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Manual-De Pratica Cartoraria e Resolucao CPJ N-01-2010

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Concurso do MPPB

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  • MANUAL DE PRTICASCARTORRIAS DO MPPB

    Ministrio Pblico do Estado da ParabaProcuradoria-Geral de Justia

    Centro de Estudos e Aperfeioamento Funcional

    Joo Pessoa2012

  • MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DA PARABAPROCURADORIA-GERAL DE JUSTIACENTRO DE ESTUDOS E APERFEIOAMENTO FUNCIONAL - CEAF

    PROCURADOR-GERAL DE JUSTIAOswaldo Trigueiro do Valle Filho

    1 SUBPROCURADOR-GERAL DE JUSTIANelson Antnio Cavalcante Lemos

    2 SUBPROCURADORA-GERAL DE JUSTIAKtia Rejane Medeiros Lira Lemos

    CORREGEDOR-GERAL DO MPPBAlcides Orlando de Moura Jansen

    SECRETRIO-GERALFrancisco Lianza Neto

    COMISSO DE ELABORAOMembros: Cristiana Ferreira M. Cabral de Vasconcellos

    Francisco Serphico da Nbrega FilhoServidores: Ana Valquria de A. Macedo

    Jonatha Vieira de SousaLlian Machado Raimundo de LimaMaria Josilene Oliveira Trajano dos SantosSilvana Cantalice RamosTelma Brasil LombardiVlamir Moura Lopes Brasil

    DIRETOR DO CEAFJos Raimundo de Lima

    COORDENADORA DO CEAFCristiana F. M. Cabral de Vasconcellos

    NORMALIZAONigria Pereira da Silva Gomes CRB-15/0193

    CAPARoberta Cabral

    DIAGRAMAOGeraldo Alves Flr DRT 5152/98

    Impresso:Grfica So Mateus

    P222m Paraba. Ministrio Pblico. Manual de prticas cartorrias do MPPB/ Ministrio

    Pblico. Procuradoria-Geral de Justia. JooPessoa:MPPB/PGJ, CEAF, 2012. 70p.

    1.Ministrio Pblico prticas cartorrias Paraba 2.Prticas Cartorrias - Manual I. Ttulo II. Procuradoria-Geral de Justia, Centro de Estudos e AperfeioamentoFuncional. CDU 347.963(035)(813.3)

  • COLGIO DE PROCURADORES

    Oswaldo Trigueiro do Valle Filho PresidenteJos Marcos Navarro Serrano

    Maria Lurdlia Diniz de Albuquerque MeloJanete Ismael da Costa MacedoSnia Maria Guedes AlcoforadoLcia de Ftima Maia de Farias

    Alcides Orlando de Moura JansenAntnio de Pdua Torres

    Ktia Rejane de Medeiros Lira LucenaDoriel Veloso Gouveia

    Jos Raimundo de LimaPaulo Barbosa de Almeida

    lvaro Cristino Pinto Gadelha CamposMarcus Vilar Souto Maior

    Jos Roseno NetoOtanilza Nunes de Lucena

    Francisco Sagres Macedo VieiraNelson Antnio Cavalcante Lemos

    Marilene de Lima Campos de CarvalhoJacilene Nicolau Faustino Gomes

    CONSELHO SUPERIOR DO MINISTRIO PBLICO

    Oswaldo Trigueiro do Valle Filho - PresidenteAlcides Orlando de Moura Jansen - Corregedor-Geral

    Jos Marcos Navarro SerranoKtia Rejane de Medeiros Lira Lucena

    Jos Roseno NetoNelson Antnio Cavalcante Lemos

    Marilene de Lima Campos de CarvalhoFrancisco Lianza Neto - Secretrio

  • SUMRIO

    APRESENTAO .................................................................................... 11

    ORDEM GERAL DOS SERVIOS CARTORRIOS ....................... 131 ATENDIMENTO E PROVIDNCIAS INICIAIS ............................ 131.1 RECEBIMENTO DE REQUERIMENTO, DENNCIA OUNOTCIA DE FATO .................................................................................... 131.2 PROTOCOLO ....................................................................................... 151.3 AUTUAO E DISTRIBUIO ....................................................... 171.4 ESCRITURAO DOS ATOS ............................................................ 211.5 FORMAO DOS VOLUMES ........................................................... 221.6 NUMERAO DAS FOLHAS ........................................................... 251.7 REMESSA DE DOCUMENTOS.......................................................... 261.8 PRAZOS ................................................................................................ 261.9 JUNTADA ............................................................................................. 291.10 APENSAMENTO ................................................................................ 301.11 DESENTRANHAMENTO ................................................................. 311.12 CUMPRIMENTO DAS DECISES .................................................. 311.13 REALIZAO DE DILIGNCIAS .................................................. 321.14 CONCLUSO ..................................................................................... 322 MOVIMENTAO DOS AUTOS ...................................................... 332.1 DAS DISPOSIES GERAIS ............................................................. 332.2 ATOS DO PROMOTOR DE JUSTIA ............................................... 332.2.1 Da Notcia de Fato ........................................................................... 332.2.2 Do Procedimento Preparatrio ..................................................... 332.2.3 Do Inqurito Civil ............................................................................ 342.2.4 Do Procedimento Administrativo ................................................. 342.3 DAS COMUNICAES ...................................................................... 362.3.1 Ofcios e memorandos .................................................................... 362.3.2 Notificaes ...................................................................................... 402.3.3 Cartas precatrias ........................................................................... 412.3.4. Correio eletrnico .......................................................................... 442.3.5 Convite .............................................................................................. 44

  • 2.4 CERTIDES .......................................................................................... 462.5 AUDINCIA ......................................................................................... 462.6 TERMO DE AUDINCIA ................................................................... 483 EXAME E CARGA DOS AUTOS ...................................................... 503.1 DISPOSIES GERAIS ...................................................................... 503.2 DA CARGA DOS AUTOS ADVOGADOS E ESTAGIRIOS.......... 514 ENCERRAMENTO DO PROCEDIMENTO ................................... 524.1 DISPOSIES GERAIS ...................................................................... 524.2 CINCIA S PARTES ......................................................................... 524.3 ANOTAES NECESSRIAS ........................................................... 524.4 BAIXA REGISTRAL ............................................................................ 534.5 REMESSA DOS AUTOS AO CONSELHO SUPERIOR DOMINISTRIO PBLICO............................................................................ 534.6 REMESSA DA PROMOO DE ARQUIVAMENTO AO CAO ..... 544.7 HOMOLOGAO OU NO DO ARQUIVAMENTO ..................... 564.8 ARQUIVAMENTO DEFINITIVO ....................................................... 564.9 REMESSA AO ARQUIVO MORTO ................................................... 565 PROPOSITURA DA AO COMPETENTE .................................. 57

    REFERNCIAS ......................................................................................... 57

    ANEXO Resoluo CPJ n.001/2010 ................................................... 59

  • 92012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

    O Ministrio Pblico da Paraba, por meio do CEAF - Centro deEstudos e Aperfeioamento Funcional, lana, oportuna e apropriadamente oManual de Prticas Cartorrias do MPPB.

    Compilado de forma simples e acessvel, este material chega s mosde seus destinatrios: os servidores do Ministrio Pblico, com o objetivo deimplantar a padronizao nos procedimentos atinentes s prticas cartorrias.

    Para tanto, o alvo orientar a atuao dos servidores de Joo Pessoaa Cajazeiras, buscando a unificao nas atividades dos cartrios sem ferir osprincpios da Unidade Institucional e da Independncia Funcional.

    uma ferramenta de trabalho.O que se prope? Ser um instrumental bsico e seguro para consulta,

    visando o uniforme e eficaz exerccio funcional.De forma prtica, expem-se ilustraes e exemplos de memorandos,

    carimbos, notificaes, cartas precatrias entre outros, conceituando-os eexplicando a competncia de cada um, bem como suas respectivasmovimentaes.

    Sem nada olvidar, os primeiros passos esto dados rumo a to almejadapadronizao nos trabalhos cartorrios em todas as Promotorias do Estado daParaba. Contudo, este material depende da aceitao de cada Membro doParquet para nortear a sua caminhada, propiciando sua efetiva implantao.

    Partindo do Atendimento e Providncias Iniciais Recebimento deRequerimento, Denncia ou Notcia de Fato Remessa ao Arquivo Morto Propositura da Ao Competente, inova-se ao anexar a Resoluo CPJ n.001/2010.

    Importante destacar a Comisso Especial constituda por Membrose Servidores, atravs de Portaria PGJ n. 1732/2011, assinada pelo Procurador-Geral de Justia da Paraba Dr. Oswaldo Trigueiro da Valle Filho, compostapor Dra. Cristiana Ferreira M. Cabral de Vasconcellos - Coordenadorada Comisso e do CEAF/PB, Dr. Francisco Serphico F. da Nbrega Filho,Promotor de Justia - Assessor Tcnico do Procurador-Geral e, especialmente,os Servidores Llian Machado Raimundo de Lima, Maria JosileneOliveira Trajano dos Santos, Ana Valquria de Almeida Macedo e VlamirMoura Lopes Brasil, que incansavelmente debruaram-se na elaboraodeste material com profissionalismo, superando distncias, vencendo desafios

    APRSENTAO

  • 10 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB 2012

    e suportando a sobrecarga de atividades e coroam, hoje, a Instituio com estetrabalho o qual contribuir para o aprimoramento do mister proposto.

    Tautologia parte, possvel afirmar que somos sabedores dademanda desta padronizao. Eis.

    Proveitoso uso a todos.

    Cristiana Ferreira Moreira Cabral de VasconcellosPromotora de Justia

    Coordenadora do CEAF

  • 112012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

    A ORDEM GERAL DOS SERVIOSAUXILIARES

    O Ministrio Pblico, segundo preceitua o art. 127 da ConstituioFederal, instituio permanente, essencial funo jurisdicional do Estado.

    No entanto, para atender s suas funes constitucionais, o Parquetnecessita organizar um quadro de servios auxiliares, cuja razo de ser auxiliaro Promotor de Justia no exerccio de seu mister.

    Para tanto, faz-se necessrio orientar a atuao dos servidores, atravsdo estabelecimento de prticas uniformes em todo o Estado, circunstncia queacabar por repercutir na unidade institucional do Ministrio Pblico da Paraba.

    1 ATENDIMENTO E PROVIDNCIAS INICIAIS

    1.1 RECEBIMENTO DE REQUERIMENTO, DENNCIA OU NOTCIADE FATO

    Os documentos apresentados juntamente com a petio inicial,denncia, requerimento ou documentao apta a motivar a atuao ministerialdevero ter papel de tamanho comum ao uso do MP e os de dimensesreduzidas devero ser colados ou grampeados em folhas de tamanho ofcio, demodo que a margem fique livre, possibilitando a juntada e a leitura em ambosos lados, quando for o caso.

    A petio inicial apresentada perante os servios de distribuiodos feitos dever indicar, de forma explcita e sem abreviaturas, os nomesdas partes, qualificao e endereos completos (logradouro, nmero,bairro, cidade, Estado da Federao, telefones e e-mail), incluindo cpiaautntica da inscrio no Cadastro de Pessoa Fsica (CPF) ou do CadastroNacional de Pessoas Jurdicas (CNPJ), do Ministrio da Fazenda,conforme o caso.

