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MANUAL DE ORIENTAÇÃO AO ADVOGADO EM INÍCIO DE CARREIRA Setembro/ 2008

Manual de Orientacao Dos Jovens Advogados

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É um manual bastante importante para o Jovem advogado é inicio de carreira. A sua leitura permitira com que o mesmo possa compreender os procedimentos a seguir pelo advogado iniciante.

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MANUAL DE ORIENTAO AO

ADVOGADO EM INCIO DE CARREIRA

Setembro/2008

ELABORAO E ORGANIZAO

Comisso do Jovem Advogado da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional do Maranho

Presidente: Karine Maria Rodrigues Pereira

Vice-Presidente: George Henrique do Esprito Santo Souza Secretria: Anna Graziella Santana Neiva Costa Membro: Mrcio Arajo SousaMembro: Edme Maria Leite Moreira Lima

Membro: Camilla Rose Ewerton Ferro Ramos

Membro da Comisso Nacional de Apoio ao Advogado em Incio de Careira da Ordem dos

Advogados do Brasil Conselho Federal

Jacques Veloso de Melo

REVISO

JOS GUILHERME CARVALHO ZAGALLO Vice-Presidente do Conselho Seccional

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CONSELHO SECCIONAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - SECCIONAL MARANHO TRINIO 2006/2009

DIRETORIA

JOS CALDAS GOIS PresidenteJOS GUILHERME CARVALHO ZAGALLO Vice-Presidente ANTONIO AMRICO LOBATO GONALVES Secretrio-Geral MARIA DE FTIMA SOUSA BUHATEM Secretria-Geral AdjuntaGERSON SILVA NASCIMENTO Tesoureiro

CONSELHEIROS TITULARES

ADALBERTO FLVIO ARAJO DA S. LEITE ARNOLDO DE ASSIS BASTOSBENEDITO FERREIRA LEMOS CARLOS GUSTAVO BRITO CASTROCARLOS SEABRA DE CARVALHO COELHOCHARLES HENRIQUES MIGUEZ DIAS GILSON RAMALHO DE LIMATALO FBIO GOMES DE AZEVEDO JOANA DARC SILVA SANTIAGO RABELO JOO BATISTA DIASJOUGLAS ABREU BEZERRA JUNIORKLEBER MOREIRALUCYLA GONALVES FRANALUIZ AMRICO HENRIQUES DE CASTRO MARCO AURLIO GONZAGA SANTOS MRIO DE ANDRADE MACIEIRAMARISE GONALVES ABDALLAPETRONIO ALVES MACEDORICARDO LUIS DE ALMEIDA TEIXEIRA SLVIO DINO DE CASTRO E COSTA JNIOR WINDSOR SILVA DOS SANTOS

CONSELHEIROS SUPLENTES

ADRIANO MARTINS DE PAIVA HAROLDO GUIMARES SOARES FILHO

JEZANIAS DO REGO MONTEIRO JOS ALENCAR DE OLIVEIRALGIA PAULA BASTOS CSAR DE OLIVEIRA SANTANALUIS ANTONIO CMARA PEDROSAMARCO ANTONIO COELHO LARAMARIA DA GLRIA COSTA GONALVES DE SOUSA AQUINOMARIA DE FTIMA GONZALEZ LEITE NATACHA VELOSO CERQUEIRAPEDRO JARBAS DA SILVATADEU DE JESUS E SILVA CARVALHO

CONSELHEIROS FEDERAIS

JOS BRITO DE SOUZA RAIMUNDO FERREIRA MARQUES ULISSES CESAR MARTINS DE SOUZA

CONSELHEIROS FEDERAIS SUPLENTES

CARLOS AUGUSTO MACDO COUTO - 1 SuplenteJNIO DE OLIVEIRA - 2 Suplente

CAAMA

CARLOS R. FEITOSA COSTA - Presidente JOS O. DE S C. ROSA - Vice-Presidente CHRISTIAN G. DE OLIVEIRA Sec.-Geral LCIO F. DA R. CASTRO - Sec- Geral Adjunto VANDIR B. BEZERRA FIALHO- Tesoureiro

MEMBROS SUPLENTES CAAMA

FRANCISCO GOMES FEITOSAROSANGELA DE FTIMA ARAUJO GOULAR OTVIO DOS ANJOS RIBEIRO

ESA - JOO BATISTA ERICEIRA DIRETOR GERAL

SUBSEO PEDREIRAS/MA

HELVCIO F. DOS S. FILHO - PRESIDENTE FRANCISCO DAS C. R. NASCIMENTO - VICE FERNANDO A. C. POLARY SEC -GERAL FLORIANO C. DOS R. FILHO SEC. ADJUNTO EDILZA LIMA DE ALENCAR - TESOUREIRA

SUBSEO DE AAILNDIA/MA

ERNO SORVOS - PRESIDENTE ANTNIO BRITO DE MORAES - VICE MARIA A. S. FLORENTINO SEC.-GERAL ANTNIO BORGES NETO SEC. ADJUNTO BENEDITO NABARRO - TESOUREIRO

SUBSEO CAXIAS

JOAO VILANOVA OLIVEIRA - PRESIDENTE ELOISA MARIA DA SILVA VICEJOAO DE SOUSA LEITO FILHO SEC.-GERAL LUZIMAR ALMADA VIANA SEC. ADJUNTOANTNIO CARLOS F. FRAGA - TESOUREIRO

SUBSEO COD

FRANCISCO M. DE SOUSA - PRESIDENTE JOS BARRETO R. DO REGO BARROS VICE JOS RIBAMAR O. CARVALHO SEC.-GERAL BENTO RIBEIRO MAIA SEC. ADJUNTO WAGNER RIBEIRO FERREIRA - TESOUREIRO

SUBSEO PINHEIRO

ANTNIO CARLOS R. VIANA - PRESIDENTE GENIVAL ABRAAO FERREIRA VICEANA LCIA DE SOUSA ARAJO SEC. GERAL MARCELO S. DE O. BARROS SEC. ADJUNTOGILSON FREITAS MARQUES - TESOUREIROBENEDITO A. L. BORGES TES. ADJUNTO

SUBSEO PRESIDENTE DUTRA

MELQUISEDEC M. COSTA - PRESIDENTE YARA SHIRLEY BATISTA DE MACEDO - VICE VALERIANO A. DE OLIVEIRA SEC.-GERAL ANTNIO R. ANDRELINO SEC. ADJUNTO SEZOSTRIS PAE LIMA - TESOUREIRO

SUBSEO BACABAL

ROGRIO ALVES DA SILVA - PRESIDENTE LINALDO ALBINO DA SILVA - VICE

KLEINO CARLOS R. PINTO SEC.-GERAL MARIA LEILA G. DE S. SILVA SEC. ADJUNTO JOS NILSON P. A MOURA - TESOUREIRO

SUBSEO CHAPADINHARAIMUNDO E. A. DE SOUSA - PRESIDENTE LUCIANO DE CARVALHO PEREIRA VICEMARIA THERESA PESSOA LIMA SEC. GERAL TATIANA G. DAL PULPO SEC. ADJUNTABERTILA DE C. AMBROSI - TESOUREIRA

SUBSEO IMPERATRIZ DIRETORIAADAILTON LIMA BEZERRA - PRESIDENTE JOSINEILE PEDROZA MARTINS - VICE VANDIR B. BEZERRA F. JUNIOR SEC. GERALRAIMUNDO JOAO MACHADO SEC.ADJUNTO MARIA DE FATIMA C. ZAFRED - TESOUREIRA

CONSELHEIROS TITULARES

ADALGISA BORGES LUZ SILVAAPARECIDO DONIZETE TEIXEIRA CAMARGO JOSE EDMILSON CARVALHO FILHOMANOEL CARNEIRO SILVAMIGUEL CAMPELO DA SILVA FILHO MIGUEL RODRIGUES DA SILVA

CONSELHEIROS SUPLENTES

ANTONIO NERES DE JESUS E SOUZA JOSE WILLIAM SILVA FREIREMARIA DO SOCORRO LIMEIRA F. R.HAMIDAH MARIO CESAR FONSECA DA CONCEICAO NEIRIVAN RODRIGUES SILVA CHAVES

SUBSEO SANTA INS

ANTNIO NOCOLAU JNIOR - PRESIDENTE DARIO RAPOSO RAMALHO NETO - VICE GISLAINE DE A. R. BARROS SEC.-GERAL AUGUSTO C. COSTA SEC. ADJUNTO FRANKIE RAPOSO SEBA - TESOUREIRO

SUBSEO BALSAS

ALBA MARIA D'ALMEIDA LINS - PRESIDENTE EDILSON ROCHA RIBEIRO VICEBENETINO G. S C. DE SOUSA SEC.-GERAL DBORA R. LEITE SEC. ADJUNTO

ANA CECLIA DELAVY - TESOUREIRA

NDICE

1. APRESENTAO .......................................................................................................... 07

2. CONHECENDO A OAB ................................................................................................. 08 a. CONSELHO FEDERAL ..................................................................................... 08 b. DIRETORIA ........................................................................................................ 09 c. MEMBROS HONORRIOS .............................................................................. 09 d. CONSELHEIROS FEDERAIS ........................................................................... 09 e. ORGOS COLEGIADOS .................................................................................. 09 f.CONSELHOS SECCIONAIS ............................................................................. 10 g. COMISSES ....................................................................................................... 11 h. CAIXA DE ASSISTNCIA ................................................................................ 11 i.ELEIES .......................................................................................................... 12 j.CONSELHEIROS ESTADUAIS ........................................................................ 12 k. COMISSES ....................................................................................................... 13 l.ESA ...................................................................................................................... 133. ADVOCACIA INDIVIDUAL ......................................................................................... 13

3.1. PRINCIPAIS REAS DE ATUAO .............................................................. 14

3.2. TRIBUTAO ................................................................................................... 15

3.2.1. TRIBUTOS FEDERAIS .............................................................. 15

3.2.2. TRIBUTOS ESTADUAIS ........................................................... 16

3.2.3. TRIBUTOS MUNICIPAIS .......................................................... 17

4. SOCIEDADE DO ADVOGADO .................................................................................... 17

4.1.CONSTITUIO ................................................................................................ 18

4.2. TRIBUTAO ................................................................................................... 18

4.2.1. TRIBUTOS FEDERAIS .............................................................. 18

4.2.2. TRIBUTOS ESTADUAIS ........................................................... 21

4.2.3. TRIBUTOS MUNICIPAIS .......................................................... 21

4.3.FORMULAO DE PROCURAO ............................................................... 22

5. HONORRIOS E A FORMULAO DE CONTRATOS DE HONORRIOS .......... 22

6. POSTURA EM AUDINCIA ......................................................................................... 23

6.1. GENERALIDADES ........................................................................................... 23

6.2. INCIDENTES MAIS COMUNS ........................................................................ 29

7. POSTURA NOS TRIBUNAIS ........................................................................................ 31

8. RELACIONAMENTO COM O CLIENTE .................................................................... 32

9. RELACIONAMENTO COM OUTROS ADVOGADOS .............................................. 33

10. MARKETING E PUBLICIDADE .................................................................................. 33

11. PRESTAO DE CONTAS E ARQUIVO DE DOCUMENTOS ................................. 34

12. TICA PROFISSIONAL ................................................................................................ 35

13. PRERROGATIVAS PROFISSIONAIS .......................................................................... 38

14. MODELOS ...................................................................................................................... 43 a. MODELO DE PROCURAO .......................................................................... 43 b.MODELO DE CONTRATO DE HONORRIOS ............................................. 44 c. MODELO DE CONTRATO SOCIAL ................................................................ 48 d. MODELO DE DISTRATO ................................................................................. 57 e. MODELO DE ALTERAO ............................................................................ 59 f.MODELO DE CONTRATO DE ASSOCIAO .............................................. 6215. MOVIMENTAO PROCESSUAL NO ESTADO ...................................................... 65

16. ENDEREOS E TELEFONES TEIS ........................................................................... 67

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1. APRESENTAO

A Comisso de Jovens Advogados tem como objetivo ser o canal de ligao entre, a OAB-MA, o advogado em incio de carreira a academia, e a sociedade, sendo um rgo com a finalidade de traduzir para o advogado iniciante e para o estudante de direito o verdadeiro esprito de ser um advogado, aproximando-o de sua entidade de classe, estimulando a troca de experincias e levando para a OAB a viso do atual acadmico (futuros profissionais de direito) e do advogado iniciante.

