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Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras Programa de Formação Ação QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCIC Versão 01 de 20.11.2019

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Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras

Programa de Formação Ação

QI PME 2020 – 2º Ciclo

Organismo Intermédio CEC/CCIC

Versão 01 de 20.11.2019

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Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

ÍNDICE

1. Introdução …………………………………………………………………………………………………………………………………… 4

2. Objetivos ……………………………………………………………….…………………………………………………..………………… 4

3. Entidades Promotoras …………………..…………………………………………………………………………………………….. 4

4. Entidades Beneficiárias (PME) …………………………………………………………………………………………………….. 5

5. Elegibilidade dos Formandos ……………………………………………………………………………………………………….. 7

6. Área geográfica da Operação …………………………………………………………………………………………………..….. 7

7. Âmbito Sectorial ………………………………………………………………………………………………………………………….. 7

8. Áreas Temáticas …………………………………………………………………………………………………………………………… 8

9. Modalidade de Formação ………………………………………………………………………………………………………….... 9

10. Estrutura de Intervenção - Plano de Ação ………………………………………………………………………………….. 9

11. Desenho Formativo ……………………………………………………………………………………………………………………. 12

12. Modelo de Intervenção ……………………………………………………………………………………………………………… 12

13. Organização do Projeto Formativo …………………………………………………………………………………………….. 14

13.1. Equipas de Intervenção ……………………………………………………………………………………………………… 14

13.2. Promoção e Divulgação ……………………………………………………………………………………………………… 14

13.3. Seleção das Entidades Beneficiárias …………………………………………………………………………………… 16

13.4. Calendarização ………………………………………………………………………………………………………………….. 18

13.5. Logística …………………………………………………………………………………………………………………………….. 18

13.6. Coordenação Pedagógica …………………………………………………………………………………………………… 18

13.7. Comunicação do Início do Projeto ……………………………………………………………………………………… 18

13.8. Pedidos de Reembolso ………………………………………………………………………………………………………. 19

13.9. Carregamento da Execução Física ……………………………………………………………………………………… 23

13.10. Pedidos de Alteração ………………………………………………………………………………………………………. 26

14. Indicadores Contratualizados …………………………………………………………………………………………………….. 26

14.1. Indicadores de Resultado …………………………………………………………………………………………………… 26

14.2. Indicadores de Realização …………………………………………………………………………………………………. 26

14.3. Aferição das Metas Contratualizadas …………………………………………………………………………………. 26

15. Contratação Pública …………………………………………………………………………………………………. 27

16. Regras da Formação-Ação ………………………………………………………………………………………………………….. 29

17. Tratamento do IVA relativo à Componente de Consultoria ………………………………………………………… 30

18. Recomendação Contabilística ……………………………………………………………………………………………………. 30

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Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

19. Despesas Elegíveis e Financiamento …………………………………………………………………………………………… 30

20. Acompanhamento da Execução …………………………………………………………………………………………………. 31

21. Verificação e Controlo ……………………………………………………………………………………………………………….. 34

22. Legislação …………………………………………………………………………………………………………………………………… 35

23. Dúvidas, Esclarecimentos, Informações ……………………………………………………………………………………… 35

24. Anexos …………………………………………………………………………………………………………………………………..…… 36

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Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

1. INTRODUÇÃO

No âmbito do Contrato de Delegação de Competências celebrado com a Autoridade de Gestão do

Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (POCI), o CEC/CCIC, enquanto Organismo

Intermédio (OI), encontra-se a gerir o Programa de Formação-Ação QI PME 2020, co-financiado pelo

FSE, enquadrado na Prioridade de Investimento (PI) 8.5 do Eixo III do domínio da Competitividade e

Internacionalização do Portugal 2020. Mais especificamente desenvolvido na modalidade Projetos

Conjuntos do Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização das PME, do COMPETE 2020.

Este Manual de Procedimentos (MP) destina-se às Entidades Promotoras selecionadas no âmbito do

Aviso nº10/SI/2019 (Anexo 1) lançado para a seleção de projetos de formação-ação enquadrados no

Programa QI PME 2020 – 2º Ciclo e tem como objetivo uniformizar procedimentos e circuitos, de forma

a assegurar a sua correta e transparente utilização.

O presente Manual não substitui a legislação, propondo-se, antes, constituir um guia de apoio às

Entidades Promotoras, pelo que em tudo quanto não estiver previsto no presente documento são

aplicáveis os diplomas gerais do FSE e específicos da Tipologia de Formação-Ação.

2. OBJETIVOS

Pretende-se intensificar a formação dos empresários e gestores para a reorganização e melhoria das

capacidades de gestão, assim como dos trabalhadores das empresas através de:

Qualificação específica dos trabalhadores em domínios relevantes para a estratégia de inovação,

internacionalização e modernização das empresas;

Aumento das capacidades de gestão das empresas para encetar processos de mudança e

inovação;

Promoção de ações de dinamização e sensibilização para a mudança e intercâmbio de boas

práticas.

3. ENTIDADES PROMOTORAS

Entidades privadas sem fins lucrativos, de natureza associativa e com atividades dirigidas a PME e que

cumpram as condições de acesso previstas nos artigos 12.º e 13.º do Decreto-Lei nº 159/2014, de 27 de

outubro, na sua atual redação, e nos artigos 5.º, 47.º e 48.º do RECI, na sua atual redação.

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Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

4. ENTIDADES BENEFICIÁRIAS (PME)

As PME a intervencionar devem observar o conceito de empresa e as condições de elegibilidade

previstas no artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 159/2014, na sua atual redação, e nos artigos 4.º, 5.º e 48.º

do RECI, na sua atual redação, designadamente:

Ser PME na aceção da Recomendação nº 2003/361/CE, da Comissão Europeia, de 6 de maio,

relativa à definição de micro, pequena e média empresa;

Comprovar o seu estatuto PME à data de adesão ao projeto, a qual deve corresponder a data

igual ou posterior à data de concessão do apoio ao projeto.

Para efeitos de comprovação do estatuto PME, deve ser obtida ou atualizada a correspondente

Certificação Eletrónica prevista no Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 de novembro alterado pelo

Decreto-Lei n.º 143/2009, de 16 de junho, através do sítio do IAPMEI (www.iapmei.pt);

Cumprir as condições necessárias para o exercício da atividade (Anexo 2 – Licenciamento

PME);

Ter a situação tributária e contributiva regularizada perante, respetivamente, a administração

fiscal e a segurança social; As Entidades promotoras têm de comprovar, em cada pedido de

pagamento, a situação regularizada perante a administração fiscal e a segurança social das PME

em intervenção.

Ter situação regularizada em matéria de reposição, no âmbito dos financiamentos dos fundos

europeus estruturais e de investimento (FEEI);

Estar ou ter investimento localizado em uma das regiões menos desenvolvidas NUT II Centro

Estarem ou na NUT II Centro;

Ter atuação setorial de acordo com as CAE identificadas no ponto 7 do Aviso nº10/SI/2019;

Dispor de contabilidade organizada, nos termos da legislação aplicável e com as especificações

a seguir indicadas;

Apresentar uma situação económico-financeira equilibrada, através de situação líquida positiva

com referência ao ano pré-projeto, conforme definido no Anexo F ao RECI, na sua atual

redação;

Para as PME que se constituem como Empresários em Nome Individual (com registo de NIF

individual), no cumprimento da legislação aplicável em matéria de contabilidade simplificada,

não reunindo desta forma os requisitos para aferição da situação líquida nos termos fixados na

alínea a) do n.º 1 do Anexo F do RECI, na sua atual redação, estabelece-se para aferição da

capacidade de financiamento da operação o cumprimento da seguinte condição: o somatório

de 15% das vendas de produtos e 75% das prestações de serviços seja igual ou superior ao

valor do investimento total que cabe à PME no projeto;

Para as PME que se constituíram como Empresários em Nome Individual (com registo de NIF

Individual) há menos de um ano, por referência à data de adesão ao projeto, não reunindo

desta forma os requisitos para aferição dos capitais próprios nos termos fixados no n.º 4 Anexo

F do RECI, na sua atual redação, é estabelecido para aferição da capacidade de financiamento

da operação a seguinte condição: o volume de negócios (vendas e prestação de serviços)

expectável a realizar no ano (recolhido na declaração de início de atividade) seja igual ou

superior a 20% da despesa elegível da sua participação no projeto. Não sendo admissíveis como

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Empresários em Nome Individual que não declaram volume de negócios ou que o declaram em

valor sem expressão compatível com o custo da sua intervenção no âmbito do projeto;

Ter disponibilidade de dotação em “de minimis”;

Não ser uma empresa em dificuldade, de acordo com a definição prevista no artigo 2.º do

Regulamento (UE) n.º 651/2014, de 16 de junho;

Declarar que não se trata de uma empresa sujeita a uma injunção de recuperação, ainda

pendente, na sequência de uma decisão anterior da Comissão que declara um auxílio ilegal e

incompatível com o mercado interno, conforme previsto na alínea a) do n.º 4 do artigo 1.º do

Regulamento (UE) n.º 651/2014, de 16 de junho;

Não deter nem ter detido capital numa percentagem superior a 50%, por si ou pelo seu

cônjuge, não separado de pessoas e bens, ou pelos seus ascendentes e descendentes até ao 1º

grau, bem como por aquele que consigo viva em condições análogas à dos cônjuges, em

empresa que não tenha cumprido notificação para devolução de apoios no âmbito de uma

operação apoiada por fundos europeus;

Declarar que não tem salários em atraso;

Para além dos requisitos de elegibilidade supramencionados, as entidades promotoras devem garantir

simultaneamente que:

Uma mesma PME deverá participar apenas num projeto de formação-ação no presente ciclo de

Avisos 2019/2021. Excecionalmente poderá ser admitida a participação de uma mesma PME

num segundo projeto, desde que em temáticas diferentes, não disponíveis em simultâneo em

ambos os projetos, e desde que sejam devidamente fundamentados e justificados os impactos

previsíveis desta multiplicidade de temáticas no crescimento e competitividade da empresa;

Uma mesma PME só pode ser intervencionada em mais de uma temática no mesmo projeto

quando estiverem objetivamente fundamentados os efeitos benéficos dessa multiplicidade na

competitividade da empresa, nomeadamente na adoção de novos métodos e processos

organizacionais e tecnológicos;

Cada projeto apenas poderá admitir PME que já tenham sido intervencionadas em anteriores

projetos de formação-ação enquadrada do Portugal2020, até um máximo de 25% do total de

PME a intervencionar. Assim, cada projeto deve ter pelo menos 75% de novas PME, que nunca

tenham sido intervencionadas no âmbito da tipologia formação-ação enquadrada no Portugal

2020. A verificação deste critério será efetuada aquando do registo da cativação em “de

minimis”, constituindo-se como condição de admissibilidade da PME.

