected]

Eusébio ConceiçãoCentre for Forest Fire Research (CEIF) of

ADAI- [email protected]

ABSTRACT

The fire of Tavira – São Brás de Alportel that occurred in the South of Portugal (Algarve) from 18 to 22 July, 2012, was the largest and most important fire in Portugal during this year. An area of about 24 000 hectares and tens of houses were burnt, huge ecological losses were reported, many agricultural and livestock goods were lost. Fortunately, in spite of some accidents and injuries no human lifes were lost.

The Centre for Forest Fire Research was in charge, by order of the Portuguese Government, to survey this large fire event and elaborate a detailed report on it. Several representatives of the intervening organizations were consulted, including the local population. An exhaustive analysis was made to the operational and environmental conditions in the affected region, which included reference to topography, hydrography, road network, to more than 200 existing small villages inside the area affected by the fire, fuel cover and meterolological conditions. An analysis of the fire behaviour was also made to reconstruct the fire evolution and assess the decisions taken to manage fire supression and population safety. A critical evaluation of the involved actors performance and of the existing fire prevention structure was done. Some suggestions to avoid identical occurrences were proposed.

This presentation will address the most important issues analyzed in the mentioned study giving a special focus to the problems related to the situations in the wildland urban interface and to the reaction of the population to the approach of fire.

.

Keywords: Fire, wild land urban interface, WUI, real fire, survey, Tavira – São Brás de Alportel.

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Panel 1: Forest Fires and Effects on Soils96

EVALUATION OF FIREMEN THERMAL RESPONSE NEARBY A FIRE FRONT

Eusébio ConceiçãoDCTA - FCT – University of Algarve

Campus de Gambelas - 8005-139 FaroCentre for Forest Fire Research (CEIF) of ADAI- LAETA

Rua Pedro Hispano, 12, PT-3030-289 Coimbra, [email protected]

Mª Manuela LúcioFCT – University of Algarve

Campus de Gambelas - 8005-139 [email protected]

Domingos ViegasCentre for Forest Fire Research (CEIF) of ADAI- LAETA

Rua Pedro Hispano, 12, PT-3030-289 Coimbra, [email protected]

Maria Teresa ViegasCentre for Forest Fire Research (CEIF) of ADAI- LAETA

Rua Pedro Hispano, 12, PT-3030-289 Coimbra, [email protected]

ABSTRACT

In this work will be studied the evaluation of firemen thermal response nearby a fire front. It will be used a numerical model, that simulates the human and clothing thermal response, in transient conditions. The numerical model calculated not only the temperature field in the human body tissue, arterial and venous blood and special clothing, but also the blood and tissue mass distribution in the human body and water mass distribution in the body skin and special clothing.

This model considers the human body divided in 25 cylindrical and spherical elements, being each one sub-divided in 12 layers, which could be protected from the external environment through some clothing layers. The computational model of the human body and clothing thermal system is based on the energy balance integral equations for the human body tissue, blood and clothing as well as mass balance integral equations for the blood and transpired water in the skin surface and in the clothing. A thermoregulatory system model was adapted to control the human body tissue temperature.

The radiative heat exchange numerical model between a fire front and the firemen, based in the Mean Radiant Temperature method, considers the view factors between the firemen bodies and the surrounding surfaces and between the firemen sections. The grid generation around the firemen and in the fire front is used to evaluate the view factors.

In the numerical simulations, presented in this study, the firemen thermal response, the firemen comfort conditions and the firemen thermal risk is evaluated. Several usual situations that firemen are subjected in front to the fire front are analyzed in detail.

Keywords: Firemen thermal response, radiant heat transfer, numerical simulation.

