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MANUAL IF 2015 - bhfazcultura.pbh.gov.br · O que é o Incentivo Fiscal ... mediante renúncia fiscal do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza ... de repasses permitido é de

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Prefeitura de Belo Horizonte | Fundação Muncipal de Cultura

Parabenizamos-lhe pela aprovação do seu projeto no Edital 2015 da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte (LMIC). Foi confirmada a inscrição de 1.307 projetos dos quais 1.070 foram habilitados para a avaliação técnica e, dentre esses, o seu projeto foi selecionado.

O Edital 2015 investirá cerca de 11,5 milhões na cultura da capital. Essa é a resposta da Fundação Municipal de Cultura e da PBH a uma nova política cultural, voltada para a descentralização e valorização da diversidade cultural da cidade de Belo Horizonte. A tendência é crescer ainda mais para criarmos uma rede forte de produtores culturais, fomentando a economia criativa e fortalecendo as artes e o patrimônio como fatores de coesão identitária e de desenvolvimento social.

Este Manual irá orientá-lo quanto aos procedimentos para a correta utilização do recurso, bem como à plena execução do projeto, cumprindo-se as determinações legais previstas na Lei 6.498/1993, no Decreto 15.889/2015 e no Edital 2015. A observância dessas normas é imprescindível para que você obtenha a aprovação da prestação de contas do seu projeto.

Desejamos-lhe sucesso. Certamente, seu projeto será apreciado pelos belo-horizontinos, que verão a cultura da cidade preservada em arte, inspirada pelo talento e qualidade característicos do artista mineiro.

Leônidas José OliveiraPresidente da Fundação Municipal de Cultura

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Manual de Gestão de Projetos Culturais | Incentivo Fiscal - Edital 2015

I INFORMAÇÕES GERAISEste Manual de Gestão de Projetos Culturais contém orientações gerais extraídas da Lei 6.498/1993, do Decreto 15.889/2015 e do Edital 2015 para Apresentação de Projetos Culturais. Ele estabelece normas referentes à execução do projeto e regulamenta o processo de prestação de contas.

1.1. Mecanismos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura - LMICOs projetos culturais são beneficiados pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte (LMIC) por meio dos seguintes mecanismos:I - Fundo de Projetos Culturais - FPC; II - Incentivo Fiscal - IF.

Os recursos destinados ao Fundo de Projetos Culturais serão limitados a até 1,8% da receita proveniente do ISSQN apurado no exercício anterior, e os destinados ao Incentivo Fiscal serão limitados a até 1,2% da receita proveniente do ISSQN apurado no exercício anterior. (Decreto 15.889/2015 - Art. 2º)

1.2. Divisão de Gestão da Lei Municipal de Incentivo à Cultura - DVGIC A gestão da LMIC é feita pela Divisão de Gestão da Lei Municipal de Incentivo à Cultura (DVGIC), vinculada ao Departamento de Fomento e Incentivo à Cultura, ambos subordinados à Diretoria de Ação Cultural da Fundação Municipal de Cultura.

Quaisquer informações sobre projetos culturais beneficiados pela LMIC serão obtidas exclusivamente no portal www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic.

1.3. Comissão Municipal de Incentivo à Cultura - CMICIntegra também a estrutura da Lei Municipal de Incentivo à Cultura a CMIC (Comissão Municipal de Incentivo à Cultura) prevista na Lei 6.498/1993 e regulamentada pelo Decreto 15.889/2015. Essa comissão é composta por 6 membros de comprovada idoneidade, sendo 3 da administração municipal e 3 representantes do setor cultural, de reconhecida notoriedade, com seus respectivos suplentes, eleitos em assembleia convocada pela FMC.

As principais atribuições da CMIC são: selecionar os projetos a ser beneficiados, aprovar e definir os recursos destinados aos projetos, acompanhar a execução, deliberar sobre demandas referentes aos projetos culturais em andamento e emitir o Certificado de Auditoria, quando da finalização destes.

Para shows, espetáculos e apresentações de projetos incentivados é obrigatório

ÍNDICE

I. INFORMAÇÕES GERAIS 1.1 Mecanismos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura - LMIC 1.2 Divisão de Gestão da Lei Municipal de Incentivo à Cultura - DVGIC 1.3 Comissão Municipal de Incentivo à Cultura - CMIC 1.4 Empreendedores aptos a executar projetos

II. CONCESSÃO DO INCENTIVO FISCAL 2.1 O que é o Incentivo Fiscal 2.2 Procedimento para efetivação do Incentivo Fiscal 2.2.1 Captador 2.2.2 Prazo para captação 2.2.3 Requisição e documentos 2.2.4 Termo de Compromisso 2.3 Transferência dos recursos para a conta do projeto

III. GESTÃO DOS PROJETOS CULTURAIS 3.1 Cronograma de Execução 3.1.1 Solicitação de alteração de cronograma 3.1.2 Sanções no caso de descumprimento do prazo 3.2 Acompanhamento e Avaliação do Projeto 3.2.1 Execução das atividades e atualização cadastral 3.2.2 Alterações artístico-culturais 3.3 Informações relativas à movimentação financeira 3.4 Readequação Orçamentária 3.5 Publicidade e Veiculação da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – LMIC 3.6 Contrapartida Sociocultural

IV. PRESTAÇÃO DE CONTAS 4.1 Prazos 4.1.1 Prestação de Contas Parcial 4.1.2 Prestação de Contas Final 4.2 Entrega 4.2.1 Entrega presencial 4.2.2 Entrega on-line 4.3 Formato 4.3.1 Entrega presencial 4.3.2 Entrega on-line 4.4 Elaboração 4.4.1 Procedimentos básicos e documentos comprobatórios 4.4.2 Retenções e Recolhimentos de Impostos e Contribuições 4.4.3 Formulários para Prestação de Contas Parcial 4.4.4 Formulários para Prestação de Contas Final 4.5 Aprovação e Homologação da Prestação de Contas

V. ANEXO I – LEGISLAÇÃO 5.1 Lei 6.498/1993 5.2 Decreto 15.889/2015 5.3 Edital para Apresentação de Projetos Culturais 2015 5.4 Instrução Normativa FMC 001/2014 5.5 Instrução Normativa FMC 004/2016 5.6 Lei 11.010/2016 5.7 Decreto 16.514/2016

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Prefeitura de Belo Horizonte | Fundação Muncipal de Cultura Manual de Gestão de Projetos Culturais | Incentivo Fiscal - Edital 2015

o envio de convites para o acesso dos membros da CMIC e do Comitê de Acompanhamento dos Projetos Culturais responsáveis pela avaliação dos projetos. (Decreto 15.889/2015 - art. 37, §5º).

1.4. Empreendedores aptos a executar projetosOs empreendedores de projetos aprovados na LMIC deverão respeitar a vedação estabelecida no Art. 7º e Art. 9º do Edital 2015.

É vedada a utilização do incentivo fiscal nos projetos em que sejam beneficiários os próprios incentivadores, seus sócios ou titulares e suas coligadas ou controladas, cônjuges, parentes ascendentes, descendentes, colaterais ou afins em primeiro. (Lei 6.498/1993 - Art. 10)

II – CONCESSÃO DO INCENTIVO FISCAL2.1. O que é o Incentivo FiscalPatrocínio cultural é a transferência de recursos para a realização de projeto aprovado pela LMIC, mediante renúncia fiscal do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza – ISSQN. (Art. 1º, Decreto 15.889/2015).

O contribuinte do ISSQN que patrocina projeto cultural tem a dedução na sua guia mensal do valor repassado para o projeto, e poderá ter a divulgação da sua marca em ações culturais realizadas em Belo Horizonte.

O valor a ser deduzido e repassado mensalmente pelo incentivador será de até 20% da média dos 3 menores recolhimentos de ISSQN dos últimos 12 meses. O número de repasses permitido é de até 12 parcelas.

2.2. Procedimento para efetivação do Incentivo Fiscal2.2.1. CaptadorO empreendedor poderá ser assessorado por captador, caso tenha feito a previsão dessa despesa na planilha orçamentária apresentada no projeto. O valor do pagamento de serviços de elaboração e captação não poderá ultrapassar 10% (dez por cento) do valor aprovado do projeto. Nos casos em que não houver captação integral, o limite para remuneração do captador será de até 10% do valor efetivamente captado.

O empreendedor é responsável pelo processo de captação; mesmo que outorgue essa obrigação ao captador, deverá acompanhar a tramitação do incentivo fiscal.

2.2.2. Prazo para captaçãoO prazo que o empreendedor possui para captar recursos junto a empresas incentivadoras é de 10 meses contados da homologação do resultado do edital. Assim, a validade do Certificado de Enquadramento do Incentivo Fiscal será até 17/08/2017, portanto, esse é o prazo de captação do projeto.

2.2.3. Requisição e documentosPara efetivação do incentivo fiscal é necessário preencher o requerimento on-line (um requerimento para cada empresa incentivadora – CNPJ) no portal www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic, e anexar os arquivos contendo a seguinte documentação (escaneada):

a) Cópia do Certificado de Enquadramento emitido pela Comissão Municipal de Incentivo à Cultura;

b) Certidão de Quitação Plena (CND) Municipal, Estadual, Federal e Trabalhista, se empreendedor pessoa física. Se o empreendedor for pessoa jurídica, deverá ser anexado o SUCAF.

c) Certidão de Quitação Plena Municipal (CND) da empresa incentivadora, disponível no site http://cndonline.siatu.pbh.gov.br/CNDOnline/.

d) Cópia do comprovante de inscrição e situação cadastral no CNPJ da empresa incentivadora;

e) Cópia do contrato social registrado ou qualquer documento que identifique o representante legal da empresa incentivadora;

f) Guias de recolhimento do ISSQN quitadas junto ao Município de Belo Horizonte nos últimos 12 meses, relativas aos serviços prestados pela empresa incentivadora e/ou prova de recolhimento do ISSQN devido ao Município que tiver sido retido na fonte, por meio de comprovantes e guias de recolhimento fornecidos pelo tomador dos serviços por ele prestados. Nos casos de retenção na fonte, é obrigatória a apresentação das guias quitadas pelo tomador de serviços com a devida descrição individual de cada nota fiscal.

g) Declaração de Não Parentesco, devidamente assinada pelo empreendedor, com firma reconhecida, em que comprova não possuir com o incentivador relação de matrimônio ou união estável, nem parentesco em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive (modelo disponível no portal www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic).

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h) Termo de Acordo de Contrapartida assinado (solicitação no portal www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic).i) Readequação orçamentária, no caso do valor aprovado ser inferior ao solicitado, observando o estabelecido no parecer de análise da CMIC; j) Cronograma físico financeiro atualizado, considerando o prazo para o primeiro repasse de, no mínimo, 60 (sessenta) dias, contados do recebimento, pela FMC, do requerimento on-line com toda a documentação exigida.

Não será efetivado o incentivo fiscal nos casos de requerimento com documentação incompleta.

Para calcular o valor do potencial do incentivo, isto é, o valor máximo do imposto que poderá ser deduzido mensalmente e repassado ao projeto, deverão ser observados:

1. Identificar, em cada guia, o valor do ISS simples. É possível visualizar esse valor de duas maneiras: a) ISS simples = ISSQN apurado – compensação – Incentivo cultural => 100.000,00 – 1.000,00 – 5.000,00 = R$94.000,00 oub) ISS simples = Total – Taxa de Expediente – Juros – Multa => 94.002,30 – 2,30 = R$94.000,00.Nota-se que o valor do ISS simples, nessa guia, corresponde a R$94.000,00.

2. As guias válidas são as de ISSQN próprio, dos 12 últimos meses. Assim, a guia mais recente a ser apresentada será a do mês anterior ao do requerimento. No exemplo, caso o requerimento ocorra em dezembro de 2016, a última (ou mais recente) guia considerada será a com vencimento em novembro de 2016. Caso haja mais de uma guia, referente à mesma inscrição municipal e mesmo mês, o ISS simples desse mês equivalerá à soma das duas guias.

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MÊS REFERÊNCIA/ANO IMPOSTO SIMPLES (VALOR DO TRIBUTO) 12º – 12/2016 94.000,00 11º – 11/2016 53.399,68 10º – 10/2016 48.379,90 9º – 09/2016 49.504,03 8º – 08/2016 51.633,88 7º – 07/2016 59.982,38 6º – 06/2016 46.469,79 5º – 05/2016 48.852,14 4º – 04/2016 50.214,05 3º – 03/2016 50.065,14 2º – 02/2016 51.719,01 1º – 01/2016 47.948,63

3. Calcular o potencial de incentivo:a) Identificar, dentre os 12 valores de ISS simples, os três menores valores=> 48.379,90, 46.469,79 e 47.948,63b) Calcular a média desses 3 valores=> (48.379,90 +46.469,79 + 47.948,63) / 3 = 47.599,44c) Calcular 20% da média desses 3 valores=> 47.599,44 X 20% = 9.519,88

Nesse exemplo, o potencial de incentivo corresponde a R$9.519,88. Esse é o potencial mensal, podendo o incentivador efetuar até 12 parcelas para o incentivo.

2.2.4. Termo de CompromissoNo décimo dia útil após o envio do requerimento on-line com a documentação completa, o empreendedor deverá comparecer na sede da FMC, retirar o Termo de Compromisso que deverá ser assinado pelo empreendedor e pelo incentivador, exigindo-se para o incentivador a assinatura com firma reconhecida em cartório. O empreendedor deverá entregar a seguinte documentação:

a) Cópia da Ficha de Inscrição Municipal (FIC), obtida através do cadastramento no BHRESOLVE, situado na Rua dos Caetés, 342, Centro (a descrição da CBO – Classificação Brasileira de Ocupações, constante na FIC, deverá está diretamente relacionada à função que será exercida no projeto). A FIC é exigida apenas do empreendedor pessoa física.

O empreendedor deverá entregar as vias do Termo de Compromisso, assinadas por ele e pelo incentivador, com firma reconhecida em cartório, em até dez dias antes da data prevista para o repasse da primeira parcela.

O empreendedor deverá buscar as duas vias do Termo de Compromisso e do Certificado de Incentivo Fiscal, assinados, respectivamente, pela FMC e Secretaria Municipal de Finanças, três dias úteis antes da data do 1º repasse. Uma via deverá ser entregue à empresa incentivadora e a outra via pertence ao empreendedor.

O descumprimento do disposto neste item 2.2.4 poderá acarretar o cancelamento do Termo de Compromisso. Nesse caso, o empreendedor deverá encaminhar novo requerimento, observados os procedimentos e os prazos estabelecidos neste Manual.

2.3. Transferência dos recursos para a conta do projetoA concessão do benefício fiscal é formalizada com a emissão e assinatura do Termo de Compromisso e do Certificado de Incentivo Fiscal, que contém autorização para a dedução mensal na guia de ISSQN conforme os valores e prazos estipulados para os repasses.

O início do repasse será de, no mínimo, 60 dias contados da data do protocolo do requerimento com a documentação completa (Art. 10, § 3º Decreto 15.889/2015) e deverá ser cumprido o cronograma de desembolso financeiro neles estabelecido.

A transferência dos valores deverá ser efetuada por meio de cheque bancário nominal ou transferência eletrônica, em conta bancária específica, em nome do empreendedor, vinculada exclusivamente ao projeto cultural, informada no requerimento.

Os comprovantes dos depósitos efetuados na conta do projeto devem ser arquivados pelo incentivador e juntamente com o Certificado de Incentivo Fiscal ser apresentado ao fisco sempre que solicitado.

O empreendedor deverá comunicar à DVGIC/FMC qualquer alteração ou descumprimento do Termo de Compromisso e do Certificado de Incentivo Fiscal.

Em caso de descumprimento do incentivador em relação aos repasses, serão aplicadas as medidas previstas no Art. 11 do Decreto 15.889/2015. Nesse caso, ele poderá ser excluído do incentivo de qualquer projeto cultural pelo prazo de 3 anos.

A concessão do benefício financeiro para os projetos aprovados configura mera expectativa de direito, podendo a Administração, de forma motivada, cancelar os repasses a qualquer momento.

Os casos omissos serão decididos pela CMIC.

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III. GESTÃO DOS PROJETOS CULTURAIS

3.1. Cronograma de ExecuçãoO empreendedor terá 10 meses, contados da data de emissão do Certificado de Enquadramento, para formalizar o processo de captação de recursos de seu projeto, ou seja, até 17/08/2017.

O cronograma de execução do projeto será de 24 meses, contados a partir da data de publicação do resultado no DOM, ou seja, até o dia 17/10/2018, sendo, em regra, vedada sua prorrogação. A execução completa do projeto inclui a captação de recursos, realização do projeto, prestação de contas parcial, prestação de contas final e cumprimento da contrapartida sociocultural.

3.1.1. Solicitação de alteração do cronogramaA proposta de alteração no cronograma do projeto deverá ser encaminhada previamente à DVGIC, no portal www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic, observado o prazo de 24 meses, contados da homologação do resultado. O empreendedor deverá aguardar o deferimento do pedido antes de executar a alteração.

Excepcionalmente, a Comissão Municipal de Incentivo à Cultura poderá deliberar acerca de prorrogação do prazo de execução, mediante petição devidamente fundamentada e acompanhada de provas, encaminhada até a data limite de 17/10/2018, no portal de atendimento www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic.

O prazo estimado de análise pela CMIC é de 30 (trinta) dias, contados da data do recebimento da documentação completa exigida pela FMC, podendo ser prorrogado.

Verificada a disponibilidade orçamentária, a manifestação favorável da Advocacia Pública da Fundação Municipal de Cultura e a deliberação favorável da CMIC relativa à petição, o prazo de execução poderá ser prorrogado, nos termos do Decreto nº 15.889/2015, com a emissão de Termo Aditivo ao Termo de Compromisso original, que poderá ser firmado uma única vez.

3.1.2. Sanções no caso de descumprimento do prazoO empreendedor que não cumprir, no prazo de 24 meses, todas as etapas do projeto e as obrigações dispostas no Termo de Compromisso, ou tiver as contas reprovadas ou protocoladas intempestivamente, estará sujeito às sanções previstas na Lei Municipal de Incentivo à Cultura, à inscrição do crédito devidamente constituído na Dívida Ativa do Município e, se verificados os pressupostos, à instauração de Tomada de Contas Especial.

No caso de aplicação de sanção ao empreendedor, será previamente expedida Notificação informando-lhe sobre o valor do dano e o prazo para impugnação, assegurando-lhe a ampla defesa e o contraditório.

A notificação poderá ser enviada pelos correios, com aviso de recebimento, ou outra forma que assegure a ciência do empreendedor, como correspondência eletrônica, edital ou publicação no Diário Oficial do Município.

3.2. Acompanhamento e Avaliação do Projeto3.2.1. Execução das atividades e atualização cadastral

O acompanhamento e a avaliação dos projetos são monitorados pelo Formulário de Acompanhamento e Avaliação de Projetos Culturais, disponível no endereço eletrônico www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic, no qual o empreendedor presta informações referentes ao desenvolvimento do projeto, detalhando o cronograma das atividades propostas, as atribuições dos profissionais envolvidos, as metas alcançadas, as formas de divulgação e suas respectivas comprovações, a descrição dos produtos parcial e final, o público-alvo atingido, a contrapartida sociocultural realizada, as datas e os locais de realização das atividades, além da avaliação do empreendedor dos pontos positivos e negativos enfrentados no processo.

É responsabilidade do empreendedor acompanhar a execução e zelar pelo cumprimento das obrigações estabelecidas no Termo de Compromisso, devendo comunicar à DVGIC quaisquer alterações e/ou irregularidades. mesmo que nomeie um procurador para o projeto, o empreendedor não será eximido do cumprimento das normas.

É dever do empreendedor manter seus dados cadastrais de e-mail, telefone e endereço atualizados.

As informações relativas aos projetos culturais serão fornecidas exclusivamente no portal de atendimento www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic.

3.2.2. Alterações artístico-culturaisEm regra, alterações de cunho artístico-cultural, tais como: alteração de membros da equipe, de local de realização, dentre outros, não serão permitidas.

Em casos excepcionais e desde que devidamente fundamentadas e comprovadas, o empreendedor poderá solicitar adequações no projeto à Comissão Municipal de Incentivo à Cultura (CMIC), no portal de atendimento www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic, devendo o empreendedor aguardar o deferimento do pedido, antes de realizar as alterações.

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O prazo estimado de análise pela CMIC é de 30 (trinta) dias, contados da data do recebimento da documentação completa exigida pela FMC, podendo ser prorrogado.

Será proibida qualquer alteração que modifique a essência/objeto do projeto aprovado.

3.3 – Informações relativas à movimentação financeiraa) Toda a movimentação financeira do projeto deverá ser feita em conta corrente exclusiva do projeto, de titularidade do empreendedor;b) A conta deverá ser aberta em instituição financeira pública integrante da Administração Pública Indireta dos entes federados (ex: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal);c) Toda a movimentação deverá ser feita por meio de transferência bancária (TED ou DOC);d) Será permitida a utilização do cartão de débito, devendo ser apresentado o comprovante legível do pagamento e o documento fiscal correspondente;e) É proibida a utilização de cheques, a emissão de cartão de crédito e a ativação de cheque especial na conta exclusiva do projeto;f) Somente serão aceitos comprovantes de despesas emitidos após a data de assinatura do Termo de Compromisso;g) Enquanto não utilizados em sua finalidade, os recursos devem ser aplicados em caderneta de poupança com ativação de resgate automático. Os recursos provenientes de rendimento do investimento financeiro deverão ser devolvidos para a conta do Fundo de Projetos Culturais, conforme estabelecido nos procedimentos para Prestação de Contas deste Manual;h)Trimestralmente, o empreendedor deverá apresentar extrato bancário atualizado da conta vinculada ao projeto FMC através do link: www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic, mesmo que no referido período o projeto não esteja em execução ou o saldo esteja zerado.

3.4 – Readequação OrçamentáriaA planilha orçamentária é o documento que autoriza despesas para o projeto. Caso haja necessidade de qualquer alteração nessa planilha, será obrigatória a apresentação de Readequação Orçamentária, composta pela planilha de readequação (disponível no site www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic) e justificativa para cada modificação proposta.

Serão três as situações em que deverá ser apresentada a Readequação Orçamentária: remanejamento de despesas proposto pelo empreendedor; ajuste do valor do projeto conforme o aprovado pela CMIC, caso o valor aprovado seja inferior ao solicitado, observando o estabelecido no parecer de análise da CMIC e; ajuste do valor do projeto conforme a captação, caso o valor captado seja inferior ao aprovado. Cada empreendedor terá direito a apresentar no máximo 5 (cinco) readequações orçamentárias, já incluída a readequação estabelecida para assinatura dos termos,

quando for o caso, sendo que as mesmas deverão ser apresentadas pelo portal: www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic.

Não serão analisadas as readequações dos projetos que estejam inadimplentes ou irregulares com a prestação de contas parcial e/ou que forem apresentadas após o término do prazo de execução do projeto.

Orientações sobre o preenchimento da planilha de readequação orçamentária:• No caso de adaptação do orçamento original (1ª readequação) as colunas “Item” e “Valor total previsto” devem ser transcritas na íntegra, conforme apresentado no projeto. As demais colunas devem conter os valores alterados. Nas readequações complementares, caso sejam necessárias, a referência será a última readequação aprovada.

• Para alteração de despesa a coluna “Valor total readequado” deverá conter o valor proposto e nas demais colunas deverão ser mantidos os valores originais (ou da última readequação aprovada, se for o caso).

• Na inclusão de despesa a coluna “Valor total readequado” deverá conter o valor proposto para esse novo item e as demais colunas deverão constar em branco.

• Para exclusão de despesa a coluna “Valor total readequado” deverá constar em branco e os demais valores mantidos conforme proposta original ou da última readequação aprovada, se houver.

• A planilha de readequação, bem como a carta com as justificativas, deve ser assinada pelo empreendedor.

Somente será aprovada a exclusão de despesas essenciais ao desenvolvimento do projeto mediante comprovação de outras fontes de custeio para mantê-las, seja com recursos de outras fontes ou com recursos próprios do empreendedor.

É proibido alterar a finalidade ou objetivo geral do projeto, sua área de atuação e suas ações, devendo estas serem adaptadas ao novo orçamento.

O valor das despesas realizadas acima do valor autorizado ou sem rubrica equivalente, caso sejam consideradas improcedentes pela Divisão de Gestão da LMIC, deverá ser devolvido para a conta corrente do projeto quando ainda em execução, ou para a conta corrente do Fundo de Projetos Culturais se tiver sido finalizado.

A análise da readequação, bem como de qualquer condicionamento para aprova-la, deve

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obedecer ao prazo de 10 dias úteis, impreterivelmente.

3.5. Publicidade e Veiculação da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – LMICO empreendedor deve estar atento à obrigatoriedade da referência explícita à Prefeitura de Belo Horizonte - PBH, à Fundação Municipal de Cultura - FMC e à Lei Municipal de Incentivo à Cultura - LMIC, conforme Instrução Normativa nº 001/2014, publicada no DOM em 03 de junho de 2014.

Todo e qualquer material de divulgação relativo a projeto incentivado pela LMIC deverá ser previamente encaminhado (com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas antes da impressão final) para análise e aprovação pela Assessoria de Comunicação/FMC, pelo portal de atendimento www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic.

O empreendedor deverá anexar o protocolo de comprovação de envio e a aprovação das peças gráficas na prestação de contas do projeto.

Não será analisado material de divulgação apresentado após o término do prazo de execução do projeto.

Todas as apresentações, eventos e produtos resultantes de projetos beneficiados pela LMIC deverão ser informados à Fundação Municipal de Cultura, com antecedência de 45 dias, para que a Fundação Municipal de Cultural possa acompanhar presencialmente as atividades dos projetos.

3.6 – Contrapartida SocioculturalA contrapartida sociocultural é obrigatória, devendo estar relacionada à descentralização cultural e/ou à universalização e democratização do acesso a bens culturais, e seus custos não podem estar incluídos no orçamento do projeto. (Decreto 15.889/2015 - Art. 30)

A proposta de contrapartida deverá ser encaminhada para o portal www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic, contendo mensuração econômica.

A contrapartida será acordada mediante a elaboração e assinatura de Termo de Acordo entre o empreendedor e a Fundação Municipal de Cultura.

Com o intuito de promover a difusão do conteúdo, o empreendedor deverá disponibilizar à FMC cinco por cento (5%) dos produtos e serviços resultantes do projeto, não sendo considerados como contrapartida sociocultural.

O empreendedor que não levar a efeito o estabelecido no Termo de Acordo da

Contrapartida estará sujeito ao pagamento do valor total da mensuração econômica estabelecida no projeto. Caso a execução da contrapartida seja parcial, o pagamento poderá ser proporcional ao total mensurado, desde que aprovado pela CMIC.

IV. PRESTAÇÃO DE CONTAS A Prestação de Contas tem por objetivo comprovar as despesas efetuadas e a execução do projeto cultural beneficiado pela LMIC.

Os empreendedores beneficiados pelo Incentivo Fiscal devem obrigatoriamente apresentar Prestação de Contas Parcial e Final, em conformidade com a legislação em vigor e com as normas contidas neste Manual.

4.1. Prazos 4.1.1. Prestação de Contas Parcial

O empreendedor deverá apresentar a prestação de contas parcial assim que gastar, no mínimo, 60% do valor aprovado.

Após a análise, caso haja quaisquer pendências apuradas pela DVGIC, o empreendedor terá até 30 dias contados da análise para saná-las.

Caso a prestação de contas não tenha sido entregue tempestivamente ou não tenha sido aprovada, o empreendedor estará sujeito às sanções previstas na Lei Municipal de Incentivo à Cultura, à inscrição de seu nome na Dívida Ativa do Município e, se verificados os pressupostos, à instauração de Tomada de Contas Especial.

4.1.2. Prestação de Contas FinalA prestação de contas final deverá ser apresentada no período de execução do projeto, ou seja, até 17/10/2018.

Caso a prestação de contas não tenha sido entregue tempestivamente ou não tenha sido aprovada, o empreendedor estará sujeito às sanções previstas na Lei Municipal de Incentivo à Cultura, à inscrição de seu nome na Dívida Ativa do Município e, se verificados os pressupostos, à instauração de Tomada de Contas Especial.

4.2. Entrega4.2.1. Entrega presencial

a) A Prestação de Contas deverá ser protocolada em duas vias (original e cópia). b) O Formulário I deverá ser previamente preenchido e enviado pelo portal de atendimento www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic, devendo o protocolo de envio ser anexado na documentação entregue;

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c) Todos os formulários devem estar datados e assinados pelo empreendedor ou por seu representante legal;d) A Prestação de Contas deve ser entregue na Sede da Fundação Municipal de Cultura, Divisão de Gestão da LMIC, Rua da Bahia, 888, 9º andar, Centro, Belo Horizonte, no horário de 10h às 12h ou das 13h às 16h;e) Após a análise da prestação de contas, os documentos originais deverão ser retirados pelo empreendedor ou por um terceiro mediante autorização escrita, no prazo de 60 dias contados da análise. Caso não sejam retirados nesse prazo, os documentos serão enviados ao Arquivo Público e só poderão ser retirados pelo empreendedor mediante agendamento prévio.

4.2.2. Entrega on-linea) Os empreendedores que possuírem certificado digital poderão apresentar a Prestação de Contas no portal www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic;b) O Formulário I deverá ser previamente preenchido e enviado, separadamente, pelo portal www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic, devendo o protocolo de envio ser anexado na documentação entregue;c) Todos os formulários devem estar datados e assinados pelo empreendedor ou por seu representante legal.

4.3. Formato 4.3.1. Entrega presencial

a) A Prestação de Contas deve ser em formato A4, em folhas avulsas e sem numeração, armazenadas em envelope, em duas vias. Os documentos originais, depois de autenticados pela Divisão de Gestão da LMIC, serão devolvidos ao empreendedor;b) A Prestação de Contas deve conter os formulários disponibilizados no site da PBH, documentos bancários e demais documentos comprobatórios das despesas e da execução do projeto determinados neste Manual.

4.3.2. Entrega on-linea) A Prestação de Contas deverá ser escaneada e enviada pelo portal www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic, sendo que os produtos culturais deverão ser protocolados presencialmente na Divisão de Gestão da LMIC, na Rua da Bahia, 888, 9º andar;b) A Prestação de Contas deve conter os formulários disponibilizados no site da PBH, documentos bancários e demais documentos comprobatórios das despesas e da execução do projeto determinados neste Manual.

