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MANUAL DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL Este manual tem por objetivo esclarecer os procedimentos relacionados à identificação criminal solicitados pelas Delegacias de Polícia, pelo Poder Judiciário e demais órgãos interessados. 1. DOCUMENTOS NECESSÁRIOS. 1.1 Delegacias de Polícia BIC (Boletim de Identificação Criminal): O BIC, acompanhado ou não de ofício da autoridade policial, autoriza a identificação datiloscópica e fotográfica, ou seja, havendo BIC não é necessário ofício. São necessárias 02 (duas) vias do BIC. Elas devem ser enviadas ao Setor de Identifcação Criminal, acompanhadas de: a) Relatório de Coleta Papiloscópica (Anexo 1); b) Individual datiloscópica (para fins de arquivamento no Setor de Pesquisa Datiloscópica); e c) Impressões palmares. Com a chegada da documentação será realizado o processamento das fotos. Após isso, o Setor de Identificação Criminal devolverá 01 (uma) via para a Delegacia de origem com a foto devidamente processada e encaminhará a outra para o Setor de Perícia Papiloscópica (AFIS ). O padrão existente no BIC permite a inserção das impressões digitais coletadas no sistema AFIS, compondo o banco de dados para análise e comparação de impressões reveladas em locais de crime. Portanto, é essencial que o mesmo seja feito, substituindo, assim, o ofício (meio anteriormente utilizado para solicitar a identificação). Não sendo possível elaborar o BIC, em caráter excepcional ou por problemas técnicos, pode ser elaborado ofício pela autoridade policial, observando, nesse caso, as seguintes orientações: a) No interior: - Preencher o Relatório de Coleta Papiloscópica (Anexo I). - Coletar as impressões digitais em ficha decadatilar apropriada. - Coletar as impressões palmares. - Enviar toda a documentação (ofício, relatório de coleta papiloscópica, individual datiloscópica, impressões palmares) para o Setor de Identificação Criminal (Rua José

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MANUAL DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL

Este manual tem por objetivo esclarecer os procedimentos relacionados à

identificação criminal solicitados pelas Delegacias de Polícia, pelo Poder Judiciário e

demais órgãos interessados.

1. DOCUMENTOS NECESSÁRIOS.

1.1 Delegacias de Polícia

BIC (Boletim de Identificação Criminal): O BIC, acompanhado ou não de ofício

da autoridade policial, autoriza a identificação datiloscópica e fotográfica, ou seja,

havendo BIC não é necessário ofício.

São necessárias 02 (duas) vias do BIC. Elas devem ser enviadas ao Setor de

Identifcação Criminal, acompanhadas de: a) Relatório de Coleta Papiloscópica (Anexo 1); b) Individual datiloscópica (para fins de arquivamento no Setor de Pesquisa Datiloscópica); e c) Impressões palmares. Com a chegada da documentação será

realizado o processamento das fotos.

Após isso, o Setor de Identificação Criminal devolverá 01 (uma) via para a

Delegacia de origem com a foto devidamente processada e encaminhará a outra para o

Setor de Perícia Papiloscópica (AFIS).

O padrão existente no BIC permite a inserção das impressões digitais coletadas no

sistema AFIS, compondo o banco de dados para análise e comparação de impressões

reveladas em locais de crime. Portanto, é essencial que o mesmo seja feito, substituindo,

assim, o ofício (meio anteriormente utilizado para solicitar a identificação).

Não sendo possível elaborar o BIC, em caráter excepcional ou por problemas

técnicos, pode ser elaborado ofício pela autoridade policial, observando, nesse caso, as

seguintes orientações:

a) No interior:

- Preencher o Relatório de Coleta Papiloscópica (Anexo I).

- Coletar as impressões digitais em ficha decadatilar apropriada.

- Coletar as impressões palmares.

- Enviar toda a documentação (ofício, relatório de coleta papiloscópica, individual

datiloscópica, impressões palmares) para o Setor de Identificação Criminal (Rua José

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Loureiro, 540, térreo, Centro – Curitiba/PR – F.: 3883-8156) via malote.

- Enviar fotos via e-mail (identificaçã[email protected]). As fotos deverão

ter como nomenclatura o nome do indiciado (Ex.: João da Silva – Frente; João da Silva –

Perfil). Deve constar no e-mail a data de envio da documentação pelo malote e o

número do ofício (sendo caso de ofício). O envio de fotos via cartão de memória só

deverá ser feito em caráter excepcional e se o número de fotos for muito elevado.

b) Na Capital

- Entrar em contato com o Setor de Identificação Criminal (f.: 3883-8156; 9205-

4335) para realizar a identificação fotográfica e datiloscópica. Caso haja urgência o ofício

poderá ser enviado via fax e o original entregue em mãos da equipe quando chegar no

local.

1.1.1 – Resumo de procedimentos.

a) Na Capital:

- Imprimir 02 (duas) vias do BIC.

- Solicitar comparecimento de equipe do Setor de Identificação Criminal (f.: 3883-

8156; 9205-4335) ou enviar o BIC preenchido via correio ou malote endereçado ao Setor

de Identificação Criminal para serem atendidos.