Excecionalmente poderá verificar-se um número menor de novas PME a intervencionar,

mediante a devida justificação do Organismo Intermédio e autorização por parte da Autoridade

de Gestão.

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Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

5. ELEGIBILIDADE DOS FORMANDOS

São considerados formandos, no âmbito da formação-ação, todos aqueles que tenham um vínculo

contratual com a empresa abrangida na formação-ação, não estando previsto, para efeitos de

elegibilidade de um formando, situações em que o vínculo à PME é suportado num contrato de

prestação de serviços.

Para que um trabalhador possa ser considerado formando elegível terá que ter efetivamente contrato

de trabalho com a empresa, sendo no entanto possível admitir num grupo formativo (ação), em

situações justificadas e apenas para a modalidade “de minimis”, trabalhadores ao serviço de empresas

fornecedoras ou clientes da PME participantes.

Por conseguinte, uma ação deve ser maioritariamente dirigida aos ativos da PME a intervencionar, pelo

que a admissão de outros ativos externos não pode ser em número superior a 50% do total dos

formandos, salvo em casos devidamente fundamentados.

Um sócio-gerente (verificável através da Certidão Permanente da PME beneficiária) também poderá ser

considerado formando, ainda que não aufira qualquer remuneração. Caso diferente é dos sócios não

gerentes, que não devem ser considerados elegíveis.

6. ÁREA GEOGRÁFICA DA OPERAÇÃO

Apenas são consideradas elegíveis no âmbito da formação-ação apoiada as entidades beneficiárias –

PME, localizadas na NUTS II do Centro.

A localização do projeto corresponde à região onde se localizam os estabelecimentos das PME

beneficiárias nos quais irá ser realizado o investimento.

A entidade promotora do projeto só pode considerar no projeto, PME cujo(s) estabelecimento(s) no(s)

qual(/ais) irá ser concretizado o investimento se localize na NUTS II do Centro.

7. ÂMBITO SECTORIAL

São elegíveis os projetos inseridos em todas as atividades económicas admissíveis no RECI, na sua atual

redação, com especial incidência para aquelas que visam a produção de bens e serviços transacionáveis

e/ou internacionalizáveis e não digam respeito a serviços de interesse económico geral, salvo as que são

expressamente excluídas nos termos abaixo enunciados.

O conceito de bens e serviços transacionáveis inclui os bens e serviços produzidos em setores expostos à

concorrência internacional e que podem ser objeto de troca internacional demonstrado através de:

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Vendas ao exterior (exportações);

Prestação de serviços a não residentes, devendo este volume de negócios encontrar-se

relevado enquanto tal na contabilidade das empresas beneficiárias do projeto conjunto.

Consideram-se serviços de interesse económico geral, as atividades de serviço comercial que

preenchem missões de interesse geral, estando, por conseguinte, sujeitas a obrigações específicas de

serviço público (artigo 106.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia). É o caso das

empresas encarregadas da gestão de serviços de interesse económico geral, nomeadamente, dos

serviços em rede de transportes, de energia e de comunicações.

Conforme estabelecido no artigo 4.º do RECI, na sua atual redação, não são elegíveis:

as CAE (Classificação Portuguesa de Atividades Económicas - CAE, revista pelo Decreto-Lei n.º

381/2007, de 14 de novembro) que incidam nas seguintes atividades:

a) Financeiras e de seguros;

b) Defesa; e

c) Lotarias e outros jogos de aposta.

os projetos de investimento incluídos no âmbito dos contratos de concessão com o estado

(Administração Central ou Local) e para o exercício dessa atividade concessionada.

Estão ainda excluídos deste concurso os projetos que incidam nas seguintes atividades:

a) Secção A – divisão 01;

b) Secção H – divisão 53;

c) Secção S – divisão 94;

d) Secção T – divisões 97 e 98;

e) Secção U – divisão 99.

Devido a restrições europeias específicas em matéria de auxílios estatais, são também excluídas deste

concurso as atividades identificadas no ponto II do Anexo B do RECI.

8. ÁREAS TEMÁTICAS

As entidades promotoras deverão desenvolver o seu projeto de formação-ação nas áreas temáticas

aprovadas em sede de candidatura, designadamente:

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9. MODALIDADE DE FORMAÇÃO

A formação-ação é uma modalidade formativa desenvolvida em contexto organizacional e que mobiliza

e internaliza competências necessárias à prossecução de resultados que visam sustentar estratégias de

mudança empresarial. Os tempos de formação e de ação surgem sobrepostos e a aprendizagem vai

sendo construída através do desenvolvimento das interações orientadas para os saberes-fazer técnicos

e relacionais. Trata-se assim de uma metodologia que implica a mobilização em alternância das

vertentes de formação (em sala) e de consultoria (on the job):

10. ESTRUTURA DE INTERVENÇÃO - PLANO DE AÇÃO

Os projetos poderão ser desenvolvidos entre 2019 e 2021, com uma duração máxima de 24 meses, e de

acordo com o seguinte padrão:

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Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

Para a estruturação das temáticas, a entidade promotora deverá atender às seguintes orientações:

10.1. Duração da intervenção:

a) Microempresas (0 a 9 trabalhadores): 175 horas de formação-ação repartidas por 100 horas de

consultoria e 75 horas de formação teórica;

b) Pequenas empresas (10 a 49 trabalhadores): 200 horas de formação-ação distribuídas

equitativamente pela componente de consultoria e pela componente de formação teórica;

c) Médias empresas (50-249 trabalhadores): 275 horas de formação-ação repartidas por 150

horas de consultoria e 125 horas de formação teórica;

d) Empresários de micro e PME (específico da temática “Gestão estratégica e operacional”): 125

horas de formação-ação repartidas por 75 horas de consultoria e 50 horas de formação teórica.

Refira-se que, no caso de empresas que no decorrer do projeto alterem a sua tipologia (exemplo:

passarem de micro empresa para pequena empresa), e se do ponto de vista administrativo for ainda

viável enquadrar a PME no grupo à qual deve pertencer face à sua nova realidade dimensional, tal deve

ser diligenciado, pois beneficiará a PME (sobretudo em função das horas a ministrar tendo em conta a

dimensão de micro, pequena e média).

Se a PME, no desenrolar do processo deixar de o ser, passando a não PME, deve manter-se no processo

se tal ocorrer por “crescimento natural”. Se a perda do estatuto ocorrer por aquisição/fusão deve ser

excluída do projeto de formação-ação.

Quando são identificadas as mesmas necessidades de formação numa microempresa e numa média

empresa, ambas poderão frequentar as mesmas ações de formação, apesar da sua dimensão ser

diferente, fazendo cada uma o percurso formativo associado à tua tipologia de empresa.

Sendo a metodologia em causa constituída por formação e consultoria, os formandos devem percorrer

todo o percurso formativo em ambas as componentes, com exceção da formação em ambiente

intraempresa, onde é admitida a participação de maior número de colaboradores por PME, por

temática, na componente de formação de cariz teórico.

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Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

Em casos devidamente justificados e validados pelo OI ou pela AG, se aquele não existir, com

fundamento na pré-existência de competências, podem ser admissíveis numa ação percursos formativos

incompletos, sem prejuízo do respeito pela metodologia de formação-ação.

10.2. Número de formandos por componente:

a) Componente formação teórica:

A componente de formação teórica, independentemente da tipologia de PME, deverá ser,

preferencialmente, ministrada em ambiente interempresa por forma a potenciar a troca de experiências

face à multiplicidade de contextos organizacionais em presença, sendo aceitável a participação de uma

média igual ou menor que 3 trabalhadores por PME, por temática.

Admite-se, justificadamente, que a componente de formação teórica seja ministrada em ambiente

intraempresa com a participação de um mínimo de 6 trabalhadores por PME por temática. Considera-se

como fundamento, entre outros, a especificidade temática, o número de formandos, a localização

geográfica ou a dimensão da PME intervencionada. As ações (turmas) a realizar na componente de

formação teórica, quer no modelo interempresa quer no modelo intraempresa, não podem ter um

número de formandos inferior a 6.

Atendendo aos percursos formativos (horas) diferenciados por dimensão de empresa, as entidades

promotoras deverão, preferencialmente, alocar para cada temática a incluir no seu projeto apenas

empresas da mesma dimensão. Caso não seja possível, atendendo ao número mínimo de 10 empresas

exigido para cada temática, então, cada empresa percorrerá o percurso (n.º de horas) devido para a sua

dimensão, mas para efeitos de preenchimento do formulário de candidatura, as cargas horárias da

temática deverão corresponder à média estimada para as horas de formação (em cada componente) em

função do peso relativo previsto para cada tipologia de empresas participantes.

Na temática dirigida especificamente a empresários, a formação de cariz teórico será desenvolvida

exclusivamente em ambiente interempresa e, desejavelmente, em grupos de 12 formandos cada. Por

empresa, apenas poderá participar 1 empresário.

b) Componente consultoria (formação de cariz prático, on the job)

A componente de consultoria relativa à formação de cariz prático envolve uma média igual ou menor

que 3 trabalhadores em cada PME, por temática.

No caso de a formação teórica da empresa decorrer em regime intra, os trabalhadores participantes na

consultoria têm de ser selecionados a partir do grupo de trabalhadores participantes na componente de

formação teórica.

A componente de consultoria, independentemente da dimensão da empresa, funcionará sempre em

regime intraempresa, nas instalações do estabelecimento da empresa a intervencionar.

Sendo um momento de formação personalizada/individualizada, o consultor deve atender às

necessidades de aprendizagem individuais e adaptar as estratégias de transferência de conhecimento ao

perfil do formando em causa.

