Manual de via Permanente

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MANUAL TCNICO DA VIA PERMANENTE Reviso 2009 3 1.INTRODUO OManualTcnicodeManutenodaViaPermanentevisaregistraroconhecimentotcnico das ferrovias da Vale para garantir a utilizao das melhores prticas naexecuo da funo manter dos equipamentos da infraestrutura e superestrutura ferroviria. Talnecessidadesurgiuemrazodaescassabibliografiaexistentenareaferroviria,razo pela qual o presente manual vem promover o preenchimento desta lacuna. 1.1.OBJETIVO -Treinarosengenheiros,supervisoresetcnicos,paraasinspeeseavaliaesdo comportamento estrutural de pontes e muros de conteno solicitados por veculos ferrovirios; -Servircomoumaorientaopararealizarosplanosdeinspeoderotina,emanter uma manuteno constante da via permanente; -Obterumaferramentapararealizarmanutenesperidicasparacadatipode estrutura, tendo em conta a criticidade da mesma; -Realizar planejamento das inspeesde uma maneira preventiva com a finalidade de melhorar os prazos envolvidos e administrar melhor os recursos econmicos. 1.2.ORGANIZAO E METODOLOGIA DO MANUAL Estemanualresultadodotrabalhoedaexperinciaprofissionaldocorpotcnicode engenheiros,analistas,supervisores,inspetoresetcnicosdasreasdemanutenodavia permanente.Aquisodefinidososparmetrosbsicosparaainspeoemanutenodos ativos que compem a infraestrutura e superestrutura ferroviria de nossas ferrovias. Tambm consta deste Manual as noes bsicas dos carregamentos nas estruturas que atuam nos projetos de obras de artes especiais, bem como h informaes acerca do seu quando so atingidas pelos carregamentos e outros aspectos da natureza. 1.3.CONSIDERAES GERAIS ACERCA DA MANUTENO ConformeconceituaodaNBR5462ConfiabilidadeeMantenabilidade,manutenoa combinaodetodasasaestcnicaseadministrativas,incluindoasdesuperviso, destinadasamanterourecolocarumitememumestadonoqualpossadesempenharuma funo requerida. A manuteno dos equipamentos e componentes da infraestrutura e superestrutura ferroviria tmcomoobjetivomanteradisponibilidadedasferrovias,diminuindoasinterdiese restries de velocidade. As tarefas de manuteno podemser distinguidas, em razo desuas naturezas efinalidades especificas, nas macroatividades a seguir discriminadas (NBR 5462): Manuteno de Corretiva (MC): a manuteno efetuada aps a ocorrncia de uma pane, destinada a recolocar um item em condies de executar uma funo requerida; ManutenoPreventiva(MP):Manutenoefetuadaemintervalos predeterminados, ou de acordo com critrios prescritos, destinada a reduzir a probabilidade de falha ou a degradao do funcionamento de um item; 4 ManutenoCondicional(PC):Manutenopreventiva,tambmconhecidacomo "manutenocondicional",baseadanoconhecimentoporcomparaodoestadodeumitem atravs de medio peridica ou contnua de um ou mais parmetros significativos; ManutenoPreditiva(PM):Manutenoquepermitegarantirumaqualidadede serviodesejada,combasenaaplicaosistemtica detcnicasdeanlise,utilizando-sede meios desupervisocentralizados ou de amostragem, para reduzir ao mnimo a manuteno preventiva e diminuir a manuteno corretiva. OsditamesdomanualestoalinhadosPolticadeManutenodaVale,sintetizadanos seguintes itens: - A Vale considera a manuteno atividadefundamental de seusistema produtivo, focada na gesto otimizada dos ativos da organizao; -Asaesdesenvolvidaspelamanutenodevemestaralinhadasestratgiada organizao,comnfasenaseguranaesadedosempregados,relacionamentocomas comunidades e preservao do meio ambiente; - As atividades de manuteno devem ser conduzidas dentro de um sistema de gerenciamento apto a garantir a padronizao dos processos, a melhoria contnua e a busca da excelncia; - O recurso humano utilizado na manuteno deve ser continuamente capacitado e atualizado de forma a assegurar alto padro tcnico e gerencial em um ambiente propcio criatividade e participao; -Amanutenodeveutilizarasmelhoresprticasetcnicasvisandomaximizara disponibilidade, a confiabilidade e a vida til dos ativos. Importantesalientarqueamanuteno,conformedefinionormativa,somenteumdos processosquecompemumamplosistemadegerenciamentodosativosdaVale,oSGM Sistema de Gerenciamento da Manuteno, o qual define e integra uma srie de processos em uma seqncia evolutiva, na busca pela excelncia na manuteno. 2.SUPERESTRUTURA 2.1.PARMETROS DE MONITORAMENTO E CONTROLE DA MANUTENO 2.1.1.LINHA DE BITOLA LARGA 2.1.1.1.BITOLA A bitola dever ser medida com rgua de bitola a 16 mm abaixo da superfcie de rolamento do trilho.Nasmediesdebitolaasdeformaesdoboletodevidoaoescoamentodemateriais (rebarbas)eosdesgasteshorizontaisocasionadospeloatritodosfrisosdeveroser desconsiderados. 5 Figura 1 Pontos de medio de bitola da via trilho sem desgaste Figura 2 Pontos de medio de bitola da via trilho com desgaste Os parmetros mnimos e mximos de bitola admitidos so: TOLERNCIAS EM LINHAS DE BITOLA DE 1600 mm FerroviaValor nominal (mm)Mximo (mm)Mnimo (mm) EFC e EFVM160016201592 FCA160016251595 Tabela 1 Tolerncias em linhas de bitola de 160mm ATENO:nocasodenecessidadedeajustedebitola,considerarabitolanominalmedida com referncia aos patins do trilho. 2.1.1.2.VARIAO MXIMA DE BITOLA A variao mxima de bitola entre dormentes adjacentes ser: VARIAO DAS MEDIDAS DE BITOLA ENTRE DORMENTES ADJACENTES VMA > 60 km/hVMA < 60 km/h 2mm3mm Tabela 2 Variao das medidas de bitola entre dormentes adjacentes 2.1.1.3.EMPENO EM CURVAS O empeno ser avaliado pela comparao da variao das medidas de nivelamento transversal entre pontos adjacentes tomadas por rgua de superelevao. 6 Para a base de medio (distncia entre pontos demedio) e altura do centro degravidade sero considerados os valores correspondentes aos dos vages mais crticos em circulao. Oslimitesltimosdasvariaesdenivelamentotransversalentrepontosadjacentesso obtidosatravsdafrmulaabaixo,considerando-seavelocidademximaestabelecidapara cada trecho da ferrovia. ParaEFCforamconsideradososdadosdosvagesHFTeGDTcarregados,comdistncia entreeixosdetruqueD=1,829mealturadecentrodegravidadede2,289me1,895m respectivamente.ParaEFVMeFCAosdadosdosvagesHFEeGDE,comdistnciaentre truques D = 1,727m e altura de centro de gravidade de 2,200 m e 1,579 m respectivamente. Assim,osvaloresMXIMOSadmissveisdeempenoentreospontosdemedioso estabelecidos aplicando a seguinte frmula:

xD Vxh E 643 = Sendo: D = distncia entre sees de medio; V = velocidade da composio em km/h; H = altura do centro de gravidade do vago em metros; E = empeno em mm. No entanto, a manuteno deve considerar como limite valores equivalente a 80% em relao ao valor mximo calculado para o vago mais crtico: EMPENO MXIMO (mm) PARA CURVAS DA EFC - BITOLA 1600 mm Velocidade (Km/h) HFTGDT Limite de tolerncia admissvel considerando o vago mais crtico (HFT) 5010118 559107 60997 65886 70786 75775 80675 Tabela 3 Empeno Mximo (mm) para curvas da EFC Bitola 1600mm EMPENO MXIMO (mm) PARA CURVAS DA EFVM E FCA - BITOLA 1600 mm Velocidade (Km/h) HFTGDT Limite de tolerncia admissvel considerando o vago mais crtico (HFT) 15344127 20263121 25212516 30172114 35151812 40131610 4511149 5010118 559107 60997 65886 70786 Tabela 4 Empeno Mximo (mm) para curvas da EFVM e FCA Bitola 1600mm 7 2.1.1.4.EMPENO EM TANGENTE Considerando-seasmesmaspremissasdevagesevelocidadesutilizadasparaascurvas, teremososvaloresMXIMOSadmissveisparaempenoemtangenteaplicandoaseguinte frmula: xDVxhEt1644= Sendo: D = distncia entre sees de medio;V = velocidade da composio em km/h; H = altura do centro de gravidade do vago em metros; E = empeno em mm. Noentanto,amanutenodeveconsiderarcomolimite,valoresequivalentesa80%em relao ao valor mximo calculado para o vago mais crtico: EMPENO MXIMO (mm) PARA TANGENTES DA EFC - BITOLA 1600 mm Velocidade (Km/h) HFTGDT Limite de tolerncia admissvel considerando o vago mais crtico (HFT) 50263223 55242921 60222619 65202417 70192316 75182114 80162013 Tabela 5 Empeno mximo (mm) para tangentes da EFC Bitola 1600 mm EMPENO MXIMO (mm) PARA TANGENTES DA EFVM E FCA - BITOLA 1600 mm Velocidade (Km/h) HFTGDT Limite de tolerncia admissvel considerando o vago mais crtico (HFT) 1588106105 20667970 25536352 30445342 35384535 40334030 45293526 50263223 55242921 60222619 65202417 70192316 Tabela 6 - Empeno mximo (mm) para tangentes da EFVM e FCA Bitola 1600 mm 2.1.2.LINHA DE BITOLA MTRICA 2.1.2.1.BITOLA A bitola dever ser medida com rgua de bitola a 16 mm abaixo da superfcie de rolamento do trilho.Nasmediesdebitolaasdeformaesdoboletodevidoaoescoamentodemateriais (rebarbas)eosdesgasteshorizontaisocasionadospeloatritodosfrisosdeveroser desconsiderados. 8 Figura 3 Pontos de medio de bitola da via trilho sem desgastes Figura 4 - Pontos de medio de bitola da via trilho com desgastes Os parmetros mnimos e mximos de bitola admitidos so: TOLERNCIAS EM LINHAS DE BITOLA DE 1000 mm FerroviaValor nominal (mm)Mximo (mm)Mnimo (mm) EFVM10001035995 FCA10001025995 Tabela 7 Tolerncia em linhas de bitola de 1000mm ATENO:nocasodenecessidadedeajustedebitola,considerarabitolanominalmedida com referncia aos patins do trilho. 2.1.2.2.VARIAO MXIMA DE BITOLA A variao mxima de bitola entre dormentes adjacentes ser: VARIAO DAS MEDIDAS DE BITOLA ENTRE DORMENTES ADJACENTES VMA > 60 km/hVMA < 60 km/h 2mm3mm Tabela 8 Variao das medidas de bitola entre dormentes adjacentes 2.1.2.3.EMPENO EM CURVAS O empeno ser avaliado pela comparao da variao das medidas de nivelamento transversal entre pontos adjacentes tomadas por rgua de superelevao. 9 Para a base de medio (distncia entre pontos demedio) e altura do centro degravidade sero considerados os valores correspondentes aos dos vages mais crticos em circulao. Oslimitesltimosdasvariaesdenivelamentotransversalentrepontosadjacentesso obtidosatravsdafrmulaabaixo,considerando-seavelocidademximaestabelecidapara cada trecho da ferrovia. Para EFVM e FCA foram considerados os dados dos vages HFE e GDE, com distncia entre truques D = 1,727 m e altura de centro de gravidade de 1,876 m e 1,579 m respectivamente. Assim,osvaloresMXIMOSadmissveisdeempenoentreospontosdemedioso estabelecidos aplicando a seguinte frmula: Sendo: D = distncia entre sees de medio; V = velocidade da composio em km/h; H = altura do centro de gravidade do vago em metros; E = empeno em mm. No entanto, a manuteno deve considerar como limite valores equivalente a 80% em relao ao valor mximo calculado para o vago mais crtico: EMPENO MXIMO (mm) PARA CURVAS DA EFVM E FCA BITOLA MTRICA Velocidade (Km/h) HFEGDE Limite de tolerncia admissvel considerando o vago mais crtico (HFE) 15182215 20141611 2511139 309117 35896 40785 45675 50574 55564 60554 65453 70453 Tabela 9 Empeno mximo (mm) para curvas da EFVM e FCA Bitola mtrica 2.1.2.4.EMPENO EM TANGENTE Considerando-seasmesmaspremissasdevagesevelocidadesutilizadasparaascurvas, teremososvaloresMXIMOSadmissveisparaempenoemtangenteaplicandoaseguinte frmula: Sendo: D = distncia entre sees de medio; V = velocidade da composio em km/h; H = altura do centro de gravidade do vago em metros; E = empeno em mm. 10 Noentanto,amanutenodeveconsiderarcomolimite,valoresequivalentesa80%em relao ao valor mximo calculado para o vago mais crtico: EMPENO MXIMO (mm) PARA TANGENTES DA EFVM E FCA BITOLA MTRICA Velocidade (Km/h) HFEGDE Limite de tolerncia admissvel considerando o vago mais crtico (HFE) 15435134 20323826 25263121 30212617 35182215 40161913 45141711 50131510 5512149 6011139 6510128 709117 Tabela 10 - Empeno mximo (mm) para tangentes da EFVM e FCA Bitola mtrica 2.2.LIMITES DE SUPERELEVAO EM CURVAS PARA MANUTENO DA SUPERESTRUTURA DA VIA PERMANENTE Para a definio da superelevao a ser adotada nas curvas ferrovirias ser utilizado o critrio da superelevao prtica onde: RBVSp127 322 = Sendo: Sp = Superelevao prtica em mm; B = Bitola da via tomada de eixo a eixo de boleto de trilho em mm; V = Velocidade mxima de circulao na curva em Km/h; R = Raio da curva em m. ATENO:comosuperelevaomnimadeveseadotar5mm.Autilizaodevalores inferioresa5mm,mesmoemcurvascomgrandesraios,podeocasionarinversoda superelevao. A superelevao mxima admissvel em linha de bitola mtrica ser de 100 mm na EFVM e de 60 mm na FCA. Em linhas de bitola larga e na EFC ser admissvel 160 mm de superelevao mxima.Nasregiesdosaparelhosdemudanadevianodeverserutilizada superelevao. 