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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE LICENCIAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE CULTURAS MARINHAS Página - 1/48

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE LICENCIAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE CULTURAS MARINHAS

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Índice

1 Introdução 3

2 Glossário 4

3 Tipo de Estabelecimentos 6

4 Licenciamento e Entidades Licenciadoras 7

4.1 ARH- Administração da Região Hidrográfica e outras entidades licenciadoras da utilização dos recursos hídricos. 7

4.2 DGPA – Direcção-Geral das Pescas e Aquicultura/ DRAP -Direcções Regionais de Agricultura e Pescas

8

4.3

4.4 4.5

5

Autoridade de AIA

CCDR – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional ICNB – Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade

Título de Utilização dos Recursos Hídricos

9 10

11

11

5.1 Atribuição do título de utilização dos recursos hídricos 11

5.2 Pedido de informação prévia 12 5.3 Revisão / alteração / caducidade e revogação dos títulos de utilização dos recursos hídricos 13

5.4 Transmissão de títulos de utilização dos recursos hídricos 14

6 Autorização da Instalação 15

6.1 Despacho de autorização 15

6.2 Transmissão, caducidade e revogação da autorização. 15

6.3 Prazos para a instalação. 16

7 Licença de Exploração 16

7.1 Emissão da licença de exploração 16

7.2 Renovação, transmissão, suspensão, caducidade e revogação da licença de exploração 16

7.3 Alterações ao licenciamento de estabelecimentos. 17

8 Outras Licenças ou Autorizações 18

9 Taxas e Outros Pagamentos 19

9.1 Taxa de recursos hídricos 19

9.2 Cauções 22 9.3 Outras taxas 22

10 Embarcações de Apoio à Actividade 22

11 Projectos Localizados em Áreas de Diferentes Entidades Licenciadores do DPH 23

12 Anexos 24

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE LICENCIAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE CULTURAS MARINHAS

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1. Introdução O presente Manual contém os procedimentos de licenciamento para a instalação de estabelecimentos de

culturas marinhas, em águas salgadas e salobras, a localizar na zona costeira1 e em mar aberto, bem como

um conjunto de informação útil para quem pretenda exercer a actividade, incluindo a documentação exigível

em sede de licenciamentos2.

Visando simplificar e facilitar o acesso dos promotores aos elementos indispensáveis em matéria de

licenciamento, procede-se à sistematização integrada dos procedimentos, nas vertentes de licenciamento da

utilização dos recursos hídricos e da actividade, com a formalização dos pedidos instruída com um único

processo (ANEXO C), adoptando-se a constituição de um “Balcão Único”, coordenado pela Direcção-Geral das

Pescas e Aquicultura

(DGPA), em articulação

com as Direcções

Regionais de Agricultura

e Pescas (DRAP).

Pretende conferir-se

maior consistência e

uniformidade à actuação

dos organismos oficiais

intervenientes na

tramitação dos processos

de licenciamento,

assegurando uma boa

articulação entre os

mesmos, e obter maior

celeridade e eficácia na

apreciação dos

processos, bem como

minimizar constrangimentos que ainda se colocam ao desenvolvimento da actividade.

Este Manual constitui um passo no sentido da modernização e simplificação administrativa, prosseguindo,

desde modo, o propósito de melhoria contínua dos serviços prestados, onde a relação com os promotores da

aquicultura marinha ocupa um papel essencial.

1 Incluindo em áreas estuarinas e lagunares 2 Os procedimentos de licenciamento podem ser consultados nos website da DGPA em http// www.dgpa.min-agricultura.pt; no INAG em

http// www.inag.pt

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2. Glossário

No âmbito do presente Manual são utilizadas as seguintes definições, constantes dos diplomas aplicáveis:

Aquicultura - a criação ou cultura de organismos aquáticos que aplica técnicas concebidas para aumentar,

para além das capacidades naturais do meio, a produção dos organismos em causa; durante toda a fase de

criação ou de cultura, inclusive até à sua colheita, estes organismos continuam a ser propriedade de uma

pessoa singular ou colectiva; Aqui se incluem as designadas culturas biogenéticas a que se refere a Lei n.º

58/2005, de 29 de Dezembro e Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio.

Área de produção aquícola em mar aberto (APA) – espaço marítimo, compreendido em águas costeiras e

territoriais do continente, devidamente sinalizado de acordo com o Regulamento de Balizagem em vigor e as

recomendações da International Association of Aids to Navigation and Lighthouse Authority, repartido em

lotes, de forma a agrupar, no seu interior, um conjunto de estabelecimentos de culturas marinhas,

devidamente individualizados;

Água salgada - água cujo grau de salinidade é elevado e não está sujeito a variações significativas;

Água salobra - água cujo grau de salinidade é significativo embora não seja constantemente elevado; A

salinidade pode estar sujeita a variações consideráveis, devido ao influxo de água doce ou do mar;

Áreas sensíveis:

i. Áreas protegidas, classificadas ao abrigo do Decreto-Lei n.º 19/93, de 23 de Janeiro, ou do Decreto-Lei

n.º 142/2008, de 24 de Julho;

ii. Sítios da Rede Natura 2000, zonas especiais de conservação e zonas de protecção especial, classificadas

nos termos de Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, na redacção do Decreto-Lei n.º 49/2005, de 24

de Fevereiro, no âmbito das Directivas nºs 79/409/CEE e 92/43/CEE;

iii. Áreas de protecção dos monumentos nacionais e dos imóveis de interesse público definidas nos termos

da Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro.

Comissão de vistoria - órgão composto por representantes de vários organismos públicos, conforme o

previsto no Artigo 13.º do Decreto Regulamentar n.º 14/2000, de 21 de Setembro, a que preside um

representante da DGPA ou o competente Capitão do porto, caso o estabelecimento se localize em espaço sob

jurisdição da Autoridade Marítima. Esta comissão aprecia e emite parecer vinculativo sobre os projectos de

instalação de estabelecimentos de culturas marinhas na zona costeira3, e funciona sempre que esteja presente

a maioria dos seus membros. O parecer final favorável exige a concordância da totalidade dos membros

presentes;

3 Incluindo as zonas estuarinas e lagunares

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Culturas biogenéticas - as actividades que tenham por finalidade a reprodução, o crescimento, a engorda, a

manutenção ou afinação de espécies aquáticas em água (…) salobra ou salgada;

Culturas marinhas - actividades que tenham por finalidade a reprodução e o crescimento e engorda, a

manutenção ou o melhoramento de espécies marinhas;

Cultura em regime de produção extensivo - a produção com recurso a alimentação exclusivamente

natural;

Cultura em regime de produção intensivo - a produção com recurso a alimentação exclusivamente

artificial;

Cultura em regime de produção semi-intensivo - a produção com recurso a suplemento alimentar

artificial;

Domínio público hídrico – compreende, nos termos da Lei n.º 54/2005, de 15 de Novembro, o domínio

público marítimo, o domínio público lacustre e fluvial e o domínio público das restantes águas. O domínio

público hídrico pode pertencer ao Estado, às Regiões Autónomas e aos municípios e freguesias;

Domínio público marítimo – compreende, nos termos da Lei n.º 54/2005, de 15 de Novembro:

i. As águas costeiras e territoriais;

ii. As águas interiores sujeitas à influência das marés, nos rios, lagos e lagoas;

iii. O leito das águas costeiras e territoriais e das águas interiores sujeitas à influência das marés;

iv. Os fundos marinhos contíguos da plataforma continental, abrangendo toda a zona económica exclusiva;

v. As margens das águas costeiras e das águas interiores sujeitas à influência das marés.

Estabelecimentos de culturas marinhas - instalações que tenham por finalidade a reprodução e o

crescimento e engorda de espécies marinhas, qualquer que seja o tipo de estrutura que utilizem e o local que

ocupem; aqui se incluem as culturas biogenéticas, a que se refere a Lei da Água, o Decreto-Lei n.º 226-

A/2007, de 31 de Maio e legislação complementar, que utilizem águas salgadas ou salobras;

Espécies marinhas - grupo de animais ou plantas cujos espécimes passam na água salgada ou salobra uma

parte significativa do seu ciclo de vida;

Região hidrográfica – a área de terra e de mar constituída por uma ou mais bacias hidrográficas contíguas e

pelas águas subterrâneas e costeiras que lhes estão associadas, constituindo-se como a principal unidade para

a gestão das bacias hidrográficas;

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Zona Costeira - Porção do território influenciada directa e indirectamente em termos biofísicos pelo mar

(ondas, marés, brisas, biota ou salinidade) e que pode ter para o lado da terra largura de ordem quilométrica

(European Code of Conduct for Costal Zone).

3. Tipo de Estabelecimentos Distinguem-se os seguintes tipos de estabelecimentos:

1. Unidades de reprodução: estabelecimentos aquícolas destinados a produzir, por métodos artificiais, as

diferentes fases de desenvolvimento embrionário de determinada espécie – gâmetas, ovos, larvas, pós-larvas,

juvenis e esporos;

2. Unidades de crescimento e engorda: instalações onde se promove o crescimento e engorda de espécies

marinhas, qualquer que seja o tipo de estrutura que utilizem e o local que ocupem.

Por sua vez, as instalações de crescimento e engorda podem apresentar as seguintes tipologias, atendendo às

características da sua estrutura e/ ou local que ocupam:

2.1. Tanques: instalações localizadas em terra, constituídas por materiais diversos, desde terra

propriamente dita a betão ou fibra;

2.2. Estruturas flutuantes (para peixe e bivalves): estruturas localizadas na massa de água, constituídas

por jaulas, flutuantes ou submersíveis, jangadas ou bóias com cabos (longlines);

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2.3. Viveiros de moluscos bivalves: unidades localizadas em zonas intertidais de estuários e rias.

Os requisitos e condições exigíveis

para a instalação dos referidos

estabelecimentos constam dos

artigos 8.º e 9.º do Decreto

Regulamentar n.º 14/2000,

conjugado com o artigo 6.º do

Decreto Regulamentar nº 9/2008,

e com o n.º 2 do artigo 73.º do

Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31

de Maio.

No que respeita a estruturas em

offshore, é da responsabilidade do

promotor assegurar as condições

de amarração e de flutuabilidade,

recorrendo, se necessário, à

certificação dessas condições por

entidades habilitadas para o efeito.

4. Licenciamento e Entidades Licenciadoras (Fluxogramas A1 e A2) O licenciamento da actividade de aquicultura marinha pela Direcção-Geral das Pescas e Aquicultura (DGPA),

enquanto entidade coordenadora, envolve sempre o licenciamento prévio da utilização de recursos hídricos

abrangidos, bem como:

(i) A emissão da Declaração de Impacte Ambiental (DIA), nos casos previstos em 4.3 infra;

(ii) A emissão de autorização pela CCDR, nos casos previstos em 4.4 infra;

(iii) A emissão de autorização ou parecer do ICNB, I.P., nos casos previstos em 4.5 infra.