Esta comisso, em seu campo de atuao, tem por objetivo realizar propostas bsicas indispensveis ao Estado Democrtico de Direito, a fim de promover a integrao dos jovens advogados com a Ordem dos Advogados do Brasil, alm de incentivar os jovens advogados a participar das questes afetas a sua classe, fomentando a melhora do exerccio da profisso dos advogados em incio de carreira.

Por esta razo, a Comisso aderiu iniciativa da Comisso Nacional de Apoio ao Advogado em Inicio de Carreira do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e resolveu criar uma Cartilha que facilite a vida profissional do advogado iniciante, visando abordar assuntos essenciais para um bom desempenho do causdico.

Os temas constantes da Cartilha vo desde o conhecimento da estrutura da OAB, reas de atuao do advogado, criao de sociedade de advogados, tributaes incidentes at a exposio de modelos, tais como procuraes e contratos.

Por fim, ciente de que o documento no esgota os temas afetos profisso, a Comisso deseja que o presente colabore para a insero dos jovens advogados ao mercado de trabalho.

2. CONHECENDO A OAB

A Ordem dos Advogados do Brasil OAB, servio pblico, dotada de personalidade jurdica e forma federativa, tem por finalidade defender a Constituio, a ordem jurdica do Estado democrtico de direito, os direitos humanos, a justia social, e pugnar pela boa aplicao das leis, pela rpida administrao da justia e pelo aperfeioamento da cultura e das instituies jurdicas, promover, com exclusividade, a representao, a defesa, a seleo e a disciplina dos advogados em toda a Repblica Federativa do Brasil, no mantendo com rgo da Administrao Pblica qualquer vnculo funcional ou hierrquico, sendo privativo o uso da sigla OAB da Ordem dos Advogados do Brasil 1.

A OAB, por constituir servio pblico, goza de imunidade tributria total em relao a seus bens, rendas e servios.

Os atos conclusivos dos rgos da OAB, salvo quando reservados ou de administrao interna, devem ser publicados na imprensa oficial ou afixados no frum, na ntegra ou em resumo.

a. CONSELHO FEDERAL

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil o rgo mximo da OAB, dotado de personalidade jurdica prpria, com sede na capital da Repblica, composto pelos conselheiros federais, integrantes das delegaes de cada unidade federativa, sendo cada delegao formada por trs conselheiros federais, pelos seus ex-presidentes, na qualidade de membros honorrios vitalcios, tendo os mesmos direito apenas a voz nas sesses.

Sua competncia estabelecida no artigo 54 do Estatuto da OAB, destacando-se o cumprimento efetivo s finalidades da OAB; a representao, em juzo ou fora dele, dos interesses coletivos ou individuais dos advogados; a elaborao das listas constitucionalmente previstas, para o preenchimento dos cargos nos tribunais judicirios de mbito nacional ou interestadual, com advogados que estejam em pleno exerccio da profisso, vedada a incluso denome de membro do prprio Conselho ou de outro rgo da OAB; o ajuizamento de ao direta

1 Artigo 44 da Lei 8.906/1994

de inconstitucionalidade de normas legais e atos normativos, ao civil pblica, mandado de segurana coletivo, mandado de injuno e demais aes cuja legitimao lhe seja outorgada por lei; a colaborao com o aperfeioamento dos cursos jurdicos, e opinio, previa, nos pedidos apresentados aos rgos competentes para criao, reconhecimento ou credenciamento desses cursos, bem como a participao de concursos pblicos, nos casos previstos na Constituio e na lei, em todas as suas fases, quando tiverem abrangncia nacional ou interestadual.

b. DIRETORIA

A diretoria do Conselho Federal, assim como dos Conselhos Seccionais composta de Presidente, Vice-Presidente, Secretrio-Geral, Secretrio-Geral Adjunto e Tesoureiro. O Presidente exerce a representao nacional e internacional da OAB, competindo-lhe convocar o Conselho Federal, presidi-lo, represent-lo ativa e passivamente, em juzo ou fora dele, promover-lhe a administrao patrimonial e dar execuo s suas decises. O Regulamento Geral define as atribuies dos membros da Diretoria e a ordem de substituio em caso de vacncia, licena, falta ou impedimento. Nas deliberaes do Conselho Federal, os membros da diretoria votam como membros de suas delegaes, cabendo ao Presidente, apenas o voto de qualidade e o direito de embargar a deciso, se esta no for unnime.

c. MEMBROS HONORRIOS

So membros honorrios vitalcios os seus ex-presidentes, somente com direito a voz em suas sesses.

d. CONSELHEIROS FEDERAIS

Os conselheiros federais so integrantes das delegaes de cada unidade federativa, eleitos por chapa pelos advogados de cada estado nas eleies a cada 3 anos.

e. ORGOS COLEGIADOS

Compem os rgos Colegiados os seguintes rgos de atuao do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil: Conselho Pleno, integrado por trs Conselheiros Federais

das Delegaes de cada Estado brasileiro (oitenta e um Conselheiros) e pelos ex-presidentes (Membros Honorrios Vitalcios), sendo presidido pelo Presidente do Conselho Federal e secretariado pelo Secretrio-Geral; rgo Especial do Conselho Pleno, integrado por um Conselheiro Federal indicado pela prpria Delegao de cada Estado (vinte e sete Conselheiros), sem prejuzo de sua participao no Conselho Pleno, e pelos ex-Presidentes (Membros Honorrios Vitalcios), sendo presidido pelo Vice-Presidente do Conselho Federal e secretariado pelo Secretrio-Geral Adjunto; Primeira, Segunda e Terceira Cmaras, integradas, cada uma, por um Conselheiro Federal de cada Estado, distribudos por deliberao da prpria Delegao.

f. CONSELHOS SECCIONAIS

Os Conselhos Seccionais so dotados de personalidade jurdica prpria e tm jurisdio sobre os respectivos territrios dos Estados-membros, do Distrito Federal e dos Territrios, sendo composto por conselheiros em nmero proporcional ao de seus inscritos, segundo critrios estabelecidos no Regulamento Geral.

O Presidente do Instituto dos Advogados local membro honorrio, somente com direito a voz nas sesses do Conselho. Quando presentes s sesses do Conselho Seccional, o Presidente do Conselho Federal, os Conselheiros Federais integrantes da respectiva delegao, o Presidente da Caixa de Assistncia dos Advogados e os Presidentes das Subsees, tm direito a voz.

Sua competncia estabelecida no artigo 58 da Lei 8.906/1994, destacando-se a edio de seu Regimento Interno e Resolues; a criao das Subsees e da Caixa de Assistncia dos Advogados; a fixao da tabela de honorrios, vlida para todo o territrio estadual; a realizao do Exame de Ordem; a participao na elaborao dos concursos pblicos, em todas as suas fases, nos casos previstos na Constituio e nas leis, no mbito do seu territrio e eleio das listas, constitucionalmente previstas, para preenchimento dos cargos nos tribunais judicirios, no mbito de sua competncia e na forma do Provimento do Conselho Federal, vedada a incluso de membros do prprio Conselho e de qualquer rgo da OAB.

g. COMISSES

O Conselho Federal pode dividir-se em rgos deliberativos e instituir comisses especializadas, para melhor desempenho de suas atividades, podendo ser permanentes, dentre as como a Comisso de Apoio ao Advogado em Incio de Carreira, a Comisso Nacional de Exame da Ordem e a Comisso Nacional de Defesa das Prerrogativas e Valorizao da Advocacia ou temporrias, como por exemplo, a Comisso de Estudo do Sistema Eleitoral e Comisso Especial de Combate ao Crime Organizado.

h. CAIXA DE ASSISTNCIA DOS ADVOGADOS

Com personalidade jurdica prpria, destina-se a prestar assistncia aos inscritos no Conselho Seccional a que se vincule. A Caixa criada e adquire personalidade jurdica com a aprovao e registro de seu Estatuto pelo respectivo Conselho Seccional da OAB, na forma do Regulamento Geral.

A Caixa pode, em benefcio dos advogados, promover a seguridade complementar.

Compete ao Conselho Seccional fixar contribuio obrigatria devida por seus inscritos, destinada manuteno, incidente sobre atos decorrentes do efetivo exerccio da advocacia.

A diretoria da Caixa composta de cinco membros, com atribuies definidas no seu

Regimento Interno.

Cabe Caixa a metade da receita das anuidades recebidas pelo Conselho Seccional, considerado o valor resultante aps as dedues regulamentares obrigatrias.

Em caso de extino ou desativao da Caixa, seu patrimnio se incorpora ao do

Conselho Seccional respectivo.

O Conselho Seccional, mediante voto de dois teros de seus membros, pode intervir na Caixa de Assistncia dos Advogados, no caso de descumprimento de suas finalidades, designando diretoria provisria, enquanto durar a interveno.

i. ELEIES

Conforme estatudo no artigo 63 da Lei 8.906/1994, a eleio dos membros de todos os rgos da OAB ser realizada na segunda quinzena do ms de novembro, do ltimo ano do mandato, mediante cdula nica e votao direta dos advogados regularmente inscritos.

A eleio, na forma e segundo os critrios e procedimentos estabelecidos no Regulamento Geral, de comparecimento obrigatrio para todos os advogados inscritos na OAB. O candidato deve comprovar situao regular junto OAB, no ocupar cargo exonervel ad nutum, no ter sido condenado por infrao disciplinar, salvo reabilitao, e exercer efetivamente a profisso h mais de cinco anos.