2.3.ALINHAMENTO Oalinhamentodeverseravaliadopelacomparaodevariaesdasmedidasdeflechas entre pontos adjacentes.Para medies dever ser utilizada corda de 10 metros na EFC e EFVM e corda de 12 metros naFCA.Aaferiodosdadosserrealizadanocentrodacorda,sempre16mmabaixoda superfcie de rolamento do trilho externo decurvas,da mesma maneira que nas medies de bitola. Os pontos consecutivos de medio deverosertomados em intervalos de 2,50mna EFC e EFVM e em intervalo de 3 metros na FCA. Oslimitesltimosdasvariaesdeflechaentrepontosadjacentessoobtidosatravsda frmulaabaixo,considerando-seavelocidademximaestabelecidaparacadatrechoda ferrovia: 11 | | . | \ | +s57 285016 2 VV x c f Sendo: f = Variao de flecha admissvel em mm, entre dois pontos consecutivos; c = comprimento da corda em metros; V = velocidade do trem em km/h. No entanto, a manuteno deve considerar como limite valores equivalente a 80% em relao ao valor mximo calculado: VARIAO MXIMA DAS MEDIDAS DE FLECHA ENTRE PONTOS ADJACENTES NA EFC E EFVM CORDA DE MEDIO COM 10 m Velocidade (km/h)Variao de Flecha Limite de tolerncia admissvel 452318 502217 552117 602016 651815 701714 751613 801512 Tabela 11 Variao Mxima das medidas de flecha entre pontos adjacentes na EFC e EFVM Corda de medio com 10 m VARIAO MXIMA DAS MEDIDAS DE FLECHA ENTRE PONTOS ADJACENTES NA FCA CORDA DE MEDIO COM 12 m Velocidade (km/h)Variao de Flecha Limite de tolerncia admissvel 153730 203628 253427 303226 353125 402923 452822 502621 552520 602419 652218 702117 752016 801815 Tabela 12 - Variao Mxima das medidas de flecha entre pontos adjacentes na FCA Corda de medio com 12 m 2.4.LIMITES DA RELAO L/V Nas inspees com rodeiro instrumentado deveroser considerados os limites da relao L/V noeixoenarodaparagerarrelatriodeexceesqueserviroderefernciapara programao das manutenes corretivas e preventivas. 12 RODEIRO INSTRUMENTADO PARMETRO CONDIOL/V EIXO L/V RODA Lim. manuteno1,100,65 Lim. ltimo1,501,00 Tabela 13 Rodeiro instrumentado 2.5.PARMETROS UTILIZADOS NAS INSPEES DO CARRO CONTROLE Nas inspees com carro controle devero ser considerados os limites de geometria para gerar relatriodeexceesqueserviroderefernciaparaaprogramaodasmanutenes corretivas e preventivas da Via. Os parmetros utilizados so: A tabela 14 estabelece os defeitos mximos para cadaclasse de linha de acordo com a AAR (Association of American Railroads). Classe de Linha Parmetros 123456 Bitola+5 -5+10 -5+15 -5+20 -5+25 -5+30 -5 Superelevao4710121414 Alinhamento E/D468101212 Empeno2.85.67.79.111.712 Nivelamento E/D1.51.534.568 Tabela 14 Defeitos mximos para cada classe de linha de acordo com a AAR AEFVMutilizaosparmetroslistadosabaixoparainspeescomoCarro-Controlemodelo EM80. ParmetroIntervalo (mm) Aberta30 Bitola Fechada-5 Base 1,73 m4 / -4 Base 3,5 m8 / -8 Empeno CURVA Base 5,5 m13 / -13 Base 1,73 m9 / -9 Base 3,5 m19 / -19 Empeno TANGENTE Base 5,5 m30 / -30 SuperelevaoCorda 40 m10 / -10 Nivelamento LongitudinalCorda 40 m6,0 / -6,0 AlinhamentoCorda 40 m14 / -14 Tabela 15 Parmetros para inspees com Carro-Controle modelo EM80 - EFVM 2.6.LIMITES GERAIS DE MANUTENO EM AMV 2.6.1.TOLERNCIAS DE ALINHAMENTO EM AMV Astolernciasdealinhamentoserodefinidasconformerealizadonalinhacomum, observando-sequeopontoinicialdeposicionamentodocentrodacordaparaamediode flechasdeAMVdeverestarlocalizadonocoicedaagulha.Asmediesdeveroser efetuadas na linha reversa, devendo as agulhas estar posicionadas para a respectiva linha no ato das medies. Deveroser medidas as flechasem 10 pontos nosentido do coice para a ponta da agulha e em 15 pontos do coice da agulha no sentido do jacar. 13 Apsconcludasasmedies,apartirdocoicedaagulha,deverosermedidasflechas posicionando o centro da corda na ponta real do jacar, medindo a flecha na ponta do jacar e em 5 pontos no sentido da agulha e 5 pontos no sentido do marco de entrevia. No entanto, a manuteno deve considerar como limite valores equivalente a 80% em relao ao valor mximo calculado: ALINHAMENTO EM AMV NA EFC E EFVM Velocidade = 60 km/hVelocidade = 45 km/hVelocidade = 30km/h 16 mm18 mm22 mm Tabela 16 Alinhamento em AMV na EFC e EFVM ALINHAMENTO EM AMV NA FCA Velocidade = 60km/hVelocidade = 45 km/hVelocidade = 30km/h 19 mm22 mm26 mm Tabela 17 - Alinhamento em AMV na FCA 2.6.2.TOLERNCIAS DE EMPENO EM AMV DE BITOLA MTRICA Astolernciasdeempenoserodefinidasconformelinhacomum,adotandoparaos levantamentos de campo e clculos a base de medio (D) correspondente distncia entre os rodeirosdotruquedovagoHFEeGDE(1727mm).Paraaalturadocentrodegravidade tambm sero adotadosos parmetros dosvagesHFEe GDE carregados, respectivamente de 1876 mm e 1578 mm. Asmediesdeempenodeveroiniciarpelocoicedaagulha,instalandoarguade superelevao no coice, medindo o nivelamento transversal. Posteriormentedeslocar a rgua sempre na distancia D (1727mm) e coletando dados de nivelamento transversal em 20 pontos no sentido do coice para a ponta de agulha e em 30 pontos no sentido do coice para o marco de entrevia. Aps concludas as medies, a partir do coice da agulha, instalar a rgua a 381 mm da ponta realdojacarnosentidodoncleo,medindoonivelamentotransversal.Deslocarargua 1727mmnosentidodapontadeagulhaenosentidodomarcodeentreviaefetuandoas medidas nos respectivos pontos. As medies devero ser efetuadas tanto na linha principal quanto na reversa. Osvaloresmedidosdeveroatenderaosseguinteslimites,calculadosconsiderandovalores equivalentes a 80% em relao ao valor mximo calculado, conforme tabela abaixo. EMPENO EM AMV BITOLA MTRICA Velocidade = 60 km/hVelocidade = 45 km/hVelocidade = 30 km/h Linha principalLinha reversaLinha principalLinha reversaLinha principalLinha reversa HFEHFEHFEHFEHFEHFE 9 mm4 mm11 mm5 mm17 mm7 mm Tabela 18 Empeno em AMV Bitola Mtrica 2.6.3.TOLERNCIAS DE EMPENO EM AMV DE BITOLA LARGA Astolernciasdeempenoserodefinidasconforme item3,adotandoparaoslevantamentos decampoeclculosabasedemedio(D)correspondentedistnciaentreosrodeirosdo truquedovagoHFTeGDT(1829mm);tambmparaalturadocentrodegravidadesero adotados os parmetros dos vages HFT e GDT carregados com altura de centro de gravidade de 2289 mm e 1895 mm respectivamente.Asmediesdeempenodeveroiniciarpelocoicedaagulha,instalandoarguade superelevao no coice, medindo o nivelamento transversal. Posteriormentedeslocar a rgua sempre na distancia D (1829 mm) e coletando dados de nivelamento transversal em 20 pontos no sentido do coice para a ponta de agulha e em 30 pontos no sentido do coice para o marco de entrevia. 14 Aps concludas as medies a partir do coice da agulha instalar a rgua a 254 mm da ponta realdojacarnosentidodoncleo,medindoonivelamentotransversal.Deslocarargua 1727mmnosentidodapontadeagulhaenosentidodomarcodeentreviaefetuandoas medidas nos respectivos pontos. As medies devero ser efetuadas tanto na linha principal quanto na reversa. No entanto, a manuteno deve considerar como limite valores equivalente a 80% em relao ao valor mximo calculado, conforme tabela abaixo. EMPENO EM AMV BITOLA LARGA Velocidade = 50km/hVelocidade = 80km/h Linha PrincipalLinha reversaLinha PrincipalLinha reversa HFTHFTHFTHFT 23 mm8 mm13 mm5 mm Tabela 19 Empeno em AMV Bitola Larga 2.6.4.DORMENTES INSERVVEIS EM AMV Nos AMVs no sero tolerados dormentes inservveisna junta / solda do avano das agulhas, sob as agulhas, nas mquinas de chave ou aparelhos de manobra, nas juntas / soldas do coice de agulha, nas juntas / soldas do jacar, na ponta do jacar, nas extremidades e no centro dos contratrilhos.Nosdemaislocaissertoleradonomximoumdormenteinservvelentredois dormentes bons. 2.7.FAIXAS DE TEMPERATURA NEUTRA Paratrabalhosquerequeremcontroledetemperaturadostrilhosdaferroviadeveroser utilizados os dados das seguintes tabelas: EFVM TRECHO FAIXA DE TEMPERATURA NEUTRA TEMPERATURA NEUTRA FRMULA DE CLCULO Tubaro, Itabira e Costa Lacerda 34C sFTNs44CTNR= 39C Costa Lacerda, Fabrica e BH 31C sFTNs41CTNR= 36C 5 52max min ++=T TFTNTabela 20 Tabela de controle de temperatura dos trilhos - EFVM EFC FAIXA DE TEMPERATURA NEUTRA TEMPERATURA NEUTRAFRMULA DE CLCULO 34C sFTNs44CTNR= 39C5 52max min ++=T TFTNTabela 21 - Tabela de controle de temperatura dos trilhos EFC 15 FCA TRECHO FAIXA DE TEMPERATURA NEUTRA TEMPERATURA NEUTRA FRMULA DE CLCULO Prudente de Morais/General Carneiro General Carneiro/Divinpolis Campos/Vitoria So Francisco/Bonfim Frazo/Roncador Roncador/Canedo L. Bulhes/ Curado Araguari/Boa Vista Uberaba/Ibia Divinpolis/Bhering 31C sFTNs41C TNR= 36C Divinpolis/Frazo Garas/Angra 30C sFTNs40C TNR= 35C Baro Camargos/T. Rios Campos/Mag Prudente/Montes Claros Monte Azul/Catiboaba Roncador/Brasilia 33C sFTNs43C TNR= 38C Montes Claros/Monte Azul So Feliz/So Francisco So Francisco/Aracaju 34C sFTNs44C TNR= 39C Catiboaba/So Felix 35C sFTNs45C TNR= 40C Utilizar a frmula (1) para TCS e a (2) para TLS (1) 52max min+=T TFTN (2) 6 42min max+ +=T TFTN Tabela 22 - Tabela de controle de temperatura dos trilhos - FCA 2.8.TRILHOS Otrilhorepresentaoativomaisimportantedasuperestrutura.tecnicamenteconsideradoo principalelementodesuporteeguiadosveculosferroviriose,economicamentedetmo maior custo entre os elementos estruturais da via. 16 2.8.1.PARTES INTEGRANTES DO TRILHO Figura 5 Partes integrantes do trilho 2.8.2.IDENTIFICAO DOS TRILHOS Hvriasformaspelasquaisostrilhospodemseridentificadosporinscriespermanentes queosfabricantesgravamnasuaalmaemaltoebaixorelevo.Vriastentativasde padronizao foram empreendidas por rgos normalizadores, porm, os fabricantes de trilhos nem sempre seguem estas orientaes e estabelecem seus prprios modelos de gravao. Os aosque formaro os trilhos podem sersubmetidosavriasespcies de tratamento, que possuemafunodeincorporaremqualidadesespecficasaoprodutoacabado.Algunsdos processos de tratamento do ao que vem identificados em alto relevo na alma dos trilhos. 