    Quando a parte estiver representada por advogado, tambm deveroser indicados, para efeito de registro, o nome, endereo e nmero de inscriona Ordem dos Advogados do Brasil - OAB do advogado.

    A petio inicial subscrita por advogado dever ser acompanhada deinstrumento de mandato, salvo se o demandante postular em causa prpria, se

  • 12 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB 2012

    a procurao estiver juntada aos autos principais ou nos casos do artigo 37 doCPC1. Estes ltimos devidamente fundamentados, salvo os casos previstosem lei, no estando o portador munido de procurao, o servidor submeter ocaso apreciao do Promotor de Justia.

    Nas situaes em que a instaurao de procedimento decorrer deinformaes prestadas verbalmente, o servidor ir reduzir as declaraes atermo, que dever ser subscrito pelo declarante, incluindo todos os dadosimprescindveis ao regular andamento do procedimento.

    1Art. 37. Sem instrumento de mandato, o advogado no ser admitido a procurar em juzo. Poder,todavia, em nome da parte, intentar ao, a fim de evitar decadncia ou prescrio, bem comointervir, no processo, para praticar atos reputados urgentes. Nestes casos, o advogado se obrigar,independentemente de cauo, a exibir o instrumento de mandato no prazo de 15 (quinze) dias,prorrogvel at outros 15 (quinze), por despacho do juiz.Pargrafo nico. Os atos, no ratificados no prazo, sero havidos por inexistentes, respondendoo advogado por despesas e perdas e danos.

    MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DA PARABAPROMOTORIA DE JUSTIA DE____________

    Endereo completo, telefone e fax

    FORMULRIO DE ATENDIMENTO

    NOTCIA DE FATO N____/____ Data:____/____/____ PROMOTORIA: __________

    NOTICIANTE:RG N.____________CPF N ____________ENDEREO: ____________BAIRRO: ____________ MUNICPIO____________PONTO DE REFERNCIA:FONE:

    NOTICIADO(A):RG N.____________CPF N ____________ENDEREO: ____________BAIRRO: ____________ MUNICPIO____________PONTO DE REFERNCIA:FONE:

    Assunto:

    Local e data.

    ______________________________________________________ Noticiante

    Assinatura, cargo e matrcula do servidor

  • 132012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

    1.2 PROTOCOLO

    Protocolizar significa registrar no livro prprio, ou quandodisponvel, no sistema eletrnico, o documento inicial quemotiva a instaurao do procedimento.

    O setor de protocolo ou aquele que o equivalha, ao receber qualquerpetio, dever utilizar carimbo de recebido, no qual constar obrigatoriamentea data e o horrio, inserindo nos campos prprios o nmero de laudas da petioe dos documentos entregues pelo portador, conforme o modelo abaixo:

    Carimbo de recebimento de documentao:

    MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DA PARABAPromotoria de Justia de______

    RECEBI

    Em: _____/____/____ contendo ______, laudass ______horas

    _________________________________Carimbo do servidor (contendo nome, cargo e

    matrcula)

    Pastas e livros obrigatrios

    A insero de dados no sistema informatizado, para a atualizaocontnua da movimentao dos procedimentos ou sua consignao nos livrosobrigatrios, constitui atividade diria do servidor responsvel.

    As promotorias devero, obrigatoriamente, possuir as seguintespastas e livros:

  • 14 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB 2012

    Pastas:

    Ofcios expedidos; Ofcios recebidos; Memorandos expedidos; Memorandos recebidos; Notificaes; Convites; Recomendaes expedidas; Recomendaes recebidas; Portarias; Termos de Ajustamento de Conduta Firmados; Termos de Declaraes; Termos de Audincias; Diligncias; Cartas Precatrias Expedidas; Relatrios de Atividade Funcional.

    Livros:

    Autuao e Movimentao de Procedimentos Preparatriose Inquritos Civis Pblicos (mesmo para as Promotorias quej possuem o MP VIRTUAL);

    Registro de Atendimento ao Pblico; Notcia de Fato (para as promotorias que no tem o MP

    VIRTUAL); Autuao e Movimentao de Cartas Precatrias Recebidas.

    As promotorias com informatizao total ou parcial, at quesobrevenha determinao da autoridade superior, mantero em meio fsico todosos livros acima especificados, nos quais sero registradas as informaesrelativas s rotinas dos feitos.

  • 152012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

    1.3 AUTUAO E DISTRIBUIO

    Qualquer documento, ao dar entrada na secretaria, dever serencaminhado ao membro ministerial no prazo mximo de 24 (vinte e quatro)horas.

    Autuar consiste na atividade de organizar os autos, atravs dacolocao de capa, dos dados indispensveis identificaodo caderno procedimental e da numerao das pginas.

    Devem ser mencionados na autuao, mediante impresso em etiquetaadesiva, a Promotoria, o nmero do registro, os nomes das partes, a classe e/ou a espcie do feito e as datas de autuao e distribuio, o que ser igualmenteefetivado quanto aos volumes que se forem formando.

    A primeira capa de autuao servir para afixar etiquetas, integrandoos autos, o sumrio das principais peas e atos processuais, e ser colocadaantes da petio inicial, sem numerao.

    Veja abaixo a tabela de cores e o modelo de capa, j diagramadocom o sistema de cores aplicado borda esquerda:

    Tabela de Cores por rea de atuao do rgo ministerial

    rea de AtuaoCidado

    Consumidor

    Educao

    Fundaes

    Infncia Infracional

    Infncia e Juventude

    Meio Ambiente

    Mulher

    Patrimnio Pblico

    Sade

    CorVERDE LIMO

    PRETO

    AZUL

    MARROM

    VINHO

    ROSA

    VERDE

    LILS

    AMARELO

    VERMELHO

  • 16 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB 2012

    Modelo de Capa:

    ESTADO DA PARABAMINISTRIO PBLICO

    PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIAPROMOTORIA DO

    PATRIMNIO PBLICO

    CAPA DE PROCEDIMENTO

    TIPO:________N:________DATA:________NF: 30 DIAS EM____/___/___PP: 90 DIAS EM____/___/___PP: 180 DIAS EM____/___/___IC: 1 ANO EM____/___/____

    REPRESENTANTE:

    REPRESENTADO(A)

    ASSUNTO:

    OBSERVAES:

    TERMO DE AUTUAO

    Aos___dias do ms de_____ano_____naPromotoria de Justia de(a)__________, autuei osdocumentos que se seguem. Do que, para constar, lavrei opresente termo. Eu,__________Tcnico(a) dePromotoria, o escrevi e subscrevi.

    Servidor/Matrcula

    ARQUIVADO

    Em,___/___/___

  • 172012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

    As capas devero ser bem conservadas e, quando for o caso,substitudas, de ofcio, pela secretaria, sem alterao dos dados nela inseridosoriginariamente. Desse modo, o processo que retorna Promotoria, provenientede grau superior, no receber nova autuao.

    Distribuio o ato de dar impulso aos Requerimentos,Denncias, Notcias de Fato, Procedimentos Preparatrios,Inquritos Civis Pblicos, Procedimentos Administrativos,alm de feitos oriundos de outras Promotorias de Justia, quechegam ao conhecimento do rgo Ministerial para a adoodas providncias necessrias.

    A distribuio far-se- sob a superviso do servidor responsvel pelaPromotoria.

    Nas Promotorias de Justia onde esteja concluda a implantaodo MP VIRTUAL, a distribuio dever observar a numerao fornecidapelo sistema. As demais devero seguir numerao cronolgica esequencial, a fim de que no haja preterio na ordem consignada naautuao.

    Aps apreciao do membro ministerial, os requerimentos, asdenncias e notcias de fato, sero completamente autuados, lanando-se anumerao respectiva em espao prprio, na capa padronizada deprocedimentos do Ministrio Pblico, alm dos nomes das partes, a espcie dofeito, o objeto, a data do registro e a procedncia dos documentos que lhe deuorigem.

    Contando a Promotoria com o MP VIRTUAL, a etiqueta doprocedimento ser gerada pelo sistema, observando a classificao e acodificao da Tabela de Classes e Assuntos constante no banco de dadosdo programa.

    Caso sejam vrios os requerentes no mesmo procedimento,constar na etiqueta apenas o nome de um deles seguido da expressoe outros.

    Os requerimentos, denncias e notcias de fato que, por disposiolegal, necessitarem de distribuio com urgncia, sero identificados por umaetiqueta com a designao URGENTE, em sua capa, devendo sua remessaser imediata ao Promotor de Justia.

    O sistema de distribuio pblico e seus dados so acessveis aos

  • 18 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB 2012

    interessados, em caso de procedimentos que no se refiram s situaes emque a lei assegura segredo de justia2*.

    Sempre que, no recebimento de requerimentos ou na consulta emanuseio dos autos a secretaria verificar alguma irregularidade que dificulte aboa ordem dos servios ou o regular desenvolvimento do procedimento, oservidor responsvel certificar a ocorrncia, fazendo imediata concluso aomembro do MP, para as providncias cabveis.

    Na distribuio, os autos devero ser encaminhados ao representanteministerial competente, devendo ser especificados a data de entrega e a datada devoluo pelo Promotor de Justia.

    Concluso dos autos viabilizar a posse do processo fsico,sob a responsabilidade do cartrio, para o Promotor de Justia,nas ocasies em que este deva intervir no procedimento, como escopo de possibilitar o seu trmite regular.

    Este momento dever ser identificado atravs de carimbo, que indicara data da disponibilizao dos autos ao Promotor de Justia, seu nome e o doservidor responsvel pela concluso, conforme modelo abaixo:

    CONCLUSO

    Nesta data, fao concluso dos presentes autos ao(a)Exmo.(a) Sr.(a) Promotor(a) de Justia.

    Local e data

    __________________________________________Carimbo do servidor (nome, cargo e matrcula)

    2Art.155. Os atos processuais so pblicos. Correm, todavia, em segredo de justia os processos: I- em que o exigir o interesse pblico; Il - que dizem respeito a casamento, filiao, separao doscnjuges, converso desta em divrcio, alimentos e guarda de menores.Pargrafo nico. O direito de consultar os autos e de pedir certides de seus atos restrito spartes e a seus procuradores. O terceiro, que demonstrar interesse jurdico, pode requerer ao juizcertido do dispositivo da sentena, bem como de inventrio e partilha resultante do desquite.*H vrios dispositivos normativos que abordam a questo do sigilo no Brasil, tais como: artigo 5,XII, XIV e XXXIII; artigo 93, X; e artigo 136, pargrafo 1, I, b e c da Constituio Federal;artigo 325 do Cdigo Penal; artigo 20 do Cdigo de Processo Penal; artigo 10 da Lei 9.296/96;artigo 11 da Lei Complementar 10.300/01; e artigo 155 do Cdigo de Processo Civil, alm dedispositivos em leis esparsas (p. ex., art. 1, 6, da Lei 4.717 76).

  • 192012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

    Qualquer dvida quanto distribuio ou classificao doprocedimento ou expediente, dever ser submetida ao membro do MP.