4.1. ARH – Administração da Região Hidrográfica e outras entidades

licenciadoras da utilização dos recursos hídricos De acordo com o previsto no artigo 12.º do regime da utilização dos recursos hídricos, aprovado pelo Decreto-

Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio, a emissão do/dos títulos de utilização dos recursos hídricos,4 que

necessariamente precedem o licenciamento da actividade dos estabelecimentos de culturas marinhas, cabe à

Administração da Região Hidrográfica territorialmente competente, adiante designada por ARH.

4 Para as designadas culturas biogenéticas

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Nas áreas do domínio público hídrico afectas às entidades portuárias, as competências da ARH para

licenciamento e fiscalização dos recursos hídricos, a partir da data de entrada em vigor das portarias referidas

no n.º 1 do artigo 13.º da Lei da Água, aprovada pela Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro, consideram-se

delegadas na Administração Portuária com jurisdição no local, devendo ainda ser tido em conta o disposto no

artigo 38.º do Decreto-Lei n. º 226-A/2007, de 31 de Maio, e no n.º 1 do artigo 32.º do Decreto-Lei n.º

97/2008, de 11 de Junho.

Encontra-se igualmente prevista a possibilidade da ARH delegar as suas competências, em matéria de

licenciamento e de fiscalização dos recursos hídricos, em outras entidades, designadamente no Instituto de

Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), conforme o estabelecido no artigo 13.º do Decreto-Lei

n.º 226-A/2007, de 31 de Maio, conjugado com o n.º 7 do artigo 9.º da Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro.

Quando a emissão dos títulos de utilização do domínio público hídrico possa afectar a segurança marítima, a

preservação do meio marinho ou outras atribuições da Autoridade Marítima ou a segurança portuária e de

navegação, a Autoridade Marítima e o IPTM, I.P. são, respectivamente, ouvidos pela ARH, nas condições

previstas nas alíneas f) e g) do n.º 1 do artigo 15.º do Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio.

4.2. DGPA – Direcção-Geral das Pescas e Aquicultura / DRAP – Direcções Regionais de Agricultura e Pescas

À Direcção-Geral das Pescas e Aquicultura cabe autorizar a instalação dos estabelecimentos de culturas

marinhas e licenciar a respectiva exploração, de acordo com o previsto nos artigos 11.º e 12.º do Decreto-Lei

n.º 278/87, de 7 de Julho, com a redacção dada pelo Decreto-Lei nº 383/98, de 27 de Novembro, conjugado

com os Decretos Regulamentares n.º 14/2000, de 21 de Setembro e com o Decreto Regulamentar n.º

9/2008, de 18 de Março.

As Direcções Regionais de Agricultura e Pescas, nas respectivas circunscrições territoriais, são competentes

para proceder à recepção, instrução, apreciação técnica do projecto, remessa do mesmo às entidades

intervenientes, elaboração do edital, sendo o caso, e convocação da comissão de vistoria.

No procedimento para a autorização de instalação são ouvidas diversas entidades no âmbito das suas

competências, as quais integram a comissão de vistoria, designadamente, o Instituto Nacional de Recursos

Biológicos, I.P. (INBR/IPIMAR); a Capitania do porto, caso o estabelecimento se localize em área de jurisdição

marítima; a entidade licenciadora dos recursos hídricos; o Instituto de Conservação da Natureza e da

Biodiversidade (ICNB), caso o estabelecimento se localize em área com estatuto de protecção ambiental; a

Direcção-Geral de Saúde e a autarquia local da área de localização do estabelecimento.

No caso de estabelecimentos a localizar em mar aberto (offshore) e que se insiram em Área de Produção

Aquícola, o procedimento de autorização de instalação inicia-se com o pedido de atribuição de título de

utilização de recursos hídricos, a emitir pela competente ARH, mediante parecer prévio da DGPA. Quando

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emitido, o título de utilização de recursos hídricos (licença) substitui o despacho de autorização de instalação

do Director-Geral das Pescas e Aquicultura, sendo a licença de exploração emitida após a conclusão e

aprovação da unidade instalada.

4.3. Autoridade de AIA

Relativamente a estabelecimentos em regime de produção intensiva, poderá haver lugar, a procedimento de

Avaliação do Impacte Ambiental (AIA), nos termos previstos no anexo II do Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de

Maio, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 197/2005, de 8 de Novembro, o qual é sempre

prévio a qualquer licenciamento.

Uma piscicultura intensiva é sujeita a AIA sempre que se localize em zona sensível ou quando se verifiquem

as seguintes condições5:

Piscicultura em sistemas estuarinos ou similares ou sistemas lagunares:

a) Tanques: área ≥ 5 ha ou produção ≥ 200 t/ano ou área ≥ 2 ha ou produção ≥ 80 t/ano se, em conjunto

com unidades similares preexistentes, distando entre si menos de 1 km, der origem a área ≥ 5 ha ou

produção ≥ 200 t/ano;

b) Estruturas flutuantes: produção ≥ 200 t/ano ou produção ≥ 80 t/ano se, em conjunto com as unidades

similares preexistentes, distando entre si menos de 1 km, der origem a produção ≥ 200 t/ano;

Piscicultura marinha: produção ≥ 1000 t/ano;

Havendo procedimento concursal para a emissão do título de utilização de recursos hídricos (licença), o

procedimento de AIA só terá início após selecção do candidato a quem será atribuído o título.

Os elementos a apresentar no âmbito deste último procedimento (Anexo D) são entregues à DGPA, que os

remete à Autoridade de Avaliação de Impacte Ambiental, isto é, à entidade responsável pela avaliação, que

neste caso é a Agência Portuguesa do Ambiente (Fluxograma no Anexos B).

Nos casos de alterações aos estabelecimentos de culturas marinhas, deve ser observado, em sede de AIA, o

disposto no ponto 7.3 infra.

5 Estipuladas na coluna “caso geral” da alínea f) do ponto I do anexo II do Decreto-Lei n.º 69/2000, com a redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 197/2005,

de 8 de Novembro.

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4.4. CCDR - Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional

As instalações a localizar em área integrada na Reserva Ecológica Nacional (REN), carecem de autorização

prévia da CCDR territorialmente competente, nos termos previstos no Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22 de

Agosto.

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Os elementos instrutórios necessários nos procedimentos de autorização da REN encontram-se elencados no

anexo II da Portaria n.º 1356/2008, de 28 de Novembro, constando do ponto IV.1 do anexo I da mesma as

condições para a viabilização de estabelecimentos de aquiculturas marinhas

4.5. ICNB – Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade

Os estabelecimentos a localizar em áreas protegidas e em zonas da Rede Natura 2000, ou seja, áreas

classificadas tal como definidas no regime jurídico da conservação a natureza e da biodiversidade (Decreto-Lei

n.º 142/2008, de 24 de Julho), estão igualmente sujeitos, previamente, às condições constantes da respectiva

legislação aplicável (Anexo F, ponto II d)), nas quais se incluem o parecer do ICNB, I.P. e a sujeição a

procedimento de Avaliação de Incidências Ambientais, quando, nos termos gerais, não sejam sujeitos a

procedimento de AIA.

5. Título de Utilização dos Recursos Hídricos

A instalação de estabelecimentos de culturas marinhas, quer estes se localizem em área dominial ou em área

privada, está sujeita à obtenção prévia do respectivo título de utilização dos recursos hídricos, nos termos

estabelecidos para culturas biogenéticas, conforme previsto na alínea j) do n.º 1 do artigo 60.º da Lei n.º

58/2005, de 29 de Dezembro e no artigo 73.º do Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio.

De acordo com o previsto na Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro, conjugado com o disposto no artigo 1.º do

Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio, os títulos de utilização dos recursos hídricos podem ser

constituídos por uma autorização, uma licença ou uma concessão.

Tratando-se de estabelecimentos de culturas marinhas a instalar em domínio público hídrico, as licenças de

utilização dos recursos hídricos são atribuídas mediante procedimento concursal, a promover nos termos do

artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio.

5.1. Atribuição do Título de Utilização de Recursos Hídricos

Em matéria de tramitação para obtenção do título de utilização de recursos hídricos, importa distinguir se as

instalações se encontram em domínio privado ou em domínio público.

Quando se trate de instalações em domínio privado, a ARH territorialmente competente recepciona o

requerimento a que alude o artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio, faz a instrução dos

processos (instruídos com os elementos constantes do Anexo C) e promove no prazo de 15 dias, após a

conclusão da instrução, a consulta às entidades previstas (Anexo A). Estas dispõem do prazo máximo de 45

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE LICENCIAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE CULTURAS MARINHAS

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dias para se pronunciar, querendo, tendo a entidade competente idêntico prazo para apreciar e decidir o

pedido, emitindo o título ou indeferindo o pedido.

Quando estejam em causa instalações em domínio público e o pedido de atribuição de título de utilização de

recursos hídricos seja apresentado por um particular, o interessado apresenta um pedido de atribuição de

licença, do qual conste o objecto, a localização e as principais características da utilização em causa.

A autoridade competente aprecia o pedido apresentado, verificando se existem causas que obstem desde logo

à abertura do procedimento, nomeadamente o incumprimento de alguma das condições referidas no artigo

10.º de que depende a emissão do título, a sua inoportunidade ou inconveniência para o interesse público ou,

ainda, o facto de se pretender atribuir essa utilização por via de iniciativa pública.

Não existindo causas que obstem desde logo à abertura do procedimento, após efectuar as consultas previstas

no artigo 15,º do Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio, e caso não haja pareceres desfavoráveis,

procede à publicitação do pedido apresentado através da afixação de editais e da publicação nos locais de

estilo durante o prazo de 30 dias, abrindo a faculdade de outros interessados poderem requerer para si a

emissão do título com o objecto e finalidade para a utilização publicitada ou apresentar objecções ao mesmo

(cfr. Artigo 21.º, n.º 4 do Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º

93/2008, de 4 de Junho).

Decorrido o referido prazo de 30 dias sem que seja apresentado um pedido concorrente, é iniciado um

procedimento de licenciamento nos termos do artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio, no

prazo máximo de um ano, prorrogável por igual período e por uma única vez.

Caso outro ou outros interessados venham manifestar, durante o prazo de 30 dias em que decorre a

publicitação acima referida, o interesse na mesma utilização, é desencadeado pela ARH um procedimento

concursal entre todos os interessados que manifestaram tal interesse. A ARH procederá à elaboração das

respectivas peças de concurso e os candidatos terão de apresentar as suas propostas.

Findo o procedimento concursal, seguir-se-á o licenciamento da utilização do domínio hídrico, com a emissão

do título de utilização dos recursos hídricos, tendo o adjudicatário o prazo de 1 ano para iniciar o

procedimento de licenciamento.