2.8.2.1.PADRO AREMA PARA IDENTIFICAO POR ESTAMPAGEM 2.8.2.1.1.MARCAS ESTAMPADAS EM ALTO RELEVO Naalmadotrilho,emalgumdoslados,soestampadosemaltorelevoasseguintes informaes: Figura 6 Informaes estampadas em alto relevo nos trilhos Padro Arema 1 Peso do trilho em libras por jarda (136 Lb/Yb) 2 Identificao da seo AREMA (RE Railway Engeneering) 3 Mtodo de reduo do teor de hidrognio (Control Cooling Resfriamento controlado) 4 Iniciais do nome do fabricante (Fuel Iron) 5 Ano de fabricao (1982) 6 Ms de fabricao (Fevereiro) 2.8.2.1.2.MARCAS ESTAMPADAS EM BAIXO RELEVO Figura 7 - Informaes estampadas em baixo relevo nos trilhos Padro Arema 1Nmerodacorridanaqualotrilhofoilaminado.Acritriodasiderrgicapoderser utilizado nmeros ou letras (38400) 17 2 A letra que identifica a posio do trilho no lingote (C) 3 Nmero que identifica o lingote da corrida (12) 4Mtododeeliminaodohidrognio(BC-ControlCooledBloomsResfriamento Controlado de Lingote) 2.8.2.2.PADRO UIC PARA IDENTIFICAO POR ESTAMPAGEM 2.8.2.2.1.MARCAS ESTAMPADAS EM ALTO RELEVO Figura 8 - Informaes estampadas em alto relevo nos trilhos Padro UIC 1 Seta indicando o topo do lingote 2 Marca do fabricante (Thiessen) 3 Ano de fabricao identificado pelos dois ltimos algarismos (1975) 4 Identificao de seo padro UIC (UIC) 5 Peso do trilho em Kg/m (60 Kg/m) 6 Processo de fabricao do ao (M Siemens Martin)* 7 Marca caracterstica do trilho (=) *Processos de fabricao: T Thomas B Bessemer cido M Siemens Martin cido ou bsico F Forno eltrico 2.8.2.2.2.MARCAS ESTAMPADAS EM BAIXO RELEVO Figura 9 - Informaes estampadas em baixo relevo nos trilhos Padro UIC 1 Nmero da corrida (35500) 2 A letra que identifica a posio do trilho no lingote (A) 3 Nmero que identifica o lingote da corrida (2) 2.8.2.3.PADRO ABNT PARA IDENTIFICAO POR ESTAMPAGEM 2.8.2.3.1.MARCAS ESTAMPADAS EM ALTO RELEVO Figura 10 - Informaes estampadas em alto relevo nos trilhos Padro ABNT 1 Marca do fabricante do trilho (CSN) 2 Pas de fabricao do trilho (BRASIL) 3 Mtodo de reduo de teor de hidrognio processo de resfriamento (RC resfriamento controlado) 4 Processo de fabricao (LD) 18 2.8.3.NOMENCLATURA DE TRILHOS CONFORME A ESPCIE Significado dos termos gravados em alto relevo mais utilizados internacionalmente: CC-ControlCooledResfriamentoControlado(Tcnicaparareduziroteorde hidrognio); HH - Head Hardened Boleto Endurecido; FT - Fully Heat Treated Trilho Completamente Tratado; CR - Chromium Alloyed Liga de Cromo; LAHH - Low Alloy Head Hardened Baixa Liga de Boleto Endurecido; MHH - Micro Alloyed Head Hardened Micro Ligado de Boleto Endurecido; UHC - Deep Head Hardened Boleto Endurecido Profundo; SU - Supereutectoid Ao Supereutectide; NHN New Head Hardened Novo Boleto Endurecido; DHH Deep Head Hardened Boleto Endurecido Profundamente; HISI Hight Silicon Trilho com Alto Teor de Silcio; N Nobrs 200 Trilho fabricado pela CSN com ao liga de Nibio; AHHAlloyHeadHardenedAodeBaixaLigadeCromo-VandiocomBoleto Endurecido; VTVacuumTreatmentTratamentoVcuo(Tcnicaparareduziroteorde hidrognio). Significado dos termos gravados em baixo relevo mais utilizados internacionalmente: AH-AlloyHeadHardenedAodeBaixaLigadeCromo-VandiocomBoleto Endurecido; C Carbono Ao Carbono; CT Carbono Tratado Ao Carbono Tratado; DH Deep Head Boleto Endurecido; L Liga Ao Liga; LCR Liga de Cromo Ao de Liga de Cromo; LCRV Liga de Cromo-Vandio Ao de Liga de Cromo-Vandio; LT Liga Tratado Ao de Liga Tratado 2.8.4.TERMINOLOGIAPARACARACTERIZAODADIREODE PROPAGAO DOS DEFEITOS DE TRILHOS Amaioriadosdefeitosdetrilhosrequeralgumaformadesolicitaoparainiciarese desenvolver. Para identificao dos defeitos deve-se utilizar a seguinte conveno em relao direo de desenvolvimento dos mesmos: o DireoLongitudinalVertical:desenvolvelongitudinalmenteaolongodoperfil,no plano vertical; o DireoLongitudinalHorizontal:desenvolvelongitudinalmenteaolongodoperfil, no plano horizontal; o Direo Transversal. 2.8.5.SEO E GEOMETRIA (DIMENSES) Seo, peso e comprimento dos trilhos: o peso dos trilhos, por unidade de comprimento, que guardarelaocomosesforosverticaisqueotrilhotemquesuportarecomodesgaste admissvel no boleto. A escolha do trilho depender das cargas, velocidade e trfego da via. 19 a)Trilho 70 Figura 11 Perfil do trilho 70 UnidadeValores Peso tericoKg/m69,79 rea (A)cm288,38 Momento de Inrcia (I)cm44181 Mdulo de resistncia boleto (W)cm3414 Mdulo de resistncia patim (W)cm3462,12 Tabela 23 Informaes Tcnicas do Trilho 70 20 b)TR-68 Figura 12 Perfil do trilho TR-68 UnidadeValores Peso tericoKg/m67,41 rea (A)cm286,52 Momento de Inrcia (I)cm43920,90 Mdulo de resistncia boleto (W)cm3388,37 Mdulo de resistncia patim (W)cm3462,12 Tabela 24 - Informaes Tcnicas do TR-68 21 c)UIC 60 UnidadeValores Peso tericoKg/m60,21 rea (A)cm276,70 Momento de Inrcia (I)cm43038,30 Mdulo de resistncia boleto (W)cm3333,60 Mdulo de resistncia patim (W)cm3375,50 22 d)TR-57 Figura 13 Perfil do trilho TR-57 UnidadeValores Peso tericoKg/m56,90 rea (A)cm272,56 Momento de Inrcia (I)cm42730,48 Mdulo de resistncia boleto (W)cm3297 Mdulo de resistncia patim (W)cm3360,52 Tabela 25 - Informaes Tcnicas do TR-57 23 e)TR-50 Figura 14 Perfil do trilho TR-50 UnidadeValores Peso tericoKg/m50,35 rea (A)cm264,19 Momento de Inrcia (I)cm42039,53 Mdulo de resistncia boleto (W)cm3247,45 Mdulo de resistncia patim (W)cm3291,69 Tabela 26 - Informaes Tcnicas do TR-50 24 f)TR-45 Figura 15 Perfil do trilho TR-45 UnidadeValores Peso tericoKg/m44,65 rea (A)cm256,90 Momento de Inrcia (I)cm41610,81 Mdulo de resistncia boleto (W)cm3205,82 Mdulo de resistncia patim (W)cm3249,58 Tabela 27 - Informaes Tcnicas do TR-45 25 g)TR-40 Figura 16 Perfil do trilho TR-40 UnidadeValores Peso tericoKg/m39,68 rea (A)cm250,71 Momento de Inrcia (I)cm41098,02 Mdulo de resistncia boleto (W)cm3165,02 Mdulo de resistncia patim (W)cm3181,57 Tabela 28 - Informaes Tcnicas do TR-40 26 h)TR-37 Figura 17 Perfil do trilho TR-37 UnidadeValores Peso tericoKg/m37,20 rea (A)cm247,39 Momento de Inrcia (I)cm4951,40 Mdulo de resistncia boleto (W)cm3149,10 Mdulo de resistncia patim (W)cm3162,90 Tabela 29 - Informaes Tcnicas do TR-37 27 i)TR-32 Figura 18 Perfil do trilho TR-32 UnidadeValores Peso tericoKg/m32,05 rea (A)cm240,89 Momento de Inrcia (I)cm4702,00 Mdulo de resistncia boleto (W)cm3120,80 Mdulo de resistncia patim (W)cm3129,50 Tabela 30 - Informaes Tcnicas do TR-32 28 j)TR-25 Figura 19 Perfil do trilho TR-25 UnidadeValores Peso tericoKg/m24,65 rea (A)cm231,42 Momento de Inrcia (I)cm4413 Mdulo de resistncia boleto (W)cm381,53 Mdulo de resistncia patim (W)cm386,60 Tabela 31 - Informaes Tcnicas do TR-25 29 2.8.6.INSPEO 2.8.6.1.IDENTIFICAO/ MAPEAMENTO DE DEFEITOS / PRIORIZAO 2.8.6.1.1.DEFEITOS INTERNOS Osdefeitosinternossovisveissomentedepoisquesurgemnoboleto,almaoupatim.Tais defeitosprogridemcomotrfego,jqueaumentamseutamanhocomummaiornmerode toneladas transportadas. A maioria dos defeitos internos somente detectada atravs de ultra-som. Dividem-se em: oTrinca Longitudinal Horizontal; oTrinca Longitudinal Vertical; oTrinca Transversal oBolha ou Vazio; oDefeitos nas soldas. 2.8.6.1.2.DEFEITOS EXTERNOS Osdefeitos externosso aquelesvisveis, permitindoo acompanhamento desua degradao ao longo do tempo. 2.8.6.1.2.1.GESTO DE DEFEITOS DETECTADOS POR ULTRA-SOM Sero consideradas fraturas as situaes em que houver ruptura total da seo transversal do trilho ou casos em que houver fragmentao da seo com perda de material.Para as demais situaes, deve-se considerar a ocorrncia trinca. 2.8.6.1.2.2.NOMENCLATURA DOS DEFEITOS A nomenclatura dos defeitos dever seguir as orientaes do manual de defeitos de ultra-som (VSH,HSH,HWS,TDC,EBF,SWO,TDD,BHJ,BHO,PRJ,PRO,TDT,DWF,DWP,LOCe INC). 2.8.6.1.2.3.TAMANHO DOS DEFEITOS O defeito de ultra-somser classificado partindo de seu tamanho, que podeser expressoem determinadasunidades,deacordocomaespecificaodotipodedefeito.Segueabaixoa tabela guia para cada tamanho. 30 Orientao Nome Sigla Un. P M GT Trinca de patinagem de roda EBF % boleto < 15 15-30 > 30LH Trinca horizontal no boleto HSH mm < 50 50-100 > 100LV Trinca vertical no boleto VSH mm < 50 50-100 > 100T Trinca Transversal TDT % boleto < 15 15-30 > 30T Trinca de fragmentao TDD % boleto < 15 15-30 > 30C Trinca composta TDC mm < 25 25-100 > 100T Trinca em solda eltrica DWP % boleto < 15 15-30 > 30T Trinca em solda aluminotrmica DWF % boleto < 15 15-30 > 30C Trinca na alma SWO mm < 25 25-50 > 50C Trinca nos furos na junta BHJ mm < 25 25-50 > 50C Trinca nos furos fora da junta BHO mm < 25 25-50 > 50LV Trinca vertical na alma em junta PRJ mm < 25 25-100 > 100LV Trinca vertical na alma fora da junta PRO mm < 25 25-100 > 100LH Trinca no filete HWS mm < 25 25-50 > 50LH/LV Incluso INC mm < 50 50-100 > 100 Tabela 32 Tabela da classificao dos tamanhos de defeitos de ultra-som Isto significa que um defeito pode ser classificado por pequeno (P), mdio (M) ou grande (G), deacordocomsuasdimenses.Apartirda,possvelsefazer,combaseemcritriospr-definidos, a conceituao de sua criticidade.Estes critrios so expressos de maneira simplificada da seguinte forma: oTodo defeito de tamanho grande (G) recebe classificao A; oDefeitos mdios (M) e pequenos (P) em: viadutos, pontes, rea urbana, AMV, trilhos externos de curvas, aproximaes (200m antes e depois de obras de arte especiais) recebem classificao B; oDefeitosmdios(M)emtrilhosinternosdecurvasetangentesrecebem classificao C; oDefeitospequenos(P)emtrilhosinternosdecurvasetangentesrecebem classificao D. 2.8.6.1.2.4.CARACTERIZAO DOS DEFEITOS DETECTADOS POR ULTRA-SOM VSH - TRINCA VERTICAL NO BOLETO Estetipodedescontinuidade,quandoevoluda,fazquebraroboletoemumadassuas metadeslongitudinalmente.Estafraturaformaumdentenasuperfciederolamento, fornecendo alto risco de descarrilamento pelo impacto do friso. Estas caractersticas impossibilitam o entalamento deste defeito por no resolver o problema Figura 20 Trinca vertical no boleto 31 HSH - TRINCA HORIZONTAL NO BOLETO Em estgio avanado facilmente visualizada numa ronda a p ou at mesmo em inspees de auto de linha. O defeito causa a fragmentao do boleto.Nosedeveentalarestetipodedefeito,umavezqueapropagaodatrincaocasionaro descolamento completo do boleto, podendo atingir grandes comprimentos. Figura 21 Trinca horizontal no boleto EBF - TRINCA DE PATINAGEM DE RODA Trincanoplanotransversal,produzidaporfissuraointerna,logoabaixodamarcade patinao, que se encaminha em direo alma do trilho de modo rpido e no sentido da parte externa do boleto. Nosepermiteoentalamentodestesdefeitos,devendoconformesuagravidade,serotrilho retirado da linha. Figura 22 Trinca de patinagem de roda HWS - TRINCA NO FILETE Normalmentedecomprimentogrande,podeserencontradomaisemPNs,principalmente devidoaoesforolateralcontinuooriginadodasrodasdoscarrossobreoboleto.Dedifcil identificao a olho nu, pode ser visualizado quando em estagio avanado. Este defeito no entalvel, devendo ser substitudo todo o comprimento comprometido. 