    1.4 ESCRITURAO DOS ATOS

    Escriturao a ao de se registrar informaes no interiordos processos, sejam administrativos ou judiciais.

    No entanto, qualquer ato a ser consignado formalmente nos autos,tais como termos, atas, certides, informaes, concluses, despachos, entreoutros, dever ser identificado atravs da aposio de sua respectiva numeraodo procedimento ao qual se refere. Ademais, os papis a serem utilizados paratal fim devero ter fundo branco.

    As assinaturas e rubricas apostas em todos os atos processuais, seroseguidas da repetio completa dos nomes dos signatrios e a indicao dosrespectivos cargos ou funes, mediante impresso, carimbo ou lanamentomanuscrito em letra de imprensa.

    A escriturao nos autos, salvo na capa, deve ser feita com tintapreta ou azul, indelvel, sendo vedado o uso de abreviaturas ou siglas estranhas lngua portuguesa.

    As certides em geral e os termos de movimentao dos procedimentosdevero ser lavrados, sempre mediante recursos informatizados, evitando-se aforma manuscrita.

    expressamente proibido lanar cotas, termos ou certidesno verso de recomendaes, portarias e documentos, devendo serusada, quando necessria, outra folha, com inutilizao dos espaosem branco.

    Na escriturao dos autos devero ser evitados erros, omisses,emendas, rasuras, borres ou entrelinhas, efetuando-se, quando necessrio, asdevidas ressalvas, inutilizando-se os textos viciados, atravs da utilizao dapalavra NULO, carimbada ou impressa, transcrevendo o texto corrigido emuma nova folha.

    Todavia, quando se tratar de pequenos erros ou omisses, possvelfazer uso da expresso digo, transcrevendo-se, na sequncia, a expressoou enunciado correto.

    Quando impossvel de realizao o procedimento supradescrito, asretificaes e correes devero ser efetuadas mediante certides ou termos,

  • 20 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB 2012

    sendo proibido o uso, para essa finalidade, de borracha, tinta corretiva, raspagempor qualquer meio mecnico ou qumico.

    Devem ser evitados e inutilizados os espaos em branco. As anotaesde sem efeito e/ou nulo devem estar sempre autenticadas com a rubrica, onome completo e o cargo de quem as fez.

    Far-se- uso da escrita NULO quando o texto classificadodesta maneira no for reproduzido nos autos, ou, que por portarimprecises, erros ou rasuras, necessite ser substitudo por outro queo equivalha, portando informaes diversas daquele que lhe cedeu lugar.

    J a consignao SEM EFEITO ser utilizada para designarapenas a impreciso ou colocao equivocada de determinado dado nocaderno processual, embora tal elemento se encontre correto e venhaser reproduzido integralmente depois de correo. Exemplo: carimbocorreto que foi colocado de maneira invertida.

    Caso necessite extrair peas dos autos, o servidor dever providenciarsua devoluo parte, se no for o caso de arquivamento ou inutilizao, sendo-lhe vedado grampear na contracapa dos autos quaisquer peas, cpias oudocumentos.

    As certides, termos e outros atos de sua atribuio sero subscritospelo servidor responsvel, logo depois de lavrados.

    1.5 FORMAO DE VOLUMES

    As folhas dos autos fsicos sero numeradas sequencialmente eencadernadas, atravs da utilizao de colchetes, formando-se assim, volumes.

    Todas as folhas dos autos devero corresponder ao tamanho comumde uso ministerial, preferencialmente em padro A4, sendo vedado o empregode papis transparentes ou do tipo jornal e assemelhados, obedecendo-se aopadro escolhido em todas as folhas do procedimento.

    Quando um volume atingir duzentas (200) folhas, novo volume deverser aberto, de ofcio, pela secretaria.

    Em nenhuma hiptese ser seccionada pea processual(requerimento, laudo, despacho etc.), mesmo a pretexto de ter o volumeatingido duzentas (200) folhas, podendo neste caso, ser encerrado volumecom mais ou menos folhas, de modo a garantir a integridade da pea.

    O encerramento e a abertura de novos volumes sero efetuadosmediante a lavratura dos respectivos termos de encerramento e de abertura,

  • 212012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

    em folhas regularmente numeradas, prosseguindo sem soluo de continuidadeno volume subsequente.

    MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DA PARABA Promotoria de Justia de_______________________

    Endereo completo, nmero de telefone e fax

    TERMO DE ABERTURA DE VOLUME

    Nesta data, procedi a abertura do Volume___ do Inqurito Civil N__/___,

    em que figuram como_______________________o(a)

    Sr.(a)_____________ e, como _____________, o(a) Sr(a)

    _____________iniciando-se o presente a partir desta folha de n_____.

    Local e data.

    Nome do(a) Servidor(a)

    Cargo

    Matrcula

  • 22 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB 2012

    MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DA PARABA Promotoria de Justia de_______________________

    Endereo completo, nmero de telefone e fax

    TERMO DE ENCERRAMENTO DE VOLUME

    Nesta data, encerro o Volume___do Inqurito Civil N__/__em que

    figuram como_________o(a) Sr.(a)_________e, como_________(a)

    o(a) Sr(a)_________, contendo as fls. de____a____, contando com esta,

    numeradas por este(a) servidor(a).

    Local e data.

    Nome do(a) Servidor(a)

    Cargo

    Matrcula

  • 232012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

    1.6 NUMERAO DAS FOLHAS DOS AUTOS

    A numerao das folhas dos autos ter como marco inicial, fl. 02, odocumento que originou a instaurao do procedimento, portaria, petio inicial,formulrio de NF, etc. Desse modo, a colocao do n 01 nas capas dos atosprocessuais ser desnecessria.

    Sugesto de carimbo de numerao de folhas:

    indispensvel a rubrica do servidor que numerou as folhas dosautos.

    Sempre que, por qualquer motivo, a renumerao das folhas semostrar necessria, o servidor certificar nos autos a ocorrncia, comindicao do motivo que ensejou tal fato e de quais sero as folhas a seremrenumeradas.

    vedado, com o intuito de evitar a necessria renumerao de folhas,o uso de letras aditivas (2 - A, 2 - B, 2 C, etc.).

    Caso, em qualquer momento, a notcia de fato for convertida emprocedimento preparatrio ou inqurito civil, a portaria de converso ser juntadano incio do procedimento, realizando-se, desta forma, a sua completarenumerao.

    No tocante converso de procedimento preparatrio em inquritocivil, havendo a necessidade de nova portaria, esta ser juntada logo aps odespacho que a determinou.

    No caso de numerao de peties e documentos, observar-se-:

    1. A numerao das folhas dos autos ser feita preferencialmente namargem superior direta.

    2. O servidor responsvel far a reviso das folhas dos autos,

  • 24 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB 2012

    verificando a numerao e suprindo as omisses de tudo, dando certido nosprprios autos.

    3. Quando verificada a redistribuio ou o recebimento de feitoproveniente de outra Promotoria, evitar-se- a renumerao das folhas dosautos, salvo na ocorrncia de erro da numerao original.

    1.7 REMESSA DE DOCUMENTOS

    Eventualmente, por determinao ministerial, os autos podero serremetidos ao Perito, Contador ou qualquer outro rgo que nele seja necessriaa atuao.

    Para tanto, a retirada dos autos do cartrio ser procedida mediantecarga, conforme ser explicitado em tpico posterior.

    1.8 PRAZOS

    O servidor responsvel dever verificar os prazos diariamente, deacordo com as datas de vencimento e a contagem destes ser realizada daseguinte maneira:

    Quando a cincia for realizada pessoalmente, atravs do servidor responsvel,o prazo ser contado, de maneira contnua, da data em que o documento(mandado, notificao, convite, ofcio, requisies, etc.) foi recebido, portandoa respectiva cincia do interessado, for juntado aos autos. Para fins decontagem do prazo, excluir-se- o dia de incio e incluindo-se o dia final.Caso o primeiro ou ltimo dia da efetiva contagem coincida com sbados,domingos e feriados, haver prorrogao ou incio da contagem do prazo nodia til subsequente;

    Quando a cincia for realizada pela via postal, a contagem de prazo seriniciada a partir da data que ocorrer a juntada do Aviso de Recebimento(AR) aos respectivos autos, obedecendo-se os critrios de contagemexplicados no item anterior;

    A certido de decurso de prazo deve consignar a data do termo final do prazocorrespondente.

    Nenhum procedimento dever permanecer paralisado na secretaria,

  • 252012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

    alm dos prazos fixados; tampouco devero ficar sem andamento por mais detrinta (30) dias, no aguardo de diligncias, informaes, respostas de ofciosou requisies, etc. Caso a paralisao atinja o prazo acima referido, deverser realizada concluso ao membro do MP, para as providncias que entendercabveis.

    Em caso de o prazo acima referido for excedido em razo da agendainterna da Promotoria, como no caso de marcao de oitiva informal, porexemplo, no ser necessrio fazer nova concluso para o membro do MP.

    Modelos de certides digitadas:

    MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DA PARABA Promotoria de Justia de__________________________

    Endereo completo, nmero de telefone e fax

    CERTIDO

    Certifico que, decorrido o prazo de __________, contido no expe-diente de fl.______, at a presente data no houve resposta ou qualquermanifestao da parte interessada.Dou f.

    Local e data.

    Nome completo do servidorCargo

    Matrcula

  • 26 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB 2012

    MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DA PARABA Promotoria de Justia de_______________________

    Endereo completo, nmero de telefone e fax

    TERMO DE CONCLUSO

    Em razo da certido de fl. _______, na presente data, faoconcluso dos presentes autos ao Exmo. Promotor(a) de Justia.

    Local e data.

    Nome completo do servidorCargo

    Matrcula

    Ou atravs de carimbo:

    Carimbo de Certido de Decurso de Prazo:

    CERTIDO

    Certifico que, decorrido o prazo de ___________,como contido no expediente de fl. ___, at a presentedata no houve resposta ou qualquer manifestao daparte interessada.

    Local e data.___________________________________Carimbo do servidor (nome, cargo e matrcula)

  • 272012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

    Carimbo de concluso:

    CONCLUSO

    Nesta data, fao concluso dos presentes autos ao(a)Exmo.(a) Sr.(a) Promotor(a) de Justia.

    Local e data.___________________________________Carimbo do servidor (nome, cargo e matrcula)

    1.9 JUNTADA

    Juntada anexao, por ordem cronolgica, de novosdocumentos aos autos, devendo indicar-lhes, em espaoprprio, a localizao no caderno processual, atravs deregistro da paginao no verso da folha anterior, alm de outrosdados, conforme modelos colecionados a seguir:

    TERMO DE JUNTADA

    Nesta data, promovo a juntada da documentao quese segue (s) fl(s). ________ a ________.

    Local e data.___________________________________Carimbo do servidor ( nome, cargo e matrcula)

    TERMO DE JUNTADA DE AR

    Nesta data, promovo a juntada do AR (Aviso deRecebimento) referente ao expediente de fls. ____.

    Local e data.___________________________________Carimbo do servidor ( nome, cargo e matrcula)

  • 28 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB 2012

    No se dever juntar aos autos nenhum documento, relatrio, laudoou qualquer outra pea, sem que seja utilizado o carimbo correspondente, salvoquando feita em audincia, hiptese em que constar do respectivo termo.