4.4. Elaboração4.4.1. Procedimentos Básicos e Documentos comprobatórios

a) A comprovação das despesas deverá ser por meio da apresentação dos seguintes

documentos: Notas Fiscais, Cupons Fiscais, RPA - recibos de pagamento de autônomo, comprovantes de recolhimentos de impostos e contribuições sociais e outros documentos comprobatórios de despesas;

b) Os serviços contratados ou bens adquiridos de pessoas jurídicas devem constar na relação de atividades previstas (objeto social) no contrato ou estatuto social da entidade prestadora ou fornecedora;

c) Serviços prestados por pessoas jurídicas devem ser comprovados por meio de apresentação de notas fiscais, salvo previsão na legislação pertinente que desonere a empresa fornecedora da obrigação de emiti-las. Neste caso, deve-se anexar ao comprovante de despesa, que vier substituir a Nota Fiscal, o documento emitido por órgão oficial que autorize tal procedimento;

d) Os documentos fiscais devem ser emitidos em nome do empreendedor e conter, no campo de descrição dos serviços ou mercadorias, o número e nome do projeto e que este é beneficiado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura da PBH;

e) O RPA - Recibo de Pagamento de Autônomos, apresentado para comprovação de gastos, deve conter os seguintes dados:

• Identificação do Prestador do Serviço: nome completo, número do CPF e endereço;• Identificação do Tomador do Serviço: nome completo do empreendedor; identificação do número e nome do projeto;• Discriminação do Serviço;• Data ou Período da Prestação do Serviço;• Destaque do Cálculo do INSS Devido (patronal e consignado, quando for o caso);• Destaque do ISSQN e do IR, quando devidos na operação;• Data e Assinatura do Prestador do Serviço.

f) As despesas realizadas devem ser pagas por meio de transferência bancária (TED/DOC) ou cartão de débito, ao prestador de serviço ou ao fornecedor da mercadoria, seja pessoa física ou jurídica. No caso de serviços prestados em nome de associações ou cooperativas, o pagamento deverá ser à associação ou cooperativa, cabendo a esta o posterior repasse do valor ao seu associado ou cooperado. Os custos de transações das transferências bancárias poderão ser incluídos na rubrica “Despesas Bancárias”, desde que previsto na planilha original ou na planilha de readequação aprovada;

g) Os comprovantes bancários do pagamento (ticket do cartão de débito e/ou comprovante de TED/DOC) devem ser legíveis. Esses deverão ser anexados aos comprovantes de despesa a que se referem;

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h) Pequenas despesas (táxi, vale-transporte, lanches, cópias xerográficas, correspondências, material de consumo e outras de pequeno valor) podem ser pagas em dinheiro, desde que seu somatório não ultrapasse 3% do valor aprovado, devendo ser comprovadas por documentos fiscais legais. Nesse caso, o reembolso deverá ser feito por meio de transferência bancária ao empreendedor;

i) Despesas com multas e juros decorrentes de pagamentos efetuados fora do prazo e despesas bancárias (tarifas e IOF) decorrentes de insuficiência de saldo, não poderão ser pagas com recursos do projeto. Caso isso ocorra, o empreendedor deverá devolver o valor à conta corrente do projeto ainda em execução ou à conta do Fundo de Projetos Culturais, caso o projeto esteja finalizado;

j) Enquanto não utilizados em sua finalidade, os recursos devem ser aplicados em caderneta de poupança com ativação de resgate automático. Os recursos provenientes de rendimento do investimento financeiro deverão ser devolvidos para a conta do Fundo de Projetos Culturais, conforme estabelecido nos procedimentos para Prestação de Contas deste Manual. O empreendedor que não cumprir a obrigatoriedade de aplicar o recurso deverá devolver o valor da atualização monetária do saldo não aplicado, tendo como base o índice de atualização monetária estabelecido na Lei Tributária Municipal vigente.

k) As despesas autorizadas na planilha orçamentária, contraídas após a data de assinatura do Termo de Compromisso e antes do recebimento do recurso, poderão ser reembolsadas ao empreendedor;

l) As despesas relativas a direito autoral devem ser comprovadas com Nota Fiscal ou autorização seguida de recibo, se for o caso;

m) No caso de despesas realizadas no exterior, a documentação deve ser anexada, com a devida conversão para a moeda nacional, com base no câmbio do dia da efetiva transação e acompanhada de tradução efetuada por tradutor juramentado e com firma reconhecida (quando necessária para algum documento). Os tradutores juramentados são habilitados pela JUCEMG – Junta Comercial do Estado de Minas Gerais e constam da relação de domínio público do Departamento de Tradutores Públicos e Intérpretes Comerciais, podendo ser acessada pelo endereço eletrônico www.jucemg.mg.gov.br;

n) No caso de contratação de artista estrangeiro, este deve ter o contrato aprovado pela Secretaria de Imigração do Ministério do Trabalho. Após a aprovação do contrato, cabe ao Ministério de Relações Exteriores a aprovação do visto de trabalho;

o) No caso de pagamento de bolsa para estagiários deve ser observado o disposto na

Lei 11.788, de 25 de setembro de 2008, sendo indispensável a assinatura do Termo de Compromisso de Estágio;

p) Não é permitida a rubrica “Ajuda de Custo” para cobrir despesas com transporte, refeição, etc. Todo pagamento destinado à pessoa física deverá ter o recolhimento do INSS;

q) A aquisição de acervos e materiais permanentes só poderá ser feita por pessoas jurídicas sem fins lucrativos, de caráter cultural e desde que prevista no orçamento. Os bens adquiridos poderão permanecer sob a guarda do empreendedor após a conclusão do projeto, mediante solicitação à FMC e comprovada a continuidade de sua utilização cultural, por meio de apresentação de Relatório Fotográfico do bem e do Relatório de Atividades da entidade. Caso não seja comprovada a mencionada utilização dos bens, estes deverão ser repassados à FMC, mediante doação sem ônus a ser celebrada entre as partes;

r) Nos projetos beneficiados pelo Incentivo Fiscal, fica limitado a 10% o valor a ser repassado para fins de elaboração do projeto e captação de recursos, calculados sobre o valor total aprovado. Nos casos em que não houver captação integral, esse limite será de até 10% do valor efetivamente captado;

s) Do custo total do projeto, os valores com as despesas de administração não podem ultrapassar a 15% (quinze por cento) para pessoa física e jurídica com fins lucrativos e a 35% (trinta e cinco por cento) para pessoa jurídica, prioritariamente de caráter cultural, sem fins lucrativos;

t) A soma da remuneração de uma mesma pessoa física não pode ultrapassar 25% (vinte e cinco por cento) do valor total do projeto, salvo em casos específicos a serem analisados pela CMIC;

u) A versão final das obras audiovisuais deverá ser entregue em HD externo, sem compressão ou cortes, no ato de entrega da prestação de contas final;

v) Caso determinada despesa seja glosada por não estar em conformidade com a proposta inicial e/ou com as readequações autorizadas e/ou com as determinações da CMIC, o empreendedor deverá devolver o valor correspondente para a conta do Fundo de Projetos Culturais, nos termos da legislação vigente.Em caso de quaisquer dúvidas ou esclarecimentos referentes à prestação de contas, o empreendedor deverá encaminhá-los no portal www.bhfazcultura.pbh.gov.br.

4.4.2. Retenções e Recolhimentos de Impostos e Contribuiçõesa) Empreendedor Pessoa Física

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O empreendedor pessoa física, sempre que contratar pessoas físicas para atividades no projeto, deverá recolher o INSS Patronal, calculado com a alíquota de 20% sobre o valor do serviço. Nesse caso não haverá a retenção, pois a contribuição é de obrigatoriedade do tomador de serviços, que é equiparado à pessoa jurídica quando contrata pessoas físicas. Esta contribuição ao INSS deverá constar numa rubrica específica da planilha orçamentária e representa despesa do projeto.

Para efetuar o recolhimento da contribuição acima, o empreendedor, equiparado à empresa, deverá criar a matrícula CEI (Cadastro Específico do INSS). Este número será informado na guia de recolhimento.

Quando o serviço for prestado ao projeto, pelo próprio empreendedor, não será necessário o recolhimento do INSS Patronal, pois neste caso não houve a contratação de terceiros para o projeto. Nesse caso, a comprovação da despesa poderá ser por meio de recibo simples.

b) Empreendedor Pessoa Jurídica

O empreendedor pessoa jurídica, sempre que contratar pessoas físicas ou jurídicas para o projeto, deverá observar todas as obrigações legais e fiscais inerentes a estas contratações.

Deverá reter e recolher todos os impostos e contribuições devidos (INSS, ISSQN, IR e outros), conforme determina a legislação.

Os impostos e contribuições recolhidos a título de retenção e desconto nas notas fiscais ou RPA’s não devem constar na planilha orçamentária, pois não são despesas do projeto.

A obrigatoriedade de reter e recolher impostos e contribuições é definida pela legislação fiscal e previdenciária e aplicável às pessoas jurídicas, cabendo à FMC apenas cobrar o cumprimento dessas normas.

Caso a pessoa jurídica proponente do projeto seja dispensada pela legislação a reter e recolher estes tributos, deverá comprovar a não obrigatoriedade.

4.4.3. Formulários para Prestação de Contas ParcialA prestação de contas parcial é elaborada por meio dos formulários a seguir relacionados, disponíveis no endereço eletrônico: www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic:FOLHA DE CONFERÊNCIA E PROTOCOLO FORMULÁRIO I – Relatório de Acompanhamento e Avaliação de Projetos Culturais (deverá ser preenchido previamente e enviado pelo portal www.bhfazcultura.pbh.gov.br/

atendimentolmic, devendo o protocolo de envio ser anexado na prestação de contasFORMULÁRIO II – Conciliação Bancária FORMULÁRIO III – Escrituração da DespesaFORMULÁRIO IV – Relação de Bens MóveisFORMULÁRIO V – Demonstrativo das DespesasFORMULÁRIO VI – Demonstrativo do Rendimento de Aplicação Financeira (somente na prestação de contas final)FORMULÁRIO VII – Demonstrativo dos Recursos Incentivados

A anexação dos documentos obedece à ordem numérica dos formulários, que devem ser acompanhados dos documentos que subsidiarem o seu preenchimento. Além dos formulários e documentos acima, o empreendedor deverá apresentar:

• Protocolo de aprovação das peças gráficas pela ASCOM;• Listas de presença, cópia do material didático, certificados e outros materiais dos eventos realizados;• Fotografias dos eventos, impressas em papel A4, sempre que possível.

4.4.4. Formulários para Prestação de Contas FinalA prestação de contas final é elaborada por meio dos mesmos formulários citados anteriormente. Além deles, o empreendedor deverá apresentar também os seguintes documentos:

• Termo de Encerramento da conta corrente;• Declaração de Contrapartida Realizada;• Exemplar do produto resultante do projeto;• Exemplares de materiais de divulgação;• Clipping do projeto, quando houver;• Outros anexos que comprovem a realização do projeto.

Observação:1. Ao final do projeto cultural, deverão ser devolvidos ao Fundo de Projetos Culturais, conta número 71049-7, agência 0093-0 operação 006 da Caixa Econômica Federal, CNPJ 07.252.975/0001-56:

a) Valor referente ao rendimento do investimento financeiro. Caso não tenha sido feita a aplicação financeira dos recursos do projeto, o empreendedor deverá devolver o valor da atualização monetária do saldo não aplicado, tendo como base o índice de atualização monetária estabelecido na Lei Tributária Municipal vigente;

b) Valor referente ao saldo financeiro do projeto apurado na Conciliação Bancária,

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se houver;c) valor de despesa realizada acima do valor autorizado, ou sem rubrica equivalente na planilha orçamentária da última readequação aprovada, ou não atendida a determinação da CMIC, consideradas improcedentes pela Divisão de Gestão da LMIC;

d) Outros valores apurados pela Auditoria de Prestação de Contas, se houver.

2. O empreendedor deverá conferir, antes do encerramento da conta corrente e devolução do saldo ao Fundo de Projetos Culturais, se todos os recolhimentos de impostos e contribuições foram efetuados;

3. Para os projetos de restauração e conservação de bens culturais imóveis, o empreendedor deverá apresentar dossiê contendo relatório e registro fotográfico do desenvolvimento do projeto que será submetido à Diretoria de Patrimônio Cultural que emitirá parecer complementar para a auditoria.

4. A versão final das obras audiovisuais deverá ser entregue em HD externo, sem compressão ou cortes, no ato de entrega da prestação de contas final.

4.5. Aprovação e Homologação da Prestação de Contas Após a aprovação da prestação de contas final do projeto pela Auditoria da Divisão de Gestão da LMIC, o projeto será submetido à CMIC para homologação, que será publicada no Diário Oficial do Município.

V – ANEXO I - LEGISLAÇÃO

5.1. LEI Nº 6.498 DE 29 DE DEZEMBRO DE 1993Dispõe sobre incentivo fiscal para a realização de projetos culturais, no âmbito do Município, e dá outras providências.

O povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º - Fica instituído no Município o incentivo fiscal para a realização de projetos culturais, a ser concedido a contribuintes pessoas físicas e jurídicas. 1º - O incentivo fiscal referido no caput deste artigo corresponderá à dedução de até 20% (vinte por cento) dos valores devidos mensalmente pelos contribuintes do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN - que vierem a apoiar, mediante doação ou patrocínio, projetos culturais apreciados e aprovados na forma desta Lei e de sua regulamentação. 2º - O valor que deverá ser usado como incentivo cultural não poderá exceder a 3% (três por cento) da receita proveniente do ISSQN em cada exercício.

Art. 2º - Para os efeitos desta Lei, entende-se ser: I - empreendedor: a pessoa física ou jurídica domiciliada no Município, diretamente responsável pelo projeto cultural a ser beneficiado pelo incentivo municipal; II - incentivador: a pessoa física ou jurídica contribuinte do ISSQN, que venha a transferir recursos, mediante doação ou patrocínio, em apoio a projetos culturais apreciados na forma da Lei; III - doação ou patrocínio: a transferência, em caráter definitivo e livre de ônus, feita pelo incentivador ao empreendedor, de recursos para a realização do projeto cultural, com ou sem finalidades promocionais, publicitárias ou de retorno institucional;

Art. 3º - Os projetos culturais a serem beneficiados pela presente Lei, de forma a incentivar-se a implantação e o desenvolvimento de atividades culturais que existem ou que venham a existir no âmbito do Município, deverão estar enquadradas nas seguintes áreas: I - produção e realização de projetos de música e dança; II - produção teatral e circense; III - produção e exposição de fotografias, cinema e vídeo; IV - criação literária e publicação de livros, revistas e catálogos de arte; V - produção e exposição de artes plásticas, artes gráficas e filatelia; VI - produção e apresentação de espetáculos folclóricos e exposição de artesanato; VII - preservação do patrimônio histórico e cultural; VIII - construção, conservação e manutenção de museus, arquivos, bibliotecas

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e centros culturais; IX - concessão de bolsas de estudo na área cultural e artística; X - levantamentos, estudos e pesquisa na área cultural e artística; XI - realização de cursos de caráter cultural ou artístico destinados à formação, especialização e aperfeiçoamento de pessoal na área de cultura em estabelecimentos de ensino sem fins lucrativos.

Art. 4º - Fica autorizada a criação, junto à Secretaria Municipal de Cultura, de uma Comissão Municipal de Incentivo à Cultura - CMIC - integrada por 3 (três) representantes do setor cultural e por 3 (três) representantes da administração municipal, para avaliar e direcionar a ajuda financeira que será atribuída a cada projeto cultural. 1º - Os componentes da Comissão deverão ser pessoas de comprovada idoneidade, e os representantes do setor cultural de reconhecida notoriedade na área cultural, os quais terão mandato de 1 (um) ano, podendo ser reconduzidos uma única vez por igual período. 2º - Os representantes do setor cultural serão eleitos em assembléia convocada pela Secretaria Municipal de Cultura, podendo candidatar-se e votar qualquer artista, independente de vinculação a associação, sindicato ou similar. 3º - A convocação da assembléia de que trata o parágrafo anterior deverá ser feita com pelo menos 10 (dez) dias de antecedência junto às entidades representativas dos setores artísticos sediados no Município, e deverá ser afixada em local de fácil visibilidade nos prédios públicos relacionados com as atividades referidas no art. 3º e nos prédios da administração direta. 4º - Fica vedada aos membros da Comissão, a seus sócios ou titulares, às suas coligadas ou controladas e a seus cônjuges, parentes ascendentes, descendentes, colaterais ou afins, em primeiro grau, a apresentação de projetos que visem à obtenção do incentivo previsto nesta Lei, enquanto durarem os seus mandatos e até 1 (um) ano após o término dos mesmos. 5º - Os membros da Comissão não perceberão qualquer remuneração, seja a que título for.

Art. 5º - Para obtenção do incentivo referido no art. 1º, deverá o empreendedor apresentar à Secretaria Municipal de Cultura cópia do projeto cultural explicitando os objetivos e recursos financeiros e humanos envolvidos, para efeito de enquadramento nas áreas do art. 3º.

Art. 6º - A Secretaria Municipal da Fazenda receberá da Secretaria Municipal de Cultura todas as informações necessárias ao procedimento tributário pertinente para fins da renúncia fiscal instituída por esta Lei nos termos do regulamento.

Art. 7º - As transferências feitas por incentivadores em favor dos projetos culturais

poderão ser integralmente deduzidas dos valores por eles devidos a título de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza -ISSQN.

Art. 8º - Toda transferência ou movimentação de recursos relativos ao projeto cultural será feita por meio de conta bancária vinculada, aberta pelo empreendedor especialmente para os fins previstos nesta Lei.

Art. 9º - O empreendedor que não comprovar a correta aplicação dos recursos resultantes de projetos culturais ficará sujeito ao pagamento do valor do incentivo respectivo, corrigido pela variação aplicável aos tributos municipais, acrescido de 10% (dez por cento), ficando ele ainda excluído da participação de quaisquer projetos culturais abrangidos por esta Lei por 8 (oito) anos, sem prejuízo das penalidades criminais e civis cabíveis.

Art. 10 - É vedada a utilização do incentivo fiscal nos projetos em que sejam beneficiários os próprios incentivadores, seus sócios ou titulares e suas coligadas ou controladas, cônjuges, parentes ascendentes, descendentes, colaterais ou afins em primeiro grau.

Art. 11 - As entidades de classes representativas dos diversos segmentos da cultura e da Câmara Municipal terão acesso, em todos os níveis, a toda documentação referente aos projetos culturais beneficiados por esta Lei.

Art. 12 - Fica criado o Fundo de Projetos Culturais - FPC - vinculado à Secretaria Municipal de Cultura, com a finalidade de incentivar a cultura no Município, nas áreas discriminadas no art. 3º.

Art. 13 - Constituirão recursos financeiros do FPC: I - dotações orçamentárias; II - valores relativos à cessão de direitos autorais e à venda de livros ou outras publicações e trabalhos gráficos patrocinados, editados ou co-editados pela Secretaria Municipal de Cultura; III - (VETADO); IV - saldos finais das contas correntes e o resultado das aplicações das sanções de que tratam, respectivamente, os artigos 8º e 9º desta Lei; V - contribuições e subvenções de instituições financeiras oficiais; VI - doações e contribuições em moeda nacional e estrangeira de pessoas físicas e jurídicas, domiciliadas no país e no exterior; VII - valores recebidos a título de juros e demais operações financeiras, decorrentes de aplicações de recursos próprios; VIII - outras rendas eventuais.

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Art. 14 - Caberá ao Executivo a regulamentação da presente Lei no prazo mínimo de 90 (noventa) dias, a contar da sua vigência.

Art. 15 - As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão por conta de dotação orçamentária própria.

Art. 16 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário.

Belo Horizonte, 29 de dezembro de 1993Patrus Ananias

Prefeito de Belo Horizonte

5.2. DECRETO Nº 15.889 DE 04 DE MARÇO DE 2015

Regulamenta a Lei nº 6.498, de 29 de dezembro de 1993, que “Dispõe sobre o incentivo fiscal para a realização de projetos culturais no âmbito do Município e dá outras providências.”.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais, em especial a que lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município,

DECRETA:

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES PRELIMINARESArt. 1º - Para os efeitos deste Decreto, entende-se por:

I - Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte - LMIC: instrumento legal que institui, no âmbito do Município de Belo Horizonte, apoio à realização de projetos culturais, concedido a pessoas físicas ou jurídicas, mediante incentivo fiscal ou recursos oriundos do Fundo de Projetos Culturais;

II - Comissão Municipal de Incentivo à Cultura - CMIC: órgão colegiado deliberativo, composto paritariamente por representantes da Administração Pública Municipal e do Setor Cultural, de comprovada idoneidade, para avaliar e direcionar o benefício financeiro que será atribuído aos projetos culturais contemplados;

III - Fundo de Projetos Culturais - FPC: mecanismo de captação e destinação de recursos para projetos compatíveis com as finalidades da Política Cultural do Município, gerido pela Fundação Municipal de Cultura;

IV - Incentivo Fiscal - IF: mecanismo por meio do qual o Município realiza a renúncia fiscal em favor do incentivador de projetos de caráter artístico-cultural na cidade;

V - empreendedor: pessoa física ou jurídica, domiciliada no Município de Belo Horizonte, diretamente responsável pelo projeto artístico-cultural a ser beneficiado pela Lei Municipal de Incentivo a Cultura;

VI - incentivador: pessoa física ou jurídica domiciliada no Município de Belo Horizonte, contribuinte do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN – devido ao Município, que venha a transferir recursos, mediante doação ou patrocínio, em apoio a projetos culturais apresentados nos termos e condições previstos no presente decreto e em Edital a ser publicado pela Fundação Municipal de Cultura, ou diretamente ao Fundo de Projetos Culturais;

VII - repasse de recursos do Fundo de Projetos Culturais: transferência ao empreendedor, em caráter definitivo e livre de ônus, de recursos do Fundo, com o objetivo de executar o projeto contemplado pela LMIC;

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VIII - doação ou patrocínio: transferência, em caráter definitivo e livre de ônus, feita pelo incentivador ao empreendedor, de recursos para a realização do projeto cultural, com ou sem finalidades promocionais, publicitárias ou de retorno institucional;

IX - recursos transferidos por Incentivo Fiscal: parcela de recursos transferidos pelo incentivador ao empreendedor, que poderá ser deduzida do valor do ISSQN devido pelo incentivador, para aplicação em projeto cultural incentivado;

X - recursos próprios: todo e qualquer recurso econômico e financeiro destinado ao projeto cultural, seja em espécie, seja como bem de consumo durável, além do montante aprovado pela Comissão Municipal de Incentivo à Cultura, não podendo, em hipótese alguma, ser objeto de dedução fiscal do Município;

XI - Certificado de Incentivo Fiscal: certificado nominal e intransferível, emitido pela Secretaria Municipal de Finanças em favor do incentivador, contendo a especificação das importâncias que poderão ser utilizadas para dedução dos valores devidos a título de ISSQN, relativo aos serviços por ele prestados;

XII - Termo de Compromisso do Incentivo Fiscal: documento firmado pelo empreendedor e pelo incentivador perante o Município de Belo Horizonte, por meio do qual o empreendedor se compromete a realizar o projeto incentivado na forma e condições propostas, e o incentivador a transferir recursos necessários para a realização do projeto, nos valores e prazos estabelecidos, bem como a recolher integralmente e em dia o ISSQN devido;

XIII - Termo de Compromisso do Fundo de Projetos Culturais: documento firmado pelo empreendedor perante a Fundação Municipal de Cultura, por meio do qual se compromete a realizar o projeto contemplado pelo Fundo de Projetos Culturais na forma e condições propostas, cabendo à FMC a transferência dos recursos necessários à realização do projeto, nos valores e prazos estabelecidos;

XIV - Certificado de Enquadramento de Incentivo Fiscal: certificado nominal emitido pela Fundação Municipal de Cultura em favor do empreendedor, conferindo-lhe a autorização para a captação dos recursos, dentro do prazo de validade estabelecido, bem como a autorização para abertura de conta bancária específica para movimentação dos repasses financeiros do incentivo fiscal;

XV - Certificado de Participação do Fundo de Projetos Culturais: certificado nominal emitido pela Fundação Municipal de Cultura em favor do empreendedor, contendo autorização para abertura de conta bancária específica destinada à movimentação dos repasses financeiros do Fundo.

Art. 2º - Os projetos culturais serão beneficiados pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura por meio dos seguintes mecanismos:

I - Fundo de Projetos Culturais - FPC;II - Incentivo Fiscal - IF.

§ 1º - Os recursos destinados ao Fundo de Projetos Culturais serão limitados a até 1,8% da receita proveniente do ISSQN apurado no exercício anterior.§ 2º - Os recursos destinados ao Incentivo Fiscal serão limitados a até 1,2% da receita proveniente do ISSQN apurado no exercício anterior.

Art. 3º - Cada projeto somente poderá ser apresentado por meio de um dos dois mecanismos referidos no art. 2º deste Decreto.

Art. 4º - Cada empreendedor estará limitado à apresentação de até 2 (dois) projetos simultâneos.

Art. 5º - Os projetos culturais contemplados pela LMIC devem se enquadrar nas seguintes áreas:

I - produção e realização de projetos de música e dança;II - produção teatral e circense;III - produção e exposição de fotografia, cinema e vídeo;IV - criação literária e publicação de livros, revistas e catálogos de arte;V - produção e exposição de artes plásticas, artes gráficas e filatelia;VI - produção e apresentação de espetáculos folclóricos, carnavalescos e exposição

de artesanato;VII - preservação do patrimônio histórico e cultural;VIII - construção, conservação e manutenção de museus, arquivos, bibliotecas e

centros culturais;IX - concessão de bolsas de estudos na área cultural e artística;X - levantamentos, estudos e pesquisa na área cultural e artística;XI - realização de cursos de caráter cultural ou artístico destinados à formação,

especialização e aperfeiçoamento de pessoal na área de cultura em estabelecimentos de ensino sem fins lucrativos.

CAPÍTULO IIDO INCENTIVO FISCALArt. 6º - Os projetos que poderão ser beneficiados com o incentivo fiscal regulamentado por este Decreto serão selecionados por meio de processo regulado em Edital a ser publicado pela Fundação Municipal de Cultura, o qual conterá, no mínimo, as seguintes fases:

I - habilitação jurídica;II - seleção de mérito realizada pela Comissão Municipal de Incentivo à Cultura- CMIC;III - verificação de regularidade fiscal e trabalhista.

§ 1º - Após o cumprimento de todas as fases estabelecidas em edital, será emitido, pela Fundação Municipal de Cultura, em nome do empreendedor, o Certificado de Enquadramento de Incentivo Fiscal, para empreendedores de projetos culturais contemplados com incentivo fiscal.

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§ 2º- Os prazos para a execução dos projetos contemplados pelo incentivo fiscal serão estabelecidos nos respectivos editais.

Art. 7º - Para se qualificar como incentivador, o interessado deverá apresentar requerimento à CMIC acompanhado dos seguintes documentos:

I - Certidão de Quitação Plena emitida pela Secretaria Municipal Adjunta de Arrecadações;

II - Guias de Recolhimento do ISSQN - GR-ISS devido ao Município de Belo Horizonte nos últimos 12 (doze) meses, relativo aos serviços por ele prestados;

III - declaração do(s) projeto(s) cultural(is) que pretende incentivar.§ 1º - O requerente deverá fazer prova de recolhimento do ISSQN ao Município em, no mínimo, dez dos doze meses anteriores ao seu pedido.§ 2º - O requerente deverá fazer prova de recolhimento do ISSQN devido ao Município que tiver sido retido na fonte, por meio de comprovantes e guias de recolhimento fornecidos pelo tomador dos serviços por ele prestados.§ 3º - A emissão do Certificado de Incentivo Fiscal ao incentivador condiciona-se à apresentação de todos os documentos exigidos neste artigo.§ 4º - A documentação prevista neste artigo deverá ser apresentada pelo incentivador até o último dia útil de cada mês.

Art. 8º - Após aprovação do requerimento de que trata o art. 7º deste Decreto pela CMIC, será lavrado o Termo de Compromisso de Incentivo Fiscal previsto no inciso XII do art. 1º deste Decreto, cabendo ao empreendedor, neste momento, apresentar declaração atestando a inexistência de parentesco com o incentivador.Parágrafo único - No momento da assinatura do Termo de Compromisso de Incentivo Fiscal mencionado no caput deste artigo, será expedido, pela Secretaria Municipal de Finanças, o Certificado de Incentivo Fiscal, que conterá:

I - a qualificação do empreendedor e do incentivador;II - os dados relativos ao projeto incentivado;III - a especificação dos valores e prazos para transferência, pelo incentivador, dos

recursos financeiros para a conta vinculada ao projeto;IV - a especificação dos recursos transferidos;V - a autorização para a dedução do benefício, pelo incentivador, dos valores devidos

mensalmente a título de ISSQN, observados os limites legalmente estabelecidos.

Art. 9º - Cabe ao empreendedor solicitar à Fundação Municipal de Cultura a alteração do Certificado de Incentivo Fiscal, quando os depósitos não forem efetuados ou forem realizados em valor inferior ao estipulado.

Art. 10 - O valor a ser deduzido e repassado mensalmente pelo incentivador será de

20% (vinte por cento) da média dos 3 (três) menores valores do ISSQN recolhidos ao Município de Belo Horizonte, decorrentes dos serviços por ele prestados, nos 12 (doze) meses imediatamente anteriores ao seu pedido de qualificação.§ 1º - As deduções previstas no caput deste artigo são de responsabilidade do próprio contribuinte, sujeitando-se a posterior homologação pelo Fisco.§ 2º - No cálculo da média prevista no caput deste artigo será considerado:

I - o valor do imposto sem os acréscimos moratórios;II - o valor do imposto efetivamente devido e recolhido.

§ 3º - O início do repasse constante do Certificado de Incentivo Fiscal dar-se-á em prazo nunca inferior a 60 (sessenta) dias, contatos da data do protocolo do requerimento com a documentação na Fundação Municipal de Cultura.

Art. 11 - Sobre o valor não depositado na conta vinculada ao projeto, até a data estipulada no Certificado de Incentivo Fiscal, incidirão os acréscimos moratórios previstos na legislação tributária municipal, que deverão ser pagos ao Município por meio de Guia de Recolhimento disponibilizada pela Secretaria Municipal Adjunta de Arrecadações, sem prejuízo das demais penalidades cabíveis.Parágrafo único - Os valores do incentivo, não depositados integral ou parcialmente em até 30 (trinta) dias depois da data indicada no Certificado de Incentivo Fiscal, tornar-se-ão exigíveis pela Fazenda Pública Municipal, nos termos da legislação vigente.

CAPÍTULO IIIDO FUNDO DE PROJETOS CULTURAISArt. 12 - O Fundo de Projetos Culturais será gerido pela Fundação Municipal de Cultura, e terá como finalidade incentivar projetos culturais enquadrados nas áreas descritas no art. 5º deste Decreto.

Art. 13 - Os projetos que poderão ser beneficiados com recursos do Fundo de Projetos Culturais serão selecionados por meio de processo a ser regulado em Edital, o qual conterá, no mínimo, as seguintes fases:

I - habilitação jurídica;II - seleção de mérito realizada pela CMIC;III - verificação de regularidade fiscal e trabalhista.

§ 1º - Após o cumprimento de todas as fases estabelecidas em edital, será emitido, pela Fundação Municipal de Cultura, em nome do empreendedor, o Certificado de Participação do Fundo de Projetos Culturais, contendo a autorização para abertura de conta bancária específica para execução do projeto. § 2º - Os prazos para a execução dos projetos contemplados pelo FPC serão estabelecidos nos respectivos editais.

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Art. 14 - Após a emissão do Certificado de Participação do Fundo de Projetos Culturais será lavrado o Termo de Compromisso previsto no inciso XIII do art. 1º deste Decreto, que conterá:

I - a qualificação do empreendedor;II - os dados relativos ao projeto aprovado;III - a especificação dos valores e prazos para transferência, pela FMC, dosrecursos financeiros para a conta vinculada ao projeto.

CAPÍTULO IVDA COMISSÃO MUNICIPAL DE INCENTIVO À CULTURAArt. 15 - À Comissão Municipal de Incentivo à Cultura - CMIC, prevista no art. 4º da Lei nº 6.498/93, vinculada à Fundação Municipal de Cultura e composta por 6 (seis) membros de comprovada idoneidade, sendo 3 (três) representantes da Administração Pública Municipal e 3 (três) representantes do Setor Cultural de reconhecida notoriedade na área, e respectivos suplentes, compete avaliar e direcionar a ajuda financeira que será atribuída a cada projeto cultural beneficiado pela LMIC. Parágrafo único - Os representantes indicados para compor a Comissão mencionada no caput deste artigo não poderão estar vinculados a projeto beneficiado pela LMIC em situação irregular, no qual figure como empreendedor o próprio candidato, ou seu cônjuge, sócio ou pessoa jurídica da qual faça parte na qualidade de sócio, titular ou representante legal.

Art. 16 - Os membros da CMIC serão designados por Portaria do Prefeito para o exercício de mandato de 1 (um) ano, permitida uma única recondução por igual período, e não perceberão qualquer remuneração, seja a que título for, sendo sua função considerada de relevante interesse público.

Art. 17 - Para os efeitos deste Decreto, o reconhecimento de notoriedade na área cultural será feito por meio de apresentação de currículo que demonstre que o candidato, efetiva e comprovadamente, atua na área cultural por ele mencionada há pelo menos 2 (dois) anos.

Art. 18 - Os representantes da Administração Pública Municipal na CMIC, e respectivos suplentes, serão indicados pelo titular da Fundação Municipal de Cultura.

Art. 19 - Os representantes do Setor Cultural e respectivos suplentes, na CMIC, serão eleitos em escrutínio secreto, em assembleia convocada pela Fundação Municipal de Cultura.

Art. 20 - O Presidente da CMIC, a quem caberá o voto de desempate, será escolhido pelo Presidente da Fundação Municipal de Cultura dentre os representantes da Administração Pública Municipal.

Art. 21 - A Fundação Municipal de Cultura prestará à CMIC apoio técnico-operacional, mediante a elaboração de pareceres com vistas a subsidiar os trabalhos da Comissão.

Art. 22 - Fica vedada aos membros da CMIC, a seus sócios ou titulares, às suas coligadas ou controladas e a seus cônjuges, ascendentes, descendentes, colaterais ou afins, até segundo grau, a apresentação de projetos que visem à obtenção do benefício de que trata este Decreto, enquanto durarem seus mandatos e em até 1 (um) ano após o seu término.Art. 23 - A atuação da CMIC é regida pelo disposto neste Decreto e em seu Regimento Interno, aprovado pelo Presidente da Fundação Municipal de Cultura.§ 1º - A CMIC, por meio de proposta de seu Presidente ou de qualquer de seus membros, poderá deliberar sobre alterações e reformas regimentais, devendo as decisões ser tomadas, em qualquer caso, por maioria absoluta de votos.§ 2º - As alterações regimentais deliberadas pela CMIC devem ser submetidas à aprovação do Presidente da Fundação Municipal de Cultura.

Art. 24 - Compete à CMIC:I - selecionar os projetos a serem beneficiados pela LMIC, bem como fixar o valor a ser

concedido a cada projeto, conforme critérios definidos em Edital;II - deliberar sobre readequações ou alterações de cunho artístico-cultural nos projetos

aprovados pela LMIC;III - homologar a prestação de contas apresentada pelos empreendedores relativa aos

projetos incentivados pela LMIC;IV - deliberar sobre prorrogação de prazo de projeto cultural beneficiado pela LMIC;V - deliberar sobre outras matérias relativas à execução dos projetos, quando a

ela submetidas.Parágrafo único - A prorrogação de prazo mencionada no inciso IV do caput deste artigo só será deliberada pela CMIC após emissão de parecer favorável pela Fundação Municipal de Cultura, e não poderá ser superior ao prazo inicial estabelecido no respectivo Edital.

CAPÍTULO VDOS PROJETOS CULTURAIS BENEFICIADOSArt. 25 - Os projetos beneficiados pela LMIC, enquadrados nas áreas descritas no art. 5º deste Decreto, deverão estar inseridos nos seguintes Setores Culturais:

I - Artes Cênicas;II - Artes Visuais;III - Audiovisual;IV - Patrimônio e Memória Social e identidades Culturais;V - Literatura;VI - Música.