Nas eleies so Considerados eleitos os candidatos integrantes da chapa que obtiver a maioria dos votos vlidos. A chapa para o Conselho Seccional deve ser composta dos candidatos ao Conselho e sua Diretoria e, ainda, delegao ao Conselho Federal e Diretoria da Caixa de Assistncia dos Advogados para eleio conjunta.

J a chapa para a Subseo deve ser composta com os candidatos diretoria, e de seu Conselho quando houver. O mandato em qualquer rgo da OAB de trs anos, iniciando-se em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da eleio, salvo o Conselho Federal. Os conselheiros federais eleitos iniciam seus mandatos em primeiro de fevereiro do ano seguinte ao da eleio.

As causas de extino do mandato esto previstas no artigo 66 da Lei 8.906/94.

j. CONSELHEIROS ESTADUAIS

Os Conselheiros Estaduais compem o Conselho Seccional em nmero proporcional ao de seus inscritos, segundo critrios estabelecidos no Regulamento Geral.

O Conselho Seccional exerce e observa, no respectivo territrio, as competncias, vedaes e funes atribudas ao Conselho Federal, no que couber e no mbito de sua competncia material e territorial, e as normas gerais estabelecidas no artigo 58 do Estatuto da OAB, no Regulamento Geral, no Cdigo de tica e Disciplina, e nos Provimentos.

k. COMISSES

O Conselho Estadual, da mesma forma que o Federal, pode dividir-se em rgos deliberativos e instituir comisses especializadas, para melhor desempenho de suas atividades, sendo as mesmas permanentes, dentre as quais se destacam a Comisso de Jovem Advogado, a Comisso de Exame da Ordem e a Comisso de Defesa das Prerrogativas dos Advogados ou temporrias.

l. ESA ESCOLA SUPERIOR DE ADVOCACIA

O objetivo da Escola Superior de Advocacia ADVOGADO JOS VERA-CRUZ SANTANA oferecer aos advogados e advogadas e s diferentes classes profissionais a estrutura cientfica de uma instituio pedaggica para o estudo do Direito e constituir um frum de permanente discusso, atravs de uma reflexo crtica de problemas, em busca de solues adequadas, especialmente de natureza jurdica.

A Escola Superior de Advocacia , tambm, um poderoso veculo de extenso da atuao cultural, poltica e social da OAB-MA. Mais do que isso: um instrumento para concitar os profissionais a refletirem que a formao acadmica no o ltimo passo de um curso superior, seno uma via de constante aperfeioamento, de modo a possibilitar a permanente reciclagem nos diversos ramos do conhecimento jurdico.

3. ADVOCACIA INDIVIDUAL

Como se sabe, a carreira do Advogado visa a representao de empresas, instituies ou pessoas fsicas em aes, processos ou contratos que envolvam clientes, sejam rus, vtimas ou simples interessados.

Assim, tem o Advogado a opo de atuar em diversas reas do Direito. Entre as opes existentes para atuao profissional, podemos exemplificar com as seguintes:

a. PRINCIPAIS REAS DE ATUAO

Direito Civil: esta uma rea muito ampla que se subdivide em Direito das Coisas (propriedade e posse de bens); Direito de Famlia (divrcios, testamentos e heranas); e Direito das Obrigaes (compra, venda, locao e emprstimos);Direito Penal ou Criminal: o trabalho nesta rea envolve a preparao e apresentao de defesa ou acusao em juzo em aes que envolvam crime ou contraveno contra pessoa fsica ou jurdica. O advogado responsvel pela defesa, podendo atuar como assistente na acusao.Direito do Trabalho e Direito Previdencirio: aqui h a representao de pessoas fsicas ou jurdicas em disputas referentes relao entre empregado e empregador em causas ligadas ao contrato de trabalho, previdncia social e aes sindicais.Direito Tributrio: o advogado tributarista trabalha com a aplicao das normas que regulam a arrecadao de impostos e taxas, obrigaes fiscais e tributrias, com bastante atuao nos rgos administrativos municipais, estaduais e federais.Direito Administrativo: nesse campo, visa-se a aplicao de normas e legislaes especficas que regulam as atividades do poder pblico, empresas estatais, autarquias e fundaes pblicas na relao com empresas privadas e com cidados.Direito Ambiental: quem opta por essa especialidade pode trabalhar em ONGs e empresas pblicas ou privadas, atuando em questes que envolvam a relao do homem com o meio ambiente, visando a preservao deste.Direito Comercial: consiste, entre outras coisas, na intermediao das relaes jurdicas que se referem ao comrcio, participando da abertura, funcionamento e encerramento das empresas.Direito do Consumidor : opera-se o direito no campo das relaes jurdicas que envolvam qualquer relao de consumo, visando preservar os direitos dos consumidores em face das empresas que fornecem bens e servios ou da defesa das empresas, para aqueles que focarem sua atuao no mbito do direito empresarial.Direito de Propriedade Intelectual: o profissional atua na rea de direitos autorais, protegendo os autores da falsificao, plgio e roubo de suas obras.

b. TRIBUTAO

O profissional do Direito que exerce sua Advocacia de forma individual, ou seja, como profissional autnomo, no pode deixar de lembrar que no exerccio de sua profisso existem custos tributrios que incidem sobre a sua remunerao.

Assim, importante enumerar os tributos federais, estaduais e municipais que incidem sobre os ganhos quando do recebimento de honorrios:

3.b.1. TRIBUTOS FEDERAIS

9 IMPOSTO DE RENDA PESSOA FSICA

Caso a renda mensal do advogado autnomo seja de at R$ 1.372,81 ( um mil, trezentos e setenta e dois reais e oitenta e um centavos), o que totaliza ao ano a quantia de R$16.473,72 (dezesseis mil, quatrocentos e setenta e trs reais e setenta e dois centavos), no h que se falar em recolhimento de imposto de renda, haja vista que at esta renda anual h iseno do referido imposto.

Porm, excedendo a renda anual da quantia de R$ 16.473,72 (dezesseis mil, quatrocentos e setenta e trs reais e setenta e dois centavos), o advogado autnomo a passa ter, dependendo do valor total de sua renda anual, duas alquotas para tributao do imposto de renda. Vejamos:

Renda anual Alquota Valor a deduzir do IR

At 16.473,72 H iseno R$ 0,00

De 16.473,73 at R$ 32.919,00 15% R$ 2.471,06

A partir de R$ 32.919,01 27,5% R$ 6.585,93

Ressalte-se que a cada ano h modificao dos valores contidos na tabela acima. Assim, os valores que nela constam aplicam-se somente para o exerccio 2009 (ano-calendrio2008). Porm, segue abaixo tabela de valores j aprovados e fixados, atravs da Lei n

11.482/2007, para os exerccios 2010 (ano-calendrio 2009) e 2011 (ano calendrio 2010). Vejamos:

Exerccio 2010 (ano-calendrio 2009):

Renda anual Alquota Valor a deduzir do IR

At R$ 17.215,08 0% R$ 0,00

De R$ 17.215,09 at R$ 34.400,40 15,0% R$ 2.582,28

A partir de 34.400,41 27,5% R$ 6.882,24

Exerccio 2011 (ano-calendrio 2010):

Renda anual Alquota Valor a deduzir do IR

At R$ 17.989,80 0% R$ 0,00

De R$ 17.989,81 at R$ 35.948,40 15,0% R$ 2.698,47

A partir de 35.948,41 27,5% R$ 7.192,02

9 CONTRIBUIO PREVIDENCIRIA - INSS

O advogado individual ou autnomo est enquadrado como contribuinte obrigatrio do INSS e, por essa razo, deve efetuar recolhimento de sua contribuio previdenciria . Tal recolhimento deve ser feito observando o limite do teto do benefcio, com alquota de 11%(onze por cento) sobre sua renda.

No se pode esquecer, tambm, que no caso de advogado contratado por pessoa jurdica na qualidade de autnomo, a responsabilidade do recolhimento da contribuio previdenciria do contratante e deve ser feita na alquota de 20% (vinte por cento) sobre a quantia paga ao profissional.

3.b.2. TRIBUTOS ESTADUAIS

No h que se falar em incidncia de tributos estadual sobre remunerao do advogado individual.

3.b.3. TRIBUTOS MUNICIPAIS

No que se refere tributao municipal sobre a remunerao de advogado individual, o nico imposto que incide o ISS Imposto Sobre Servios. Assim, todo advogado, para o exerccio da advocacia deve, obrigatoriamente, cadastrar-se junto ao Municpio de recolher o referido tributo.

A alquota do ISS no unificada e, portanto, varia de municpio para municpio. Cada Ente Municipal, atravs de uma lei, fixa sua alquota.

Porm, no caso do advogado individual, o Decreto Lei n. 406/67, fixou que o valor a ser recolhido a ttulo de ISS dever ser fixo e no um percentual sobre os valores recebidos. Determinou, ainda, que da mesma forma que as alquotas, esses valores devem ser estabelecidos por cada Municpio, atravs de Lei.

No caso do Municpio de So Luis, segundo o artigo 146, I, c, da Consolidao das Leis Tributrias do Municpio, o valor atual a ser pago por advogado individual de R$ 43,00 (quarenta e trs reais) mensal.

4. SOCIEDADE DE ADVOGADOS

Diante das dificuldades que o mundo moderno apresenta, os advogados tm optado cada vez mais em se reunirem na forma de sociedades. Esta medida tem sido uma sada bastante interessante para os profissionais que pretendem atuar no mercado de forma mais profissional possvel nas mais diversas reas do direito. O compartilhamento de conhecimento e diviso de tarefas so alguns dos benefcios dessa forma de atuao.

Portanto, o profissional que pretende atuar de forma conjunta e regular, deve fazer o registro da sociedade junto a Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil de sua regio.

a. CONSTITUIO

Os detalhes e requisitos para esta forma associativa esto previstos no Provimento n

112/2006 da OAB Nacional e nos artigos 15 a 17 do Estatuto da Advocacia (Lei n 8.906/1994) e arts. 37 a 43 do Regulamento Geral da OAB.

b. TRIBUTAO

Importante questo a ser apreciada pelos advogados que desejem registrar a sociedade de advogados, so os valores relativos aos tributos inerentes sociedade, quais sejam:

4.b.1. TRIBUTOS FEDERAIS

9 IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURDICA

As pessoas jurdicas, por opo ou por determinao legal, so tributadas ou pelo lucro real ou lucro presumido, devendo, anualmente, optar pela sistemtica de apurao.

Lucro real: o lucro lquido do perodo de apurao ajustado pelas adies, excluses ou compensaes prescritas ou autorizadas pelo Regulamento (Decreto Lei 1.598/77, art. 6). A determinao do lucro real ser precedida da apurao do lucro lquido de cada perodo de apurao com observncia das disposies das leis comerciais (Lei 8.981/95, art. 37, 1), ou seja, o resultado da receita bruta apurada, deduzidas as despesas operacionais incorridas, entendendo-se como despesas operacionais, os gastos necessrios para o exerccio da atividade.