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Painel 2: Geotecnologias Aplicadas à Análise e Gestão de Riscos 97

USO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS NO MAPEAMENTO DE INCÊNDIOS FLORESTAIS NO SUDESTE DO BRASIL

Fillipe Tamiozzo Pereira TorresDepartamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa

[email protected]

Sebastião Venâncio MartinsDepartamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa

[email protected]

Geraldo César RochaDepartamento de Geociências da Universidade Federal de Juiz de Fora

[email protected]

Lucas Valente PiresPrefeitura Municipal de Ubá

[email protected]

RESUMO

O objetivo deste estudo foi gerar um mapa de risco à incêndios em vegetação na cidade de Ubá, sul do estado de Minas Gerais, no Brasil. A elaboração do cartograma foi feita a partir do software ArcGIS 10.1, com a geração dos mapas de Declividade, Exposição das Vertentes, Uso e Ocupação do Solo e Proximidades de Vias Públicas. As notas foram atribuídas de 0 à 10 de acordo com a influência dos aspectos sobre as ocorrências.

O cartograma de Uso do Solo foi cruzado com o de Exposição das Vertentes, ambos com pesos iguais gerando o cartograma de facilidade de ignição; este recebeu peso de 66% quando cruzado com a Declividade (peso 34%), gerando a facilidade de propagação. Sobre este cartograma, foram sobrepostas as proximidades às vias de acesso e às áreas edificadas, criando um buffer de 15 metros ao seu redor.

De acordo com os resultados, observa-se que as áreas de maior risco apresentam vegetação herbácea, em declividade superior à 40º, de exposição Norte em ralação ao Sol e próximas a área urbana. Constatou-se que 80% dos incêndios ocorreram em áreas de alto e altíssimo risco, e 5% em áreas de baixo e baixíssimo risco. Estes dados demonstram que o mapa gerado retrata bem a situação dos incêndios em vegetação na zona urbana do município.

Palavras-chave: Geoprocessamento, risco, fogo.

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Panel 2: Geo-technologies applied to the Analysis and Management of Risks98

MAPEAMENTO DAS OCORRÊNCIAS DE INCÊNDIOS EM VEGETAÇÃO NA CIDADE DE JUIZ DE FORA, MG, SUDESTE DO BRASIL

Fillipe Tamiozzo Pereira TorresDepartamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa

[email protected]

Geraldo César RochaDepartamento de Geociências da Universidade Federal de Juiz de Fora

[email protected]

Sebastião Venâncio MartinsDepartamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa

[email protected]

Lucas Valente PiresPrefeitura Municipal de Ubá

[email protected]

RESUMO

O objetivo deste estudo é determinar os níveis de risco a incêndios na cidade de Juiz de Fora, estado de Minas Gerais, Brasil, através do mapeamento dos mesmos de acordo com a área da ocorrência. Os 1.254 incêndios em vegetação observados entre 01/01/2011 e 31/12/2013 foram divididos de acordo com a região de planejamento da prefeitura municipal, sendo os resultados plotados em base cartográfica.

A região Centro apresentou o maior número de ocorrências (518); seguida da região Norte-Noroeste (457); região Leste (261); região Oeste (197); região Nordeste (102); região Sul (94); e em sétimo, a região Sudeste (34). Os mais altos valores da região Centro estão relacionados à maior concentração de pessoas e atividades nesta região, indicando o maior número de ocorrências às margens dos principais fluxos automotivos e em lotes vagos.

Na região Norte-Noroeste, o grande número de ocorrências deve-se a este ser o principal vetor de crescimento urbano, concentrando, além de grande movimentação de veículos, a existência de grandes áreas de pastos ou campos, que favorecem as ocorrências. Nos lotes vagos distribuídos pela área urbana, sobretudo na área central da cidade, prevalece a vegetação herbácea. O tipo de material e o arranjo do mesmo facilitam a ignição e propagação do fogo. O material mais fino, por apresentar menor temperatura de ignição e perder mais rapidamente sua umidade, facilita o início do incêndio e acelera sua propagação.

Palavras-chave: Risco, fogo, mapa.