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Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

11. DESENHO FORMATIVO

O desenho formativo integrado articula as componentes de formação-ação, bem como a metodologia

de avaliação a aplicar:

Componente de formação

A formação em sala decorre preferencialmente em ambiente interempresas, por forma a potenciar a

troca de experiências face à multiplicidade de contextos organizacionais em presença.

Componente de consultoria

A consultoria individualizada em cada PME decorre em ambiente intraempresa (on the job) e é

realizada no estabelecimento a intervencionar. Esta componente concretiza-se em visitas do

consultor/formador para sessões de trabalho que envolvem o próprio, o formando e outros

colaboradores da empresa.

Avaliação

As entidades promotoras têm de garantir, para cada PME a intervencionar, a elaboração de um

diagnóstico que sustente a formulação do plano de ação, devendo ser apresentado no final do

projeto formativo um relatório que evidencie a avaliação de todo o processo (componentes

formação e consultoria), a par da elaboração de relatórios periódicos de progresso, sinalizando,

sempre que necessário, medidas corretivas com vista a maximização dos resultados a alcançar e a

qualidade da intervenção na PME.

12. MODELO DE INTERVENÇÃO

O modelo de intervenção baseia-se no ciclo PDCA (PLAN - DO - CHECK – ACT), respeitando a ordenação

lógica destas etapas e garantindo a constante monitorização do processo:

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Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

a) Diagnóstico e definição do plano de ação:

Recorrendo à atividade de consultoria é efetuada uma avaliação das práticas correntes associadas à

área de intervenção do projeto e são identificadas as atividades-chave necessárias à concretização do

mesmo. Em paralelo, é efetuado um diagnóstico formativo onde são identificadas as necessidades de

formação da empresa, atendendo à caracterização dos seus recursos humanos, em termos de

qualificações / níveis habilitacionais /competências detidas.

Com base nas informações recolhidas é elaborado um plano de ação, contemplando as vertentes de

consultoria e formação (alinhados com a área de intervenção escolhida) São definidas com os

responsáveis da empresa as medidas a implementar no horizonte temporal do projeto.

b) Implementação e acompanhamento do plano de ação:

Constituição de equipas de trabalho que, em conjunto com os consultores, implementarão as medidas

definidas nos planos de ação definidos no diagnóstico. São definidos os grupos de formação e

ministradas as ações formativas definidas no plano.

c) Avaliação de resultados/ melhorias implementadas:

Definição de momentos de regulação da execução (avaliação de resultados intercalares), para

acompanhar e controlar o grau de implementação do projeto no que respeita às atividades formativas e

de consultoria. No final do projeto, é feito um balanço do progresso/análise evolutiva da empresa e dos

resultados efetivamente alcançados, o qual é materializado num relatório final que evidencie o grau de

consecução do plano de ação desenhado com base no diagnóstico inicial. Este relatório final é da

responsabilidade do consultor formador, e sujeito à validação da PME.

Os resultados obtidos serão disseminados pelo conjunto de PME participantes do projeto, segundo uma

estratégia definida pelo(s) consultor(es) formador(es) em colaboração com o responsável máximo de

cada empresa, permitindo assim uma experiência de partilha entre todas as empresas participantes, que

impulsione a implementação de boas práticas.

Na temática dirigida exclusivamente a empresários – “Gestão estratégica e operacional” – o modelo de

intervenção formativa é composto pelas seguintes etapas sequenciais:

Diagnóstico de práticas de gestão: levantamento de situações–problema em qualquer domínio

da gestão, através da consultoria individualizada;

Definição dos objetivos de formação: discussão de problemas reais através da formação em

sala;

Consultoria individualizada: implementação de ações de melhoria no contexto de trabalho

através de aconselhamento específico aplicado ao contexto real;

Avaliação de resultados: aferição da melhoria de competências (empresário) e da respetiva

materialização nos resultados organizacionais (empresa).

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Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

13. ORGANIZAÇÃO DO PROJETO FORMATIVO

13.1. Equipas de Intervenção

As Entidades Promotoras devem garantir a constituição de uma equipa interna/externa responsável

pela gestão do projeto, bem como pela sua implementação.

Os projetos financiados pelo FSE têm de estar assegurados por entidades formadoras, considerando-se

entidades certificadas quando a certificação tenha sido concedida ao abrigo do regime instituído pela

Portaria n.º 851/2010, de 6 de setembro, na sua atual redação, com a exceção prevista no n.º 4 do

artigo 12.º do Decreto-lei n.º 159/2014, de 27 de outubro, na sua atual redação.

Neste contexto, se a entidade promotora não se encontrar certificada como entidade formadora terá de

recorrer a outra entidade que se encontre certificada para o efeito, assumindo assim a função de

“Outros Operadores”. Assim:

a) Entidade formadora (cabendo-lhe implementar ela própria, total ou parcialmente, a

formação/consultoria que venha a ser aprovada ao projeto) - as horas de formação (em sala) e de

consultoria (formação on job) podem concretizar-se com recurso a:

Formadores/consultores internos da entidade promotora/beneficiária – trabalhadores com

vínculo contratual de trabalho dependente com a entidade promotora/beneficiária, aplicando-

se o disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 14.ª da Portaria n.º 60-A/2015 na sua atual

redação;

Formadores/consultores externos à entidade promotora/beneficiária – profissionais com os

quais a entidade celebra contrato diretamente, aplicando-se, alternadamente, o disposto no

n.º2 (quando o trabalho executado seja de formação em sala), ou o disposto no n.º 3 (quando o

trabalho executado seja de formação on job) do artigo 14.º da Portaria n.º 60-A/2015 na sua

atual redação;

b) Outros operadores - toda a componente de formação do projeto será implementada por entidade

formadora (empresa ou organização) a contratar para o efeito, à qual cabe prover as atividades

formativas do projeto, mobilizando os formadores/consultores necessários. Neste caso, a

faturação dos trabalhos (designadamente das horas de formação/consultoria) é emitida pela

entidade formadora à entidade promotora/beneficiária, que não tem qualquer ligação contratual

com os formadores/consultores a operar no projeto.

13.2. Promoção e Divulgação

A promoção e divulgação têm como objetivos não só a identificação e seleção do público-alvo, com

condições para aderir e participar no Programa, como, de forma geral, sensibilizar o tecido empresarial

da região para a importância da formação e competências enquanto fator crítico de sucesso para o

aumento da competitividade global.

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Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

Numa primeira fase é necessário lançar e divulgar o Programa. Dar a conhecer à região um instrumento

capaz de dar resposta à necessidade de formação dos empresários e gestores para a reorganização e

melhoria das capacidades de gestão, assim como dos trabalhadores das empresas através de:

qualificação específica dos trabalhadores em domínios relevantes para a estratégia de inovação,

internacionalização e modernização das empresas; aumento das capacidades de gestão das empresas

para encetar processos de mudança e inovação; e promoção de ações de dinamização e sensibilização

para a mudança e intercâmbio de boas práticas.

Realce-se a obrigatoriedade de disponibilização da Ficha de Projeto no website da entidade promotora

nos termos do Guia Beneficiário - Regras de Publicitação (Anexo 3).

Numa segunda fase, e paralelamente com ações de refreshment constantes das intervenções visadas

pelo projeto, o sistema de promoção e divulgação será focalizado no tecido empresarial da região, no

intuito de sensibilizar e selecionar as entidades beneficiárias, ou seja, as micro, pequenas e médias

empresas, que potencialmente reúnam condições de participação na iniciativa.

Numa terceira fase, e já na fase final da implementação das diversas medidas, surge a necessidade de

apresentar resultados, dar a conhecer os efeitos causados nas empresas, divulgar objetivos

concretizados, difundir boas práticas, para que todo o tecido empresarial e demais intervenientes

reconheçam a relevância destas intervenções, congratulem as iniciativas, verifiquem mudanças e

constatem a existência de novas formas organizacionais que alteraram políticas de gestão e de recursos

humanos. O objetivo é, pois, promover uma divulgação de resultados, comprovada com dados reais e

testemunhos diretos, estimulando a adesão no amanhã de quem hoje não participou.

A par de eventuais ferramentas de divulgação disponibilizadas pelo OI às Entidades Promotoras deverão

realizar as suas próprias ações de promoção, dirigidas ao público-alvo dos seus territórios de

intervenção.

No esforço de divulgação, as Entidades Promotoras deverão atuar pelas formas que entenderem mais

adequadas, desde que respeitando as linhas orientadoras e a imagem gráfica definida no Guia

Beneficiário - Regras de Publicitação do COMPETE 2020 - Programa Operacional Competitividade e

Internacionalização.

É da responsabilidade da Entidade Promotora garantir que a imagem do Programa e das entidades

envolvidas no seu financiamento e gestão estarão sempre presentes, nomeadamente:

Nos locais de promoção e divulgação;

No local da formação, incluindo nas entidades beneficiárias, sobre a forma de cartazes ou

outro formato indicativo adequado;

Em todo o material impresso que não constitua publicações (certificados, notificações,

impressos e outros documentos);

Em publicações, material audiovisual e didático;

Em meios de comunicação social e anúncios;

Noutras ações de promoção e divulgação;

Na sede ou principais instalações das Entidades Beneficiárias.

16

Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

Por último, salientamos o facto de o novo guia incorporar uma Ficha de Projeto orientada para as

exigências de processos de controlo.

Destaca-se, ainda, o ponto do Guia Beneficiário - Regras de Publicitação relativo ao comportamento

admissível da insígnia da CE, por forma a não gerar incumprimento dos regulamentos comunitários

1303/2013 e 821/2014.

Os produtos concebidos e utilizados na promoção e divulgação do Programa QI PME 2020 por parte das

Entidades Promotoras deverão ser guardados em arquivo próprio, onde deverão ser também registadas

as ações promovidas e respetivos indicadores.