Sobre o lucro real apurado incide alquota de 15% (quinze por cento) para determinao do valor do Imposto de Renda devido. Apurando-se um lucro superior a R$240.000,00 no ano, haver sobre o valor excedente um adicional de alquota de 10%(dez por cento), ou seja, haver uma incidncia de 25% sobre os valores que excederem aos R$240.000,00 anuais.

O lucro real tributvel ser determinado anualmente, contudo dever ser efetuado mensalmente um pagamento por estimativa com base nos percentuais de presuno previstos em lei (32% do faturamento), que ser deduzido do valor final a ser apurado ao fim do ano.

O pagamento por estimativa poder ser substitudo pelo pagamento do valor efetivo mediante a realizao de balancetes mensais devidamente registrados na contabilidade e na OAB/MA.

Lucro presumido: a apurao do lucro presumido efetivada mediante aplicao de percentual previsto em lei, ou seja, presume-se um lucro sobre a receita bruta auferida. No caso das sociedades de advogados o percentual de presuno de 32% (trinta e dois por cento) sobre o valor da receita bruta auferida.

A apurao do lucro presumido ser trimestral, aplicando-se sobre este resultado a alquota de 15% (quinze por cento), incidindo o adicional de 10% (dez por cento) sobre os valores que sobejarem R$ 60.000,00 no lucro trimestral apurado. Melhor esclarecendo, apurando-se trimestralmente o lucro aplica-se a alquota de 15%(quinze por cento) sobre este resultado e 25%(vinte e cinco por cento) no que sobejar os R$ 60.000,00 de lucro apurado.

Para facilitar a anlise o IRPJ lucro presumido representa 4,8% (quatro vrgula oito por cento) sobre a receita da sociedade desconsiderando o adicional de 10%(dez por cento) do IR incidente excepcionalmente.

a. A CONTRIBUIO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS

So contribuintes da COFINS as pessoas jurdicas de direito privado em geral, inclusive as pessoas a elas equiparadas pela legislao do Imposto de Renda, exceto as microempresas e as empresas de pequeno porte submetidas ao regime do Simples Federal (Lei9.317/96) e, a partir de 01.07.2007, do Simples Nacional (LC 123/2007).

A COFINS incide mensalmente sobre o faturamento apurado pela sociedade de advogados na alquota geral de 3%(trs por cento) sobre a mesma se a sociedade for optante

pelo lucro presumido ou 7,6%(sete vrgula seis por cento) se a sociedade for optante pelo lucro real, incidente sobre o faturamento, deduzidas despesas com insumos adquiridos para a realizao de sua atividade.

Para as sociedades de advogados que possurem filiais, tanto a apurao, quanto o pagamento das contribuies sero efetuados, obrigatoriamente, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz.

b. PROGRAMA DE INTEGRAO SOCIAL - PIS

So contribuintes do PIS as pessoas jurdicas de direito privado e as que lhe so equiparadas pela legislao do Imposto de Renda, inclusive empresas prestadoras de servios, empresas pblicas e sociedades de economia mista e suas subsidirias, incluindo-se, no caso, as sociedades de advogados, excludas as microempresas e as empresas de pequeno porte submetidas ao regime do Simples Federal (Lei 9.317/96) e, a partir de 01.07.2007, do Simples Nacional (LC 123/2007).

O PIS incide mensalmente sobre o faturamento apurado pela sociedade de advogados na alquota de 0,65%(zero vrgula sessenta e cinco por cento) sobre a mesma se a sociedade for optante pelo lucro presumido ou 1,65% (um vrgula sessenta e cinco por cento) se a sociedade for optante pelo lucro real, sendo, nesse ltimo caso, deduzidas despesas com insumos adquiridos para a realizao de sua atividade.

c. CONTRIBUIO SOCIAL SOBRE O LUCRO CSSL

A contribuio social sobre o lucro lquido (CSSL) foi instituda pela Lei n

7.689/1988.

Aplicam-se CSLL as mesmas normas de apurao e de pagamento estabelecidas para o imposto de renda das pessoas jurdicas, mantidas a base de clculo e as alquotas previstas na legislao em vigor (Lei n 8.981, de 1995, art. 57).

Desta forma, alm do IRPJ, a pessoa jurdica optante pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado dever recolher a Contribuio Social sobre o Lucro Presumido (CSLL), tambm pela forma escolhida.

A CSSL incidir sobre o lucro apurado da sociedade (real ou presumido, na forma detalhada quando tratamos do Imposto de Renda) com a alquota de 9%(nove por cento).

Novamente para facilitar a anlise, destacamos que a CSSL lucro presumido implicar no percentual de 2,8%(dois vrgula oito por cento) sobre a receita auferida.

a. CONTRIBUIO PREVIDENCIRIA - INSS

A contribuio previdenciria incidir mensalmente sobre o valor da folha de salrio, na alquota de 20% (vinte por cento).

A contribuio tambm ser devida, no percentual de 20%(vinte por cento), sobre a remunerao paga ou creditada a qualquer ttulo a pessoa fsica que lhe preste servio sem vnculo empregatcio.

4.b.2. TRIBUTOS ESTADUAIS

No h incidncia

4.b.3. TRIBUTOS MUNICIPAIS

H a incidncia do Imposto sobre Servios. Todo advogado, obrigatoriamente para o exerccio de suas atividades deve se cadastrar junto ao Municpio e recolher o tributo. Ressaltamos que segundo o decreto-lei 406/67, tem o advogado o direito de pagar um valor fixo a ttulo de ISS e no percentuais sobre sua receita.

c. FORMULAO DE PROCURAO

A procurao dever conter os dados bsicos dos scios que compe a sociedade de advogados, indicando o nome de cada scio e, ao final o nome da sociedade, conforme prev o 3 do art. 15 do Estatuto da OAB.

5. HONORRIOS E A FORMULAO DE CONTRATOS DE HONORRIOS

Tanto a elaborao da proposta de honorrios e a formulao de contrato de honorrios dever ser preferencialmente de forma escrita. Aqui, a sociedade de advogados dever levar em conta os seguintes aspectos:

A tabela elaborada pela OAB Regional, que estabelece os preos mnimos para a realizao de cada ato processual ou extrajudicial; Deve conter o valor que est se propondo; Deve especificar, da maneira mais detalhada possvel, o objeto da proposta e do

contrato;

trabalho;

Deve levar em considerao os custos que a sociedade vai ter para a realizao do

Deve levar em considerao a complexidade da tarefa a ser realizada bem como a

importncia do trabalho para o cliente; Devem ser calculados os impostos que sero pagos em cima do valor da nota

fiscal;

Deve constar a data aprazada para o pagamento e as condies em que este

pagamento dever ser realizado; Observar se a conduo dos interesses do cliente se dar em 1, 2 e/ou 3

instncia;

Prever que o cliente efetuar o reembolso das despesas que a sociedade ter para

realizar os atos processuais ou extra-processuais, tais como viagens, cpias, transporte, hospedagem, etc.); Previso de pagamento por parte do cliente das custas e emolumentos, ou previso

de reembolso sociedade caso haja o adiantamento das referidas despesas; Previso de honorrios de xito, se for o caso; Previso de que os honorrios de sucumbncia pertencero exclusivamente sociedade de advogados e em nada se confundem ou se compensam com os honorrios contratuais;

assunto.

O artigo 36 do Cdigo de tica e Disciplina da OAB d mais detalhes sobre o

imperioso destacar que, em caso de substabelecimento, os advogados envolvidos (tanto o substabelecido como quem substabelece) devero ajustar os honorrios e deixar o cliente ciente do pacto.

Por fim, cabe salientar que o contrato escrito tem forma de ttulo executivo extrajudicial, permitindo a execuo de forma direta, sem necessidade de se formar juzo de valor sobre seus termos, sendo a nica garantia que o advogado receba seus honorrios.

6. POSTURA EM AUDINCIA

a. GENERALIDADES

Audincia a reunio de carter processual, realizada nas dependncias do Foro competente para processar e julgar a ao, na qual as partes e seus procuradores comparecem perante o juiz para serem ouvidos e apresentarem suas provas.

Para as aes que comportarem a necessidade de audincia, costuma o juiz designar a data da mesma no momento do despacho saneador, determinando o comparecimento das partes e das testemunhas (art.331). Entretanto, nas aes de rito sumrio, o juiz, ao despachar a petio inicial, j designar a data da audincia de instruo e julgamento (art.277) ocasio em que a parte requerida dever apresentar contestao. A audincia servir para o juiz instruir e julgar. Instruir o processo significa inform-lo atravs da oitiva das partes, das testemunhas e dos peritos. Julgar o processo o ato que o juiz concretiza ao proferir a sentena, embora a lei lhe faculte proferi-la at 10 dias aps a audincia (art.456).

a. CONCILIAO

Determina o Cdigo de Processo Civil que, na audincia de instruo e julgamento, antes do incio da instruo propriamente dita, dever o juiz tentar conciliar as partes (art.448). Nada obstante, ao juiz compete tentar, a qualquer tempo, conciliar as partes (art.125, IV).

A conciliao nada mais que um acordo a realizar-se entre as partes, para a soluo do litgio proposto. Diferencia-se da transao, que tambm um acordo, mas realizada entre as partes em ato extrajudicial (petio especfica) a ser homologada posteriormente pelo juiz da causa.

Referindo-se o objeto da ao a direito patrimonial de carter privado, importante buscar-se a conciliao, pois, como diz o antigo e universal adgio popular, melhor um mau acordo do que uma boa demanda.

O CPC, no art. 331, tambm estimula a conciliao a ser promovida pelo juiz em audincia designada especialmente para esse fim, no prazo mximo de 30 dias, independentemente de audincia de instruo e julgamento prevista no art. 448. Igual providncia contm o Cdigo de tica e Disciplina o qual, no art. 2, Pargrafo nico, II, consigna, como um dos deveres do advogado, estimular a conciliao entre os litigantes, prevenindo, sempre que possvel, a instaurao de litgios.

Pretendendo as partes realizar a conciliao em audincia, no haver necessidade de comparecerem pessoalmente mesma, uma vez que os prprios advogado podero conciliar, desde que tenham poderes especiais para transigir ou acordar.

b. DISPOSIO DAS PARTES QUE INTEGRAM A AUDINCIA

Participam da audincia, alm do juiz, as partes e seus procuradores, as testemunhas, o escrivo e os peritos se tiverem sido requeridos pelas partes. Quanto ao membro do Ministrio Pblico, a lei exige a sua presena obrigatria, mas to-somente a sua intimao (CPC, art. 84 e246).