Sempre que possível, é emitido um único título de utilização de recursos hídricos, o qual engloba todas as

utilizações dos recursos hídricos em causa, nomeadamente a ocupação do domínio hídrico, a captação de

água e a rejeição de efluentes.

5.2. Pedido de Informação Prévia

Qualquer promotor interessado pode apresentar junto da ARH territorialmente competente, um pedido de

informação prévia quanto à possibilidade de utilização dos recursos hídricos para um determinado fim. Esse

pedido é decidido no prazo de 45 dias após a sua recepção e vincula a ARH desde que o correspondente

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pedido de emissão do título de utilização dos recursos hídricos seja apresentado no prazo de um ano, a contar

da data da notificação ao requerente da informação prévia solicitada (cfr. artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 226-

A/2007), sem prejuízo dos condicionalismos resultantes quer do concurso, quer das decisões ou pareceres

vinculativos emitidos posteriormente no âmbito do licenciamento.

5.3. Revisão / Alteração / Caducidade e Revogação dos Títulos de

Utilização dos Recursos Hídricos

A licença de utilização de recursos do domínio público hídrico é concedido pelo prazo máximo de 10 anos,

consoante o tipo de utilização e atendendo, nomeadamente, ao período necessário para a amortização do

investimento associado (n.º 2 do artigo 67.º da Lei n.º 58/2005).

Ao contrário do que se verifica com a captação e a rejeição de águas residuais, não se encontra prevista a

possibilidade da renovação da licença na componente da ocupação do domínio público hídrico (artigo 34.º do

Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio).

No entanto, caso o anterior titular esteja interessado em manter a exploração, gozará do direito de

preferência em futuro procedimento concursal (n.º 4 do artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de

Maio), devendo, para o efeito, manifestar à autoridade competente o seu interesse na continuação da

utilização dos recursos hídricos um ano antes do termo do respectivo título e, após a adjudicação do

procedimento, comunicar, no prazo de 10 dias sujeitar-se às condições da proposta seleccionada. Nesta

situação a licença pode ser prorrogada pelo prazo máximo de dois anos, até que fique concluído o

procedimento concursal.

Já a autorização não tem prazo máximo previsto, encontrando-se, no entanto, sujeita a todas as restantes

vicissitudes, como sejam a revisão, alteração, revogação e caducidade (artigos 28.º e seguintes do Decreto-

Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio).

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A caducidade do título de utilização dos recursos hídricos ocorre: (i) com o decurso do prazo nele fixado; (ii)

com a extinção da pessoa colectiva titular; (iii) com a morte da pessoa singular titular quando não estiverem

reunidas as condições para a sua transmissão; e (iv) com a insolvência do titular (artigo 33.º do Decreto-Lei

n.º 226-A/2007, de 31 de Maio).

Pode igualmente haver lugar à revogação dos títulos de utilização dos recursos hídricos, nos casos previstos

no artigo 69.º da Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro, conjugado com o artigo 32.º do Decreto-Lei n.º 226-

A/2007, de 31 de Maio, como seja, designadamente, em casos de incumprimento de obrigações por parte dos

titulares.

5.4. Transmissão de Títulos de Utilização dos Recursos Hídricos

Os títulos de utilização dos recursos hídricos podem ser objecto de transmissão, nas condições previstas no

artigo 72.º da Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro, conjugado com o artigo 26.º do Decreto-Lei n.º 226-

A/2007, de 31 de Maio. De acordo com os referidos diplomas, a transmissão obriga a que se mantenham

presentes os requisitos que presidiram à sua atribuição, sendo, em alguns casos, exigível apenas a

comunicação da transmissão e, em outros, a autorização prévia da entidade competente.

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6. Autorização de Instalação

6.1. Despacho de Autorização

Uma vez obtido o título de utilização dos recursos hídricos, a autorização de instalação de estabelecimentos de

culturas marinhas é concedida por despacho do Director-Geral das Pescas e Aquicultura, caso o projecto

apresentado mereça parecer favorável da comissão de vistoria convocada para o efeito, com a excepção já

referida para instalações em offshore, a localizar em Áreas de Produção Aquícola (APA), em que o título de

utilização dos recursos hídricos, relativo à utilização do domínio público marítimo, substitui a referida

autorização de instalação.

Após a recepção e instrução do pedido de instalação (instruído com os elementos constantes do Anexo C), a

DRAP publicita o projecto, caso este se localize em área privada6, através de Edital, a afixar na Capitania do

porto e nos locais públicos usados para o efeito, para que eventuais lesados apresentem por escrito as suas

reclamações. O Edital está afixado durante 30 dias. Posto isso, a DRAP convoca a mencionada comissão de

vistoria para visita ao local, caso tal se justifique, e para a apreciação conjunta do projecto. O pedido será

deferido ou indeferido pela DGPA, consoante o parecer da comissão seja, respectivamente, favorável ou

desfavorável. O parecer deve ser devidamente fundamentado, de facto e de direito.

6.2. Transmissão, Caducidade e Revogação da Autorização A autorização para instalar estabelecimentos de culturas marinhas em áreas dominiais ou de propriedade

privada, é transmissível aos novos titulares do direito de utilizar e fruir essas áreas, caso o requeiram

fundamentadamente à DGPA.

As autorizações de instalação caducam com a morte da pessoa singular ou extinção da pessoa colectiva, sem

que haja lugar à sua transmissão; com a renúncia do respectivo titular; com a não conclusão das obras de

instalação no prazo de 3 anos a contar da data de notificação do despacho de autorização de instalação e com

a extinção do título de utilização dos recursos hídricos.

As autorizações de instalação podem ser revogadas com fundamento na ocorrência superveniente de factos

que afastem os requisitos e condições técnicas exigíveis para a instalação, bem como pela extinção do título

de utilização do domínio público hídrico, ou com a não conclusão das obras de instalação no prazo legalmente

previsto.

6 No caso de localizações em domínio público a ARH faz essa publicitação

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE LICENCIAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE CULTURAS MARINHAS

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6.3. Prazos para Instalação

Na zona costeira, em área privada, a instalação deve estar concluída no prazo de três anos a contar da

notificação do despacho de autorização de instalação. Em área do domínio público hídrico, o início da

utilização deve ter lugar no prazo de seis meses, a contar da data da emissão do título de utilização dos

recursos hídricos, sob pena de revogação do mesmo (art. 69.º n.º4 c) da Lei n.º 58/2005, de 29 de

Dezembro).

Em mar aberto (offshore) a instalação deve iniciar-se no prazo de 6 meses após a aprovação, devendo a

conclusão da instalação ocorrer no prazo máximo de dois anos.

7. Licença de Exploração

7.1. Emissão da Licença de Exploração

Concluídas as obras de instalação dos estabelecimentos, devem os seus titulares requerer à DRAP

territorialmente competente, no prazo de 3 meses, a licença de exploração, a qual é emitida pela DGPA após a

aprovação do estabelecimento em vistoria a efectuar, conjuntamente com o INRB- L-IPIMAR, o ICNB,

tratando-se de áreas com estatuto de protecção ambiental, e a Capitania do Porto, no caso de unidades em

mar aberto.

7.2. Renovação, Transmissão, Suspensão, Caducidade e Revogação da

Licença de Exploração

As licenças de exploração dos estabelecimentos localizados em áreas dominiais são válidas pelo período de

vigência dos respectivos títulos de utilização dos recursos hídricos, que pode ser no máximo de 10 anos,

sendo renováveis por idênticos períodos, mediante apresentação dos respectivos títulos. No caso de

estabelecimentos localizados em áreas privadas, não integradas no domínio público hídrico, a licença é válida

pelo período de 15 anos, renovável por iguais períodos, desde que previamente requerido e autorizado pela

DGPA.

As licenças de exploração dos estabelecimentos transmitem-se por força da transmissão do estabelecimento,

após requerimento à DGPA e obtida a respectiva autorização.

As licenças de exploração dos estabelecimentos podem ser suspensas com fundamento em falta

superveniente dos requisitos que presidiram ao licenciamento e por alteração de quaisquer condições de

exploração fixadas pela Administração.

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As licenças caducam no termo do prazo para que foram atribuídas, sem que haja lugar à sua renovação; com

a extinção do título de utilização dos recursos hídricos onde se encontra instalado o estabelecimento; com a

renúncia do titular da licença; com a morte da pessoa singular ou extinção da pessoa colectiva titular da

licença, não tendo havido a sua transmissão.

As licenças de exploração dos estabelecimentos de culturas marinhas podem ser revogadas por interrupção

não justificada da exploração do estabelecimento, por período superior a dois anos; por exploração do

estabelecimento por pessoa diferente do titular da licença; por incumprimento das obrigações que

condicionam a exploração do estabelecimento; por alteração do regime de exploração licenciado sem prévia

autorização. A licença pode igualmente ser revogada sempre que, na sequência da sua suspensão por facto

imputável ao seu titular, este não promova, no prazo previsto para o efeito, o restabelecimento dos requisitos

e condições a que está obrigado.

No caso de estabelecimentos localizados em offshore as licenças de exploração podem também ser revogadas

caso os titulares dos estabelecimentos não procedam ao pagamento da sua quota-parte nas despesas de

investimento e manutenção do sistema de assinalamento marítimo das áreas de produção aquícola ou caso

não disponham de seguros de responsabilidade civil válidos.

7.3. Alterações ao Licenciamento de Estabelecimentos

Estão sujeitas a autorização prévia da DGPA, mediante parecer favorável das outras entidades intervenientes

(IPIMAR, ARH e /ou ICNB), as alterações a introduzir nos estabelecimentos, como seja, a cultura de novas

espécies, a alteração do regime de exploração e, bem assim, quaisquer alterações com interferência no seu

delineamento.

Os pedidos de alteração devem ser instruídos com memória descritiva que contemple as alterações a

introduzir, designadamente os seguintes elementos: espécies a cultivar; capacidade de produção; regime de

exploração a introduzir; tipo de alimento; produtos químicos, biológicos e fármacos a utilizar, sendo o caso, e

origem dos juvenis (anexo 5).

Sempre que se verifiquem alterações no delineamento dos estabelecimentos devem ser apresentadas plantas

que evidenciem essas alterações, bem como a alteração ao projecto de assinalamento marítimo para

aprovação pela Autoridade Marítima Local, se tal for o caso.

A ampliação da área total dos estabelecimentos, segue procedimento idêntico ao de autorização de instalação.

As entidades a consultar dispõem de 60 dias para se pronunciarem, entendendo-se como parecer favorável e

deferimento tácito a ausência de parecer dentro desse prazo.

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Sempre que sejam apresentados projectos de alteração, modificação ou ampliação de estabelecimentos

(incluídos no anexo I ou II do regime jurídico de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA)) já autorizados e

executados ou em execução, que possam ter impactes negativos importantes no ambiente, o novo projecto

está sujeito a AIA , designadamente quando essa alteração, modificação ou ampliação, só por si, atinja os

limiares de sujeição a AIA, constantes do anexo II do Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, alterado e

republicado pelo Decreto-Lei n.º 197/2005, de 8 de Novembro.