§ 1º - A Fundação Municipal de Cultura, por meio de Portaria, poderá elencar os

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subsetores alinhados a cada setor estabelecido neste artigo, em conformidade com o Plano Nacional de Cultura.§ 2º - A CMIC poderá selecionar projetos por intermédio de editais setoriais contemplando as especificidades dos setores descritos neste artigo.

Art. 26 - Para se inscrever no processo de seleção dos projetos beneficiados pelos recursos da LMIC, o empreendedor deverá apresentar formulário próprio e documentação estabelecida em instrumento de seleção específico a ser publicado pela Fundação Municipal de Cultura.

Art. 27 - Não serão examinados projetos de empreendedores que não tenham prestado contas de projetos anteriormente incentivados ou que tenham tido as prestações indeferidas e não regularizadas nos termos da Lei nº 6.498/93 e das normas regulamentadoras vigentes.

Art. 28 - O projeto deverá trazer a especificação do custo integral, ainda que objetive a obtenção de fração dos recursos necessários.

Art. 29 - Quando houver previsão de recursos complementares de outras fontes públicas e/ou privadas, os projetos deverão apresentar tais informações.

Art. 30 - Os projetos deverão apresentar proposta de contrapartida social, entendida como a ação a ser desenvolvida pelo projeto como retorno ao apoio financeiro recebido.§ 1º - A contrapartida social deve estar relacionada à descentralização cultural e/ou à universalização e democratização do acesso a bens culturais, e seus custos não poderão estar incluídos no orçamento custeado pelo Município.§ 2º - A contrapartida deve, sempre que possível, ser mensurada economicamente no ato da apresentação da proposta.

Art. 31 - É vedada a utilização do incentivo fiscal nos projetos em que sejam beneficiários os próprios incentivadores, incluindo suas coligadas ou controladas, assim como seus sócios ou titulares e respectivos cônjuges, ascendentes, descendentes, colaterais ou afins em segundo grau.

Art. 32 - Os procedimentos relacionados à prestação de contas dos projetos incentivados pela LMIC serão discriminados em Instrução Normativa da Fundação Municipal de Cultura.

CAPÍTULO VIDAS PENALIDADESArt. 33 - O empreendedor que não comprovar a correta aplicação dos recursos repassados para a execução de projetos culturais beneficiados nos termos da LMIC e

deste Decreto ficará sujeito ao pagamento do valor do incentivo respectivo, corrigido pela variação aplicável aos tributos municipais, acrescido de 10% (dez por cento), ficando ainda impedido de participar de quaisquer projetos culturais por 8 anos, sem prejuízo da aplicação das demais penalidades criminais e civis cabíveis.Parágrafo único- A Fundação Municipal de Cultura regulamentará os casos de não comprovação da correta aplicação dos recursos, assim como os procedimentos para o cumprimento da sanção estabelecida no caput deste artigo.Art. 34 - Aplica-se o disposto no Decreto nº 15.476, de 6 de fevereiro de 2014, após esgotadas as medidas administrativas, se na execução dos projetos culturais beneficiados pela LMIC, for constatada a ocorrência de quaisquer dos seguintes fatos:

I - omissão no dever de prestar contas;II - falta de comprovação da aplicação de recursos repassados pelo Poder Executivo

Municipal mediante convênio, acordo, ajuste ou instrumento congênere, bem como a título de auxílio, subvenção ou contribuição;

III - ocorrência de desfalque ou desvio de dinheiro, bens ou valores públicos;IV - prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico, do qual resulte dano

ao erário.

CAPÍTULO VIIDO ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DOS PROJETOSArt. 35 - Fica criado o Comitê de Acompanhamento dos Projetos Culturais contemplados pela LMIC, vinculado à Fundação Municipal de Cultura, composto por:

I - 4 (quatro) representantes da Administração Pública Municipal;II - 4 (quatro) representantes da Sociedade Civil, sendo:

a) 2 (dois) integrantes do Conselho Municipal de Política Cultural, escolhidos por meio de deliberação do Conselho;b) 2 (dois) integrantes da CMIC, escolhidos por meio de deliberação da Comissão.

§ 1º - Os membros do Comitê mencionado no caput deste artigo serão designados por meio de Portaria do Presidente da Fundação Municipal de Cultura.§ 2º - O Comitê de Acompanhamento de Projetos Culturais elaborará o seu Regimento Interno, devendo submetê-lo à aprovação da Fundação Municipal Cultura.

Art. 36 - Compete ao Comitê de Acompanhamento dos Projetos Culturais contemplados pela LMIC:I - acompanhar e fiscalizar a execução dos projetos contemplados e aprovados nos termos da LMIC, sem prejuízo da atuação dos demais órgãos de controle;II - propor medidas e alterações normativas necessárias ao aprimoramento da execução dos projetos;III - promover o intercâmbio de informações entre a CMIC e o Conselho Municipal de Política Cultural.

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CAPÍTULO VIII - DAS DISPOSIÇÕES FINAISArt. 37 - É obrigatória a referência explícita à Prefeitura de Belo Horizonte, à Fundação Municipal de Cultura e à Lei Municipal de Incentivo à Cultura nos produtos resultantes dos projetos incentivados pela LMIC, bem como em quaisquer atividades e materiais relacionados à sua difusão, divulgação, promoção e distribuição, em destaque equivalente ao que for dado ao maior patrocinador e/ou incentivador, conforme diretrizes estabelecidas pela Fundação Municipal de Cultura.§ 1º - É obrigatória a veiculação no início de shows, espetáculos e apresentações relativas aos projetos incentivados, de mensagem sonora em conformidade com modelo fornecido pela Fundação Municipal de Cultura.§ 2º - Em espaços culturais construídos, conservados ou mantidos com recursos do Fundo de Projetos Culturais ou dos incentivos fiscais do Município, é obrigatória a instalação, em local visível, de placa com referência explícita à Prefeitura de Belo Horizonte, à Fundação Municipal de Cultura e à Lei Municipal de Incentivo à Cultura, bem como a veiculação de mensagem sonora antecedendo os eventos ali ocorridos, conforme modelos fornecidos pela Fundação Municipal de Cultura.§ 3º - A regularidade dos projetos culturais beneficiados fica condicionada à observância do disposto neste artigo.§ 4º - Para efeito do disposto no caput deste artigo, é obrigatório o envio, para apreciação pela Fundação Municipal de Cultura, de produtos e material de divulgação, promoção e distribuição relacionados ao projeto, antes de sua execução.§ 5º - Para a realização de shows, espetáculos e apresentações de projetos incentivados, é obrigatório o envio de convites que garantam o acesso ao evento dos membros da CMIC e do Comitê de Acompanhamento dos Projetos Culturais responsáveis pela avaliação do projeto respectivo.§ 6º - Nos produtos e materiais de divulgação deverá constar o número de registro do projeto, assim como o valor do montante aprovado. § 7º - Os casos omissos deste artigo serão resolvidos pela Fundação Municipal de Cultura, por meio da edição de ato específico por seu Presidente.

Art. 38 - Os casos omissos deste Decreto serão decididos pela Fundação Municipal de Cultura ou, naquilo que competir à CMIC, por seu Presidente, hipótese em que deverá ser submetido à apreciação da Comissão.

Art. 39 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 40 - Fica revogado o Decreto nº 11.103, de 5 de agosto de 2002.Belo Horizonte, 04 de março de 2015

Marcio Araujo de LacerdaPrefeito de Belo Horizonte

5.3. EDITAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS CULTURAIS 2015 - Publicado no DOM em 12 de dezembro de 2015

LEI MUNICIPAL DE INCENTIVO À CULTURA - LMICEDITAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS - 2015

A Fundação Municipal de Cultura - FMC e a Comissão Municipal de Incentivo à Cultura (CMIC) por meio do Departamento de Fomento e Incentivo à Cultura (DPFIC), nos termos da Lei Municipal 10.854/2015 de 17 de outubro de 2015 e na Lei Municipal n° 6.498, de 29 de dezembro de 1993, e do Decreto Municipal n° 15.889, de 04 de março de 2015, torna público que, de 12 de Janeiro a 31 de Janeiro de 2016, estará aberto o prazo de inscrição de projetos culturais, para obtenção de benefícios da Lei Municipal de Incentivo à Cultura - LMIC - no âmbito do Município de Belo Horizonte.

I. DOS CONCEITOSArt. 1º - Para os fins do disposto nesse edital, considera-se:

I - Comissão Municipal de Incentivo à Cultura (CMIC): instância julgadora, de caráter deliberativo, composta de forma paritária por representantes da Administração Pública Municipal, indicados pelo presidente da FMC e por representantes do setor cultural, eleitos pela sociedade civil de Belo Horizonte, com atribuição de selecionar os projetos culturais a serem beneficiados pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura, bem como fixar o valor a ser concedido a cada projeto, conforme critérios estabelecidos no presente edital;

II - Fundo de Projetos Culturais (FPC): mecanismo por meio do qual o Município de Belo Horizonte viabiliza diretamente projetos culturais, por meio de repasse de recursos financeiros do Fundo de Projetos Culturais;

III - Incentivo Fiscal (IF): mecanismo por meio do qual o Município de Belo Horizonte pratica a renúncia fiscal em favor do incentivador de projetos de caráter artístico-cultural na cidade;

IV - Empreendedor: pessoa física ou jurídica, domiciliada no Município de Belo Horizonte, proponente do projeto cultural a ser beneficiado pela Lei Municipal de Incentivo a Cultura - LMIC;

V - Incentivador: pessoa física ou jurídica, domiciliada no Município de Belo Horizonte, contribuinte do ISSQN devido ao Município, que venha a transferir recursos, mediante doação ou patrocínio, em apoio a projetos culturais apresentados na forma deste edital, ou diretamente ao Fundo de Projetos Culturais, instituído pela Lei nº 6.498/93;

VI - Repasse de recursos do Fundo de Projetos Culturais: a transferência ao empreendedor, em caráter definitivo e livre de ônus, de recursos do Fundo de Projetos Culturais com o objetivo de executar o projeto contemplado pelo benefício estabelecido pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura;

VII - Patrocínio: a transferência de recursos, em caráter definitivo e livre de ônus, feita

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pelo incentivador ao empreendedor, para a realização do projeto cultural, com ou sem finalidades promocionais, publicitárias ou de retorno institucional;

VIII - Recursos Transferidos por Incentivo Fiscal: parcela de recursos transferidos, que poderá ser deduzida do valor do ISSQN devido pelo incentivador, para aplicação em projeto cultural incentivado;

IX - Recursos Próprios: todo e qualquer recurso econômico e financeiro destinado ao projeto, seja em espécie, seja como bem de consumo ou durável, que complemente o montante aprovado no projeto pela Comissão Municipal de Incentivo à Cultura, não podendo, em hipótese alguma, ser objeto de dedução fiscal do Município;

X - Certificado de Incentivo Fiscal: certificado nominal e intransferível, emitido pela Secretaria Municipal de Finanças em favor do incentivador, especificando as importâncias que este poderá utilizar para dedução dos valores devidos a título de ISSQN, relativo aos serviços por ele prestado;

XI - Certificado de Participação do Fundo de Projetos Culturais: certificado nominal emitido pela Fundação Municipal de Cultura em favor do empreendedor, autorizando este a proceder à abertura de conta bancária específica para movimentação dos repasses financeiros do FPC;

XII - Termo de Compromisso de Incentivo Fiscal: documento firmado pelo empreendedor e pelo incentivador, perante o Município de Belo Horizonte, por meio do qual o primeiro se compromete a realizar o projeto incentivado na forma e condições propostas, e o segundo, a transferir recursos necessários à realização do projeto, nos valores e prazos estabelecidos, bem como a recolher integralmente e em dia o ISSQN devido;

XIII - Termo de Compromisso do Fundo de Projetos Culturais: documento firmado pelo empreendedor, perante o Município de Belo Horizonte, por meio do qual o primeiro se compromete a realizar o projeto contemplado pelo Fundo de Projetos Culturais, na forma e condições propostas, e o segundo, a transferir recursos necessários à realização do projeto, nos valores e prazos estabelecidos;

XIV - Certificado de Enquadramento de Incentivo Fiscal: certificado nominal emitido pela Fundação Municipal de Cultura, em favor do empreendedor, autorizando este a proceder à captação dos recursos, dentro do prazo de validade estabelecido. Autoriza também o procedimento de abertura de conta bancária específica, para movimentação dos repasses financeiros do IF.

XV - Patrimônio Imaterial ou Intangível: refere-se às práticas, expressões culturais e tradições herdadas dos antepassados, que conferem identidade a um grupo de indivíduos, tais como: os Saberes (ofícios tradicionais, técnicas, modos de fazer); as Formas de Expressão (linguagens, músicais, pinturas, gestuário, danças, manifestações literárias, plásticas, cênicas ou lúdicas); Celebrações (festas de caráter sagrado ou profano, rituais) e ou Lugares (feiras, santuários, praças e demais espaços, onde se concentram e se realizam práticas culturais coletivas).

XVI - Acessibilidade para as pessoas com necessidade especiais:

Acessibilidade que no Âmbito da cultura pressupõe não apenas as condições arquitetônicas, mas o formato, a linguagem, as tecnologias de acesso, etc…

II. DAS MODALIDADESArt. 2º - A presente seleção tem por objeto selecionar projetos culturais para incentivos, por meio das seguintes modalidades:

I - Fundo de Projetos Culturais - Modalidade pela qual os projetos culturais são incentivados por meio de repasse de recursos do Fundo de Projetos Culturais ao empreendedor;

II - Incentivo Fiscal - Modalidade pela qual os projetos culturais são incentivados por meio de doação ou patrocínio do incentivador, diretamente ao empreendedor.

Art. 3º - Para concorrer na modalidade Fundo de Projetos Culturais, os projetos culturais deverão contemplar em sua linha de ação pelo menos um dos seguintes itens abaixo:

a) a formação, a qualificação, a requalificação e o aprimoramento artístico e técnico de indivíduos, grupos e produções artístico-culturais;b) a valorização da diversidade cultural e da produção simbólica das comunidades, considerando as especificidades da cidade e de seu povo;c) as atividades culturais de caráter inovador, a pesquisa e a experimentação em novos suportes, plataformas, mídias e linguagens artístico-culturais;d) programas e projetos de caráter permanente, que propiciem o desenvolvimento artístico-cultural em diversos territórios da cidade e que comprovem a realização de atividades continuadas e ininterruptas, por um período mínimo de 03 (três) anos;e) a ocupação descentralizada dos espaços culturais (convencionais ou não convencionais) e logradouros públicos, bem como a circulação dos bens, serviços e conteúdos culturais;f) a difusão, a informação e a divulgação de bens, serviços e conteúdos culturais (publicações, registros etnográficos, registros de audiovisual e/ou sonoros, resultados de criações e pesquisas, acervos arquivísticos, bibliográficos, fílmicos, fotográficos, fonográficos ou museológicos adquiridos, restaurados e/ou objeto de conservação, dentre outros) e dos bens imóveis que sejam objeto de proteção, intervenção ou de preservação previstos neste edital;g) a manutenção de espaços culturais e a programação cultural de entidades sem fins lucrativos, de direito privado, de caráter cultural e que valorizem a diversidade;h) o acesso, a fruição e a formação de público;i) o apoio, a promoção e a valorização do patrimônio histórico, cultural e artístico, em suas instâncias materiais e imateriais, bem como sua disponibilização a toda população;j) a difusão do conhecimento e das expressões tradicionais e populares da cidade;k) a valorização, a circulação e a fruição de projetos culturais que promovam a

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acessibilidade universal; l) Projetos que promovam e valorizem o conteúdo artístico-cultural das culturas negra, indígena, cigana, e LGBTT (Lesbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), ou que promovam a igualdade de gêneros;

§ 1º - Somente poderão propor projetos culturais, na modalidade Fundo de Projetos Culturais, pessoas físicas ou pessoas jurídicas sem fins lucrativos, de direito privado e de caráter cultural, domiciliadas em Belo Horizonte, que comprovem sua atuação na área cultural, mediante apresentação de currículo detalhado e acompanhado de material comprobatório. § 2º - É vedado a Micro Empreendedores Individuais (MEI) propor projeto na modalidade Fundo de Projetos Culturais.

Art. 4º - Para concorrer na modalidade Incentivo Fiscal, os projetos culturais deverão contemplar em sua linha de ação um dos itens especificados no art. 3º deste Edital e/ou pelo menos um dos seguintes itens abaixo:

a) o incremento da cadeia produtiva da cultura, incluindo a produção, profissionalização, distribuição, circulação e comercialização de bens e serviços artístico-culturais;b) a ocupação efetiva dos espaços culturais (convencionais ou não convencionais) e dos logradouros públicos;c) a democratização do acesso ao bem cultural;d) a promoção da intersetorialidade.

§ 1º - Somente poderão propor projetos culturais, na modalidade de Incentivo Fiscal, pessoas físicas ou jurídicas de direito privado e caráter cultural, domiciliadas em Belo Horizonte, que comprovem sua atuação na área cultural, mediante apresentação de currículo detalhado e acompanhado de material comprobatório.§ 2º - É permitido a Micro Empreendedores Individuais (MEI) propor projeto na modalidade Incentivo Fiscal.

Art. 5º - Cada empreendedor poderá inscrever no máximo 01 (um) projeto na modalidade Fundo de Projetos Culturais e 01 (um) projeto na modalidade Incentivo Fiscal. § 1º - É vedada a apresentação do mesmo projeto cultural simultaneamente nas modalidades Fundo de Projetos Culturais e Incentivo Fiscal.§ 2º - Para efeito da restrição deste artigo, são consideradas como mesmo empreendedor as pessoas físicas e/ou jurídicas que sejam sócias ou coligadas direta ou indiretamente ao mesmo grupo econômico.§ 3º - Caso o empreendedor inscreva mais de 02 (dois) projetos culturais, apenas os 02 (dois) primeiros projetos habilitados serão considerados, sendo os demais projetos automaticamente desconsiderados.§ 4º - Caso o empreendedor inscreva 02 (dois) ou mais projetos na mesma modalidade (FPC ou IF), será considerado apenas o primeiro habilitado, sendo os demais inabilitados;

§ 5º - A limitação do caput não se aplica aos associados de pessoas jurídicas sem fins lucrativos.

Art. 6º - Os projetos culturais beneficiados pelo presente edital deverão, em regra, ser executados no âmbito do Município de Belo Horizonte.Parágrafo Único. O empreendedor deverá destacar no, formulário as circunscrições regionais do Município de Belo Horizonte, onde serão executadas as ações dos projetos.

III. DOS IMPEDIMENTOSArt. 7º - Não poderão ser empreendedores de projetos culturais:

I - O Prefeito, o Vice-Prefeito, os Vereadores, os ocupantes de cargo em comissão ou função de confiança, as pessoas ligadas a qualquer deles por matrimônio ou parentesco, afim ou consanguíneo, até o segundo grau, ou por adoção e servidores públicos e empregados públicos municipais;

II - Membros da Comissão Municipal de Incentivo à Cultura (CMIC), nomeados e empossados para os mandatos de 2014/2015 e 2015/2016, seus sócios ou titulares, suas coligadas ou controladas e seus cônjuges, parentes ascendentes, descendentes, colaterais ou afins, até segundo grau, e empresas em que esses membros possuam cargo de direção ou relação de emprego enquanto durarem os seus mandatos e em até 1 (um) ano após o término dos mesmos”

III - Servidores públicos efetivos, empregados públicos ou aqueles que exerçam, mesmo que transitoriamente, função pública, com ou sem remuneração, vinculados à Fundação Municipal de Cultura; membros do Conselho Municipal de Cultura, do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte, do Conselho Curador e do Conselho Fiscal da Fundação Municipal de Cultura;

IV - Entidades da Administração Pública Direta ou Indireta de qualquer esfera de Governo;

V - Pessoa física ou jurídica proponente de projeto cultural anteriormente beneficiado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura, que não tenham prestado contas de projetos ou que tenham tido as prestações indeferidas e não as regularizaram até a data de encerramento das inscrições previstas no presente Edital.

Art. 8º - Não poderão ser incentivadores de projetos culturais:I - Pessoas físicas ou jurídicas, cujos beneficiários sejam os próprios incentivadores, seus sócios, ou titulares e suas coligadas ou controladas, cônjuges, parentes, ascendentes, descendentes, colaterais ou afins até segundo grau.

Art. 9º - É vedada a participação em qualquer fase dos projetos culturais:I - Do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos Vereadores, dos ocupantes de cargo em comissão

ou função de confiança;II - De Servidores públicos efetivos, empregados públicos ou aqueles que exerçam,

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mesmo que transitoriamente, função pública, com ou sem remuneração, vinculados à Fundação Municipal de Cultura; de membros do Conselho Municipal de Política Cultural, do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte, do Conselho Curador e do Conselho Fiscal da Fundação Municipal de Cultura;

III - De Membros da Comissão Municipal de Incentivo à Cultura (CMIC), nomeados e empossados para os mandatos de 2014/2015 e 2015/2016, seus sócios ou titulares, suas coligadas ou controladas e seus cônjuges, parentes ascendentes, descendentes, colaterais ou afins, até segundo grau, e empresas em que esses membros possuam cargo de direção ou relação de emprego, enquanto durarem os seus mandatos e em até 1 (um) ano após o término dos mesmos”Parágrafo Único. Considera-se participação, para efeito do caput, qualquer ação relacionada à execução do projeto mediante remuneração.

IV. DA NATUREZA DOS PROJETOS CULTURAISArt. 10 - Os projetos culturais participantes da presente seleção deverão, necessariamente, possuir caráter artístico e/ou cultural e se enquadrar nas áreas dispostas no artigo 3º da Lei Municipal n° 6.498/93.

Art. 11 - O empreendedor, na proposição do projeto cultural, deverá indicar apenas um setor e um respectivo subsetor no projeto, conforme o Formulário para Apresentação de Projetos Culturais. Parágrafo Único. Caso haja setores afins, é facultado ao empreendedor informá-los no formulário.

Art. 12 - Os projetos culturais, que visem à manutenção, construção, ampliação, preservação, conservação e aquisição de acervos e materiais permanentes, só poderão ser apresentados por pessoa jurídica sem fins lucrativos de caráter artístico e/ou cultural.

Art. 13 - Os materiais permanentes adquiridos em função de projeto cultural beneficiado pela LMIC deverão, ao fim de sua execução, ser devolvidos à Fundação Municipal de Cultura, tendo em vista que se tratam de bens do poder público. Parágrafo Único. Em caso de comprovação da continuidade da utilização dos materiais permanentes adquiridos, a guarda definitiva deste poderá ser solicitada pelo empreendedor à CMIC, que apreciará a procedência e decidirá sobre a solicitação.

Art. 14 - O projeto cultural, cujo objeto seja a reforma, a conservação e/ou a restauração de imóveis de interesse cultural, só poderá ser proposto por pessoa jurídica sem fins lucrativos, com a anuência do proprietário, ou por pessoa física, quando esta for proprietária do imóvel em questão.

Art. 15 - Os projetos culturais deverão trazer a especificação do custo integral, ainda que

objetivem a obtenção de fração dos recursos necessários. Parágrafo Único. Havendo previsão de recursos complementares de outras fontes públicas e/ou privadas, tais informações deverão constar nos campos específicos da planilha orçamentária.

Art. 16 - Os projetos culturais deverão apresentar em suas propostas ações de acessibilidade para as pessoas com necessidades especiais, seja dos profissionais envolvidos no projeto e ou do público atendido pelo mesmo.

V. DOS INCENTIVOSArt. 17 - Nos casos em que o orçamento do projeto cultural ultrapassar o limite de financiamento público previsto neste edital, o empreendedor deverá destacar a descrição do custeio solicitado à LMIC na planilha orçamentária.

Art. 18 - A CMIC fixará valores para cada projeto cultural contemplado, respeitando os limites de financiamento estabelecidos neste edital de forma a viabilizar sua exequibilidade.

Art. 19 - Na Modalidade FPC, o valor dos serviços para elaboração fica limitado a 5% (cinco por cento) do valor aprovado.Parágrafo único: O recurso estabelecido no caput não pode ser destinado ao empreendedor.

Art. 20 - Na modalidade IF, o valor dos serviços para elaboração/captação fica limitado a 10% (dez por cento) do valor aprovado.Parágrafo único: O recurso estabelecido no caput não pode ser destinado ao empreendedor.

Art. 21 - Os valores referentes a despesas de administração não poderão ultrapassar 35% (trinta e cinco por cento) do custo total aprovado, em caso de projetos culturais que visem à manutenção de espaços, e 15% (quinze por cento) para os demais projetos culturais, salvo em casos específicos, devidamente motivados, os quais serão analisados previamente pela CMIC.

Art. 22 - A remuneração total de uma mesma pessoa física envolvida na realização do projeto cultural fica limitada a 25% (vinte e cinco por cento) do valor total aprovado, salvo em casos específicos, devidamente motivados, os quais serão analisados previamente pela CMIC.

VI. DA DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS ENTRE OS SETORESArt. 23 - Fica estabelecido que os recursos serão distribuídos de acordo com a delimitação a seguir e com as categorias de financiamento:

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Prefeitura de Belo Horizonte | Fundação Muncipal de Cultura Manual de Gestão de Projetos Culturais | Incentivo Fiscal - Edital 2015CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO SUB-

PONTUAÇÃO PONTUAÇÃO

I. CONSISTÊNCIA DO PROJETO

1. Clareza, objetividade e suficiência das informações contidas no projeto, que

deverão expressar com nitidez o que

se quer realizar;

a) Apresentação 6

30

b) Objetividade do projeto 6

c) Justificativa da proposta 6

2. Detalhamento das etapas do projeto, que permita a

visualização, passo a passo,

das ações essenciais à

sua execução.

a) Coerência do cronograma físico e

financeiro 4

b) Descrição detalhada do produto ou serviço

cultural, bem como dos produtos

complementares e das formas de acesso.

4

c) Coerência do plano básico de divulgação, com os objetivos do

projeto e com o produto ou serviço cultural a ser

disponibilizado.

4

II. EXEQUIBILIDAD

E

1. Compatibilidad

e entre os currículos da

equipe responsável

pelo projeto e a proposta

apresentada - Total 08 pontos

a) Compatibilidade entre a formação profissional da equipe e a proposta

apresentada.

3

35

b) Compatibilidade entre a experiência

profissional da equipe e a proposta apresentada.

3

2. Orçamento compatível

com a proposta, completo,

detalhado e com valores

praticados no mercado local.

a) Detalhamento da planilha orçamentária e

suficiência de informações.

4

b) Compatibilidade da planilha orçamentária com a proposta e com

os valores praticados no mercado local.

5

3. Prazos adequados à realização do projeto; 5

4. Compatibilidade entre os objetivos e as estratégias de realização do projeto; 5

5. Capacidade de articulação institucional e alcance das estratégias do

projeto; 5

6. Capacidade de o projeto prover acessibilidade às pessoas com

necessidades especiais. 5

III. IMPACTO CULTURAL DO

PROJETO E SEU EFEITO

MULTIPLICADOR

Projetos que promovam a formação de público, a fruição, a qualificação e o aprimoramento técnico e/ou artístico:

serão considerados aqueles que fomentem o acesso aos bens artísticos e culturais, o fazer cultural e/ou que

invistam em capacitação, aperfeiçoamento e atualização de conhecimento na área artística e/ou cultural;

35

Projetos que priorizem a diversidade, produção simbólica das comunidades, respeitando as especificidades da

Parágrafo único - Fica estabelecido que os projetos que recebam nota inferior a 60 (sessenta) pontos não se contemplados no presente Edital.

XV. DO JULGAMENTO DOS PROJETOS CULTURAISArt. 41 - É facultado à CMIC realizar diligência destinada a esclarecer ou a complementar a instrução do processo.

Art. 42 - A análise e o julgamento dos projetos culturais ocorrerão no prazo de no mínimo 120 (cento e vinte) dias a contar do término do período de inscrição.Parágrafo único. O prazo a que se refere o caput deste artigo poderá ser prorrogado a critério da Fundação Municipal de Cultura, desde que devidamente motivado.

Art. 43 - O julgamento final da CMIC será motivado pelos critérios estabelecidos no Art. 40.

Art. 44 - O resultado com a relação dos projetos culturais contemplados será publicado no DOM, respeitando a ordem decrescente de pontuação em suas respectivas áreas.

XVI. DOS RECURSOSArt. 45 - O empreendedor terá o prazo de 05 (cinco) dias úteis, contados da publicação do resultado no Diário Oficial do Município, para solicitar a análise do seu projeto cultural.

Art. 46 - O empreendedor terá o prazo de 05 (cinco) dias úteis, contados envio da análise do seu projeto cultural pela FMC, para apresentar recurso dirigido à Fundação Municipal de Cultura, alegando o que achar de direito, levando-se em consideração o que foi apresentado no projeto analisado.

Art. 47 - Após recebidos e decididos eventuais recursos, o resultado final do processo público será homologado e publicado no Diário Oficial do Município.

XVII. DA VERIFICAÇÃO FISCAL E TRABALHISTA E EMISSÃO DOS CERTIFICADOSArt. 48 - Após a homologação, o empreendedor estará apto a receber o Certificado de Enquadramento de Incentivo Fiscal ou Certificado de Participação no Fundo de Projetos Culturais, mediante apresentação da seguinte documentação:

I - Empreendedor Pessoa Física:-Certidão Negativa de Débito Federal;-Certidão Negativa de Débito Estadual; -Certidão Negativa de Débito Municipal; -Certidão Negativa de Débito Trabalhista.

II - Empreendedor Pessoa Jurídica inclusive Micro Empreendedor Individual (MEI)

46 47

Prefeitura de Belo Horizonte | Fundação Muncipal de Cultura Manual de Gestão de Projetos Culturais | Incentivo Fiscal - Edital 2015

Inscrição no Sistema Único de Cadastro de Fornecedores (SUCAF) da Prefeitura de Belo Horizonte - Modalidade Inscrição, que deverá ser renovada periodicamente, e Alvará de Localização e Funcionamento§ 1º - O empreendedor que não apresentar a documentação descrita nos itens I e II, no prazo a ser estabelecido na Instrução Normativa, terá a aprovação de seu projeto cancelada.§ 2º - A apresentação de declarações, informações ou quaisquer documentos irregulares ou falsos implicará o cancelamento do projeto e a anulação de todos os atos dele decorrentes, em qualquer época, sem prejuízo das medidas e sanções administrativas e judiciais cabíveis.§ 3º - O Certificado não será emitido para empreendedores que no ato da homologação do Edital estejam inadimplentes com a LMIC.§ 4º - O proponente deverá se manter adimplente com as fazendas Federal, Estadual e Municipal assim como com a justiça trabalhista por todo o período de execução do projeto.

Art. 49 - Em caso de cancelamento do projeto cultural poderá ser convocado o projeto cultural subsequente pela ordem de pontuação e, em caso de empate, a escolha se dará mediante sorteio, facultada a participação dos interessados.§ 1º - No caso de cancelamento do projeto cultural ficam assegurados o contraditório e a ampla defesa.§ 2º - A convocação do projeto subsequente fica condicionada à disponibilidade orçamentária e viabilidade de captação de recursos.”

XVIII. DA CONTRAPARTIDA SOCIOCULTURAL Art. 50 - Os projetos culturais devem apresentar proposta de contrapartida sociocultural, entendida como o retorno social à população por meio de ação a ser desenvolvida pelo projeto pelo apoio financeiro recebido.

Art. 51 - A proposta de contrapartida sociocultural deve estar relacionada à descentralização cultural e/ou a universalização e democratização do acesso a bens culturais, e seus custos não podem estar incluídos no orçamento do projeto.

Art. 52 - Para os projetos culturais contemplados, a contrapartida será estabelecido entre o empreendedor e a Fundação Municipal de Cultura, sendo o termo de contrapartida em consonância com as diretrizes da FMC.

Art. 53 - A CMIC poderá sugerir contrapartidas a serem acordadas entre o empreendedor e a Fundação Municipal de Cultura.

Art. 54 - A Contrapartida deverá ser mensurada economicamente no campo específico do formulário de apresentação de projetos.

XIX. DAS DISPOSIÇÕES FINAISArt. 55 - É obrigatória a apresentação da Ficha de Inscrição Cadastral (FIC) no ato da assinatura do Termo de Compromisso do Empreendedor Pessoa Física.§ 1º - A descrição da CBO (Classificação Brasileira de Ocupações) constante na FIC deverá estar diretamente relacionada à função que será exercida pelo empreendedor no projeto. § 2º - O repasse de recursos para o projeto está condicionado à apresentação da FIC.

Art. 56 - Para fins de prestação de contas, somente serão aceitos comprovantes de despesas emitidos após a data de assinatura do Termo de Compromisso de Incentivo Fiscal (Anexo X) ou Termo de Compromisso do Fundo de Projetos Culturais (Anexo IX).

Art. 57 - Para os projetos culturais contemplados, será publicada instrução normativa, juntamente com a homologação, com os procedimentos para que o empreendedor possa receber o Certificado de Participação no Fundo de Projetos Culturais ou o Certificado de Incentivo Fiscal, assim como a convocação para assinatura do Termo de Compromisso.§ 1º - Caso o empreendedor não compareça no período estabelecido para assinatura do termo de compromisso, perderá o direito de assiná-lo.§ 2º - A FMC só poderá autorizar a assinatura após a data estabelecida no parágrafo anterior, se o atraso for devidamente motivado e se existir previsão orçamentária.

Art. 58- A execução do projeto deverá seguir a normatização estabelecida na instrução normativa específica e no manual de gestão de projetos culturais do FPC ou do IF.