    Os requerimentos e documentos juntados em audincia seroprecedidos pelo respectivo termo, na ordem determinada no termo deaudincia.

    Havendo mais de um demandado, a juntada das peasmencionadas obedecer, para cada um, a ordem determinada pelomembro ministerial, devidamente consignada nos autos.

    Os requerimentos, laudos periciais, relatrios, respostas de ofcios,as cartas precatrias cumpridas e outros sero juntados, sob direta e pessoalresponsabilidade do servidor responsvel, independentemente da manifestaodo membro do MP.

    Os documentos de tamanho irregular, antes de serem juntados,devero ser previamente colados em papel em branco, de tamanho comum aousado no MP, preferencialmente em padro A4, de modo que todas as folhasdos autos tenham dimenso nica.

    O documento que contenha frente e verso dever ter sua anexaode modo a viabilizar a leitura das duas faces.

    Qualquer arquivo de mdia, bem como fotografias que contenhaminformaes no verso, devero ser envelopados.

    No se admitir a anexao de mais de quatro documentos por folha,sendo feita, em local visvel, a anotao do nmero de documentos que elacontm.

    Quando se tratar de documentos de difcil adequao, dever a parteapresentar cpia dos referidos documentos, a fim de que sejam acostados aosautos, sem prejuzo da mobilidade destes.

    Feitas as juntadas das peas, os autos sero remetidosautomaticamente concluso, quando for o caso.

    1.10 APENSAMENTO DE AUTOS

    O apensamento o ato de anexar umcaderno processual a outro, quando asinformaes existentes em cada umdos autos possuam relevnciainstrutria ou decisria para o outrofeito, embora cada um mantenha suatramitao de maneira independente.

  • 292012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

    O apensamento de autos, por qualquer motivo, dever ser certificadoem todos eles, com expressa meno determinao do membro do MP, dadata, do nmero da folha na qual foi exarada a determinao e nmero doprocedimento.

    Far-se- o apensamento, sempre que possvel, por colchetes, ou poroutros meios adequados, os quais fixaro os autos a serem apensados contracapa dos autos principais, obedecendo ordem daquele que tiver sidodistribudo em primeiro lugar, efetuando-se o apensamento dos novos autosqueles formados anteriormente.

    1.11 DESENTRANHAMENTO DE PEAS DOS AUTOS

    Desentranhar significa extrair documentos juntados no interiordo procedimento.

    Havendo a necessidade de desentranhamento por qualquer motivo,ser juntada uma nica folha em branco no lugar das peas ou documentosretirados dos autos, e na qual ser lavrada a certido da ocorrncia.

    Quando ocorrer o desentranhamento, no sero renumeradas as folhasdos autos, incumbindo ao servidor consignar na margem superior direita dafolha juntada, em substituio s peas desentranhadas, numeraocorrespondente (fls____ a.____).

    O desentranhamento de requerimento ou qualquer outro documentodever ser efetuado mediante termo ou certido nos autos, constando o nomede quem o recebeu em devoluo, o respectivo recibo, indicando sua naturezae origem, bem como a situao ou a deciso que motivou a remoo de folhasdo caderno processual.

    1.12 CUMPRIMENTO DAS DECISES

    Carimbo de data de recebimento dos autos despachados

    DATA

    Recebi os presentes autos do Promotor(a) de Justia,nesta data.

    Local e data.___________________________________Carimbo do servidor ( nome, cargo e matrcula)

  • 30 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB 2012

    Carimbo de Certido de Cumprimento de Despacho:

    CERTIDO

    CERTIFICO que, nesta data, cumpri integralmente odespacho de fl.(s)______ proferido pelo Exmo. Promotor(a) de Justia. Dou f.

    Local e data._________________________________

    Carimbo do servidor (nome, cargo e matrcula)

    1.13 REALIZAES DE DILIGNCIAS

    Com o objetivo de viabilizar a regular tramitao dos feitos, no mbitodas promotorias do Ministrio Pblico da Paraba, alguns atos procedimentaispodero ser praticados, de ofcio, pelo servidor responsvel ou pelos servidoresautorizados, quais sejam:

    - convidar a parte para que providencie cpias de documentos parainstruir ato processual;

    - convidar a parte para esclarecer divergncia entre a qualificaoconstante de petio inicial e os documentos que a instruem;

    - cobrar os expedientes que se encontrem em poder do Oficial dePromotoria e/ou Oficial de Diligncias com os prazos excedidos;

    - realizar a juntada dos documentos nos respectivos procedimentos.Todos os atos praticados pelo servidor responsvel devero ser

    consignados nos autos, atravs de certido ou, quando for o caso, da meraaposio do carimbo indicativo.

    1.14 CONCLUSO

    Sempre que, finda a necessidade de adoo de providncias pelo docartrio ou quando houver juntada de novos documentos ao procedimento,dever ser realizada nova concluso do caderno processual ao respectivorepresentante ministerial.

    O servidor responsvel e/ou servidor autorizado enviar os autos aomembro do MP no dia em que datar e assinar o termo de concluso, no sendopermitida, sob qualquer pretexto, a permanncia dos autos na secretaria comtais termos.

  • 312012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

    CONCLUSO

    Nesta data, fao concluso dos presentes autos ao(a)Exmo.(a) Sr.(a) Promotor(a) de Justia.

    Local e data.___________________________________Carimbo do servidor (nome, cargo e matrcula)

    2 MOVIMENTAO DOS AUTOS

    2.1 DISPOSIES GERAIS

    Conclusos os autos, dever o membro do Ministrio Pblico proferirmanifestao ministerial.

    Manifestaes ministeriais so os pronunciamentos doPromotor de Justia nos autos, com fito de dar andamento aofeito, podendo conter carga decisria ou ser de meroexpediente.

    2.2 ATOS DO PROMOTOR DE JUSTIA

    Ao tomar conhecimento das informaes distribudas pelo cartrio, omembro do Ministrio Pblico poder indeferir eventuais peties, arquiv-lasou determinar a instaurao de NF, PP, IC ou PA.

    O Conselho Nacional do Ministrio Pblico (CNMP), atravs daResoluo n 63/2010, criou quatro classes de procedimentos extrajudiciaisque podero ser registrados nas Promotorias. Segue definio para cadaclasse.

    2.2.1 Notcia de Fato (NF) qualquer demanda dirigida aosrgos da atividade-fim do MP, submetida apreciao das Promotorias deJustia, conforme as atribuies das respectivas reas de atuao, que aindano tenham gerado um feito interno ou externo, podendo ser formuladopresencialmente ou no, entendendo-se como tal, a entrada de atendimentos,notcias, documentos ou representaes.

    2.2.2 Procedimento Preparatrio (PP) Procedimento prvio aoIC, que visa apurar elementos para identificao dos investigados ou do objeto,

  • 32 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB 2012

    salvaguardando, desta maneira, a eventual instaurao do inqurito civil para apuraras afrontas aos direitos transindividuais, quando essas restam bem delineadas.

    2.2.3 Inqurito Civil (IC) De natureza unilateral e facultativa,ser instaurado para apurar fato que possa autorizar a tutela dos interessesmetaindividuais, nos termos da legislao aplicvel, servindo como preparaopara o exerccio das atribuies inerentes s suas funes institucionais doParquet. Instituto jurdico cuja natureza procedimental e com instauraomediante portaria, onde so reunidos oficialmente os documentos produzidosno decurso de uma investigao destinada a constatar desrespeito a direitosconstitucionalmente assegurados ao cidado, como os direitos sociais eindividuais indisponveis

    2.2.4 Procedimento Administrativo (PA) - o procedimento destinadoao acompanhamento de fiscalizaes, de cunho permanente ou no, fatos einstituies e de polticas pblicas e demais procedimentos no sujeitos a inquritocivil instaurado pelo Ministrio Pblico, que no tenha o carter de investigaocvel ou criminal de determinada pessoa, em funo de um ilcito especfico.

    Aps a manifestao ministerial, incumbir ao servidor responsvelcumpri-las no prazo de at 48 (quarenta e oito) horas, contados a partir dadata em que o membro do Ministrio Pblico devolveu o procedimento para ocartrio. Este momento deve ser registrado atravs de carimbo de data queacusa o recebimento dos autos despachados, conforme j foi apresentado nafl. 29 deste volume.

    indispensvel dizer que, em se tratando de inqurito civil, h algumasformalidades que precisam ser observadas pelo cartrio da Promotoria, taiscomo a existncia de alguns elementos indispensveis elaborao da portariade instaurao do IC, segundo as elucidaes do art. 4, a Resoluo CPJ n001/2010:

    Art. 4 O inqurito civil ser instaurado por meio de portaria,numerada em ordem crescente, renovada anualmente, autuada eregistrada no livro prprio, devendo conter, necessariamente:I - o fundamento legal que autoriza a ao do Ministrio Pblico ea descrio do fato objeto do inqurito civil;II - o nome e a qualificao possvel da pessoa a quem o fato atribudo;III - o nome e a qualificao do autor da representao, se for ocaso;IV a data e o local da instaurao e a determinao de dilignciasiniciais;V a designao do secretrio, mediante termo de compromisso,quando couber;VI - a determinao de afixao da portaria no local de costume,bem como a de remessa de cpia para publicao, inclusive porextrato e atravs de meio eletrnico.

  • 332012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

    Pargrafo nico. Se, no curso do inqurito civil, novos fatosindicarem necessidade de investigao de objeto diverso do queestiver sendo investigado, o membro do Ministrio Pblico poderaditar a portaria inicial ou determinar a extrao de peas parainstaurao de outro inqurito civil, respeitadas as normas incidentesquanto diviso de atribuies.

    Ademais, a Resoluo CPJ n 001/2010, em seu art. 3, 6, fazmeno ao encaminhamento obrigatrio de cpia da portaria que instaurouo IC Procuradoria Geral de Justia ou ao Conselho Superior do MinistrioPblico, nas situaes dos incisos IV e V, quais sejam: quando a instauraodo IC se der atravs de designao do Procurador-Geral de Justia, cabvelapenas na hiptese de delegao de sua atribuio originria, em casoespecfico, ou de soluo de conflito de atribuies ou por determinao doConselho Superior do Ministrio Pblico, quando der provimento ao recursointerposto contra a deciso que indefira representao para instaurao deinqurito civil.

    Por fim, tambm em obedincia ao instrumento normativo que orientaa tramitao dos ICs e PPs, no mbito do Ministrio Pblico da Paraba, imprescindvel remeter, por via eletrnica, para o respectivo Centro de ApoioOperacional a portaria instauradora dos procedimentos retromencionados esuas peas preambulares, alm de outros documentos informativos, conformepreleciona o art. 13, 7, da Resoluo n 001/2010:

    Os rgos de execuo devero remeter obrigatoriamente, pormeio eletrnico, cpias de portarias de instaurao deinqurito civil pblico ou procedimento preparatrio, depeties iniciais de aes civis pblicas, de promoes dearquivamento e de termos de compromisso de ajustamentode conduta aos Centros de Apoio Operacionais, para fins deformao de banco de dados e compartilhamento deinformaes entre os demais membros do Ministrio Pblico,sem prejuzo de outras formas de cooperao e envio demateriais de apoio.