32 Figura 23 Trinca no filete SWO - TRINCA NA ALMA Trinca no plano horizontal, se desenvolve de modo progressivo, rpido e longitudinalmente, no meio da alma. Figura 24- Trinca na alma TDT - TRINCA TRANSVERSAL Suapropagaoacarretarompimentorepentinodaseotransversaldotrilhoemformade junta.Maisdoqueparaoutrosdefeitos,adetecodeste,tornaimprescindveloreforoda dormentao, fixao e lastro no local. Este um defeito onde o entalamento pode ser considerado uma soluo. Figura 25 Trinca transversal 33 TDD - TRINCA DE FRAGMENTAO Trinca no plano transversal, progressiva, que se inicia em uma trinca interna junto ao canto de bitoladotrilhoexterno.Possuinguloretoemrelaosuperfciederolamento,ocorreno canto do boleto. Figura 26 Trinca de fragmentao DWF/DWP - TRINCA EM SOLDA ALUMINOTRMICA/ELTRICA Sodefeitosderpidaevoluo,sendoqueoentalamentonestecaso,diferentementeda maioria dos demais, pode ser considerada uma soluo de segurana satisfatria. Todos os defeitos DWF e DWP, devem ento, ser entalados. Figura 27 Trinca em solda aluminotrmica/eltrica PRJ/PRO - TRINCA VERTICAL NA ALMA EM JUNTA/FORA DA JUNTA Caracteriza-sepeladescontinuidadenaalturadocorpodaalmaquealgumasvezespodese propagar por vrios metros no trilho. No possvel o entalamento deste defeito, devendo a soluo de substituio ser aplicada. Figura 28 Trinca vertical na alma em junta/fora da junta 34 BHJ - TRINCA NOS FUROS DA JUNTA Por j estar ligado atravs de tala, este tipo de defeito torna-se perigoso uma vez que o defeito encontrado est escondido, e sua reviso visual poder ser feita somente quando da abertura das talas. Tododefeitodestetipodeveserdesentaladopararevisovisual,independentementeda situao. Figura 29 Trinca nos furos da junta BHO - TRINCA NOS FUROS FORA DA JUNTA Estedefeitocaracteriza-sepelapropagaodetrincasligandofurosemdiversas circunstncias. Nosedeveprocederoentalamentodestetipodedefeito,poisadescontinuidadese propagariadeformaaleatrianorestantedoperfil.Deveserretiradodalinhaatravsda substituio da barra. Figura 30 Trinca nos furos da junta TDC - TRINCA COMPOSTA Atrincacompostaformanormalmente,fraturasdegrandespropores,comsolturade fragmentos com tamanhos considerveis, tornando praticamente inevitvel o acidente quando ocorrido em sua circunstncia. Trincas compostas tm, como soluo padro, a substituio do trilho, visto que devido asua extenso e caracterstica, seu crescimento no possui regra de direo. O entalamento no suficiente para acabar com o risco de evoluo do problema. 35 Figura 31 Trinca composta INC - INCLUSO caracterizado por uma massa de caractersticas diferentes que acaba causando uma espcie de porosidade. Neste local a resistncia bastante inferior, sendo quea concentrao de esforos propicia o surgimentodetrincaslongitudinais(quandoadescontinuidadeforsignificativanestesentido), oumesmotransversais(quandoadescontinuidadeforpontual,masatingindoumarea representativa no total da seo)Nopermitidoquesefaaoentalamentodestetipodedefeito,vistoqueapropagaoda fratura no apresenta regra geral, podendo evoluir em quaisquer eixos da barra. Figura 32 Fratura por incluso 2.8.6.2.CRITICIDADE Acriticidadeumparmetrodepriorizaodosdefeitosencontradosetambmumguiade tempo mdio para atendimento dos defeitos. Conforme a variabilidade deste item, teremos um tempodeatendimentoespecfico.Suaconceituaoestligadagravidadedodefeito,s condies de via em que ele est sujeito, s caractersticas de traado da linha, presena de obras de arte e a circunstncias externas como regies urbanas nas proximidades. A criticidade classificada da seguinte maneira: oA: engloba as descontinuidades de gravidade alta; oB: engloba as descontinuidades de gravidade mdia-alta; oC: engloba as descontinuidades de gravidade mdia-baixa; oD: engloba as descontinuidades de gravidade baixa. 36 2.8.6.3.CRITRIO DE RETIRADA Entalar apenas os defeitos identificados como TDT, DWF e DWP, porm para DWF e DWP; Oscorredoresdeveminstruirsuasequipes,principalmenteosrondas,paraaumentarema atenonasinspeesvisuaisnoslocaiscomdefeitosdetectados,locaiscomno acoplamentoesegregaes.Casosejamverificadosindciosdeevoluodosdefeitosou afloramento, interditar a via e fazer a retirada conforme defeitos A. O atendimento dos defeitos deve ser executado conforme tabela a seguir: CLASSIFICAO TIPODE DEFEITO AESAO IMEDIATA US: Interdio do trfego at chegada da VP;AO EMERGENCIAL VP: avaliar condio do trilho para trens passantes com velocidade restrita.AO CORRETIVA: retirada provisria do defeito imediatamente com uso permitido de entalamento.Para defeitos DWF e DWP utilizar tala especial para soldas.AO IMEDIATA US: Interdio do trfego at chegada da VP;AO EMERGENCIAL VP: avaliar condio do trilho para trens passantes com velocidade restrita.AO CORRETIVA: retirada imediata do defeito com troca de toda extenso afetada.AO IMEDIATA US: Restringir a passagem do trem carregado na linha em que o defeito foi detectado.AO EMERGENCIAL VP: avaliar condio do trilho para trens passantes com velocidade restrita e condio dos dormentes, lastro e fixaes.AO CORRETIVA: retirada provisria do defeito em 3 dias com uso permitido de entalamento.Para defeitos DWF e DWP utilizar tala especial para soldas.AO IMEDIATA US: Restringir a passagem do trem carregado na linha em que o defeito foi detectado.AO EMERGENCIAL VP: avaliar condio do trilho para trens passantes com velocidade restrita.AO CORRETIVA: retirada definitiva do defeito em 3 dias com troca de toda extenso afetada.AO IMEDIATA US: NAAO EMERGENCIAL VP: NAAO CORRETIVA: retirada provisria do defeito em 7 dias com uso permitido de entalamento.Para defeitos DWF e DWP utilizar tala especial para soldas.AO IMEDIATA US: NAAO EMERGENCIAL VP: NAAO CORRETIVA: retirada definitiva do defeito em 7 dias com troca de toda extenso afetada.AO IMEDIATA US: NAAO EMERGENCIAL VP: NAAO CORRETIVA: retirada provisria do defeito em 15 dias com uso permitido de entalamento.Para defeitos DWF e DWP utilizar tala especial para soldas.AO IMEDIATA US: NAAO EMERGENCIAL VP: NAAO CORRETIVA: retirada definitiva do defeito em 15 dias com troca de toda extenso afetada.A(Todos os defeitos G)TDT, DWF, DWPTodos os demaisB(Defeitos mdios (M) e pequenos (P) em: viadutos, pontes, rea urbana, AMV, trilhos externos de curvas, aproximaes (200m antes e depois de obras de arte especiais)TDT, DWF, DWPTodos os demaisC(Defeitos mdios (M) em trilhos internos de curvas e tangentes)TDT, DWF, DWPTodos os demaisD(Defeitos pequenos (P) em trilhos internos decurvas e tangentes)TDT, DWF, DWPTodos os demais Tabela 33 Tabela de atendimento dos defeitos 37 2.8.6.4.INSPEO DE CAMPO US E VP Todo defeito detectado deve ser detalhado com o ultra-som porttil; Todo defeito deve ter seu tipo e suas dimenses identificadas e registradas; As informaes da condio davia (dormentes, lastro e fixaes)devemserregistradas pela equipe de US; Nosdefeitos INC (incluso), devem ser avaliados: surgimento de trincas longitudinais (quando adescontinuidadeporsignificativanestesentido),oumesmotransversais(quandoa descontinuidade for pontual, mas atingindo uma rea representativa no total da seo). Caso o defeitoatinja%dareadoboletocompatvelcomdefeitosTDTouextensolongitudinal compatvel com HSH ou VSH, deve-se proceder o tratamento como um defeito C (retirar em 7 dias) e deve ser retirada toda a extenso do defeito INC; Os defeitos devem ser identificadoscom tinta amarela e identificados com marcador nopatim do trilho no seguinte modelo: [Nmero] - [Tipo] - [Classificao] - [Inspeo/Ano]. Ex.: 010 TDT A 02/2007; Nos trechos de LOC (no acoplamento) fazer marcaes no incio e fim com tinta ou marcar a cada 10m caso a extenso seja maior que 12m e menor que 200m e com marcador colocar: [Nmero] - [LOC] - [Severidade (Total (T) ou Parcial (P))] - [Inspeo/Ano]. Ex.: 010 LOC T 03/2007; Nos trechos de INC (incluso) fazer marcaes no incio e fim com tinta ou marcar a cada 10m caso a extenso seja maior que 12m e menor que 200m e com marcador colocar: [Nmero] - [INC] - [(Classificao)] - [Inspeo/Ano] Ex.: 010 INC C 03/2007; Todo defeito reincidente deve ser registrado novamente na planilhade inspeo e no sistema comomesmonmeroanterior,comtodososcampospreenchidosemarcandoacoluna reincidente.Almdisso,sempreavaliaraevoluododefeitoereforarcomomarcadora identificao do defeito no campo; ConsiderardefeitosDWF/DWPsomenteosdefeitosemsoldaaluminotrmica/eltricacom orientao transversal. Ex. Em caso de: defeitos com orientao longitudinal considerarcomo BHO(defeitosemfuroforadajunta)oudefeitoscomorientaocompostaconsiderarcomo TDC. 2.8.6.5.ENTALAMENTO oOentalamentospermitidoemcasodedefeitostransversaisemtrilhos(TDT)ou defeitos transversais em soldas (DWF e DWP). Todos os outros devem ser retirados; oNaEFVMsomenteserpermitidoousodoentalamentocasoodesgasteverticaldo trilho no ultrapasse 16 mm; oPara os defeitos A utilizar apenas o sargento, sem realizar furos e colocar parafusos; oParaosdefeitosB,CeDquesejamTDT,utilizartalade6furosapenascom4 parafusos, sendo 2 de cada lado nas extremidades das talas. No furar no primeiro furo prximo ao topo do trilho; oParaDWFeDWP(soldaaluminotrmicaesoldaeltrica)utilizarsomenteastalas especiais; oRecomenda-se que o entalamento seja considerado como medida provisria e deve-se retirar a tala no prazoproporcionalao do defeito, ou seja, caso o prazo de retirada do defeito seja de 3 dias, permitindo o entalamento, a tala dever ser retirada aps 3 dias da sua colocao; 38 oEssatalanodevepermanecernaviaporperodoprolongadopordificultara visualizaododefeitoenempossvelprevercomefetividadeadireodo crescimento do defeito. 2.8.6.6.CICLO DA INSPEO POR ULTRA-SOM Os ciclos de inspeo sero compatveis com a tonelagem bruta trafegada (TBT), adequando-se anualmente em funo da necessidade de reduo de fraturas de trilhos. Na FCA os ciclos so definidos anualmente em funo do volume orado para cada rota. Os defeitos externossovistos com mais facilidade e permitem um acompanhamento desua formao. Otrfegodasrodasdosveculosferroviriostambmpodeacarretardefeitosnotrilho, exacerbando eventuais defeitos de fabricao e propiciando o aparecimento de outros. Durante o processo de fabricao do trilho, podem ocorrer anomalias que acarretam o aparecimento de defeitos, principalmente internos. Os principais defeitos oriundos do processo so: oIncluso de materiais nocivos ao processo (impurezas: escria, metais, etc.); oFormao de bolhas; oPorosidade. oPatinados (Wheel Burn ou Engine Burn) O patinado o defeito ocasionado pelo contato da roda com o trilho quando esta, devido falta deaderncia,giranomesmopontodotrilho,semmovimentarotrem.Opatinadopode provocar uma fratura no plano transversal, devido patinao de roda que se desenvolve logo abaixoda marca de patinao ese encaminha em direo almado trilhode modo rpido e nosentidodaparteexternadoboleto.Comoestedefeitocausadopelapatinaoda locomotiva,deve-seencontrarmarcasdosdoisladosdalinha.Estedefeitoidentificado atravs de: oAchatamento do trilho; oEscoamento de material (ao) na superfcie e lateral do boleto; oSinal de queima (cor azulada quando recente). Figura 33 Patinado 2.8.7.DEFEITO DE TRILHOS 2.8.7.1.DEFEITOS SUPERFICIAIS E LONGITUDINAIS OsdefeitosdeFadigaporContato(RollingContactFatigue-RCF)soconsideradoscomo defeitos superficiais e geralmente provenientes de colapso ou fadiga de material. Os principais defeitos superficiais ou de Fadiga por Contato so: Head-Checks Cracks Shelling 39 Corrugao Dark spot Spalling Center Cracks ATENO: em obras de arte especiais no sero admitidos trilhos com defeitos superficiais. Head Checks Sotrincascapilaresdepequenaextensoqueseapresentamtransversalmenteaoboleto, prximas ao canto superior da bitola. Ocorre devido grande presso das rodas sobre o trilho em ferrovias de alta carga por eixo. Figura 34 Head Check leve Figura 35 - Head Check severo Cracks na Superfcie do Trilho (Cracking) 40 Figura 36 - Cracking Head Checking - Fissurao do Canto da Bitola Figura 37 Head Checking Flaking - Escamao do Boleto Flaking uma perda leve de material do