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Painel 3: Riscos Naturais e Antropogénicos 99

RISCOS E VULNERABILIDADES: O CASO DA PRAIA DE MACAPÁ – LUÍS CORREIA/PI

Francisca Cardoso da Silva LimaUniversidade Estadual do Piauí

[email protected]

Ulisses de Andrade LimaUniversidade Estadual do Piauí

[email protected]

RESUMO

Na costa piauiense, quanto à distribuição espacial, sucedem-se restingas, manguezais, delta, estuários, dunas, recifes e outros ambientes de alta relevância. A preocupação com a integridade e o equilíbrio ambiental da área em estudo decorre do fato de está ameaçada com a aceleração dos processos de erosão e do avanço das águas oceânicas sobre o continente, ocasionando perda de solos, vegetação e fauna. A pesquisa analisou os condicionantes naturais e antrópicos da Praia de Macapá/PI, identificando o nível de vulnerabilidade da área. Procedimentos metodológicos: observação, coleta de dados; entrevistas e relatório final. Os resultados indicam que o processo de avanço das águas oceânicas sobre a linha da costa está relacionado com a dinâmica costeira e da ação antrópica, além de sedimentos oriundos do continente, através do trabalho de deposição e transporte dos rios Cardoso e Camurupim. Identificaram-se impactos que contribuem para a vulnerabilidade da área: desmatamento; diminuição de fluxo hídrico; alteração da salinidade; aumento de evaporação; alterações físico-químicas da água; desaparecimento de espécies e redução do potencial genético.

Palavras-chave: Erosão, solos, impacto.

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Panel 3: Natural and Anthropogenic Risks100

DESESTABILIZAÇÃO DAS ENCOSTAS E O RISCO DOS MOVIMENTOS DE MASSA: UMA ABORDAGEM TEÓRICA E EMPIRICA, COM EXEMPLOS DE CASO NO BRASIL

Maria F. J. L. RamalhoDepartamento de Geografia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

[email protected]

RESUMO

O risco de movimentos de massa por causa de ocupação irregular em núcleos urbanos se apresenta como um dos eventos de ação morfogenética durante os episódios de chuvas extremas, a exemplo do movimento de terra deflagrado no morro de Mãe Luiza, na cidade de Natal, em junho de 2014.

Este trabalho tem como objetivo contribuir, com questões relacionadas à geomorfologia e à climatologia no planejamento urbano, para uma reflexão acerca da imprevisão dos riscos ambientais e da vulnerabilidade social.

Considerando conceitos teóricos e empíricos, a discussão fundamenta-se no recorte temático, buscando visualizar a problemática das encostas ocupadas pelo homem.

Palavras-chave: Ocupação urbana, excedente hídrico, encostas, movimentos de massa.

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Painel 3: Riscos Naturais e Antropogénicos 101

RESUMÉ

Les images radar (ERS, ENVISAT) peuvent détecter la topographie de surface, y compris les structures géologiques majeures comme les failles, les effondrements et les canaux de drainage couverts sous une faible couverture de sable et recelant souvent des ressources en eau. Grâce notamment à la sensibilité de la teneur en eau des sols et grâce à la capacité de pénétration de l’onde radar dans les zones arides, les SAR ont un pouvoir de détection qui peut aller jusqu’à 1 mètre de profondeur et repérer des indices de présence d’eau, d’où leur intérêt pour la détection d’anciens réseaux de drainage enfouis sous le sable. Grâce à leur grande sensibilité à la rugosité de surface, les images radar sont aussi appropriées pour la cartographie géologique comme la détection de structures de surface mais aussi la cartographie d’objets enfouis sous une faible couche de sable (paléo-chenaux). La mise en valeur et l’aménagement des ressources en eau des zones arides nécessitent une étude des systèmes de drainage. Le contexte géologique du secteur d’études, situé au sud-ouest de Riyadh, est caractérisé par des dépôts sédimentaires datant du Mésozoïque et du Cénozoïque. La surface est couverte par des dépôts de calcaire marin. L’étude du système de drainage de cette zone s’est avérée primordiale. L’utilisation de l’imagerie radar satellitaire permet un suivi spatial et temporel, régulier et fin des surfaces, compte tenu de la sensibilité du signal radar aux types et aux propriétés des terrains. La réponse du signal radar est particulièrement sensible à la topographie, à la rugosité et à l’humidité de la surface, ce qui permet de déterminer la répartition spatiale du chevelu hydrographique. L’objectif de cette étude est d’essayer de détecter, extraire et cartographier le système de drainage dans cette région aride à partir des images radar SAR des satellites ERS1/2 et ENVISAT. Pour cela, nous avons produit 9 images multi-dates, entre 1996 et 2009, calibrées, filtrées et géo-référencées avec des résolutions allant de 12,5 à 20 m. Grâce à la détection et l’extraction de linéaments, parfaitement visibles avec des directions constantes et continues, ces images peuvent révéler la présence de phénomènes tels que des failles, des fractures ainsi que des contacts géologiques. Les premiers résultats obtenus montrent l’apport de l’imagerie radar pour la détection de réseaux de drainage mais aussi pour la réalisation de cartes à différentes échelles du système de drainage dans cette région du sud-ouest de Riyadh.