As pessoas que participaro da audincia devero colocar-se junto mesa de acordo com a seguinte disposio: sentaro direita do Juiz: o agente do Ministrio Pblico, o autor e seu advogado; sentaro esquerda do Juiz: o escrivo, o ru e seu advogado; sentar frente do Juiz a testemunha.

c. ORDEM DOS TRABALHOS NA AUDINCIA

A audincia que, segundo o art. 446 do CPC, deve ser presidida pelo Juiz, tem seu incio determinado pelo prego e, em determinados casos, encerra-se com a sentena. Desta forma, os atos desenvolvidos na audincia consistem nos seguintes:

a) prego: neste nada mais que a convocao das partes, seus advogados e testemunhas, feita em voz alta, pelo oficial de Justia ou pelo escrivo, junto aos corredores ou sala de espera do Foro. Feito o prego, devem as partes dirigir-se sala de audincia e ocupar seus lugares junto mesa segundo a disposio que a cada um nela corresponder ( direita ou esquerda do Juiz).b) tentativa de conciliao: antes de iniciar a instruo deve o Juiz tentar a conciliao das partes, segundo determina o CPC, art. 448. Havendo acordo, este ser tomado por termos nos autos de forma a encerrar o processo, uma vez que a homologao do acordo, pelo Juiz, ter o valor de sentena;c) depoimento pessoal das partes: havendo necessidade do depoimento pessoal das partes, o juiz tomar em primeiro lugar o depoimento do autor da ao e, logo aps, o depoimento do ru;d) depoimento das testemunhas: das testemunhas arroladas pelas partes sero ouvidas inicialmente as testemunhas do autor e, em seguida, as testemunhas do ru;e)debates orais: tendo havido o comparecimento de todas as testemunhas e sido produzidas todas que deveriam ter sido produzidas, o Juiz dar a palavra, sucessivamente, ao advogado do autor e, posteriormente, ao advogado do ru, pelo prazo de 20 minutos para cada um deles. O mesmo tempo ser dado ao representante do Ministrio Pblico, se este funcionar noprocesso.

f) sentena: encerrado o debate ou oferecidos os memoriais, o juiz proferir a sentena logo ou no prazo de 10 dias (art.456).

d. TRANSFERNCIA DA AUDINCIA

Segundo a regra do art. 453 do CPC, a audincia poder ser adiada:

a) por conveno das partes: tendo autor e ru convenincia em adiar a audincia, podero faz-lo mediante requerimento ou petio conjunta endereada ao juiz;

b) em razo da audincia justificada das partes, do perito, das testemunhas ou dos advogados: doena, acidente e outros casos de fora maior que venham a impedir a presena das pessoas que devem participar da audincia constituem motivo bastante para adiar a mesma. O fato de o advogado de uma das partes ter que comparecer a outra audincia no mesmo dia e horrio tambm aceito como justificativa para o adiamento da audincia.

A transferncia da audincia, ao teor do art.29 a art. 453, 3, acarreta, quele que a ela tiver dado causa, a responsabilidade pelo pagamento das despesas que tal adiamento originar.

e. AUDINCIA NO PROCEDIMENTO ORDINRIO

Como j referido, a tentativa de conciliao , antes que uma faculdade, um dever do juiz, que dever ser exercido a todo tempo, no s para efeito de economia processual, mas tambm para o desafogo do judicirio. Trata-se de fato devidamente patenteado em todo e qualquer procedimento judicial, tanto de rito comum ordinrio, quanto comum sumrio ou especial sumarssimo, conforme se ver adiante.

Em assim sendo, consoante diretriz do art. 331, do CPC, no se verificando qualquer hiptese de extino do processo ou de julgamento antecipado da lide, e a causa versar sobre direitos disponveis, o juiz designar audincia de conciliao, a realizar-se no prazo mximo de trinta dias. Nesta audincia, comparecero as partes ou seus procuradores, habilitados a transigir. Havendo conciliao, a mesma ser reduzida a termo e homologada por sentena. No havendo conciliao, o juiz fixar os pontos controvertidos, decidir as questes processuais pendentes e determinar as provas a serem produzidas, designando audincia de instruo e julgamento, se necessrio ( 2).

Na audincia de instruo e julgamento, antes de iniciar a instruo, o juiz tentar conciliar as partes (art. 448). Verificando-se o acordo, ser reduzido a estrito e homologado por sentena. Permanecendo intransigentes as partes, o juiz dar incio instruo, promovendo a produo de provas na seguinte ordem (art.452).

I-o perito e o assistente tcnicos respondero aos quesitos de esclarecimentos, requeridos no prazo e na forma do art. 435;II- depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do ru; III- inquirio das testemunhas.Finda a instruo, o juiz promover o debate, concedendo a palavra ao advogado do autor e ao do ru, bem como ao representante do MP, sucessivamente, pelo prazo de 20 minutos para cada um, prorrogvel por mais 10, a critrio do juiz (art.454).Encerrado o debate ou oferecidos memoriais, o juiz proferir sentena logo ou no prazo de

10 dias (art.456).

f. AUDINCIA NO PROCEDIMENTO SUMRIO

No procedimento regido pelo art.275 e seguintes do CPC, poder haver duas audincias: a de conciliao e a de instruo e julgamento. Entretanto, como tal ocorre como procedimento sumarssimo, somente haver audincia de instruo e julgamento na hiptese de no haver acordo na audincia de conciliao.

Assim, se as partes pretenderem conciliar (promover acordo), no necessitaro comparecer audincia de conciliao, sendo bastante a presena de seus procuradores, que podero acordar, desde que possuam expressos poderes para acordar ou transigir, consoante faculta o 3 do art. 227, verbis:

3 As partes comparecero pessoalmente audincia, podendo fazer-se representar por preposto com poderes para transigir.

Em contrapartida, o no-comparecimento de uma ou de ambas as partes, ou seus respectivos procuradores, audincia de conciliao deve ser entendido como recusa a qualquer acordo.

Na audincia, se for o caso, o juiz, antes de tentar a conciliao, decidir de pleno a impugnao da causa (o ru poder alegar que o valor superior a 40 salrios-mnimos) ou a controvrsia sobre a natureza da demanda (o ru poder alegar que, em razo da matria, a ao proposta no passvel de processamento pelo rito sumrio). Em qualquer das hipteses, o juiz converter o procedimento sumrio em ordinrio ( 4, art. 277).

Entretanto, no obtida a conciliao, oferecer o ru a contestao, escrita ou oral, acompanhada de prova documental e rol de testemunhas. Se tiver requerido percia, desde logo indicar o assistente tcnico e formular os quesitos (art.278). Havendo necessidade de oitiva de testemunhas ou de produo de prova pericial, o juiz designar audincia de instruo e julgamento para data no excedente a trinta dias se no houver pedido de percia ( 2).

Na audincia de instruo e julgamento, suceder-se-o a instruo e os debates orais, ao final dos quais o juiz proferir sentena na prpria audincia ou no prazo de 10 dias (art. 281). Se qualquer das partes agravar de deciso que deferir ou indeferir a produo de provas, ou qualquer outra proferida em audincia, o agravo ser sempre retido (art. 280, III).

g. AUDINCIA NO PROCEDIMENTO SUMARSSIMO

Criado com a finalidade de, sempre que possvel, obter a conciliao ou a transao, os Juizados Especiais Cveis prescrevem, alm da audincia de conciliao, audincia de instruo e julgamento de natureza arbitral ou, no havendo esta, a audincia instruo e julgamento tradicional.

A audincia de conciliao, denominada pela Lei n 9.099/95 de sesso de conciliao, conduzida por um juiz togado ou juiz leigo (recrutado entre advogados com mais de 5 anos de experincia) ou, ainda, por um conciliador (recrutado preferencialmente entre bacharis em Direito). Nesta sesso, obtida a conciliao, ser a mesma reduzida por escrito e homologada pelo juiz togado, mediante sentena que ter eficcia de ttulo executivo (art. 22). No obtida a conciliao, haver uma segunda audincia de instruo e julgamento-que, dependendo da vontade das partes, poder ser submetida ao juzo arbitral ou ao juzo togado.

Se as partes optarem pelo juzo arbitral, a audincia de instruo e julgamento ser conduzida por um rbitro escolhido de comum acordo, devendo o mesmo apresentar o laudo arbitral logo aps a instruo, ou no prazo de 5 dias, ao juiz togado para homologao da sentena irrecorrvel (art. 26).

No se verificando a instaurao do juzo arbitral, proceder-se- imediatamente audincia de instruo e julgamento (conduzida por um juiz togado), ou ser a mesma designada para um dos 15 dias subseqentes. Nesta, o demandado oferecer contestao, escrita ou oral, e as provas que pretende produzir (documental ou testemunhal). Em seguida, o juiz proferir sentena (art. 28).

6.2. INCIDENTES MAIS COMUNS NAS AUDINCIAS

9 AUSNCIA DE TESTEMUNHAS

A testemunha intimada a comparecer audincia ser obrigada a comparecer mesma. Se deixar de faz-lo, sem motivo justificado, e se a parte que a arrolou no dispensar o seu depoimento, ter o juiz que designar nova audincia para a sua oitiva, ocasio em que se proceder a sua conduo forada mesma audincia (conduo debaixo de vara) por oficial de justia (art. 412). Entretanto, se a testemunha que a parte compromete-se a levar audincia, independentemente de intimao, for aquela que no comparecer, presume-se que a parte desistiu de ouvi-la (art. 412, 1).

Em ocorrendo a falta de uma testemunha audincia, este fato, por si s, no impedir o juiz de tomar o depoimento das demais testemunhas que a ela comparecerem.

9 AUSNCIA DO ADVOGADO

No se encontrando presente o advogado da parte contrria nem restado provado o seu impedimento, deve o advogado presente requerer, no incio da audincia, a dispensa de produo das provas requeridas pela parte representada pelo advogado ausente, com fundamento no art. 453, 1 e 2 do CPC.

Entretanto, caso a ausncia do advogado tenha ocorrido em razo de fora maior (acidente de trnsito, mal sbito no momento em que se dirigia audincia etc.)que o impossibilite de justificar com antecedncia a sua falta, tem entendido o STF que a justificativa da sua ausncia pode ser feita aps a audincia se o Juiz ainda no proferiu a sentena. Nesta hiptese, dever o Juiz proceder anulao da audincia anteriormente concluda, de modo a no prejudicar a parte que no teve o seu advogado presente.

9 AUSNCIA DAS PARTES

Se a parte, intimada pessoalmente, no comparecer audincia ou, comparecendo, se recusar a depor, presumir-se-o confessados os fatos contra ela alegados, aplicando-lhe o Juiz a pena de confisso (art. 343, 1 e 2 ).

No comparecendo o autor audincia, embora intimado, e nem suas testemunhas, que deveriam se fazer presentes independentemente de intimao, torna-se plenamente possvel ao juzo passar deciso, sem que isto se constitua em cerceamento de defesa. Ao autor, segundo regra do art. 333, I, do CPC, impe-se o nus de trazer a juzo os fatos constitutivos de seu direito.