Art. 59 - Toda a movimentação financeira relativa à execução do projeto cultural deverá ser realizada em conta bancária específica e exclusiva do projeto, sob responsabilidade do proponente, sendo que o empreendedor deverá abrir mão do sigilo bancário da referida conta, assim como autorizar a administração municipal requerer diretamente ao banco informações sobre a conta.§ 1º - Sempre que solicitado o empreendedor deverá apresentar o extrato bancário da conta específica.§ 2º - Os recursos enquanto não empregados na sua finalidade, serão obrigatoriamente aplicados em cadernetas de poupança, se a previsão de seu uso for igual ou superior a 1 (um) mês, ou em fundo de aplicação financeira de curto prazo ou operação de mercado aberto lastreada em títulos da dívida pública, ou aplicação de curto prazo em renda fixa com lastro do Fundo Garantidor Nacional, quando o prazo previsto para sua utilização for igual ou inferior a 1 (um) mês, todos com liquidez diária.

Art. 60 - A liberação dos recursos do Fundo de Projetos Culturais para o projeto selecionado está condicionada à existência de disponibilidade orçamentária e financeira do Fundo de Projetos Culturais, caracterizando a seleção como expectativa de direito do empreendedor.

48 49

Prefeitura de Belo Horizonte | Fundação Muncipal de Cultura Manual de Gestão de Projetos Culturais | Incentivo Fiscal - Edital 2015

Art. 61 - Serão desclassificados os projetos que apresentem no escopo da proposta qualquer forma de preconceito e intolerância a:

I - diversidade religiosa, racial, étnica, de gênero, e de orientação sexual.II - demais formas de preconceitos estabelecidos no inciso IV, Art. 3º da Constituição Federal.

§ 1º - A análise de mérito relativa ao disposto no caput compete exclusivamente à CMIC e será realizada mediante apreciação do Formulário de Apresentação de Projetos.§ 2º - Sob pena de desclassificação, os empreendedores de projetos culturais firmarão declaração no sentido de que suas propostas não apresentam as formas de preconceito descritas no caput.§ 3º - Em caso de desclassificação será resguardado ao interessado o direito a ampla defesa e contraditório.

Art. 62 - Cinco por cento dos produtos e serviços resultantes dos projetos financiados deverão ser disponibilizados para Fundação Municipal de Cultura com o intuito de promover a difusão do conteúdo, esse percentual não pode ser considerado como Contrapartida do Projeto.

Art. 63 - Os esclarecimentos referentes ao presente edital deverão ser solicitados através do site www.bhfazcultura.pbh.gov.br/edital2015 até três dias antes do encerramento das inscrições.

Art. 64 - A obra Audiovisual no ato da entrega da prestação de contas deverá ser entregue em um HD externo, contendo versão final, integral e na maior qualidade, sem compressão ou cortes.Parágrafo único: Ressalvados os direitos de comercialização da obra nos termos da legislação da Ancine, a obra aprovada no presente edital deverá conceder o direito de exibição para Fundação Municipal de Cultura para fins não comerciais. Art. 65 - Os empreendedores que não tenham acesso a Internet e ou computador poderão comparecer nos endereços estabelecidos no ANEXO XI, para enviar o seu projeto.

Art. 66 - O ato de inscrição implica plena aceitação das normas constantes deste edital.

Art. 67 - Os casos omissos relativos a este edital serão decididos pela CMIC.

Belo Horizonte, 11 de dezembro de 2015

Murilo Junio Rezende PereiraPresidente da Comissão Municipal de Incentivo à Cultura

Leônidas José OliveiraPresidente da Fundação Municipal de Cultura

CÓDIGO

ANEXO I

ARTES CÊNICAS-CIRCO

DESCRIÇÃO IF FPC

1-A-C Para aquisição de acervos bibliográficos, arquivísticos, fílmicos, fotográficos, fonográficos ou museológicos:

R$ 75.000,00 R$ 65.000,00

2-A-C Para aquisição de equipamentos e mobiliários destinados a entidades culturais sem fins lucrativos:

R$ 90.000,00 R$ 75.000,00

3-A-C

Para manutenção de espaços culturais e centros culturais sem fins lucrativos e sua programação cultural anual neles realizada.

R$ 120.000,00 R$ 100.000,00

4-A-C Para bolsas de estudos e/ou residência artística: R$ 30.000,00 R$ 25.000,00

5-A-C Para circulação de produções, bens e serviços culturais: R$ 50.000,00 R$ 45.000,00

6-A-C Para concurso ou premiação: R$ 50.000,00 R$ 35.000,00

7-A-C

Para projetos culturais que tenham como objetivo central congressos, conferências, palestras, seminários, cursos, oficinas, workshops:

R$ 55.000,00 R$ 50.000,00

8-A-C

Para construção ou conservação de espaços culturais com atividade continuada, não tombados por nenhuma esfera governamental:

R$ 80.000,00 R$ 65.000,00

9-A-C Para projetos culturais que visem ao desenvolvimento de plataforma multimídia, sítio eletrônico, suporte tecnológico:

R$ 45.000,00 R$ 40.000,00

10-A-C Para projetos culturais que visem ao desenvolvimento de banco de dados artístico-culturais:

R$ 90.000,00 R$ 75.000,00

11-A-C Para produção e/ou montagem de exposições de acervos artístico-culturais e memória das artes cênicas:

R$ 55.000,00 R$ 50.000,00

12-A-C Para projetos culturais que contemplem festivais: R$ 120.000,00 R$ 100.000,00

13-A-C Para produção de CD/álbum musical ou DVD: R$ 75.000,00 R$ 50.000,00

14-A-C Para produção de CD/álbum musical ou DVD, com show de lançamento: R$ 100.000,00 R$ 75.000,00

15-A-C Para produção de espetáculos teatrais, de dança, de circo ou de natureza correlata:

R$ 120.000,00 R$ 60.000,00

16-A-C Para pesquisa sobre temática artística e/ou cultural, de caráter inovador: publicação e/ou divulgação e/ou circulação

R$ 45.000,00 R$ 35.000,00

Para produção de programas de rádio ou TV:

17-A-C programa de rádio e web rádio: R$ 45.000,00 R$ 35.000,00

18-A-C programa de TV ou Web TV. R$ 75.000,00 R$ 65.000,00

19-A-C

Para publicação, distribuição e disponibilização de livros, catálogos e/ou periódicos de arte, fotografia, patrimônio e memória, em meio impresso e/ou digital:

R$ 80.000,00 R$ 65.000,00

20-A-C Para criações dramatúrgicas e de roteiros, R$ 30.000,00 R$ 20.000,00

50 51

Prefeitura de Belo Horizonte | Fundação Muncipal de Cultura Manual de Gestão de Projetos Culturais | Incentivo Fiscal - Edital 2015CÓDIGO

ANEXO II

ARTES CÊNICAS-DANÇA

DESCRIÇÃO IF FPC

26-A-D

Para aquisição de acervos bibliográficos, arquivísticos, fílmicos, fotográficos, fonográficos ou museológicos:

R$ 75.000,00 R$ 65.000,00

27-A-D Para aquisição de equipamentos e mobiliários destinados a entidades culturais sem fins lucrativos:

R$ 90.000,00 R$ 75.000,00

28-A-D

Para manutenção de espaços culturais e centros culturais sem fins lucrativos e sua programação cultural anual neles realizada.

R$ 120.000,00 R$ 100.000,00

29-A-D Para bolsas de estudos e/ou residência artística: R$ 30.000,00 R$ 25.000,00

30-A-D Para circulação de produções, bens e serviços culturais: R$ 50.000,00 R$ 45.000,00

31-A-D Para concurso ou premiação: R$ 50.000,00 R$ 35.000,00

32-A-D

Para projetos culturais que tenham como objetivo central congressos, conferências, palestras, seminários, cursos, oficinas, workshops:

R$ 55.000,00 R$ 50.000,00

33-A-D

Para construção ou conservação de espaços culturais com atividade continuada, não tombados por nenhuma esfera governamental:

R$ 80.000,00 R$ 65.000,00

34-A-D

Para projetos culturais que visem ao desenvolvimento de plataforma multimídia, sítio eletrônico, suporte tecnológico:

R$ 45.000,00 R$ 40.000,00

35-A-D Para projetos culturais que visem ao desenvolvimento de banco de dados artístico-culturais:

R$ 90.000,00 R$ 75.000,00

36-A-D Para produção e/ou montagem de exposições de acervos artístico-culturais e memória das artes cenicas:

R$ 55.000,00 R$ 50.000,00

37-A-D Para projetos culturais que contemplem festivais: R$ 120.000,00 R$ 100.000,00

38-A-D Para produção de CD/álbum musical ou DVD: R$ 75.000,00 R$ 50.000,00

39-A-D Para produção de CD/álbum musical ou DVD, com show de lançamento:

R$ 100.000,00 R$ 75.000,00

40-A-D Para produção de espetáculos teatrais, de dança, de circo ou de natureza correlata:

R$ 120.000,00 R$ 60.000,00

41-A-D

Para pesquisa sobre temática artística e/ou cultural, de caráter inovador: publicação e/ou divulgação e/ou circulação

R$ 45.000,00 R$ 35.000,00

Para produção de programas de rádio ou TV:

42-A-D programa de rádio e web rádio: R$ 45.000,00 R$ 35.000,00

43-A-D programa de TV ou Web TV. R$ 75.000,00 R$ 65.000,00

44-A-D Para publicação, distribuição e R$ 80.000,00 R$ 65.000,00

CÓDIGO

ANEXO III

ARTES CÊNICAS- TEATRO, MUSICAL E ÓPERA

DESCRIÇÃO IF FPC

51-A-T Para aquisição de acervos bibliográficos, arquivísticos, fílmicos, fotográficos, fonográficos ou museológicos: R$ 75.000,00 R$ 65.000,00

52-A-T Para aquisição de equipamentos e mobiliários destinados a entidades culturais sem fins lucrativos: R$ 90.000,00 R$ 75.000,00

53-A-T Para manutenção de espaços culturais e centros culturais sem fins lucrativos e sua programação cultural anual neles realizada. R$ 120.000,00 R$ 100.000,00

54-A-T Para bolsas de estudos e/ou residência artística: R$ 30.000,00 R$ 25.000,00

55-A-T Para circulação de produções, bens e serviços culturais: R$ 50.000,00 R$ 45.000,00

56-A-T Para concurso ou premiação: R$ 80.000,00 R$ 65.000,00

57-A-T Para projetos culturais que tenham como objetivo central congressos, conferências, palestras, seminários, cursos, oficinas, workshops:

R$ 55.000,00 R$ 50.000,00

58-A-T Para construção ou conservação de espaços culturais com atividade continuada, não tombados por nenhuma esfera governamental:

R$ 80.000,00 R$ 65.000,00

59-A-T Para projetos culturais que visem ao desenvolvimento de plataforma multimídia, sítio eletrônico, suporte tecnológico: R$ 45.000,00 R$ 40.000,00

60-A-T Para projetos culturais que visem ao desenvolvimento de banco de dados artístico-culturais: R$ 90.000,00 R$ 75.000,00

61-A-T Para produção e/ou montagem de exposições de acervos artístico-culturais e memória das artes cenicas: R$ 55.000,00 R$ 50.000,00

62-A-T Para projetos culturais que contemplem festivais: R$ 120.000,00 R$ 100.000,00

63-A-T Para produção de CD/álbum musical ou DVD: R$ 75.000,00 R$ 50.000,00

64-A-T Para produção de CD/álbum musical ou DVD, com show de lançamento: R$ 100.000,00 R$ 75.000,00

65-A-T Para produção de espetáculos teatrais, de dança, de circo ou de natureza correlata: R$ 120.000,00 R$ 60.000,00

66-A-T Para pesquisa sobre temática artística e/ou cultural, de caráter inovador: publicação e/ou divulgação e/ou circulação R$ 45.000,00 R$ 35.000,00

Para produção de programas de rádio ou TV:

67-A-T programa de rádio e web rádio: R$ 45.000,00 R$ 35.000,00

68-A-T programa de TV ou Web TV. R$ 75.000,00 R$ 65.000,00

69-A-T Para publicação, distribuição e disponibilização de livros, catálogos e/ou periódicos de arte, fotografia, patrimônio e memória, em meio impresso e/ou digital:

R$ 80.000,00 R$ 65.000,00

70-A-T Para criações dramatúrgicas e de roteiros, R$ 30.000,00 R$ 20.000,00

71-A-T Para a realização de ações de preservação e promoção da diversidade do patrimônio imaterial da cidade: R$ 100.000,00 R$ 80.000,00

72-A-T Para restauração e conservação de acervos arquivísticos, bibliográficos, fílmicos, fotográficos, fonográficos ou museológicos de natureza correlata:

R$ 75.000,00 R$ 55.000,00

73-A-T Para produção de aplicativos e jogos digitais de carácter artístico cultural. R$ 55.000,00 R$ 50.000,00

74-A-T Para temporada de produções, bens e serviços culturais: R$ 50.000,00 R$ 45.000,00

75-A-T Para projetos culturais que contemplem mostras e feiras R$ 130.000,00 R$ 90.000,00

52 53

Prefeitura de Belo Horizonte | Fundação Muncipal de Cultura Manual de Gestão de Projetos Culturais | Incentivo Fiscal - Edital 2015CÓDIGO ANEXO IV

ARTES VISUAIS

DESCRIÇÃO IF FPC

76-A-V Para aquisição de acervos bibliográficos, arquivísticos, fílmicos, fotográficos, fonográficos ou museológicos: R$ 75.000,00 R$ 65.000,00

77-A-V Para aquisição de equipamentos e mobiliários destinados a entidades culturais sem fins lucrativos: R$ 90.000,00 R$ 75.000,00

78-A-V Para manutenção de espaços culturais e centros culturais sem fins lucrativos e/ou programação cultural anual: R$ 120.000,00 R$ 100.000,00

79-A-V Para bolsas de estudos e/ou residência artística: R$ 30.000,00 R$ 25.000,00

80-A-V Para circulação de produções, bens e serviços culturais (tais como exposições, intervenções, instalações e performances): R$ 100.000,00 R$ 90.000,00

81-A-V Para concurso ou premiação: R$ 50.000,00 R$ 35.000,00

82-A-V Para projetos culturais que tenham como objetivo central congressos, conferências, palestras, seminários, cursos, oficinas, workshops:

R$ 75.000,00 R$ 60.000,00

83-A-V Para construção ou conservação de imóveis de interesse cultural, não tombados por nenhuma esfera governamental: R$ 80.000,00 R$ 65.000,00

84-A-V Para projetos culturais que visem ao desenvolvimento de plataforma multimídia, sítio eletrônico, suporte tecnológico: R$ 45.000,00 R$ 40.000,00

85-A-V Para projetos culturais que visem ao desenvolvimento de banco de dados artístico-culturais: R$ 90.000,00 R$ 75.000,00

86-A-V Para produção e/ou montagem de exposições de arte, artesanato, fotografia e de acervos artístico-culturais de outras ordens: R$ 75.000,00 R$ 60.000,00

87-A-V Para projetos culturais que contemplem mostras, feiras e festivais: R$ 120.000,00 R$ 100.000,00

88-A-V Para produção de CD/álbum musical ou DVD: R$ 75.000,00 R$ 50.000,00

89-A-V Para produção de CD/álbum musical ou DVD, com evento de lançamento: R$ 100.000,00 R$ 75.000,00

90-A-V Para produções de natureza folclórica, de culturas tradicionais ou de natureza correlata: R$ 80.000,00 R$ 65.000,00

91-A-V Para produções de natureza musical: R$ 65.000,00 R$ 55.000,00

92-A-V Para pesquisa sobre temática artística e/ou cultural, de caráter experimental: R$ 45.000,00 R$ 35.000,00

Para produção de programas de rádio ou TV:

93-A-V programa de rádio e web rádio: R$ 45.000,00 R$ 35.000,00

94-A-V programa de TV ou Web TV. R$ 75.000,00 R$ 65.000,00

95-A-V Para publicação, distribuição e disponibilização de livros, catálogos e/ou periódicos de arte, fotografia, patrimônio e memória, em meio impresso e/ou digital:

R$ 80.000,00 R$ 65.000,00

96-A-V Para criações literárias, dramatúrgicas, de roteiros, de composições musicais (artes visuais, audiovisual, radiofônicos, dança, musica, etc.):

R$ 30.000,00 R$ 20.000,00

Para projetos culturais que visem à proteção e a promoção do patrimônio cultural:

97-A-V Através de intervenções em bens móveis e integrados, tombados pelo Poder Público: R$ 80.000,00 R$ 55.000,00

98-A-V Através de intervenções em prédio, monumento, logradouro e demais bens tombados pelo Poder Público: R$ 120.000,00 R$ 80.000,00

99-A-V Através da realização de ações de preservação e promoção da diversidade do patrimônio imaterial da cidade: R$ 100.000,00 R$ 80.000,00

100-A-V Para restauração e conservação de acervos arquivísticos, bibliográficos, fílmicos, fotográficos, fonográficos ou museológicos de natureza correlata:

R$ 75.000,00 R$ 55.000,00

101-A-V Para produção de aplicativos e jogos digitais de carácter artístico cultural. R$ 55.000,00 R$ 50.000,00

102-A-V Para intervenções artísticas em logradouros públicos tais como (Praças, Ruas, Canteiros e correlatos) R$ 55.000,00 R$ 50.000,00

CÓDIGO

ANEXO V

AUDIOVISUAL

DESCRIÇÃO IF FPC

104-A-U Para aquisição de acervos bibliográficos, arquivísticos, fílmicos, fotográficos, fonográficos ou museológicos: R$ 75.000,00 R$ 65.000,00

105-A-U Para aquisição de equipamentos e mobiliários destinados a entidades culturais sem fins lucrativos: R$ 90.000,00 R$ 75.000,00

106-A-U Para manutenção de espaços culturais e centros culturais sem fins lucrativos e/ou programação cultural anual: R$ 120.000,00 R$ 100.000,00

107-A-U Para bolsas de estudos e/ou residência artística: R$ 30.000,00 R$ 25.000,00

108-A-U Para circulação de produções, bens e serviços culturais. R$ 65.000,00 R$ 60.000,00

109-A-U Para concurso ou premiação: R$ 50.000,00 R$ 35.000,00

110-A-U Para projetos culturais que tenham como objetivo central congressos, conferências, palestras, seminários, cursos, oficinas, workshops: R$ 75.000,00 R$ 60.000,00

111-A-U Para construção ou conservação de imóveis de interesse cultural, não tombados por nenhuma esfera governamental: R$ 80.000,00 R$ 65.000,00

112-A-U Para projetos culturais que visem ao desenvolvimento de plataforma multimídia, sítio eletrônico, suporte tecnológico e banco de dados artístico-culturais:

R$ 45.000,00 R$ 40.000,00

113-A-U Para produção e/ou montagem de exposições de acervos/temáticas audiovisuais e correlatos: R$ 75.000,00 R$ 60.000,00

114-A-U Para projetos culturais que contemplem mostras, feiras e festivais; R$ 120.000,00 R$ 90.000,00

Para auxílio à produção de obras audiovisuais em qualquer gênero e formato/bitola:

115-A-U longa-metragem (acima de 70 minutos): R$ 160.000,00 Não se aplica

116-A-U média-metragem (acima de 15 minutos): R$ 120.000,00 R$ 100.000,00

117-A-U curta-metragem (até 15 minutos): R$ 80.000,00 R$ 75.000,00

118-A-U Para pesquisa sobre temática artística e/ou cultural, de caráter inovador: R$ 45.000,00 R$ 35.000,00

Para produção de programas de rádio ou TV:

119-A-U programa de rádio e web rádio: R$ 45.000,00 R$ 35.000,00

120-A-U programa de TV ou Web TV. R$ 75.000,00 R$ 65.000,00

121-A-U Para publicação, distribuição e disponibilização de livros, catálogos e/ou periódicos de arte, fotografia, patrimônio e memória, em meio impresso e/ou digital:

R$ 80.000,00 R$ 65.000,00

122-A-U Para criações de roteiros de conteúdo para o audiovisual. R$ 30.000,00 R$ 20.000,00

123-A-U Para realização de ações de preservação e promoção da diversidade do patrimônio imaterial da cidade: R$ 100.000,00 R$ 80.000,00

124-A-U Para restauração e conservação de acervos audiovisuais e seus correlatos. R$ 75.000,00 R$ 55.000,00

125-A-U Para produção de aplicativos e jogos digitais de carácter artístico cultural. R$ 55.000,00 R$ 50.000,00

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CÓDIGO

ANEXO VI

LITERATURA

DESCRIÇÃO IF FPC

126-L-T Para aquisição de acervos bibliográficos, arquivísticos, fílmicos, fotográficos, fonográficos ou museológicos: R$ 100.000,00 R$ 90.000,00

127-L-T Para aquisição de equipamentos e mobiliários destinados a entidades culturais sem fins lucrativos: R$ 90.000,00 R$ 75.000,00

128-L-T Para manutenção de espaços culturais e centros culturais sem fins lucrativos e/ou programação cultural anual: R$ 120.000,00 R$ 100.000,00

129-L-T Para bolsas de estudos e/ou residência artística: R$ 30.000,00 R$ 25.000,00

130-L-T Para circulação de produções, bens e serviços culturais (shows musicais, espetáculos teatrais, folclóricos, de circo, dança, de culturas tradicionais, exposições em geral e correlatos):

R$ 65.000,00 R$ 60.000,00

131-L-T Para concurso ou premiação: R$ 50.000,00 R$ 35.000,00

132-L-T Para projetos culturais que tenham como objetivo central congressos, conferências, palestras, seminários, cursos, oficinas, workshops: R$ 75.000,00 R$ 60.000,00

133-L-T Para construção ou conservação de imóveis de interesse cultural, não tombados por nenhuma esfera governamental: R$ 80.000,00 R$ 65.000,00

134-L-T Para projetos culturais que contemplem mostras, feiras e festivais: R$ 120.000,00 R$ 100.000,00

135-L-T Para criações literárias, dramatúrgicas, de roteiros, de composições musicais (artes visuais, audiovisual, radiofônicos, dança, musica, etc.): R$ 30.000,00 R$ 20.000,00

136-L-T Para publicação, distribuição e disponibilização de livros, catálogos e/ou periódicos em meio impresso e/ou digital: R$ 80.000,00 R$ 65.000,00

137-L-T Para produção e/ou montagem de exposições de arte, artesanato, fotografia e de acervos artístico-culturais de outras ordens: R$ 85.000,00 R$ 75.000,00

138-L-T Para produção de aplicativos e jogos digitais de carácter artístico cultural. R$ 55.000,00 R$ 50.000,00

139-L-T Para projetos culturais que visem ao desenvolvimento de plataforma multimídia, sítio eletrônico, suporte tecnológico: R$ 45.000,00 R$ 40.000,00

140-L-T Para projetos culturais que visem ao desenvolvimento de banco de dados artístico-culturais: R$ 90.000,00 R$ 75.000,00

Para produção de programas de rádio ou TV:

141-L-T programa de TV ou Web TV. R$ 75.000,00 R$ 65.000,00

142-L-T programa de rádio e web rádio: R$ 45.000,00 R$ 35.000,00

143-L-T Para restauração e conservação de acervos arquivísticos, bibliográficos, fílmicos, fotográficos, fonográficos ou museológicos de natureza correlata: R$ 75.000,00 R$ 55.000,00

144-L-T Para pesquisa sobre temática artística e/ou cultural, de caráter inovador: R$ 45.000,00 R$ 35.000,00

CÓDIGO

ANEXO VIII

PATRIMÔNIO/MEMÓRIA/IDENTIDADES CULTURAIS

DESCRIÇÃO IF FPC

169-M-U Para aquisição de acervos bibliográficos, arquivísticos, fílmicos, fotográficos, fonográficos ou museológicos: R$ 75.000,00 R$ 65.000,00

170-M-U Para aquisição de equipamentos e mobiliários destinados a entidades culturais sem fins lucrativos: R$ 90.000,00 R$ 75.000,00

171-M-U Para manutenção de espaços culturais e centros culturais sem fins lucrativos e/ou programação cultural anual: R$ 120.000,00 R$ 100.000,00

172-M-U Para bolsas de estudos e/ou residência artística: R$ 30.000,00 R$ 25.000,00

173-M-U Para circulação de produções, bens e serviços culturais (de grupos de cultura popular, de culturas tradicionais e seus correlatos): R$ 65.000,00 R$ 60.000,00

174-M-U Para concurso ou premiação: R$ 50.000,00 R$ 35.000,00

175-M-U Para projetos culturais que tenham como objetivo central congressos, conferências, palestras, seminários, cursos, oficinas, workshops: R$ 75.000,00 R$ 60.000,00

176-M-U Para construção ou conservação de imóveis espaços de interesse cultural, não tombados por nenhuma esfera governamental: R$ 80.000,00 R$ 65.000,00

177-M-U Para projetos culturais que visem ao desenvolvimento de plataforma multimídia, sítio eletrônico, suporte tecnológico: R$ 45.000,00 R$ 40.000,00

178-M-U Para projetos culturais que visem ao desenvolvimento de banco de dados artístico-culturais: R$ 90.000,00 R$ 75.000,00

179-M-U Para produção e/ou montagem de exposições relacionados a Patrimônio/Memória/Identidades culturais: R$ 75.000,00 R$ 60.000,00

180-M-U Para projetos culturais que contemplem mostras, feiras e festivais: R$ 120.000,00 R$ 100.000,00

181-M-U Para projetos culturais que contemplem festejos e festas populares: R$ 90.000,00 R$ 75.000,00

182-M-U Para produções de natureza folclórica, de culturas tradicionais ou de natureza correlata: R$ 80.000,00 R$ 65.000,00

183-M-U Para pesquisa sobre temática relacionada ao Patrimônio/Memória/Identidades culturais, de caráter inovador: R$ 45.000,00 R$ 35.000,00

Para produção de programas de rádio ou TV:

184-M-U programa de rádio e web rádio: R$ 45.000,00 R$ 35.000,00

185-M-U programa de TV ou Web TV. R$ 75.000,00 R$ 65.000,00

186-M-U Para publicação, distribuição e disponibilização de livros, catálogos e/ou periódicos, de Patrimônio/Memória/Identidades culturais, em meio impresso e/ou digital:

R$ 80.000,00 R$ 65.000,00

187-M-U Para criações literárias, dramatúrgicas, de roteiros, de composições musicais relacionados Patrimônio, Memória e Identidades culturais: R$ 30.000,00 R$ 20.000,00

- Para projetos culturais que visem à proteção e a promoção do patrimônio cultural:

188-M-U Através de intervenções em bens móveis e integrados, tombados pelo Poder Público: R$ 160.000,00 R$ 120.000,00

189-M-U Através de intervenções em prédio, monumento, logradouro e demais bens tombados pelo Poder Público: R$ 120.000,00 R$ 80.000,00

190-M-U Através da realização de ações de preservação e promoção da diversidade do patrimônio imaterial da cidade: R$ 80.000,00 R$ 65.000,00

191-M-U Para tratamento de conservação ou de restauração de acervos arquivísticos, bibliográficos, fílmicos, fotográficos, fonográficos ou museológicos de natureza correlata:

R$ 75.000,00 R$ 65.000,00

192-M-U Para produção de aplicativos e jogos digitais de carácter artístico cultural. R$ 55.000,00 R$ 50.000,00

193-M-U Para gestão de acervos arquivísticos, bibliográficos, fílmicos, fotográficos, fonográficos ou museológicos de natureza correlata: R$ 75.000,00 R$ 55.000,00

194-M-U Para projetos de Moda e do Design Popular R$ 80.000,00 R$ 65.000,00

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ANEXO IX - MINUTA TERMO DE COMPROMISSO FPCTERMO DE COMPROMISSOFUNDO DE PROJETOS CULTURAIS

TERMO DE COMPROMISSO QUE ENTRE SI CELEBRAM O EMPREENDEDOR ORA QUALIFICADO E A FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE CULTURA, PARA OS FINS QUE ESPECIFICA. Pelo presente TERMO DE COMPROMISSOque assinam de um lado o EMPREENDEDOR CULTURALxxxxx, CNPJ/CPF Nº xxxx, por seu(s) representante(s) legal(is), o(a) Sr(a) XXXXX,CPF nº XXXXX, domiciliado(a) na XXXXX, bairro XXXXX, em Belo Horizonte - Minas Gerais XXXXXXXXXXXXXem adesão PROGRAMA DE INCENTIVO CULTURAL, instituído pela Lei Municipal nº 6.498, de 29 de dezembro de 1993, regulamentada pelo Decreto Municipal nº 15.889, de 4 de março de 2015; e de outro MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE - MBH, através da FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE CULTURA - FMC , CNPJ/MF XXXXXX, neste ato representada por seu Presidente XXXXX, CPF/MF XXXXXX, RG XXXX da com endereço à Rua da Bahia nº888, Centro, Belo Horizonte - Minas Gerais, resolvem ajustar as cláusulas abaixo, sem prejuízo das demais disposições legais e regulamentares, nos termos e condições que se seguem: CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO1.1. O objetivo deste Termo de Compromisso é o estabelecimento de condições para o repasse de recursos do FUNDO DE PROJETOS CULTURAIS para a realização do projeto cultural, protocolizado sob o númeroXXXXXXX , registrado nos autos do processo administrativo nº XXXXXX , de acordo com a proposta e o cronograma aprovados pela CMIC, que integram o presente instrumento para todos os fins de direito.PARÁGRAFO ÚNICO - O projeto cultural será produzido e executado nos prazos previstos no cronograma aprovado pela CMIC.

CLÁUSULA SEGUNDA - DA VIGÊNCIA2.1.A vigência do presente termo de compromisso é de16 (dezesseis) meses, contados a partir do recebimento da 1ª parcela do recurso; incluindo a prestação de contas final e contrapartida.

CLÁUSULA TERCEIRA - DA TRANSFERÊNCIA VOLUNTÁRIA DE RECURSOSPÚBLICOS3.2. O valor a ser repassado será de(XXXXXXXX).3.3. O valor a ser repassado será dividido em XXXX (XXXX)parcelas:

a) XXXXXXb) XXXXXX

3.4.A transferência voluntária da primeira parcela será efetivada no prazo estimado de 90 (noventa) dias contados da emissão desse termo, estando condicionado à disponibilidade financeira do Fundo de Projetos Culturais (FPC).3.5.Ressalvados os casos devidamente motivados e aprovados pela FMC, a liberação das parcelas subseqüentes à primeira estará condicionada à aprovação da Prestação de Contas Parcial e do Relatório de Acompanhamento e Avaliação do Projeto.3.6.Ocorrendo atraso na transferência voluntária de parcela do recurso além do prazo de 45 (quarenta e cinco) dias previstos a aprovação da prestação de contas parcial; o prazo de execução do projeto será automaticamente prorrogado pelo número de dias de atraso.3.7. O repasse dos recursos ficará condicionado à disponibilidade financeira do Fundo de Projetos Culturais.3.8. No caso de repasse em parcela única o empreendedor deverá apresentar prestação contas parcial, assim que o mesmo desembolsar 60% do valor repassado.

CLÁUSULA QUARTA - DA FORMA DA TRANSFERÊNCIA VOLUNTÁRIA DE RECURSOS PÚBLICOS4.1 A transferência dos valores destinados ao incentivo será efetuada por meio de crédito em conta bancária específica, em nome do EMPREENDEDOR, vinculada exclusivamente ao projeto beneficiado.4.2 Enquanto não utilizados em sua finalidade, os recursos deverão ser aplicados e o valor referente ao rendimento deverá ser transferido, ao final da execução do projeto, para a conta do Fundo de Projetos Culturais, nos termos do Manual de Gestão de Projetos Culturais 2014 e da IN 003/2015.4.3 Os dados bancários da conta específica vinculada ao projeto para a qual será transferido o recurso são:Conta corrente: Banco: - Nº da Agência: - Conta nº:

CLÁUSULA QUINTA - DAS OBRIGAÇÕES5.1. Para a consecução do objetivo deste TERMO DE COMPROMISSO as partes se comprometem a:5.1.1. Compete ao EMPREENDEDOR:

a) produzir e executar o projeto cultural beneficiado de acordo com a proposta e o cronograma, aprovados pela CMIC, devidamente atualizados;b) assumir todas as responsabilidades técnicas pela produção e execução do projeto beneficiado;c) encaminhar, para a Divisão de Gestão da LMIC, a atualização do cronograma,previamente à sua execução, quando o projeto assim o exigir;d) encaminhar, para a Divisão de Gestão da LMIC, a planilha de readequação orçamentária, devidamente justificada, previamente à sua execução, quando o projeto assim o exigir;

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e) submeter qualquer pretensão de modificação do projeto em execução à aprovação da Divisão de Gestão da LMIC, que poderá, conforme a natureza da modificação, submetê-la à aprovação da CMIC;f) cumprir o disposto no Termo de Contrapartida Sociocultural, que deverá conter as ações e a mensuração econômica respectiva;g) realizar as prestações de contas, parcial e final, conforme os prazos e normas contidos na IN 003/2015 e Manual de Gestão de Projetos fornecido pela Divisão de Gestão da Lei Municipal de Incentivo; anexando extratos da conta, notas fiscais, recibos e demais comprovantes;h) corrigir, no prazo determinado, as pendências apontadas pela Divisão de Gestão da LMIC referentes à prestação de contas e ao acompanhamento da execução do projeto;i) restituir ao Fundo de Projetos Culturais - FPC os valores recebidos e empregados indevidamente no projeto cultural beneficiado;j) transferir o saldo dos créditos, eventualmente existente na conta vinculada ao projeto após a sua conclusão, inclusive o valor referente ao rendimento da aplicação financeira, para a conta do FUNDO DE PROJETOS CULTURAIS, 71049-7, agência 0093-0 operação 006 da Caixa Econômica Federal, CNPJ 07.252.975/0001-56;k) manter a escrituração contábil à disposição do Fisco e da Fundação Municipal de Cultura durante os prazos de prescrição previstos em Lei;l) apresentar trimestralmente ou sempre que solicitado pela FMC, o extrato bancário atualizado da conta vinculada ao projeto;m) manter a situação de regularidade com as Fazendas Municipal, Estadual e Federal e com a Justiça Trabalhista, durante todo o período de execução do projeto;n) fazer constar, nos termos da Instrução Normativa FMC nº 001/2014, publicada no DOM de 03/06/2014, nos materiais de divulgação, difusão, promoção e distribuição do seu projeto cultural, bem como nos produtos resultantes do projeto incentivado, a referência explícita à Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH), à Fundação Municipal de Cultura (FMC) e à Lei Municipal de Incentivo à Cultura (LMIC) - Lei nº 6.498 de 29 de dezembro de 1993, de acordo o Decreto 15.889/2015.o) disponibilizar os dados da movimentação financeira da conta vinculada sejam à FMC e aos demais órgãos de controle da municipalidade;q) respeitar as restrições descritas nos artigos 7º e 9º do edital 2014 publicado no DOM do dia 20 de dezembro de 2014;r) não transferir a outrem as obrigações assumidas neste TERMO.