Mots-clés: Système de drainage, zones arides, Radar SAR, Riyadh, Arabie Saoudite.

Hachemi K.Laboratoire de Géographie Physique, UMR

8591 du CNRS,Université Paris-1 et Université Paris-Est

1 place Aristide Briand, 92195 Meudon [email protected]

Daoudi M.Department of Geography & GIS, Faculty of

Arts and HumanitiesKing Abdulaziz University, Jeddah, Saudi

[email protected]

Bamousa A.Department of Geology, Faculty of Sciences,

Taibah UniversityMadinah Mounawarah, Saudi Arabia

[email protected]

ETUDE DU SYSTEME DE DRAINAGE DE LA REGION ARIDE DU SUD-OUEST DE RIYADH A PARTIR DES IMAGES RADAR SAR (ERS, ENVISAT)

Belalia A.Centre de Recherche en Astronomie,

Astrophysique et Géophysique (CRAAG)Division Aléas et Risques Géologiques, Route

de l’Observatoire B.P 63,Bouzareah Alger, Algérie

[email protected]

Ozer A.Dép. de Géographie, Faculté des Sciences

Université de Liège, [email protected]

Kuzucuoglu C.Laboratoire de Géographie Physique, UMR

8591 du CNRS,Université Paris-1 et Université Paris-Est

1 place Aristide Briand, 92195 Meudon [email protected]

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Panel 4: Prevention, Security and Mitigation102

OCORRÊNCIA DE INCÊNDIOS FLORESTAIS NO ARCO DO DESMATAMENTO DA AMAZÔNIA, TENDO COMO OBJETO DE ESTUDO A CIDADE DE FELIZ NATAL, MATO GROSSO, BRASIL

Ana Paula Slovinski de Oliveira CamargoPós-Graduação em Auditoria e Perícia Ambiental pela Faculdade de Sinop – FASIPE

[email protected]

Luciano CamargoPós-Graduação em Auditoria e Perícia Ambiental pela Faculdade de Sinop – FASIPE

[email protected]

Diogo FeistauerProfessor da Pós-graduação na Faculdade de Sinop – FASIPE – Analista Ambiental IBAMA

[email protected]

RESUMO

O objetivo deste estudo é analisar a ocorrência de incêndios florestais para propor medidas mitigadoras de prevenção e controle de incêndios florestais ocorridos na região conhecida como Arco do Desmatamento da Amazônia Brasileira. De acordo com registros de imagens de satélites obtidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, nos últimos anos a região tem sido alvo de queimadas descontroladas com grandes impactos ambientais. A metodologia de análise utilizou dados de satélite dos focos de calor, vistorias em campo, registros fotográficos, entrevistas com moradores da região, além de dados de geoprocessamento e interpretação de imagens de satélites dos anos de 2010 a 2013 na região centro-norte do Mato Grosso, município de Feliz Natal. Foram utilizados dados dos satélites ResourceSat-1/P6LISS3 e LAND SAT 5. Observou-se através das imagens que nos anos 2010 a 2011 não foi registrado focos de calor, e no ano de 2012 houve registros de 1.042 focos. Esta ocorrência se deve à grande quantidade disponível de material combustível acumulado nos períodos de ausência de queimadas. Os dados analisados mostram que os fatores de baixa ocorrência de focos de calor em longos períodos ou anos consecutivos associados a longos períodos de seca ou estiagem prolongadas pode provocar incêndios de grandes proporções, como o que ocorreu no ano de 2012. O monitoramento com o uso de imagens de satélite pode contribuir com ações de prevenção de incêndios na floresta amazônica brasileira.