13.3. Seleção das Entidades Beneficiárias

Atendendo a que constitui fator de não elegibilidade o não cumprimento da Regra de Minimis dos

apoios concedidos, a Entidade Promotora deverá enviar ao Organismo Intermedio devidamente

preenchidos os seguintes ficheiros (Anexo 4 – Registo de Auxilio de Minimis) com vista à cativação no

Sistema de Registo “de minimis” do valor do incentivo aprovado para cada PME, nomeadamente:

Template – Registo de Minimis com empresas participantes no projeto

Declaração de Empresa Única acompanhado do Registo_Empresa_Única, no caso de se tratar

de uma Empresa Única

Declaração de Empresa Autónoma, no caso de se tratar de uma Empresa Autónoma

Aproveitamos para esclarecer os conceitos de empresa única e de empresa autónoma:

1. Integram o conceito de Empresa Única todas as empresas que têm, entre si, pelo menos uma das

seguintes relações: (a) Uma empresa detém a maioria dos direitos de voto dos acionistas ou sócios

de outra empresa; (b) Uma empresa tem o direito de nomear ou exonerar uma maioria dos

membros do órgão de administração, de direção ou de fiscalização de outra empresa; (c) Uma

empresa tem o direito de exercer influência dominante sobre outra empresa por força de um

contrato, com ela celebrado, ou por força de uma cláusula dos estatutos desta última empresa; (d)

Uma empresa acionista ou sócia de outra empresa controla sozinha, por força de um acordo

celebrado com outros acionistas ou sócios dessa outra empresa, uma maioria dos direitos de voto

dos acionistas ou sócios desta última.

Não são relevantes para o conceito de empresa única: Os sócios que não revestem caráter de

empresas (são pessoas singulares que não exercem atividade económica); As empresas que não têm

sede no mesmo Estado-membro; As situações de relacionamentos de controlo por coletividades ou

organismos públicos.

2. Uma empresa é considerada “autónoma” relativamente a outras apenas quando não se verifiquem

as relações descritas anteriormente.

17

Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

De acordo com o Regulamento (UE) n.º 1407/2013, nas alíneas d) e e) do n.º 1 do seu artigo 1º, e nas

alíneas a) dos n.ºs 3 e 6 do seu artigo 4.º, que prevê outras situações não enquadráveis nos auxílios de

minimis para além da aferição do âmbito setorial, somos a esclarecer que:

Ponto 1 – Para proceder à validação do controlo de exceções, no Template – Registo de Minimis,

constam três campos de preenchimento obrigatório, nomeadamente:

Atividades de exportação para países terceiros ou Estados-Membros

Utilização de produtos nacionais em detrimento de produtos importados

Empresa em processo de insolvência

Ponto 2 - Pretende-se, assim, aferir que os apoios a conceder não se destinam diretamente a:

Atividades relacionadas com exportação para países terceiros ou Estados-Membros;

Utilização de produtos nacionais em detrimento de produtos importados;

Empresas em processo de insolvência no caso de o apoio atribuir assumir a modalidade de

empréstimo ou garantia.

Ponto 3 - Atendendo a que o apoio a conceder no âmbito do QI PME 2020 não se destina às

atividades/situações referidas no Ponto 2. as respostas a estas questões terão de ser Não:

Atividades de exportação para países terceiros ou Estados-Membros: A resposta a esta

questão terá que ser N para que a entidade possa ser beneficiária do auxílio de minimis.

Utilização de produtos nacionais em detrimento produtos importados: A resposta a esta

questão terá que ser N para que a entidade possa ser beneficiária do auxílio de minimis.

Empresa em processo de insolvência: A resposta a esta questão será sempre N, porque as

entidades em processo de insolvência não foram consideradas elegíveis nos AAC

Atendendo a que, no âmbito do QI PME 2020, a entidade promotora só pode considerar no projeto,

PME cujo(s) estabelecimento(s) no(s) qual(/ais) irá ser concretizado o investimento se localize na NUTS II

do Centro (Ponto 6 do Manual), a EP deverá indicar no Template – Registo de Minimis a NUT II,

Concelho e Freguesia do local do investimento.

No caso do investimento não ser realizado na sede da PME, a Entidade promotora deverá solicitar junto

da respetiva empresa declaração onde se seja evidenciado de forma inequívoca o local do investimento

com referência à NUT II, Concelho e Freguesia.

O processo de validação da elegibilidade das empresas a intervencionar, após registo de incentivo, será

complementado com a análise das restantes condições de elegibilidade enumeradas no Ponto 4. do

presente Manual.

Assim, sendo a seleção das empresas participantes da responsabilidade das Entidades Promotoras, com

base nos critérios de elegibilidade estipulados pelo Programa de Formação-ação, estas deverão solicitar

às respetivas empresas a documentação necessária que permita aferir as demais condições de

elegibilidade, por forma a possibilitar o preenchimento Ferramenta de Monitorização de Execução

(FME) (vide Ponto 20 do Manual).

A empresa selecionada ficará vinculada à participação no programa através de assinatura de Acordo de

Adesão (Anexo 5) a celebrar com a Entidade Promotora.

18

Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

13.4. Calendarização

As Entidades Promotoras estão obrigadas a elaborar um cronograma, onde conste as atividades

previstas e realizadas, devendo este ser mantido atualizado no Dossier Técnico pedagógico, para efeitos

de acompanhamento e controlo do projeto.

As Entidades Promotoras deverão proceder ao envio do Cronograma atualizado, sempre que solicitado,

para que a Equipa do QI PME 2020 tenha conhecimento atualizado dos prazos de execução do projeto.

13.5. Logística

As Entidades Promotoras encontram-se obrigadas a assegurar as condições materiais para a realização

do projeto, designadamente:

Instalações e equipamentos adequados às exigências de cada uma das fases de

implementação;

Apoio administrativo e logístico às equipas que irão intervir nas entidades destinatárias;

Reprodução e distribuição de documentação e materiais de apoio.

13.6. Coordenação Pedagógica

No âmbito da coordenação pedagógica, deve assegurada a preparação, organização e atualização de

toda a documentação em arquivo próprio, de acordo com a seguinte organização (nos anexos

mencionados é referenciada uma estrutura apenas indicativa dos elementos que devem constar em

cada dossier):

Dossier Técnico de Projeto (Anexo 6)

Dossier Financeiro de Projeto (Anexo7)

Dossier Técnico Pedagógico da Formação (um dossier por ação/grupo/turma (Anexo 8)

Dossier Técnico Pedagógico da Consultoria (um dossier por empresa (Anexo 9).

13.7. Comunicação do Início do Projeto

Após a validação por parte do Organismo Intermédio das condições de elegibilidades das empresas a

intervencionar, nomeadamente ao nível do auxílio de minimis, e de reunidas as condições

indispensáveis à boa implementação do projeto de formação-ação, a entidade Promotora poderá iniciar

a implementação do projeto de formação, com a atividade formativa (componente de

formação/componente de consultoria).

19

Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

Neste contexto, deverá comunicar o início do projeto de formação-ação no SI FSE, anexando um registo

de consultoria ou de formação que comprove o arranque do projeto da data indicada pela Entidade

Promotora.

Alerta-se para a obrigatoriedade de iniciar a execução do projeto QI PME 2020 no prazo máximo de seis

meses a contar da comunicação da decisão de financiamento, de acordo com o estipulado na alínea g)

do nº 1 do art.º 45º do RECI.

O reinício do projeto faz-se com a comunicação, por cada ano civil, da data efetiva do reinício das

atividades desenvolvidas no âmbito da operação – formação e consultoria, devendo ser esta a data de

reinício registada em SI FSE.

A comunicação de (re) início do projeto despoleta o pagamento de um adiantamento referente ao ano

civil em causa no valor de 15% do orçamento aprovado para o respetivo ano.

Acresce que, no caso de se verificar uma interrupção superior a 90 dias úteis, nos termos do previsto na

alínea e) do n.º 3 do artigo 23.º do Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de outubro, na sua atual redação,

sem a devida autorização concedida pelo organismo intermédio, há motivo de revogação do apoio do

projeto.

Sempre que seja ultrapassado o período máximo de 90 dias, sem autorização por parte do OI, estão

reunidas condições para proposta de revogação do projeto, o que deve ser ponderado pelo OI sempre

que se verifique a situação descrita.

13.8. Pedidos de Reembolso

Nos termos do previsto na alínea a) do nº 7 do artigo 25º do Decreto-Lei nº 159/2014, na sua atual

redação, define-se que a submissão de pedidos de reembolso pode ocorrer uma vez por mês, através de

preenchimento de formulário eletrónico disponível no Balcão 2020/SIFSE, e com a obrigatoriedade de

prestação de contas anual (reembolso intermédio) e final (saldo).

Relativamente ao prazo para submissão do 1º pedido de reembolso após a data de início do projeto,

refira-se que, conjugando o disposto na alínea a) do n.º 7 do artigo 25.º do Decreto-Lei n.º 159/2014, de

27 de outubro, na sua atual redação, com a alínea c) do ponto 6.3. da Orientação Técnica nº 18/2019, a

submissão do primeiro pedido de reembolso, efetuada através de preenchimento do respetivo

formulário eletrónico disponível no Balcão 2020/SI FSE, poderá ocorrer no mês imediatamente a seguir

ao mês do início do projeto e desde que já tenha ocorrido o primeiro adiantamento. A partir daí pode

ser mantida uma cadência mensal de apresentação de pedidos de reembolso com reporte de despesa

ao mês anterior ao de registo.

Apesar de não existir impedimento à emissão de pagamentos sem que o reporte da execução física em

SI FSE esteja consonante com a despesa reportada nos respetivos pedidos de reembolso, exceto em

Pedidos de Reembolso Intermédio (PRI) em Pedido de Pagamento de Saldo (PS), considera-se ser de

toda a conveniência, para uma clara e inequívoca compreensão do progresso do projeto no terreno, que

haja um registo contínuo da execução física do mesmo.

20

Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

Assim sendo, e também para que seja possível uma análise técnico-financeira mais esclarecida dos

pedidos de reembolso e, ainda, para prevenir eventuais dificuldades de reporte pela EP, mais prováveis

se o volume de informação a registar for todo acumulado durante o ano e inscrito em SI FSE apenas

para o pedido de saldo final, recomendamos que o reporte da execução física em SI FSE dos projetos

seja tempestivo à implementação das Ações, ou o mais próximo possível das mesmas.