PARÁGRAFO ÚNICO – A aquisição de bens permanentes e acervos só poderá ser feita por pessoa jurídica sem fins lucrativos, de caráter cultural, desde que prevista no orçamento. Após a conclusão do projeto, a FMC poderá autorizar a guarda dos bens adquiridos, desde que seja comprovada a necessária utilização destes pela instituição cultural.

5.1.2. Compete à FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE CULTURA:a) efetuar o repasse do montante aprovado pela CMIC, para viabilização do projeto, em conformidade com a Cláusula Terceira deste Termo;b) orientar, acompanhar, fiscalizar e avaliar o desenvolvimento e realização do projeto;c) analisar e emitir parecer técnico das prestações de contas parciais e final, conforme o Manual de Gestão de Projetos e legislação vigente;d) caso não seja comprovada a continuidade da utilização dos bens permanentes e acervos, conforme previsto na Cláusula Quinta, no parágrafo único do item 5, caberá à Fundação Municipal de Cultura dar uma destinação pública aos mesmos.e) cabe à Divisão de Gestão da LMIC tomar as medidas necessárias para o cumprimento do disposto neste Termo.

CLÁUSULA SEXTA - DA AUTORIZAÇÃO6.1. O EMPREENDEDOR autoriza de forma irretratável e irrestrita que a instituição financeira gestora da conta vinculada ao Projeto Cultura, disponibilize dados de movimentação à FMC e demais órgão de controle do Município de Belo Horizonte.

CLÁUSULA SÉTIMA - DAS RESPONSABILIDADES7.1 A FMC não se responsabiliza pelo pagamento de despesas em decorrência da execução do projeto, ficando estas a cargo do empreendedor, especialmente as contratações de mão-de-obra (artistas, técnicos, qualquer tipo de contratação depessoal autônomo ou com registro em CTPS), bem como os ônus de natureza trabalhista, previdenciária, social ou quaisquer outros, acaso decorrentes da execução do presente instrumento, isentando-se a FMC de quaisquer encargos, FGTS, INSS, encargos sociais e fiscais, IRRF, impostos e taxas, juros, multas, cobranças judiciais ou extrajudiciais, de qualquer natureza ou origem, resultantes do projeto, sendo todos estes de responsabilidade exclusiva do empreendedor.7.2. O EMPREENDEDOR que não comprovar a correta aplicação dos recursos ficará sujeito ao pagamento do valor do incentivo respectivo, corrigido pela variação aplicável aos tributos municipais, acrescido de 10% (dez por cento), ficando ele ainda excluído da participação de quaisquer projetos culturais abrangidos por esta Lei por 8 (oito) anos, sem prejuízo das penalidades criminais e civis cabíveis.

CLÁUSULA OITAVA - DA RESCISÃO8.1.Será rescindido o presente TERMO, independentemente de notificaçãojudicial ou extrajudicial, sem caber indenização de qualquer espécie ao EMPREENDEDOR e sem prejuízo das sanções legais aplicáveis, se este:

a) não cumprir quaisquer das obrigações assumidas neste TERMO;b) descumprir os termos da Lei Municipal 6.498/93 e do Decreto Municipal

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15.889/2015;c) demonstrar incapacidade, desaparelhamento, inidoneidade técnica ou má-fé;d) falir, no caso de pessoa jurídica.

CLÁUSULA NONA - DO FORO9.1 As partes envolvidas elegem como Foro competente, para ajuizar quaisquer ações suscitadas na execução deste TERMO, o da cidade de BELO HORIZONTE/MG.9.2 Os casos omissos serão avaliados pela Fundação Municipal de Cultura ou decididos pelo Presidente da CMIC, em ad referendum da Comissão, sempre ouvida a Advocacia Pública.E por estarem de acordo, firmam o presente TERMO DE COMPROMISSO em 02 (duas) vias de igual teor, forma e valor, para produção de efeitos legais. Belo Horizonte, de de 2015.

______________________________________________PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE CULTURA

______________________________________________EMPREENDEDOR (A) - TESTEMUNHAS: 1._____________________________________________Assinatura Nome/C.I./CPF 2._____________________________________________Assinatura Nome/C.I./CPF

ANEXO X - MINUTA TERMO DE COMPROMISSO IF

TERMO DE COMPROMISSO Nº xx/2016Pelo presente TERMO DE COMPROMISSOque assinam de um lado INCENTIVADORXXXXXXXXXXXXX, CNPJ/CPF Nº XXXXXXXXXX, inscrição municipal xxxxxxxx, em adesão ao PROGRAMA DE INCENTIVO CULTURAL, instituído pela Lei Municipal nº 6.498, de 29 de dezembro de 1993, regulamentada pelo Decreto Municipal nº 15.889, de 4 de março de 2015, neste ato através de seu(s) representante(s) legal(is), o(a) Sr(a) XXXXXX,CPF nº XXXX, domiciliado(a) na XXXX, bairro XXX, em Belo Horizonte - Minas Gerais e XXXXX e de outro lado o EMPREENDEDOR CULTURALxxxxx, CNPJ/CPF Nº xxxx, por seu(s) representante(s) legal(is), o(a) Sr(a) XXXXX,CPF nº XXXXX, domiciliado(a) na XXXXX, bairro XXXXX, em Belo Horizonte - Minas Geraiscom a INTERVENIÊNCIA/ANUÊNCIA do MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE, através daFUNDAÇÃO MUNICIPAL DE CULTURA , CNPJ/MF XXXXXX, neste ato representada por seu Presidente XXXXX, CPF/MF XXXXXX, RG XXXXda com endereço à Rua da Bahia nº888, Centro, Belo Horizonte - Minas Gerais.

CLÁUSULA PRIMEIRA - O presente instrumento tem por objetivo estabelecer as condições para a concessão do INCENTIVO FISCAL instituído pela Lei municipal nº 6.498/93, e regulamentado pelo Decreto nº 15.889/2015 e alterações posteriores, visando à descentralização e gestão compartilhada da política pública de cultura através da elaboração, produção, contrapartida sociocultural e prestação de contas referente ao projeto cultural XXXXXXX (nº XXX/2014), registrado nos autos do processo administrativo nº XXXXXXXX, em conformidade com os dispositivos legais.

CLÁUSULA SEGUNDA - O projeto cultural supramencionado será produzido e executado no(s) prazo(s) previsto(s) no cronograma aprovado pela Comissão Municipal de Incentivo à Cultura -CMIC, sendo que o prazo final para finalizar o projeto é o dia 09/09/2017.CLÁUSULA TERCEIRA - Em conformidade com o caput do art. 10 do Decreto nº 15.889/2015, e observando os parágrafos 1º ao 3º deste artigo, o valor total do recurso público a ser transferido pelo INCENTIVADOR perfaz a importância de R$ (xxxxxx).

CLAUSULA QUARTA - O valor total prevista na cláusula anterior será creditado em conta vinculada ao projeto cultural a ser informada pelo EMPREENDEDOR, na(s) seguinte (s) data(s) limite (s) estabelecida(s) no cronograma de desembolso abaixo: Parcela(s) Recurso(s) Transferido(s) em (R$) Data-limite123

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PARÁGRAFO PRIMEIRO - A(s) transferência(s) da(s) parcela(s) do recurso financeiro de que trata esta cláusula será(ão) efetuada(s) por meio de depósito(s) bancário(s) identificado(s), em conta bancária específica discriminada a seguir, de titularidade do EMPREENDEDOR, vinculada exclusivamente ao projeto cultural beneficiado.Conta Corrente xxxxxx-x Agência xxxxx Banco xxxxPARÁGRAFO SEGUNDO - A(s) parcela(s) do recurso financeiro de que trata esta cláusula deverá(ão) ser depositada(s) em favor do EMPREENDEDOR, até o prazo máximo de 30 (trinta) dias após a data-limite estabelecida, sob pena de tornar-se exigível como crédito(s) tributário(s), conforme previsto no PARÁGRAFO TERCEIRO desta cláusula.PARÁGRAFO TERCEIRO - Sobre o(s) valor(es) da(s) parcela(s) do recurso financeiro que deveriam ser depositada(s) em favor do EMPREENDEDOR em até 30 (trinta) dias após a data-limite estabelecida, incidirão os gravames moratórios previstos na legislação tributária municipal, cujos valores deverão ser recolhidos ao Tesouro Municipal, por meio de Guia de Recolhimento expedida pela Secretaria Municipal Adjunta de Arrecadações - SMAAR, sem prejuízo das demais penalidades eventualmente aplicáveis, conforme termos do caput do art. 11 do Decreto nº 15.889/2015.PARÁGRAFO QUARTO - O EMPREENDEDOR não fará jus, ao(s) valor(es) não depositado(s) em até 30 (trinta) dias após a data-limite estabelecida, e exigível(is) como crédito(s) tributário(s), nos termos do PARÁGRAFO TERCEIRO desta cláusula.

CLÁUSULA QUINTA - São OBRIGAÇÕES do EMPREENDEDOR , sem prejuízo das já previstas na Lei Municipal 6498/1993 e no Decreto Municipal nº 15.889/2015:I - produzir e executar o projeto cultural beneficiado de acordo com a proposta e o cronograma aprovados pela CMIC;II - realizar as prestações de contas, parcial e final, conforme os prazos e normas contidos na IN 003/2015 e Manual de Gestão de Projetos fornecido pela Divisão de Gestão da Lei Municipal de Incentivo; anexando extratos da conta, notas fiscais, recibos e demais comprovantes;III - transferir para o Tesouro Municipal o saldo final dos créditos, eventualmente existentes na conta vinculada ao projeto cultural beneficiado, que constituirá recursos para o Fundo de Projetos Culturais - FPC;IV - assumir todas as responsabilidades técnicas pela produção e execução do projeto beneficiado;V - encaminhar, para a Divisão de Gestão da LMIC, a atualização do cronograma, extratos bancários previamente à sua execução, quando o projeto assim o exigir;VI - encaminhar, para a Divisão de Gestão da LMIC, a planilha de readequação orçamentária, devidamente justificada, previamente à sua execução, quando o projeto assim o exigir;VII - submeter qualquer pretensão de modificação do projeto em execução à aprovação da Divisão de Gestão da LMIC, que poderá, conforme a natureza da modificação, submetê-

la à aprovação da CMIC;VIII - cumprir o disposto no Termo de Contrapartida Sociocultural, que deverá conter as ações e a mensuração econômica respectiva;IX - corrigir, no prazo determinado, as pendências apontadas pela Divisão de Gestão da LMIC referentes à prestação de contas e ao acompanhamento da execução do projeto;X - restituir ao Fundo de Projetos Culturais - FPC os valores recebidos e empregados indevidamente no projeto cultural beneficiado;XI - transferir o saldo dos créditos, eventualmente existente na conta vinculada ao projeto após a sua conclusão, inclusive o valor referente ao rendimento da aplicação financeira, para a conta do FUNDO DE PROJETOS CULTURAIS, conta número 71049-7, agência 0093-0 operação 006 da Caixa Econômica Federal, CNPJ 07.252.975/0001-56;XII - manter a escrituração contábil à disposição do Fisco e da Fundação Municipal de Cultura durante os prazos de prescrição previstos em Lei;XIII - apresentar trimestralmente ou sempre que solicitado pela FMC, o extrato bancário atualizado da conta vinculada ao projeto;XIV - manter a situação de regularidade com as Fazendas Municipal, Estadual e Federal e com a Justiça Trabalhista, durante todo o período de execução do projeto;XV - a aquisição de bens permanentes e acervos só poderá ser feita por pessoa jurídica sem fins lucrativos, de caráter cultural, desde que prevista no orçamento. Após a conclusão do projeto, a FMC poderá autorizar a guarda dos bens adquiridos, desde que seja comprovada a necessária utilização destes pela instituição cultural;XVI-fazer constar, nos termos da Instrução Normativa FMC nº 001/2014, publicada no DOM de 03/06/2014, nos materiais de divulgação, difusão, promoção e distribuição do seu projeto cultural, bem como nos produtos resultantes do projeto incentivado, a referência explícita à Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH), à Fundação Municipal de Cultura (FMC) e à Lei Municipal de Incentivo à Cultura (LMIC) - Lei nº 6.498 de 29 de dezembro de 1993, de acordo o Decreto 15.889/2015.XVII- solicitar à FMC a alteração do cronograma de desembolso do recurso financeiro previsto na CLÁUSULA QUARTA, no prazo máximo de 30 (trinta) dias após a(s) data(s) estabelecida(s), quando o(s) depósito(s) da(s) parcelas(s) não for(em) efetuado(s) ou o for(em) em valor(es) inferior(es) ao(s) estipulado(s), hipótese em que deverá ser firmado novo TERMO DE COMPROMISSO e expedido novo Certificado de Incentivo Fiscal - CIF, com as modificações acordadas;XXIII - se for o caso, denunciar à FMC o descumprimento ou infração às obrigações contraídas pelo INCENTIVADOR por este instrumento,XIX - responder pela infração ou inexato cumprimento das obrigações contraídas e estabelecidas neste TERMO, e na legislação pertinente;XX - não transferir a outrem as obrigações assumidas neste TERMO;

CLÁUSULA SEXTA - São OBRIGAÇÕES do INCENTIVADOR , sem prejuízo das já

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previstas na Lei Municipal 6498/1993 e no Decreto Municipal nº 15.889/2015:I - efetivar a(s) transferência(s) da(s) parcela(s) do recurso financeiro previsto na CLÁUSULA QUARTA, cumprindo o cronograma de desembolso estabelecido naquele dispositivo;II - não transferir o recurso financeiro previsto neste TERMO para projetos em que sejam beneficiários ele próprio, seus sócios ou titulares e suas coligadas ou controladas, cônjuges, parentes ascendentes, descendentes, colaterais ou afins em primeiro grau, nos termos do art. 31 do Decreto nº 15.889/2015.

CLÁUSULA SÉTIMA - O descumprimento ou inobservância pelo INCENTIVADOR ou EMPREENDEDOR de quaisquer das obrigações assumidas neste instrumento e no Decreto nº 15.889/2015, implicará a resolução de pleno direito deste TERMO.

CLÁUSULA OITAVA - O EMPREENDEDOR que não comprovar a correta aplicação dos recursos resultantes de projetos culturais beneficiados ficará sujeito ao pagamento do valor do incentivo respectivo, corrigido pela variação aplicável aos tributos municipais, acrescido de multa de 10% (dez por cento), ficando ainda excluído da participação de quaisquer projetos culturais, abrangidos pela Lei Municipal 6498/1993, regulamentada pelo Decreto Municipal nº 15.889/2015, pelo prazo de 8 (oito) anos, sem prejuízo das penalidades criminais e cíveis cabíveis.

CLÁUSULA NONA - O descumprimento ou inobservância, por parte do INCENTIVADOR, das obrigações contidas neste instrumento e no Decreto nº 15.889/2015, ou a constatação de prática de crime contra a ordem tributária, acarretará a revogação do CIF Cultura e a imediata anulação do incentivo fiscal concedido, sem prejuízo das demais penalidades eventualmente aplicáveis.PARÁGRAFO ÚNICO - A rescisão de pleno direito do presente TERMO, que ocorrerá em função do descumprimento das obrigações previstas na CLÁUSULA SEXTA, bem como a revogação do CIF-Cultura deferido ao INCENTIVADOR, acarretará sua exclusão como incentivador de projetos culturais pelo prazo de 3 (três) anos.

CLÁUSULA DÉCIMA - Com fulcro no art. 1°, parágrafo 3º, inciso V, da Lei Complementar nº 105, de 10 de janeiro de 2001, e artigos 8° e 9° da Lei Municipal n° 6. 498/93, o EMPREENDEDOR, abaixo assinado, expressamente consente em revelar ao Município, por meio dos órgãos de administração tributária da Secretaria Municipal de Finanças e de fiscalização da aplicação dos recursos do Programa de Incentivo à Cultura da Fundação Municipal de Cultura, os dados da movimentação financeira da conta vinculada indicada no PARÁGRAFO PRIMEIRO da CLÁUSULA QUARTA, razão pela qual, por este instrumento, autoriza de forma irrestrita e irretratável a instituição financeira gestora da mencionada conta vinculada, a fornecer e disponibilizar por quaisquer meios os dados e

informações financeiras pertinentes à movimentação dessa conta aos referidos órgãos do Município, quando por estes lhe forem solicitados.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - Os casos omissos serão avaliados pela FMC ou decididos pelo Presidente da CMIC, ad referendum da Comissão, sempre ouvida a Advocacia Pública.

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA - As partes signatárias do presente instrumento abrem mão de qualquer foro privilegiado, elegendo como foro competente, para dirimir quaisquer questões decorrentes deste instrumento, o da Comarca de Belo Horizonte/MG.Estando, assim, justas e acordadas, as partes firmam o presente TERMO DE COMPROMISSO, em 3 (três) vias de igual teor e forma, para os devidos fins e efeitos legais.

Belo Horizonte, xx de xxx de 2016

___________________________________INCENTIVADOR

___________________________________EMPREENDEDOR

___________________________________PRESIDENTE DA FMC

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ANEXO XIRELAÇÃO DE ENDEREÇOS PARA USO DE COMPUTADOR E INTERNET A PARTIR DO DIA 12 DE JANEIRO

SEDE DA FMCRua da Bahia, 888,Centro, segundo andar: de 10 am às 16 Pm.

CENTRO CULTURAL JARDIM GUANABARARua João Álvares Cabral, 277, Floramar, Belo Horizonte, das 9 às 17 h, de terça a sexta.

CENTRO CULTURAL LINDÉIA REGINARua Aristolino Basílio de Oliveira, 445, Regina, Belo Horizonte, MG, CEP: das 9 às 17 h, de terça a sexta e sábado das 13h às 17h.

CENTRO CULTURAL SÃO BERNARDORua Edna Quintel, 320, São Bernardo, Belo Horizonte, MG das 9 às 17 h às terças, quartas e sextas; das 9 às 21 h, às quintas e das 9 às 12 h no sábado.

CENTRO CULTURAL VILA MARÇOLARua Mangabeira da Serra, 320, Serra, Belo Horizonte, MG, das 9 às 17 h, de terça a sexta.

CENTRO CULTURAL VENDA NOVARua José Ferreira Santos, 184, Novo Letícia, Belo Horizonte, MG. das 16 às 19h30, de de terça a sexta e sábado de 9 às 14 h.

5.4. INSTRUÇÃO NORMATIVA FMC Nº 001/2014 - Publicada no DOM em 03 de junho de 2014 e retificada em 06 de junho de 2014

INSTRUÇÃO NORMATIVA FMC Nº 001/2014Estabelece procedimentos relativos à referência à Prefeitura de Belo Horizonte – PBH, à Fundação Municipal de Cultura e à Lei Municipal de Incentivo à Cultura – LMIC nos projetos incentivados. O Presidente da Fundação Municipal de Cultura (FMC), no uso de suas atribuições, considerando a obrigatoriedade de referência explícita à Prefeitura de Belo Horizonte - PBH, à Fundação Municipal de Cultura - FMC e à Lei Municipal de Incentivo à Cultura - LMIC, nos projetos incentivados e a necessidade de disciplinar os procedimentos a serem seguidos para sua viabilização, e com base nas disposições da Lei Municipal nº 6.498, de 29 de dezembro de 1993, no Decreto Municipal nº 11.103.

RESOLVE:Art. 1º - É obrigatória a referência explícita à Prefeitura de Belo Horizonte - PBH, à Fundação Municipal de Cultura - FMC e à Lei Municipal de Incentivo à Cultura - LMIC, nos produtos resultantes dos projetos incentivados, bem como em quaisquer atividades e materiais relacionados à sua difusão, divulgação, promoção e distribuição, em destaque equivalente ao que for dado ao maior patrocinador e/ou incentivador, observando-se os procedimentos previstos nesta Instrução Normativa.Art. 2º - Para aplicação desta Instrução Normativa serão consideradas as seguintes definições:I - Layout: é um esboço ou rascunho que mostra a estrutura física de uma peça gráfica (folhetos, revistas, cartazes, etc) ou virtual (página de internet, banners virtuais, email marketing, etc). O layout pode englobar tanto elementos textuais como visuais (gráficos, fotos, desenhos, grafismos etc) e a forma como eles se encontram um em relação ao outro, e em relação ao espaço.II - Material de divulgação: todas as peças - sejam elas impressas, virtuais, ou áudio-visuais - usadas para divulgar ou promover ações, eventos, publicações, shows etcIII – Logotipo: é a assinatura institucional, a representação gráfica de uma marca, e resulta da associação de uma parte visual (símbolo) e outra tipográfica (assinatura)IV - Release: é um texto informativo sobre alguma característica, produto ou acontecimento de uma organização, enviado às redações de veículos jornalísticos com o objetivo de pautar notícias e conseguir visibilidade para o tema proposto. Art. 3º - O layout das peças gráficas de todo material de divulgação dos projetos contemplados pela LMIC deve ser enviado com antecedência mínima de 05 dias para aprovação da Assessoria de Comunicação da Fundação Municipal de Cultura – ASCOM-FMC.

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Parágrafo único - A Fundação Municipal de Cultura terá o prazo de 72 (setenta e duas) horas para deliberar sobre o layout enviado. Art. 4º - É obrigatória a veiculação do vídeo institucional da FMC, disponibilizado pela ASCOM/FMC, nos espetáculos e apresentações de projetos incentivados pela LMIC que aconteçam em espaços onde seja factível a projeção de vídeo. Art. 5º - Nas mensagens de áudio que antecedem os espetáculos e as atividades realizadas pelos projetos incentivados, é obrigatória a veiculação da seguinte expressão: “Este(a) _ citar se é espetáculo, apresentação, evento, montagem etc. _ é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura da Prefeitura de Belo Horizonte. Fundação Municipal de Cultura”. Art. 6º - Nos projetos incentivados pela LMIC, que resultem em material impresso, como livros, catálogos e revistas, por exemplo, é obrigatória a veiculação, em lugar de destaque na publicação, da seguinte expressão: “Este livro/catálogo foi realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura da Prefeitura de Belo Horizonte. Fundação Municipal de Cultura”.Parágrafo único - Deverá ser inserido na quarta capa de livros, revistas e catálogos o conjunto de marcas da LMIC, sempre acompanhado da chancela PATROCÍNIO. Art. 7º - Para mostras, seminários, palestras, oficinas e similares, é obrigatória a disponibilização de um banner impresso com as logomarcas da PBH, FMC e LMIC contendo o seguinte texto: “Este(a) _ citar se é espetáculo, apresentação, evento, montagem etc. _ é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura da Prefeitura de Belo Horizonte. Fundação Municipal de Cultura.” Art. 8º - Para projetos de reforma de imóveis tombados e não tombados de carácter cultural, é obrigatória a disponibilização de uma placa com as logomarcas da PBH, FMC e LMIC com o seguinte texto: “Este(a) _ citar imovél _ foi (reformado ou construído) com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura da Prefeitura de Belo Horizonte. Fundação Municipal de Cultura.” Art. 9º - O conjunto de logomarcas da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, que inclui LMIC, FMC e PBH, deve ser inserido sempre e apenas com a chancela PATROCÍNIO, nunca como apoio ou qualquer outra denominação. Art. 10 - Em todos os materiais de divulgação dos projetos incentivados pela LMIC deverá constar, em posição de destaque, e sempre antecedendo o nome do evento/apresentação/espetáculo patrocinado, o seguinte termo: “Fundação Municipal de Cultura apresenta:”

Art. 11 - Fica estabelecido que nos releases, ou qualquer comunicação com a imprensa, executada pelo empreendedor deverá constar a seguinte frase: “Este(a) _ citar se é espetáculo, apresentação, evento, montagem etc. _ é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura da Prefeitura de Belo Horizonte. Fundação Municipal de Cultura.”Art. 12 – É facultado ao empreendedor encaminhar com antecedência mínima de 15 dias de maneira periódica no decorrer da execução do projeto, uma foto em alta definição (do espetáculo, apresentação, evento, montagem etc), endereço, data, horário das atividades desenvolvidas pelo projeto e releases para que seja publicada no site www.bhfazcultura.pbh.gov.br em local exclusivo para divulgação de projetos contemplados com a Lei de Incentivo à Cultura. Art. 13 - Devem ser seguidos os modelos de aplicação das logomarcas e dos textos de peças gráficas disponíveis no site www.pbh.gov.br/cultura. Art. 14 - O descumprimento das definições estabelecidas nessa IN acarretará as sanções previstas no art. 9º da Lei Municipal 6.498/93, a serem aplicadas pela Comissão Municipal de Incentivo à Cultura, sem prejuízo das sanções cíveis e penais cabíveis.Parágrafo único - A Comissão Municipal de Incentivo À Cultura, poderá não aplicar a sanção, desde que fique comprovado que o não cumprimento não gerou prejuízo para a Administração Municipal e desde que haja parecer favorável dos órgãos técnicos da FMC.Art. 15 - Cabe à Divisão de Gestão da Lei de Incentivo à Cultura fiscalizar o cumprimento do disposto nesta Instrução Normativa. Art. 16 - É de competência da Assessoria de Comunicação da Fundação Municipal de Cultura deliberar sobre os casos omissos dessa normativa. Art. 17 - Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 28 de maio de 2014 Leônidas José de Oliveira - Presidente

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5.5. INSTRUÇÃO NORMATIVA FMC Nº 004/2016 - Publicada no DOM em 15 de outubro de 2016 e alterada conforme IN FMC 006, de 29/10/2016, IN FMC 007, de 25/11/2016 e retificação, de 07/12/2016INSTRUÇÃO NORMATIVA FMC Nº 0004/2016LEI MUNICIPAL DE INCENTIVO À CULTURA1. FinalidadeEstabelecer diretrizes e os procedimentos relativos aos Projetos Culturais beneficiados pelo Edital 2015 da Lei Municipal de Incentivo à Cultura.

2. Fundamentos Legais2.1. Gerais

I- Art. 215 a art. 216-A da Constituição da República Federativa do Brasil;II- Art. 207 a art. 210 da Constituição do Estado de Minas Gerais;III- Art. 166 a art.169 da Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte;IV- Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000.

2.2. EspecíficosI- Lei Municipal nº 6.498, de 29 de dezembro de 1993;II- Decreto Municipal nº 15.889, de 04 de março de 2015 (que revogou o Decreto nº

11.103/2002);III- Lei Municipal nº 9.577, de 02 de julho de 2008, alterada pela Lei Municipal nº 10.792,

de 9 de janeiro de 2015;IV- Decreto Municipal nº 14.424, de 18 de maio de 2011;V- Edital para Apresentação de Projetos Culturais – 2015 da Lei Municipal de Incentivo

à Cultura no Edital 2015.

3. Abrangência3.1. Esta Instrução Normativa se aplica:

I- Aos agentes públicos da Fundação Municipal de Cultura;II- Aos agentes públicos municipais que desempenharem função pública relativa à Lei

Municipal de Incentivo à Cultura;III- Aos empreendedores de projetos culturais aprovados no processo seletivo - Edital

2015 da Lei Municipal de Incentivo;IV- Incentivadores culturais;V- A todos aqueles que forem contratados por empreendedores para a execução dos

projetos culturais aprovados no processo seletivo - Edital 2015 da Lei Municipal de Incentivo.

4. Princípios Básicos4.1. Dos Conceitos:

I - Comissão Municipal de Incentivo à Cultura (CMIC): instância julgadora, de caráter

deliberativo, composta de forma paritária por representantes da Administração Municipal e por representantes do setor cultural, estes eleitos pela sociedade civil de Belo Horizonte, com atribuição de selecionar os projetos culturais a serem beneficiados pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura, bem como fixar o valor a ser concedido a cada projeto, conforme critérios estabelecidos no presente edital;

II - Fundo de Projetos Culturais - FPC: mecanismo por meio do qual o Município de Belo Horizonte viabiliza diretamente projetos culturais, por meio de repasse de recursos financeiros do Fundo de Projetos Culturais;

III - Incentivo Fiscal - IF: mecanismo por meio do qual o Município realiza a renúncia fiscal em favor do incentivador de projetos de caráter artístico-cultural na cidade;

IV - Empreendedor: pessoa física ou jurídica, domiciliada no Município de Belo Horizonte, proponente do projeto cultural a ser beneficiado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura - LMIC;

V - Incentivador: pessoa física ou jurídica domiciliada no Município de Belo Horizonte, contribuinte do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) devido ao Município, que venha a transferir recursos, mediante doação ou patrocínio, em apoio a projetos culturais apresentados nos termos e condições previstos no Edital 2015;

VI - Repasse de recursos do Fundo de Projetos Culturais: a transferência voluntária de recursos públicos destinada ao empreendedor, oriunda do Fundo de Projetos Culturais, com o objetivo de executar o projeto contemplado pelo benefício estabelecido pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura;

VII - Repasse de recursos de Incentivo Fiscal: transferência feita pelo incentivador ao empreendedor de recursos públicos, que não ingressaram no caixa do Município, destinados à realização do projeto cultural, com a consequente redução fiscal para o empreendedor do ISSQN devido ao Município de Belo Horizonte;

VIII - Divisão de Gestão da Lei Municipal de Incentivo à Cultura - DVGIC: setor da Fundação Municipal de Cultura responsável pelos processos relativos à Lei Municipal 6.498/1993;

IX - Recursos Próprios: todo e qualquer recurso econômico e financeiro destinado ao projeto, seja em espécie, seja como bem de consumo ou durável, que complemente o montante aprovado no projeto pela Comissão Municipal de Incentivo à Cultura, não podendo, em hipótese alguma, ser objeto de dedução fiscal do Município;

X - Certificado de Participação do Fundo de Projetos Culturais: certificado nominal emitido pela Fundação Municipal de Cultura em favor do empreendedor, autorizando este a proceder à abertura de conta bancária específica para movimentação dos repasses financeiros do Fundo de Projetos Culturais - FPC;

XI - Certificado de Enquadramento de Incentivo Fiscal: certificado nominal emitido pela Fundação Municipal de Cultura em favor do empreendedor, conferindo-lhe a autorização para a captação dos recursos, dentro do prazo de validade estabelecido, bem como a autorização para abertura de conta bancária específica para movimentação dos repasses

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financeiros do Incentivo Fiscal - IF;XII - Termo de Compromisso do Fundo de Projetos Culturais: documento firmado pelo

empreendedor, perante o Município de Belo Horizonte, por meio do qual o primeiro se compromete a realizar o projeto contemplado pelo Fundo de Projetos Culturais, na forma e condições propostas, e o segundo, a transferir recursos necessários à realização do projeto, nos valores e prazos estabelecidos;

XIII - Termo de Compromisso do Incentivo Fiscal: documento firmado pelo empreendedor e pelo incentivador perante o Município de Belo Horizonte, por meio do qual o empreendedor se compromete a realizar o projeto incentivado na forma e condições propostas, e o incentivador a transferir recursos necessários para a realização do projeto, nos valores e prazos estabelecidos, bem como a recolher integralmente e em dia o ISSQN devido;

XIV - Certificado de Incentivo Fiscal: certificado nominal e intransferível, emitido pela Secretaria Municipal de Finanças em favor do incentivador, contendo a especificação das importâncias que poderão ser utilizadas para dedução dos valores devidos a título de ISSQN, relativo aos serviços por ele prestados;

XV -Termo de acordo de contrapartida: documento firmado entre a Administração Pública Municipal, em que o empreendedor se compromete a executar uma contrapartida social para a cidade de Belo horizonte e no qual deve constar o valor da mensuração econômica desse serviço ou produto;

XVI - Dívida Ativa: procedimento que dispõe a Administração Pública para executar o crédito de natureza administrativa constituído, conforme previsto no art. 9º da Lei Municipal nº 6.498/1993 e no art. 29 do Decreto Municipal nº 16.049/2015;

XVII - Tomada de Contas Especial -TCE: procedimento de que dispõe a Administração Pública para ressarcir o Erário de eventuais danos que lhe forem causados, sendo o processo revestido de rito próprio e somente instaurado depois de esgotadas as medidas administrativas para reparação do dano, ou nos casos em que não for possível a constituição do crédito de natureza administrativa, previsto no art. 9º da Lei Municipal nº 6.498/1993.