Palavras-chave: Incêndios florestais, desmatamento da Amazônia, prevenção.

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Painel 5: Análise, Governança e Comunicação de Riscos 103

SPATIO-TEMPORAL VARIABILITY OF FOREST FIRES IN PORTUGAL

Marj ToniniInstitute of Earth Surface Dynamics (IDYST)

Faculty of Geosciences, University of Lausanne, Switzerland [email protected]

Mario PereiraCentro de Investigação e de Tecnologias Agro-Ambientais e Biológicas (CITAB),

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal and Instituto Dom Luiz, IDL, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Lisboa Portugal

[email protected]

Joana ParenteCentro de Investigação e de Tecnologias Agro-Ambientais e Biológicas (CITAB)

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, [email protected]

Carmen Vega OrozcoInstitute of Earth Surface Dynamics (IDYST)

Faculty of Geosciences, University of Lausanne, Switzerland [email protected]

ABSTRACT

The risk of forest fires is very high in Mediterranean regions, and Portugal is one of the most affected countries. An abundance of space-time data series are available here, portraying information of their location, the time of the outbreak and other associated variables such as causes and burned area.

These events present complex patterns that can be analyzed with methods developed for spatio-temporal stochastic point processes, allowing detecting over densities and spatial trends which, in turns, may disclose predisposing factors and address towards prevention and forecasting measures.

To this purpose we applied different statistical methods, as following: 1) the geographically-weighted summary statistics, to explore how fire statistics (e.g. the average burned area) vary in space; 2) the K-function, to infer about the spatial randomness of the mapped events; 3) the space-time K-function, to test the interaction between these two variables; and 4) the space-time kernel density to elaborate smoothed density surface to represent over densities of large and small fires.

Results can help forest managers to answer questions such as: is the spatial location of forest fires influenced by the time of their occurrence? Are events grouped in clusters and if so, where these clusters are localized? Are small and large fires independently distributed or, inversely, the presence of small fires enhances the probability of occurrence of large fires? Is the size of the burned areas related to the ignition date, indicating a seasonality which can vary in space?

Keywords: Forest fires; space-time point processes; over-density.

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PARTICIPANTES

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Abel GomesAdélia NunesAdriana Panhol BaymaAlberto Maia e CostaAna Cristina Meira e CastroAna de FreitasAna Paula Slovinski de Oliveira CamargoAna Zaida Drumond Esteves PinheiroAndré MartinsÂngela Cristina Carvalho Silva SantosAntonio Avelino Batista VieiraAntónio CoelhoAntónio Duarte AmaroAntónio José Bento GonçalvesAntónio Patrício de Sousa Betâmio de Almeida

Belalia AminaBouchahm NoraBruno Manuel Santos Castro Martins

Carina CoelhoCarla Graciana SoaresCarla Maria de Paiva Chaves Lopes CaroçaCarlos CruzCármen do Céu Gonçalves FerreiraCelestina Maria Gago PedrasClaudia NunesCristina Isabel Henriques da Silva PereiraCristina Maria Leite Queirós

Danilo Corral-De-WittDesidério SilvaDomingos Xavier Viegas

Elisa Maria de Jesus da SilvaElvira Fátima de Lima FernandesEsteban Aguirre EnríquezEvylen Sardinha de Araújo

Fátima Velez de CastroFelícia Maria da Silva FonsecaFernando Granja MartinsFernando Ricardo Ferreira FélixFrancisca Cardoso da Silva LimaFrancisco Marujo

Gervásio Barbosa Soares NetoGonçalo Lopes

Hélder Brito RosaHelena Maria FernandezHudson Rodrigues Lima

Iolanda Braga PereiraIlidio Mestre

PARTICIPANTES(inscritos até 25 de outubro de 2015)

João Victor Gonçalves da Silva PereiraJosé Manuel de Brito ViegasJulia Cristina Bonani Faracini

Lidia Esther Romero MartínLilian Elizabeth DieselLuciano LourençoLuis Manuel Guerra NeriLuís Sá