- O Setor de Identificação Criminal processará as fotos e devolverá uma via para a

Delegacia.

b) No interior:

- Imprimir 02 (duas) vias do BIC.

- Enviar as 02 (duas) vias do BIC via correio ou malote para o Setor de

Identificação Criminal, acompanhadas da respectiva documentação (relatório de coleta

papiloscópica, individual datiloscópica e impressões palmares)

- Enviar fotos via e-mail (identificaçã[email protected]). As fotos deverão

ter como nomenclatura o nome do indiciado (Ex.: João da Silva – Frente; João da Silva –

Perfil). Deve constar no e-mail a data de envio da documentação pelo malote e o

número do ofício (sendo caso de ofício). O envio de fotos via cartão de memória só

deverá ser feito em caráter excepcional e se o número de fotos for muito elevado.

- O Setor de Identificação Criminal processará as fotos e devolverá uma via para a

Delegacia de Origem.

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1.2 Poder Judiciário e demais órgãos interessados

É comum a solicitação de identificações pelo Poder Judiciário e por outras

instituições como hospitais e fundação de ação social.

Nesses casos a identificação deverá ser solicitada via ofício, seguindo-se as

seguintes orientações:

a) Na Capital:

- O órgão deverá enviar ofício endereçado ao Setor de Identificação Criminal (f.:

3883-8156), solicitando a identificação. Deverá constar, sempre que possível, o suposto

nome da pessoa a ser identificada, principalmente, quando se tratar de pacientes em

hospitais e cadáveres. Caso haja urgência o ofício poderá ser encaminhado via fax e o

original poderá ser entregue em mãos quando a equipe chegar no local da identificação.

- No caso em que o identificando estiver preso, uma equipe do Setor de

Identificação Criminal se deslocará até a unidade e realizará a identificação fotográfica e

papiloscópica.

- No caso em que o identificando estiver em liberdade, deverão ser designados

data e horário para comparecimento do mesmo na Vara Criminal em que tramita o

processo ou na Delegacia de Polícia de origem. A data e o horário deverão ser

informados via fax e o ofício original poderá ser entregue em mãos da equipe que

realizará a identificação.

b) No interior:

- Preencher o Relatório de Coleta Papiloscópica (Anexo I).

- Coletar as impressões digitais em ficha decadatilar apropriada.

- Coletar as impressões palmares.

- Enviar toda a documentação (ofício, relatório de coleta papiloscópica, individual

datiloscópica, impressões palmares) para o Setor de Identificação Criminal (Rua José Loureiro, 540, térreo, Centro – Curitiba/PR – F.: 3883-8156) via malote.

- Enviar fotos via e-mail (identificaçã[email protected]). As fotos deverão

ter como nomenclatura o nome do indiciado (Ex.: João da Silva – Frente; João da Silva –

Perfil). Deve constar no e-mail a data de envio da documentação pelo malote e o

número do ofício (sendo caso de ofício). O envio de fotos via cartão de memória só

deverá ser feito em caráter excepcional e se o número de fotos for muito elevado.

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2. PROCEDIMENTOS GERAIS

2.1 FOTOS

Deverão ser seguidas as seguintes orientações na identificação fotográfica:

1) Devem ser feitas duas fotos, sendo uma de frente e outra do perfil direito do

identificando.

2) As fotos devem ser feitas com a câmera na vertical (imagem 01).

Imagem 01 (Correto) Imagem 02 (Errado)

3) O fundo deve ser branco sempre que possível.

4) As fotos devem focalizar o rosto do identificando (Imagem 03).

Imagem 03 (Correto) Imagem 04 (Errado – Foto muito distante)

5) Objetos que impeçam a identificação, como óculos, bonés, etc, devem ser

retirados. O cabelo do identificando deverá estar solto.

Imagem 05 (Errado – Os óculos deveriam ser retirados; foto muito distante)

6) A qualidade das fotos poderá ser configurada em 1 M (1 Megapixel). Não

havendo essa opção a câmera poderá ser ajustada em 2 M (2 Megapixel).

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2.2 RELATÓRIO DE COLETA PAPILOSCÓPICA

O relatório de coleta papiloscópica é um instrumento que visa registrar dados a

respeito das unidades envolvidas, do apresentado, do apresentante (Ordem de Serviço nº

001/2008) e do papiloscopista responsável pela coleta.

Na parte superior do relatório existe uma caixa de opção a ser assinalada,

conforme seja elaborado BIC ou ofício. Sendo elaborado BIC marca-se a opção “BIC”.

Caso seja elaborado ofício deverá ser marcada a opção “Ofício” e constar o número do

mesmo. Caso seja elaborado ofício e BIC deve prevalecer a marcação do número do

ofício.

A unidade requisitante é aquela que solicitou a identificação (Ex.: Delegacia de

Homicídios – Foz do Iguaçu/PR). Deve ser registrado o nome da unidade e não da

autoridade policial.

No campo local deve constar o nome da unidade em que foi realizada a

identificação (Ex.: Cadeia Pública Laudemir Neves – Foz do Iguaçu/PR).