Em relação ao prazo para apresentação do saldo Final, e de acordo com a alínea c) do nº7 da alínea c) do

DL 159/2014 de 27 outubro, as Entidades Promotoras têm de apresentar o Pedido de Pagamento de

Saldo (Saldo Final) num prazo máximo de 45 dias úteis a contar da data de conclusão da operação. Nos

casos em que a entidade promotora conclua pela impossibilidade de cumprimento dos 45 dias úteis

para submissão do saldo Final, deverá remeter ao Organismo Intermédio, nos termos do disposto no

art.º 10º da Portaria 60-A/2015, pedido de prorrogação do prazo para submissão do Saldo Final

devidamente fundamentado, o qual será colocado, sob proposta do OI, à validação da Autoridade de

Gestão COMPETE 2020.

Destaque-se a necessidade da entidade promotora garantir o upload da documentação a seguir referida

necessária a uma análise célere e eficiente do Pedido de Pagamento, sob pena do mesmo poder vir a ser

anulado pelo Organismo Intermédio.

Documentos a acompanhar um Pedido de Pagamento

IMPORTANTE: Cada ficheiro individual não deverá ter mais de 5MB de tamanho - quando necessária, a

digitalização deverá ser feita a preto e branco, para ficheiro PDF, resolução máxima de 200 dpi.

Aquando da submissão do Pedido de Pagamento, a entidade promotora deverá fazer upload em SI FSE a

seguinte documentação:

A) Para cada linha da amostra:

a) Justificativo da despesa - fatura ou documento equivalente;

b) Justificativo da quitação - recibos, comprovativo dos descontos para a segurança social,

comprovativo da retenção na fonte de IRS, transferência bancária, cópia do cheque, extratos

bancários, outros;

c) Extratos bancários que suportem os movimentos referidos na alínea b), quando aplicável;

d) Evidência do output produzido, quando aplicável (e.g.: a despesa de elaboração de um

diagnóstico contratualizado deve ser fundamentada num relatório final do trabalho produzido);

e) Outros documentos que se considerem úteis para atestar e/ou fundamentar, especificamente,

a execução da despesa imputada - guias de entrega, boletins itinerários ou outros;

B) “Documentos de suporte da Análise” transversais à análise da despesa com referência à amostra

Selecionada (no separador “Documentos”):

21

Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

a) Contratos de trabalho;

b) Procedimentos de contratação pública, quando aplicável, acompanhados no Check List

Procedimento Contração Pública (Anexo 10);

c) Contratos de prestação de serviços e/ou de aquisição de bens;

d) Certificado de entidade formadora ou documento que ateste o seu enquadramento no n.º 4 do

artigo 12.º do Decreto-Lei 159/2014, de 27 de outubro, na sua atual redação;

e) Certificado de Competências Pedagógicas dos formadores/consultores ou comprovativo de

outra certificação sectorial (e.g., docentes com habilitação própria);

f) Declarações de compromisso do cumprimento dos critérios de elegibilidade das PME;

g) Chaves de imputação, seus pressupostos e documentos de suporte (e.g., timesheet para o caso

de RH);

h) Declaração de Compromisso devidamente datada e assinada pela entidade promotora a

atestar o cumprimento dos requisitos de elegibilidades das PME à data de reporte de despesa

do Pedido de Pagamento, referidas na alínea f) do Ponto 2 da Orientação Técnica nº18/2019-

“a entidade promotora e as PME têm de comprovar, em cada pedido de pagamento a situação

regularizada perante a Administração Fiscal e a Segurança Social. As PME têm comprovar o seu

estatuto PME à data de adesão, que deve corresponder a data igual ou posterior à data de

concessão do apoio ao projeto”

i) Outros que se considerem relevantes.

C) Separador “Contratos”

Com vista à harmonização da informação prestada por parte das entidades promotoras relativamente aos procedimentos de contratação pública, foi introduzido no Pedido de reembolso em SI FSE o separador “Contratos”. A entidade promotora deve identificar os procedimentos de contratação pública através do preenchimento do separador “Contratos”, ou via upload de template. O SIFSE atribui automaticamente um número a cada contrato. A este propósito, deverão seguir as instruções emanadas no Anexo 11 - Pedido Reembolso - contratos - instruções preenchimento.

Para além dos documentos acima referidos, no primeiro Pedido de Reembolso do Ano Civil, a entidade

promotora deverá, ainda, anexar ao Pedido de Pagamento:

a) Declarações de CC/ROC com enquadramento legal da Entidade Promotora para efeitos de IVA

para o exercício Económico de ano em análise. No caso de regime de IVA de afetação real,

documento do CC/TOC, que confirme a isenção das atividades da operação. Deverá anexar,

como complemento, Informação de Cadastro Atual com os dados de atividade da entidade

emitido pela Autoridade Tributária.

b) Informação de Cadastro Atual com os dados de atividade da Entidade Formadora emitido pela

Autoridade Tributária com enquadramento legal da entidade para efeitos de IVA para o

exercício Económico do ano em análise. No caso da entidade ter renunciado à isenção do IVA

nos termos do art.º 12º, n.º 1 al. a) do CIVA, deverá enviar comprovativo.

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Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

c) Para efeitos de enquadramento da entidade promotora face ao CCP para o ano em análise

(com base no ano anterior):

Ficha de Enquadramento da EP face ao CCP (Anexo 12);

Balancetes analíticos da contabilidade geral de abertura e encerramento relativos ao ano de

anterior;

Relatório de contas e atividades relativos ao ano anterior ou Balanço e Demonstração de

Resultados provisórios validados por ROC ou CC;

Ata de tomada de posse dos órgãos sociais em vigor, estatutos em vigor, lista de associados

com indicação de participação no capital associativo, caso tenham existido alterações no

ano anterior ou no ano em análise.

D) Chave de Imputação

Conforme vertido na alínea c) do n.º 2 do artigo 9.º da Portaria 60-A/2015, de 2 de março, na sua atual

redação, relativamente às operações realizadas na modalidade de custos reais, os beneficiários ficam

obrigados a identificar para cada operação, no caso de custos comuns, a chave de imputação e os seus

pressupostos.

Cada chave de imputação deve ser definida segundo critérios objetivos e razoáveis, deve estar

suportada em pressupostos tecnicamente demonstráveis e passíveis de serem evidenciados através de

indicadores físicos e/ou temporais, considerando o recurso a afetar ao projeto e deve ser

periodicamente avaliada e, sempre que necessário, objeto de atualização.

Os pressupostos técnicos da chave de imputação devem:

a) ter em conta o conjunto das atividades efetivamente desenvolvidas pela entidade no âmbito da

execução do projeto, e refletir a ponderação daquelas sobre a totalidade das atividades da

entidade, seja quanto a utilização de espaços, consumos de recursos gerais, afetação temporal

de recursos humanos, gasto de materiais e desgaste de equipamentos, como outras alocações

ao projeto;

b) ser claramente demonstráveis e passíveis de verificação, sob pena de os correspondentes

custos imputados não poderem ser validados;

c) assentar em indicadores de natureza física (volume de formação, número de formandos, áreas

utilizadas, etc.) e/ou temporal (tempos de afetação de recursos);

d) noutras variáveis e critérios, desde que devidamente explicitados e fundamentados.

A taxa de imputação de custos comuns é um valor percentual que traduz a imputação dos recursos da

entidade ao projeto e resulta da aplicação concreta da chave de imputação.

E) Mapa de Registo Horário

O Mapa de Registo Horário de Tarefas (vulgarmente designado por timesheet) constitui-se como uma

boa prática sempre recomendada pelas diversas entidades de auditoria.

23

Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

A timesheet fundamenta a chave de imputação em matéria de custos com pessoal, permitindo validar a

afetação de horas do colaborador ao projeto.

A entidade beneficiária deverá adotar um único instrumento suscetível de sustentar a imputação das

horas do pessoal interno à totalidade das operações financiadas.

Em termos genéricos, a timesheet deve satisfazer os seguintes requisitos:

Nome completo da entidade beneficiária;

Nome completo e assinatura do trabalhador que contribui diretamente para o projeto;

O número de horas semanais do período normal de trabalho do colaborador;

Período em causa (diário, semanal, ou mensal) de acordo com a prática normal na entidade

beneficiária;

Quantidade de horas consideradas e imputadas ao projeto (deve haver registo verificável de

forma fiável);

Nome completo e assinatura de um supervisor (responsável do projeto).

A timesheet não exclui a existência de uma chave de imputação e de um método de cálculo de

imputação de custos comuns, constituindo-se antes como instrumento para evidenciar a afetação do

pessoal ao projeto, conforme previsto na chave de imputação

Para justificar uma despesa com remunerações do pessoal deve ser efetuado o upload de:

a) recibo de vencimento do trabalhador;

b) comprovativo do pagamento do vencimento (cópia do cheque ou da transferência bancária);

c) comprovativo dos descontos para a segurança social;

d) comprovativo do pagamento da segurança social (cópia do cheque ou da transferência

bancária);

e) comprovativo da retenção na fonte de IRS;

f) comprovativo do pagamento da guia do IRS (cópia do cheque ou da transferência bancária);

g) Timesheet, chave de imputação e método de cálculo (se o RH não estiver imputado a 100% ao

projeto);

h) Extrato bancário que permita verificar todos os movimentos solicitados nos pontos anteriores.

13.9. Carregamento da execução física

A entidade promotora, aquando do carregamento da execução física em SI FSE, deverá consultar o Guia

de Apoio ao Preenchimento do Formulário de Execução Física (Anexo 12).

Este guia tem por finalidade prestar apoio às entidades promotoras no preenchimento do formulário de

execução física, não dispensando, no entanto, a consulta da regulamentação aplicável.

Não obstante a entidade promotora deverá acautelar os seguintes aspetos:

24

Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

a) Carregamento das empresas apoiadas

A entidade promotora deverá registar as empresas apoiadas no projeto de formação-ação, por forma a

poder associá-las às ações que venham a integrar no âmbito de cada temática a intervencionar.

b) Para o registo em SI FSE das horas de formação e consultoria, dever-se atender a:

Numa ação (separador “Formadores/Entidades Formadoras”), sempre que as componentes de

formação e consultoria sejam contratadas a uma entidade formadora, o registo de horas da formação

em sala e da consultoria (formação on job) deve ser associado unicamente à entidade formadora, não

havendo lugar a qualquer registo associado aos formadores.