Caso o projecto de alteração, modificação ou ampliação não atinja só por si os limiares estabelecidos no anexo

II do diploma, a necessidade de procedimento de AIA é objecto de análise caso a caso tendo em vista

determinar a existência de impactes negativos importantes para o ambiente.

Por último, refira-se, ainda, que os projectos de alteração, modificação ou ampliação de estabelecimentos já

autorizados e executados ou em execução, podem ainda determinar:

(i) A revisão do título de utilização dos recursos hídricos nos termos dos artigos 28.º e 29.º do

Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio;

(ii) A obtenção de autorização por parte da CCDR territorialmente competente, nos termos previstos

no Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22 de Agosto;

(iii) A obtenção de autorização/parecer do ICNB, quando estejam em causa áreas protegidas (Decreto-

Lei n.º 142/2008, de 24 de Julho) ou áreas integradas na Rede Natura 2000 (Decreto-Lei n.º

140/99, de 24 de Abril, alterado pelo Decreto-Lei n.º 49/2005, de 24 de Fevereiro).

8. Outras Licenças ou Autorizações

A instalação de estabelecimentos poderá exigir a obtenção de outras licenças/ autorizações ou registos

prévios, tais como:

LICENÇA DE OBRAS: Alvará de obras; Autorização de utilização

Enquadramento jurídico: Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 26/2010,

de 30 de Março

Entidade licenciadora: Câmara Municipal

APROVAÇÃO DE PROJECTO DE INSTALAÇÃO ELÉCTRICA

Enquadramento jurídico: Decreto-Lei n.º 517/80 de 31 de Outubro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 272/92 de 3

de Dezembro, e pelo Decreto-Lei n.º 315/95 de 28 de Novembro; Decreto-Lei n.º 26852, de 30 de Julho de

1936, alterado pelo Decreto-Lei n.º 446/76 de 5 de Junho.

Entidade licenciadora: Direcção-Geral de Energia e Geologia e outras entidades constantes dos referidos

normativos

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE LICENCIAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE CULTURAS MARINHAS

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REGISTO DE OPERADOR RECEPTOR DE ANIMAIS VIVOS

Enquadramento Jurídico: Portarias nºs 576/93, de 4 de Junho e 100/96, de 1 de Abril

Entidade Competente: Direcção-Geral de Veterinária

REGISTO DE OPERADOR RECEPTOR PARA COMPRA DE RAÇÃO

Enquadramento Jurídico: Decreto-Lei n.º 245/99, de 28 de Junho

Entidade Competente: Direcção-Geral de Veterinária

INSTALAÇÃO, FUNCIONAMENTO, REPARAÇÃO E ALTERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO

(OXIGÉNIO)

Enquadramento Jurídico: Decreto-Lei n.º 97/2000, de 25 de Maio

Entidade Licenciadora: Direcções Regionais de Economia (DRE), territorialmente competentes

INSTALAÇÕES DE ARMAZENAGEM DE PRODUTOS DE PETROLEO

Enquadramento Jurídico: Decreto-Lei n.º 389/2007, de 30 de Novembro, conjugado com o Decreto-Lei n.º

125/97, de 13 de Maio

Entidade Licenciadora: Câmaras Municipais ou Direcções Regionais da Economia, territorialmente

competentes, dependendo da capacidade de armazenagem pretendida.

LICENCIAMENTO INDUSTRIAL DE ESTABELECIMENTOS DE TRANSFORMAÇÃO, PREPARAÇÃO E OU

ACONDICIONAMENTO DE PRODUTOS PROVENIENTES DA AQUICULTURA

Enquadramento Jurídico: Decreto-Lei n.º 209/2008, de 29 de Outubro

Entidade licenciadora: DRAP, ou Câmaras Municipais, consoante o tipo de estabelecimento, atribuindo a

Direcção-Geral de Veterinária o n.º de Controlo Veterinário aos estabelecimentos.

9. Taxas e Outros Pagamentos

9.1. Taxa de Recursos Hídricos Em cumprimento da Lei da Água (Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro) e do Regime Económico-Financeiro

dos Recursos Hídricos (Decreto-Lei n.º 97/2008, de, de 11 de Junho) é devida a Taxa de Recursos Hídricos

(TRH) sobre as seguintes utilizações dos recursos hídricos:

- A utilização privativa de águas do Domínio Público Hídrico do Estado;

- A descarga, directa ou indirecta, de efluentes sobre os recursos hídricos, susceptível de causar impacte

significativo;

- A utilização de águas, qualquer que seja a sua natureza ou regime legal, sujeitas a planeamento e a gestão

públicos, susceptível de causar impacte significativo;

- A extracção de materiais inertes do domínio público hídrico do Estado;

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- A ocupação de terrenos ou planos de água do domínio público hídrico do Estado.

A aplicação da taxa de recursos hídricos aos estabelecimentos de piscicultura, aquicultura e culturas

biogenéticas obedece ao estipulado no Decreto-Lei n.º 97/2008, de, de 11 de Junho, e no Despacho n.º

484/2009 (2.ª série), de 8 de Janeiro.

A liquidação da TRH compete às Administrações de Região Hidrográficas (ARH) sendo realizada nos seguintes

termos:

No caso de títulos de utilização dos recursos hídricos com validade inferior a um ano a liquidação e o

pagamento são prévios à emissão do título;

No caso de títulos de utilização dos recursos hídricos com validade superior ou igual a um ano a

liquidação é realizada em Janeiro do ano seguinte àquele a que a taxa respeite e o pagamento deve

ser realizado no mês de Fevereiro seguinte. Após esta data aplicam-se juros de mora à taxa legal em

vigor e após 6 meses de não pagamento o título pode ser revogado.

A taxa de recursos hídricos é função das componentes abrangidas, sendo calculada pela fórmula

Taxa = A + E + I + O + U

Em que:

A corresponde à utilização privativa de águas do domínio público hídrico do Estado, calculando-se pela

aplicação de um valor de base ao volume de água captado, desviado ou utilizado, expresso em metros

cúbicos.

De acordo com o Despacho n.º 10858/2009 (2.ª série), de 28 de Abril, aos estabelecimentos de piscicultura,

aquicultura ou de culturas biogenéticas, não se considera aplicável a componente A da taxa de recursos

hídricos.

E corresponde à descarga, directa ou indirecta, de efluentes sobre os recursos hídricos, susceptível de causar

impacte significativo, calculando-se pela aplicação de um valor base à quantidade de poluentes contida na

descarga, expressa em quilograma, calculada com base nas concentrações dos parâmetros matéria oxidável,

azoto total e fósforo total.

De acordo com o Despacho n.º 2434/2009 (2.ª série), de 19 de Janeiro, as concentrações dos parâmetros

matéria oxidável, azoto total e fósforo total, a considerar para efeitos de aplicação da taxa de recursos

hídricos serão as que resultam da diferença entre os teores medidos no efluente descarregado e os teores

medidos na água no ponto de captação.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE LICENCIAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE CULTURAS MARINHAS

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I corresponde à extracção de inertes do domínio público hídrico do Estado, calculando-se pela aplicação de um

valor de base ao volume de inertes extraídos, expresso em metros cúbicos. Este valor é tomado como preço

mínimo no caso da licença de extracção de inertes ser atribuída por concurso ou quando a extracção de

inertes seja da iniciativa da ARH e realizada por sua conta.

Esta componente I da taxa de recursos hídricos não é aplicável aos estabelecimentos de piscicultura,

aquicultura ou de culturas biogenéticas, desde que não haja extracção de inertes.

O corresponde à ocupação de terrenos do domínio público hídrico do Estado e à ocupação e criação de planos

de água, calculando-se pela aplicação de um valor de base à área ocupada, expressa em metros quadrados.

O valor de base desta componente pela ocupação para a piscicultura, aquicultura e culturas biogenéticas é

reduzido para metade quando aplicável a estabelecimentos que ocupem área superior a um hectare e na

parcela correspondente ao excesso, com excepção das pisciculturas com equipamentos localizados no mar. No

caso das condutas, cabos, moirões e demais equipamentos, em que a ocupação apenas possa ser expressa

em metro linear, o valor de base é calculado em função da ocupação ocorrer à superfície ou no subsolo.

De acordo com o Despacho n.º 2434/2009 (2.ª série), de 19 de Janeiro, para efeitos da aplicação da alínea a)

do n.º 2 do artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 97/2008, de 11 de Junho, consideram-se instalados no mar os

estabelecimentos que se localizem em águas marinhas. Para efeitos da determinação da área ocupada será

considerada a área total licenciada em domínio público hídrico. Na aplicação da taxa de recursos hídricos às

pisciculturas, aquiculturas e culturas biogenéticas não se considera que haja lugar à criação de planos de

água.

U corresponde à utilização privativa de águas, qualquer que seja a sua natureza ou regime legal, sujeitas a

planeamento e gestão públicos, susceptível de causar impacto significativo, calculando-se pela aplicação de

um valor base ao volume de água captado, desviado ou utilizado, expresso em metros cúbicos.

De acordo com o Despacho n.º 10858/2009 (2.ª série), de 28 de Abril, não devem ser considerados os

valores associados aos fluxos de maré, mas apenas aqueles resultantes da utilização de meios mecânicos. Aos

volumes de água a considerar aplica-se a redução de 90 % que resulta do disposto no n.º 2.1 do anexo ao

Despacho n.º 2434/2009 (2.ª série), de 19 de Janeiro.

Nas áreas afectas a entidades portuárias e até à entrada em vigor do regime económico e financeiro especial

previsto no n.º 4 do artigo 80.º da Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro, é devida a Taxa de Recursos Hídricos

apenas no que respeita às componentes A, E e U da sua base tributária, enquanto que em relação às taxas

incidentes sobre o uso privativo de terrenos do domínio público hídrico e as taxas incidentes sobre a extracção

de inertes se mantêm em vigor as taxas lançadas por essas entidades ao abrigo dos respectivos estatutos.

Os valores de base da Taxa de Recursos Hídricos são actualizados nos termos do Decreto-Lei nº 97/2008, de

11 de Junho.

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Os valores actualizados da Taxa de Recursos Hídricos podem ser consultados na página da Internet do INAG,

I.P. (www.inag.pt), sem prejuízo da aplicação supletiva, a cada componente, dos seguintes despachos:

- Componente A: n.º1 do Despacho n.º 10858/2009 (2.ª série), de 28 de Abril;

- Componente E: n.º 2.2 do Despacho n.º 2434/2009 (2.ª série), de 19 de Janeiro;

- Componente O: n.º 2.3 do Despacho n.º 2434/2009 (2.ª série), de 19 de Janeiro;

- Componente U: n.º 2 do Despacho n.º 10858/2009 (2.ª série), de 28 de Abril.