boleto. Figura 38 - Flaking Spalling - Estilhaamento do Canto da Bitola 41 Quandootrajetododesenvolvimentodarachaduracruzadoporoutrasrachadurasrasas similaresnareadacabeadotrilho,umamicro-plaquetarasadomaterialdotrilhocaipara fora. Isto sabido como Spalling. Spalling mais freqente em climas frios porque a rigidez do material do trilho aumenta. Figura 39 - Spalliing Shelling - Despedaamento do Canto da Bitola Shellingumdefeitocausadopelaperdadomaterial,iniciadapelafadigasubsuperficial. Ocorre,normalmente,nocantodabitoladostrilhosexternos,nascurvas.Quandoestas rachadurasemergemnasuperfcie,fazemcomqueometalvenhaparaforadareada rachadura.svezes,estasrachadurasmovem-setambmemumsentidodescendente, conduzindo a uma fratura transversal provvel do trilho. Figura 40 - Shelling Corrugao Figura 41 - Corrugao 42 Escoamento (Metal Flow) O escoamento ocorre na rea do topo do trilho, em uma profundidade que pode ser de at 15 mm. O defeito ocorre no lado de bitola do trilho interno, devido sobrecarga. A lingeta d uma indicaodapresenadasrachaduras.Estedefeitopoderiasereliminadoesmerilhandoo trilho, que restauraria tambm o perfil original. Figura 42 - Escoamento Esmagamento Figura 43 - Esmagamento Defeito de Trinca da Concordncia do Boleto com a Alma uma fratura no filamento boleto / alma, que se desenvolve, inicialmente, no plano horizontal demodoprogressivo,podendoatingirat25cmdeextenso,eentoseencaminha rapidamente para baixo, em direo ao patim. Figura 44 Trinca na concordncia do boleto com a alma 43 Defeito de Trinca na Regio da Alma com Patim umafraturanofilamentoalma/patim,quesedesenvolvenoplanohorizontaldemodo progressivo, podendo atingir at25 cm de extenso, e ento se encaminha rapidamentepara cima, em direo a alma. Figura 45 Trinca na regio da alma com o patim Broken Out Deep Seated Shell umafraturacomposta,queseiniciaporfadigadecontato,esepropaga.Spodemos caracterizar o defeito como tal aps a retirada do pedao de trilho. Dark spot Apresenta-se como uma sombra escura devido a uma trinca horizontal prxima superfcie de rolamento. Figura 46 Dark spot Trincos nos Furos (Bold Hole Crack) So trincas que ocorrem no plano longitudinal, se iniciam nos furos, e sua propagao tende a ocorrer diagonalmente para o boleto ou para o patim, ou em direo ao outro furo. 44 Figura 47 Trinca no furo 2.8.7.2.FRATURAS EM SOLDAS (BROKEN WELDS) Trinca em Solda Eltrica (Defective Weld Plant Cracks Out) umatrincaquesedesenvolvenoplanotransversalouhorizontal,apartirdealgumdefeito interno da solda (incluso, incrustao e/ou colapso de material). Figura 48 Trinca em solda eltrica Trinca em Solda Aluminotrmica (Defective Weld Field Cracks Out) umatrincaquesedesenvolvenoplanotransversalouhorizontal,apartirdealgumdefeito interno da solda (incluso, incrustao e/ou colapso de material). Figura 49 Trinca em solda aluminotrmica 2.8.7.3.DESGASTE ADMISSVEL Deformageral,olimitededesgasteemfunodareaconsumidadoboletoserdadade acordo com os seguintes valores: 45 EFVM TRECHO DA RH 77 A LABORIAU - COSTA LACERDA A FBRICA COSTA LACERDA A CAPITO EDUARDO TrilhoDesgaste Percentual dos Trilhos (Boleto) TR 6830% Tabela 34 Limite de desgaste em funo da rea consumida do boleto Trecho do RH 77 a Laboriau DEMAIS TRECHOS DA EFVM Desgaste Percentual dos Trilhos (Boleto) Trilho CURVAS ACIMA DE 3,5 CURVAS DE 2 A 3,49 CURVAS AT 1,99 TANGENTES TR 6830%35%40%50% Tabela 35 - Limite de desgaste em funo da rea consumida do boleto Demais trechos da EFVM EFC TrilhoDesgaste % do Boleto dos Trilhos TR 6831% Tabela 36 - Limite de desgaste em funo da rea consumida do boleto EFC FCA ROTA DO GRO TRILHOLARGURA MNIMA DO BOLETO (MM)ALTURA MNIMA DO TRILHO (MM) TR 4555 MM133,5 MM TR 5753 MM157,3 MM Tabela 37 - Limite de desgaste em funo da rea consumida do boleto FCA, Rota do Gro FCA DEMAIS TRECHOS TRILHOLARGURA MNIMA DO BOLETO (MM)ALTURA MNIMA DO TRILHO (MM) TR 3253 MM105 MM TR 3751 MM117 MM TR 4553 MM133,5 MM TR 5752 MM157,3 MM TR 6852 MM172 MM Tabela 38 - Limite de desgaste em funo da rea consumida do boleto FCA, demais trechos Para a FCA os limites de desgastes tambm podero ser determinados atravs da anlise do MdulodeResistnciadoboleto,considerandoaspectoscomocargaporeixo,volume transportado, taxa de dormentao, velocidade, etc. O desgaste vertical mximo (C) deve ser tal que o friso mais alto admissvel no venha a tocar a tala das juntas. 46 Figura 50 Desgaste vertical mximo FRISO NOVOFRISO REJEITOPerfil de trilho A BCBC TR-37/32/25NANANANANA TR-4039,825,414,438,11,7 TR-4542,725,417,338,14,6 TR-5043,925,418,538,15,8 TR-5743,325,417,938,15,2 TR-6854,825,429,438,116,7 Tabela 39 Valores de limite de desgaste vertical mximo ParaperfisabaixoaoTR-37,ataladejunonopossuianervurasuperior,portantoesta anlise desconsiderada. 2.8.7.4.CICLO DE ESMERILHAMENTO DE TRILHOS COM EGP O servio de esmerilhamento de trilhos ocorrer conforme caractersticas do traado em planta daViaPermanenteeevoluoanualdaadequaodamatrizdetrilhos,conformetabela abaixo. Ciclo de Esmerilhamento de Trilhos - MTBT Ano200820092010201120122013201420152016 TG303030303030303030 CVA303030303030303030 Tabela 40 Ciclo de esmerilhamento de trilhos MTBT 2.8.7.5.CICLO DE ESMERILHAMENTO E BISELAMENTO DE JUNTAS ISOLADAS O servio de esmerilhamento de juntas isoladas dever ser compatvel com a tonelagem bruta trafegada em cada equipamento. CICLO DE ESMERILHAMENTO E BISELAMENTO DE JUNTAS ISOLADAS 30 MTBT Tabela 41 Ciclo de esmerilhamento e bizelamento de juntas isoladas Almdostrabalhosdeesmerilhamentoebizelamentodeveroserefetuadosreapertode fixao,reapertodosparafusos,substituiodeendpostdanificado,dajuntaencapsulada substituio de grampos sem presso, substituio de dormentes danificadose nivelamento e 47 socariadajunta.Osdormentesdejunta,guardaecontraguardadajuntadeveroapresentar perfeitas condies de suporte de cargas verticais e de reteno da fixao. 2.8.7.6.CLASSIFICAO DE TRILHOS PARA REEMPREGO Avidatildostrilhosdeterminada,basicamente,pelolimitededesgaste,queaferido atravs do clculo do seu modulo de resistncia mnimo em funo do seu perfil. Por sua vez, odesgastedotrilhosedemfunodacargaeclassedevia.Portanto,avidatildotrilho servarivelconformeascondiesdetrfegoeclassedeviaaqualotrilhoestarsujeito quando aplicado e caractersticas do perfil. Considerandooslimitesdemduloderesistnciadoboleto,osdesgasteshorizontaise verticaisdeveroselocalizarforadafaixavermelhadatabeladeclculo.Atabela,dessa forma, calcula o mdulo de resistncia residual do trilho, de acordo com os nveis de desgaste horizontaleverticalqueeleapresentaemrazodeseuperfil.Casoomduloderesistncia residual do trilho seja muito baixo, torna-se invivel seu reemprego devido baixa vida til que ele ter dali em diante, gerando necessidade de sua substituio brevemente. Adefinioparaoreempregodostrilhos,inclusiveseforocasodetransposio,deverser baseadanoSimuladordeDesgastedeTrilhosdaGEDFT.Abaixo,exemplodoresultado apresentado pelo Simulador de Desgaste. Tabela 42 Classificao de trilhos para reemprego 48 Almdaanlisereferentecapacidadedesuporteotrilhoquantoaotrfegoferrovirio,a classificao trilhos em reemprego deve atender s seguintes condies abaixo: Verificarexistnciadetrincasoufraturas,defeitossuperficiais,defeitosidentificados por ultra-som, desgaste nasduas laterais do boletoou desgaste lateral e horizontal do boleto superioraoslimitesinformadosnaplanilhaanexa,queestabeleceatolernciadedesgaste considerando o modulo de resistncia; Verificar o perfil quanto a corroso, principalmente do patim, provocada por exposio ou assentamento em ambiente agressivo; Trilhosqueapresentemtrincas,fraturas,defeitossuperficiaisquenopossibilitem correo por esmerilhamento e cujo desgasteseja superior aos limites da tabela anexasero considerados como sucata. 2.9.ALVIO DE TENSES Aoperaode"AlviodeTensesTrmicas(ATT)temporfinalidade promoveras condies ideaisparaodesenvolvimentodetensesmnimasnostrilhos,decorrentesdasvariaesde temperaturas. O processo de ATT pode ser executado na Faixa de Temperatura Neutra (FTN) por processonaturalou,tambm,abaixodaFTN,quandosereproduzascondiesdoprocesso naturaldevariaodetemperaturaporalongamentoartificialdasbarrasdetrilhosutilizando tensoreshidrulicos.ParatemperaturassuperioresaFTNserinvivelexecutaroATTpela dificuldade de resfriamento das barras de trilhos. 2.9.1.CRITRIOS PARA EXECUO DE ATT A linha perde de seu estado de estabilizao total ao sofrer qualquer interveno que altere as condies de interao entre o lastro e o dormente ou entre dormente e trilho.Assim o ATT ser necessrio nos seguintes casos: oInstalaodelinhasnovas,apsatingirascotasdenivelamentoealinhamentoe decorrido o perodo de estabilizao de 1.000.000 TBT;oCorreo geomtrica com levante superior a 60 mm e deslocamento lateral superior a 30 mm; oDesguarnecimento de lastro aps decorrido perodo de estabilizao de 200.000TBT; oSubstituio de trilhos; oExecuo de soldas reparadoras em TCS; oInsero de juntas isoladas coladas ou encapsuladas em TCS; oSubstituio de trilhos de encosto de agulhas em AMV's; oSubstituio de dormentes a eito; oExecuo desoldas defechamentode trilhos longossoldados (TLS) para a formao de trilhos contnuos soldados (TCS); oQuandoforverificadoquealinhaestsofrendoesforoslongitudinaisextremosque ocasionam a sua instabilidade geomtrica ou estrutural como desalinhamento, desnivelamento, caminhamento longitudinal de trilhos; oQuando da aplicao de juntas de expanso em estruturas de pontes; oPreferencialmente,osgramposnovossubstitudosdeveroseraplicadosnazonade respirao. 2.9.2.FAIXA DE TEMPERATURA NEUTRA A temperatura mdia definida pela mdia aritmtica entre as temperaturas mxima e mnima registradas nos trilhos em cada trecho de Via . A medio deve ser efetuada com termmetros apropriados com coleta de dados por no mnimo um ano durante todas as horas do dia. Tm =(Tmn).+Tmx) / 2 49 Atemperaturaneutradefinidacomoatemperaturamdiaacrescidadecincograus centgrados,poisnormalmentemaisrecomendvelemlinhassinalizadas,queostrilhos sejamsubmetidosamaiorestensesdetraodoquedecompresso,umavezsermais temerosaumaflambagemdalinhadoqueumarupturadetrilhos,soldasoudeparafusosde juntas;istoporque,aflambagemimpossveldeserdetectadoemlinhasinalizada,pelo Centro de Controle de Trfego enquanto que a fratura de trilhos e soldas na maioria das vezes o so. Assimagrandemaioriadasferroviasadotaaneutralizaodetenses(processonatural) dentrodeumafaixadetemperaturaondeatemperaturaneutraderefernciaposicionada acima da temperatura mdia. No caso da Vale, seguindo esta tendncia, atemperatura neutra, tambm chamada de temperatura neutra de refernciaadotada : A faixa de temperatura neutra definida com o intervaloem torno da temperatura neutra: Em linhas com TCS: 5 52min max ++=T TFTN Em linhas com TLS: 2.9.3.ZONA DE RESPIRAO A zona de respirao (ZR) do trilho longo soldado (TLS) aquela extenso mnima a partir das extremidadesemqueoesforoderetensionamentodafixaoequilibra(resiste)tenso geradapelavariaodetemperatura(traooucompresso)dotrilhocriadaapartirda variao mxima de temperatura. Portanto o comprimento daZR depender davariao detemperatura do trilho, da seo do trilho, da resistncia (fora de ancoragem) exercida pela fixao, e finalmente da resistncia de ancoragem fornecida pelo sistema dormente e lastro. 