A sistemtica atual do processo civil no autoriza a extino do processo por falta de comparecimento das partes audincia de instruo e julgamento. Apregoadas as partes, no comparecendo elas, poder o juiz adiar a audincia, mas, de regra, dispensando ou no a prova requerida pelos faltosos, dever o magistrado levar a audincia a seu termo, eis que as razes das partes j constam do processo, no libelo ou na defesa.

9 O AGRAVO DAS DECISES EM AUDINCIA

Cabe a interposio de agravo retido nos autos das decises interlocutrias proferidas em audincia de instruo e julgamento. Tal recurso poder ser interposto oralmente, no momento da deciso, passando a constar do respectivo termo (art. 523, 3).

seguintes:

Algumas decises que podero ser objeto de agravo retido em audincia so as

a. deciso que aprecia a escusa das testemunhas de prestar depoimento (art. 414, 2);

b. deciso que dispensa testemunha de prestar compromisso legal por ser considerada suspeita em razo de ter-se declarado amiga de ambas as partes ou ter sido empregado de uma das partes;c. deciso que nega qualquer outro tipo de prova, ainda que no especificada no Cdigo, mas moralmente legtima (art. 332);d. deciso que indeferir pedido da parte sobre matria discutida na audincia;

e. deciso que transfere a audincia por entender o juiz indispensvel a presena da parte a tentativa de conciliao, embora esteja o advogado munido de procurao com tais poderes (art. 38 e 447);f.das decises sobre matria probatria, ou proferidas em audincia no procedimento sumrio (art. 280, III).

7. POSTURA NOS TRIBUNAIS

Tendo sido ajustada a conduo de processo(s) no mbito de Tribunais de 2 ou 3 Instncia, importante que o advogado tenha algumas condutas bsicas, analisando-se, em primeiro caso, o Regimento do Tribunal a que se dirige, verificando quais os recursos cabveis de sustentao oral, caso deseje faz-la e em seguida proceda :

a. Elaborao de memoriais sobre a causa. Isso facilitar a compreenso da demanda pelos julgadores e denotar o nvel de comprometimento do profissional, alm de deixar claro que se aposta verdadeiramente no sucesso da tese;b. Entrega dos memoriais em cada um dos gabinetes de Desembargador ou Ministro. O advogado dever verificar com o Secretrio do Gabinete acerca da necessidade de agendamento do horrio da visita;c. Pedido de preferncia nos julgamentos. A sesso de julgamento normalmente extensa, possuindo vrios processos para serem julgados naquela mesma oportunidade. Portanto, a no ser que se queira aguardar o julgamento de outras aes, sugere-se o comparecimento ao setor competente da corte para solicitar a preferncia de julgamento;

d. Na sesso de julgamento, todas as pessoas presentes devem se levantar ao ser anunciada a entrada dos membros da Corte;e. O Presidente da sesso far a abertura. Em seguida, o serventurio da justia responsvel far a leitura da pauta, chamando o primeiro processo.f. Aps a leitura do relatrio, dever o causdico se posicionar frente ao plpito, vestido com as vestes talares, apresentando-se e indicando a parte que defende. Caso esteja atuando em favor do Recorrente da deciso judicial, falar primeiro, caso esteja defendendo os interesses do Recorrido, manifestar-se- aps o Recorrente e dever tratar, de forma sucinta das razes recursais, obedecendo ao prazo estabelecido pelo Tribunal, em regra de 15 a 20 minutos. O advogado poder realizar consulta a notas e apontamentos, devendo evitar a leitura de memoriais, o que, em alguns Tribunais no aceito.g. Encerrada a sustentao oral, defeso s partes ou aos seus patronos intervir no julgamento, sob qualquer pretexto.

8. RELACIONAMENTO COM O CLIENTE

Patrocinar causas justas e honestas , antes de tudo, um dever de todo advogado. O causdico que assim proceder, alm de gozar de alto prestgio na comunidade em que atua, estar tambm granjeando a simpatia dos clientes, colegas e magistrados. Assim sendo, deve o advogado, no primeiro contato com o cliente, procurar inteirar-se de pormenores que podero ajud-lo a constatar se o mesmo est imbudo de boa ou de m-f. o prprio Cdigo de tica e Disciplina que atenta para esta questo quando, no art. 6, determina que defeso ao advogado expor os fatos em juzo falseando deliberadamente a verdade ou estribando-se na m-f.

O Cdigo de tica ainda recomenda que o advogado deve informar o cliente, de forma clara e inequvoca, quando a eventuais riscos da sua pretenso, e das conseqncias que podero advir da demanda (art. 8). Alm disso, deve o advogado:

a. aconselhar o cliente a no ingressar em aventura judicial;

b. estimular a conciliao entre os litigantes, prevenindo, sempre que possvel, a instaurao de litgios;c. abster-se de patrocinar causa contrria tica, moral ou validade de ato jurdico em que tenha colaborado, orientado ou conhecido em consulta; da mesma forma, deve

declinar seu impedimento tico quando tenha sido convidado pela outra parte, se esta lhe houver revelado segredos ou obtido seu parecer (art.20, C.E.D.).

9. RELACIONAMENTO COM OUTROS ADVOGADOS

Importante ressaltar que esse relacionamento parte da parte da premissa de que os clientes se vo, mas os colegas no, ou seja, o advogado no deve confundir a relao entre as partes adversrias e o trabalho desenvolvido pelos causdicos contratados.

Desta forma, deve ser mantido o tratamento cordial, educado e respeitoso para com o colega que est assistindo e defendendo os direitos da parte contrria. A experincia profissional mostrar que o bom relacionamento com os colegas de profisso trar alm dos frutos pessoais, crescimento profissional, pois extremamente comum a indicao de cliente por colegas ou, no mnimo, o atestado de um colega sobre sua competncia profissional ao seu pretenso contratante.

Deve ser lembrado tambm que entre a relao dos profissionais deve ser mantida a tica. Da porque um advogado jamais deve entrar em contato com a parte adversa, acaso essa tenha patrono constitudo.

10. MARKETING E PUBLICIDADE

No tocante a este tpico, no intuito de vedar a mercantilizao da advocacia, a Ordem dos Advogados do Brasil muito rigorosa ao proibir e punir os profissionais que ultrapassam os limites previstos para a publicidade de seus servios.

A publicidade est regulada no Cdigo de tica e Disciplina, mais precisamente nos artigos 28 a 34 deste, que trazem as seguintes consideraes.

proibida a divulgao conjunta da advocacia com outra atividade, independente da natureza comercial, civil, econmica, pblica, privativa ou no lucrativa.

A divulgao deve ser exclusiva e moderada, sem a utilizao de meios promocionais tpicos de atividade mercantil, tais como panfletos. A publicidade restringe-se ao nome, horrios

de atendimento, nmeros de telefone e demais meios de comunicao, ttulos e especialidades na rea jurdica, sendo obrigatria declinao do nmero de registro nos quadros da OAB.

Os advogados, devem se fundamentar nos dispositivos do Cdigo de tica e Disciplina da OAB, principalmente em seus artigos 5, 7, 28, 29 e 31, 1 e Provimento n.94/00, do Conselho Federal da OAB, arts. 4, alneas "d" e "l" e 6, alnea "c".

11. PRESTAO DE CONTAS E ARQUIVO DE DOCUMENTOS

O arquivo de documentos pelo advogado deve ser realizado com imensa cautela e cuidado, sejam os documentos relativos aos autos de seus processos, sejam os documentos administrativos de seu escritrio.

O advogado deve ter todo controle de seus atos, principalmente controle dos documentos produzidos no seu exerccio profissional, essencial que o arquivo seja organizado possibilitando o acesso rpido e eficiente aos documentos, seja para a anlise e exerccio de sua profisso ou para prestar esclarecimentos aos seus clientes.

O advogado deve ter exato controle dos arquivos de processos, arquivos de contratos de honorrios firmados e arquivo das prestaes de contas efetuadas.

importante lembrar que aps a concluso do processo, via de regra, dever o advogado prestar contas ao seu cliente, considerando o contrato de honorrios firmado e manter posteriormente em arquivo o comprovante da prestao de contas.

Devemos lembrar que a ausncia de prestao de contas falta tica grave, apenada com a suspenso do exerccio profissional, portanto o comprovante da referida prestao de contas e o contrato de honorrio respectivo deve ser mantido em arquivo, no mnimo, pelo prazo prescricional de 5 anos prevista no artigo 43 do Estatuto da Advocacia.

12. TICA PROFISSIONAL

A compreenso do papel do advogado passa necessariamente, em razo dos desafios de novos tempos sociais e profissionais, pelo conhecimento e compreenso dos fundamentos ticos. A velocidade das informaes no atual patamar da sociedade, que cada vez mais rapidamente se integra, traz consigo, neste movimento global, incertezas, diversidades de convices e at interpretaes equivocadas sobre conceitos e condutas. A sociedade acadmica, de forma geral, deve entender que a formao tica e a moral de cada um no se aprende e no se ensina nas escolas e mesmo em razo disso no pode e no deve ser negligenciada.

Ao mesmo tempo, estas limitaes no campo pedaggico, sob o olhar da tica profissional, coloca o operador do direito, em especial o advogado, diante de inmeras situaes e oportunidades prticas para exercitar e aprimorar a moral plena, no s a pessoal ou a de seu cliente, mas tambm lhe oportunizada a aprimorar e aperfeioar a liberdade social em busca de uma justia ntegra.

No s a advocacia, mas toda atividade profissional deve ser regida pela tica, seja em busca da finalidade a ser perseguida, seja para justificar a conduta humana tendo em conta os motivos de sua realizao.

A profisso do advogado especialmente regida pela tica. Uma das poucas, seno a nica atividade liberal que, muitas vezes, prestada gratuitamente em nome da f do grau acadmico recebido.

Amparado no principio constitucional, em seu art. 133 que dispe ser o "advogado indispensvel administrao da justia", no podem pairar dvidas o quanto significativa e necessria presena deste profissional na funo social da justia brasileira.

Destarte, alm de caracteres peculiares, o advogado, por ter funo social relevante, deve orientar-se por princpios que prezam pelo bem social, como o princpio da cidadania, da dignidade da pessoa humana, da efetividade, da funo social, da preservao do meio ambiente, da igualdade e da liberdade.