Referente ao “Apresentado”, no campo nome deve constar o nome completo da

pessoa a ser identificada, sem abreviações. O campo “D.N.” refere-se à data de nascimento do apresentado. Deve constar a assinatura do apresentado, caso o mesmo

seja alfabetizado. Não sendo alfabetizado essa informação poderá ser registrada nesse

campo (Ex.: NÃO ALFABETIZADO). No caso de identificações necropapiloscópicas ou de

pacientes que não estejam conscientes o campo assinatura restará prejudicado.

No campo seguinte deve-se marcar se trata-se de identificação criminal ou civil.

Sendo criminal deverá ser preenchida a infração cometida pelo apresentado. Foram

inseridas caixas de opção no novo modelo de relatório de forma a facilitar o seu

preenchimento com as infrações mais comuns. Logo abaixo, existe o espaço apropriado

para preencher o número do IP ou TC (no caso das unidades solicitantes consistentes em

Delegacias de Polícia) e número de processo (caso se trate de órgão judicial).

Caso se trate de uma identificação civil deverá ser assinalada a opção “( ) Id. Civil”.

No campo observações poderão constar informações referentes ao indiciado

(outros nomes fornecidos, apelidos, outra filiação, etc), ao procedimento de coleta (ex.:

fatores que impossibilitaram a coleta de algum dedo ou influenciaram em sua qualidade,

etc) ou outras informações que se considerem importantes para a identificação do

apresentado.

No campo “Apresentante” deve constar o nome completo, cargo/RG e assinatura

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da pessoa que apresentou o preso, em cumprimento à Ordem de Serviço nº 001/2008. O

apresentante é aquele que traz o preso para que seja realizado o procedimento de

identificação, podendo ser um agente de carceragem, investigador ou escrivão de polícia.

No campo papiloscopista deve constar o nome do papiloscopista responsável pela

coleta, bem como sua assinatura.

2.3 OBSERVAÇÕES

1) Devem ser instaladas em todas as unidades policiais o Boletim de Identificação

Criminal. O download do programa pode ser feito na Área Restrita do Instituto de

Identificação na Seção Outros. Deve ser observado se a plataforma do computador em

que o BIC vai ser instalado é Windows ou Linux. Caso haja problemas na instalação do

BIC no Linux entrar em contato com Lennon (041 – 3883-8185; 3883-8186; 3883-2800).

Existem computadores que precisam de um software adicional (Wine) para que o BIC seja

executado. O técnico solicitará o IP da máquina e via “VNC” instalará esse programa.

2) Quaisquer dúvidas quanto ao preenchimento do Boletim de Identificação

Criminal entrar em contato com o Setor de Identificação Criminal (f.: 3883-8156).

3) O preenchimento do BIC é de responsabilidade do Escrivão da unidade policial.

O BIC pode ser minimamente preenchido, porém devem ser preenchidos,

necessariamente, os seguintes campos:

- 03 (Tipo)

- 05 (Delegacia) - 06 (Cidade) - 07 (UF)

- 08 (Número do Inquérito Policial ou Termo Circunstanciado),- 14 (Data da Expedição do Prontuário), - 15 (Nome Completo do Indiciado), - 17 (Nome do Pai)

- 18 (Nome da mãe)

- 19 (Sexo)

- 20 (Data de nascimento)

- 35 (Infração penal)

- 44 (Nome do Escrivão)

- 45 (Nome do Delegado)

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4) O Boletim de Identificação Criminal deverá ser assinado, necessariamente, pelo

Delegado de Polícia, pelo Escrivão, pelo Papiloscopista responsável e pelo

identificando. Boletins com a ausência de qualquer um desses itens será devolvido para regularização

5) As unidades policiais da Capital deverão solicitar a presença de uma equipe do

Setor de Identificação Criminal (f.: 3883-8156) para realizar a identificação datiloscópica e

fotográfica, quando presentes as situações contidas na Lei 12.037/2009 (Anexo 2) ou

enviar o BIC devidamente preenchido, via malote, endereçado ao Setor de Identificação

Criminal para ser atendido. De posse do BIC a equipe irá se deslocar até a unidade em que o identificando encontra-se preso, para realizar a identificação criminal.

6) O BIC deverá ser impresso em papel branco (necessariamente) e não em

material reciclável para possibilitar a inserção no sistema AFIS, ou seja, a impressão

digital coletada em material reciclável não poderá ser inserida no AFIS.

7) Nas unidades da Capital e Região Metropolitana, após as 19:00 horas as

identificações criminais deverão ser solicitadas ao Plantão do Instituto de Identificação

através dos telefones institucionais: 8821-1067; 8810-3295; 3883-8142; 3883- 8122.

8) Está disponível um modelo de informação (Anexo 3) a respeito da realização da

coleta de impressões e identificação fotográfica, visando esclarecer às autoridades

policiais e judiciárias que o procedimento de identificação não se finda com a coleta, mas

continua e culmina com a elaboração do respectivo laudo ou informação técnica. Essa

informação também tem como finalidade municiar de dados os órgãos policiais e judiciais

sobre o trâmite do procedimento de identificação.