As alíneas a) e b) do n.º 1 e n.º2 do artigo 14.º da Portaria 60-A/2015, na sua atual redação, evidenciam

que há três formas possíveis de ligação contratual entre um formador/consultor e a entidade

promotora/beneficiária do projeto cofinanciado, a saber:

a) Vínculo contratual interno (permanente ou eventual) - formador/consultor tem contrato de

trabalho como trabalhador dependente da entidade promotora/beneficiária;

b) Vínculo contratual externo - o formador/consultor tem contrato de prestação de serviços com

a entidade promotora/beneficiária;

c) Sem vínculo contratual - formador/consultor apenas tem vínculo (interno ou externo) com uma

entidade formadora contratada pela entidade promotora/beneficiária

No caso da entidade promotora assumir o papel de entidade formadora e recorrer a formadores

(descritos nas alíneas a) e b) supramencionadas), as horas de formação deverão ser carregadas no

separador “Formadores”.

c) O carregamento das ações deverá pressupor os seguintes pressupostos:

A formação de cariz teórico poderá decorrer preferencialmente em ambiente interempresa, por forma a

potenciar a troca de experiências face à multiplicidade de contextos organizacionais em presença, sendo

aceitável a participação de média de 3 colaboradores por PME, por temática.

Poderá, ainda, nos termos da OT nº18/2019, ser aceite o desenvolvimento da formação de cariz teórico

em ambiente intraempresa, com fundamentação do OI ou da AG, se aquele não existir, assente, entre

outros fundamentos, na especificidade temática, no número de formandos, na localização geográfica ou

dimensão da PME intervencionada.

No que respeita à componente de consultoria relativa à formação de cariz prático, exercida no posto de

trabalho, esta é realizada em ambiente intraempresa, sendo admissível a participação de uma média de

3 colaboradores por PME.

Na constituição das ações (turmas) a realizar na componente de formação teórica, quer em modelo

interempresa, quer em modelo intraempresa, a entidade promotora deve assegurar um mínimo de 6

formandos por ação.

25

Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

Em síntese, o carregamento de uma ação deve pressupor a seguinte organização:

1. No caso da empresa desenvolver a formação de cariz teórico em regime de intervenção

INTRAEMPRESA, deve ser constituída uma única ação, onde serão carregadas as horas de

formação das duas componentes (formação e consultoria).

2. No caso da empresa desenvolver a formação de cariz teórico em regime de intervenção

INTEREMPRESA, sendo integrada um turma/grupo de formação, deve ser constituída:

uma ação/PME para o carregamento das horas de consultoria

uma ação por grupo/turma de PME para o carregamento das horas de formação em sala

26

Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

13.10. Pedidos de Alteração

As entidades promotoras podem apresentar, a qualquer momento, um Pedido de

Alteração/reprogramação, o qual deverá identificar os elementos a alterar e a respetiva

fundamentação.

Contudo, deverão ter em atenção que apenas poderão apresentar um Pedido de Alteração por ano,

sendo que somente em situações excecionais e devidamente fundamentadas e aceites pelo OI é que

poderão submeter um segundo pedido no mesmo ano.

14. INDICADORES CONTRATUALIZADOS

14.1. Indicadores de Resultado

a) Trabalhadores que se consideram mais aptos para a inovação e gestão após a frequência da

formação

Pretende-se a indicação da percentagem de trabalhadores que, por método de inquirição, se

considerem mais aptos para a inovação e gestão após a frequência da formação, em relação ao total

de trabalhadores abrangidos.

b) Empresas que implementam planos de mudança organizacional associados à formação no total de

empresas

Pretende-se a indicação da percentagem de empresas intervencionadas que implementem

processos de mudança organizacional decorrentes da formação-ação, demonstráveis e mensuráveis

em sede de avaliação final, em relação ao total de empresas abrangidas.

14.2. Indicadores de Realização

a) Trabalhadores apoiados em ações de formação em contexto empresarial

Pretende-se a contabilização do número de trabalhadores que foram objeto de intervenção, por

contagem dos NIF dos trabalhadores participantes na formação: cada formando é contabilizado uma

só vez, independentemente de participar em uma ou mais temáticas.

b) PME apoiadas em programas de formação-ação

Pretende-se a contabilização do número de PME que são objeto de intervenção no âmbito do projeto,

com contagem por NIF. Cada PME é contabilizada uma só vez, independentemente de participar em

uma ou mais temáticas.

14.3. Aferição das Metas Contratualizadas

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Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

Uma avaliação positiva possibilitará o pagamento relativo do incentivo, nos seguintes termos:

a) Para a aferição das metas de realização só pode ser contabilizada uma única intervenção por

trabalhador e empresa (exclusão de NIF repetidos);

b) Consideram-se cumpridas, em sede de encerramento da operação, as metas de realização

contratualizadas no termo de aceitação, quando a média aritmética simples da percentagem de

cumprimento dessas metas for igual ou superior a 85% do contratualizado. Abaixo desse limiar, o

valor do incentivo FSE será objeto de uma redução proporcional à percentagem do incumprimento

das metas;

c) Se o nível de execução das metas de realização contratualizadas for inferior a 50% da respetiva

média aritmética simples, a decisão de financiamento será objeto de revogação;

d) As penalizações previstas para os incumprimentos das metas de realização contratualizados, nos

termos acima referidos, podem ser objeto de revisão, caso a EP apresente justificação adequada

relativamente a cada um dos dois indicadores, que seja aceite pela AG do COMPETE 2020, sob

proposta do OI.

15. CONTRATAÇÃO PÚBLICA

No seguimento da Nota Informativa n.º 5/2019/OI CEC/CCIC (Anexo 14) e remetendo-se para o teor da

mesma, ir-se-á veicular alguns princípios que aconselhamos sejam seguidos para a contratação dos

serviços e bens a imputar aos projetos de formação-ação, como abaixo sugeridos, a saber:

1. Entidades Adjudicantes:

O enquadramento para efeitos de qualificação da EP como Entidade Adjudicante ou Não Adjudicante é

efetuado no ano em que dão início aos respetivos procedimentos de contratação, podendo o

enquadramento alterar-se durante o Projeto.

Para efeitos de análise do requisito “financiamento público maioritário” deverão ser consideradas as

últimas contas encerradas e aprovadas.

2. Na rubrica 2, mesmo para entidades adjudicantes, a Contratação é Excluída – Contratos não

sujeitos ao Regime da Contratação Pública (Parte II do CCP) Artigo 6.º-A

Contratos de aquisição de serviços de educação e formação profissional - CPV 80000000-4 a 80660000-8

(anexo IX do CCP) e desde que o valor a contratar seja inferior a € 750.000,00 (devendo somar-se os dois

projetos para o caso de EP nestas condições).

No CPV 80521000-2 – Serviços relacionados com programas de formação (de elegibilidade enquadrável

nas R3 a R6) – estamos a aguardar validação da AD&C.

No entanto, mesmo nos contratos de valor inferior a € 750.000,00 há lugar à obrigação do cumprimento

dos princípios gerais da contratação pública (art.º 1.º - A e nº2 do art.º 6º-A do CCP), pelo que todas as

entidades adjudicantes nestas condições terão de assegurar e evidenciar o cumprimento dos princípios

28

Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

gerais da contratação pública previstos no artigo 1.º-A do CCP, nomeadamente, os princípios da

legalidade, da prossecução do interesse público, da imparcialidade, da proporcionalidade, da boa-fé, da

tutela da confiança, da sustentabilidade e da responsabilidade, bem como os princípios da concorrência,

da publicidade e da transparência, da igualdade de tratamento e da não-discriminação.

3. Recomendação CEC/CCIC para o cumprimento dos princípios e boas práticas

As orientações gerais do CEC/CCIC para o cumprimento das boas práticas são as seguintes:

a) Que haja uma decisão de contratar/lançar o procedimento, pelo órgão competente para autorizar

a despesa, com indicação do objeto e valor do contrato, critério de adjudicação/avaliação das

propostas, aprovação das peças do procedimento a lançar (ex.: caderno de encargos e regras de

avaliação) e nomeação dos elementos do júri que irão analisar as propostas recebidas.

b) Lançamento de um Anúncio da intenção de contratar, feito de modo acessível e público (site,

newsletters, redes sociais e ou outros meios de comunicação), no qual se informa quais os serviços

a contratar e as regras para solicitação e obtenção das peças do procedimento pelos interessados,

nomeadamente via email para a EP, prazo de apresentação de propostas e outras questões que

entendam fazer constar.

c) Decorrido o prazo de apresentação de propostas, deve haver lugar a um Relatório de Análise e

Avaliação das Propostas, com projeto de decisão de adjudicação a apresentar à EP, notificando-se

o mesmo a todos os que apresentaram propostas, acompanhado das propostas apresentadas.

d) Deve conceder-se um prazo de audiência prévia (mínimo de três dias úteis)

e) Decorrido o prazo de audiência prévia pode haver lugar à Decisão de Adjudicação, com respostas a

eventuais reclamações, aprovação do projeto de decisão ou alteração do mesmo em caso de

discordância, aprovação da minuta do contrato, solicitação de certidões de não dívida à

Administração Tributária e à Segurança Social, certidão permanente e certificado DGERT, caso

ainda não tenha sido entregue, estipulando-se o prazo de entrega e notificando-se todos os que

apresentaram propostas.

f) Após a entrega dos documentos pelas entidades a contratar, há lugar à celebração do contrato

escrito e publicitação do mesmo em locais de fácil acesso (site, redes sociais etc.) bem como à

publicação no portal basegov na área de cada EP (contratação excluída)

Nota: Na ausência de respostas ao anúncio feito por estes meios, poderá ser dirigido convite a um

mínimo de três entidades, com envio das peças do procedimento, regras e prazo de apresentação de

propostas, bem como cumprimento dos passos supra aconselhados.

4. Quando o valor dos contratos (soma de dois projetos nos casos aplicáveis) seja igual ou

superior a € 750.000,00 a EP terá de cumprir as regras da Contratação Pública com as

adaptações previstas nos artigos 250.º - A a 250.º - C do CCP, a saber:

a) Publicitação de anúncios próprios no JOUE e DR – Art.º 250.º - B

b) Procedimentos pré-contratuais - Art.º 250.º - C

c) Critério de Adjudicação – Proposta economicamente mais vantajosa

d) Divisão em lotes

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Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

Nota: considerando que a tipologia supra descrita não define de forma cabal “como fazer”,

aconselhamos que sejam seguidas as regras do concurso público com publicação no JOUE e DR.