XVIII - Captador de Recursos: Empresa ou profissional que desenvolve a interface entre o empreendedor e os incentivadores de recursos, devendo agir com ética profissional e prezar pela supremacia do interesse público.

5. CompetênciasCompete ao Departamento de Fomento e Incentivo à Cultura - DPFIC e à Divisão de Gestão da Lei Municipal de Incentivo à Cultura - DVGIC, ambos da Fundação Municipal de Cultura, fazer cumprir o estabelecido na presente Instrução Normativa, sem prejuízo das atribuições estabelecidas via Decreto Municipal.

6. Regras6.1. Regras para obtenção do Certificado de Participação no Fundo de Projetos Culturais ou do Certificado de Enquadramento de Incentivo Fiscal:

I - O empreendedor de projetos culturais deverá acessar o site www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic, no período de 17/10/2016 a 09/11/2016 e preencher o requerimento on-line para a obtenção do Certificado de Participação no Fundo de Projetos Culturais - CPFPC ou do Certificado de Enquadramento no Incentivo Fiscal - CEIF. (alteração dada pela IN 006/2016 de 29/10/2016)

II - No momento do preenchimento do requerimento, o empreendedor pessoa física, inscrita no CPF/MF, deverá anexar a seguinte documentação:

a) prova de regularidade para com a Fazenda Municipal (http://cndonline.siatu.pbh.gov.br/CNDOnline/) - Certidão de quitação plena, sendo aceita a certidão positiva com efeitos de negativa;b) prova de regularidade para com a Fazenda Pública Estadual (https://www2.fazenda.mg.gov.br/sol/ctrl/SOL/CDT/SERVICO_829?ACAO=INICIAR) - Certidão de quitação plena, sendo aceita a certidão positiva com efeitos de negativa;c) prova de regularidade para com a Fazenda Federal (http://www.receita.fazenda.gov.br/Aplicacoes/ATSPO/Certidao/CndConjuntaInter/InformaNICertidao.asp?Tipo=2) - Certidão de quitação plena, sendo aceita a certidão positiva com efeitos de negativa;d) prova de inexistência de débitos perante a Justiça do Trabalho, mediante a apresentação de certidão negativa (http://www.tst.jus.br/certidao).III - No momento do preenchimento do requerimento, o empreendedor pessoa jurídica

inclusive o microempreendedor individual - MEI, inscritos no CNPJ/MF, deverão anexar a seguinte documentação:

a) cópia da Inscrição no Sistema Único de Cadastro de Fornecedores da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (SUCAF), modalidade inscrição, que deverá ser renovada periodicamente, emitida pela Gerência de Cadastro de Fornecedores, situada na Rua dos Caetés, 342, Centro. As informações sobre este documento também podem ser obtidas no site www.pbh.gov.br/sucaf ou no BH Resolve; (O SUCAF deverá demonstrar a regularidade do proponente com as fazendas Federal, Estadual, Municipal, e com a Justiça Trabalhista). O protocolo de inscrição no Sistema Único de Cadastro de Fornecedores da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (SUCAF) será aceito para fins de cumprimento deste item; (alteração dada pela IN 006/2016 de 29/10/2016)b) Alvará de Localização e Funcionamento. O protocolo de regularização do alvará será aceito para fins de cumprimento deste item. (alteração dada pela IN 006/2016 de 29/10/2016)IV - A Fundação Municipal de Cultura - FMC, no prazo de até 05 (cinco) dias úteis,

contados do preenchimento do requerimento on-line, encaminhará, para o endereço de correspondência eletrônica (e-mail) informado pelo empreendedor, o Certificado de Participação (no caso de projeto do FPC) ou o Certificado de Enquadramento (se projeto do IF), conforme for o caso.

V - Após o recebimento do Certificado de Participação, os empreendedores do FPC, que serão os titulares, deverão providenciar a abertura de conta corrente, vinculada exclusivamente à movimentação financeira do projeto e em seguida enviar os dados

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bancários para o endereço eletrônico www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic, identificando: o nome do empreendedor, o nome do projeto, seu número, anexando o Certificado de Participação do FPC e o comprovante de existência da conta.

VI - Após o recebimento do Certificado de Enquadramento de Incentivo Fiscal, os empreendedores do IF deverão providenciar a captação, nos termos estabelecidos nesta Instrução Normativa; após, sendo titulares, deverão providenciar a abertura de conta corrente vinculada exclusivamente à movimentação financeira do projeto, devendo ser o empreendedor o titular da conta e em seguida, enviar os dados bancários que deverão ser informados no Requerimento para Cadastramento de Incentivo Cultural, disponível no endereço eletrônico www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic.

VII - O empreendedor que não cumprir as regras estabelecidas nesta Instrução Normativa para obtenção do Certificado de Participação no Fundo de Projetos Culturais ou do Certificado de Enquadramento de Incentivo Fiscal terá a aprovação de seu projeto cancelada.

6.2. Regras específicas para o projeto aprovado receber transferências voluntárias do Fundo de Projetos Culturais:

I - Caso o valor aprovado pela Comissão Municipal de Incentivo à Cultura (CMIC) seja inferior ao valor proposto no projeto, o empreendedor deverá elaborar readequação orçamentária, observando o estabelecido no parecer de análise expedido pela CMIC, sempre resguardando o objeto principal do projeto. O parecer poderá ser solicitado no site www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic, devendo o empreendedor identificar o número e nome do projeto.

II - Após o recebimento dos dados bancários da conta corrente do projeto, a FMC convocará o empreendedor para assinatura da proposta aprovada e do Termo de Compromisso. O prazo para assinatura será de 24/10/2016 a 21/11/2016 de segunda a sexta feira das 10h às 12h ou das 13h às 16h endereço. (alteração dada pela IN 007/2016 de 25/11/2016)

III - No ato da assinatura do Termo de Compromisso, o empreendedor pessoa física, inscrita no CPF/MF, deverá apresentar os seguintes documentos:

a) cópia da Ficha de Inscrição Municipal (FIC), obtida através do cadastramento no BH Resolve, situado na Rua dos Caetés, 342, Centro (a descrição da CBO - Classificação Brasileira de Ocupações, constante na FIC, deverá estar diretamente relacionada à função que será exercida pelo empreendedor no projeto);b) Protocolo de envio da readequação orçamentária, nos casos em que o valor aprovado for inferior ao solicitado;c) Cópia da Carteira de Identidade, CPF e comprovante de endereço atualizado;d) Termo de Acordo de Contrapartida assinado (entrar em contato com www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic);e) Certidão de Quitação Plena (CND) Municipal, obtida no link descrito no item 6.1, II desta Instrução Normativa.

IV - No ato da assinatura do Termo de Compromisso, o empreendedor pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, deverá apresentar os seguintes documentos:

a) cópia do ato constitutivo (se houver), devidamente registrada;b) cópia da última alteração do ato constitutivo, devidamente registrada, se houver;c) cópia da ata de eleição e de posse da diretoria em exercício, devidamente registrada;d) cópia do Cartão CNPJ;e) cópia da Carteira de Identidade do representante legal;f) cópia do CPF do representante legal;g) Protocolo de envio da readequação orçamentária, nos casos em que o valor aprovado for inferior ao solicitado;h) Termo de Acordo de Contrapartida assinado (a solicitação do Acordo de Contrapartida deverá ser feita pelo link: www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic);i) SUCAF atualizado do empreendedor (com todas as CND’s em dia).V - Caso o empreendedor não compareça no período estabelecido para assinatura do

Termo de Compromisso, terá o projeto cancelado.VI - A FMC poderá autorizar a assinatura do Termo de Compromisso, após a data

estabelecida nesta Instrução Normativa, bem como prorrogar o prazo para solicitação dos Certificados de FPC e IF, desde que o pedido seja motivado pelo empreendedor e exista previsão orçamentária.

VII - A transferência voluntária da primeira parcela será efetivada no prazo estimado de 90 (noventa) dias, contados da emissão e assinatura do Termo de Compromisso, podendo ocorrer em prazo superior, estando condicionada à:

a) disponibilidade financeira do Fundo de Projetos Culturais (FPC);b) apresentação e aprovação da readequação orçamentária, nos casos em que o valor aprovado for inferior ao solicitado, observadas as diretrizes apontadas pela CMIC no parecer de aprovação;c) apresentação da Ficha de Inscrição Municipal (FIC);d) adimplência do empreendedor pessoa física para com as Fazendas Federal, Estadual e Municipal, assim como com a Justiça Trabalhista. No caso de empreendedor pessoa jurídica, é exigido o SUCAF atualizado;e) atualização do cronograma físico financeiro, caso não esteja em conformidade com o prazo estimado neste item.VIII - A execução do projeto, a prestação de contas e o cumprimento da

contrapartida deverão ocorrer no prazo de 16 (dezesseis) meses, contados da data do depósito da 1ª parcela.

6.3. Regras específicas para o projeto aprovado na modalidade Incentivo Fiscal - IF:I - Caso o valor aprovado pela Comissão Municipal de Incentivo à Cultura (CMIC)

seja inferior ao valor proposto no projeto, o empreendedor deverá elaborar readequação orçamentária, observando o estabelecido no parecer de análise expedido pela CMIC.

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O parecer poderá ser solicitado no site www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic, devendo o empreendedor identificar o nº e nome do projeto.

II - O Certificado de Enquadramento do Incentivo Fiscal (IF) terá validade de 10 (dez) meses, contados da data de publicação da homologação do resultado final no DOM. Dessa maneira, o prazo para o empreendedor realizar o processo de captação será até o mês de agosto de 2017.

III - O empreendedor deverá solicitar o incentivo fiscal, por meio do requerimento que consta no link www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic, sendo necessário um requerimento para cada projeto incentivado e para cada CNPJ. Deverá ser anexada a documentação seguinte:

a) cópia do Certificado de Enquadramento emitido pela Comissão Municipal de Incentivo à Cultura;b) Certidão de Quitação Plena (CND) Municipal, Estadual, Federal e Trabalhista, se empreendedor pessoa física. As CND’s podem ser obtidas nos links descritos no item 6.1, II desta Instrução Normativa;c) SUCAF atualizado do empreendedor, se pessoa jurídica (na hipótese de ter ocorrido alteração nos atos constitutivos e congêneres, o empreendedor deverá novamente apresentar esses dados atualizados);d) Certidão de Quitação Plena Municipal (CND) da empresa incentivadora, disponível no site http://cndonline.siatu.pbh.gov.br/CNDOnline/;e) cópia do comprovante de inscrição e situação cadastral no CNPJ da empresa incentivadora;f) cópia do contrato social registrado ou qualquer documento que identifique o representante legal da empresa incentivadora;g) guias de recolhimento quitadas junto ao Município de Belo Horizonte nos últimos 12 meses, relativas aos serviços prestados pela empresa incentivadora e/ou prova de recolhimento do ISSQN devido ao Município que tiver sido retido na fonte, por meio de comprovantes e guias de recolhimento fornecidos pelo tomador dos serviços por ele prestados. Nos casos de retenção na fonte, é obrigatória a apresentação das guias quitadas pelo tomador de serviços com a devida descrição individual de cada nota fiscal;h) Declaração de Não Parentesco, devidamente assinada pelo empreendedor, com firma reconhecida, em que comprova não possuir com o incentivador relação de matrimônio ou união estável, nem parentesco em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive. O formulário está disponível no site www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic;i) Termo de Acordo de Contrapartida assinado (Solicitação no site www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic);j) Readequação orçamentária, no caso do valor aprovado ser inferior ao solicitado; (alteração dada pela retificação de 07/12/2016)

k) Cronograma físico financeiro atualizado, considerando o prazo para o primeiro repasse de, no mínimo, 60 (sessenta) dias, contados do recebimento, pela FMC, do requerimento on-line com toda a documentação exigida. (alteração dada pela retificação de 07/12/2016)l) A documentação descrita nos itens anteriores deverá ser escaneada e anexada no requerimento on-line. Não será efetivado o incentivo fiscal nos casos de requerimentos com documentação incompleta.IV - O primeiro repasse do Incentivo Fiscal será efetivado no prazo mínimo de 60

(sessenta) dias, contados do recebimento, pela FMC, do requerimento on-line com toda a documentação exigida.

V - No décimo dia útil após o envio do requerimento, o empreendedor deverá comparecer na sede da FMC para retirar o Termo de Compromisso e apresentar a seguinte documentação:

a) Cópia da Ficha de Inscrição Municipal (FIC), obtida através do cadastramento no BH Resolve, situado na Rua dos Caetés, 342, Centro, BH (a descrição da CBO - Classificação Brasileira de Ocupações, constante na FIC, deverá estar diretamente relacionada à função que será exercida pelo empreendedor no projeto). A FIC é exigida apenas do empreendedor pessoa física;b) Readequação orçamentária, no caso do valor aprovado ser inferior ao solicitado; (alteração dada pela retificação de 07/12/2016)c) Cronograma físico financeiro atualizado, considerando o prazo para o primeiro repasse de, no mínimo, 60 (sessenta) dias, contados do recebimento, pela FMC, do requerimento on-line com toda a documentação exigida. (alteração dada pela retificação de 07/12/2016)VI - Em até dez dias anteriores à data prevista para o primeiro repasse, o empreendedor

deverá entregar à DVGIC as três vias do Termo de Compromisso, assinadas por ele e pelo incentivador. A assinatura do incentivador deverá ser reconhecida em cartório.

VII - Três dias úteis antes da data do primeiro repasse, o empreendedor deverá buscar na DVGIC as duas vias do Termo de Compromisso e do Certificado de Incentivo Fiscal, assinadas por todas as partes envolvidas. Uma via deverá ser entregue à empresa incentivadora e a outra via pertence ao empreendedor.

VIII - O descumprimento do disposto nos itens VI e VII poderá acarretar o cancelamento do Termo de Compromisso. Nesse caso, deverá ser encaminhado novo requerimento, cumprindo-se os procedimentos e os prazos estabelecidos nesta Instrução Normativa.

IX- O empreendedor deverá comunicar à DVGIC/FMC qualquer alteração ou descumprimento do Termo de Compromisso e do Certificado de Incentivo Fiscal, sob pena de seu cancelamento.

X – O empreendedor poderá ser assessorado por captador de recursos, sendo que o limite de gastos com os serviços de captação e elaboração não poderá ultrapassar 10% (dez por cento) do valor aprovado. (alteração dada pela retificação de 07/12/2016)

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XI – Nos casos em que não houver captação integral, o limite de gastos com os serviços de captação e elaboração não poderá ultrapassar 10% (dez por cento) do valor efetivamente captado. (alteração dada pela retificação de 07/12/2016)

XII – O empreendedor é responsável pelo processo de captação, mesmo que outorgue mandato para terceiros, devendo acompanhar a tramitação do incentivo fiscal.

XIII – A execução do projeto, incluída a entrega da prestação de contas final e o cumprimento da contrapartida, deverá ocorrer no prazo no prazo de 24 (vinte e quatro) meses, contados da data de homologação do resultado final no DOM, sendo assim o prazo final será o dia 17/10/2018.

XIV - É vedada a utilização do incentivo fiscal nos projetos em que sejam beneficiários os próprios incentivadores, seus sócios ou titulares e suas coligadas ou controladas, cônjuges, parentes ascendentes, descendentes, colaterais ou afins em segundo grau.

6.4. Das formas de comunicação:I- O empreendedor deverá manter dados de comunicação atualizados junto

à LMIC, podendo ser notificado por meio de edital publicado no Diário Oficial do Município - DOM.

II- Qualquer solicitação ou comunicação do empreendedor referente ao seu projeto deverá ser enviada no canal de atendimento da LMIC: www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic.

III-. O empreendedor deverá informar eventuais mudanças de endereço, telefone e e-mail, não se responsabilizando a DVGIC por correspondências enviadas e não recebidas.

IV- Os comunicados e notificações da FMC ao empreendedor poderão ser expedidos com aviso de recebimento ou outra forma que assegure a ciência do interessado, sem prejuízo de notificação por correspondência eletrônica e ou por Edital.

V- Os comunicados, notificações bem como dúvidas serão prioritariamente disponibilizadas por meio que propicie protocolo aos interessados. Devendo a administração pública priorizar o atendimento pelo portal www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic.

6.5. Regras relativas à Movimentação Financeira:I- A movimentação financeira deverá ser feita em conta corrente exclusiva do

projeto, de titularidade do empreendedor.II-. A conta exclusiva do projeto deverá ser aberta em instituição financeira pública

integrante da Administração Pública Indireta dos entes federados (ex: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal). Não serão aceitas contas de instituições bancárias

de capital majoritariamente privado.a) É proibida a emissão de cartão de crédito e ativação de cheque especial na conta estabelecida no caput.III-. Toda a movimentação de recursos deverá ser realizada mediante transferência

eletrônica (TED ou DOC).a) Na aquisição de produtos/serviços, o empreendedor poderá utilizar a função débito, devendo apresentar o comprovante legível do pagamento e o documento fiscal correspondente.b) Não será aceita a utilização de cheques.

6.6. Readequações Orçamentárias, Alterações de Prazos e Membros Integrantes do Projeto:

I- Alterações no cronograma de execução do projeto e/ou nas rubricas orçamentárias deverão ser encaminhadas, previamente, no canal de atendimento da LMIC: www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic, devendo o empreendedor aguardar o deferimento do pedido, antes de executar as alterações.

II-. Serão permitidas até cinco readequações orçamentárias para cada projeto, já incluída a readequação estabelecida para assinatura dos termos.

III- Em regra, alterações ou readequações de cunho artístico-cultural, tais como: alteração de membros da equipe, de local de realização, dentre outros, não serão permitidas. Em casos excepcionais, desde que prévia e devidamente motivadas, tais solicitações poderão ser submetidas à apreciação da Comissão Municipal de Incentivo à Cultura.

IV- O prazo estimado de análise das solicitações submetidas à apreciação da CMIC é de 30 (trinta) dias, contados da data do recebimento da documentação completa exigida pela FMC, podendo ser prorrogado.

V- São vedadas quaisquer alterações que modifiquem a essência/objeto do projeto aprovado pela Comissão Municipal de Incentivo à Cultura - CMIC.

VI - Verificada a disponibilidade orçamentária e após a manifestação da Advocacia Pública da Fundação Municipal de Cultura relativa à petição devidamente fundamentada, formulada pelo empreendedor e acompanhada de provas, a Comissão Municipal de Incentivo à Cultura poderá conceder prorrogação do prazo, nos termos do Decreto nº 15.889/2015, com a consequente assinatura de Termo Aditivo ao Termo de Compromisso original.

VII - O Aditivo do Termo de Compromisso poderá ser firmado uma única vez.

6.7. Regras relativas às prestações de contas:I- O Manual de Gestão de Projetos Culturais e os formulários, referentes à prestação

de contas, de acompanhamento e avaliação, bem como de readequação orçamentária, estarão disponíveis no sítio eletrônico: www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic.

II-. Para efeito de prestação de contas, além das normas previstas no Manual de Gestão de Projetos Culturais, o empreendedor deverá observar o seguinte:

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a) Somente serão aceitos comprovantes de despesas emitidos após a data de assinatura do Termo de Compromisso de Incentivo Fiscal ou Termo de Compromisso do Fundo de Projetos Culturais;b) Enquanto não utilizados em sua finalidade, os recursos devem ser aplicados em caderneta de poupança com ativação de resgate automático;c) Os recursos provenientes de rendimento do investimento financeiro deverão ser devolvidos para conta do Fundo de Projetos Culturaisd) O empreendedor deverá apresentar trimestralmente o extrato da conta vinculada para a FMC através do link: www.bhfazcultura.pbh.gov.br/atendimentolmic, mesmo que no referido período o projeto não esteja em execução ou o saldo esteja zerado;e) Caso a FMC identifique, a qualquer tempo, despesa que não esteja em conformidade com a proposta inicial e com as readequações autorizadas ou determinadas pela CMIC, serão aplicadas as sanções cabíveis.III-. O empreendedor deverá apresentar a prestação de contas parcial em

conformidade com o disposto no Manual de Gestão de Projetos Culturais, assim que desembolsar 60% do recurso total aprovado para execução.

IV-. Após a análise da prestação de contas, o empreendedor terá um prazo de até 30 (trinta) dias corridos, a contar de sua notificação, para sanar qualquer pendência apurada pela Divisão de Gestão da LMIC.

V-. Caso a prestação de contas parcial e/ou final não tenha sido protocolizada tempestivamente ou não tenha sido aprovada, o empreendedor estará sujeito às sanções previstas no art. 9º da Lei nº 6.498/1993, à inscrição do crédito devidamente constituído na Dívida Ativa e, se verificados os pressupostos, à instauração de Tomada de Contas Especial.

VI-. O empreendedor que não comprovar a correta aplicação dos recursos ficará sujeito à restituição do valor do incentivo respectivo, corrigido pela variação aplicável aos tributos municipais, acrescido de 10% (dez por cento), e será excluído da participação em quaisquer projetos culturais beneficiados pela Legislação Municipal pelo período de 08 (oito) anos, sem prejuízo das penalidades criminais e civis cabíveis.

a) Para aplicação do caput, a FMC deverá previamente notificar o empreendedor por e-mail ou carta com AR ou Diário oficial do Município, concedendo 30 dias para impugnação.b) Com base na data da notificação válida, deverá a FMC lançar o crédito constituído por meio da notificação no SIATU.c) O valor a ser lançado no Siatu deverá ser o valor incorretamente aplicado, devendo ser levado em consideração tanto os aspectos contábeis/financeiros, bem como a devida execução artística e cultural do projeto.d) O valor incorretamente apurado deverá ser atualizada da data do repasse, sendo utilizado o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-IPCA-E.

7. Das disposições finaisI- É obrigatório o cumprimento da normatização estabelecida nesta Instrução Normativa e no Manual de Gestão de Projetos Culturais, sem prejuízo das determinações legais aplicáveis às ações inerentes ao projeto.II- É obrigatório o uso das logomarcas da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), de acordo com a Instrução Normativa nº 001/2014, publicada no DOM em 03 de junho de 2014.III-. A Divisão de Gestão da LMIC convocará os empreendedores dos projetos aprovados no Edital 2015, em data e horário a serem oportunamente divulgados, para participar do Curso de Gestão de Projetos Culturais.IV- O empreendedor que não participar do Curso de Gestão de Projetos Culturais ou delegar esta obrigação a terceiros, não poderá se eximir das orientações fornecidas ou do cumprimento das normas.V- A contagem do prazo terá início no primeiro dia que seguir ao da notificação ao empreendedor, sendo contados em dias corridos.VI - Os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.VII- A concessão do benefício financeiro para os projetos aprovados configura mera expectativa de direito, podendo a Administração, de forma motivada, cancelar os repasses a qualquer momento.VIII- Cabe ao DPFIC-FMC tomar as medidas necessárias para o cumprimento do disposto nesta Instrução Normativa.IX- Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

8. Anexos que acompanham a presente Instrução NormativaI- Relação dos Projetos Culturais aprovados no processo seletivo relativo ao Edital 2015 da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, após julgamento dos recursos.II- Minuta do Termo de Compromisso FPC.III -Minuta do Termo do IF.

Belo Horizonte, 10 de setembro de 2016Leônidas José de Oliveira

Presidente da Fundação Municipal de Cultura

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ANEXO I - RELAÇÃO DOS PROJETOS CULTURAIS APROVADOS NO PROCESSO SELETIVO RELATIVO AO EDITAL 2015 DA LEI MUNICIPAL DE INCENTIVO À CULTURA, APÓS JULGAMENTO DOS RECURSOS

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5.6. LEI 11.010 - PUBLICADA NO DOM EM 23 DE DEZEMBRO DE 2016

LEI Nº 11.010, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2016Dispõe sobre a Política Municipal de Fomento à Cultura e dá outras providências.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Fica instituída no Município a Política Municipal de Fomento à Cultura.

Art. 2º - Para os efeitos desta lei, entende-se por:I - Câmara de Fomento à Cultura Municipal - CFCM: órgão colegiado deliberativo,

composto paritariamente por representantes da administração pública municipal e do setor cultural, de comprovada idoneidade, para avaliar e direcionar o benefício financeiro que será atribuído aos projetos culturais contemplados por esta lei;

II - avaliação de projetos: procedimento por meio do qual os projetos culturais serão selecionados para a aplicação dos recursos previstos nesta lei, respeitadas a igualdade entre os proponentes, a liberdade de expressão e de criação, as diferenças regionais e a diversidade cultural;

III - Plano Bianual de Financiamento à Cultura: documento elaborado pelo órgão gestor de cultura do Município, que planeja a política de investimentos do Fundo Municipal de Cultura e o Incentivo Fiscal para os dois anos seguintes ao da elaboração, devendo ser previamente aprovado pelo Conselho Municipal de Política Cultural;

IV - Fundo Municipal de Cultura: mecanismo de captação e destinação de recursos para projetos e ações compatíveis com as finalidades da Política Cultural do Município, gerido pelo órgão gestor de cultura do Município;

V - Incentivo Fiscal - IF: mecanismo por meio do qual o Município realiza a renúncia fiscal em favor do incentivador de projetos de caráter artístico-cultural na cidade;

VI - empreendedor: pessoa física ou jurídica, domiciliada em Belo Horizonte, diretamente responsável pelo projeto artístico-cultural a ser beneficiado por esta lei;

VII - incentivador: pessoa física ou jurídica, domiciliada em Belo Horizonte, contribuinte do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN - devido ao Município, que venha a transferir recursos, mediante patrocínio, em apoio a projetos culturais e ao Fundo Municipal de Cultura;

VIII - repasse de recursos do Fundo Municipal de Cultura: transferência ao empreendedor, em caráter definitivo e livre de ônus, de recursos do fundo, com o objetivo de executar projeto e/ou ação cultural;

IX - patrocínio: transferência de recursos, em caráter definitivo e livre de ônus, feita pelo incentivador ao empreendedor, para a realização de projeto cultural, com ou sem finalidades promocionais, publicitárias ou de retorno institucional;

X - recursos transferidos por Incentivo Fiscal: parcela de recursos transferidos pelo incentivador ao empreendedor, que poderá ser deduzida do valor do ISSQN devido pelo incentivador, para aplicação em projeto cultural incentivado;

XI - Termo de Compromisso do Incentivo Fiscal: documento firmado pelo empreendedor e pelo incentivador perante o Município, por meio do qual o empreendedor se compromete a realizar o projeto incentivado, na forma e condições propostas, e o incentivador, a transferir recursos necessários para a realização do projeto, nos valores e prazos estabelecidos, bem como a recolher integralmente e em dia o ISSQN devido;

XII - Termo de Compromisso do Fundo Municipal de Cultura: documento firmado pelo empreendedor perante o órgão gestor de cultura do Município, por meio do qual se compromete a realizar o projeto contemplado pelo Fundo Municipal de Cultura na forma e condições propostas.

Art. 3º - Os projetos e ações culturais a serem beneficiados por esta lei devem ser de natureza artística e cultural e promover, no âmbito do Município, o desenvolvimento cultural e artístico, o exercício dos direitos culturais e o fortalecimento da economia da cultura por meio dos seguintes objetivos:

I - apoiar as diferentes linguagens artísticas, garantindo suas condições de realização, circulação, formação e fruição nacional e internacional;

II - apoiar as diferentes etapas da carreira dos artistas, adotando ações específicas para sua valorização;

III - apoiar a preservação e o uso sustentável do patrimônio histórico, cultural e artístico do Município em suas dimensões material e imaterial;

IV - promover a distribuição equilibrada de recursos por toda a extensão geográfica do Município, observadas as peculiaridades regionais da cidade;

V - desenvolver a economia da cultura, a geração de emprego, a ocupação e a renda, fomentar as cadeias produtivas artísticas e culturais, estimulando a formação de relações trabalhistas estáveis;

VI - apoiar os conhecimentos e expressões tradicionais, de grupos locais e de diferentes formações étnicas e populacionais;

VII - valorizar a relevância das atividades culturais de caráter criativo, inovador ou experimental;

VIII - apoiar a formação, a capacitação e o aperfeiçoamento de agentes culturais públicos e privados;

IX - ampliar o acesso da população do Município à fruição e à produção de bens, serviços e conteúdos culturais, valorizando iniciativas voltadas para as diferentes faixas etárias;

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X - promover o intercâmbio cultural com outros países por meio do apoio à difusão e da valorização das expressões culturais de Belo Horizonte;XI - valorizar o saber de artistas, mestres de culturas tradicionais, técnicos, pesquisadores, pensadores e estudiosos da arte e da cultura;XII - fomentar ações e políticas de comunicação social voltadas à ação cultural no Município;XIII - conceder bolsas de estudo na área cultural e artística.

Art. 4º - Para o alcance dos seus objetivos, esta lei apoiará, por meio de seus mecanismos e desde que presentes a dimensão cultural e o predominante interesse público, as seguintes ações:

I - produção e difusão de obras de caráter artístico e cultural, incluindo a remuneração de direitos autorais;

II - realização de projetos, tais como exposições, festivais, feiras e espetáculos;III - concessão de prêmios mediante seleções públicas;IV - instalação e manutenção de cursos para formar, especializar e profissionalizar

agentes culturais públicos e privados;V - realização de levantamentos, estudos, pesquisas e curadorias nas diversas áreas

da cultura;VI - aquisição, preservação, organização, digitalização e outras formas de difusão de

acervos, arquivos e coleções;VII - digitalização de acervos, arquivos e coleções, bem como a produção de conteúdos

digitais, jogos eletrônicos, vídeoarte e o fomento à cultura digital;VIII - restauração de obras de arte, documentos artísticos e bens móveis de reconhecido

valor cultural;IX - realização de intercâmbio cultural, nacional ou internacional;X - demais ações estabelecidas no Plano Municipal de Cultura que tenham relação

direta com esta lei.

Art. 5º - As diretrizes dos desembolsos e investimentos desta lei devem ser aprovadas pelo Conselho Municipal de Política Cultural.

CAPÍTULO IIDO PLANO BIANUAL DE FINANCIAMENTO À CULTURAArt. 6º - O Plano Bianual de Financiamento à Cultura deverá ser elaborado com base em estudos e fundamentos técnicos, considerando:

I - as linguagens artísticas, os formatos de ações culturais ou as regiões geográficas da cidade a serem priorizadas;

II - a diversidade de beneficiados, em razão da origem geográfica, das linguagens e dos estilos artísticos;

III - os estágios de maturidade da carreira artística;IV - o Plano Municipal de Cultura.

Art. 7º - O Plano Bianual de Financiamento à Cultura deverá ser discutido e aprovado em reunião extraordinária do Conselho Municipal de Política Cultural, sendo apresentado aos membros com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.

CAPÍTULO IIIDO FUNDO MUNICIPAL DE CULTURAArt. 8º - Fica alterada a denominação do Fundo de Projetos Culturais, estabelecido pela Lei nº 6.498, de 29 de dezembro de 1993, para Fundo Municipal de Cultura.Parágrafo único - Os recursos do Fundo Municipal de Cultura serão executados por meio de seleção de projetos, nos termos desta lei, editais de prêmios e outras formas estabelecidas na legislação vigente.

Art. 9º - Constituirão recursos financeiros do Fundo Municipal de Cultura:I - dotações orçamentárias;II - valores relativos à cessão de direitos autorais e à venda de livros ou outras

publicações e trabalhos gráficos patrocinados, editados ou coeditados pelo órgão gestor de cultura do Município;

III - valores repassados pela União e/ou pelo Estado;IV - saldos finais das contas correntes e o resultado das aplicações das sanções

pecuniárias previstas nesta lei;V - contribuições e subvenções de instituições financeiras oficiais;VI - doações e contribuições em moeda nacional e estrangeira de pessoas físicas e

jurídicas, domiciliadas no País ou no exterior;VII - valores recebidos a título de juros e demais operações financeiras, decorrentes de

aplicações de recursos próprios;VIII - saldos de exercícios anteriores;IX - valores recebidos em função de repasses relativos ao Sistema Nacional de Cultura,

em conformidade com as disposições legais;X - outras rendas eventuais.

Art. 10 - Os recursos do Fundo Municipal de Cultura serão repassados a fundo perdido, em favor de projetos e ações culturais de pessoas físicas ou de entidades privadas sem fins lucrativos, exigindo-se a comprovação de seu bom e regular emprego, bem como dos resultados alcançados.

Art. 11 - O Fundo Municipal de Cultura poderá exercer ações de política pública por meio de editais de fomento, concurso, convênios, entre outras formas previstas em lei.

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Art. 12 - Serão destinados até 5% (cinco por cento) do orçamento do Fundo Municipal de Cultura para custeio de ações de gestão e ampliação ao acesso aos benefícios desta lei por meio do desenvolvimento de estudos, custeio de pareceres especializados, acompanhamento, gestão e proteção do acervo gerado, avaliação e divulgação de resultados, incluídas a aquisição ou a locação de equipamentos e bens necessários ao cumprimento de seus objetivos.Parágrafo único - É vedada a utilização dos recursos previstos no caput deste artigo para custeio de despesas de manutenção administrativa do Executivo, com exceção do custeio dos jetons criados pelo art. 25 desta lei.

Art. 13 - O órgão gestor de cultura do Município publicará, anualmente, em espaço virtual adequado, o montante de recursos destinado ao mecanismo do Fundo Municipal de Cultura no exercício anterior, com valores devidamente discriminados por beneficiário, ressaltando as áreas artísticas e os programas contemplados.