9.2. Cauções

A emissão da licença de utilização dos recursos hídricos está sujeita à prestação de uma caução para

recuperação ambiental, nos termos do artigo 22.º, nºs 3 e 4 do Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio, e

em conformidade com o disposto no anexo I ao referido diploma.

No caso de a licença de utilização dos recursos hídricos compreender a realização de obras, para além da taxa

de recursos hídricos (ou da taxa de ocupação, no caso das administrações portuárias) é obrigatória a

prestação de uma caução destinada a assegurar o cumprimento das obrigações do detentor do título, nos

termos do ponto B) do anexo I ao Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio.

9.3. Outras Taxas

As entidades licenciadoras, incluindo as entidades com competências para o licenciamento das utilizações dos

recursos hídricos, bem como as demais entidades competentes nos termos previstos na legislação ambiental,

e como contrapartida pelos serviços prestados nos processos de licenciamento, cobram, nos termos da lei,

taxas relativas à emissão de licenças, autorizações ou pareceres. Os respectivos tarifários podem ser

consultados nas respectivas páginas da Internet, nos endereços indicados no Anexo G - contactos gerais.

10. Embarcações de Apoio à Actividade

Os titulares de estabelecimentos de culturas marinhas podem ser autorizados a dispor de embarcações para

apoio à actividade, as quais devem ser registadas na classe de auxiliares locais. Estas embarcações são

utilizadas exclusivamente no transporte de produtos das culturas e, bem assim, de pessoal, equipamentos e

materiais afectos à exploração.

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11. Projectos Localizados em Áreas de

Diferentes Entidades Licenciadoras do DPH

Caso um promotor pretenda utilizar, no mesmo projecto, parcelas do domínio público hídrico sob jurisdição de

diferentes entidades licenciadoras (p.e., de uma ARH e de uma Administração Portuária) poderá apresentar

um pedido único de licenciamento ou, nos casos em a situação seja enquadrável nos termos do art. 23.º n.º1

c) do Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio, um pedido de concessão, na entidade coordenadora do

licenciamento (DGPA/DRAP) a qual procederá ao encaminhamento do processo para as diferentes entidades

licenciadoras, sem prejuízo do pedido de título de utilização de recursos hídricos poder ser entregue

directamente junto da ARH territorialmente competente.

Por sua vez, estas entidades procederão de forma articulada, à avaliação prévia do projecto e à sua

publicitação, se for caso disso. Neste sentido, haverá lugar apenas à publicação de um anúncio abrangendo

todas as parcelas e, se houver outras manifestações de interesse, será realizado apenas um procedimento

concursal.

As ARH, as Administrações Portuárias e outras entidades com competências em termos de licenciamento da

utilização dos recursos hídricos, desenvolvem os procedimentos acima descritos nos termos de protocolo a

celebrar entre as mesmas.

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12. Anexos

A. Fluxograma geral da tramitação processual de licenciamento

A1 - Licenciamento de estabelecimentos de culturas marinhas (projectos localizados em domínio

público hídrico)

A2 - Licenciamento de estabelecimentos de culturas marinhas (projectos localizados em domínio

privado)

B. Fluxograma de procedimento de AIA

C. Listagem de elementos a apresentar pelo requerente para licenciamentos (check list)

C1 - Formulário de instrução do pedido de título de utilização dos recursos hídricos

D. Listagem de elementos a apresentar pelo requerente para procedimento de AIA

E. Modelos tipo de requerimentos

E1 - Pedido de autorização de instalação de estabelecimento de culturas marinhas

E2 - Pedido de cultura de novas espécies/alteração de regime de exploração

E3 - Pedido de licença de exploração

E4 - Pedido de transmissão de licença de exploração

F. Legislação aplicável à actividade

G. Contactos gerais

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4 – Analisam o processo e emitem parecer

(prazo de 45 dias) (poderão ser solicitados

esclarecimentos e elementos complementares)

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1- Requerimentos

1.1 – Pedido de emissão de título utilização do DPH (ver Anexo C.1);

1.2 - Pedido de autorização de instalação de estabelecimento (ver Anexo E.1); 1.3 - Apresentação dos elementos do

projecto constantes da check list do anexo C)

3 – Recepção,

instrução, e envio do processo às entidades a consultar (DL n.º 226-

A/2007, art.º 15º, alíneas b), f) e h) )

(prazo de 15 dias após a recepção do pedido)

PR

OM

OT

OR

5 – Consolida

pareceres e emite decisão

integrada (prazo

de 45 dias)

Decisão

favorável?

Não

Sim

2 – Recepção, análise sumária, e envio do processo à entidade licenciadora

(imediato após a recepção do pedido) Poderá haver lugar à realização de

conferência instrutória; podem ser solicitados elementos adicionais

(prazo máximo de 15 dias após a

recepção do requerimento)

6 – Indeferimento –

notificação prévia - CPA (decisão comunicada ao

promotor e entidades intervenientes)

Processo

Indeferido

7 – Elabora e promove

afixação de Edital (artigo 21º do DL n.º

226-A/2007) (afixado durante 30 dias)

Outros

interessados

?

8 – Promove

procedimento concursal (artigo 21º

do DL n.º 226-

A/2007) e selecciona o adjudicatário

(eventual exercício de direito de preferência

pelo promotor inicial) (30 dias para

elaboração de Relatório, a contar do

termo da

apresentação das candidaturas)

Sim

Não

9 – Emite título de utilização dos recursos hídricos;

Envia o processo à DGPA/DRAP

B

10 – Elabora Projecto

de Assinalamento Marítimo (PAM) e

remete-o DRAP

A

ANEXO A 1 - LICENCIAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE CULTURAS MARINHAS – Projectos Localizados em Domínio Público Hídrico (Título de utilização do domínio hídrico, autorização de instalação e licença de exploração)

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ANEXO A 1 - LICENCIAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE CULTURAS MARINHAS – Projectos Localizados em Domínio Público Hídrico (Título de utilização do domínio hídrico, autorização de instalação e licença de exploração)

*13 e 14 - Estes procedimentos não se aplicam em APA

Parecer favorável ?

Sim

13* – DRAP recebe o

processo e promove

reunião da

Comissão de Vistoria

Não

Processo

indeferido

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P

RO

MO

TO

R

14* – Comissão de

Vistoria emite parecer (art. 13º e 14º do DR

n.º 14/2000)

15 - Indeferimento do pedido

c/notificação prévia – CPA

(decisão comunicada ao promotor e

entidades intervenientes)

11 – DRAP pede

parecer a Capitania do Porto

(CP)

12 – Capitania do

Porto emite parecer, ouvido

Inst. Hidrográfico e

a Direcção Faróis

16 - DGPA emite a

autorização de instalação (art. 15º,

nº 3, DR n.º 14/2000)

(decisões comunicadas ao promotor e

entidades intervenientes)

17 - Promove a instalação

Promotor solicita

vistoria, informando que a instalação está

concluída e pronta a operar

18 - DRAP convoca Comissão de

Vistoria que procede à vistoria da

unidade instalada (art. 24º, nº 1 do

DR nº 14/2000)

19 - DGPA emite

licença de exploração (art. 24º, nº 2 do DR

n.º 14/2000) (decisões comunicadas

ao promotor e entidades

intervenientes)

20 - Inicia a actividade

A

B

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1- Requerimentos 1.1 – Pedido de emissão de título utilização

do DPH (ver Anexo C.1); 1.2 - Pedido de autorização de instalação de

estabelecimento (ver Anexo E.1);; 1.3 - Apresentação dos elementos do projecto

constantes da check list do anexo C)

2 – Recepção, análise sumária, e envio do

processo à entidade licenciadora RH (imediato após a recepção do pedido)

Poderá haver lugar à realização de conferência instrutória; podem ser solicitados elementos adicionais

(prazo de 15 dias após a recepção do requerimento)

4 – Analisam o processo e emitem parecer

(no prazo de 45 dias) (poderão ser solicitados

esclarecimentos e elementos complementares)

PR

OM

OT

OR

5 – Integra pareceres e emite decisão integrada

(no prazo de 45 dias

Decisão favorável?

Não

Processo Indeferido

Sim

B (ver processo 13 e seguintes

do Anexo A 1)

3 – Recepção, instrução, e

envio do processo às entidades a consultar (DL

nº 226-A/2007, art. 15º, alíneas b), f) e h))

(prazo de 15 dias após a

recepção do pedido)

6 – Indeferimento –

notificação prévia - CPA (decisão comunicada ao

promotor e entidades intervenientes)

7- Procede à emissão

do título de utilização, e envia à DGPA

8 – Recebe o processo, elabora e promove a

afixação do Edital (prazo de 30 dias)

(artigo 12º do DR n.º

14/2000)

ANEXO A 2 - LICENCIAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE CULTURAS MARINHAS – Projectos Localizados em Domínio Privado (Título de utilização dos recursos hídricos, autorização de instalação e licença de exploração)

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1- Apresenta o EIA + RNT+

Projecto + Nota de envio (nº 1, art. 12º DL n.º 197/2005; nº 1,

art. 2º Portaria 330/2001)

2- Recepciona e remete à APA)

PR

OM

OT

OR

Declaração?

A 3 – Recepciona e

nomeia a Comissão de

Avaliação (CA) (nº 2, art. 13º DL n.º

197/2005)

4 – CA analisa da conformidade do EIA e emite

respectivo parecer (nºs 3 a 5, art. 13º DL n.º 197/2005). CA

pode pedir elementos

adicionais com suspensão do prazo.

Conformidade

(nº 7, art. 13º DL n.º 197/2005

Desconformidade

(nº 6, art. 13º DL n.º197/2005

Encerramento do procedimento, com notificação ao promotor

e à entidade licenciadora (previamente à declaração de desconformidade do EIA há lugar à audiência prévia dos

interessados, no âmbito do CPA)

ANEXO B – FLUXOGRAMA DE PROCEDIMENTOS DE AIA – FASE – ANÁLISE DE CONFORMIDADE DO EIA

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A B

6 – A APA procede à publicitação do

procedimento de AIA, através de anúncio (n.º 1, art. 14.º DL nº. 197/2005)

7 – APA promove a consulta pública (n.º 2

a) e n.º 2 b), art. 14º DL nº. 197/2005)

10 – APA elabora Relatório da consulta

pública e envia-o ao Presidente da CA

8 – Entidades consultadas emitem

parecer 9 – Pessoas / entidades interessadas apresentam posições/opiniões sobre o

projecto

5 – Solicitação de pareceres às entidades

públicas com competências para a apreciação do projecto (n.º 10, art. 13.º

DL 197/2005)

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ANEXO B – FLUXOGRAMA DE PROCEDIMENTOS DE AIA – FASE – CONSULTA PÚBLICA E ENTIDADES EXTERNAS

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ANEXO B – FLUXOGRAMA DE PROCEDIMENTOS DE AIA – FASE – ANÁLISE TÉCNICA DE DECISÃO

B 11 – CA elabora Parecer Técnico Final e

remete-o à Autoridade de AIA (nº 1, art. 16º DL 197/2005)

(previamente à emissão de DIA

desfavorável há lugar à audiência prévia dos interessados, no

âmbito do CPA)

15 – Tutela comunica à entidade licenciadora, ao promotor e à APA conteúdo da DIA e APA procede

à sua publicitação

12 – Autoridade de AIA envia a proposta de

Declaração de Impacte Ambiental (DIA) ao MAOT (nº 2, art. 16º DL 197/2005)

14 – Emissão da DIA e notificação imediata à

entidade licenciadora e promotor (nº 1 e 2, art. 18º DL 197/2005)

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OR

13 – Proposta de DIA?