5. Alertamos ainda para o facto de ser obrigatório o cumprimento do CCP para as demais

despesas a imputar aos projetos.

6. Entidades Não Adjudicantes – independentemente do valor a contratar

Aconselhamos que para cumprimento dos princípios gerais de direito, considerando que estão

a ser utilizados dinheiros públicos, seja adotada a “Recomendação CEC/CCIC para o

cumprimento dos princípios e boas práticas” descrita no ponto 3 supra, com exceção da

publicação no portal basegov, mas com as demais publicações.

16. REGRAS DA FORMAÇÃO-AÇÃO

a) A execução das operações deverá manter uma distribuição equilibrada em termos de cargas

horárias e cumprir a proporções 60% - 40% relativamente às componentes de formação e

consultoria;

b) O reporte da execução física deve estar atualizado com referência às despesas imputadas em cada

PR. A qualidade dos dados é determinante para o apuramento da informação a reportar;

c) O modelo formativo deve ser seguido no reporte da execução física, no qual um percurso

formativo é constituído de formação + consultoria, e uma ação é uma turma e não um módulo

formativo. Pretende-se evitar, assim, um reporte de execução física que multiplique o n.º de ações

pelo n.º de empresas, e em que cada intervenção on the job (numa empresa) é reportada como

uma ação e de onde acaba por resultar um reporte de execução com 100 ações, para um projeto

cujo plano foi aprovado para 10 ou 15 ações;

d) Os níveis de progressão no cumprimento das metas contratualizadas devem ser acompanhados e

verificados periodicamente, e não apenas no final do projeto;

e) O incumprimento das metas incorre na aplicação de penalizações;

f) Efetuar um controlo mais rigoroso ao prazo de apresentação do saldo final e caso este não esteja a

ser cumprido, solicitar ao OI pedido de prorrogação do mesmo devidamente fundamentado;

g) Cada projeto pode admitir, no máximo, 25% de PME que já tenham sido intervencionadas na

tipologia Formação-Ação do PT 2020; logo 75% das PME têm de ser novas;

h) Em cada projeto as PME a intervencionar apenas podem ser enquadráveis nos setores admissíveis

e aprovados na candidatura (controlo da CAE);

i) Uma PME só pode participar num projeto. A sua participação num segundo projeto só é admissível

se em temática diferente;

j) Garantir, de forma contínua, que as PME beneficiárias no projeto não são simultaneamente

fornecedoras de bens/serviços do mesmo;

k) Assegurar que os procedimentos de contratação pública são efetuados para todas as entidades

fornecedoras de bens/serviços e não apenas para as entidades formadoras, garantindo que todas

as peças relativas aos procedimentos estão inseridas em SIFSE;

l) Garantir os registos em de minimis antes do início da intervenção de cada PME e os ajustamentos

necessários, nomeadamente em sede de encerramento;

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Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

m) Garantir a aplicação das regras de informação e publicidade e da ficha de projeto no site das

entidades;

n) Garantir os registos contabilísticos do apoio nas PME;

o) Garantir, em PRI, a consonância entre a execução física e financeira, bem como a qualidade dos

dados, no reporte em SI FSE;

p) Disponibilizar em SI FSE toda a informação de suporte ao trabalho efetuado, catalogado de forma a

permitir a sua fácil e rápida identificação.

17. TRATAMENTO DO IVA RELATIVO À COMPONENTE DE CONSULTORIA

De acordo com o exposto no ponto 6.4 da Orientação Técnica nº 18/2019 de 12 de março, os serviços

prestados no âmbito da formação, quer se trate de formação propriamente dita, quer de serviços com

ela conexos e indispensáveis à sua execução, enquadram-se no âmbito de incidência objetiva da isenção

referida no n.º 10 do artigo 9º do CIVA.

Estando os serviços de consultoria intrinsecamente ligados à formação, não constituindo um fim em si

mesmos, não podem ser consideradas prestações autónomas. Assim, devem ser entendidos como

fazendo parte integrante da prestação de serviços de formação e seguir o mesmo enquadramento

atribuído à operação principal.

A fatura deve ser emitida pelo conjunto das prestações de serviços efetuadas (formação e consultoria)

ou, caso seja separadamente, a consultoria deve sempre fazer referência à formação na qual se

considera incluída.

18. RECOMENDAÇÃO CONTABILÍSTICA

Nos projetos de Formação-Ação apoiados pelo POCI o incentivo, com uma taxa de 90% da despesa

elegível, deve ser reconhecido pelos beneficiários, i.e. pelas PME com horas executadas (mesmo que

não concluam a participação no projeto). De igual forma, também a comparticipação privada (10%)

deverá ser reconhecida pelas mesmas, podendo assumir a forma de um custo (quando a EP cobra às

PME) ou de um patrocínio (quando a PME não paga). A Entidade Promotora assume pois o papel de

intermediário, prestando serviços pelos quais irá receber diretamente, e não via PME, cabendo-lhe

portanto faturar a cada uma das PME beneficiárias a sua quota parte da despesa total do projeto,

composta por 90% de Incentivo e 10% de Comparticipação Privada. A forma como se deverá proceder

ao reconhecimento contabilístico deste processo está expressa na Recomendação Registo Contabilístico

emitida pela AG COMPETE2020.

Em sede de encerramento, deverá a Entidade Promotora fazer prova da faturação realizada às PME,

evidenciando assim a transposição do incentivo para as mesmas. No que diz respeito à questão fiscal,

nomeadamente no que diz respeito ao IVA a aplicar ao não na faturação, cabe a cada uma das Entidade

Promotora, conjuntamente com o seu ROC/CC, avaliar o respetivo enquadramento, se necessário

solicitando parecer à respetiva Repartição de Finanças, devendo lembrar-se que estamos a falar da

faturação de Serviços de Formação (art.º 9º do CIVA).

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Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

A este propósito deverá consultar a Recomendação emitida pela AG COMPETE 2020 sobre o Registo

Contabilístico (Anexo 15).

19. DESPESAS ELEGÍVEIS E FINANCIAMENTO

As despesas elegíveis previstas na alínea e) do n.º 1 do artigo 51.º do RECI reportam-se à natureza de

custos constante do n.º 1 do artigo 12.º da Portaria n.º 60-A/2015, de 2 de março, na sua atual redação,

com as limitações a seguir enunciadas:

a) Não são elegíveis quaisquer custos com formandos.

b) Os custos relativos a formadores e consultores obedecem às regras previstas no artigo 14.º da

Portaria n.º 60-A/2015, de 2 de março, sua atual redação, relativamente à sua remuneração ou

honorários, sendo que os outros encargos previstos na alínea c) do n.º 1 do referido artigo têm

como limite máximo 25% do montante da subrubrica 2.1 – Remunerações dos formadores e

consultores.

c) Considera-se que todos os custos a incorrer no âmbito do projeto, suportados pelo promotor, são

imputáveis às PME participantes, segundo método de partição evidenciado e validado nas suas

diversas fases, que deverá ter por base o número total de horas em que os formandos participam

na formação. Não são admissíveis custos a incorrer individualmente por cada empresa.

d) Os apoios correspondem à contribuição do FSE limitada a 90% das despesas elegíveis.

e) Serão contabilizados para os limites máximos do regime “de minimis”, na parcela que couber a

cada empresa, todos os custos do projeto nos termos do previsto na alínea c) acima.

f) A comparticipação privada dos projetos será de 10% dos custos totais do projeto.

g) O período de elegibilidade das despesas está compreendido entre os 60 dias úteis anteriores à data

de apresentação da candidatura e os 45 dias úteis subsequentes à data de conclusão da operação,

de acordo com o previsto no n.º 1 do artigo 10.º da Portaria n.º 60-A/2015, de 2 de março, na sua

atual redação.

h) Os custos máximos elegíveis do projeto, excluindo formandos, formadores e consultores, não

podem exceder €2,50 por hora e por formando, conforme previsto no n.º 1 do artigo 16.º da

Portaria n.º 60- A/2015, de 2 de março. Para o volume de formação concorre o total de horas

assistidas pelos formandos na componente formação e na componente consultoria.

i) Ao projeto conjunto de formação-ação não se aplica o disposto nos n.ºs 2 e 3 do artigo 51.º do

RECI, na sua atual redação, nem a tipologia de custos comuns (indivisíveis, distribuíveis e

individuais) referenciada na alínea i) indicada no n.º 1 do Anexo E ao já referido RECI.

j) Existe total flexibilidade entre as rubricas 3 a 6, tendo sempre como limite do valor total aprovado

em candidatura no somatório destas rubricas.

20. ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO

O acompanhamento por parte do OI consiste no seguimento das atividades das Entidades Promotora,

desde o processo de candidatura até ao encerramento do Pedido de Pagamento Final, sem contudo

assumir um caráter de verificação ou controlo e sem prejuízo da avaliação.

Este acompanhamento é contínuo ao longo do projeto com monitorização periódica de indicadores de

execução.

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Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

O acompanhamento da execução do projeto por parte das Entidades Promotora deverá materializar-se

nos termos da metodologia proposta e aprovada em candidatura seleção, sem prejuízo de medidas de

melhoria a propor pelo OI.

Para otimizar o processo de acompanhamento, o OI disponibiliza duas ferramentas: a Ferramenta de

Monitorização de Execução (FME) e a Ferramenta de Acompanhamento dos Indicadores (FAI). Para

poderem aceder às mesmas, os responsáveis pelo preenchimento deverão utilizar um endereço de

correio eletrónico Gmail ou Google Apps (caso não possuam, sugere-se a criação de uma nova conta

gmail, gratuita, para este efeito).

1. Ferramenta de Monitorização de Execução (FME)

A FME é um instrumento que permite efetuar a validação da elegibilidade das PME a intervencionar e

acompanhar a implementação física do projeto.

A ferramenta está disponível em http://bit.do/FME-QI2020, link que deve ser utilizado sempre que a EP

inclui uma nova PME no projeto, depois de validar as respetivas condições de elegibilidade, processo

que termina, obrigatoriamente, com o registo de Minimis por parte do OI. Se a PME ainda não tem

registo Minimis efetuado, não deve ser carregada na FME.