    Alm da remessa da portaria ao CAO correspondente, torna-seimperioso elaborar um extrato de portaria, com o intuito de envi-lo Diretoria de Apoio Funcional (DIAFU), que providenciar a publicao doreferido extrato no Dirio Oficial Eletrnico do Ministrio Pblico da Paraba.

  • 34 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB 2012

    Modelo de Extrato de Portaria para Publicao

    Promotoria de Justia de_______________EXTRATO DA PORTARIA N _____/_____INQURITO CIVIL PBLICO N _____/_____N DO AUTO NO MPVIRTUAL:_____/_____Data da Instaurao:_____/_____/_____Requerente: Ministrio Pblico da Paraba.Requerido(a):___________________Natureza: a mesma do procedimento.

    _________________________Promotor(a) de Justia

    Devido sua demasiada importncia para as atividades cartorrias,a Resoluo CPJ n 001/2010 ser integralmente anexada a este manual,recomendando-se, sempre que necessria, a sua leitura.

    2.3 COMUNICAO DOS ATOS PROCESSUAIS

    2.3.1 Ofcios e memorandos

    Ofcio a modalidade de comunicao oficial entre autoridadespara o tratamento de assuntos oficiais entre rgos e entidadespblicas e entre eles e particulares.

    O memorando a modalidade de comunicao entre unidadesadministrativas de um mesmo rgo, que podem estarhierarquicamente em mesmo nvel ou em nveis diferentes.Trata-se, portanto, de uma forma de comunicaoeminentemente interna.

    Os ofcios gerais de comunicao, desde que no dirigidos aautoridades e em cumprimento de despacho do membro do MP, poderoser assinados pelo servidor responsvel, declarando expressamente que ofaz em obedincia ao despacho do Promotor de Justia.

    Sero necessariamente assinados pelo representante ministerial, emqualquer caso, os ofcios:

  • 352012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

    1. Dirigidos a autoridades como os membros do Poder Judicirio,Poder Legislativo, Poder Executivo, Delegados de Polcia, Comandantes daPolcia Militar e de unidades das Foras Armadas;

    2. Que importem na requisio de informaes sigilosas de instituiesbancrias, da Receita Federal ou do Banco Central;

    3. As requisies ou notificaes dirigidas ao Governador do Estadoe aos Presidentes da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Justia e seusDesembargadores, aos Procuradores de Justia, aos Conselheiros do Tribunalde Contas Estadual sero solicitadas por intermdio do Procurador-Geral deJustia.

    Todos os ofcios e memorandos sero numerados em ordemcronolgica e sequencial, renovvel anualmente, devendo-se expedi-los, quandose tratar de demanda oriunda de procedimento, em 03 (trs) vias, sendo umapara o destinatrio, uma para juntada aos respectivos autos e outra arquivadaem pasta prpria.

    Nas outras situaes, recomenda-se apenas a impresso de 02 (duas)vias, sendo uma para remessa ao destinatrio e outra para o arquivamento empasta prpria.

    Devero estar anotados em todos os ofcios expedidos em processose/ou procedimentos:

    I. os nomes das partes; II. a indicao da Promotoria e do respectivo endereo; III. o nmero do processo e/ou procedimento; IV. a indicao do assunto a ser tratado pelo documento; V. de forma clara e objetiva, a exposio da requisio ou solicitao,

    conforme o caso, com todas as informaes e/ou elementos constantes dosautos.

  • 36 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB 2012

    Modelos:

    MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DA PARABA Promotoria de Justia de________________________

    Endereo completo, nmero de telefone e fax.

    Ofcio n___/___MPPB/Sigla Promotoria ou do Setor Local e data.

    Referncia: Nmero do procedimento

    Assunto: Indicao da matria que vai ser abordada pelo ofcio.

    Excelentssimo(a) Senhor(a)Nome do destinatrioCargo/funo que atualmente ocupa (se houver)Endereo completo

    Senhor(a)__________________,

    Reporto-me a Vossa Excelncia para, nos termos da lei1, requisitar,no prazo de 15 (quinze) dias, ...

    Atenciosamente ou Respeitosamente.

    ________________________________Promotor(a) de Justia

    1Arts. 129 inciso VI da Constituio Federal, 26, inciso I, letra b, da Lei Federal 8.625/93 e44, inciso IV, alnea b da Lei Complementar Estadual 97/2010 e 8, 1, da Lei n 7.347/85.

  • 372012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

  • 38 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB 2012

    2.3.2 Notificaes

    ato privativo do membro do Ministrio Pblico pelo qual se dcincia a uma pessoa de circunstncia do seu interesse, no intuitode possibilitar a utilizao das medidas asseguradas em lei.

    MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DA PARABA Promotoria de Justia de_____________________

    Endereo completo, nmero de telefone e fax

    Procedimento N: _____________________Natureza: _____________________

    NOTIFICAO MINISTERIAL

    O Ministrio Pblico do Estado da Paraba, por meio do(a) Promotor(a) de Justia, abaixo assinado(a), no uso de suas atribuies legais e combase no que dispe o art. 129, item VI, da Constituio Federal e art. 38inciso I, alnea a, da Lei Complementar n. 97/2010 - Lei Orgnica doMinistrio Pblico, N O T I F I C A (pronome de tratamento adequado)____________, para comparecer a esta Promotoria de Justia, noendereo acima mencionado, para audincia designada para o dia ___/___/_____, s ______horas.

    O no comparecimento injustificado na data retro estabelecida poderconfigurar Crime de Desobedincia, estando o notificado sujeito conduocoercitiva, em consonncia com os termos do art. 381, inciso I, alnea a,da Lei Complementar n 97/10.

    Local e data.____________________

    Promotor(a) de Justia

    1Art. 38. No exerccio de suas funes, o membro do Ministrio Pblico poder: I - instaurarinquritos civis e outras medidas e procedimentos administrativos pertinentes e, para instru-los: a) expedir notificaes para colher depoimentos ou esclarecimentos e, em caso de nocomparecimento injustificado, requisitar conduo coercitiva, inclusive pela Polcia Civil ouMilitar, ressalvadas as prerrogativas previstas em lei;

  • 392012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

    A notificao dever conter:

    1) a suma do despacho do membro do MP ou ser instruda com suacpia;

    2) o prazo para a resposta e/ou cumprimento, quando for o caso; 3) o endereo do notificado(a). No havendo prazo expressamente determinado, a notificao ser

    cumprida dentro de 15 (quinze) dias. O servidor responsvel por seu cumprimento devolver a notificao

    secretaria, to logo tenha sido realizada, certificando todas as informaesnecessrias no verso da notificao.

    A notificao ser devolvida pessoalmente pelo Oficial de Promotoria secretaria, no prazo de at 48 (quarenta e oito) horas depois do cumprimentodas diligncias nelas ordenadas, salvo nos casos de diligncias urgentes,conduo coercitiva ou de determinao do membro do MP.

    Antes do Oficial de Promotoria certificar a impossibilidade da prticado ato que constitui o objeto da notificao, dever esgotar todos os meios deconcretizao, especificando na certido as diligncias efetuadas e asinformaes obtidas.

    Na notificao devero constar todos os endereos do notificadoexistentes nos autos, inclusive o do local de trabalho.

    Se a diligncia for executada em endereo distinto daquele constanteda notificao, em virtude de informaes supervenientes obtidas pelo Oficial dePromotoria, na certido que atesta o cumprimento ou no da notificao, deverconstar o novo endereo e a maneira pela qual se tomou conhecimento dele.

    2.3.3 Carta precatria ministerial

    o documento expedido por um Promotor de Justia dirigidoa outro integrante do Parquet, solicitando-lhe a prtica de umato ou diligncia, cuja realizao depende de sua atuao, tendoem vista tratar-se de circunscrio territorial diversa daquelaem que teria atribuio o Promotor responsvel por enviar acarta precatria.

    O Promotor deprecante (aquele que envia a carta) solicita ao Promotordeprecado (o que a recebe) que providencie, em sua Promotoria, a notificaode algum, a oitiva de testemunhas ou qualquer outra providncia que julguenecessria para o deslinde das questes procedimentais.

  • 40 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB 2012

    MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DA PARABAPromotoria de Justia de____________________

    Endereo completo, nmero de telefone e fax

    Referncia: N do procedimento

    Natureza: a mesma do procedimento

    CARTA PRECATRIA MINISTERIAL N ____/____

    DEPRECANTE: Exmo(a). Sr(a). Promotor(a) de Justia de_______

    DEPRECADO: Exmo(a). Sr(a). Promotor(a) de Justia de _________

    FINALIDADE: Diligncia a ser realizada3.

    PRAZO: ___ dias.

    Local e data.

    ______________________________________Promotor de Justia

    3O campo finalidade da Carta Precatria dever conter o maior nmero de dados esclarecedorespossveis, tais como: se a notificao deve ser pessoal, nome completo dos envolvidos, apelidos,endereos residenciais e comerciais. A informao ou diligncia desejada deve ser descrita de formaclara e objetiva.

  • 412012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

    No se expedir a carta precatria, quando:

    I - a notificao puder ser efetuada por via postal e/ou meio eletrnico;II - a informao de outra localidade puder ser obtida por intermdio

    de mandado ou ofcio.

    Em caso de urgncia, assim declarada em despacho do Promotor :

    I - transmitir-se- a carta precatria por correio eletrnico (e-mail) ou fac-smile (fax), situaes em que a veracidade da carta deverser confirmada, atravs de contato telefnico com a Promotoria deprecante,certificando em folha anexa a confirmao, alm de consignar nome ematrcula do servidor que ratificou a autenticidade do documento.

    II - As informaes a respeito do andamento da carta precatriapodero ser solicitadas Promotoria deprecada por telefone, lavrando-se certidonos autos, na qual constar o nome completo e o cargo do servidor que as prestou.

    A Promotoria deprecada poder devolver a carta precatria,independentemente de cumprimento, quando no devidamente instruda ou noatender aos requisitos indispensveis ao seu cumprimento.

    So requisitos da carta precatria:

    I - a indicao da Promotoria de origem e de cumprimento do ato;II - os nomes e os endereos das partes e dos seus advogados;III - o teor do requerimento ou despacho ministerial;IV - a especificao do ato processual que lhe constitui o objeto;V - a declarao do prazo solicitado para o cumprimento;VI - a assinatura do Promotor.A carta precatria dever ser elaborada em trs (03) vias, ficando

    cpia nos autos principais, uma remetida a Promotoria deprecada e a outraarquivada em pasta prpria.

    Quando o ato deprecado tiver por objetivo notificar a parte dainstaurao de procedimento preparatrio, administrativo ou inqurito civil, acarta ser instruda com tantas cpias das peas informativas quantas sejamas pessoas interessadas e mais uma, que integrar o corpo da carta precatria.

    Quando o ato deprecado for a inquirio de testemunhas, a cartaser instruda obrigatoriamente com cpias da petio inicial, da contestao edos depoimentos j constantes dos autos, alm de outras peas cuja juntada forordenada pelo membro do MP.

  • 42 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB 2012

    Constar da carta precatria, de forma clara e destacada, o nome eo endereo da testemunha, bem como sua qualificao e quem a arrolou.