2.9.4.ZONA NEUTRA A zona neutra a parte central do TLS, descontado as duas ZR das extremidades. a regio que, apesar de estar sob tenso, no tem tendncia a deslocamentos longitudinais j que est ancorada em suas extremidades pelas ZRs. Clculo da extenso da zona de respirao e zona neutra: TNR = Tm + 5oC= (((Tmn+Tmx) / 2) + 5) 50 Figura 51 Clculo da extenso da zona de respirao e zona neutra Onde: b- Zona de respirao L* - Zona neutra L comprimento do TLS A - rea transversal de um trilho (cm2)ZN=L* extenso central do TLS que no sofre deslocamento, ou, zona neutra (m) ZR=b extenso da zona de respirao do TLS (m) N fora longitudinal no trilho devido a AT (kgf)o coeficiente de dilatao trmica do ao = 1,15 x 10-5/C E mdulo de elasticidade do ao = 2,1 x 106 kgf/cm2 or resistncia longitudinal por metro de linha (Kgf/m) At diferena entre a temperatura mxima e temperatura mnima do trilho Zona de respirao: 21.. . .ort A EbA= Zona Neutra: 2.9.5.PROCESSO DE ALVIO TRMICO DE TENSES QuantotemperaturaosprocessosdeA.T.T.soclassificadosemnaturaleartificial. naturalquandootrabalhoexecutadodentrodaFTNeartificialquandoatemperaturado trilhoencontra-seabaixodaneutra;nestecasoascondiesnaturaisdedilataoso substitudasporumprocessodealongamentoartificialdasbarrasdetrilhoscomvalorcorrespondenteaoqueocorreriacasoatemperatura variasseentreaneutraeatemperatura do momento do alivio, com a atuao de tensores hidrulicos. Oalivionoserexecutadocomtemperaturadotrilhosuperioramximadafaixade temperatura neutra. 2.9.6.MTODOS DE ATT Conforme a seo do TLS a ser trabalhada, podemos utilizar o mtodo da (barra nica) (seo nica) quando o ATT realizado somente em um TLS de cada vez e da (meia barra) (semi-seo) quando so submetidos ao ATT simultaneamente dois segmentos de TLS distintos com ponto de fechamento comum. b L L . 2 * = 51 Omtododabarranicarecomendadoparaconstruesnovas,remodelaese desguarnecimento,quandooservioexecutadoaeito.Odameiabarramaisaplicvel paraamanutenocomorecuperaodejuntas,fraturadetrilho,substituiodejuntas isoladas, substituio de meia chave,etc. 2.9.7.MTODODABARRANICANAFAIXADETEMPERATURA NEUTRA EITO Figura 52 Detalhamento do mtodo da barra nica na faixa de temperatura neutra a eito Afiguraacimadetalhaoprocessocomaoperaoexecutadanosentidodadireitaparaa esquerda. ExecutarasoldaemA,queiruniroTCS(trilhocontnuosoldadojaliviado)aoTLS(trilho longo soldado sem alivio). Nesta operao a regio da solda deve estar fixada para no ocorrer movimentos indesejveis durante a operao. Aps 3 a 4 minutos da execuo da corrida da solda, a fixao deve ser retirada ou afrouxada em 12 m para cada lado da solda, de maneira a permitir a contrao trmica da mesma sem risco de fratura por trao. Separar o trilho em B e desalinhar os topos dos trilhos para permitir a livre dilatao. Remover toda a fixao do TLS 1 (ver figura 2) a partir do ponto B para o ponto A. Colocar roletes sob o TLS 1,entre o patim do trilho e a chapa de apoio dos dormentes, a cada 8 a 12 metros. 52 Vibrar o TLS1 e os12m do TCS,em toda extensosobre roletes, com batidas de marro de bronze,de5kgdepeso,deformaavenceroatrito estticonosroletes.Asplacasdeapoio devem estar livres de detritos para garantir o perfeito alivio e posterior apoio do patim do trilho. Retirarosroletescomimediatarecolocaodafixao;casoatemperaturadotrilhoesteja aumentando,aindanafaixadetemperaturaneutra,fixarabarradaAparaB.Casoa temperaturadotrilhoestejadiminuindofixarabarradaBparaaA.Preferencialmenteos grampos novos substitudos devero ser aplicados na zona de respirao. Emambososcasosnazonaderespiraodeverseraplicada100%dafixaoenazona neutra(ZN),afixaopoderseraplicadaem1/3dosdormentes(umsim,doisno)na primeira fase do processo, visando adiantar demais tarefas. No final da tarefa a fixao dever estarcompleta.Sea linha fordotadade fixaorgida,compregos/tirefondseretensores,a aplicao da fixao deve ser completa.Efetuarocortedotrilho,considerandoafolgaentreostopospreconizadapelofabricanteda solda, e a soldagem no ponto B. Caso a temperatura esteja em declnio a solda de fechamento podersersubstitudaporjuntametlicacomfolgade3mmoudeverserinstaladotensor hidrulico para garantir que no ocorra contrao do trilho at a concluso da solda, evitando-se com isto sua fratura por trao. O tensor poder ser retirado aps transcorridos 20minutos da soldagem. 2.9.8.MTODODABARRANICAEABAIXODAFAIXADE TEMPERATURA NEUTRA OmtodousadoparatemperaturasinferioresaFTNesuperioresa+10 oCconsistena execuomecnica(artificial)deumalongamentoALque o trilho atingiriapor dilatao normalseatemperaturavariassedeTparaTNR,sendoT=temperaturadotrilhonomomentode submet-lo ao alongamento por trao e TNR a temperatura neutra de referncia. O equipamento utilizado para executar o alongamento deve ser um tracionador hidrulico de no mnimo60toneladas,equipadocommordentesadequadosparaatuarnaalmadotrilhosem causar danos ao material. 53 Figura 53 - Detalhamento do mtodo da barra nica abaixo faixa de temperatura neutra Afiguraacimadetalhaoprocessocomaoperaoexecutadanosentidodadireitaparaa esquerda. ExecutarasoldaemA,queiruniroTCS(trilhocontnuosoldadojaliviado)aoTLS(trilho longo soldado sem alivio). Nesta operao a regio da solda deve estar fixada para no ocorrer movimentos indesejveis durante a operao. Aps3 a 4 minutos da execuo da corrida da solda, a fixao deveser retirada ou afrouxada em 12 m para cadalado da solda, de maneira a permitir a contrao trmica da mesmasem risco de fratura por trao. Manter o pontoB, oposto ao TCSdesalinhado para permitir a livre dilatao dos trilhos. Aps 20minutos da corridadasolda retirara fixao doTLS doponto B at A, levantandoo TLS e colocando-o sobre roletes distribudos em intervalos de 8 a12 metros.Vibrartodootrilho,deAopontoB,pormeiodegolpesdemarrodebronzeparaqueseja vencido o atrito esttico nos roletes e se complete a expanso natural da barra. Calcularoalongamentoqueabarradeveralcanarportraopelamultiplicaode0,0115 pelocomprimentototaldabarrasemfixao(solta)epeladiferenaentreaTNReaquela medida no trilho (T) no momento do alvio. ou seja = A=A = AC) ( T(m) L(mm) T x L x 0,0115 L 54 Figura 54 Esquema de corte do trilho durante solda Cortar o trilho em B de acordo com a frmula: Onde: C - comprimento do trilho a ser cortado AL - alongamento referente ao comprimento da barra de TLS F - folga necessria para execuo da solda de acordo com o fabricante 3 mm - contrao da solda. Montar o tracionador hidrulico na extremidade do TLS , traar marcas de referncia a partir de A no sentido de B em intervalos iguais e em nmero que permita fcil diviso. NocasodeTLScom216 mdecomprimento,seromarcados,porexemplo,6intervalosde 36 mcada.EstasmarcasserotraadascompontasdeaonopatimdoTLSeombrodas chapas de apoio dos dormentes de madeira ou ombreiras dos dormentes de concreto / ao ou emrefernciaaestacas.Estasmarcasserofeitasconformeabaixo,considerandocomo exemplo temperatura neutra de referencia TNR igual a 39oC: C =L + F - 3 (mm) 55 m6 Ln L3 L2 m3 m2 L1 m1 m036 m 36 mJB36 m 36 m 36 m 36 mREF. 6 REF. 5 REF. 4 REF. 3 REF. 2 REF. 1 REF. 0 L1 = Ln6 L6 = Ln L2 = Ln6x2Ex.:L1 =10,3 mm =662L2 x 2 = 20,6 mm =662L6 x 6 = 62 mm =662EntoJATRILHO LONGO SOLDADOL =216 mT = 14oC L =62 mm Sentido de evoluo dos servios Figura 55 Trilho longo soldado Para facilidade de identificao do ponto de referncia Ref 0, o dormente a ele correspondente ser marcado a tinta em sua extremidade e as marcas de referncias feitas puno no patim e no ombro da chapa de apoio ou ombreira dos dormentes.Tracionar o TLS, atravs do tracionador hidrulico at que se alcance o AL calculado, deixando a folga preconizada pelo processo desoldagem em e verificando se as marcas m1, m2, etc referidas coincidem com os pontos de referncia respectivas Ref. 1, Ref. 2, etc. Caso contrario vibrar novamente a barra sobre roletes. Duranteoestiramentodabarra,estaservibradapormeiodebatidasdemarrodebronze para que se tenha alongamento proporcional do TLS ao longo do seu comprimento. AlcanadooALadequado,osroletesseroremovidoseafixaorecolocadaapartirdeB para A. ExecutarasoldagemaluminotrmicaemBmantendootracionadoratuandodurantetodaa operao.Retirarotracionador20minutosapsacorridadasolda.Retirarafixaonuma extensode12mparacadaladodasolda,reaplicandoemseguidaparaaliviartenses residuais. 56 2.9.9.MTODO DA MEIA BARRA NA FAIXA DE TEMPERATURA NEUTRA COM ATT A EITO Figura 56 Detalhamento do mtodo da meia barra na faixa de temperatura neutra com ATT a eito Afiguraacimadetalhaoprocessocomaoperaoexecutadanosentidodadireitaparaa esquerda. Separar os trilhos no ponto b que liga as duas barras (TLS 1 e TLS 2) que sofrero ATT. DesencontrarasextremidadesdasbarrasemBparapermitirocaminhamentodas extremidades dos trilhos. Soltar a fixao das duas semi-barras no entorno de B (B ->A e B ->C).Colocar os roletes nas duas semi-barras, de B para ambos os lados (de B p/ A e B p/ C). Vibrar os trilhos sobre roletes com batidas de marro debronze. CortarasextremidadesdasbarrasjuntoB,deformaagarantirfolgadeacordocoma exignciadoprocessodesoldaaserusado;ocortepoderserexecutadoemapenasuma semi-barra. 57 Retirarosroletescomimediatarecolocaode100%dafixao.Quandoatemperaturado trilho estiver aumentando, ainda na faixa de temperatura neutra, aplicara fixaoa partirdas semibarrasnosentidodopontodefechamentodoATT.Casoatemperaturadotrilhoesteja diminuindoaplicarafixaoapartirdopontodefechamentodoATTnosentidodassemi-barrasEfetuarasoldagemnopontodefechamentodeATT(pontob).Casoatemperatura esteja em declnio a solda defechamentopoder sersubstitudapor junta metlica com folga de3mmoudeverserinstaladotensorhidrulicoparagarantirquenoocorracontraodo trilhoataconclusodasolda,evitando-secomistosuafraturaportrao.Otensorpoder ser retirado transcorridos 20minutos da soldagem. 