Art. 14 - É facultada a destinação de até 15% (quinze por cento) dos recursos do Fundo Municipal de Cultura para o suplemento da cadeia de comercialização de produtos culturais na circunscrição do Município.§ 1º - A suplementação prevista no caput deste artigo deverá ocorrer preferencialmente por unidade de produto comercializado, tais como ingressos, livros, CDs e produtos culturais congêneres.§ 2º - Compete ao órgão gestor de cultura do Município estabelecer, no Plano Bianual de Financiamento à Cultura, as formas de distribuição da suplementação da cadeia de produtos culturais.

CAPÍTULO IVDO INCENTIVO FISCALArt. 15 - Os projetos beneficiados pelos recursos transferidos por incentivo fiscal, instituído pela Lei nº 6.498/93, deverão ter suas diretrizes previamente estabelecidas no Plano Bianual de Financiamento à Cultura.

Art. 16 - As transferências feitas por incentivadores em favor dos projetos culturais poderão ser integralmente deduzidas dos valores por eles devidos a título de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN, observado o limite fixado pelo Executivo, na forma do § 1º do art. 1º da Lei nº 6.498/93.Parágrafo único - Os valores deduzidos pelo incentivador deverão ser repassados na proporção de 90% (noventa por cento) para o projeto incentivado e 10% (dez por cento) para o Fundo Municipal de Cultura, nos termos do regulamento.

Art. 17 - Os incentivadores que aderirem ao benefício fiscal previsto nesta lei receberão

selo de responsabilidade cultural.

Art. 18 - É vedada a utilização do incentivo fiscal nos projetos em que sejam beneficiários os próprios incentivadores, seus sócios ou titulares e suas coligadas ou controladas, cônjuges, parentes ascendentes, descendentes, colaterais ou afins em segundo grau.

Art. 19 - O órgão gestor de cultura do Município publicará anualmente, em espaço virtual adequado, o montante de recursos destinado ao fomento de projetos e ações culturais em razão da adesão ao mecanismo do incentivo fiscal no exercício anterior, com valores devidamente discriminados por beneficiário e incentivador, ressaltando as áreas artísticas e programas incentivados.

CAPÍTULO VDA CÂMARA DE FOMENTO À CULTURA MUNICIPALArt. 20 - Fica criada a Câmara de Fomento à Cultura Municipal - CFCM, vinculada ao órgão gestor de cultura do Município, de caráter paritário, composta de 6 (seis) representantes da administração pública municipal e de 6 (seis) representantes do setor cultural, e seus respectivos suplentes, com a finalidade de avaliar e direcionar os recursos financeiros que serão atribuídos aos projetos e/ou às ações culturais.§ 1º - As decisões da CFCM relativas a processos individuais serão divulgadas por meio de publicação oficial da Deliberação Decisória.§ 2º - As decisões da CFCM relativas a matérias com repercussão sobre todos os processos desta lei serão divulgadas por meio de publicação oficial de Decisão Normativa.§ 3º - As decisões da CFCM relativas à seleção de propostas serão divulgadas por meio oficial, nos termos previstos em edital.

Art. 21 - Os membros da CFCM deverão ter comprovada idoneidade e experiência no setor cultural e terão mandato de 2 (dois) anos, podendo ser reconduzidos uma única vez por igual período.

Art. 22 - Os representantes do setor cultural serão eleitos por meio de processo público e transparente, convocado pelo órgão gestor de cultura do Município, podendo candidatar-se e votar qualquer artista, independentemente de vinculação a associação, sindicato ou similar.Parágrafo único - Caso o processo de seleção aconteça e não sejam eleitos membros suficientes, o órgão gestor de cultura do Município poderá indicar representantes da sociedade civil para comporem as demais vagas, sendo tal indicação submetida à aprovação do Conselho Municipal de Política Cultural.

Art. 23 - A convocação da eleição deverá ser feita com, no mínimo, 45 (quarenta e cinco) dias de antecedência junto às entidades representativas dos setores artísticos sediados

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no Município, e deverá ter publicidade em meio digital oficial, sem prejuízo aos demais meios de divulgação.

Art. 24 - Fica vedada aos membros da CFCM, a seus sócios ou titulares, às suas coligadas ou controladas e a seus cônjuges, parentes ascendentes, descendentes, colaterais ou afins, até segundo grau, a apresentação de projetos e/ou propostas que visem à obtenção de recursos previstos nesta lei, enquanto durarem os seus mandatos e até 1 (um) ano após o término desses mandatos.

Art. 25 - A cada membro da CFCM, efetivo ou suplente, serão atribuídos jetons no valor de R$35,00 (trinta e cinco reais) por comparecimento à sessão de julgamento e R$25,00 (vinte e cinco reais) por processo em que atuar como relator de pareceres técnicos.§ 1º - Os jetons mencionados no caput deste artigo, por exercício de relatoria de pareceres técnicos, não serão devidos nas hipóteses de serem os processos classificados como próprios do rito sumário e/ou de estarem relacionados à matéria deliberada em Decisão Normativa, conforme dispuser o regulamento.§ 2º - Os valores dos jetons atribuídos no caput deste artigo poderão ser reajustados bianualmente, sendo limitado à variação do IPCA-E do período.

Art. 26 - O órgão gestor de cultura do Município promoverá meios para ampliar a participação feminina na CFCM.

Art. 27 - Poderão ser constituídas comissões setoriais e/ou específicas paritárias para análise das propostas ou projetos, desde que aprovado pela CFCM.§ 1º - As comissões a que se refere o caput deste artigo deverão ser compostas por pelo menos um membro representante do setor cultural da CFCM.§ 2º - Serão realizadas seleções públicas para escolha dos membros da sociedade civil, conforme definido em regulamento.§ 3º - Caso o processo de seleção ocorra e não sejam selecionados membros suficientes, o órgão gestor de cultura do Município poderá indicar representantes da administração pública municipal e/ou da sociedade civil para comporem as demais vagas, sendo tal indicação submetida à aprovação da CFCM.§ 4º - Fica o Executivo autorizado a estender aos membros das comissões previstas no caput deste artigo o pagamento de jetons, na forma do art. 25 desta lei.§ 5º - O Executivo regulamentará os procedimentos, formas e meios de atuação relativos às comissões setoriais e/ou específicas.

CAPÍTULO VIDA SELEÇÃO DE PROJETOS OU PROPOSTASArt. 28 - Para obtenção dos recursos desta lei, os projetos e/ou propostas deverão ser

selecionados por meio de edital público, sendo que a verificação de regularidade jurídica, fiscal e trabalhista deverá ocorrer no ato da assinatura dos termos de compromisso, e não na fase de seleção das propostas.Parágrafo único - Os editais poderão fomentar ações artístico-culturais de período igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que respeitada a legislação orçamentária referente a cada exercício.

Art. 29 - A cada ano, o órgão gestor de cultura do Município poderá estabelecer editais específicos, de modo a contemplar a diversidade das expressões culturais no Município, desde que fundamentados no Plano Bianual de Financiamento à Cultura.

Art. 30 - No caso de projetos relativos a eventos culturais, somente serão aprovados aqueles que explicitarem o processo de continuidade e desdobramento, bem como preverem a participação da comunidade local, sob a forma de conferências, cursos, oficinas, debates e outras.

Art. 31 - Para a aprovação dos projetos, será observado o princípio da não concentração por segmento e por beneficiário, a ser aferido pelo montante de recursos, pela quantidade de projetos, pela respectiva capacidade executiva e pela disponibilidade do valor absoluto anual.§ 1º - Compete à CFCM e ao Executivo garantir equidade entre o volume de investimento destinado aos eventos e festivais e aquele direcionado aos investimentos diretos nos equipamentos e na produção de manifestações artísticas.§ 2º - Os festivais, mostras e eventos congêneres deverão ser aprovados prioritariamente na modalidade incentivo fiscal.§ 3º - A aprovação de recursos para um mesmo proponente observará os seguintes limites:

I - 0,75% (zero vírgula setenta e cinco por cento) do limite previsto anualmente em lei orçamentária para pessoas jurídicas;

II - 0,50% (zero vírgula cinquenta por cento) do limite previsto anualmente em lei orçamentária para pessoas físicas.

Art. 32 - A distribuição do montante anual não deve ser menor que 3,0% (três por cento) para cada regional.

Art. 33 - Fica o órgão gestor de cultura do Município autorizado a destinar os recursos mencionados nesta lei para projetos selecionados pelo cidadão por meio de processo on-line de votação, constituindo o Orçamento Participativo Digital da Cultura - OPDC.§ 1º - Os projetos serão pré-selecionados pela CFCM ou pela comissão setorial ou específica competente.§ 2º - O processo de votação apresentará propostas específicas para cada regional.§ 3º - Os procedimentos relativos ao OPDC observarão regulamento próprio.

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Art. 34 - O órgão gestor de cultura do Município implantará sistema informatizado de inscrição, tramitação, avaliação, gestão e acompanhamento dos projetos e processos desta lei, de modo a garantir maior transparência na gestão e na avaliação dos seus resultados e da correta aplicação dos recursos públicos.

CAPÍTULO VIIDA CONTRAPARTIDA SOCIOCULTURALArt. 35 - Os projetos a que se refere esta lei deverão apresentar proposta de contrapartida, entendida como a ação a ser desenvolvida pelo projeto que propicie o retorno sociocultural pelo apoio financeiro recebido, sendo que as diretrizes deverão ser reguladas pelo Conselho Municipal de Política Cultural por meio do Plano Bianual de Financiamento à Cultura.§ 1º - A contrapartida sociocultural deve estar relacionada à descentralização cultural e/ou à universalização e democratização do acesso a bens culturais, e seus custos não poderão estar incluídos nos valores repassados nos termos desta lei.§ 2º - A contrapartida deve, sempre que possível, ser mensurada economicamente no ato da apresentação da proposta.§ 3º - A prestação de contas da contrapartida ocorrerá por comprovação da execução do objeto.§ 4º - Nos casos em que não for comprovada a execução da contrapartida, aplicam-se as sanções previstas nesta lei.

CAPÍTULO VIIIDAS PENALIDADESArt. 36 - O empreendedor que não comprovar a correta aplicação dos recursos resultantes de projetos culturais ficará sujeito ao pagamento do valor recebido nos moldes desta lei, corrigido pela variação aplicável para cobrança dos tributos municipais, acrescido de 10% (dez por cento) a título de multa, ficando ainda excluído da participação em qualquer projeto cultural abrangido por esta lei, pelo prazo de 8 (oito) anos, sem prejuízo das penalidades criminais e civis cabíveis.

Art. 37 - O órgão gestor de cultura no Município deverá, no prazo de 60 (sessenta) dias da constatação de inadimplência do empreendedor, tomar as medidas administrativas com o intuito de propiciar a oportunidade de sanar a pendência.Parágrafo único - Transcorrido o prazo previsto no caput deste artigo, caso não seja sanada a pendência, deverá ser constituído o crédito de natureza administrativa e o devido lançamento na Dívida Ativa do Município.

Art. 38 - Nos casos de não apresentação ou de reprovação integral das contas apresentadas, o crédito deve ser constituído pelo valor total dos repasses.

Art. 39 - Nos casos de reprovação parcial das contas, os créditos deverão ser constituídos

no montante restante ao demonstrado e devidamente executado.

Art. 40 - A data do lançamento na Dívida Ativa observará as seguintes regras:I - quando se tratar de omissão do dever de prestar contas, a data de lançamento será

a estabelecida no término do termo ou instrumento congênere;II - quando se tratar de reprovação das contas, a data de lançamento será a do ato de

reprovação assinado pelo ordenador.

Art. 41 - No caso de comprovação intempestiva da correta aplicação dos recursos:I - a multa estabelecida no art. 36 desta lei será devida, mas não o valor principal

devidamente constituído;II - a sanção de 8 (oito) anos a que se refere o art. 36 desta lei será extinta.

Art. 42 - A apuração da execução do objeto para fins de constituição de crédito de natureza administrativa compete à Câmara de Fomento à Cultura Municipal.

Art. 43 - Fica o Executivo autorizado a extinguir os créditos citados no art. 37 desta lei, decorrentes da omissão do dever de prestar contas, da rejeição das contas, ainda que parcial, inscritos ou não na Dívida Ativa, mediante dação em pagamento de serviços culturais, verificada a viabilidade econômico-financeira, a conveniência e a oportunidade, nos moldes da legislação vigente.Parágrafo único - O Executivo estabelecerá a forma, o prazo e as condições em que se efetivará a extinção do crédito consoante o disposto no caput deste artigo, desde que:

I - o empreendedor demonstre capacidade técnica e legal para execução do serviço cultural;

II - os custos de execução dos serviços contratados sejam realizados integralmente pelo empreendedor;

III - o empreendedor demonstre ser detentor de todos os direitos autorais inerentes ao serviço prestado;

IV - a proposta de dação apresentada pelo empreendedor seja aprovada pelo Conselho Municipal de Política Cultural;

V - seja efetuado o pagamento dos honorários advocatícios devidos, bem como das custas judiciais, se for o caso, quando se tratar de crédito em execução ou outra demanda judicial;

VI - seja apresentado termo de confissão de dívida e renúncia formal a eventuais direitos demandados administrativamente ou em juízo assinado pelo sujeito passivo ou por seu representante legal.

Art. 44 - Para fins da extinção do crédito mediante dação em pagamento de serviços culturais, o valor do serviço será previamente estabelecido por meio de avaliação

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efetuada por servidor público municipal ou por profissional credenciado para essa função na administração pública municipal, nos termos do regulamento.Parágrafo único - Caso a mensuração econômica do serviço seja inferior ao montante atualizado devido, a execução dos créditos prosseguirá pelo montante restante devido.

CAPÍTULO IXDISPOSIÇÕES FINAISArt. 45 - O órgão gestor de cultura do Município realizará treinamento específico a cada edital, para elaboração e prestação de contas, visando à ampliação das oportunidades de acesso aos recursos desta lei e a sua correta aplicação.

Art. 46 - O órgão gestor de cultura do Município deverá conceder ao empreendedor um manual que demonstre as técnicas e as formas para execução exemplar do recurso público.

Art. 47 - O empreendedor deverá manter guarda dos documentos que comprovem a boa execução do recurso público por um período de 5 (cinco) anos, contados do término do Termo de Compromisso do Fundo Municipal de Cultura e/ou do Termo de Compromisso do Incentivo Fiscal.

Art. 48 - Toda transferência ou movimentação de recursos relativos aos projetos culturais será feita por meio de conta bancária vinculada, aberta pelo empreendedor especialmente para os fins previstos nesta lei, sendo que os dados relativos à movimentação da conta devem ser disponibilizados de forma irrestrita ao órgão de controle do poder público.§ 1º - O empreendedor deverá manter os recursos não utilizados em aplicação que tenha garantia do Fundo Garantidor Nacional ou em aplicação que seja lastreada em títulos do tesouro nacional, com liquidez diária, sendo que o fruto do rendimento deverá ser repassado ao Fundo Municipal de Cultura.§ 2º - Caso o empreendedor não efetue a aplicação referida no § 1º deste artigo, deverá reembolsar o Fundo Municipal de Cultura pelo saldo do montante não aplicado, atualizado pelo índice de atualização monetária aplicado aos tributos municipais.

Art. 49 - A administração pública municipal deve acompanhar os projetos financiados por esta lei durante toda sua vigência, inclusive por meio de visitas in loco, para fins de monitoramento e avaliação do cumprimento do objeto e da legislação vigente.§ 1º - Nas parcerias com vigência superior a 1 (um) ano, o órgão gestor de cultura do Município realizará, sempre que possível, pesquisa de satisfação com os beneficiários dos projetos e utilizará os resultados como subsídio na avaliação dos termos celebrados e do cumprimento dos objetivos pactuados, bem como na reorientação e no ajuste das metas e atividades definidas.

§ 2º - Para a implementação do disposto no caput e no § 1º deste artigo, o órgão gestor de cultura poderá valer-se do apoio técnico de terceiros, delegar competência ou firmar parcerias com órgãos ou entidades que se situem próximos ao local de aplicação dos recursos.

Art. 50 - Qualquer cidadão terá acesso a toda documentação referente aos projetos culturais beneficiados por esta lei, desde que atendidos os requisitos da Lei de Acesso à Informação.

Art. 51 - Para atender ao disposto nesta lei, fica o Poder Executivo autorizado a adaptar seus instrumentos de planejamento financeiro e, nos termos dos artigos 40 a 43, 45 e 46 da Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964, a abrir créditos adicionais no valor de R$12.700.000,00 (doze milhões e setecentos mil reais) ao orçamento corrente, montante já previsto na Lei nº 10.895, de 30 de dezembro de 2015, bem como a reabri-los pelo seu saldo para o exercício seguinte.

Art. 52 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 53 - Ficam revogados os arts. 2º a 11 e 13 a 16 da Lei nº 6.498/93.

Belo Horizonte, 23 de dezembro de 2016Marcio Araujo de LacerdaPrefeito de Belo Horizonte

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5.7. DECRETO Nº 16.514/2016 - Publicada no DOM em 23 de DEZEMBRO de 2016

DECRETO Nº 16.514, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2016Regulamenta a Lei nº 11.010/2016, e dá outras providências.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais, em especial a que lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município, e em conformidade com a Lei nº 11.010, de 23 de dezembro de 2016,

DECRETA:CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES PRELIMINARESArt. 1º - Este Decreto regulamenta a Política Municipal de Fomento à Cultura no Município de Belo Horizonte.

Art. 2º - Para os efeitos deste Decreto, entende-se por:I - Política Municipal de Fomento à Cultura: mecanismo composto pelo Fundo

Municipal de Cultura, Incentivo Fiscal, Conselho Municipal de Política Cultural e Câmara de Fomento à Cultura Municipal, com o objetivo de fomentar a cultura através do financiamento a projetos e ou contratações e aquisições previstas em lei;

II - Câmara de Fomento Municipal - CFM: órgão colegiado deliberativo, composto paritariamente por representantes da Administração Pública Municipal e do Setor Cultural, de comprovada idoneidade, para avaliar e direcionar o benefício financeiro que será atribuído aos projetos culturais contemplados;

III - Comissões setoriais e/ou específicas: órgãos colegiados, compostos paritariamente por representantes da Administração Pública Municipal e do Setor Cultural, nos termos da legislação, com atribuição específica prevista no presente Decreto;

IV - avaliação de projetos: procedimento por meio do qual os projetos culturais serão selecionados para a aplicação dos recursos previstos neste Decreto, respeitadas a igualdade entre os proponentes, a liberdade de expressão e de criação, as diferenças regionais e a diversidade cultural;

V - projeto cultural: proposta apresentada à Administração Pública que contém plano de trabalho, com prazo de início e encerramento, visando executar atividade cultural com obrigação ao empreendedor de prestar contas dos repasses de recursos públicos recebidos;

VI - ação cultural - atividade resultante de contratação e/ou aquisição, executada com recursos do Fundo Municipal de Cultura que propiciem o fomento à cultura ao

município de Belo Horizonte;VII - Plano Bianual de Financiamento à Cultura: documento elaborado pelo

órgão gestor de cultura do Município, que planeja a política de investimentos do Fundo Municipal de Cultura e o Incentivo Fiscal para os dois anos seguintes ao da elaboração, que deverá ser previamente aprovado pelo Conselho Municipal de Política Cultural;

VIII - Fundo Municipal de Cultura: mecanismo de captação e destinação de recursos para projetos e ações compatíveis com as finalidades da Política Cultural do Município, gerido pelo órgão gestor de cultura do Município;

IX - Incentivo Fiscal - IF: mecanismo por meio do qual o Município realiza a renúncia fiscal em favor do incentivador de projetos de caráter artístico-cultural na cidade;

X - empreendedor: pessoa física ou jurídica, domiciliada no Município de Belo Horizonte, diretamente responsável pelo projeto artístico-cultural a ser beneficiado por este Decreto;

XI - incentivador: pessoa física ou jurídica domiciliada no Município de Belo Horizonte, contribuinte do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN - devido ao Município, que venha a transferir recursos, mediante patrocínio, em apoio a projetos culturais e ao Fundo Municipal de Cultura;

XII - repasse de recursos do Fundo Municipal de Cultura: transferência ao empreendedor, em caráter definitivo e livre de ônus, de recursos do Fundo, com o objetivo de executar o projeto e ou ação cultural;

XIII - patrocínio: transferência, em caráter definitivo e livre de ônus, feita pelo incentivador ao empreendedor, de recursos para a realização do projeto cultural, com ou sem finalidades promocionais, publicitárias ou de retorno institucional;

XIV - recursos transferidos por Incentivo Fiscal: parcela de recursos transferidos pelo incentivador ao empreendedor, que poderá ser deduzida do valor do ISSQN devido pelo incentivador, para aplicação em projeto cultural incentivado;

XV - Termo de Compromisso do Incentivo Fiscal: documento firmado pelo empreendedor e pelo incentivador perante o Município de Belo Horizonte, por meio do qual o empreendedor se compromete a realizar o projeto incentivado na forma e condições propostas, e o incentivador a transferir recursos necessários para a realização do projeto, nos valores e prazos estabelecidos, bem como a recolher integralmente e em dia o ISSQN devido;

XVI - Certificado de Incentivo Fiscal: certificado nominal e intransferível, emitido pela Secretaria Municipal de Finanças em favor do incentivador, contendo a especificação das importâncias que poderão ser utilizadas para dedução dos valores devidos a título de ISSQN, relativo aos serviços por ele prestados;

XVII - Termo de Compromisso do Fundo de Municipal de Cultura: documento firmado pelo empreendedor perante o órgão gestor de cultura do Município, por

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meio do qual se compromete a realizar o projeto contemplado pelo Fundo Municipal de Cultura na forma e condições propostas;

XVIII - Certificado de Participação do Fundo Municipal de Cultura: certificado nominal emitido pelo órgão gestor de cultura do Município em favor do empreendedor, contendo autorização para abertura de conta bancária específica destinada à movimentação dos repasses financeiros do Fundo.

XIX - Certificado de Enquadramento de Incentivo Fiscal: documento emitido pelo órgão gestor de cultura, após aprovação de projeto em processo de seleção, que contém o montante a ser captado em favor do projeto cultural, bem como o percentual a ser destinado ao Fundo Municipal de Cultura.

Art. 3º - Os projetos e ações culturais serão beneficiados pela Política Municipal de Fomento à Cultura por meio dos seguintes mecanismos:

I - Fundo Municipal de Cultura - FMC;II - Incentivo Fiscal - IF.

§ 1º - Os recursos destinados ao Fundo Municipal de Cultura serão limitados a até 1,8% (um vírgula oito por cento) da receita proveniente do ISSQN apurado no exercício anterior.§ 2º - Os recursos destinados ao Incentivo Fiscal serão limitados a até 1,2% (um vírgula dois por cento) da receita proveniente do ISSQN apurado no exercício anterior.§ 3º - A seleção dos projetos estabelecida no caput deste artigo deverá seguir o rito estabelecido no presente Decreto.§ 4º - As contratações e as aquisições para garantir ações culturais deverão seguir o rito estabelecido no Decreto nº 10.710, de 28 de junho de 2001 e legislação congênere.

Art. 4º - Os projetos e ações culturais a serem beneficiados por este Decreto devem ser de natureza artística e cultural e promoverão, no âmbito do Município, o desenvolvimento cultural e artístico, o exercício dos direitos culturais e o fortalecimento da economia da cultura por meio dos seguintes objetivos:

I - apoiar as diferentes linguagens artísticas, garantindo suas condições de realização, circulação, formação e fruição nacional e internacional;

II - apoiar as diferentes etapas da carreira dos artistas, adotando ações específicas para sua valorização;

III - apoiar a preservação e o uso sustentável do patrimônio histórico, cultural e artístico do município em suas dimensões material e imaterial;

IV - promover a distribuição equilibrada de recursos por toda a extensão geográfica do município, observadas as peculiaridades regionais da cidade;

V - desenvolver a economia da cultura, a geração de emprego, a ocupação

e a renda, fomentar as cadeias produtivas artísticas e culturais, estimulando a formação de relações trabalhistas estáveis;

VI - apoiar os conhecimentos e expressões tradicionais, de grupos locais e de diferentes formações étnicas e populacionais;

VII - valorizar a relevância das atividades culturais de caráter criativo, inovador ou experimental;

VIII - apoiar a formação, capacitação e aperfeiçoamento de agentes culturais públicos e privados;

IX - ampliar o acesso da população do município de Belo Horizonte à fruição e à produção de bens, serviços e conteúdos culturais, valorizando iniciativas voltadas para as diferentes faixas etárias;

X - promover o intercâmbio cultural com outros países por meio do apoio à difusão e da valorização das expressões culturais do município de Belo Horizonte;

XI - valorizar o saber de artistas, mestres de culturas tradicionais, técnicos, pesquisadores, pensadores e estudiosos da arte e da cultura;

XII - fomentar ações e políticas de comunicação social voltadas à ação cultural no município de Belo Horizonte;

XIII - conceder bolsas de estudo na área cultural e artística.

Art. 5º - Para o alcance dos seus objetivos, este Decreto apoiará, por meio de seus mecanismos e desde que presentes a dimensão cultural e o predominante interesse público, as seguintes ações:

I - produção e difusão de obras de caráter artístico e cultural, incluindo a remuneração de direitos autorais;

II - realização de projetos, tais como exposições, festivais, feiras e espetáculos;III - concessão de prêmios mediante seleções públicas;IV - instalação e manutenção de cursos para formar, especializar e profissionalizar

agentes culturais públicos e privados;V - realização de levantamentos, estudos, pesquisas e curadorias nas diversas

áreas da cultura;VI - aquisição, preservação, organização, digitalização e outras formas de

difusão de acervos, arquivos e coleções;VII - digitalização de acervos, arquivos e coleções, bem como a produção de

conteúdos digitais, jogos eletrônicos, vídeoarte e o fomento à cultura digital;VIII - restauração de obras de arte, documentos artísticos e bens móveis de

reconhecidos valores culturais;IX - realização de intercâmbio cultural, nacional ou internacional;X - demais ações estabelecidas no Plano Municipal de Cultura que tenham

relação direta com este Decreto.

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Art. 6º - As diretrizes dos desembolsos e investimentos deste Decreto devem ser aprovadas pelo Conselho Municipal de Política Cultural.

CAPÍTULO IIDO PLANO BIANUAL DE FINANCIAMENTO À CULTURAArt. 7º - O Plano Bianual de Financiamento à Cultura deverá ser elaborado com base em estudos e fundamentos técnicos, considerando:

I - linguagens artísticas, formatos de ações culturais ou regiões geográficas da cidade a serem priorizadas;

II - diversidade de beneficiados, em razão da origem geográfica, linguagens e estilos artísticos;

III - estágios de maturidade da carreira artística;IV - o Plano Municipal de Cultura.

Art. 8º - O Plano Bianual de Financiamento à Cultura deverá ser discutido e aprovado em reunião extraordinária do Conselho Municipal de Política Cultural, sendo apresentado aos membros com antecedência mínima de 30 dias.

CAPÍTULO IIIDO FUNDO MUNICIPAL DE CULTURAArt. 9º - O Fundo Municipal de Cultura será gerido pelo órgão gestor de cultura do Município.Parágrafo único - Os recursos do Fundo Municipal de Cultura serão executados por meio de seleção de projetos, nos termos do presente Decreto, editais de prêmios e outras formas estabelecidas na legislação vigente.

Art. 10 - Constituem recursos financeiros do Fundo Municipal de Cultura:I - dotações orçamentárias;II - valores relativos à cessão de direitos autorais e à venda de livros ou outras

publicações e trabalhos gráficos patrocinados, editados ou coeditados pelo órgão gestor de cultura do Município;

III - valores repassados pela União e ou Estado;IV - saldos finais das contas correntes e o resultado das aplicações das sanções

pecuniárias previstas na legislação vigente;V - contribuições e subvenções de instituições financeiras oficiais;VI - doações e contribuições em moeda nacional e estrangeira de pessoas

físicas e jurídicas, domiciliadas no país ou no exterior;VII - valores recebidos a título de juros e demais operações financeiras,

decorrentes de aplicações de recursos próprios;VIII - saldos de exercícios anteriores;

IX - valores recebidos em função de repasses relativos ao Sistema Nacional de Cultura, em conformidade com as disposições legais;

X - outras rendas eventuais.

Art. 11 - Os recursos do Fundo Municipal de Cultura serão repassados a fundo perdido, em favor de projetos e ações culturais de pessoas físicas ou de entidades privadas sem fins lucrativos, exigida a comprovação de seu bom e regular emprego, bem como dos resultados alcançados.Parágrafo único - A vedação de repasses para pessoas jurídicas com fins lucrativos estabelecida no caput deste artigo se limita a modalidade repasse de recursos a fundo perdido, de forma que os desembolsos em favor de pessoas jurídicas com fins lucrativos poderão ser realizados nos casos em que a Administração Pública efetuar contratações ou aquisições que, com base no Plano Bianual de Financiamento à Cultura, visem a promover o fomento a ações culturais.

Art. 12 - O Fundo Municipal de Cultura poderá exercer ações de política pública por meio de editais de fomento, concurso, convênios, entre outras formas previstas em lei.

Art. 13 - Será destinado até 5% (cinco por cento) do orçamento do Fundo Municipal de Cultura para custeio de ações de gestão e ampliação ao acesso aos benefícios deste Decreto por meio do desenvolvimento de estudos, custeio de pareceres especializados, acompanhamento, gestão e proteção do acervo gerado, avaliação e divulgação de resultados, incluídas a aquisição ou a locação de equipamentos e bens necessários ao cumprimento de seus objetivos.Parágrafo único - É vedada a utilização de recursos previstos no caput deste artigo para custeio de despesas de manutenção administrativa do Poder Executivo Municipal, com exceção do custeio dos jetons.

Art. 14 - O órgão gestor de cultura do Município publicará anualmente, em espaço virtual adequado, o montante de recursos destinado ao mecanismo do Fundo Municipal de Cultura no exercício anterior, com valores devidamente discriminados por beneficiário, ressaltando as áreas artísticas e programas contemplados.

Art. 15 - É facultada a destinação de até 15% (quinze por cento) dos recursos do Fundo Municipal de Cultura para o suplemento da cadeia de comercialização de produtos culturais na circunscrição do município.§ 1º - A suplementação prevista no caput deste artigo deverá ocorrer preferencialmente por unidade de produto comercializado, tais como ingressos, livros, CDS e produtos culturais congêneres.

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§ 2º - A suplementação prevista no caput deste artigo deverá ser concedida preferencialmente para micro e pequenas empresas bem como membros do terceiro setor da cadeia de economia criativa ligada a cultura.§ 3º - Compete ao órgão gestor de cultura do Município estabelecer no Plano Bianual de Financiamento à Cultura as formas de distribuição da suplementação da cadeia de produtos culturais.

Art. 16 - Quando o edital do Fundo Municipal de Cultura selecionar projetos na modalidade repasse de recursos públicos a fundo perdido o processo de seleção deverá seguir o rito estabelecido no presente Decreto.§ 1º - Após o cumprimento de todas as fases estabelecidas em edital de seleção de projetos será emitido, pela Fundação Municipal de Cultura, em nome do empreendedor, o Certificado de Participação do Fundo Municipal de Cultura, contendo a autorização para abertura de conta bancária específica e/ou instrumento congênere para execução do projeto.§ 2º - Os prazos para a execução dos projetos contemplados pelo Fundo Municipal de Cultura serão estabelecidos nos respectivos editais.§ 3º - Após a emissão do Certificado de Participação do Fundo Municipal de Cultura será lavrado o Termo de Compromisso do Fundo Municipal de Cultura, previsto no inciso XVII do art. 2º deste Decreto, que conterá no mínimo:

I - a qualificação do empreendedor;II - os dados relativos ao projeto aprovado;III - a especificação dos valores e prazos para transferência, pelo órgão gestor

de cultura do Município, dos recursos financeiros para a conta vinculada ao projeto, bem como o prazo final para comprovação da correta aplicação dos recursos.

CAPÍTULO IVDO INCENTIVO FISCALArt. 17- O incentivo fiscal para a realização de projetos culturais, a ser concedido a contribuintes pessoas físicas e jurídicas, corresponderá à dedução de até 20% (vinte por cento) dos valores devidos mensalmente pelos contribuintes do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza- ISSQN- que vierem a apoiar, mediante doação ou patrocínio, projetos culturais apreciados e aprovados na forma da Lei e deste Decreto.Parágrafo único- O valor que deverá ser usado como incentivo cultural não poderá exceder a 3% (três por cento) da receita proveniente do ISSQN em cada exercício.

Art. 18 - As transferências feitas por incentivadores em favor dos projetos culturais poderão ser integralmente deduzidas dos valores por eles devidos a título de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN, observado o limite fixado

pelo Poder Executivo, na forma do caput do art. 17 deste Decreto.Parágrafo único - Os valores deduzidos pelo incentivador deverão ser repassados na proporção de 90% (noventa por cento) para o projeto incentivado e 10% (dez por cento) para o Fundo de Municipal de Cultura, nos termos do Certificado de Incentivo Fiscal.

Art. 19 - Os projetos beneficiados pelos recursos transferidos por incentivo fiscal, instituído pela Lei nº 6.498, de 29 de dezembro de 1993, deverão ter suas diretrizes previamente estabelecidas no Plano Bianual de Financiamento à Cultura.