Inserção Inicial de Empresa

Uma vez cumprida a condição Minimis, deverá a Entidade Promotora aceder à FME e escolher a opção

“Inserção inicial de empresa”. Nesta fase, irão ser solicitados dados de identificação da PME, e dados

referentes à verificação das respetivas condições de elegibilidade. No final, a EP deverá anexar todas as

evidências que comprovam a veracidade da informação inserida. Caso a empresa seja intervencionada

em mais que uma temática, deverá ser feita uma outra Inserção Inicial.

Inserção de informação sobre Implementação

Por forma a permitir às EP dar conta da evolução da implementação do projeto, o OI irá disponibilizar,

individualmente, um acesso que permitirá aceder novamente ao formulário submetido, para escolher as

opções que permitem inserir informação referente à implementação do projeto. O acesso será atribuído

ao técnico responsável pelo preenchimento inicial, através o endereço Gmail/Google Apps fornecido

inicialmente.

Organização da Formação

Tipicamente, a EP deverá utilizar o acesso pela primeira vez quando a PME tiver concluído a fase de

Diagnóstico, e já tiver um Plano de Ação definido. Nessas condições deverá escolher a opção

“Organização da Formação”.

Nesta fase, é requerida a inserção de informação específica sobre a forma como a EP planificou a

intervenção na empresa, no âmbito do projeto, nomeadamente sobre o formato da formação em sala

(inter/intra), número de formandos e identificação das Ações.

No final será requerida a inserção de documentação que evidencie os factos reportados.

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Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

Ocorrências

A FME também servirá para reportar Ocorrências resultantes da implementação do projeto,

nomeadamente Desistências de Empresas, Substituições de Formandos e Desistências de Formandos

(sem substituição). Para cada uma das tipologias será requerida informação detalhada, a complementar

com documentação que evidencie o processo.

Encerramento

O culminar do processo de acompanhamento promovido pela FME ocorre com o registo da informação

relativa ao Encerramento do projeto, no que diz respeito à empresa em questão. Esta opção deverá ser

escolhida depois da empresa ter concluído a implementação do projeto na totalidade. Implica a inserção

de informação detalhada sobre a execução física realizada, e de documentos que evidenciem o

processo, nomeadamente o Relatório Final e a Avaliação para efeitos de mensuração de Indicadores de

Resultado.

2. Ferramenta de Acompanhamento dos Indicadores (FAI)

A FAI destina-se a promover a avaliação da execução dos Indicadores contratualizados ao longo da

execução do projeto. Está disponível em http://bit.do/FAI-QI2020

Reporte Inicial

Logo após ter comunicado o arranque efetivo do projeto em SI FSE, a EP deverá aceder à FAI e fazer o

primeiro registo do projeto, escolhendo a opção “Reporte Inicial”. Nesta fase, é requerido o

preenchimento de dados de Identificação do projeto, nomeadamente ao nível dos valores e metas

contratualizadas, ao que se segue o Reporte Inicial propriamente dito, onde a EP deverá detalhar de que

forma o projeto arrancou, ao nível das PME, formandos e ações, sendo também requerida uma

avaliação qualitativa do processo. No final, deverá anexar evidências.

Reporte Periódico

O mecanismo de acesso recorrente à FME irá também ser disponibilizado para a FAI, estando visível a

partir da submissão do Reporte Inicial. Tal como no caso da FME, o acesso será fornecido ao responsável

pelo preenchimento inicial através o endereço Gmail/Google Apps fornecido.

Este mecanismo permitirá à EP registar, periodicamente, informação relativa à execução do projeto no

que concerne aos indicadores e metas contratualizados. Começando pelo Reporte Anual de 2019 (caso o

projeto já tenha arrancado), o preenchimento deverá ser feito semestralmente, escolhendo a opção

apropriada (Reporte Semestral 2020, Reporte Anual 2020, Reporte Semestral 2021). O reporte anual

deverá ser feito imediatamente após a submissão do Reporte Intermédio de Execução (RIE) do ano em

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Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

questão (e do Pedido de Reembolso Intermédio), com referência a 31 de dezembro, ao passo que o

reporte semestral deverá ser submetido até 31 de julho, com referência a 30 de junho.

Pedido de Alteração

A opção Pedido de Alteração (PA) deverá ser utilizada sempre que a EP tiver um PA aprovado, e permite

modificar os dados submetidos na seção Identificação, referentes aos valores/metas contratualizados, e

também à data de encerramento do projeto.

Reporte Final

Uma vez concluído o projeto, e tendo a EP já submetido o Relatório Final de Execução e o Pedido de

Pagamento de Saldo (Saldo Final), deverá escolher a opção “Reporte Final” para inserir os valores finais

que apurou ao nível dos Indicadores de Resultado e Realização, bem como das outras metas financeiras

e físicas. No final, deverá também anexar todos os outputs do projeto, nomeadamente o Relatório Final

e o relatório de tratamento estatístico dos questionários que lhe permitiram medir a execução dos

Indicadores de Realização.

Nota final: lembra-se novamente que todo e qualquer ficheiro submetido nas plataformas associadas ao

projeto, sejam elas o SI FSE, email, FAI ou FME, não deverá ultrapassar individualmente os 5MB de

tamanho, e que as digitalizações deverão ser feitas com qualidade máxima de 200dpi.

Quaisquer dúvidas, esclarecimentos ou informações deverão ser enviadas para [email protected] ou

solicitadas através do contacto telefónico 239 49 71 60. Está também disponível na folha de

cálculo/mecanismo de acesso um campo aberto para observações por parte da EP – “OBSERVAÇÕES

EP”.

21. VERIFICAÇÃO E CONTROLO

As Entidades Promotoras estão sujeitas, entre outros, à implementação de um sistema de verificação e

controlo, constituído, entre outros, pelos seguintes níveis:

1. Verificações Administrativas Sistemáticas efetuadas em sede de análise dos pedidos de reembolso

submetidos em SIIFSE, compreendendo as seguintes componentes de análise:

Análise de admissibilidade do reembolso

Análise da listagem de despesas/execução financeira: a verificação administrativa sistemática

consiste na análise dos documentos de despesa, em termos de elegibilidade, legalidade e

razoabilidade.

No âmbito desta análise, as Entidades Promotoras devem disponibilizar ao CEC/CCIC os documentos que

lhe forem solicitados através de notificação emitida para o efeito, ficando a análise do reembolso

suspensa até ao seu recebimento e consequente análise.

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Manual de Procedimentos das Entidades Promotoras QI PME 2020 – 2º Ciclo Organismo Intermédio CEC/CCI

2. Verificações no Local têm por objeto certificar a veracidade das despesas declaradas, o

fornecimento dos produtos ou serviços nos termos da decisão de aprovação, a exatidão dos pedidos

de reembolso pelo beneficiário e a conformidade das operações e das despesas com as regras

nacionais e comunitárias.

Cada Entidade Promotora poderá ser alvo de uma ou mais visitas de controlo, para análise

pormenorizada dos dossiers técnico-pedagógico e financeiros, de forma a avaliar o cumprimento da

legislação aplicável, Manual de Procedimentos e as informações vertidas nos elementos inseridos no

sistema e demais relatórios.

Da ação de verificação, resulta um Relatório de Verificação no Local, sendo a Entidade Promotora

notificada do mesmo.

22. LEGISLAÇÃO

Aviso nº10/SI/2019 (Anexo 1)

Regulamento (UE) n.º 1303/2013

Regulamento (UE) n.º 651/2014

Regulamento Geral dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI), aprovado pelo

Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de outubro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 215/2015, de 6 de

outubro e pelo Decreto-Lei n.º 88/2018, de 6 de novembro

Regulamento Específico do Domínio da Competitividade e Internacionalização (RECI), publicado

através da Portaria n.º 57-A/2015, de 27 de fevereiro, e alterado pela Portaria n.º 181-B/2015, de 19

de junho, Declaração de retificação n.º 30-B/2015, de 26 de junho, Portaria n.º 328-A/2015, de 2 de

outubro, Portaria n.º 211-A/2016, de 2 de agosto,

Portaria n.º 142/2017, de 20 de abril, Portaria n.º 360-A/2017, de 23 de novembro, Portaria

n.º217/2018, de 19 de julho e Portaria n.º 316/2018, de 10 de dezembro

Regulamento que estabelece Normas Comuns sobre o Fundo Social Europeu, aprovado pela Portaria

nº60-A/2015, de 2 de março e alterado pela Portaria nº 242/2015, de 13 de agosto, pela Portaria nº

122/2016, de 4 de maio, pela Portaria 129/2017, de 5 de abril, e pela Portaria nº 19/2018, de 17 de

janeiro.

Orientação Técnica nº 18/2019 (orientação técnica específica da formação-ação) (Anexo 16).

Portal Portugal 2020

23. DÚVIDAS, ESCLARECIMENTOS, INFORMAÇÕES

Quaisquer dúvidas, esclarecimentos ou informações deverão ser enviadas para [email protected] ou

solicitadas através do contacto telefónico 239 49 71 60.

Poderá, ainda, consultar o website do projeto em http://www.cec.org.pt/qipme2020/

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24. Anexos

Anexo 1 - Aviso nº10/SI/2019

Anexo 2 - Licenciamento PME

Anexo 3 - Guia Beneficiário - Regras de Publicitação

Anexo 4 Registo de Auxilio de Minimis

Anexo 5 Acordo de Adesão

Anexo 6 Estrutura Indicativa do Dossier Técnico de Projeto

Anexo 7 Estrutura Indicativa do Dossier Técnico de Projeto

Anexo 8 Estrutura Indicativa DTP Formação

Anexo 9 Estrutura Indicativa DTP Consultoria

Anexo 10 Check List Procedimento Contração Pública

Anexo 11 - Pedido Reembolso - contratos - instruções preenchimento

Anexo 12 - Ficha de Enquadramento CCP

Anexo 13 - GuiaApoio_ExecuçãoFisica-vrs0.1junho_RCCFinal

Anexo 14 - Nota Informativa n.º 5/2019/OI CEC-CCIC

Anexo 15 - Recomendação sobre contabilização_FA_30052017_VF_consolidada

Anexo 16 - OT18_2019_AlteracaoOT15_12mar2018