2.9.10.MTODODAMEIABARRAEABAIXODAFAIXADE TEMPERATURA NEUTRA COM ATT A EITO OmtodousadoparatemperaturasinferioresaFTNesuperioresa+10oCconsistena execuomecnica(artificial)deumalongamentoALqueseriaatingidopordilataonormalseatemperaturavariassedeTparaTNR,sendoT=temperaturadotrilhonomomentode submet-lo ao alongamento por trao e TNR a temperatura neutra de referncia. O equipamento utilizado para executar o alongamento deve ser um tracionador hidrulico de no mnimo60toneladas,equipadocommordentesadequadosparaatuarnaalmadotrilhosem causar danos ao material. A figura 4 detalha o processo com a operao executada no sentido da direita para a esquerda. Separar os trilhos no ponto b que liga as duas barras (TLS 1 e TLS 2) que sofrero ATT. Desencontrarasextremidadesdassemi-barrasemBparapermitirocaminhamentodas extremidades dos trilhos. Soltar a fixao das duas semi-barras em torno de B (B ->A e B ->C).Colocar os roletes nas duas semi-barras, de B para ambos os lados (de B p/ A e B p/ C). Vibrar os trilhos sobre roletes com batidas de marro debronze. Calcularoalongamento(L)queassemi-barrasdeveroalcanarportrao,conforme formula abaixo onde: ou seja = A=A = AC) ( T(m) L(mm) T x L x 0,0115 L Onde: L - tamanho da barra a ser aliviada (distncia entre o ponto A e B da figura) T A - (TNR T), sendo TNR a temperatura neutra de referncia do trecho e T a temperatura do trilho no momento do tracionamento Figura 57 Detalhamento do mtodo da meia barra abaixo da faixa de temperatura neutra com ATT a eito 58 Paradeterminarafolgafinalentreassemi-barrasadequadapararealizaodoATTeda soldagem aluminotrmica, utiliza-se a frmula abaixo: Onde: FT - folga total necessria para soldagem aluminotrmica AL - alongamento referente ao comprimento da barra de TLS F - folga necessria para execuo da solda de acordo com o fabricante 3 mm - contrao da solda. Caso no exista o transpasse das semi-ibarras, tal como ilustrado na figura 5, e a folga gerada entre as semi-barras antes do tracionamento for maior que o valor calculado para FT, haver a necessidadedesesoldarumsegmentodetrilhode6metrosemqualquerdassemi-barras. Posteriormentedeverefetuarumcortede formaapermitiruma folgaentreasextremidades dassemi-barrasnovalorcorrespondentedeFT.J,seafolgageradaentreassemi-barras antesdotracionamentoformenorqueovalorcalculadoparaFT,efetuarumcorte correspondentediferenaentreFTeafolgaexistente,demodoqueovalorresidualseja igual a FT. Instalar o tracionador hidrulico nas duas semi-barras. Efetuar a marcao para verificar o alongamento proporcional dos trilhos conforme mtodo da barra inteira fora da faixa de temperatura neutra. Tracionar at que a folga entre os trilhos, na regio de soldagem, alcance o valor previsto pelo fabricante da solda.Durantetodooprocessodeexpansodassemi-barraexecuta-seavibraocombatidasde marro de bronze, verificando se as duas semi-barra expandiram no valores calculados de AL proporcionais a cada uma. Retirar os roletes a partir de A e B no sentido de F, aplicando 100% da fixao imediatamente.Executarasoldagemaluminotrmicamantendootracionadoratuandodurantetodaa operao. Somenteretirarotracionador20minutosapsacorridadasolda.Retirarafixaonuma extensode12mparacadaladodasolda,reaplicandoemseguidaparaaliviartenses residuais. 2.9.11.ALVIO DE TENSES EM TNEIS Emlinhassinalizadas,oATTemtneisserexecutadoporqualquerumdosprocessos artificiais. Para alivio de trilhos nas entradas de tneiso clculo doL de estiramento dever considerar a extenso de barra externa ao tnel acrescida de mais 10 m para o seu interior, de forma a compensar a zona de influncia trmica que se estende para dentro dele. A extenso delinhanointeriordo tnel (menos10 memcadaumdoslados)seraliviadaporbatidade marrodebronzeetracionadasemrelaoaumaTNRqueestarfixadaa5 Cacimada temperaturamdiadostrilhosnointeriordotnel.Isto,nosentidode foraraseparaodos trilhos em casos de rupturas de maneiras a fazer com que a fratura seja detectada pelo sistema de sinalizao. Em linhas no sinalizadas ser adotado o mesmo critrio anterior no que se refere extenso externaaotnelmais10mparaoseuinterior.Aextensorestante,internaaotnel,ser submetidaaATTconsiderandoatemperaturamdianointeriordotnelcomoTemperatura Neutra e adotado o processo natural de ATT. 2.9.12.ALIVIO DE TENSES EM PONTES 2.9.12.1.PONTES COM LASTRO O procedimento de instalao do TCS idntico ao adotado para a linha corrida. FT =L + F - 3 (mm) 59 2.9.12.2.PONTES SEM LASTRO (OPEN DECK BRIDGES) ESTRUTURA DA LINHA SOLIDRIA PONTE Hnecessidadedeadoodejuntasdeexpansoparaevitartransmissodeesforosda ponte para a linha e da linha para a ponte. Oalviopoderseexecutadodemaneiraidnticaaodalinhacorrida,fechandonopontode instalaodasjuntasdeexpansoqueseroinstaladasdentrodaFTNedevidamente gabaritadas. 2.9.12.3.PONTES SEM LASTRO ESTRUTURA DA LINHA NO SOLIDRIA PONTE O alvio poder se executado de maneira idntica ao utilizado na linha.Ser imprescindvel o usode chapasde apoio de forma tal queo contratrilho receba fixao elstica. Isto visa impedir a livre dilatao / contrao do trilho da via em caso de fraturas. Os parafusos de fixaovertical e lateral da grade da linha no tocaro a longarina de forma que a grade da linha e ponte resultem em unidades independentes (no sejam solidrias). 2 mm a 5 mm2xx Figura 58 Independncia entre a grade da linha e ponte OATTseestendera120malmdascabaceirasdaspontes.Seaproximidadecomoutra pontedetabuleiroabertoimplicarqueestaextensoatinjaaregiodeinflunciadestaoutra ponte, o alvio se estender a 120 m alm da outra cabeceira. OATTempontesdetabuleiroabertodeveserefetuado,preferencialmente,naFTNeem acordo com as normas do ATT; devido a dificuldade de tracionar as barras sobre as pontes de tabuleiro aberto. 2.9.13.SERVIOS DE REPARAO PONTUAIS EM LINHAS COM TCS Casosejamnecessriosservioscomoretiradadedefeitosdetrilhos,substituioou instalaodejuntas,reparaodefraturas,substituiodemeiachave,trilhosdeligao, substituio de jacars, em linhas com TCS devero ser observados: 1.Temperatura de trilho na faixa neutra: a.NestecasonosernecessrioefetuaroATTnaszonasderespirao adjacentes ao ponto de fechamento do TCS, desde que no existam vestgios de tenses nos trilhos; neste caso dever ser efetuado ATT em todo o TCS. 2.Temperatura de trilho fora da faixa neutra: a.NestecasodeverserefetuadooATTnaszonasderespirao(ZR) adjacentes ao ponto de fechamento do TCS, pelo mtodo da meia barra. b.Caso a temperatura do trilho esteja acima do limite superior da faixa neutra no so recomendadosexecutar servios em linhas com TCS; em casos emqueos mesmos tornem-se imprescindveis ser obrigatrio efetuar o ATT posteriormente. 60 2.9.14.RECOMENDAES GERAIS PARA ALIVIO DE TENSO AextensomnimaaseraliviadanaextremidadedeumTLSemservioderecuperaode juntas,fraturadetrilho,substituiodemeiachave,etc,deveserdeumaZR(zonade respirao). Utilizar mtodo da meia barra. AextensomximadeumTLSaseraliviadofunodasdificuldadesimpostaspela geometria da linha e pela resistncia ao deslocamento do trilho (sistema de roletes usados). So normalmente adotadas as extenses: oTangentes extenses no mximo de 900m oCurvas de grandes raios extenses no mximo de 600 m oCurvas de pequeno raio- extenses no mximo de 216 metros Caso o segmento a ser aliviado seja composto por vrios e pequenos pedaos de trilho (vrias juntas ou fraturas prximas) obrigatrio efetuar a soldagem dos pedaos, formando um nico segmento maior, ou a substituio por TLS no segmento para somente depois ser executado o A.T.T. O A.T.T. quando executado a eito deve ser realizadosimultaneamente (na mesma jornada de trabalho) nas duas fiadas de trilhos (direito e esquerdo). Deve ser removida qualquer sujeira que possa impedir o livre rolamento da barra. Nocasodecurvasseroutilizadosroleteslateraisespeciais,paraimpedirotombamentodo trilho. Osserviosdenivelamentoealinhamentoestoclassificadosentreostrabalhosquemais desconsolidamaviaeseroexecutados,somentequandioforpossvelobedecerafaixade temperatura neutra de cada trecho. Caso os servios no se realizem na faixa de temperatura neutra o trecho em questo ser considerado sem alvio de tenso.Quandoaamplitudedascorreesdoalinhamentoforeminferioresa20mmoude nivelamento inferiores a 40mm, as operaes de alinhamento sero realizadas aps ou durante onivelamento.Oalviotrmicotorna-sedispensvel,desdequeolastrodoombroseja imediatamente guarnecido. Se a correo de alinhamento for superior 20 mm ou de nivelamento superior a 40mm, ser consideradocomointervenoquedesestabilizaalinha,mesmonafaixadetemperatura neutra,tornando-senestecasonecessriooperar-sesobaproteodeumalimitaode velocidade de trens de 30 km/h e proceder-se o ATT aps decorrido o perodo de consolidao mnima correspondente a 2 x 105 tons trafegadas. Nostrabalhosdealiviodetensodeverosersubstitudostodososgrampossempresso, sendo que os grampos novos devero ser preferencialmente aplicados na ZR para melhorar o poder de retencionamento.Os dormentes devero estar perpendiculares ao eixo da linha e no espaamento correto.NosATTsemtrilhoslongossoldados(TLS)emquepermanecerojuntasmetlicas,afolga dasmesmassernulanafaixaFTN,ouseja,asbarrasteroqueestartopadasapsalvio. Como vantagens ocorrero menores impactos nas juntas com menor degradao das mesmas bem como menor solicitao s juntas em decorrncia de Tmin. Para calculo da FTN devero ser utilizados os seguintes critrios: Em linhas com TCS: 52min max+=T TFTN Em linhas com TLS: A substituio de grampos a eito poder ser efetuada em qualquer temperatura, desde que: 6 42min max+ +=T TFTN 61 oNa ZN, os grampos podem ser retirados, deixando os dormentes ponteados 1 sim, 5 no. oNa ZR os grampos devem ser substitudos um a um de forma que a fixao sempre fique completa. Nosserviosdesubstituiodedormentesaeito,deverserprevistooATTapsa consolidao da via (2 x 105 tons trafegadas). Nosserviosemquehouverlevanteourebaixamentodalinhacomvaloressuperioresa 100mm dever ser previsto o ATT aps a consolidao da via (2 x 105 tons trafegadas).Osserviosdedesguarnecimentomecanizadopoderserexecutadoemqualquer temperatura, com linha interditada. Aps a correo geomtrica e consolidao mnima da via (2 x 105 tons trafegadas) ser efetuado o ATT. 2.10.SOLDAGEM ALUMINOTRMICA DE TRILHOS Oobjetivodasoldagemaluminotrmicasaeliminaodejuntasmetlicasdelinhascom trilhos curtos para formao de trilhos longos soldados, formao de trilhos contnuos soldados, reparao de fraturasde trilhos,e a manuteno deviaque requer troca de componentes de AMV's, juntas isoladas, etc. Dependendo do fabricante o processodesoldagem aluminotrmica pode apresentar detalhes especficos;portantodevitalimportnciaqueasequipesdesoldagemtenhapleno conhecimentodoprocessoadotadopelamanutenodaferrovia,atravsdetreinamentoe reciclagens peridicas. Osresponsveispelafiscalizaodosserviosdesoldagemeossoldadoresdeveroser certificadospelosfornecedoresdasoldaatravsdetreinamentostericoseprticos,com reciclagens anuais e quando ocorrer qualquer alterao significativa no processo. Ossoldadoresdeveropossuirnafrentedetrabalhoumexemplardomanualdesoldagem aluminotrmica do processo utilizado. 2.10.1.RECOMENDAES TCNICAS 2.10.1.1.FERRAMENTAL E MATERIAIS Oferramental,osmateriaisdeconsumoealgumasrecomendaessoespecificasdecada fabricante;assimdeveroserutilizadosapenasoskitsdeferramentaseosmateriais especficos indicados por cada fabricante da solda; 2.10.1.2.CORTE DOS TRILHOS Ocortedostrilhosparapreparaodasextremidadesaseremsoldadassero obrigatoriamente efetuados com discos de corte ou com mquinas de serrar trilhos. A utilizao de maarico ser permitida apenas nos casos que requerem eliminao de tenses internas de compressodasbarrasaseremtrabalhadas,antesdaremoodasfixaes;estescortes deveroserposteriormenterefeitoscomdiscooumquinadeserrareliminandoazona termicamente afetada (ZTA) pelo corte com maarico; assim devero ser eliminados no mnimo segmentos de trilhos de 2,5 cm para cada lado do corte efetuado com maarico. Oscortesdeveroserperfeitamenteverticais,comuma folgaconstantedotopoaopatimdo trilho;deverserefetuadolimpezacomescovadeaoapsoscorteseliminandopartculas finas e possveis rebarbas originadas no processo decorte. No ser permitido leo ou graxa na regio da montagem das formas. Afolgaentretoposdostrilhosdeverserajustadadeacordocomasrecomendaesdos fabricantes, utilizando calibrador, sendo que normalmente variam entre 22 a 27 mm, exceto nos caso de solda de reparo que requer folgas entre 65 e 71 mm.Folga inferior a recomendada pelo fabricante prejudica o pr-aquecimento de toda a seco do trilhoediminuiaquantidadedeaoqueficanasolda,consequentementereduzindoa quantidade de calor necessrio para fundir o ao do trilho, pois uma parcela do calor gerado pela reao da solda. 