Manuela Fernanda Gomes Moreira da Silva Marco Filipe Neves DiasMaría Augusta Fernández MorenoMaria Custódia Brás dos ReisMaria Francisca de Jesus Lírio RamalhoMaria Manuela Afonso Lopes GouveiaMaria SilvaMário Jorge Modesto Gonzalez PereiraMónica Ferreira

Natália Cordeiro VaraNorma Felicidade Lopes da Silva ValencioNuno André Ramos SimõesNuno Marques

Pedro Dias

Richard MarquesRogério BacalhauRolanda Jesus Rui Graça e CostaRui Manuel Ponce Leão e OliveiraRui Miguel Madeira LançaRui Victorino Machado Queirós

Salvador de Pinho Ferreira de AlmeidaSebastião Venâncio MartinsSilva GomesSilvia José Rosa RibeiroSofia Pires FernandesSoraia Beatriz Cruz de AlmeidaSouidi Zahira

Teima Cristina Vaz RasquinhoTomás de Figueiredo

Valentina CalixtoVitor Vaz PintoVitor Manuel Martins GuerreiroViviana del Rocio Calerón Puedmag

Wagner AlvesWesley de Sousa LimaWilson Fernando Rivera Montesdeoca

Zeineddine Nouaceur

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Participantes

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ÍNDICE DE AUTORES

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ÍNDICE DE AUTORESA. Bamousa 101A. Belalia 101A. Hachemi 56A. Ozer 101Abderahmane Noui 56Adélia Nunes 29, 53Adriana Panhol Bayma 40, 42Alexander Dueñas 67Amine Hafnaoui 56Ana Paula S. de Oliveira Camargo 102Ana Pinheiro 72Ana Teresa Lima 48Angela Santos 55António Bento-Gonçalves 29, 31António Duarte Amaro 84Antonio Hernández Cordero 61António Vieira 29

Benbakakr Hadj Ali 32, 35Bensaid Mosbah 56Bruno Martins 60, 63, 88

C. Kuzucuoglu 101Carita Ponte 62Carla Caroça 73Carla G. Soares 51Carlos Cruz 86Carmen Ferreira 54, 57Carmen Vega Orozco 80, 103Celestina Pedras 33, 36Claudio Henrique Reis 54, 57Clotilde Nogueira 93Cristina Queirós 69, 70, 71Cristina Silva Pereira 51

Danilo Corral de Witt 67Daoudi M. 101Delminda Moura 81Diego Mafla Rivadeneira 44Diogo Feistauer 102Domingos Viegas 95, 96

Edite Reis 62Elisa Silva 33, 36Elvira Fátima de Lima Fernandes 87Emma Pérez-Chacón Espino 61Erivan Germano De Oliviera 40Esteban Aguirre 44Eusébio Conceição 95, 96

FantinaTedim 56Fátima Velez de Castro 47, 50Felícia Fonseca 60, 93

Fernando Félix 29Fernando Martins 33, 34, 36Fillipe Tamiozzo Pereira Torres 97, 98Flora Ferreira-Leite 31Francisca Cardoso da Silva Lima 99Francisco J. González-Vila 94

Geraldo César Rocha 97, 98Gervásio Barbosa Soares Neto 40, 42Gonzalo Almendros 94

Hamimed Abderrahmane 35Heike Knicker 94Helena Fernandez 33, 34, 36Henrique Carvalho 62Henrique Llacer Roig 42Hudson Rodrigues Lima 63, 83, 85

Iolanda Braga Pereira 69, 71Isabel Trigo 34

Jaime Ferreira da Silva 87Jean Pierre Henry Balbaud Ometto 43Joana Parente 80, 103João Victor Silva Pereira 51Jorge Raposo 95José A. González 94José Luís Zêzere 55José María De la Rosa 94José Matamoros Vargas 67José Viegas 81Juliana Araújo Alves 49

K. Hachemi 101Karla Maria Silva de Faria 40

Leví García Romero 61Lidia Esther Romero Martín 61Lígia Torres Silva 49Lilian Elizabeth Diesel 43Lucas Valente Pires 97, 98Luciano Camargo 102Luciano Lourenço 29, 30 31, 41, 47, 53,