    Retornando cumprida a carta precatria, o servidor juntar aos autosprincipais, mas, transcorrido in albis o prazo para seu cumprimento, o servidorresponsvel promover imediata concluso dos autos ao membro do MP.

    2.3.4 Correio eletrnico

    As requisies e comunicaes feitas entre Promotorias seroencaminhadas, preferencialmente, por intermdio de correspondncia eletrnica(e-mail).

    A secretaria do cartrio poder valer-se do uso de scanner, com oobjetivo de se evitar a digitao de textos, quando necessria reproduo defolhas que acompanhem a solicitao das cartas precatrias encaminhadas aPromotoria deprecada.

    A fim de que se confirme a autenticidade da mensagem, dever oservidor fazer contato com a Promotoria deprecante antes do cumprimento,nas hipteses de cartas precatrias, conforme j mencionado anteriormente.

    No se aplicar o disposto neste dispositivo quando a mensagem, porsegurana, tiver especificidades que recomendem o uso da correspondnciatradicional.

    O documento remetido por correio eletrnico ser impresso e revisadopelo servidor, com expressa indicao da data de emisso, para juntada aosautos.

    Cada mensagem recebida ser, de imediato, confirmada pelodestinatrio, impressa e juntada aos autos.

    O servidor, especialmente designado para essa finalidade, deververificar diariamente, no incio e no final do expediente, a caixa postal eletrnicada respectiva secretaria.

    2.3.5 Convite

    Convite o ato de chamamento de algum Promotoria paracomparecimento espontneo, a fim de prestar algumainformao ou esclarecimento, sem, contudo, estar submetidos penas do crime de desobedincia ou possibilidade deconduo coercitiva.

  • 432012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

    Modelo de Convite:

    MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DA PARABAPromotoria de Justia de____________________

    Endereo completo, e nmero de telefone e fax

    Procedimento N: _________________Natureza: a mesma que consta no procedimento

    Ilustrssimo(a) Senhor(a)Nome do destinatrioCargo/funo que atualmente ocupa (se houver)Eendereo completo

    CONVITE

    O Ministrio Pblico do Estado da Paraba, atravs do(a) Promotor(a)de Justia, abaixo assinado(a), no uso de suas atribuies legais, CONVIDAVossa Senhoria para comparecer a esta Promotoria de Justia, no endereoacima, no dia _____/_____/_____, pelas___ horas, para ...

    Local e data.

    __________________________________Promotor(a) de Justia

  • 44 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB 2012

    2.4 CERTIDO

    So documentos ou declaraes, oriundos de servidorespblicos que, devidamente investidos nesta condio, provamou confirmam determinado ato ou fato.

    As certides servem como prova documental, podendo estar nointerior do procedimento ou serem expedidas de maneira avulsa, a pedido depessoa interessada, no intuito de elucidar a veracidade de determinadacircunstncia ou afirmao.

    2.5 AUDINCIAS

    a ocasio solene onde o rgo ministerial se dispe a escutaras partes, peritos ou testemunhas e demais interessados nodeslinde do procedimento.

    Nas Promotorias com mais de um Promotor, as audincias deveroobedecer a uma agenda nica, evitando-se a designao de mais de umaaudincia para o mesmo horrio.

    Na realizao das audincias, dever ser cumprido o horrio designadopara o seu incio, e na designao da pauta o espaamento dever refletir,tanto quanto possvel, o tempo previsto para a realizao do ato.

    A designao de audincia obedecer ordem sequencial de entradados processos, salvo por determinao do membro do MP.

    O membro do MP dever adotar providncias no sentido de nodesignar audincias em perodos nos quais esteja em gozo de frias, licena ouainda nos casos em que, por qualquer outro motivo, esteja afastado daPromotoria. Caso no seja possvel esta providncia, manter prvio ajustecom o seu substituto, para adequao da pauta.

    O adiamento de audincias medida excepcional, que somente deverser adotada quando impraticvel seja a realizao do ato.

    As pautas de audincia devero ser afixadas no quadro de avisos daPromotoria, para conhecimento das partes e dos interessados, com no mnimo24 (vinte e quatro) horas de antecedncia.

  • 452012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

    MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DA PARABAPromotoria de Justia de________________________

    Endereo completo, nmero de telefone e fax

    PAUTA DE AUDINCIAS

    Ms: _____/_____

    HORRIO PROCEDIMENTO NOME DAS PARTES ASSUNTO

    Local e data.

    Nome do(a) Servidor(a)Cargo

    Matrcula

  • 46 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB 2012

    Dever o servidor encarregado de secretariar as audincias examinar,dez (10) dias antes das datas designadas para as audincias, os respectivosprocedimentos, para verificar se todas as providncias foram tomadas. Havendoirregularidade ou omisso, far imediata comunicao ao servidor responsvel,para adoo das medidas necessrias.

    Quando a parte e/ou testemunha se tratar de autoridade com direitolegal, a determinao de horrio para comparecimento dever ser expedidoofcio sugerindo data para comparecimento, preferencialmente com consultainformal prvia.

    2.6 TERMO DE AUDINCIA

    O termo ou ata consiste em consignar, fiel e resumidamentepor escrito, tudo o que ocorrer na audincia, inclusive osdespachos e decises nela proferidas.

    O termo ou ata consignar os nomes de todos os presentes, bemcomo a hora do efetivo incio da audincia, independentemente do horriodesignado ou previsto.

    Nos processos fsicos, a ata ou termo de audincia sero impressosem, no mnimo, 02 (duas) vias.

    Sero identificados e subscrevero a ata ou termo de audincia omembro do MP que presidiu o ato, as partes e seus procuradores, bem como oservidor encarregado de secretari-la.

    Se as partes ou testemunhas, por qualquer motivo, se retirarem daaudincia sem subscrever a ata ou termo de audincia, ou se recusarem aassin-la, o servidor encarregado de secretariar a audincia lavrar certidosobre a ocorrncia.

    O servidor que secretariar a audincia trasladar para os autos a viaoriginal do termo ou ata.

    Quando houver adiamento, ou nova designao da audincia, a novadata ser marcada no prprio termo, com cincia imediata dos presentes,constando expressamente o motivo do adiamento.

    Em todos os depoimentos ou declaraes tomados nos autos, aquelesque os prestam devero ser qualificados, fazendo-se constar: nome, profisso,estado civil, endereo residencial e o nmero da carteira de identidade ou outrodocumento que a substitua.

    A retificaes ou acrscimos em termos ou atas de audincia nopodero ser efetuados por texto interlinear, mas por ata complementar ou

  • 472012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

    certido, na sequncia cronolgica dos acontecimentos, devidamente subscritapelo Promotor de Justia, com a cincia das partes, advogados e demaisinteressados presentes.

    As ocorrncias verificadas apenas depois do encerramento daaudincia sero dirimidas por despacho do Promotor de Justia no procedimento, vista da certido do servidor que as detectou.

    Modelo de Termo de Audincia:

    MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DA PARABAPromotoria de Justia de____________________

    Endereo completo e nmero de telefone e fax

    Procedimento N:________________

    TERMO DE AUDINCIA

    Aos ___________ dias do ms de ____________ do ano de____, porvolta das __________ horas, na sala de audincias desta Promotoria deJustia, ante a presena do(a) Excelentssimo(a) Promotor(a) de JustiaDr(a).________________, compareceu o(a) Sr(a). ________________(qualificao completa). Iniciada a audincia foi dito pelo(a) Exmo(a).Promotor(a) de Justia que (contedo da audincia). Nada tendo a relatar,foi encerrada a audincia, pelo(a) Excelentssimo(a) Promotor(a) de Justia,e foi por mim ______________________________, digitada e assinada.

    _________________________Promotor(a) de Justia

    Partes:

  • 48 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB 2012

    3 EXAME E CARGA DOS AUTOS

    3.1 DISPOSIES GERAIS

    Nenhum procedimento ser entregue, para retirada, a advogado,estagirio, perito ou parte autorizada, sem prvia assinatura do protocoloe/ou lanamento da carga no sistema de controle informatizado, sendoexpressamente vedada a entrega em confiana, devendo ser mantidorigoroso controle sobre as cargas de autos em geral, para qualquerpessoa.

    Dos processos ou procedimentos cuja tramitao se d em segredode justia, em andamento ou arquivados, s podero ter vistas as partes e osprocuradores devidamente habilitados nos autos.

    Os recibos de carga de autos sero arquivados em pastas prprias,desdobradas em nmero equivalente aos destinatrios (advogado, perito etc.),procedendo-se a inutilizao depois da devoluo dos autos e da respectivaanotao no sistema informatizado e/ou manual.

    Somente o servidor responsvel ou especialmente designado quepoder registrar a retirada e a devoluo dos autos no protocolo e/ou sistemade controle informatizado sempre rigorosamente atualizado.

    O servidor encarregado de efetuar a carga certificar nos autos,mediante impresso apropriado, o nome do advogado, estagirio, parte ouperito, a data em que os autos foram retirados e o nmero de folhas queeles contm.

    Todas as cargas devem receber as correspondentes baixas, assimque restitudos os autos, na presena do interessado. Da restituio deve serlanada certido nos autos.

    Quando os autos estiverem com vistas ao advogado, procuradorou perito, fora da secretaria, ultrapassado o prazo, dever o servidorresponsvel exigir sua devoluo, em 24 (vinte e quatro) horas, levando ofato ao conhecimento do membro do MP, se desatendido.

    No se permitir a retirada dos autos de cartrio quando: Neles estiverem juntados documentos originais de difcil

    restaurao ou ocorrer circunstncia relevante, assim declarada emdespacho motivado do Membro do MP, que justifique a permanncia dofeito na secretaria;

    O processo estiver sob segredo de justia, permitindo-se a vista aoadvogado habilitado nos autos, no interior das dependncias do cartrio daPromotoria.

  • 492012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

    3.2 DA CARGA DOS AUTOS AOS ADVOGADOS E ESTAGIRIOS

    O advogado constitudo nos autos ou o estagirio de Direito - estequando devidamente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, comprocurao e em assessoria conjunta com aquele - poder obter carga ou tervista na secretaria.

    Mesmo sem procurao, o advogado ou estagirio poder ter vistados autos dos processos findos ou em andamento, na secretaria, desde queestes no se encontrem sob segredo de justia, e sejam devidamenteautorizados pelo membro do MP.

    Quando se tratar de processo findo, poder o advogado ou estagirio,mesmo sem procurao, mediante requerimento escrito, ter vista ou retiraros autos, pelo prazo de 10 (dez) dias, salvo nos casos em que a lei repute osautos sigilosos.

    Deferido o requerimento pelo membro do Ministrio Pblico, asecretaria providenciar a exibio do processo findo, no prazo de at48 (quarenta e oito horas), estando o caderno processual no arquivoprovisrio e, em 10 (dez) dias, quando os autos estiverem no arquivodefinitivo.

    Em se tratando de procurador no constitudo, a retirada dos autosestar sempre condicionada prvia autorizao escrita do membro do MP,aps requerimento formulado pelo interessado.