O Estatuto da Advocacia prev em seu artigo 34 as infraes e sanes disciplinares aplicveis aos advogados, quais sejam:

I exercer a profisso, quando impedido de faz-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exerccio aos no inscritos, proibidos ou impedidos;

Lei;

II manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta

receber;

III valer-se de agenciador de causas, mediante participao nos honorrios a

IV angariar ou captar causas, com ou sem a interveno de terceiros;

V assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial que no tenha feito, ou em que no tenha colaborado;

VI advogar contra literal disposio de lei, presumindo-se a boa-f quando fundamentado na inconstitucionalidade, na injustia da lei ou em pronunciamento judicial anterior;

VII violar, sem justa causa, sigilo profissional;

VIII estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorizao do cliente ou cincia do advogado contrrio;

IX prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocnio;

X acarretar, conscientemente, por ato prprio, a anulao ou a nulidade do processo em que funcione;

XI abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comunicao da renncia;

XII recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistncia jurdica, quando nomeado em virtude de impossibilidade da Defensoria Pblica;

XIII fazer publicar na imprensa, desnecessria e habitualmente, alegaes forenses ou relativas a causas pendentes;

XIV deturpar o teor de dispositivo de lei, de citao doutrinria e de julgado, bem como de depoimentos, documentos e alegaes da parte contrria, para confundir o adversrio ou iludir o juiz da causa;

XV fazer, em nome do constituinte, sem autorizao escrita deste, imputao a terceiro de fato definido como crime;

XVI deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinao emanada do rgo ou autoridade da Ordem, em matria da competncia desta, depois de regularmente notificado;

XVII prestar concurso a clientes ou a terceiros para realizao de ato contrrio lei ou destinado a fraud-la;

XVIII solicitar ou receber de constituinte qualquer importncia para aplicao ilcita ou desonesta;

XIX receber valores, da parte contrria ou de terceiro, relacionados com o objeto do mandato, sem expressa autorizao do constituinte;

XX locupletar-se, por qualquer forma, custa do cliente ou da parte adversa, por si ou interposta pessoa;

XXI recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele ou de terceiros por conta dele;

XXII reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em confiana;

XXIII deixar de pagar as contribuies, multas e preos de servios devidos OAB, depois de regularmente notificado a faz-lo;

XXIV incidir em erros reiterados que evidenciem inpcia profissional; XXV manter conduta incompatvel com a advocacia;

XXVI fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrio na OAB; XXVII tornar-se moralmente inidneo para o exerccio da advocacia; XXVIII praticar crime infamante;XXIX praticar, o estagirio, ato excedente de sua habilitao.

As sanes disciplinares decorrentes da prtica de infrao tica consistem em censura, excluso, suspenso e multa. As punies apenas podem ser aplicadas aps o regular processamento do processo disciplinar. O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a infrao, salvo se a falta for cometida perante o Conselho Federal.

Destaca-se que mesmo diante das dificuldades encontradas atualmente na nossa sociedade, assim como no Poder Judicirio Brasileiro, com a justia cada vez mais morosa e lenta, perdendo sua eficcia e efetividade, incompreensvel certas condutas e atitudes de advogados que utilizam meios fraudulentos, meios contrrios lealdade e boa-f, e conseqentemente, contrrios tica e boa moral para obter vantagem.

Assim, a atuao de todo e qualquer profissional deve estar intrinsecamente associada com a tica, agindo sempre com autonomia, sigilo, honestidade, lealdade, probidade, para atingir a funo social a que se destina. Logo, em decorrncia dessas definies legais, observa-se que, como no poderia deixar de ser, o profissional da advocacia deve ter um grande conhecimento dos aspectos ticos de sua profisso, para us-los de forma consciente e social.

13. PRERROGATIVAS PROFISSIONAIS

As prerrogativas profissionais do Advogado, elencadas no art. 7 do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil, so essenciais para o exerccio dirio da advocacia e visam no somente o regular o exerccio profissional mas, tambm, defender o constituinte do advogado.

O Advogado presta verdadeiro servio pblico e exerce funo social, atuando em busca da concretizao da justia e, por essa razo, no h como negar que as prerrogativas profissionais do Advogado so essenciais.

Assim, imprescindvel que todo advogado conhea suas prerrogativas e, por essa razo, de suma importncia enumer-las. Veja:

Art. 7 So direitos do advogado:

I - exercer, com liberdade, a profisso em todo o territrio nacional;

II - ter respeitada, em nome da liberdade de defesa e do sigilo profissional, a inviolabilidade de seu escritrio ou local de trabalho, de seus arquivos e dados, de sua correspondncia e de suas comunicaes, inclusive telefnicas ou afins, salvo caso de busca ou apreenso determinada por magistrado e acompanhada de representante da OAB;II a inviolabilidade de seu escritrio ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondncia escrita, eletrnica, telefnica e telemtica, desde que relativas ao exerccio da advocacia; (Redao dada pela Lei n11.767, de 2008)

III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procurao, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicveis;IV - ter a presena de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exerccio da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicao expressa seccional da OAB;V - no ser recolhido preso, antes de sentena transitada em julgado, seno em sala de Estado Maior, com instalaes e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em priso domiciliar; (Vide ADIN 1127-8)VI - ingressar livremente:

a) nas salas de sesses dos tribunais, mesmo alm dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados;b) nas salas e dependncias de audincias, secretarias, cartrios, ofcios de justia, servios notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prises, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presena de seus titulares;

c) em qualquer edifcio ou recinto em que funcione repartio judicial ou outro servio pblico onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informao til ao exerccio da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado;d) em qualquer assemblia ou reunio de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais;VII - permanecer sentado ou em p e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterior, independentemente de licena;VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horrio previamente marcado ou outra condio, observando- se a ordem de chegada;IX - sustentar oralmente as razes de qualquer recurso ou processo, nas sesses de julgamento, aps o voto do relator, em instncia judicial ou administrativa, pelo prazo de quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido; (Vide ADIN 1127-8)X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer juzo ou tribunal, mediante interveno sumria, para esclarecer equvoco ou dvida surgida em relao a fatos, documentos ou afirmaes que influam no julgamento, bem como para replicar acusao ou censura que lhe forem feitas;XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juzo, tribunal ou autoridade, contra a inobservncia de preceito de lei, regulamento ou regimento;XII - falar, sentado ou em p, em juzo, tribunal ou rgo de deliberao coletiva da

Administrao Pblica ou do Poder Legislativo;

XIII - examinar, em qualquer rgo dos Poderes Judicirio e Legislativo, ou da Administrao Pblica em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procurao, quando no estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obteno de cpias, podendo tomar apontamentos;XIV - examinar em qualquer repartio policial, mesmo sem procurao, autos de flagrante e de inqurito, findos ou em andamento, ainda que conclusos autoridade, podendo copiar peas e tomar apontamentos;XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartrio ou na repartio competente, ou retir-los pelos prazos legais;

XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procurao, pelo prazo de dez dias;XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exerccio da profisso ou em razo dela;XVIII - usar os smbolos privativos da profisso de advogado;

XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional;XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguardando prego para ato judicial, aps trinta minutos do horrio designado e ao qual ainda no tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicao protocolizada em juzo. 1 No se aplica o disposto nos incisos XV e XVI:

1) aos processos sob regime de segredo de justia;

2) quando existirem nos autos documentos originais de difcil restaurao ou ocorrer circunstncia relevante que justifique a permanncia dos autos no cartrio, secretaria ou repartio, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofcio, mediante representao ou a requerimento da parte interessada;3) at o encerramento do processo, ao advogado que houver deixado de devolver os respectivos autos no prazo legal, e s o fizer depois de intimado. 2 O advogado tem imunidade profissional, no constituindo injria, difamao ou desacato punveis qualquer manifestao de sua parte, no exerccio de sua atividade, em juzo ou fora dele, sem prejuzo das sanes disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer. (Vide ADIN 1127-8) 3 O advogado somente poder ser preso em flagrante, por motivo de exerccio da profisso, em caso de crime inafianvel, observado o disposto no inciso IV deste artigo. 4 O Poder Judicirio e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fruns, tribunais, delegacias de polcia e presdios, salas especiais permanentes para os advogados, com uso e controle assegurados OAB. (Vide ADIN 1127-8) 5 No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exerccio da profisso ou de cargo ou funo de rgo da OAB, o conselho competente deve promover o desagravo pblico do ofendido, sem prejuzo da responsabilidade criminal em que incorrer o infrator.

6o Presentes indcios de autoria e materialidade da prtica de crime por parte de advogado, a autoridade judiciria competente poder decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em deciso motivada, expedindo mandado de busca e apreenso, especfico e pormenorizado, a ser cumprido na presena de representante da OAB, sendo, em qualquer hiptese, vedada a utilizao dos documentos, das mdias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informaes sobre clientes. (Includo pela Lei n 11.767, de 2008) 7o A ressalva constante do 6o deste artigo no se estende a clientes do advogado averiguado que estejam sendo formalmente investigados como seus partcipes ou co- autores pela prtica do mesmo crime que deu causa quebra da inviolabilidade. (Includo pela Lei n 11.767, de 2008) 8o (VETADO) (Includo pela Lei n 11.767, de 2008)

9o (VETADO) (Includo pela Lei n 11.767, de 2008).

Por fim, no pode ser esquecido que dever de todo advogado, individualmente, independente da interveno da OAB, lutar pelo respeito s prerrogativas acima descritas.

14. MODELOS

a. MODELO DE PROCURAO AD JUDICIA

OUTORGANTE: (nome completo e por extenso), nacionalidade............. , estado civil............, profisso.............. , residente e domiciliado na Rua.................. n....... , na cidade de............., Estado de.......... .

OUTORGADO: (nome completo e por extenso), nacionalidade........................... , estado Civil

................ , advogado, OAB/MA, n........, com escritrio nesta cidade, na Rua .................. n ......

, integrante da Sociedade de Advogados ................................, inscrita na OAB/MA sob o n ..... (se integrar sociedade de advogados);

Pelo presente instrumento particular de procurao, o outorgante nomeia e constitui seu bastante procurador o outorgado, para o fim especial de agir judicialmente contra.................. , residente em...................... , promovendo quaisquer medidas judiciais neces-srias garantia dos direitos e interesses do outorgante, pro-pondo contra o mesmo as aes que julgar convenientes, defend- lo nas que porventura por ele lhe sejam propostas, para o que lhe confere os poderes da clusula ad judicia, podendo ainda seu dito advogado transigir, confessar, desistir, receber e dar quitao e firmar compromisso*, bem como substabelecer, com ou sem reserva.

.......................... , ......... de .................. de 200....

OUTORGANTE

* Na hiptese de a procurao conter estes poderes especiais, h necessidade de reconhecimento de firma do outorgante.

b. MODELO DE CONTRATO DE HONORRIOS

INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONTRATO DE PRESTAO DE SERVIOS ADVOCATCIOS QUE ENTRE SI CELEBRAM, DE UM LADO, EDE OUTRO

So partes do presente INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONTRATO DE PRESTAO DE SERVIOS ADVOCATCIOS, de um lado doravante designada simplesmente CONTRATANTE,

OUTORGANTE: (nome completo e por extenso), nacionalidade............. , estado civil............ , profisso.............. , residente e domiciliado na Rua.................. n....... , na cidade de............. , Estado de.......... .

e, de outro lado, doravante designado simplesmente CONTRATADO,

OUTORGADO:(nome completo e por extenso), nacionalidade........................... , estado civil................ , advogado, OAB/..., n........, com escritrio nesta cidade, na Rua .................. n......

tm entre si justo e acordado o que segue, o que prometem cumprir por si e sucessores na forma da Lei e das clusulas que seguem:

CLUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO

1.1 Constitui objeto do presente CONTRATO DE PRESTAO DE SERVIOS DE ADVOCACIA, a contratao, pela CONTRATANTE, dos servios advocatcios para XXXXXXXXXXXXXXXXXX, doravante denominados simplesmente SERVIOS.