63, 74, 85,86, 88, 90Luís Chícharo 48Luis Mário Ribeiro 95Luís Neri 22Luís Pais 81Luis Sá 59

Mª Manuela Lúcio 96Madi Mouhamed Said 56Manuela Moreira da Silva 48, 62

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Autores

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Marco A. Jiménez-González 94Marco Dias 74María Augusta Fernández Moreno 39,44, 67, 68, 82Maria F. J. L. Ramalho 100Maria Gouveia 41Maria João Telhado 59Maria Teresa Viegas 95, 96Mario Pereira 80, 103Marj Tonini 80, 103Marjorie Reinoso Moreno 68Mazinho Valdemar Viana 75Miguel Almeida 95

Natália Vara 69, 70, 71Nicasio T. Jiménez-Morillo 94Nora Bouchahm 56Norma Valêncio 20Nuno Simões 34Nuno Veloso 62

Patrícia Pires 59Paula Cristina A. Cadima Remoaldo 49Paulo Henrique B. Junker Menezes 40, 42Paulo Henriques 59Pedro Coelho 62

Raul Reis Amorim 54, 57Ricardo Oliveira 95

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Authors Index

Romero Bandeira 52Rui Costa 33, 36Rui Figueiredo 95Rui Lança 33, 36Rui Ponce Leão 52Rui Queirós 89

Salvador Almeida 79Sandra Oliveira 29Sebastião Venâncio Martins 97, 98Sofia Fernandes 29, 30Soraia Almeida 33, 36Stefano Babinski Neto 42

Tomás de Figueiredo 60, 93

Ulisses de Andrade Lima 99

Valeria Reva 95Vicente de Paulo da Silva 83, 85Vicentina Socorro da Anunciação 87Viviana Calderón 82

Wesley de Sousa Lima 75William Gabber 95Wilmer López 82Wilson Fernando Rivera Montesdeoca 39, 82Zahira Souidi 32, 35Zeineddine Nouaceur 58

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ÍNDICE DE AUTORES POR APELIDO

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Faro, 4, 5 e 6 de novembro de 2015

Autores

Abderrahmane, Hamimed 35Aguirre, Esteban 44Ali, Benbakakr Hadj 32, 35Almeida, Miguel 95Almeida, Salvador 79Almeida, Soraia 33, 36Almendros, Gonzalo 94Alves, Juliana Araújo 49Amaro, António Duarte 84Amorim, Raul Reis 54, 57Anunciação, Vicentina Socorro da 87

Bamousa, A. 101Bandeira, Romero 52Bayma, Adriana Panhol 40, 42Belalia, A. 101Bento-Gonçalves, António 29, 31Bouchahm, Nora 56

Calderón, Viviana 82Camargo, Ana Paula S. de Oliveira 102Camargo, Luciano 102Caroça, Carla 73Carvalho, Henrique 62Castro, Fátima Velez de 47, 50Chícharo, Luís 48Coelho, Pedro 62Conceição, Eusébio 95, 96Cordero Hernández, Antonio 61Costa, Rui 33, 36Cruz, Carlos 86

Daoudi, M. 101Dias, Marco 74Diesel, Lilian Elizabeth 43Dueñas, Alexander 67

Faria, Karla Maria Silva de 40Feistauer, Diogo 102Félix, Fernando 29Fernandes, Elvira Fátima de Lima 87Fernandes, Sofia 29, 30Fernandez, Helena 33, 34, 36Fernández Moreno, María Augusta 39, 44, 67,

68, 82Ferreira, Carmen 54, 57Ferreira-Leite, Flora 31Figueiredo, Rui 95Figueiredo, Tomás de 60, 93Fonseca, Felícia 60, 93