    O advogado ou estagirio deve restituir, no prazo legal, os autos quetiver retirado do cartrio. No o fazendo, mandar o Promotor, de ofcio:

    I- notific-lo para que o faa em 24 (vinte e quatro) horas;II- cobrar, decorrido esse prazo, os autos no devolvidos, mediante

    expedio de notificao, para imediata entrega ao Oficial de Promotoria,encarregado da diligncia;

    III- comunicar o fato seo local da Ordem dos Advogados doBrasil (OAB).

    Ao advogado ou estagirio que no restituir os autos no prazo legal,e s o fizer depois de notificado, no ser mais permitida a vista fora da secretariaat o encerramento do processo.

    No havendo fluncia de prazo, os autos somente podero ser retiradosmediante requerimento.

    A vista dos autos ser concedida na secretaria, quando, havendodois (02) ou mais demandados com procuradores diversos, haja prazo comumpara falarem ou recorrerem.

    No caso de recursos, o prazo para interpor e para responder correr

  • 50 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB 2012

    na secretaria, onde sero examinados os autos, cuja retirada somente sepermitir quando:

    O prazo for autnomo ou como tal se apresentar, pelaexistncia, no curso do respectivo perodo, de um s legitimado ao recursoou resposta, ao qual se equipararo os litisconsortes com o mesmoprocurador.

    Comum o prazo, acordarem os interessados, por petio ou termonos autos, na sua diviso entre todos.

    4 ENCERRAMENTO DO PROCEDIMENTO

    4.1 DISPOSIES GERAIS

    De acordo com Art. 15 da Resoluo CPJ n. 001/2010 quandoesgotadas todas as possibilidades de diligncia, o membro do Ministrio Pblico,caso se convena da inexistncia de fundamento para a propositura de aocivil pblica, promover, fundamentadamente, o arquivamento do inqurito civilou do procedimento preparatrio.

    De posse do feito j despachado com a Promoo de Arquivamento,dever o servidor responsvel, ler a pea por completo, a fim de verificar seexiste alguma ltima diligncia a ser realizada.

    4.2 CINCIA S PARTES

    Antes de remeter o feito junto com a Promoo de Arquivamento aoConselho Superior do Ministrio Pblico, indispensvel que as partes tomemcincia do teor da Promoo de Arquivamento, que, de acordo com Art. 15, 1 da Resoluo CPJ n. 001/2010, dever ser de forma pessoal, por meio idneoou, ainda, atravs de publicao na imprensa oficial ou da lavratura de termode afixao de aviso no rgo do Ministrio Pblico, quando no localizados osque devem ser cientificados.

    Se, por ventura, no constar no corpo da Promoo de Arquivamentoo nome das partes a que se deve cientificar, caber ao servidor identific-las e,em caso de dvidas, deve-se solicitar a informao ao membro do MinistrioPblico, autor da Promoo de Arquivamento.

    4.3 ANOTAES NECESSRIAS

    Cientificadas as partes, o servidor responsvel dever fazer as devidas

  • 512012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

    anotaes nos livros de registro, bem como nos sistemas de controle existentes,a exemplo do MP Virtual, deixando-os totalmente atualizados.

    4.4 BAIXA REGISTRAL:

    Cumpridas todas as diligncias constantes na Promoo deArquivamento, o feito poder ter sua baixa registral, ao que deve ser tambmregistrada nos livros e sistemas existentes.

    Baixa registral o ato que assinala o fim da tramitao doprocedimento.

    O servidor responsvel poder utilizar o carimbo de baixa (vejafigura abaixo), que dever ser colocado tanto no verso da ltima folha doprocedimento quanto na capa.

    Carimbo de Certido de Baixa Registral:

    CERTIDO

    Certifico que dei baixa na distribuio dos presentesautos em: _____/_____/____. Dou f.

    Local e data

    ____________________________________Carimbo do servidor (nome, cargo e matrcula)

    Nesta fase, o servidor no dever utilizar o carimbo de arquivamento,tendo em vista que o procedimento apenas teve o seu registro baixado, paraposterior anlise do arquivamento.

    4.5 REMESSA DOS AUTOS AO CONSELHO SUPERIOR DOMINISTRIO PBLICO:

    Ainda como pode-se observar no Art. 15 1 da Resoluo CPJ n.001/2010, os autos do inqurito civil ou do procedimento preparatrio, juntamente

  • 52 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB 2012

    com a promoo de arquivamento, devero ser remetidos ao Conselho Superiordo Ministrio Pblico.

    O Conselho Superior do Ministrio Pblico (CSMP) um rgodeliberativo da Administrao Superior da Instituio, incumbido de fiscalizare superintender a sua atuao, bem como velar pelos seus princpiosinstitucionais.

    O CSMP integrado pelo Procurador-Geral de Justia, peloCorregedor-Geral do Ministrio Pblico, na qualidade de membros natos e porcinco (05) Procuradores de Justia, eleitos bienalmente, na forma disciplinadano Ttulo II, Captulo II, Seco III da Lei Complementar N 97, de 22 dedezembro de 2010 (Lei Orgnica do Ministrio Pblico), que tem, dentre outras,competncia para homologar ou rejeitar o arquivamento, ou ainda converter ojulgamento em alguma diligncia.

    4.6 REMESSA DA PROMOO DE ARQUIVAMENTO AO CAO:

    A fim de dar publicidade promoo de arquivamento, bem comofomentar a implementao de um banco de dados para consultas posteriores,dever o servidor responsvel remeter cpia da promoo de arquivamento aoCentro de Apoio Operacional correspondente Promotoria de Justia na qualtramitava o feito.

    A remessa dever ser feita por meio eletrnico (e-mail), sendo osendereos os especificados no quadro a seguir:

  • 532012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

  • 54 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB 2012

    4.7 HOMOLOGAO OU NO DO ARQUIVAMENTO.

    Quando o Conselho Superior do Ministrio Pblico apreciar apromoo de arquivamento e a considerar homologada, o feito retornar aorgo ministerial de origem.

    Baixados os autos do CSMP, imprescindvel examinar a pea dahomologao a fim de verificar se no existe nenhuma ressalva ou determinaoda autoridade superior.

    Quando o membro do Ministrio Pblico analisar a homologao pode-se, enfim, arquivar o feito.

    4.8 ARQUIVAMENTO DEFINITIVO.

    Aps a determinao do membro do Ministrio Pblico, o servidorresponsvel dever anotar nos livros de registro e nos sistemas existentes, asdatas em que o arquivamento foi homologado, em que os autos foram devolvidos Promotoria de Justia de origem e a data do arquivamento. Dever aindacarimbar a capa do procedimento com a data do arquivamento, utilizando estemodelo de carimbo:

    Carimbo de Termo de Arquivamento:

    TERMO DE ARQUIVAMENTO

    Em: _____/_____/_____, fiz o arquivamento dopresente feito. Do que, para constar, lavrei o presentetermo. Dou f.

    Local e data__________________________________Carimbo do servidor (nome, cargo e matrcula)

    4.9 REMESSA AO ARQUIVO MORTO

    O procedimento arquivado dever permanecer no arquivo provisrioda Promotoria de Justia onde teve origem at 06 (seis) meses depois do seuarquivamento. Transcorrido tal prazo, poder-se- proceder sua remessa parao arquivo morto.

  • 552012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

    5 PROPOSITURA DA AO COMPETENTE

    Optando o representante ministerial pelo ajuizamento de Ao CivilPblica, os autos do procedimento preparatrio ou do inqurito civil serviro dearsenal probatrio da petio inicial, devendo-se, desta feita, reproduzi-lointegralmente para acost-los ao documento vestibular da ao judicial, bemcomo mantendo-se uma cpia na Promotoria, certificando-se, para tanto, o fimda tramitao procedimental e a sua judicializao, procedendo-se, na sequncia, sua baixa registral.

    CERTIDO

    CERTIFICO que o presente procedimento foijudicializado atravs do Processo N _____, e que, emrazo disso, procedo baixa registral destes autos. Doque, para constar, lavrei o presente termo. Dou f.

    Local e data__________________________________Carimbo do servidor (nome, cargo e matrcula)

    Findo este ato, encerram-se s providncias cartorrias ministeriais,devendo o servidor, quando necessrio, continuar a auxiliar o membro doMinistrio Pblico nos autos judiciais, tais como no recebimento de processose distribuio, nas Promotorias onde oficiam mais de um representanteministerial.

    O servidor dever seguir, na ntegra, a Resoluo do CPJ 001/2010,ficando atento a qualquer modificao que venha alter-la.

  • 572012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

    REFERNCIAS

    BRASIL. Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988.2009. Disponvel em: . Acesso em: 13 ago. 2012.

    _______. Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. Disponvel em: . Acesso em: 10 jun. 2012.

    _______. Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Disponvel em:. Acesso em:10 jun. 2012.

    _______. Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Disponvelem: . Acesso em: 12 jun. 2012.

    _______. Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941. Disponvelem: .Acesso em: 15 jun. 2012.

    _______. Lei Complementar N 75, de 20 de maio de 1993. Disponvelem:. Acessoem: 13 ago. 2012.

    _______. Lei 8.625, de 12 de fevereiro de 1993. Disponvelem: Acesso em: 13ago. 2012.

    _______. Conselho Nacional do Ministrio Pblico. Resoluo n 63, de1 de dezembro de 2010. Disponvel em: . Acesso em: 5 maio 2012.

    ______. Presidncia da Repblica. Manual de redao da Presidncia daRepblica. Gilmar Ferreira Mendes e Nestor Jos Forster Jnior. 2. ed. rev. eatual. Braslia: Presidncia da Repblica, 2002. Disponvel em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm >. Acesso em: 23 out. 2012.

  • 58 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB 2012

    https://uspdigital.usp.br/proteos/manual/glossario.htm

    PARAIBA. Ministrio Pblico. Resoluo CPJ n 001/210. Regulamenta atramitao de Inqurito civil e procedimento preparatrio, como mtodo deinvestigao civil no mbito do Ministrio Pblico da Paraba, em adequaocom a Resoluo CNMP n 23, de 17 de setembro de 2001, alterada pelaResoluo CNMP n 35, de 23 de maro de 2009. Coletnea de normas doMinistrio Pblico da Paraba, Joo Pessoa, p.386, 2011.

    PARABA. Tribunal de Justia. Secretaria de Recursos Humanos. Manualde Prticas Cartorrias Cveis/Tribunal de Justia. Coordenadoria deDesenvolvimento de Recursos Humanos e Programas Especiais. - JooPessoa: TJPB, 2010.

    PEDRO, Fbio Nadal. Do direito de petio e obteno de certides junto sreparties pblicas. Jus Navigandi, Teresina, ano 6, n. 50, 1 abr. 2001 .Disponvel em: . Acesso em: 27 nov.2012.

    SILVA, De Plcido e. Vocabulrio jurdico. (Atualizadores: Nagib

    Slaibi Filho eGlucia Carvalho). Rio de Janeiro: Forense, 2005.

  • 592012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

    ANEXO:

    ESTADO DA PARABAMINISTRIO PBLICO

    COLGIO DE PROCURADORES DE JUSTIA

    Resoluo CPJ n. 001/2010

    Regulamenta a tramitao de Inqurito Civil eprocedimento preparatrio, como mtodo deinvestigao cvel no mbito do Ministrio Pblicoda Paraba, em adequao com a Resoluo CNMPN 23, de 17 de setembro de 2001, alterada pelaResoluo CNMP N 35, de 23 de maro de 2009.