Favorável

Desfavorável

16 – Fase da Pós-Avaliação (art. 27º e 31º do DL 197/2005)

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ANEXO C – ELEMENTOS A APRESENTAR PELO REQUERENTE PARA LICENCIAMENTO DA ACTIVIDADE E DA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS

(Check List)

De acordo com o Decreto Regulamentar n.º 14/2000, de 21 de Setembro e com a Portaria n.º 1450/2007, de 12 de Novembro

(Nota: Todos os elementos, à excepção de formulários e requerimentos, podem ser entregues em suporte de papel ou digital – formato ms-word, pdf ou outros compatíveis)

1. O pedido (ver Anexo E.1) é acompanhado dos seguintes elementos:

1.1. Fotocópia do Bilhete de Identidade do requerente ou, tratando-se de pessoa colectiva, certidão do registo comercial;

1.2. Fotocópia do cartão do Número de Identificação Fiscal;

1.3. Fotocópia do título de propriedade do terreno em que se pretende instalar o estabelecimento,

quando aquele for de propriedade privada ou, não sendo o requerente o seu proprietário, título que lhe confere o direito à sua utilização para os fins requeridos;

1.4. Decisão sobre pedido de informação prévia, pedido de título de utilização de recursos hídricos

ou título de utilização de recursos hídricos

1.5. Autorização de utilização de terrenos localizados em área de Reserva Ecológica Nacional emitido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (se aplicável).

1.6. Cópia do auto de delimitação do domínio público marítimo (se aplicável).

1.7. Memória descritiva e justificativa do processo produtivo;

1.8. Planta com a indicação do local onde se pretende instalar o estabelecimento, à escala de 1:25 000 ou aproximada;

1.9. Planta do estabelecimento, em escala não inferior a 1:5000, com vértices da poligonal de

determinação do perímetro do estabelecimento numerados e assinalados, com quadrícula de coordenadas;

1.10. Extracto da planta de condicionantes do Plano Director Municipal (quando aplicável). 1.11. Plantas e cortes à escala adequada, na situação existente e na situação proposta, com a

implantação das construções relativamente a linhas de água, albufeiras (nível de pleno armazenamento) e/ou mar.

1.12. Indicação da cota de máxima de cheia conhecida ou para um período de retorno de 100 anos ou a linha da máxima preia-mar de águas vivas equinociais (conforme aplicável e sempre que possível).

1.13. Desenhos das infra-estruturas em escala não inferior a 1:200, indicando, nomeadamente,

armazéns, depósitos, circuitos exteriores, lavabos, balneários, instalações sanitárias, instalações de primeiros socorros, recipiente de detritos;

1.14. Mapa das coordenadas rectangulares dos vértices da poligonal da determinação do perímetro do

estabelecimento, referidas ao sistema de origem no Ponto Central (Melriça), devendo aqueles vértices ser assinaladas na planta referida na alínea g), ou das coordenadas geográfica no caso de estabelecimentos localizados no mar;

1.15. Planta e desenhos dos pormenores das infra-estruturas, à escala de 1:50 ou de 1:100; 1.16. Projecto de assinalamento marítimo, a elaborar de acordo com o tipo de estabelecimento.

2. O título de propriedade a que se refere o ponto 1.3 do nº1 pode ser transitoriamente substituído

por contrato-promessa de compra e venda do local em que se pretende instalar o

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estabelecimento, devendo contudo a respectiva escritura pública encontrar-se outorgada aquando da remessa do processo para efeitos de despacho de autorização.

3. Da memória descritiva referida no ponto 1.6 do n.º 1 deve constar:

3.1. Descrição detalhada da actividade a desenvolver, dos equipamentos e materiais a utilizar, com indicação das instalações que se pretendem construir, características dos trabalhos a efectuar e dos acabamentos interiores;

3.2. Descrição do processo produtivo;

3.3. Indicação do sistema de cultura, do regime de exploração com indicação das espécies a cultivar e

origem dos juvenis para repovoamento;

3.4. Indicação do tipo de alimento e sua distribuição (quando aplicável);

3.5. Indicação de produtos biológicos, químicos e fármacos a utilizar;

3.6. Descrição das instalações para o abastecimento e a armazenagem de água para consumo humano e de água para suporte da vida aquícola, na acepção do Decreto-Lei n.º 236/98, de 1 de Agosto, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 243/2001, de 5 de Setembro, bem como dos volumes de água a utilizar;

3.7. Descrição detalhada da pretensão com indicação de: rede de drenagem; tipo de tratamento e

dimensionamento dos respectivos órgãos; medidas para a minimização das cargas poluentes; caracterização quantitativa e qualitativa das águas residuais brutas e após tratamento; destino final das águas residuais; análise dos impactes da rejeição no estado da massa de água; descrição do sistema de autocontrolo e programa de monitorização a adoptar; lamas produzidas, seu tratamento e destino final; planos e respectivos dispositivos de segurança previstos para fazer face a situações de emergência ou acidentes.

3.8. Identificação da origem da água para consumo humano e para suporte da vida aquícola

respectivos caudais e sistemas de tratamento associados. No caso de águas doces, deve ainda ser evidenciada a sua utilização racional;

3.9. Identificação das fontes de emissão de águas residuais;

3.10. Caracterização quantitativa e qualitativa das águas residuais, com indicação dos sistemas de monitorização utilizados, dimensionamento dos sistemas de tratamento, medidas destinadas à minimização de impactes das rejeições sobre o meio receptor.

3.11.

3.12. Indicação e descrição do número de trabalhadores, do número de lavabos, balneários, instalações sanitárias e vestiários;

3.13. Indicação da capacidade de produção;

3.14. Indicação do circuito e condições de funcionamento do sistema hidráulico das áreas de produção;

3.15. Indicação do sistema de remoção e eliminação de resíduos sólidos.

3.16. No caso dos centros de depuração e de expedição de moluscos bivalves vivos, a memória

descritiva deve ainda observar as exigências constantes dos Regulamentos 852/2004 e 853/2004, ambos de 29 de Abril.

3.17. Termo de responsabilidade pela elaboração do projecto e pela execução da obra.

Nota: Projecto de Assinalamento Marítimo – a apresentar apenas quando solicitado.

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ANEXO C.1 – MODELO DE FORMULÁRIO DE INSTRUÇÃO DO PEDIDO DE TÍTULO DE UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS - CULTURAS BIOGENÉTICAS

I. IDENTIFICAÇÃO DO REQUERENTE

Nome/Denominação social _______________________________________________________________________

NIF _________ BI n.º ___________ Data de emissão __/__/____ Arquivo de identificação de _____________

Residência/sede em _____________________________________________________________________________

Código postal ______-____ ______________________ Localidade de ___________________________________

Freguesia ____________________________________ Concelho ______________________________________

Telefone _____________________ Telemóvel ______________________ Fax ___________________________

e-mail ________________________________________________________________________________________

II. TITULARIDADE DOS TERRENOS ONDE SE LOCALIZAM AS INSTALAÇÕES (se aplicável)

O requerente é proprietário arrendatário outro ________________________________________________ do prédio: urbano rústico misto, denominado ________________________________________________, no concelho de ________________________________________, freguesia de _____________________________, descrito sob o n.º ___________________________ da Conservatória do Registo Predial de ___________________ ___________________________________________________e inscrito na matriz no artigo ___________________.

III. CARACTERIZAÇÃO DA UTILIZAÇÃO

Finalidade ____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ Culturas Sistema: monocultura policultura Regime de exploração: extensivo intensivo semi-intensivo Produção prevista ___________ toneladas/ano

IV. UTILIZAÇÃO(ÕES) DOS RECURSOS HÍDRICOS

Seleccionar a(s) utilização(ões) dos recursos hídricos: Ocupação do Domínio Publico Hídrico Pesquisa/Captação de águas subterrâneas Captação de águas superficiais Rejeição de águas residuais Outro (especificar) ___________________________________________________________________________

Se tiver seleccionado a utilização “Ocupação do Domínio Público Hídrico” no quadro IV, preencha o quadro seguinte.

V. OCUPAÇÃO DO DOMÍNIO PÚBLICO HÍDRICO

Área total de implantação do projecto _________ m2 dos quais _______ m

2 integram o domínio público hídrico.

Local _______________________ Freguesia ________________________ Concelho ____________________

Carta militar n.º:_______ (1:25 000) Coordenadas Hayford-Gauss militares (metros): M = ________ P= _______

Indicar o que for aplicável:

i) rio ribeira/ribeiro barranco lagoa costeira Denominado_________________________________

Margem: esquerda direita

Leito

Área de jurisdição de administração portuária

Bacia hidrográfica ___________________________________ Sub-bacia ______________________________

ii) águas costeiras margem plano de água

Designação ____________________________________________________________________________________

Se tiver seleccionado a utilização “Pesquisa/Captação de água ” no quadro IV, preencha o quadro seguinte.

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VI. CAPTAÇÃO DE ÁGUA

Número: ___________________ Tipo(s): ____________________________________________________________

Regime(s) de exploração _____________________________________________________________________

Local: ____________________________________ Freguesia: _______________________________________

Concelho: ___________________________________ Carta militar n.º: _______________________ (1:25 000)

Coordenadas Hayford-Gauss militares (metros):

Denominação M P

Curso de água: ___________________________________ Albufeira: _____________________________________

Margem: esquerda direita Bacia hidrográfica: _______________________________

Caudal máximo instantâneo _____ (l/s) Volume mensal máximo ______ (m3) Volume médio anual _____ (dam

3)

Barragem

Tipo _____________________________________________________________________________________

Local ____________________________________ Freguesia _______________________________________

Concelho ___________________________________ Carta militar n.º _______________________ (1:25 000)

Coordenadas Hayford-Gauss militares (metros): M = ______________ P= ______________

Descrição _________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________

Se tiver seleccionado a utilização “Rejeição de Águas Residuais” no quadro IV, preencha o quadro seguinte.