Gabber, William 95García Romero, Leví 61

González, José A. 94González-Vila, Francisco J. 94Gouveia, Maria 41

Hachemi, A. 56Hachemi, K. 101Hafnaoui, Amine 56Henriques, Paulo 59

Jiménez-González, Marco A. 94Jiménez-Morillo, Nicasio T. 94

Knicker, Heike 94Kuzucuoglu, C. 101

Lança, Rui 33, 36Leão, Rui Ponce 52Lima, Ana Teresa 48Lima, Francisca Cardoso da Silva 99Lima, Hudson Rodrigues 63, 83, 85Lima, Ulisses de Andrade 99Lima, Wesley de Sousa 75López, Wilmer 82Lourenço, Luciano 29, 30, 31, 41, 47, 53,

63, 74, 85, 86, 88, 90Lúcio, Mª Manuela 96

Mafla Rivadeneira, Diego 44Maria João Telhado 59Martins, Bruno 60, 63, 88Martins, Fernando 33, 34, 36Martins, Sebastião Venâncio 97, 98Matamoros Vargas, José 67Menezes, Paulo Henrique B. Junker 40, 42Montesdeoca, Wilson Fernando Rivera 39, 82

Mosbah, Bensaid 56Moura, Delminda 81

Neri, Luís 22Neto, Gervásio Barbosa Soares 40, 42Neto, Stefano Babinski 42Nogueira, Clotilde 93Nouaceur, Zeineddine 58Noui, Abderahmane 56Nunes, Adélia 29, 53

Oliveira, Ricardo 95Oliveira, Sandra 29Oliviera, Erivan Germano de 40Ometto, Jean Pierre Henry Balbaud 43Ozer, A. 101

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Authors Index

Pais, Luís 81Parente, Joana 80, 103Pedras, Celestina 33, 36Pereira, Cristina Silva 51Pereira, Iolanda Braga 69, 71Pereira, João Victor Silva 51Pereira, Mario 80, 103Pérez-Chacón Espino, Emma 61Pinheiro, Ana 72Pires, Lucas Valente 97, 98Pires, Patrícia 59Ponte, Carita 62

Queirós, Cristina 69, 70, 71Queirós, Rui 89

Ramalho, Maria F. J. L. 100Raposo, Jorge 95Reis, Claudio Henrique 54, 57Reis, Edite 62Remoaldo, Paula Cristina A. Cadima 49Reva, Valeria 95Reinoso Moreno, Marjorie 68Ribeiro, Luis Mário 95Rocha, Geraldo César 97, 98Roig, Henrique Llacer 42Romero Martín, Lidia Esther 61Rosa, José María de la 94Sá, Luis 59

Said, Madi Mouhamed 56Santos, Angela 55Silva, Elisa 33, 36Silva, Jaime Ferreira da 87Silva, Lígia Torres 49Silva, Manuela Moreira da 48, 62Silva, Vicente de Paulo da 83, 85Simões, Nuno 34Soares, Carla G. 51Souidi, Zahira 32, 35

Tedim, Fantina 56Tonini, Marj 80, 103Torres, Fillipe Tamiozzo Pereira 97, 98Trigo, Isabel 34

Valêncio, Norma 20Vara, Natália 69, 70, 71Vega Orozco, Carmen 80, 103Veloso, Nuno 62Viana, Mazinho Valdemar 75Viegas, Domingos 95, 96Viegas, José 81Viegas, Maria Teresa 95, 96Vieira, António 29

Witt, Danilo Corral de 67

Zêzere, José Luís 55

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ÍNDICE GERAL

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117

NOTA DE ABERTURA ................................................................ 4

ORGANIZAÇÃO ...................................................................... 7

PROGRAMA .......................................................................... 13

CONFERÊNCIAS ..................................................................... 17

COMUNICAÇÕES ORAIS ............................................................ 25

Painel 1 - Incêndios Florestais e Efeitos no Solo ......................... 27

Painel 2 - Geotecnologias Aplicadas à Análise e Gestão de Riscos .... 37

Painel 3 - Riscos Naturais e Antropogénicos .............................. 45

Painel 4 - Prevenção, Segurança e Mitigação ............................. 65

Painel 5 - Análise, Governança e Comunicação de Riscos .............. 77

POSTERS............................................................................. 91

PARTICIPANTES .................................................................... 105

ÍNDICE DE AUTORES ............................................................... 109

ÍNDICE GERAL ...................................................................... 115

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Índice Geral - Table of Contents

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