    O Colgio de Procuradores de Justia, no exerccio de suasatribuies que lhe so conferidas pelo artigo 16, inciso II, parte final, da LeiOrgnica do Ministrio Pblico da Paraba, e

    Considerando a necessidade de disciplinar de maneira adequada atramitao do inqurito civil pblico e procedimento preparatrio, comoinstrumentos que permitem a tutela dos direitos e garantias a cargo do MinistrioPblico, nos termos do artigo 129, inciso III, da Constituio Federal e deacordo com o que dispem a Lei Complementar Estadual n 19/94 e as LeisFederais ns. 8.625/93 e 7.347/85;

    Considerando neste mesmo sentido, a necessidade de uniformizaoprevista na Resoluo CNMP n. 23/2007, com as alteraes introduzidas pelaResoluo CNMP n 35/2009, ambas do Conselho Nacional do MinistrioPblico, com repercusso na vigncia da anterior Resoluo CPJ n. 02/2005,

    R E S O L V E:

    Captulo IDa Instaurao do Inqurito Civil

    Art. 1 O inqurito civil, procedimento de natureza unilateral e

  • 60 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB 2012

    facultativa, ser instaurado para apurar fato que possa autorizar a tutela dosinteresses ou direitos a cargo do Ministrio Pblico nos termos da legislaoaplicvel, servindo como preparao para o exerccio das atribuies inerentess suas funes institucionais.

    Pargrafo nico. O inqurito civil no condio de procedibilidadepara o ajuizamento das aes a cargo do Ministrio Pblico, nem para arealizao das demais medidas de sua atribuio prpria.

    Art. 2 Caber ao membro do Ministrio Pblico investido daatribuio para propositura da ao civil pblica a responsabilidade pelainstaurao de inqurito civil.

    1 Havendo atribuies concorrentes entre membros do MinistrioPblico no mesmo rgo de execuo, ocorrer, por determinao daCoordenao da Promotoria, a distribuio diria e por ordem de recebimento,de forma equitativa e sequencial, de quaisquer peas de informao,comunicaes, representaes e outros documentos, observando-se, ainda,eventual conexo com procedimento preparatrio ou inqurito civil pblico jinstaurado.

    2 Se, do exame dos fatos noticiados nas peas de informaes ououtros documentos relacionados no pargrafo anterior, for verificada a atribuiode outro rgo de execuo, inclusive de outro Estado ou do Ministrio Pblicoda Unio, at mesmo para anlise do aspecto penal, haver o imediatoencaminhamento, por ofcio, ao rgo de execuo com a atribuio especficapara tal.

    3 Eventual conflito negativo ou positivo de atribuio ser suscitado,fundamentadamente, nos prprios autos ou em petio dirigida ao Procurador-Geral de Justia, que decidir a questo no prazo de trinta dias, de acordo coma Lei Complementar Estadual n 19/94.

    Art. 3 A instaurao do inqurito civil dar-se-:I - de ofcio;II - em face de requerimento ou representao formulada por

    qualquer pessoa;III em virtude de comunicao de outro rgo do Ministrio Pblico

    ou qualquer autoridade;IV - atravs de designao do Procurador-Geral de Justia, cabvel

    apenas na hiptese de delegao de sua atribuio originria, em caso especfico,ou de soluo de conflito de atribuies;

    V - por determinao do Conselho Superior do Ministrio Pblico,quando der provimento ao recurso interposto contra a deciso que indefirarepresentao para instaurao de inqurito civil.

  • 612012 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB

    1 A atuao de ofcio ocorrer, em caso de conhecimento, porqualquer forma, de fatos que, em tese, constituam leso aos interesses oudireitos mencionados no artigo 1 desta Resoluo.

    2 Nas hipteses dos incisos II e III, as informaes enviadas deverofornecer, por qualquer meio legalmente permitido, dados sobre o fato e seuprovvel autor, bem como a qualificao mnima que permita sua identificaoe localizao.

    3 Caso as informaes encaminhadas por qualquer pessoa, nosmoldes do inciso II, tenham sido prestadas verbalmente, o Ministrio Pblicoreduzir a termo as declaraes.

    4 O conhecimento por manifestao annima, justificada, noimplicar ausncia de providncias, desde que obedecidos os mesmosrequisitos para as representaes em geral, constantes no 2, deste mesmoartigo.

    5 A falta de formalidade no implica indeferimento do pedidode instaurao de inqurito civil, salvo se, desde logo, mostrar-seimprocedente a notcia, atendendo-se, na hiptese, o disposto no artigo 7desta Resoluo.

    6. Uma cpia da portaria ser obrigatoriamente encaminhada Procuradoria Geral de Justia ou ao Conselho Superior do Ministrio Pblico,nas situaes dos incisos IV e V.

    Art. 4 O inqurito civil ser instaurado por meio de portaria, numeradaem ordem crescente, renovada anualmente, autuada e registrada no livro prprio,devendo conter, necessariamente:

    I - o fundamento legal que autoriza a ao do Ministrio Pblico e adescrio do fato objeto do inqurito civil;

    II - o nome e a qualificao possvel da pessoa a quem o fato atribudo;

    III - o nome e a qualificao do autor da representao, se for ocaso;

    IV a data e o local da instaurao e a determinao de dilignciasiniciais;

    V a designao do secretrio, mediante termo de compromisso,quando couber;

    VI - a determinao de afixao da portaria no local de costume,bem como a de remessa de cpia para publicao, inclusive por extrato eatravs de meio eletrnico.

    Pargrafo nico. Se, no curso do inqurito civil, novos fatos indicaremnecessidade de investigao de objeto diverso do que estiver sendo investigado,

  • 62 Manual de Prticas Cartorrias do MPPB 2012

    o membro do Ministrio Pblico poder aditar a portaria inicial ou determinar aextrao de peas para instaurao de outro inqurito civil, respeitadas asnormas incidentes quanto diviso de atribuies.

    Captulo IIDo Procedimento Preparatrio

    Art. 5 Para complementar as informaes previstas nos artigos 6e 7 da Lei n 7.347/85 (Lei da Ao Civil Pblica), passveis de autorizar atutela dos interesses ou direitos mencionados no artigo 1 desta Resoluo, oMinistrio Pblico poder instaurar procedimento preparatrio, visando apurarelementos para identificao dos investigados ou do objeto.

    1 O procedimento preparatrio dever ser autuado com numeraosequencial do inqurito civil e registrado em sistema prprio, mantendo-se anumerao quando de eventual converso.

    2 Em se tratando de matria divulgada pelos rgos decomunicao, o rgo de execuo do Ministrio Pblico, ao instaurar oprocedimento preparatrio, poder solicitar ao responsvel que, no prazo de 10(dez) dias, fornea, querendo, mais informaes quanto especificao dofato a ser investigado, aos elementos documentais e aos indcios de veracidade.

    3 O procedimento preparatrio dever ser concludo no prazo de90 (noventa) dias, prorrogvel por igual prazo, uma nica vez, em caso demotivo justificvel e de forma fundamentada.

    4 Vencido este prazo, o membro do Ministrio Pblico promoverseu arquivamento, ajuizar a respectiva ao civil pblica ou o converter eminqurito civil.

    5 A converso em inqurito civil pblico poder ser realizada pordespacho devidamente fundamentado, observando-se os requisitos do artigo4, no havendo a necessidade de confeco de nova portaria, caso esta jtenha sido instaurada para o procedimento preparatrio.

    Art. 6 Aplica-se, no que couber, o disposto no Captulo I instauraode procedimento preparatrio.

    Captulo IIIDo indeferimento de Requerimento de Instaurao do Inqurito

    Civil

    Art. 7 Em caso de evidncia de que os fatos narrados na

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    representao no configurem leso aos interesses ou direitos mencionadosno artigo 1 desta Resoluo, se o fato j tiver sido objeto de investigao ou deao civil pblica ou, ainda, se os fatos apresentados j se encontraremsolucionados, o membro do Ministrio Pblico, no prazo mximo de trinta dias,indeferir o pedido de instaurao de inqurito civil, em deciso fundamentada,da qual se dar cincia pessoal ao representante e ao representado.

    1 Do indeferimento caber recurso administrativo, com asrespectivas razes, no prazo de dez dias, a contar da respectiva cincia.

    2 Expirado o prazo de 10 (dez) dias, os autos sero arquivados naprpria origem, registrando-se no sistema respectivo, mesmo sem manifestaodo representante.

    3 As razes de recurso sero protocoladas junto ao rgo queindeferiu o pedido, devendo ser remetidas, caso no haja reconsiderao, noprazo de trs dias, juntamente com a representao e com a deciso impugnada,ao Conselho Superior do Ministrio Pblico para a devida apreciao.

    4 Do recurso sero notificados os interessados para, querendo,oferecer contra-razes.

    5 Na hiptese de atribuio originria do Procurador-Geral, caberpedido de reconsiderao no prazo e na forma do pargrafo primeiro.

    Captulo IVDa Instruo

    Art. 8 A instruo do inqurito civil e do procedimento preparatrioser presidida por membro do Ministrio Pblico a quem for conferida essaatribuio, nos termos da lei.

    1 O servidor efetivo, com lotao do respectivo rgo deexecuo, se encarregar de secretariar o inqurito civil ou procedimentopreparatrio e, caso isso no seja possvel, por qualquer motivo, ocorrerdesignao, mediante termo de compromisso, de outro servidor pelo membrodo Ministrio Pblico.

    2 Para o esclarecimento do fato objeto de investigao, deveroser colhidas todas as provas permitidas pelo ordenamento jurdico, com a juntadadas peas em ordem cronolgica de apresentao, devidamente numeradasem ordem crescente.

    3 As diligncias de carter probatrio, sobretudo de contedotcnico, podero ser elaboradas por servidor do Ministrio Pblico ou atravsde colaborao prestadas por rgos e entidades conveniados.

    4 Todas as diligncias sero documentadas mediante termo ou

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    auto circunstanciado. 5 As declaraes e os depoimentos sob compromisso sero

    tomados por termo pelo membro do Ministrio Pblico, assinado pelos presentesou, em caso de recusa, na aposio da assinatura por duas testemunhas.

    6 As requisies ou notificaes dirigidas ao Governador do Estadoe aos Presidentes da Assemblia Legislativa, do Tribunal de Justia e do Tribu-nal de Contas Estadual sero solicitadas ao Procurador-Geral de Justia,observando-se os requisitos do 10.

    7 Aplica-se o disposto no pargrafo anterior em relao aos atosdirigidos aos Conselheiros do Conselho Nacional de Justia e do ConselhoNacional do Ministrio Pblico.

    8 O Ministrio Pblico poder deprecar diretamente a qualquerrgo de execuo a realizao de diligncias necessrias para a investigao.

    9 A pedido da pessoa notificada ou requisitada, haver ofornecimento de comprovao escrita do seu comparecimento.

    10. Os rgos de administrao e demais estruturas administrativasdo Ministrio Pblico, em suas respectivas atribuies, prestaro apoioadministrativo e operacional para a realizao dos atos do inqu