VII. REJEIÇÃO DE ÁGUA RESIDUAIS

Número ______________ Local(ais) ___________________________________________________________

Carta militar n.º: _______________________ (1:25 000)

Coordenadas Hayford-Gauss militares (metros):

Denominação M P

Tratamento das águas residuais ____________________________________________________________________

Caudal descarregado ______________ (m3/s)

_______________________, _____ de __________________________ de 20____

________________________________________ (Assinatura)

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ANEXO D – LISTAGEM DE ELEMENTOS A APRESENTAR PELO REQUERENTE PARA PROCEDIMENTO DE AIA

1 - Nota de envio à Agência Portuguesa do Ambiente (Autoridade de AIA);

2 - Estudo de Impacte Ambiental (8 exemplares);

3 - Projecto (estudo prévio, anteprojecto ou projecto de execução) (2 exemplares);

4 - Resumo Não Técnico (RNT), em suporte de papel e informático (8 exemplares)

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ANEXO E – MODELOS TIPO DE REQUERIMENTOS E.1 PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE ESTABELECIMENTO DE CULTURAS MARINHAS EXMº SENHOR DIRECTOR-GERAL DAS PESCAS E AQUICULTURA (Nome/Denominação Social) ................................................................................................................. residente/sede............................................................................................................................. ........ Código Postal.......-.......... telefone.................fax.........................; e-mail............................................... Freguesia......................Concelho.........................;Distrito..................................Número de Identificação Fiscal ........................................, vem solicitar, ao abrigo do n.º 1 do artigo 11º do Decreto-Lei n.º 278/87, de 7 de Julho, na redacção dada pelo Decreto-Lei nº 383/98, de 27 de Novembro, conjugado com o Decreto Regulamentar n.º 14/2000, de 21 de Setembro, que lhe seja concedida autorização para a instalação de um estabelecimento de culturas marinhas, na modalidade de estabelecimento para a cultura de............................................................................................com a área total de.............(ha) , a denominar por......................................................, a localizar em..........................................., Freguesia de.............................................,Concelho de..........................., Distrito................jurisdição marítima da Capitania do Porto de............................................................................................................................ Em conformidade, com o n.º 3 do artigo 10º do referido Decreto Regulamentar, juntam-se os seguintes documentos: Pede Deferimento ........., de................................................. de 20....... (Assinatura) *De acordo com a check list do Anexo C e C.1. E.2 PEDIDO DE CULTURA DE NOVAS ESPÉCIES/ALTERAÇÃO DE REGIME DE EXPLORAÇÃO EXMº SENHOR DIRECTOR GERAL DAS PESCAS E AQUICULTURA (Nome/denominação social) .................................................................................................................. Residente/sede.................................................................................................................................... Código Postal........-.............., Telefone....................., fax...................... e- mail.....................................; Freguesia..........................;Concelho.............................Distrito..................................................Número Fiscal de Contribuinte............................,Titular do estabelecimento de culturas marinhas denominado.......... ............................................................., autorizado ........................................................................... vem solicitar, ao abrigo do n.º 1 do artigo 34º do Decreto Regulamentar n.º 14/2000, de 21 de Setembro, que lhe seja autorizada a cultura da/s seguinte/s espécie/s e/ou a alteração do regime de exploração do estabelecimento para o regime..................................................................................................... ......... Tipo de alimento a utilizar..................................................................................................................... Produtos químicos, biológicos e fármacos a utilizar................................................................................... Origem dos juvenis............................................................................................................................. . Pede Deferimento ........., de................................................. de 20....... (Assinatura) E.3 PEDIDO DE LICENÇA DE EXPLORAÇÃO

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EXMº SENHOR DIRECTOR GERAL DAS PESCAS E AQUICULTURA (Nome/denominação social)................................................................................................................... Residente/sede..................................................................................... Código Postal............-.............; telefone..............................;fax............................... e-mail.................................................................; Freguesia..................................; Concelho..............................; Distrito................................................. Número Fiscal de Contribuinte................................, vem solicitar, ao abrigo do n.º 1 do artigo 24º do Decreto Regulamentar n.º 14/2000, de 21 de Setembro, que lhe seja concedida a licença de exploração ao estabelecimento de culturas marinhas denominado.................................................................................., autorizado por Despacho de.......................................................do Director-Geral das Pescas e Aquicultura. Pede Deferimento ........., de................................................. de 20....... (Assinatura) E.4 PEDIDO DE TRANSMISSÃO DE LICENÇA DE EXPLORAÇÃO EXMO. SENHOR DIRECTOR-GERAL DAS PESCAS E AQUICULTURA (Nome/denominação)........................................................................................................................... Residente/sede em.............................................................................................................................. . Código Postal............-..........., telefone..........................; fax.................... E-mail................................... Freguesia ...................................Concelho.............................Distrito.................................................... Número Fiscal de Contribuinte ........................................ titular de um estabelecimento de culturas marinhas denominado.......................................................................................................................... autorizado por..................................................................................................................................... localizado em ........................... Freguesia de ......................................., Concelho de ............................ Distrito de .......................................................... área de jurisdição da Capitania do porto de........................................., com a área de …………m2, solicita de acordo com o previsto no Artº. 28º do Dec.-Lei nº.14/2000 de 21 de Setembro, lhe seja autorizada a transmissão da licença de exploração do referido estabelecimento para o nome de .......................................................................... residente/sede em ............................................................. Código Postal..........-............... telefone............................. Fax..................................Freguesia...........................................Concelho.............................................. Distrito .............................................................., que por sua vez declara aceitar a transmissão solicitada. PEDEM DEFERIMENTO …………………., ……. de ………………de 200….. (O transmitente) …………………………………………………………. (O transmissário) ………………………………………………………….

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ANEXO F – LEGISLAÇÃO APLICÁVEL À ACTIVIDADE

I- LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

Decreto-lei n.º 278/87, de 7 de Julho (artigos 2º alíneas c) e f), 11º e 12º), alterado pelo Decreto-

Lei n.º 383/98, de 27 de Novembro

No âmbito da aquicultura, estabelece o de autorização de instalação e de exploração de estabelecimentos de

culturas marinhas e conexos

Decreto Regulamentar n.º 14/2000, de 21 de Setembro

Estabelece os requisitos e condições relativos á instalação e exploração dos estabelecimentos de culturas

marinhas e conexos, bem como as condições de transmissão e cessação das autorizações e das licenças

Decreto Regulamentar n.º 9/2008, de 18 de Março

Define as regras fundamentais para a instituição de áreas de produção aquícola (APA) em mar aberto

(offshore)

Regulamento (CE) n.º889/2008, de 5 de Setembro

Relativo à produção biológica e à rotulagem dos produtos biológicos

Regulamento (CE) n.º710/2009, de 5 de Agosto

Relativo à produção aquícola biológica de animais e algas marinhas

Decreto-Lei n.º 152/2009, de 2 de Junho

Transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º2006/88/CE, do Conselho, de 24 de Outubro, relativa

aos requisitos zoosanitários aplicáveis aos animais da aquicultura e produtos derivados

Regulamento (CE) n.º 708/2007, do Conselho, de 11 de Junho Regula a utilização na aquicultura de espécies exóticas e de espécies ausentes localmente Regulamento (CE) n.º 506/2008, da Comissão, de 06 de Junho Altera o anexo IV do Regulamento (CE) n.º 708/2007, do Conselho, de 11 de Junho

Regulamento (CE) n.º 535/2008, da Comissão, de 13 de Junho Estabelece normas de execução do Regulamento (CE) n.º 708/2007, do Conselho, de 11 de Junho, relativo à

utilização na aquicultura de espécies exóticas e de espécies ausentes localmente

Decreto-Lei n.º 113/2006, de 12 de Junho Visa assegurar a execução e garantir o cumprimento, no ordenamento jurídico nacional, das obrigações

resultantes dos Regulamentos (CE) 852/2004 e 853/2004, ambos do Parlamento Europeu e do Conselho, de

29 de Abril, relativos à higiene dos géneros alimentícios e ás regras específicas de higiene aplicáveis aos

géneros alimentícios de origem animal, respectivamente.

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Regulamento (CE) nº 852/2004, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Abril Estabelece as regras gerais no que se refere à higiene dos géneros alimentícios

Regulamento (CE) nº 853/2004, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Abril

Estabelece regras específicas de higiene aplicáveis aos géneros alimentícios de origem animal.

Portaria 1421/2006, de 21 de Dezembro Estabelece regras de produção e comercialização de moluscos bivalves, equinodermes, tunicados e

gastrópodes marinhos vivos, complementares aos Reg. (CE) 852/2004 e 853/2004, de 29 Abril.

Regulamento 178/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 28 de Janeiro de 2002 Determina os princípios e normas gerais de legislação alimentar, cria a Autoridade Europeia para a Segurança

dos Alimentos e estabelece procedimentos em matéria de segurança dos géneros alimentícios

Regulamento 1774/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 3 de Outubro de 2002 Que estabelece as regras sanitárias relativas aos subprodutos animais não destinados ao consumo humano Regulamento (CE) n.º 854/2004, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Abril Estabelece regras específicas de organização dos controlos oficiais de produtos de origem animal destinados

ao consumo humano.

Regulamento (CE) nº 882/2004, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Abril Relativo aos controlos oficiais realizados para assegurar a verificação do cumprimento da legislação relativa

aos alimentos para animais e aos géneros alimentícios e das normas relativas à saúde e ao bem-estar dos

animais.

II- LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

a) RECURSOS HÍDRICOS

Decreto-Lei n.º 236/98, de 1 de Agosto, alterado pelos Decretos-lei nºs 52/99, de 20 de Fevereiro,

53/99, de 20 de Fevereiro, 54/99, de 20 de Fevereiro, 56/99, de 20 de Fevereiro, 431/99, de 22

de Outubro, 243/2001, de 5 de Setembro, 306/2007, de 27 de Agosto, e 135/2009, de 3 de Junho

Estabelece normas, critérios e objectivos de qualidade com a finalidade de proteger o meio aquático e

melhorar a qualidade das águas em função dos seus principais usos; Revoga o Decreto-Lei n.º 74/90, de 7 de

Março;

Lei n.º 54/2005, de 15 de Novembro

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Estabelece a titularidade dos recursos hídricos; são revogados os artigos 1º do Decreto n.º 5787 – IIII, de 18

de Maio de 1919, e os capítulos I e II do Decreto-Lei n.º 468/71,de 5 de Novembro;

Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro, alterada pelo Decreto-Lei n.º 245/2009, de 22 de Setembro

Aprova a Lei da Água, transportando para a ordem jurídica nacional a Directiva n.º2000/60/CE, do Parlamento

Europeu e do Conselho, de 23 de Outubro, estabelecendo as bases, e o quadro institucional para a gestão

sustentável das águas;

Decreto-Lei n.º 77/2006, de 30 de Março

Complementa a transposição da Directiva n.º 2000/60/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de

Outubro, que estabelece um quadro de acção comunitária no domínio da política da água, em

desenvolvimento do regime fixado na Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro

Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio, alterado pelos Decretos-lei nºs 391-A/2007, de 21 de

Dezembro, 93/2008, de 4 de Junho, 107/2009, de 15 de Maio, e 245/2009, de 22 de Setembro

Estabelece o regime da utilização dos recursos hídricos;

Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de Agosto

Estabelece o regime da qualidade da água destinada ao consumo humano, revendo o Decreto-Lei n.º

243/2001, de 5 de Setembro, que transpôs para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 98/83/CE, do

Conselho, de 3 de Novembro

Decreto-Lei n.º 348/2007 de 19 de Outubro

Aprova o regime das associações de utilizadores do domínio público hídrico.