1.2 As partes acordam que a celebrao e vigncia do presente contrato constituem fatos impeditivos e excludentes para que o CONTRATADO oriente, patrocine ou advogue causas que possam prejudicar os interesses da CONTRATANTE, abstendo-se de faz-lo, direta ou indiretamente, salvo quando autorizado, por escrito, por este ltimo, que examinar, a seu nico e exclusivo critrio, as situaes de conflitos de interesses.

CLUSULA SEGUNDA - DAS OBRIGAES DO CONTRATADO

2.1 Constituem obrigaes do CONTRATADO:

2.1.1 Prestar os SERVIOS de acordo com as disposies deste contrato.

2.1.2Efetuar o pagamento e o recolhimento de quaisquer tributos, encargos ou contribuies, inclusive parafiscais que incidam ou venham a incidir sobre o objeto deste contrato, tenha ou no sido considerados em sua proposta.

2.1.3Manter cpia de todos os instrumentos confeccionados, bem como comprovantes das despesas e gastos que realizar.

CLUSULA TERCEIRA - DAS OBRIGAES DA CONTRATANTE

3.1 Constituem obrigaes da CONTRATANTE

3.1.1 Entregar ao CONTRATADO, os documentos necessrios prestao dos

SERVIOS previstos no item 1.1.

3.1.2Reembolsar o CONTRATADO das despesas comprovadamente efetuadas com xerocpias, autenticaes, envio de documentos pelos correios e outras que se faam necessrias, excetuando-se aquelas relacionadas regular confeco dos instrumentos, termos e escrituras, despesas habituais como fac-smile e telefonemas.3.1.3 As taxas, custas, emolumentos e despesas cartoriais que o CONTRATADO

porventura tiver de recolher em decorrncia da realizao dos SERVIOS, sero

igualmente reembolsadas pelo CONTRATANTE, mediante comprovante ou previamente pagas pelo CONTRATANTE, conforme o caso.

3.2 Todas as demais despesas no previstas neste instrumento sero previamente negociadas entre os contratantes.

CLUSULA QUARTA - DA SUBCONTRATAO E/OU CESSO DO CONTRATO

4.1 O CONTRATADO no poder substabelecer, no todo ou em parte, ceder suas obrigaes e/ou diretos oriundos do presente contrato, sem a prvia e escrita autorizao da CONTRATANTE.

CLUSULA QUINTA PROPRIEDADE E SIGILO

5.1 Todos os dados, informaes e pesquisas prestados e desenvolvidos em funo deste contrato so de propriedade da CONTRATANTE, sendo defeso ao CONTRATADO, discutir perante terceiros, usar, divulgar, revelar, reproduzir ou dispor dos mesmos.CLUSULA SEXTA - DA REMUNERAO

6.1 Pelo fiel e integral cumprimento das obrigaes contratuais referentes aos SERVIOS efetivamente prestados e aceitos, a CONTRATANTE pagar ao CONTRATADO XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

3.2.

6.7 - Esto excludos do valor acima os custos e despesas previstas nos itens 3.1.2, 3.1.3 e

CLUSULA STIMA - DENNCIA

7.1 As PARTES podero denunciar o presente Contrato, a qualquer tempo, mediante comunicao prvia outra Parte de sua inteno de rescindir a avena, no mnimo, 60 (sessenta) dias, sem prejuzo do pagamento dos honorrios proporcionais ao servio prestado, consoante legislao profissional aplicvel.

7.1 A qualquer a CONTRATANTE poder requerer a alterao contratual de cobrana por ato para cobrana mensal.

CLUSULA OITAVA - VALIDADE

8.1 O presente CONTRATO ter validade de XXXXXXXXXXXXX, renovando-se automaticamente, por igual prazo, caso no haja interesse na resciso do mesmo por uma das partes.

CLUSULA NONA - FORO

9.1 As partes contratantes elegem o foro da cidade de So Lus - MA, com renncia expressa de qualquer outro, por mais privilegiado que seja, para dirimir quaisquer dvidas decorrentes do presente contrato e sua execuo.

E, por estarem assim justas e acordadas, as partes assinam o presente instrumento em 02 (duas) vias de igual teor e para um s efeito, na presena das testemunhas abaixo.

So Lus - MA, de de 20 .

OUTORGADO OUTORGANTETESTEMUNHAS:

c. MODELO DE CONTRATO SOCIAL

CONTRATO SOCIAL DA SOCIEDADE DE ADVOGADOS2...........................

a) [inserir nome completo, nacionalidade, estado civil (se casado, indicar o regime de bens)], inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Seo do Estado do Maranho, sob o n. ......... e no CPF sob o n ......................, residente e domiciliado na Rua ............., n ........., na cidade....................., Estado.........., CEP.........., Telefone.........; e

b) [inserir nome completo, nacionalidade, estado civil (se casado, indicar o regime de bens)], inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Seo do Estado do Maranho, sob o n. ......... e no CPF sob o n ......................, residente e domiciliado na Rua ............., n ........., na cidade....................., Estado.......... , CEP.........., Telefone.........;

resolvem nesta oportunidade e na melhor forma de direito constituir uma sociedade de advogados, doravante designada simplesmente Sociedade, que se reger pelo Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil (EAOAB), por seu Regulamento Geral, pelo Provimento n 112/2006, do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, e pelos seguintes termos e condies:

DA RAZO SOCIAL - CLUSULA PRIMEIRA: A Sociedade utilizar a razo social ........................... [NOTA 01: A) a razo social dever conter o nome completo ou patronmico dos scios, ou pelo menos de um deles, responsveis pela administrao, seguido da expresso Advogados, Advogados Associados, Sociedade de Advogados, Advocacia ou similar; B) terminantemente proibida a utilizao de siglas ou denominao de fantasia ou das caractersticas mercantis; c) proibida tambm a utilizao da abreviatura S.C. ou qualquer referncia a Sociedade Civil na razo social.]

Pargrafo nico: Em caso de falecimento de scio que tenha dado nome sociedade, a razo social no sofrer alterao.

2 Modelo de Contrato elaborado pela Comisso de Sociedade de Advogados da OAB/MA, disponvel em http://www.oabma.org.br/ExibirComissao.aspx?id=20

[Pargrafo alternativo: Em caso de falecimento de scio que tenha dado nome sociedade, os demais scios devero celebrar alterao contratual, para modificar a razo social, de modo a excluir o nome do scio falecido.]

DA SEDE

CLUSULA SEGUNDA: A Sociedade tem sede na [inserir endereo completo], na cidade de

....................., Estado do Maranho, CEP [inserir CEP confirmado junto aos correios no site:

www.correios.com.br].

Pargrafo nico: A Sociedade poder abrir filiais em qualquer outra cidade do territrio nacional, na forma que vierem a deliberar os scios, devendo nesta hiptese averbar o ato de constituio da filial junto ao registro da sociedade e arquiv-lo tambm junto ao Conselho Seccional onde se instalar, ficando obrigados a inscrio suplementar os advogados que ali devam atuar.

DO OBJETO

CLUSULA TERCEIRA: A Sociedade ter como objeto exclusivo viabilizar a seus scios e advogados ela vinculados, a prestao de servios de advocacia, sendo expressamente vedado o desenvolvimento de qualquer outra atividade estranha a esse objeto. [NOTA 02: A) terminantemente proibida a vinculao da sociedade a qualquer outra atividade estranha advocacia, principalmente mercantil, conforme determina o art. 16 da Lei n 8.906/94 (EOAB).]

DO PRAZO

CLUSULA QUARTA: O prazo de durao da Sociedade indeterminado, tendo iniciado em suas atividades em [completar com data de incio das atividades].

[CLUSULA FACULTATIVA: Na hiptese de os scios decidirem extinguir a sociedade, ser levantado o Balano de Encerramento e divididos os haveres e deveres na proporo da participao de cada qual no capital social.

Pargrafo nico: O pagamento integral dever ocorrer no prazo mximo de 90 (noventa) dias aps o fechamento do Balano de Encerramento.]

DO CAPITAL SOCIALCLUSULA QUINTA: O capital social, inteiramente subscrito e integralizado nesta oportunidade, de R$ ............... (............), dividido em .......... (....) quotas, com valor nominal de R$ ........ (....) cada uma, distribudo entre os scios da seguinte forma:

SciosQuotasValor (R$)

.....................

.....................

.....................

Total..............

[NOTA 03: se o capital social no tiver sido totalmente integralizado (vale dizer: pago), o contrato social dever estabelecer o termo final para a efetivao desse pagamento e indicar como ele ser realizado (por exemplo, em moeda corrente e/ou em bens)]

DA RESPONSABILIDADE DOS SCIOS

CLUSULA SEXTA: Alm da prpria Sociedade, cada scio tambm responder subsidiria e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes, por ao ou omisso no exerccio da advocacia, sem prejuzo da responsabilidade disciplinar em que possa incorrer.

Pargrafo nico: Se os bens da sociedade no cobrirem as dvidas, respondero os scios pelo saldo, na proporo em que participem das perdas sociais.

[Pargrafo alternativo: Se os bens da sociedade no cobrirem as dvidas, respondero os scios pelo saldo, de forma solidria.]

DA ADMINISTRAO

CLUSULA STIMA: Todos os scios so considerados administradores, podendo praticar atos de gesto em conjunto ou isoladamente. Para a venda de bens imveis e para a assuno de obrigaes em valor superior a R$ ........... (............) ser necessria a anuncia expressa da unanimidade dos scios.

[CLUSULA ALTERNATIVA: A administrao dos negcios sociais cabe(m) ao(s) scio(s) [indicar o nome completo do(s) scios(s) administrador(es)], que usar (usaro) o ttulo de Scio(s)-Administrador(es).

[Pargrafo Alternativo 01 para o caso de haver mais de um scio administrador: Os Scios Administradores podero praticar, em conjunto ou separadamente, todo e qualquer ato regular de gesto.]

[Pargrafo Alternativo 02 para o caso de haver mais de um scio administrador: Os Scios Administradores podero agir em conjunto ou separadamente, salvo com relao aos seguintes atos, que s podero ser praticados com o consentimento expresso de, no mnimo, dois scios: (completar com listas dos atos que requerem a aprovao de mais de um scio).]

Pargrafo Segundo: absolutamente vedado, sendo nulo e ineficaz em relao Sociedade, o uso da razo social para fins e objetivos estranhos s atividades e interesses sociais, inclusive prestao de avais, fianas e outros atos gratuitos, mesmo que em benefcio dos prprios scios.

Pargrafo Terceiro: Sero atribudos pro labore mensais aos Scios Administradores, fixados de comum acordo pelos Scios.

Pargrafo Quarto: Os scio