62 Folga superior recomendada provoca falta de material no boleto do trilho, podendo ocasionar a perda da solda. A distncia mnima entre duas soldas ou entre uma solda e uma junta dever ser de 4 m. A distncia mnima entre a extremidade do trilho a ser soldado e o primeiro furo dever ser de 120 mm. Caso contrrio eliminar todos os furos e reajustar a folga. Observar os furos quanto presenadeovalizaoetrincas,parafusosdejuntacommarcasdedegolaeseosfuros foram executados com utilizao de maarico, casos em que tambm devero ser eliminados. O ideal que os trilhos na regio das soldas no sejam furados. 2.10.1.3.NIVELAMENTO E ALINHAMENTO DOS TRILHOS Paraoalinhamentoenivelamentodeveroserretiradasasfixaesdepelomenos4 dormentesdecadaladodasoldaparapermitirocorretoalinhamentoenivelamentodas extremidadesaseremsoldadas.Oalinhamentodeverserfeitosemprepeloladodabitola (lado interno do trilho) de modo que a rgua de alinhamento fique em permanente contato com o boleto do trilho neste segmento, mesmo para solda de trilhos em curvas. Dever serverificado oalinhamento na alma e no patim evitandotoro dos trilhos naregio de solda.Osextremosdostrilhosserolevantadosformandoumacontraflechaquesermedidacom gabarito nos extremos de uma rgua especial de 100 cm fornecida pelo fabricante da solda e que dever ser posicionada centrada na junta a ser soldada. A contra flecha necessria para compensararetraodasoldaduranteoseuesfriamento.Considerandoquearetraono boleto superior ado patim afalta de contra flecha vaiocasionar soldas baixas(deformao noplanohorizontal).Deveroserobedecidososvaloresdecontraflechapreconizadopelo fabricante da solda. Osdispositivosutilizadosparamanteroalinhamentoeonivelamentodostrilhossomente poderoserretiradosapsoesfriamentodasolda.Otemponecessrioparaesfriamentoda soldapodevariaremfunodoprocessodesoldagemutilizado.Apartirdoalinhamentoe nivelamentodostrilhosparasoldagemnoserpermitidanenhumaatividadequepossa provocar vibrao dos trilhos, tais como retirar ou aplicar fixaes. 2.10.2.MONTAGEM DE FORMAS E PR-AQUECIMENTO As formas refratrias devero ser ajustadas cuidadosamente ao perfil do trilho, de modo que a folgaentreostoposdostrilhosfiqueperfeitamentecentradaemrelaoaoreceptculoda forma. Formas defeituosas ou trincadas durante o ajuste devero ser rejeitadas. Paraocasodetrilhoscomdiferenadedesgasteverticalasformasdeverosertrabalhadas atoseuperfeitoajusteaostrilhos.Seadiferenadedesgasteverticaldassuperfciesde rolamentoentreostrilhosforsuperiora8mm,deveroserutilizadasformasespeciaisde transio. Para soldagem de trilhos de perfis diferentes devem ser utilizadas formas especiais de transio. A forma dever ser vedada com pasta conforme preconizao do fabricante da solda. O pr-aquecimento dever seriniciado imediatamente apsa vedao das formas para evitar que a umidade da pasta de vedaoseja absorvida pela forma.Pelo mesmomotivo, o tempo necessrioparaavedaodeverseromaiscurtopossvel,logicamentesem comprometimento da qualidade da vedao. Deveroser utilizados os gases indicados pelofabricante da solda e os manmetrosdevero estaremperfeitofuncionamento,atendendoaspressesexigidaspelofabricantedasolda. Todos os dispositivos de segurana do sistema de pr-aquecimento devero estar instalados e em perfeito funcionamento. (inserir equipamentos obrigatrios de segurana para utilizao de maaricos e gases industriais) Omaaricodeverserposicionadonaalturaexigidapelofabricantedasolda,utilizando calibrador,sendoessencialquecadapontodaseodotrilhosejaaquecidodemodo uniforme;asduasextremidadesdostrilhosdevemestaraquecidasaumamesma profundidade.Achamadeverserreguladaparaquenotenhaexcessodeoxignio(chamaoxidante).A chama oxidante provoca incio de fuso no contorno do boleto podendo enganar a respeito do efetivo pr-aquecimento. 63 Deverserobedecidootempodepr-aquecimentoindicadopelofabricantedasoldaem funo do perfil do trilho. 2.10.3.CADINHO Dever ser verificado se o processo de soldagem requer cadinhos descartveis ou longa vida. O cadinho descartvel somente dever ser retirado da sua embalagem imediatamente antes de suautilizaoparaevitarcontaminaoporumidadeedanosestruturais.Cadinhostrincados devero ser rejeitados. Caso o cadinho seja longa vida, devero ser atendidas as recomendaes do fabricante quanto sua preparao anterior a cada soldagem e seu perodo de vida til.O abastecimento do cadinho com a poro de solda deverser feito com cuidado, deixando a porocorrerlentamenteentreosdedos.Nomanusearaporoprximadechamade maarico pois poder ocorrer o acendimento indevido da mesma. 2.10.4.REAO E SANGRIA DO CADINHO Transcorrido o tempo de pr-aquecimento, o fsforo especial fornecidopelo fabricante dever se aceso na chama do prprio maarico utilizado no pr-aquecimento e introduzido no meio da poro.Deverosermantidosfsforosreservaparaeventuaisfalhasnoacendimento.O acendimentodaporocomachamadomaaricoproibido,assimcomoqualqueroutra forma que no seja a exigida pelo fabricante. A sangria da solda ser automtica, com o tempo variando de 25 a 35 segundos. 2.10.5.ACABAMENTO DA SOLDA Na fase desolidificao da soldao trilhono podersofrer nenhumavibrao provocada por retirada, colocao de grampos ou esmerilhamento, mesmo longe do ponto de soldagem, sob riscodeprovocarfraturadasolda,poisamesmanestafaseaindanoatingiuaresistncia desejada.Asformaseescriaseroremovidasimediatamenteantesdarebarbagemdasolda,cujo tempodefinidopelofabricante,evitandomodificaonaestruturadoaoe conseqentemente soldas defeituosas. Rebarbar a solda antes do tempo estabelecido provoca sulcos e dureza excessiva devido ao seu esfriamento brusco. Arebarbagemdasoldadeverserexecutadacomrebarbadorahidrulica.Ousodecorta quentesomenteserpermitidoquandoalminadarebarbadoranotenhaefetuadoo completoguilhotinamentodoexcessodasolda.Emtrilhostermicamentetratados,apsa rebarbagemser necessrio proteger a solda com tampa refrataria protetora de calor durante 20 a 30 minutos, evitando esfriamento rpido. Oesmerilhamentofinalserexecutadojcomasoldafria,emtornode300grausde temperatura,quealcanadaaps25ou30minutosdacorridadasolda.Duranteo esmerilhamentodeveroserconferidasastolernciasdenivelamentolongitudinale alinhamento com rguas de preciso e calibradores ou cunha graduada. A solda, aps o esmerilhamento, atender s seguintes tolerncias: Na superfcie de rolamento: oa1- Mximo de 0,6mm oa2- Mximo de 0,2mm Na Lateral do boleto: ob- 0,3mm 64 Figura 59 Tolerncias da solda aps esmerilhamento 2.10.6.RECOMPOSIO E SOCARIA DA LINHA Apsaexecuodasoldaessencialreposicionarosdormentesqueporventuratenhasido deslocados para execuo da solda, socar os dormentes adjacentes fazendo uso de macaco e soca manual ou vibrador mecnico, recolocar as fixaes, recompor o lastro, recolher todos os resduosgeradospelostrabalhos,acondicionando-osemlocalapropriado.Tambm necessrio realizar a limpeza da solda, livrando-a dos resduos do processo de soldagem. 2.10.7.RECOMENDAES GERAIS Emnenhumahipteseserpermitidoutilizarqualquerquantidadedeporodeoutra embalagem ou qualquer outro artifcio para complementar a solda. Pores abertas, com prazo devalidade expirado, com embalagem rasgada ou com vestgios de umidade devero ser descartadas. Formas trincadas ou com vestgios de umidade devero ser descartadas. Asfrmaseporesdesoldadevemserarmazenadasemlocaissecosearejados,sema presenadeexcessodeumidade.Osmateriaisarmazenadosnodevemestaremcontato direto com as paredes ou o piso do loca l de armazenamento para que se evite a transferncia de umidade s frmas e pores. Emnenhumahipteseserpermitidoefetuarsoldagememtrilhoscujasseestenhamsido preparadas utilizando corte de maarico, ou cuja alma contenha furos executados a maarico. Durantetodooprocessodeversermonitoradaatemperaturadotrilhoutilizando-se termmetroadequadoparaaatividade.Assoldasexecutadasemtrilhoscurtosparaformar TLS (trilho longo soldado) podero ser executadas em qualquer temperatura, porm, as soldas efetuadasparaunirdoisTLSouumTLSjformadoaumTCS(trilhocontnuosoldado) somente podero ser executadas observando as recomendaes de alivio de tenses. Tambm no se deve executar soldagem aluminotrmica sob chuva.Todo o ferramental dever estar de acordo com o que preconiza o fornecedor da solda, no se admitindoaausnciadequalquerumdelesouqueestejamnasfrentesdesoldagemcom defeitosqueprejudiquemasuaplenautilizaoouquevenhamatrazerriscossegurana pessoal dos envolvidos na atividade. proibido descartar as escriase resduos do processo de soldagem ao longo da ferrovia. O descartedeescriasquentesemcontatocomaguacausamexplosesedanosaomeio-ambiente.OsresduosdeveroserdescartadosdeacordocomasnormasdaValesobre gesto de resduos. A escolha do tipo de poro para soldagem de trilhos de espcies diferentes deve considerar o trilho de menor dureza, conforme tabela abaixo. 65 Espcies a Serem SoldadasTipo de Poro Carbono com CarbonoCarbono Carbono com TratadoCarbono Tratado com TratadoTratado Tratado com MicroligadoMicroligado Mircoligado com MicroligadoMicroligado Microligado com CarbonoCarbono Tabela 43 Tipo de poro para sondagem de trilhos de espcie diferentes Parasoldagemdetrilhosdediferentesperfisdeveroserusadasformasespeciaisde transio. Parasoldagemtrilhosdemesmoperfil,pormcomdiferenadealturadevidoadesgaste vertical devero ser utilizadas formas customizadas para cada caso. 2.11.SUBSTITUIO DE TRILHOS 2.11.1.CRITRIOPARACLCULODEQUANTIDADEEMARCAODO TRILHO A SER SUBSTITUDO Paradimensionamentodaextensodetrilhoasersubstitudaemcurvasdeverser considerado umacrscimode no mnimo 30m alm dos pontosnotveis das curvasTE e ET evitandoconcentraodedefeitosdeconcordnciageomtricadevidoadesgastes diferenciados do trilho novo em relao ao trilho que permanecer na linha.Amarcaofsicadospontosdeiniciodedescargadeverserefetuadanaprospecode trilhos para subsidiar o pedido das barras. A extenso detrilhos a ser inserida dever contemplar aeliminao de defeitos de pontados trilhos que ficaro na linha bem como defeitos superficiais, defeitos identificados por ultra-som, soldas defeituosas ou emendas com trilhos curtos. 2.11.2.DESCARGA DE TLS Na FCA e EFVMa descarga deTLSser efetuada de formaque o mesmo fique posicionado no ombro da brita, ou na plataforma.NaEFCosTLSserodescarregadosentreostrilhosdavia,comafixaodaspontasdas barras aos dormentes impedindo eventuais deslocamentos.Em linha com dormente de ao,em local com Detector de Descarrilamento, ou na Regio de AMV,proibidaadescargadotrilhodentrodalinha.Emlinhacomdormentedeaoe sinalizada proibido descarregar ou permanecer com trilhos na cabea dos dormentes. proibido Carregar, Descarregar, Transportar ou QuadrarTLS quando na passagem detrem na linha adjacente. Nenhumempregadodevesubirnolastrodetrilhoquandoomesmoestiveremprocessode carga e descarga. expressamente proibido colocar as mos sobre os trilhos instalados na estrutura montada no tremdetrilho,utilizadoparadeslocamentodoequipamentodecargaedescarga(riscode amputao das mos, devido movimentao do equipamento CD). A presena de empregados sobreotremdetrilhospoderocorrerapsautorizaodooperadordoequipamento. proibida a descargade trilhos quando houverfalta de comunicaoentre o operador do trem, operador do equipamento e o lder da descarga.Umapessoadaequipedeveserdisponibilizadaparadesamarrarasbarrasdocabeotede fixao As calhas devemser posicionadas no rolo-guia paraevitar queda brusca daponta da barranofinaldadescarga.ComoTLSdesamarrado,deve-sefech