Portaria n.º 1450/2007, de 12 de Novembro

Regulamenta os pedidos de emissão de títulos de utilização de recursos hídricos; estabelece as regras para

aplicação do Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio.

Decreto-Lei n.º 97/2008, de 11 de Junho

Estabelece o regime económico e financeiro dos recursos hídricos

Despacho n.º 484/2009 (2.ª série), de 8 de Janeiro

Aplicação do Decreto-Lei n.º 97/2008, de 11 de Junho, que estabelece o regime económico e financeiro dos

recursos hídricos (REF)

Despacho n.º 2434/2009 (2.ª série), de 19 de Janeiro

Aplicação do Decreto-Lei n.º 97/2008, de 11 de Junho, que estabelece o regime económico e financeiro dos

recursos hídricos (REF), aos estabelecimentos de piscicultura, aquicultura ou de culturas biogenéticas

Despacho n.º 10858/2009 (2.ª série), de 28 de Abril

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Complemento às normas estabelecidas no despacho n.º 2434/2009, de 19 de Janeiro, para estabelecimentos

de piscicultura, aquicultura ou de culturas biogenéticas

Decreto-Lei n.º 107/2009, de 15 de Maio, alterado pelo Decreto-Lei n.º 26/2010, de 30 de Março

Aprova o regime de protecção das albufeiras de águas públicas de serviço público e das lagoas ou lagos de

águas públicas; Estabelece normas relativas à instalação de estabelecimentos de aquicultura nas lagoas

costeiras listadas no anexo I ao diploma

b) AVALIAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL

Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 197/2005, de 8

de Novembro

Aprova o regime jurídico de Avaliação de Impacte Ambiental;

Portaria n.º 330/2001, de 2 de Abril

Fixa as normas técnicas para a estrutura da proposta de definição do âmbito do EIA (PDA) e normas técnicas

para a estrutura do estudo do impacte ambiental (EIA), nos termos do Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio;

Portaria n.º 1102/2007, de 7 de Setembro, alterada pela Portaria n.º 1067/2009, de 18 de

Setembro

Aprova os montantes das taxas aplicadas aos procedimentos de avaliação de impacte ambiental.

c) RESERVA ECOLÓGICA NACIONAL

Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22 de Agosto

Estabelece o regime jurídico da reserva ecológica nacional (REN)

Portaria n.º 1247/2008, de 4 de Novembro

Fixa o montante das taxas de apreciação dos pedidos de autorização e da comunicação prévia a cobrar pelas

comissões de coordenação e desenvolvimento regional - CCDR

Portaria n.º 1356/2008, de 28 de Novembro

Estabelece as condições para a viabilização dos usos e acções referidas nos n.os 2 e 3 do artigo 20.º do

Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22 de Agosto

d) ÁREAS CLASSIFICADAS

Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, alterado pelo Decreto-Lei n.º 49/2005, de 24 de Fevereiro

Sítios da Rede Natura 2000, zonas especiais de conservação e zonas de protecção especial, classificados no

âmbito das Directivas n.ºs 79/409/CEE e 92/43/CEE

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Resolução do Conselho de Ministros n.º 115-A/2008, de 21 de Julho

Aprova o Plano Sectorial da Rede Natura 2000 (PSRN2000) relativo ao território continental

Decreto-Lei n.º 142/2008, de 24 de Julho

Estabelece o regime jurídico da conservação da natureza e da biodiversidade e revoga os Decretos-Leis n.os

264/79, de 1 de Agosto, e 19/93, de 23 de Janeiro

Portaria n.º 138-A/2010, de 4 de Março

Define as taxas devidas pelos actos e serviços prestados pelo Instituto da Conservação da Natureza e da

Biodiversidade (ICNB), I. P., e revoga a Portaria n.º 1245/2009, de 13 de Outubro

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ANEXO G – CONTACTOS GERAIS

ORGANISMO MORADA CÓDIGO POSTAL

TELEFONE FAX E-MAIL

Administração de Região Hidrográfica do

Norte

Rua Formosa, 254 4049-030

Porto 223400000 223400010

[email protected]

Administração de Região Hidrográfica do

Centro

Rua Cidade Aeminium

3000-429

Coimbra

239850200 239850250 [email protected]

Administração de Região Hidrográfica do

Tejo

Rua Braamcamp, 7 1250-048

Lisboa

211544800/1 211544809 [email protected]

Administração de Região Hidrográfica do

Alentejo

Rua da Alcárcova de Baixo, n.º 6,

Apartado 2031

7001-901

Évora 266768200 266768230

[email protected]

Administração de

Região Hidrográfica do

Algarve

Rua do Alportel, 10

8000-293

Faro

289 889000 289 889099 [email protected]

Administração do Porto

de Lisboa

Rua da Junqueira,

94

1349-026

Lisboa

213611000 [email protected]

Administração do Porto

de Aveiro

Edif. 9, Forte da

Barra

3830

Gafanha da Nazaré

234393 300 234393399 [email protected]

Administração do Porto de Sines

Apartado 16 7520-953 Sines

269860600 269860690 [email protected]

Administração dos

Portos de Setúbal e Sesimbra

Praça da República 2904-508

Setúbal

265542000 265230992 [email protected]

Administração dos

Portos do Douro e Leixões

Av. da Liberdade

Apartado 3004

4451-851

Matosinhos

229990700 229955062 [email protected]

Agência Portuguesa do Ambiente

Rua da Murgueira, 9/9A

2610-124 Amadora

214728200 214719074 [email protected]

Comissão de

Coordenação e

Desenvolvimento Regional de Lisboa e

Vale do Tejo

Rua Artilharia Um,

33

1269 -145

Lisboa

213837100 213831292 [email protected]

Comissão de Coordenação e

Desenvolvimento Regional do Alentejo

Estrada das Piscinas, 193

7004-514 Évora

266740300 266706562 [email protected]

Comissão de Coordenação e

Desenvolvimento Regional do Algarve

Praça da Liberdade, 2

8000-164 Faro

289895200 289807623 [email protected]

Comissão de Coordenação e

Desenvolvimento Regional do Centro

Rua Bernardim Ribeiro, 80

3000-069 Coimbra

239400100 239400115 [email protected]

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Comissão de

Coordenação e Desenvolvimento

Regional do Norte

Rua Rainha D.

Estefânia, 254

4150-304

Porto

226086300 226061489 [email protected]

Direcção Regional da

Agricultura e Pescas

Alentejo

Quinta da

Malagueira,

Apartado 83

7002-553

Évora

266757800 266757850 [email protected]

Direcção Regional da

Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo

Quinta das Oliveiras Apartado 477

2001-906 Santarém

243377500

243377545

[email protected]

Direcção Regional da

Agricultura e Pescas do Algarve

Apartado 282

Braciais- Patacão

8001-904

Faro

289870700 289816003 [email protected]

agricultura.pt

Direcção Regional da

Agricultura e Pescas do

Centro

Rua Amato Lusitano,

Est. Circunvalação

Lt. nº3

6001-909

Castelo

Branco

272348600 272348625 [email protected]

Direcção Regional da

Agricultura e Pescas do

Norte

Rua da República, nº

133

5370-347

Mirandela

278260900 278260976 [email protected]

Direcção Regional de Economia de Lisboa e

Vale do Tejo

Estrada da Portela - Bairro do Zambujal

Apartado 7546 - Alfragide

2721 - 858 Amadora

214729500 214714080 [email protected]

Direcção Regional de

Economia do Alentejo

Rua da República,

40

7000 - 656

Évora

266750450 266702420 [email protected]

economia.pt

Direcção Regional de Economia do Algarve

Estrada da Penha 8000 - 117 Faro

289896600 289896691 [email protected]

Direcção Regional de

Economia do Centro

Quinta do Vale das

Flores Rua Câmara

Pestana, 74

3030 - 163

Coimbra

239700200 239405611 [email protected]

Direcção Regional de

Economia do Norte

Rua Direita do Viso,

120

4269-020

Porto

226192000 226192199 [email protected]

Direcção-Geral da

Autoridade Marítima

Praça do Município 1100-148

Lisboa

213255466 213424137 [email protected]

Direcção-Geral das

Pescas e Aquicultura

Av. De Brasília 1449-030

Lisboa

213035700 213035701 [email protected]

Direcção-Geral de Energia e Geologia

Av. 5 de Outubro, 87

1069-039 Lisboa

1069-039 Lisboa

217922700 217939540 [email protected]

Direcção-Geral de Veterinária

Largo da Academia Nacional de Belas

Artes , 2

1249-105 Lisboa

213239500 213239501 [email protected]

Instituto da Água Av. Almirante Gago

Coutinho, 30

1049-060

Lisboa

218430100 218473741 [email protected]

Instituto de

Conservação da Natureza e da

Biodiversidade

Rua da Lapa, 73 1200-701

Lisboa

213938900 213901048 [email protected]

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Instituto Hidrográfico Rua das Trinas, 49 1240-093

Lisboa

210943000 210943299 [email protected]

Instituto Nacional dos

Recursos Biológicos IP- L-IPIMAR

Av. De Brasília 1449-006

Lisboa

213027000 213015984 [email protected]

Instituto Portuário e dos Transportes

Marítimos

Edifício Vasco da Gama – Rua General

Gomes Araújo

1339-005 LISBOA

213914500 213914600 [email protected]

Parque Natural da Ria

Formosa

Centro de Educação

Ambiental de Marim - Quelfes

8700

Olhão

289700210 289700219 [email protected]

Parque Natural do

Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina

Rua Serpa Pinto, nº

32

7630-174

Odemira

283322735 283322830 [email protected]

Reserva Natural das Dunas de S. Jacinto

Reserva Natural das Dunas de S. Jacinto

3800-901 S. Jacinto

234831063 234831063

Reserva Natural do Estuário do Sado

Praça da Republica 2900-587 Setúbal

265541157 265541155 [email protected]

Reserva Natural do

Estuário do Tejo

Av. Dos

Combatentes da Grande Guerra, 1

289-015

Alcochete

212348021 212341654 [email protected]

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