Art. 20 - Os incentivadores que aderirem ao benefício fiscal previsto neste Decreto receberão selo de responsabilidade cultural.Parágrafo único - O selo de responsabilidade cultural só poderá ser utilizado durante a vigência do Termo de Compromisso do Incentivo Fiscal.Art. 21 - É vedada a utilização do incentivo fiscal nos projetos em que sejam beneficiários os próprios incentivadores, seus sócios ou titulares e suas coligadas ou controladas, cônjuges, parentes ascendentes, descendentes, colaterais ou afins em segundo grau.

Art. 22 - O órgão gestor de cultura do Município publicará anualmente, em espaço virtual adequado, o montante de recursos destinado ao fomento de projetos e ações culturais em razão da adesão ao mecanismo do incentivo fiscal no exercício anterior, com valores devidamente discriminados por beneficiário e incentivador, ressaltando as áreas artísticas e programas incentivados.

Art. 23 - Os projetos beneficiados com o incentivo fiscal na modalidade repasse de recursos públicos via dedução de ISSQN deverão seguir o rito de seleção estabelecido no presente Decreto.§ 1º - Após o cumprimento de todas as fases estabelecidas em edital, será emitido, pelo órgão gestor da cultura do Município, em nome do empreendedor, o Certificado de Enquadramento de Incentivo Fiscal, para empreendedores de projetos culturais contemplados com incentivo fiscal.§ 2º - O valor total do Certificado de Enquadramento de Incentivo Fiscal será o resultado da equação (valor aprovado pela comissão conforme edital dividido por 0,9).§ 3º - Do valor total alcançado pela equação estabelecida no § 2º deste artigo deverão ser detalhados no Certificado de Enquadramento de Incentivo Fiscal os valores referentes ao projeto cultural incentivado e os valores a serem repassados ao Fundo Municipal de Cultura, com base no parágrafo único do art. 18 deste Decreto.

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§ 4º- Os prazos de validade do Certificado de Enquadramento de Incentivo Fiscal e da execução dos projetos contemplados pelo incentivo fiscal serão estabelecidos nos respectivos editais.

Art. 24 - Para se qualificar como incentivador, o interessado deverá apresentar requerimento online ao órgão gestor de cultura do Município acompanhado dos seguintes documentos:

I - Certidão de Quitação Plena emitida pela Secretaria Municipal Adjunta de Arrecadações;

II - declaração assinada pelo responsável legal da empresa declarando que tem interesse em patrocinar o projeto cultural, descrevendo o nome deste.

III - declaração assinada pelo representante legal da empresa contendo a descrição dos valores recolhidos a título de ISSQN devido ao Município de Belo Horizonte nos últimos 12 (doze) meses, relativos aos serviços por ele prestados;

IV - cópia do ato constitutivo da empresa com a última alteração válida, caso haja;

V - declaração atestando a inexistência de parentesco entre o empreendedor e o incentivador;

VI - demais documentos que Administração Pública de forma justificada requisitar.Art. 25 - A qualquer momento a Administração Pública Municipal poderá requisitar:

I - Guias de Recolhimento do ISSQN - GR-ISS devido ao Município de Belo Horizonte nos últimos 12 (doze) meses, relativo aos serviços por ele prestados;

II - prova de recolhimento do ISSQN ao Município em, no mínimo, dez dos doze meses anteriores ao seu pedido.

Art. 26 - Os valores relativos ao ISSQN que eventualmente forem retidos na fonte só poderão ser utilizados desde que, após a apresentação do requerimento a que se refere o art. 24 deste Decreto, a empresa que pretende incentivar apresente comprovante de recolhimento do ISSQN devido ao Município de cada nota fiscal individualizada, fornecido pelo tomador dos serviços por ele prestados.§ 1º - Caso não sejam apresentados os comprovantes de pagamento de cada nota individualizada do tomador de serviços, o uso do ISSQN retido será inviabilizado e o órgão gestor de cultura cancelará o requerimento.§ 2º - A emissão do Certificado de Incentivo Fiscal ao incentivador condiciona-se à apresentação dos documentos exigidos neste artigo.

Art. 27 - Aprovado o requerimento de que trata o art. 24 deste Decreto pelo órgão gestor de cultura do Município, será lavrado o Termo de Compromisso do Incentivo Fiscal, previsto no inciso XV do art. 2º deste Decreto.

Parágrafo único - Após a assinatura do Termo de Compromisso de Incentivo Fiscal mencionado no caput deste artigo será expedido, pela Secretaria Municipal de Finanças, o Certificado de Incentivo Fiscal, que conterá:

I - a qualificação do empreendedor e do incentivador;II - os dados relativos ao projeto incentivado;III - a especificação dos valores e prazos para transferência, pelo incentivador,

dos recursos financeiros para a conta vinculada ao projeto, bem como dos repasses ao Fundo Municipal de Cultura, devendo ser considerada a proporcionalidade prevista no parágrafo único do art. 18 deste Decreto;

IV - a autorização para a dedução do benefício, pelo incentivador, dos valores devidos mensalmente a título de ISSQN, observados os limites legalmente estabelecidos.

Art. 28 - Cabe ao empreendedor informar ao órgão gestor de cultura do Município quando os depósitos não forem efetuados ou forem realizados em valor inferior ao estipulado.§ 1º - Sobre o valor não depositado na conta vinculada ao projeto, até a data estipulada no Certificado de Incentivo Fiscal, incidirão os acréscimos moratórios previstos na legislação tributária municipal, que deverão ser pagos ao Município por meio de Guia de Recolhimento disponibilizada pela Secretaria Municipal Adjunta de Arrecadações, sem prejuízo das demais penalidades cabíveis.§ 2º - Os valores do incentivo não depositados integral ou parcialmente em até 30 (trinta) dias depois da data indicada no Certificado de Incentivo Fiscal tornar-se-ão exigíveis pela Fazenda Pública Municipal, nos termos da legislação vigente.§ 3º - Na hipótese de aplicação do § 2º deste artigo, o Termo de Compromisso do Incentivo Fiscal será automaticamente cancelado, podendo ser aberto processo administrativo para verificar a má-fé na conduta do incentivador, devendo a Administração Pública Municipal verificar a conveniência da aplicação da sanção prevista no inciso III do art. 87 da Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993.§ 4º - A abertura do processo administrativo prevista no § 3º deste artigo só será executada na hipótese de ficarem demonstrados indícios de má-fé das partes.

Art. 29 - O valor a ser deduzido e repassado mensalmente pelo incentivador será de 20% (vinte por cento) da média dos 3 (três) menores valores do ISSQN recolhidos ao Município de Belo Horizonte, decorrentes dos serviços por ele prestados, nos 12 (doze) meses imediatamente anteriores ao seu pedido de qualificação.§ 1º - As deduções previstas no caput deste artigo são de responsabilidade do próprio contribuinte, sujeitando-se a posterior homologação pelo Fisco.§ 2º - No cálculo da média prevista no caput deste artigo será considerado:

I - o valor do imposto sem os acréscimos moratórios;

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II - o valor do imposto efetivamente devido e recolhido.§ 3º - O início do repasse constante do Certificado de Incentivo Fiscal dar-se-á em prazo nunca inferior a 60 (sessenta) dias, contados da data do protocolo do requerimento com a documentação no órgão gestor de cultura do Município.§ 4º - Caso o órgão gestor de cultura do Município efetue diligência solicitando novos documentos, o início do repasse constante do Certificado de Incentivo Fiscal poderá ser alterado de ofício pela Administração Pública, para prazo nunca inferior a 60 dias.

CAPÍTULO VDA CÂMARA DE FOMENTO MUNICIPALArt. 30 - A Câmara de Fomento à Cultura Municipal- CFCM, vinculada ao órgão gestor de cultura do Município, de caráter paritário, composta de 6 (seis) representantes da Administração Pública Municipal e de 6 (seis) representantes do setor cultural, e seus respectivos suplentes, tem a finalidade de avaliar e direcionar os recursos financeiros que serão atribuídos aos projetos e ou ações culturais.§ 1º - As decisões da Câmara relativas a processos individuais serão divulgadas por meio de publicação oficial da Deliberação Decisória.§ 2º - As decisões da Câmara relativas a matérias com repercussão a todos os processos desta lei serão divulgadas por meio de publicação oficial de Decisão Normativa.§ 3º - As decisões da Câmara relativas à seleção de propostas serão divulgadas por meio oficial, nos termos previstos em edital.

Art. 31- Compete à CFCM:I - selecionar os projetos a serem beneficiados pela Política Municipal de Fomento

à Cultura, bem como fixar o valor a ser concedido a cada projeto, conforme critérios definidos em Edital;

II - deliberar sobre readequações ou alterações de cunho artístico-cultural nos projetos aprovados pela Política Municipal de Fomento à Cultura, sempre respeitando a legislação vigente e o entendimento dos órgãos de controle;

III - homologar a prestação de contas apresentada pelos empreendedores que tenham recebido repasses;

IV - deliberar sobre prorrogação de prazo de projeto cultural que tenha recebido repasses;

V - deliberar sobre as minutas de editais de seleção de projetos, sem prejuízo dos apontamentos jurídicos;

VI - deliberar sobre outras matérias relativas à execução dos projetos e ações culturais, quando a ela submetidas.§ 1º - A prorrogação de prazo mencionada no inciso IV do caput deste artigo só

será deliberada pela CFCM após emissão de parecer favorável pelo órgão gestor de cultura do Município, e não poderá ser superior ao prazo inicial estabelecido no respectivo edital, sem prejuízo da atuação dos órgãos de controle de legalidade.§ 2º - A emissão de pareceres relativos aos incisos I, II e VI do caput deste artigo poderá ser delegada para as comissões específicas e/ou setoriais previstas no art. 41 deste artigo.§ 3º - A atuação da CFCM será regida pelo disposto neste Decreto e em seu Regimento Interno, aprovado pelo titular do órgão gestor de cultura do Município.§ 4º - A CFCM, por meio de proposta de seu Presidente ou de pelos menos quatro membros, poderá deliberar sobre alterações regimentais, devendo as decisões ser tomadas, em qualquer caso, por maioria absoluta de votos.§ 5º - As alterações regimentais deliberadas pela CFCM devem ser submetidas à aprovação do titular do órgão gestor de cultura do Município.

Art. 32 - Os membros da CFCM deverão deter comprovada idoneidade e experiência no setor cultural, os quais terão mandato de 2 (dois) anos, podendo ser reconduzidos uma única vez por igual período.Parágrafo único - Para comprovação da experiência no setor cultural o candidato deverá inscrever o seu currículo na plataforma lattes e/ou ferramenta equivalente, que permita o acesso de qualquer cidadão de Belo Horizonte, sem prejuízo das demais solicitações previstas em edital.

Art. 33 - Os membros da CFCM serão designados por Portaria do Prefeito para o exercício de mandato de 2 (dois) ano, permitida uma única recondução por igual período, e não perceberão qualquer remuneração, seja a que título for, sendo sua função considerada de relevante interesse público.

Art. 34 - Os representantes da Administração Pública Municipal na CFCM, e respectivos suplentes, serão indicados pelo titular do órgão gestor de cultura do Município.

Art. 35 - O Presidente da CFCM, a quem caberá o voto de desempate, será indicado pelo titular do órgão gestor de cultura do Município dentre os representantes da Administração Pública Municipal.

Art. 36 - Os representantes do setor cultural serão eleitos através de processo público e transparente, convocado pelo órgão gestor de cultura do Município, podendo candidatar-se e votar qualquer artista, independente de vinculação a associação, sindicato ou similar.Parágrafo único - Caso o processo de seleção aconteça e não sejam eleitos

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membros suficientes, o órgão gestor de cultura do Município poderá indicar representantes da sociedade civil para comporem as demais vagas, sendo tal indicação submetida à aprovação do Conselho Municipal de Política Cultural.

Art. 37 - A convocação da eleição deverá ser feita com, no mínimo, 45 (quarenta e cinco) dias de antecedência junto às entidades representativas dos setores artísticos sediados no Município, e deverá ter publicidade em meio digital oficial, sem prejuízo aos demais meios de divulgação.

Art. 38 - Fica vedada aos membros da CFCM, a seus sócios ou titulares, as suas coligadas ou controladas e a seus cônjuges, parentes ascendentes, descendentes, colaterais ou afins, até segundo grau, a apresentação de projetos e ou propostas que visem à obtenção de recursos previstos nesta Lei, enquanto durarem os seus mandatos e até 1 (um) ano após o término destes.Parágrafo único - Os representantes indicados e/ou eleitos para compor a CFCM não poderão estar vinculados a projeto beneficiado pela Política Municipal de Fomento à Cultura em situação irregular, no qual figure como empreendedor o próprio candidato ou seu cônjuge, sócio ou pessoa jurídica da qual faça parte na qualidade de sócio, titular ou representante legal.

Art. 39 - A cada membro da Câmara de Fomento à Cultura Municipal, efetivo ou suplente, serão atribuídos jetons no valor de R$35,00 (trinta e cinco reais) por comparecimento à sessão de julgamento e R$25,00 (vinte e cinco reais) por processo em que atuar como relator de pareceres técnicos.§ 1º - Os jetons mencionados no caput deste artigo, por exercício de relatoria de pareceres técnicos, não serão devidos nas hipóteses de serem os processos classificados como próprios do rito sumário e/ou de estarem relacionados à matéria deliberada em Decisão Normativa, conforme dispuser Regimento Interno da CFCM.§ 2º - Os valores dos jetons atribuídos no caput deste artigo poderão ser reajustados bianualmente, sendo limitado à variação do IPCA-E do período.

Art. 40 - O órgão gestor de cultura do Município promoverá meios para ampliar a participação feminina na CFCM.

Art. 41 - Poderão ser constituídas comissões setoriais e/ou específicas paritárias para análise das propostas ou projetos, desde que aprovado pela Câmara de Fomento à Cultura Municipal - CFCM.§ 1º - As comissões a que se refere o caput deste artigo deverão ser compostas por pelo menos um membro representante do setor cultural da CFCM.§ 2º - O órgão gestor de cultura estenderá aos membros das comissões previstas

no caput deste artigo o pagamento de jetons, na forma do art. 39 deste Decreto.§ 3º - O órgão gestor de cultura regulamentará os procedimentos, formas e meios de atuação relativos às comissões setoriais e/ou específicas, por meio de Instrução Normativa.§ 4º - Fica vedada aos membros das comissões previstas no caput deste artigo, a seus sócios ou titulares, as suas coligadas ou controladas e a seus cônjuges, parentes ascendentes, descendentes, colaterais ou afins, até segundo grau, a apresentação de projetos e ou propostas que visem à obtenção de recursos previstos nesta Lei, enquanto durarem o seu efetivo exercício.§ 5º - Os representantes indicados e/ou eleitos para compor as comissões previstas no caput deste artigo não poderão estar vinculados a projeto beneficiado pela Política Municipal de Fomento à Cultura em situação irregular, no qual figure como empreendedor o próprio candidato ou seu cônjuge, sócio ou pessoa jurídica da qual faça parte na qualidade de sócio, titular ou representante legal.

Art. 42 - O órgão gestor da cultura do Município efetuará processo de seleção por meio de edital em que os membros da sociedade civil serão cadastrados em banco de dados para serem convocados conforme conveniência da administração pública.Parágrafo único - Caso o processo de seleção ocorra e não sejam selecionados membros suficientes, o órgão gestor de cultura do Município poderá indicar representantes da Administração Pública Municipal e ou da sociedade civil para comporem as demais vagas, sendo tal indicação submetida à aprovação da CFCM.

Art. 43 - As comissões setoriais e/ou específicas paritárias serão compostas por no mínimo um servidor público efetivo, sendo que a Presidência será sempre exercida por servidor público municipal.

Art. 44 - Deverão ser nomeados nas comissões setoriais e/ou específicas, preferencialmente, agentes públicos lotados nos setores temáticos do órgão gestor de cultura do Município que tenham relação com o edital ou ação a ser desenvolvida pela comissão.

Art. 45 - Os membros das comissões previstas no art. 41 deste Decreto deverão manter currículo na plataforma lattes e/ou ferramenta equivalente que permita o acesso de qualquer cidadão de Belo Horizonte.

CAPÍTULO VIDA SELEÇÃO DE PROJETOS OU PROPOSTASArt. 46 - Para obtenção dos recursos deste Decreto, os projetos e ou propostas

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deverão ser selecionados por meio de edital público, sendo que a verificação de regularidade jurídica, fiscal e trabalhista deverá ocorrer no ato da assinatura dos termos de compromisso, e não na fase de seleção das propostas.Parágrafo único - Os editais poderão fomentar ações artístico-culturais de período igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que respeitada a legislação orçamentária referente a cada exercício.

Art. 47 - A cada ano o órgão gestor de cultura do Município poderá estabelecer editais específicos, de modo a contemplar a diversidade das expressões culturais no município, desde que fundamentados no Plano Bianual de Financiamento à Cultura.

Art. 48 - No caso de projetos relativos a eventos culturais, somente serão aprovados aqueles que explicitarem o processo de continuidade e desdobramento, bem como prevejam a participação da comunidade local, sob a forma de conferências, cursos, oficinas, debates e outras.

Art. 49 - Para a aprovação dos projetos será observado o princípio da não concentração por segmento e por beneficiário, a ser aferido pelo montante de recursos, pela quantidade de projetos, pela respectiva capacidade executiva e pela disponibilidade do valor absoluto anual.§ 1º - Compete a CFCM e ao Poder Executivo garantir equidade entre o volume de investimento que é destinado aos eventos e festivais e aquele direcionado aos investimentos diretos nos equipamentos e na produção de manifestações artísticas.§ 2º - Os festivais, mostras e eventos congêneres deverão ser aprovados prioritariamente na modalidade incentivo fiscal.§ 3º - A aprovação de recursos a um mesmo proponente observará os seguintes limites:

I - 0,75% (zero vírgula setenta e cinco por cento) do limite previsto anualmente em lei orçamentária para pessoas jurídicas;

II - 0,50% (zero vírgula cinquenta por cento) do limite previsto anualmente em lei orçamentária para pessoas físicas.Art. 50 - Cada projeto somente poderá ser apresentado por meio de um dos dois mecanismos referidos no art. 3º deste Decreto.

Art. 51 - Cada empreendedor estará limitado à apresentação de até 2 (dois) projetos por ano.

Art. 52 - A distribuição do montante anual não deve ser menor que 3,0% (três por cento) para cada regional.

Art. 53 - O órgão gestor de cultura do Município poderá destinar recursos mencionados neste Decreto para projetos a serem selecionadas pelo cidadão por meio de processo on-line de votação, constituindo o Orçamento Participativo Digital da Cultura, desde que previsto no Plano Bianual de Financiamento à Cultura.§ 1º - Os projetos serão pré-selecionados pela CFCM ou pela comissão setorial ou específica competente.§ 2º - O processo de votação apresentará propostas específicas para cada regional.§ 3º - Os procedimentos relativos ao Orçamento Participativo Digital da Cultura deverão seguir regras estabelecidas em edital.

Art. 54 - Os projetos aprovados na modalidade repasse de recursos públicos prevista no presente Decreto deverão ser organizados em setores culturais pelo órgão gestor de cultura, com fundamento no Plano Municipal de Cultura e no Plano Bianual de Financiamento à Cultura.

Art. 55 - Para se inscrever no processo de seleção dos projetos beneficiados na modalidade repasse de recursos públicos, o empreendedor deverá apresentar formulário próprio e documentação estabelecida em instrumento de seleção específico a ser publicado pelo órgão gestor de cultura do Município.

Art. 56 - Não serão examinados projetos de empreendedores que não tenham prestado contas de projetos anteriormente incentivados ou que tenham tido as prestações indeferidas e não regularizadas nos termos da Lei nº 6.498/93 e do presente decreto.

Art. 57 - O projeto deverá trazer a especificação do custo integral, ainda que objetive a obtenção de fração dos recursos necessários.

Art. 58 - Quando houver previsão de recursos complementares de outras fontes públicas e/ou privadas, os projetos deverão apresentar tais informações.

Art. 59 - Fica criada a Comissão de Acompanhamento dos Projetos e Ações Culturais, composta por 4 (quatro) representantes titulares e respectivos suplentes da Administração Pública Municipal.§ 1º - Os membros da Comissão mencionada no caput deste artigo serão designados por meio de Portaria do titular do órgão gestor de cultura do Município.§ 2º - A Comissão de Acompanhamento dos Projetos e Ações Culturais elaborará o seu Regimento Interno, devendo submetê-lo à aprovação do órgão gestor de cultura do Município.

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Art. 60 - Compete à Comissão de Acompanhamento dos Projetos e Ações Culturais:I - acompanhar e fiscalizar a execução dos projetos contemplados e aprovados

nos termos do presente Decreto, sem prejuízo da atuação dos demais órgãos de controle;

II - propor medidas e alterações normativas necessárias ao aprimoramento da execução dos projetos.

CAPÍTULO VIIDA CONTRAPARTIDA SOCIOCULTURALArt. 61 - Os projetos a que se refere este Decreto deverão apresentar proposta de contrapartida, entendida como a ação a ser desenvolvida pelo projeto que propicie o retorno sociocultural pelo apoio financeiro recebido, sendo que as diretrizes deverão ser reguladas pelo Conselho Municipal de Política Cultural por meio do Plano Bianual de Financiamento à Cultura.§ 1º - A contrapartida sociocultural deve estar relacionada à descentralização cultural e/ou à universalização e democratização do acesso a bens culturais, e seus custos não poderão estar incluídos nos valores repassados nos termos deste Decreto.§ 2º - A contrapartida deve, sempre que possível, ser mensurada economicamente no ato da apresentação da proposta.§ 3º - A prestação de contas da contrapartida ocorrerá por comprovação da execução do objeto.§ 4º - Nos casos em que não for comprovada a execução da contrapartida, aplicam-se as sanções previstas na legislação em vigor.

CAPÍTULO VIIIDAS PENALIDADESArt. 62 - O empreendedor que não comprovar a correta aplicação dos recursos resultantes de projetos culturais ficará sujeito ao pagamento do valor recebido nos moldes da Lei que dispõe sobre a Política Municipal de Fomento à Cultura, corrigido pela variação aplicável para cobrança dos tributos municipais, acrescido de 10% (dez por cento) a título de multa, ficando ainda excluído da participação de quaisquer projetos culturais abrangidos por este Decreto, pelo prazo de 8 (oito) anos, sem prejuízo das penalidades criminais e civis cabíveis.

Art. 63 - O órgão gestor de cultura no Município deverá, no prazo de 60 (sessenta) dias da constatação de inadimplência do empreendedor, tomar as medidas administrativas com o intuito de propiciar a oportunidade de sanar a pendência.Parágrafo único - Transcorrido o prazo previsto no caput deste artigo, caso não

seja sanada a pendência, deverá ser constituído o crédito de natureza administrativa e o devido lançamento na Dívida Ativa do Município.

Art. 64 - Nos casos de não apresentação ou de reprovação integral das contas apresentadas, o crédito deve ser constituído pelo valor total dos repasses.

Art. 65 - Nos casos de reprovação parcial das contas, os créditos deverão ser constituídos no montante restante ao demonstrado e devidamente executado.

Art. 66 - A data do lançamento na Dívida Ativa observará as seguintes regras:I - quando se tratar de omissão do dever de prestar contas, a data de lançamento

será a estabelecida no término do termo ou instrumento congênere;II - quando se tratar de reprovação das contas, a data de lançamento será a do

ato de reprovação assinado pelo ordenador.

Art. 67 - No caso de comprovação intempestiva da correta aplicação dos recursos:I - a multa prevista no art. 62 deste Decreto será devida, mas não o valor principal

devidamente constituído;II - a sanção de 8 (oito) anos a que se refere o art. 62 deste Decreto será extinta.

Art. 68 - A apuração da execução do objeto para fins de constituição de crédito de natureza administrativa compete à Câmara de Fomento à Cultura Municipal, devendo esta emitir parecer conclusivo.

Art. 69 - Para constituição do crédito de natureza administrativa, o órgão gestor de cultura do Município deverá notificar o empreendedor por carta com aviso de recebimento, e/ou por e-mail e por meio do Diário Oficial do Município.§ 1º - A notificação deverá conter a motivação expressa com menção à Lei que fundamenta a constituição do crédito.§ 2º - Deverá ser concedido prazo de 30 (trinta) dias para defesa do empreendedor.§ 3º- Na notificação deverão constar os valores originários acrescidos de atualizações e multas.

Art. 70 - Após a notificação válida concebendo a constituição do crédito de natureza administrativa, o órgão gestor de cultura do Município deverá informar o crédito de natureza administrativa no Sistema de Administração Tributária e Urbana-SIATU ou ferramenta congênere.Parágrafo único - Caso o empreendedor apresente defesa administrativa no prazo de 30 (trinta) dias, deverá o órgão gestor de cultura do Município informar no SIATU tal ação para que a continuidade da execução do crédito seja suspensa até

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a análise final do recurso.

Art. 71 - Caso a defesa administrativa não seja acatada pelo ordenador de despesas do órgão gestor de cultura do Município, o crédito devidamente constituído deverá ser inscrito na dívida ativa do município.Parágrafo único - Caso a Administração Pública acate parcialmente a defesa do interessado, a inscrição na dívida ativa deverá ser executada pelo saldo residual.

Art. 72 - A constituição de crédito de natureza administrativa, com garantia do contraditório e da ampla defesa e a devida inscrição em dívida ativa, constitui título executivo, sendo caracterizado como medida administrativa que propicia execução judicial.Parágrafo único - Na hipótese de a Administração Pública não lograr êxito na constituição do título executivo deverá o órgão gestor de cultura do Município iniciar o rito estabelecido no Decreto nº 15.476, de 6 de fevereiro de 2014, para que como medida excepcional seja instaurada tomada de contas especial.

Art. 73 - Após a inscrição em dívida ativa, a Fazenda Pública Municipal e a Procuradoria-Geral do Município executarão o crédito nos termos da legislação vigente, sem prejuízo da atuação do Ministério Público.

CAPÍTULO IXDAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAISArt. 74 - O titular do órgão gestor de cultura do Município decidirá sobre as competências da Comissão Municipal de Incentivo à Cultura até que a Câmara de Fomento à Cultura Municipal tome posse, podendo o titular do órgão gestor de cultura do Município delegar ao gestor responsável pelo fomento a cultura às atribuições essas atribuições.

Art. 75 - Os Certificados de Incentivo Fiscal emitidos em data anterior à publicação deste Decreto deverão seguir o rito de repasses previsto no Decreto nº 15.889, de 4 de março de 2015, não se aplicando a regra de repasse na proporção de 10% (dez por cento) para o Fundo Municipal de Cultura e de 90% (noventa por cento) para o projeto incentivado.

Art. 76 - O órgão gestor de cultura do Município implantará sistema informatizado de inscrição, tramitação, avaliação, gestão e acompanhamento dos projetos e processos deste Decreto, de modo a garantir maior transparência na gestão e avaliação dos seus resultados e da correta aplicação dos recursos públicos.

§ 1º - As prestações de contas deverão ser disponibilizadas de forma integral para acesso permanente ao cidadão, visando à garantia da transparência na aplicação dos recursos públicos sem necessidade de solicitação prévia.§ 2º - Os processos administrativos de cada projeto aprovado na modalidade repasse de recursos públicos terão sua tramitação em plataforma eletrônica dentro do Sistema de Gerenciamento e controle de expedientes.§ 3º - Os projetos serão selecionados pelo sistema de gestão de editais do órgão gestor de cultura do Município e/ou pelo site http://mapaculturalbh.pbh.gov.br/ e ou instrumento congênere.

Art. 77 - O órgão gestor de cultura do Município realizará treinamento específico a cada edital, para elaboração e prestação de contas, visando à ampliação das oportunidades de acesso aos recursos deste Decreto e a sua correta aplicação.

Art. 78 - O órgão gestor de cultura do Município deverá conceder ao empreendedor um manual que demonstre as técnicas e as formas para execução exemplar do recurso público.

Art. 79 - O empreendedor deverá manter guarda dos documentos que comprovem a boa execução do recurso público por um período de 05 (cinco) anos contados do término do Termo de Compromisso do Fundo Municipal de Cultura e ou do Termo de Compromisso do Incentivo Fiscal.

Art. 80 - Toda transferência ou movimentação de recursos relativos aos projetos culturais será feita por meio de conta bancária vinculada, aberta pelo empreendedor especialmente para os fins previstos neste Decreto, sendo que os dados relativos à movimentação da conta devem ser disponibilizados de forma irrestrita ao órgão de controle do Poder Público.§ 1º - O empreendedor deverá manter os recursos não utilizados em aplicação que tenha garantia do Fundo Garantidor Nacional ou em aplicação que seja lastreada em títulos do tesouro nacional, com liquidez diária, sendo que o fruto do rendimento deverá ser repassado para o Fundo Municipal de Cultura.§ 2º - Caso o empreendedor não efetue a aplicação referida no § 1º deste artigo, deverá reembolsar o Fundo Municipal de Cultura pelo saldo do montante não aplicado, atualizado pelo índice de atualização monetária aplicado aos tributos municipais.§ 3º - O órgão gestor de cultura do Município estabelecerá qual o banco em que a conta bancária corrente vinculada deverá ser aberta.§ 4º - Para projetos aprovados de até R$20.000,00 (vinte mil reais), considera-se

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conta bancária vinculada o repasse de recursos para cartões pré-pagos bancários, desde que garanta o nexo de causalidade entre as despesas e o pagamentos, hipótese em que não se aplicarão as regras previstas nos §§1º, 2º e 3º deste artigo.§ 5º- São considerados órgão de controle do poder público municipal para fins do estabelecido no caput a Secretaria Municipal de Finanças, o órgão Gestor de Cultura do Município, a Controladoria Geral do Município e a Procuradoria Geral do Município.

Art. 81 - A Administração Pública Municipal deve acompanhar os projetos financiados por este Decreto durante toda sua vigência, inclusive por meio de visitas in loco, para fins de monitoramento e avaliação do cumprimento do objeto e da legislação vigente.§ 1º - Nas parcerias com vigência superior a 1 (um) ano, o órgão gestor de cultura do Município realizará, sempre que possível, pesquisa de satisfação com os beneficiários dos projetos e utilizará os resultados como subsídio na avaliação dos termos celebrados e do cumprimento dos objetivos pactuados, bem como na reorientação e no ajuste das metas e atividades definidas.§ 2º - Para a implementação do disposto no caput e § 1º deste artigo, o órgão gestor de cultura poderá valer-se do apoio técnico de terceiros, delegar competência ou firmar parcerias com órgãos ou entidades que se situem próximos ao local de aplicação dos recursos.

Art. 82 - Qualquer cidadão terá acesso a toda documentação referente aos projetos culturais beneficiados por este Decreto, desde que atendidos os requisitos da Lei de Acesso a Informação.

Art. 83 - Na modalidade repasse de recursos, é obrigatória a referência explícita à Prefeitura de Belo Horizonte, ao órgão gestor de cultura do Município e à Política Municipal de Fomento a Cultura nos produtos resultantes dos projetos culturais, bem como em quaisquer atividades e materiais relacionados à sua difusão, divulgação, promoção e distribuição, em destaque equivalente ao que for dado ao maior patrocinador e/ou incentivador, conforme diretrizes estabelecidas pelo órgão gestor de cultura do Município.§ 1º - É obrigatória a veiculação no início de shows, espetáculos e apresentações relativas aos projetos incentivados, de mensagem sonora em conformidade com modelo fornecido pelo órgão gestor de cultura do Município.§ 2º - Em espaços culturais construídos, conservados ou mantidos com recursos do Fundo Municipal de Cultura ou dos incentivos fiscais do Município, é obrigatória a instalação, em local visível, de placa com referência explícita à Prefeitura de Belo Horizonte, ao órgão gestor de cultura do Município e à Lei Municipal de Incentivo à

Cultura, bem como a veiculação de mensagem sonora antecedendo os eventos ali ocorridos, conforme modelos fornecidos pelo órgão gestor de cultura do Município.§ 3º - A regularidade dos projetos culturais beneficiados fica condicionada à observância do disposto neste artigo.§ 4º - Para efeito do disposto no caput deste artigo, é obrigatório o envio, para apreciação pelo órgão gestor de cultura do Município, de produtos e material de divulgação, promoção e distribuição relacionados ao projeto, antes de sua execução.§ 5º - Para a realização de shows, espetáculos e apresentações de projetos, é obrigatório o envio de convites que garantam o acesso ao evento dos membros da CFCM e da Comissão de Acompanhamento dos Projetos e Ações Culturais responsáveis pela avaliação do projeto respectivo.§ 6º - Nos produtos e materiais de divulgação deverá constar o número de registro do projeto.§ 7º - Os casos omissos deste artigo serão resolvidos pelo órgão gestor de cultura do Município, por meio da edição de ato específico por seu titular.

Art. 84 - Os procedimentos relacionados à prestação de contas dos projetos incentivados pela Política Municipal de Fomento à Cultura serão discriminados em Instrução Normativa do órgão gestor de cultura do Município.

Art. 85 - O órgão gestor de cultura do Município deverá abrir consulta pública online com o objetivo de levantar as especificidades necessárias a implantação de editais setoriais que deverão constar no primeiro Plano Bianual de Financiamento à Cultura.

Art. 86 - Os casos omissos deste Decreto serão decididos pelo órgão gestor de cultura do Município ou, naquilo que competir à CFCM, por seu Presidente, hipótese em que deverá ser submetido à apreciação da CFCM.

Art. 87 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 88 - Fica revogado o Decreto nº 15.889, de 4 de março de 2015.

Belo Horizonte, 23 de dezembro de 2016Marcio Araujo de LacerdaPrefeito de Belo Horizonte